Revista P&C Setembro 2014

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c P &c Nº 15 SETEMBRO 2014 - Mensal - 5 €

Arquitetos Foster + Partners

HABITAÇÃO LUNAR

I M O B I L I Á R I O : c lim a d e ri s co DES I G N : combin a r f u n ç ão e D e s ign e s c u lt u r a l O P I N I ÃO : s e r v i ço s t é c ni co s d e a poio à pa r t i c ipaç ão e m f e ir a s



A

o fim de três anos no poder…que governo é este que tornou os portugueses mais pobres e desvirtuou totalmente a tarefa da governar o País e melhorar a vida do seu povo? A relação de confiança que se pretende como padrão e que seja ponto de honra entre governados e governantes é algo impossível de se conseguir quando um país tem como governantes (?) um grupo de ex-“jotas” que ao invés de preparar um futuro melhor e se preocupar em melhorar o nível de vida do seu povo, antes o destrói e o afunda em terrenos pantanosos e o precipita numa pobreza generalizada. Hoje os portugueses estão mais descrentes…porque isto já não é viver, mas sim tentar sobreviver retardando o mais possível o afundamento na indigência, na pobreza, como se comprova com o número crescente de portugueses “sem abrigo” o que seria impensável há meia dúzia de anos, especialmente antes de termos caído nas mãos destes governantes (?) de eleição… Um Governo que mal assume o poder, logo aconselha os portugueses a emigrar, a ir trabalhar para fora de Portugal porque aqui isto aqui passaria a ser (como tem sido) um feudo de uma minoria que quando sair deixará atràs de si um rasto de miséria e de tragédia. A fome de governo e de poder é tal, que a coligação foi “fabricada” entre dois partidos políticos que nada têm a ver um com o outro…a ânsia de cavalgar o cavalo do poder fê-los esquecer as divergências partidárias para se fundirem numa “organização” concebida para a destruição de um país secular e de um povo que sempre foi exemplo de trabalho, de dedicação, de honestidade, mas não só… uma organização empenhada no enriquecimento fácil dos seus seguidores e no empobrecimento declarado da grande maioria. Um governo que mentiu sempre despudoramente, prometendo “alhos” e dando “bugalhos”. Um Primeiro-Ministro que desrespeita a Constituição que jurou respeitar, que governa (?) com falsas promessas e que pressiona constantemente o Tribunal Constitucional ameaçando mesmo não cumprir o que ele determinar, como pode ser levado a sério? Agora, uma vez mais, veio dizer que os portugueses não aguentam mais cortes, mais sacrifícios e que, portanto garante que o seu governo não os vai fazer… mas no dia seguinte já diz que não pensa fazer mas…que pode vir a ser necessário…se o Tribunal Constitucional chumbar mais alguma das medidas tomadas pelo governo…de novo a “chantagem” muito pouco encapotada…muito pouco ética politicamente falando… E todo este desgoverno e desrespeito pelo Constituição, pelo País, ante a complacência plácida e serena do mais alto Magistrado da Nação… Para onde caminhamos nós? Que governo é este? Que credibilidade pode ter? l

P &C

E D I TO R I A L

Que governo é este? Que credibilidade pode ter?

P &C

Rui Anjos Editor da Revista P&C

P & C SETEMBRO 2014 3


SUMÁRIO

P &C PROJETO

Arquitetos Foster + Partners

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Habitação Lunar

PRODUTOS IMOBILIÁRIO

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DESIGN

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Clima de risco Shoffice

Combinar função e Design escultural

PRODUTOS ENGENHARIA

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OPINIÃO

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Um caso de reabilitação de uma cobertura em telhado Serviços Técnicos de Apoio à participação em Feiras

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12

ficha técnica f icha téc ni c a

P &C

d ir e tor Paulo Martins paulo.martins.pec@outlook.com e d i tor Rui Anjos rui.anjos.pec@outlook.com R ED AÇ ÃO Marta Vaz e Paula Mesquita CO L A B O R A D O R E S P E R M A N E N TE S António Bravo, Gisela Campos, José Matos e Silva F OTO G R A F I A Augusto Cardoso P ublici d a d e João Martins joao.martins.pec@outlook.com Tem: +351 963 745 202 paginação Fátima Batista propri e d a d e

