Ceap revista 30

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Edição nº30

ALFABETIZAÇÃO

Desafios e características dessa fase do letramento


Perspectiva Memória

Olhares atentos Cada detalhe é novidade Expectativas de um mundo novo Para ser visto e lido Primeiro ano, aí vamos nós!

Cem anos de Ginástica no CEAP A foto é de 1916. O professor, à direita, é Walter Mittag, na época o diretor do CEAP, que se chamava Escola Moderna de Ijuhy. Ele também era o presidente do setor esportivo do clube “Das Deutsche Vereinshaus”, hoje a Sociedade Ginástica Ijuí – SOGI. Foi ele quem introduziu no CEAP a Ginástica Olímpica. O grupo se chamava “Gut Heil”. As ginastas da foto (acervo do Museu Escolar do CEAP – MECEAP) eram todas alunas da escola e, também, filiadas ao clube, onde aconteciam os treinamentos.

Alguns dos que aparecemem na foto acima de estão Crianças doaparelhos Nível 5 do CEAPzinho momento acolhida pelas hoje cedidos ao CEAP, que segue desenvolvendo a prática professoras na sala de aula do 1º ano do Ensino Fundamental, no “CEAPzão”. da Ginástica. No Festival de Ginástica promovido pela escola neste ano é possível perceber o grande número de alunos participantes das escolinhas, bem como identificar alguns dos aparelhos centenários ainda em utilização.

No início do Século passado a entidade que viria a ser chamada mais tarde de SOGI funcionava em terreno na esquina das ruas 15 de Novembro com Álvaro Chaves, onde hoje fica a Primeira Igreja Batista em Ijuí. Lá ficavam os aparelhos de Ginástica Olímpica (foto, também do acervo do MECEAP). “Os imigrantes alemães que se radicaram principalmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina trouxeram naturalmente muitos dos seus costumes e criaram Associações de Canto e Ginástica, que proporcionavam oportunidades de desenvolver suas habilidades. Tais iniciativas, ao lado das comunidades religiosas e das escolas, oportunizavam o convívio social que amenizava um pouco a falta que sentiam de sua terra de origem, agregando os imigrantes teutos. Tanto no interior de Ijuí como no incipiente município, surgiram essas agremiações, muitas das quais hoje ainda existem com perfis mais abrangentes, mas ainda com a valorização, principalmente, do esporte em suas diferentes modalidades”. Mônica Brandt Ex-diretora e pesquisadora

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Pense Nisso

A luz e a presença de Deus No tempo de Advento nos preparamos para o Natal acendendo as velas da Coroa de Advento iluminando mais e mais o ambiente na medida em que nos aproximamos do Natal. Enfeitamos nossas casas com luzes e pisca-piscas para celebrar o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. E nos vislumbramos com os shows pirotécnicos e as explosões de luzes na vidada do Ano Novo. Esse crescente de luz e claridade nos faz experimentar uma mensagem implícita fantástica: quanto mais perto de Jesus, quanto mais Deus se faz presente e nossas vidas, mais iluminado fica nosso caminho e podemos ver com clareza a beleza da criação de Deus, a perfeição e a grandiosidade do criador. E expressamos o desejo de viver o novo ano guiados e orientados pela luz da sabedoria divina. O Evangelho conforme o evangelista João nos testemunha, nos versículos iniciais do capítulo 1, que o “Verbo” estava junto com Deus na criação e participou ativamente da criação. “A palavra era a fonte da vida, e essa vida trouxe a luz para todas as pessoas. A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apaga-la”. (João 1.4-5) “A Palavra/ Verbo se tornou um ser humano e morou entre nós, cheio de amor e de verdade. E nós vimos a revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu como Filho único do Pai”. (João 1.14) Avançando um pouco na leitura do Evangelho conforme João o próprio Jesus afirmou: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue nunca mais andará na escuridão, mas terá a luz da vida”. (João 8.12). A fonte da luz é o próprio Deus! Ele enche o mundo com sua luz divina dissipando as trevas do mal e da morte. Ninguém pode apagar essa luz! A presença de Deus traz clareza e discernimento. Os ensinamentos de Jesus Cristos nos dão a orientação necessária para vivermos bem e com sabedoria. A luz que vem de Deus quer brilhar em nós e através de nós. Na medida em que esta luz ilumina a nossa vida nos tornamos refletores desta luz para o mundo através de nossas palavras e ações. Assim, queridos leitores, deixem brilhar esta luz em sua vida. Deixe Deus tocar e transformar a sua vida através da fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. Que em 2017 todos possam ver as suas boas obras em palavras e ações e reconhecer que esta luz só pode vir de Deus, e glorificar o nosso Pai que está no céu. Pense nisso!

Alberto Gallert Pastor Escolar do CEAP

CEAP em Revista - 03


Da Redação No apagar das luzes de 2016, nossa última edição do ano chega cheia de coisas boas. Falando em luz, vale ler a mensagem do Pense Nisso, logo no começo da revista. Aqui ao lado e na página seguinte a pesquisa no CEAP passa por um importante processo de qualificação. Você também confere os últimos momentos do Terceirão que se despediu da escola neste ano e relembra, ao menos em imagens, alguns momentos dos recitais musicais que deixaram o final do ano mais emocionante. Espetáculos de encerramento das atividades também são revisitados aqui em flashes., bem como muitas ações pedagógicas marcantes e diferentes no espaço Sala de Aula. A matéria de capa traz a importante fase da infância em que o processo de letramento passa pela alfabetização. Como acompanhar as crianças nessa etapa, o que acontece neste período, são temas abordados aqui. Tem textos e poesias de nossos alunos, memórias de uma ex-aluna e informações muito bacanas sobre os cem anos da Ginástica no CEAP. Bora ler, que em 2017 tem mais!

EDIÇÃO 29 ENTREVISTA 05 • A pesquisa vivenciada na escola FORMATURA 06 e 07 • Despedida Última chamada do Terceirão RECITAIS 08 • A música invade o palco Espetáculos dos alunos CAPA 11 • Letramento e Alfabetização Como acontece esse importante processo SALA DE AULA 16 e 17 • Atividades Pedagógicas Aprendizagens em diferentes instâncias

Expediente CEAP em Revista Nº 30 – Dezembro de 2016 Edição: Assessoria de Comunicação do CEAP Diagramação: Fábio Lima Deicke Jornalista Responsável: André da Rosa Revisão: Débora Schneider Zambonato Colégio Evangélico Augusto Pestana www.ceap.g12.br 04 - CEAP em Revista

Sala do Professor

A Metamorfose da Pesquisa

É inegável que o cidadão deste século necessita se inserir num mundo social e tecnológico cada vez mais complexo. Cabe-lhe pensar e refletir sobre tudo o que tem acesso através das novas tecnologias de informação e comunicação. Para o êxito disso, é fundamental saber pesquisar e selecionar as informações a fim de, a partir delas e da própria experiência, apropriarse e/ou construir o conhecimento. No CEAP, apesar da pesquisa fazer parte das práticas pedagógicas rotineiras, desde a Educação Infantil, respeitando as diferentes etapas, é no Ensino Médio que a orientação à pesquisa científica ocorre com maior ênfase. Há muitos anos a escola desenvolve essa prática. No entanto, com a implantação do Ensino Médio Integral, buscou-se colocar em prática um antigo desejo: o de ampliar o espaço/tempo de elaboração e execução da pesquisa, qualificando todas as etapas à formação eficaz do aluno-pesquisador, construto indispensável também à vida acadêmica. Com essa percepção e convicção, a escola inseriu no currículo os componentes Metodologia da Pesquisa, na 1ª série; e Projetos, na 2ª série, os quais se complementam nessa tarefa. Os encontros semanais, no componente Projeto, têm se constituído por momentos de efetivo exercício de corresponsabilidade, condição iniciada no componente curricular Metodologia da Pesquisa, momento em que é apresentada aos estudantes a complexidade da produção do conhecimento científico. Prioriza-se a vivência da pesquisa desde a inquietação temática até o contato com diferentes fontes de estudo. Ambos componentes contribuem para o desenvolvimento da autoria e da significativa apropriação de novos conhecimentos, cuja culminância ocorre no CEAP em Ação e na Mostra Científica, momentos de apresentação dos resultados das pesquisas à comunidade escolar. Essa experiência, realizada no contexto escolar, segue os princípios da Pedagogia/ Metodologia de Projetos, cujas raízes remontam as concepções da educação ativa, em que a escolha do tema do projeto ocorre por parte dos alunos, sob a orientação do professor e baseado nas intenções de um pré-projeto; a formação de grupos de alunos para desenvolver o projeto (trabalho em equipe); a utilização de diferentes recursos/fontes como base para realização do trabalho formal; acompanhamento sistemático e regular de um professor-orientador em todas as etapas de estudo e sistematização e, por fim, a socialização dos resultados do projeto à comunidade escolar. Isso tudo conduz a um processo maduro da concepção e execução da pesquisa. Assim como Hernandez e Ventura (1998) defendem a prática da pesquisa no âmbito escolar e afirmam que a busca de informações favorece a autonomia dos alunos, a nossa instituição corrobora essa ideia, visto que já foi possível verificar in

