Empreendedor 220 - Fevereiro de 2013

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Mercado erótico cresce sem parar no Brasil

www.empreendedor.com.br

ANO 19 No 220 FEVEREIRO 2013 R$ 9,90

Negócios criativos, inovadores e rentáveis

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IS SN 1414-0 152

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empreendedor –BERÇO DA ELITE – ANO 19 N o 220 FEVEREIRO 2013

Microfranquias permitem iniciar as atividades com investimento modesto, não superior a R$ 50 mil

Pequenos negócios, GRANDES OPORTUNIDADES

Othamar Gama Filho recrutamento e seleção de colaboradores

Artur Hipólito, fundador do Grupo Zaiom e líder nacional em microfranquias

Perfil Carlos Budny e seus tratores e implementos


Se a sua empresa tem

de 2 anos de 9 funcionários

Estas soluções são para você:

Estratégias Empresariais

Gestão da Inovação

Empretec

Gestão Financeira

Você será capaz de fazer uma análise completa do seu ambiente empresarial, identificando pontos fortes e fracos, redefinindo missões e metas corporativas. Também irá elaborar e implementar um plano de ação estratégica.

Um seminário desenvolvido pela ONU que lhe motiva a promover mudanças no seu comportamento, aperfeiçoando suas habilidades de negociação e gestão, proporcionando maior segurança nas decisões e aumentando a chance de sucesso da sua empresa.

Descubra que inovação não é só tecnologia. É uma nova forma de pensar e gerir o negócio: fazendo diferente.

Compreenda todas as informações financeiras da sua empresa e transforme-as em ferramentas para decisões seguras e eficientes. Método prático: você aprende enquanto aplica o conteúdo na empresa.


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Internacionalização

Prepare sua empresa para conquistar o mercado global, tornando seu produto ou serviço mais competitivo dentro e fora do País.

Encontros Empresariais

Aprenda com a experiência de empresários do seu ou de outros setores. Compartilhe soluções já testadas e amplie sua rede de parceiros e de contatos.

Gestão da Qualidade

Implemente novas crenças e atitudes que deixarão seus clientes mais satisfeitos e sua empresa ainda mais competitiva. Solução dividida em 5 módulos.

Ferramentas de Gestão Avançada

Promove um modelo de gestão baseado em indicadores e metas, além do acompanhamento sistemático da execução e dos resultados. Você não só desenvolve o pensamento estratégico, mas também o aplica no dia a dia. (Disponível nas capitais do CE, PE, PR, RS, SC e SP).




nes ta ed iç ã o

20 | MICROFRANQUIAS

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É possível montar uma empresa em sua casa com pouco investimento e conseguir um rendimento muito superior a um salário fixo de empregado. Isso é possível ao adquirir uma microfranquia. Atualmente há mais de uma centena delas no mercado brasileiro. São microempresas, na maioria das vezes formadas por uma pessoa só, que trabalha com ensino de um idioma, reforço escolar para alunos, corte de grama, pequenos consertos domésticos, entre muitas outras atividades. Este é um jeito simples e seguro de montar uma empresa e aos poucos ampliar o número de serviços, produtos e mão de obra empregada.

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40 | GINÁSTICA PARA O CÉREBRO Aulas dinâmicas e contagiantes para estimular o cérebro é possível através da Método Supera - uma rede de franquias que se prepara para atingir a marca de 100 unidades. Essa é uma boa e nova oportunidade no amplo e crescente mercado da educação. Com essas aulas os alunos ganham agilidade de raciocínio, desenvoltura nas relações pessoais, facilidade em resolver conflitos, concentração e criatividade

41 | SALÃO DE BELEZA COMPACTO Investimento baixo, grande fluxo de clientes e alta rentabilidade . Essa é a promessa de uma nova franquia de salão de beleza, a Uau! Hair Studio que inaugurou a primeira unidade em São Paulo. Essa franquia pode ser montada num espaço pequeno de até 50 metros quadrados, com capacidade para 950 atendimentos de corte de cabelos por mês e faturamento de R$ 60 mil/mês.


36 | Perfil Carlos Budny Conheça a história de um homem simples do campo, de espírito empreendedor, que hoje fabrica tratores, plantadeiras, pulverizadores, arados e carretas.

28 | MERCADO Oportunidade de negócio

Especialista em gestão de pessoas aponta a forma certa para o empresário atrair e contratar bons profissionais.

O mercado erótico cresce e a cada dia surgem novas empresas. Hoje já somam 10 mil pontos de venda no País e o faturamento alcança R$ 1 bilhão por ano.

60 | BRASILIDADE Além do jeitinho Empresários, artistas, educadores, religiosos e técnicos do governo pesquisam, analisam e projetam um novo modelo de Brasil como o país do futuro.

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NÃO DURMA NO PONTO

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BANHO DE LOJA

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empreendedorismojá.com

Quando se expandir, quando diminuir o ritmo, quando se consolidar e quando retomar o crescimento, aconselha o educador e consultor Roberto Adami Tranjan.

O cliente enche o carrinho de mercadorias, passa em um caixa especial que de uma só vez registra a saída de todos os produtos e efetua na hora a cobrança, pelo cartão, cheque ou dinheiro vivo. É a novidade que logo estará nos supermercados, adianta a especialista em varejo Kátia Bello.

Habilidade nas negociações interpessoais, recomenda o publicitário Marcelo Ponzoni, para evitar os constantes e intermináveis conflitos de pessoas dentro de uma empresa.

Errata: Na legenda da foto da pá-

gina 26 da edição de janeiro, lê-se João Bernartt, ao invés de Cabrera.

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14 | Entrevista Othamar Gama Filho

leia mais

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edi tor i a l MERCADO ERÓTICO CRESCE SEM PARAR NO BRASIL

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squeça que você não nasceu numa família rica, que seu pai não é um empresário. Esqueça também Microfranquias permitem iniciar que você não tem o chaas atividades com investimento mado espírito empreendedor. modesto, não superior a Saiba que é possível criar e forR$ 50 mil talecer o espírito empreendedor PEQUENOS e erguer, quase do nada, uma emNEGÓCIOS, presa de sucesso. GRANDES Muitos logo descartam o sonho OPORTUNIDADES de ser um empreendedor com a desculpa de que não têm dinheiro. Pois muitas vezes dinheiro na mão não é a melhor solução para abrir uma empresa. Pelo contrário, pode ser a principal razão para um fim empresarial desastroso. Conheci um empresário que ao abrir a sua primeira empresa logo correu para o mais luxuoso shopping da cidade e alugou uma enorme sala. No final de um ano, cada mês acumulou mais prejuízos e até hoje paga essa dívida, agora do salário de professor universitário. Mas também conheci uma empresária que sonhava em construir uma empresa de moda feminina. Começou indo de ônibus até São Paulo, uma vez por semana. De lá trazia roupas femininas diferentes e oferecia aos parentes e vizinhos. Aos poucos criou uma clientela fixa. Aí abriu um posto de venda na própria casa, sempre focada na moda feminina. Os clientes aumentaram, pois sempre foi uma boa vendedora, e então decidiu abrir uma pequena loja, num pequeno shopping. Não parou de crescer: criou uma marca e hoje ela mesma produz, na sua própria indústria, grande parte das roupas que vende numa cadeia de lojas espalhadas pelo Brasil. Nestes dois exemplos estão contidos ensinamentos fundamentais para abrir uma empresa e começar a realizar o sonho de ser empreendedor, de forma correta, mesmo sem dinheiro. Abrir uma microfranquia, assunto principal desta edição, pode ser um bom começo. Nesta edição também tem um bom exemplo do empreendedor Carlos Budny, que começou dentro de sua casa e ergueu uma grande empresa de máquinas agrícolas. Para ser empreendedor, de início, reduza ao máximo seu custo fixo (aluguel, empregados, máquinas e equipamentos). Ofereça para parentes, vizinhos e amigos seu produto ou serviço. Veja a reação de cada um – mais favorável ou desfavorável para uma futura compra do seu produto ou serviço. Atente para saber se é preciso alterar alguma coisa. Faça realmente o que você mais gosta. Não adianta abrir uma loja de vinho se na verdade o que você mais gosta é tomar uma cerveja gelada. Inove. Apresente um produto ou serviço que tenha um diferencial em relação aos existentes no mercado. Vale a recomendação da consultora Vanessa Tobias: “Não use calcinha bege”. Ela justifica que essa calcinha até cumpre a função, mas não agrada a ninguém. Fique atento, então, pois ocorre o mesmo com um produto ou serviço de uma empresa. Seja vendedor. Venda de todas as maneiras possíveis o seu produto ou serviço. Foco. Saiba aonde você quer chegar. Persistência. Vários obstáculos vão surgir no caminho. Pode corrigir o caminho, mas mesmo assim saiba aonde quer chegar. Determinação é fundamental para chegar ao objetivo. Otimista sempre. Seja feliz com você mesmo, com seus produtos ou serviços, com a sua empresa, seus colaboradores, com seus fornecedores e parceiros. Acari Amorim Negócios criativos, inovadores e rentáveis

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ANO 19 No 220 FEVEREIRO 2013 R$ 9,90

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OTHAMAR GAMA FILHO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE COLABORADORES

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Artur Hipólito, fundador do Grupo Zaiom e líder nacional em microfranquias

PERFIL CARLOS BUDNY E SEUS TRATORES E IMPLEMENTOS

A Revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor Diretor-Editor: Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Comercialização e Marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [comercial@centralcomunicacao.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [vanin@ empreendedor.com.br] – Repórteres: Mônica Pupo e Raquel Rezende – Editor de Arte: Andrey Freitas – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreendedor, Carlos Pereira e Shutterstock – Foto da capa: Shutterstock – Revisão: Lu Coelho Sede Florianópolis Coordenador: Paulo Henrique Martins [anuncios@empreendedor.com.br] – Executiva de Contas: Joana Amorim [joana@empreendedor.com.br] – Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 – Santo Antônio de Lisboa – 88050-400 – Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666 Central de Comunicação – Rua Anita Garibaldi, nº 79 – sala 601 – Centro – Florianópolis – SC – Fone (48) 3216-0600 [comercial@centralcomunicacao.com.br] Escritórios Regionais Rio de Janeiro Triunvirato Empresarial – Milla de Souza [milla@triunvirato.com.br] – Caixa Postal nº 105.051 – 24230970 – Niterói – RJ – Fones: (21) 2611-7996 / 9607-7910 Brasília Ulysses Comunicação Ltda. [ulyssescava@ gmail.com] – Fones: (61) 3367-0180/9975-6660 – condomínio Ville de Montagne, Q.01 – CS 81 – Lago Sul – 71680-357 – Brasília – Distrito Federal Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda – Ricardo Takiguti [ricardo@merconeti.com.br] – Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 – Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR – Fone: (41) 3079-4666 Rio Grande do Sul Nenê Zimmermann [nene@starteronline.com.br] – Floresta – 90440-051 – Porto Alegre – RS – Fone: (51) 3327-3700 Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda – Hamilton Marcondes [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] – Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem – 51021310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 Minas Gerais SBF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [sbfaria@sbfpublicidade.com.br] – Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – MG – Fones: (31) 2125-2900 / 2125-2927 Departamento Financeiro Gerente: Claudia C. C. do Prado [financeiro@empreendedor.com.br] – Fone: (48) 3371-8666 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [assine@empreendedor.com.br] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80 à vista. Renovação de Assinatura R$ 112,86 à vista. Produção Gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora Ctp – Distribuição: Dinap – Distribuidora Nacional de Publicações Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br Editora: Carla Kempinski


SERVIÇO AO LEITOR

Consultoria Empreendedor

Luís Felipe Cota

Cofundador e diretor de marketing da Agência Goomark, tem larga experiência em marketing digital atuando com estratégias de search marketing, display e redes sociais. www.goomark.com.br

ceria com a Goomark. Fundada em 2008 e composta por uma equipe jovem, criativa e inovadora, a Goomark tornou-se referência no mercado de marketing digital brasileiro para pequenas e médias empresas. Oferece aos clientes estrutura necessária para o crescimento das marcas nas Redes Sociais, Otimização de Sites e Anúncios no Google,

Renato Hideki

Head de mídia da agência Goomark, é responsável pelo direcionamento das mídias de acordo com os investimentos e planejamento das campanhas de Adwords, Facebook Ads e Search Engine Optimization (SEO). www.goomark.com.br

proporcionando a consolidação, liderança e fortalecimento dos negócios. Hoje, a empresa possui mais de 150 clientes. Já a seção Lei Fácil tem como parceiros os jovens advogados Mateus Sant’ana e Vanio Bolan Darella, sócios-fundadores da Sant’ana, Bolan, Cavalheiro & Olinger Advogados Associados. Confira a seguir quais são as áreas.

Mateus Sant’ana

Advogado, sócio-fundador da Sant’ana, Bolan, Cavalheiro & Olinger Advogados Associados.

Vanio Bolan Darella

Advogado, sócio-fundador da Sant’ana, Bolan, Cavalheiro & Olinger Advogados Associados

Clínica de Marketing Digital

Dica do Especialista

Lei Fácil

De cada dez empresas abertas, três não sobrevivem após dois anos da abertura, segundo dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Apesar do risco de insucesso, são criados anualmente mais de 1,2 milhão de novos empreendimentos formais no Brasil. É com foco nos empreendedores, cujas micro e pequenas empresas são responsáveis por mais da metade dos empregos com carteira assinada, que a Empreendedor e a Goomark oferecem a Clínica de Marketing Digital, iniciativa com foco em comunicação e marketing digital que visa atender o público do site e Revista Empreendedor. Para ter acesso gratuito a este serviço, envie para clinica@empreendedor.com.br o endereço de seu site, com nome e telefone. Os especialistas da Goomark farão uma análise de usabilidade e design do site.

É possível tornar seu micro e pequeno empreendimento em uma empresa notável com um pequeno investimento em marketing? Sim, a utilização de ferramentas de marketing digital pode trazer retorno muito superior ao obtido com o mesmo valor aplicado em inserções na mídia tradicional, afirma Luís Felipe Cota, cofundador da Goomark. Para ajudar os empreendedores a tirarem o máximo de seus negócios, com o mínimo de investimento, em uma parceria com a Editora Empreendedor, especialistas da Goomark darão dicas de como trabalhar a comunicação e marketing. Para ter acesso gratuito a este serviço, envie para especialista@empreendedor. com.br sua dúvida na área de comunicação e marketing, com nome da empresa e do responsável e telefone.

Todos têm direitos e deveres, tanto os cidadãos quanto as empresas. Conhecer a legislação é fundamental para não ter prejuízos nem perder boas oportunidades. Mas são tantas as leis, e escritas em uma linguagem formal, cheia de termos técnicos, que fica difícil para o cidadão comum, micro e pequeno empresário, compreendê-las. É por isso que a Empreendedor vai tirar as dúvidas de seus leitores na área do direito empresarial. Quem prestará este serviço à cidadania são os advogados Mateus Sant’ana e Vanio Bolan Darella, sócios-fundadores da Sant’ana, Bolan, Cavalheiro & Olinger Advogados Associados, que vão responder às questões de forma simples e em linguagem coloquial. Envie suas perguntas para leifacil@ empreendedor.com.br, e as soluções mais relevantes e abrangentes serão publicadas no site e na Revista Empreendedor.

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Comunicação e marketing sem dúvidas

Conheça a legislação sem complicação

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A partir da edição de março, a Revista Empreendedor contará com três novas seções, que podem ser conferidas tanto no site quanto no impresso mensal. Todas são, na verdade, serviços de consultoria prestados por parceiros que os leitores terão acesso gratuito. Clínica de Marketing Digital e Dica do Especialista são serviços prestados em par-

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e m p r eend ed o r es

Mário Zanata – Studio Z e Gabriela

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O CALÇADO CERTO

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Ponto, produto e preço. Estas três palavras que começam com “p” norteiam a trajetória comercial de sucesso do empreendedor Mário Zanata, que comanda uma rede de lojas de sapatos e tênis, atendendo o público feminino, masculino e infantil, com as marcas Studio Z e Gabriela. Hoje o grupo conta com 105 lojas (41 de Studio Z e 64 de Gabriela), espalhadas em sete estados do Brasil, e emprega 2 mil pessoas. De origem italiana, Mário Zanata foi criado desde menino na cidade de Concórdia, no oeste de Santa Catarina, berço da poderosa Sadia. Desde moço trabalhou na Sadia, e quando se formou foi mandado pela empresa para trabalhar em Cuiabá. Lá, com a mulher, em

1945, deu início à cadeia de lojas de sapatos e tênis. As duas marcas – Studio Z e Gabriela – estão hoje bem definidas para atender diferentes consumidores, seguindo os sagrados princípios do ponto, produto e preço. Na Studio Z o ponto ideal é num shopping, numa área de 1 mil a 2 mil metros quadrados. Os sapatos e tênis estão expostos por cores, tamanhos e estilos. O próprio cliente escolhe, prova e passa pelo caixa para o pagamento. “Com este atendimento, temos uma significativa redução de custos que repassamos para o cliente. Assim, ele paga menos e leva para casa um produto de moda, com muita qualidade e bom preço”, explica Zanata. Já a Gabriela é um estilo de loja pre-

mium, com um atendimento pessoal, diferenciado para cada cliente. Tem gerente e atendentes. É servido café. “Nessa loja, sempre num ponto bem instalado, o cliente tem toda orientação para escolher um bom produto, com o preço compatível com sua qualidade”, afirma Zanata. O grupo não quer parar de crescer. Projeta novas lojas nos estados onde já atua e analisa a entrada em novas regiões. “Criamos e desenvolvemos diariamente novos calçados. Vamos crescer mais, sempre recebendo o cliente num bom ponto, num bom local, oferecendo produtos, calçados bonitos e confortáveis, a preços justos”, conta Mário Zanata, sempre fiel aos três “p”.