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N i P C 510527108 r e d ação Rua do Laparo Nº 263 Fração S 2890-551 Alcochete - Portugal pro d ução e impr e ssão Brand Evolution Rua Frei Luís de Granada, Nº 14 A-B 1500-680 Lisboa publicação m e nsal t irag e m 5000 exemplares r e gis to E R C Isenta de Registo na ERC ao abrigo do art. 12º, nº1 a) do Decreto-Regulamentar 8/99 de 9 de Junho v e n d a por assinat uras Portugal Continental, Açores e Madeira: 5€ (IVA incluído, 6%)

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& P C Assine connosco para Projectar e Construir o Futuro Uma Edição: RAPM Press Editora

A Revista P&C tem como destinatários os profissionais ligados ao setor da construção e tem na sua essência um conteúdo com base em entrevistas, notícias, reportagens, análises, tendências e opiniões versando sobre as diversas temáticas ligadas à Construção, bem como às tecnologias, materiais e equipamentos utilizados nesta atividade. Identificação Nome _________________________________________________________________________________________________________________________________ Morada _______________________________________________________________

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P R O J E TO

Arquitetos Foster + Partners

Habitação Lunar A Agência Espacial Europeia desafiou os arquitetos Foster + Partners a planearem a possibilidade de construção de uma Habitação Lunar. Um projeto que poderá vir a revolucionar o modo de construção dentro e fora do nosso planeta.

O

s Arquitetos Foster + Partners são parte de um consórcio criado pela Agência Espacial Europeia para explorar as possibilidades da impressão 3D para a construção de habitações lunares. Enfrentar os desafios de materiais que transportam para a lua, o estudo está a investigar o uso do solo lunar, conhecido como regolito, como matéria de construção. A prática projetou uma base lunar para abrigar quatro pessoas, o que pode oferecer proteção contra meteoritos, radiações gama e flutuações de alta temperatura. A base é desdobrada em primeiro lugar a partir de um módulo tubular, que pode ser transportada por foguete para espaço. Uma cúpula inflável, em seguida, estende-se a partir de uma extremidade deste cilindro para proporcionar um apoio à estrutura para a construção. Camadas de regolito são então construídas sobre a cúpula de uma impressora 3D que funcionam com robô para criar um escudo protetor. Para garantir

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resistência, mantendo a quantidade de ligação “tinta” a um mínimo, a cobertura é composta por uma estrutura celular fechada oca semelhante à espuma. A prática destinada a geometria da estrutura em colaboração com os parceiros do consórcio - que é pioneiro em demonstrar o potencial da impressão 3D para criar estruturas que estão perto de sistemas biológicos naturais. Solo lunar simulado tem sido usado para criar uma maquete de 1,5 toneladas e testes de impressão 3D foram realizadas em menor escala, numa câmara de vácuo para simular condições lunares. O local previsto para a base é o pólo sul da lua, onde não existe luz solar perpétua perto do horizonte.

Construir com solo lunar Configurar uma base lunar poderia ser feito muito mais simples usando uma impressora 3D para construí-lo a partir de materiais locais. Parceiros


P R O J E TO

industriais, incluindo renomados arquitetos Foster + Partners uniram-se com a ESA para testar a viabilidade de impressão 3D usando o solo lunar. “A tecnologia de impressão 3D terrestre produziu estruturas inteiras”, disse Laurent Pambaguian, à frente do projeto para a ESA. “A nossa equipa industrial investigou se esta tecnologia poderia igualmente ser utilizada para construir um habitat lunar.” Os arquitetos Foster + Partners conceberam um projeto de cúpula ‘catenária’ com uma parede celular estruturada para proteger contra mi-crometeoritos e radiação espacial, incorporando um insuflável pressurizado para abrigar astronautas. A estrutura de células fechadas ocas - uma reminiscência de ossos de aves - oferece uma boa combinação de força e peso. O design da base espacial foi orientado por sua vez, pelas propriedades do solo lunar

3D-impresso, com um bloco de construção de 1,5 tonelada produzido como uma demonstração. “A Impressão 3D oferece um meio potencial de facilitar a liquidação lunar com redução de logística da Terra”, acrescentou Scott Hovland da equipe voos espaciais tripulados da ESA. “As novas possibilidades que este trabalho abre pode, então, ser considerado pelas agências espaciais internacionais, como parte do desenvolvimento atual de uma estratégia de exploração comum.” P & C SETEMBRO 2014 7


P R O J E TO Base Multi-cúpula que está sendo construída “Como prática, estamos acostumados a projetar para climas extremos na Terra e explorar os benefícios ambientais da utilização de materiais locais e sustentáveis”, comentou Xavier De Kestelier de Foster + Partners Specialist Modelling Group. “A nossa habitação lunar segue uma lógica semelhante.” A Monolite, do Reino Unido, forneceu a impressora D-Shape, com uma matriz de impressão móvel de bicos em uma moldura de 6 m para pulverizar uma solução de ligação para material de construção tipo-areia.

