Fornecedores Hospitalares - Ed. 159

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FORNECEDORES

H O S P I TA L A R E S

A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOSPITALAR Ano 16 • Edição • 159 • Janeiro de 2009

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Eles analisam o setor • José Aurimar Pinto, da Abimed • Wilson Monteiro, da Philips • João Manuel Teixeira, do HC/FMUSP • Eduardo de Oliveira, da FBH • Flávio Bicalho, da Abdeh • Paulo Magnus, da MV Sistemas • Mario Vrandecic, do Biocor Instituto • Franco Pallamolla, da Abimo • Rubens Covello, do IQG • Alvaro Sugai, da Carestream Brasil • Genésio Körbes, do Hospital Bandeirantes • Marcos Fumio Koyama, do Icesp • Cid Pinheiro de Oliveira, do Hospital Pedreira • Gonzalo Vecina, do Hospital Sírio-Libanês • Henrique Salvador, da Anahp

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FANEM 85 anos NASCE UM NOVO TEMPO No próximo ano a Fanem completa 85 anos. Há três gerações a família Schmidt, com o apoio de talentosos profissionais, tem sido responsável por grandes avanços na área neonatal e laboratorial, mantendo firme seu principal compromisso: a vida. Hoje a Fanem é referência no segmento médico-hospitalar, exporta para mais de 90 países e seus produtos são sinônimo de qualidade, segurança e durabilidade. Este ano, recebeu um importante reconhecimento, que reflete seu espírito pioneiro e empreendedor: o II Prêmio APEX Brasil – Excelência em Exportação, na categoria Abertura de Novos Mercados. Para celebrar este momento único de sua história, suas inúmeras conquistas e perspectivas futuras, a Fanem programou para 2009 grandes lançamentos e novidades. Aguarde!

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Índice

Janeiro 2009 - Número 159

12 I Entrevista O vice-presidente de Healthcare da Frost & Sullivan, Greg Caresi, analisa o cenário mundial da indústria de equipamentos e dispositivos médicos

16 I Raio X Sistema Integrado de Saúde

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20 I .com

Confira o que foi destaque no portal Saúde Business Web

26 I Capa O que vem por aí: 15 executivos do mercado de saúde fazem suas previsões para 2009

26

39 I Saúde Business School Empreendedorismo é tema do primeiro capítulo

2009 o que vem por aí

50 I Melhores Práticas A importância do atendimento multiprofissional na UTI

36 I Espaço Jurídico Capitais Estrangeiros na Assistência à Saúde

52I Espaço Jurídico

56

O mundo da saúde também é plano

54I Artigo RH Realizar em 2009

56I Tecnologia De olho no paciente

62 I After Hours 60 I Carreiras

64 I Livros

68 I Vitrine 82 I Hot Spot

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Errata

Na edição de dezembro da revista Fornecedores Hospitalares, na página 48, foi informado, de maneira incorreta, que Ruy Bevilacqua é o presidente interino do Hospital e Maternidade São Luiz. Após a saída de André Staffa, a diretoria executiva passou a a atuar de forma colegiada em todas as decisões que sejam necessárias até a posse do próximo presidente.

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PRESIDENTE-EXECUTIVO vice-presidente executivo DIRETOR de recursos e finanças PRESIDENTE DO CONSELHO EDITORIAL EVENTOS PESQUISAS WEB CIRCULAÇÃO E DATABASE FINANCEIRO ADMINISTRATIVO

Adelson de Sousa • adelson@itmidia.com.br Miguel Petrilli • mpetrilli@itmidia.com.br João Paulo Colombo • jpaulo@itmidia.com.br Stela Lachtermacher • stela@itmidia.com.br Diretor – Guilherme Montoro • gmontoro@itmidia.com.br Gerente – Emerson Moraes • emoraes@itmidia.com.br Coordenadora – Gaby Loayza – gloayza@itmidia.com.br Diretor – Alberto Leite • aleite@itmidia.com.br Gerente – Marcos Toledo • mtoledo@itmidia.com.br Analista – Andreia Marchione – amarchione@itmidia.com.br Gerente – Marcos Lopes • marcos@itmidia.com.br

FORNECEDORES

H O S P I TA L A R E S www.revistafh.­com.br UNIDADE SETORES E NEGÓCIOS • SAÚDE DIRETOR-EXECUTIVO E PUBLISHER EDITORIAL EDITORA REPÓRTERES PRODUTOR DE ARTE CONSELHO EDITORIAL

MARKETING GERENTE DE MARKETING ANALISTAS DE MARKETING COMERCIAL GERENTE COMERCIAL GERENTE DE CLIENTES EXECUTIVOS DE CONTAS

REPRESENTANTES

Alberto Leite • aleite@itmidia.com.br Cylene Souza • csouza@itmidia.com.br Ana Paula Martins • amartins@itmidia.com.br Thaia Duo • tduo@itmidia.com.br Bruno Cavini • bcavini@itmidia.com.br Alfredo Cardoso • Diretor de normas e habilitações da ANS Edson Santos • Presidente do Grupo Vita e vice-presidente do International Hospital Group Luiz de Luca • Diretor - superintendente do Hospital 9 de julho Marília Ehl Barbosa • Presidente da Unidas Marcos Hume • Gerente Sênior da Johnson & Johnson Pedro Fazio • Diretor da Fazio Consultoria Osmar Luis • osmar@itmidia.com.br Ana Luísa Luna • aluna@itmidia.com.br Gabriela Vicari • gvicari@itmidia.com.br Diego Wenzel • dwenzel@itmidia.com.br • (11)7144-2542 Jonatas Vasconcelos • jvasconcelos@itmidia.com.br • (11)7144-2539 Eduardo Galante • egalante@itmidia.com.br • (11)7144-2438 Guilherme Penteado • gpenteado@itmidia.com.br • (11)7144-2545 Jucilene Marques • jmarques@itmidia.com.br • (11)7144-2541 Rio de Janeiro: Sidney Lobato • sidney_lobato@terra.com.br (21) 2565-6111 Cel: (21) 9432-4490 Rio Grande do Sul: Alexandre Stodolni • stodolnimark@pop.com.br (51) 3024-8798 Cel: (51) 9623-7253 USA: Huson International Media Tel.: (1-408) 879-6666 - West Coast | Tel.: (1-212) 268-3344 - East Coast ralph@husonusa.com Europa: Huson International Media Tel.: (44-1932) 56-4999 - West Coast | t.holland@husonmedia.com

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As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídiaou quaisquer outros envolvidos nessa publicação. As pessoas que não constarem no expediente não têm autorização para falar em nome da IT Mídia ou para retirar qualquer tipo de material se não possuírem em seu poder carta em papel timbrado assinada por qualquer pessoa que conste do expediente. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da IT Mídia S.A.

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Canal Aberto

Foto: Divulgação

Eu leio a Fornecedores hospitalares Gustavo Simões, presidente da Nanox

L eio a Fornecedores H ospitalares porque essa é a principal revista do setor hospitalar . A lém disso , o conteúdo é bastante adequado para quem quer saber sobre o M ercado , as novidades , os executivos que lideram os hospitais e para identificar demandas que o setor possui .

Pró­xi­ma Edi­ção Reportagem de capa Crédito para hospitais Como obter crédito para investimentos, orientações para apresentação dos projetos e sua viabilidade e quais instituições financeiras trabalham com linhas específicas para o setor de saúde Saúde Business School No segundo capítulo, nossos consultores abordam o tema “Planejamento Estratégico” Vitrine Medicina Nuclear e tratamentos/materiais oncológicos Confira as soluções mais avançadas para diagnóstico e tratamento de câncer

Para anunciar

Ligue: (11) 3823-6708 E-mail: comercialsaude@itmidia.com.br - revis­taFH.com.br

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Foto: Caroline Bittencourt

Carta do Editor

Novidades

em perspectiva O novo ano começou, mas o assunto ainda não mudou. O mundo dos negócios continua em compasso de espera, comemorando algumas ações pontuais, que visam trazer estabilidade para a economia, e sofrendo a cada oscilação das Bolsas de Valores pelo mundo. A convite da Fornecedores Hospitalares, 15 executivos do mercado de saúde escreveram nossa reportagem de capa. Mesmo sem nenhum estímulo para isso, invariavelmente, todos mencionaram em algum momento de seus artigos a crise financeira, o que mostra que o assunto ainda vai tirar o sono de gestores de todos os segmentos da economia por um bom tempo. Mas o que se pode fazer? Ficar parado não adianta e pode até piorar a situação. Nestes artigos, nossos convidados lembraram-se de também destacar os pontos fortes, para que as organizações de saúde possam se apegar a eles, aprimorar seus processos e buscar o melhor desempenho possível em 2009. Na IT Mídia, também buscamos uma nova forma de apoiar o setor. É por isso que, a partir desta edição, você verá nas páginas centrais da FH o nosso novo projeto, a Saúde Business School. Em parceria com a Advance Marketing, criamos um programa de 12 capítulos para apoiar a profissionalização da gestão de empresas e instituições de saúde. Ao final, será possível montar um plano de negócios completo, o que deve apoiar a tomada de decisões e acompanhamento das ações já em 2010. Nossa estratégia para enfrentar as turbulências neste período é apostar no novo e ajudar sua instituição a também trabalhar com criatividade para superar os obstáculos trazidos por cenários adversos. Nesta edição, você também vai perceber que temos um novo projeto gráfico e que estamos nos adequando às novas normas da Língua Portuguesa. Confira! Boa Leitura!

Cylene Souza Editora P.S.: envie comentários para csouza@itmidia.com.br

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FOTO MERAMENTE ILUSTRATIVA

Pioneira em anestesiologia no Brasil, a K. Takaoka projetou o SAT 500, aparelho que atende pacientes neonatais a adultos. Desenvolvido com alta tecnologia, ele oferece ao mercado ventilador eletrônico com as modalidades: VCV, PCV, SIMV/V, SIMV/PŽ e PSV, o uso de dois vaporizadores calibrados com sistema de segurança, rotâmetro eletrônico para altos e baixos fluxos e capnografia. São inovaçþes como essas que mantÊm a K. Takaoka presente nos principais centros mÊdicos em mais de 40 países. Para mais informaçþes, acesse: www.takaoka.com.br ou ligue: (11) 4176-3600.

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Errata Balanço

Balanço 2008 Por uma falha de armazenamento, algumas empresas que enviaram os questionários referentes ao Balanço de 2008 não tiveram suas informações publicadas ou suas informações foram corrompidas. A revista Fornecedores Hospitalares pede desculpas e publica novamente os dados das seguintes empresas:

Romed • Perfil de atuação: A Romed possui larga e extensa ramificação, atendendo a distribuidores de equipamentos e produtos hospitalares, hospitais, clínicas, academias, escolas e faculdades, consumidores finais, entre outros. • Atuação de vendas: Atua como canal de distribuição, por meio de representantes e televendas. • Possui fabricação nacional? Não. • Participação das exportações/importações no faturamento: Atuamos com parcerias junto aos importadores nos produtos de cardiologia. Na venda de produtos importados a participação é na faixa de 30%. • Principais acontecimentos de 2008: No ano de 2008, a empresa fez um forte trabalho de marketing, participando de feiras e anúncios, e, com isto, o faturamento cresceu. • Expectativa de faturamento para 2008: A relação do crescimento foi um ótimo trabalho em equipe e informatização. • Expectativa de crescimento para 2009: Aumento das vendas em mais 20%, com uma constante divulgação, e dar início às vendas por licitações. • Estratégia para alcançar a meta estabelecida: A Romed se destacará no mercado em que atua por meio da distribuição de equipamentos médicos nacionais e importados, dando ênfase à comercialização de produtos para: cardiologia, inaloterapia, oxigenoterapia, home care e resgate. Com uma estratégia forte, com produtos de alta

tecnologia, apostaremos em agilidade e preços baixos como diferencial. • Principais desafios em 2009: Para 2009, a expectativa maior será a participação de nossa empresa em vendas para órgãos públicos e importação.

WEM • Perfil de atuação: Fabricantes de unidades eletrocirúrgicas, com 23 anos de atuação e mais de 70% de participação no mercado brasileiro. Exporta para mais de 50 países e tem certificação CE para os eletrobisturis, o que permite vendas para o mercado europeu, e selo Inmetro. • Atuação de vendas: Atua tanto diretamente (licitações) como por meio de representantes exclusivos. • Fabricação nacional? Sim. • Linha de produtos nacionais: Bisturis eletrônicos microprocessados, coaguladores por plasma de argônio e aspiradores. • Produtos exportados: Todos os produtos. É representante exclusiva no Brasil das empresas LiNA Medical (acessórios para eletrocirurgia) Biolitec (bisturis a laser), Bistos (sistema de monitoramento perinatal - cardiotocógrafo) BT-300 e detector fetal BT-200). • Participação das exportações/importações (faturamento da empresa no mercado brasileiro em 2008): As exportações representam 25% do faturamento global da empresa.

• Principais acontecimentos de 2008: Após pesquisa de mercado realizada e análise das empresas brasileiras, a 3M concluiu que a Wem seria a parceira ideal para somar forças e oferecer respostas integradas, precisas e inovadoras para a área da saúde. Assessoria técnica, orientação e condições especiais de negociação são as principais vantagens obtidas pelos clientes. A empresa ganhou licitações internacionais na América Latina. Além disso, o lançamento de dois novos modelos de equipamentos eletrocirúrgicos para atender novas especialidades cirúrgicas. • Expectativa de faturamento para 2008: A expectativa é de 20%. A empresa está ampliando seus esforços no exterior e deverá aumentar sua participação no mercado internacional, com produtos de alta tecnologia, que competem em qualidade e desempenho com as melhores marcas mundiais. • Expectativa de crescimento para 2009: 20% Base da expectativa: Baseado na ampliação de participação no mercado internacional • Estratégias para alcançar a meta estabelecida: Aumentar os investimentos de marketing internacional, com maior participação em feiras e congressos internacionais nos países foco e lançamento de novos produtos de alta tecnologia para procedimentos cirúrgicos. • Principais desafios em 2009: A crise econômica instalada será o grande desafio a ser vencido. Apesar da alta do dólar recente, existe certa instabilidade no câmbio, o que dificulta o planejamento das atividades de comércio internacional.

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Entrevista

Cenário

Cylene Souza - csouza@itmidia.com.br

nebuloso

O ano começa ainda com as incertezas trazidas pela crise que abalou o mercado financeiro norte-americano. Embora o impacto deva ser menor na área de saúde, já que o investimento no setor é uma necessidade, a previsão é de crescimento baixo e desemprego em alguns setores da indústria. Neste cenário, os países emergentes, como Brasil, China e Índia, que não têm as mais avançadas tecnologias consolidadas em seus serviços de saúde, despontam como um oásis para as multinacionais, com crescimento até dez vezes superior ao dos países-sede destas companhias. Em entrevista à Fornecedores Hospitalares, o vicepresidente de Healthcare & Lifesciences da Frost & Sullivan, Greg Caresi, analisa os diversos segmentos da indústria da saúde e conta o que está por vir. Foto: Snapvillage

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1/14/09 9:36:14 AM


Fornecedores Hospitalares: Diante dos acontecimentos do segundo semestre de 2008, qual é o cenário atual e perspectivas para este ano que acaba de começar para o setor de saúde? Greg Caresi: Neste momento, há muitos analistas dizendo que o setor de saúde está imune à crise, mas não é o caso. Estão havendo demissões nestas empresas também. Na indústria farmacêutica, por exemplo, as empresas estão olhando para a reestruturação do time de vendas e para a redução de custos. A área de dispositivos médicos também está sofrendo com o desemprego. A crise não é tão ruim como em outros setores, mas existe. O impacto é menor porque, mesmo com a crise, as pessoas não vão parar de ir ao hospital quando precisam. Além disso, uma boa parte do setor é financiada pelo governo ou presta serviços sem fins lucrativos. FH: Deverá haver redução dos investimentos nos próximos meses? Os hospitais deixarão de adquirir novos equipamentos e fazer reformas? Caresi: Geralmente, o ano fiscal acaba em setembro, por isso, o plano de investimentos não vai ser revisado agora. O que foi programado será mantido. Muitas instituições já tinham os recursos alocados para reformas e aquisições de equipamentos e vão manter estes investimentos. Destinações do orçamento para TI em saúde, por exemplo, vão continuar, já que soluções como o prontuário médico digital também ajudam a reduzir custos. Ainda não vimos uma queda acentuada na compra de equipamentos, mas no segundo semestre, estes cortes devem ficar maiores. FH: Quais foram as principais mudanças em tecnologia no setor de saúde? Em que as empresas estão investindo? Caresi: A Saúde direciona as mudanças e os investimentos. Uma mudança importante nos últimos anos foi não só de tecnologia, mas de fluxo de trabalho e eficiência. As instituições começaram a analisar não só o desempenho da tecnologia em si, mas também se ela exige muito treinamento e se o custo aumenta. O vendedor da indústria agora também tem que falar de treinamento, benefício, atualização e implementação. O hospital não quer mais a tecnologia pela tecnologia, mas um pacote de melhoria da assistência médica, o que inclui saber se a equipe vai conseguir trabalhar com as novas máquinas. Hoje, as equipes estão com menos pessoas, por isso o workflow é importante. FH: Gostaria de partir para uma análise por setores, começando pelo farmacêutico. Quais são as tendências de curto prazo? Caresi: O setor farmacêutico deve crescer entre 1% e 2%

em 2009, mas países como China e Índia devem ter um crescimento de 25% ou mais. As indústrias estão olhando para estes mercados, não só para construir novas fábricas, mas também porque querem ter presença ali. As pessoas que viviam nestes países respeitavam o produto, mas não o serviço e consideravam a manutenção difícil. Hoje, as empresas entendem que para participar nos países emergentes, precisam manter o suporte também na América Latina e na Ásia. Então, vão atuar na fabricação, prestação de serviços e manutenção. FH: E em diagnóstico por imagem? Quais são os pontos fortes e fracos? Caresi: A pós-venda de diagnóstico por imagem nos países emergentes não é o ponto forte. Com a recessão dos grandes mercados, países como o Brasil serão o foco. Então, as empresas estão procurando parceiros para investir em fábricas, não só de medicamentos, mas também de equipamentos, e para manter uma operação brasileira. FH: Além de ter se tornado um mercado interessante para a indústria de equipamentos, em que outras áreas o Brasil se destaca? Caresi: A área de Pesquisa & Desenvolvimento na indústria farmacêutica no Brasil aumentou muito nos últimos anos e já há testes clínicos nas fases de I a IV, já que a população oferece uma boa amostragem: muitos ainda não foram submetidos a tratamentos e a mistura étnica é interessante. Na parte ligada à genética, por exemplo, os testes funcionarão melhor no Brasil, justamente por causa do perfil étnico. FH: As pesquisas em biotecnologia estão se intensificando e muitos já alegam que aí reside o futuro dos tratamentos, para a maioria das doenças. As grandes indústrias farmacêuticas estão preparadas para esta mudança? Caresi: Há um alto potencial para a área de biotecnologia. Setenta drogas nos Estados Unidos e Europa perderão a patente nos próximos cinco anos. Uma delas é o Liptor, da Pfizer. A projeção é que, em 2010, o medicamento seja responsável por mais de 25% do orçamento da empresa, o que totaliza US$ 20 bilhões. A perda de patente trará grande impacto para estas companhias. As empresas começam a olhar o pipeline e veem que o mercado está saindo dos medicamentos blockbuster para drogas mais direcionadas. Por isso, as grandes companhias estão adquirindo pequenas empresas de biotecnologia, nos locais em que o mercado já começou a mudar. Os departamentos de P&D também vão ter que mudar. Será preciso descobrir como colocar tantas drogas no mercado e determinar quais pesquisas devem continuar, com mais antecedência.