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Lucy Onodera – Onodera

Ousadia familiar

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Fundadora da maior rede franqueadora de clínicas de estética corporal e facial do País, a empresária Edna Onodera contou com um apoio inestimável na última década: o da filha Lucy Onodera, atual diretora-geral da marca e responsável pela expansão da rede. Foi Lucy quem propôs, no ano 2000, a mudança do negócio, criado nos anos 1980, para o sistema de franquias. “Meu pai (Ikuo Onodera) não concordava muito com a ideia, pois tinha medo que desconhecidos não seguissem o conceito que criamos. Mesmo sem ele saber, transformamos a Onodera em empresa franqueadora. Ele só ficou sabendo depois da nona unidade franqueada. Os resultados já haviam superado as nossas expectativas e ele ficou satisfeito, pois viu que conseguimos manter a tradição do negócio”, conta Lucy. Mesmo sendo filha dos donos da Onodera, Lucy não teve mordomias e teve que percorrer toda a hierarquia da empresa para chegar ao atual cargo. Aos 19 anos, quando ainda cursava a faculdade de Administração de Empresas, dava expediente na empresa como recepcionista. Aos poucos, ela foi impondo seu talento para os negócios e se mostrou um excelente ponto de equilíbrio ao perfil mais ousado de Edna. Mãe e filha acreditam que a união dessas diferentes características como administradoras foi fundamental para o sucesso do negócio. Hoje, a Onodera tem 54 unidades em dez estados do Brasil, onde são realizados mais de 60 mil tratamentos por mês. A Onodera quer inaugurar 12 unidades até dezembro nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Distrito Federal, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Mato Grosso e São Paulo. “Por dia recebemos cerca de 20 pedidos de consultas para a compra de franquias. Por isso acreditamos que este ano vamos intensificar nossa presença, principalmente nos estados do Nordeste, Minas Gerais e cidades do interior de São Paulo”, destaca Lucy. www.onodera.com.br

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Marcelle Equizian, Nathalia Palma e Sarah Salum – ei! Equipe de Ideias

As publicitárias Marcelle Equizian, Nathalia Palma e Sarah Salum não esperaram receber o diploma para começar a desenhar sua própria agência. Os planos do negócio começaram a ser colocados em prática ainda na faculdade, como projeto de conclusão do curso. Com o nome sugestivo de ei! Equipe de Ideias, a empresa foi fundada em 2009 e, em pouco tempo, conquistou clientes renomados como Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), Enjoy Turismo, Gold, Assugrin, Doce Menor, Artwalk, Magic Feet, Badebec e North Beer. As sócias apostam no conceito de

agência butique, oferecendo aos clientes a convergência do planejamento com a criação a partir de um atendimento personalizado. “O significado do ei! vai muito além das iniciais. Provoca um questionamento, além de ser a sinalização de um toque para ‘acordar’, um cutucão mesmo. O ei! indica tendências e potenciais de mercado, chama atenção e diz que nós temos sensibilidade e entendemos o comportamento dos consumidores”, explica a diretora de produção Marcelle Equizian. Para a Faap, por exemplo, a Equipe de Ideias desenvolveu ferramentas

voltadas para a linguagem dos alunos. Em três meses, ativou canais de comunicação até então nunca utilizados pela instituição, como as plataformas Mobile, iPhone e iPad. Segundo Sarah Salum, diretora de criação, a agência faz desde propagandas tradicionais até ações digitais mais alternativas, sempre se ajustando às necessidades dos clientes e pensando na otimização de verbas. No site da empresa, as sócias dizem que “carregam a equipe no nome e o cliente no colo” e perguntam: “É desse colo que você precisa?”

www.equipedeideias.com.br

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Sem perda de tempo

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e NTREVISTA

Escolha da equipe deve levar em conta conceitos e percepções que nem sempre são contemplados pelos processos seletivos comuns

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Othamar Gama Filho

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Além da

entrevista


Não raro os empreendedores assumem sozinhos a gestão de seus colaboradores. Sobretudo em empresas de pequeno e médio porte (PMEs), a existência de um departamento de recursos humanos é, na maioria das vezes, inexistente, cabendo ao proprietário recrutar, selecionar e treinar funcionários. Isso não quer dizer, porém, que a função seja simples ou desnecessária. Fundamental para o sucesso do negócio, a escolha correta da equipe deve levar em conta conceitos e percepções que vão além do que oferecem os formatos tradicionais de entrevista. Para auxiliar na tarefa, os empresários atualmente contam com diversas ferramentas que auxiliam na gestão de equipes, incluindo técnicas para implantar plano de carreira e a concessão de benefícios nãofinanceiros em pequenas empresas. “Há suas vantagens em ser um pequeno negócio, então é preciso explorar isso, aproveitando a maior flexibilidade para criar um ambiente e uma cultura atraentes, que ajudem a atrair bons profissionais”, afirma Othamar Gama Filho, especialista em gestão de pessoas e sócio-diretor da Recruiters do Brasil. Na entrevista a seguir, ele comenta as principais tendências em recursos humanos, incluindo o conceito de employer branding e sua aplicação no contexto das PMEs, além de dar dicas para fazer análise comportamental e avaliações durante processos de recrutamento e seleção de profissionais de todos os níveis e categorias.

Como é possível construir uma imagem positiva segundo os conceitos de employer branding? Gama Filho – Como o conceito de employer branding é muito amplo, não existe uma fórmula mágica para se obter resultados. De qualquer forma, a maneira mais simples e direta que qualquer empresa pode seguir para se alinhar a essa filosofia inclui a identificação dos reais pontos fortes (seja de estrutura, benefícios, cultura, tecnologia, clima, momento de mercado, etc.) que possui, encontrando uma maneira de comunicar esses pontos fortes para todos, de clientes finais a parceiros e fornecedores. Estimule seus próprios colaboradores a comentar com seus amigos e conhecidos, vá a feiras e palestras, faça publicidade em redes sociais, etc. Apenas tome cuidado para não comunicar o que você gostaria que sua empresa fosse e não o que ela é de verdade, pois o tiro pode sair pela culatra. Transparência é muito importante em employer branding. Até que ponto é possível analisar – ou até prever – o comportamento de um candidato a vaga? Gama Filho – Prever os comportamentos e condutas futuros de um funcionário com certeza é impossível, mas você pode minimizar suas chances de erro através de alguns cuidados. O primeiro deles é verificar suas referências corretamente. Também é importante elaborar uma entrevista estruturada procurando identificar comportamentos passados que serão necessários no novo cargo, além de fazer uma avaliação de preferências comportamentais para saber se o candidato se sentirá bem desempenhando as funções do cargo. Para fechar, busque avaliar bem o perfil do gestor para tentar diminuir o risco de

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por Mônica Pupo monica@empreendedor.com.br

Muito se fala hoje em dia de employer branding. O que isso quer dizer e qual sua aplicação no dia a dia das organizações? Othamar Gama Filho – Employer branding refere-se à imagem que uma empresa transmite para o público em geral, mas principalmente para possíveis candidatos passivos e ativos de sua cultura, valores, ambiente, etc.

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e NTREVISTA que o estilo de trabalho do novo colaborador não seja antagônico ao estilo de trabalho do seu futuro gestor.

como isso se reflete no cargo de interesse do mesmo. Atualmente, quais as técnicas mais modernas de recrutamento e seleção de pessoas? Gama Filho – Para o recrutamento vale destacar os sistemas de gestão de indicação de candidatos e recompensas com foco nas redes sociais de todos os colaboradores da empresa. Já para a seleção, o destaque são os jogos que fazem a simulação on-thejob-evaluation, além de novas ferramentas on-line de assessment e gestão de pessoas.

É possível fazer essa análise comportamental mais aprofundada durante uma entrevista de emprego que costuma ser de curta duração? Quanto tempo leva para concluir esse tipo de análise? Gama Filho – Com apenas uma entrevista não é possível realizar essa análise de forma eficaz. É preciso utilizar um método de entrevista comportamental como o Star, conduzido de preferência por alguém bem treinado. Uma boa entrevista de emprego não pode durar menos do que 30 minutos.

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Em que consiste o método Star e para quem é recomendado? Gama Filho – A sigla Star vem de Situation, Task, Action, Result (Situação, Tarefa, Ação, Resultado). Consiste numa técnica onde o entrevistador procura buscar no passado do candidato uma situação em que essa pessoa tenha necessitado identificar uma solução para um determinado problema, sendo que depois conseguiu implementar essa medida com sucesso e as lições que ele aprendeu com essa experiência. Os exemplos normalmente se referem a momentos reais que o candidato deverá vivenciar no dia a dia do cargo/função. É recomendado para toda e qualquer entrevista, cargo e porte de empresa.

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Quais perguntas são fundamentais durante uma entrevista de emprego? Gama Filho – É fundamental priorizar perguntas que permitam ao entrevistador visualizar como o candidato lidou com determinadas situações no passado, qual foi o resultado obtido e

É importante elaborar uma entrevista procurando identificar comportamentos passados que serão necessários no novo cargo, além de fazer uma avaliação de preferências comportamentais

No caso de pequenas e médias empresas, como é possível estabelecer um plano de carreira e remuneração? Gama Filho – Qualquer empresa pode – e deve – ter um plano de carreira e remuneração. O único ponto é que, no caso de pequenas e médias organizações, após um determinado nível hierárquico, esse crescimento fica muito lento ou até mesmo impossível do colaborador obter. Qual a importância dos “benefícios nãofinanceiros” no contexto das PMEs? Gama Filho – Hoje em dia esses são os únicos diferenciais que as pequenas empresas podem utilizar para competir com as grandes corporações na guerra por talentos. Quais destes benefícios não-financeiros você indica para serem adotados por PMEs? Gama Filho – É possível oferecer, por exemplo, proximidade com a liderança da empresa; possibilidade de sociedade; flexibilidade de horário e preferência à contratação de colaboradores que moram perto de sua empresa.


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NÃO DUR MA NO PONTO

NAVEGUE NAS CHEIAS E VAZANTES Movimentos! É deles que é feita a vida. Estagnação significa morte, na certa. É preciso compreender os movimentos e seguir o fluxo contínuo das mudanças. Tudo o que tem vida, se move. A começar pela própria Terra, em contínua rotação e translação. Ou nosso coração, em constantes batimentos de sístole e diástole. Observe o pulmão, que inspira e expira. Terra, coração e pulmão seguem o mesmo impulso vivificador. Maré alta, maré baixa! Cheias e vazantes. Não é diferente com a economia e os negócios. Ao compreender os movimentos que oscilam entre o caos e a ordem, podemos “pegar a onda” que nos levará para os melhores patamares de evolução e prosperidade.

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Um mundo não tão distante

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Mudanças sempre existiram. Mas houve um tempo em que não eram tão perceptíveis. Muita gente, distante dos grandes centros econômicos, nem se dava conta delas. Mas isso foi em outra época. Nos dias de hoje, tudo é bem diferente. As mudanças mundiais são velozes e contundentes e, com maior ou menor impacto, afetam todos os países, cidades e aldeias. Cinco ondas, impulsionadas pela explosão tecnológica, estão transformando o planeta: os computadores pessoais, as telecomunicações, a biotecnologia, a nanotecnologia e a energia alternativa. Essas ondas têm profunda influência em nosso modo de vida. Estamos (quase) todos interconectados, como se atados a uma grande teia. O mesmo acontece com os merca-

dos: os negócios virtuais se expandem e o comércio eletrônico se consolida. Com isso, a cada dia, as fronteiras perdem sua importância e as barreiras alfandegárias se dobram diante de uma economia cada vez mais integrada e internacionalizada. É claro que mudanças tão impactantes não ocorrem de forma harmônica. Ao contrário! Os movimentos se alternam entre o caos e a ordem, nem sempre num ritmo desejável. Nos grandes embates econômicos, os oligopólios industriais se agigantam e as grandes corporações transnacionais se consolidam, na ânsia de sobreviver em uma economia ainda sustentada pelos ganhos de escala. É a orgia das fusões e incorporações! Tudo isso provoca instabilidade no sistema financeiro mundial, dada a interligação irreversível. Basta citar os reflexos da crise vivida hoje pelos Estados Unidos. A China detém 45% das obrigações do tesouro norte-americano, o que mostra ao mesmo tempo, e paradoxalmente, uma grande dependência entre a economia chinesa e a norte-americana e o deslocamento do centro de gravidade do poder econômico, antes na Europa e nos Estados Unidos, para a Ásia. Cresce o número de telefones celulares, da base instalada de microcomputadores e dos usuários da internet. Mas entre o caos e a ordem, o explosivo progresso econômico não tem contrapartida no social. Aumenta o número de pessoas socialmente excluídas. A concentração do poder tecnológico, financeiro, político e militar em poucos países faz com que 20% da humanidade con-

Embora o verbo “crescer” seja o mais conjugado (e ansiado) no mundo dos negócios, nem sempre é o mais apropriado. É preciso compreender e respeitar os movimentos das marés!

trole 83% das rendas mundiais, enquanto destas resta apenas 1,4% para a parcela dos 20% mais pobres. No caos, globaliza-se tudo, inclusive a máfia, o narcotráfico e a economia da contravenção. Enquanto por um lado se acelera o esgotamento dos recursos não renováveis, por outro, na busca da ordem, criam-se e são desenvolvidos novos materiais capazes de preservar o meio ambiente, à luz do respeito pela natureza, com suas fontes de água e energia, e do controle da poluição. Aliás, com o fim da Guerra Fria, muitas bandeiras partidárias consideradas progressistas se sustentam, agora, nas questões ambientais. Plataformas políticas priorizam o saneamento básico, a indústria da reciclagem e a gestão e controle ambiental. Esses movimentos aparentemente lentos e irregulares de expansão e contração se manifestam em toda a economia: de um lado, a tendência recessiva somada ao protecionismo e à crise de confiança no sistema financeiro; de outro lado, os avanços nas negociações em torno de um sistema de regulação mundial, com o propósito de redefinir as novas regras da economia mundial. Aposta-se, portanto, no amadurecimento das instituições políticas e na consolidação da democracia, no âmbito dessa sociedade mais transparente e interconectada.


O mundo dos negócios é muito grande para você se aventurar sozinho.

Educador da Cempre Conhecimento & Educação Empresarial (11) 3873-1953/www.cempre.net roberto.tranjan@cempre.net

Um mundo mais próximo O Brasil, com todas as suas contradições políticas, sociais e econômicas, trafega diante desse ambiente de mudanças. São vários os estrangulamentos estruturais que, como uma espada de Dâmocles suspensa sobre a cabeça da economia, ameaçam o desenvolvimento, no longo prazo: o capital intelectual imprescindível para acompanhar o desenvolvimento tecnológico, o desgaste da infraestrutura de transporte e energia, o complexo sistema tributário inibidor da iniciativa privada e da competitividade internacional e, principalmente, o baixo nível de escolaridade e de qualificação da maioria dos trabalhadores. Mesmo assim, o Brasil é considerado emergente, com grande potencial econômico, junto com a China, a Índia, a Rússia, o México e a Coreia do Sul. No curto prazo, a economia brasileira segue em modesto crescimento, impulsionado principalmente pelas indústrias da construção civil e automobilística.

A empresa viva O mundo é um macrossistema, onde diversos sistemas se interligam para formar o todo. A empresa, como um desses

sistemas, precisa acompanhar os ciclos – de expansão e contração – que movimentam a vida. É da sabedoria dos negócios perceber quando se expandir, quando diminuir o ritmo e se consolidar e quando retomar o crescimento. Embora o verbo “crescer” seja o mais conjugado (e ansiado) no mundo dos negócios, nem sempre é o mais apropriado. É preciso compreender e respeitar os movimentos das marés! Diante de tal conjunto, o ser humano é como um microuniverso. Em harmonia com o todo, suas possibilidades são expandidas. Embora o mar seja turbulento na superfície, permanece calmo e sereno nas profundezas. É aí que o líder deve lançar a sua âncora! E a única ancoragem segura diante das oscilações entre o caos e a ordem é a consciência: se uma pessoa tiver uma vida bem-sucedida na empresa, isso se refletirá na comunidade. Se a empresa e a comunidade forem bemsucedidas, influirão sobre a economia e a sociedade. Se a economia e a sociedade forem bem-sucedidas, tal sucesso incidirá sobre o país e o mundo. Se o mundo for bem-sucedido, assim será também com o cosmo e agradará a Deus. É o que, em suma, se chama de evolução! Navegue nessa onda perfeita!

empreendedor | fevereiro 2013

por Roberto Adami Tranjan

As publicações da editora Empreendedor têm sempre artigos, notícias e dados atualizados sobre o mundo dos negócios. Com 19 anos de história, a Empreendedor é a maior editora brasileira voltada ao empreendedorismo e às inovações do mundo dos negócios. Publica a revista Empreendedor, além de manter o mais acessado site sobre empreendedorismo: www.empreendedor.com.br. Na hora de buscar informações ou falar com empreendedores de todos os portes, conte com a Editora Empreendedor.