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Impressora D-Shape ‘Impressões’ 3D são construídas camada por camada - a empresa usa tipicamente a sua impressora para criar esculturas e está trabalhando em recifes artificiais para ajudar a preservar as praias de ondas energéticas do mar. “Primeiro, precisamos misturar o material lunar simulado com óxido de magnésio. Isso o transforma em “papel” que podem ser impressas”, explicou Enrico Dini fundador da Monolite. “Então, para o nossa ‘tinta’ estrutural aplicamos um sal de ligação que converte material numa tipo-pedra sólida. “A nossa impressora atual constrói a uma taxa de cerca de 2 m por hora, enquanto o nosso projeto de próxima geração deve atingir 3,5 m por hora, completando um prédio inteiro numa semana.” l


Aliar funcionalidade ao design Um sistema de segurança, inovador e seguro ajuda a limitar directamente o caudal de água, enquanto um cartucho exclusivo permite uma suave utilização, bem como uma fácil limpeza e manutenção

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inâmico é como se define o mundo das torneiras. E a nova colecção de torneiras Victoria-N não é excepção. Trata-se do resultado de novas formas e novos desempenhos da Roca, mantendo a autenticidade e a funcionalidade de sempre. De fácil manejo, estas torneiras monocomando adaptam-se a todas as necessidades, tanto na casa de banho como na cozinha. Para além de um belo design as torneiras Victoria-N são amigas do meio ambiente. Disponibilizam uma poupança do consumo de água / energia até um total de 65 por cento. Um sistema de segurança, inovador e seguro ajuda a limitar directamente o caudal de água, enquanto um cartucho exclusivo permite uma suave utilização, bem como uma fácil limpeza e manutenção.

Com um design simples e ao mesmo tempo inovador, os modelos Victoria-N para lavatório incorporam um sistema de poupança de água. As ligações de alimentação são flexíveis. Como opção tem uma válvula de descarga automática. As torneiras Victoria-N para bidé são quase idênticas aos modelos da torneira para lavatório. A maior diferença é a saída da água numa posição mais horizontal. À semelhança da torneira para lavatório, este modelo também dispõe de um sistema exclusivo de poupança de água e de ligações de alimentação flexíveis. A válvula de descarga automática é opcional. O Inverno convida a longos banhos quentes na banheira. A acompanhar nada melhor do que ter por perto a torneira de parede Victoria-N para banheira com chuveiro telefone flexível de 170 centímetros e suporte. A torneira Victoria-N para duche parece-se com o modelo para banheira. Trata-se de uma torneira de parede para duche com chuveiro telefone flexível de 150 centímetros e suporte. A cozinha é outro espaço de eleição para a colecção Victoria-N. Para este destino, a Roca desenvolveu uma torneira monocomando com cano alto giratório e ainda uma torneira de parede com cano giratório para o lava-louças.

P R O D U TO S

Victoria-N Torneiras da Roca

VULCANO

Esquentadores Sensor Estanque

A

Vulcano aconselha o esquentador Vulcano Sensor Estanque para instalação em locais com deficientes condições de exaustão ou más condições de admissão de ar do exterior pois possui uma câmara de combustão estanque e um ventilador incorporado, que força a exaustão dos gases de combustão e admissão de ar novo, através de uma chaminé dupla concêntrica. O Sensor Estanque apresenta duas novidades: a capacidade de 24 l/min e a inovadora tecnologia Pré-Mix, que efetua uma pré-mistura de ar novo a gás, permitindo uma otimização do processo de combustão. A elevada capacidade de 24 l/min e potência útil de 42 kW, torna este Sensor Estanque numa excelente solução para aplicações comerciais e industriais, podendo ainda ser aumentada com o funcionamento em cascata, permitindo a sua instalação em diversos tipos de utilizações. É possível a instalação de até 4 aparelhos em cascata, garantindo até 96 l/min, de entrega instantânea de água quente. O esquentador Sensor Estanque é mais ecológico e versátil, tendo sido concebido para funcionar com água pré-aquecida proveniente de um sistema

