Revista movimentos 10ª Edição

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revistamovimentos

ANO III - Nº 10 Junho de 2016

REPORTAGEM ESPECIAL

Todos brasileiros

COMPORTAMENTO

Como vencer o vício do tabagismo

OPINIÃO

ARTIGO

Brasil a ponto de um colapso

Eleições 2016



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SUMÁRIO

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MOVIMENTOS

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CAPA Olimpíadas no Brasil, um dever de casa para os brasileiros

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REPORTAGEM ESPECIAL Todos brasileiros

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COMPORTAMENTO Como vencer o vício do tabagismo

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OPINIÃO Brasil a ponto de um colapso

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ESPORTE Pilates e você!

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CIDADE Uma cidade inclusiva

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FOTOS: 1 SHUTTERSTOCK 2 SHUTTERSTOCK 3 SHUTTERSTOCK 4 SHUTTERSTOCK

ARTIGOS

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Bem estar e bichos uma combinação que dá certo Síria: Uma nação que sangra Eleições 2016 O divórcio hoje O protagonismo jovem dos escoteiros FIQUE POR DENTRO “Aconteceu e você não viu”

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Editorial

FOTOS: SHUTTERSTOCK

É com imensa satisfação que passamos às suas mãos mais uma edição da Revista Movimentos. Não temos escondido nossa grande preocupação com a família e a pessoa humana, daí o caráter mais informativo dos vários artigos que ajudam na reflexão para a vida. De certo, o objetivo é tentamos ajudar os leitores na compreensão do momento em que nosso país atravessa, e os riscos que se aproximam da família, como tradicionalmente a conhecemos. Um tom mais de alerta sobre várias questões se tornaram necessários. Tratar de questões críveis, revigoram nosso modo de pensar, estimula o raciocínio e alarga nossa visão. Os aspectos trabalhados nessa edição, lançam mão de aspectos físicos, emocionais, psicológicos e principalmente os filosóficos, já que o ato de pensar leva-nos à libertação de vários dogmas e paradigmas que se consolidaram com o passar do tempo ou com o conformismo e desinteresse pela reflexão. A matéria da capa, sobre as Olimpíadas visa dar notoriedade ao fato em que nosso país está envolvido, destacando os esportes, mas fazendo uma reflexão importante, dado os últimos acontecimentos políticos em nossa nação. Dessa vez os animais domésticos foram lembrados e a responsabilidade nas eleições, com nossos deveres e direitos, não foram esquecidos, principalmente porque chegou a hora de mostrarmos a nossa força, elegendo somente pessoas dignas, incorruptíveis e sensíveis a voz do povo. Os autores não escondem a tendência cristã dos fatos e nem deixam de relacioná-los com o aspecto mais considerável da vida humana - a fé. Com assuntos sobre dependência de drogas, infelizmente permitidas pelo governo, assim como sobre as complexidades e consequências do divórcio que não podem ser evitados, cumprimos nossa missão de respeito e solidariedade com os agentes da família que são os responsáveis pela felicidade do lar. Nossos anunciantes, que a cada dia cresce em número, pois acreditam na equipe da Revista Movimentos, procuraram apresentar o que de melhor eles tem no pouco espaço que possuem. Nosso desejo é que com a leitura desta edição, os textos bem elaborados e longe de futilidades, colaborem com o crescimento da consciência de uma sociedade de padrões morais elevados. Afinal de contas todos concordam que uma revista de verdade, não só deseja vender, como órgão de informação, mas deve se posicionar diante das ameaças que tentam destruir nossa liberdade e democracia, adquirida com tanto sacrifício. Boa leitura! Luciano Estevam Gomes Diretor Executivo da Revista Movimentos

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Expediente

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Diretor Executivo Pr. Luciano Estevam Gomes Jornalista Responsável Cibele Alves Registro Profissional: 0003315/ES Textos Alexandre Manhãs Carla Guimarães Cibele Alves Débora Amorim Ednilson Correia de Abreu Giseli Forechi Gustavo Rocha Gomes José Alberto Paiva Leo Fávaro Luciano Estevam Gomes Mirleide de Araújo Cáo Ricardo Brandão Machado Talita Araújo Projeto Gráfico e Diagramação Wanderson Scofield do Nascimento Terci Colaboração Israel Moret Tiragem 5.000 exemplares Contato comunicacao@pibara.org.br Facebook/revistamovimentos Produção Primeira Igreja Batista em Aracruz www.pibara.org.br CNPJ: 27.013.044/0001-02 Telefones: (27) 3256 1475 (27)99974 5229


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Por CIbele Alves

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alta pouco para o Brasil receber atletas e turistas de toda parte do mundo para o maior evento esportivo, as Olimpíadas. Seremos o primeiro país da América do Sul a sediar os Jogos Olímpicos. Mesmo em meio a crise política e econômica que vivemos no país, a esperança é que sejam dias de paz, muita competição entre os atletas e porque não dizer muitas medalhas para o Brasil. A definição em que o Rio de Janeiro seria a sede das Olimpíadas de 2016, aconteceu na eleição em Copenhague, na Dinamarca, no ano de 2009, quando vencemos a concorrência com Madri, Tóquio e Chicago entre os membros do Comitê Olímpico Internacional (COI). O argumento defendido para sediarmos os jogos foram o ineditismo do local e pelo positivo momento econômico da época.

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Sabemos que foram e ainda serão gastos muito dinheiro para a realização deste evento. Em 2009, quando apresentamos a candidatura para receber os Jogos Olímpicos, o dossiê estimava o custo de R$ 28,8 bilhões (valor da época), isso fora os milhões gastos com a campanha para trazer os jogos para o Brasil. Em janeiro deste ano, a Autoridade Pública Olímpica (APO) divulgou o resultado de uma revisão de custos dos Jogos Olímpicos, o montante apresentado chegou a R$ 39,1 bilhões. Segundo a APO, 60% dos recursos necessários para a realização dos Jogos serão advindos da iniciativa privada. Verdade que estamos gastando muito aquém dos 11,15 bilhões de libras consumidos na edição de 2012, em Londres. No entanto, também estamos pagando muito caro para honrar o compromisso que assumimos alguns anos atrás. Reconhecemos

a importância de estimular a prática de esporte, mas precisamos ser sinceros que hoje essa não seria nossa prioridade. Talvez toda essa força tarefa do poder público e privado só acontece por causa da “energia que a Olimpíada traz”, porque não vemos o mesmo interesse quando falamos da educação, saúde e segurança do nosso país. Jogos Olímpicos – A história do maior evento esportivo que acontecerá na cidade do Rio de Janeiro nos dias 05 a 21 de agosto, e que irá envolver cerca de 10.500 atletas de 206 países, teve início na Grécia Antiga, onde foram disputadas quase 300 edições, que deixaram de ocorrer tempos depois da invasão dos romanos à Grécia. Em 1894, em uma convenção realizada com a presença de delegados de 13 países, Pierre de Frédy, mais conhecido como o Barão de Coubertin, conseguiu da Grécia a promessa que sediaria a primeira Olimpía-


da da era moderna. De lá pra cá, os jogos só não aconteceram devido a primeira e segunda guerra mundial. Desde do seu surgimento, os jogos têm alguns símbolos, um deles é o fogo, ou melhor a chama olímpica. Os antigos gregos consideravam o fogo um elemento divino e mantinham chamas acesas em frente a seus principais templos. Para assegurar sua pureza, as chamas eram acesas por meio de uma “skaphia” – espécie de espelho côncavo que converge os raios do sol para um ponto específico. O primeiro revezamento da tocha olímpica da Era Moderna foi aprovado pelo Comitê Olímpico Internacional em 1934, por sugestão de Theodore Lewald, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Berlim. Para a atual edição dos jogos, em 95 dias cerca 12 mil pessoas participaram do revezamento da Tocha Rio 2016. A chama da Tocha Olímpica acessa na Grécia passará por mais de 300 cidades do Brasil. Percorrendo um total de 20 mil quilômetros em terra e 10 mil milhas aéreas. O ponto final desse revezamento é na cerimônia de aber-

tura, no Maracanã, onde a pira Olímpica é acesa, dando início aos jogos. Dentre as cidades que irão receber a tocha, o Espírito Santo teve nove cidades completadas. Desde do dia 03 de maio a Tocha Olímpica vem rodando o país, no Estado ela chegou no dia 16, onde ficou por três dias percorrendo as cidades de Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari, Vila Velha, Vitória, Serra, Aracruz, Linhares, Colatina e São Mateus. Em Aracruz, a tocha chegou no dia 18 de maio e fez um percurso de 3,4 km com participação de 18 condutores. De acordo, a Polícia Militar o evento teve a participação de cerca de 15 mil pessoas. Para participar deste momento a Prefeitura de Aracruz investiu R$ 14.500, com o palco para encerramento do evento, separador de público, impressões de folhetos, camisas da organização e voluntários, fitas zebradas e estrutura de som. Brasil nos jogos - Em 17 dias serão disputadas 306 provas com medalhas, em 42 esportes. Nesta edição teremos uma delegação recorde na competição. Por sermos

FOTOS: ISTOCKPHOTOS

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o país sede, já temos asseguradas pelas Federações Internacionais (FIs) a participação em algumas modalidades, outras teremos de conquistar pela qualificação ou pela obtenção dos índices olímpicos estabelecidos pelo regulamento das FIs. Ainda na primeira quinzena de maio, já tínhamos confirmadas 434 vagas nos Jogos Olímpicos de 2016. As modalidades que mais teremos representantes será no atletismo e natação. Dentre estes atletas já confirmado segundo o comitê Olímpico Brasileiro (COB) os capixabas Larissa França (vôlei de praia), Alison Ceruti e Bruno Schmidt (vôlei de praia), João Gomes Júnior (natação), Daiene Dias (natação) e Natália Gáudio (ginástica rítmica). Outros seis capixabas compõem a seleção brasileira em suas respectivas modalidades e estão apenas no aguardo da convocação, o que acontecerá próximo ao início das Olimpíadas. Eles são: Alexandra Nascimento (handebol feminino), Vinícius Teixeira (handebol masculino), Gabi Zanotti (futebol feminino), Francielly Machado (ginástica rítmica) e Pâmella Oliveira (triatlo).

