RP em Foco - Edição VI - 2014

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R P EMFOCO JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS DA PUCPR

ANO 2 . NÚMERO 6 . MAI/JUN 2014

REVOLTA E MEDO NA CRISE POLÍTICA DA VENEZUELA

Projeto Rondon leva estudantes da PUCPR para comunidades carentes

Conheça uma loja de Curitiba que inovou na oferta de produtos criativos

Entrevista exclusiva com uma RP que trabalhou com candidatos presidência

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EDITORIAL

Caros leitores,

Chegamos ao fim da mais uma etapa da nossa RP em Foco.

A segunda edição de 2014 é resultado de muito trabalho e dedicação dos alunos do 5º período. A turma correu atrás de boas histórias. Com destaque para os dois assuntos fortes ligados ao tema ‘Política’: a chegada das campanhas eleitorais e a crise na Venezuela.

Para discutir a formação da imagem de um candidato à

presidência, uma entrevista exclusiva com a Relações Públicas que trabalhou nas duas campanhas vitoriosas do PT- Dilma e Lula. Ela fala sobre os bastidores da preparação e sobre o papel das redes sociais na divulgação, além de dar boas dicas para estudantes de Relações Públicas.

Sobre a crise política na Venezuela, as alunas ouviram relatos

de venezuelanos e especialistas que falam sobre o desenrolar dos fatos. Em um desabafo, uma aluna da PUCPR que é da Venezuela conta a situação enfrentada por amigos e parentes que tentam lutar contra a repressão política, a escassez de produtos básicos e a inflação que já passa de 50%.

Na editoria PUCPR, os alunos mostram um pouco sobre o Pro-

jeto Rondon, que leva estudantes para uma imersão em comunidades carentes. Em perfil, conheça a experiência de Relações Públicas que estão se dando bem no mercado de trabalho. Os alunos também prepararam um roteiro para mostrar as estratégias de comunicação dos promoters das baladas mais populares de Curitiba.

Boa leitura! Profª. Lana Canepa EM FO CO RPR EPM FO CO Jornal laboratório desenvolvido na disciplina de Jornal de Empresa I, pelo 6º período do Curso de Comunicação Social - Relações Públicas, da Escola de Comunicação e Artes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná | PUCPR

Coordenação do projeto Profª. MSc Gisele Passos Lima Romanel DRT 0658 PR – gisele.passos@pucpr.br

Reitor Prof. Dr. Irmão Clemente Ivo Juliatto

Coordenação gráfica Profª. MSc Miriam Fontoura miriam.fontoura@pucpr.br

Decana Escola de Comunicação e Artes Profª. Dra. Eliane Cristine Francisco Maffezzolli

Revisão: Profª. Dr Juliana Cândido Custódio e Profª. Lana Canepa

Coordenadora Interina do curso de Relações Públicas Profª. Dr Juliana Cândido Custódio

Diagramação: 5º período de Relações Públicas

Reportagem Ana Beatriz Bubola Pereira, Bruna Dias, Carina Bruzamolin, Carolina Nóbrega, Daniel Keinert, Dayane Lacerda, Eduardo Robazza Pinow, Emanuella Marçallo de Camargo, Fernanda Botareli, Fernanda Labres de Oliveira, Fernando Yukio Nishino, Gabriella Carneiro Leao de Camargo, Guilherme Danelhuk, Isabelle Raissa da Luz, Jaqueline Primon, João Guilherme Kumineck Pereira de Castilho, Juliana Rasera, Krystin Engel, Lorena Sagati, Lucas de Abreu, Luiz Felipe Boll, Luiz F. Bianchi, Luiza Andrade, Marcela Gomes Cassou, Mariana Zipperer Ribas, Mariane Keretch, Oriana Musella Galíndez, Rodrigo Martins Rocha, Victoria Regina Pulcherio Roballo Vasques Conde, Vinicius Machado, Yannick Brasil Coelho.

Distribuição gratuita e dirigida | Tiragem: 500 exemplares


R P E M PA U TA

PERFIL

OS 100 ANOS DA CHEGADA DAS RELAÇÕES PÚBLICAS NO BRASIL

PROFISSIONAIS DÃO DICAS PARA TER SUCESSO NO MERCADO

Há 100 anos a profissão chegava ao Brasil e hoje é considerada uma carreira de sucesso. Para celebrar o feito, serão realizados debates, eventos e o lançamento do livro “100 anos de Relações Públicas no Brasil”.

por Dayane Lacerda

por Eduardo Robazza Fotos: Divulgação

por Jaqueline Primon

por Bruna Dias

1914

Com a chegada da industrialização, já era percebida a necessidade de integração dos funcionários e esclarecimento à imprensa e à opinião pública. A profissão, então, chegou ao Brasil, através de uma empresa de energia elétrica, atual Eletropaulo.

1967

No dia 11 de dezembro, o Brasil se tornava o primeiro país a adotar uma legislação específica que possibilitava o exercício profissional das Relações Públicas.

2011

A profissão de Relações Públicas se torna o sétimo emprego do futuro. A revista Exame nomeou o profissional como um profissional com futuro promissor no Brasil. O interesse pela a profissão começa a avançar e as empresas começam a abrir os olhos para essa área.

1964

Foi criada a Assessoria Especial de Relações Públicas (AERP) durante a ditadura militar do Brasil. Com o objetivo de adquirir a adesão do povo ao projeto do governo. Foram veiculadas campanhas com finalidade social, educativa e democrática.