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empreendedor | fevereiro 2013

Um novo modelo de franquia que exige investimentos de R$ 50 mil atrai microempresários com o sonho de ser o próprio patrão, porém é preciso muito trabalho para ter sucesso

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Micronegócio por Raquel Rezende

raquel@empreendedor.com.br

O projeto de vida que envolve ter um negócio e ser o próprio patrão, idealizado por muitas pessoas, pode estar ao alcance de quase todas, muito facilmente. Um modelo bem mais barato de franquia despontou no mercado e vem conquistando microempresários. Denominada microfranquia, esta palavra mágica está inspirando funcionários de empresas a abandonar seus empregos, donas de casa a entrar para o mercado de trabalho e trabalhadores informais, sobretudo do setor de serviços, a se formalizarem. Entretanto, é necessário ter consciência que ser responsável por uma microfranquia exige muito trabalho, planejamento financeiro, dedicação, paciência, entre outras inúmeras exigências, para alcançar a tão sonhada realização financeira, através da própria empresa. Afinal, ser dono de qualquer negócio não é nada fácil. Nem mesmo de um micronegócio. De acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o número de microfranquias saltou

de 213 para 336, representando 17% do total de marcas e 4% do faturamento do setor. Em cifras, isso equivale a R$ 3,7 bilhões. Este modelo de negócio surgiu a partir de ideias inovadoras dos empresários Artur Hipólito e Marco Imperador. Os sócios do Grupo Zaiom, pioneiro em comercializar microfranquias, vislumbraram um mercado com crescimento acelerado em todo o mundo e muito promissor no País e, assim, encontraram a fórmula deste novo conceito de franquia. Vendendo um negócio econômico com marca, método, treinamento e suporte compatível com as grandes franquias, o Grupo Zaiom, criado em 2009, contabiliza hoje mais de 500 operações em todo o Brasil, oferecendo diversas opções para diferentes perfis empresariais. “Temos um modelo dinâmico, desafiador, de baixo investimento com possibilidade da operação comercial ser realizada na própria casa do microempresário, permitindo a inclusão social e tirando muitas pessoas da pobreza, da estagnação econômica e social”, destaca Hipólito. Toda esta proposta divulgada por Hipólito se torna possível devido ao investimento inicial para ter uma microfranquia, que varia de R$ 7,5 mil a R$ 30 mil, com previsão de retorno do valor aplicado

de seis a 18 meses. Entre as possibilidades de negócios ofertados pelo Grupo Zaiom, pode-se encontrar microfranquias de cuidadores de idosos (Home Angels), manutenção predial (Dr. Faz Tudo), manutenção de jardins e piscinas (Dr. Jardim), manutenção de computadores (Amigo Computador), ensino de inglês (Fale Globish) e de fotodepilação em domicílio (Home Depil). Todas elas funcionam no sistema home based (em casa) e por isso são vantajosas, pois não acarretam gastos com aluguel, água, luz e impostos de um imóvel comercial. Segundo Hipólito, as microfranquias atendem diferentes pessoas que pensam em ter a própria empresa, como os recém-formados que não conseguem uma colocação no mercado por falta de experiência em carteira, o aposentado que não quer parar de trabalhar e também aquele que perdeu o emprego e não consegue uma recolocação por causa da idade. Apesar de não fazer parte de nenhuma das situações citadas anteriormente, o modelo de microfranquia também despertou o interesse do técnico agrícola Ronaldo Pereira. Como sempre quis ter o próprio negócio, ele conta que quando conheceu a proposta da Ecojardim, franquia especializada em jardinagem, encontrou tudo o

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vantajoso

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que buscava, pois era possível aliar baixo investimento, perspectivas de mercado positivas e suporte da franqueadora. “Adquiri a Ecojardim quando ainda trabalhava em meu antigo emprego, porém, após comprovar a oportunidade de mercado que a franquia me proporcionava me dediquei 100% ao negócio e já há algum tempo estou colhendo os frutos do trabalho”, relata Ronaldo. Para ele, a grande vantagem da microfranquia foi não ter ponto comercial. “Meu trabalho é realizado em casa, o que me aproxima muito mais da minha família, e deu a oportunidade de inserir minha esposa na rotina administrativa da empresa”, avalia. Ronaldo conta também que teve apoio constante da franqueadora, principalmente na área técnica, trazendo mais segurança aos procedimentos diários. Poder contar com uma marca que está presente em várias outras cidades com sua estratégia de marketing já pronta foi outro fator, citado por Ronaldo, que ajudou a dar credibilidade ao negócio. O ponto negativo, percebido por Ronaldo, no início do trabalho da microfranquia foi criar uma rotina de atividades. “Para um antigo empregado não é muito fácil, porém, neste quesito a franqueadora me ajudou bastante, pois a empresa tem um consultor que nos orienta para as atividades que necessitamos cumprir, bem como para as metas que precisamos alcançar”, afirma. O presidente-fundador da franquia Ecojardim, Vaner da Silva, comenta que esta é uma das estratégias pensadas para atrair franqueados. Segundo ele, a empresa oferece, em tempo integral, suporte técnico, com biólogo, engenheiro agrônomo, técnico em nutrição de plantas e um software especial e único, que auxilia na produção de orçamentos, cálculo de tempo de trabalho, custos operacionais e gestão administrativa. Além disso, Vaner acrescenta que a franquia se torna atraente pelo fato de exigir baixo investimento – em torno de R$ 24,6 mil –, principalmente se comparado a outras franquias, o retorno do investimento vem em 12 meses e a estimativa de margem de lucro líquido varia entre 30% e 50% sobre o faturamento bruto da empresa. Espírito empreendedor, disposição

para o trabalho, disponibilidade de tempo, empenho na condução de seu negócio, pequeno capital de giro para investir e tino comercial para a prospecção de clientes são os pontos cruciais, citados pelo proprietário-fundador da Ecojardim, para qualquer franqueado fazer sucesso. “Não há um perfil específico de franqueado da Ecojardim. Isso pode ser considerado também um dos diferenciais da empresa. Atualmente, temos franqueados que já trabalhavam na área, como biólogos, paisagistas, engenheiros florestais e agrônomos, mas também temos donas de casa, jovens recém-formados e administradores. São pessoas que perceberam no

“Espírito empreendedor, disponibilidade de tempo, empenho, capital de giro e tino comercial são os pontos cruciais para qualquer franqueado fazer sucesso”, diz Vaner


Cláudia Bittencourt alerta os interessados em microfranquias a se planejar financeiramente antes de investir

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Vaner da Silva, presidente-fundador da Ecojardim, destaca que a franquia oferece consultor para indicar as metas

mercado da jardinagem um trabalho prazeroso e rentável”, explica Vaner. Ronaldo está satisfeito com os resultados de sua microfranquia. “Minha avaliação é a melhor possível, pois conforme prometido na compra da franquia, meu retorno de investimento aconteceu realmente em 12 meses”, comemora. Ronaldo, porém, alerta que é importante o empreendedor saber todos os desafios e comprometimentos que ele deverá ter com seu próprio negócio, independente de sua área de atuação. “Eu aconselho outros empreendedores a investirem em microfranquias. Vai trabalhar bastante, mas trabalha para você mesmo, o que é muito gratificante”, diz Ronaldo. Na opinião de Cláudia Bittencourt, diretora-geral do Grupo Bittencourt, o modelo de microfranquia é uma tendência positiva que deve crescer muito no Brasil, pois é também uma forma das pessoas saírem da informalidade e se profissionalizarem. Ela observa que muitos serviços que eram oferecidos e realizados sem nenhuma profissionalização, agora, com as microfranquias, ganham a chance de se transformar em profissão. “Trabalhadores que fazem manutenção em jardins, conserto de eletroeletrônicos, transportam crianças para escolas, cuidam de idosos, enfim, todos têm a oportunidade da formalização e do crescimento profissional e pessoal”, analisa Cláudia. Para ela, muitas facilidades foram proporcionadas pelos serviços ofertados pelas microfranquias para as donas de casa e mulheres que trabalham fora, por exemplo. Pensando em atender esse público de mulheres ocupadas, entre outros, certamente, a farmacêutica Cláudia Belló, moradora da cidade de Jaraguá do Sul (SC), resolveu investir, com o marido – que é agrônomo –, em um dos setores muito procurados dentro do segmento de microfranquia: o da alimentação. “Investimos na Vininha, uma microfranquia que vende minissanduíches, pela oportunidade de mercado, pois ambos temos profissões distintas e enxergamos na microfranquia uma forma de conciliarmos nossas profissões com a possibilidade de viabilizarmos nossa independência financeira”, explica

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Cláudia. Ela conta que, junto a Luciano, seu marido, pensava em investir em um negócio próprio e eles optaram pela microfranquia por causa da estruturação já existente neste modelo de negócios. “Dessa forma não compramos apenas um ramo comercial ou uma loja bonita, mas sim toda a estrutura de marketing e suporte de mercado, que tanto auxilia o nosso dia a dia da venda direta ao consumidor”, opina. As principais vantagens em se adquirir uma microfranquia, na visão da franqueada Cláudia, é justamente o suporte prestado pela franqueadora no que diz respeito ao marketing, parte administrativa, operacional e principalmente à construção e fixação da marca. A microempresária constata que todos esses processos para um comércio varejista individual acarretam um custo extremamente alto, e quando é possível ser parte integrante de uma rede de negócios, como é o caso das microfranquias, eles somam ao “pacote” adquirido ao assinar o contrato com a franqueadora, tornando o empreendimento mais proveitoso e lucrativo. Outro fator relevante, apontado por Cláudia, é sem dúvida sobre o investimento financeiro ser bem reduzido se comparado às franquias de maior porte. Cláudia e Luciano estão à frente da operação da loja Vininha há sete meses e, nesse curto espaço de tempo, contam que já podem colher bons resultados. “Criamos e estruturamos nossa carteira de clientes e entramos em nosso ponto de

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“As microfranquias quebram a lógica, oferecendo baixo risco e investimento. E as variáveis que envolvem um novo negócio já estão garantidas”, afirma Hipólito

equilíbrio. Ainda há muito a ser feito, mas acredito que estamos no caminho certo”, avalia Cláudia. Ela e o marido até agora não enxergaram desvantagens no sistema de microfranquia. Porém, Cláudia destaca que alguém com dificuldades em aceitar opiniões, em estar disposto a aprender a cada dia e a compartilhar suas experiências, talvez possa sentir dificuldades na condução do negócio. “Em uma rede nunca decidiremos ou estaremos sozinhos”, finaliza. Segundo Hipólito, do Grupo Zaiom, o fato de se sentir amparado traz muito mais segurança ao microempresário. “Com as microfranquias buscamos quebrar a lógica, oferecendo baixo risco e investimento com estrutura formatada. Todas as variáveis que envolvem a abertura de um novo negócio já estão garantidas”, analisa. Hipólito enfatiza que com disponibilidade de estar à frente do trabalho, se dedicando ao máximo, o sucesso vem. “Aquele que pensa em investir nas microfranquias deve considerar que é necessário trocar o mundo do emprego para o mundo do trabalho, pois sabe que no mundo do trabalho terá um sucesso melhor. A pessoa deve ter bem esclarecido em mente que tem que vir para trabalhar”, afirma. Para ele, os bons resultados vão depender somente da pessoa, que deve se identificar com o negócio, ter disciplina e seguir as orientações do franqueador. “Existe o caminho que o franqueador já mostrou. Então, é só ter paciência e persistência”, orienta. Hipólito relata que grandes franqueadores com negócios de alto investimento também apostaram nas microfranquias. Além desses grandes investidores, empresários que já tinham um negócio estruturado também enxergaram no novo modelo uma chance de melhorar os resultados da empresa. Este foi o caso de Paulo Roberto Gomes Duarte, que tinha uma escola de informática, capacitação profissional e inglês e trabalhava com o modelo de licenciamento da Easycomp Plus. A ideia de investir na microfranquia e fazer “upgrade”, ou seja, mudar de licenciamento para franquia, surgiu na vida de Paulo por conta da dificuldade que ele tinha de trei-

Para a farmacêutica Cláudia Belló, a microfranquia Vininha foi uma forma de viabilizar a independência financeira nar constantemente a equipe de trabalho na empresa. Além disso, ele queria que a comunidade enxergasse a sua empresa como uma escola que oferece uma gama de cursos profissionalizantes, de informática e inglês, e não apenas como uma escola de informática. “Foi uma questão de necessidade, pois percebi que há muito tempo minha empresa estava igual, e se nada fosse feito eu seria engolido pelos grandes concorrentes. Acho que o investimento foi alto, mas sustentável, visto que este segmento ainda oferece muitas oportunidades de ganhos”, avalia. O contato mais próximo com a alta direção da franqueadora e a possibilidade de explorar mercados menores em que a concorrência é maior integram a lista de outras vantagens percebidas por Paulo para investir no modelo de microfranquia. “Se não fosse o modelo de microfranquia talvez não seria lucrativo investir em Guararema (SP) por causa do número de habitantes da cidade”, diz. Para ele, o investimento foi justificável, pois a escola está 200% melhor. “Agora é só colher os frutos do investimento”, comemora. A especialista em marketing Filomena


cio”, enfatiza. O conselho da especialista em marketing Filomena Garcia sobre pesquisar bem a rede antes de investir para o aspirante a franqueado entrar no negócio sabendo o que o espera, como aconteceu com Altair, é também sugerido pela Cláudia, do Grupo Bittencourt. De acordo com ela, é preciso avaliar com cautela as propostas de microfranquias, pois muitos empresários lançaram negócios formatados que começaram a expandir sem um projeto piloto. “Isso é um risco para o dono da marca e também para o franqueado”, avalia. Cláudia aconselha ao interessado em microfranquias pesquisar sobre o proprietário

A especialista em marketing Filomena Garcia, sócia da Franchise Store, lembra que o franqueado deve procurar a sua franquia sem criar expectativas

Altair Antônio, franqueado do Balcão de Empregos. com não consegue ver desvantagem no modelo de microfranquia. Para ele, só há vantagens neste formato

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Garcia, sócia-diretora da Franchise Store – primeira loja de franquias da América Latina –, lembra que o futuro franqueado deve procurar a sua franquia sem criar grandes expectativas. “É importante que o microempresário não entre no negócio esperando muito. Ele deve observar muito bem o desempenho da rede que pretende investir. Assim, ele saberá que pode ter o que a média da rede tem”, explica Filomena. Ela acrescenta que conhecer o suporte e o treinamento que o franqueador vai oferecer contribui muito para acertar na escolha da microfranquia e isso se torna vital para o sucesso. “O negócio que o microempresário for comprar deve estar alinhado à expectativa que ele tem”, afirma. A sensação de combinar com a proposta que a microfranquia oferece foi vivida por Altair Antônio, franqueado do Balcão de Empregos.com de Piracicaba (SP). Altair relata que há muito tempo procurava algo para investir, mas ainda não tinha encontrado nada que o motivasse. Quando ele conheceu a rede Balcão de Empregos.com decidiu ser franqueado, porque gostou da proposta, do modelo de negócio e, principalmente, do trabalho que poderia desenvolver. “É importante ressaltar a importância de se pesquisar bem antes de comprar a franquia, analisar todos os pontos fortes e fracos, pesquisar como será o trabalho na prática para ver se você se adapta ao formato exigido pelo franqueador e se tem familiaridade com o tipo de negócio”, sugere. Altair não consegue ver desvantagem no modelo de microfranquia. “Neste modelo de negócio o custo na taxa de franquia, por exemplo, já é menor. Além de tudo, é mais fácil de administrar”, constata. Para ele, as vantagens mais perceptíveis são dispor de pequena quantia para ter seu próprio negócio, não precisar ter um número elevado de funcionários e o contato próximo entre franqueador e franqueado, pois depende de toda a experiência do franqueador para o negócio ter o resultado esperado. “Independentemente do porte da empresa ou franquia, o que realmente dá resultado é o empenho e dedicação de quem administra o negó-

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da rede para ver se ele tem experiência no ramo, se já é dono de outras marcas e se poderá oferecer uma estrutura que dará apoio e treinamento adequados aos franqueados. E outra questão importante, lembrada por Hipólito, do Grupo Zaiom, é checar, junto à Associação Brasileira de Franchising (ABF), se a microfranquia está cadastrada na instituição. “A microfranquia que tem cadastro na ABF recebe uma chancela, confirmando que os documentos estão corretos”, afirma Hipólito. E foi exatamente no dia de sua associação com a ABF que a NTW Contabilidade e Gestão Empresarial anunciou oficialmente a formatação para o sistema de franquias, tornando-se o primeiro escritório de contabilidade no Brasil a trabalhar neste modelo de negócio. O propósito da empresa de expandir o conhecimento do modelo de gestão adquirido em mais de 20 anos de experiência para outras unidades contábeis e financeiras abre oportunidade para empreendedores do segmento contábil adaptarem seus negócios ou abrirem um novo, seguindo um modelo de sucesso reconhecido nacionalmente. Com foco em profissionais recém-formados que têm conhecimento, mas não possuem experiência, e contadores que têm conhecimentos técnicos, entretanto, não possuem habilidades para a área de gestão, a NTW oferece dois modelos de negócio: um formatado para cidades de até 80 mil habitantes e outro para cidades maiores. O baixo investimento inicial, a partir de R$ 50 mil, que corresponde ao modelo de pequeno porte com 50 clientes, em média, aliado ao

Escritório da franquia Balcão de Empregos.com, a única rede de franquia no setor de empregos no Brasil

sistema próprio para gestão de escritórios contábeis e processos certificados por instituição de qualidade renomeada, fazem da NTW uma opção de franquia acessível tanto para o novo como para o experiente candidato. Conhecimento e confiança na NTW foram as características que atraíram os ex-funcionários da NTW Márcia Santos e Tarcísio Quaresma para investir em uma microfranquia da rede na cidade de Timóteo (MG). “Temos baixo conhecimento em

“É preciso avaliar com cautela as propostas de microfranquias, pois muitos empresários lançaram negócios formatados que começaram a expandir sem um projeto piloto. E isso é um risco”, alerta Cláudia Bittencourt

gestão de um empreendimento, por isso escolhemos o caminho através do sistema de franquia para que esse ponto fraco fosse superado, já que temos um vasto conhecimento técnico, advindo de anos de trabalho no segmento”, relatam. Na visão dos sócios, a maneira como são orientados na realização dos investimentos, nos padrões de execução, no monitoramento e controle das obrigações para com os clientes e o modelo estratégico da gestão utilizado integram as maiores vantagens da microfranquia. Conforme Márcia e Tarcísio, o fato da NTW Contabilidade oferecer, com base nas suas credenciais, um suporte que traz na bagagem as normas e metodologia da ISO e do Modelo de Excelência em Gestão traz segurança ao seguir a metodologia e modelos de formulários na prática diária do trabalho. “Temos nove meses de atuação e até agora consideramos os resultados positivos, pois com menos de um ano já atingimos o ponto de equilíbrio”, revelam. Eles atribuem o sucesso ao reconhecimento da marca como um ponto forte para alavancar a receita e a orientação específica que recebem para gerir o empreendimento, contribuindo para alocação dos recursos de forma direcionada, evitando desperdício ou custos desnecessários. Clébio Ribeiro, franqueado da rede Ensina Mais, no município de Jardim (MS), é outro investidor que está satisfeito com o resultado do seu negócio. O baixo investimento foi um dos fatores que mais motivaram Clébio a comprar a microfranquia voltada ao complemento escolar de portu-


Rogério Gabriel, do Grupo Prepara, destaca que as microfranquias integram um novo setor que oferece muitas vantagens cional que possa se relacionar com os pais, um profissional para a área comercial e o franqueado que faz a gestão. O material didático já vai pronto para o franqueado e a aula é realizada no computador com acompanhamento do professor. De acordo com Rogério, as microfranquias integram um novo setor dentro de um ramo já existente, que oferecem muitas vantagens como baixo investimento e apoio total da franqueadora. Porém, nem tudo é perfeito. Essas

inúmeras perspectivas positivas que o formato microfranquia apresenta esbarram no alerta de especialistas em franchising. A diretora-geral do Grupo Bittencourt, por exemplo, alerta os interessados em microfranquias a se planejar financeiramente antes de investir. “Os recursos que o microempreendedor tem devem ser suficientes para ele se manter até o negócio começar a dar retorno. Ele precisa ter dinheiro para passar esse período. E depois, quando sobrar dinheiro, às vezes, ele vai precisar investir mais. Então, sem isso bem claro, corre-se um sério risco de começar a franquia e não conseguir manter”, diz Cláudia Bittencourt. Na opinião da sócia-diretora da Franchise Store, a microfranquia atende muito bem a expectativa daquele investidor que tem um valor reduzido para primeiro negócio ou quem quer fazer um investimento mais baixo “Conhecer o suporte do em sua empresa já monfranqueador contribui tada. “Mas independenpara acertar na escolha te da intenção, no forda microfranquia”, afirma mato de microfranquia, Filomena Garcia o microempresário será o próprio operador do negócio, trabalhando na própria casa. E o sucesso da empreitada só dependerá dele”, afirma Filomena Garcia.