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A PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NOS

JOGOS OLÍMPICOS

1920 – ANTUÉRPIA

1960 – ROMA

• 21 atletas (21 homens) • 5 modalidades (natação, polo aquático, remo, saltos ornamentais e tiro esportivo)

• 81 atletas (80 homens e 1 mulher) • 14 modalidades (atletismo, basquete, boxe, ciclismo pista, futebol, hipismo saltos, levantamento de peso, natação, pentatlo moderno, polo aquático, remo, saltos ornamentais, tiro esportivo e vela)

1924 – PARIS • 12 atletas (12 homens) • 3 modalidades (atletismo, remo e tiro esportivo) 1928 – AMSTERDÃ • O Brasil não disputou os Jogos Olímpicos de 1928 1932 - LOS ANGELES • 67 atletas (66 homens e 1 mulher) • 5 modalidades (atletismo, natação, polo aquático, remo e tiro esportivo) 1936 – BERLIM • 94 atletas (88 homens e 6 mulheres) • 10 modalidades (atletismo, basquete, boxe, ciclismo estrada, esgrima, natação, pentatlo moderno, remo, tiro esportivo e vela) 1948 – LONDRES • 81 atletas (70 homens e 11 mulheres) • 11 modalidades (atletismo, basquete, boxe, esgrima, hipismo, natação, pentatlo moderno, remo, saltos ornamentais, tiro esportivo e vela) 1952 – HELSINQUE • 108 atletas (103 homens e 5 mulheres) • 15 modalidades (atletismo, basquete, boxe, esgrima, futebol, hipismo CCE, hipismo saltos, levantamento de peso, natação, pentatlo moderno, polo aquático, remo, saltos ornamentais, tiro esportivo e vela) 1956 – MELBOURNE • 48 atletas (47 homens e 1 mulher) • 12 modalidades (atletismo, basquete, boxe, ciclismo pista, hipismo saltos, levantamento de peso, natação, pentatlo moderno, remo, saltos ornamentais, tiro esportivo e vela)

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Revista da da Primeira Primeira Igreja Igreja Batista Batista em em Aracruz Aracruz Revista

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1964 – TÓQUIO • 69 atletas (68 homens e 1 mulher) • 11 modalidades (atletismo, basquete, boxe, futebol, hipismo saltos, judô, natação, pentatlo moderno, polo aquático, vela e vôlei) 1968 – CIDADE DO MÉXICO • 84 atletas (81 homens e 3 mulheres) • 13 modalidades (atletismo, basquete, boxe, esgrima, futebol, hipismo saltos, levantamento de peso, natação, polo aquático, remo, tiro esportivo, vela e vôlei) 1972 – MUNIQUE • 89 atletas (84 homens e 5 mulheres) • 14 modalidades (atletismo, basquete, boxe, ciclismo estrada, futebol, hipismo adestramento, hipismo saltos, judô, levantamento de peso, natação, remo, tiro esportivo, vela e vôlei) 1976 – MONTREAL • 93 atletas (86 homens e 7 mulheres) • 12 modalidades (atletismo, boxe, esgrima, futebol, judô, levantamento de peso, natação, remo, saltos ornamentais, tiro esportivo, vela e vôlei) 1980 – MOSCOU • 109 atletas (94 homens e 15 mulheres) • 15 modalidades (atletismo, basquete, boxe, ciclismo estrada, ciclismo pista, ginástica artística, judô, levantamento de peso, natação, remo, saltos ornamentais, tiro com arco, tiro esportivo, vela e vôlei) 1984 – LOS ANGELES • 151 atletas (129 homens e 22 mulheres) • 20 modalidades (atletismo, basquete, ciclismo estrada, ciclismo pista, futebol, ginástica artística, ginástica rítmica,

hipismo CCE, hipismo saltos, judô, natação, nado sincronizado, polo aquático, remo, saltos ornamentais, tênis, tiro com arco, tiro esportivo, vela e vôlei) 1988 – SEUL • 170 atletas (135 homens e 35 mulheres) • 22 modalidades (atletismo, basquete, boxe, ciclismo estrada, ciclismo pista, esgrima, futebol, ginástica artística, hipismo saltos, judô, levantamento de peso, luta, natação, nado sincronizado, remo, saltos ornamentais, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, vela e vôlei) 1992 – BARCELONA • 197 atletas (146 homens e 51 mulheres) • 25 modalidades (atletismo, basquete, boxe, canoagem, ciclismo estrada, esgrima, ginástica artística, ginástica rítmica, handebol, hipismo CCE, hipismo saltos, hóquei (demonstração), judô, levantamento de peso, luta, natação, nado sincronizado, remo, saltos ornamentais, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, vela e vôlei) 1996 – ATLANTA • 225 atletas (159 homens e 66 mulheres) • 21 modalidades (atletismo, basquete, boxe, canoagem, ciclismo estrada, futebol, ginástica artística, handebol, hipismo adestramento, hipismo CCE, hipismo saltos, judô, levantamento de peso, natação, remo, tênis, tênis de mesa, tiro esportivo, vela, vôlei e vôlei de praia) 2000 – SIDNEY • 205 atletas (111 homens e 94 mulheres) • 27 modalidades (atletismo, basquete, boxe, canoagem, ciclismo estrada, ciclismo mountain bike, esgrima, futebol, ginástica artística, ginástica rítmica, handebol, hipismo adestramento, hipismo CCE, hipismo saltos, judô, levantamento de peso, natação, natação sincronizada, remo, saltos ornamentais, taekwondo, tênis, tênis de mesa, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia)


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2004 - ATENAS • 247 atletas (125 homens e 122 mulheres) • 29 modalidades (atletismo, basquete, boxe, canoagem, ciclismo estrada, ciclismo mountain bike, esgrima, futebol, ginástica artística, ginástica rítmica, handebol, hipismo adestramento, hipismo CCE, hipismo saltos, judô, lutas, natação, nado sincronizado, pentatlo moderno, remo, saltos ornamentais, taekwondo, tênis, tênis de mesa, tiro esportivo, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia) 2008 – PEQUIM

2012 - LONDRES • Atletas: 259 (136 homens e 123 mulheres) • 32 modalidades (atletismo, basquete, boxe, canoagem slalom, canoagem velocidade, ciclismo BMX, ciclismo estrada, ciclismo mountain bike, esgrima, futebol, ginástica artística, handebol, hipismo adestramento, hipismo CCE, hipismo saltos, judô, levantamento de peso, lutas, nado sincronizado, natação, pentatlo moderno, remo, saltos ornamentais, taekwondo, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia. *Dados fornecidos pelo COB.

Se olharmos para os números apresentados pela COB vemos que estamos avançando na participação dos jogos. Mas percebemos que precisamos e podemos avançar ainda mais, mas para isso é necessário a força tarefa novamente do poder público e privado. Acredito que o “legado das Olimpíadas”, já irá ajudar muitos atletas que antes não tinham um local apropriado para os treinos. Mas precisamos ir além, precisamos estimular desde cedo o esporte e dar todo suporte para a profissionalização dos atletas. Preparar nossas escolas para serem mais um instrumento da socialização do esporte seria um bom começo, uma vez que unidades de ensino são berços de talentos. Enquanto avançamos timidamente em nossa participação nos Jogos Olímpicos, torçamos pelo nosso Brasil, mas não fechemos os olhos para o que está acontecendo na política e na economia, para que, de alguma forma, possamos corajosamente sair vitoriosos nestas áreas que a tempos parece estarmos cada vez mais longe de alcançarmos uma medalha. X

FOTOS: SHUTTERSTOCK

• Atletas: 277 atletas (144 homens e 133 mulheres) • 32 modalidades (atletismo, basquete, boxe, canoagem velocidade, canoagem slalom, ciclismo estrada, ciclismo mountain bike, esgrima, futebol, ginástica artística, ginástica rítmica, handebol, hipismo adestramento, hipismo CCE, hipismo saltos, judô, levantamento de peso, lutas, natação, nado sincronizado, pentatlo moderno, remo, saltos ornamentais, taekwondo, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia).

Cibele Alves, jornalista.

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Reportagem Especial

Todos Brasileiros FOTO: SHUTTERSTOCK

Por Talita AraĂşjo

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Reportagem Especial

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m 2014, somente no futebol, surgiram 12 casos de racismo que foram notícia no Brasil e no mundo Devido a sua história, o Brasil é um país multiétnico; os nativos foram denominados pelos colonizadores de índios e eram descendentes de homens que chegaram às América através do Estreito de Bering. Os colonizadores eram os portugueses que após a descoberta da nova terra se empenharam em explorar suas riquezas. Depois vieram os africanos que foram forçados a embarcarem nos navios e a trabalharem na lavoura do século 14. Em seguida, houve a imigração de europeus principalmente no sul do Brasil, e no inicio do século 20 os imigrantes orientais começaram a chegar. Apesar de tantas etnias que viveram no mesmo território e das misturas entre os povos, o racismo no país ainda é grande. Hoje, o racismo dá-se de forma mais velada, porém, neste ano tem atingido a população de forma contundente como nos casos ocorridos no futebol. Diferente de outras nações é característico do Brasil a mistura étnica dos povos que vivem em seu solo. Não há somente indígena, brancos, negros, e asiáticos, mas um mistura de cores e raças de onde surgiram os pardos, mulatos, caboclos e cafuzos. Essa mistura aparentemente fez com que o país fosse conhecido como local onde as diferenças étnicas não são um problema. Mas, em pleno século 21, ainda é possível encontrar casos de racismo explícito e que vem chamando a atenção da mídia. Uma das mais recentes e tumultuadas expressões racistas de repercussão nacional aconteceu durante uma partida entre Grêmio e Santos, válida pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, no dia 28 de agosto, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. Torcedores do Grêmio, time da casa, insultaram o goleiro Aranha do Santos ao chamá-lo de “macaco” e fizeram gestos ofensivos. Aqueles que foram idenficados foram denunciados pelo Ministério Público por racismo. Mas esse não foi o único caso, Arouca, também do time do Santos, foi hostilizado por ser negro em partida da Libertadores da América no Peru, Daniel Alves teve uma banana jogada em sua direção na Espanha e o jogador italiano Mário Batotelli é constantemente hostilizado na Itália. Os casos de racismo contra jogadores, todos ocorridos em 2014, são apenas alguns dos exemplos que mais ganharam