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Entrevista

Há uma nova forma de se avaliar a tecnologia. Um novo equipamento não necessariamente vai melhorar a qualidade do atendimento, se não for fácil de usar. As empresas vão ter que olhar para isso e se adequar. Greg Caresi, da Frost & Sullivan

Foto: Divulgação

Estas companhias também incrementaram os investimentos em TI, para rastrear produtos, saber o que está sendo feito em cada etapa e aprender com seus próprios processos. A diretriz é monitorar e aprender. O foco tem passado para drogas com margem de lucratividade mais alta, como as de câncer e estilo de vida, além da busca por novas aplicações para os medicamentos: um de câncer, por exemplo, tem sido testado para artrite reumatóide. FH: Embora as doenças ligadas ao envelhecimento da população estejam aumentando e as indústrias tenham destinado os investimentos futuros para biotecnologia e drogas específicas para estas enfermidades, muitas pessoas ainda carecem de tratamento para doenças tropicais, por exemplo, como malária e doença de Chagas. Estas doenças ficarão à margem dos investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento? Caresi: Haverá menos dinheiro da iniciativa privada para doenças negligenciadas, já que elas respondem por uma receita menor, mas existirá financiamento público e de organizações não-governamentais (ONGs) para isso. O interesse das empresas privadas nestas doenças está no desenvolvimento de vacinas. FH: Como o atual cenário econômico afetará o setor de dispositivos médicos? Caresi: O setor de dispositivos médicos será o mais afetado pela crise, porque tem muitas empresas pequenas, que serão espremidas pelo atual ambiente econômico. Elas não conseguirão financiamento e terão que fazer um grande esforço para progredir. Os fundos de venture capital não vão ter dinheiro para investir na abertura de capital delas e o cliente não vai mais comprar tanto. Elas passarão por um momento difícil nos próximos 18 a 20 meses.

FH: Quais são as tendências para o segmento de diagnóstico por imagem nos próximos anos, no Brasil? Caresi: Os mercados de diagnóstico por imagem e monitoramento do paciente têm grande potencial no Brasil. O nicho de hospitais de ponta já atingiu um alto nível de tecnologia, mas as outras instituições precisam substituir os equipamentos antigos e adotar novas tecnologias, por isso o investimento vai continuar. Uma tendência é o crescimento das vendas de PETCT, com o aumento dos casos de câncer e os poucos equipamentos disponíveis no País. Porém, o foco em Ressonância Magnética e ultrassom vai se manter, porque são boas tecnologias, muito acessíveis, com bons resultados e desenhadas adequadamente para este perfil de hospitais. A produção local das multinacionais será com foco em países emergentes. Além disso, as ferramentas de TI vão permitir a criação de uma rede pública de informações, com análises por regiões e cidades e geração de estatísticas. Com isso, serão desenvolvidos melhores protocolos, mais efetivos, com foco em redução de custos. Hoje, os médicos pedem muitos exames e estas informações vão mostrar quais são realmente necessários. FH: E no mundo? Caresi: No mundo, há um mix. Nos Estados Unidos, as clínicas “free standing” (locais direcionados a pacientes que não precisam de internação) são especializadas na prestação deste serviço, o paciente não faz exames no hospital. Com os cortes nos reembolsos do Medicare e Medicaid, estes prestadores de serviço, que fazem só imagem, podem entrar em uma situação crítica e até mesmo sair do mercado. Estamos acompanhando este cenário há dez anos, mas agora está pior. Os equipamentos high end são um tanto caros, por isso

haverá queda nas compras, com revisão do orçamento e projetos adiados no próximo ano fiscal. Por outro lado, a adoção de PACS vai aumentar, porque as instituições veem o benefício. O investimento em hardware será reduzido, mas as instituições irão buscar outras aplicações e diferentes sistemas, para chegar aos melhores resultados. No Brasil, o que inibirá os investimentos será o problema do câmbio. Não faltará crédito, mas os produtos vão ficar mais caros. FH: O que mudou na comercialização de equipamentos e dispositivos médicos nos últimos anos? Pode se dizer que houve uma mudança do comportamento de compra, por parte do hospital? Caresi: Sim, mudou a forma com que o hospital compra dispositivos e equipamentos. Agora as instituições olham também para implementação e o que vão precisar em termos de treinamento. É uma outra forma de avaliar a tecnologia. Se esta tecnologia exige muito, o hospital não faz o investimento, porque reconhece que um novo equipamento não necessariamente vai melhorar a qualidade do atendimento, se não for fácil de usar. As empresas vão ter que olhar para isso e se adequar. No Brasil, no segmento premium, o status é a questão. Do outro lado, nas instituições menores, a compra é direcionada pelo preço, mas o olhar sobre o processo é esquecido, como nos casos das licitações, em que se compram produtos de baixa qualidade e, no fim das contas, os custos adicionais deixam o valor igual ao do equipamento que era um pouco mais caro. Esse comportamento vai mudar, dos dois lados, mas não será rapidamente. As primeiras coisas que os hospitais começarão a ver, antes de adquirir uma tecnologia, e irão perseguir serão produtividade e a relação custo benefício.

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Rafael Parri, Linus Pauling Fascina e Israel Avelar dos Santos, do Sepaco (em sentido horário): 2009 será o ano de definir prioridades, trabalhar processos e arrumar a casa para manter as duas operações, a do hospital e a da autogestão

Fotos: Ricardo Benichio

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Sistema Integrado Cylene Souza - csouza@itmidia.com.br

de

Saúde

O que começou em 1979 como Serviço Social da Indústria do Papel, Papelão e Cortiça do Estado de São Paulo, expandiu-se e, hoje, o Sepaco congrega um hospital de alta complexidade, serviços de medicina preventiva e um plano de autogestão. Embora a retração, causada pela crise econômica, deva inibir parte dos investimentos, a instituição mantém um plano diretor que prevê a ampliação do hospital e a construção de uma segunda unidade de retaguarda Criado em 1956, como Serviço Social da Indústria do Papel, Papelão e Cortiça do Estado de São Paulo, o Sepaco tinha o objetivo de buscar assistência médica para os trabalhadores deste setor. Em 1979, o prédio do hospital, na avenida Vergueiro, na capital paulista, foi construído e logo se tornou referência também em controle de infecção hospitalar. Com base em seus estudos, foi criada a Política de Infecção Hospitalar, adotada pelo Ministério da Saúde. Em 1993, conquistou o selo CQH e mantém a certificação até hoje. Em 2007, tornou-se o primeiro hospital privado a receber o Prêmio Nacional de Gestão em Saúde, categoria Prata. Desde 2005, com a expansão dos serviços, a instituição dividiu-se em duas unidades de negócios: autogestão e hospital. “Não conseguíamos manter a capacidade total do hospital e sua competitividade com o serviço exclusivo aos papeleiros. Por isso, a unidade passou a atender diversos planos de saúde – hoje são mais de 30 – e a autogestão passou a ter abrangência nacional, exclusiva para o setor papeleiro”, explica o superintendente geral, Rafael Parri. Recentemente, o hospital passou por uma reforma, que consumiu R$ 1 milhão e deu origem a 22 novos leitos, além de novos equipamentos de tomografia e hemodinâmica. Hoje são 200 leitos de internação, 40 de UTI adulto e 15 de pediátrica e oito salas cirúrgicas. “Temos 83% de ocupação nos leitos de internação e 90% nos de UTI. O Sepaco tornou-se referência para o setor papeleiro em altíssima complexidade”, complementa Parri. Nos próximos cinco anos, deverão ser inaugurados outros 22 apartamentos e o estacionamento será ampliado. “Com isso, o hospital irá atingir o limite do prédio, com 230 leitos, por isso, já adquirimos áreas vizinhas para construir um hospital de retaguarda”, revela o superintendente geral. O hospital também deu início à reforma da fachada, que sofreu poucas alterações desde a inauguração. Mas as perspectivas para este ano são contidas. “Temos inúmeros projetos, mas 2009 não será um ano arrojado para ninguém. Tínhamos programado investir R$ 15 milhões no hospital. Agora, vamos definir prioridades, trabalhar os processos e arrumar a casa. Serão feitas apenas as adaptações necessárias”, pondera Parri. O superintendente hospitalar, Linus Pauling Fascina, revela as

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Raio - X áreas que serão foco dos investimentos. “Estamos selecionando projetos. A estratégia é preservar a estrutura de recursos humanos e otimizar os recursos. Devemos reforçar a cardiologia, que recentemente recebeu uma hemodinâmica, com a abertura de novos leitos de UTI coronariana. Outros focos de investimento serão as UTIs pediátrica e neonatal, que passarão de 15 para 20 leitos.”

Ninguém consegue atender tudo sozinho, com abrangência total. Sempre haverá dependência entre operadoras e hospitais, assim como competição, mas não de forma predatória. Rafael Parri, do Sepaco (referindo-se à verticalização)

Autogestão

O Sepaco passou a maior parte de sua vida atendendo exclusivamente aos funcionários do setor papeleiro de São Paulo. Mas, percebendo a demanda, por conta da transferência de vagas para outros Estados, a autogestão tornou-se nacional em 2008 e hoje conta com 72 mil vidas, pertencentes a cerca de 200 grupos empresariais. “A ideia é oferecer gestão em saúde para este mesmo grupo econômico e de forma homogênea, já que as expectativas das empresas e funcionários deste setor são semelhantes”, explica o superintendente de autogestão, Israel Avelar dos Santos. Para manter os custos sob controle, a operadora do Sepaco aposta em medicina preventiva. Hoje, há três unidades de atendimento voltadas para a prevenção: uma no bairro do Paraíso, na capital paulista, uma em Monte Dourado, no Pará, e uma em Mogi das Cruzes, também em São Paulo. Os planos para 2009 incluem mais duas unidades, uma em Caieiras (SP) e outra na zona Leste de São Pau-

lo (SP). “Conseguimos garantir baixa volatilidade com iniciativas de medicina preventiva e gestão de doenças crônicas, que realizamos nestas Estações Sepaco”, conta Santos. A estrutura própria de medicina preventiva atende 10 mil pessoas e conta também com 26 equipes multiprofissionais, além de assistência e internação domiciliar. A autogestão do Sepaco já cresceu 20% desde 2005 e, de acordo com o superintendente, deve crescer mais 40% nos próximos cinco anos, por conta do aumento da área de abrangência. Para Santos, a verticalização é o que também tem ajudado a manter os custos sob controle. “Vamos continuar com a verticalização, especialmente nas unidades de medicina preventiva e nos atendimentos de alta complexidade, que são realizados aqui no hospital de São Paulo, mesmo que o paciente precise ser transferido

Filantropia O Sepaco é uma instituição sem fins lucrativos e, entre as ações em parceria com órgãos públicos, está a instalação de serviços de fisioterapia em cinco unidades básicas de saúde (UBS) da Grande São Paulo. Duas já entraram em funcionamento, em São Miguel e no Jardim Clipper. As outras três serão instaladas neste primeiro semestre. Além disso, mantém ação social para as crianças carentes do bairro da Água Funda, em que uma equipe multiprofissional, composta por pediatras, nutricionistas, assistentes sociais e enfermeiras, presta atendimento para recuperação nutricional das crianças. Por ações como estas, a entidade acredita que deve manter o certificado de filantropia, concedido pelo governo federal. Por isso, desenvolveu campanhas e, há cerca de dois anos, reuniu-se até mesmo com o Ministério da Previdência para garantir a isenção fiscal. “Nosso temor é que as mudanças na lei não atendam representantes de segmentos, como é o nosso caso”, comenta Rafael Parri.

por transporte aeromédico. Hoje, temos 11 mil pontos de atendimento para baixa e média complexidade. Nos casos de alta complexidade, o paciente só usa um serviço externo se, por algum motivo, não conseguirmos atendê-lo internamente.” Os investimentos no sistema integrado de saúde devem consumir R$ 4 milhões nos próximos cinco anos. Para Parri, há espaço para todos no mercado de saúde e a verticalização não pode ser vista como vilã. “Ninguém consegue atender tudo sozinho, sendo especialista em tudo e com abrangência total. Sempre haverá dependência entre operadoras e hospitais, assim como competição, mas não de forma predatória”, analisa. De acordo com o superintendente geral, os dois lados terão de se adaptar a este modelo de negócios. “As relações comerciais acabam se harmonizando e prevalece a conduta de quem pensa de forma parecida”, conclui.

SEPACO Funcionando como serviço social desde 1956, o Sepaco comemora este ano o 30º aniversário de seu hospital, que passa por reforma; e incrementa as ações em medicina preventiva

NÚMEROS 1956: Serviço Social Sepaco 1979: Hospital Sepaco 200 56 8 1.211 630 8.500 300 600 35.000 7.000 Hospital Geral. Entre as especialidades estão cardiologia, ortopedia, neurocirurgia, vascular, etc. 72.000 3 (1 em São Paulo, 1 em Monte Dourado/PA e 1 em Mogi das Cruzes/SP) Em 2009 estão previstas mais 2, 1 em Caieiras/SP e 1 na zona Leste de São Paulo

SERVIÇOS Fundação Leitos Leitos UTI Salas Cirúrgicas Funcionários Médicos Credenciados Atendimentos no Pronto-Socorro/mês Internações/Mês Cirurgias/Mês Exames laboratoriais/mês Exames de diagnóstico por imagem/mês Especialidades médicas atendidas Número de beneficiários da autogestão Unidades de medicina preventiva

Fonte: Sepaco

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Blogs Leia e discuta com nossos blogueiros os assuntos mais quentes do mês: www.saudebusinessweb.com.br/blogs

Pedro Fazio

Último Post: Tunep / Tiss / Tuss – Saúde em Tabela! Pedro Fazio é economista e diretor da Fazio Consultoria.

Ildo Meyer Último post: 23 segundos Ildo Meyer é palestrante motivacional e médico com especialização em anestesiologia e pós-graduação em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter.

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As 10 mais clicadas 6 7 8 9 10

Cia Salux e SP Data anunciam fusão e a incorporação das operações da MCJ

Rede de Hospitais São Camilo define nova estrutura

Abertas inscrições para o concurso HFA

Golden Cross quer ir às compras

Hospital Nossa Senhora de Lourdes e Hospital da Criança conquistam acreditação nível excelência

Hospital e Maternidade Santa Marina tem novo diretor comercial e de marketing

Novo diretor no Sírio-Libanês

Home Doctor divulga planos para 2009

Hospital Samaritano tem nova gerente comercial

Webcast Entrevista Hospital Paulistano inaugura ala VIP Com foco em humanização, hospital aposta em hotelaria e serviços diferenciados para atrair clientes.

Roberto Latini Último post: Não há cláusula de revalidação automática! Roberto Latini é diretor da Latini & Associados e irá abordar as regulações do setor de Vigilância Sanitária.

Marília Ehl Barbosa Último post: Portaria nº 01/2007 do Ministério do Planejamento Marilia Ehl Barbosa é presidente da UNIDAS – União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde.

João Carlos Bross

Último post: Edifícios de Saúde e Tecnologia Médica João Carlos Bross é arquiteto e presidente da Bross Consultoria e Arquitetura

Adrianos Loverdos

Preconceitos na Auditoria em Saúde Adrianos Loverdos é diretor técnico do Hospital Madrecor de Uberlândia. Também é autor do livro "Auditoria e Análise de Contas Médico Hospitalares". Atua como coordenador científico do Congresso Brasileiro de Auditoria em Sistemas de Saúde.

Secretaria de Saúde abre 850 vagas

Assista outras entrevistas no

www.saudebusinessweb.com.br/webcasts

Certificações para encerrar 2008 O mês de dezembro foi movimentado para as instituições certificadoras. Nada menos do que oito instituições, todas em São Paulo, conquistaram a acreditação neste final de 2008. Os primeiros foram os Hospitais Nossa Senhora de Lourdes e Hospital da Criança, ambos do grupo NSL, que atingiram o nível de excelência. Depois foi a vez do São Camilo Santana, que, além de conquistar

a certificação nível 3, deu início ao processo internacional de acreditação canadense, com o Canadian Council on Health Services Accreditation (CCHSA), com avaliação prevista para 2010. O Hospital Bandeirantes atinge o nível de excelência pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Agora, no início de 2009, o grupo inaugura mais um hospital, o Leforte, no Morumbi, e continua as obras de expansão do

Bandeirantes, na Liberdade. Ainda pela ONA, o Hospital Santa Paula conquista também o nível 3 e já estuda modelos para buscar a acreditação internacional, além de programar investimentos em áreas como neurocirurgia, cardiologia, ortopedia e oncologia. E no Hospital A.C. Camargo, os serviços de hemoterapia e imunohematologia conquistaram também o nível de excelência.

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DPVAT deixa de cobrir despesas médicas O Diário Oficial da União publicou em dezembro a Medida Provisória 451, que determinar que o seguro obrigatório,DPVAT, deixe de cobrir despesas decorrentes do atendimento médico e hospitalar efetuado em estabelecimento ou hospital credenciado ao SUS, mesmo que em caráter privado. Sem o aumento da quantidade de Autorização de Internação Hospitalar pelo Ministério da Saúde em decorrência destes atendimentos, a Associação Hospitalar Regional Sul decidiu enviar ofício a senadores e deputados pedindo revogação da medida, sob pena de inviabilizar o sistema de saúde.

Cia Salux e SP Data anunciam fusão e a incorporação das operações da MCJ Com pouco mais de dois meses de operação, a Cia. Salux, empresa resultante da fusão das gaúchas Infosaúde e RGM do Brasil, já fez sua primeira aquisição. Em dezembro, a compa-

nhia adquiriu a MCJ Assessoria Hospitalar e Informática, de Belo Horizonte (MG). A empresa também prevê investimentos de R$ 10 milhões nos próximos dois anos.

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Home Doctor divulga planos para 2009 Após estender o atendimento na Unidade de Campinas e criar a nova divisão HD Pediatria, a Home Doctor anunciou os planos para 2009. A meta é

crescer mais de 10%. No ano passado, o crescimento foi de 30% e, em seus 14 anos de atuação, mais de 40 mil pacientes já foram atendidos.