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guês e matemática. “Todo o resultado obtido até agora está dentro do que foi traçado no plano de negócios. Por isso, acredito que as microfranquias representam hoje um dos melhores investimentos a se fazer para quem quer ter o seu próprio negócio”, analisa. Para realizar o sonho de ter a própria empresa, Clébio investiu R$ 39 mil na Ensina Mais, que pertence ao Grupo Prepara, atuante na educação profissional. Ofertar estudo individualizado, através de aulas 100% digitais, para alunos que cursam do 1º ao 9º escolar ao preço de R$ 80, foi a proposta delineada pelo franqueador Rogério Gabriel depois de realizar pesquisas de mercado desde 2010. “Percebemos que os alunos querem aulas mais interativas com o uso de tecnologia. Assim, a Ensina Mais procurou criar maneiras de ensinar mais atrativas que conectem o aluno com o mundo de uma forma diferente”, destaca. A partir disso, a proposta da microfranquia foi pensada para funcionar em um modelo de escola menor e mais pulverizado. Para funcionar, a Ensina Mais precisa de um professor responsável, um consultor educa-

Márcia Santos e Tarcísio Quaresma investiram na microfranquia para suprir o baixo conhecimento em gestão de um negócio

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OPORTUNIDADE DE NEG ร CIOS

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Sem preconceitos ou pudores, empresรกrios de diferentes รกreas aproveitam para lucrar com um dos segmentos que mais crescem no Brasil

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Mercado

erótico Lançado em dezembro de 2012, o filme De pernas pro ar 2 representa não só um sucesso de bilheteria, mas também a ascensão de um segmento cada vez mais promissor para os empreendedores brasileiros. Estrelada por Ingrid Guimarães, a comédia retrata a vida de uma mulher que revoluciona sua vida pessoal e profissional ao comercializar produtos eróticos. Ficção à parte, a história da protagonista guarda muitas semelhanças com a de muitos empresários que deixaram de lado o preconceito para ingressar num mercado em crescente expansão, composto por marcas e profissionais das mais diversas áreas, de sex shops a fabricantes de lingerie, passando por indústrias de cosméticos, produtoras de vídeo e fotografia, entre outras. Os últimos dados do setor, referentes a 2011, apontam crescimento anual de 18,5% e R$ 1 bilhão em movimentação financeira, além da venda de 72 milhões de produtos, incluídos num mix total de 12 mil itens distribuídos em 10 mil pontos de venda de norte a sul do País, conforme dados da Associação

Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme). Além disso, são geradas mais de 100 mil vagas de emprego, direta ou indiretamente. Não por acaso, o Brasil sedia a quarta maior feira erótica do mundo, a Erotika Fair, que acontece no próximo mês de abril, mais precisamente entre os dias 4 e 7, na capital paulista. Em sua 20ª edição, o evento espera atrair cerca de 30 mil visitantes por dia, além de pelo menos 8 mil empresários de toda a América Latina, incluindo representantes das principais marcas do mercado

Cerca de 3 mil mulheres vendiam produtos porta a porta e, após a exibição de De pernas pro ar 2, este número saltou para 45 mil consultoras

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por Mônica Pupo

monica@empreendedor.com.br

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OPORTUNIDADE DE NEG ÓCIOS

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adulto mundial. A cosmética 100% brasileira, por exemplo, lidera o ranking dos cinco produtos mais vendidos. Dentre os 7,5 milhões de itens eróticos comercializados por mês no País, 5 milhões são cosméticos sensuais (óleos, géis, cremes estimuladores). Entre os campeões de venda da categoria estão os géis funcionais (géis excitantes, também chamados de “vibrador líquido”), seguidos pelos géis para sexo oral e lubrificantes. Na sequência estão os produtos para massagem, incluindo velas comestíveis, bolinhas de massagem e similares, as lingeries e fantasias. Por último estão os acessórios mais “picantes”, como vibradores, capas e próteses. De acordo com especialistas, esse bom desempenho geral se deve, em grande parte, ao aumento da venda direta. “Em dois anos, a quantidade de consultores de itens eróticos por catálogo passou de 2 mil para 85 mil”, informa Paula Aguiar, presidente da Abeme. Foi seguindo essa trilha que a capixaba Elaine Pessini iniciou sua trajetória no segmento de produtos sensuais. Em 2001, a ex-vendedora de lingeries pediu emprestado ao marido o valor de R$ 150 e começou a vender também óleos sensuais de porta em porta. “Quando iniciei, o mercado sensual era mais alvo de preconceito do que é hoje; aos poucos, o Brasil vem quebrando os tabus e acredito que o segmento só tem a crescer”, diz a empresária. Com a boa receptividade das compradoras, ela foi em busca de parceiros

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Dentre os 7,5 milhões de itens eróticos comercializados por mês no Brasil, 5 milhões são cosméticos, como óleos e géis de massagem


e fornecedores de cosméticos sensuais nos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro. Em 2005, já atendia aproximadamente 180 pontos de venda em Vila Velha (ES), onde montou um showroom de lingerie. Em meio ao crescimento vertiginoso do negócio, a empreendedora foi surpreendida com a notícia de que seu único filho, na época com seis anos, estava com câncer, fazendo seu rendimento cair. Com a cura do menino, em 2006, a empreendedora retornou ao trabalho com força total, dessa vez não só disposta a vender, mas a fabricar seus próprios produtos. “Meu marido deixou a carreira de policial militar para cursar química, enquanto eu participei de cursos de sexualidade e gestão e fui atrás de parcerias e documentação para abrir nossa própria fábrica de cosméticos sensuais”, conta. Conseguir todas

“Antes, o mercado sensual era mais alvo de preconceito do que é hoje; aos poucos, o Brasil vem quebrando os tabus”, diz Elaine Pessini

as licenças, aliás, foi outro desafio para a empresária, que critica o excesso de burocracia e morosidade dos órgãos públicos. “Para se ter uma ideia, iniciamos o processo de documentação para a construção da fábrica em 2006 e só conseguimos todas as liberações em junho de 2009”, recorda. Hoje, a Pessini Cosméticos registra crescimento anual médio de 40%. Instalada numa área de 1,5 mil metros quadrados na cidade de Vila Velha, a fábrica produz uma linha com 62 itens, totalizando produção mensal de 250 mil unidades. O portfólio inclui cosméticos sensuais – como lubrificantes, géis com efeito térmico, óleos de massagem e até loções que causam um efeito de “choque” quando em contato com a pele – e também itens mais tradicionais, como xampus, condicionadores, máscaras capilares e sabonetes, entre outros. Na opinião de Elaine, o sucesso da empresa se deve ao fato de distribuir os produtos nas lojas de lingeries, que atualmente respondem por 70% da venda de cosméticos sensuais. “Essa combinação de itens deixa as clientes mais à vontade na hora de olhar e adquirir os produtos”, afirma. Para 2013, a empresa pretende colocar sete novos produtos da linha sensual na praça e intensificar a participação em feiras internacionais. “Futuramente, esperamos expandir também para o exterior”, revela Elaine, que já encomendou uma pesquisa de mercado na Europa.

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Com apenas R$ 150, Elaine Pessini deu início a um negócio que cresce 40% ao ano

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OPORTUNIDADE DE NEG ÓCIOS

Oportunidades para todos Com pouco mais de três décadas de existência, o segmento erótico brasileiro é considerado incipiente e repleto de peculiaridades, a começar pela origem dos produtos. Enquanto a maioria dos países estrangeiros vende principalmente itens chineses, por aqui 65% das mercadorias são nacionais por Mônica Pupo

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monica@empreendedor.com.br

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Outra característica do mercado é ser dominado por empresas jovens. Segundo dados da Abeme, 83% das companhias do ramo possuem menos de cinco anos. “O empenho hoje é para aumentar cada vez mais a profissionalização do setor. A quebra de paradigmas é o maior obstáculo, pois a aceitação e o respeito pelos empresários e seus negócios é ainda a maior dificuldade enfrentada pelo setor”, aponta Paula Aguiar. Entre os 17% restantes – ou seja, as companhias consideradas pioneiras do segmento sensual, com mais de cinco anos de mercado – destaca-se a Hot Flowers, que em 2013 comemora dez anos em plena expansão. A história de sucesso teve início quando Edvaldo Bertipaglia trabalhava como representante comercial de produtos de higiene da linha profissional, atendendo, dentre outros clientes, diversos motéis da região onde atuava, no interior de São Paulo. Impressionado com o aumento da procura por produtos eróticos em tais estabelecimentos, foi atrás de parcerias com empresas já estabelecidas para agregar mais produtos ao seu mix. A dificuldade em conseguir os contatos, no entanto, fez com que o empreendedor optasse por entrar de cabeça no negócio, ao investir praticamente todo seu patrimônio para fabricar sua própria linha de produtos. “Era uma

Com sede em Indaiatuba (SP), Hot Flowers é uma das empresas que mais gera empregos na região, somando 300 funcionários, além de 80 profissionais terceirizados


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Eliana: “No ano passado também iniciamos a exportação para diversos países da América Latina e Europa”

oportunidade única para ganhar o mercado, então apostamos todas as fichas cientes do compromisso e do desafio que teríamos pela frente”, conta Eliana Bertipaglia, esposa de Edvaldo e diretora comercial da Hot Flowers. A empresa, que iniciou suas atividades num espaço de 40 metros quadrados, hoje possui sete galpões, totalizando 6,5 mil metros quadrados de área construída. Com sede em Indaiatuba (SP), é a 10ª empresa que mais gera empregos em sua região, somando 300 funcionários, além de 80 profissionais terceirizados, que se ocupam do planejamento e produção de diversas linhas de acessórios eróticos, com destaque para as próteses e lingeries. “A linha de cosméticos é o nosso carro-chefe, seguida das próteses e acessórios. Dentre os cosméticos, vale destacar os cremes funcionais, hot ball, géis aromatizantes, óleos de massagens e velas como os mais vendidos”, relata Eliana. Ao verticalizar 95% dos produtos, a fabricante é responsável por todas as etapas que envolvem a concepção das próteses, cosméticos, fantasias, tangas e acessórios que produz. Para desenvolver tais itens, que necessitam da aprovação da Anvisa e Ministério da Saúde, a empresa conta com o apoio de uma equipe multidisciplinar, que envolve estilistas, ginecologistas e designers para oferecer aos consumidores produtos de qualidade, reconhecidos e aprovados pelo Ministério da Saúde. Para manter a taxa de crescimento anual na faixa dos 15%, a Hot Flowers – que possui 700 itens no portfólio – lançou 100 novos artigos só em 2012, sendo responsável pelo abastecimento de 25 distribuidores exclusivos e 30 multimarcas. “No ano passado também iniciamos a exportação para diversos países da América Latina e Europa”, comemora a empresária. O perfil dos consumidores é ou tão mais variado do que o mix de produtos da marca, abrangendo principalmente casais heterossexuais e homossexuais. “São pessoas de diferentes idades e classes sociais, mas que possuem em comum o desejo de inovar e aquecer o relacionamento, saindo da monotonia e melhorando a qualidade de vida através da busca pelo prazer, mas sem abrir mão da qualidade”, define Eliana.

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OPORTUNIDADE DE NEG ÓCIOS

A importância da internet por Mônica Pupo

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monica@empreendedor.com.br

Discrição é uma das principais palavras-chave para quem deseja trabalhar no mercado de produtos sensuais. Isso explica o sucesso do comércio eletrônico, que responde por quase 60% das vendas anuais de artigos eróticos no mundo. “Por mais que as lojas físicas tenham um excelente atendimento, uma vez que esse tipo de varejo envolve a intimidade dos clientes, muitos sentem-se mais à vontade na web”, aponta Mário Schiavinatto, proprietário do site Aquelas Coisas. No ar desde junho de 2012, a sex shop

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virtual foi a primeira do segmento no País a investir no chamado mobile commerce (m-commerce), através do lançamento de um aplicativo para celulares e tablets. “Além da mobilidade, segurança e privacidade, também oferecemos alguns descontos exclusivos para este canal”, diz Mário. As transações mobile respondem atualmente por 10% das vendas. Por mês, a empresa atende uma média de 600 clientes – algo que, na opinião de Marcelo, jamais seria possível se não fosse a web. “Com uma loja física talvez eu não tivesse nem um terço dessa clientela.” Adepto da tecnologia, o empreendedor inova mais uma vez ao projetar uma

Máquina para venda de artigos eróticos em motéis e casas noturnas será lançada na 20ª Erotika Fair, em abril

máquina para venda de artigos eróticos dentro de motéis e casas noturnas, que será lançada oficialmente em abril, durante a 20ª Erotika Fair. Com tela em touch screen, o equipamento permite que o público visualize os produtos em tecnologia 3D e tamanho real. O mix priorizará itens para consumo imediato, como preservativos, próteses, cosméticos e lingerie. Para maior segurança, o sistema de pagamento é 100% digital, via cartão de crédito. “Nosso objetivo é seguir inovando para levar o prazer onde quer que o cliente esteja, o que também não deixa de ser uma forma de ajudar a formar um público consumidor cada vez maior”, afirma Mário.


Crescimento do mercado de produtos

PERFIL DAS CONSUMIDORAS

Consumo por gênero

Estado civil

3 mil consultoras

Mulheres: 68%

2% não respondeu

2011

Homens: 22%

4% separada ou divorciada

Consumo por idade

10% solteira

18 a 25 anos: 49%

39% namora

26 a 35 anos: 33%

45% casada ou união estável

2006

45 mil consultoras

2009

7% da população adulta brasileira faz uso dos objetos eróticos

2012

15% da população adulta brasileira

Mais de 36 anos: 18%

faz uso dos objetos eróticos

2007

1 em cada 100 mulheres aceitou ser fotografada na Erotika Fair

2012

1 em cada 10 mulheres aceitou ser fotografada na Erotika Fair

2007

15% das mulheres responderam em pesquisa que já estiveram em uma sex shop

2012

70% das mulheres responderam em pesquisa que já estiveram em uma sex shop

2007

20% das mulheres responderam em pesquisa que tiveram vontade de ir a uma sex shop

2012

83% das mulheres responderam em

2006

16% das mulheres acham que as

Valor das compras em sex shop

Números gerais

sex shops são locais para mulheres

Até R$ 20: 9% R$ 21 a R$ 50: 50% R$ 51 a R$ 100: 32% Mais de R$ 100: 9%

Crescimento do mercado erótico de produtos em 2011: 18,5% Crescimento do mercado de venda direta em 2010: 17,2% Venda de artigos eróticos por venda direta: 18% Venda anual de artigos eróticos por lojas físicas: 25% Crescimento do mercado erótico de produtos no mundo: 30% Venda anual de artigos eróticos por internet: 57% Participação dos produtos fabricados pela China no mercado mundial: 70% Mix de produtos eróticos no Brasil: 12 mil

2012

82% das mulheres acham que as sex shops são locais para mulheres

2007

9% das pessoas entrevistadas em pesquisa comprariam produtos em sex shops virtuais

2012

74% das pessoas entrevistadas em pesquisa comprariam produtos em sex shops virtuais

Os mais vendidos no Brasil Fetiches, fantasias para casais: 21% Cosméticos eróticos, sensuais e afins: 34% Microvibradores para casais: 12% Produtos exclusivamente masculinos: 11% Vibradores clássicos: 15% Produtos exclusivamente femininos: 7%

Fonte: Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme)

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pesquisa que tiveram vontade de ir a uma sex shop

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pe rf i l

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no campo

por Mônica Pupo

monica@empreendedor.com.br

O cotidiano do trabalho no campo foi a inspiração para a criação e expansão da Budny, a primeira empresa catarinense a produzir tratores. Por causa da grande paixão do fundador da empresa – Carlos Budny – por eletrônica, o rumo de sua vida pôde ser diferente. A junção de alguns conhecimentos que tinha na área de eletrônica com uma visão empreendedora fez Carlos desenvolver um controlador de temperatura para monitorar a estufa da cultura de fumo. Feliz com o resultado da ideia, outras vieram e, assim, a empresa começou em novembro de 1990. Hoje, a companhia emprega cerca de 450 pessoas, e além de tratores fabrica plantadeiras, pulverizadores, grade niveladora, semeadeiras, carretas, hidráulicas, arados, entre outros equipamentos agrícolas. E sem perder o fôlego, a empresa segue investindo e começa 2013 com uma nova unidade fabril inaugurada na cidade de Içara (SC), onde foram aplicados R$ 30 milhões em uma área de 30 mil metros quadrados, sendo 5 mil metros quadrados de área construída. O dono da Budny conta que os primeiros passos para o início da empresa foram dados numa casa velha da família no fim do ano de 1990. Filho de agricultor, Carlos e a família trabalhavam na cultura do fumo. E para ser comercializado para as empresas fumageiras, o fumo

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Aposta

Determinação, empreendedorismo e conhecimentos de eletrônica impulsionaram Carlos Budny a construir uma das principais empresas catarinenses de maquinários agrícolas

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pe rf i l

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A Budny oferece soluções completas de máquinas para o produtor rural

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Novos investimentos na produção e mais profissionais garantem o crescimento da empresa para os próximos anos precisa ser secado em estufas. Na época, essas estufas precisavam ser monitoradas constantemente pelo próprio agricultor. Diante deste incômodo, Carlos colocou em prática suas habilidades e desenvolveu um controlador de temperatura simplesmente pensando em ganhar tempo para outros trabalhos que a propriedade precisava. Porém, essas pequenas demandas não eram suas principais preocupações. A gestão diária da empresa era o fator que mais exigia a atenção de Carlos. “Ser filho de agricultor e não ter ligação com o meio empresarial me fizeram ter que encarar diferentes desafios todos os dias”, desabafa. Esse detalhe, porém, também não foi empecilho para Carlos. Como estava distante de uma região central e precisava de mais apoio para suas necessidades empresariais, costumava viajar para outros estados em busca de mais conhecimentos e subsídios aos seus projetos. “Tudo eu tinha que aprender, mas minha força de vontade em realizar meu sonho era muito grande e a cada dia ajustava o foco e seguia em frente”, lembra. A determinação de Carlos em concretizar seus planos fez a Budny se tornar uma empresa que oferece soluções completas ao agricultor familiar, possibilitando diversificar com mais qualidade. Assim, o foco principal da empresa sempre foi atender à grande demanda da agricultura familiar. “Hoje, 70% dos alimentos consumidos no Brasil provêm da agricultura familiar, por isso este setor é vital para a agricultura nacional pela sua diversificação. E, também, é onde se concentra o maior índice de clientes compradores da empresa”, comenta o proprietário da Budny.