1990

As Relações Públicas ganham ainda mais espaço no cenário do mercado de trabalho. Devido a globalização, a agilidade de informação e alta tecnologia. As empresas começam a prestar mais atenção em seus funcionários, nas novas mídias e na opinião pública.

2014

Comemora-se os 100 anos da profissão no Brasil, com uma abrangência de mercado e melhor capacitação de profissionais. Com um mercado aquecido, a profissão promete ter um espaço cada vez maior. Hoje as Relações Públicas pode atuar em Assessoria de Imprensa, Eventos, Media Training, TV Corporativa, Comunicação externa e interna, Porta-voz, entre outros.

Colaboração: Mariana Ribas, Krystin Engel e Lorena Sagati

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Juliana Paganni Lopes

Camila Schmid

Assistente de marketing, 22 anos

Analista de marketing, 25 anos

Diretora de Comunicação, 30 anos

Durante a graduação, Mayra Galdioli, Relações Públicas formada na PUCPR em 2012, participou da agência experimental LINK. Trabalhou no Núcleo Paranaense de Decoração e logo após de formada foi contratada pela empresa Renley Engenharia e Empreendimentos na área de Marketing e Eventos. Atualmente trabalha como Assistente de Marketing no GrupoTaj. “Sempre estou buscando novas experiências, pois tenho objetivo de abrir a minha própria empresa”, afirma. “O mercado na nossa área está em desenvolvimento, temos oportunidade de trabalhar em vários nichos de Comunicação, por isso entre na empresa e mostre o que somos capazes de fazer”, conclui.

Formada em Relações Públicas e pós-graduada em Marketing pela PUCPR, Juliana Lopes atuou em áreas como a de Comunicação Social na Infraero. Atualmente, trabalha como analista de Marketing na FIEPE. Juliana é otimista em relação ao mercado para RP e conta que os testes de seleção são concorridos e longos, dessa forma, deve-se mostrar o máximo de conhecimento técnico possível. E que apesar de não exitirem muitos cargos com nomenclatura de Relações Públicas, os profissionais dessa área são capacitados atuar em qualquer cargo. “Seja esforçado e ame o que está fazendo; O mercado é sempre mais simpático aos dedicados”, afirma.

Formada em Relações Públicas na Universidade Tuiuti do Paraná, em 2006, Camila entrou no mercado de trabalho ainda no 5º período do curso em um estágio no setor de comunicação da empresa América Latina Logística (ALL). Após formada, atuou em empresas como Sadia e GVT e assumiu a função de assessoria de imprensa, planejamento e execução de projetos de comunicação e relacionamento do Grupo Marista. No início de 2013, começou a trabalhar no Instituto Positivo, onde é responsável pela área de comunicação. ‘’O profissional de Relações Públicas tem que ser generalista e não um especialista, trabalhando com o processo de comunicação como um todo”, destaca.

Mayra Galdioli

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atualidades

C A PA

ENTENDA A CRISE NA VENEZUELA

DESABAFO DE UMA VENEZUELANA

O povo vai às ruas e pede soluções para a alta inflação e postura autoritária do governo. As autoridades silenciam e a ajuda parece não ter pressa pra chegar.

por Oriana Musella

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Povo venezuelano vai às ruas, na capital Caracas, para reinvindicar melhores condições para a população e pedir a saída do presidente Nicolás Maduro do posto de líder de estado

país nunca foi tão alta, chegando a 56,3% ao ano. As mídias impressas também sofrem com a escassez de papel para impressão de jornal. Uma medida interpretada como instrumento para silenciar opiniões divergentes, o que forçaria a população a ficar alheia à situação política da Venezuela. Pode-se dizer que os protestos se tornaram mais fortes por conta do modo que Maduro administra o país. Ele não é tão carismático quanto Chávez e não sabe conter e acalmar o povo. Maduro mandou às ruas vários defensores de seu partido e a Guarda Nacional, acusada de agir de forma violenta. Cerca de 40 pessoas foram mortas durante os embates e dezenas foram presas, acusadas de se opor ao governo atual. Segundo a socióloga, Bárbara Ridder, a situação é grave. “O país se vê polarizado de forma que

qualquer ação do governo desperta respostas agressivas, o mesmo acontece com a oposição. O país está em uma situação que não há diálogo, a violência persiste, a economia vai de mal a pior, os produtos básicos não chegam à população, pessoas continuam morrendo durante protestos e o governo de Maduro insiste em desconsiderar as reivindicações”, analisa Bárbara. O governo brasileiro se afasta do problema, alegando não poder interferir. “Considerando que os dois países fazem parte do MERCOSUL e que as questões políticas e econômicas estão, sim, relacionadas, essa postura do Brasil demonstra fraqueza política. O que não proporciona diálogos e, de uma forma ou de outra, acaba colaborando para a repressão das manifestações sociais de desagrado”, completa a socióloga.