Com um design ergonómico o novo painel de comandos com display digital LCD de grandes dimensões permite regular facilmente a temperatura

solar térmico. Se esta temperatura for superior à definida pelo utilizador, o esquentador não entra em funcionamento e no display digital aparece o símbolo de funcionamento em modo solar. Caso contrário, o aparelho ajusta a potência, aquecendo a água à temperatura desejada. Evita-se assim a utilização excessiva de gás, reduzindo-se igualmente as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera. O Sensor Estanque é também um esquentador termoestático, podendo o utilizador selecionar a temperatura da água com total comodidade e conforto, através do seu controlo remoto sem fios e à prova de água. Particularmente ergonómico, o novo design do painel de comandos com display digital LCD de grandes dimensões permite regular facilmente a temperatura pretendida, assim como obter informações sobre possíveis anomalias de funcionamento. P & C SETEMBRO 2014 9


P R O D U TO S STIHL

Nova motosserra profissional MS 650

Todas as funções como o arranque a frio ou a quente, o serviço e a paragem podem ser acionadas na MS 650 da STIHL através de uma só alavanca

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nova STIHL MS 650 veio colmatar uma lacuna existente no conjunto das motosserras profissionais da STIHL. Com grande potência, poder de aceleração e extrema resistência, é a escolha de eleição para cortar madeiras fortes e duras. A sua extraordinária relação potência/peso, o design ergonómico e muitos pormenores da sua conceção permitem um trabalho confortável mesmo em condições difíceis. A nova motosserra de alto rendimento da STIHL está desde já disponível nos distribuidores especializados.

A sua elevada potência e binário e a notável força de tração fazem desta motosserra, o instrumento de trabalho ideal para a recolha de madeira, o abate de árvores e o desbaste de madeira forte e dura. A relação peso/potência de apenas 1,5 kg/kW e o seu design ergonómico são um trunfo no que respeita ao conforto durante o trabalho. Desenvolvida para que as suas baixas vibrações poupem as forças a MS 650 da STIHL está dotada de um sistema antivibrações que absorve eficientemente as vibrações mesmo com elevadas rotações. Este sistema poupa as forças e torna o trabalho de serrar mais agradável e menos cansativo. A inovadora corrente de alto rendimento RSC da STIHL também contribui para a diminuição das vibrações. O corte suave deve-se a um comportamento flexível dos dentes de corte que amortece o seu primeiro toque na madeira. Todas as funções como o arranque a frio ou a quente, o serviço e a paragem podem ser acionadas na MS 650 da STIHL através de uma só alavanca. Este sistema é cómodo e mais seguro porque permite que a mão permaneça sempre a segurar o punho.

Liebherr

Tratores de rastos de grande fiabilidade

A

Liebherr apresenta atualmente uma gama de seis tratores com pesos operativos que variam entre as 11,8 e as 45 toneladas com motores a debitar potências entre os 105 e os 375 cv. De entre esta gama de tratores de rastos do construtor germânico, destaca-se o PR 752 Litronic, de peso máximo a rondar as 40 toneladas, apto a utilizar lâminas bulldozer com capacidades de 6,30 a 11,7 m3,. Trata-se de um modelo particularmente direcionado para obras de terraplenagem volumosas. A força de tração do PR 752 Litronic é proveniente de um robusto motor diesel turbo- comprimido, Liebherr D 9406 TI-E, de seis cilindros em V, que debita uma potência bruta de 330 cv às 2.200 r.p.m. As suas características são especialmente adequadas para utilização nestas máquinas de obras públicas, uma vez que o seu alto binário é alcançado a baixa velocidade. Outro fator relevante é o consumo de combustível, que se situa em valores baixos, considerando 10 SETEMBRO 2014

P &C

A cabina do PR752 Litronic cumpre todos os requisitos de operação duma máquina moderna é espaçosa e inclui comandos ergonómicos

o peso da máquina e a energia necessária à movimentação de cargas substanciais exercidas sobre a lâmina. Nestes aspetos, a Liebherr tem sido responsável pela introdução de soluções tecnológicas muito avançadas, que comprovam a sua capacidade líder em motores a diesel. O baixo regime de rotações, se por um lado prolonga a vida útil do motor, por outro, produz também uma redução efetiva na emissão de ruídos, vibrações e gases poluentes. l


O Clima de risco parece ser elevado para o sector imobiliário. Contudo, este cenário não é só para Portugal, como confere a Crédito y Caución, único operador português de crédito integrado com expressão no exterior. Estas previsões de comportamento foram realizadas por analistas do Grupo Atradius que avaliam diretamente o risco associado às empresas em cada mercado, quando uma empresa portuguesa segurada pela Empresa quer terminar uma operação comercial em mercados externos.

