Fornecedores Hospitalares - Ed. 155

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FORNECEDORES

H O S P I TA L A R E S

A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOSPITALAR Ano 16 • Edição • 155 • Setembro de 2008 • R$ 15,90

OS VADNTE PRI LIE SE OC LICO ARA PÚBOR PS TOS VAL ADO S GAS EM LIZ ÇA RE DA ONA OENCOS ENT SEA RS E D NI ÇO BA PE E D CRÔ AN GIA TOS COC DE AIS ES BAL ATÉ EN PRE TO ORI AD GAS LAT LID EST TAMÃO MEN NA RE DA TRA ECÇ CIA INA BU ECIALIAR ICI ENT SEA R DET EN DIC AM ESP ICI MED ÇO BA PE GEREME IAS DE OM DA AN GIA TOS CO TEL URG AIS IA DICA BAL ATÉ EN PRE T CIR SPIT ÊNC ÍST EST TAMÃO MEN HO IST HOL TRA ECÇ CIA INA ASS ÃO DET EN DIC AM VIS GEREME IAS D TEL URG AIS I CIR SPIT ÊNC HO IST HO ASS ÃO VIS

R A T E N D E E Ú L D M A A Ú E E S L T O O A E P S S Ã N L M S E COM ENÇ ACIE E EM MP P O O O V P O M C A C E S I O I M O R N S J A N I S N R D P E O I E C N Ô U I R I R D V O T S R C M D A E A ÇA S ME O E TIV E V LET DA TU EDI AR PR A P N ICO FOC EL A S D IO E IZA T O M M N D E E A L A P R N N O M O Ô ICI AIS PA ÍNIC TUÁ OBA C V I O T F ÃO L A EDORI DES CL RON E GL E Ç T P R D A P E A LID LIA A AÚ A T P N E I IAMICIICIN O S C DOMEDMAÇÃ OS DA FOR RIVAIDENTES IN E P CL ADO S O LIZ NÇA S S O A C AR NA OE ICO A R PERSODE DCRÔNICIN IS P OCE DE MED RIA ES O D C E T O E A L A T R EN TE UL LID ILIARA M AMB ECIAMIC ICINÃO P O D Ç S S E D E A A I M RGIS DEÊNCIADA FORM ITASSISTÍSTICAA IN A HOL ÃO D O GEST

CAMINHO

ALTERNATIVO ENRICO DE VETTORI, DA DELOITTE, EXPLICA QUE, PARA MANTER A PERENIDADE, O SETOR DE SAÚDE DEVERÁ PENSAR EM NOVAS FORMAS PARA A ENTREGA DOS SERVIÇOS ENTREVISTA

José Luiz Spigolon, da CMB, fala sobre o andamento do Projeto Mais Gestão nas Santas Casas

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GESTÃO

AÚ S MOMP E O A C EVE M S IN PR D I R TU EDIC EM IVO MOCO L AT DE F APE ICAS ÁRI P LÍN TU LO C RON E G P AÚD S

Confira as inúmeras possibilidades trazidas pela nanotecnologia para o setor de saúde

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anu Fanem 2

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índice setembro 2008 - Número 155

38 8 8 I Entrevista I

José Luiz Spigolon, da CMB, fala sobre o andamento do projeto Mais Gestão nas Santas Casas

I Reportagem de Capa I A caminho de novos modelos

12 I Raio X I

Mudanças Estruturais

16 I .com I

Confira o que foi destaque no portal Saúde Business Web

46 I 5 Perguntas I

Certificado de Boas Práticas da Anvisa pode barrar licitações

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48 I Melhores Práticas I

Mamografia digital aumenta rapidez do exame, diminui dose de radiação e elimina uso de filmes

50 I Espaço Jurídico I

I Tecnologia I Todo cuidado é pouco

Franchising e serviços de saúde

52 I Artigo RH I

74

Como conduzir demissões

54 I Artigo I

Afinal, o que é estratégia?

56 I Gestão I

Inúmeras possibilidades

64 I Artigo I

A pressão da demanda de serviços

I After Hours I Caminhos errantes, desafios certeiros

66 I Tecnologia I

Unihealth investe R$ 600 mil em centralização de TI

68 I De Olho na Indústria I

80 I Vitrine I

76 I Carreiras I

Errata A foto atribuída ao blogueiro Glauco Michelotti, na página 22 da edição 154, corresponde, na verdade, a Adrianos Loverdos. Na página 33 da edição 154, a frase final de André Staffa, do Hospital São Luiz, ficou incompleta. O correto é “... Reconhecemos as pessoas como parte fundamental do processo e por isso acredito que conseguimos entregar bons resultados”, conclui.

68 Os gigantes automobilísticos para a Saúde 70 Nova casa, mais negócios 72 Apotheka instala fábrica em São Paulo

78 I Livros I

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98 I Hot Spot I

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Canal aberto

Eu leio a Fornecedores hospitalares Foto: Divulgação

A equi­pe da revis­ta For­ne­ce­do­res Hos­pi­ta­la­res ­está à ­sua dis­po­si­ção ­ ara ­t irar dúvi­das, rece­ber crí­ti­cas, opi­niões e con­tri­buir ­c om o desen­ p vol­vi­men­to do ­seu negó­cio. ­Para anun­ciar ou ­f alar ­sobre pro­je­tos e ­a ções per­so­na­li­za­das ­entre em con­ta­to ­c om nos­sa equi­pe comer­cial:

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Pró­xi­ma Edi­ção Reportagem de Capa Na proxima edição você confere a cobertura completa do saúde business forum 2008, que tem como tema a colaboração

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CARTA DO EDITOR Presidente – executivo: Adelson de Sousa – adelson@itmidia.com.br

Foto: Kelsen Fernandes

Novas soluções para velhos problemas Custos crescentes, recursos escassos e falta de acessibilidade. Os maiores problemas do setor de saúde são os mesmos há muito tempo e as soluções convencionais já se mostraram insuficientes para resolvê-los. Não adianta apenas pensar em mais recursos, obras e novas tecnologias. O setor vai precisar encontrar uma nova forma para atingir resultados e expandir seu alcance. Na reportagem de capa deste mês, buscamos apresentar caminhos alternativos, que podem ajudar a garantir a perenidade das instituições de saúde. De acordo com as pesquisas, instituições de saúde e consultores ouvidos pela nossa equipe de reportagem, as soluções passam pela mudança de comportamento de médicos e pacientes, a globalização dos serviços, o que inclui o turismo em saúde, novos serviços de medicina complementar e uma visão integrada da medicina, com ascensão da atenção primária. E já que estamos projetando o futuro, é bom estarmos atentos a uma nova tecnologia que pode trazer muitos benefícios para a saúde, tanto no que se refere a procedimentos como aos próprios equipamentos. Com a nanotecnologia, os tratamentos poderão ser mais direcionados e efetivos e os equipamentos, mais precisos. Você confere a evolução das empresas neste nicho em nossa reportagem de gestão. Boa Leitura! Cylene Souza Editora da Unidade Setores e Negócios / Saúde csouza@itmidia.com.br

Diretor de Recursos e Finanças: João Paulo Colombo – jpaulo@itmidia.com.br Presidente do Conselho Editorial: Stela Lachtermacher – stela@itmidia.com.br Diretor Executivo: Alberto Leite – aleite@itmidia.com.br

UNIDADE SETORES E NEGÓCIOS - SAÚDE EDI TORIAL EDITORA: Cylene Souza - csouza@itmidia.com.br REPÓR TERES: Ana Paula Martins - amartins@itmidia.com.br Katia Ceco tos ti - kcecotosti@itmidia.com.br ESTAGIÁRIA: Patricia Santana - psantana@itmidia.com.br

COMERCIAL GEREN TE COMERCIAL: Diego Wenzel - dwenzel@itmidia.com.br GERENTE DE CLIENTES: Jona tas Vasconcelos - jvasconcelos@itmidia.com.br EXECU TI VOS DE CON TAS: Jucilene Marques - jmarques@itmidia.com.br Leandro Soares Premoli - lpremoli@itmidia.com.br Eduardo Galante - egalante@itmidia.com.br

MARKETING COORDENADOR DE MARKETING: Osmar Luis - osmar@itmidia.com.br ANALISTAS DE MARKETING: Gabriela Vicari - gvicari@itmidia.com.br Meyke Menck - mmenck@itmidia.com.br PRODUTORES DE ARTE: Bruno Cavini - bcavini@itmidia.com.br Francisco Porrino - fporrino@itmidia.com.br Rodrigo Martins - rmartins@itmidia.com.br

O time que apóia a redação Alfredo Cardoso Diretor de Normas e Habilitações da Agência Nacional de Saúde Suplementar

Conselho editorial

Vice-Presidente – executivo: Miguel Petrilli – mpetrilli@itmidia.com.br

Edson Santos Presidente do Grupo VITA e VPE do IHG Luiz de Luca Diretor - superintendente do Hospital 9 de Julho

REPRESENTANTES COMERCIAIS RIO GRANDE DO SUL: Alexandre Stodolni - stodolnimark@pop.com.br (51) 8404-9777 • (51) 3019-7183 RIO DE JANEIRO Loba to Propaganda e Marke ting Ltda. sidney.loba to@itmidia.com.br • Cel: (21) 8838-2648 • Tel.: (21) 2565-6111 EUA E CANADÁ Global Ad Net - Tel.: 603-924-1040 • ed@globalad-net.com Fax: 603-924-1041 • Tel.: 603-924-1040 ATENDIMENTO AO LEITOR atendimento @itmidia.com.br ASSINATURAS www.revistafh.com.br

Marília Ehl Barbosa Presidente da Unidas e diretora-presidente da Capesesp Marcos Hume Gerente Sênior da Área de Negócios Corporativos da Johnson & Johnson e coordenador do Grupo Técnico de Trabalho de Avaliação de Novas Tecnologias da Abimed Pedro Fazio Diretor da Fazio e Superintendente da Avimed Foto:s Divulgação

“As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicadas refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídia ou quaisquer outros envolvidos nesta publicação.”

Impressão: Globo Cochrane FOR NECEDORES HOSPI TA LA RES A mais impor tan te revis ta voltada para a gestão estratégica de hospitais e outros estabelecimentos de saúde, dis tribuída nos 26 Estados Brasileiros, mais Dis trito Federal, em estabelecimen tos de saúde públicos e par ticulares (hospi tais, clínicas, unidades mis ta de saúde, ambula tórios, pron to-socor ros, pos tos de saúde etc.) além de órgãos do gover no ligados ao setor da saúde nas esferas municipais, estadual e federal. For necedores Hospi talares é uma publicação mensal da IT Mídia S.A. Car tas para a redação devem ser enviadas para Praça José Lannes, 40 - Edifício Berrini 500 – 17º andar - CEP: 04571-100 - São Paulo - SP Tel.: (11) 3823-6600.

INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO

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entrevista

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Corrida pela qualidade

Mesmo com a falta de recursos, as Santas Casas decidiram dedicar esforços na busca pelo aumento da qualidade, tendo como foco a melhoria do atendimento e dos processos. Com o programa Mais Gestão, que conta com parceiros como Gerdau e Petrobrás, estes hospitais filantrópicos passarão a adotar metodologias que os ajudarão a combater desperdícios, manter equipes motivadas e levar à excelência administrativa. Em entrevista à Fornecedores Hospitalares, o superintendente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), José Luiz Spigolon, fala sobre o andamento do projeto. Cylene Souza - csouza@itmidia.com.br

Fornecedores Hospitalares: Por que a CMB decidiu organizar este projeto? Em que está baseado? José Luiz Spigolon: O Mais Gestão surgiu de um projeto piloto adotado no Rio Grande do Sul e considerou a necessidade de resolução da falta de recursos financeiros. A Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) foi estimulada pelo empresário Jorge Gerdau a adotar esse modelo, em parceria com o Fórum Nacional dos Programas Estaduais e Setoriais de Qualidade, Produtividade e Competitividade (Fórum QPC). Em agosto de 2007 foi assinado um Acordo de Cooperação com o intuito de viabilizá-lo de uma maneira rápida, eficaz e que pudesse ser utilizado a longo prazo pelos hospitais. FH: Os hospitais se voluntariam para o programa ou a seleção é feita pela própria CMB? Quais os critérios? Spigolon: A seleção dos hospitais participantes foi feita pela CMB, em conjunto com suas federações estaduais, a partir de critérios transparentes. Todos são sem fins lucrativos, filiados à Federação do seu estado ou à CMB, apresentam sinais de crise e/ou capacidade de multiplicar o treinamento recebido para outros hospitais similares da região, além de a alta direção oferecer garantias de continuidade na execução do programa. No total, 258 instituições hospitalares participam do Programa nesta primeira fase. A intenção é que consigamos aplicá-lo nas 2.100 instituições filiadas à CMB.

FH: Qual é a participação do Ministério da Saúde? Spigolon: A iniciativa tem recebido muitos elogios públicos do Ministério da Saúde. No lançamento nacional, se fez representar pela Secretária Executiva, Márcia Bassit, que destacou a oportunidade da implementação dessa ação, num cenário em que as Santas Casas, os hospitais sem fins lucrativos e filantrópicos estão passando por dificuldades financeiras decorrentes da limitada capacidade dos governos federal, estaduais e municipais em, conjuntamente, financiarem o sistema público de saúde. O ministro José Gomes Temporão também está estudando uma forma de o Ministério contribuir financeiramente com a próxima fase do Mais Gestão. FH: De que forma empresas como Petrobrás e Gerdau apóiam o projeto? Há troca de experiências, para trazer a realidade da gestão corporativa para as Santas Casas, ou o apoio é apenas financeiro? Spigolon: A Petrobrás e a Gerdau apóiam financeiramente o projeto, além de ser Jorge Gerdau um grande entusiasta dele e ter fundado o Movimento Brasil Competitivo (MBC), que tem por missão contribuir para a melhoria da competitividade das organizações privadas e para a qualidade e produtividade das organizações públicas, de maneira sustentável. Petrobrás e Gerdau, assim como outras grandes corporações, estão no MBC, sendo natural que haja troca de experiências, levando a realidade da gestão corporativa para as Santas Casas e hospitais sem fins lucrativos, entidades estas típicas do Terceiro Setor.

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Foto: Divulgação

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José luiz spigolon, da cmb: Baixa profissionalização na gestão é o ponto crítico das Santas Casas e hospitais filantrópicos.

FH: Mesmo enfrentando a falta de recursos, as Santas Casas conseguirão implementar novos modelos de gestão e melhorar a assistência? Spigolon: O Programa é bastante ousado, utiliza ferramentas simples e modernas que possibilitam uma rápida redução de desperdícios, o aumento na produtividade e qualidade pela melhoria dos processos, além da capacitação, engajamento e motivação da equipe profissional, resultando na melhora significativa do atendimento à população. Tudo isso baseado numa mudança no gerenciamento desses hospitais. Os resultados positivos já estão sendo percebidos. FH: Qual é o impacto esperado no dia-a-dia e na parte operacional das instituições filantrópicas? Spigolon: Engajamento, motivação e capacitação das equipes, revisão e melhoria de todos os seus processos, rápida redução de desperdícios, eliminação dos “gargalos”, aumento da produtividade e da qualidade e melhora significativa do atendimento à população. FH: Quais foram os resultados percebidos nos primeiros hospitais beneficiados com o projeto? Spigolon: O Programa partiu da experiência executada pela nossa federação no Estado do Rio Grande do Sul, em 2007, onde 50 dos 239 hospitais a ela filiados participaram do projetopiloto. Esse piloto teve por base os resultados obtidos pela Santa Casa de Porto Alegre, que ganhou o Prêmio Nacional da Qualidade de 2002, após um grupo de técnicos ter elaborado um programa adequado à realidade dos Hos-

pitais Filantrópicos. O nível de satisfação dos participantes do projeto-piloto foi de mais de noventa por cento e os ganhos para os hospitais, altamente expressivos, considerando as várias etapas da execução do Programa. FH: Como foi a definição das metodologias de qualidade? Elas devem ter impacto maior na estratégia dos hospitais ou no trabalho e motivação dos funcionários? Spigolon: A motivação dos funcionários tem sido o grande mote para o alcance dos bons resultados, isto porque a metodologia adotada é bastante simples e objetiva, proporcionando rápida assimilação e resultados. A definição das metodologias de qualidade levou em conta os conceitos do modelo japonês Kaizen, com foco numa gerência para mudança gradual e contínua. Os elementos chaves de modelo são: qualidade, esforço, participação de todos os empregados, voluntariedade, mudança e comunicação. FH: Há planos para que, após a finalização do projeto, estas instituições busquem certificações de qualidade, como CQH e ONA? Spigolon: Sim, a Confederação das Santas Casas já pensa numa forma de possibilitarlhes a certificação. FH: Quais são as principais diferenças na gestão de instituições filantrópicas, privadas e públicas, além da questão dos recursos? Spigolon: As instituições filantrópicas têm por natureza a ausência do objetivo do lucro ou da exploração comercial, contrariamente ao que ocorre com as organizações privadas lucrativas. Têm por missão ações essencialmente sociais, voltadas para a população de baixa renda, colocando-se como parceiras dos governos para a execução de políticas públicas. Seus diretores são voluntários e não recebem remuneração ou outros benefícios pelos cargos que nelas desempenham. Indiscutivelmente, tais características as diferenciam na forma de gerir suas atividades, principalmente em relação às privadas lucrativas, mas sem deixar de adotar as melhores práticas de gestão disponíveis para o alcance dos seus objetivos. Em relação às instituições públicas, a grande diferença está em não sofrerem os efeitos das “amarras” impostas pela legislação pública, em especial no que se refere às licitações e funcionalismo.

FH: Em sua opinião, quais são os pontos mais críticos na gestão de hospitais filantrópicos? Spigolon: De um modo geral, a predominância do baixo índice de profissionalização da gestão, o que decorre da incapacidade de contratação de bons profissionais, quer pela localização da maioria desses hospitais, quer pela precária remuneração dos serviços que prestam ao SUS. Estudos feitos pela Confederação atestam que, atualmente, em média, para cada R$ 100,00 gastos com os atendimentos, o SUS reembolsa apenas R$ 60,00. Isto também implica na baixa capacitação de recursos humanos que, por sua vez, leva a desperdícios pelo desconhecimento de práticas e alternativas menos custosas. Afora isso, é preciso destacar que entre os cerca de 2.100 estabelecimentos filantrópicos do segmento saúde há inúmeros exemplos de práticas de gestão muito avançada, chegando a ser modelo para qualquer tipo de hospital de pequeno, médio ou grande porte. FH: É possível garantir uma boa gestão de qualidade e oferecer atendimento adequado à população, enfrentando problemas de f luxo de caixa comuns às Santas Casas? Spigolon: É muito difícil, especialmente porque não há regras claras, o que torna impossível um planejamento adequado das ações. Ainda hoje, mais da metade das instituições que prestam serviços ao SUS não dispõem de um instrumento jurídico (contrato ou convênio) regulando essa prestação de serviços e delimitando as obrigações e responsabilidades das partes envolvidas. Os gestores do SUS têm verdadeira ojeriza em assinar tal instrumento e se comprometer, por exemplo, com datas para o pagamento dos serviços que lhe são prestados. Todo o relacionamento é puramente tácito, nada formal. E assim, para garantir uma boa gestão de qualidade, são exigidos esforços, quase sempre, superiores aos que os dirigentes de Santas Casas e de hospitais filantrópicos podem dar. O endividamento junto a fornecedores e bancos são freqüentes e crescentes, sempre sob o aval particular desses dirigentes.