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Resultado da enquete

No fim de 2008, o governo federal editou a polêmica Medida Provisória 446, referente à certificação das entidades beneficentes de assistência social. A MP tinha o objetivo de resolver de imediato a situação de entidades certificadas em 2003 e que tinham o reconhecimento de sua destinação expirado em 31 de dezembro de 2008. O Senado decidiu devolver a MP ao Executivo, mas a simples impressão de que a medida concederia uma espécie de anistia às instituições filantrópicas que estavam em desacordo com as exigências da lei de filantropia gerou inúmeros protestos. Em nossa enquete, 59,26% dos leitores do portal Saúde Business Web consideraram a MP “uma anistia às empresas que não estavam em conformidade com a lei”, enquanto 40,74% acreditaram que “a medida tornaria as regras de filantropia mais claras”.

No ar Participe da nossa enquete! Vote em www.saudebusinessweb.com.br/enquete Na sua opinião, o mercado de trabalho em hospitais: m Sofre com a escassez de vagas

no setor público

m Sofre com a escassez de vagas

no setor privado Leia mais: www.saudebusinessweb. com.br/politica

m Sofre com a escassez de vagas

em todos os segmentos

m Tem oferecido boas oportunidades aos profissionais de saúde

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Opiniões Leia e discuta com nossos colunistas

O país com problemas de saúde

Em artigo, o presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE, da Academia Paulista de História - APH e diretor da Fiesp, Luiz Gonzaga Bertelli, aborda os resultados da avaliação dos estudantes pelo Cremesp.

Vagas abertas e mudanças no alto escalão Os meses de dezembro e janeiro trouxeram diversas oportunidades no setor público para quem busca um emprego. Entre os destaques, foram abertos concursos no Hospital das Forças Armadas e na Secretaria de

Estado de Saúde de São Paulo. Entre os hospitais privados, mudanças no alto escalão aconteceram no Vita Batel, A.C. Camargo, Santa Marina, Totalcor, São Camilo, HCor, Samaritano e Sírio-Libanês.

Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br/carreiras

Mudança de paradigma conceitual

Em artigo, o coordenador do Curso de MBA de Gestão de serviços de saúde da Fundação Unimed, Valdir Ribeiro Borba, trata da mudança do modelo centrado na recuperação para o modelo de educação e promoção da saúde no setor suplementar.

Arquitetura Hospitalar: um conceito sempre em alta O artigo do arquiteto Christie Cornelio trata da missão da arquitetura hospitalar: melhorar as instalações físicas para que as pessoas sintam-se melhores e para que os ambientes seujam mais agradáveis e eficientes.

O futuro da acreditação hospitalar

Em monografia, o faturista de contas médicas do Instituto Biocor, Thiago Augusto Ferreira da Silva, defende o investimento em processos de qualidade como diferencial para os hospitais.

Investimentos em tecnologia da informação e médica Como já é comum no mercado hospitalar, os investimentos em TI e equipamentos de diagnóstico por imagem de grande porte abocanharam uma boa parte do orça-

mento das instituições de saúde. De PET/CT à sistema de gestão, hospitais de todo o País buscaram modernizar-se entre o fim de 2008 e o início de 2009.

Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br/tecnologia

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Milhões em infra-estrutura Neste início de ano, HCor, Pro-Matre, Grupo Bandeirantes – com o Hospital Leforte, San Paolo, Moinhos de Vento, Igesp, Mãe de Deus, AACD e A.C Camargo, além do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, anunciaram investimentos milionários, seja em

infra-estrutura, seja em novas unidades ou compra de equipamentos. No setor público, entre as principais iniciativas estão a criação das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e a ampliação do Programa Saúde da Família (PSF).

Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br/politica

Novos negócios em pauta Após o balanço de fim de ano, é hora de traçar perspectivas para 2009. O portal Saúde Business Web entrevistou executivos do setor, de indústrias e hospitais, e apurou os planos para abertura de novos serviços, ampliação do número de atendimentos, lançamento de novos produtos e possíveis aquisições. Na reportagem “Transformação gera certificação”, o diretor geral do Hospital Municipal e Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha, Carlos Alberto Ruiz, conta o processo de transformação da unidade em Complexo da Mulher e os projetos para oferecer serviços de radioterapia intra-operatória. Em “Conquistas e Planos para 2009”, o diretor

executivo do Grupo Inal, Luiz Carlos Lazarini, fala sobre o desempenho do Hospital Villa Lobos e da busca pelo aumento de planos de saúde credenciados. O diretor de Healthcare da Siemens do Brasil, Renato Buselli, aborda os impactos do Complexo Industrial da Saúde no setor e revela uma disputa entre as subsidiárias, com grandes chances de vitória para o País, para a fabricação de dois novos produtos. Para finalizar, o gestor da unidade de auto-gestão da Benner, Marcelo Murilo, revela que a empresa vai buscar uma solução para o mercado hospitalar, com desenvolvimento próprio ou pela aquisição de uma empresa.

Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br/ultimasnoticias.asp

Farmacêuticas americanas decidem dar fim aos brindes médicos Começou a vigorar em 1º de janeiro uma nova política entre as indústrias farmacêuticas nos Estados Unidos: elas deixarão de distribuir brindes de marca aos médicos. Merck, Allergan e Sepracor estão entre as empresas que aderiram à medida. O código da Pharmaceutical Research and Manufacturers of America também manteve a proibição às doações de mercadorias caras ou serviços como tíquetes para esportes e eventos culturais. As indústrias também foram orientadas a não interferir nas escolhas dos temas de pesquisa nos cursos médicos que financiam.

Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br/internacional Marcelo Murilo Gestor da Unidade de Autogestão da Benner

Luiz Carlos Lazarini diretor executivo do Grupo Inal

Renato Buselli Diretor de Healthcare da Siemens

Carlos Alberto Ruiz Diretor geral do Hospital Municipal e Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha

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Reportagem de Capa

o que vem p o in ce r teza s r aí ? Ess a é a pe pr e e sp rg a lha s o vo c a da s p e la c unt a d e t o eus re A con d ris e q fle x v it u e a b o s o s líd e e m in e da r e v is t o s p e lo m res se a lou o un d o dús t r a Fo r n m . i e a e r c a d o t or ia is n e p úb li ste m co s e s de T I , ma ce dore s H f ina n o sp it t e r ia i priva c e e nf r e i r o n o r o m e nt o d e a la re dos c s e eq nt a r u te -am s o nt a , 15 e s uip m cen eric a p e cia á r io e m o qu e e a m e nt o s , no lis t a s a ssoc conôm sp era d a i a s m ico qu ç a e , p o s de 2 0 0 9 e õ e s , consu ú de , que a t lt o r ia dã o s si ve lm is , ho ua m eus p e nt e , spi a lp se mo s t r a r á it e s s o b r e t a is a dver como s o.

2009 Persp ectiva s para

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Flávio de Castro Bicalho*

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O Que Esperar do Mercado de Arquitetura e Construção Hospitalar em 2009

Foto: Divulgação

Em tempos de crise mundial, apontar perspectivas para o futuro é sempre muito difícil, pois alguns fatores não dependem só do País. No entanto, até o momento, o Brasil ainda foi pouco afetado, se compararmos com o mercado norte-americano, europeu e mesmo o asiático. Se o PIB diminui, temos uma certeza, os recursos para a área de saúde também serão afetados, uma vez que o montante de dinheiro na área pública está diretamente ligado a estes números. Neste cenário, provavelmente teremos um menor investimento na área de construções de estabelecimentos de saúde, pelo menos na área pública. No entanto, até o momento, o que vemos são pequenas e grandes empresas investindo na reforma ou mesmo na construção de novos hospitais e clínicas. Não temos tido notícia de muitas empresas que pararam, adiaram ou cancelaram seus projetos de novas construções. Algumas alternativas estão sendo colocadas na mesa, como uma parceria público-privada que o governo do Distrito Federal está colocando em marcha para a construção de hospitais, algo inédito na capital. Também no Distrito Federal, onde eu moro e tenho maior contato com o mercado, tenho visto grandes grupos da área da saúde como outros menores investindo em projetos de novos hospitais ou estabelecimentos de suporte a estes. O risco de parar os investimentos em novos projetos é ficar para trás num mercado em que a tecnologia na área da medicina e afins avança atropelando a todos que ficam parados. Temos dito que um hospital que não tem obras parou no tempo e, daqui a pouco, não terá mais pacientes. Investimentos na área de infra-estrutura física são volumosos e de longo prazo. Um projeto de arquitetura e de engenharia para um hospital pode demo-

rar mais de um ano para ser executado. Uma obra, muito mais. Portanto, há que se planejar com tempo para que tudo de certo e neste sentido, mesmo com o mercado financeiro em crise, os investimentos não serão afetados de imediato. A Associação Brasileira para o Desenvolvimento Hospitalar (ABDEH) a cada dia cresce mais e isto reflete o interesse de arquitetos, engenheiros e outros profissionais neste segmento de saúde. Nossas perspectivas para 2009 são de um ano repleto de realização de eventos por todo o País, com cursos, palestras, seminários e visitas técnicas, pois a cada dia os profissionais e as empresas nos procuram para conhecer as novidades. Isto mostra que, apesar da crise, as coisas não param, talvez somente tenhamos alterado um pouco a rota. * Flávio Bicalho é presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento Hospitalar (ABDEH) e especialista em saúde coletiva pela Universidade de Brasília(UnB).

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2009 Aurimar José Pinto*

Reportagem de Capa

Crise

ou Oportunidade?

Foto: Divulgação

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A volatilidade do câmbio, motivada pela crise financeira internacional, poderá mudar o rumo das ações e as expectativas para 2009 no setor de saúde. O cenário que vem se desenhando nestes últimos meses, principalmente pela repentina desvalorização do real, poderá, caso persista, gerar a necessidade de revisões contratuais em função dos impactos no custo dos materiais importados. O volume de importações cresceu a uma taxa média anual de 25% nos últimos três anos. Entretanto, persistindo a tendência de desvalorização cambial, este crescimento poderá ser reduzido, principalmente por conta de bens duráveis (equipamentos médicos), cujo mercado depende de disponibilidade de financiamento e crédito. Com a desvalorização cambial nos níveis atuais, estima-se queda na lucratividade na ordem de 10% a 15%. Esta volatilidade e tendência de alta no câmbio, além de prejudicar o resultado financeiro dos importadores, já provoca instabilidade e incertezas nos negócios do setor de saúde e nos coloca em estado de alerta e monitoramento contínuo sobre o que vai acontecer nos próximos meses. Os números atuais da Associação Brasileira dos Importadores de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed), relativos às importações até outubro de 2008, são de US$ 2,85 bilhões. O crescimento projetado é de 30% em relação a 2007, chegando a um total de US$ 3,2 bilhões. Para 2009, acreditamos que as importações continuarão crescendo na ordem de dois dígitos, tendo em conta fundamentalmente os produtos de tecnologias avançadas não disponíveis na indústria local. Entretanto, o cenário exige cautela. Dado o grande número de variáveis e incertezas, só poderemos ter um quadro mais definido sobre os efeitos da crise econômica no setor de importação de produtos médicos durante o primeiro semestre de 2009. Em meio a todas as preocupações, há que se atentar

ainda mais para o combate à pirataria. Em momentos de turbulências, o ambiente acaba sendo ainda mais fértil à criatividade criminosa. Ao lado de associações coirmãs, a Abimed aprofundou esta discussão com as autoridades, em especial com a Asegi (Agência de Segurança Institucional da Anvisa). É um momento de oportunidade para fomentarmos esta preocupação e a consciência nacional dos riscos desta prática, a fim de encontrarmos meios de combate mais efetivos. Também sabemos que há muitos custos burocráticos e sem valor para o sistema de saúde que podem e devem ser revisados, principalmente àqueles relacionados aos processos aduaneiros. Ainda se perdem e se destróem produtos nos nossos portos e aeroportos, por conta de burocracias administrativas e falta de comunicação entre organismos reguladores e indústria. É no momento de crise que a criatividade humana é colocada à prova. Devemos, como cidadãos e conhecedores dos produtos e do segmento em que atuamos, levarmos a nossa contribuição efetiva e permanente para a construção e manutenção de uma agenda comum de trabalho, já manifestada como de interesse pelas autoridades sanitárias, para a melhoria dos processos atuais. A crise e as pessoas passam, mas os processos ficam. É com este espírito que temos a confiança de que o Brasil continuará crescendo mesmo a taxas modestas, e ainda poderá se tornar um catalisador de um processo de harmonização regulatória para a América Latina e ao mesmo tempo, como membro do G20, ter mais visibilidade no mundo por sua capacidade de harmonia e competência também no setor de saúde, com ações efetivas e motivadoras para novos investimentos estrangeiros. * Aurimar José Pinto é presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed) - abimed@abimed.org.br

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Preparados para o pior,

esperando o melhor O ano de 2009 começa sob muitas incertezas em relação à economia mundial, provocando preocupação e apreensão. Apesar da insegurança que paira sobre os principais mercados, a indústria médico-hospitalar e odontológica brasileira acredita que irá consolidar importantes projetos semeados ao longo de 2008. Por isso, entendemos que o próximo ano será bom e com chances de repetir o desempenho destes últimos 12 meses. Porém, isto exigirá trabalho dobrado. A maneira como guiamos nossos negócios será determinante para ocuparmos uma boa posição quando a economia se recuperar. Dúvidas, especulações e rumores não devem nos paralisar. Pelo contrário, precisamos continuar investindo e superando desafios. Se há algum setor que já aprendeu a conviver com crises no Brasil, certamente, a Saúde é um deles. Embora os reais efeitos desta crise ainda sejam uma incógnita, agora não é a hora de engessarmos nossas ações, mas sim de enfrentar, buscar inovações, continuar projetos e ocupar espaços que irão surgir dentro e fora do País. O maior risco de uma postura amedrontada é o de deixar as oportunidades para os outros. Sob o prisma de negócios, temos a expectativa de manter as taxas de crescimento no mercado interno, sobretudo na área de bens de consumo e nos segmentos atingidos pelos investimentos do PAC da Saúde, o Mais Saúde. No mercado externo, há o importante apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), além do atual câmbio favorável à indústria nacional. Dentro deste contexto, a meta é consolidar o produto brasileiro em novos destinos, assim como destacar a imagem do Brasil como um player importante no setor Medical Devices. Tal posicionamento nos permitirá manter a histórica curva de crescimento que temos atingido com a expansão das exportações. As estratégias para avançar no mercado global incluem

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desde a participação em feiras, missões e prospecções comerciais desenvolvidas pela Abimo, como também a atuação na Feira Hospitalar e no Congresso Mundial de Hospitais, que será realizado no Rio de Janeiro em 2009. Somados a estes mecanismos, temos ainda uma visão alinhada ao eixo diplomático do Brasil, que vem construindo relações bilaterais mais sólidas, tanto nos países mais ricos como nos mais distantes. Agora mesmo, estamos discutindo acordos com a Rússia. Por isso, entendemos que o momento figura como uma oportunidade para inserir o setor nas negociações internacionais. Quanto ao mercado privado doméstico, deverá haver, sobretudo nos principais compradores (mais por precaução do que por problemas de fato), uma moderação nos investimentos. Para a indústria nacional, pode ser uma oportunidade, porque poderá demonstrar claramente sua capacidade de atendimento tecnológico e com ferramentas financeiras de menor grau de risco. Neste caso, não temos, por exemplo, a questão cambial impactando na venda interna, não há este risco atrelado e ainda temos mecanismos de financiamento bem atraentes via BNDES. No setor público, o custeio, a princípio, deverá ser mantido. Poderão ocorrer postergações de investimentos, especialmente em casos de uma crise mais prolongada e até aguda. Neste cenário, teremos impactos consideráveis na arrecadação, gerando uma escassez de recursos momentânea à Saúde. No entanto, a ação conjunta de vários países e a própria troca de comando da maior economia do planeta, os Estados Unidos, sinalizam que teremos pela frente uma crise, mas que não será de proporções drásticas. Deverá ser uma crise curta e, talvez, até que seus efeitos cheguem à Saúde, eles já estejam dissipados. * Franco Pallamoola é presidente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos, Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO)

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Foto: Divulgação

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Henrique Salvador*

Reportagem de Capa

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Integração e eficiência

para uma melhor qualidade na saúde

Foto: Divulgação

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O setor de saúde no mundo passa por uma séria crise de financiamento por motivos largamente conhecidos. Mais do que o diagnóstico, é importante encontrarmos soluções criativas, factíveis e alinhadas com a cultura e com a realidade do nosso sistema. Índices e análises recentes apontam para uma crise econômico-financeira e estrutural de proporção global. Analistas profetizam que, a partir de 2009, deveremos viver uma época de pouco crescimento, ou até mesmo, de recessão em alguns países. Sabemos que, nessas circunstâncias, o setor brasileiro de saúde suplementar deverá sofrer parte do impacto dessas mudanças, já que é alimentado, em grande parte, pelo setor empresarial, que oferece o benefício-saúde aos seus funcionários. Neste momento, toda a cadeia produtiva deste setor poderá ser afetada e as instituições representativas dos respectivos segmentos devem buscar soluções negociadas, que viabilizem a sustentabilidade e os ganhos em eficiência e qualidade já alcançados. Hoje, o grande desafio do setor de saúde é integrar pessoas, processos e tecnologia, de tal maneira a trazer o máximo benefício, que certamente vai se refletir na melhor qualidade da assistência compatibilizada com a maior racionalização de custos e recursos. É exatamente neste sentido que a Anahp pode contribuir, estimulando o desenvolvimento das melhores práticas gerenciais e assistenciais nas suas associadas. Seus 37 hospitais constituem um importante ativo que, em última análise, é uma propriedade do paciente e da nossa população. Esta é a razão primeira de existir a associação e seus números comprovam materialmente essa afirmação: representamos hoje quase 40% de todos os hospitais acreditados do Brasil; o faturamento dos 37 hospitais representa 15% do orçamento global da Saúde Suplementar no nosso país ou R$ 6,3 bilhões por ano. Além disso, 45 mil empregos são gerados, demonstrando a importância social para as comunidades nos quais estão inseridos. Esta

rede é composta por 8,5 mil leitos para atendimentos das mais diversas complexidades. A partir dos comitês de ética e pesquisa, é produzido material médico e hospitalar que impulsiona o conhecimento, tornando-os referência nas mais diversas especialidades da medicina. A integração de pessoas, processos e tecnologia, visando a maior qualidade da assistência, aliada à racionlização de custos, é um valor a ser agregado no sistema e que trará um grande impacto positivo na forma como se pratica a medicina e a assistência hospitalar no brasil. É aqui onde reside a maior possibilidade de parceria e construção de uma agenda positiva entre a Anahp e as instituições que patrocinam o sistema de saúde público do nosso país. Estamos convictos de que a excelência não é um lugar onde já se chegou, mas um horizonte a ser alcançado, com clareza e discernimento. *Henrique Salvador é presidente do Conselho Deliberativo da Anahp