Aluna Jéssica Lachmann socializa o projeto na Mostra Científica

loco tais resultados, pois nesse ano, constatamos com muito orgulho a validação de um trabalho que se iniciou em 2015, cujos resultados foram reveladores da maturidade de nossos alunos no que diz respeito, principalmente, à qualidade do registro, da autonomia autoral e do trabalho em equipe. As possibilidades concretas de intervenção, em todas as etapas de proposição, elaboração, revisão, execução, reescrita e apresentação da pesquisa, colocam nossos jovens num lugar privilegiado de pesquisadores reais, cuja vivência autoriza-os a encontrar, no universo acadêmico, um trânsito tranquilo em relação às demandas de pesquisa, bem como, a de um futuro profissional apto à busca de soluções para os problemas sociais e/ou profissionais que se impuserem. As metamorfoses desencadeadas pela pesquisa científica levam à aprendizagem significativa em diferentes dimensões, mas vale ressaltar dentre elas a que nos salta aos olhos durante a travessia da Pesquisa. É claramente perceptível a saída do casulo de sujeitos curiosos, frente a um assunto, até chegar à constituição de sujeitos familiarizados com o universo dos pesquisadores. Ao final dessa experiência, revelam-se mais seguros, confiantes e satisfeitos com os resultados do estudo coletivo, em que apesar da tarefa ser coletiva, apropriam-se de todas as etapas com responsabilidade e motivação. A escola oportuniza tempo e espaço para a vivência desse universo. Cabe a cada um, aventurar-se por outras travessias, pautadas pela vivência autônoma e legítima no mundo do conhecimento. Mas também é importante comungar com o pensamento de um famoso personagem de Grande Sertão: Veredas, de Guimaraes Rosa, o que vale mesmo é a travessia, o percurso... aquilo que se vai agregando à vivência. Essa que constitui de fato a essência da busca. Sandra Regina Rychescki Orientadora Pedagógica do 9ºEF a 3ª série do EM do CEAP


Escrevendo Entrevista

Laura e João Osmar: estudantes e pesquisadores

O escravismo contemporâneo Pesquisa A escravidão foi inserida no Brasil logo após seu descobrimento. Inicialmente uma realidade social mantida pelos acordos comerciais e pela hierarquização da O processo acadêmico sociedade. Não obstante evoluiu para um fator resultante de interesses econômisendo, ainda, uma preocupante característica do Século XXI. vivenciado na escolacos,Apesar da abolição da escravatura em 1888, o trabalho em, condições aná-

logas a de escravo é presente no mercado de trabalho. Pode manifestar-se, por Desde a implantação do Ensino Médio exemplo, em decorrência do endividamento – em especial nas áreas rurais -, ultraIntegral no CEAP os projetos de pesquisa, que passando as leis impostas pelo Còdigo Penal. Ao comprometer-se a gerar lucros ao credor e compensar suas dívidas, o devedor submete-se a condições precárias se traduzem na exposição CEAP em Ação e na de trabalho, com seus direitos drasticamente reduzidos, a carga horária aumentasocialização da Mostra Científica, passaram da e com riscos à saúde e à própria vida. Do mesmo por mudanças. A disciplina de Metodologia da modo, o tráfico de pessoas, juntamente do abuso de poder e de trabalhos forçados, são formas de escravismo e fazem parte da realidade brasileiPesquisa foi incluída na 1ª série e os ra. projetos Mulheres e homens, de todas as idades, têm seus direitos humanos aniquilasão executados na 2ª série (ver textodos, na sendo explorados e obrigados ao trabalho árduo em indústrias e lavouras, à escravidão sexual ou a tornar-se objeto de uso por seus proprietários. página ao lado). A qualificação dos processos, Em meio à crítica situação brasileira, o trabalho em condições análogas a de importantes no preparo dos estudantes para escravo apresenta-se como uma ameaça à dignidade humana e à valorização sodo trabalho. Para que as normas de proteção trabalhista sejam cumpridas, é a vida acadêmica, pode ser percebidacialnos imprescindível a compreensão dos fatores desencadeadores desse quadro exploratestemunhos dos próprios alunos. CEAP tório em e, posteriormente, a implantação de políticas sociais, capazes de controlá-lo e Revista ouviu a aluna Laura Böttcjhererradica-lo. Lins, daAlém disso, faz-se necessária a orientação e fiscalização dos postos de 1ª série, e João Osmar Fruet da Silva,trabalho. da 2ª Afinal, a equidade social e a harmônica competitividade econômica são fundamentais à manutenção da sociedade contemporânea. CEAP em Revista – Você é da primeira turma a ter série do Ensino Médio. CEAP em Revista – Como está sendo esse ano com essa disciplina diferente: Metodologia da Pesquisa?

Metodologia da Pesquisa como uma disciplina Martinano Raineski currículo. ComoAluna foi essa experiência? da 2ª série do Ensino Médio Integral João Osmar - No primeiro momento ficamos todos surpresos com essa nova sugestão, pois muitas expectativas se tinha com essa nova matéria. A melhor experiência que tive foi o desenvolvimento do pré-projeto.

Laura Lins - Está sendo uma experiência bem diferente. Como é a primeira vez que temos um horário específico para Metodologia, usamos o mesmo para abordar diversos assuntos. Durante o ano, por exemplo, trabalhamos com CEAP em Revista – Como essa disciplina influenciou o livro “Ciência através dos tempos”, o qual acabou o processo de pesquisa que resultou no trabalho do refletindo em tantos outros trabalhos. Olhamos, também, CEAP em Ação e da Mostra Científica? filmes que serviram para textos e análises em sala de aula. Recentemente tivemos de participar da Mostra Científica, João Osmar - No final do ano passado fomos instruídos Hallo! Ich heiße Bianca um bin 22 Jahre alt. serão Ich wohne in Annecy. Annecyum ist eine Stadt in e montar um grupo que acabou mostrando, um pouco, de como nossos a escolher temaschöne de nosso agrado Ostfrankreinch. Meine und schön. Ich otrage verschiedeprojetos no ano queBeruf vem.ist weibliche Model. Ich bin groß, schlank para desenvolver CEAP em Ação. Essa escolha foi um dos ne Arten von Kleidung Parade. Auf die heute habe ich einen Lila Rock na, eine Silber Pot, einen Schwarmaiores principais passos para o desenvolvimento do - Você, com outros zenCEAP Schal,em einRevista Paar Schwarze Sandalen umcolegas, bit mit Armbändern undprojeto Halsketten Gold geschmückt. um pré-projeto, o que 2016,aus pois desenvolvemos turma um eventokümmern científicoum meine Schönheit Ichrepresentou liebe Parade.aIch mag em auch einüben, und Reisen. nos deu maior sentido do que faríamos no ano seguinte. acadêmico justamente por causa de uma pesquisa. Como foi a experiência? CEAP em Revista – Durante a execução do projeto, nas decisões que vocês precisavam tomar, percebiam a Oi! Meu nome é Bianca e estou com 22 anos. Eu moro em Annecy. Annecy é uma linda cidade Laura Lins – Um dos projetos idealizados durante o ano importância do que haviam estudado sobre pesquisar? nofoi oeste da França. Eu sou modelo de profi ssão. Sou alta, elegante e bonita. Eu uso diversos tipos baseado no livro “A Ciência através dos tempos”.