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adoras com Ribeirão Preto ção de mais de

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Mudanças Estruturais Recentemente, o Hospital São Lucas, de Ribeirão Preto, sofreu uma mudança em seu controle acionário. No lugar dos 2 mil acionistas, sendo que, destes, 80 eram seus médicos fundadores, entra Pedro Palocci, que passa a deter 67% das ações. A nova estrutura organizacional contará com Palocci no comando e José Henrique Germann, exHospital Israelita Albert Einstein como seu braço direito. Cylene Souza - csouza@itmidia.com.br

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Fotos: Divulgação

m busca de uma administração unificada e de uma distribuição melhor de serviços, no início deste ano, o médico Pedro Palocci, presidente dos Hospitais São Lucas e Ribeirânia, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, assumiu o controle acionário do Hospital São Lucas, do qual passa a deter 67% das ações. Os outros 2 mil acionistas, entre eles os 80 médicos fundadores, passaram a dividir os 33% restantes. Agora, o Grupo São Lucas Ribeirânia passa a oferecer atenção à saúde nos três níveis: primário, secundário e terciário, além de serviços de diagnóstico, em suas quatro unidades: hospitais São Lucas e Ribeirânia, Centro de Especialidades Médicas e de Diagnóstico (Cemed) e RD Laboratórios. Outra novidade no grupo é a entrada de José Henrique Germann, ex-superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein, no quadro de acionistas. Germann assumiu em agosto a direção geral do Hospital São Lucas e tem como principal missão fidelizar os médicos. “O que mais destaca o hospital na região é o corpo clínico, que, desde a fundação do hospital, tem origem na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto. Isso não vai mudar com o novo controle acionário. Pelo contrário, queremos o médico cada vez mais fiel ao hospital. E o Germann é um especialista nisso, ele vai levantar os principais pontos com os médicos para chegarmos aos resultados”, antecipa Palocci. Germann conta que diálogo com os médicos e busca de objetivos comuns nortearão seu dia-a-dia. “Faremos muitas negociações para buscar um objetivo comum para o hospital e para o corpo clínico. Se, por exemplo, a cardiologia entender que é melhor focar na área coronariana, verificaremos o que é necessário de recursos e buscaremos atender. Serão analisadas as metas do hospital, as especialidades estratégicas, o foco no cliente/paciente, os

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Operadoras como parceiras Ribeirão Preto conta com uma população de mais de 500 mil habitantes e uma das maiores cobertu-

Sociedade Médica O Hospital São Lucas foi idealizado em 1962, por médicos da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, que tinham dificuldades para internar seus pacientes no Hospital das Clínicas da cidade. Os hospitais eram fechados e só permitiam que seu próprio corpo clínico utilizasse as instalações. Para viabilizar a construção, os professores de medicina da USP tornaram-se sócios e também passaram a vender ações para seus familiares e pacientes. Para apoiar o início das atividades, até mesmo os fornecedores ajudaram, trocando produtos por serviços. O hospital foi inaugurado em 1969, com 56 leitos, 26 apartamentos, 50 médicos e 100 funcionários. Hoje, conta com 100 leitos, 890 médicos credenciados e 447 funcionários. No último ano, o faturamento foi de R$ 40 milhões.

de uma distribuição melhor de serviços, no início deste ano, o m

ras de saúde suplementar do País: 46% das pessoas têm planos de saúde. “Mas em Ribeirão, ao contrário de São Paulo, a divisão entre planos de pessoa física e jurídica é bem parecida, com mais ou menos 50% para cada modalidade. É uma região de serviços, com pequenas empresas, por isso há mais planos individuais”, explica Palocci. Apesar destes números e embora tenha formado um grupo que, com suas quatro unidades, somou R$ 61,3 milhões em 2007, Palocci não ambiciona entrar no segmento de operadoras de saúde. “Isso não faz parte do nosso planejamento, até porque consideramos este mercado saturado. Seríamos mais um player a disputar os 46% da população que possui plano de saúde. A idéia é sermos prestadores de serviços e apoiarmos as operadoras”, explica. Para atingir este objetivo, o planejamento do grupo, totalmente focado no atendimento às operadoras, define que serão necessários serviços que vão da prevenção à gestão de pacientes crônicos. “Com isso, diminui a necessidade de as operadoras terem serviços próprios e para poucos usuários.” Para atuar em prevenção, o grupo conta com o Cemed, que atende 20 especialidades e oferece apoio nas áreas de fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia e nutrição, e o RD Laboratórios. Os atendimentos hospitalares ficam divididos entre o Hospital São Lucas, que fará o atendimento terciário focado em neurologia, cardiologia, radiologia intervencionista e ortopedia, e Hospital Ribeirânia, que complementará os serviços de alta complexidade do Hospital São Lucas e também atenderá baixa e média complexidade. Os próximos passos deverão ser a criação de serviços próprios de hospice, para internação de pacientes crônicos, e home care. “Nosso plano diretor também prevê, nos próximos sete anos, dobrar a capacidade de assistência e triplicar a área física, tanto ampliando os serviços atuais, quanto abrindo novas unidades de diagnósticos. Vamos estruturar todos os serviços para poder oferecer um bom pacote para as operadoras”, revela Palocci. Para integrar todos estes serviços e garantir a melhor gestão dos recursos, o grupo já investiu R$ 2,5 milhões em TI, o que inclui o sistema MV, que está em fase de implantação. “Queremos um banco de dados único, em que qualquer entrada de informações possa ser vista por todos os profissionais, de todas as unidades. O Cemed já está lançando os laudos dos exames no sistema, que é on-line. Basta

Foto: Alisson Louback

aspectos do gerenciamento da qualidade e dos riscos. Queremos alinhar as necessidades técnicas às expectativas, tanto dos médicos, quanto da administração do hospital”, explica Germann. Com esta gestão mais próxima do corpo clínico, o grupo pretende tornar mais evidentes os atributos técnicos do hospital, assim como a gestão da qualidade, garantida pela acreditação plena da Organização Nacional de Acreditação (ONA), e zelar para que os protocolos institucionais, considerados “técnicos, éticos e seguros”, sejam seguidos. “Do ponto de vista da administração, queremos aumentar a sustentabilidade. Nosso objetivo é gerar mais riqueza para todos: sócios, médicos e para o próprio hospital. Isso se consegue com mais receita, menos despesas e mais investimentos”, analisa Palocci. As novas estratégias pós mudança de controle acionário ainda estão sendo definidas, mas Germann adianta algumas especialidades que serão prioritárias para o São Lucas. “Como em qualquer lugar de São Paulo, as demandas predominantes são para as áreas cardiovascular, oncologia e neurologia.”

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JOSÉ HENRIQUE GERMANN, DO SÃO LUCAS: Alinhamento das necessidades técnicas às expectativas da administração e dos médicos

Foto: Alisson Louback

adoras como parceiras Ribeirão Preto conta com uma população de mais de 500 mil habitantes e u

PEDRO PALOCCI, DO SÃO LUCAS: Planejamento estratégico prevê serviços que vão da prevenção à gestão de crônicos

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o médico acessar a internet para ter as informações”, diz Palocci. Perpetuação Dos pacientes do Hospital São Lucas, de 38% a 40% vêm de fora da cidade, num raio de 150 quilômetros, o que o torna referência regional no oeste de São Paulo e Mato Grosso. “A própria origem do hospital, inaugurado por professores da Faculdade de Medicina, leva a isso. Os médicos vão trabalhar em outras cidades e referenciam seus pacientes para o São Lucas”, diz Palocci. Para perpetuar este status e manter o crescimento, a estratégia precisa ir além dos investimentos em infra-estrutura e tecnologia e da fidelização

dos médicos. A formação de lideranças também é uma preocupação constante. “A gestão de pessoas precisa reconhecer os talentos, estabelecer conexões de filosofia de trabalho entre a instituição e os funcionários, buscando satisfazer os dois lados, e investir em formação contínua”, define Germann. Para isso, a instituição acaba de investir em um MBA em Gestão de Saúde para 30 lideranças. O curso de 396 horas, organizado pela FAAP, foi feito sob medida para atender às necessidades do grupo, com a maior parte do conteúdo focado no institucional do São Lucas. O grupo também busca melhorar a formação dos demais profissionais com treinamentos contínuos, de acordo com as necessidades de cada

área, usando recursos como seu centro de estudos ou a estrutura de vídeo-conferência. Em nível institucional, a garantia de perenidade virá com o sucesso e o crescimento em velocidades semelhantes para todas as unidades. “Toda a corrente tem a força de seu elo mais fraco. Por isso, este é o ano da reestruturação: queremos garantir que todos os serviços estarão no mesmo nível”, compara Palocci. Isso se dará com um modelo de gestão focado em qualidade e atento aos processos definidos pela acreditação; recursos humanos, sustentabilidade dos negócios e bons resultados clínicos. “Este rol dos indicadores nos dá reconhecimento e deixa o Raio-X da instituição mais nítido”, conclui Palocci.

Grupo São Lucas Ribeirânia em números O Grupo São Lucas Ribeirânia, da qual fazem parte os hospitais São Lucas e Ribeirânia, o Centro de Especialidades Médicas e de Diagnóstico (CEMED) e o RD Laboratórios, conta hoje com 809 funcionários contratados e já investiu R$ 2,5 milhões em TI, para otimizar seus processos e permitir a integração das informações entre todas as unidades. São Lucas

Riberânia

38 anos 100

29 anos 49 14 10

9 10 12 8 447 890 5,500 650

5 5 247 270 3,500 220 150 110

680 15 120 15

RD Laboratórios

CEMED 20 meses

2 anos

68

47

23 7,300 4,600 3,100 R$ 40 milhões

R$ 16 milhões

R$ 2,9 milhões

25,000 R$ 2,4 milhões

Fundação Leitos Leitos Day Clinic Leitos UTI Geral Leitos UTI Cardiovascular Leitos UTI Pediátrica e Neonatal Salas cirúrgicas Funcionários contratados (CLT) Médicos Credenciados Atendimentos por mês no Pronto-Socorro Internações/mês Cirurgias na Day Clinic Cirurgias por mês Cirurgias cardíacas/mês Procedimentos/mês Hemodinâmica Procedimentos/mês em Neurorradiologia Intervencionista Número de especialidades médicas atendidas no Cemed Número de atendimentos totais Consultas especiais por mês no Cemed Exames de imagem por mês no Cemed Exames Laboratoriais por mês nas unidades hospitalares Faturamento em 2007

* Fonte: Grupo São Lucas Riberênia

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Neste mês é inevitável comentar a questão da infecção hospitalar. Vivenciamos e ainda estamos vivendo o surto de infecções por micobactéria de crescimento rápido (MCR) pelo Brasil afora. Só no Rio de Janeiro, por exemplo, 416 casos aconteceram no ano passado. E diante do descontrole, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sugere cortar o mal pela raiz, dizendo que existe um projeto em andamento que visa acabar com a obrigatoriedade de formação de comissões de combate à infecção em instituições de saúde. Ora, se não está havendo a esterilização correta dos equipamentos e pessoas estão morrendo por conta disso (e é obrigatório ter uma comissão de controle de infecção), por que justamente o órgão regulador quer por fim a esta obrigatoriedade? Isto é um retrocesso descabido. As instituições precisam de uma fiscalização mais rígida e punições claras, PATRICIA SANTANA: estagiária da Unidade Setores e Negócios/ Saúde e não de mais abertura para praticar irregularidades. Ou o mercado de Saúde e psantana@itmidia.com.br a política – por meio da Agência – sofre de um “mal” chamado lobby; ou não houve nenhum tipo de planejamento ou estratégia para alterar a Portaria 2.626/98, que prevê as comissões. Confira as notícias que aqueceram o portal. Boa leitura! Participe você também e comente sobre estes e outros temas em: www.saudebusinessweb.com.br * A repórter Katia Cecotosti está em licença maternidade e volta na edição de dezembro.

Webcast Entrevista

Foto: Caroline Bitencourt

Cortar o mal pela raiz (literalmente) Opiniões Leia e discuta com nossos colunistas Serviço de atendimento ao cliente: decreto do governo exige transformação! Em artigo, o especialista em Gestão e Qualidade e diretor executivo da V2 Consulting, Vladimir Valladares, diz que as empresas de saúde teriam que aumentar o seu quadro de atendentes entre 15% e 50% para atender novas normas de call center. Alguns antônimos de “Acreditar” O artigo da consultora e médica especialista em administração em Saúde, Anita Negrão Caldas, aborda as fraquezas e desencontros da indústria da acreditação no Brasil. Além disso, ela defende que o selo passou por mudanças de objetivos nos últimos tempos.

Universidade inaugura Centro de Simulação em Saúde Confira a reportagem sobre o novo Centro de Simulação da Universidade Anhembi Morumbi, que contou com investimentos de R$ 10 milhões. A expectativa é fornecer treinamento para estudantes e profissionais de hospitais parceiros ASSISTA outras entrevistas no

www.saudebusinessweb.com.br

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As 10 mais clicadas 6 7 8 9 10

Saúde inicia campanha de vacinação contra rubéola

Comissões de infecção hospitalar podem deixar de ser obrigatórias

20 laboratórios estão na mira da DASA

Oferta de planos coletivos de saúde pode ser restringida pela ANS

SP cria pós-graduação grátis em gestão hospitalar

Anvisa quer limitar número de cirurgias com câmeras por causa de novo tipo de infecção

OPINIÃO: Alguns antônimos de "Acreditar"

OPINIÃO: A Lei seca e a conseqüência nos transplantes

Itaú faz parceria com laboratório para gestão da saúde

OPINIÃO: Acreditação de Serviços de Saúde

Saúde em alerta: reuso de produtos e infecções Para o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed), Aurimar José Pinto, há clara ignorância da legislação aos princípios éticos que regem os direitos dos pacientes. Medicina Alternativa: da confusão à integração No artigo do chefe do Departamento de MTJ do Hospital Santa Cruz, Kazusei Akiyama, o médico defende a tese de que é preciso integrar a medicina alternativa à convencional, com a concepção de novos métodos terapêuticos.

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A voz dos leitores

Dê sua opinião em nossa enquete on-line e confira o resultado aqui. Toda semana um novo tema.

A sua instituição já está se adequando às novas normas de call center? Sim, principalmente o tempo de demora para conluir o atendimento

26,67%

Ainda estamos estudando formas para atender às mudanças

40%

Não irei me adequar, irei terceirizar o call center

20%

Sim, principalmente investindo em treinamento dos atendentes

6,67%

Sim, principalmente o repasse para vários atendentes em um único atendimento

6,67%

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O Instituto Brasileiro de Auditoria em Vigilância Sanitária (Inbravisa) acredita que novos casos de infecção por Micobactérias de Crescimento Rápido (MCR) poderão ocorrer em todo o país, caso não sejam adotadas medidas de melhoria das condições de limpeza e esterilização nos serviços de saúde do Brasil. De acordo com a instituição, é preciso que se estabeleça um centro de esterilização com área suja e área limpa, uma revisão do protocolo de descontaminação, limpeza e esterilização , com monitoramento da eficácia dos métodos empregados, um aumento da

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quantidade de equipamentos para que haja tempo hábil para realização destes procedimentos, e até mesmo estabelecer contratos para terceirização destas atividades. Em nota à imprensa, o gerente de investigação e prevenção de infecções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Leandro Santi, diz que "as infecções por MCR estão fortemente relacionadas às falhas nos processos de limpeza, desinfecção e esterilização de produtos médicos". Como medida imediata, o Inbravisa disponibiliza um manual técnico de orientações aos serviços de saúde.

Imagem: Ablestock

Inbravisa quer protocolos para diminuir micobactérias

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Bauru quer lixo hospitalar

fora da área urbana Com a proposta de proibir a instalação de depósitos destinados a lixo hospitalar na área urbana da cidade de Bauru, acaba de ser protocolado um Projeto de Lei (PL) para restringir o descarte deste tipo de material em área urbana. O PL ainda deve ser discutido e votado. Pela proposta, o Executivo poderá conceder alvará de funcionamento para lixo hospitalar ou componentes similares em áreas destinadas aos distritos industriais e próximas aos aterros sanitários do município. Além disso, o projeto determina que a Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan) fique responsável pelo estudo dos pe-

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didos de instalação dos depósitos e da sua fiscalização. O titular da Seplan, Leandro Joaquim, explica ao Jornal da Cidade de Bauru, que para procedimentos dessa natureza são feitas análises pela Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural (Emdurb), Vigilância Sanitária e Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo de São Paulo. O secretário comenta também que para autorizar o funcionamento desses locais a Seplan realiza estudos para emissão da licença de uso do solo e do chamado alvará de alta complexidade.

Atualmente, de acordo com assessoria de imprensa da Emdurb, o lixo hospitalar é enterrado em vala séptica, impermeabilizada para evitar contaminação. A única fossa existente em Bauru para lixo hospitalar localiza-se nas proximidades das penitenciárias P1 e P2, em acesso da rodovia Marechal Rondon. Mas a destinação desse tipo de material está passando por mudança. Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determina que é o gerador do lixo quem deve arcar com sua destinação final e não o Poder Público.

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Associações são contra

Blogs

pré-qualificação de empresas

Pedro Fazio ÚLTIMO POST: Unidas: Excepcional Publicação Pedro Fazio é economista e diretor da Fazio Consultoria

uma ineficiência do órgão regulador. A empresa de grande porte deixaria de fornecer para o Estado. Este ônus será pago pela população". No ponto de vista do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), Franco Pallamolla, a proposta do ministério não visa fomentar a indústria nacional, mas focar na segurança do sistema, no que tange qualidade. Para o executivo, a possível portaria fará com que as empresas sejam vistas de igual para igual. "Os prejudicados, se é que assim se pode dizer, seriam as empresas nacionais e internacionais que atuam na ilegalidade, produzindo sem qualidade e fora dos padrões de segurança definidos pelo órgão regulador", defende Pallamolla. Com relação à demora para obter a certificação da Anvisa e à possível demanda que tal portaria deverá gerar. Franco é enfático: "Se a Anvisa está ou não preparada para atender a demanda não cabe a nós julgar. Trata-se de um problema de cunho administrativo que o órgão regulador deverá equacionar".