em direção à liberdade, eu conseguia ver aquela luzinha no fim do túnel, mas, assim do nada, ela sumiu”, conta Nathalie Galíndez, uma venezuelana que, em função da realidade política, se viu na obrigação de sair do seu país e hoje reside no Brasil. Henrique Capriles, líder da oposição, disputou as eleições com Nicolás Maduro, discípulo de Chávez. Depois de uma eleição fraudulenta, de acordo com alguns países, Maduro foi eleito presidente sucessor. Com as mesmas ideais políticos socialistas, Nicolás assumiu a presidência de uma maneira radical e sem apoio da população. A escassez de mantimentos básicos e indispensáveis, como papel higiênico, leite, farinha, óleo e açúcar é absurda. Filas de cinco horas nos supermercados são rotina. Pessoas morrendo nas filas dos hospitais é de praxe, faltam suprimentos médicos. Caos nas ruas, manifestações, abusos de poder da polícia, violência contra os estudantes e medo geral é o cenário atual do país. É uma nação se desintegrando rapidamente, onde a violação dos direitos humanos é constante. O uso das redes sociais como meio de divulgação dessa triste realidade tem sido o suspiro dos estudantes venezuelanos. É possível acompanhar diariamente o que está acontecendo no país, através de vídeos, depoimentos e fotos e, graças a isso, alguns países têm se posicionado e discutido as violações que existem no país. O governo brasileiro, por sua vez, optou pelo silêncio. Pois é, quem cala consente, não é assim? foto: Isaac Paniza

A Venezuela é conhecida por suas riquezas naturais e também pela instabilidade política que sempre marcou a história do país. Desde 2011, depois da morte do então presidente Hugo Chávez, o país passa por um dos momentos mais turbulentos e de maior escassez de produtos básicos como arroz e papel higiênico, além das fragilidades na segurança pública. Nenhum outro país parece querer interferir nas negociações da população venezuelana com o governo atual, inclusive o Brasil. Quando Chávez foi eleito para o primeiro mandato em 1998, era visto como um possível presidente que poderia “salvar” a Venezuela e distribuir a renda nacional de forma mais efetiva. Hugo Chávez governou o país de 1999 a 2013, quando morreu de câncer. Com a morte de Chávez, Nicolás Maduro assumiu a presidência. No entanto, a aceitação de Maduro não foi tão boa e agora a população passa por momentos difíceis no país. Os protestos ficaram mais intensos em fevereiro de 2013, inicialmente em áreas de classe média e depois foram tomando conta do país. Grande parte da população aderiu às manifestações e desde então a Guarda Nacional tomou as ruas para que não aja um atentado contra Maduro e aliados. A situação atual é caracterizada por violência, desigualdade e escassez de produtos, falta cerca de um terço de itens de uso básico tais como papel higiênico, arroz, azeite. A inflação do

fotoS: Isaac Paniza

por Marcela Cassou

As imagens de repressão e brutalidade contra os manifestantes pacíficos que pedem por democracia e direitos básicos tem repercutido no mundo todo. A Venezuela, País vizinho do Brasil e, acreditem se quiser, de fortes laços de amizade governamentais, tem vivido uma situação caótica nos últimos quinze anos. Foram quinze anos de repressão, de violência, de pobreza. Quinze anos de um regime ditatorial socialista. Hugo Chávez Frias ganhou as eleições de 1999 prometendo uma nação livre, democrática e de inúmeras riquezas. A parte de inúmeras riquezas ele tinha razão. A Venezuela é rica em ferro, bauxita, ouro, carvão e, o mais importante, petróleo. O país é uma das maiores reservas petrolíferas do mundo, tendo assim a oportunidade de se tornar uma grande potência mundial. A estratégia política Chavista era muito clara. Uma democracia mascarada, um país silenciado pela violência e pelo medo. Um país enterrado na miséria, onde as riquezas estavam concentradas nas mãos de poucos, a favor do governo, é claro. Cheia de programas no estilo “Bolsa Família”, a Venezuela foi afundando, aos poucos, em dívidas e projetos inacabados. Sonhos prometidos nunca foram entregues. Serviram somente para comprar votos. De fato, lembra uma realidade bem próxima, não é? Com o falecimento do presidente bolivariano, grande parte da população pensou que o pesadelo acabaria, e que uma Venezuela livre finalmente chegaria, “Eu pensei que estivéssemos caminhando

Manifestante venezuelana se desespera após ataque de bomba de efeito moral lançada pela Guarda Nacional

Colaboração: Emanuella Camargo e Luiza Andrade

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MERCADO

PUCPR

e tendências

PROJETO RONDON: UMA LIÇÃO DE VIDA E CIDADANIA

NOVAS TENDÊNCIAS NO COMPORTAMENTO DIGITAL

Alunos e professores vão em busca de soluções para contribuir com o desenvolvimento de comunidades

Com o aumento de usuários da rede, empresas criam ferramentas para entender melhor o consumidor

por Fernanda Botareli

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foto: Luiz Fernando Bianchi

Mais de 85 milhões de brasileiros são usuários de internet. Navegadores que, se vistos como efetivos consumidores, oferecem inúmeras demandas de diferentes nichos de mercado. O relatório global Energizing Global Growth: Understanding the Changing Consumer (Crescimento global enérgico: Entendendo as mudanças do consumidor, em tradução literal) apontou que 73% dos consumidores entrevistados utilizam mais a Internet para efetuar a compra de produtos ou serviços em relação ao que faziam há três anos. A previsão é que a busca por produtos na rede movimente U$ 2,4 trilhões somente em 2016. Entretanto, segundo a Accenture (empresa global de consultoria de gestão), apenas 20% dos setores da economia estão realmente preparados para esse crescimento. A empresa Endocirurgica é um exemplo de sucesso. Voltada para venda de produtos médicos hospitalares, a empresa decidiu investir em um e-commerce para área odontológica onde todo o atendimento é feito via digital. No primeiro ano de experiência com o e-commerce, a Endocirurgica, que faturava R$ 1,2 milhão por ano, passou a faturar R$ 1,7 milhão, um aumento de 42%. A internet oferece várias ferramentas que facilitam a identificação das necessidades dos