O forte da Budny é atender o agricultor familiar A meta da empresa é ultrapassar 90% de componentes nacionais, considerando a parceria feita, em 2012, com a Motores MWM de São Paulo, fornecedora tradicional do mercado agrícola e rodoviário. Para alcançar todas estas metas, Carlos revela que investiu muito na produção da fábrica e na nova unidade de Içara. “Modernizamos nosso parque fabril para dar sustentação à nossa produção e contratamos 100 novos profissionais para atender à demanda”, diz. A Budny, segundo Carlos, pretende atingir o quinto lugar em produção nacional de tratores até 2015. Em busca disso, segue ajustando o foco e as estratégias para chegar lá. De acorObjetivo é produzir 10 tratores por dia

do com Carlos, a empresa tem mais de 50 concessionárias distribuídas em todo o território brasileiro, quer ampliar para 100 concessionárias e também desenvolve um grande projeto para o Estado de Rondônia, que proporcionará a expansão das vendas ao norte do Brasil. “Assim estaremos cada vez mais perto de nosso cliente”, destaca Carlos. A Budny ainda trabalha para colocar em prática um projeto de exportação de tratores e implementos para a África. A empresa já negociou com o Mercosul e agora se prepara para exportar ao continente africano. “Os contatos com Angola foram feitos em janeiro deste ano e a previsão é fecharmos parcerias que vão gerar grandes negócios e divisas para a região”, afirma Carlos. A Budny atende o mercado agrícola há mais de 22 anos, e aos olhos do próprio Carlos, persistência, inovação, investimento constante, dedicação e conhecimento das necessidades do agricultor brasileiro integram a lista de fatores que contribuíram para o sucesso da empresa. A preocupação em se transformar constantemente para se adequar a cada dia aos desejos dos clientes proporcionou experiência adquirida para a empresa aplicar as melhores técnicas de desenvolvimento e produção que ficaram conhecidas no Brasil e almejam ser referência também em outros continentes.

empreendedor | fevereiro 2013

O fato de conhecer bem a atividade do campo e, consequentemente, as necessidades do seu maior público consumidor garantiu à Budny fabricar justamente o que os agricultores precisavam. “Temos para oferecer os implementos e os tratores que puxam esses implementos. Por conhecer melhor o dia a dia agrícola, tivemos condições de aplicar o melhor resultado nos produtos fabricados”, explica Carlos. Na estrutura da Budny é possível encontrar os principais departamentos produtivos, como de eletrônica, metalurgia, fundição e usinagem. A empresa tem ainda um departamento de projetos com o propósito de inovar constantemente, proporcionando ao cliente o acesso a maquinários com tecnologia de ponta. Mas o grande esforço de trabalho da empresa é voltado para a fabricação de tratores – seu principal produto. Atualmente, a Budny produz 240 unidades de tratores ao ano. Com o novo parque fabril de Içara, a produção vai expandir de um trator por dia para cinco tratores, resultando em 760 unidades por ano. “Nosso objetivo é, ainda em 2013, chegar a produzir 10 tratores diariamente”, planeja Carlos. Para este ano, a Budny também prevê aumentar a quantidade de componentes nacionais na fabricação dos tratores. “Hoje, o índice de nacionalização é importante para a sustentabilidade. Em nossa linha de montagem, 75% das peças são provenientes do mercado nacional, sendo que na própria Budny produzimos a maioria dos componentes do trator e o restante vem do mercado externo”, conta Carlos.

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f ra nqu i a

Cérebro e negócios ágeis O Método Supera de ginástica para o cérebro está há sete anos no mercado e se prepara para atingir a marca de 100 unidades em todo o Brasil, além de sua estreia na Europa, com o Supera Lisboa, em Portugal. A marca foca o desenvolvimento cognitivo, trabalhando com múltiplas inteligências, através de ginástica para o cérebro. Para quem procura oportunidade de investimento na área da educação, a vanta-

gem desta franquia em relação aos cursos tradicionais é a taxa inicial de investimento comparada à lucratividade mensal. Para adquirir uma franquia maior, por exemplo, a taxa inicial fica entre R$ 300 mil e R$ 500 mil, e com lucratividade mensal entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. No Método Supera o investimento fica entre R$ 100 mil e R$ 160 mil, para R$ 10 mil de lucro mensal. A maior parte dos clientes do Método Su-

pera é de pais que buscam proporcionar aos filhos, desde cedo, diferenciais competitivos. De acordo com Antônio Carlos Guarini Perpétuo, presidente-fundador da franquia, os maiores benefícios para os alunos são agilidade de raciocínio, desenvoltura nas relações pessoais, facilidade na resolução de conflitos diários, atenção e interesse nos estudos, concentração, criatividade, entre outros.

www.metodosupera.com.br

empreendedor | janeiro fevereiro2013 2013

Fundador da franquia: as aulas, ministradas uma vez por semana, são dinâmicas e contagiantes

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Beleza express

www.uauhairstudio.com.br

Inovação em depilação A Home Depil, franquia conhecida no segmento de beleza feminina e masculina por oferecer fotodepilação personalizada em domicílio, está no mercado desde 2011 e possui 50 unidades em todo o País. O conceito de fotodepilação foi trazido da Europa e Estados Unidos pela marca para o Brasil. A franquia utiliza equipamentos portáteis com alta tecnologia para garantir aos clientes o tratamento mais eficaz e seguro do mercado. Além do diferencial tecnológico, a empresa pratica o valor único de R$ 60 para a sessão/área, permitindo ao cliente planejar financeiramente seu tratamento. Atualmente, a marca amplia os seus serviços e passa a oferecer diferentes procedimentos, entre eles gomagem, banho de lua, revitalização de pés, mãos, cotovelos e joelhos. “Nosso objetivo é proporcionar aos clientes tratamentos de beleza que causem a sensação de bem-estar 24 horas por

dia. Além dos tratamentos estéticos, a Home Depil disponibiliza produtos de cada procedimento para os cuidados home care, que vão prolongar os efeitos até a próxima sessão”, explica a gerente de franquias da Home Depil, Silvana Rodrigues Arouca Barbosa.

www.homedepil.com.br

empreendedor | fevereiro janeiro 2013 2013

Investimento inferior à concorrência e a promessa de ter grande fluxo de clientes e alta rentabilidade por oferecer rapidez e bons preços. Esta é a proposta da Uau! Hair Studio, nova franquia de salões de beleza, que inaugurou sua primeira unidade em São Paulo. A marca vende a ideia de ser uma franquia compacta em que é possível montar o salão de beleza em um espaço de 50 metros quadrados com capacidade para 950 atendimentos por mês e faturamento de R$ 60 mil/mês. A rede formatou o projeto de decoração do salão focado em uma pequena recepção com poucas acomodações, já que a ideia é o cliente não precisar esperar muito para ser atendido. Toda a instalação do salão de beleza foi projetada para acontecer em 15 dias, enquanto os franqueados estão em treinamento e as reformas acontecem em etapas – instalações elétricas e hidráulicas, todas embutidas primeiro, e equipamentos e mobiliários na sequência, tudo no modelo plug and play, seguindo o modelo das mais modernas franquias americanas. O plano de expansão da franquia prevê a abertura de 38 salões nos próximos 18 meses e, em 10 anos, a rede pretende ter 945 franquias. Para completar a ambientação, a marca adquiriu uma plataforma de tecnologia no Texas, Estados Unidos, onde ficará armazenado o banco de dados dos clientes de todos os salões, assim como músicas e vídeos que serão transmitidos simultaneamente em todas as lojas, aumentando ainda mais a padronização da rede. O investimento para abrir uma franquia da Uau! Hair Studio é de R$ 130 mil, incluída neste valor a taxa de franquia de R$ 40 mil. Os royalties são de 7% sobre o faturamento bruto e a taxa de propaganda é de 2% também sobre o faturamento bruto. O retorno do investimento acontece em 19 meses e a lucratividade do franqueado é de 18% sobre o valor do faturamento.

A proposta da franquia, voltada para o público B e C, é trazer bons serviços e preço justo

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f r a nqui a

Oportunidade pet A empresa Seu Pet com Sobrenome surgiu como uma franquia em 2011 para oferecer o serviço inédito de registro de animais de estimação com o sobrenome dos donos. Os documentos têm validade legal e são praticados em serviço registral com fé pública e válidos para qualquer tipo de animal de estimação. A solicitação do registro do nascimento tem custo de R$ 150 e o cliente recebe o documento oficial, uma versão em cor de sua escolha e uma versão reduzida em carteira de couro que são enviadas pelos Correios. Podem ser feitos também o registro do nascimento em qualquer idade, o do batismo, do casamento e do óbito, além de testamento. Através do registro de nascimento, por exemplo, os donos poderão ter uma certidão autêntica confirmando a “adoção” do animal de estimação, que passa a ter o sobrenome dos donos. Para se tornar um franqueado do Seu Pet com Sobrenome é necessário fazer um investimento inicial em torno de R$ 11 mil. A franquia tem a opção do modelo de quiosques fixos e móveis – estes últimos podem atender em diversos lugares, de acordo com a demanda. E além do atendimento em locais físicos, os registros também podem ser adquiridos via internet. A empresa calcula chegar ao final de 2012 com a abertura de 50 franquias, pensando em atingir novos empreendedores e empresários que já atuam no mercado pet e desejam oferecer um serviço diferenciado em seu estabelecimento.

www.seupetcomsobrenome.com.br

empreendedor | fevereiro 2013

Unidos pela culinária

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Já bem conhecidas do público, as redes de culinária japonesa e italiana, respectivamente Koni Store e Spoleto, inauguram a primeira store in store no bairro da Freguesia, zona oeste do Rio de Janeiro. O novo modelo de negócio, que vai unir as empresas em um mesmo espaço físico, busca otimizar o tempo e aumentar a rentabilidade, reduzindo os cusos de ocupação. Para Michel Jager, diretor-geral do Koni Store, a rede conseguiu colocar em prática um sonho antigo. “As marcas se comple-

tam e o resultado é que a loja vende o dia inteiro. Temos mais um ótimo modelo para expansão”, afirma. A nova unidade exige investimento de R$ 800 mil e deve incrementar em 10% o faturamento do segmento store in store do Grupo Trigo (detentor das marcas Koni Store, Spoleto e Domino’s Pizza) que hoje conta com dez lojas em operação em quatro estados e no Distrito Federal com as marcas Spoleto e Domino’s Pizza. Os primeiros estabelecimentos com esse novo modelo de negó-

cio foram abertos há um ano em unidades próprias da rede de pizzarias, demonstrando excelente performance em vendas e se tornaram um dos focos de expansão do grupo de food service Trigo. “Registramos aumento de 60% a 100% no faturamento das unidades que já operavam somente com uma marca”, conclui o diretor de franquia e marketing do Spoleto, Antonio Moreira Leite.

www.konistore.com.br www.spoleto.com.br


Vendendo praticidade A 5àsec, rede de lavanderias, começa 2013 com foco no conceito “Lavanderia Inteligente” e anuncia a campanha “Lavou, ganhou”, que oferece uma peça grátis a cada 10 peças de roupa que o consumidor levar para lavar em qualquer loja da rede. A campanha funciona praticamente de forma automática, pois o próprio sistema das lojas calcula o preço das 10 peças levadas pelo consumidor e oferece gratuitamente uma das peças – de igual ou menor valor das demais. A campanha tem duração de três meses – de janeiro a março – e bus-

ca mostrar para os consumidores todos os benefícios dos serviços de lavanderia, principalmente nesta época do ano, em que as famílias voltam de férias com roupa suja acumulada. De acordo com Sérgio de Souza Carvalho Jr., diretor de marketing da 5àsec, esta época do ano é propícia para os consumidores experimentarem os serviços da marca. “Além da necessidade de trocar as malas de forma rápida entre uma viagem e outra, também existe aquela situação de um dos membros da família ficar sozinho por conta

do trabalho e precisar lavar as roupas fora de casa”, explica Sérgio, acrescentando que os consumidores podem utilizar a promoção fora da cidade de seu domicílio, durante o período da viagem. Atualmente, a 5àsec é a maior rede de franquias do segmento no mundo e também no Brasil, onde conta com 400 lojas em operação. O plano da empresa é chegar a 1 mil lojas no País até 2018. A marca pretende também intensificar a expansão da franquia 5àfil, especializada em serviços de costura.

que cada um conta com no mínimo seis eletroeletrônicos. Com uma conta simples, eles chegaram ao incrível número de 360 milhões de produtos que precisam diariamente de manutenção, sendo que 70% deles já estão fora do prazo de garantia. Com um investimento inicial de R$ 30 mil a 40 mil nos planos home office, chegando a R$ 60 mil com ponto comercial, a micro-

franquia Doutor Eletro conta com a ausência de concorrência como um diferencial a seu favor. “O Brasil possui mais de 2 mil marcas de franquias e nenhuma atende o setor de reparo de eletros. Com a alta demanda da população por esses serviços, acredito que temos tudo para assegurar a expansão de nossa empresa”, explica David Pinto.

www.5asec.com.br

A Doutor Eletro é a primeira franquia brasileira especializada na manutenção de eletrodomésticos. Criada em novembro de 2012, a Doutor Eletro surgiu em razão das inúmeras solicitações de clientes pela manutenção em seus aparelhos eletrodomésticos. A marca é a mais nova integrante do Grupo Resolve Franchising, detentor também de mais duas marcas, totalizando um pouco mais de 600 franquias espalhadas pelo País, entre elas a Doutor Resolve, rede de franquia de reparos e reformas, que abriu mais de 550 unidades em dois anos. O fundador e presidente do Grupo Resolve Franchising, David Pinto, conta que em 15 dias de lançamento a empresa fechou contrato com 10 franqueados. “Nossa meta é encerrar o ano de 2013 com 250 franquias espalhadas pelo Brasil”, afirma. De acordo com o presidente do grupo, existem no Brasil mais de 60 milhões de domicílios, sendo

www.doutoreletro.com.br

empreendedor | fevereiro janeiro 2013 2013

País dos eletros

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PRODUTOS E SERVIÇOS

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Roteiro customizado

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Para atender a boa fase no setor de turismo no Brasil que, em 2012, bateu recorde, registrando 197 milhões de viagens nacionais, de acordo com dados do Departamento de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo, criou-se um novo conceito de prestação de serviço, denominado Local55, que reúne, em um só lugar, todas as informações para montar um roteiro de viagem completo, detalhado e totalmente customizado. Para utilizar a novidade, basta informar o destino, as datas, o tipo de viagem, o ritmo e o tipo de hospedagem. Depois disso, em cinco passos simples, o usuário consegue montar um roteiro com a sua cara, na cidade que escolher. “Os consumidores passam horas na internet procurando informações em sites diferentes para montar um roteiro. O Local55 reúne as principais atrações de cada cidade e as ordena por data automaticamente, sempre de acordo com o perfil de viagem escolhido”, explica um dos idealizadores do projeto, Augustus Clark. Além disso, o site oferece sugestões de atividades na cidade escolhida e ainda organiza as ações por dia de viagem. O usuário pode acessar tudo, incluir ou excluir atrações, regular o tempo de atividades, e adicionar ou remover algumas datas. O programa também possui uma ferramenta que permite salvar o roteiro e compartilhar no Facebook, com comentários sobre cada atração. Entre os principais diferenciais, destacam-se as interações com parceiros, proporcionando um modelo interessante de negócio. Empresas como Expedia.com, uma das maiores agências de turismo on-line do mundo, e Submarino Viagens, por exemplo, são instituições que já fecharam parceria com o Local55, além do site Restorando.com, que oferece reservas on-line de restaurantes. Um das empresas parceiras desta iniciativa é a Informant, agência especializada na prestação de serviços terceirizados em Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos de Software, escolhida para auxiliar no desenvolvimento e implantação da parte final do projeto. “Nosso plano é cada vez mais integrar novos parceiros, visando disponibilizar aos usuários ingressos para shows e eventos, seguro de viagem, enfim, tudo em busca de um pacote completo ao turista on-line. Além disso, o auxílio da Informant foi de grande importância, pois graças ao serviço prestado por eles chegamos a uma base que nos permite a expansão de outros serviços, ou seja, buscamos o ineditismo. Também pretendemos lançar, em breve, uma ferramenta mobile, voltada ao sistema Android e iOS”, afirma Augustus Clark.