Roberto Latini ÚLTIMO POST: Consulta Pública 01/2008, do Ministério da Saúde Roberto Latini é diretor da Latini & Associados e aborda as regulações do setor de Vigilância Sanitária Glauco Michelotti ÚLTIMO POST: Gestão em Serviços de Saúde, Qu´est-ce que c´est? Glauco Michelotti é CEO do Grupo BEM, é formado em Matemática com MBA em Mercados de Capitais Marilia Ehl Barbosa ÚLTIMO POST: Alternativas de gestão pública Marilia Ehl Barbosa é presidente da UNIDAS – União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde Blog da Redação ÚLTIMO POST: Remédios nossos de cada dia As notícias de bastidores e os comentários das jornalistas do Saúde Business Web Ildo Meyer ÚLTIMO POST: Gente cuidando de gente Ildo Meyer é palestrante motivacional e médico com especialização em anestesiologia e pós-graduação em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter Adrianos Loverdos ÚLTIMO POST: Revelando talentos no Congresso de Auditoria Adrianos Loverdos é diretor técnico do Hospital Madrecor de Uberlândia. Também é autor do livro "Auditoria e Análise de Contas Médico Hospitalares" Foto: Divulgação

A Consulta Pública Nº01 do ministério da Saúde deste ano, publicada em 23 de junho, regulamentará procedimentos de compra de produtos médicos, insumos farmacêuticos, medicamentos, soros, vacinas e hemoderivados. Segundo o documento, que deve virar uma portaria, as empresas que apresentarem certificado de Boas Práticas da resolução Nº 59 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) serão privilegiadas no processo de licitação. Para o presidente da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Implantes (Abraidi), Roberto Rodrigues, este sistema de pré-qualificação para que a empresa participe de uma licitação pública infringe os princípios da própria Lei de Licitação. "O mercado como um todo tem que ter condições de participar de um processo de compra do Estado, o que aumenta a competição no mercado e pode inclusive diminuir os custos", pontua. Atualmente, 287 empresas obtiveram certificação sob a Resolução Nº 59. O número não contempla nem um terço do número total das empresas existentes no mercado. Para o secretário-executivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Carlos Gouvêa, a Anvisa possui um processo de certificação muito longo, o que faz com que as empresas internacionais sejam desfavorecidas. "Hoje em dia, a demora entre 8 a 10 meses para realizar um agendamento de inspeção junto à Anvisa. É preciso que um grupo da Agência vá in loco. Mais do que isso, existe a renovação anual. A própria Anvisa não está conseguindo cumprir com a RDC 59. O Estado acaba se onerando", conclui. Gouvêa acredita que "as empresas estrangeiras acabam sendo punidas por

Leia e discuta com nossos blogueiros os assuntos mais quentes do mês

CARLOS GOUVÊA, DA CBDL: Processo longo de certificação desfavorece empresas estrangeiras

Claudia Goulart ÚLTIMO POST: Miomas uterinos: adeus à cirurgia Claudia Goulart é presidente da GE Healthcare para a América Latina

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SP cria pós-graduação

grátis em gestão hospitalar O governo paulista começa a oferecer, a partir deste mês, um curso de pósgraduação gratuito para os funcionários com nível superior que atuam em santas casas e hospitais filantrópicos do Estado de São Paulo. O Curso de Especialização em Administração Hospitalar é fruto de uma parceria com a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp) e a Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia.

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Com 18 meses de duração, o curso é direcionado 167 profi ssionais de nível superior que trabalham nas santas casas. Nos dias 22 e 23 de agosto serão iniciadas as turmas de Campinas e Marília. O objetivo da especialização é capacitar os profissionais dos hospitais filantrópicos no gerenciamento de serviços de saúde, marketing, informação, recursos humanos, serviços operacionais e de apoio, atendimento direto ao paciente, suprimentos, custos, legislação, além de gestão financeira e orçamentária. Serão 15 módulos focados em

gestão hospitalar, além de metodologia científica, seminários e orientação para monografia. Os custos do novo curso ficarão por conta da Secretaria de Estado da Saúde, que irá supervisionar o conteúdo programático e o cumprimento da carga horária de 360 horas pelos alunos. O investimento de R$ 1 milhão inclui a transmissão de aulas por videconferência para médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos e funcionários administrativos em nove hospitais beneficentes do Estado e na própria Fehosp.

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Pioneira em anestesiologia no Brasil, a K. Takaoka projetou o SAT 500, aparelho que atende pacientes neonatais a adultos. Desenvolvido com alta tecnologia, ele oferece ao mercado ventilador eletrônico com as modalidades: VCV, PCV, SIMV/V, SIMV/P® e PSV, o uso de dois vaporizadores calibrados com sistema de segurança, rotâmetro eletrônico para altos e baixos fluxos e capnografia. São inovações como essas que mantém a K. Takaoka presente nos principais centros médicos em mais de 40 países. Para mais informações, acesse: www.takaoka.com.br ou ligue: (11) 4176-3529.

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Estoque de remédios para hemofílicos chegou a zerar no Brasil O Instituto Brasileiro de Auditoria em Vigilância Sanitária (Inbravisa) acaba de informar que Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal só liberam doses do medicamento Fator VIII, para hemofílicos, para casos de urgência ou cirurgia. De acordo com o instituto, este medicamento será fabricado no Brasil a partir de 2014 na estatal Hemobrás. Em nota à imprensa, o Inbravisa indica que "o Ministério da Saúde alegou dificuldades na licitação

internacional para comprar o medicamento , e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reteve a liberação da importação do remédio ,durante quase um mês, alegando que faltava um documento , que deveria ser apresentado pelo Laboratório Baxter, fabricante do produto." Para o diretor presidente do instituto, Rui Dammenhain, "os entraves burocráticos não podem colocar em risco a vida de milhares de pessoas portadoras de hemofília", acredita.

Em nota de esclarecimento, a Baxter informou que até o fi nal do ano, entregará ao Ministério da Saúde mais 70 milhões de unidades internacionais de Fator VIII, antecipando em um mês a entrega total das 126 milhões de doses contratadas. Além disso, a multinacional informou que “desconhece a ocorrência de qualquer problema com sua documentação, tanto que tem entregue regularmente, e com antecedência, as doses contratadas.”

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PARTICIPE DO ESPECIAL DE BALANÇO DA REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES DE DEZEMBRO

Em dezembro, a revista Fornecedores Hospitalares terá uma edição especial e você não pode ficar de fora! Para encerrar 2008, nossa equipe editorial fará o balanço da indústria médico-hospitalar e farmacêutica. Iniciamos este projeto no ano passado e foi um sucesso. Neste ano, estamos vislumbrando um projeto ainda maior, com a participação de um número mais expressivo de empresas. A idéia é organizar um guia com informações relevantes das indústrias, tanto para que seus clientes (nossos leitores) tenham uma lista com os principais fornecedores de cada produto, como para que conheçam a saúde financeira, credibilidade, idoneidade e forma de trabalho de seu fornecedor. Neste ano, faremos subdivisões entre indústria médicohospitalar e indústria farmacêutica. Funciona da seguinte forma: Para participar da edição, a empresa deve responder ao questionário até dia 03 de novembro e enviar o seu logotipo, na resolução de 1200 x 1200 pixels, ou em 3 megapixels para o email psantana@itmidia.com.br

Você pode participar desta edição enviando suas informações pelo site

WWW.REVISTAFH.COM.BR/BALANCO2008 * Só serão publicadas as empresas que enviarem o questionário completo e o logotipo. ** Não há custo algum e a participação nesta edição é estritamente editorial, não implicando em nenhum tipo de relacionamento comercial com a IT Mídia.

Realização FORNECEDORES

H O S P I TA L A R E S

A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOS PITALAR

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Santa Marina expande atuação com parceria A sustentabilidade do setor de Saúde é amplamente discutida entre os players. Em busca de soluções para fazer dos serviços de saúde um negócio rentável e perene, instituições buscam novos modelos e forma de gerar um valor agregado à atenção de saúde. É justamente com esta premissa que o Hospital Santa Marina, da zona sul de São Paulo, acaba de fechar uma parceria com o Hospital de Olhos de São Paulo. A idéia é trazer a instituição especializada em oftalmologia para dentro do hospital geral, como uma estratégia de expandir a atuação e suprir uma demanda regional reprimida por esta especialidade clínica. “O Santa Marina nunca teve tradição em oftalmologia. Na zona sul, não existem grandes pólos de oftalmologia. Queremos justamente associar o nome e a estrutura do Hospital dos Olhos à nossa estrutura”, explica a diretora comercial e de marketing do Santa 2 anun_SIEMENS-MED_MAR08 CV.pdf

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Marina, Andréia Bera. Hoje, com cerca de 20 mil consultas por mês dentro do Pronto-socorro, o Santa Marina tem uma expectativa de aumentar o atendimento ambulatorial. “Depois de seis meses de negociação, teremos uma equipe do Hospital dos Olhos aqui dentro, sendo que os honorários médicos são da equipe e as taxas de serviço serão nossas”, conta Andréia. A instituição não precisou investir em estrutura. De acordo com a diretora, foram feitas pequenas implementações no Hospital Dia, para comportar a demanda de pequenas cirurgias, e uma adequação e decoração diferenciada do centro médico. “Com relação à equipamentos, vamos fazer parcerias com fornecedores, nas quais compramos os insumos e eles fornecem gratuitamente o aparelho”, diz. Com 260 leitos, o Santa Marina acredita que existe uma demanda reprimida na região.

Portanto, “será elaborada uma comunicação visual e identidade visual conjunta entre as instituições. De forma a envolver os pacientes e mostrar a parceria, ou seja, a qualidade assistencial em oftalmologia que foi trazida para dentro do hospital”. Mais do que este acordo, em específico, a idéia do Santa Marina é ampliar a colaboração com outras instituições especializadas. “Temos um visão em longo prazo de fazer mais negociações. Sempre vamos analisar a localização e as atividades complementares. Como somos de corpo clínico aberto, temos esta flexibilidade. Só que precisamos tomar o cuidado para que os profissionais que não pertencem às instituições parceiras não se sintam desmotivados”, acredita Andréia. O Hospital dos Olhos faz 57 mil consultas por ano, 59 mil exames e 6 mil cirurgias.

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Ceará deve

Sírio-Libanês será

O Governo do Estado do Ceará acaba de lançar edital de licitação para a construção do Hospital Regional do Cariri. Com investimentos de R$ 57,8 milhões, a unidade, primeira da rede estadual no Interior, vai atender urgência e emergência de alta complexidade. O hospital Regional do Cariri será construído em uma área de 27mil metros quadrados, localizado no triângulo Crajubar. Serão 209 leitos, 20 de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 15 leitos semi-intensivos. Além disso, haverá oito salas cirúrgicas. A previsão da Secretaria da Saúde do Estado é de sejam realizadas 7.872 cirurgias

A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo inaugurou e entregou nesta quinta-feira, 14, a gestão da Assistência Médica Ambulatorial (AMA) de Especialidades Santa Cecília ao Hospital Sírio-Libanês. A unidade, localizada na Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Humberto Pascalli, oferecerá atendimento em cardiologia, ortopedia, neurologia, cirurgia vascular, reumatologia, urologia e endocrinologia. O Sírio-Libanês já administra as AMAs Vila Piauí e Jardim Peri-Peri. Em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, o hospital também já apoiou a reforma de unidades de saúde, projetos de manutenção predial e de informática.

ganhar novo hospital de média e alta complexidade e 9.504 de pequena complexidade. O número esperado de internações por ano é de 6.760. No ambulatório, 29.568 consultas a cada ano. Também serão disponibilizados serviços de ressonância magnética, eletrocardiograma, eletroencefalograma, mamografia e radiologia. A previsão de conclusão das obras é de 18 meses. O Governo pretende ainda construir mais um Hospital Regional, no município de Sobral para atender a população da região Norte do Estado. Atualmente, todos os hospitais da rede estadual de saúde estão localizados em Fortaleza.

responsável por mais uma AMA

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Para Quem?Como?Quando?Quanto?Onde? Para Quem?Como?Quando?Quanto?Onde? Para Quem?Como?Quando?Quanto?Onde? Para Quem?Como?Quando?Quanto?Onde? Para Quem?Como?Quando?Quanto?Onde? Para Quem?Como?Quando?Quanto?Onde? Encontre as respostas aqui Do esboço do negócio ao sucesso do empreendimento A Bross utiliza sua exclusiva metodologia, que compreende estudos, análises e projeções, para responder as dúvidas e tornar visíveis as inúmeras variáveis de cada projeto. Isso ajuda a antecipar a necessidade de eventuais ajustes para a sua viabilidade. Porque para nós, o sucesso total do empreendimento é a melhor resposta. Acesse o nosso site e saiba mais: www.bross.com.br Rua Arizona 1426 • CEP 04567-003 • Brooklin São Paulo SP • Tel 5505 1555 • Fax 5505 1068 • bross@bross.com.br

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Anvisa quer limitar número de cirurgias com câmeras por causa de novo tipo de infecção de esterilização não houve reincidência", explica a diretora-adjunta da Anvisa, Beatriz Macdowell Soares. Com a limitação do número de cirurgias e de aparelhos adquiridos pelo serviço de saúde, a agência espera acabar com a falta de tempo para a esterilização. Desde 2003, já ocorreram 2025 casos de infecções por MCR (existem mais 3 em investigação atualmente). Em 72% dos casos, a bactéria se desenvolveu após cirurgias abdominais, videolaparoscopia, redução de duodeno e retirada de lipomas. Sempre em procedimentos que utilizam câmeras de vídeo ou aparelhagem similar, mas não há registro de casos provocados por exames e procedimentos de diagnóstico. Recentemente, o governo do Espírito Santo proibiu temporariamente que as clínicas e hospitais do estado realizassem cirurgias de lipoaspiração. A medida foi tomada porque ocorreram os primeiros casos de infecção por esse tipo de bactéria no estado nesse tipo de procedimento.

Mas as lipoaspirações foram responsáveis até hoje por apenas 3% dos casos de infecção por MCR. Em nota técnica, a Anvisa alerta que esse tipo de infecção se configura uma doença emergente, "sem registros anteriores aqui e em outros países, nessa proporção" e que a situação é grave em quase todos os estados do país. "A Micobactéria tem crescimento rápido, mas pode se manifestar em até dois anos. Elas podem causar grânulos que podem provocar a necessidade de nova cirurgia para a retirada", explica Beatriz Macdowell. "Os profissionais de saúde devem alertar o paciente para os riscos e avaliar a real necessidade de indicação da cirurgia", completa. A Anvisa também sugere que os serviços de saúde que utilizem outros produtos para esterilizar os equipamentos e não mais o glutaraldeído 2% (mais utilizado atualmente), porque a bactéria tem demonstrado resistência ao produto. As informações são da Agência Brasil.

Imagem: Ablestock

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer limitar o número de equipamentos e de procedimentos cirúrgicos diários, especialmente os que usam pequenas câmeras de vídeo que são introduzidas no paciente. A medida deve ser adotada em todos os serviços de saúde do país para reduzir o número de infecções pós-cirúrgicas por Micobactéria de Crescimento Rápido (MCR). Esse tipo de bactéria está relacionada a problemas na limpeza dos instrumentos e aparelhos utilizados em cirurgias. A Anvisa informa que, ao fiscalizar os serviços de saúde, descobriu que essa aparelhagem vinha sendo apenas desinfetada - procedimento que dura em torno de 30 minutos - e não esterilizada - procedimento recomendado e que dura cerca de 10 horas. "O que percebemos é que onde tem sido aplicado procedimentos de esterilização, de forma correta e completa, não há problemas. E onde ocorreram casos e o serviço de saúde passou a adotar os procedimentos

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27 cursos de medicina

no País são inadequados Em levantamento divulgado nesta quarta-feira, 6, pelo Ministério da Educação, identificou-se que 27 cursos de medicina do País são inapropriados. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam o ensino superior na área. Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Além do desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), o novo indicador avalia o perfil do corpo docente e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade. Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área". Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4 e 5, sendo que 1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas.

Saúde cria central de pacientes na fila do transplante

A Secretaria de Estado do Rio de Janeiro de Saúde e Defesa Civil criou uma central gratuita para atender aos pacientes do Hospital Geral de Bonsucesso e do Fundão que aguardam transplantes de fígado. Os pacientes devem entrar em contato com a Secretaria e agendar os exames. A lista para transplante de fígado é organizada por gravidade, que é medida pelo Meld, número criado pelo exame de sangue que corresponde à gravidade da situação do paciente. Quanto mais alto for o número de Meld, maior a gravidade. Mas há outros critérios de priorização na fila, como, por exemplo, casos de urgência máxima, de acordo com a assessoria. A partir da semana que vem, estará disponível um site específico para consulta dos pacientes. Eles poderão saber, via Internet, se o seu exame está vencido e consultar sua posição na lista. O telefone para obter informações é 0800- 2857557.

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ID Med é o primeiro registro médico eletrônico do País O Brasil acaba de inaugurar o primeiro portal de registro médico pessoal. Nos mesmos moldes de HealthVault e outras plataformas americanas, o ID Med surge como uma opção brasileira de prontuário eletrônico. Nele, o internauta tem a opção de fazer o próprio registro, o médico pode registrar diagnósticos dentro do histórico do paciente e ainda existe a possibilidade de importar resultados de exames, como diagnóstico por imagem. “Percebemos que com o crescimento da internet no Brasil, havia uma oportunidade de negócio. Afinal, este tipo de plataforma já é bem disseminado nos Estados Unidos e outros países do exterior”, diz o diretorexecutivo do ID Med, Humberto Mello. Inaugurado na segunda quinzena de agosto, o portal já possui 750 usuários com os prontuários e mais de 1 mil visitas por dia. “Nossa meta é ter acima de 30 mil visitas por dia até o final deste ano”, pontua Mello.

Com investimentos de R$ 200 mil, o portal tem capacidade de ampliação conforme a demanda de cadastros dos prontuários eletrônicos e os usuários não possuem limite de capacidade para registros. Depois de um ano de desenvolvimento e estudo de viabilidade, o ID Med possui outras funcionalidades como o cartão pessoal do usuário, onde é possível armazenar como arquivo de doenças, medicamentos habituais, vacinas aplicadas, cirurgias realizadas, contatos de emergência, entre outros dados. “Cada cartão possui um código de emergência para acesso a informações do histórico, que deverá ser impressa e colocada junto aos documentos do usuário. A proposta é de que, em caso de emergência, a carteirinha facilite a ação dos nos primeiros socorros”, explica o diretor. Além do serviço, o portal disponibiliza artigos e conteúdo informativo sobre

questões clínicas como doenças e métodos de cura, por exemplo. “Temos percebido que há uma aceitação acima da expectativa por parte dos profi ssionais da saúde. Temos mais de 200 médicos que publicam artigos, conceitos e diagnósticos. O curioso é que eles são colaboradores não recebem nada por isso”, conta Mello. PARCERIAS

Como todos os serviços do portal são gratuitos, o retorno sobre o investimento será feito por meio de publicidade e parcerias. “Estamos negociando com prefeituras do interior de São Paulo, de forma que o registro eletrônico será feito pelos servidores públicos para gerir a saúde deles. Já conversamos, também, com três laboratórios e seguros de saúde que manifestaram interesse em firmar acordos para a disponibilização de exames em nossa plataforma.