Trabalho desenvolvido em Língua Alemã. O aluno descreve uma modelo ao abordar o tema vestuário.

de Serviu roupa nos No desfilededeuma hoje grande uso umaLinha saia lilás, prata, preto e através da construção paradesfi a les. construção de uma mini-blusa João Osmar - Parauma mimxale a ajuda veio sandálias Minhas e colares de ouro. Eudoadoro desfilar. pois Eu gosto tambémo que fazer para poder Tempo,pretas. feita pela 1ª joias série são do braceletes Ensino Médio nas aulas pré-projeto, ele mostrou dosdeensaios para os da desfi les, preocupo-me beleza enaas viagens. Metodologia Pesquisa. O projetocom foi aexposto encontrar o que queria. Uma das coisas que posso citar MoEduCiTec, na Unijuí. Juntamente com mais três colegas com certeza é de que a Metodologia de Pesquisa nos Wesley Droppa e professoras, pude perceber o quão importante este ensinou sobre como retirar de livros citações, porém trabalho foi, e, além disso, entender como funciona uma Aluno dodurante 7º anoodo Ensino Fundamental projeto tivemos muitas vezes que pedir auxílio banca avaliadora de trabalhos. Curiosamente, o autor do a muitas pessoas de fora para poder deixar o projeto de livro estava palestrando na Universidade e foi olhar nosso acordo com as normas da ABNT. projeto. Mostrou outra visão do livro que contribuiu para que depois pudéssemos compartilhar com a turma e CEAP em Revista – Como estudante, num processo ampliar nosso conhecimento. que segue depois da escola, que contribuição você acredita que isso terá daqui para frente? CEAP em Revista - Que contribuição para sua vida de João Osmar – A partir do projeto deste ano, digo estudante todo esse processo está tendo? com certeza que este nos ajudará, não só aqui, Laura Lins – Acho que está sendo uma matéria muito dentro da escola, como também servirá de base para importante, não tanto hoje como será na Universidade. desenvolvermos projetos fora daqui, pois aprendemos Além disso, permite-nos apresentar projetos no “CEAP em como montar, apresentar e até mesmo enfrentar uma Ação” para a comunidade e uma determinada banca de banca. Acredito que foi a prática, “o por a mão na massa” professores, desta forma, deixando-nos mais preparados que nos fez evoluir muito mais em nossa a caminhada para a vida universitária. como pesquisadores. CEAP em CEAP em Revista Revista -- 05 21


Álbum Formatura

Alunos escolheram o Campo do CEAP para a foto oficial da turma

2017! ACEAPzão despedida do Terceirão Escolha fez acolhida a pais e alunos que em 2017 estarão no 1º ano do Ensino Fundamental.

Turmas do 4º ano, acompanhadas das professoras Marlova gRoth e Cristiane Bertoldo, na visita ao prefeito Fioravante Ballin.

Professoras que organizaram as atividades.

Turmas do 5º ano em passeio de estudos na Colônia Santo Antônio.

Paulo Os Roberto, Carla e anos Ítalo Santos. “melhores da vida”

Natália com a mãe Tânia Bittencourt. chegando ao

fim. A etapa escolar terminando com a conclusão do Ensino Médio. Os últimos momentos na Everaldo, Ana escola. Juntos. Marcados por reflexões, emoções e celebrações. A turPaula e a filha ma curtiu o último ano de escola e aproveitou cada um dos momentos Maria Alice. finais, como no Culto em Ação de Graças, em que receberam homenagens do Coro Infantil e do Conjunto Instrumental e uma Bíblia, presente da escola para ser bússola nos caminhos que virão.

Celebração lotou Igreja do Relógio

Lucas e Luciana Golle com a filha Maria Luiza.

Equipe Infanto de Futsal masculino, treinada pelo professor Paulo Wissmann, foi vicecampeã no Campeonato ONASE em Horizontina.

Equipe Mirim masculino, com o treinador Augusto Ilgenfritz, campeã do Campeonato ONASE de Voleibol em Ibirubá.

Também em Horizontina, equipe Infantil ficou em 3º lugar.

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Arthur, da 2ª série do Ensino Médio, em noite de Mostra de Vídeos com os pais Elton e Iara Lohmann.


Formatura

A última chamada

A última chamada para os alunos do Terceirão 2016 não foi na sala de aula, mas no auditório lotado. Sob aplausos da comunidade escolar e de convidados especiais, a turma foi recebida no início da noite de 14 de Novembro para, em seguida ao Hino Nacional, respondera à última chamada, quando receberam da direção e equipe pedagógica da escola o canudo simbolizando a conclusão da etapa escolar, além de um exemplar da compilação de biografias dos colegas, chamado “Laços e Enlaces”. Nos discursos, os alunos, representados pelos formandos João Leonardo Feistel Cargnelutti e Maria Constanza Cé Erig, referiram-se às “lembranças e sentimentos dos melhores anos de nossas vidas”. Reconheceram que estão por iniciar uma série de desafios que a partir de agora terão que enfrentar sozinhos. Resgataram várias etapas da vida estudantil, demonstraram gratidão aos professores, fizeram agradecimentos aos pais, à equipe pedagógica e funcionários da escola. Em nome dos professores conselheiros, Nelson Rabelo falou que se tratava de um momento especial. Fez referência aos pais, dizendo que “a família é o alicerce de tudo, também porque acredita no conhecimento como libertação, sem o que de nada adianta o trabalho da escola e do professor”. O professor parabenizou o CEAP “que honra a educação”. O diretor Gustavo Maslchitzky falou aos ex-alunos que é momento de “olhar para a frente. Tudo será diferente. O desafio pessoal vai substituir o objetivo comum de turma”. Salientou que em alguns momentos desistir seria uma opção, “mas a persistência e a esperança de momentos melhores irá prevalecer”. Disse que nesse tempo de vida na escola, e junto com as famílias, os alunos foram preparados.

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Recitais

Unidos e inspirados pela música Em dois momentos diferentes o auditório da escola esteve cheio: de músicos no palco, de gente na plateia e de alegria proporcionada pelos estudantes músicos na escola. Em uma das noites, talentos com mais ou menos tempo de prática mostraram o domínio sobre violões, violinos, piano, teclado e do canto. Em outro momento, grupos que fazem música coletivamente foram ao palco: o Grupo de Violinos, os Grupos de Flautas, Coro Infantil e Infanto Juvenil, Grupo de Sopros e o Conjunto Instrumental. No final, uma bela apresentação conjunta dos corais com o Conjunto Instrumental da escola. As atividades foram coordenadas pelos professores de música da escola Letícia Buchmann e Adriano Kronbauer, com participação do professor de violino no CEAP Jairo Andrade.

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RELEITURA FOTOGRÁFICA

Trabalho de Artes no 9º ano resultou em releituras fotográficas de obras de arte. A aluna Laura Schmitt trabalhou com a pintura “Jovem Leitora – 1770/1772”, de Jean Honoré Fragonard.

VAN GOGH

Trabalho de Artes no 6º ano resultou na exposição de releituras de obras do pintor Van Gogh.