destaque na mídia, pois ocorreram diante de câmeras em eventos com grande público. Contudo o racimo é algo que, infelizmente, faz parte da realidade do Brasil. Ocorre nas periferias, empresas, comércios, espaços públicos e privados. RACISMO E POBREZA O número de negros vítimas da violência é maior do que a infringida a não negros. Segundo o estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), um jovem negro no Brasil tem 3,5 vezes mais probabilidade de ser morto. O dado faz parte da pesquisa “Vidas Perdidas e Racismo no Brasil”, publicada em novembro de 2013. Esse estudo ainda mostra que a herança do período da escravidão e a dificuldade de acesso à escola e emprego são questão que interferem no número de negros que morrem cotidianamente no Brasil. A descriminação da cor da pele bloqueia, segundo a pesquisa, o acesso de oportunidades de trabalho, além de dificultar o crescimento profissional daqueles que conseguiram se inserir no mercado. Mesmo que de maneira velada, os autores do estudo acreditam que o discurso de que o negro é inferior e incapaz de realizar trabalhos qualificados continua sendo repetido, e que isso é uma “grande dívida que a sociedade brasileira tem em relação aos afrodescendentes”. COMBATENDO O RACISMO O racismo atinge diversos países e etnias, como, por exemplo, os Estados Unidos e a África do Sul, que ainda hoje luta contra este mal. Martin Luther King Jr., pastor americano morto em 1968, foi a principal liderança do movimento negro não violento e a pessoa mais jovem a receber um prêmio Nobel da Paz, em razão da luta pela igualdade racial. O seu famoso discurso, conhecido como “I have a dream” (Eu tenho um sonho), proferido na cidade de Washington é citado por lideranças no mundo até hoje. A forma de luta pregada por Martin Luther King Jr. era inspirada nas ações do indiano Ghandi: desobediência civil e não cumprimento de leis e normas impostas a sociedade, mas realizadas de forma pacífica. Ele buscava a conscientização e o diálogo sobre as questões referentes ao racismo contra negros nos Estados Unidos. O líder sul-africano Nelson Mandela foi um dos mais importantes sujeitos políticos atuantes contra o processo de discriminação instaurado pelo apartheid, na África do

Sul, e se tornou um ícone internacional na defesa de causas humanitárias. Apesar de atuar de forma insurgente no início de sua participação no combate ao racismo, Mandela, após sair da prisão, estabeleceu uma nova linha de atuação: buscou combater as leis e atitudes discriminatórias de maneira conciliadora. Em 1993, recebeu o prêmio Nobel da Paz e, em 1994, foram organizadas as primeiras eleições multirraciais da África do Sul. A vitória eleitoral de Nelson Mandela iniciou o expurgo das práticas racistas do Estado africano e rendeu grande reconhecimento internacional a Mandela. Depois de cumprir mandato como presidente, em 1999, Mandela atuou em diversas áreas humanitárias. O líder sul-africano exerceu também um grande papel na luta contra a AIDS. A educação e o diálogo são os melhores meios para o combate a todo tipo de racismo derivado das diferenças étnicas. A inserção social também é um meio de se eliminar a ideia de que as diferenças são negativas. E o combate à pobreza é um dos pontos essenciais para que todos sejam brancos, indígenas, negros, ou asiáticos, possam viver em igualdade e unidade como sonharam Martin Luther King Jr. e Nelson Mandela. TODOS IGUAIS A bíblia apresenta em Gênesis a história de toda a Criação. O criacionismo afirma que homem e mulher foram todos gerados a partir do primeiro casal. E desde a saída do Jardim do Éden, os descendentes desse casal se espalharam pela Terra, adquirindo características e desenvolvendo habilidades de acordo com a região em que se estabeleceram. Em outro ponto, a epístola de Tiago, no capítulo 2 versículo 1 diz: “Meus irmãos, como crente em nosso glorioso Jesus Cristo, não façam diferenças entre as pessoas, tratando-as com favoritismo”. Esse discípulo de Jesus reforça que as pessoas possuem diferenças, mas essas características não devem receber nenhuma atenção especial. O próprio Jesus mostrou o Seu imenso amor por toda a humanidade. “...Aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de alguns homens, mas nasceram de Deus” (João 1:12-13). X Talita Araújo, jornalista da Revista FelizCidade.

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Reportagem Especial


PILATES OSTEOPATIA NUTRICIONISTA MUSCULAÇÃO TERAPÊUTICA REEDUCAÇÃO POSTURA GLOBAL AGULHAMENTO A SECO BANDAGEM FUNCIONAL

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Comportamento

como

vencer

o vicio do

tabagismo Por Ricardo BrandĂŁo Machado

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s primeiros programas de tratamento psicológico para superar o tabagismo iniciaram junto com as técnicas de terapia e modificação de comportamento, no início da década de 70. A partir dessa época eram utilizados procedimentos aversivos como o pareamento do ato de fumar com choque elétrico. Foram poucos os casos de sucesso. Há níveis de dependência química e diferenças nos recursos pessoais. Há pessoas que conseguem largar o cigarro somente com a ajuda de redes de apoio como a família, a igreja ou participando de programas comunitários. Há tratamento farmacológico para ajudar os fumantes largarem o cigarro como o uso do chiclete de nicotina. Deveras, o vício envolve aspectos orgânicos, psicológicos, comportamentais e sociais. Contudo, medidas isoladas que desconsideram a integralidade do sujeito costumam proporcionar resultados efêmeros. Nos casos em que o nível de abstinência é baixo, o de dependência à nicotina é alto e os recursos pessoais são precários é necessário uma inter venção profissional. O ideal é que o fumante

Comportamento

admita que precisa de ajuda especializada e que se comprometa em seguir um programa planejado com intervenção clínica e específica. A família também pode cooperar não julgando o viciado, compreendendo que não basta força de vontade e apoiá-lo no processo de novas aprendizagens. Para formular um programa específico para a pessoa, considerando suas peculiaridades, é imperioso fazer antes uma avaliação do comportamento de fumar. Para tanto, são utilizados os autoregistros, avaliação fisiológica, o teste de Fagerstrom de dependência da nicotina e as escalas de autoeficácia que procuram medir a convicção que o sujeito possui que pode realizar com êxito o comportamento requerido para obter os resultados esperados. Como psicólogo cognitivo-comportamental, recomendo o programa psicológico multicomponente. Trata-se de um processo gradativo em que o fumante é submetido a procedimentos e técnicas específicas em cada fase do tratamento. Na fase de “preparação para deixar de fumar”, objetiva-se maximizar o engajamento e a motivação da pessoa para que abandone o cigarro. Um método empregado é a assinatura de um contrato de contingências e um depósito bancário. À medida que o paciente progride nas etapas do tratamento faz resgates proporcionais. É possível o acompanhamento do desempenho do sujeito através de auto registros (quantidade e horários) e a representação gráfica do consumo. Na segunda fase, “abandono do cigarro”, são aplicadas as técnicas de reter a fumaça, redução gradual do consumo de nicotina e alcatrão, fumar rápido e saciação. Entrando na abstinência, segue-se a terceira fase, “manutenção”, na qual o sujeito passa por um treinamento em habilidades sociais para enfrentar situações que provoquem ansiedade e outros motivos que conduziam ao comportamento do fumo. Essa é uma etapa de prevenção das recaídas, que visa manter os ganhos do tratamento em longo prazo.

Além dos programas psicológicos, ajudaria em muito o dependente de tabaco, bebida alcoólica e qualquer droga legalizada participar de programas comunitários em pequenos grupos. A Neurociência e campos da Psiquiatria e Psicologia tem reconhecido que é indubitável a contribuição da fé como recurso potencializador para o sujeito se tornar protagonista na reconstrução de sua própria história. A igreja tem essa vocação terapêutica. O psiquiatra norte americano Harold G. Koenig afirmou em entrevista à Revista Veja que há “um poder invisível da fé na prevenção de doenças e uma relação significativa entre frequência da prática religiosa e longevidade, haja vista que as pessoas devotadas convivem em comunidades com indivíduos que oferecem suporte emocional”. Diversos são os benefícios de participar de um grupo terapêutico na igreja. Ao ouvir a experiência de outros dependentes, o sujeito tem suas percepções e afetos transformados. Compreende que não é o único a experienciar sofrimentos e sentimentos de impotência, frustração e desqualificação. Sente-se acolhido pelo grupo do jeito que é. É desafiado a progredir inspirado no exemplo de outros pares que estão conseguindo superar o vício. Recebe reforço positivo social imediato ao compartilhar seus avanços. Esperança, encorajamento, amor, empatia, congruência, autoconhecimento e fortalecimento da autoeficácia são engendrados em grupos com dificuldades e objetivos em comum. Afetos de solidão e fracasso são gradativamente substituídos a partir de ressignificações da própria vida, do passado e do presente. O sujeito é inspirado a projetar novas alternativas e soluções para um futuro promissor. Aprende estratégias de enfrentamento mais saudáveis e adaptativas para lidar com suas angústias e problemas em vez de ceder às recaídas. X Ricardo Brandão Machado, psicólogo, escritor, bacharel em Teologia e pós-graduado em Competências Docentes no Ensino Superior.

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Opinião

FOTO: SHUTTERSTOCK

Brasil a ponto C

omo não nos indignarmos com fatos que chegam distorcidos ao conhecimento da maioria da população, enganada e ludibriada com informações duvidosas? É alarmante ver pequenos grupos em várias partes do Brasil atrapalhando a vida de tanta gente, fazendo micro manifestações, sem nenhuma expressão representativa do povo brasileiro que, aliás, não aguenta mais essa política interesseira, casuísta e tendenciosa, que se faz hoje em dia. É um absurdo ver essas manifestações atrapalhando a vida de todo mundo, como por exemplo, brasileiros e brasileiras indo para hospitais, entrevistas de oportunidade de emprego e a maioria para trabalhar, afinal de contas, alguém tem que trabalhar, não é verdade? Nem todo mundo vive de “Pão e Circo”.