Sepaco investe US$ 1 milhão em aparelhos e estrutura física Da redação / Colaborou Patricia Santana – psantana@itmidia.com.br O Hospital Sepaco, da zona sul de São Paulo, acaba de concluir a construção de 22 leitos, em formato de apartamento, e do centro cirúrgico. Mais do que isso, a instituição adquiriu equipamentos de hemodinâmica e tomografia, serviços que antes eram terceirizados. Com recursos da ordem de US$ 1 milhão, sendo que 20% são próprios e o restante é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o hospital pretende tornar toda a área hospitalar produtiva por 24 horas, retirando completamente a administração de dentro do hospital. "Trabalhamos com o conceito de que o hospital é uma obra inacabada. Acabamos de aumentar a área de internação e o conforto do centro cirúrgico para o médico. Alugamos uma casa em frente ao hospital

para alocar parte da equipe administrativa. Até o final de 2009, outros 22 apartamentos serão construídos e, consequentemente, mais pessoas que não atuam com a assistência em si mudarão para a casa", conta o superintendente do Sepaco, Rafael Parri. De acordo com o executivo, o motivo do aumento de leitos é a crescente demanda da região. "Estávamos negando atendimento. Como estamos em uma área bem localizada, com metrô e área residencial, optamos por ampliar a estrutura. Agora, com 200 leitos, nossa taxa de ocupação é de 73%, mas, como acabamos de inaugurá-los, deveremos atingir 80% até o final do próximo mês", explica. Mas as reformas não ficam somente nesta inauguração. Parri antecipa que existe um

plano diretor para ampliar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em 2009 e o prontoatendimento em 2010. MUDANÇA DE POSTURA

Antes, os serviços de hemodinâmica e tomografia eram terceirizados por um grupo de médicos dentro do hospital. Agora, com a aquisição dos equipamentos, o Sepaco quer servir serviços próprios. O motivo é a obsolescência. "Com o tempo, os equipamentos começaram a ficar ultrapassados. Contratamos equipes para operar as novas aparelhagens. A demanda pelos serviços tem aumentado, o que justificou o investimento próprio", diz Parri. Dados do hospital apontam que são realizadas 380 tomografias por mês e, a partir de setembro, serão feitas 120 hemodinâmicas mensais.

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Grupo do complexo industrial da Saúde terá 1ª reunião

Saúde investe

O Ministério da Saúde inaugura a primeira reunião do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (GECIS), em Brasília. O grupo abordará a eficiência dos programas de investimentos em empresas do setor, como o Profarma, e ações de estímulo da produção. De acordo com a pasta da Saúde, serão discutidos temas que afetam a produção industrial de saúde, como a desoneração do setor, carga tributária de produtos nacionais e importados, bem como investimentos da ordem federal. O objetivo do grupo, criado em maio deste ano por meio de decreto presidencial, é propor uma regulamentação para o complexo industrial da saúde, de forma a reduzir os gargalos e equalizar a balança comercial, cada vez mais dependente de produtos, equipamentos e tecnologia estrangeiros. Anualmente, o Ministério da Saúde compra cerca de R$ 8 bilhões em medicamentos, equipamentos médico, materiais (órteses e próteses), hemoderivados, vacinas e reagentes para diagnóstico. Boa parte desse material

R$ 1,7 mil em centro

é importada, o que faz com que o déficit da balança comercial da área seja de quase US$ 6 bilhões. Os encontros do grupo, formado por gabinetes do ministério da saúde e por representantes do próprio setor produtivo, serão regulares para a elaboração de diretrizes para o apoio de políticas públicas que beneficiem a indústria da saúde. O grupo é composto por representantes dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), da Ciência e Tecnologia (MCT), do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), da Fazenda (MF), Relações Exteriores (MRE) e da Casa Civil da Presidência da República. Também participam do grupo os representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Einstein inaugura Centro de Arritmia Cardíaca O Hospital Israelita Albert Einstein inaugura hoje o Centro Einstein de Arritmia Cardíaca. A área contará com 10 profissionais que formarão uma equipe multidisciplinar e, baseados em protocolos, irão diagnosticar e propor tratamentos para pacientes cardiopatas, especialmente para os que correm o risco de morte súbita. Entre as tecnologias utilizadas no centro estão os aparelhos Ensite e

Carto, que permitem a criação de imagens tridimensionais do coração para mapeamento eletroanatômico; eletrocardiograma de alta resolução e sistema de monitorização loop recorder, que atualiza e grava continuamente o eletrocardiograma. Entre os procedimentos disponíveis estão a microalternância da onda T, teste de inclinação ortostática e ablação por cateter, entre outros.

de diagnóstico

para mulher O Hospital de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, acaba de inaugurar o Centro de Imagem da Mulher, que reúne serviços de diagnóstico para acompanhamento e avaliação de doenças como câncer de mama e ginecológico, além de problemas decorrentes da menopausa. Além da estrutura radiodiagnóstica já oferecida pela unidade, que inclui um novo tomógrafo helicoidal, o Centro concentra equipamentos de densitometria óssea, ultrassonografia e mamografia para o diagnóstico precoce de doenças. Com os novos aparelhos, a expectativa é que sejam realizados cerca de 1,8 mil exames por mês. Destes, cerca de 25% serão destinados a pacientes encaminhadas pelos pólos de mama da região da Barra e de Jacarepaguá. O Ministério da Saúde investiu um total de R$1,7 milhão em equipamentos. O Hospital de Jacarepaguá, unidade do Ministério da Saúde, atende a alta e média complexidades em especialidades clínicas e cirúrgicas. Atualmente conta com 227 leitos de enfermaria e uma emergência clínica. A instituição realiza, em média, 12,7 mil consultas ambulatoriais, 13 mil atendimentos na emergência, 600 internações e 500 cirurgias por mês.

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Assim como o farol marítimo é referência para os navios, seu hospital poderá ser referência em gestão hospitalar no Brasil. Participe gratuitamente do estudo que apresentará ao mercado os melhores modelos de gestão hospitalar do Brasil em 2008. Preencha o questionário e envie o case do seu hospital. Os 20 melhores cases serão publicados em dezembro no especial Hospitais Referência da revista Saúde Business, o estudo mais importante feito com os Hospitais de todo o País. Acesse:www.deloitte.com.br

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REPORTAGEM DE CAPA

A caminho

de novos modelos O atual sistema global de saúde, baseado na entrega de serviços para o tratamento de doenças, está gerando um círculo vicioso pela prática de altos custos, má qualidade de serviços e precariedade no acesso aos cuidados. Mas um movimento mundial já demonstra que o segmento de saúde está em busca de caminhos para se adequar a uma nova realidade. Aspectos como mudanças demográficas, longevidade e a busca cada vez mais crescente por qualidade de vida estão levando prestadores de serviços, pagadores e cidadãos a criarem um modelo colaborativo no qual o foco serão os cuidados com a saúde. Alice Sanches – editorialsaude@itmidia.com.br

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Imagem: Able Stock

e acordo com o gerente sênior para Saúde da Deloitte, Enrico de Vettori, hoje, a inflação da saúde está acima da inflação geral. Como exemplo, o executivo cita o PIB da saúde, que de acordo com os Centres for Medicare and Medicaid Services, nos Estados Unidos, que em 1960 era de 5% e em 2005 passou para 16%; da Bélgica, que era de 3,4% e passou a 9,6%; e Japão que era de 3% e foi para 7%, no período citado. Porém, em alguns países, uma alternativa para baixar custos e aumentar o desempenho é o modelo de pagamento por performance, que utiliza indicadores para medir a qualidade do serviço e efetuar o pagamento. “A Califórnia já aplica este modelo em 30% dos usuários. Isto mostra que certas mudanças no sistema de saúde já são tendências de mercado, como aponta Micha”, avalia Vettori. O panorama geral da entrega de serviços de saúde foi analisado também no estudo “Healthcare 2015 and Care Delivery - Delivery Models Refined, Competencies Defined”, realizado pela IBM Global Business Services, por meio do IBM Institute for Business Value. A pesquisa perguntou a líderes de organizações do setor – CEO, CMO (sigla em inglês para diretor médico), CIO e diretores de 20 países: “Como prestadores irão entregar melhores serviços aos pacientes, considerando as oportunidades e as restrições envolvidas no sistema de cuidados com a saúde?” O resultado apontou para a necessidade da transformação e aprimoramento de modelos já estabelecidos. Um dos pontos apresentados no estudo é a mudança do foco dos valores, que passará de cuidados com a doença para cuidados com a saúde. Esta transformação ocorrerá a partir de ações colaborativas dos prestadores de serviços para incentivar os cidadãos a ter uma vida mais saudável; e na forma de redefinir as dimensões de qualidade de serviços, que estarão baseados em prevenção, detecção antecipada e tratamento, tempo e recursos gastos para o diagnóstico, e monitoramento dos cuidados. Na opinião de Vettori, um dos aspectos da transformação dos modelos é começar a responsabilizar o cidadão. “As pessoas que bebem, fumam e, por isso, se colocam em um grupo de risco, devem pagar mais pelos serviços de saúde. Assim, elas não sobrecarregam o sistema. Pelo acesso à informação, principalmente em relação ao fumo, bebida, obesidade e estresse, os indivíduos precisam tomar uma postura consciente.” Esta mudança contará com uma variedade de decisões estratégicas, que ressaltará competências.

Fotos: Divulgação

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reportagem de capa

“Os principais aspectos para a transformação da entrega dos serviços de saúde são o acesso à informação, o aumento do poder de escolha e a tecnologia“ Enrico de Vettori, da Deloitte

Estas decisões podem ainda impactar a liderança de organizações, a cultura, os modelos de negócios, estruturas organizacionais, processos e tecnologias. Segundo o estudo, a expectativa de alcançar mudanças de impacto no ambiente dos prestadores de serviços de saúde e outros stakeholders já traz movimentos como o incremento na aproximação entre pagadores e prestadores. Esta aproximação será multifacetada, com ações como: ênfase na prevenção combinada a decisões de coberturas racionais e incentivos alinhados com os stakeholders, como forma de superar barreiras estruturais,; busca por equilíbrio nos gastos públicos e privados; responsabilidade financeira transferida para os cidadãos; o aparecimento de locais não-tradicionais para entrega de cuidados com a saúde e competidores globais de serviços; a proliferação de modelos de entrega e capacidades dirigidas por mudanças combinadas com novo tratamento, aproximação e tecnologias. Em um novo modelo de serviços, problemas como aumento de custos, qualidade inconsistente de cuidados ou falta de acesso devem ser superados. Aspectos marcantes da atualidade como globalização, consumerismo (termo adaptado do inglês que se refere ao movimento de consumidores que passou a questionar as relações

de consumo e exigir mais dos fornecedores de produtos e serviços. Também é conhecido como “consumo consciente”.), mudanças demográficas e de estilo de vida, doenças crônicas e a proliferação de tecnologias médicas e tratamentos, tornam o cenário ainda mais desafiador, assim como as restrições financeiras, os incentivos desalinhados e a precariedade nos sistemas de informação para fornecer análises e insights. O gerenciamento para as mudanças requer muita pró-atividade. Transformar cuidados com o doente em cuidados com a saúde exige maior entendimento do valor que os fornecedores entregam. Em muitos países, o principal foco dos fornecedores é o diagnóstico e tratamento da pessoa doente. Embora o modelo seja necessário, um sistema de cuidados da saúde reativo impõe altos custos e ainda deixa o paciente sujeito a outras patologias que podem ser irreversíveis, principalmente em casos crônicos, como doenças coronarianas, diabetes e câncer. Neste sistema, as medidas de qualidade são focadas em resultados de tratamentos, tais como medicina baseada em evidência. Já no modelo pró-ativo, o valor estaria baseado em um sistema de cuidados como programas de prevenção personalizados, previsão, detecção precoce da doença, tratamento e gerenciamento

de doenças. Neste formato, é possível educar pacientes e gerenciar suas condições e saúde, ajudando a criar e manter a população mais saudável, com custos acessíveis praticados pelo setor. As dimensões de valores futuros incluem a habilidade contínua de melhoramento e inovação dos sistemas e ações que induzem os cidadãos a manterem estilo de vida mais saudáveis. Neste modelo, os cuidados com a saúde também incluem dimensões como qualidade clínica dos serviços, acesso e escolha. “Um dos problemas hoje enfrentados no sistema de saúde é a verticalização, que se caracteriza pelo fato de empresas de medicina de grupo comprarem laboratórios e hospitais, passando a oferecer produtos e serviços somente de seu portfólio. Estas empresas adquirem grande poder de barganha e o beneficiário não tem escolha, enquanto o ideal seria que os indivíduos tivessem chance de escolha”, considera o especialista em Saúde da Deloitte. “O ideal seria a horizontalização, um sistema formado por empresas de gestão – são cadeias ou redes de fornecedores de cuidados com a saúde. No Brasil, isto já é uma realidade, pois temos hospitais que atuam em vários Estados. O paciente ganha na medida em que pode participar de uma cadeia estruturada e com mais opções. Ao contrário disso, a verticalização restringe as opções”, completa. Nos sistemas de saúde baseados em valor, é necessário saber o que funciona, para aplicar este conhecimento apropriadamente. Hoje, muito freqüentemente, os profissionais da área não têm acesso ao conhecimento clínico e às informações relevantes do paciente. Como resultado, dependem quase exclusivamente de suas próprias experiências em casos similares. O processo é chamado de “medicina baseada em experiência” ou “medicina de tentativa e erro”. Por conta disso, o acesso às informações do paciente e ao conhecimento clínico são essenciais para melhorar o diagnóstico e tratamento, a promoção de saúde e os cuidados personalizados. Gerenciamento pessoal da saúde

Com o aumento da longevidade, cresceu a busca por serviços de cuidados com a saúde e a escolha pelo estilo de vida saudável. De acordo com a pesquisa, aproximadamente 80% das doenças coronarianas, mais de 90% dos casos diabetes, e de 30% a 70% dos casos de câncer podem ser prevenidos ou adiados pela mudança de comportamento, baseada em dietas, exercícios adequados e abstinência do fumo. Em um sistema

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“Mundialmente, 90% dos problemas de saúde são de baixa complexidade, mas o modelo vigente dá mais importância para o atendimento de alta complexidade“ Luís Gustavo Garavelli, da General Care

de saúde transformado, cidadão e fornecedores co-produzirão cuidados de saúde. Os cidadãos devem começar a planejar sua saúde física e financeira, enquanto os prestadores de serviços devem incentivar os cidadãos a tornarem-seconsumidores esclarecidos sobre os serviços, esperando custos inferiores, alta qualidade clínica e de serviços e acesso conveniente. Hoje, os fornecedores estão focados na entrega de cuidados para doenças agudas. Porém, existe a necessidade de coordenar e integrar os modelos de forma preventiva. Países como Reino Unido e Estados Unidos estão testemunhando o crescimento de clínicas de varejo (serviços em lojas de varejo, como o Wal-Mart) que oferecem custos menores e facilidades de acesso. Em cuidados agudos, centros de cirurgias ambulatoriais (hospitais-dia) estão movendo os procedimentos para fora de hospitais. Em ambos os serviços, para agudos e crônicos, a telemedicina e a e-consulta estão sendo usadas para monitorar remotamente e atender pacientes. Mas, na opinião de Vettori, as clínicas de varejo são “uma indústria de receitas e de exames”. “Eles são comissionados, beneficiando assim laboratórios e serviços de imagem, aos quais normalmente estão vinculados. Acredito ser um modelo oportunista, que prejudica parte da população sem acesso aos planos de saúde”, ressalta. O crescente foco no valor e nos custos e complexidades das doenças combinadas com novos diagnósticos e tratamentos provavelmente resultará na proliferação de modelos de atendimento. Com isso, crescerá a pressão por mudança nos prestadores de serviços existentes. Por ter como característica a pró-atividade, os sistemas de saúde baseados em valor para o paciente, que reduzem a incidência de doenças, ficarão em ascensão. Assim, pode-se esperar escassez de profissionais que são experts em estratégias e técnicas como prevenção, diagnóstico precoce e medicina baseada em evidências. Estes serão mais necessários que os especialistas. Na visão de Vettori, a frieza e a distância entre médico e paciente também são problemas nos sistemas atuais, assim como os encaminhamentos para especialistas que não tem visão do todo. “Estamos passando por uma revolução silenciosa, na qual o paciente quer fazer suas opções, decidir ou mesmo opinar na decisão de seu tratamento, sem tirar a responsabilidade do médico. Só que para isso é preciso conversar com o médico, e não receber o atendimento em cinco minutos.” O estudo conclui que os novos modelos podem

trazer benefícios e implicações como: maior relacionamento entre médicos e pacientes, que juntos irão colaborar para promover a saúde, definir tratamentos e gerenciar doenças; maior competição entre fornecedores mundiais, como centros de bem-estar, clínicas de varejo, turismo em saúde, e cuidados entregues através de telemedicina; - nas bases para competição e diferenciação como a redefinição da dimensão dos valores; inovação; cultura, que necessitará mudança sustentável em níveis como: ecossistema, organizacional, departamental, trabalho em grupo e individual; - criação e redesenho de processos; e gerenciamento de informação. Para o especialista da Deloitte, existem outros aspectos que contemplam o cuidado com o paciente, como a gestão de protocolo, na qual o atendimento ao paciente é realizado por processos uniformes, porém, nem sempre o plano de saúde concorda com a aplicação do protocolo a todos os pacientes, porque isso poderia representar custos muito elevados. Mesmo sabendo que o atendimento via protocolo permite acompanhar o estado do paciente e até saber se ele precisará de uma internação, terá alta, ou se vai para outros atendimentos. O crescimento dos hospitais com gestão bem administradas e a enfermagem como um ambiente humanizado, por causa da capacitação do corpo clínico, também merecem destaque. “De forma geral, os principais aspectos para a transformação da entrega dos serviços são o acesso a informação, que vai permitir que o paciente compartilhe a decisão do tratamento com o médico; a mudança do sistema de pagamento para o pay for performance; o aumento do poder de escolha, com sistemas horizontais; e a tecnologia, que vai ajudar a resolver problemas antecipadamente. Não existe um modelo único para esta transformação, mais tudo envolve o paciente”, finaliza Enrico de Vettori. A entrega de novos serviços no Brasil

Dentro da visão do que seria um novo modelo de entrega de serviços, o Brasil apresenta algumas ações. Um exemplo de modelo de cuidados com foco na saúde é o atendimento da clínica Vidara, idealizada pelo diretor de operações da General Care, Luís Gustavo Garavelli. A Vidara tem como objetivo oferecer atendimento de baixa complexidade, como consultas e alguns tipos de exames, a baixo custo. Entre as especialidades estão a pediatria, geriatria e cardiologia. “Mundialmente, 90% dos problemas de saúde

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REPORTAGEM DE CAPA

“A integridade da informação e a velocidade dos resultados são determinantes na tomada de decisão. Este acompanhamento mensal permite melhoria contínua“ Mario Vrandecic, do Biocor

são de baixa complexidade, mas o modelo vigente dá mais importância para o atendimento de alta complexidade”, pontua Garavelli. O conceito da clínica é realizar consultas de baixo custo (R$ 29) e remunerar médicos de acordo com o resultado líquido das consultas (25%). No modelo entregue pela clínica Vidara, todos os pacientes passam por pré-consulta, para agilizar e melhorar a qualidade dos processos. Nesta pré-avaliação são verificados peso, altura, massa corpórea, pressão, testes de colesterol e triglicérides e diabetes sem custos adicionais e com resultados instantâneos. Estes processos são apoiados pelo Bit Care, tecnologia de desenvolvimento próprio, que traça o perfil do paciente, com a inserção de informações durante as consultas, permitindo o acesso a seu histórico. “Pelas informações integradas, é possível intervir na saúde de nossos pacientes. A tecnologia empregada é essencial para este modelo de negócios, pois torna possível reduzir custos e melhorar processos, além de gerenciar o departamento financeiro da clínica”, avalia o diretor. A expectativa de Garavelli é mostrar que é possível entregar um bom serviço a preços acessíveis. “A procura na clínica está satisfatória. Chegamos a quase 60% da ocupação máxima neste primeiro ano e o crescimento é de 100% a cada mês. Um fator que aumenta a demanda é a falta de acesso aos planos de saúde”, revela. Para os processos de administração, a Vidara implementa metodologias para avaliar a clínica e o médico. A pesquisa é usada na melhoria das clínicas e para premiar médicos que recebem avaliação positiva. “Esta pesquisa foi responsável pela recente implantação das especialidades dermatologia e estética.” O FUTURO ESTÁ NA TECNOLOGIA