IMOBILIÁRIO

Clima de risco

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DESIGN

Shoffice

Combinar função e design escultural

O Shoffice (armazém + escritório) é um pavilhão de jardim que contém um pequeno escritório ao lado de espaço de armazenamento jardim localizado na parte de trás de um conjunto de casas dos anos 50, geminadas, em St John Wood, no Reino Unido. O projeto foi breve, tanto para um espaço de escritório prático e um objeto escultural que fluiu para o jardim. O projeto foi uma colaboração estreita entre os Arquitetos a Platform 5, Estruturas Morph e o empreiteiro Millimetre.

O

projeto final é um escritório totalmente envidraçado, que se aninha em um carvalho branco americano extrudido como uma cobertura elíptica que se desenrola de modo a formar um pequeno terraço no gramado. O interior também é forrado com carvalho branco americano e equipados com uma secretária e armazenamento em equilíbrio. A estrutura é naturalmente iluminada por duas clarabóias - um vidrado acima da mesa e outro a céu aberto fora do escritório atrair luz para o espaço de trabalho. Os arquitetos da Platform 5, baseados em Londres, tiveram sua inspiração num barbear madeira enrolado. A concha exterior curva foi formada numa estrutura de película madeira tensionada para manter o peso e fundações mínimos e permitir que a estrutura seja pré-fabricada numa oficina e antes da montagem no local. A

camada exterior foi fabricada em tiras finas, dobradas a vapor para acentuar a forma espiral da borda principal do edifício. A estrutura eficiente alcançou bons níveis de isolamento, mantendo a elegância da intenção do projeto. O revestimento de carvalho branco americano foi escolhido pelo seu calor, aparência tátil e durabilidade. "Devido à forma de 'Shoffice', que exigiu um material de revestimento que iria trabalhar interna e externamente no telhado, paredes e pavimento; o revestimento de carvalho foi capaz de se adaptar a todas as diferentes condições ", diz Patrick Michell da Platform 5. O revestimento exterior aberto foi deixado sem tratamento pelo que ele irá resistir até um cinza-prateado. O interior é forrado com placas de língua e carvalho oleada, trazendo a riqueza da madeira. Com o tempo, o contraste entre o interior e o exterior será acentuada.

Gisela Campos

Decoração e Arquitetura de Interiores Agradecimentos: - MODULYSS, na LQS em Lisboa

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DESIGN A mesa em balanço fino foi feito usando madeira branca compensada e laminada a carvalho com solidez e foi criada para integrar-se na arquitetura de interiores. O local apresenta uma série de desafios pois como o único acesso tinha ser feito apenas através de uma pequena porta de jardim, de tamanho modesto e tinha uma limitada área de trabalho. Por conseguinte, a estrutura foi pré-fabricada em Kit de peças numa oficina de garantir precisão, limite de tempo no local e reduzir a quantidade de materiais que têm de ser transportados através da casa.

Carvalho branco americano (Quercus spp.) Carvalho branco americano tem um alburno cor cremosa e luz para o cerne marrom escuro. O carvalho branco é principalmente de nervura reta

com uma textura média a grossa, com raios mais longos do que o carvalho vermelho, produzindo um padrão de grão diferente e atraente. Carvalho branco americano é amplamente disponível e é uma escolha popular nos mercados de exportação em todo o mundo para muitos fabricantes de móveis, pisos e marcenaria, devido à sua consistência de cores e o alto volume de produção de madeira quadrado gumes, e disponibilidade de verniz. A madeira é dura e pesada, com um meio de flexão e resistência ao esmagamento. É pobre em rigidez, mas muito bom em flexão vapor. Para ser usado externamente, sem preservação, a madeira tem que ter uma classificação mínima de durabilidade de classe 3, moderadamente durável. Carvalho branco americano atende a esses requisitos. Tal como acontece com toda a madeira, se o borne estiver presente, então o tratamento conservante irá ser necessário. l Fotografia: Alan Williams