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Qual a razão dessas manifestações? Sair em defesa da presidente Dilma Roussef depois que o Senado brasileiro decidiu pelo seu afastamento no processo do impeachment. Porque defender um governo que apresentou tanta corrupção? Só no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o rombo foi de mais de 500 bilhões de reais, e inaugurou um tempo de caos. Quando digo caos, não me refiro as pedaladas e empréstimos sem autorização do legislativo, que aliás os defensores do governo afastado, dizem que foi para pagar projetos sociais, quando na verdade dos 52 bilhões das ditas pedaladas fiscais, apenas um pouco mais de 1% foi para projetos sociais, tipo bolsa família. Não, não estou me referindo a isso, mas sim da situação em que nos

encontramos: inflação crescente, desemprego em alta, atendimentos hospitalares decadentes, segurança precária e, mesmo diante disso tudo, a quantidade de dinheiro do BNDES que foi para Cuba, Venezuela, Bolívia, Paraguai e outros países. Além do perdão das dívidas de países africanos, controlados por ditaduras, que segundo a BBC de Londres, chegou a 1 bilhão de dólares. Nesse caso, não podemos deixar passar o seguinte questionamento: como o PT, que se diz um partido de democracia, colabora com governos ditadores? Dentro dessa dívida estão as quadrilhas de empreiteiras, aparelhadas pelo poder estatal ou vice e versa, já com muitos condenados e presos. Agora, o que mais me deixa intrigado é ver as pessoas que ainda apoiam o governo afastado e que conseguem apenas enxergar outros corruptos nos


Opinião

de um colapso Por Luciano Estevam Gomes

partidos PSDB, DEM, PMDB e PP, mas estranhamente não conseguem ver e nem censurar a corrupção da maioria absoluta do PT, que aliás, uma boa parte já está condenada e presa por conta do mensalão que causou um rombo de 70 milhões aos cofres públicos, e muitos outros atualmente estão sendo presos por conta da Operação Lava Jato que, para desespero de todos os partidos, vai continuar prendendo quem provocou o maior ato de corrupção da história de nossa república. O prejuízo foi tão grande que fez com que o próprio governo do PT diminuísse os programas sociais, como o Fies, financiamento do Minha Casa Minha Vida, dentre outros. Também me impressiona que os que apoiam e discursam a favor do governo afastado, e que se dizem contra a corrupção de outros partidos, não se

manifestam contra os seus próprios corruptos. Aliás, nunca vi uma nota de repúdio do partido pelos políticos do seu próprio partido. Lembro-me das prisões do mensalão, quando os líderes do PT ao serem presos, estendiam suas mãos algemadas em pose de vitória diante de aplausos dos petistas, como se fossem heróis. Um absurdo! Até mesmo agora, esses mesmos apoiadores não conseguem ou não querem enxergar os que estão no Senado gritando em defesa do governo, mas que pesa sobre eles acusações sérias. Sendo assim, cabe alguns questionamentos: esse discurso pela democracia é um faz de conta? Justifica aceitar a corrupção e apoiar os corruptos para continuar no poder? É um sofisma dizer que o PT e o governo conseguiram tirar 30 milhões da linha da pobreza, quando na verdade

esses 30 milhões junto com o restante dos brasileiros, não possuem hospitais para serem atendidos e são roubados e mortos pelo aumento absurdo da marginalidade. Nesse caso, cabe outro questionamento: se o governo retirou tantos da linha da miséria e da pobreza, não era de se esperar que muitos destes não se voltassem para a violência e as drogas, e os índices de violência tivessem diminuídos? Acorda Brasil. Vamos orar, mas não vamos ser ingênuos. Vamos participar da política e retirar aqueles que não são dignos para estar no poder, conscientizando nosso povo a exercerem um voto consciente e desinteressado, pensando no futuro da nossa nação. X Luciano Estevam Gomes Pastor Batista, Pedagogo, Especialista em Educação e Mestre em Teologia.

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Bíblia

Monumento à A PEDRA DE ONDE SAI A CHAPA, SIMBOLIZA A ROCHA “... pois bebiam da rocha espiritual que os acompanhava, e essa rocha era Cristo” ( I Coríntios 10: 4b).

A CHAPA QUE SAI DA ROCHA, SIMBOLIZA A ESPADA “Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Efésios 6:17).

A PLACA DE AÇO INOX CHUMBADA NA CHAPA, SIMBOLIZA A PREGAÇÃO “No devido tempo, ele trouxe à luz a sua palavra, por meio da pregação a mim confiada por ordem de Deus, nosso Salvador” (Tito 1:3).


Um dia para ser lembrado

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dia 29 de maio de 2016, foi um dia especial para todos os evangélicos de Aracruz, pois celebramos a inauguração de um monumento em praça pública, destacando a importância que a Bíblia Sagrada deve ter em nossa cidade. O ato, por si só, já seria memorável, mas também foi cercado de significados importantes, pois representa o avanço do evangelho e a consolidação do trabalho das igrejas que amam o Senhor, zelam por sua obra e se submetem aos ensinos de sua Santa Palavra. Esse monumento não deve ser adorado, tão pouco venerado, pois tal atitude seria completamente reprovável, entretanto, deve ser visto como um memorial que inspire a leitura de suas sagradas páginas, assim como ao aprendizado de suas lições.

FICHA TÉCNICA DO MONUMENTO • Chapa em Aço Corten com 2 metros de altura por 80 cm de largura e 16mm de espessura, com 30 cm da chapa em Aço Corten, chumbada na pedra. • Placa estilizada, representando a Bíblia, em Aço Inox, com espessura de 3mm, soldadas na chapa de Aço Corten. • Placa de identificação na pedra, em alumínio fundido, em alto relevo com espessura de 6mm. • Moldura da placa de identificação em alumínio cor natural, espessura de 10mm acabada. • As letras da placa com os dizeres “MONUMENTO À BÍBLIA”, são do tipo “Berlin Sans FB”, em alumínio cor natural e altura de 20mm, com espessura de 2mm, fundidas na placa. • As outras letras da placa, são do tipo “Blue Highway”, em negrito e itálico, em alumínio, com altura de 15mm e 13mm de espessura, com 2mm fundidas na placa.


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Brasil, Brasil, o o pais pais do do

Esporte

SURF!

e você Por Giseli Forechi

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oras na frente do computador, bolsas pesadas, postura errada, filhos pequenos no colo. Seja qual for o motivo, todo mundo já sentiu ou vai sentir dor na coluna. E isso não é apenas uma suposição, a informação é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que afirma que todas as pessoas enfrentarão a dor ao menos uma vez na vida. Para combater o incômodo, na maioria dos casos o tratamento é feito com exercícios físicos. O Pilates é um dos exercícios apropriados para combater dores, na coluna principalmente. A prática corrige a postura, realinhando a coluna e fortalecendo a musculatura abdominal e das costas. Criado pelo alemão Joseph Pilates durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o método rapidamente caiu no gosto dos bailarinos, que o usavam como complemento ao treino. Mas foi só a partir da década de 90 que se popularizou, pela rápida percepção dos resultados, fazendo dele o método de condicionamento físico que mais ganha adeptos no mundo. É fundamental que durante a prática do método Pilates o uso consciente da respiração, o controle da musculatura do centro do corpo (Power house) e a suavidade dos movimentos não sejam esquecidos. É uma ótima opção de atividade física que com suavidade e prazer você ganhará condição pra enfrentar o sua dia-a-dia. X

Giseli Forechi, fisioterapêuta e empresária.

ALÉM DO FITNESS. Ajudar na reabilitação de pacientes está na essência do método. Conheça algumas indicações clínicas do Pilates.

IDOSOS: redus dores, aumenta a autoconfiança para tarefas diárias por causa da melhora do equilíbrio e diminui impactos nas articulações.

CÂNCER: os exercícios contribuem para a recuperação de movimentos e a flexibilidade de áreas afetadas pela doença.

ATLETAS: como trabalha o corpo todo, o atleta adquire mais agilidade, resistência, força muscular e mobilidade, o que o ajuda a se prevenir de lesões.

GRÁVIDAS: o fortalecimento do assoalho pélvico tem sido apontado como benéfico em casos de parto natural. reduz edemas de braços e pernas, dor lombar e melhora o equilíbrio.

FIBROMIALGIA: a técnica mostrou-se uma alternativa aos exercícios de relaxamento e alongamento para a redução da dor causada pela enfermidade. DOR LOMBAR: ajuda no alinhamento da coluna e no fortalecimento da região. Em pesquisas, mostra resultados semelhantes aos de outros métodaos fisioterapêuticos, com a vantagem de atrair maior adesão dos pacientes.

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FOTO: HUMBERTO DE MARCHI

Pilates


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Uma cidade

Cidade

inclusiva Por Débora Amorim

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construção de uma sociedade inclusiva é um processo de fundamental importância para o desenvolvimento e a manutenção de um Estado Democrático. Por isso, que se entende por inclusão a garantia, a todas as pessoas, do acesso contínuo a vida em sociedade, orientadas por relações de acolhimento a diversidade humana e do acesso coletivo na equiparação de oportunidades. Pensar a cidade de forma inclusiva é um dos grandes desafios a ser enfrentado pelos governantes. Mas é importante que a sociedade entenda que a tarefa não é exclusiva do poder público, mas de todo cidadão. Observa-se que nosso município, Aracruz, tem caminhado nessa direção quando percebemos em várias obras construídas, rampas de acesso para cadeirantes, piso tátil nas calçadas para deficiente visual (DV), corrimãos em vários locais. O Plano de Desenvolvimento Municipal (PDM 2008) vem sendo implantado gradativamente no município oferecendo a todos a oportunidade de interagir naturalmente na sociedade. Nesse processo, nossas escolas é parte fundamental para enfrentar esse desafio de acolhimento daqueles que necessitam de um atendimento especial. A educação inclusiva é aquela que proporciona uma educação voltada para todos, de forma que qualquer aluno que dela faça parte, independente de ser ou não portador de deficiências, tenha condições de conhecer, aprender, viver e ser, num ambiente livre de preconceitos que estimule suas potencialidades e a formação de uma consciência crítica. Vivenciamos um momento em que mundialmente se fala na inclusão escolar de alunos com deficiências na rede regular de ensino. Sabemos que a legislação é clara, quanto à obrigatoriedade em acolher e matricular todos os alunos, independente de

suas necessidades ou diferenças. Por outro lado, é importante ressaltar que não é suficiente apenas esse acolhimento, mas que o aluno com deficiências tenha condições efetivas de aprendizagem e desenvolvimento de suas potencialidades. Desta forma, a educação inclusiva no nosso município tem enfrentado os desafios de oferecer uma educação de qualidade para todos os seus alunos, pois construir uma escola inclusiva, não é assim tão fácil, precisa ter vontade, querer, acreditar que pode dar certo e o mais importante é ter consciência de que muito já se está sendo feito, mais ainda é pouco. As escolas que são construídas e reformadas no nosso município têm apresentado um espaço físico com acessibilidade, oferecendo rampas, corrimãos, banheiros acessíveis, adequando-as para a nova realidade. Embora ainda os projetos arquitetônicos sejam uma barreira para outras escolas em questão de acessibilidade. Porém, vale ressaltar que os recursos humanos existentes têm garantido o atendimento de qualidade aos alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e os com altas habilidades/super dotação. Podemos destacar: professores especialistas em educação especial; atendimento educacional especializado no ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libra); e o código Braille; formação do aluno para utilização dos recursos tecnológicos; comunicação alternativa disponibilização e preparação de materiais pedagógicos acessível ao aluno. Penso que no futuro a inclusão será natural, tão natural quanto a entrada de toda criança em idade escolar, independente de suas limitações, raça, religião e nacionalidade. X

Débora Amorim.