BIOCOR INSTITUTO, EM MINAS GERAIS: Tecnologia passa a ser preponderante no planejamento do hospital

Metodologias apoiadas em tecnologia da informação já são uma realidade para os cuidados com a saúde no Brasil. Segundo o diretor geral do Biocor, Mario Vrandecic, a tecnologia é uma realidade irreversível e universal aplicados aos sistemas de saúde. Atuando com alta complexidade, o Biocor investe em tecnologias, buscando melhor resolução em diagnóstico, tratamento e infraestrutura hospitalar. Nos processos de gestão, a integração de toda a organização, inclusive da parte médica, com módulos que abrangem todas as atividades institucionais, apresenta benefícios, como o controle e disponibilização dos dados e informações, assim como dos processos administrativos e financeiros. Os módulos incluem prontuário eletrônico e o

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PACS, que permitem a circulação de informações médicas em tempo real, acesso a imagens, exames e quaisquer outros dados do paciente, nos mais de 400 terminais da instituição. O hospital também conta com soluções integradas de gestão, como Business Inteligence (BI) e Balance Scorecard (BSC), entre outros. Com a utilização destas ferramentas na gestão, o Biocor estabelece planejamentos estratégicos de curto, médio e longo prazos, com metas direcionadas à satisfação do paciente, dos convênios, da equipe e corpo clínico, além da perspectiva financeira de sustentabilidade. Diante das metas estabelecidas, os responsáveis atuam de acordo com os planos de ação, para conduzir a análise crítica dos resultados. “Periodicamente, essas metas são analisadas e atualizadas para um horizonte futuro. O sistema informatizado representa uma solução de eficiência administrativa, pois agiliza

SANTA CASA DE SÃO PAULO: Instituição se prepara para implantar PACS e já adotou o Prontuário Eletrônico em uma unidade de Guarulhos

todo o processo. A integridade da informação e a velocidade dos resultados são determinantes na tomada de decisão. Este acompanhamento mensal permite melhoria contínua, sendo da responsabilidade de cada setor, dos grupos de trabalho e da direção”, avalia Vrandecic. A Irmandade de Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, apesar de ter grande parte do atendimento voltado ao Sistema Único de Saúde (SUS), também prepara processos e infra-estrutura para implantar tecnologias hoje existentes no mercado, como o Prontuário Eletrônico e a radiologia digital, com PACS. Inicialmente, a Santa Casa implementou um projeto piloto para Prontuário Eletrônico na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Geral de Guarulhos. O próximo passo será a implantação do Prontuário Eletrônico no hospital Santa Isabel. “A implantação do piloto em um hospital de menor porte é estratégica, pois queremos analisar a complexidade dos processos. Mas o objetivo é evoluir com o uso da tecnologia para todos os hospitais”, avalia o diretor de TI da Santa Casa de Misericórdia, Sidnei Jorge Rodriguez. No hospital, projetos de implementação do PACs estão em fase de desenho e em processo de viabilização de recursos financeiros com grandes empresas do mercado. “O projeto é detalhado, complexo, custoso e deve atender todas as unidades da Santa Casa de uma vez”, garante Rodriguez. Em relação ao mercado nacional, o diretor considera que o Brasil ainda é precário na evolução do prontuário eletrônico. “Este é um processo evolutivo que ao longo dos anos vai se consolidar. Mas, é um caminho difícil, porque tem de passar por mudanças de cultura médica e de enfermagem. Por isso, é necessária uma solução amigável para estes profissionais. Na Santa Casa, o primeiro passo será implantar o prontuário eletrônico, porém mantendo a evolução clínica e prescrição médica impressos, já que ainda não temos a assinatura digital dos médicos”, enfatiza o diretor. Na opinião de Rodriguez, um modelo de serviços baseado em prontuário eletrônico trará velocidade e qualidade ao atendimento do paciente, considerando o acesso às informações disponíveis em uma tela. “Isso permitiria abreviar o processo de cura, dar agilidade à conduta médica em relação ao problema do paciente e, até mesmo, realizar estudos de casos. E, por ser hospital escola, agregaria valor ao ensino da medicina. A conferência entre médicos via vídeo-conferência para saber uma segundo opinião, também será

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reportagem de capa

uma tendência. Se queremos uma evolução na forma de atendimento que vise a redução de custos e a implementação de novas ferramentas, o investimento em TI é fundamental”, completa o diretor de TI. Um exemplo de ação que utiliza recursos de vídeo-conferência é o projeto Educa São Miguel, que envolve alunos e professores da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). O projeto, realizado em uma comunidade carente, leva informações de saúde para cerca de 300 famílias diagnosticadas com alta vulnerabilidade social. As atividades e aulas são ministradas para a população, mas antes da ação presencial, todo o preparo é feito por vídeoconferência. Na etapa inicial, alunos, professores e agentes sociais discutem os temas que serão abordados e ajustam a linguagem, utilizando este recurso. Outra ação está relacionada a uma Expedição Científica e Assistencial, organizada por alunos, residentes e professores da FCMSCSP. A expedição realizou aproximadamente 2 mil atendimentos nas comunidades carentes de Ituverava, região

de Franca, no interior de São Paulo. O sistema de Telemedicina da Faculdade Santa Casa foi amplamente utilizado para promover discussões diárias entre o grupo que estava em Ituverava e os professores de São Paulo. NOVAS ALTERNATIVAS DE NEGÓCIOS

Na entrega de serviços voltados para o Turismo de Saúde, o Hospital Sírio-Libanês se estruturou, realizando alguns investimentos para a conquista da acreditação pela Joint Commission International, que adquire relevância como critério para apoiar o cliente internacional na hora de decidir em qual hospital fará seu tratamento médico, fora de seu país de origem. Para o final do ano, o hospital prevê a inauguração de uma estrutura física diferenciada para atendimento ao cliente internacional. Dentro dos fatores que incentivam a prática do turismo em saúde, sob a ótica dos países que recebem pacientes para tratamentos, todos possuem fatores em comum, como a excelência médica, atendimento com padrão

SÍRIO-LIBANÊS, EM SÃO PAULO: Hospital quer aumentar receita com estrangeiros e, para isso, deve inaugurar uma estrutura física diferenciada para atender ao cliente internacional

internacional e preços bem mais acessíveis que os países de Primeiro Mundo. No Brasil, devido ao renome de cirurgiões plásticos, a especialidade ainda é a preferida, mas a procura por tratamentos de alta complexidade como os oncológicos, as cirurgias cardíacas e de obesidade vêm crescendo. “Em países como os Estados Unidos, os gastos no setor de saúde superam os US$ 2 trilhões ao ano. O envelhecimento da geração baby boom (os americanos nascidos entre 1946 e 1964) e o total de pessoas desprovidas de planos de saúde, que já superam os 43 milhões, fazem com que os pequenos empregadores e americanos que não dispõem de seguro-saúde pessoal estejam cada vez mais procurando tratamento no exterior, onde reduzem, em média, de 60% a 80% o custo”, explica o gerente de relacionamento internacional e operações comerciais, Gilberto Cunha Galletta. De acordo com o gerente, a Turismo em Saúde está crescendo gradativamente no Brasil, porém de forma ainda muito incipiente, apesar da relação custo x benefício como um importante diferencial competitivo. “O Brasil oferece tecnologia, corpo clínico e modelo assistencial de excelência por preços mais acessíveis que o mercado americano e europeu. Mas é bom lembrar que não podemos levar em consideração, neste comparativo, países que estão mais desenvolvidos no segmento de atendimento ao cliente internacional, como Índia, Cingapura, Tailândia e Paquistão, pois estes recebem subsídios significativos de seus governos, que são transformados em incentivos fiscais, principalmente para importação de equipamentos cirúrgicos e de imagem, além de materiais especiais de alto custo, o que certamente tem impacto custo final do serviço prestado”, enfatiza Galletta. Outra prática do mercado é a oferta de sistemas de Hospital-Dia. Segundo a administradora da Maternidade e Hospital-Dia Santa Luiza, Ilse Barboza, instituição localizada em Balneário Camboriú (SC), o objetivo neste modelo de serviços é a realização de procedimentos cirúrgicos de pequeno e médio porte, que demandem curta permanência de internação do paciente após a realização da cirurgia, no máximo 12 horas. “O retorno do paciente para o âmbito familiar é mais ágil e econômico, diminuindo a ansiedade e transtornos. É uma tendência dos hospitais optarem por leitos com rotatividade, já que é mais econômico e traz um resultado positivo para as instituições” garante Ilse.

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Futuro da saúde depende de tecnologias mais acessíveis Pensar o mercado de saúde em longo prazo. Essa é a dica que o diretor mundial de marketing da Carestream Health, Todd Minnigh, deixa para os hospitais e para os provedores de soluções de informação em saúde. Traçando um panorama do futuro da saúde nos próximos 15 anos, o executivo aponta um dos maiores dilemas do setor para o futuro, que é ter mais eficiência com menos recursos. "Com o envelhecimento da população, aumenta a utilização dos serviços hospitalares e diminui o número de contribuintes para pagar

os serviços de saúde. Não há outro caminho, senão maior eficiência", destaca. Em sua análise, Minnigh destaca a diminuição de pessoas atuantes no mercado de trabalho e o aumento de visitas aos hospitais para cada década de vida. Nos Estados Unidos, a projeção é que, em 2010, para cada pessoa aposentada, haja 4,6 pessoas trabalhando. Em 2025, essa proporção cai para um aposentado para 3,2 trabalhadores ativos. Ainda nos Estados Unidos, de uma geração para outra, aumenta em 4,1 vezes o número de visitas aos hospitais.

Minnigh também aponta a projeção do cenário brasileiro. Hoje, no Brasil, para cada aposentado há 9,32 trabalhadores ativos. Em 2025, a proporção será de 5,77 trabalhadores para cada aposentado. Outro problema destacado pelo executivo é o baixo número de profi ssionais em saúde nos países em desenvolvimento, sobretudo nos países da África. "Com a redução de trabalhadores e o aumento de usuários do sistema de saúde, as equipes terão que ser bem mais eficientes", aponta.

Soluções Para atender a esse novo cenário, o executivo da Carestream Health aponta as novas tendências para os sistemas de informação em saúde. O primeiro ponto que as novas tecnologias devem atender é o custo. "Hoje as soluções são complexas e caras. Por exemplo, o PACS. O que há no mercado são soluções completas, que precisam de grandes projetos e investimentos para serem implantadas, o que exclui muitos hospitais e clínicas", analisa. Na visão de Minnigh, o importante é desenvolver soluções escalonáveis, que possam ser adaptadas ao tamanho de cada organização e que possam ser ampliadas aos poucos, de acordo com a demanda e a capacidade de cada instituição. Outros pontos são a integração entre as soluções e a facilidade de acesso. Para o executivo, é necessário que os sistemas de diferentes provedores possam ser integrados, para que o hospital consiga agregar aquilo que achar interessante, e que facilitem o acesso do maior número de usuários. "O importante é que as soluções atendam a três quesitos básicos: acelerar a entrega dos resultados, adequação à capacidade fi nanceira e técnica de cada instituição e aumento da produtividade. Esse é o maior desafio", aponta. Todd Minnigh acredita que quanto mais providos de tecnologia, mais condições os hospitais terão para trabalhar de forma integrada. O executivo cita exemplos de localidades que já colocaram o conceito em prática, como Paris, que integra 20 hospitais, tem mais de 300 estações de trabalho e 15 mil usuários cadastrados na web. "Com a integração dos serviços, as localidades conseguem reduzir custos e utilizar da melhor forma os recursos disponíveis, tanto em especialistas quanto em equipamentos", analisa. Para garantir a sustentabilidade do negócio e apostar em tecnologia, o executivo destaca. "O pensamento tem que ser de longo prazo, assim como o planejamento de investimentos. Dessa forma, o hospital terá condições de manter a atualização de suas tecnologias e a eficiência de seus processos. É disso que o futuro da saúde depende", conclui.

TODD MINNIGH, DA CARESTREAM: Futuro da Saúde depende de pensamento de longo prazo e planejamento dos investimentos

(Ana Paula Martins – amartins@itmidia.com.br)

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perguntas

Certificado de Boas Práticas da Anvisa pode barrar licitações

De acordo com o chefe da Coordenação de Inspeção de Produtos da Anvisa, Jean Clay de Oliveira, a Agência tem aprimorado os processos de concessão do certificado, fazendo com que o número de empresas certificadas no primeiro semestre de 2008 seja próximo ao total de companhias do consolidado do ano passado. Com relação ao baixo número de empresas certificadas, se comparado com o total de instituições no mercado, Oliveira atribui tal fato à não obrigatoriedade do selo.

1. A Anvisa acredita que a possível portaria irá aumentar a demanda das empresas que buscam a certificação de Boas Práticas? Não, a demanda não aumentará muito porque, mesmo sem a determinação do Ministério da Saúde, na prática muitos órgãos, por orientação da Anvisa, já exigem o certificado em suas licitações. Além disso, a certificação também é obrigatória para vários casos de registros de produtos na Anvisa. 2. Atualmente, quantas empresas da indústria médico-hospitalar possuem a certificação de Boas Práticas da Anvisa? Nos últimos 12 meses (de agosto de 2007 a julho de 2008), foram concedidas 340 certificações para empresas de produtos para a saúde. Embora a demanda seja grande, a Agência tem buscado aprimorar esse processo, com, por exemplo, a capacitação de inspetores. Prova disso é que, enquanto no ano

de 2007 foram concedidos 252 certificados, apenas nos primeiros sete meses de 2008 já foram certificadas 214 empresas de produtos para a saúde. Além disso, a Anvisa regulamentou, em 2007, o processo de certificação, com a publicação da RDC 66/07. 3. Como funciona o processo para adquirir o selo? Quanto tempo demora para fazer um agendamento para adquirir a certificação? Para obter a certificação, a empresa deve providenciar o peticionamento eletrônico e encaminhar a documentação à Anvisa, que solicita ao Estado em que se localiza a empresa a inspeção sanitária. O prazo vai depender do envio do relatório de inspeção pelo órgão de Vigilância Sanitária onde se localiza a empresa; ou seja, vai depender do cronograma de inspeção dos Estados. 4. Associações reclamam da ineficiência

Foto: Divulgação

Com a publicação da consulta pública nº1 do Ministério da Saúde no dia 23 de junho, há a perspectiva de lançamento de uma portaria em que as empresas que apresentarem certificado de Boas Práticas da resolução Nº 59 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sejam privilegiadas no processo de licitação. As associações do setor temem que a Anvisa não consiga atender à demanda de procura pelo certificado. Em entrevista à Fornecedores Hospitalares, a Agência explica as mudanças. Da redação / Colaborou Patricia Santana – psantana@itmidia.com.br

JEAN CLAY DE OLIVEIRA, DA ANVISA: A possível portaria do Ministério da Saúde não vai aumentar a demanda por certificado de qualidade

da Anvisa para conceder a certificação de Boas Práticas para as empresas com sede no exterior. De acordo com associações, hoje em dia, há espera de 8 a 10 meses para realizar um agendamento de inspeção junto à Anvisa. Qual o posicionamento da Agência com relação a esta opinião? A afirmação não é verdadeira. No momento, a Anvisa não possui nenhum passivo de solicitação de inspeção em fábricas de produtos para a saúde no exterior. Todas as solicitações recebidas neste ano já foram atendidas. 5. O número de empresas com certificação não contempla nem um terço do número total das empresas existentes no mercado. A que a Anvisa atribui a aderência parcial do mercado à resolução? Possivelmente porque, mesmo representando uma qualificação a mais, a certificação não é obrigatória para as empresas.