foto: Willian Léon Kieski

por Daniel Keinert

Novos caminhos para inúmeras oportunidades de negócio

consumidores. De acordo com a Professora Juliana Del Secchi, mestre em Administração com ênfase em Comportamento do Consumidor, “o comportamento na internet é muito mais rastreável. Na vida online são deixados traços e pistas”. Um dos produtos revolucionários nessa área é o Intelligence Mail, que promove a criação automática de e-mail marketing baseada na navegação do cliente nas lojas on-line. A empresa Buscapé, líder do mercado da América Latina com o seu site de comparação de preços, também é uma das organizações mais inovadoras do mercado on-line. Criadora do Buscapé Company, uma plataforma digital que entende o universo das pessoas e seus comporta-

mentos, antecipando desejos e necessidades. Outras empresas filiadas a rede Buscapé, a E-bit, principal fonte de informação de e-commerce no Brasil, e a btarget, que oferece diversos serviços de Marketing Comportamental, foram as duas últimas ferramentas criadas para auxiliar nos novos negócios. O Google+ também foi criado para facilitar a comunicação entre empresas cadastradas para troca de publicidade. Espaço que ganha cada vez mais relevância entre os mecanismos de busca por conteúdos publicados dentro do Plus. No mundo, 70% das marcas já contam com uma página dentro do programa. Colaboração: Luiz Fernando Bianchi e Vinicius Machado

Participantes do Projeto Rondon realizam atividades recreativas com a comunidade da região de Tocantins O projeto Rondon foi retomado pelo governo em 2005 e atualmente é coordenado pelo Ministério da Defesa. O objetivo é que professores e alunos das universidades levem suas contribuições para comunidades em vulnerabilidade social. A meta é ampliar o bem estar social das comunidades e buscar um desenvolvimento sustentável aproximando os estudantes das diversas realidades do Brasil. A PUCPR participa por meio do Núcleo de Pastoral da Universidade desde 2011. Quando o local é definido, o grupo faz um estudo sobre a região e elabora oficinas e dinâmicas. O aluno Willian Léon Kieski participou do projeto em julho de 2012 na cidade de Itacajá, na operação chamada “Capim Dourado”, que atendeu

a comunidade do Tocantins durante 18 dias. Para ele, o projeto Rondon não é apenas uma iniciativa cultural ou social, é também uma lição de vida. “O projeto proporciona a aproximação com uma realidade completamente oposta ao que presenciamos no cotidiano, tanto na questão cultural, mas principalmente por acontecer em regiões de grande vulnerabilidade social”, afirma. O grupo do Willian ficou alojado na Escola Estadual de Itacajá, “Utilizamos duas salas, sendo um quarto coletivo masculino e outro feminino. As refeições eram preparadas na cantina da escola, por duas cozinheiras contratadas pela prefeitura”, conta ele. O grupo estava responsável pela parte de comunicação, meio am-

biente, tecnologia e produção. Realizaram diversas oficinas, atividades recreativas e palestras. Os estudantes visitaram algumas comunidades indígenas onde foram desenvolvidas atividades voltadas à valorização da cultura, do artesanato, reaproveitamento de materiais reciclados entre outras atividades. Para ele o projeto foi uma chance única, “O Projeto Rondon é uma oportunidade ímpar de aplicar os conceitos aprendidos na universidade. O mais incrível é chegar no projeto com o intuito de ensinar, mas ao final ter a sensação de que aprendeu mais do que ensinou”, conclui Willian. Colaboração: Juliana Rasera e Ana Beatriz Bubola

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C U LT U R A

NOVO ANO, NOVOS OLHARES

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Os filmes selecionados são ousados, autorais e buscam explorar os limites da linguagem cinematográfica. De acordo com os organizadores, a meta é se estabelecer, fincar raízes definitivamente no roteiro cultural de Curitiba. Para ver a lista completa dos filmes exibidos o endereço eletrônico é olhardecinema.com.br. Na abertura do evento o filme exibido foi Dr. Fantástico ou: como eu aprendi a parar de me preocupar e amar a Bomba. O longa de 1964 é de Stanley Kubrick, que também recebeu uma mostra exclusiva dentro do evento com a exibição de outras de suas obras. A cerimônia de encerramento e premiação vai ser no dia 5 de junho, 20h, no teatro Paiol.

Banner de divulgação do evento

Relações Públicas Com o crescimento do festival, o trabalho de assessoramento no cenário nacional foi feito pela empresa Planeta Tela, especializada no mercado cultural, com enfoque no segmento áudio-visual. Com quase 25 anos de serviço, a empresa já participou da elaboração de campanhas para o Festival de Cinema de Recife, Festival de Cinema Ecológico de São Sebastião, entre outros eventos deste segmento, além de assessorar a Reserva Especial Vídeo, o Grupo Play Arte, a Universal Pictures e realizar a divulgação de longas metragens brasileiros como “O Menino da Porteira”. Já a assessoria no Estado do Paraná está nas mãos da Dani Brito Bureau de Comunicação, empresa especializada em mídia espontânea, redes sociais, relações públicas e produção de conteúdo. Criada em