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Bacalhoada 1 kg de bacalhau salgado 500 g de batatas descascadas e cortadas em gomos Meio pimentão verde cortado em tiras Meio pimentão vermelho cortado em tiras 2 cebolas medias fatiadas 2 dentes de alho picadinhos 2 tomates maduros sem pele e sem semente cortados em gomos 100 g de azeitonas pretas sem caroço 1 pitada de pimenta-do-reino (se gostar) 3 ovos cozidos azeite para regar sal a gosto Preparo 1. Tire o sal do bacalhau por 2 Dias, trocando a água de duas a três vezes por dia, 2. Cozinhe o bacalhau por 20 a 25 mim, reserve a água do cozimento, 3. Com a mesma água do cozimento do bacalhau, cozinhe as batatas cortadas em gomos (prove o sal, caso necessite acrescente um pouco mais) e reserve, 4. Em um refratário, misture todos os ingredientes e regue com bastante azeite. (reserve um pouco de cada ingrediente para por em cima e ornamentar sua Bacalhoada), 5. Leve ao forno meio por 40 mim a 1h, 6. Sirva acompanhada de Arroz. de 2016 32 quem ou friajunho Revista da Primeira Igreja Batista em Aracruz

Cantinho da culin ária Por Gustavo Rocha Gomes


PREFEITURA DE ARACRUZ ENTREGA NOVAS OBRAS À POPULAÇÃO

Área de Lazer com quadra poliesportiva Morobá

Secom/PMA/Fotos: Humberto De Marchi

Praça Monsenhor Guilherme Schmitz Centro

Área de Lazer com quadra poliesportiva São José/Jacupemba

Nova ponte Guaraná

A cidade de Aracruz passa por transformações para tornar a vida do cidadão cada vez melhor. Essas mudanças têm sido frequentes nos últimos meses, graças às obras inauguradas e ao comprometimento da Prefeitura de Aracruz em oferecer obras de qualidade para as famílias do município. Exemplo disso é a reforma e revitalização da praça Monsenhor Guilherme Schmitz. Com planejamento, seriedade e organização é possível fazer com que a cidade cresça e se desenvolve cada vez mais.

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ocê tem algum bicho de estimação? No Brasil hoje, segundo o IBGE, cerca de 44% das casas têm cães, o que equivale 52 milhões de animais domesticados, o que nos mostra que há mais animais que crianças, que hoje chegam a 45 milhões. Sem falar na população de gatos que chegam a 22 milhões. Os animais fazem parte de uma sociedade que os têm como membros de suas famílias, eles alegram a vida de quem os têm, são carinhosos, meigos, amáveis e na maioria das vezes preenchem espaços com simplicidade e companheirismo, característica ímpar que os tornam ótima escolha para fazer parte de uma família. Talvez o que a maioria dos brasileiros ainda não têm é a dimensão dos benefícios que esses animais trazem para sua família. No Brasil e no

mundo, vários estudos apontam uma importância na convivência de crianças com animais, não apenas para ajudar no seu desenvolvimento ou na reabilitação, mas também para suprir a falta de irmãos, já que as famílias têm dito tido cada vez menos filhos. Além das crianças, adultos que passaram por uma separação e vivem sozinhos, idosos saudáveis ou no tratamento de doenças, passam a adotar um animal de estimação tendo como característica final, um aumento da sobrevida. Esses animais que já fazem tanto bem em nossas casas agora também estão atuando como mais um colaborador para recuperação de muitas vidas. Umas das mais belas imagens que já vi, durante minha carreira, foram de filhotes e crianças brincando, cães

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Por Mirleide Araújo Cáo

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sendo babás ou ajudando na reabilitação de pessoas e pessoas ajudando na reabilitação de cães. E para quem pensa que isso não existe: estudos sobre Terapia Assistida por Animais (TAA) são realizados em todo mundo, sendo um processo terapêutico formal em âmbito mundial, padronizada pela organização americana Delta Society que envolve serviços profissionais da área da saúde utilizando o animal como parte do trabalho (Dotti, 2005). Muitas espécies de animais são utilizadas para este fim, em destaque para a equina e a canina. A utilização de animais com fins terapêuticos já chega aos hospitais, instituições que trabalham com saúde, escolas, e promovem sempre melhoras significativas nas pessoas e nos ambientes, pois o simples contato com eles podem promover o bem-estar. Algumas das inúmeras contribuições desse contato com o animal são: mudanças comportamentais, sentimentais, afetivas, sociais, qualidade de vida e de saúde, assim como a diminuição da ansiedade, da tensão e do estresse e consequente melhora do humor, aumento da autoestima, estimulação da memória (principalmente em idosos), diminuição da pressão arterial sanguínea, do colesterol, melhora da condição física de pessoas levando a uma vontade de viver mais. (Costa, 2000; Caetano, 2010; McGuirk,200; Oliveira, 2003). Eles são especiais e ajudam no desenvolvimento das crianças e na reabilitação de pessoas, não importa a idade. Na minha profissão vemos coisas incríveis, que nunca imaginaríamos ver, e então conseguimos entender o porquê desses animais conseguirem cativar tanta gente: eles ouvem, falam com os olhos, expressam sons nunca entendíveis, mas que dizem tudo. Animais e crianças se dão tão bem, porque eles sabem cativar em seres humanos adultos, o que nós perdemos quando deixamos de ser crianças: a essência do simples e bonito. Isso explicaria a afirmação feita da Revista Science: “Cachorros amam seus donos com o mesmo amor do bebê por sua mãe”. Afirmando que conviver com um animal de estimação, olhar seus bichinhos nos olhos, brincar com eles ou acariciá-los, produz forte dose de oxitocina, chamada de “molécula do amor” nos humanos. Se nos humanos o desgaste das

relações amorosas comumente leva a uma queda na taxa de oxitocina, o que não ocorre com os animais, que sempre são bebês e consideram seu dono, homem ou mulher, como sua mãe. Então, considera-se que o amor que um animal sente por nós produz hormônios suficientes em nós, que nos faz amar de forma mais verdadeira. Isso se reflete em nosso organismo quando ocorre a liberação de neurotransmissores como B-endorfinas (o aumento dos níveis de endorfina, minimizam os efeitos da depressão), dopamina e os hormônios ocitocinas, prolactina e cortisol, que indicam reações fisiológicas associadas à interação homem-animal (Araceli, 2003; KAWAKAMI, 2002). Desta forma, o relacionamento do ser humano com um animal provoca, em geral, reações positivas e que podem combater a depressão e o isolamento pela simples ação hormonal que essa interação provoca. Quando era estudante, numa pesquisa de campo, denominada Medicina Veterinária Itinerante (Cáo, 2009), constatamos que cerca de 80% das casas das 232, que participaram do projeto, havia algum tipo de animal de estimação, e eles eram amados de maneira especial na maioria delas, haviam pessoas que davam mais vida aos animais e animais que levavam mais vidas às pessoas. Pessoas desenvolvem amor quando se tratam dos animais. Humanos que não conseguem amá-los de alguma forma, não conseguiriam amar um ser humano. Uns os têm por amor, outros criam animais pelos benefícios que eles trazem ao convívio humano, na maioria das vezes ensinando o ser humano ser mais humano. São irracionais, mas fazem do nosso mundo racional, algo mais bonito e encantador. Equoterapia - Outra alternativa utilizando da destreza de animais domésticos de grande porte é a equoterapia que proporciona a oportunidade de interação do meio físico e social, trabalhando a relação entre a consciência do sujeito e o mundo que o cerca. O equino trata-se de um animal dócil, de porte e força, que se deixa manusear e montar. Dessa forma, o praticante e o cavalo criam um relacionamento afetivo importante, onde se estabelecem uma relação harmoniosa e atuação mútua. (Toigoa, 2008) O cavalo não tem preconceitos e

aceita o praticante, independentemente da sua condição, ajudando-o a resgatar a autoestima e a enfrentar desafios que jamais ousaria antes do tratamento. O vínculo com o cavalo ajuda muito não só as deficiências, mas igualmente as perdas, traumas e fracassos. (Campos, 2015) O cavalo possui ciclos de movimentação análogos aos ciclos do homem durante sua andadura natural, o passo. O paralelismo entre o andar humano e o do cavalo é evidenciado pelo movimento tridimensional de ambos, mostrando que essa movimentação equina análoga ao movimento da marcha humana, que a descarga de peso em membros inferiores sobre o estribo e ainda a dissociação de cintura pélvica e escapular podem ajudar o praticante a melhorar sua marcha e sua postura, visando a melhora do ajuste tônico, alinhamento corporal, Equilíbrio Postural (EP) e a função global de pessoas portadoras de necessidades especiais (Ferreira, 2003; Brenda et al., 2003, McGibbon et al., 1998, Lechner e Feldhaus, 2003) e ainda segundo (Medeiros et al. 2002; Araújo et al.,2015) diminuir a possibilidade de queda em idosos por meio da correção do EP. É importante destacar que animais que participam de programas de reabilitação e tratamento, passam por avaliações clínicas, obrigatoriamente pela avaliação de profissionais da área de veterinária e da psicologia comportamental. Eles devem atender aos requisitos de saúde animal, sendo avaliados, reavaliados e monitorados. Os animais são testados quanto ao comportamento, obediência, socialização e aptidão, passando por reavaliações constantes. As pessoas que envelhecem em ambiente com plantas, animais e crianças podem viver mais e melhor, sabendo disso, William Thomas, médico geriatra e criador do projeto Eden Alternative, decidiu aplicar isso na clínica de repouso em que trabalhava. E os resultados foram tão satisfatórios que afirmou: “percebi que os remédios nem sempre vinham em frascos, mas também em quatro patas”. X