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Para fazer um balanço do ano que termina e traçar perspectivas para o período que se inicia no cenário da saúde, é preciso, obrigatoriamente, comentar a crise que vem abalando as estruturas econômicas do país mais poderoso do mundo. Entretanto, não assumirei, aqui, uma postura pessimista ou alarmista. Ao contrário, arrisco dizer que o turbilhão observado recentemente pode, ainda que de forma indireta, beneficiar o nosso setor, em virtude da necessidade da queda de preço de máquinas, equipamentos, acessórios e insumos. Não se pode comparar o impacto da crise no Brasil e a maneira como os Estados Unidos e outras nações desenvolvidas vêm sentindo os reflexos dos recentes acontecimentos. Por sentir o “baque” de maneira menos intensa, é possível até afirmar que as empresas brasileiras não vão cortar sumariamente os benefícios, o que configura um horizonte relativamente tranqüilo para o setor de saúde suplementar. Preocupante para o mercado, aí sim, é a expansão acelerada da oferta de serviços, especialmente em São Paulo, com o surgimento, ampliação ou consolidação de inúmeros hospitais em 2008 e a expectativa por ainda mais novidades neste ano. Outro fenômeno que agiu com toda força no período que se encerra foi a verticalização. Segundo dados publicados no jornal O Estado de S. Paulo, em setembro passado, o número de hospitais administrados por planos de saúde havia crescido 66% nos últimos dois anos. Em 2009, contudo, essa tendência pode vir a se estabilizar, a não ser que as operadoras se voltem para outros grandes centros, uma vez que sua principal base de clientes se concentra em São Paulo, onde o mercado foi quase que integralmente absorvido. Contribui para esta análise o caráter contraditório da verticalização: um mesmo proprietário investindo em planos de negócios antagônicos. De um lado, a operadora, cujo objetivo é vender planos de saúde, focar na prevenção e ter o menor número possível de internações, cirurgias e consultas, ou seja, diminuir ao máximo a sinistralidade e, de outro, o hospital, que não sobrevive sem acelerar a demanda de consultas, exames e ocupação de leitos, pacientes cirúrgicos, consultas e exames. Por isso, talvez 2009 seja o momento de promover uma reflexão profunda sobre o tema e direcionar o olhar para o conceito de horizontalização, que se constitui na criação e no fortalecimento das redes hospitalares, e tem tudo para ser a grande discussão nos próximos meses. Este ano também poderá ser decisivo para os hospitais no que diz respeito ao triângulo da sustentabilidade, formado pelos vértices: econômico, cultural e socioambiental. No seu vértice econômico, as instituições estão

se movimentando, estão bem estruturadas e avançando rapidamente com o advento da tecnologia da informação e o domínio das modernas técnicas da medicina. Porém, salvo exceções, nos outros dois vértices deste tão almejado triângulo – cultural e socioambiental –, ainda há um longo caminho a percorrer. Sob o ponto de vista cultural, é preciso promover a inserção do hospital na comunidade e incentivar mudanças de comportamento positivas, que favoreçam o crescimento de todos. Já no aspecto socioambiental, mais do que respeitar as legislações vigentes no que diz respeito ao manejo de resíduos, é imperativo adotar energias limpas, minimizar o consumo de recursos naturais e assumir sua parcela de responsabilidade na preservação do planeta. Logo, o mercado exigirá de seus players não só a excelência em qualidade – chegará o tempo em que as operadoras não contratarão apenas serviços que tenham ou estejam buscando uma certificação, nacional ou internacional –, mas também o engajamento no triângulo da sustentabilidade. O turismo médico, ou turismo da saúde, também deverá ter seu lugar ao sol em 2009. No Brasil, o cenário é favorável para o desenvolvimento desse filão. E aí entram em cena não somente a receptividade e o calor humano dos brasileiros, mas também a alta capacitação dos profissionais em áreas diversas, como cirurgia plástica e cardiologia, e os custos significativamente inferiores aos praticados nos Estados Unidos e na Europa. Outra tendência que chega com força é a remuneração por pacotes. Não se trata de uma novidade para as grandes operadoras. É uma perspectiva latente, que deverá ser sacramentada este ano, deixando para trás a remuneração por diárias, taxas, materiais ou exames. Mais uma vez, quem não se adequar, certamente perderá espaço. 2009 começa cheio de novas possibilidades e quem busca bom desempenho, crescimento e sucesso deve estar atento e disposto a fazer a lição de casa e refletir sobre os temas que se descortinam: • Verticalização ou horizontalização? Qual será a bola da vez? • Meu negócio está em sintonia com os três vértices da sustentabilidade? • Quanto eu invisto em certificações de qualidade reconhecidas pelo mercado? • O turismo médico é uma possibilidade promissora? • A remuneração por pacotes faz parte da minha realidade? * Genésio Körbes é administrador hospitalar, com MBA em Gestão Empresarial pela Universidade Vale dos Sinos (Unisinos) e é diretor do Hospital Bandeirantes (SP)

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Lição de casa para 2009

Foto: Ricardo Benichio

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2009 Mario Vrandecic *

Reportagem de Capa

Perspectivas para 2009

Foto: Lucas Goulart

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Não há como pensar nas perspectivas para 2009, sem partir da análise da crise financeira mundial e dos seus efeitos sobre a Saúde. Passado o primeiro momento de surpresa e, até mesmo, de torpor, formou-se consenso quanto à extrema gravidade e a extensão mundial da atual crise financeira. Os governos e os próprios estudiosos perderam algum tempo e sofreram com a tremenda rapidez da disseminação dos seus nefastos efeitos, considerando tratar-se da primeira grande crise no mundo globalizado, interligado e conectado on line. É difícil fugir das comparações com a depressão de 1929, mas os problemas que atravessamos estão cobrando uma expertise muito maior, uma capacidade de análise muito mais rápida, uma atuação conjunta mundial e, sobretudo, ações inovadoras que vão muito além da mera alocação de recursos públicos para os setores mais vulneráveis. Países já reconheceram que suas economias estão em recessão, como o Japão (2ª economia mundial), Espanha e outros. Como é fartamente noticiado, a crise atingiu muito mais do que as finanças das empresas, mas afetou a própria confiança nos sistemas que sustentaram o crescimento das grandes economias mundiais nas últimas décadas. Ao mesmo tempo que buscamos informações para conhecer melhor a crise, temos que nos preparar para enfrentá-la em cada área da atividade humana. Assim, técnicos e estudiosos de cada setor da economia (indústria, serviços, agricultura) encontramse debruçados na análise da repercussão desta crise mundial no seu ramo específico de atividade e como agir para minimizar os danos. Dentro deste cenário de muitas “nuvens”, com previsões, inclusive, de “fortes tempestades”, o setor da saúde tem que ser mais pró-ativo, pois a crise financeira mundial não poupará ninguém. Os serviços de saúde, lato sensu, sempre tiveram

que se planejar com recursos reduzidos, sendo uma prática comum na área médica e hospitalar fazer milagres dentro de orçamentos diminutos. Isto, por um lado, pode ser considerado um entrave frente aos prejuízos que a crise ameaça impor, pois não há reserva a utilizar, mas também pode ter um significado positivo se pensarmos que este trabalho sobrehumano proporcionou uma melhor preparação para momentos como este. Dentro desta ótica, sairão na frente os profissionais e as instituições de saúde que se prepararam melhor para atuar em um mercado competitivo e com recursos contados. Portanto, serão diferenciados aqueles que aderiram aos modelos de excelência e qualidade no desempenho de suas atividades; que adotaram práticas de planejamento; que construíram as condições propícias para atuação de acordo com processos previamente definidos; que possuem sistemas de informação que permitem medir, monitorar e acompanhar os seus resultados; que planejaram com segurança sua atualização tecnológica; que focaram sua atenção na educação continuada; e que se mantiveram fiéis à humanização de seus serviços, buscando sempre entregar valor ao paciente. Em síntese, as perspectivas para 2009 são, basicamente, muita análise técnica da crise e de seus caminhos, aliada ao trabalho denodado e criativo para permitir a sustentabilidade das empresas de acordo com a equação de fazer mais, por menos e sempre com qualidade e excelência. Daí a mensagem às partes interessadas da assistência à saúde: vamos manter e criar os meios necessários para crescer na excelência dos serviços prestados aos nossos clientes, ressaltando as práticas que levam a uma melhor resolubilidade, dentro daquilo que foi planejado. Mais uma vez, a Saúde indicará e marcará aos demais setores da economia o caminho a seguir, sempre com realismo, segurança, criatividade e perseverança. * Mario Vrandecic é presidente do Biocor Instituto

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Alvaro Sugai*

2009 Produtividade é

a palavra da vez no mercado da Saúde

Foto: Divulgação

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Uma tsunami sem precedentes arrasou o mercado norte-americano na segunda metade de 2008, levando consigo o resto do planeta. Empresas pediram concordata, outras foram compradas. Bancos extremamente sólidos anunciaram perdas gigantescas, outros quebraram, deixando milhares de desempregados na terra das oportunidades. Mas a onda não parou, e continuou alagando países inteiros, como a pequena e isolada Islândia. No Brasil, observamos uma retração nos investimentos já em meados de 2008, causados em especial pela alta volatilidade cambial. O Real foi uma das moedas que mais oscilou com a crise, provocando incertezas em relação ao seu posicionamento futuro ou em que nível será sustentado. Como equipamentos e produtos utilizados por hospitais e clínicas são, em grande parte, atrelados ao dólar, o impacto no setor da Saúde foi direto. Tivemos como respaldo o excelente desempenho de todo o mercado de soluções e serviços em 2008, porém, com o impacto forte da moeda estrangeira nos resultados futuros, os players desse segmento tiveram que rever rapidamente estratégias e metas para o ano que começa. Acredito, no entanto, que os investimentos no setor da Saúde certamente não cessarão por completo, e os prestadores de serviços continuarão a necessitar de maior produtividade e redução de custos em suas operações em todos os países. Com isto, nós, os fornecedores de soluções para Saúde, seremos levados cada vez mais a oferecer produtos e serviços que agreguem valor real e melhorias comprovadas aos fluxos de trabalho de nossos clientes. O trabalho em conjunto, o conhecimento das necessidades e dos desafios enfrentados pelos prestadores de serviços aqui no Brasil e os modelos de negócios mais flexíveis serão fatores muito importantes para garantir o sucesso das empresas do setor de Saúde em um ano de crise.

Os desafios serão grandes para toda a cadeia fornecedores, prestadores de serviço, e planos de saúde. Teremos que quebrar paradigmas em busca de novas áreas de atuação. As empresas que se adaptarem em um mercado em transição terão mais chances de enfrentar as dificuldades de 2009. Apesar do momento difícil, teremos também a oportunidade de nos posicionarmos de maneira mais competitiva, experimentando novos formatos de negócios, e nos preparando para quando o mercado retomar o crescimento econômico. Para isso, todos nós precisaremos ser muito produtivos e criativos, termos um nível rápido de resposta às necessidades de nossos clientes, e estarmos conectados cada vez mais com cada um deles. Mas como todo brasileiro, conhecemos bem o que está por vir. Já passamos por níveis inflacionários absurdos, planos e pacotes econômicos de tirarem qualquer um do sério e passaremos por essa crise sem grandes problemas e sendo produtivos como sempre fomos. * Alvaro Sugai é diretor geral da Carestream Brasil

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2009 Eduardo de Oliveira*

Reportagem de Capa

Em busca de um caminho

Foto: Divulgação

A saúde fechou o ano com um balanço bem aquém do esperado pelos que estão direta ou indiretamente envolvidos com o setor. Pouca coisa mudou ao longo de 2008. A Emenda 29, que deveria ter sido aprovada, continua a se arrastar pelas sessões da Câmara, e os hospitais que dependem dos recursos do Sistema Único de Saúde ainda esperam reajuste digno na tabela de preços. Pior, constatamos algumas medidas de auxílio financeiro exclusivas ao setor filantrópico, por parte do Ministério da Saúde e de diversas secretarias estaduais. A tecnologia, mais uma vez, foi o destaque do setor, com o surgimento de novas pesquisas e equipamentos mais modernos. Mas, infelizmente, a realidade da maioria dos 3.495 hospitais privados que atendem pelo SUS não permite acompanhar esse fenômeno da modernização. O investimento necessário para aquisição de um tomógrafo, por exemplo, gira em torno de R$ 2,5 milhões. Para os hospitais que dependem do SUS, o retorno de investimento é quase nulo, já que o valor pago é de R$ 173 por esse procedimento. Completando 20 anos de criação, o SUS ainda não conseguiu firmar-se como um modelo inovador de gestão. Apesar de o governo ter realizado alguns re-

2009

ajustes em sua tabela de procedimentos no ano passado, ainda existe uma grande defasagem a ser corrigida. Diferente de outras parcerias público-privadas (PPP) ou simples contratações de serviços, a saúde é a única em que o preço não é licitado ou ajustado ao custo. A falta de verbas vai agravar a dívida dos hospitais privados que complementam o atendimento à população. Atualmente, a rede hospitalar privada é responsável por 60% dos atendimentos do SUS, podendo chegar aos 70%, como ocorre na Região Sul. Mas se 2008 ficou só na esperança, este próximo ano pode ser movido a atitudes mais concretas. Depende da união e da boa vontade das três esferas do poder. A grande expectativa é a aprovação da Emenda 29, que vai garantir recursos mais justos para a Saúde. Além disso, continuaremos lutando por melhores remunerações dos serviços custeados pelo SUS. Com os valores atuais, a dívida dos estabelecimentos privados já atinge a cifra dos R$ 20 bilhões. Outras medidas se fazem urgentes, como a descentralização dos serviços, que inclui a regionalização de tratamentos e exames que exijam tecnologia de maior complexidade; e o aumento aos incentivos para a qualificação dos profissionais, estimulando a realização constante da investigação científica, o que contribui para a melhoria do atendimento à população. Os hospitais privados precisam deixar de dar prejuízo e retomar o crescimento, antes que seja tarde. Apesar de o governo federal anunciar a liberação de R$ 2,4 bilhões para o Ministério da Saúde no próximo ano, temos a esperança de que, no penúltimo ano de sua gestão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva olhe com mais atenção para as redes de saúde. Enquanto isso não acontece, o aperfeiçoamento das ferramentas de gestão, o compromisso e a busca pela qualidade devem nortear o trabalho de todas as unidades, em benefício de milhares de pessoas que necessitam de atendimento digno. * Eduardo de Oliveira é presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH)

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O ano de 2009 será sempre lembrado como um daqueles momentos raros na história da sociedade humana pelo seu inédito significado. Todos nós – sejamos ou não profissionais da saúde – compartilharemos dos efeitos de uma crise econômica planetária iniciada a partir dos Estados Unidos em meados do ano passado. E juntos também vamos nos debruçar sobre propostas e soluções. E se há esse compartilhamento, a união de todos os segmentos sociais exigirá um estofo ainda mais reforçado. O estofo certo. Crise: os dicionários da língua portuguesa registram o que essa palavra significa. Ela vem do grego e expressa o seguinte: ação ou faculdade de distinguir, ação de escolher, decidir, julgar. A palavra crise tem ainda especial ligação com a saúde. Crise – diz o Dicionário Aurélio - é a alteração que sobrevém no curso de uma doença. Ou então, quer dizer o seguinte: é o acidente repentino numa pessoa em estado aparente de boa saúde ou o agravamento súbito de um estado crônico. Para os médicos e profissionais de saúde, crise sempre fez e fará parte do seu dia-a-dia. E sabemos enfrentá-la. Aliás, nunca é demais lembrar dos ideogramas chineses que representam a palavra crise, pela combinação de dois símbolos. O primeiro ideograma traduz o que é perigo. E o outro expressa o significado de ser oportuno. Ou seja, o ano de 2009 ganha o signo de risco, mas também de oportunidade. Nunca a chamada globalização pôde ser analisada como agora. Até mesmo uma pessoa comum percebe que estamos simultaneamente ligados e afetados pelo que acontece. Uma borboleta bate as asas na Ásia e seus efeitos aparecem deste lado do nosso quintal. Ou da sacada do apartamento. Um profissional da saúde sabe dessas peculiaridades, pois seu cotidiano com pacientes

exige atenção contínua aos sinais e sintomas. Foi-se o tempo em que o médico tratava apenas dos males de seus pacientes e se dedicava profundamente ao conhecimento da sua ciência. Hoje, o médico passou a ser chamado para liderar processos que se revertam em benefícios à sociedade. Desse modo, ele estuda e aprimora as ferramentas da boa administração para exercer o papel de gestor à frente de uma equipe multidisciplinar. O campo se abriu, com a associação do que se adquiriu em conhecimento médico-científico, a prática diária e as técnicas da administração pública. Sábio caminho. Gestão de saúde é algo hoje determinante, assim como a contínua formação de administradores. Num ano marcado pelo signo da crise globalizada, 2009 vai revelar ainda mais uma realidade que não é apenas brasileira: recursos financeiros destinados à saúde nunca serão suficientes. Ainda mais diante da chamada desigualdade sócio-econômica. Por essa razão, administrar a saúde traz um pressuposto: uma gestão deve ser participativa e descentralizada, permitindo a autonomia operacional, técnica e orçamentária, evitando desperdícios e aplicando os recursos a partir de planos sólidos. Não serão apenas os médicos empenhados nesta tarefa em 2009. Planos sólidos serão a tônica dos líderes de nações, dos dirigentes empresariais, de administradores e todos aqueles com responsabilidade diante de um contexto de crise. O ano de 2009 será de escolha, decisão e oportunidade. * José Manoel de Camargo Teixeira é Superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e Coordenador dos Cursos de Especialização em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde da Escola de Administração de Empresas de São Paulo / Fundação Getulio Vargas

José Manoel de Camargo Teixeira*

O novo ano

Foto: Banco de Imagens/HCFMUSP

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2009 Marcos Fumio Koyama*

Reportagem de Capa

Perspectivas para

um cenário adverso

Foto: Renato dos Anjos

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As incertezas e o cenário adverso esperado com a propagação das notícias sobre a crise econômica que assola os Estados Unidos deixaram o mundo em compasso de espera. Ainda que os efeitos da crise americana já tenham chegado ao Brasil e ao resto do mundo, não há como medir com precisão cirúrgica o quanto a economia brasileira e mundial será afetada no próximo ano. Apesar da dificuldade em prever uma realidade que apenas se apresenta – ao menos para os brasileiros – é possível elocubrar sobre potenciais cenários a serem enfrentados nos próximos meses. Em um quadro negativo, no qual a economia não cresce como o esperado, o setor privado é sempre o mais atingido. Nesse contexto, um dos primeiros gastos cortados, reduzidos ou redimensionados é o da saúde suplementar. Opta-se por planos de saúde mais em conta ou pelo corte ou redução do número de dependentes que recebem esse benefício da empresa. A medida, que visa adaptar os gastos da companhia para navegar na crise, pode se refletir diretamente no setor público, gerando potencialmente uma carga adicional aos serviços vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). É bem verdade que o setor público de saúde tende, ao menos num primeiro momento, a permanecer relativamente blindado em tempos de crise. A população não deixa de adoecer nem de necessitar dos serviços de saúde, uma certeza que, por si só, garante a freqüência dos investimentos na área. O mesmo ocorre com as entidades que funcionam sob a forma de parcerias entre o poder público e entidades sem fins lucrativos – as conhecidas Organizações Sociais de Saúde (OSS). Calcado na confiança do poder público no parceiro, em geral uma entidade que tem história e expertise na área da saúde, o modelo de OSS adotado em diversas partes do país se caracteriza por uma forma

mais ágil e econômica de administrar. É certo que uma menor arrecadação de impostos, uma das potenciais conseqüências da crise, pode se refletir em menos orçamento para esse tipo de parceria. Outro reflexo da crise e da provável manutenção da alta do dólar será o aumento da necessidade de planejamento dos investimentos e reorganização das prioridades. Diferentemente dos serviços de administração direta, que não tem a liberdade gerencial como das OSS, entende-se que o planejamento de demanda e oferta de serviços baseada nas necessidades identificadas e orçamentação do custeio são fundamentais para produzir mais, gastando menos, e já existem claros exemplos de sucesso do modelo OSS consagrados após vários anos de vigência deste mecanismo. Será preciso repensar a aquisição de novas tecnologias, priorizando o que é mais importante do ponto de vista assistencial e deixando o estado da arte para outro momento. Também será necessário renegociar prazos e preços de forma cada vez mais inovadora, considerando a questão do custo total de propriedade de equipamentos sofisticados. Por outro lado, da mesma forma que as vinhas que nascem no deserto tendem a produzir os melhores vinhos, os períodos de adversidades podem ser uma excelente oportunidade para que o modelo OSS possa provar seu valor como opção de gestão mais econômica e com maior efetividade na assistência de saúde. Também agora, não somente hospitais gerais e redes de atendimento primário, mas sim centros de altíssima complexidade passam a ser gerenciados neste modelo, marcando uma nova fase na saúde pública. *Marcos Fumio Koyama é diretor executivo do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (ICESP) e do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (INRAD-HC FMUSP)

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Rubens Covello*

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Acreditação hospitalar em pauta

Foto: Caroline Bittencourt

Apesar da crise financeira mundial e das perspectivas pouco otimistas para a economia, consultores especializados na área de prestação de serviços de saúde defendem que o próximo ano não deve ser tão desastroso para os processos de acreditação e gestão da qualidade. De maneira geral, um desaquecimento da economia afeta todos os segmentos com a restrição do crédito e o aumento do dólar, o que pode prejudicar investimentos em insumos importados para o setor. A perspectiva para o setor saúde é, portanto de uma desaceleração nos gastos com projetos e muito mais cautela com os custos em 2009. E quando o mercado, avaliando a crise instalada, define como prioridade o corte de custos, entende-se ser prioritária a busca da qualidade na prestação de serviços à saúde, já que é uma necessidade técnica, social e de sustentabilidade. Atividades de acreditação constituem um dos instrumentos para avaliação desses serviços, visando mensurar os esforços voltados para o alcance da qualidade da assistência prestada. A inserção da temática gestão / profissionalização em serviços de saúde, enfoque primeiro dos processos de acreditação, trouxe a discussão da capacidade de auto-sustentabilidade dos serviços, em relação aos seus recursos financeiros e materiais e ao desenvolvimento do seu potencial humano de forma efetiva e eficaz.