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melhores práticas

Mamografia digital aumenta rapidez do exame, diminui dose

José Michel Kalaf

Foto: Divulgação

de radiação e elimina uso de filmes

D

esde meados dos anos 90, a comunidade de mamografia tem focado na digitalização. A mamografia foi uma das últimas áreas de imagens médicas a fazer a transição, em parte devido aos problemas técnicos em fazer com que as imagens digitais de alta qualidade atendessem às tarefas clínicas de detecção de câncer de mama, a habilidade de gerenciar a imagem e a interpretação de maneira eficaz em todas as etapas do exame de mamografia, e o alto custo dos sistemas de mamografia digital. Hoje, a maioria dos mamogramas ainda é feita em sistemas tradicionais de filme, e isso ainda continuará a ser um componente importante da imagem mamográfica durante muitos anos. No entanto, com o amadurecimento dos sistemas digitais, essa técnica torna-se cada vez mais uma opção viável. Muitas instituições de saúde e clínicas de radiologia no Brasil ainda analisam as vantagens e desvantagens da migração total de um sistema analógico para o digital. Várias questões devem ser levadas em conta, como preço, treinamento de profissionais, parque já instalado e sua integração com as novas soluções, entre outros itens. Mamografia é ciência e arte. Arte, pois necessita de tecnólogos e radiologistas muito bem treinados para ler as imagens e detectar até as menores microcalcificações. E ciência, pois depende do posicionamento certo da mama, compressão correta, disparo do Raio-X, entre outros procedimentos essenciais para o bom resultado do exame. O exame não cura

nem previne o câncer de mama, mas é o melhor método que permite, em todo o mundo, o diagnóstico precoce da doença e, justamente por esse motivo, possibilita maior de sobrevida. A busca incessante pela qualidade operacional do método é a maior motivação dos radiologistas. Nossa clínica em Campinas é hoje totalmente digital. Adquirimos o primeiro DR (Digital Radiology) em 2002 e, três anos mais tarde, instalamos um CR (Computerized Radiology) para Mamografia. Em 2007, ampliamos nossas instalações e adquirimos novos equipamentos de Raio-X e ultra-som, usando tecnologia 100% digital. Com a implementação do CR, agilizamos o atendimento às pacientes de mamografia, diminuindo o tempo dos exames. Além disso, pudemos reduzir o número de segundas chamadas para novos exames, uma vez que a mamografia digital permite uma amplitude dinâmica, contraste ampliado, manipulação de imagens, a possibilidade de zoom sem perda de resolução, entre outras possibilidades. Para completar, tornamo-nos também uma clínica ‘limpa’, sem uso de filmes e químicos, e expomos as pacientes a menos doses de radiação. José Michel Kalaf é Membro da Comissão de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), Membro da Coordenação do Curso de Mama da Sociedade Paulista de Radiologia (SPR) e Diretor da Radiologia Clínica de Campinas

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espaço juridico

Foto: Divulgação

Franchising

e serviços de saúde

Rodrigo Alberto Correia da Silva

A

prestação de serviços de saúde demanda altos investimentos e está sujeita a ganhos de escala, o que redunda na tendência de concentração sobre a qual já comentamos em artigo anterior. Cabe aos administradores destes serviços buscarem soluções criativas, que permitam viabilizar sua continuidade e possibilitem sua expansão de modo a não só sobreviver, mas a não ser caça e sim caçador neste ambiente em consolidação. A solução jurídica que permite o aproveitamento de ganhos de escala e compartilhamento de investimentos com a manutenção da propriedade dos serviços de saúde é o franchising. O modelo de negócios no formato de franquia foi importado dos Estados Unidos e, embora já aproveitado no Brasil, foi regulamentado pela Lei 8.995/94, que normatizou os instrumentos jurídicos que suportam o negócio, deu direitos aos franqueados e impulsionou o setor, mantendo a necessária flexibilidade para que o modelo se adapte a cada negócio e empresa em particular. No modelo de franquia, o franqueado é proprietário de sua empresa, com as respectivas instalações e corpo de colaboradores, mas utiliza os métodos de trabalho, fornecedores e a marca do franqueador, entre outras coisas. Segundo dados da Associação Brasileira do Franchising (ABF), o faturamento das redes de franchising em 2007 foi de R$ 46 bilhões, com 1.197 redes de franquia. Estes resultados decorrem dos benefícios do franchising. O franqueador pode ampliar seu negócio com investimentos feitos pelos franqueados. Os franqueados podem utilizar uma marca renomada, dividindo custos de propaganda, aproveitar know-how, padronização de processos e negociações compartilhadas, entre outras vantagens que o franqueador oferece para sua rede. No segmento que compreende empresas de Esporte, Saúde, Beleza e Lazer, o faturamento em 2007 foi de R$ 6,73 bilhões, com 212 redes de franquia. Segundo levantamento realizado no site da ABF, entre suas associadas estão: uma rede de clínicas de vacinação, duas redes de drogarias, sete redes de farmácias de manipulação, três redes de laboratórios de diagnóstico, 18 redes

de clínicas odontológicas, uma rede de orientação nutricional e uma rede de clínicas de saúde infantil. Estes números, apesar de considerar apenas empresas associadas à ABF, demonstram que existe um campo enorme para o crescimento do franchising em serviços de saúde, especialmente hospitais e clínicas, sejam de grande, médio ou pequeno porte, que podem se beneficiar do modelo como franqueadores ou franqueados, inclusive por já serem atividades habituadas a procedimentos operacionais padronizados, como os típicos do franchising. Vislumbramos ainda, como benefícios adicionais que os serviços de saúde podem obter, uma abrangência territorial maior, se valendo de serviços unificados de agendamento de consultas, exames e internações ao estilo dos utilizados pelas redes hoteleiras, com melhor aproveitamento de capacidades ociosas e mais disponibilidade de atendimento para os pacientes. Além disso, ao utilizar know-how compartilhado, os membros de uma rede podem mais facilmente vencer os desafios da profissionalização administrativa, financeira e tecnológica que tantas dificuldades trazem aos gestores médicos, aumentando o poder de negociação perante fornecedores e operadoras de planos de saúde, que também se beneficiariam por fazer negociações concentradas, reduzindo os custos de transação em suas operações. O franchising em serviços de saúde é uma oportunidade que ainda não está suficientemente explorada e que pode ser muito promissora no atual momento do setor de saúde brasileiro. Basta querer e saber como aproveitá-la corretamente. Rodrigo Alberto Correia da Silva é sócio do escritório Correia da Silva Advogados, presidente dos Comitês de Saúde da Câmara Britânica de Comércio (BRITCHAM) e da Câmara Americana de Comércio (AMCHAM), advogado de diversas associações de classe e empresas de produtos e serviços de saúde e Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e autor do livro “Regulamentação Econômica da Saúde” – rodrigo@correiadasilva.com.br

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Foto: Caroline Bitencourt

Como conduzir demissões

Estefânia Chicalé Galvan

P

or melhor que seja o resultado de uma equipe, o líder não está isento de um dia ter que demitir alguém, mas pesquisas mostram que a maioria dos líderes não está preparada para demitir. Algumas situações são gravíssimas, por isso é preciso rever urgentemente os valores da empresa, “aqueles” tão divulgados nos processos de qualidade, mas que nem sempre são praticados. Para muitos demitidos, a experiência pode ser arrasadora, comparável às grandes rupturas da vida, como o divórcio, a perda da capacidade física ou morte na família, entre outras situações graves. Saber demitir um profissional, independentemente do status quo, é uma competência essencial. Muitos são os absurdos que acontecem no mercado de trabalho. Há casos em que a demissão acontece em datas proeminentes como: dia do aniversário do colaborador, dia em que o filho do colaborador nasceu, quando o colaborador acabou de ter um grave acidente ou morte na família, quando o colaborador ia entrar em férias, véspera de Natal, entre outras. E as agruras não param por aí. Temos “chefes” que tentam escapulir da incumbência de dar a notícia, ou seja, não querem fazer a demissão. Sabemos de um fato em que o “chefe” viajou e pediu para que um outro profissional, que nada tinha a ver com a situação, fizesse a demissão do colaborador. O fato grave: o colaborador trabalhava na empresa há mais de 35 anos e nem imaginava que seria demitido! Uma demissão sempre causará um forte impacto, não importa se a pessoa está preparada ou não. E mesmo que seja feita “sem traumas” num primeiro momento, a demissão não se transformará numa coisa boa. Desde muito tempo, na Fator RH vimos o quanto alguns líderes, que não acompanham os resultados de seus colaboradores, sentem dificuldade em lidar com o processo de demissão. E isso por quê? Porque se o líder não registra os principais acontecimentos da vida profissional do colaborador, entregas boas ou ruins, encontrará dificuldade no que falar no momento do desligamento. Veja pelo menos três situações tragicômicas que já presenciamos nas empresas: Demissão Surpresa O colaborador é surpreendido pelo “chefe”, ou seja, muitas vezes ele nem imagina que a sua demissão está por acontecer. Não há “sinais” para o colaborador rever a sua conduta/desempenho, sequer algum registro para comprovar a ineficácia ou rompimento de compromissos assumidos, e um belo dia ele é demitido.

Demissão Festa Junina O colaborador ainda está no cenário, mas o “chefe” coloca a “batata dele para assar na fogueira”. Nos bastidores, a informação estoura como pipoca, enquanto isso, ele dança a quadrilha e ouve os sinais da demissão que está por vir: - Olha a cooobra ... olha a chuuuva... a ponte caiuuu... Se ele for perceptivo, reconhecerá que os sinais não são bons. Terminada a festa junina, ele é demitido. Demissão CPI Há um dossiê da vida do colaborador, no estilo “caderninho negro”. Mas o “chefe” jamais ofereceu sequer um feedback ao maior interessado: - o próprio colaborador. Demissão do Bom Samaritano O “chefe” é amigo da vítima, mas não tem coragem de demitir. Portanto, o discurso é: “quem avisa amigo é, eu acho que haverá “cortes” na empresa... “eu não queria que fosse você mas eu vou ver o que posso fazer, não prometo nada”... Sabemos que não há como tornar boa uma coisa que é ruim, mas existem maneiras de tornar menos doloroso e mais profissional o processo de demissão, e com menos conseqüências para o demitido. Mágoas sempre vai haver, mas não precisa haver ódio. Você acredita que exista alguma maneira de demitir sem traumas? Eu acredito! Faça com o mínimo de dor psicológica para o demitido, não humilhe nem torture com fatos do passado. Faça com empatia e uma dosagem de “anestésicos”, suficientes para ele poder encontrar uma boa atividade no mercado de trabalho. Prepare o colaborador, negocie com ele um período para que possa procurar outro trabalho, ainda empregado. Fique atento às datas proeminentes. Lembre-se do colaborador que fica na empresa e que não esquece a forma como o colega demitido foi tratado. Cabe ao líder informar à equipe a demissão feita. Uma equipe desinformada fica assustada, desmotivada, o que torna o ambiente inseguro e improdutivo. Portanto, líder, não seja protagonista nas tragicomédias das demissões. Saiba demitir, mas não espere aplausos! Estefânia Chicalé Galvan Sócia Diretora da Fator RH estefania@fatorrh.com.br

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artigo

Foto: Caroline Bitencourt

Gestão Estratégica em Hospitais

Genésio Körbes

A

final, o que é estratégia? É a arte de aplicar meios disponíveis e explorar condições favoráveis com o fim de alcançar objetivos específicos, de acordo com o dicionário Aurélio. A preparação de profissionais para gerir hospitais no Brasil começa com a Faculdade de Saúde Pública da USP. A Instituição implantou o primeiro Curso de Administração Hospitalar no ano de 1951, em convênio com a Fundação Kellogg. Até então, os administradores dos hospitais eram, em geral, gerentes de bancos ou diretores de empresas que se aposentavam e ofereciam seus serviços. Os cursos de especialização, MBA's em Saúde e o início do Sistema de Acreditação, no final dos anos 90, com grande apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), trouxeram como resultado um aumento significativo no número de profissionais preparados e qualificados a assumir a gestão de hospitais. É importante observar que, a consolidação dos planos de saúde com a Lei 2.629, de 2000, em conjunto com outras mudanças na legislação e, ainda, o aumento da complexidade dos procedimentos e o acirramento da concorrência, foram fatores que interferiram fortemente na necessidade de aperfeiçoamento da gestão. Naquele momento também teve início uma aproximação muito importante entre os diretores médicos, o corpo clínico e a administração dos hospitais, exercida por profissionais especializados, criando uma sinergia natural e agregando ganhos ao crescimento e desenvolvimento de muitos hospitais. A Governança Corporativa vem sendo adotada também na gestão dos hospitais, principalmente os de propriedade de grupos familiares e até filantrópicos e lucrativos. Nas administrações familiares, os herdeiros perceberam a importância da gestão profissional e empresarial e estão trabalhando fortemente para a adoção deste modelo. A gestão passa a ser delegada aos profissionais, com integração de todas as partes interessadas - stakeholders, e compreensão dos papéis de cada um atuando a partir de objetivos e metas previamente definidos e negociados. A profissionalização especializada é responsável direta pela gestão orientada à estratégia e o vínculo desta com os processos ,que serão avaliados por indicadores, selecionados e negociados com os gestores para o acompanhamento completo do desempenho do hospital.

Para que a gestão profissional funcione de forma sinérgica, além de rever os processos e definir os indicadores, é importante que sejam considerados alguns aspectos, como: integração da assistência; plano diretor de medicina; plano diretor de tecnologia da informação e gestão de recursos humanos. O gestor precisa ter em mente que tipo de medicina a instituição pretende prestar a partir de seu core business. Os hospitais não poderão mais pretender ser bons em todas as especialidades: deverão definir e decidir quais áreas da medicina serão contempladas. A instituição deverá buscar ser referência em poucas especialidades e prestar estes serviços de forma diferenciada, com alta qualidade e segurança, agregando valores perceptíveis pelos clientes. Isto pode dar-se a partir da composição de uma equipe multiprofissional qualificada e motivada. A base de um hospital de sucesso é sua equipe multiprofissional, de atenção assistencial. Nesse grupo, acrescento também todo o pessoal da tecnologia de informação, recursos humanos, de apoio e logística de suprimentos. Algumas mudanças nessas áreas trouxeram ganhos significativos para a saúde. A Tecnologia da Informação, por exemplo, rodava somente as folhas de pagamento e relatórios da contabilidade. Hoje é responsável pela revolução trazida com os sistemas de gestão, por gerar o prontuário eletrônico do paciente, a dispensação de medicamentos em tempo real, lançados diretamente na conta do paciente, e muito mais. Com a implantação da gestão estratégica com profissionalismo, os hospitais serão naturalmente escolhidos pelo clientepaciente e por suas seguradoras, especialmente aqueles com certificação. Este é o cenário: os mais ágeis e arrojados, competentes e visionários conquistarão os melhores resultados e os melhores lugares. É imprescindível e necessário que saibamos cada vez mais: “Qual é realmente o nosso negócio? Qual a visão de futuro? Que ferramentas possuímos para transformar os sonhos em realidade?” Peter Drucker, guru da administração, costumava dizer: “A melhor maneira de predizer o futuro é criá-lo”. E tudo começa com a elaboração de um plano estratégico para o hospital. Genésio Körbes é administrador Hospitalar, com MBA em Gestão Empresarial pela Universidade do Vale dos Sinos, e é Diretor do Hospital Bandeirantes

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gestão

Inúmeras possibilidades Pensar o mundo em dimensões reduzidas, como propõe a nanotecnologia, melhorará a saúde (e todos os setores) incondicionalmente elaine Hipólito – editorialsaude@itmidia.com.br

E

m pleno século XXI, a física quântica desvenda-se como uma possibilidade de ruptura de pensamento que há 60 anos o homem sequer imaginava. A ciência parece não ter mais limites e avança a passos largos em todos os setores. Pesquisas são trabalhadas e feitas em dimensões muito reduzidas. Em nano. Esse prefixo significa o bilionésimo de alguma grandeza. Se o padrão de medida for metro, a palavra torna-se nanômetro. Ou seja, um nanômetro tem um bilionésimo de um metro (0,0000000001 metro). Algo muito pequeno, que se aproxima do tamanho dos átomos formadores de toda a matéria que se conhece. É nessa dimensão que trabalha a nanotecnologia ou tecnologia atômica. E, por meio da manipulação de átomos, moléculas e partículas subatômicas criam-se novos produtos e equipamentos. Já nanociência é o estudo e o conhecimento das técnicas e aplicações das nanotecnolo-

gias. E, está presente em diversas áreas do conhecimento humano (engenharia, física, química, biologia, computação, medicina). Se o computador que você utiliza no seu trabalho ou em sua casa for bem atual, certamente ele terá nanotecnologia no disco rígido e muitas vezes também no processador. Também dá para ir à drogaria da esquina, aqui mesmo no Brasil, e comprar cosméticos nanotecnológicos, por exemplo. saÚDe Para a área da saúde, as expectativas quanto à utilização da nanotecnologia são imensas. No País, o que se faz no setor está presente em algumas redes de pesquisa apoiadas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (ver quadro). Entretanto, o ritmo nessa área é bem mais lento quando comparado a outros setores de pesquisa. Entre descoberta e aplicação do produto, por conta da necessidade de testes pré-clínicos e clínicos, levam-se anos. Mas há muitos itens em fase de testes.

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Fotos: Divulgação

Um deles é o princípio de drug delivery (entrega de drogas). Em outras palavras, o medicamento é encapsulado em um envoltório nanoscópico capaz de levar o remédio até o local do corpo (e só até este local) afetado por uma doença. Outro exemplo é a introdução de nanopartículas magnéticas no organismo para fazê-las vibrar e produzir calor sobre um tumor. Este morrerá por hipertermia. Até então, o que se tinha à mão, eram medicamentos tomados em doses suficientes para que as frações que tocam os locais de interesse do corpo humano fossem eficientes. Mas esta prática faz com que todo o organismo seja inundado pelo remédio, o que pode provocar vários tipos de reação. “Nós, cientistas, queremos sistemas de proteção e remediação eficazes, com menos efeitos colaterais e mais baratos que os tradicionais”, afirma o doutor em física Mário Norberto Baibich, diretor de Políticas e Programas Temáticos da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia (Seped/MCT). Não é pouco o que se quer para uma tecnologia emergente. De acordo com Baibich, a comunidade que trabalha com nanociência no Brasil está desempenhando um bom papel. “Em nanociência, temos a maior comunidade científica de toda a América Latina, e com resultados reconhecidos mundialmente. Entretanto, a proporção de cientistas e pesquisadores na nossa sociedade ainda é pequena”, pondera. Orçamento nacional Em 2008, o Ministério da Ciência e Tecnologia destinou às áreas de nanociência e nanotecnologia R$ 29 milhões. Destes, R$ 20 milhões vêm dos Fundos Setoriais e o restante do Plano Plurianual, que determina o planejamento estratégico dos investimentos do País durante quatro anos. Nessa contabilidade não estão os investimentos de empresas e das Fundações de Amparo à Pesquisa dos Estados, como Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Fundação de Apoio à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) e Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), que têm programas bastante ousados e com investimentos significativos. Em âmbito mundial, esse mercado tem números superlativos. Algumas projeções apontam para US$ 2,6 trilhões por ano já em 2014. Hoje, o vo-

GUSTAVO SIMÕES, DA NANOX: Proteção antimicrobiana resultou em negócios com a Fortinox

lume de dinheiro investido na área está na ordem de US$ 88 bilhões anuais. O crescimento é exponencial e não tem dado sinais de saturação. Afinal, a maior parte dos benefícios ainda está por vir. Empresas brasileiras De olho nesse futuro, recentemente a Nanox licenciou seu selo antimicrobiano NanoxClean para outra empresa: a Fortinox. Esta última fornece mais de 40 produtos (papagaios, comadres, cubas de assepsia, entre outros) em aço inoxidável para hospitais, clínicas e home cares. Esta proteção antimicrobiana começou a ser desenvolvida em 2004, com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). Mas foi adicionada industrialmente nas superfícies dos produtos só em 2006. Ela penetra nas células dos microorganismos, destruindo-os. Assim, as superfícies ficam limpas e livres de fungos e bactérias. “Isso, enquanto o produto existir”, garante o presidente da Nanox, Gustavo Simões. Com a nanociência e a nanotecnologia à tona, não é possível enxergar o futuro das corporações sem inovação. As farmacêuticas Biolab e Eurofarma sabem bem disso. Juntas, hoje, possuem 6% do mercado brasileiro, com vendas auditadas em R$ 1,3 bilhão por ano, segundo dados do IMS Health.