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P R O D U TO S

Nas Janelas para sótão da Fakro

Juntas impermeáveis são fundamentais

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ara a fiabilidade absoluta das janelas para sótãos é fundamental o tipo de juntas, a sua impermeabilidade e a sua durabilidade. Só assim é possível um excelente isolamento térmico e acústico. Por esse motivo a Fakro, conceituado fabricante de janelas para sótãos, desenvolveu diferentes tipos de juntas impermeáveis para os diferentes tipos de janelas e de telhados. As juntas impermeáveis são indispensáveis para uma colocação correta das janelas. Os seus elementos concebidos de forma precisa permitem a montagem estável e absolutamente impermeável da janela de telhado. A junta reconduz para o exterior a água da chuva e a neve protegendo ainda a janela do vento. Hoje em dia, devido aos diferentes tipos de juntas, é possível colocar as janelas Fakro em qualquer tipo de telhados. Em versão standard todos os ajustamentos são em alumínio coberto de verniz de poliéster em cor RAL7022 que se adapta perfeitamente às cores típicas da grande maioria dos telhados. Os diversos tipos de ajustamentos correspondem aos diversos tipos de telhados. A junta ES permite a montagem impermeável da janela em telhado de cobertura lisa como: cartão asfaltado, ripas de asfalto, ardósia de 10 mm de espessura. Este tipo de junta existe em dois tipos para dois níveis de embutidos.

A Fakro fabrica juntas impermeáveis especiais para a instalação das suas janelas nos mais variados tipos de telhados

A junta impermeável ES foi especialmente concebida para as janelas a instalar em telhados de cobertura lisa

A junta EZ permite a montagem impermeável de janelas em telhados de cobertura ondulada: telha, chapa metálica ondulada e pequenas ondas. Esta junta universal pode ser colocada não só nas coberturas onduladas mas também em todo o tipo de coberturas até 45 mm de altura de ondas. Este tipo de junta existe para três níveis de embutidos. A junta EH permite a montagem da janela no telhado com cobertura de relevo importante como: telha canal, chapa metálica ondulada grandes ondas. Pode ser colocada nas coberturas até 90 mm de altura da onda. A versão standard destina-se à montagem da janela no telhado. Existe ainda uma versão modulável que permite combinar várias janelas. A junta EH existe num único tipo para um nível de embutidos.

Hilti

Nova serra de sabre a bateria

V

ersátil e oferecendo total mobilidade, a serra de sabre WSR 36-A a bateria – tecnologia lithiumion CPC – garante um excelente desempenho e superior durabilidade. Para cortar estruturas em madeira ou metal, serrar materiais compostos e plásticos ou cortar tubos metálicos rente a paredes, a WSR 36-A demonstra toda a sua versatilidade em inúmeros trabalhos de corte. Os profissionais da construção sabem também que podem confiar na durabilidade das novas baterias Li-ion CPC - Cordless Power Care – pois cada célula da bateria, além de eletronicamente monitorizada e carregada individualmente, é também protegida contra os tropeções do dia a dia por uma robusta carcaça em fibra de vidro reforçada. As baterias Hilti Li-ion caracterizam-se

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A serra de sabre a bateria WSR 36-A é o exemplo perfeito de uma ferramenta que alia um singular design a um excecional desempenho

assim por um ótimo desempenho e superior vida útil, sem quebras de potência e virtualmente sem descarregamento espontâneo. Vinte e oito minutos são suficientes para o carregamento destas baterias. Compacta, com uma energia de 36V, um excelente equilíbrio conferido pelo seu baixo peso e com os comandos operativos ergonomicamente situados, a WSR 36-A apresenta-se como muito fácil de manusear e extremamente confortável, em qualquer direção de corte. A sua robustez e comportamento de corte não ficam atrás de máquinas elétricas comparáveis.


P R O D U TO S

Linde

Optim@: Um novo sistema de controlo de frotas de empilhadores

D

esenvolvido pela Linde Material Handling Ibérica, o Optim@ é um revolucionário produto e serviço que permite aos clientes da marca dispor dos dados “chave” da sua frota de empilhadores em tempo real. Sempre um passo à frente, e consciente das necessidades dos seus clientes, a Linde Material Handling Ibérica criou o Optim@, um revolucionário sistema de gestão intralogística que disponibiliza funções até agora inexistentes no mercado. Há cerca de 10 anos, a Linde foi pioneira na gestão de frotas com o sistema Linde Forklift Data Management (LFM), no qual assentam as bases dos atuais sistemas de gestão de frotas, com funcionalidades como o controlo de acesso, a deteção de impactos e a análise de tempos de utilizações. O novo sistema Optim@ eleva-o a um nível superior, ao incorporar: - Checklist de segurança integrada que permite aos operadores rever o estado dos empilhadores no início de cada turno, respondendo facilmente às suas perguntas através de um cómodo ecrã tátil de 4 polegadas, garantindo a máxima segurança dos equipamentos. - Registo e notificação das avarias e parâmetros técnicos do empilhador. - Localização de empilhadores, pessoas ou qualquer objeto que se pretendae monitorizar, mesmo no interior.