2012, a agência é um pequeno escritório de assessoria de imprensa, que também agrega a social mídia e relações públicas. Entre outros setores, o empreendimento tem apoiado bastante a moda curitibana. Recentemente, trabalhou com o evento de moda LabModa, além de lojas do setor. O foco da divulgação não se restringe apenas a meios eletrônicos porque, segundo a dona da empresa, Dani Brito, a divulgação de serviços ou produtos tem que ser o mais ampla possível. “Damos importância equivalente para os meios on-line e físico. Blogs, sites

e até mesmo “fanpages” já são tão necessárias quanto jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão para uma divulgação assertiva”, diz a empresária. Por questões econômicas, o orçamento não pôde ser o de uma superprodução, portanto, a assessoria careceu de uma grande ajuda por parte dos meios de comunicação para divulgá-lo. “Acreditamos na força do evento, em sua importância e, consequentemente, no interesse por parte dos meios de comunicação”, relata Brito. Pela relevância do evento no Estado, grandes empresas de comunicação se interessaram e publicaram capas sobre o Olhar de Cinema. “O interesse tem sido muito satisfatório por parte da imprensa e formadores de opinião. Para citar um êxito, com a coletiva de imprensa de lançamento conseguimos gerar uma capa do Caderno G, caderno de cultura do grupo GRPCOM publicado no jornal Gazeta do Povo”, explica a assessora.

Serviço Data: 28 maio a 5 de junho Locais: Shopping Crystal; Cinemateca de Curitiba; Teatro Paiol; FIEP.

foto: Roberto Corradini

Foto:Olhar de Cinema

enção e mais especulações. Porém, os curitibanos ainda parecem um pouco frios diante das produções. Juliana Thá, formada em cinema em Los Angeles e assistente de direção de fotografia, sente falta de um público mais presente e do reconhecimento do talento local. “Também espero ver os novos talentos do cinema nacional, estadual e curitibanos surgindo” conta Juliana. Já para Isabele Orengo, colaboradora do site sobre cinema e entretenimento Cineorna, o problema está na divulgação. “Esperava uma divulgação maior por parte da imprensa, afinal, ocorre na época da Copa do Mundo, momento em que temos na cidade várias pessoas de fora”, diz Isabele.

Isabele Orengo no festival de 2013

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Programação

O III Olhar de Cinema Festival Internacional de Curitiba abre espaço para produções audiovisuais de 17 países

foto: Iveraldo Machado Jr

Prato cheio para os cinéfilos, a terceira edição do Olhar de Cinema exibiu, entre os dias 28 de maio a 05 de junho, 95 filmes, sendo 45 longas e 50 curtas. O festival trouxe para a capital paranaense produções audiovisuais do mundo todo, em uma tentativa de situar Curitiba como um importante ponto no mercado cinematográfico. Segundo a assessoria de imprensa, o evento mobilizou aproximadamente quatro mil pessoas. Os principais espaços para exibição dos filmes foram o Espaço Itaú de Cinema e a Cinemateca de Curitiba, mas também ocorreram eventos ao ar livre e em livrarias. Os ingressos puderam ser comprados no local da exibição e custaram R$ 5 a inteira e R$ 2,50 a meia. Dentro do festival, um evento secundário mobilizou os profissionais da área. O III Seminário de Cinema, no qual aconteceram oficinas, debates e bate-papos com atividades de formação e informação para os interessados no mercado. Os trabalhos autorais que não têm espaço na grande mídia e as novas produções experimentais também tiveram espaço no evento, que deu prêmios de até R$ 12 mil para longas e curtas que participaram das mostras competitivas. As expectativas em torno do evento foram grandes. O festival cresce a cada ano, atraindo mais at-

“Hoje, com o digital, fazer cinema pode ser para todos, basta ter uma boa ideia de fato, transformar num roteiro, juntar uns amigos, que as ferramentas estão quase todas à disposição na maioria das casas brasileiras. Porque basta ter uma câmera ou um celular com câmera, um computador para editar e pronto- já dá para fazer cinema.” (Geraldo Pioli, cineasta)

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CASE RP

LOJA FEITA PARA E PELOS JOVENS A Endossa oferece produtos criativos, singulares e temáticos. Quem decide o que vai ser vendido é o cliente.

fotos: Victoria Regina Conde

por Carina Bruzamolin

Para a estudante de design Thainá Mendes, o sucesso da loja está nos artistas que colocam seus produtos à venda. “A loja dá oportunidade para artistas jovens que entendem o que os jovens pensam e querem. Não é fácil de encontrar por aí um anel do Darth Vader ou um óculos do John Lennon à venda, por exemplo. Acho que o sucesso da loja se deve à inovação e à criatividade”, afirma a estudante. Os próprios artistas e marcas procuram a Endossa para o aluguel de boxes para venda de seus produtos e têm uma meta de venda de R$ 350 por mês. Caso a meta não seja alcançada, o box é alugado para outra marca/artista; caso seja, os produtos permanecem expostos. Assim, o cliente final tem nas mãos o poder de escolher os produtos que serão ofertados na loja. A loja vende roupas, aces-

sórios, artigos de decoração e muito mais. O diferencial está na singularidade e criatividade. Podemos encontrar pen drives com formato dos personagens do Star Wars, copos térmicos com temas de filmes clássicos como Pulp Ficton e o Iluminado, quadros de ícones da música como Elvis Presley, The Beatles e David Bowie; armações para óculos famosas como as do John Lennon, da Lady Gaga e do Gangnam Style; camisetas de escritores famosos, como Bukowski e de bandas como Tropicália, Led Zeppelin, entre outras. O acervo é muito extenso e vai desde quadros, cases de celular, livros, colares, pulseiras, anéis, canecas e almofadas temáticas, até chaveiros, jarras e guarda-chuvas. Tudo por um preço acessível e com temas e estampas surpreendentes.