Mirleide Araújo Cáo, Médica Veterinária pela Universidade Federal do Espirito Santo, Mestre em Ciências Veterinárias pela Ufes

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Do lixo ao luxo SOUSPLAT

A dica desta edição é como deixar sua mesa de jantar mais elegante, vamos ensinar a fazer um Sousplat. Você vai adorar, fica lindo e chiquérrimo! Você agradará e muito seus familiares e convidados, além de ser sustentável. Então vamos ver como se faz? • • • • • • • •

Material Cola branca (mais ou menos 15 gramas para cada sousplat) Jornal (aprox. 20 folhas duplas ou 330 gramas para cada sousplat) Hashi de comida oriental Tesoura, faca ou estilete Pincéis para pintar e envernizar Tinta esmalte sintética Verniz

Enrolando os jornais 1. Com a tesoura, faca ou estilete corte as folhas do jornal ao meio. Se for a folha dupla (aquela que é dobrada ao meio) corte em 4 partes. 2.Faça rolinhos com o jornal utilizando o hashi. Comece com as folhas na diagonal. 3. No meio do rolinho, antes do palito de hashi “sumir” dentro do jornal, retire-o pela ponta mais grossa e continue enrolando até o final. 5. Unir dois rolinhos colados juntos, a ponta mais larga com a ponta mais apertada. 4. Cole a pontinha do rolinho Parece simples, mas não é… o rolinho tem que ficar com uma das pontas ligeiramente mais aberta e a outra mais apertadinha. Isso porque vamos precisar encaixar a ponta de um rolinho dentro da ponta do rolinho seguinte, e eles devem caber sem amassar. Fazendo os sousplats: 1. Pegue o primeiro rolinho pela ponta mais grossa e achate-o até faltar 10 cm pro final. 2. Começando pela ponta achatada, enrole o rolinho de jornal no hashi, pra marcar o começo. Solte-o do hash 3. Enrole bem apertadinho o começo do rolinho, e vá passando cola e enrolando o resto, até chegar naqueles 10 cm que você não achatou 4. Vá encaixando um rolinho ao outro até atingir o tamanho desejado, mais ou menos 30 centímetros de diâmetro. Faça o primeiro e os demais è só seguir o tamanho do primeiro.

Agora é só pintar e envernizar.

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Artigo

Síria: Uma nação que sangra Por José Alberto Paiva

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íria, oficialmente República Árabe da Síria, é um país localizado na Ásia Ocidental. A sua capital Damasco está entre as mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo. A Síria moderna foi estabelecida após a Primeira Guerra Mundial e sua população até a guerra era de 24,5 milhões. Para chegar ao momento decisivo que iria mudar a vida de todo um país e ter sérias repercussões a nível global, é preciso voltar mais de quatro anos e meio, até março de 2011, quando o mundo vivia ainda no rescaldo da Primavera Árabe, nome dado à onda de protestos, revoltas e revoluções populares contra governos do mundo árabe que eclodiu em 2011. Nesse mês, numa cidade síria chamada Deraa, a população saiu à rua, de forma pacífica, para se manifestar contra a detenção de uma dezena de alunos de uma escola local. O “crime” cometido pelos estudantes é difícil de compreender no Ocidente, onde as liberdades de expressão e de pensamento são respeitadas e vistas como direitos fundamentais. Os jovens foram presos por terem pintado um ‘graffiti’ em que defendiam a queda do regime, opondo-se assim ao ditador sírio que governa o país desde 2000, Bashar Al-Assad. Nesse protesto em Deera, a par da libertação dos alunos, os manifestantes exigiam também, um regime democrático na Síria, com mais direitos e liberdades para a população. Al-Assad não gostou e mandou as autoridades disparar contra os manifestantes. Morreram quatro pessoas, a que se somou mais uma no dia seguinte, quando as forças policiais voltaram a disparar sobre os civis presentes nos funerais das vítimas. A forte repressão por parte do governo teve o efeito contrário: de Deera, os protestos alastraram a outras cidades sírias. E subiram de tom. A população que saiu para as ruas em protesto já não queria apenas reformas políticas mais democráticas: exigia a demissão de Bashar al-Asad. Começou, então, uma guerra civil que não tem ainda fim à vista e que teve um forte impacto sobre a vida dos sírios. Em julho de 2013, a ONU afirmou que 90 mil pessoas haviam morrido no conflito.

Apenas um ano depois, esse número já havia aumentado para 191 mil e, atualmente, já chegou a 250 mil. Milhões fugiram do conflito, mas cerca de 18 milhões de pessoas ainda moram no país devastado pela guerra. UM ÊXODO NA HISTÓRIA RECENTE Em um dos maiores êxodos da história recente, mais de 4,5 milhões de pessoas fugiram da Síria desde o início do conflito, a maioria delas mulheres e crianças. Os países vizinhos tiveram que assumir a pior parte da crise de refugiados, como Líbano, Jordânia e Turquia lutando para acomodar as ondas de refugiados que chegavam. O êxodo se acelerou dramaticamente no ano de 2013, quando as condições de vida no país se deterioraram de forma drástica. Acredita-se que outras 7,6 milhões de pessoas tenham sido obrigadas a deixar suas casas dentro do país, muitas sem acesso a ajuda, o que eleva para 11 milhões o número de desabrigados, quase metade da população. Em setembro passado, o drama dos refugiados sírios voltou a chamar atenção com a chegada de milhares de cidadãos às ilhas gregas, o que desencadeou uma crise na União Europeia. Esse momento fica marcante com Alan Kurdi, o menino refugiado sírio de três anos cujo afogamento causou consternação ao redor do mundo, tinha escapado das atrocidades do grupo autointitulado “Estado Islâmico” na Síria. Alan e sua família eram de Kobane, a cidade que ganhou notoriedade por ter sido palco de violentas batalhas entre militantes extremistas muçulmanos e forças curdas no início do ano. VIVENDO EM MEIO À MORTE. A ONU estima que 17,9 milhões de pessoas ainda vivem na Síria - uma queda significativa em relação às 24,5 milhões que moravam no país antes da guerra. Mais de 6 milhões delas são classificadas como desabrigados internos, pois tiveram que fugir de suas casas para outro lugar mais seguro. Cinco anos de guerra destruíram quase tudo, incluindo a economia da Síria, com o custo total estimado em cerca de US$ 255 bilhões pelo Centro Sírio de Pesquisa

Política. O desemprego já é estimado em mais de 50% (aumento de 14% em relação a 2011), famílias sírias lutam diariamente para sobreviver. Cerca de 70% da população está vivendo em pobreza extrema, sem conseguir garantir o básico em alimentos e outros produtos. Esta luta piora ainda mais pelo estado atual da agroindústria na Síria. O que já foi um dos mais fortes setores do país teve sua produção e distribuição muito afetadas pelo conflito e muitas regiões agora têm altos níveis de insegurança alimentar. Com tantas pessoas na Síria correndo o risco de serem feridas ou ficarem doentes, o acesso à saúde se transformou em algo muito importante. Mas, com a guerra, muitas instalações de saúde foram atacadas. Entre o começo da guerra em março de 2011 e novembro de 2015, a organização Médicos pelos Direitos Humanos registrou 336 ataques contra pelo menos 240 instalações médicas em todo o país. Estes ataques resultaram nas mortes de 697 funcionários de saúde. Apesar de ser um país islâmico, segundo dados oficiais, cerca de 10% da população de 24,5 milhões de habitantes professam a fé de Cristo. Dos 1,3 milhões de cristãos existentes outrora naquele país restaram apenas não mais de 150 mil, que pagam um alto preço para continuar vivendo ali. A União Europeia e países interessados em ajudar de forma humanitária a Síria, tentam criar meios, regras de asilo, cotas para refugiados e caminhos legais de imigração. Enquanto negociações são feitas sem muito resultado, o que podemos fazer? Precisamos realmente transformar nossa compaixão em oração e clamar a DEUS por intervenção na vida de um povo que anda sem direção, um povo que precisa se refugiar no DEUS que é o Verdadeiro Refúgio e Fortaleza, socorro bem presente na hora da angústia. (Salmo 91:2) X

José Alberto Paiva, Pastor do Propósito de Missões e Juventude da PIBARA.

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eleições FOTO: SHUTTERSTOCK

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FOTO: SHUTTERSTOCK

s eleições municipais estão chegando. No dia 02 de outubro os brasileiros irão às urnas mais uma vez para decidir quem serão os seus representantes no poder legislativo e executivo de sua cidade pelos próximos quatro anos. Para essas eleições já está valendo a Lei 13.165/2015, conhecida como Reforma Eleitoral 2015, por promover importantes alterações nas regras das eleições, tendo como objetivos a redução dos custos das campanhas eleitorais, a simplificação da administração das agremiações partidárias e o incentivo à participação feminina na política. A nova lei introduziu mudanças nas Leis 9.504/1997 (Lei das Eleições), 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos) e 4.737/1965 (Código Eleitoral). Algumas das mudanças aconteceu nos prazos para as convenções e filiação partidárias, e no tempo de campanha eleitoral que foi reduzido. Outra alteração é a proibição do financiamento eleitoral por pessoas jurídicas. Na prática, isso significa que as campanhas eleitorais deste ano serão financiadas exclusivamente por doações de pessoas físicas e pelos recursos do Fundo Partidário. Antes da aprovação da reforma, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia decidido pela inconstitucionalidade