NA ESCOLA FAZENDA

Uma tarde na Escola Fazenda do IMEAB permitiu às turmas do 4º ano vivenciarem o trabalho no meio rural. Conheceram o minhocário, a hidroponia, estufas, horta medicinal, ordenha e exploraram os diferentes espaços da escola.

CAMINHOS DE APRENDIZAGENS

Muitas vivências marcaram a viagem do 8º ano para Bom Retiro do Sul, Imigrante e Bento Gonçalves. Passeios pelos caminhos de pedra em Bento (com destaques para a Casa da Erva Mate e a Casa da Ovelha), a eclusa e o convento em Bom Retiro e o cactário em Imigrante foram experiências ricas para as turmas.

REDUÇÕES

O estudo sobre os ciclos missioneiros e as reduções jesuíticas ganhou significado maior com a visita das turmas do 5º ano a Santo Ângelo e a São Miguel das Missões. Visitaram sítios arqueológicos, ruínas e assistiram ao espetáculo Som e Luz.

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CEAPzinho

Pensar é divertido!

Num clima descontraído, o personagem Nicolau, que conviveu durante o ano com as crianças da Educação Infantil, conduziu o espetáculo de final de ano do CEAPzinho. A ênfase esteve na temática que conduziu as ações pedagógicas de 2016: “Pensar é divertido! Pensa comigo?”. Mais do que a apresentação das crianças para os pais, o evento envolveu as famílias e convidados na plateia, provocadas a pensar diferente, como as crianças, imaginando, perguntando, tentando, inventando, descobrindo. A cada entrada de turmas de diferentes níveis, cenário específico e uma mensagem sobre como pensar é divertido. E sempre com música. Caixas viram casinhas. Malas se transformaram em trem. Bacias viraram barcos que navegaram pelos mares. Guarda chuvas coloriram o auditório trazendo sol, chuva e arco-íris. E lenços coloridos se transformaram em uma porção de coisas. No final, todas as turmas fizeram uma apresentação coletiva, com as canções “Amigos Pensantes” e “Ideias Especiais”. 10 - CEAP em Revista


Sons &Capa Cores

Cultura letrada: a hora da alfabetização

Chega o tempo de aprender a ler e a escrever! É a hora da alfabetização, que dentro da educação formal brasileira está destinada ao 1º ano do Ensino Fundamental. Muitas questões estão envolvidas neste processo: tempo, dedicação, esforço, paciência, cuidado, incentivo, acompanhamento, aposta, amor. E vários sujeitos: a criança, a professora e a família. Mas ler e escrever não são os únicos objetivos. Assim como esse processo não começa e termina no primeiro dos nove anos do Alfabetização acontece no 1º ano EF e faz parte do processo de letramento Ensino Fundamental. A alfabetização faz parte do pro- demandas sociais da leitura e da escri- sino Fundamental no CEAP, Mariluza Um espetáculo cativante, conduzido pela música de compositores brasileiros e pela arte de pintores nacionais, cesso de inserção da criança em uma ta. “A palavra alfabetização está ligada da Silva Lucchese. “E assim se dá esse um deles, radicado no Brasil. A apresentação do Bloco 1 (1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental), envolveu a plateia cultura letrada, que recebe o nome de à significação e decifração dos códigos processo, ou seja, quando a criança com apresentações de danças e de canções dos compositores estudados: Paulo Tatit, Chico Buarque e Luiz Gonzaga. letramento. Estar alfabetizado, que é de leitura e escrita. Quando a criança compreende a relação de uma inforA arte coletiva das crianças também foi apresentada nas releituras das telas “Barcos com Bandeirinhas” e “O Casario”, saber ler e escrever, não significa ser diz ‘isso é um A’ ela decifrou. Quando mação, uma letra, sílaba ou palavra, de Alfredo Volpi, “”O Mamoeiro” e “Favelas”, de Tarsila do Amaral e “The Story Telelr” e “Children of the world” de um sujeito letrado, aquele que de uma diz ‘um A de Alice’, significou”, enfati- com uma experiência, o nome, uma Romero Britto. maneira adequada irá responder às za a Coordenadora Pedagógica do En- propaganda...”, acrescenta.

Compositores e pintores

Processo começa na Educação Infantil

Práticas sociais de leitura e escrita bastante distintas contribuem para a inserção da criança na cultura letrada. É assim no CEAPzinho, a Educação Infantil do CEAP. “Desde as fraldas a criança participa da audição de histórias, da roda de conversa e identificação da presença dos colegas através da chamadinha, dos cartões com nomes dos colegas”, explica a Vice-diretora do CEAP e Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil, Deizy Ritterbush Soares. Esse processo, depois, evolui para brincadeiras com parlendas, “quando a criança ‘lê’ os cartões”, entrevistas para que se valorizem as impressões das crianças sobre determinados assuntos e, assim, através do registro escrito, “compreendem como é possível preservar a memória e percebem o valor social da leitura e da escrita”, salienta. Há todo um estímulo intencional para que as crianças percebam o mundo letrado. Elas experienciam a elaboração de textos coletivos, leitura de receitas, roteiro de experiências, além de participarem de vivências com autores de obras literárias. “Os alunos também frequentam sistematicamente a Biblioteca da escola e, assim, progressivamente, percebem a importância da leitura e da escrita como

possibilidades de comunicação, informação e diversão”, acrescenta a coordenadora. No final da Educação Infantil algumas crianças já conseguem ler. “Isso por conta de estratégias lúdicas desenvolvidas de forma intencional que permitem aprendizagens neste campo. Mas ainda não é o processo formal de alfabetização”, explica.

Turminha da Educação Infantil na roda da leitura

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Ler e escrever: cada um no seu tempo e ritmo

Aprender a ler e a escrever é um processo que mudou ao longo dos tempos. Os pais das crianças de seis anos, e mesmo as professoras, tiveram diferentes experiências de alfabetização a partir de distintas metodologias nas escolas onde estudaram. Alguns tiveram cartilhas, atividades de repetição e memorização, como “vovô viu a uva”. “A alfabetização também tem sua abordagem, seu viés histórico social. E vai depender da formação do professor, do projeto da escola”, explica Mariluza Lucchese, Coordenadora do Ensino Fundamental no CEAP. Entre as maiores contribuições nos últimos anos para que os processos de alfabetização fossem reformulados e ganhassem novos significados estão os estudos de Emília Ferreiro. Nos anos 80 ela desenvolveu uma pesquisa focada na forma como as crianças aprendem a escrever. “Hoje se aprende as relações anteriores que a criança tem com a escrita, através das quais as professoras identificam os níveis individuais de conhecimento. Não existe um tempo padrão, um prazo determinado Os avanços na escrita e leitura são individuais para uma criança ler e escrever. Se respeita o ritmo de cada aluno. Não necessariamente a criança que entra no primeiro ano lendo e escrevendo está letrada e nem à frente da sua turma”, explica Mariluza. Nesta caminhada, ao longo do ano os alunos têm atividades como associação entre letra e som, ou fonemas; reconhecimento de letras e de sons. Não há um método específico. “Se trabalha de maneira que escrever, para a criança, se dá em um processo natural, assim como outras aprendizagens”, afirma a professora.

A intencionalidade por trás do lúdico O desafio da professora na alfabetização se chama intencionalidade. A professora pode brincar, ser lúdica, mas a função dela é fazer a criança ler e escrever. Trabalhar com projetos estimula essa aprendizagem nos pequenos estudantes. E é a opção no CEAP. “Os projetos são recortes do conhecimento que estão à disposição. Eles possibilitam ao professor o foco e a delimitação dos temas que contribuem para formar um conceito”, diz Mariluza, tarefa importante ao longo de todo o Ensino Fundamental. “Letras, leitura e mil coisas” foi o projeto desenvolvido neste ano com as crianças através das professoras Bianca Costa Beber e Denise Córdova. “Letras” e “leitura” fazendo alusão à alfabetização em si, enquanto “mil coisas” abrindo para a questão do letramento. O projeto foi ferramenta de estímulo à aprendizagem, dando sentido a esse aprendizado às crianças. E tudo isso de

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forma envolvente, lúdica e dinâmica, gerando prazer em ler e escrever.