Produtos temáticos e criativos são o maior atrativo da Endossa

Produtos à venda em “boxes” na Endossa. Conceito de Loja Colaborativa é novidade no país

A Endossa surgiu em São Paulo, em 2008, criada por quatro estudantes de publicidade e marketing. Pensada como um espaço inovador para empreender, o conceito da loja é construído em conjunto por quem vende e pelas escolhas de quem compra. Os espaços, ou boxes, são alugados pelas marcas para a venda de diversos produtos como roupas, acessórios, artigos de decoração, entre outros. Mas são os consumidores que escolhem as marcas que permanecem no local, pois os que não atingem as metas de venda são substituídos. Hoje a Endossa é uma fran-

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quia que possui quatro lojas: uma em Curitiba, duas em São Paulo e uma em Brasília. A Endossa Curitiba conta ainda com um Café, um estúdio de tatuagem e um brechó, tudo no mesmo espaço. Os sócios da unidade são o casal Nathalia Anring e Francisco Del Rio, um dos idealizadores da loja. Nathalia conta que além de propiciar poder de escolha aos clientes finais, um dos ideais da Endossa Curitiba é fornecer um espaço onde as pessoas se sintam confortáveis. “A idéia sempre foi montar um lugar diferente, onde as pessoas pudessem se sentir à vontade; algo que não existis-

se por aqui”. Nathalia afirma que a loja foi adaptada às necessidades do público curitibano. “Aqui é muito frio e as pessoas gostam muito de cafés como os da Starbucks; como a marca não veio para cá, nossa idéia foi fazer algo parecido, com receitas semelhantes, e deu muito certo.” Segundo a Relações Públicas e cliente da Endossa, Kassiana Pietrochinski, detalhes como esse fazem a diferença. “Eu já era fã da loja antes, agora com o café, não saio de lá. A Endossa representa a junção de três paixões minhas: moda, tatuagens e café. É a minha cara.”

O Café no estilo “bristot” é mais um dos diferenciais da loja

A Endossa CWB fica na Alameda Carlos de Carvalho, 1148 – Batel. Aberta de segunda a sábado das 10h às 20h, e no sábado das 10h às 21h. Para mais informações e aluguel de boxes: (41) 3387-9233

Além dos “boxes” de venda de produtos, a Endossa ainda conta com um estúdio de tatuagens e um brechó, tudo no mesmo espaço.

Colaboração: Fernando NIshino, Gabriella Camargo e Victoria Conde

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E N T R E V I S TA

RELAÇÕES PÚBLICAS: NOVO OLHAR PARA A COMUNICAÇÃO Relações Públicas que planejou a imagem de candidatos à Presidência conta como é o trabalho nos bastidores da política

por Yannick Brasil

O povo brasileiro foi às ruas e quer ser ouvido. As eleições de 2014 prometem repercussão nunca antes vista. Para trabalhar em um terreno tão incerto onde a imagem dos candidatos se fortalece e também se desfaz em minutos só com muita experiência e jogo de cintura. Características que não faltam a Relações Públicas Cristiane Ortiz. Com 42 anos, ela é um dos grandes nomes dos bastidores da política nacional. Já participou das campanhas de Lula e da atual presidente Dilma Roussef. A profissional, que trabalha como RP desde 1992, comenta como funciona o trabalho de planejamento de uma campanha eleitoral. Segundo Cristiane, o segredo é pesquisar muito. Ela também revela que a principal estratégia midiática desse ano ainda não está baseada nas redes sociais.

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Que estratégias você usa para trabalhar nessa área? Utilizo primordialmente as pesquisas. Através delas faço o planejamento de comunicação e posso traçar estratégias para os objetivos que eu quero cumprir. E também utilizo bastante o gerenciamento de pessoas. Quais são as maiores dificuldades enfrentadas? Definitivamente, o baixo orçamento em comunicação.

Você usa as plataformas da web? Para que? Elas proporcionam um bom retorno? Sim, uso mídias sociais para alcançar todas as massas populacionais. O uso dessas ferramentas é ainda recente, porém descobrimos no dia-a-dia a melhor forma de explorar essa ferramenta, com uma relação direta com o eleitor. No Brasil, eu acho que ainda não é a mídia de maior impacto, mas traz um conteúdo diferenciado e uma segmentação em diferentes momentos de campanha. A gente vai pode trabalhar de forma bem mais segmentada, com conteúdos mais dirigidos para determinados segmentos de público.

Dilma Rousseff visitou a Feira Permanente da Guariroba em Ceilândia no início de agosto

Como você lida com situações nas quais a opinião do político vai contra a opinião pública ou até mesmo sua própria opinião? Não lido, só trabalho com quem acredito e tenho afinidade política. Por sempre ter gostado e acompanhado política, sempre tentei me aliar e trabalhar pra quem eu conhecia o trabalho e me identificava politicamente.