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Este novo cenário econômico que se apresenta para 2009, com o acirramento real da concorrência no cenário da saúde, torna crucial a mudança nas estruturas das instituições prestadoras de serviços, para encontrar maior efetividade nas ações da assistência. Os programas de acreditação, sejam eles nacionais ou internacionais, entendem claramente que estarão inseridos neste cenário como ferramentas de gestão e agentes transformadores da cultura e resultados institucionais. O novo modelo de sustentabilidade que será criado nos próximos anos provocará a rápida internacionalização de conceitos de segurança do paciente e de resultados. Desta maneira, um programa de acreditação internacional será muito mais absorvido pelo mercado, o que era anteriormente algo elitizado, será palatável às instituições de saúde, sejam elas públicas ou privadas. Vejam que hoje já há três instituições públicas em processo de acreditação internacional. Portanto, muito mais do que procurar um sistema de certificação para possível absorção de pacientes no chamado turismo de saúde, os sistemas de acreditação internacionais serão utilizados para trocas de evidências de boas práticas da assistência e indicadores, entre os diversos hospitais acreditados espalhados pelo mundo. Dentro deste contexto, as perspectivas para acreditação em 2009 são promissoras. Acreditação é um investimento que não poderá ser postergado. A reconceituação estratégica das instituições de saúde para a busca da qualidade e segurança na assistência, aliada a resultados financeiros positivos, é a única garantia de sustentabilidade e sobrevivência de nossas instituições e, com certeza, este é o foco principal dos programas de acreditação de sistemas de saúde por todo o mundo. * Rubens Covello é presidente do Instituto Qualisa de Gestão (IQG)

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Paulo Luiz Alves Magnus*

Reportagem de Capa

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Crise não, oportunidade, sim,

para a gestão na área de saúde

Foto: Divulgação

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A crise que vem engolindo parte considerável da economia mundial é mais uma oportunidade para a área de saúde adequar seus processos e encontrar o caminho da economicidade e lucratividade. Esta é uma das mais profundas, senão a maior crise da economia mundial, e está se alastrando por todo o planeta, consumindo empresas e engolindo riquezas, produzindo efeitos de um tsunami. A primeira parte da economia que está sendo engolida pela crise é composta por ativos mais expostos a riscos, com lastros duvidosos e com gestão ineficiente e ineficaz, exatamente como ocorreu com as localidades atingidas pelo tsunami, aquelas cuja localização era mais suscetível a sofrerem fenômenos da natureza. É certo que assim como vem ocorrendo em todo mundo e, principalmente, nas empresas listadas na bolsa de valores, que já perderam mais de 50% de seu valor de mercado, continuaremos a ver os empregos serem extintos em percentuais assustadores. E o Brasil não escapará, assim como já vem ocorrendo nas grandes indústrias como Vale, CSN e na indústria automobilística, que nos últimos meses perdeu mais de 50% das vendas e como conseqüência as empresas deram longas férias coletivas aos funcionários e iniciaram um processo de demissão de importante parte dos seus quadros de pessoal. A área de saúde, que nos últimos anos tem experimentado bons índices de crescimento, deverá ser atingida pelo efeito dominó, provocado pelas fortes ondas que estão atacando a economia. O problema poderá começar pelo aumento da sinistralidade das operadoras de saúde, provocado pela demissão em massa dos colaboradores com menor tempo de casa e de menor custo de demissão para as empresas. Ocorre que esses colaboradores são jovens e utilizam menos os recursos das operadoras.

Outro fator que deverá provocar aperto nas operadoras, e conseqüentemente nos hospitais, será a pressão das empresas pela redução dos contratos de assistência médica. É neste momento que aparece a grande oportunidade para as organizações da área de saúde acelerarem os investimentos na melhoria da gestão, com a automação dos processos e a redução dos custos. É latente a falta de padronização dos processos de gestão. Cada instituição fica inventando a roda, acreditando ter o melhor processo e o melhor modelo, quando, na verdade, todos têm deficiência em alguma área e os desperdícios são enormes. Devemos ter em mente que na indústria fazem-se projetos de melhoria de processos para a melhoria da eficiência em 0,5% a 1%, enquanto que na área de saúde estes projetos podem levar a melhorias superiores a 20%. Os bancos e as grandes indústrias, na busca pela melhor lucratividade, investem de 3% a 5% dos seus orçamentos anuais em processos de automação e informação, permitindo aos clientes acessar seus serviços e produtos a partir das próprias residências, garantindo conforto e eficiência. Enquanto isso, na área de saúde, a maioria das empresas ainda não conhece os custos dos produtos e serviços que vendem. A área de saúde precisa mudar isso e, nesse momento de crise, construir uma oportunidade, implantando verdadeiros modelos de gestão automatizados; fazer parcerias entre as instituições congêneres, com o objetivo de disseminar as melhores práticas e processos; copiar da indústria as metodologias Lean Six Sigma e; principalmente, mudar a percepção de todos os gestores, elegendo a informação como ferramenta chave para o sucesso das empresas. * Paulo Luiz Alves Magnus é Presidente da MV Sistemas

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S a ú d e B u s i n e ss S c h o o l Os melhores conceitos e práticas de gestão, marketing e vendas aplicados à sua empresa

Módulo 1

Empreendedorismo Em Sete Passos © 2008, ADVANCE Marketing Ltda. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/98. Nenhuma parte desse livro, sem autorização prévia e por escrito da ADVANCE Marketing, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. Este caderno pode ser destacado

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1/13/09 12:21:48 PM


Introdução COM O OBJETIVO DE APOIAR A PROFISSIONALIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DO SETOR, A UNIDADE SETORES E NEGÓCIOS/ SAÚDE DA IT MÍDIA TRAZ MAIS ESTA NOVIDADE PARA VOCÊ. O projeto Saúde Business School é uma iniciativa da revista Fornecedores

planejamento de negócios, com base no conteúdo

Hospitalares em parceria com a Advance Marketing, empresa de treinamento

apresentado, terão a oportunidade de apresentar suas

e consultoria em gestão, vendas e marketing. O

propostas a um fundo de investimentos, na busca por

objetivo é prover às empresas do setor de saúde um

aporte de capital.

conteúdo aprofundado sobre gestão de negócios,

Além do conteúdo veiculado na versão impressa

elaborado por especialistas renomados no assunto e

da Fornecedores Hospitalares, os participantes

composto de apresentação teórica, caso de sucesso

podem acessar o hotsite da Saúde Business

e material prático de apoio, de forma a contribuir

School

para a profissionalização da companhia.

br/businessschool. No site, está disponível

Desenvolvido em 12 módulos, o projeto segue de

para download o material prático, além de

janeiro a dezembro de 2009, publicado mensalmente

informações sobre cada fase do projeto, acesso

na Fornecedores Hospitalares. Ao final do ano, as

aos módulos já publicados e indicações de

empresas que participaram de todo o processo de formação e concluíram o seu

no

endereço

www.revistafh.com.

leituras complementares.

O projeto envolve os seguintes temas: Módulo 1 – Empreendedorismo em sete passos Módulo 2 – Planejamento Estratégico Módulo 3 – Planejamento de Recursos Humanos Módulo 4 – Planejamento de Marketing Módulo 5 – Planejamento e Controles Financeiros Módulo 6 – Planejamento e Gestão de Vendas Módulo 7 – Organização Empresarial Módulo 8 – Sete passos do Gerenciamento de Projetos Módulo 9 – Sete passos para a Tranquilidade Jurídica Módulo 10 – Fusão, Aquisição e Alianças Estratégicas Módulo 11 – Planejamento de distribuição Módulo 12 – Plano de Negócios e busca de capital para crescimento

M Ó DU L O 1 Empreendedorismo em sete passos

Passo 1 – Assumir riscos Passo 2 – Identificar oportunidades Passo 3 – Conhecimento, organização e independência Passo 4 – Tomar decisões Passo 5 – Liderança, dinamismo e otimismo Passo 6 – Planejamento e plano de negócios Passo 7 – Tino empresarial

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1/15/09 12:13:37 PM


E mp r ee n d e d o r ism o em 7 pass o s Por Prof. Dr. José Dornelas

O interesse de toda a sociedade em relação aos pequenos

por garantir o seu lugar no mercado. Dentre

negócios é explicado pelo seu grande significado

uma destas qualidades, está a importância

político e econômico. Político porque as micro e

que os empresários dão ao plano de negócios,

pequenas empresas funcionam como fator de equilíbrio

utilizado-o não apenas como um documento

da estrutura empresarial brasileira e coexistem com as

para captação de recursos, mas como uma

grandes empresas. Econômico porque geram grande

ferramenta de gestão empresarial, sendo visto

número de empregos, por isso, contribuem muito na

como um mapa que guiará a empresa ao seu

geração de receitas e na produção de bens.

destino e ao cumprimento de seus objetivos.

No entanto, muitos empresários não conseguem manter

Neste fascículo vamos apresentar o tema

as portas de suas empresas abertas por muito tempo.

“empreendedorismo e plano de negócios”.

Pesquisas do SEBRAE-SP mostram que cerca de 58% das empresas de pequeno porte abertas em São Paulo

Porém, antes de iniciar precisamos esclarecer

não passam do terceiro ano de existência.

que o empreendedorismo pode ser tanto corporativo quanto de “start-up”:

O que leva tantas empresas à extinção? O que faz com que outras sobrevivam aos trancos e barrancos?

Empreendedorismo –

procura

trabalhar

corporativo os

conceitos

do

O fracasso pode estar ligado à falta de dinheiro no

empreendedorismo e da inovação através

mercado, escassez de recursos próprios, entrada de

de programas voltados ao desenvolvimento

novos concorrentes e mudanças das políticas do governo.

do perfil empreendedor de funcionários e

Mas, uma das causas mais frequentes do fracasso está

executivos e na implementação de novos

ligada, diretamente, aos próprios empreendedores, isto

projetos e negócios corporativos. Aplica-se a

é, à falta de habilidade administrativa, financeira,

empresas já constituídas, de médio e grande

tecnológica e mercadológica.

porte, através de treinamentos, palestras, seminários, workshops e consultorias.

A força que empurra o empresário para o sucesso é,

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sem dúvida, a vontade de enfrentar o desafio de abrir

Empreendedorismo de start-up – procura

o próprio negócio. Mas somada a essa vontade tem

trabalhar com potenciais empreendedores e

que haver a disposição para adquirir conhecimentos

empresas inovadoras em estágio inicial de

e para desenvolver comportamentos adequados a

desenvolvimento, através de treinamentos,

empreendedores bem-sucedidos. Pesquisas feitas

palestras e consultorias relacionadas ao

com empresários de sucesso identificaram qualidades

empreendedorismo,

especiais comuns a todos eles e que foram responsáveis

inovação e capital de risco.

plano

de

negócios,

1/13/09 12:25:20 PM


E m p r ee n d e d o r i s m o e m 7 pa s s o s Pa s s o 1 – A s s u m i r r i s c o s Esta é a primeira e uma das maiores qualidades do verdadeiro empreendedor. Arriscar conscientemente é ter coragem de enfrentar desafios, de tentar um novo empreendimento, de buscar, por si só, os melhores caminhos. É ter autodeterminação. Os riscos fazem parte de qualquer atividade e é preciso aprender a lidar com eles.

Pa s s o 2 – I d e n t i f i c a r o p o rt u n i d a d e s Ficar atento e perceber, no momento certo, as oportunidades que o mercado oferece e reunir as condições propícias para a realização de um bom negócio é outra marca importante do empresário bem-sucedido. Ele é um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.

Pa s s o 3 – C o n h e c i m e n t o , organização e independência

Pa s s o 4 – T o m a r decisões O sucesso de um empreendimento, muitas vezes, está relacionado com a capacidade de

Quanto maior o domínio de um empresário sobre um

decidir corretamente. Tomar decisões acertadas

ramo de negócio, maior será sua chance de êxito.

é um processo que exige o levantamento de

Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de

informações, análise fria da situação, avaliação

informações obtidas em publicações especializadas, em

das alternativas e a escolha da solução mais

centros de ensino, ou mesmo de “dicas” de pessoas que

adequada. O verdadeiro empreendedor é capaz de

montaram empreendimentos semelhantes.

tomar decisões corretas, na hora certa.

Possuir senso de organização, ou seja, ter capacidade de utilizar recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos de forma racional. É bom não esquecer que, na maioria das vezes, a desorganização principalmente no

início

do

empreendimento

compromete

Pa s s o 5 – L i d e r a n ç a , dinamismo e otimismo

seu

funcionamento e seu desempenho.

Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, combinar métodos e

Determinar seus próprios passos, abrir seus próprios

procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas traçadas

caminhos, ser seu próprio patrão, enfim, buscar a

e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno

independência é meta importante na busca do sucesso.

do empreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de negócios

O empreendedor deve ser livre, evitando protecionismos

faz contatos. Seja com clientes, fornecedores e empregados. Assim, a

que, mais tarde, possam se transformar em obstáculos aos

liderança tem que ser uma qualidade sempre presente.

negócios. Só assim surge a força necessária para fazer

Um empreendedor de sucesso nunca se acomoda, para não perder a

valer seus direitos de cidadão-empresário.

capacidade de fazer com que simples idéias se concretizem em negócios efetivos. Manter-se sempre dinâmico e cultivar um certo inconformismo diante da rotina é um de seus lemas preferidos. O otimismo é uma característica das pessoas que enxergam o sucesso, em vez de imaginar o fracasso. Capaz de enfrentar obstáculos, o empresário de sucesso sabe olhar além e acima das dificuldades.

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1/16/09 9:46:52 AM


Pa s s o 6 – Pl a n e j a m e n t o e plano de negócios

Considerações Finais Com o constante aumento do desemprego, muitos ex-funcionários de empresas têm se jogado, sem qualquer preparo, na aventura de montar um negócio próprio,

Existe uma importante ação que somente o próprio empreendedor pode e deve fazer

com o sonho de independência financeira, de liberdade

pelo seu empreendimento: planejar, planejar e planejar. No entanto, é notória a falta

e de ficar rico. A história tem mostrado que uma pequena

de cultura de planejamento do brasileiro, que por outro lado é sempre admirado pela

parcela desses mesmos aventureiros, também chamados

sua criatividade e persistência.

de empreendedores, são os grandes responsáveis pelo

Os fatos devem ser encarados de maneira objetiva. Não basta apenas sonhar, deve-se

desenvolvimento econômico e crescimento do país.

transformar o sonho em ações concretas, reais, mensuráveis. Para isso, existe uma

Porém, a grande maioria encontra uma nova decepção

simples, porém para muitos, tediosa, técnica de se transformar sonhos em realidade:

quando opta pelo negócio próprio e acaba conhecendo

o planejamento.

uma realidade cruel, a qual mostra quão vil é o mercado

Muito do sucesso creditado às micro e pequenas empresas em estágio de maturidade

com aqueles que não estão preparados.

é creditado ao empreendedor que planejou corretamente o seu negócio e realizou uma

A economia de mercado não permite aos

análise de viabilidade criteriosa do empreendimento antes de colocá-lo em prática.

principiantes ou apenas sonhadores saírem vitoriosos.

Quando se considera o conceito de planejamento, têm-se pelo menos três fatores

Isso não significa que se devem aceitar os fatos e deixar

críticos que podem ser destacados:

que o mercado sempre imponha as regras do jogo. Pode-se sim, com um planejamento eficaz, contínuo e,

1. Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-

o mais importante, com uma análise realista, construir

lo e apresentar sua ideia a investidores, bancos, clientes e para seus parceiros, sejam

empresas de sucesso mesmo em tempos de crise. Para

eles fornecedores ou seus funcionários,

isso, o futuro empreendedor deve compreender as regras do jogo antes de jogar e se convencer, a partir de dados

2. Toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros

concretos, que há uma possibilidade de sucesso no

necessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder avaliar os

futuro empreendimento.

riscos inerentes ao negócio, e

O problema é que as ferramentas disponíveis a esses empreendedores, destinadas a fornecer-lhes suporte

3. Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de

nesta tarefa, são mal compreendidas e precariamente

negócios. A maioria destes é composta de micro e pequenos empresários, os quais

utilizadas. O plano de negócios é um exemplo claro de

não têm conceitos básicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa, ponto

ferramenta de gestão comprovadamente eficiente em

de equilíbrio e projeções de faturamento. Quando entendem o conceito, geralmente

muitos casos, mas que, em outros, pelo fato de não ser

não conseguem colocá-lo objetivamente em um plano de negócios.

adequadamente compreendida, acaba não agregando valor à ação empreendedora e cai no descrédito. Os fatores principais que levam a esse cenário são muitos, mas o principal é o fator cultural do brasileiro que não crê no planejamento e prefere errar e aprender com

Pa s s o 7 – T i n o empresarial O que muita gente acredita ser um “sexto sentido”, intuição, faro empresarial, típicos de gente bem-sucedida nos negócios é, na verdade, na maioria das vezes, a soma de todas as qualidades descritas até aqui. Se o empreendedor reúne a maior parte dessas características terá grandes chances de êxito. Quem quer se estabelecer por conta própria no mercado brasileiro e, principalmente, alçar voos mais altos na conquista do mercado externo deve saber que clientes, fornecedores e mesmo os concorrentes só respeitam os que se mostram à altura do desafio.