Outros Tempos

Ludicidade: floresta de letras e cadernos em árvores

A repetição praticamente foi abandonada. Encher uma linha com a letra “a”, por exemplo, ou uma página inteira com a palavra que a criança errou no ditado (outra prática quase inexistente hoje), são exercícios de fixação que ficaram no passado. Hoje as crianças aprendem utilizando letra script (não cursiva) maiúscula e depois minúscula no primeiro ano. As letras cursivas são introduzidas no segundo ano. Em boa parte os exercícios de caligrafia também foram deixados de lado.


Compreendendo esta fase da infância

De “grandes” no CEAPzinho aos menores do “CEAPzão”. Uma sala com mesas individuais. Compromissos maiores. Há um processo de adaptação na transição para o Ensino Fundamental. Atenta a isso, a escola proporciona momentos de acolhimento e preparação para alunos e, também, para as famílias. Na acolhida às famílias no CEAP, a psicóloga Adriana Lucchese Miron abordou com os pais alguns aspectos importantes nesta fase dos filhos. Ela falou especialmente sobre o assunto Participação da família é importante para a CEAP em Revista. CEAP em Revista - Qual a característica marcante no desenvolvimento da criança neste processo de letramento/alfabetização? Adriana – A principal é o desejo de aprender, no qual vários fatores intervêm. Trata-se da motivação da criança que pode ser individual (desejo e prazer em aprender), familiar (participação escolar na vida do filho através de estímulos) e social (valorização do conhecimento - escola). O filho precisa se sentir tranquilo e, ao mesmo tempo, desafiado pelo seu próprio desejo de aprender. CEAP em Revista – Em que ele se difere de outros processos? E em que se assemelha? Adriana - Quando a criança está aprendendo a falar, caminhar, sempre há um olhar de um “outro” que acredita ela ser capaz. Na alfabetização não é diferente. Devemos apostar e acreditar que ela é capaz e vai conseguir. Porém, para permitir que isso aconteça, é preciso proporcionar ao filho experimentar seu próprio desejo através de desafios. Esse desafio resultará numa aprendizagem que será descrita através da alegria da descoberta. O sentido da independência, quando o filho descobriu que pode: fase do caminhar, do falar e, nesse momento, de aprender a ler e escrever.

Adriana: diálogo e aposta na criança

CEAP em Revista – Como os pais devem agir com relação a esse período?

CEAP em Revista – Como incentivar e motivar o filho?

Adriana - Escutar a criança, dar informações, dialogar. Manter um diálogo verdadeiro implica considerá-la pessoa sensata, respeitável e capaz de compreender o que lhe é dito, mas sem por isso tomá-la (e, sobretudo, sem permitir que ela se torne) por adulto. No primeiro ano essa conversa diária é essencial para a cognição, para sentimentos e emoções que se consolidam. Para uma criança que está iniciando seu processo de alfabetização/letramento não existe “escrever errado” e não tem qualquer importância “acertar de primeira”.

Adriana - Aos pais importa assumir o papel de ouvintes atentos, fazer perguntas e perceber o majestoso processo da capacidade da criança de argumentar. A criança que argumenta expressa um raciocínio através do qual deduz uma consequência, justifica pontos de vista. É nesse momento que cabe ao adulto propor desafios, fazer interrogações. Por exemplo: imagine a criança trazendo uma pergunta. É importante, antes de responder, indagar “O que você acha? Por quê? Onde ouviu isso?”. Isso é uma pergunta inteligente.

CEAP em Revista – Comparações com outras crianças são prejudiciais? Adriana – Sim, cada criança tem seu processo de desenvolvimento individual. São os fatores individuais, em interação com fatores maturacionais e de personalidade, que determinarão, em grande parte, como essa interação irá ocorrer e seus efeitos para o seu desenvolvimento. Comparar a criança pode ter como consequência a inibição, insegurança e medo de arriscar e errar. Toda a criança deve estar tranquila, ter seu tempo de aprender respeitado, estar segura que pode errar, apagar e tentar novamente.

CEAP em Revista – A relação de afetividade entre professora e criança neste período é sensivelmente marcante. Por quê? Como a família deve agir com isso? Adriana - A afetividade, o amor que a criança sente pela professora do primeiro ano desempenha um papel importantíssimo quando nesta relação entre o eu e o “outro” existem confiança e diálogo. As relações afetivas entre a alfabetizadora e o aprendiz são intensas. Essa relação é determinante para a busca de novos conhecimentos e aprendizagens. Ela se sente segura por ter uma referência em sala de aula que compreende suas necessidades, dá valor as suas potencialidades e o acolhe.

CEAP em Revista - 13


Sons & Cores CEAPzinho

Arte e Movimento “A arte nos movimenta... Mobiliza ideias, inspira a busca pelo conhecimento... Na escola a arte ensina, desacomoda, registra, representa, inspira... Exercita o questionamento, o deleite, a apreciação sem o julgamento técnico ou estético”. O trecho fez parte da intrpoduçãpo do espetáculo Sons & Cores do Bloco 2, formado pelo 4º, 5º e 6º anos do Ensino Fundamental. Neste contexto, arte e movimento foram aliados e resultaram em um projeto coletivo que teve base em três obras de arte: “indígenas”, de Prestes Brasil, “Brincadeiras de Criança”, de Ivan Cruz e “Ciclistas”, de Iberê Camargo.

Pensar é divertido!

Num clima descontraído, o personagem Nicolau, que conviveu durante o ano com as crianças da Educação Infantil, conduziu o espetáculo de final de ano do CEAPzinho. A ênfase esteve na temática que conduziu as ações pedagógicas de 2016: “Pensar é divertido! Pensa comigo?”. Mais do que a apresentação das crianças para os pais, o evento envolveu as famílias e convidados na plateia, provocadas a pensar diferente, como as crianças, imaginando, perguntando, tentando, inventando, descobrindo. A cada entrada de turmas de diferentes níveis, cenário específico e uma mensagem sobre como pensar é divertido. E sempre com música. Caixas viram casinhas. Malas se transformaram em trem. Bacias viraram barcos que navegaram pelos mares. Guarda chuvas coloriram o auditório trazendo sol, chuva e arco-íris. E lenços coloridos se transformaram em uma porção de coisas. No final, todas as turmas fizeram uma apresentação coletiva, com as canções “Amigos Pensantes” e “Ideias Especiais”.

14 10 - CEAP em Revista


Sons & Cores

Compositores e pintores Um espetáculo cativante, conduzido pela música de compositores brasileiros e pela arte de pintores nacionais, um deles, radicado no Brasil. A apresentação do Bloco 1 (1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental), envolveu a plateia com apresentações de danças e de canções dos compositores estudados: Paulo Tatit, Chico Buarque e Luiz Gonzaga. A arte coletiva das crianças também foi apresentada nas releituras das telas “Barcos com Bandeirinhas” e “O Casario”, de Alfredo Volpi, “”O Mamoeiro” e “Favelas”, de Tarsila do Amaral e “The Story Telelr” e “Children of the world” de Romero Britto.

CEAP em Revista - 15


Recitais Sala de Aula

HISTÓRIA EM MAQUETES

Unidos e inspirados pela música Em dois momentos diferentes o auditório da escola esteve cheio: de músicos no palco, de gente na plateia e de alegria proporcionada pelos estudantes músicos na escola. Em uma das noites, talentos com mais ou menos tempo de prática mostraram o domínio sobre violões, violinos, piano, teclado e do canto. Em outro momento, grupos que fazem música coletivamente NOS ao BOMBEIROS foram palco: o Grupo de Violinos, os Grupos de Flautas,dos Coro Infantil InfanO aprofundamento estudos sobreeprimeiros tosocorros Juvenil,levou Grupo de Sopros o até Conjunto as turmas do 3º e ano o quartel do Corpo de Bombeiros. alunos Instrumental. No final, Os uma belaconheceram apresen- os equipamentos socorro e ouviram tação conjuntade dos coraise salvamento com o Conjunto sobre cuidados evitar domésticos. Instrumental dapara escola. Asacidentes atividades foram E ganharam umapelos caronaprofessores no caminhãode da corporação coordenadas músipara à escola. ca davoltar escola Letícia Buchmann e Adriano Kronbauer, com participação do professor de violino no CEAP Jairo Andrade.