Foto: arquivo público do PT

Nome: Cristiane Ortiz Idade: 42 anos Formada em Relações Públicas pela Faculdade Anhanguera- SP

Pode nos dizer para qual partido você trabalha e qual o político que você “cobre”? Já trabalhei para diversos partidos, PT, PP, PSDB, PMDB, por exemplo. Atualmente trabalho na área pública sob o governo do PSDB.

14º Encontro Nacional do PT

Será que pessoas sem a mesma formação que também atuam em comunicação dentro da política conseguem realizar o mesmo trabalho que você? Acho que faz diferença. O profissional formado em comunicação tem uma série de conteúdo e conhecimento que ajudam na assessoria. Desde o planejamento estratégico, até a análise de pesquisas. A avaliação e construção de cenários, o posicionamento das candidaturas, até o uso de ferramentas de comunicação propriamente ditas. As

ferramentas mais adequadas para os tipos de situação, ou para determinado tipo de candidatura, com uma avaliação mais abrangente de comunicação. Seja para um candidato, para um partido, para uma assessoria de bancada ou para um político. Esse profissional, além do conhecimento, tem que ter sensibilidade. E a formação em uma área diferente pode ser um “plus” porque você agrega valores. É importante ter um profissional para pode extrair todo o potencial de comunicação do indivíduo para assegurar que a informação alcance a população.

O profissional que se dedica à essa área tem que ser completo, saber lidar com diversos ramos da comunicação

O que você ressalta que possa ser destacado sobre o trabalho de um relações públicas no ambiente político? O conhecimento e a formação do profissional de RP possui um perfil mais abrangente e a possibilidade de gerenciar o composto da comunicação de uma forma mais eficiente. Acho que ele é um profissional bem importante, embora não seja tão reconhecido ou não tenha tanta atuação nessa área política. Por parte dos alunos, há um baixo interesse na área política na graduação. O que você diria para quem gostaria de seguir carreira nessa área? O que e onde buscar? Que formação extra é necessária? Em primeiro lugar, eu acho que os alunos que querem trabalhar nesse ramo precisam ter interesse direcionado a política e a maneira como a política acontece. De um tempo pra cá aconteceu que minha atuação foi mais na assessoria polí-

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AGENDA tica. No começo minha experiência foi mais na área governamental, mas ainda assim era assessora política. O profissional que se dedica à essa área de tem que ser completo, saber lidar com diversos ramos da comunicação. Acho de vital importância saber de planejamento estratégico, da construção de imagem, de marketing político e marketing eleitoral. Esse leque de informações são todos úteis na hora de planejar a campanha, buscar as estratégias mais adequadas e a formação é uma questão muito importante. ção de conjunto e construir a nossa própria visão de mundo e de sociedade. É necessário enxergar a comunicação não só como RP, Jornalismo, Publicidade.

Tem que enxergar a comunicação com uma visão de um todo. Em cada momento um campo da comunicação será necessário por isso é preciso de versatilidade, e tudo isso só se aprende na prática. Obviamente que estudar também é importante, a universidade oferece disciplinas que auxiliam muito. O reconhecimento e confiança do partido ou candidato para com você é uma parte muito importante do processo. Mas como em qualquer outra área isso é uma questão de merecimento e tempo. Seja antenado na história do local onde você trabalha, cidade e país. Está sendo muito importante para minha carreira trabalhar na Câmara embora minha preferência seja pelo setor Executivo, está sendo muito impor-

tante para minha carreira trabalhar na Câmara embora minha preferência seja pelo setor Executivo, onde tem uma operacionalidade maior do que a gente planeja. Mas essa experiência é muito importante, porque é possível visualizar a situação de vários ângulos. Acho importante conhecer e ter uma noção de conjunto e construir a nossa própria visão de mundo e de sociedade.

E V E N TO S

O profissional formado em comunicação tem uma série de conteúdo e conhecimento que ajudam na assessoria. Exposição A CAIXA Cultural Curitiba recebe, até o mês de julho, a exposição A Magia de Miró, desenhos e gravuras, com visitação aberta de 21 de maio a 20 de julho de 2014. Sob curadoria de Alfredo Melgar, conde de Villamonte e fotógrafo galerista em Paris, a exposição reúne 69 obras do artista espanhol e 23 fotografias em preto e branco registradas por Melgar. Apresentada pela Zíngara Comunicação, Marketing e Produções Culturais, A Magia de Miró já foi vista na CAIXA Cultural São Paulo e passou por prestigiadas galerias de arte e museus da Europa, América e Oceania. Exposição O Brasil recebe pela primeira vez a exposição “Frida Kahlo - Suas Fotografias”. A mostra entra em cartaz no dia 17 de julho de 2014 e não vai percorrer o Brasil, será realizada exclusivamente no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. A curadoria é de Pablo Ortiz. A artista mexicana teve a obra marcada por episódios de sofrimento pessoal. Patriota declarada, comunista e revolucionária, Frida Kahlo, refletiu a dor em suas obras e se uma das maiores pintoras do século.

Seminário de Inverno de Estudos em Comunicação O XVII Seminário de Inverno de Estudos em Comunicação acontece entre os dias 2 e 6 de junho, no Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Serão conferências de especialistas acompanhadas da apresentação e debate de 45 trabalhos de instituições de ensino superior do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Amazonas. A participação é gratuita e os interessados em receber certificado de ouvinte podem preencher o formulário no site do evento e ter frequência de pelo menos 80% nas atividades. O tema é “O jornalismo entre a crise de modelos e a legitimidade profissional.