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os erros. Essa experiência de aprender com os erros seria sempre válida se fosse possível repeti-la mais de uma ou duas vezes, o que geralmente não ocorre por diversos fatores, tais como quantidade de recursos escassos, tanto financeiros como materiais, e número limitado de investidores dispostos a investir. Desta forma, é cada vez mais evidente e necessário que os empreendedores não apenas possuam as qualidades necessárias, mas principalmente, que vejam o planejamento, materializado por meio do plano de negócios, como a sua principal arma para construir ou levar o seu empreendimento a um crescimento com bases sólidas e rumo ao sucesso. O tema é extenso, porém procuramos abordar os principais pontos de forma a apresentar a você quais os principais requisitos para ser um empreendedor de sucesso, seja dentro da empresa onde você trabalha ou naquela que você deseja constituir!

1/16/09 9:47:07 AM


Caso de sucesso Tecnologia nano, resultados grandes Criada por três estudantes da Universidade Federal de São Carlos em 2004, a Nanox, especializada em soluções de nanotecnologia, hoje já tem como sócio um fundo de Venture Capital, o Novarum Cylene Souza - csouza@itmidia.com.br Eles apostaram num negócio praticamente invisível,

Riscos e Oportunidades

mas de demanda crescente: a nanotecnologia. Em 2004, Gustavo Simões, André Araújo e Daniel Minosi, ainda

A identificação de oportunidades tem estratégia

cursando química na Universidade Federal de São

definida e está escrita no plano de negócios. “Nosso

Carlos, no interior de São Paulo, decidiram abrir sua

plano de negócios foi elaborado para cinco anos é

própria empresa, após receber um pedido do laboratório

acompanhado a cada trimestre pelo Conselho de

em que trabalhavam para que desenvolvessem um

Administração, formado por quatro membros.

antimicrobiano para inox.

Procuramos identificar clientes-alvo com produtos

“Já tínhamos esta vontade de empreender, de montar

que tenham uma proposta de valor alinhada com a

um negócio, e tínhamos também o conhecimento

nossa. Não começamos pelo líder de mercado, mas

para garantir o desenvolvimento tecnológico desta

sim pela segunda empresa, por exemplo, que é quem

solução antimicrobiana”, relembra o presidente,

tem necessidade de inovar. Com isso, assinamos não só

Gustavo Simões.

contratos de negócios, mas de parcerias.”

Na época, a empresa contou com um financiamento

Os três sócios também aparentam ter uma outra

de R$ 2,1 milhões do programa Pesquisa Inovativa

característica fundamental ao empreendedorismo: a

na Pequena e Microempresa (Pipe), da Fundação de

disposição em assumir o risco do negócio. “Ele está

Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

sempre com o empreendedor. Brincamos que os fundos

“Isso nos permitiu trabalhar no desenvolvimento de

de venture capital não trabalham com capital de risco,

produtos com nossos clientes, entre os anos de 2005

mas sim de certeza, já que o risco é nosso”, brinca

e 2006.”

Simões. Correr riscos, sim, mas de forma calculada.

Em 2006, os sócios deram mais um passo importante

“Sempre temos o plano A e o plano B, fazemos nossas

e tornaram-se sócios do fundo de venture capital

análises - já que somos bastante exigidos em assuntos

Novarum, que tem entre os cotistas empresas

como margem de contribuição e retorno sobre o

como Banco Interamericano de Desenvolvimento

investimento - e, quando temos certeza, seguimos em

(BID), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep),

frente. Acredito que nosso tino empresarial esteja na

Coteminas e grupo Icatu. “Nos tornamos uma

vontade de correr riscos e na necessidade de crescer.

empresa S.A. e com isso surgiram novas demandas,

Nenhum de nós nasceu em berço de ouro, mas

como a elaboração de um plano de negócios que

queremos que nossos filhos nasçam”, conclui Simões.

nos auxiliasse a explorar o mercado logicamente e a adoção da Governança Corporativa, que hoje está no nível 2 na Nanox”, conta Simões. Os

recursos

investimentos

captados em

também

marketing

e

ampliaram permitiram

os a

customização do produto. “A partir de 2007, passamos a explorar ainda mais o NanoxClean, principalmente para o segmento hospitalar, de linha branca (eletrodomésticos) e polímeros. A área hospitalar é um de nossos principais focos, porque a proposta de valor é facilmente percebida.” A empresa também desenvolveu duas outras linhas, a Nanox Barrier, com soluções para a conservação de materiais que sofrem processos de corrosão em altas temperaturas, e a Nanox Solutions, que produz equipamentos para a fabricação de nanopartículas e aplicação de resinas nanoestruturadas.

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1/13/09 12:30:02 PM


Sobre os Autores Dagoberto Hajjar

Sistemas de Informação e Telecomunicações.

negócio”, “Planos de Negócios que dão

Trabalhou 10 anos no Citibank em diversas

Atuou

Telecom,

certo”, “Empreendedorismo na Prática”,

funções de tecnologia e de negócios, 2 anos no

Dualtec, CTBC e em diversas empresas de

“Empreendedorismo, transformando ideias

Banco ABN-AMRO, e, 10 anos na Microsoft

VoIP. Certificado PMP pelo PMI. Mestre em

em negócios”, “Planejando incubadoras

exercendo, entre outros, as atividades de Diretor

Economia pela FGV/SP e professor da PUC/SP.

de

na

Procomp,

Brasil

empresas”

e

“Empreendedorismo

Corporativo”, tendo sido, este último, finalista

de Internet, Diretor de Marketing, e Diretor de Estratégia. Atualmente, é Diretor Presidente da

Dr. Henrique França

do prêmio Jabuti 2004. Detalhes em www.

Advance Marketing.

É formado pela Pontifícia Universidade

josedornelas.com.

Católica de São Paulo (PUC/SP), com

Soraia Barbi

especialização em finanças na Fundação

Ruy Moura

Soraia tem mais de 20 anos de experiência na

Getúlio Vargas (EASP/FGV); com curso de

Possui

área de eficiência em processos empresariais

Mestrado (LL.M) pela Boston University, EUA.

empresarial, dos quais 12

tendo atuado por vários anos como principal

Atou como consultor jurídico de empresas de

como consultor em planejamento estratégico,

executiva de uma empresa de desenvolvimento

diversos setores, incluído software, financeiro

engenharia financeira, operações de fusões &

de sistemas e serviços Internet, acumulando

e comercial e autor de artigos publicados em

aquisições. Foi também diretor de diversas

grande conhecimento em gestão empresarial

jornais no Brasil e Revistas especializadas

empresas nacionais e multinacionais nas áreas

e gerenciamento de projetos. Nos últimos 4

no exterior como Journal of Science &

de comércio exterior,

anos tem atuado como consultora sênior da

Technology Law, 1998 (“Legal Aspects of

e tecnologia da informação. Anteriormente,

ADVANCE Marketing.

Internet Securities Transactions”).

trabalhou no governo federal, em diversos

mais de 27

anos de experiência anos atuando

infraestrutura, energia

cargos de direção e assessoramento na área

Formada em administração de empresas (FAAP)

Prof. Dr. José Dornelas

econômica. Administrador com Pós-graduação

É um dos maiores especialistas nacionais

em Engenharia Econômica pela Universidade

Fernando C. Barbi

em empreendedorismo e plano de negócios,

do DF - Brasília. Atualmente, é Diretor da

Fernando é Gerente de Projetos especializado

autor de 6 best-sellers pela editora Campus:

Acquisitions Consultoria Empresarial Ltda.

em TI com 18 anos de experiência nas áreas de

“Como conseguir investimentos para o seu

(http://www.acquisitions.com.br)

com pós-graduação em marketing (ESPM).

S o b r e a A d va n c e M a r k e t i n g A ADVANCE Marketing é uma empresa

Oferecemos ao mercado treinamento e

de treinamento e consultoria em gestão,

consultoria nas áreas de:

vendas e marketing. Nossa missão é maximizar a performance das empresas

• Plano estratégico e plano de gestão empresarial

através de consultoria em áreas vitais,

• Empreendedorismo e Plano de Negócios

desta forma, fortalecendo e tornando

• Planejamento de marketing e canal

o canal de vendas e distribuição

• Atividades de marketing e geração de demanda

melhor preparado para competir. Para

• Planejamento de recursos humanos, motivação e remuneração

isso, contamos com uma grande rede

• Vendas - capacitação da equipe de vendas utilizando metodologias como Solution Selling, Target

de profissionais e escritórios em São

Account Selling, SPIN Selling, Value Selling e Strategic Selling

Paulo, Miami, Califórnia, México,

• Tele-vendas – eficiência máxima em atendimento e vendas por telefone

Argentina e Nova Zelândia. Fazem parte

• Liderança e Coaching – treinamento de liderança para gestores

do nosso portfolio de clientes empresas como Microsoft, Oracle, IBM, Intel,

Adicionalmente, oferecemos serviços nas áreas:

Progress, Avaya, Cisco, Symantec,

• Pesquisas de mercado

Serasa, Bematech e mais de 500 outras

• Atividades de marketing e geração de demanda

Rua Afonso Brás 473 – 1º andar

• Geração e acompanhamento de oportunidades

04511-011 Vila Nova Conceição

companhias.

ADVANCE Marketing Ltda.

São Paulo / SP – Brasil Telefone: +55-11-3044-0867 Email: advance@advancemarketing.com.br Web-site: www.advancemarketing.com.br

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1/13/09 12:30:03 PM


Saúde business school

Saúde Business School é uma iniciativa da IT Mídia, em parceria com a Advance Marketing. Todos os direitos reservados.

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1/13/09 12:30:52 PM


Gonzalo Vecina Neto*

09

Os hospitais

filantrópicos e 2009

Foto: Glener Shibata

O ano novo, por tudo que andam falando, promete momentos difíceis para todos. Também os hospitais filantrópicos receberão sua dose de crise. As fontes de financiamento privadas sofrerão pela redução do emprego e da capacidade das empresas contratarem planos de saúde e as públicas serão afetadas pela redução do dinamismo da economia, pela retração da arrecadação de impostos, e consequente queda da capacidade de financiamento da saúde pública. Porém, existe um ventinho soprando que pode indicar algumas boas notícias para contrabalançar a crise. O projeto de lei do líder do governo, Senador Romero Jucá (PMDB – RR), e a própria MP 446, apontam para uma linha de base nova para o setor. Em que pese à forma como está sendo discutida, em particular a questão da anistia, a proposta abre uma discussão criada pela Constituição de 1988 e que até agora não teve andamento. O SUS mudou o setor saúde e o Brasil passou por transformações radicais nesses dezoito anos. E nós fazemos de conta que tudo continua igual. Que um hospital de 30 leitos é igual a um de 200. Que a tecnologia não diferencia. Que custo é uma ficção. Que é possível fazer um hospital funcionar e salvar vidas sem recursos. Que a insegurança jurídica que campeia estas instituições é fruto de seus próprios interesses e ações, e não da inação de sucessivos governos (ou de sua ação atabalhoada, como ocorreu com o decreto publicado no final do governo de plantão, em dezembro de 2002). Chega! Temos que discutir de maneira transparente o financiamento da rede hospitalar e, em particular das filantrópicas, e a benesse das isenções/imunidades que o legislador colocou na Carta Maior são, sim, devidas. Tratam-se de instituições comunitárias e sem finalidade de lucro (nada contra este último). Reinvestem todo o seu resultado na operação. Se falta transparência, vamos construí-la. Se faltam controles, vamos construí-los. Não dá mais para continuar nesse esconde-esconde.

No entanto, auspicioso foi assistir a assinatura, em 17 de novembro, dos termos de ajuste firmados entre o Ministério da Saúde e os seis hospitais que se habilitaram dentro do que dispõe a portaria MS 3276/07, que regulamenta o decreto 5895/06. Os hospitais Albert Einstein, do Coração, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, Samaritano e Sírio-Libanês, e as autoridades sanitárias do País (sim, pois participaram os secretários estaduais e municipais envolvidos) estão construindo um novo capítulo na história do SUS. Financiados pela renúncia fiscal destas instituições e movidos pela sua disposição republicana e vontade de servir, montou-se um conjunto de projetos negociados nas três esferas de poder da Saúde que, quando implantados, ajudarão a introduzir melhorias no SUS. Estes projetos devem utilizar até 30% do total da renúncia em ações assistenciais e o restante em ações de apoio nas áreas de ensino, pesquisa e apoio à gestão. O controle da utilização dos recursos realizar-se-á por meio da prestação de contas semestrais ao Ministério, com parecer prévio de auditoria independente, baseado na demonstração dos custos apurados e contabilmente registrados. Estamos criando o novo e certamente teremos que refazer algumas das decisões que estão em marcha. Mas não podemos perder de vista que esta é uma solução que resolve parte das questões apontadas acima. Portanto, temos que continuar a busca para oferecer às instituições filantrópicas e ao SUS novas soluções e com isso dar-lhes tranqüilidade jurídica e econômica. Neste novo ano, vamos lutar contra a crise, vencê-la e construir novas bases de relacionamento com a sociedade. Um novo momento para os nossos fundamentais hospitais filantrópicos e para o SUS, conquistas da cidadania brasileira. * Gonzalo Vecina Neto é docente da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e atua como Superintendente Corporativo do Hospital Sírio-Libanês

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1/15/09 12:22:16 PM


Cid Pinheiro de Oliveira*

Reportagem de Capa

2009

2009: Novos desafios e novas conquistas para as OSS Foto: Guilherme Bessa

O ano de 2009 representará mais uma importante etapa na trajetória das Organizações Sociais de Saúde (OSS), que, com apenas uma década de vida, são hoje consideradas um modelo consolidado e de destaque dentro do cenário da saúde brasileira, o que vêm comprovando cada vez mais o seu objetivo: melhorar o acesso da população à atenção hospitalar. O ano de 2009 será trilhado com novos desafios, novos caminhos para percorremos, cujo foco é um trabalho cada vez mais sério e de qualidade em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), pautado pelo aumento desta parceira, por meio da ampliação de novos serviços aos usuários, sempre em busca da excelência. A excelência é um dos pilares dentro das OSS, visto que onze das instituições gerenciadas pelas organizações sociais possuem um dos mais importantes medidores da eficácia do trabalho desenvolvido, o certificado de qualidade concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), que avalia as práticas de gestão, bem como a organização dos

2009

processos. Em geral, a intenção é que, no próximo ano, a eficiência e a qualidade continuem crescendo dentro do modelo de OSS, por meio dos fundamentos, metas e práticas estabelecidos pela SES, fundamentos estes estreitamente relacionados com inovações na gestão, e evidentemente na tecnologia para o desenvolvimento local integrado e sustentável.

Uma parceira de sucesso

As OSS são o fruto de uma parceria bem sucedida com a Secretaria de Estado da Saúde da Saúde, e servem de exemplo claro de como é possível melhorar o sistema público de saúde, oferecendo à população um serviço gratuito e de qualidade, que desde o dia 4 de julho de 1998 - data da publicação da Lei Complementar nº 846, que regulamentou as OSS para atividades de saúde e de cultura - vem mostrando a sua importância perante a sociedade. Prova disso é o aumento constante do número de instituições gerenciadas pelas organização sociais, num modelo que, hoje, ganhou relevância nacional. Com o passar dos anos, o sistema das Organizações Sociais de Saúde provou sua eficiência como um modelo inovador de gestão hospitalar pública, desenvolvido por tradicionais entidades filantrópicas de credibilidade na área da saúde. Que venham os desafios, que venham as conquistas em 2009! * Cid Pinheiro de Oliveira, Diretor Executivo do Hospital Geral de Pedreira

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2009

9

200

Mesmo em meio à crise econômica mundial, muito se tem falado e apostado no potencial de crescimento dos mercados emergentes. Boa parte desse otimismo se deve aos investimentos feitos nessas regiões em anos anteriores. Muitas dessas iniciativas estão atingindo sua maturidade agora e deixam países como o Brasil em condições de enfrentar as eventuais dificuldades do cenário global em 2009. No segmento de equipamentos médicos, foram anunciados nos últimos anos investimentos em novas fábricas, aquisições de empresas e transferência tecnológica. Os ref lexos dessas iniciativas serão sentidos de diversas maneiras durante este ano: os fabricantes serão capazes de melhor atender às necessidades específicas de clientes de mercados emergentes, como o Brasil e a América Latina; a indústria local se desenvolverá ainda mais; e o setor de saúde se beneficiará como um todo. A fabricação local de equipamentos e a transferência de tecnologia já estão facilitando o acesso a equipamentos médicos que se adequam melhor às necessidades específicas dos hospitais, clínicas, profissionais de saúde e pacientes de países emergentes. O que a indústria está fazendo é entender quais são as funcionalidades e aplicações mais apropriadas para os profissionais brasileiros e a partir delas desenvolver equipamentos com tecnologia de ponta, de forma que hospitais e clínicas possam atender melhor a uma quantidade maior de pacientes, ampliando também o acesso à saúde no país.