As aulas de História abordaram as Idades Média e Moderna e o Brasil Colônia no 7º ano em História. O desafio de produzir trabalhos que resumissem partes do conteúdo resultou em uma bela exposição que destacou o fascínio pelas grandes navegações e o feudalismo, entre outros aspectos retratados.

PIZZAS DO LOBO

Cada aluno do 1º ano um chef. As crianças montaram as próprias pizzas, à base de legumes, inspirados no Lobo Mau, personagem do projeto de alfabetização deste ano. A receita era dos Três Porquinhos, que insistem que o Lobo vire vegetariano.

CUIDANDO DO CORPO AUDIÊNCIA NA PREFEITURA

No projeto que proporciona o estudo sobre a cidade, alunos do 4º ano visitaram a prefeitura de Ijuí. Recebidos pelo prefeito Fioravante Ballin, interagiram, fizeram perguntas e aprenderam sobre o funcionamento do Poder Executivo Municipal.

DESCOBRINDO O BRASIL

“A menina que descobriu o Brasil” foi o livro que as turmas do 6º ano estudaram para explorar uma série de competências a partir da Língua Portuguesa. Uma das atividades foi a produção de painéis sobre o Brasil de 1900, quando a personagem chega ao Brasil, e como ela encontraria hoje o país. A exposição também apresentou produções em vídeo e resumos dos capítulos em colagens.

CLOSE NA LITERATURA

A produção dos alunos da 2ª série do Médio Integral no projeto Close na Literatura foi compartilhada com as famílias na Mostra de Vídeos. Cenários e figurinos dos contos de Machado de Assis ambientaram o evento. 16 08 - CEAP em Revista

As turmas do 3º ano tiveram uma conversa com o médio Felipe Y Castro, neurocirurgião. Os alunos ouviram informações sobre alguns dos sistemas do corpo humano e receberam orientações sobre a importância de cada um deles. A importância e cuidado com a alimentação e sua influência sobre o corpo humano também esteve na pauta.


RELEITURA FOTOGRÁFICA

Trabalho de Artes no 9º ano resultou em releituras fotográficas de obras de arte. A aluna Laura Schmitt trabalhou com a pintura “Jovem Leitora – 1770/1772”, de Jean Honoré Fragonard.

VAN GOGH

Trabalho de Artes no 6º ano resultou na exposição de releituras de obras do pintor Van Gogh.

NA ESCOLA FAZENDA

Uma tarde na Escola Fazenda do IMEAB permitiu às turmas do 4º ano vivenciarem o trabalho no meio rural. Conheceram o minhocário, a hidroponia, estufas, horta medicinal, ordenha e exploraram os diferentes espaços da escola.

CAMINHOS DE APRENDIZAGENS

Muitas vivências marcaram a viagem do 8º ano para Bom Retiro do Sul, Imigrante e Bento Gonçalves. Passeios pelos caminhos de pedra em Bento (com destaques para a Casa da Erva Mate e a Casa da Ovelha), a eclusa e o convento em Bom Retiro e o cactário em Imigrante foram experiências ricas para as turmas.

REDUÇÕES

O estudo sobre os ciclos missioneiros e as reduções jesuíticas ganhou significado maior com a visita das turmas do 5º ano a Santo Ângelo e a São Miguel das Missões. Visitaram sítios arqueológicos, ruínas e assistiram ao espetáculo Som e Luz.

CEAPem emRevista Revista--17 09 CEAP


Álbum

CEAPzão 2017!

Escolha fez acolhida a pais e alunos que em 2017 estarão no 1º ano do Ensino Fundamental.

Turmas do 4º ano, acompanhadas das professoras Marlova gRoth e Cristiane Bertoldo, na visita ao prefeito Fioravante Ballin.

Professoras que organizaram as atividades.

Turmas do 5º ano em passeio de estudos na Colônia Santo Antônio.

Paulo Roberto, Carla e Ítalo Santos.

Natália com a mãe Tânia Bittencourt.

Everaldo, Ana Paula e a filha Maria Alice.

Lucas e Luciana Golle com a filha Maria Luiza.

Equipe Infanto de Futsal masculino, treinada pelo professor Paulo Wissmann, foi vicecampeã no Campeonato ONASE em Horizontina.

Equipe Mirim masculino, com o treinador Augusto Ilgenfritz, campeã do Campeonato ONASE de Voleibol em Ibirubá.

Também em Horizontina, equipe Infantil ficou em 3º lugar.

18 - CEAP em Revista

Arthur, da 2ª série do Ensino Médio, em noite de Mostra de Vídeos com os pais Elton e Iara Lohmann.


Formatura

Ação de Graças Celebração na Igreja do Relógio marcou conclusão do Ensino Médio.

A última chamada

Formanda Helena Persich recebe Bíblia da escola das mãos da professora Daniele Jacobi.

Arthur Blatt no momento de homenagem aos pais, Delmar Blatt e Janaína da Silva.

Milena Viecilli, Carlos Antônio Marzari, Marina da Silva, Martina de Lima e Laura do Rosário passeando em tarde no Campo do CEAP.

Aluno João Leonardo Cargnelutti

uma rosa pastor escolar A última chamada paraentrega os alunos do ao Terceirão 2016 Alberto não foi na sala de aula, mas noGallert. auditório lotado. Sob aplausos da comunidade escolar e de convidados especiais, a turma foi recebida no início da noite de 14 de Novembro para, em seguida ao Hino Nacional, respondera à última chamada, quando receberam da direção e equipe pedagógica da escola o canudo simbolizando a conclusão da etapa escolar, além de um exemplar da compilação de biografias dos colegas, chamado “Laços e Enlaces”. Nos discursos, os alunos, representados pelos formandos João Leonardo Feistel Cargnelutti e Maria Constanza Cé Erig, referiram-se às “lembranças e sentimentos dos melhores anos de nossas vidas”. Reconheceram que estão por iniciar uma série de desafios que a partir de agora terão que enfrentar sozinhos. Resgataram várias etapas da concentrados vida estudantil, demonstraram Aurélio Garcia e Vitor Ianke no xadrez em gratidão aos professores, manhã do Tempos de Criança. fizeram agradecimentos aos pais, à equipe pedagógica e funcionários da escola. Em nome dos professores conselheiros, Nelson Rabelo falou que se tratava de um momento especial. Fez referência aos pais, dizendo que “a família é o alicerce de tudo, também porque acredita no conhecimento como libertação, sem o que de nada adianta o trabalho da escola e do professor”. O professor parabenizou o CEAP “que honra a educação”. O diretor Gustavo Maslchitzky falou aos ex-alunos que é momento de “olhar para a frente. Tudo será diferente. O desafio pessoal vai substituir o objetivo comum de turma”. Salientou que em alguns momentos desistir seria uma opção, “mas a persistência e a esperança de momentos melhores irá prevalecer”. Disse que nesse tempo de vida na escola, e junto com as famílias, os alunos foram preparados.

Luisa Franke, Bianca Belmonte e Sara Reis explorando o Campo do CEAP. CEAP em Revista - 19 07


Escrevendo

Poetando... Depois de lerem algumas poesias e estudarem o gênero, os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental foram desafiados a produzirem suas próprias rimas. Algumas das produções das aulas de Língua Portuguesa com a professora Dèbora Zamnbonato estão aqui.