FIQUE LIGADO

Candidata discursa, em Goiás, durante as campanhas de setembro do ano de 2010. Dilma destacou o fato de poder ser a primeira presidenta mulher da história do Brasil

Colaboração: Carolina Nóbrega e Fernanda Labres

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Livro: Comunicação e Controle Social, Pedrinho Guareschi O livro da editora Vozes aborda questões psicológicas que envolvem a comunicação social. O autor mostra diversos fenômenos que provam a indução alienatória que envolve a população no processo de comunicação. O leitor entende o processo ao acompanhar o relato de ações de comunicação.

INTERCOM XV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul Data: 08/05 a 10/05 Local: Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina, em Palhoça – SC Horário: de 9h a 19h30 Informações: www.intercom.org.br Curso de Extensão: Empreendedorismo em Comunicação

Filme: Você de novo A comédia conta a história de Marni (Kristen Bell), uma Relações Públicas que é promovida no trabalho. Ela descobre que sua futura cunhada (Odette Yustman) é também sua inimiga mortal da época da escola, e faz de tudo para impedir o casamento dos pombinhos. No desenrolar do filme, a atriz mostra detalhes sobre como é a rotina da profissão.

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IMAG E N S 4. Renan Mendes (à esquerda) sócio do BCB - barba, cabelo, bigode e Vinicius Portes (à direita) DJ, músico e integrante de uma orquestra. Ambos trabalham com a comunicação do “Bar da produção’’. Renan, utiliza o Facebook para realizar a divulgação do evento. Assim, consegue selecionar um público certo, os que já curtem a página do evento nas redes sociais e aqueles que já freqüentam todas as terças. Segundo ele, a estratégia garante um feedback muito bom. Vinicius também foca no boca a boca, por ser universal, e que muitas vezes levou ao público Recorde.

por Guilherme Danelhuk e Isabelle Luz

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1. O Wonka Bar aposta em um ambiente mais eclético. O pop, samba, rock e o indie são alguns dos estilos musicais que a casa traz. Um dos responsáveis pelo local, Wilian Porfirio, ressalta que as mídias sociais são as melhores ferramentas para chamar a atenção do público. Com mais de doze mil curtidas em sua página oficial do Facebook, ele usa o canal para divulgar bandas da semana, além de chamar os clientes para eventos que acontecem durante o ano. O promoter também destaca a importância da divulgação pelo boca a boca. ‘’Nós usamos ferramentas que fazem parte desta geração jovem, que são o Facebook e o Instagram por que são os meios mais fáceis de chegar a eles.’’

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2. Focando na cena underground, o “Radar”, evento que acontece toda terça no Trip BA, reúne a cena atual com os sucessos dos anos 80. Acnius Paes é formado em planejamento estratégico e aposta na rede social Facebook na divulgação do evento. Ele convida as pessoas que curtem a página do bar e coloca o nome na lista para oferecer um desconto no preço da entrada para os clientes. Segundo ele, essa é a maneira mais fácil de chamar a atenção do seu público alvo.

3. O Relações Públicas Nazen Carneiro, busca sair do tradicional. Seu evento “Free zone” é realizado na rua com muita música, modernidade, além de diversas intervenções urbanas e culturais da cidade. Nazen procura ter um bom relacionamento com seu público, sua ferramenta mais utilizada para divulgar os eventos é a distribuição de flayers, mas também busca e acredita que as redes sociais são uma boa forma de divulgar e obter resultados positivos.

6. O proprietário do Hangar, Henrique Franco, também é promoter da casa e utiliza das mais variadas ferramentas de comunicação para alcançar o público. Como Facebook , Flyer, site e o boca boca . Segundo ele, o boca boca e algumas divulgações sobre a nova aparência da casa chamam mais atenção. O Facebook não traz muito resultado ainda. O problema é que ele assumiu a casa recentemente e ainda recebe muitas críticas por causa de como a estrutura estava antes de ele assumir o bar. Franco afirma que a casa passou por uma reforma ‘’E agora estamos tentando reconquistar nossos antigos clientes. Também buscamos focar mais em nosso público-alvo, os amantes do rock in roll’’, conta o novo dono do Hangar.

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Que tal curtir uma balada no final de semana? Em Curitiba o mercado de casas noturnas cresce cada vez mais. E com isso, um bom relacionamento entre casa e cliente é fundamental para o sucesso. Enquanto alguns se preocupam pouco com a imagem do estabelecimento, promoters de baladas de Curitiba usam das mais variadas estratégias de comunicação para chamar a atenção e agradar o público. As redes sociais tais como Facebook e o boca a boca foram eleitas por todos os ouvidos como as ferramentas mais utilizadas.

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CONHEÇA AS ESTRATÉGIAS DOS PROMOTERS DE CASAS NOTURNAS DE CURITIBA

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5. A Relações Públicas do The Peppers Bar, Val Mariani, utiliza diversas redes sociais para divulgar a casa. Facebook e Instagram são algumas delas, mas ela também acredita que a divulgação boca a boca ajuda muito neste trabalho. Vale afirma que a linguagem usada com o público é muito importante para um bom relacionamento. ‘’Nós utilizamos uma linguagem totalmente informal com nossos clientes, por ser um público mais jovem, isso é um diferencial que a nossa equipe tem’’, afirma a RP.

Colaboração: Luiz Felipe Boll e Mariane Keretch

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O Relações Públicas e os desafios da convergência digital

2ª edição

RPemFOCO 17 a 19 de setembro


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