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gestão

HENRY SUZUKI, DA INCREMENTHA: Fórmula anestésica que usa nanotecnologia servirá de base para outros produtos

A expectativa é que, em cinco anos, os dois laboratórios detenham 8% do mercado nacional. Parte do crescimento estimado (R$ 270 milhões) virá de projetos da Incrementha PD&I. A empresa foi criada a partir da união das duas companhias e está focada em projetos de inovação farmacêutica. O farmacêutico bioquímico Henry Suzuki, que atua como diretor técnico da nova empresa, conta que, atualmente, o projeto mais importante envolve uma formulação anestésica. “Trata-se da primeira fórmula desenvolvida pela Incrementha na área de nanotecnologia, que também está servindo de base para a criação de uma plataforma a ser empregada em outros produtos”, esclarece. O diretor técnico adianta que as primeiras submissões do produto para aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deverão ocorrer nos próximos meses. Depois será a vez da habilitação do preço. Só então será possível a comercialização do produto pelas farmácias, o que deve ocorrer dentro de um ano e meio. “O fato de o laboratório estar sediado no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) tem contribuído bastante para o desenvolvimento de nossos projetos. A proximidade com o meio acadêmico-científico e com outras empresas de base tecnológica contam bastante”, acrescenta. Incentivo às empresas inovadoras A exemplo da Incrementha, as novas empresas

que apostam em inovação, independente do setor, têm recorrido ao Cietec. Localizado em São Paulo, o Cietec foi inaugurado em 1998, a partir de um convênio entre várias instituições. Tem como missão promover o desenvolvimento da ciência e da tecnologia nacionais. Para tanto, oferece aos interessados incentivos à transformação do conhecimento. E, assim, indivíduos e empresas desenvolvem produtos ou serviços inovadores. Hoje, o Centro Incubador ocupa um espaço de 6,5 mil metros quadrados dentro da Cidade Universitária, em São Paulo, o que é um facilitador para que as empresas incubadas possam ter acesso aos laboratórios do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e da Universidade de São Paulo (USP). Em seu quadro de funcionários, possui gestores vindos da iniciativa privada. São cerca de 20 executivos jovens ou com bastante experiência das mais diversas áreas. Mas para que uma empresa possa ser incubada, é necessário passar por um rigoroso processo seletivo. “O procedimento é necessário para se enxergar o potencial de mercado que o produto ou serviço poderá atingir”, esclarece o coordenador técnico do Cietec, José Carlos de Lucena. Também aqui o interesse pela nanotecnologia e nanociência é crescente. Lucena estima que, nos próximos cinco anos, 20% das empresas incubadas pertencerão a estas duas áreas. Cria do Cietec, a Ciallyx Laboratórios & Consultoria existe desde 2003. “Estivemos durante 18 meses no hotel de projetos incubados para planejar, enxergar e construir a viabilidade técnica e financeira de nossa empresa”, conta a pesquisadora sênior Cristina Massoco, que também é responsável pelo desenvolvimento e controle de testes realizados in vitro. Só no ano passado, a empresa abriu dois laboratórios de ensaios in vitro no interior paulista. É também pioneira na realização de estudos pré-clínicos para vários medicamentos. E, em nanotecnologia, desenvolve testes de eficiência e de segurança para produtos farmacêuticos nanoestruturados. Multinacional Como a nanociência e a nanotecnologia são de interesse mundial, empresas de todos os países estão envolvidas no assunto. É o caso da holandesa Philips. Graças aos avanços em biologia e em medicina, sabe-se que todas as doenças são resultados de mudanças moleculares. Identificar cedo as moléculas específicas de enfermidades ou o desbalancea-

JOSÉ CARLOS DE LUCENA, DO CIETEC: Nos próximos cinco anos, 20% das empresas incubadas serão de nanotecnologia

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PHILIPS RESEARCH: Empresa desenvolve sensores biológicos baseados em nanopartículas magnéticas, para ajudar a detectar doenças em nível molecular

mento molecular (os chamados marcadores biológicos de doenças) é uma poderosa ferramenta para se ter o diagnóstico precoce de uma enfermidade. Entretanto, o desafio científico atual é atingir um entendimento perfeito dos caminhos das doenças em nível molecular e combinar esse conhecimento com tecnologias de detecção apropriadas. “Nossos pesquisadores estão desenvolvendo sensores biológicos ultra-sensíveis, baseados em nanopartículas magnéticas”, esclarece o gerente de comunicação e porta-voz da Philips Research, Steve Klink. Para entender um pouco melhor o raciocínio desses profissionais, Klink explica que a tecnologia originalmente desenvolvida para cabeçotes de leitores de disco de computador está sendo adaptada pela empresa holandesa para produzir sensores biológicos diminutos, um procedimento que tem o potencial de revelar a presença de doenças no organismo antes que o paciente sofra os sintomas. Os pesquisadores da Philips também trabalham com novas técnicas de exames de ressonância magnética e análise de dados para determinar concentrações de agentes de contraste, uma tecnologia de imagem que poderá ser usada para detecção precoce de tumores. Ela monitorará, ainda, a eficácia da terapia, ou seja, verificará se a medicação está funcionando e qual a dose mais indicada. Com tantos avanços em nanociência e nanotecnologia, a pergunta que fica é: daqui a alguns anos o homem morrerá de alguma doença?

Redes de Pesquisa

Desde de 2001, o Brasil estimula oficial e diretamente as pesquisas em nanotecnologia. Em 2005, foram criadas dez novas redes constituídas de pesquisadores das mais diversas áreas: 1 - Rede de Nanofotônica 2 - Rede Nacional de Nanobiotecnologia e Sistemas Nanoestruturados (Nanobioestruturas) 3 - Rede de Nanotecnologia Molecular e de Interfaces 4 - Rede de Nanobiomagnetismo 5 - Rede Cooperativa de Pesquisa em Revestimentos Nanoestruturados 6 - Microscopias de varredura de sondas - software e hardware abertos 7 - Nanotubos de Carbono: ciência e aplicações 8 - Simulação e modelagem de nanoestruturas 9 - Nanoglicobiotecnologia CRISTINA MASSOCO, DO CIALLYX: Testes de eficiência e segurança para produtos farmacêuticos nanoestruturados

10 - Nanocosméticos: do conceito às aplicações tecnológicas Cada instituição faz uma parte da pesquisa. O desenvolvimento e os resultados são testados, publicados e eventualmente patenteados. Estas redes envolvem cerca de 300 doutores especializados em diversos ramos da nanociência e da nanotecnologia.

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tecnologia

Todo cuidado é pouco

O último estudo da Symantec de ameaças à segurança na internet aponta que o setor de saúde é o terceiro mais vulnerável, atrás do segmento de educação e governo. Agora, diante da preparação brasileira para a assinatura médica digital e com o aumento exponencial do volume de informações sobre pacientes on-line, sua instituição estará realmente protegida?

Imagem: Ablestock

Da redação / Colaborou Patricia Santana – psantana@itmidia.com.br

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Q

uanto valem as informações do prontuário médico do presidente da República? Esta é uma pergun-

ta um tanto quanto complexa. Afinal, quantificar a vida de uma pessoa não é nada fácil. Mas, mesmo que o primeiro questionamento seja utópico, quanto custa a informação sobre a saúde de qualquer pessoa? Não tem preço. As instituições de saúde lidam justamente com dados que, em qualquer moeda, são imensuráveis. Portanto, o quesito segurança é uma premissa básica nas ações do setor. “Não há dúvidas de que a saúde tem um valor mercadológico, pois o vazamento de informações individuais pode ser usado para chantagem, invasão de privacidade; e o quadro clínico pode ser visto como uma análise do perfil do usuário por operadoras de planos de saúde”, pontua o sócio da consultoria PriceWaterHouse Coopers no Brasil, Edgar D´Andréa. Garantir que todos os prontuários, ainda em papel, seriam trancados em um armário e enfileirados em ordem alfabética parecia ser uma tarefa mais simples para os hospitais no passado. Hoje em dia, com o aumento do uso de informações dos pacientes on-line, prontuários médicos digitais e, agora, a tão sonhada assinatura médica digital, que surge com a proposta de colocar um fim no uso de papéis na Saúde, assegurar que tudo está sob total sigilo é um desafio para o gestor de Tecnologia da Informação. O Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, pretende obter uma prescrição eletrônica com assinatura digital até 2012. Para

tanto, a CIO da instituição, Margareth de Ortiz Camargo, já começou, neste ano, os estudos para a viabilização do projeto. “Vamos começar com os médicos, mas daqui a pouco o paciente também terá”, diz a executiva em entrevista à Information Week, em maio. A pesquisa mais recente da Symantec, empresa provedora de soluções de segurança, sobre ameaças à segurança na internet traz o segmento de Saúde em terceiro lugar no ranking de setores da economia mais vulneráveis a roubo de dados. Com 16%, o setor só fica atrás de educação (24%) e governo (20%). De acordo com diretor regional de produto da Symantec, Alberto Saavedra, existe uma prerrogativa de que grandes setores proporcionam um melhor retorno sobre as informações roubadas. “As regulamentações sobre o cuidado com as informações de saúde ainda são muito novas no Brasil. Mas não se trata de um setor que sofre constantes ataques externos, por parte de hackers, por exemplo. O usuário e a pessoa que manuseia a informação representam os maiores riscos dentro de uma instituição”, conta. Segundo D´Andréa, não é comum existirem ataques massivos, mas interesses específicos. O executivo também acredita que diante da proporção das informações de saúde, o setor ainda investe pouco em segurança, diferentemente, por exemplo, do setor financeiro, cuja prerrogativa é justamente a garantia de sigilo. “Como consultor, noto que médias e pequenas instituições de saúde possuem um

Receita de como garantir a segurança Privacidade de informações associadas à ética garantem um nível de conscientização Políticas precisam ser estruturadas, detalhadas e normatizadas dentro das instituições e no próprio setor pela classe médica, por exemplo Análise de risco ao adotar qualquer tipo de prática ou solução, como o prontuário eletrônico Capacidade sistêmica de controlar o nível de acesso Auditoria para o cumprimento de políticas, atreladas ao desempenho do colaborador e com direito à dispensa com o descumprimento Interoperabilidade Fonte: Edgar D´Andréa, da PriceWaterHouse Coopers Brasil

baixo nível de preocupação com a segurança de dados. Talvez, falte uma ação por parte do governo federal para endurecer a legislação”, menciona, se referindo aos Estados Unidos, que já possuem leis federais que proíbem a divulgação de dados de saúde, e onde o tratamento das informações dos pacientes é regulado, para que nenhum player do setor se beneficie dos dados. O estudo HealthCast 2020, da PriceWaterHouse Coopers, que traça os desafios do setor de saúde para os próximos 10 anos, aponta que, num universo de 580 executivos hospitalares entrevistados, 73% acreditam na contribuição da tecnologia para a integração do sistema de saúde, mas apenas 54% consideram a TI importante ou muito importante no melhoramento da segurança dos pacientes. Políticas não dizem nada No Hospital Aliança, da Bahia, 10% do orçamento disponível para a área de Tecnologia da Informação é destinado a ações de segurança. Senhas pessoais para acessar o sistema, controle sobre o nível de acesso, autenticação para gerenciamento de banco de dados e sistemas operacionais, bem como antivírus, antispam, IPS (Sistema de prevenção de Intrusão, do inglês, Intrusion Prevention System), firewall, segurança de rede e políticas aos colaboradores. Esta é a artilharia que a instituição usa para barrar qualquer tipo de invasão às informações dos pacientes. “Nossas ações de segurança estão dentro do padrão britânico (BS7799) há três anos, as os aspectos de sigilo de dados sempre estão em constante atualização e manutenção”, diz o CIO do hospital, Carlos Nestor Passos. Com uma equipe de 18 pessoas, o executivo aponta que existem dois grandes desafios para que os gestores de tecnologia possam garantir a segurança dos dados: ambiente integrado e sensibilização dos colaboradores. “As instituições de saúde sofrem com uma quantidade muito grande de fornecedores tanto de equipamentos e softwares, como de sistemas. Então, o ambiente hospitalar precisa estar integrado frente a toda a heterogeneidade da infra-estrutura”, pontua. Já com

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Fotos: Divulgação

tecnologia

Edgar d’andréa, da pricewaterhousecoopers: O setor de saúde ainda investe pouco em segurança

relação ao segundo desafio, Passos considera que as políticas por si só são inibidoras. “Portanto, o único elemento que existe para que se consiga defender os interesses da organização é a sensibilização. A política de segurança não pode ser impositiva. Aqui no hospital, fazemos uma ação de convencimento, por meio de campanhas. A melhor estratégia é não bloquear ou burocratizar algo de uma única vez, pois assim certamente haverá resistência”, complementa. O Hospital Aliança trabalha com um corpo clínico aberto, logo, o profissional não é necessariamente um funcionário do hospital. “Ele não tem a obrigatoriedade de adotar as políticas da empresa. Por isso, a equipe de tecnologia atua sempre ao lado do profissional, principalmente com tecnologias móveis, como o agendamento remoto de uma cirurgia ou conexão com o centro cirúrgico. Em casos como este, o médico não pode ser um elemento fraco. Então, mais do que políticas, é preciso ter ferramentas e caminhos”, defende. O consultor D´Andréa também compartilha da mesma opinião do CIO do Aliança. “Se não houver políticas conhecidas pelos funcionários, com fiscalização, dificilmente as políticas saem do papel.”

Hospital aliança, da bahia: 10% do orçamento vai para segurança

Sigilo ao pé da letra No HCor, em São Paulo, quando questionado sobre as ações desenvolvidas para a segurança dos dados, o gerente de TI, Adailton Luiz Mendes, logo disse: “quanto mais contar, mais vulnerável vou ficar. Prefiro falar de uma forma geral.” Preservando a sustentabilidade do trabalho que vem desenvolvendo, o executivo revelou que 12% do orçamento é aplicado em segurança e disponibilidade. “Somos acreditados pela Joint Comission, então é necessário possuir um monitoramento sobre a segurança, níveis de acesso e demais ferramentas para garantir a qualidade e sigilo das informações. Dentro do planejamento estratégico de TI, a segurança é uma rubrica que estamos sempre olhando e que tende a consumir cada vez mais do nosso budget”, pontua. De acordo com Mendes, o maior desafio para o gestor de TI é garantir uma infraestrutura segura para a entrega da saúde on-line, o que deve ocorrer nos próximos anos, visto que no âmbito financeiro já há a Troca de Informações em Saúde Suplementar (TISS). “O grande problema é que a área de TI está em constante movimento. Precisamos montar uma estrutura que possa crescer aos poucos, de forma que

hcor, em são paulo: Equipe dedicada ao assunto tem 16 pessoas

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novas tecnologias sejam incorporadas sem que haja um bug ou destruição de tudo o que já foi construído até então.” O gerente garante que já está nos planos do HCor adotar o prontuário eletrônico, mas ainda não se sabe se será com papel (digitalização das informações dos pacientes) ou sem papel (todo o registro é on-line). “As duas normativas já estão dentro do escopo de trabalho da equipe de TI. A tecnologia não é o problema, porque já sabemos o caminho e estamos estudando formas de viabilizar o projeto de forma segura. Agora, a prática médica precisa incorporar este tipo de trabalho no dia-a-dia. Para a cultura médica, o ganho com a tecnologia não é traduzido de uma forma fácil”, garante. Com uma equipe de 16 pessoas em TI, o HCor enxerga maior vulnerabilidade nas informações que podem sair do hospital, o que, com o advento do uso de dispositivos móveis, preocupa ainda mais o departamento. “Existem tecnologias que barram as ações internas e os ataques externos. Mas as informações móveis requerem um cuidado maior. Para a otimização dos recursos, nós, gestores de TI, precisamos estar preparados para o futuro, ou seja, para a integração de dados em saúde no País inteiro”, conclui Mendes.

Longe dos pólos, a realidade é outra No interior de Goiás, no Hospital Santa Genoveva, a equipe de TI se restringe a duas pessoas, que cuidam da gestão dos processos internos. Com 300 funcionários e 250 médicos cadastrados, a dupla responsável por todo o gerenciamento de tecnologia ainda está construindo uma política de segurança interna. O gerente de informática da instituição, Roberval Lustosa, acredita que a segurança dos dados dos pacientes entre os médicos é uma questão de ética. “Cada médico tem um usuário e senha e definimos o que cada pessoa pode acessar dentro do hospital. Os médicos podem acessar todos os histórico dos pacientes, sem exceção. Agora, partimos da premissa de que o médico não vai acessar o prontuário de um paciente que ele não atende. Isto é uma questão de ética”, declara. Com todos os softwares de acesso livre e com restrições de acesso à internet, o hospital ainda não possui dispositivos móveis, o que torna a segurança menos complexa, de acordo com o gerente. “Ainda não fizemos um estudo do impacto dos aparelhos móveis nos equipamentos médicos, no sentido de prejudicar o desempenho deles. Se futuramente usarmos aparelhos móveis, seria na área administrativa”, acredita Lustosa.

Roberval lustosa, do santa genoveva: Hospital ainda não possui uma política de segurança

santa genoveva, em goiás: 250 médicos, 300 funcionários e duas pessoas em TI

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artigo

Foto: Caroline Bitencourt

A pressão da demanda de serviços

Maurício Pereira

H

oje em dia, um dos grandes desafios de todos os gestores de TI é fazer mais com menos. Parece velho e ultrapassado, mas não. Essa é a nossa realidade, imposta por um mundo cada vez mais globalizado e competitivo: pressão por redução de custos, acompanhar as inúmeras mudanças dentro da organização, fazer a gestão do portfólio de projetos, gestão da equipe, cuidar do dia-a-dia e administrar a pressão por novas demandas de serviços de TI. Por mais bem-planejado e acordado seja o portfólio de projetos de TI com os clientes internos, estamos sempre recebendo solicitações de novos projetos, sem contar aquela demanda que não agrega valor algum. Costumo chamar esta prática de demanda podre, que temos de atender (como manutenção e correção de bugs). Ora, se o portfólio de projetos foi acordado com os clientes de TI, por que eles continuam gerando novas demandas? As empresas são dinâmicas, pois têm de se ajustar às mudanças e aos novos desafios do mercado em constante mudança. São estas mudanças as geradoras das demandas não planejadas. Pois até mesmo as estratégias de curto e médio prazos – que são o nosso grande norteador – têm de se adaptar aos novos desafios, e com muita agilidade. Caso contrário, a empresa estará fora do jogo. Este cenário com certeza nos é bem familiar. Logo, não adianta se lamentar que o portfólio de projetos não é respeitado ou que a empresa é muito dinâmica. Esta é a realidade do jogo. Muito bem, vamos encarar e mãos à obra (dando conta do

recado e colaborando para que a empresa esteja no jogo e ganhe a partida). Parece simples, mas não é. De nada adianta encarar a realidade e ter uma boa equipe, supercapacitada em gestão de projetos. Se não tivermos a habilidade de nos ajustarmos às mudanças, na mesma velocidade em que a empresa está se movimentando, não daremos conta do recado. Se o gestor de TI não fizer parte do comitê executivo, onde se discutem as novas estratégias, a chance de ele ser pego de surpresa é muito grande. E pior, às vezes, um pouco tarde. Portanto, trate de estar próximo do comitê executivo e participar ativamente das discussões estratégicas e definições dos projetos estratégicos. Isto não é tudo. Outro cuidado muito importante é o balanceamento entre projetos estratégicos e a disponibilidade de recursos. Não estou falando de recursos de TI apenas, mas principalmente, dos parceiros internos, que são fundamentais para a execução dos projetos com sucesso. Algumas dicas importantes: esteja perto das decisões estratégicas, tenha uma visão bem clara dos objetivos estratégicos de TI, faça o balanceamento de projetos e recursos, conquiste parceiros para os projetos de TI e sempre que possível delegue a gestão do projeto ao principal cliente do mesmo. Por fim, uma boa comunicação é fundamental.