O mundo lá fora O mundo lá fora está nos esperando E os eletrônicos estão nos atrapalhando Estamos muito conectados E pouco socializados O mundo lá fora é muito bonito E dentro do quarto é muito chato Podemos aproveitar brincando E não se viciando O mundo lá fora é real E não virtual Nosso mundo é mais que um jogo Ele é maravilhoso! Gabriel Aosani e Arthur Quadros

Meu mundo mel

hor

Quero um mundo melhor Com harmonia e muito respeito Que não exista o pior... Um mundo assi m do meu jeito. Que a regra seja o amor E a educação a pr iori Que não exista do dade r Nem tampouco a maldade. Mas para esse m undo ser assim Não depende só de mim Mas sim de toda s as pessoas E suas ações boas . Natália de Lim

a

Estações do ano

Na primavera as ab elh E o azul do céu fica as produzem mel tão bonito! E pelas cores, cheir os e flores Amo a primavera e seus sabores

O verão é muito dive rtid E sempre fazemos al o go descontraído Eu nasci no verão Por isso é a minha es tação

No outono as folhas caem E as árvores ficam sequinhas Minha mãe que sem pr Reclama e fica louq e limpa a calçada uinha No inverno chega aq uele E já nos primeiros di friozinho as precisa usar um casaquinho Às vezes cai neve Espero que seja brev e! Victória Eduarda Gu terres, Hosana de Córdova e Pedro Henrique Gressler

ro?

O que posso ser no futu

tam Os adultos me pergun escer cr do an qu ser u O que vo fícil Essa é uma pergunta di er Que não consigo respond Que tal veterinário! Para cuidar dos animais rinho Tratá-los com muito ca ! Eu gosto deles demais Posso ser cientista entos Para fazer vários experim s Para mostrar aos amigo o dend Tudo o que venho apren beiro Também posso ser bom or ofess Médico, dentista ou pr Um famoso engenheiro tor Ou talvez grande escul i Isso eu ainda não decid ar ns Mas há tempo para pe a: tez De uma coisa tenho cer ! ar ud Tenho muito o que est

es e João Rafael Eduardo Zanchet Gom ol Noronha Meneg 20 - CEAP em Revista


Escrevendo Entrevista

Laura e João Osmar: estudantes e pesquisadores

O escravismo contemporâneo Pesquisa A escravidão foi inserida no Brasil logo após seu descobrimento. Inicialmente uma realidade social mantida pelos acordos comerciais e pela hierarquização da O processo acadêmico sociedade. Não obstante evoluiu para um fator resultante de interesses econômisendo, ainda, uma preocupante característica do Século XXI. vivenciado na escolacos,Apesar da abolição da escravatura em 1888, o trabalho em, condições aná-

logas a de escravo é presente no mercado de trabalho. Pode manifestar-se, por Desde a implantação do Ensino Médio exemplo, em decorrência do endividamento – em especial nas áreas rurais -, ultraIntegral no CEAP os projetos de pesquisa, que passando as leis impostas pelo Còdigo Penal. Ao comprometer-se a gerar lucros ao credor e compensar suas dívidas, o devedor submete-se a condições precárias se traduzem na exposição CEAP em Ação e na de trabalho, com seus direitos drasticamente reduzidos, a carga horária aumentasocialização da Mostra Científica, passaram da e com riscos à saúde e à própria vida. Do mesmo por mudanças. A disciplina de Metodologia da modo, o tráfico de pessoas, juntamente do abuso de poder e de trabalhos forçados, são formas de escravismo e fazem parte da realidade brasileiPesquisa foi incluída na 1ª série e os ra. projetos Mulheres e homens, de todas as idades, têm seus direitos humanos aniquilasão executados na 2ª série (ver textodos, na sendo explorados e obrigados ao trabalho árduo em indústrias e lavouras, à escravidão sexual ou a tornar-se objeto de uso por seus proprietários. página ao lado). A qualificação dos processos, Em meio à crítica situação brasileira, o trabalho em condições análogas a de importantes no preparo dos estudantes para escravo apresenta-se como uma ameaça à dignidade humana e à valorização sodo trabalho. Para que as normas de proteção trabalhista sejam cumpridas, é a vida acadêmica, pode ser percebidacialnos imprescindível a compreensão dos fatores desencadeadores desse quadro exploratestemunhos dos próprios alunos. CEAP tório em e, posteriormente, a implantação de políticas sociais, capazes de controlá-lo e Revista ouviu a aluna Laura Böttcjhererradica-lo. Lins, daAlém disso, faz-se necessária a orientação e fiscalização dos postos de 1ª série, e João Osmar Fruet da Silva,trabalho. da 2ª Afinal, a equidade social e a harmônica competitividade econômica são fundamentais à manutenção da sociedade contemporânea. CEAP em Revista – Você é da primeira turma a ter série do Ensino Médio. CEAP em Revista – Como está sendo esse ano com essa disciplina diferente: Metodologia da Pesquisa?

Metodologia da Pesquisa como uma disciplina Martinano Raineski currículo. ComoAluna foi essa experiência? da 2ª série do Ensino Médio Integral João Osmar - No primeiro momento ficamos todos surpresos com essa nova sugestão, pois muitas expectativas se tinha com essa nova matéria. A melhor experiência que tive foi o desenvolvimento do pré-projeto.

Laura Lins - Está sendo uma experiência bem diferente. Como é a primeira vez que temos um horário específico para Metodologia, usamos o mesmo para abordar diversos assuntos. Durante o ano, por exemplo, trabalhamos com CEAP em Revista – Como essa disciplina influenciou o livro “Ciência através dos tempos”, o qual acabou o processo de pesquisa que resultou no trabalho do refletindo em tantos outros trabalhos. Olhamos, também, CEAP em Ação e da Mostra Científica? filmes que serviram para textos e análises em sala de aula. Recentemente tivemos de participar da Mostra Científica, João Osmar - No final do ano passado fomos instruídos Hallo! Ich heiße Bianca um bin 22 Jahre alt. serão Ich wohne in Annecy. Annecyum ist eine Stadt in e montar um grupo que acabou mostrando, um pouco, de como nossos a escolher temaschöne de nosso agrado Ostfrankreinch. Meine und schön. Ich otrage verschiedeprojetos no ano queBeruf vem.ist weibliche Model. Ich bin groß, schlank para desenvolver CEAP em Ação. Essa escolha foi um dos ne Arten von Kleidung Parade. Auf die heute habe ich einen Lila Rock na, eine Silber Pot, einen Schwarmaiores principais passos para o desenvolvimento do - Você, com outros zenCEAP Schal,em einRevista Paar Schwarze Sandalen umcolegas, bit mit Armbändern undprojeto Halsketten Gold geschmückt. um pré-projeto, o que 2016,aus pois desenvolvemos turma um eventokümmern científicoum meine Schönheit Ichrepresentou liebe Parade.aIch mag em auch einüben, und Reisen. nos deu maior sentido do que faríamos no ano seguinte. acadêmico justamente por causa de uma pesquisa. Como foi a experiência? CEAP em Revista – Durante a execução do projeto, nas decisões que vocês precisavam tomar, percebiam a Oi! Meu nome é Bianca e estou com 22 anos. Eu moro em Annecy. Annecy é uma linda cidade Laura Lins – Um dos projetos idealizados durante o ano importância do que haviam estudado sobre pesquisar? nofoi oeste da França. Eu sou modelo de profi ssão. Sou alta, elegante e bonita. Eu uso diversos tipos baseado no livro “A Ciência através dos tempos”.