www.local55.com


Ar mais puro A SuperSAN, primeira empresa de controle de qualidade do ar interno no Brasil, deixa ambientes livres de micro-organismos causadores de doenças alérgicas por até seis meses. Utilizando uma técnica, totalmente brasileira, de sanitização de ambientes a empresa faz o controle biológico via nebulização a frio, eliminando e impedindo a proliferação de bactérias, ácaros e fungos. A solução protege, previne e conserva o local sanitizado por até seis meses e não deixa resíduos, cheiro ou manchas. A sanitização do ar funciona prevenindo doenças como rinite alérgica, asma, bronquite alérgica e sinusite, além de auxiliar na redução do contágio de doenças como pneumonia, tuberculose e meningite. Os principais clientes da SuperSAN se concentram no setor da educação. Instituições como FGV, USP, Colégio Palmares, Escola Britânica, Colégio Marista e Colégio Lourenço Castanho, entre outros, já aderiram ao sistema. Além de escolas e faculdades, a solução pode ser aplicada em residências, empresas, cinemas, teatros e até automóveis. O sistema SuperSAN de controle microbiológico de ambientes fechados é composto por extração de ácaros e seus dejetos em superfícies porosas, técnica de higienização do sistema de climatização de ar e sanitização de ambientes. A empresa conta com aprovação do Ministério da Saúde (Anvisa) e Ministério da Agricultura.

www.supersan.com.br

Boas novas para impressão 3D Outro público que integra a carteira de clientes da Robtec são os pequenos designers. Em 2012, na linha dos equipamentos pessoais, a Robtec trouxe a impressora 3D Touch, popularmente chamada de “plug and use”. Seu funcionamento similar à interação que temos com iPhones e afins aproxima o contato do usuário com a tecnologia 3D. O equipamento é um dos mais vendidos da empresa. Trazer todas essas opções para profissionais e consumidores comuns vem popularizando a tecnologia 3D e, como consequência, os planos da Robtec para os próximos anos é se estruturar para um crescimento das vendas.

www.robtec.com

empreendedor | fevereiro 2013

A impressão 3D chegou à América Latina trazida pela Robtec, empresa fundada em 1994 por Sérgio Oberlander, que teve a ideia de criar a companhia estudando robótica, área que possibilitou a ele os primeiros contatos com a tecnologia 3D Printing em 1990, época que este formato só estava começando no mundo inteiro. Hoje, com escritórios no Brasil, Uruguai, Argentina, México e China, a Robtec acaba de trazer ao País as impressoras 3D coloridas. A empresa, com sede em um parque industrial de Diadema (SP), investiu US$ 250 mil para trazer ao Brasil este equipamento. Além desta máquina, a empresa oferece aos clientes mais de 15 tipos de impressoras 3D, sendo a mais vendida a BFB-3000, da inglesa Bits From Bytes, uma das primeiras máquinas que as pessoas podem ter em casa, principalmente pelo seu valor mais acessível – a partir de R$ 5.990. A quantidade de opções oferecidas pela Robtec permite que seus principais clientes sejam companhias da indústria automotiva, entre elas MercedesBenz, Fiat, Volkswagen, PSA Peugeot e Citröen, que aderiram ao equipamento pelo fato de oferecer um protótipo da mais alta qualidade colorido. A tecnologia 3D também vai além das grandes empresas.

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PRODUTOS E SERVIÇOS

Mais qualidade para as lâmpadas A Avant, uma das principais fornecedoras nacionais de soluções para iluminação, alerta que o Inmetro publicou, em agosto do ano passado, a Portaria 489, que trouxe mudanças no perfil das lâmpadas compactas comercializadas no Brasil. Segundo o documento, todas as compactas eletrônicas deverão ter, no mínimo, 6 mil horas de vida útil. Além disso, a portaria determina que as lâmpadas com 26 W ou mais, fabricadas no País ou importadas, agora são obrigadas a ter alto fator de potência para reduzir os problemas com as harmônicas e, consequentemente, melhorar a qualidade da energia. De acordo com a portaria do Inmetro, lojistas que ainda tenham em estoque as lâmpadas fluorescentes compactas de 26 W ou mais com baixo fator de potência podem comercializá-las até o dia 30 de junho de 2013. Por isso, o usuário deve ficar atento, especialmente quando houver grandes diferenças de preços entre uma mesma lâmpada de marcas diferentes. Essa diferença é natural, uma vez que as peças com alto fator de potência agregam mais componentes eletrônicos, que elevam o seu custo de produção. Fundada em março de 1998, a Avant é referência nacional no mercado de lâmpadas, sendo reconhecida pelos profissionais e consumidores brasileiros pela comercialização de itens para iluminação. O carro-chefe da empresa é a linha de lâmpadas compactas fluorescentes, segmento em que detém aproximadamente 10% do mercado brasileiro, chegando à marca de 15 milhões de unidades comercializadas no último ano. A meta da empresa é conquistar 20% deste setor nos próximos cinco anos. www.avantsp.com.br

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Solução para agências de comunicação

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Com o propósito de agilizar o trabalho das agências de comunicação e assessorias de imprensa, o empresário e analista de sistemas Eduardo Rocha, com 11 anos de experiência na área de Tecnologia da Informação, identificou a carência do mercado e criou o “Press Manager”, uma ferramenta digital, que garante o sigilo das informações com diferentes níveis de acesso aos usuários. O sistema on-line permite o gerenciamento de clientes, releases, contatos, follow up, clippings, histórico de atividades e gera relatórios completos de maneira rápida e simples. A ferramenta proporciona a programação do envio de releases, possibilitando que o texto fique arquivado e seja enviado para as fontes desejadas

somente na data escolhida. Além disso, os emails são mais leves, pois as fotos ficam “linkadas” e ainda é realizada a suspensão automática de e-mails que retornam muitas vezes. A base de dados possui diversos campos para o preenchimento de informações de jornalistas e contatos da agência e pode ser segmentada por grupos. Também é possível gerenciar o follow up por meio de um histórico das conversas. Outro diferencial é que o cliente da agência pode receber o clipping cadastrado imediatamente ou em um relatório diário, enviado automaticamente no final do dia. No caso do clipping web, a assessoria informa o endereço eletrônico e o sistema extrai uma imagem do site. wessmanager.com.br


Alta eficiência energética componente, o que exigiria refrigeradores de maior dimensão ou com reduzido espaço interno. O VIP funciona como uma garrafa térmica ao contrário. O Aerosil é embalado a vácuo e lacrado no interior de um filme multicamadas especial, excepcionalmente hermético e impermeável, com a função de evitar a entrada de calor dentro do refrigerador. A sílica atua como isolante e ainda oferece suporte aos painéis, evitando que se rompam. A elevada qualidade do Aerosil proporciona o melhor efeito de isolamento e o vácuo quintuplica o poder de isolamento da sílica. Produtos de maior eficiência energética são cada vez mais procurados e visam atender a uma necessidade crescente de desenvolver tecnologias mais sustentáveis. Por suas características, os VIPs à base de Aerosil oferecem excelente durabilidade, com uma expectativa de vida de até 30 anos. O produto contribui, também, para a menor emissão de gás carbônico, ajudando a diminuir o efeito estufa.

www.evonik.com.br

Salvação para MPEs

Mais segurança

Com experiência no mercado de TI desde 2006, a Jiva – especializada em soluções de gestão empresarial para pequenas empresas – atua oferecendo software de gestão empresarial mais serviços agregados que promovem a evolução da gestão e da operação das empresas. O foco principal da Jiva são empresas de varejo, atacado e distribuição com faturamento mensal entre R$ 100 mil e R$ 500 mil. Os serviços ofertados incluem a implantação do sistema integrado de gestão empresarial (ERP), compartilhamento das melhores práticas em processos, aplicação efetiva dos conceitos de administração e o acompanhamento evolutivo da gestão, garantindo que os benefícios sejam usufruídos e se consolidem na cultura dos clientes. Segundo Fábio Túlio, diretor da Jiva, o modelo da empresa tem como base, além de uma solução de gestão empresarial testada e apro-

Líder mundial em sistemas de segurança para máquinas e equipamentos, a multinacional alemã ACE Schmersal apresenta a sua nova linha de pedaleiras de segurança T2FH 232. Esses pedais de segurança são usados em prensas e em outras máquinas de conformação, de processamento de madeira, bem como em maquinários de embalagens. A série possui dois pedais com design que permite a utilização com esforço reduzido e mais segurança. Com um portfólio global de 25 mil itens e há 67 anos no mercado, a companhia ACE Schmersal, pertencente ao Grupo Schmersal, está presente em 17 países e conta com fábrica na cidade de Boituva, interior paulista, além de linhas de produção na Alemanha, China e Índia. A empresa conta ainda com o reconhecimento de suas boas práticas no ambiente de trabalho e integra as “100 Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil”, de acordo com pesquisa realizada pela consultoria Great Place to Work (GPtW ).

vada por centenas de clientes, uma metodologia que leva as melhores práticas da administração para as pequenas empresas. “Oferecer ao cliente uma solução conjunta, única e integrada, composta por software de gestão empresarial diferenciado, compartilhamento de boas práticas para organização e racionalização de processos, treinamentos sobre os fundamentos básicos da administração com aplicação prática e acompanhamento evolutivo integram os serviços que oferecemos”, destaca.

www.jiva.com.br

www.schmersal.com.br

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Buscando desenvolver refrigeradores mais eficientes com maior espaço de armazenamento e menos uso de energia elétrica, a Evonik, uma das líderes mundiais em especialidades químicas, oferece o Aerosil, sílica pirogênica de propriedade isolante que propicia alta qualidade e desempenho para painéis de isolamento a vácuo. O Aerosil é a base dos painéis de isolamento a vácuo (VIP, na sigla em inglês) mais modernos e eficazes, que atendem aos requisitos de classificação máxima em economia de energia e traz como diferenciais a pouca espessura e a alta eficiência. Soma-se a estas características a possibilidade de se obter maior volume para armazenamento de alimentos. Mesmo finíssimas, as camadas que formam os painéis proporcionam isolamento de oito a dez vezes melhores do que os dos materiais isolantes convencionais, o que reduz significativamente o consumo de energia. Para que esse nível de isolação fosse alcançado com os materiais convencionais, seria necessária uma camada muito espessa do

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l ei tu ra

O homem do futuro

Minhas invenções – a autobiografia de Nikola Tesla Editora Unesp – R$ 20

Nikola Tesla, rival de Thomas Edison, fundou no fim do século 19 as bases da indústria de energia elétrica e das comunicações sem fio Nascido na atual Croácia, Nikola Tesla (1856-1943) é considerado um dos inventores mais geniais de todos os tempos. Criou, entre outros, o motor de indução de CA (corrente alternada), nos Estados Unidos, nos anos 1880, além de um sistema que antecipava as comunicações globais sem fio, as máquinas de fax, o radar, os mísseis e aeronaves guiados por rádio. Engenheiro elétrico e mecânico, além de físico, ele pouco se detém, nesta obra autobiográfica, nos detalhes técnicos e conceituais de suas criações. Ao longo do livro emerge um ser humano peculiar, dono de um cérebro altamente imaginativo, e seu surpreendente processo de criação. Tesla concebeu, entre outros, o sistema de corrente alternada, que possibilitou a transmissão de energia elétrica, e lançou as bases do desenvolvimento da tecnologia moderna – as comunicações sem fio, a robótica, o controle remoto, o radar, a ciên-

cia computacional, a balística. Além de Física e Matemática, Tesla estudou Filosofia. Atuou como engenheiro elétrico na Hungria, França e Alemanha e, nos Estados Unidos, para onde se mudou em 1884, trabalharia com Thomas Edison, que se tornaria seu rival. Edison defendia um sistema de transmissão de potência de corrente contínua, inferior ao criado por Tesla em 1888, de corrente alternada. Este sistema está na base do projeto, desenvolvido por Tesla, dos geradores das Cataratas do Niágara. Patenteada em seguida por George Westinghouse, a tecnologia ainda hoje fundamenta a indústria de energia elétrica.

Manual de preenchimento da Dirf

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Katia Luiza Nobre de Souza, Aione Paula da Costa Teixeira e Andrea Teixeira Nicolini – Editora IOB Folhamatic – R$ 99

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A Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf ) é feita pela fonte pagadora, cujo objetivo é informar à Receita Federal os rendimentos e o valor de impostos e contribuições retidos na fonte de beneficiários, pessoas físicas e jurídicas. A cada ano são editadas novas normas relativas à Dirf aprimorando as informações a serem prestadas às suas necessidades. Pensando nisso, a obra contempla todas as regras de apresentação desta declaração conforme as orientações expedidas para o exercício de 2013, além dos aspectos práticos e operacionais conforme o Programa Gerador da Dirf, com exemplos de preenchimento e as telas de informações.

“Desde a infância, eu me sentia compelido a concentrar a atenção em mim mesmo [...] hoje vejo que foi uma bênção disfarçada, pois [isso] me ensinou a apreciar o valor inestimável da introspecção para a preservação da vida e como meio de realização.” “A observação deficiente é apenas uma forma de ignorância, responsável por muitas ideias mórbidas e insensatas que acabam prevalecendo.” “Somos autômatos completamente controlados pelas forças do ambiente, sendo arremessados de um lado para o outro como rolhas de cortiça na superfície da água, mas os resultados dos impulsos externos são mal interpretados como livre-arbítrio.” [Sobre o desfecho da Primeira Guerra Mundial] “É especialmente lamentável que uma política punitiva tenha sido adotada ao definir os termos da paz, pois daqui a alguns anos as nações poderão combater sem exércitos, navios ou armas de fogo, com armamentos muito mais terríveis, para cuja ação destrutiva e alcance praticamente não há limites.”

Negocie bem – Aprenda as técnicas dos compradores de alto desempenho A. J. Limão Ervilha – Editora Saraiva – R$ 44

A frase “o barato sai caro” é muito utilizada em negociações em que predominam apenas a técnica do menor preço. Sendo o preço de aquisição apenas a parte visível do custo total, há muito mais custos abaixo da linha da visibilidade que podem ser negociados. Inspirada pelo ambiente e pelas práticas de grandes empresas, a obra é voltada para profissionais da área de compras e traz diversas ferramentas para serem utilizadas durante uma negociação. O livro ensina como adquirir o que é melhor, mais lucrativo e produtivo.


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b a nh o de lo j a

Selfcheckout Novas e velhas formas de pagamento Quem é um pouquinho mais velho vai lembrar que, quando era criança, caso a mãe começasse a fazer o almoço e faltasse algum ingrediente, era fácil resolver: ela nos mandava ir correndo à “venda” e comprar o que faltou. Para quem é mais novo vale a pena lembrar: “venda” era um pequeno comércio que seria o equivalente hoje a um bar associado a um minimercado. O atendimento da “venda” normalmente era feito pelo dono e sua família, de maneira muito descomplicada e informal. Muitas vezes a família morava em cima do estabelecimento e, além de serem os comerciantes locais, eles eram também vizinhos de seus clientes. Tal proximidade de localização e relacionamento conferia certas vantagens aos clientes, dentre elas a facilidade de pagamento. Chegávamos ao balcão, pedíamos o que queríamos e o comerciante anotava na caderneta da nossa família. No final do mês o patriarca passava lá e pagava tudo o que havia sido consumido. Naquela época não ficávamos em fila de supermercado. Mesmo depois que estes atingiram um maior número de lojas, as “vendas” ainda sobreviveram por um tempo, pois havia o hábito de se fazer a compra do mês no supermercado, que era mais longe,

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Cada vez mais o cliente terá facilidades na hora de pagar pelas suas compras

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porém havia mais opções e, por vezes, melhor preço. Já para as compras de reposição continuava sendo mais conveniente utilizar a “venda”. O sistema de pagamento por caderneta (pequeno caderninho com anotações dos produtos consumidos pelos clientes e valores devidos), por mais que algumas pessoas que moram nas metrópoles possam estranhar, ainda é utilizado no Brasil. Quando viajamos pelas lojas fora dos grandes eixos, onde ainda há essa proximidade de relacionamento comerciante-cliente e se pode administrar de perto a pequena escala de risco da “inadimplência”, este modo ainda é visto. Apesar de a caderneta, para muitos comércios, não ser viável há muito tempo, a busca por conferir facilidade, rapidez e crédito, esticando o poder de compra do cliente, continua. Quem tem smartphone, por exemplo, pode pagar várias contas/boletos direto no seu celular, e ainda com a facilidade de um aplicativo fazer a leitura do código de barras para agilizar o processo. Assim, de onde você estiver, pode efetuar os pagamentos. Já no ponto de venda, a evolução da tecnologia também caminha para a comodidade. Tivemos o prazer de elaborar o projeto de implantação em loja do primeiro selfche-

Por Kátia Bello

Kátia Bello é arquiteta, especialista em comunicação estratégica de varejo e sócia-diretora da Opus Design. katia@opusdesign.com.br

ckout para supermercado no Brasil, que já está instalado e funcionando muito bem. A aceitação do sistema foi tamanha que já está prevista sua expansão. Ele agiliza muito o processo de pagamento, ou seja, o cliente entra em uma fila única e tem acesso a totens individuais nos quais ele próprio pesa o produto, confere o preço, registra o item, efetua o pagamento e recebe o comprovante de suas compras, sem a necessidade de uma operadora de caixa para estas funções. A descrição pode parecer um pouco futurista para alguns, mas ela é realidade e foi aceita pelo público porque agregou conveniência e agilidade na fase final da compra, na qual ninguém quer perder tempo: a etapa de pagamento. Bom para o consumidor e bom para o lojista, que pode remanejar funcionários desta para outras áreas, como atendimento ao cliente. Outra onda virá em breve, quando os produtos tiverem o RFID (identificação por radiofrequência), ao invés de código de barras. Quando isso acontecer, o cliente passará com o carrinho de uma só vez e todos os produtos serão registrados automaticamente, o que agilizará ainda mais o processo de pagamento. Muitas novidades à vista!