Há cerca de 10 anos, a Linde foi pioneira na gestão de frotas com o sistema Linde Forklift Data Management (LFM), no qual assentam as bases dos atuais sistemas de gestão de frotas Com um Software intuitivo este sistema de Management da Linde possibilita um fácil acesso à informação relevante para o gestor da frota

- Software intuitivo, com acesso fácil à informação relevante para o gestor da frota. Perante qualquer evento que se produza no sistema, sejam acessos indevidos, danos registados, respostas críticas no Checklist, avarias ou entradas em zonas proibidas, o Optim@ alerta os supervisores de imediato e inclusivamente alerta também o serviço técnico da Linde, para que este tome as medidas oportunas de imediato.

NICOLL

Sumidouro ainda mais comprido! A Nicoll desenvolveu uma nova geração de sumidouros única no mercado, com apenas 5cm de altura e um comprimento de 3 metros. Fácil e rápido de instalar, o seu comprimento permite utilizar menos uniões, é adaptável a situações com pouca profundidade, graças à sua altura reduzida de 5cm e tem várias grelhas compatíveis, disponíveis em várias cores, tanto na classe A15 (zonas utilizadas exclusivamente por peões e ciclistas) com na classe B125 (passeios, zonas para peões e zonas comparáveis, parques de estacionamento e silos de estacionamento para viaturas ligeiras. Fabricado em conformidade com a norma EN 1433 que especifica os requisitos a que devem obedecer os canais de drenagem lineares destinados a recolher e a transportar as águas de drenagem superior e a instalar em zonas de circulação de peões e/ ou veículos. A norma estabelece as definições, as

classes, os requisitos de conceção e de ensaio, a marcação e o controlo de qualidade dos canais de drenagem. l P & C SETEMBRO 2014 11


ENGENHARIA

Um caso de reabilitação de uma cobertura em telhado

E

xiste uma ideia generalizada de que as telhas cerâmicas, à semelhança de outros produtos de construção porosos, são suscetíveis de uma degradação derivada da cristalização de sais solúveis. No caso das telhas a exposição aos sais solúveis acontece, essencialmente, quando as coberturas em que se inserem estão localizadas em zonas da orla costeira onde ficam submetidas à ação dos sais marítimos. Pensa-se que, após períodos secos prolongados, estes favorecem a cristalização daqueles sais e que posteriores períodos de chuva e vento possibilitam a limpeza de eventuais películas de sal superficiais e expõem a superfície degradada das telhas à ação subsequente de novo “nevoeiro” salino, criandose uma espiral de degradação que faz com que, com o decorrer dos anos, a degradação das telhas origine um aumento da sua porosidade e a consequente perda da sua impermeabilidade o que conduz à perda de estanquidade da cobertura e ao potencial aparecimento de anomalias, não só na estrutura da cobertura mas também noutras partes inferiores do edifício. Um texto de 2005, da autoria de Jean-René Albano, intitulado “La maintenance des bâtiments en 250 fiches

pratiques”, segue esta filosofia e recomenda, nomeadamente os seguintes procedimentos : a) - Inspeções periódicas anuais ou após fenómeno meteorológico excecional para inspeção geral dos elementos da cobertura, verificar o correto posicionamento das telhas e a necessidade de substituir telhas partidas; b) - Manutenção preventiva anual para limpeza da cobertura, eliminação de vegetação, desobstruir o sistema de drenagem e reposicionar telhas deslocadas; c) - Manutenção ligeira, com periodicidade de 7 anos, para corrigir deteriorações suscetíveis de comprometer a estanquidade da cobertura, incidindo sobre os pontos singulares da cobertura, como juntas e interceções, e substituição de telhas partidas; d) - Manutenção pesada, com periodicidade de 15 anos, para substituição das telhas degradadas e reforço das fixações. Verificação e reparação dos diversos elementos da cobertura; e) - Substituição completa do revestimento da cobertura após o tempo de vida útil previsto de 50 anos. Entendemos que o indicado nas alíneas a) a d), inclusivé, faz todo o sentido e até entendemos que

