O SIM E O NAO - MARIA JOSE CASTEJON TRIGO - ESPAÑA

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O SI Mou O NÃO Mª José CASTEJON TRIGO castejon3@yahoo.es

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Era belo Por dentro E por fora E se fora em transe Saía sem palavra Pois tua palavra É bondade E não quimera

A MEU PAI

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Espero-te lá onde a melodia é eterna E aclaro idéias Lavo a consciência de anedotas E brota da música O ritmo de tua presença

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Sentindo tua cegueira Iluminou-me o sentimento De ver claro que o caminho Elegido era correto. E com os olhos fechados Acumulei o desencanto Do sintagma decomposto Onde o adjetivo soube Dar nome a um sentimento

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Composição de novas notas Ao som de um instrumento Que tocado por tuas mãos Sem seu sentido, a morte Ressuscita da tumba Um corpo ainda não decomposto

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Doce música dos sentidos Aglutinando em harmonias Notas de angústia contida Que ao violino fez tocar Ao som do canto de um pássaro Quando a voz se fez minha

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Buscar a vida em um fio Enrolar o novelo Entrelaรงar em cores Os dias naturais Na toalha branca Naquela mesa sem convidados

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Fúria no revelado das emoções, Ganhadas ao tempo Romãs debulhadas Na copa da árvore Quando o vermelho Verdejava em razões Profundas das raízes

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Melodia entre os lábios Amada melancolia Sons angelicais De um Deus sem teorias. Canta o vazio e sorria Sorriso frio Uma nuvem enche-se de água A chuva bate na muralha E no alto da torre A cegonha faz seu ninho Não a deixam despertar Porque dormir não podia Enquanto dava de comer Com seu bico à cria. Em outras cidades, talvez, Ao clarear-se o dia A cegonha dorme cheia Da nuvem perfumada Do azul do artista.

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Canto entoado por guitarras Doces vozes baixam do cĂŠu Para cantar a um ritmo O renascer de outro encontro

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¡Ah suspiras… Com a imaginação Imagem dissolvida na água A água cai pelo regaço da tua mente E envolve teu rosto Ali, ao longe voa uma pomba Leva melodias ao universo Voltará com os raios do sol? Talvez, transpasse as galáxias E se acabem as perguntas Dará respostas? A cinza voltará à vida E se fará a luz Como o princípio dos tempos

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Calvário de palavras Vozes ao vento Um monumento corre pelo mar Dialoga com a sereia Com o mármore de um furacão Borboleta ferida? Vivam os anos. Saudade de pessoas Animam as almas. Vozes que cantam E jardins de primaveras Gozam as flores, o seco despertar Quando se escuta o trino De uma gaivota a passar Voam emoções No alto da torre chegam ao sótão E entre roupas velhas A história reclama a pele sempre branca Daquele manancial

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Hoje não me apetece dar-te um beijo Hoje não quero tua face Hoje declino da graça? Hoje se converterá em amanhã Talvez recapitule. Voltarão os beijos, as bênçãos? Converter-me-ei na serpente Que devora o rato Ainda sem saber-se presa Do seu coração

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Sons diluídos Em tempos comparados Com céus quebrados Ao azul do mar. Esfumaçam-se em figuras Que dão lugar Às aventuras em viagens Ganhadas à consciência

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Corre a รกgua E o rio cresce Da torrente Que a gota Sente Nรฃo hรก mente Que na torrente Glorifique o insignificante Grau da nostalgia Que a gota leva ao mar Significando

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Balbucia Com a língua desnuda Na boca da morte. Quando voltes a nascer Te esperará A violência da memória. Ajustando-se o rosto escuro Da incompreensão Valorizando a vida Turbilhões de transes Surgirão da escuridão E deverás decidir

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Amortecendo a mirada Mire-não-salte Dei teu nome Sem-com-alí E dei sem ti Tua circunstancia No saber Do sentimento Em SIM-NÃO Acumulando a verdade Na mirada

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Simplesmente Te quero Verdaderamente Te quero Desde o sentido comum Te quero Porque me fazes sonhar Te quero Porque te quero Te quero

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Não posso deixar De pensar em ti As idéias acumulam-se Já que todo me refere a ti. Minha infância Mistura-se Com tua figura Conseguirei voar Ao som de teu semblante E não poderei Dizer-te que não

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A nudez De teu corpo Aproxima-se ao meu Somente o silĂŞncio Entende-nos

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Tua imagem Recorre meus sentidos Que gratificados Aplaudem tua criação. Passando de um espírito A outro Sem saber por que se compreendem. Pelo ar da imaginação Dá forma ao movimento Sem palavras O corpo imóvel Teus silêncios e silencio Avalia o mistério Da natureza Recolhida pelo homem

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Serei o que tu queres que eu seja Si tu me dizes Te perseguirei

CĂŠu de ambiciosa cor 22


Que nos rodeia. Teu valor tênue Rima com minha memória. Quando aparece meu pai E devolve-me à realidade Embora me doa

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A música na rua Reclama-me. Seu som Penetra em meus ouvidos E a vida passa Ante meus olhos. É um queixume De mansa Solidão atormentada. Mas ao passo Das notas Uma após outra Por meu cérebro Desconcertado Darão como sempre A resposta adequada

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És minha alma Fechada Em um mar de dúvidas Voando. O vento revolve meu Cabelo E minha mente se aloja Em teu ser. Direi-te que só, somente tu Sabes converter-me em mulher

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Encantam-me Tuas mãos Tua mente Teu sorriso tênue A chuva De tua palavra, Tua mirada esquiva. Todo o teu entorno Volta A meus olhos De criança

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Passa tuas mĂŁos Como uma ave De fina calma. Decifra em meu corpo A entranha De meu relax Ao teu, Diga-me se gozastes Voando pelo cĂŠu Enquanto a estrela escura Irradiava nossa luz

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Minha mente retĂŠm No vazio A essĂŞncia De tua boca. Salta o sorriso Ao recordar Tua palavra. Mas, do fundo Da alma Estremece a chamada Oculta Do teu encontro Em minha cama

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Chamei-te E te vi. Miravas ao sol E o brilho dos teus olhos Cegava-me. Consultei as estrelas E devolveram-me Teu rosto. Por um instante Pensei Que me beijavas

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Tua luz brilha Em meu rosto. A fada Desfez o feitiço. Voltaremos ao mar De dúvidas Quem foi primeiro? No tiro?

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Entre as cinzas Dissimulo o vento. A tênue Composição da lava, A pedra Esponjosa Recolhe-te Para elevar-te Ao centro da vida.

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