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Data Center

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e m preend ed o r is m o j á . c o m

RELACIONA MENTO

Bom relacionamento Aqui mora a grande arte da negociação

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Uma das coisas mais naturais no dia a dia das empresas são as constantes desavenças e os intermináveis conflitos. Eles, com o tempo, acabam contaminando ambientes e por diversas vezes excluindo das corporações pessoas que, no fundo, são altamente capacitadas e talentosas. Quando observadas de fora, vê-se que essas situações não passam de falta de habilidade nas negociações interpessoais. Saber fazer negociar nesse nível é de suma importância, não só para o bemestar dos que estão envolvidos como para o bem-estar geral. Todas as ações dos seres humanos consistem na tentativa de uma aquisição, seja ela material, seja emocional. Quer queiramos, quer não, a linguagem é sempre intencional. Quando iniciamos nossa fala, já direcionamos o processo de solicitação de algo que queremos, uma opinião ou uma crítica. A maneira como construímos nossas frases e o modo como são pronunciadas interferem sobremaneira na forma como a mensagem é recebida. Partindo do princípio de que “existem várias maneiras de se dizer a mesma coisa”, não custa começarmos a fazer esse exercício que pode nos ajudar muito em nossas relações no trabalho, na família, no nosso grupo social. Nesse sentido, temos muito a aprender com o pessoal de vendas. Um vendedor jamais dirá “não”, de saída, quando o comprador inicia uma negociação, assim como um comprador não virará as costas

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imediatamente assim que ouvir o primeiro preço anunciado pelo vendedor. O diálogo sempre se estende, e isso ocorre porque as duas partes estão interessadas no processo: de um lado o vendedor, que quer efetuar a venda; de outro o comprador, que quer efetuar a compra. E não é outra a situação que ocorre nas empresas – há necessidade de se vender um determinado produto –, mas como os que ali trabalham não entendem o processo desta maneira, começam os conflitos nas relações interpessoais. O problema pode estar só com um dos envolvidos no processo, o que pode ser detectado quando se ouve não apenas uma, mas várias pessoas que precisam negociar com ele. Se várias opiniões confirmarem o que é dito a respeito de uma pessoa, melhor chamá-la e mostrarlhe, em tom de conversa adequado, como os conflitos podem ser resolvidos. Às vezes, a pessoa vista como “difícil” não se deu conta de que, mesmo entre os pares, dentro de uma equipe, precisa haver negociações. Elas não são exclusivas do processo comercial de compra e venda. Quem conhece o ritmo de uma agência de publicidade sabe o que significa o fator tempo. Se o atendimento aceita uma solicitação de um cliente com a máxima urgência, mesmo sabendo que internamente a agência está no limite de sua capacidade, precisará de muita habilidade para negociar com seus pares. Precisa também estar preparado: certa-

Uma das coisas mais naturais no dia a dia das empresas são as constantes desavenças e os intermináveis conflitos. Quando observadas de fora, vê-se que essas situações não passam de falta de habilidade nas negociações interpessoais

por Marcelo Ponzoni

Publicitário e diretor-executivo da agência Rae,MP, que atua há 23 anos no mercado; e autor do livro Eu só queria uma mesa, da Editora Saraiva. (11) 5070-1294 – marcelo@raemp.com.br www.raemp.com.br

mente será “apedrejado de maneira rude e grosseira”, assim que iniciar o processo de solicitação dentro da agência, se não souber escolher as palavras certas, se não amenizar o tom ao falar com seus pares. Afinal, atender o cliente, prestando-lhe o serviço solicitado, assegura a sobrevivência de todos dentro da agência. Logo, há necessidade dos envolvidos gerarem abertura na negociação, para que tudo se concretize da melhor forma possível. As negociações interpessoais necessitam de um enorme bom senso: ora você é o comprador, ora o vendedor; ora você perde, ora ganha. Ponto básico nessas negociações é o extremo respeito e o sentimento de vontade das partes, já que, de um lado, há um “eu quero muito e preciso comprar” e, de outro, um “eu quero muito e preciso vender”. Tudo parece muito simples, e o é, desde que as pessoas estejam comprometidas com a permanência do bom relacionamento entre todos da empresa. Ser bom em relacionamentos é ser um bom negociante. Sendo assim, vamos às compras, que as vendas com certeza serão bem-sucedidas.


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m eg a f o ne

Planejamento e foco em

inovação Estes são caminhos estratégicos para atingir resultados de sucesso!

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O ano de 2013 se inicia com uma energia positiva no mercado de marketing, principalmente por conta da chegada dos grandes eventos, shows e a mais esperada “Copa das Confederações”, que já aquece o mercado de serviços de concierge. Neste sentido, elaborar o planejamento para 2013 se torna uma atividade fundamental para o empresário ampliar as expectativas relativas ao seu negócio. É muito difícil, nos dias de hoje, o empreendedor ter sucesso em suas atividades sem um bom planejamento como ponto de partida. Planejar se tornou uma prática constante e importante do dia a dia na empresa. O mercado está em ascensão, a concorrência aumenta a cada dia as ações e informações que influenciam os seus resultados surgem de forma veloz, portanto, é preciso estar atento a cada

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Com as informações organizadas vem a etapa mais complexa: a gestão para acompanhar a evolução do plano de marketing traçado para o ano! Extrair as ideias do papel é um dos desafios mais árduos do empreendedor, pois exige disciplina e cumplicidade com os resultados

detalhe. Neste sentido, planejamento é uma das atividades mais importantes do universo corporativo. Outro ponto importante é elaborar um planejamento direto e objetivo. O ponto alto do planejamento não está na quantidade de slides e gráficos apresentados, mas na facilidade de compreensão, de modo que a equipe entenda a proposta oferecida e as expectativas da empresa! Valorizo muito a metodologia Swot, que possibilita identificar os pontos fortes e os pontos a serem aperfeiçoados, bem como as oportunidades e riscos da empresa. Após identificar as principais informações é importante que o empresário enumere de forma resumida um plano de ação com as prioridades que precisam sair do papel e dar lugar à prática. É fundamental, também, definir os envolvidos indicando os responsáveis por determinado assunto e, principalmente, o prazo de conclusão. Passada esta fase e com as informações organizadas vem a etapa mais complexa: a gestão para acompanhar a evolução do plano de marketing traçado para o ano! Extrair as ideias do papel é um dos desafios mais árduos do empreendedor, pois exige disciplina e cumplicidade com os resultados. Sem este comportamento, as atividades e os resultados esperados ficam mais distantes. É preciso o envolvimento da equipe para mostrar o quão importante são as atitudes do dia a dia. O mundo moderno exige que os colaboradores tenham uma postura proativa e sejam cada vez mais responsáveis pelos resultados da empresa. Vale

por Rodrigo Geammal

Fundador e diretor-executivo da Elos Cross Marketing – agência brasileira pioneira no marketing de resultados de vendas, que tem o esporte e o entretenimento como conteúdo estratégico. rodrigo@eloscrossmarketing.com.br www.eloscrossmarketing.com.br (11) 3432-2028

deixar claro para os colaboradores que, com os resultados esperados atingidos, todos serão beneficiados. Avalie as suas possibilidades e de que maneira poderá oferecer a premiação e informe a regra clara desde o início. Isso é fundamental para ajudar que as propostas saiam do papel e se tornem objetivos primordiais. Outro ponto eficaz para medir resultados e acompanhar o planejamento é a realização de reuniões com pautas objetivas para motivar o grupo. Este conjunto de ações é fundamental para a mudança positiva de cenário em busca de bons resultados. Não adianta manter a mesma postura e esperar algo diferente. Mudar é difícil, mas muitas vezes indispensável para o sucesso da empresa. Desejo um 2013 repleto de adrenalina, emoção e muitos resultados satisfatórios.


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empreendedor | fevereiro 2013

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pe ns e g r a nd e

EMPRES ÁRIO RICO e fel i z

Cuidado com o

estagiário

empreendedor | fevereiro 2013

que você contrata

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Henrique, gestor de uma importante área da Empresa One, apaixonado por mulheres bonitas, estava num grande dilema. Escolher, para estagiária, uma dentre três gatinhas quase ainda adolescentes: uma morena, uma loira e uma mulata. Quando tinha decidido pela Gisele, que não era Bündchen, mas era tão sensacional quanto, apareceu em sua mesa um quarto currículo. Era de um homem. E ele mentalmente o excluiu como opção. Decidiu tão somente cumprir a formalidade de entrevistá-lo. No dia marcado, lá estava o candidato a estagiário, um jovem alto e magro, corpo atlético, cabelos cacheados e óculos de aros finos e redondos de intelectual. Estava vestido a caráter, de terno preto completo e gravata amarela. Henrique pensou: “Que cara estranho”. E fez logo a pergunta que ninguém sabia responder: “O que você sabe da Empresa One?” O candidato disse na ponta da língua a missão da empresa, a visão, os objetivos estratégicos, os projetos que desenvolvia e sabia muito mais que Henrique. Disse que durante meses estudou sobre a One, pois admirava muito sua causa nobre e seu sonho maior era fazer parte daquela instituição. Dominava o Word, o Excel, e falava inglês e espanhol. Henrique ficou embasbacado com tamanha competência e dedicação. Pela primeira vez na vida, a custo de muito pesar e já com uma ponta de arrependimento, permitiu a razão ser maior que o coração e contratou o candidato homem. Como era costume, ele e sua equipe

Nesse dia Henrique aprendeu que ‘D’ nem sempre significa o dia “D” de vitória, nem “D” de dedicação. “D” também pode significar o dia “D” de desmoronamento. E naquele dia Henrique desmoronou.


numa categoria que o presidente pensa que não existe em nossa empresa: pessoa burra e estática, aquela que não sabe pensar e nem fazer”. Sentiu-se vingado. ‘D’ certamente aprendera a lição, pensou. Na volta à sede, o gerente de Henrique, Renato, tinha uma surpresa para ele e o convidou para ir a São Paulo, num encontro nacional de inovação, onde ele, Renato, daria uma palestra. Henrique levou junto o estagiário, como um agrado, antes de demiti-lo na volta da viagem, pois Henrique tem uma alma gigante. No dia do evento lá estavam os três – Renato, Henrique e ‘D’. O auditório estava apinhado com mais de 1 mil pessoas de todo o Brasil, incluindo empresários, empregados da One, diretores, e até autoridades políticas. O evento começou e as palestras iam se sucedendo, quando chegou a vez de Renato. De repente, Henrique olhou para o lado e viu que ele desaparecera. Pensou: “Já deve estar nos bastidores para se apresentar”. Tranquilo, aguardou o chefe se apresentar. O cerimonial entra e anuncia: “Senhoras e senhores, o doutor Renato, nosso próximo palestrante, teve um imprevisto e teve que se ausentar às pressas. No entanto, deixou sua palestra para ser proferida pelo gestor de sua equipe, o senhor Henrique, que chamamos neste momento para o palco”. Henrique sentiu uma vertigem e o chão sugar o seu corpo. Tudo rodava em sua cabeça. Mas ‘D’ o ajudou a se recuperar e finalmente ele se dirigiu ao palco com passos lentos, muito lentos. Enquanto caminhava, as únicas palavras que lhe vinham à mente eram “maçã, macieira, macieiral”, fruto de um recente curso de oratória que fizera e que prometera que estas palavras eram a salvação de qualquer apresentação em público. Ao chegar ao centro do palco e ver mais de 1 mil pessoas em silêncio esperando pelo seu pronunciamento, ele teve um acesso de tremedeira. E tudo o que o público teve foi a imagem de um microfo-

Por Joel Fernandes

Autor, entre outros, do livro “Os segredos do Método do Presidente” e do site wwww.metododopresidente.com.br

ne cilíndrico, com uma bola na ponta, num vaivém frenético, pra baixo e pra cima, em frente à boca de Henrique, que só conseguiu balbuciar o seguinte: “Calma, pessoal, calma que o microfone não vai gozar”. Diante da explosão de gargalhada da plateia, o cerimonial convidou todos para um coffee break e dispensou Henrique da apresentação. Nesse dia Henrique aprendeu que ‘D’ nem sempre significa o dia “D” de vitória, nem “D” de dedicação. “D” também pode significar o dia “D” de desmoronamento. E naquele dia Henrique desmoronou. Na volta, sentados lado a lado no avião, Henrique ensaiou um diálogo com o estagiário: “‘D’, não precisa espalhar pra todo mundo o que aconteceu, não é? Especialmente para Renato. Isso não pode chegar ao presidente”. “Não sei, Henrique... sabe? Eu não lembro. Como você disse que ia me classificar naquela lista do presidente?” “Você não sabe, ‘D’? Eu coloquei e grifei que você é um sábio dinâmico!” Henrique teve que engolir o estagiário e ‘D’ ficou até o último dia do estágio. Mas esperto como é, Henrique tirou uma lição: contratar um estagiário não é uma tarefa trivial e todo cuidado é pouco. Acima de tudo, ficou superdesconfiado com estagiários homens e inteligentes. Assim, Henrique tornou-se um gestor sábio e dinâmico, como queria o presidente. E está feliz, rodeado de belas estagiárias. Sempre estampando em seu rosto um sorriso um pouco mais aberto que o de Mona Lisa del Giocondo.

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apelidaram o novo estagiário e o batizaram de ‘D’, chocados por tamanha dedicação. O tempo passou e à medida que tarefas eram dadas a ‘D’, Henrique perguntava: “Tudo certo, ‘D’?” Ele respondia: “Tudo certo”. Mas quando Henrique lhe virava as costas para cuidar de outro assunto ‘D’ emendava: “Mas nada resolvido”. E as tarefas demoravam a ser cumpridas e muitas ficavam inacabadas. ‘D’ chegava atrasado e boa parte das vezes com muito sono. Henrique, desconfiado, investigou e descobriu que ‘D’ tinha uma vida dupla e também tripla. Sabia inglês e espanhol e dominava o Word e o Excel porque seu projeto pessoal era cruzar as três Américas de bicicleta, e para sobreviver precisava destes instrumentos. Também imaginou que trabalhando na One teria facilidade de atrair patrocínio para o seu projeto. Trabalhava à noite como garçom para acumular dinheiro para sua viagem. Henrique decidiu dar uma lição no estagiário ‘D’ e programou uma viagem levando-o para um encontro regional da One, com a presença do presidente da empresa. ‘D’ ficou impressionado com o discurso do presidente, que dizia: “Nas empresas existem três tipos de empregados – os burros dinâmicos, que saem fazendo tudo sem pensar; os sábios estáticos, que tudo sabem, mas nada fazem; e os sábios dinâmicos, que sabem pensar e agir de maneira certa. Vocês, gerentes e gestores, vão classificar cada um de suas equipes, incluindo os estagiários, e trazer uma lista para mim”. Na viagem de volta à sede, enquanto Henrique dirigia, ‘D’ estava calado, pensativo e de braços cruzados. Aquela cena irritou Henrique, que disparou: “Fala alguma coisa, ‘D’. O que você quer ficando assim, calado? Parecer inteligente?” “Não, Henrique, eu estava pensando: como você vai me classificar? Sábio...” Henrique não deixou o estagiário completar e com um grande sabor de vingança em seu coração sentenciou: “Isto é fácil. Vou colocar você

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ANÁ LISE ECONÔ MICA

Balança Comercial registra queda em 2012

empreendedor | fevereiro 2013

Cenário internacional de incertezas contribuiu para o ano fechar com um superávit comercial 35% menor do que em 2011

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Com um cenário internacional de incertezas por conta da crise na zona do euro, a fraca recuperação das economias centrais, uma taxa de câmbio desfavorável para exportação e a indústria nacional em desaceleração, 2012 fechou com um superávit comercial 35% menor do que em 2011. Após um ano de crescimento modesto do PIB, inflação acima da meta, mudanças históricas na taxa de juros, intervenção direta do Banco Central do Brasil na taxa de câmbio e um governo que a cada dia que passa parece perder as rédeas da economia, agora a má notícia de 2012 vem do comércio externo. O comércio externo brasileiro registrou exportações de US$ 242,6 bilhões (recuo de 5,3% se comparado com o ano anterior), e importações de US$ 223,1 bilhões (retração de 1,37%, sobre o total de 2011), o que resultou em um superávit de US$ 19,4 bilhões, representando uma queda de 35% se comparado com 2011, quando o superávit foi de US$ 29,8 bilhões. A expectativa do governo, no início do ano, era a manutenção do mesmo patamar de 2011. Este resultado reflete o cenário ruim pelo qual passa a economia internacional em função de diversos fatores, dentre eles a crise econômica na União Europeia, a falta de competitividade da indústria nacional em relação a concorrentes estrangeiros e, também, a queda no preço das principais commodities da pauta de exportação brasileira, sem falar da falta de estrutura rodoviária e portuária para o escoamento da produção nacional. Pode-se dizer que estes números só não foram piores em

O que se espera para 2013 é um cenário de incertezas e divergências de opiniões influenciadas, principalmente, pela crise europeia e expectativas negativas para o setor industrial brasileiro

função das intervenções do governo junto aos setores exportadores, entre elas a desvalorização cambial. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os principais demandantes de produtos brasileiros em 2012 foram China, Estados Unidos e a vizinha Argentina. A mesma ordem é válida para os principais países que o Brasil demanda produtos. O principal destaque é o aumento de 20,4% das importações de produtos do Oriente Médio – entre eles estão petróleo, adubos e fertilizantes e partes de aeronaves. O que se espera para 2013 é um cenário de incertezas e divergências de opiniões influenciadas, principalmente, pela crise europeia e expectativas negativas para o setor industrial brasileiro. Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), neste ano as exportações e importações devem crescer 6,6% e 5,29%, respectivamente. Porém, alguns analistas projetam um cenário mais pessimista. Para o autor, o cenário será de recuperação do saldo da Balança Comercial, que deverá ocorrer em função do aumento das exportações, influenciadas principalmente pela melhora dos Estados Unidos e China, recuperação das principais economias da União Europeia e taxa de câmbio favorável.

por Marcos Ademir dos Santos Leme Investimentos


Nome Classe Participação Tipo de Ação Bovespa Ativo Vale All Amer Lat Ambev B2W Varejo BMF Bovespa Bradesco Bradespar Brasil Brasil Telec Braskem BRF Foods Brookfield CCR Rodovias Cemig Cesp Cielo Copel Cosan CPFL Energia Cyrela Realty Duratex Ecodiesel Eletrobras Eletrobras Eletropaulo Embraer Fibria Gafisa Gerdau Gerdau Met Gol Itausa ItauUnibanco JBS Klabin S/A Light S/A Llx Log Lojas Americ Lojas Renner Marfrig MMX Miner MRV Natura OGX Petróleo P.Açúcar-CBD PDG Realt Petrobras Petrobras Redecard Rossi Resid Sabesp Santander BR Sid Nacional Souza Cruz Tam S/A Telemar Telemar Telemar N L Telesp Tim Part S/A Tim Part S/A Tim Part S/A Tran Paulist Ultrapar Usiminas Usiminas Vale Vivo

PNA ON PN ON ON PN PN ON PN PNA ON ON ON PN PNB ON PNB ON ON ON ON ON ON PNB PNB ON ON ON PN PN PN PN PN ON PN ON ON PN ON ON ON ON ON ON PNA ON PN ON ON ON ON UNT N2 ON ON PN PN ON PNA PN PN ON ON PN PN PNA ON ON PN

11,956 1,104 0,979 0,701 3,902 3,130 0,993 2,726 0,390 0,596 1,341 0,622 0,802 1,134 0,685 1,539 0,598 0,784 0,441 1,866 0,589 1,311 0,890 0,743 0,530 0,755 1,498 1,648 2,574 0,660 1,211 2,315 4,015 0,934 0,404 0,541 0,914 1,207 1,098 0,546 1,440 1,233 0,845 3,773 0,808 2,745 8,517 2,206 1,283 1,163 0,352 1,097 2,359 0,443 1,041 0,923 0,268 0,225 0,155 0,840 0,125 0,170 0,229 0,486 2,462 0,592 2,925 0,793

Inflação (%)

Até 31/01/2013

Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação 9 Ação Ação Ação Ação Ação Ação

Índice

31/Janeiro

Ano

0,34* 0,35* 0,89* 0,81*

0,34 0,35 0,89 0,81

IGP-M IGP-DI IPCA IPC - Fipe

* Os índices do IGP-M, IGP-DI, IPCA e IPC-Fipe do mês de Janeiro de 2013 foram obtidos através de estimativas do Banco Central do Brasil, disponíveis na página oficial da instituição.