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16 SETEMBRO 2014

P &C


ENGENHARIA os prazos indicados nas alíneas c) e d) deveriam ser reduzidos a períodos quase anuais e, preferencialmente, correspondendo a intervenções a efetuar perto do final de cada verão para prevenir anomalias que possam vir a ocorrer nos Invernos seguintes. Temos, contudo, alguma relutância em aceitar a medida preconizada na alínea e) pois a nossa experiência mostra que muitas telhas, implantadas há mais de 50 anos, mantêm boas condições de durabilidade e de estanquidade. Um dos recentes casos em que interviémos foi o do imóvel localizado na Av. 24 de julho, n.º 52, em Lisboa, zona onde se faz sentir a influência dum ambiente marítimo. Numa vista geral sobre a cobertura (Foto n.º 1) nada parece indiciar que se trata da cobertura dum edifício com mais de 100 anos de construção pelo que, contrariamente ao indicado na alínea e) anterior, não foi necessário proceder à substituição integral das telhas. Estas eram dotadas de uma “patilha” para permitir o seu encaixe nas ripas (Foto n.º 2). No caso vertente os problemas detetados na cobertura e que provocavam infiltrações nos andares inferiores (Foto n.º 3) eram, essencialmente os seguintes: - algumas telhas tinham a referido “patilha” partida (Foto n.º 4); - algumas ripas estavam deterioradas na sua geometria pelo que mesmo as telhas dotadas da citada “patilha” não se encontravam corretamente fixadas às ripas, o que originava o seu desposicionamento sob a ação do vento. Assim as soluções preconizadas para a reabilitação da cobertura foram: - substituir as telhas deficientes (Foto n.º 5) por telhas novas com as mesmas características geométricas (Foto n.º 6); - inserir novas ripas de PVC (que são os elementos de cor azul que se podem ver na Foto n.º 7) para assegurar a correta fixação das telhas. No caso em análise só cerca de 15% das telhas foram substituídas. l

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Engº José Matos e Silva

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O P I N I ÃO

José António Silva Martins

Serviços Técnicos de Apoio à participação em Feiras

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ema das mais variadas reflexões, a participação das Empresas em Feiras, Exposições ou Eventos, encarada nos seus mais diversos sectores, será sempre considerada como um poderoso instrumento de investimento, capaz de potenciar os objetivos fixados nos seus planos de marketing. Uma preparação consciente e atempada, permitirá a identificação dos fatores críticos que possam contribuir para o sucesso da participação e, dessa forma, reconhecer e antecipar os respetivos procedimentos corretivos. A identificação desses pontos críticos e o delinear dos traços gerais de um caminho que possa conduzir ao sucesso da participação, passa também pela seleção criteriosa do prestador de serviços técnicos de apoio à presença física na Feira, nomeadamente no que diz respeito à construção do stand. Este prestador de serviços deverá constituir-se como um autêntico parceiro de negócios, contribuindo de forma decisiva para que sejam encontradas as melhores soluções, visando o êxito da participação da Empresa na Feira. O investimento efetuado por uma Empresa num stand deve ter em consideração o fim a que se propõe. Inquestionavelmente, este será a imagem da própria Empresa perante o seu público-alvo, materializando o profissionalismo e a competência de toda a sua estrutura. Toda a conceção e execução do stand deve ser alvo de particular atenção e de um acompanhamento personalizado para que seja possível uma total identificação entre a mensagem a transmitir pela Empresa e o resultado final apresentado na Feira. Neste contexto, ganha particular importância a seleção de prestadores de serviços que possam assumir e acompanhar a filosofia da própria Empresa, estando dotados de todos os meios logísticos para, a qualquer momento, serem capazes de intervir, permitindo a solução de situações de emergência. Não se estando perante uma ciência exata, torna-se impossível indicar procedimentos que garantam resultados ideais, materializados em soluções mais ou menos milagrosas. Porém, o profissionalismo e a capacidade de execução das empresas prestadoras de serviços de apoio às Feiras são uma parte importantíssima para o sucesso imputável à participação

18 AGOSTO 2014

P &C

José António Silva Martins

de uma Empresa numa Feira, permitindo ainda, de uma forma organizada, se tal for necessário, a transposição de uma presença nacional para uma presença internacional, abrindo caminho à internacionalização da própria Empresa. Planear e organizar a participação em Feiras será o melhor caminho para poupar tempo e melhorar os resultados, através de mais e melhores oportunidades de negócio. Cumpre-nos, de uma forma consciente e consistente, ir desbravando novas perspetivas no traçado desse caminho para o sucesso. l




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