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Por Alexandre Manhãs

das doações de empresas a partidos e candidatos. Devido a essas mudanças quem quisesse disputar as eleições em 2016 teve o prazo de filiar a um partido político até o dia 2 de abril, ou seja, seis meses antes da data do primeiro turno das eleições. Pela regra anterior, para disputar uma eleição, o cidadão precisava estar filiado a um partido político um ano antes do pleito. Nas eleições deste ano, os políticos poderão se apresentar como pré-candidatos sem que isso configure propaganda eleitoral antecipada, mas desde que não haja pedido explícito de voto. A nova regra está prevista na reforma, que também permite que os pré-candidatos divulguem posições pessoais sobre questões políticas e possam ter suas qualidades exaltadas, inclusive em redes sociais ou em eventos com cobertura da imprensa. A data de realização das convenções para a escolha dos candidatos pelos partidos e para deliberação sobre coligações também mudou. Agora, as convenções devem acontecer de 20 de julho a 5 de agosto de 2016. O prazo antigo determinava que as convenções partidárias deveriam ocorrer de 10 a 30 de junho do ano da eleição. Outra alteração diz respeito ao prazo para registro de candidatos pelos partidos políticos e coligações nos cartórios,

o que deve ocorrer até às 19h do dia 15 de agosto de 2016. A regra anterior estipulava que esse prazo terminava às 19h do dia 5 de julho. Campanha Eleitoral - A reforma também reduziu o tempo da campanha eleitoral de 90 para 45 dias, começando em 16 de agosto. O período de propaganda dos candidatos no rádio e na TV também foi diminuído de 45 para 35 dias, com início em 26 de agosto, no primeiro turno. Assim, a campanha terá dois blocos no rádio e dois na televisão com 10 minutos cada. Além dos blocos, os partidos terão direito a 70 minutos diários em inserções, que serão distribuídos entre os candidatos a prefeito (60%) e vereadores (40%). Em 2016, essas inserções somente poderão ser de 30 ou 60 segundos cada uma. Do total do tempo de propaganda, 90% serão distribuídos proporcionalmente ao número de representantes que os partidos tenham na Câmara Federal. Os 10% restantes serão distribuídos igualitariamente. No caso de haver aliança entre legendas nas eleições majoritárias será considerada a soma dos deputados federais filiados aos seis maiores partidos da coligação. Em se tratando de coligações para as eleições proporcionais, o tempo de propaganda será o resultado da soma do número de representantes de


Artigo

REFORMA POLÍTICA APROVADA EM 2015 TEMPO DE CAMPANHA: A duração da campanha eleitoral fica reduzida de 90 para 45 dias. GASTOS NAS CAMPANHAS: Para presidente, governadores e prefeitos, pode-se gastar 70% do valor declarado pelo candidato que mais gastou no pleito anterior, se tiver havido só um turno, e até 50% do gasto da eleição anterior se tiver havido dois turnos. PERÍODO DE PROPAGANDA ELEITORAL NO RÁDIO E NA TV: Diminuiu de 45 para 35 dias.

todos os partidos. A nova redação do caput do artigo 46 da Lei nº 9.504/1997, introduzida pela reforma eleitoral deste ano, passou a assegurar a participação em debates de candidatos dos partidos com representação superior a nove deputados federais e facultada a dos demais. Por fim, a reforma eleitoral visualizou a importância da participação feminina nos pleitos eleitorais, tanto é verdade que o art. 9º da Lei 13.165/15 remarca que, depois de 3 campanhas subsequentes à sua publicação, os partidos políticos deverão reservar uma conta bancária específica de no mínimo 5% e no máximo 15% do montante total do Fundo partidário destinado para a aplicação em campanhas eleitorais das mulheres. Denúncias - Caso você veja alguma irregularidade nesta eleição, você pode denunciar junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo pelo site tre-es.jus. br. Podem ser notificadas irregularidades que ocorrem no período das eleições ou fora dele. As irregularidades também podem ser comunicadas diretamente aos procuradores regionais eleitorais ou promotores eleitorais, que encaminham o caso ao procurador regional. Confira as principais regras eleitorais que serão novidade em 2016:

TAMANHO DA PROPAGANDA NA TV: Nas eleições municipais, no primeiro turno, serão dois blocos de 10 minutos cada, para candidatos a prefeito. Além disso, haverá 80 minutos de inserções por dia, sendo 60% para prefeitos e 40% para vereadores, com duração de 30 segundos a um minuto. TETO DE GASTO DE CAMPANHA DE PREFEITO EM MUNICÍPIO COM ATÉ 10 MIL HABITANTES: Até R$ 100 mil. TEMPO DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA PARA CANDIDATURA: Exigida filiação por ao menos seis meses antes das eleições. PROPAGANDA “CINEMATOGRÁFICA”: Nas propagandas eleitorais, não poderão ser usados efeitos especiais, montagens, trucagens, computação gráfica, edições e desenhos animados. VEÍCULO COM JINGLES: Fica proibido o uso de qualquer tipo de veículo, inclusive carroça e bicicleta, no dia das eleições. PARTICIPAÇÃO DE DEBATE ELEITORAL NA TV: Só vai participar o candidato de partido com mais de nove representantes na Câmara.

MINIRREFORMA ELEITORAL APROVADA EM 2013 – CONTINUA VALENDO CABOS ELEITORAIS: Podem ser contratados como cabos eleitorais um número limite de trabalhadores de até 1% do eleitorado por candidato nos municípios de até 30 mil eleitores. Nos demais, é permitido um cabo eleitoral a mais para cada grupo de mil eleitores que exceder os 30 mil. PROPAGANDA EM CARROS: Só com adesivos comuns de até 50 cm x 40 cm ou microperfurados no tamanho máximo do para-brisa traseiro. “Envelopamentos” estão proibidos. Propaganda em vias públicas: Permitidas bandeiras e mesas para distribuição de material, desde que não atrapalhem o trânsito e os pedestres. Bonecos e outdoors eletrônicos estão vetados. REDES SOCIAIS: A campanha nas redes sociais estará liberada, mas é proibido contratar direta ou indiretamente pessoas para publicar mensagens ofensivas contra adversários. SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATOS: Fica limitada a substituição de candidatos. O pedido de troca deve ser apresentado até 20 dias antes do pleito (excetuado caso de morte). A foto do candidato será substituída na urna eletrônica. HORÁRIOS DE COMÍCIOS: Comícios de encerramento de campanhas podem ir até 2 horas da madrugada. Nos demais dias, das 8h à meia-noite. Nas eleições anteriores, os comícios de encerramento de campanha também deviam acabar à meia-noite. ADESIVOS EM CARROS: Serão permitidas, mas só com adesivos comuns de até 50 cm x 40 cm ou microperfurados no tamanho máximo do para-brisa traseiro. “Envelopamentos” estão proibidos. X Alexandre Manhãs , Administrador, Radialista e Vereador do município de Aracruz

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Artigo

A

realidade do divórcio já é uma experiência totalmente incorporada à realidade brasileira. Nossa cultura já acolheu esta possibilidade como parte das relações familiares. Tal fato envolve todas as classes sociais. Se no passado quando existia apenas a figura jurídica do chamado desquite, uma separação formal era bastante desafiadora, especialmente para as mulheres, pois a sociedade não via com bons olhos uma desquitada, além disso, a pessoa nessa condição não poderia mais se casar formalmente. Aliado a isso, a própria visão mais conservadora da sociedade trazia um peso maior àqueles casais que se envolviam em uma separação, o que acarretava ônus bastante pesados a todos os envolvidos neste processo. Os tempos mudaram, a lei do divórcio foi aprovada no Brasil e de lá pra cá, ela vem sendo ampliada, flexionada e incorporada, como já dissemos, ao contexto da cultura brasileira. Hoje está muito mais fácil se divorciar, há possibilidade de fazê-lo até sem a intervenção de um advogado em alguns casos. Porém toda essa facilitação e flexibilização não impede que uma série de implicações sociais, psicológicas, espirituais e financeiras estejam envolvidas no divórcio, ou seja, o fato da lei facilitar o processo legal do

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O divórcio

divórcio não significa que todas as outras consequências do mesmo sejam aliviadas. Quando um lar se rompe isso não é uma coisa qualquer, por mais objetiva e fácil que sociedade queira dizer que seja, ou que a lei civil venha facilitar. O divórcio é um rompimento radical, onde vidas estão envolvidas e cada uma delas vai reagir dentro das dimensões de sua individualidade. O esposo, a esposa, os filhos e até outros familiares e amigos serão afetados de forma indelével no contexto do divórcio, ainda que este pareça ser a única e melhor saída de uma determinada relação, marcas e implicações reais são deixadas. Por que o divórcio acontece? Biblicamente a razão fundamental está na manifestação da natureza pecaminosa do ser humano, esta natureza se expressa, como diz as Escrituras “pela dureza dos corações” (Marcos 10.5), pois o plano original de Deus é que não houvesse divórcio, Deus na verdade odeia o divórcio (Malaquias 2.16). Mas a natureza pecaminosa que marca cada ser humano também se expressa na dureza dos corações dentro da relação do casamento, e tal dureza se reproduz de diversas formas, como: traição, desamor, violência física e verbal, manipulações, abandono, frieza, alvos desconexos do casal, morte da comunicação, falta de perdão e outras coisas.

Como já dissemos, ainda que pareça ser o único caminho e mais fácil, o divórcio sempre produz marcas ou implicações sociais, emocionais, psicológicas e financeiras muito sérias e que precisarão ser enfrentadas por quem vive a experiência do divórcio. Vejamos alguns exemplos de implicações sociais quando ocorre o divórcio – os grupos sociais em que o casal convivia junto, amigos em comum, rotina de vida são afetados. Os amigos reagem de formas variadas, alguns se distanciam, outros prestam apoio, outros tomam partido e ainda existem aqueles que se arrogam como juízes do caso. Os filhos às vezes têm de mudar de casa e de escola, fazer novos amigos e se adaptar a novos contextos.


hoje em dia

Artigo

Por Ednilson Correia de Abreu

Emocionalmente o divórcio pode produzir, em níveis variados: tristeza, frustração, angustia, medo do futuro, ansiedade, confusão na vida etc. especialmente na vida do ex-casal e dos filhos do divórcio. Já psicologicamente a experiência vai atravessar os envolvidos podendo produzir males somáticos, como dores crônicas, problemas alimentares e até depressão. Outro ponto que será afetado com o divórcio é a parte financeira, bens terão de ser compartilhados, o padrão de vida pode mudar, despesas novas serão enfrentadas, as vezes o emprego precisa ser deixado. Dependendo de como se dá o divórcio, as definições financeiras podem gerar ainda mais animosidades. Tudo isso sem falar na questão da guarda dos filhos, este é talvez o pior

momento para todos. Hoje existe o recurso da guarda compartilhada onde os filhos são criados por ambos os pais num sistema onde os filhos na verdade não ficam na guarda nem da mãe nem do pai, mas de ambos que precisarão se organizar e se estruturar muito bem para que tal tipo de relação funcione, o que na verdade nem sempre ocorre. Por outro lado, o que tem ocorrido muitas vezes e a chamada alienação parental, onde um dos pais ou ambos tentam a todo custo destruir qualquer sentimento positivo dos filhos em relação ao outro ex-cônjuge, o que na verdade acaba afetando seriamente os filhos, que por conta do próprio divórcio já sofrem terrivelmente e ainda terão de lidar com este clima de guerra constante mesmo depois da separação. Por tudo isso o divórcio deve ser visto como a última de todas as possibilidades a ser buscada, ou seja, quando todos os esforços possíveis e imagináveis já foram esgotados na busca de solução para a crise familiar. Se você já se divorciou, não se desespere, a vida não acabou, você ainda pode ser feliz, não se renda aos sentimentos, pensamentos e comportamentos negativos, existem pessoas que ainda dependem e contam com você, como os filhos e os verdadeiros amigos por exemplo, e