Juros/Aplicação (%) 31/Janeiro CDI Selic Poupança Ouro BM&F

Ano

0,53 0,55 0,50 -6,41

8,40 8,48 6,45 15,27

Indicadores Imobiliários (%) 31/Janeiro CUB SP

-0,01

TR

0,00

Custo do Crédito (%) Desconto Factoring Hot Money Giro Pré (taxa mês)

31/Janeiro

31/Janeiro

1,46 3,56 3,03 1,68

1,46 3,57 3,03 1,67

Câmbio

Até 31/01/2013

Cotação Dólar Comercial Ptax R$ 2,0435 Euro US$ 1,3573 Iene (US$ 1,00) $ 91,2100

Mercados Futuros Dólar Juros DI

Até 28/12/2012

Março/2013

Abril/2013

R$ 1,993 6,98%

R$ 2,002 7,00%

Contratos mais líquidos Ibovespa Futuro

31/01/2013 59.940

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Carteira Teórica Ibovespa

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Brasilidade

Além do

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jeitinho

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Dividida em três fases – entrevista aprofundada, plenária com reapresentação da análise das entrevistas e questionário – a pesquisa Delphi tem como objetivo construir conhecimento, de forma qualitativa. Assim, foram selecionadas lideranças das mais diversas áreas, como empresários, artistas, representantes do governo, educadores e religiosos, que pudessem agregar informações de acordo com suas experiências de vida, profissionais e pessoais. Os eixos da pesquisa se relacionam a fatores da brasilidade que influenciam o nosso modo de ser, analisados sob pontos de vista positivos e negativos. “Quando falamos sobre Brasil, não pensamos em coisas médias. Ou são lindas, ou horríveis. É preciso avançar, encontrar o meio termo. Como diz Gandhi, o caminho se faz caminhando. Não adianta mais falar que somos um país jovem. Já sabemos quem somos. Está na hora de assumir a fase adulta, deixar a adolescência. Quando isso

acontecer, aí sim vamos progredir”, defende Oriana.

Refletir o Brasil é objetivo da pesquisa A pesquisa foi elaborada no âmbito do evento Refletir Brasil, que acontece de 20 a 22 de março deste ano em Paraty (RJ). Com base nos resultados, que serão integralmente apresentados e discutidos no primeiro dia do evento, palestrantes e participantes debaterão sobre temas relacionados à pesquisa, visando elaborar um manifesto de um novo modelo de Brasil como o país do futuro. Inspirado em evento semelhante promovido pelo sociólogo italiano Domenico De Masi há mais de 20 anos em Ravello, na Itália, o Refletir Brasil é organizado pelo Grupo Oca Brasil e tem como parceiros o S3 Studium (Roma, Itália) e a ESPM. O sociólogo participará dos três dias do evento. Todas as informações, incluindo a programação e ficha de inscrição, estão no site www.refletirbrasil.com.


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Características do Brasil: grande, natureza pródiga, emergente e livre; ao mesmo tempo, baixa educação, violência, corrupção e falta de estruturas básicas. É o que aponta a pesquisa Delphi sobre brasilidade, realizada com 44 personalidades entre março e outubro de 2012 pela C.P.M. Research, com apoio do Grupo Oca Brasil. “Conseguimos romper com as estereotipias de carnaval, futebol e constatou-se que existe também um lado sombrio, principalmente na forma como nos comportamos”, afirma Oriana Monarca White, pesquisadora responsável.

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Brasilidade

86% dos internautas homens visitam redes sociais As redes sociais seguem ocupando o dia a dia dos internautas brasileiros. Os últimos dados, divulgados pelo Ibope Media, apontam que, em novembro de 2012, 52% dos usuários desta categoria (comunidades) eram homens e 48% mulheres. No mês referido, de todos os homens que utilizaram a internet, 86% navegaram por redes sociais, considerando-se o acesso em casa e no trabalho. Entre os jovens, a navegação nos sites da categoria também é alta nesses ambientes: 88% das pessoas de 12 a 17 anos, que acessaram a internet, visitaram sites sociais, no período. (Fonte: Ibope Media)

Crianças e jovens estimulam consumo de vídeos on-line no Brasil As crianças e jovens, que antes consumiam sites de vídeos de compartilhamento entre usuários, como o YouTube, agora assistem a mais vídeos de páginas de distribuidores oficiais e de TVs on-line. O crescimento no consumo das duas categorias (vídeos/filmes e transmissão de mídia), por usuários de dois a

17 anos de idade, registrado no período de um ano, de setembro de 2011 a setembro de 2012, foi de 46%. Entre as crianças de até 11 anos esse aumento foi ainda maior (62%), sobretudo entre os meninos (68%). Em setembro de 2012, as duas categorias juntas alcançaram 38,7 milhões de pessoas, em casa ou no local de trabalho, número que correspondeu a 76,2% dos internautas ativos naquele mês. Em relação ao mesmo período de 2011, o crescimento foi de 13%. Além do aumento da navegação infantil, foi registrado crescimento de 41% no uso simultâneo desses sites pelas mulheres de 35 a 49 anos, que passaram de 1,6 milhão para 2,3 milhões no mesmo período. Entre internautas que se classificam como donas de casa, o aumento anual chegou a 52%. Entre aposentados, foi ainda maior: 64%. Outros tipos de site que também receberam a atenção dos usuários em 2012 foram os de compartilhamento de filmes e séries em formato HD (alta definição de imagem) e os sites estrangeiros especializados em cenas engraçadas no estilo “cassetadas”. (Fonte: NetView, Ibope Media)

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Futebol é a paixão nacional (mesmo!)

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O Ibope Inteligência comprovou o que o senso comum já dava como certo: o futebol é mesmo a maior das paixões dos brasileiros – 77% apontam o esporte ao responder “quais são as grandes paixões dos brasileiros”? Futebol é a primeira paixão citada tanto entre os homens (82%) quanto entre as mulheres (72%). Cerveja é a segunda paixão, mencionada por 35% dos entrevistados, seguida do carnaval, com 30% do total. As mulheres ocupam o quarto lugar da lista de paixões dos brasileiros (22%) – embora, naturalmente, existam fortes diferenças entre os gêneros: 33% dos homens apontam as mulheres como uma paixão nacional, enquanto apenas 13% delas dizem o mesmo. O quinto lugar pertence ao churras-

co, mencionado por 20% dos brasileiros. Na sequência, as paixões nacionais que se destacam são: a praia (13%), a cachaça (10%), a família (9%), as novelas (9%), os carros (9%), a televisão (8%), estar entre amigos (8%), o samba (8%), a seleção brasileira (7%), as viagens (6%), trabalho, dinheiro, música e igreja (todos com 1%). Novelas também são motivo de diferenças entre os gêneros, apontadas como uma paixão nacional por 13% das mulheres e por somente 4% dos homens. Sobre a pesquisa: o Ibope Inteligência ouviu cerca de 2 mil pessoas, por meio do BUS, entre os dias 10 e 16 de julho de 2012, em todo o território nacional.


A PESQUISA O Brasil é... Grande Baixa educação Natureza pródiga Violência Emergente Corrupção Livre Faltam estruturas básicas O brasileiro é... Alegre Superficial Emotivo Descomprometido Sensual Valores não sólidos Colaborativo Violento E quanto ao trabalho... Empreendedor Informal Veste a camisa Baixa produtividade Batalhador Difícil de respeitar normas e regras E quanto à economia... Estabilidade Custo Brasil Progresso Baixa poupança Melhoria da qualidade de vida Faltam projetos de longo prazo E quanto à política... Democracia Corrupção Maior consciência do povo Pouca transparência Visibilidade das mazelas Má qualidade dos serviços básicos E quanto à cultura... Diversa Baixa valorização Imponente Pouca “alta cultura” Pura emoção Personalidades não imortalizadas

Convenções: Positivo

Negativo

E quanto às marcas e produtos... Setores importantes Altos impostos Várias multinacionais brasileiras Mortalidade das pequenas e médias empresas Marcas de valor Informalidade Quantidade de pequenas e médias empresas Baixa vigilância na qualidade E quanto aos serviços... Setor em amplo crescimento Mão de obra não qualificada Atendimento carinhoso Não padronização dos resultados E quanto ao “internacional”... Atraente para o estrangeiro vir ao Brasil Burocracia Mercado promissor Descompromisso E quanto aos tons (imagens) do Brasil... Cores fortes Mendigos Movimentos Baratas Mulher Dinheiro nas cuecas E quanto aos cheiros... Comidas Xixi Bebidas Suor Temperos Lixo E quanto ao DNA... Diversidade Imediatismo Criatividade Dubiedade Flexibilidade Apatia para mobilização (em transformação nos jovens) Fonte: Pesquisa Delphi (C.P.M. Research/Grupo Oca Brasil)

A população do Brasil está entre as mais otimistas em relação à economia em 2013. Resultados da pesquisa Barômetro Global de Otimismo, feita pelo Ibope Inteligência, em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN), realizada em 54 países, com 55.817 entrevistados, mostram que 57% dos brasileiros acreditam que este ano será de prosperidade econômica, o que coloca o País como a terceira nação mais otimista. O otimismo no Brasil, que é 60% superior à média global de 35%, só é superado pelas populações da Geórgia (69%) e do Azerbaijão (58%). As regiões Norte e Centro-Oeste foram as que apresentaram o maior índice de otimismo em relação à prosperidade econômica. Para 66% dos moradores dessas regiões, 2013 será marcado por prosperidade.

Por idade, os jovens da faixa de 16 a 24 anos são os mais otimistas em relação à prosperidade econômica do Brasil em 2013 (62%). Por renda, a classe D/E é a que mais acredita em prosperidade econômica (60%). Já os brasileiros que esperam dificuldade econômica neste ano somam 12%, bem abaixo da média mundial, de 28%. Por aqui, os menos otimistas são as pessoas das classes A e B, os moradores da Região Sul e a população da faixa etária de 40 a 49 anos. Entre as nações, nove das 10 mais pessimistas estão na Europa, refletindo a crise econômica do continente. Em situação delicada na zona do euro, Portugal lidera a lista, com 87% da população esperando dificuldade na economia. Único país de fora da região, o Líbano aparece em segundo, com índice de 77%. (Fonte: Ibope Inteligência/WIN)

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Brasileiros estão otimistas com 2013

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agenda De 19/02/2013 a 22/02/2013

RioContentMarket 2013

Hotel Windsor Barra Rio de Janeiro – RJ www.riocontentmarket.com.br

Em apenas duas edições, o evento se consolidou como uma das principais referências para o mercado mundial ao promover o encontro de mais de 300 executivos, com a participação de 2,5 mil profissionais de TV e mídias digitais de 28 países para troca de experiências e rodadas de negócios. No ano passado, o encontro reuniu 2,1 mil participantes de 24 países, e promoveu 950 reuniões em rodadas de negócios. De 26/02/2013 a 1º/03/2013

Vitória Stone Fair 2013 Pavilhão de Carapina

Espírito Santo – ES www.vitoriastonefair.com.br

Mais de 400 expositores, sendo 130 internacionais, apresentam as novidades no setor de rochas ornamentais, incluindo granitos exóticos de empresas brasileiras, mármores portugueses e egípcios, insumos, máquinas pesadas e equipamentos para beneficiamento de última geração. Realizado em uma área de 35 mil metros quadrados, o evento espera receber mais de 25 mil visitantes de 66 países. De 12/03/2013 a 16/03/2013

19º Salão Internacional da Construção

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Anhembi Parque São Paulo – SP www.feicon.com.br

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Considerado o maior salão do gênero na América Latina, o evento soma 21 anos de existência, apresentando em primeira mão os principais lançamentos e tendências para todo o setor da construção civil. O local reúne todos os grandes líderes do segmento em uma exclusiva exposição de produtos e serviços para todos os setores do ramo. Além disso, a feira conta com a conferência com renomados profissionais nacionais e internacionais.

De 25/03/2013 a 27/03/2013

1ª Feira de Tecnologia do Sono e Conforto

Transamerica Expo Center São Paulo – SP www.feirasonotec.com.br

Com o objetivo de fomentar o mercado colchoeiro, de travesseiros e roupas de cama, o evento será distinto e exclusivo a este setor, promovendo a capacidade industrial e comercial das empresas fabricantes e participantes e incrementando o conhecimento técnico e desenvolvimento do mercado nacional. De 26/03/2013 a 27/03/2013

Vitafoods South America

Transamerica Expo Center São Paulo – SP www.vitafoodssouthamerica.com.br

O Vitafoods South America é o único evento focado no setor de funcionais e nutracêuticos da América do Sul. A conferência chega à sua segunda edição com o propósito de ser o principal ponto de atualização do mercado, com a presença de especialistas que vão compartilhar os resultados de suas pesquisas. Serão dois dias de congresso divididos em duas salas: Fórum de Marketing, Tendências e Regulação em Alimentos Funcionais e o Congresso Científico. De 12/04/2013 a 18/04/2013

Uma joia de feira De 21/02/2013 a 22/02/2013 12ª Mostra São Paulo Fecomercio

São Paulo – SP www.mostrasaopaulo.com.br

A feira se destaca não apenas pela reunião dos principais expositores do segmento de joias folheadas, pratas e acessórios – vindos de todo o Brasil –, mas também pelo ambiente acolhedor e intimista. Realizado em diversas edições ao longo do ano, o evento é exclusivamente dedicado aos lojistas, atacadistas e revendedores, não sendo aberta ao consumidor final. Para participar, na entrada da feira é necessário apresentar o CNPJ da empresa ou comprovar atuação no segmento.

De 16/04/2013 a 18/04/2013

12ª Feira Internacional de Beleza, Cabelos e Estética

Feira e Conferência Internacional de Segurança

A Hair Brasil é uma feira que lança novos produtos, sinaliza tendências e promove negócios na área de beleza. O evento une informação, gestão, moda e negócios num formato único, que rapidamente se transformou em referência para todo o setor, no Brasil e na América Latina. A feira traz novidades de 882 marcas de produtos para cabelos, estética e spas, oferecendo aos profissionais a chance de conhecer o melhor da técnica mundial e conferir as novidades da indústria.

A ISC Brasil é considerada a mais importante feira e conferência de toda a indústria de segurança. Focada nos últimos avanços de produtos, tendências e soluções de segurança, a ISC Brasil trará para os expositores e visitantes um evento dedicado a um dos mercados com mais rápido crescimento no mundo. O evento reunirá compradores de alto nível do Brasil com fornecedores e fabricantes internacionais de segurança, criando o maior e mais produtivo encontro da indústria de segurança no Brasil.

Expo Center Norte São Paulo – SP www.hairbrasil.com

Expo Center Norte São Paulo – SP www.iscexpo.com.br


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2a Feira Internacional de Edificações & Obras de Infraestrutura Serviços, Materiais e Equipamentos.

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A INTEGRAÇÃO DA CADEIA DA CONSTRUÇÃO A Construction Expo 2013 é apoiada pelas principais entidades, construtoras e fornecedores do setor, por reunir, em um único local, serviços, materiais e equipamentos para obras e o Sobratema Congresso – Edificações e Infraestrutura. Se a sua empresa faz ou quer fazer negócios no mercado brasileiro da construção, esta é a oportunidade. Participe da Construction Expo 2013. Informações e reservas de áreas: contato@constructionexpo.com.br | 11 3662-4159

Construction Expo 2013 - De 5 a 8 de Junho de 2013 Centro de Exposições Imigrantes | São Paulo | Brasil

6 www.constructionexpo.com.br 8

REALIZAÇÃO:

LOCAL:


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