Trabalho desenvolvido em Língua Alemã. O aluno descreve uma modelo ao abordar o tema vestuário.

de Serviu roupa nos No desfilededeuma hoje grande uso umaLinha saia lilás, prata, preto e através da construção paradesfi a les. construção de uma mini-blusa João Osmar - Parauma mimxale a ajuda veio sandálias Minhas e colares de ouro. Eudoadoro desfilar. pois Eu gosto tambémo que fazer para poder Tempo,pretas. feita pela 1ª joias série são do braceletes Ensino Médio nas aulas pré-projeto, ele mostrou dosdeensaios para os da desfi les, preocupo-me beleza enaas viagens. Metodologia Pesquisa. O projetocom foi aexposto encontrar o que queria. Uma das coisas que posso citar MoEduCiTec, na Unijuí. Juntamente com mais três colegas com certeza é de que a Metodologia de Pesquisa nos Wesley Droppa e professoras, pude perceber o quão importante este ensinou sobre como retirar de livros citações, porém trabalho foi, e, além disso, entender como funciona uma Aluno dodurante 7º anoodo Ensino Fundamental projeto tivemos muitas vezes que pedir auxílio banca avaliadora de trabalhos. Curiosamente, o autor do a muitas pessoas de fora para poder deixar o projeto de livro estava palestrando na Universidade e foi olhar nosso acordo com as normas da ABNT. projeto. Mostrou outra visão do livro que contribuiu para que depois pudéssemos compartilhar com a turma e CEAP em Revista – Como estudante, num processo ampliar nosso conhecimento. que segue depois da escola, que contribuição você acredita que isso terá daqui para frente? CEAP em Revista - Que contribuição para sua vida de João Osmar – A partir do projeto deste ano, digo estudante todo esse processo está tendo? com certeza que este nos ajudará, não só aqui, Laura Lins – Acho que está sendo uma matéria muito dentro da escola, como também servirá de base para importante, não tanto hoje como será na Universidade. desenvolvermos projetos fora daqui, pois aprendemos Além disso, permite-nos apresentar projetos no “CEAP em como montar, apresentar e até mesmo enfrentar uma Ação” para a comunidade e uma determinada banca de banca. Acredito que foi a prática, “o por a mão na massa” professores, desta forma, deixando-nos mais preparados que nos fez evoluir muito mais em nossa a caminhada para a vida universitária. como pesquisadores. CEAP em CEAP em Revista Revista -- 05 21


Perspectiva Memória

Olhares atentos Cada detalhe é novidade Expectativas de um mundo novo Para ser visto e lido Primeiro ano, aí vamos nós!

Cem anos de Ginástica no CEAP A foto é de 1916. O professor, à direita, é Walter Mittag, na época o diretor do CEAP, que se chamava Escola Moderna de Ijuhy. Ele também era o presidente do setor esportivo do clube “Das Deutsche Vereinshaus”, hoje a Sociedade Ginástica Ijuí – SOGI. Foi ele quem introduziu no CEAP a Ginástica Olímpica. O grupo se chamava “Gut Heil”. As ginastas da foto (acervo do Museu Escolar do CEAP – MECEAP) eram todas alunas da escola e, também, filiadas ao clube, onde aconteciam os treinamentos.

Alguns dos que aparecemem na foto acima de estão Crianças doaparelhos Nível 5 do CEAPzinho momento acolhida pelas hoje cedidos ao CEAP, que segue desenvolvendo a prática professoras na sala de aula do 1º ano do Ensino Fundamental, no “CEAPzão”. da Ginástica. No Festival de Ginástica promovido pela escola neste ano é possível perceber o grande número de alunos participantes das escolinhas, bem como identificar alguns dos aparelhos centenários ainda em utilização.

No início do Século passado a entidade que viria a ser chamada mais tarde de SOGI funcionava em terreno na esquina das ruas 15 de Novembro com Álvaro Chaves, onde hoje fica a Primeira Igreja Batista em Ijuí. Lá ficavam os aparelhos de Ginástica Olímpica (foto, também do acervo do MECEAP). “Os imigrantes alemães que se radicaram principalmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina trouxeram naturalmente muitos dos seus costumes e criaram Associações de Canto e Ginástica, que proporcionavam oportunidades de desenvolver suas habilidades. Tais iniciativas, ao lado das comunidades religiosas e das escolas, oportunizavam o convívio social que amenizava um pouco a falta que sentiam de sua terra de origem, agregando os imigrantes teutos. Tanto no interior de Ijuí como no incipiente município, surgiram essas agremiações, muitas das quais hoje ainda existem com perfis mais abrangentes, mas ainda com a valorização, principalmente, do esporte em suas diferentes modalidades”. Mônica Brandt Ex-diretora e pesquisadora

22 - CEAP em Revista


Onde andam?

Amendoins na Biblioteca e outras histórias

“Cursei o Ensino Médio no CEAP, concluído em 1986, por conta da minha irmã Marlene Mueller, professora de Língua Alemã até hoje no CEAP, que abriu caminhos para que eu e minha irmã Marga deixássemos o interior de Tenente Portela, 150 km longe de Ijuí. Isso nos custou um esforço muito grande e um desembolso suado de nossos pais. Mas valeu à pena!”. As memórias são da ex-aluna Marcia Muller, que neste ano retornou à escola para reencontrar os colegas da ALAQ, como era chamada a turma que concluiu o então 2º grau em 1986. “A escola nos marcou muito. A experiência de, com apenas 13 anos, sair de casa, enfrentar a vida, tudo isso nos tornou fortes, desafiadoras e sensíveis. Foi um tempo de grande crescimento pessoal”, afirma. Ela lembra que o CEAP tinha o foco principal no ensino de qualidade, na disciplina e na preparação forte para o vestibular. “Nossa turma era muito unida. Tínhamos um sentimento de pertencimento. Vivíamos a escola. Vestíamos a camisa. Isso nos motivou a voltar ao CEAP e reencontrar os colegas 30 anos depois”. Entre tantas memórias, marcas das aulas práticas no Laboratório. “Nossas experiências com o professor Ireneu Sauer, que carinhosamente chamávamos de ‘Amonha’. Lembro dos professores Lourenço Paris e Jorgina Oliveira, de Física, com belas aulas, professor Renato Moraes de Matemática, a professora Branca Moewald de Inglês, além do estimado professor de inglês e diretor Luiz Paulo Mauhs, que respeitávamos mui-

to. Ele botava ordem na casa, vibrava a cada conquista nossa nas competições, virava criança!”. Marcia diz que os treinamentos de Atletismo com o professor Antônio Schwingel são inesquecíveis. “Nas competições defendíamos a escola com muito afinco”. Algumas noites CEAP foram de estudos na Biblioteca “na companhia do saudoso professor Armindo Porscher, que compartilhava o amendoim que trazia no bolso. Era uma legenda. Guardava o fichário da Biblioteca na cabeça”. Lembra do Museu Escolar, que marcou muito pela maneira como eram preservadas as memórias. E de funcionários como o Antônio “Mãozinha” da Luz “, que nos recepcionava na portaria, da Edit Drews na secretaria sempre nos acudindo... São muitas boas lembranças dos nossos mestres”. A lista de colegas de quem lembra e guarda com carinho é grande: “Ortiz, Carin, Marili, Mariluce, Kiti, Lisiane, Ricardo, Maurício, Bianca, Sérgio, Marco, Ciléia, Luciano, Cristina, Sylvana, Sibelle, Flavo, Valdecir, Sidnei, Marcos, Dorival, Luis Antônio, Pipa, Gilberto, Carlos, Edilson, Rubens e Eduardo; todos fazem parte do grupo de Whats App e que diariamente nos comunicamos”. Turma que não abria mão de uma festa mensal na casa de algum colega. “Sempre sem excessos”. Boas lembranças, também, da viagem da turma para Foz do Iguaçú, Itaipú e Ponta Grossa no Paraná. Hoje Marcia vive em sua terra natal, Tenente Portela. Graduada em Administração de Empresas, com duas especializações, atua no ramo hoteleiro e como administradora rural. Líder atuante, é vereadora no terceiro mandato. Tem dois filhos, um deles Agrônomo e a filha iniciando o Ensino Médio.


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