Os investimentos feitos no Brasil, seja por meio de aquisições ou de investimentos em novas plantas, também ajudarão o país a se posicionar como um importante player no mercado global de cuidados com a saúde em 2009. A indústria está desenvolvendo fornecedores locais de componentes por meio de capacitação técnica. Guardadas as devidas proporções, o setor de equipamentos médicos está passando por um processo semelhante ao do segmento automobilístico em décadas passadas, com o desenvolvimento de uma cadeia produtiva formada por empresas nacionais de diversos portes e multinacionais com presença local. Com esses investimentos, o País também está se preparando para ser uma plataforma de exportação não só para a América Latina, mas para outros mercados emergentes, que têm necessidades similares às do país. Ou seja, a produção local vai contribuir para equilibrar a balança comercial no segmento médico que, a partir de agora, conta com produtos nacionalizados, que também passam a ser exportados a partir do Brasil. Quanto mais tivermos uma cadeia produtiva local qualificada, mais será possível baratear custos e aumentar o acesso da população a todos os tipos de exames de diagnóstico por imagem, o que ajudará as pessoas a viverem mais e melhor. * Wilson Monteiro é Diretor de Cuidados com Saúde da Philips do Brasil

Wilson Monteiro*

Equipamentos com a cara do mercado local

Foto: Divulgação

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1/12/09 5:49:01 PM


Melhores Práticas

A importância do atendimento

Foto: Divulgação

multiprofissional na UTI Fernando de Marco, coordenador da UTI do Hospital Vivalle Juliana Barbosa de Matos, fisioterapeuta do Hospital Vivalle

“O paciente grave deve ter sua assistência prestada por uma equipe multiprofissional, que atua de forma integrada e realiza intervenções baseadas nas melhores evidências disponíveis”. Essa recomendação é consenso absoluto nas diferentes sociedades de terapia intensiva ao redor do mundo. No entanto, aqui no Brasil, as equipes que atuam nas UTIs ainda têm composição e organização heterogêneas. Isso ocorre devido a múltiplos fatores, entre eles, destacamos nossas dimensões continentais, disponibilidade errática de profissionais e diferentes práticas de financiamento e reembolso dos serviços prestados. No Hospital Vivalle, localizado em São José dos Campos, no interior de São Paulo, uma experiência constatou a importância que a ampla presença dos fisioterapeutas pode ter nos resultados clínicos da UTI. Em dezembro de 2007, por iniciativa da diretoria, o atendimento da equipe de fisioterapia, que estava presente à beira-leito das 7h às 18h, foi extendido até as 24h. Além disso, foram instituídas visitas multidisciplinares com foco na extubação, um check-list para facilitar o processo de desmame e um protocolo de mobilização precoce, que visa a redução do tempo de ventilação mecânica. Os resultados foram tão positivos que trabalhos desenvolvidos com base nesta ação foram selecionados para apresentação no fórum mun-

dial do IHI (Institute of Healthcare Improvement), realizado na cidade de Nashville, nos Estados Unidos , de 8 a 11 de dezembro de 2008, e no Congresso da Sociedade Americana de Medicina Intensiva, que acontece de 31 de janeiro a 4 de fevereiro de 2009, também na cidade de Nashville. Para estes trabalhos, pesquisamos um grupo de 340 pacientes, dividindo-os em 2 grupos, sendo um de 166 pacientes antes da ampliação do atendimento fisioterápico e outro de 174 após a ampliação, e contatamos que o tempo médio de ventilação mecânica foi reduzido em mais de 40%, caindo de 19 para sete dias. Houve também uma queda na taxa de infecção associada à ventilação mecânica, de 5,4% para 0,6 %, e no tempo de internação geral dos pacientes, de 6,3 dias para 3,6. Esses resultados são extremamente importantes e animadores, pois representam uma redução do risco de morbidade dos pacientes e um melhor controle dos custos assistenciais, uma vez que este grupo está entre os que mais consomem recursos e tem maior risco de morte. Diante deste cenário, a presença da equipe de fisioterapia foi considerada fundamental para a obtenção desses resultados e reforçou a ideia da multidisciplinaridade como forma de implementar ações de melhorias nas instituições de saúde.

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Espaço Jurídico

O mundo Foto: Divulgação

da saúde também é plano Rodrigo Alberto Correia da Silva é sócio do escritório Correia da Silva Advogados, presidente dos Comitês de Saúde da Câmara Britânica de Comércio (BRITCHAM) e da Câmara Americana de Comércio (AMCHAM), advogado de diversas associações de classe e empresas de produtos e serviços de saúde e Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e autor do livro “Regulamentação Econômica da Saúde” rodrigo@correiadasilva.com. br

O PAC–Saúde busca o desenvolvimento do parque industrial deste segmento no Brasil. Contudo, cremos que o programa carece de ajustes fundamentais para que seja bem sucedido e seus resultados sejam duradores. Os principais catalisadores do desenvolvimento industrial utilizados na aplicação do PAC-Saúde são: (I) Concessão de financiamento público; (II) Uso de poder de compra do Estado para privilegiar indústrias locais; (III) Utilização de barreiras não-tarifárias mais facilmente transponíveis pela indústria local. Conceitualmente falando, vemos que se pretende, no ambiente econômico e regulatório atual, “adubar” as indústrias locais com financiamento e lhes garantir mercado local protegido. Temos, portanto, o retorno das políticas desenvolvimentistas de décadas atrás, que infelizmente trouxeram apenas perda de competitividade global da indústria local, gastos excessivos para o setor público e reduziram o acesso da população brasileira aos melhores produtos pelos melhores preços. Exemplos há vários, como a indústria automobilística, bélica e de informática, que resultaram apenas em favorecimento de poucos, e empresas inviáveis que quebraram quando confrontadas com condições reais de mercado. Porém, não cremos que a falha do conceito de implementação invalide a intenção de ampliar o parque industrial local no setor saúde ou em quaisquer outros. Todos os países buscam isto e não devemos ser diferentes, tanto mais considerando o desafio social enfrentado pelo Brasil. Sendo assim, temos obrigação de sugerir um caminho que na nossa visão seria mais eficiente para os setores público e privado nacionais, especialmente no que tange a alavancagem dos retornos dos financiamentos que forem concedidos e a perenidade do desenvolvimento que for gerado. Na nossa visão, melhor que plantar e adubar sementes em um terreno pedregoso, sem irrigação e

infestado, como é o setor saúde no momento atual do Brasil, seria retirar as pedras, preparar irrigação natural e deixar o terreno limpo para que as plantas que ali já estão possam crescer frondosas e novas sementes naturalmente se depositem e floresçam. Saindo da metáforam, vamos às ações: • melhorar a eficiência, eficácia e previsibilidade da regulação brasileira pertinente ao setor saúde, tanto das normas vigentes quanto sua aplicação pelas agências reguladoras especialmente, Anvisa e ANS; • garantir a fruição dos retornos dos investimentos realizados, protegendo a propriedade intelectual; mantendo a segurança e a previsibilidade dos marcos regulatórios das fontes de pagamento na venda dos produtos ou serviços, sem interferência política na arbitragem de preços; reduzindo encargos fiscais e trabalhistas; • fomentar e viabilizar a inovação aplicada a produtos e serviços, facilitando a realização de pesquisas clínicas e a cooperação entre empresas e universidades; • Garantir que o sistema educacional proveja continuamente profissionais qualificados para trabalhar em um mercado globalizado. Este conjunto de metas não é novo e tampouco simples de ser aplicado. Entretanto, uma vez que a sociedade e o governo decidam implementar este plano e sejam bem sucedidos, não só o financiamento público gerará resultados muito melhores e perenes, como o ambiente atrairá investimento nacional e estrangeiro para o setor de saúde brasileiro. Com ambiente favorável e financiamento farto e barato, é inevitável que surjam ou se desenvolvam empreendimentos nos quais tenhamos reais vantagens competitivas que se sustentem quando confrontadas com o mercado mundial. O que me faz lembrar que a indústria de serviços de saúde não poderia deixar de ser considerada no PAC-Saúde, já que somos tão bons neste negócio.

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Artigo RH

Foto: Caroline Bittencourt

Realizar em 2009 Estefânia Chicalé Galvan Sócia Diretora da Fator RH fatorrh@fatorrh.com.br

Algo bem prático. Você deve escolher, a cada ano que entra, um ou dois projetos que possam fazer a diferença e se dedicar a eles, concentrando todo o seu foco e seus esforços. Mas o primeiro passo indispensável para conseguir as coisas que você quer da vida é decidir o que você realmente quer. Que tal iniciar o ano de 2009 com um projeto para enriquecer ainda mais as competências da sua Liderança? Você certamente dependerá de outras pessoas para realizar seus projetos. Então exercite a tolerância e busque inspiração nas palavras de Roy H. Willians, presidente de uma empresa de publicidade, e também um experiente consultor norte americano, que conseguiu mostrar poeticamente o valor da competência da comunicação na vida de cada um de nós: “As palavras são elétricas; devem ser escolhidas de acordo com a tensão emocional que transmitem. Palavras fracas e previsíveis tornam ideias grandiosas tão insípidas que acabam por se perder em meio à escuridão do esquecimento. Mas palavras poderosas, em combinações singulares iluminam, com brilhantismo, a mente dos seres humanos...” E se este publicitário consegue visualizar a Força Elétrica das Palavras, Rudyard Kipling já é mais ostensivo ao afirmar que: “As palavras são, é claro, a droga mais poderosa já usada pela Humanidade”. Se você exerce um cargo de Liderança ou pretende um dia exercer, preste muita atenção, pois sua função ao terminar de ler estas linhas é refletir: Como estou escolhendo as minhas palavras? Ou simplesmente ainda sou daquelas pessoas que acreditam que tudo que vem à cabeça deve ser

transformado em palavra e verbalizado? Avalie o impacto de suas palavras na mente e no coração da sua equipe. E reflita o que você pode estar causando; os efeitos colaterais podem causar sérios danos no entusiasmo das pessoas que vivem ao seu redor, e pode ser que os efeitos colaterais estejam principalmente na vida de seus colaboradores. Deixo como sugestão um projeto para 2009. Busque palavras poderosas, não para destruir ou coagir, mas para edificar, para construir. Comunicação, afinal, é uma competência fundamental para se atingir grandes resultados, o que enaltecerá sua carreira profissional, isso sem contar os benefícios nas relações com a sua própria equipe. Liderança sem uma competência poderosa de comunicação é, via de regra, um desastre... Assim, neste novo ano, independentemente de crise - e se o Obama vai superá-la ou não - é possível definir esse projeto para a sua Liderança. Aliás, quase sempre há tantos novos projetos para a nossa vida... Será que realmente os estamos realizando? Vamos sair do plano do choro e partir para o plano de ação! O melhor conselho será sempre o bom exemplo, e eu ficarei na torcida para que o seu bom exemplo seja contagiante. Concentre-se no seu projeto, defina como palavra de ordem desenvolver ou lapidar a sua capacidade de se fazer compreender – lembrando-se sempre que: “Comunicação não é o que você diz, mas o que de fato está aterrisando do outro lado”. A energia e o entusiasmo na sua Comunicação serão vitais para seu sucesso como Líder. Apague o lampião e coloque eletricidade na sua comunicação. Sucesso e Felicidades em 2009, mas não esqueça que felicidade também requer esforços!

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Apenas o começo Responsabilidade Social Há dez anos surgia no mercado brasileiro de mídia uma empresa que mudaria a maneira de gerar e distribuir informações e conhecimentos relevantes aos negócios. Após conquistar mercados e profissionais, a IT Mídia enxergou como evolução natural integrar , em sua forma única de fazer negócios, condutas de sustentabilidade e responsabilidade social. Dentre os pilares destas condutas - ambiental, econômico e social - nasceu o Projeto Profissional do Futuro que, por meio de seus quatro Fóruns e em convênio com instituições de ensino, subdisia bolsas de estudo a jovens carentes que estão na fase pré-vestibular e que se encontram em situação de exclusão. Saiba mais sobre o Projeto Profissional do Futuro e outras condutas de sustentabilidade da IT Mídia: www.itmidia.com.br

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Te c n o l o g i a

De olho no

paciente Thais Martins – editorialsaude@itmidia.com.br

O Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com o recente investimento em uma nova rede, conseguiu integrar imagens e informações médicas na mesma plataforma. Isso mostra uma tendência em saúde, que já está presente em outros setores: informatizar serviços para trazer agilidade ao atendimento e aumentar a satisfação do cliente.

Foto: Snapvillage

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Foto: Divulgação Foto: Clóvis Prates

Roberto Magalhães, da Convergence: Profissionais de saúde chegarão ao mercado com visão revolucionária no que diz respeito à TI

Valter Silva, do HC de Porto Alegre: Acesso de informações em tempo real tornou atendimento mais ágil, menos burocrático e mais preciso

Foto: Divulgação

e

dia perfeitamente às necessidades internas. Porém, com o passar dos anos, o sistema passou a sofrer diversas paradas, prejudicando o atendimento. A velocidade passou a ser lenta devido ao número de informações acumuladas ao longo dos anos e foi inevitável a reestruturação. De acordo com o executivo de contas da 3Com, Mauro Levin, responsável pela implantação do novo sistema do hospital, os novos equipamentos garantiram um aumento significativo na velocidade da rede, que passou de Megabit (Mbps) para Gigabit (Gbps), permitindo cumprir um pré-requisito de tráfego de alto volume, viabilizando a execução do gerenciamento de imagens médicas, considerado, neste momento, um projeto de grande importância. “Os benefícios são inúmeros: estabilidade na operação, sem perigo de paradas do sistema; implantação da rede wireless; médicos com atendimento ágil, devido ao acesso completo a todas as informações do paciente, por meio do prontuário on-line; segurança das informações internas por meio das soluções Intrusion Prevention Systems (IPS), a fim de bloquear ataques na rede; etc. Foi necessária uma reestruturação do cabeamento do hospital, além da aquisição de novos equipamentos e treinamento da equipe, processo que levou cerca de um ano para ser finalizado”. Desde a implantação, a rede do hospital tem funcionado sem interrupções, ou seja, sem afetar o atendimento ao paciente. “Executamos exames como ressonâncias e tomografias, que geram arquivos pesados e, geralmente, precisariam de uma plataforma exclusiva. Mas, com a nova solução, é possível utilizar a mesma plataforma, vinculando essas imagens ao prontuário do paciente, o que diferencia a assistência oferecida pelo hospital. Mudamos de uma situação defasada tecnologicamente para uma situação up-to-date. Em função do prontuário eletrônico abrangente, todo o processo é dependente da tecnologia, que precisa funcionar integralmente nos nossos dois mil pontos de acesso”, diz o gerente. Este é o primeiro ano de rede implantada no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Para Silva, investir em tecnologia é uma prioridade. “Recebemos pacientes de todo o Estado e eles são beneficiados indiretamente. Temos um atendimento 100% informatizado, o que nos permite enxergar melhor a operação, tomar decisões mais rápidas e localizar facilmente determinadas informações. Tudo isso nos dá mais credibilidade, uma imagem totalmente positiva e a nossa concorrência nos vê, muitas vezes, como exemplo a ser seguido”, finaliza.

Mauro Levin, da 3Com: Projeto de um ano incluiu re-estruturação do cabeamento, aquisição de equipamentos e treinamento da equipe

Foto: Clóvis Prates

Informações reunidas em um único banco de dados, sistemas integrados com diversos órgãos (como o Serviço de Proteção ao Crédito-SPC), agilidade no atendimento e segurança da informação, são algumas das vantagens que as empresas têm ao aderir aos softwares de gestão. Mas, qual o motivo dessa revolução tecnológica ainda não ser adotada por todos? Segundo o CEO da Convergence Consulting Group, Roberto Magalhães, a área da saúde ainda está despertando para os benefícios da tecnologia e enfrenta uma resistência cultural. “A maioria dos médicos não tem foco administrativo e a TI ainda é considerada um custo. Para o sistema funcionar adequadamente, precisamos da conscientização desses profissionais, para que nos possam ajudar a criar uma solução que atenda perfeitamente às necessidades e às peculiaridades do setor.” De acordo com Magalhães, a tecnologia tem papel fundamental no dia a dia das pessoas e deve ser adotada de forma amigável. “A pessoa que se forma em medicina tem em mente cuidar de doentes. Não está preocupada com as ferramentas que pode usar para incrementar suas atividades. Está voltada para as especializações e novas descobertas da medicina. Hoje, as faculdades estão começando a colocar em suas grades curriculares a tecnologia da informação. As escolas, instituições e laboratórios estão se equipando cada vez mais. Acredito que, nos próximos cinco anos, estes novos profissionais chegarão ao mercado com uma visão totalmente diferente e revolucionária. É um processo que não tem volta.” O Hospital de Clínicas de Porto Alegre é um exemplo de modernidade na área da saúde. O fato de ser uma instituição pública que investiu cerca de R$ 1,5 milhão em um projeto de renovação de seu parque tecnológico demonstra claramente o quanto é fundamental informatizar o sistema hospitalar. “Nossos funcionários têm acesso em tempo real a qualquer parte do hospital, aos exames de imagem realizados internamente, que atendem diariamente a cerca de 2,5 mil pacientes no ambulatório, além dos 743 leitos de internação. O atendimento se tornou mais ágil, menos burocrático e mais preciso”, afirma o gerente de infra-estrutura de TI do hospital, Valter Ferreira da Silva. Com cobertura wireless, a instituição passou a oferecer internet para os pacientes. “Este é um grande diferencial para estas pessoas, em especial àquelas que passam por períodos de internação prolongados, e vem refletindo positivamente no tratamento”, afirma Silva. De 2000 a 2007, o hospital utilizava uma rede ATM, considerada top de linha na época, que aten-

Hospital de Clínicas de Porto Alegre: 2,5 mil pacientes por dia no ambulatório e 743 leitos de internação

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After Hours

Ent re

cordas e acordes Fred Linardi - editorialsaude@itmidia.com.br

Fã da música erudita, Juliana Franco, do Hospital Vivalle, rega sua vida com a música que ouve e que toca. Com as cordas do piano e do violoncelo, não há notas sem harmonia nem acordes sem felicidade

Foto: Snapvillage

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Fotos: Sergio Carvalho

A tecnologia e o mundo digital trouxeram mais música e praticidade para se ouvir o que for, no momento em que se deseja. Basta ter um mp3 player ou músicas gravadas no computador, apertar o play e ouvir uma reprodução da melhor qualidade. Seja em casa, no carro, ou no trabalho, qualquer ambiente permite a presença da música. Na sala de Juliana Franco, diretora de enfermagem do Vivalle, não é diferente. Ao lado do seu computador, as caixinhas acústicas soam acordes clássicos, eruditos, entre concertos e sinfonias, refletindo positivamente em seu trabalho e indicando uma das grandes paixões de sua vida. Tudo começou quando ela tinha sete anos e iniciou as primeiras lições de piano. As teclas brancas e pretas davam-lhe a marcação das notas, com o som aperfeiçoado na pressão dos pés nos pedais. Foram anos de prática, que lhe garantiram a formação completa na arte do grande instrumento de cordas. Juliana iniciou até uma especialização, sempre seguindo a vida pessoal, musical e profissional paralelamente. O piano rendeu-lhe boas experiências, o suficiente para a certeza de que não conseguia viver deixando de tocar o instrumento por um dia sequer. A arte, no entanto, não é absoluta ao ponto de limitar talentos. Juliana tinha certeza de que o piano jamais sairia de sua vida. Para apaixonados por música como ela, no entanto, outros sons sempre insistem em chamar a atenção de quem se propõe a tocá-los. E foi como num dia qualquer que, há dez anos, ela sentiu uma emoção diferente, ao ouvir um novo instrumen-

to. “Eu estava fazendo um curso de improvisação de piano e, na ocasião, veio uma orquestra para se apresentar ao grupo. O som do violoncelo me chamou a atenção de tal forma que eu decidi aprender a tocá-lo”, relembra Juliana. O som era lindo, mas o aprendizado, sempre árduo. As semelhanças entre um piano e o violoncelo param nas cordas. Enquanto as notas do piano são acionadas por teclas visíveis, com seu parente distante não funciona bem assim: as quatro cordas do violoncelo se estendem ao longo de um braço sem marcações de notas. Ao contrário do violão, não existem as divisões, chamadas trastes, em que o músico identifica as posições dos dedos. No violoncelo, esse espaço é liso. Para dificultar um pouco mais, a mão que não se incumbe de pressionar as cordas, geralmente acompanha com um arco na parte inferior, assemelhando-se agora ao funcionamento de um violino. O som varia de acordo com a pressão que se faz com o arco, que muda a cada instante. Foi isso que acompanhou o pensamento de Juliana no longo período de aprendizado, muita paciência e estudos. “Minha professora dizia que talento era apenas 10% do processo, o restante era suor mesmo”, diz a diretora. A transpiração não foi à toa. Hoje, além de compor a Orquestra da Sociedade Filarmônica Joseense (Sofij), sob a regência do maestro Rogério Santos, ela assume a posição de spala do naipe, ou seja, entre os outros músicos de violoncelo, é Juliana quem comanda esses membros. Como integrante da orquestra, já se apresentou dezenas de vezes em eventos e palcos maio-

res, como no Teatro Municipal de São José dos Campos, onde a Sinfônica apresentou, entre outras músicas, As Quatro Estações, de Antonio Vivaldi. Para Juliana, o prazer de tocar não está apenas nas notas que ecoam harmonicamente. “Quando tenho um dia mais pesado e chego em casa com uma carga maior de stress, sento-me ao piano na minha sala e escolho uma música de composição bem carregada, como um chorinho de Chiquinha Gonzaga, ou a sonata Patética de Beethoven, e despejo toda aquela carga na música”, diz, concluindo que, “ao acabar de tocar, já estou completamente renovada”. A música ainda traz benefícios no próprio trabalho. Por isso, Juliana costuma ouvir na mesa de sua sala, pois, com ela, consegue ficar mais concentrada naquilo que está fazendo. Para sua equipe, os aprendizados da música se estendem. “Todo o espírito de equipe de uma orquestra, eu passo para os nossos enfermeiros que, assim como músicos, são afinados e disciplinados. Se alguém falha, o conjunto está comprometido também”, compara a diretora que, diante de sua equipe, assume de fato a posição de uma maestrina. Os estudos em música já a levaram a pesquisar também a bibliografia sobre musicoterapia, que a fez se deparar com pesquisas que comprovavam o poder da música no alívio de dores crônicas. “Tenho planos, para este ano, de trazer a música erudita, com arranjos tranquilizadores, no setor de oncologia”, projeta, prevendo um bom resultado, como a simetria harmônica de uma bela composição.

