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Você desconta seus sentimentos

from REVISTA SAÚDE MARINGÁ - EDIÇÃO 51

from REVISTA SAÚDE MARINGÁ - EDIÇÃO 51, page 30

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Você desconta seus sentimentos na comida? A Terapia Alimentar pode te ajudar!

Não é difícil conhecer alguém que busca a comida como um escape para os seus sentimentos. Principalmente em tempos de pandemia, home office, medo, angústia, incertezas e ansiedade se tornaram frequentes e o comer emocional também.

Se você já se pegou assaltando a geladeira ou o armário para amenizar a tristeza ou acalmar os ânimos contra a ansiedade, muito provavelmente sabe como isso acaba influenciando na sua saúde e claro, na balança. Uma grande parte das pessoas atualmente se queixam por não conseguirem ter controle sobre a sua alimentação quando algo emocional sai dos trilhos. A curto prazo, parece que o problema se resolveu comendo uma barra de chocolate, um brigadeiro ou uma pizza, mas e a longo prazo? Será que o problema se resolve ou acaba aumentando?

Uma das maiores consequências que temos dessas situações é o comer disfuncional, ou seja, a comida ganha uma função para além de nutrir, nos dar energia e saciedade e passa a ocupar um espaço que não é dela, a função de válvula de escape para os nossos problemas cotidianos e emocionais. É dessa maneira então, que muitas vezes se desenvolve a má relação com a comida e isso vira um caso de amor e ódio: você ama como esses alimentos parecem amenizar os problemas momentâneos, porém no fundo, sabe que não é o correto.

Partindo disso, temos vários cenários que se desdobram dessa situação e acredito que você até se identifique com o mais comum deles: o ciclo das dietas! Acontece da seguinte forma: você acaba exagerando sempre em determinados alimentos e refeições, se sente culpado por fazer isso, percebe que está ganhando peso e decide fazer uma nova dieta. Se restringe de várias coisas, inclusive daquelas que você amava comer para melhorar o seu emocional, se mantém sem elas durante 7, 10, 15 dias, porém, logo acontece algo e você recai... Com isso, vem o sentimento de frustração, incapacidade, culpa e o pensamento ‘’já que eu saí da dieta hoje, então vou comer tudo que tenho direito’’. As atitudes de ser 8 ou 80 com a alimentação e os exageros voltam a fazer parte da rotina e retornamos ao início do ciclo novamente. Quantas dietas você já iniciou e terminou de forma semelhante à essa? Acontece que isso é muito mais comum e frequente do que imaginamos. Em média, 90 a 95% das pessoas que fazem dieta acabam desistindo ou reganhando o peso perdido e sabe porquê? Justamente porque existem questões além de calorias, pesos e medidas que devem ser avaliados e levados em conta quando o assunto é emagrecimento e uma dieta restritiva ou um mero cardápio calculado não consegue abordar isso totalmente. Essas questões são principalmente sobre como você se relaciona com a comida, sobre como era a sua alimentação desde a infância, como é a sua personalidade: será que você é uma pessoa que se cobra muito? O que determinados alimentos significam para você e qual papel eles exercem na sua vida?

Pois é, esses são questionamentos importantes e que merecem atenção e é aí que a Terapia Alimentar entra. Ela é um método diferenciado, embasado na Nutrição Comportamental, na Terapia Cognitivo Comportamental e no Coaching Nutricional que visa principalmente a mudança de comportamento do indivíduo frente a comida. Se você se identificou com essas questões, procure um profissional que possa te auxiliar de maneira integrativa e mais humanizada, dando atenção à real causa do problema!