Deus é capaz de nos levantar das cinzas da vida. Concluindo, vale lembrar que não existe uma relação conjugal perfeita, mas é possível e necessário sermos proativos a favor da família, buscando prevenir que algo como o divórcio venha ocorrer. O casamento é uma construção contínua que deve contar com a colaboração de todos, dentro do nível possível de investimento pessoal que cada um pode dar. Ao se perceber os primeiros sinais de desgastes é necessário lidar com eles, e se preciso até buscar ajuda externa de pessoas preparadas, como conselheiros, pastores, psicólogos, etc. para ajudar a família na busca de uma melhor qualidade de vida. Deus criou a família e Ele pode nos ajudar a manter o lar, a despeito das lutas que todos enfrentamos. Orar juntos, depender de Deus e buscar a aplicação dos princípios de Deus para a família, como humildade, arrependimento, amor e perdão são essenciais na edificação de um lar feliz. Como diz o experiente conselheiro familiar Jaime Kemp, se um casal estiver disposto a dizer um para o outro: “me perdoe, eu estou errado e eu amo você”, sempre há esperança para o casal. X

Ednilson Correia de Abreu, Pastor evangélico, Mestre em Teologia e Acadêmico de Psicologia.

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Artigo

Conheça o Movimento Escoteiro e como seus membros conseguem impactar positivamente a sociedade. em sempre o processo educativo acontece entre as quatro paredes da escola. Nem sempre as escolas têm alunos e professores e ensinam português, matemática ou ciências. Nem sempre a educação se resume a disciplinas como essas. Aliás, nem sempre uma escola é, necessariamente, uma escola. Fundado em 1907 por Robert Baden-Powell (BP), o Movimento Escoteiro é a maior rede de educação não-formal do mundo, da qual participam 40 milhões de pessoas de várias partes do mundo, com crenças diferentes e oriundos de realidades sociais diversas. O Escotismo surgiu como fruto das inquietações de BP em relação aos jovens da Inglaterra, seu país natal. Essa preocupação foi o elemento motivador que ele encontrou para escrever e instrumentalizar suas teorias educacionais baseadas em suas experiências de vida, inclusive como militar - apesar dessa última experiência, o Movimento Escoteiro não deve ser confundido com o militarismo. A primeira experiência com o Escotismo aconteceu num acampamento na Ilha de Brownsea (Inglaterra), no qual BP reuniu 20 jovens com idades entre 12 e 16 anos, os dividiu em equipes chamadas patrulhas e os ensinou técnicas de orientação, segurança, sobrevivência, primeiros socorros e, sobretudo, elementos-chave para a formação do caráter desses jovens. Naquele acampamento, foi hasteada uma bandeira verde com uma flor-de-lis amarela ao centro, que veio a se tornar o símbolo de toda fraternidade escoteira. De lá para cá, o Movimento foi crescendo, tomando corpo e forma próprios. Amadurecendo enquanto agente de transformação social e alcançando jovens e adultos em todo o mundo. Mais de 500 milhões de pessoas já se associaram ao movimento - a lista inclui pessoas famosas como o astronauta Neil Armstrong, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama, o ex-Beatle Paul McCartney e os brasileiros Tony Bellotto, dos Titãs, e a atriz Marieta Severo. Os jovens que integram o Movimento Escoteiro são divididos em ramos determinados de acordo com sua idade. As crianças

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O PROTAGONISMO JOVEM DOS ESCOTEIROS Por Leo Fávaro

que têm de seis anos e meio a 10 anos fazem parte do Ramo Lobinho; dos 11 aos 14 anos, as crianças integram o Ramo Escoteiro; os jovens de 15 a 17 anos são alocados no Ramo Sênior; e os jovens que têm entre 18 e 21 anos fazem parte do Ramo Pioneiro. Em cada um dos quatro ramos, eles realizam atividades que propiciam seu desenvolvimento social, espiritual, físico, afetivo, intelectual e, principalmente, o desenvolvimento do caráter. Todas as atividades são propostas à luz da metodologia pedagógico-educativa do Programa de Jovens para que os membros assumam seu próprio desenvolvimento por meio do método escoteiro, por meio da vida ao ar livre, do trabalho em equipe e do aprender fazendo. A partir do momento em que ingressam no Movimento, todas as condutas dos escoteiros, tanto nas atividades quanto no dia a dia, são pautadas na Lei e na Promessa Escoteira. Idealizada por BP, a Lei Escoteira não estabelece normas proibitivas, mas conceitos para a formação de pessoas benévolas, para que os escoteiros possam se espelhar e se orientar. A Promessa Escoteira, por sua vez, sintetiza o embasamento moral do Movimento Escoteiro, pelo qual seus membros se comprometem voluntariamente a se conduzirem essa orientação moral, reconhecendo que há deveres a serem cumpridos para com Deus, para com o próximo e para consigo mesmo. Se para ingressar no Escotismo é necessário ter a idade mínima de seis anos e meio, não há limite de tempo para que alguém deixe de ser escoteiro - mesmo porque, como muito se fala no Movimento, “uma vez escoteiro, sempre escoteiro”. A partir dos 21 anos, ainda que com todo o vigor da idade, o membro assume o compromisso de orientar o desenvolvimento dos membros juvenis enquanto chefe escoteiro. Esse escotista, contudo, não deixa seu desenvolvimento de lado, já que participa de cursos, módulos e atividades que também promovem seu crescimento no sentido de orientar os jovens. Além dos chefes escoteiros, os pais também têm papel essencial no Movimento

Escoteiro. A maior parte dos grupos escoteiros não tem adultos em número suficiente para administrar com tranquilidade cada detalhe de um grupo escoteiro e, neste sentido, a colaboração dos pais dos membros juvenis é muito bem-vinda. Quando os pais se comprometem a participar das atividades do grupo escoteiro, eles atuam de modo ainda mais ativo na educação de seus filhos, passam a se relacionar melhor com eles e interagem, por meio do trabalho voluntário, com a sociedade, com a natureza e com a educação. No Escotismo, o membro juvenil é convidado a usar progressivamente sua liberdade, a assumir-se com responsabilidade, a aprender a discernir e decidir, lidando com as consequências de suas decisões e de seus atos. Ele é desafiado a pautar sua honra na fidelidade à promessa assumida, leal para com os demais e coerente com seus valores. O Movimento Escoteiro propõe que o jovem mostre esse seu lado forte, orientando-o para que ele siga firme em busca de seus objetivos com responsabilidade, disciplina, honestidade e respeito. O altruísmo, traduzido no dever para com o próximo, é também uma das marcas registradas do Escotismo. É por meio desse compromisso que os jovens se organizam para prestar à sociedade serviços em que ela será a própria beneficiária. Seja arrecadando donativos, seja organizando campanhas voltadas para a área da saúde, por exemplo, os escoteiros interagem diretamente com a comunidade para deixar o mundo um pouco melhor do que quando eles o encontraram. Ao dizer que está “Sempre Alerta”, o escoteiro afirma que está preparado para fisicamente e mentalmente cumprir seu dever em busca de seu desenvolvimento e como agente de transformação social. E talvez esse seja o maior aprendizado que um jovem pode ter na grande escola que é o Movimento Escoteiro: reconhecer-se como protagonista de sua própria história e também da sociedade. Assim, cada escoteiro, de 7 ou de 70 anos, ajuda a construir um mundo melhor. X

Léo Fávaro.

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SOLIDARIEDADE AO IRAJÁ E SANTA ROSA No dia 01de junho nossa cidade foi surpreendida com um forte vendaval, destelhando casas e derrubando árvores e postes. A pedido da Defesa Civil do munícipio de Aracruz, a PIBARA é um dos pontos de recolhimento de doação.

SEJAMOS SOLIDÁRIOS!

MÊS DA FAMÍLIA Para fortalecer as famílias de Aracruz foi realizado no dia 22 de maio, um congresso com mais de 500 inscritos na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Luiza Silvina Rebuzzi. Nossa gratidão a Secretaria de Educação e a diretora Débora Amorim.

1º ENCONTRO DOS “HOMENS DE VALOR”

Mais de 200 homens participaram do encontro, no dia 13 de maio, onde puderam conversar com o Pastor Fábio Ventura, o palestrante do encontro.

1º ENCONTRO DAS “MULHERES VALOROSAS” Já as mulheres tiveram o seu encontro no dia 12 de maio. A palestrante Tatiane Ventura falou para mais de 500 mulheres.”

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Fique por dentro

PARABÉNS COLÉGIO PIBARA! No dia 04 de maio foi comemorado o primeiro aniversário do Colégio PIBARA, com a apresentação dos alunos, em homenagem ao Colégio. Os pais, muito satisfeitos com a proposta pedagógica do Colégio, prestigiaram o evento.

DIAS DAS MÃES COM MUITO CARINHO! Com o tema “Mamãe Coruja” as crianças da PIBARA prestaram uma lindo e emocionante homenagem à todas as mamães presentes no “Espaço Master” da PIBARA.

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MANDOU MAL

Câmara dos Deputados

Criou, sem alarde, mais de 14 mil cargos federais. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a proposta passou batida até mesmo para os próprios deputados. Vale lembrar que o governo interino de Michel Temer prometeu que extinguiria mais de 4 mil cargos comissionados até o fim deste ano. Wilson Dias Agência Brasil - Exame.com

ou

MANDOU BEM

Justiça de São Paulo

Determinou que parte do dízimo da Igreja Renascer em Cristo seja penhorado para pagar a indenização de uma das vítimas do desabamento da sede da igreja localizada no Cambuci, na zona sul da capital, em 2009. A decisão, da 21ª Vara Cível, define que 20% do valor arrecadado durante os cultos deve ser recolhido diariamente por uma perita a ser nomeada. Paula Felix Jornalista do Estadão



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