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Carreiras

Foto: Divulgação

Hospital Vita Batel contrata gestor de Operações João Francisco Ribeiro acaba de assumir o cargo de Gestor de Operações no Hospital Vita Batel, em Curitiba. Graduado em Administração de Empresas, ele tem aperfeiçoamento em Gestão Hospitalar e MBA em Gestão Empresarial de Planos de Saúde. Ribeiro ingressou na área da saúde há 18 anos, após carreira no ramo industrial nas empresas Nestlé e Basf.

Sociedade dos Ortopedistas

tem novo presidente A nova Diretoria da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) passa a ser presidida por Romeu Krause Gonçalves. O ortopedista formou-se pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, tem especialização pelo "Royal National Orthopaedic Hospital", da Inglaterra, fez mestrado em São Paulo, na Unifesp, e foi presidente da So-

EVOLUÇÃO TRADIÇÃO

&

ciedade Brasileira de Artroscopia. Há 10 anos, ingressou como sócio da Sbot, da qual era vice-presidente e agora assume a presidência. De acordo com Krause, a nova gestão da Sbot vai continuar investindo em campanhas de prevenção junto, como o "Carnaval sem traumas", campanhas pela segurança do trânsito e contra a violência.

Atuou em vários hospitais particulares do Estado de São Paulo e em empresas como Samcil, Unimed Paulistana e Intermédica. De acordo com o novo gestor, o desafio é buscar a certificação de acreditação ONA em nível de Excelência, além de concretizar os planos de ampliar a abrangência de atuação junto aos convênios e clientes particulares.

Sociedade Brasileira de Hipertensão elege diretoria A Sociedade Brasileira de Hipertensão elegeu, em São Paulo, sua nova diretoria formada por Fernando Nobre (presidente), Carlos Eduardo Negrão (vice-presidente), Frida Liane Plavnik (1° secretária), Andrea A. Brandão (2° secretária) e Fernanda Consolim-Colombro (tesoureira). Segundo o novo presidente da sociedade, o intuito da nova diretoria é ampliar o trabalho de conscientização de toda a população sobre a hipertensão.

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Rede de Hospitais São Camilo redefine estrutura A rede de Hospitais São Camilo de São Paulo definiu novas diretrizes no que diz respeito à estrutura das Unidades Pompeia, Santana e Ipiranga. O Centro de Apoio Administrativo (CAAD) foi substituído pela Diretoria de Serviços Compartilhados. Quem assumiu esta diretoria foi Hélio Girotto Franqui, antes diretor comercial da Unidade Pompeia e o responsável pelo projeto BSC (ferramenta estratégica escolhida pela instituição para atingir a Visão 2012) da Rede. Estão sob responsabilidade desta nova diretoria os se-

guintes setores: Gestão de Comunicação, Gestão de Compras, Assessoria em Marketing, Assessoria em Pesquisa, Lavanderia e Tecnologia da Informação. A área comercial das três unidades também tem um novo representante. Ivonei Galvan, antes diretor comercial da Unidade Santana, agora é diretor comercial corporativo, assessorado por Wesley Lopes, e representa a Rede São Camilo. E, para uniformizar ainda mais os processos dentro da Rede, foi contratado um diretor corporativo de Recur-

Novas gerentes comerciais no HCor e Samaritano O HCor, em São Paulo, acaba de anunciar Fernanda Crema como a nova Gerente Comercial. Pós-graduada em administração hospitalar e sistemas de saúde pelo Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e pela Fundação Getúlio Vargas, Fernanda já trabalhou na área comercial nos hospitais Nove de Julho e A.C. Camargo. No Hospital Samaritano, também em São Paulo, Andréia Bera assume a gerência comercial. Andréia é graduada em Administração de Empresas e pós-graduada em Administração de Marketing pela ESAN (Escola Superior de Administração de Negócios), e já atuou na área comercial de instituições, como Amil, InCor, Medial e Hospital Santa Marina.

sos Humanos, Cláudio Collantonio, que será responsável pela estruturação das políticas de RH nas Unidades Pompeia, Santana e Ipiranga. As demais diretorias, Administrativa, Assistencial, Médica e Apoio continuam com a mesma estrutura, alterando apenas as atividades que passam a ser corporativas. Para Valdesir Galvan, diretor geral da Rede São Camilo, essas mudanças têm o objetivo de fortalecer a operação em Rede por meio da sinergia entre as Unidades.

Roberto Kalil Filho é o responsável

pelo Centro Cardiológico do Sírio-Libanês Roberto Kalil Filho assumiu a direção do novo Centro Cardiológico do Hospital Sírio-Libanês. Kalil é graduado em Medicina pela Universidade de Santo Amaro, doutorado em Cardiologia pela Universidade de São Paulo, pós-doutorado pela Johns Hopkins University e residência médica pela Universidade de São Paulo. Atualmente, é professor colaborador médico e consultor científico da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, médico do Hospital Sírio-Libanês, responsável pelo Setor de Espectroscopia, médico-assistente, vice-coordenador e vice-presidente da Comissão de Ensino Médico do Instituto do Coração (InCor/HCFMUSP).

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Carreiras

Newton Antão é nomeado

Novo diretor comercial e de marketing

CFO do A.C. Camargo

no Hospital e Maternidade Santa Marina

O economista natural do Rio de Janeiro, Newton Soeiro Antão, assume como chief financial officer (CFO) do Hospital A.C.Camargo, de São Paulo. Antão, pós-graduado em Finanças pelo IBMEC-SP, assume o A.C.Camargo após 23 anos de atuação no Grupo Amil, onde ocupou cargos de diretoria junto aos hospitais Nove de Julho, Santa Paula e Paulistano. De acordo com o novo CFO, seu objetivo será transferir a experiência de vida adquirida no Grupo Amil para o A.C.Camargo.

O Hospital e Maternidade Santa Marina conta com novo diretor comercial e marketing, Luiz Freitas. Com 53 anos, Freitas acumula experiência, sendo os últimos 17 anos na gerência comercial do Hospital do Coração. Formado em Administração de Empresas, pela Universidade Luterana do Brasil - ULBRA, com especialização em Finanças e com MBA Executivo em curso na Trevisan Escola de Negócios, o novo executivo já desenvolveu trabalhos em empresas de âmbito regional e nacional, tais como Grupo Stefani e Grupo Pampa.

Foto: Divulgação

Valter Furlan assume diretoria técnica do Hospital Totalcor O Hospital TotalCor, da Rede Assistencial Amilpar, acaba de reestruturar a direção. Valter Furlan é o novo diretor técnico da instituição, no lugar do médico Pedro Roberto Fausto, que assume a direção do Hospital Vitória, também da rede, com inauguração prevista para setembro de 2009, em São Paulo. Com experiência em administração hospitalar,

Furlan é formado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí, é especialista em clínica médica e medicina de urgência pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica e Associação Médica Brasileira (AMB), em terapia intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e a AMB. Possui MBA em Administração pelo IBMEC e pós-graduação em Administração pela Fundação Getúlio Vargas.

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P Programa de Certificação em

Fixação Segura

Hospital Prof Edmundo Vasconcelos A divisão Médico-Hospitalar da 3M do Brasil confere a certificação na categoria Ouro em Terapia Intravenosa ao Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. Como parte integrante do programa Soluções Integradas para Saúde, a certificação em Terapia Intravenosa tem a finalidade de estabelecer um protocolo de fixação de cateteres para aumentar a segurança e preservar o conforto dos pacientes, otimizar os custos e alinhar as Instituições de Saúde com as recomendações internacionais como as da INS (Infusion Nurses Society) e do CDC (Centers for Disease Control and Prevention). Saiba mais sobre o Programa de Certificação Soluções Integradas para Saúde no site www.3m.com.br/hospitalar

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Livros

Eu recomendo Paulo Augusto Ruschi de Aragão, superintendente de recursos próprios da Unimed Vitória

Foto: Max Bellarini

Entre os últimos livros que tenho lido, sugiro aos leitores dois títulos cujos conteúdos fizeram-me refletir. O primeiro é “Repensando a saúde”, que retrata uma realidade do segmento, em que o modelo atual deve ser repensado, unindo todos os participantes num propósito comum de se buscar eficiências verdadeiras. Os autores dizem que o mais importante é a condição de criar/agregar valor ao paciente, considerando sua saúde, de forma integrada em todo o ciclo de atendimento, desde a prevenção e o tratamento até o gerenciamento em longo prazo. No plano um pouco mais pessoal, recomendo a leitura de “O TAO de Warren Buffet”. Neste, os autores explicam sobre a competência de se identificar bons negócios e realizar investimentos, mas com a sabedoria de cultivar e preservar as coisas boas da vida, como família e amigos.

Repensando a saúde Editora: Bookman Autores: Michael E. Porter e Elizabeth O. Teisberg Preço: R$ 78,00 Número de páginas: 432

O TAO de Warren Buffet Editora: Sextante Autores: Mary Buffett e David Clark Preço: R$ 19,90 Número de páginas: 160

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Se a Disney administrasse seu hospital

Gerenciamento do Corpo Assistencial

A pergunta inspiradora que dá título ao livro serve de premissa ao estudo em gestão voltada à saúde e cujas respostas encontram-se na obra de Fred Lee. A partir de pesquisas que indicam que o mais importante ao paciente é receber atenção diante de suas necessidades, garantindo-lhe sensação de segurança, o livro aborda a importância de se trabalhar com excelência. Consultor em serviços, Lee já teve experiência como vice-presidente de um centro médico e como membro da equipe da Disney University.

A segunda edição do livro apresenta informações atualizadas sobre a concessão de privilégios e credenciais de profissionais da área de saúde. Ideal para todos os setores hospitalares, as informações procuram atender as necessidades de líderes de equipes e dos diretores responsáveis por credenciamento e provimento de serviços assistenciais. Um de seus diferenciais é a apresentação dos padrões do Joint Commission, além de incluir dicas, estatutos, normas e procedimentos de equipes assistenciais.

Editora: Bookman Autor: Fred Lee Preço: R$ 44,00 Número de páginas: 212

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Editora Artmed Autor: Joint Commission Ressources Preço: R$ 54,00 Número de páginas: 176

Estratégias e plano de marketing para organizações de saúde Baseado nos assuntos de estratégia e marketing, o livro aborda de forma lúdica as nuances, faces, autores e complexidades. A obra se propõe a alertar para uma expansão da rede de atendimento no país, com um aumento expressivo na oferta de leitos nos próximos meses, quando uma grande massa de investimentos abrirá suas portas. Diante de um momento de crise econômica, com empresas sob o desafio de mudar de perspectiva mantendo objetivos estratégicos inalterados, o livro lança uma visão crítica e consistente para esta tarefa.

Editora: Guanabara Koogan Autor: Valdir Ribeiro Borba Preço: R$ 39,00 Número de páginas: 216

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Vitrine A Vitrine de janeiro traz soluções e serviços para emergências e resgates.

Mobilidade segura

O Master Chassi Cabine Resgate, da Renault, é voltado para intervenções médicas delicadas, com conforto, espaço e segurança. Sua carroceria é confeccionada em dura-alumínio e conta com sinalizadores externos, piso de material antiderrapante e lavável; janela espia corrediça; armário com balcão, prateleiras, lixeira e portas corrediças; alojamento para cilindro de oxigênio com tubulação embutida. Outras facilidades incluem tomadas de 12 volts; régua tripla completa com frasco aspirador, umidificador de ar, fluxômetro, chicote, máscara e ponto reserva para respirador; corrimão no teto; maca articulada de alumínio e suporte escamoteável no teto para soro e sangue. Tem airbag, freios ABS, ar-condicionado e direção hidráulica.

Limpeza sem resíduos

Para garantir a limpeza (interna e externa) de ambulâncias, o Kit Unidade Móvel de Emergência é composto por produtos de microfibra, que não soltam resíduos nem fiapos, facilitando a limpeza, mesmo onde há necessidade de maior abrasão. As ferramentas de limpeza da Bralimpia evitam o contato dos operadores com as diversas contaminações comuns em veículos de resgate e emergência. Entre seus componentes, há uma extensão telescópica, fibra macia, pano de microfibra, pulverizador, refil Maxilav, refil microfibra com velcro, Sup LT com rosca e luva de microfibra.

Modelos diversos

A Fiat apresenta dois veículos do segmento de Ambulância Tipo “A” de transporte. O Doblò Ambulância (foto) é indicado para quem precisa de rapidez e eventuais transportes de pacientes não estabilizados. Seu ponto forte é a assepsia, pois o interior é todo revestido em PRFV (Poliéster Revestido em Fibra de Vidro). Já o Fiorino Ambulância foi desenvolvido buscando a melhor relação custo-benefício, com preço competitivo, além de espaço interno e ergonomia diferenciados, assim como os equipamentos necessários para o pronto atendimento.

Movimento e rapidez

O HeartStart MRx combina funções de desfibrilador e monitor de pacientes. O equipamento da Philips é leve e pode ser operado de forma intuitiva. Entre suas funcionalidades estão medição de parâmetros vitais do paciente e orientação para procedimentos de ressuscitação cardiopulmonar. O aparelho também mede temperatura e, segundo a fabricante, é o único do mercado que monitora parâmetros de ventilação, para evitar a hiperventilação. Além de permitir a aplicação de um choque em apenas 8 segundos, é compatível com outros equipamentos da marca, facilitando a locomoção do paciente.

Grandes volumes

O Maxi Furgone 55C16 teto alto, da Iveco, de acordo com o fabricante, é o modelo que possui a maior capacidade de volume e de carga entre os furgões originais de fábrica: constitui uma altura de 2,1 metros, volume de 17,3 m3 e carga de 2,6 mil kg. Com rodado duplo, além de poder ser utilizado como ambulância, o Maxi Furgone pode ser adaptado para posto de atendimento móvel, consultório médico ou odontológico, entre outros.

Praticidade à mão

As maletas para resgate da Protec podem ser encontradas em diversos modelos, com ou sem rodízios, e são confeccionadas em nylon, material resistente, impermeável e com isolamento térmico. Equipada com os materiais necessários, vem com reanimadores, cânulas de Guedel, laringoscópios, cilindros, etc. As maletas também oferecem a possibilidade de serem montadas conforme a necessidade de cada cliente.

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Hot Spot

2009 – Um ano de oportunidades A cada dia que passa, um número maior de empresas se interessa pelo setor hospitalar. Mas difícil é explicar os inúmeros processos e níveis de decisão de uma organização deste porte. Meu amigo e excelente profissional da área, Roberto Schahin, define bem: somos um hotel com seu custo quadruplicado. Quando começo a explicação sobre a área, vejo que meus interlocutores, invariavelmente, desistem no ato, porém, sempre deixo para o final a parte boa, para que possam, juntamente comigo, imaginar as inúmeras oportunidades que o setor pode lhes oferecer. Alberto Leite, mas quais são as inúmeras oportunidades? Vamos lá, então.

Política O setor carece de políticas, de uma evolução nas questões políticas. Dá para contar, com facilidade, mais de vinte associações no setor, algumas com sobreposições e outras simplesmente com falta de atividades. Alberto Leite Diretor Executivo da IT Mídia S.A aleite@itmidia.com.br

Tecnologia da Informação Nesta área, temos um oceano azul. O número de profissionais ligados à TI com conhecimento para discussões sobre negócios com seus superiores é ínfimo. Nos cem maiores hospitais do Brasil, já conseguimos notar as deficiências, quem dirá nos menores. Soma-se a tudo isso o fato de que existe pouca ou nenhuma preocupação com a forma como as informações de pacientes circulam nos diversos ambientes.

Tecnologias médicas Existem inúmeras pesquisas sobre a introdução de novas tecnologias, porém, o que se vê ainda é um investimento desordenado nessa área, com foco na última tecnologia somente, com poucas discussões sobre ROI (Return On Investment – Retorno Sobre Investimento) e Payback (quanto tempo demora para o equipamento se pagar).

Recurso Humanos As políticas de recursos humanos em muitos hospitais não existem e, as que existem, estão muito ligadas aos processos do hospital e à sua relação com as acreditações, o que faz com que a organização esteja sempre focada no produto resultante dos processos de RH e não nos processos em si.

Custos Os custos de um hospital, desde contas simples, como água e luz, até contas mais difíceis, como aquelas resultantes de procedimentos cirúrgicos, são passíveis de corte. Em todas as empresas, devemos tratar custos como grama, aparando sempre, porém no setor hospitalar a quantidade de custos diferentes, capilares e pequenos impressiona sob qualquer ponto de vista. Enfim, vejo, neste início de ano, a oportunidade nas mãos, se começarmos unidos por um só ideal: o de fazer com que a saúde que entregamos traga também saúde para as nossas empresas. Somente isso importa nesse momento. Vamos juntos!

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