Maurício Pereira é ex-gerente de TI da parte de manufatura da Pfizer

* Artigo publicado anteriormente na revista Information Week 199

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tecnologia

Unihealth investe R$ 600 mil em centralização de TI Com modelo, empresa reduz em até 30% o tempo gasto para implementações em novos clientes na área de saúde Gustavo Brigatto - gbrigatto@itmidia.com.br ele, a opção foi feita tendo em vista o potencial de crescimento da empresa. "Até o final de 2007, tínhamos três clientes. Hoje, já são dez", reforça. Com o ambiente centralizado, ao invés de implementar um servidor de banco de dados e um de importação de arquivos em cada cliente, o trabalho é feito dentro da própria estrutura da empresa, com agilidade e segurança. "A equipe de infra-estrutura conta com quatro profissionais", explica Ferrari. Equipe que não precisará crescer no mesmo ritmo da empresa, comenta ele, por conta da facilidade de gestão do ambiente. A equipe total de TI da Unihealth conta com 22 pessoas, sendo oito para desenvolvimento, dez

para suporte aos clientes e quatro profissionais de infra-estrutura. O projeto do ambiente centralizado, que começou com um investimento de R$ 600 mil em 175 licenças do Citrix Presentation Server, três servidores Intel dual core, dispositivos de storage e colocation em datacenter, hoje já conta com 250 licenças e sete servidores. E deve crescer mais. "Estamos trabalhando em um novo software desenvolvido por profissionais com a certificação RUP/ CMMI", adianta Ferrari. As atualizações do sistema e o mercado aquecido devem garantir à Unihealth o crescimento pretendido. *Gustavo Brigatto é repórter do IT Web

Foto: Divulgação

Os investimentos em TI na área de saúde estão crescendo a cada dia. Segundo pesquisa da Frost & Sullivan, o mercado movimentou US$ 5 bilhões em 2007 na Europa e apresenta taxa de crescimento de 10% ao ano. No Brasil, a tecnologia da informação ainda é vista como custo e não como investimento pelo setor, segundo Bruno Iared, analista da consultoria. No entanto, isso está mudando, o que abre mercado para empresas como a Unihealth, especializada em serviços de logística hospitalar. Com dois anos de atuação, a empresa já tem dez clientes em várias regiões do Brasil e até em Angola, na África. A expectativa é de crescimento de 400% ao ano, segundo Rodrigo Ferrari, gerente de tecnologia da empresa. E a TI é ponto chave para este desempenho, tanto pelo lado da oferta (o software de gestão desenvolvido internamente pela empresa), quanto pela infra-estrutura do serviço. A oferta da empresa consiste em ferramentas para que os hospitais melhorem a gestão dos suprimentos relacionados às suas atividades, como remédios, seringas, etc. "É possível controlar um produto desde o momento em que ele chega ao hospital até o momento em que é administrado a um paciente", explica Ferrari. Com este controle, afirma, é fácil identificar a localização de um item caso haja recall do fabricante e reduzir o estoque dos almoxarifados. Realizar um projeto da forma tradicional, com a instalação de equipamentos e deslocamento de equipes para suporte, no entanto, não ofereceria os resultados pretendidos. Por isso, desde o ano passado, a Unihealth adotou um modelo de TI centralizado para oferecer os serviços aos seus clientes. "A implantação de um projeto fica até 30% mais rápida desta forma", afirma Ferrari. Segundo

Mayuli lurbe fonseca, à frente da Unihealth, espera crescimento de 400% ao ano, que será suportado por um sistema de TI centralizado e uma equipe de 22 pessoas na área de tecnologia

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De olho na Indústria

Os gigantes automobilísticos para a Saúde Com o mercado aquecido pelas grandes automobilísticas como a Fiat e Iveco, o setor de Saúde compra mais. Da redação / Colaborou Patricia Santana – psantana@itmidia.com.br

Na Fiat, o segmento de veículos adaptados para ambulâncias representa hoje 4% de todas as vendas dos modelos Fiorino, Doblò e Ducato. No acumulado do mês de junho, isso representa um volume total de 1,5 mil unidades. “A previsão de volume de vendas da Fiat neste segmento para 2008 é de mais de 3 mil unidades”, calcula o gerente de Vendas Diretas, Paulo Goddard. A participação da multinacional italiana neste segmento da economia vem crescendo nos últimos anos, passando de 28% em 2006 para 48% do mercado no acumulado de junho deste ano. “Os modelos Fiat são reconhecidos pelo mercado como os mais adequados para a transformação em ambulância, tendo em vista a amplitude de nossa gama, e temos o Ducato, que é o modelo mais largo da categoria, facilitando a transformação”, considera Goddard. Em 2008, a montadora Iveco projeta vender cerca de 9 mil veículos no mercado brasileiro, 40% a mais do que no ano passado. “Uma das razões deste otimismo é que os novos modelos da linha de leves (Daily) e da linha de pesados (Stralis), lançados em outubro de 2007, vêm impactando fortemente as vendas e a aceleração produtiva”, justifica o executivo de Vendas ao Governo, Davi Mondin. Além disso, a montadora pretende lançar duas novas famílias de produtos por ano e continuar com a estratégia de complementação das gamas já existentes. As montadoras têm também aproveitado o poder de compra do Estado como forma de expansão dos negócios. “Infelizmente, nem todos os municípios possuem postos de saúde aptos a atender a toda e qualquer ocorrência, por isso, as UTIs móveis são tão úteis, tanto no transporte do paciente ao hospital como na prestação dos primeiros socorros”, defende Mondin, apontando que este mercado é crescente.

Em julho deste ano, a Iveco entregou ao Governo do Estado de Minas Gerais os primeiros 198 microônibus Iveco, do lote de 520 adquiridos. A ação faz parte do Programa Sistema Estadual de Transporte em Saúde (Sets), lançado pelo governo por meio da Secretaria do Estado de Saúde. Os veículos são destinados ao transporte de passageiros nos municípios do interior de todo o Estado. Pacientes com consultas ou exames pré-agendados em cidades que não sejam aquelas onde moram poderão contar com os novos microônibus para deslocamento. De acordo com a Fiat, a Saúde Pública vem recebendo fortes investimentos do governo nos últimos anos. Com efeito, as compras de veículos destinados, principalmente, a serviços de urgência e emergência vêm crescendo bastante. “A Fiat sempre esteve presente nos processos de compras públicas, participando de licitações que, em sua grande maioria, ocorrem na modalidade de pregão público. Nesta modalidade, não há negociação direta com nenhuma montadora, e sim um processo de compra que se dá mediante a oferta de lances consecutivos e de menor preço até que seja atingido um único menor preço ofertado”, conta Goddard.

de segurança e qualidade da montadora”, explica o gerente de vendas. No caso da Iveco, existe uma linha de veículos aptos para serem transformados em ambulância. Atualmente, os modelos mais usados são os da linha Daily Furgão. “Estamos sempre investindo em pesquisa e lançando constantemente novos produtos no mercado brasileiro, seja para esse ou outro setor”, pontua Mondin. De qualquer forma, “o papel da implementadora é fundamental, afinal, essas empresas "personalizam" os veículos conforme as necessidades dos cliente. A Iveco trabalha hoje com muitas implementadoras entre as quais a Green Car, Rontan e Gran Casa”, complementa.

Como funciona o setor

Mesmo com a participação das grandes indústrias automobilísticas no setor de Saúde, os modelos de veículos não feitos apenas para este uso específico. Existe também o trabalho das chamadas empresas implementadoras, que adaptam os carros para determinadas finalidades, como transporte de tropa, delegacia móvel, ambulância de remoção, UTI e patrulhamento ostensivo. “A Fiat possui parcerias com algumas empresas, dentre elas a Rontan e a Engesig, para a implementação de veículos destinados ao segmento de saúde. Em todo projeto e processo de implementação são garantidos todos os padrões

Fotos: Divulgação

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poder de consumo do setor de Saúde amplia-se para diferentes segmentos da economia brasileira. Pensar na indústria de saúde pode remeter automaticamente a equipamentos médicos e softwares. Mas uma outra aposta de investimento no mercado, que vem crescendo, parte das automobilísticas, que enxergam a Saúde como uma forma de aproveitar o poder de compra do Estado para o crescimento dos negócios focados em veículos de grande porte.

FIAT: Veículos adaptados representam 4% das vendas dos modelos Dobló, Ducato e Fiorino

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De olho na Indústria

Nova casa, mais negócios Com investimento de R$ 3,5 milhões em uma nova unidade fabril, a Cristófoli quer entrar com mais força no mercado hospitalar. Da redação / Colaborou Patricia Santana – psantana@itmidia.com.br

A

que em todas as áreas, seja hospitalar ou odontológica, a busca por equipamentos que garantam a qualidade de esterilização vai aumentar. Trata-se de uma conscientização pela qual o mercado está passando neste momento”, defende a gerente comercial e de marketing, Angela Cristófoli. A nova fábrica da companhia carrega consigo a premissa de duplicar a capacidade de produção, que hoje é de 4.250 itens por mês. “Com a nova área, teremos capacidade para produzir muito mais. Existe a perspectiva de dobrar a produção. A nossa estimativa é de que a cada ano aumentaremos em 30% a produção. Os números são conseqüências da demanda crescente”. Com 40 equipamentos no mercado, a companhia, fundada há 18 anos, também tem investido na educação do setor médico-hospitalar, como estratégia de crescimento e ampliação da atuação. “Temos um projeto de biossegurança, no qual uma consultora viaja o Brasil inteiro dando treinamento para profissionais da área médica. Ao todo, nove mil profissionais, em 18 Estados, já passaram por esta espécie de cur-

so. A idéia é promover a biossegurança. Agora, além de consultórios odontológicos, vamos estender este programa para clínicas”, conta. De acordo com a gerente, 4% do faturamento da empresa é investido em pesquisa e desenvolvimento. A meta de crescimento da receita para este ano é de 22% em relação ao ano passado. “No final do primeiro semestre, já atingimos 30% do planejado para o consolidado do ano. Isto significa que conseguiremos cumprir a meta estabelecida”, acredita Angela. Mercado externo

A Cristófoli, cuja sede é em Campo Mourão, no Paraná, exporta para 36 países na América Latina, África e Ásia. “Do total da produção de autoclaves, 17% é destinado para a exportação, o que representa 13% do faturamento ”, calcula. No entanto, a empresa não identifica o mercado externo como promissor no momento. “Com o dólar em baixa, a exportação acaba não sendo um bom negócio. Por isso, precisamos avançar para o exterior com cautela”, conclui.

Foto: Divulgação

o longo do último mês, o setor médico-hospitalar sentiu na pele o entrave que a falta de cuidados com a (des)infecção hospitalar pode causar. Segundo registros do Sistema Único de Saúde (SUS), cerca de 30% dos pacientes internados em todo o País contraem algum tipo de infecção hospitalar. Só em 2007, o Rio de Janeiro registrou 416 casos de infecções causadas pela micobactéria de crescimento rápido (MCR). Em oito anos, foram 969 vítimas. Diante do surto de infecções por micobactérias, o grande vilão identificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi a esterilização incorreta dos instrumentos utilizados em procedimentos. É justamente de olho neste mercado que a Cristófoli tem intensificado os esforços para atingir a área médico-hospitalar nos últimos oito anos. Recentemente, além de mudar para uma nova fábrica de 5 mil metros quadrados, que custou R$ 3,5 milhões, a empresa lançou dois novos equipamentos, desenvolvidos sob medida para o setor: a autoclave quadra de 54 litros e lavadora termodesinfectora de 50 litros. “Acredito

Cristófoli: Nova fábrica tem capacidade para duplicar a produção, que hoje é de 4.250 itens por mês. Expectativa de crescimento é de 30% a cada ano

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De olho na Indústria

Apotheka instala fábrica em São Paulo Com aporte de R$ 1,8 milhão, a fabricante de móveis e equipamentos para hospitais e drogarias pretende expandir atuação na América Latina Da redação / Colaborou Patricia Santana – psantana@itmidia.com.br

No entanto, vamos trabalhar com 85% da fabricação para o mercado local, por uma questão de logística e de gestão", explica Plana. A fabricação dos móveis contará com matéria-prima majoritariamente nacional e alguns componentes importados. Os sistemas de armazenagem são 80% importados. A estrutura da fábrica conta com quatro máquinas, que são como robôs acionados pelo escritório central, para a produção dos móveis modulados e personalizados para instituições de saúde. Os móveis produzidos também possuem soluções de logística integradas, como sistema de automação para dispensação de medicamentos, por exemplo. "Existe uma redução de custo da aquisição dos nossos produtos por conta do aumento da demanda e da nossa própria verticalização. Hoje, o mercado está globalizado e a carga tributária brasileira faz com que a produção nacional não traga tanto impacto no preço final do produto", pontua o diretor. O grupo Apotheka, cuja sede é na Espanha,

possui, além de soluções mobiliárias para o setor de saúde, serviços na área de financiamento, turismo e na área química. Ao todo, o grupo fatura € 50 milhões, com um crescimento anual de 8%. Com a nova fábrica brasileira, a companhia contará com sete fábricas espalhadas pelo mundo. A venda do mobiliário para hospitais e farmácias é feita de forma direta e por meio de representantes. "Agora, queremos ter um representante em cada Estado", antecipa o diretor. O serviço de financiamento para as empresas hospitalares que é oferecido no exterior ainda não está disponível no Brasil. "Aqui não temos volume financeiro que comporte o financiamento de longo prazo. Estamos realizando cadastro junto às linhas pontuais de financiamento do ABN Amro e BNDES. Contudo, estudamos uma forma de trazer capital do exterior e emprestar para as empresas brasileiras. Existem questões técnicas, com relação às garantias e retorno de investimento, que ainda precisam ser acertadas", conclui Plana.

Foto: Ablestock

A Apotheka, fabricante de mobiliário e equipamentos para hospitais e drogarias, acaba de investir R$ 1,8 milhão em uma nova fábrica no Brasil, que fica localizada em São Bernardo do Campo, no Estado de São Paulo. De acordo com o diretor operacional, Marcos Plana, o objetivo é atender as demandas hospitalares, projetando e construindo móveis e acessórios para instituições de Saúde de toda a América do Sul. "Pretendemos crescer cerca de 15% ao ano, nos próximos cinco anos, no Brasil. Como antes não tínhamos fábrica aqui, existiam limitações de crescimento, preços e prazos junto aos clientes", conta. Além disso, a localização na região Sudeste é estratégica, porque a demanda por serviços com valor agregado é maior. Com 2% de market share no Brasil, a empresa já possui alguns clientes como os hospitais Sírio-Libanês, Albert Einstein, Oswaldo Cruz, Anchieta e Meridional. "Pretendemos exportar a partir de outubro. Existe a possibilidade de iniciar a importação para o Chile e Argentina.

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Fotos: Arquivo Pessoal

Com dezenas de cenários desbravados,o superintendente do A.C. Camargo, Carlos Lotfi, encontra no trekking suas inspirações pessoais e profissionais. Fred Linardi – editorialsaude@itmidia.com.br

CARLOS LOTFI e o guarda-parque na região do vulcão Horno: primeiro brasileiro a chegar lá

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á três anos, após uma caminhada de quatro horas na região do vulcão Hornopiren, no extremo sul do Chile, o superintendente administrativo do Hospital A.C. Camargo, Carlos Lotfi, concluiu mais um trajeto e teve uma rara e satisfatória notícia. O guarda-parque do local, ao mostrar o livro de assinaturas de todos que haviam passado por lá, disse para Lotfi e mais dois aventureiros que encontrara no caminho que aquela era a primeira vez que brasileiros passavam por lá. O médico então provava mais um gosto que o trekking pode dar. Entre origens e destinos, Lotfi, recorre ao sangue para explicar de onde vem a origem do gosto por andar, andar e... andar. O sangue em questão não é exatamente aquele impulsionado pelo coração no momento em que percorre uma trilha num vale ou montanha. “Acredito que seja a origem árabe, de ser errante, nômade. Isso vem do sangue e da vontade de encontrar sempre um desafio.” Aos 48 anos, mesmo com a profissão que toma muito tempo de sua rotina, Lofti consegue enfrentar os desafios e, entre uma desbravada e outra, mantém o condicionamento físico para trilhar caminhos fantásticos. Tudo começou ainda na juventude, quando Lotfi se interessou por essas aventuras e, junto com outros universitários, fez as primeiras viagens de férias. Uma delas foi à trilha inca de Machu Picchu, que ainda não era tão preparada para turismo, na época em que não havia GPS, mas apenas mapas e bússolas. Já nas primeiras pisadas vieram os pri-

A cidade de Hornopiren, no Chile...

meiros aprendizados e, mais do que isso, a vivência que este mundo lhe trouxe, além do contato com a natureza. “Lembro-me que, ainda na época da residência, ficamos uns dias no Parque do Xingu, onde conseguimos grandes deslocamentos, ao mesmo tempo em que estávamos lá prestando atendimento à saúde dos índios.” Ainda hoje, em qualquer oportunidade que apareça, como nos congressos, Lotfi já fica de olho nos arredores da região. Procura por trilhas, parques nacionais e se programa para a caminhada nos oportunos dias livres da viagem. E nessa trajetória, já passou por Fernando de Noronha, Pico da Bandeira, Serra da Mantiqueira e por outras trilhas. Lugares como esses, além de trazerem a satisfação pessoal, acabaram o estimulando a convidar pessoas que não tinham experimentado o trekking. O médico levou amigos e familiares para lugares como a região das cavernas do Petar (Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeira) e trilhas por fazendas que ficam entre cidades do interior. “Mas cada um enxerga o desafio de forma diferente e alguns acabam desistindo”, explica. Quando os filhos querem ir, são sempre bem-vindos e acabam já tendo contato com a disciplina da aventura e a importância de se fazer o trekking em grupo. Superações

Programar-se e alcançar objetivos são elementos que permeiam toda a vista e beleza que o

trekking proporciona e que, segundo Lotfi, são os mesmos aspectos necessários para uma boa gestão. “Os esforços são constantes, por isso os planos são necessários e os resultados são a prova de que sua forma de gestão está correta”, compara, lembrando também a idéia de superação que continua o tempo todo em sua mente, dando um estímulo aos músculos cansados e a boca que pede por água a todo tempo, mas em momentos em que não pode deixar a peteca cair. Qualquer parada pode significar não chegar, ao final do dia, a um lugar bom para dormir e descansar. “Durante uma caminhada, principalmente em uma montanha, vamos subindo e ficando cansados. Olhamos para o pico e pensamos como ele está longe. Mas ao olhar para trás, vemos tudo o que já passou e isso trás muita satisfação para continuarmos encarando o desafio.” E como um bom gestor sempre corre atrás de novos desafios, o próximo dele não será pequeno. O médico já começou os planos para andar pelas trilhas do Kilimanjaro no ano que vem. Tudo envolve tempo, logística de alimentos e equipamentos e preparo físico – que ele mantém com caminhadas no Parque da Aclimação e aulas de yoga. Além do reconhecimento a si mesmo, as inspirações e a boa saúde, a prática do trekking traz, por fim, belas compensações, como o prazer de encontrar uma cachoeira ou um lago de água limpa e dar um merecido mergulho.

E o parque nacional que abriga o vulcão

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carreiras

Fotos: Divulgação

Hospital Cema tem novos diretores

Pedro josé monteiro cardoso assume a diretoria técnica e...

Leandro Franchi torna-se responsável pela diretoria clínica do Cema

O Hospital Cema, localizado na Mooca, em São Paulo, acaba de reformular a diretoria. Como novo diretor-técnico assume o oftalmologista Pedro José Monteiro Cardoso, que atua na instituição há 12 anos. O cargo não existia até então. Responsável pelo planejamento e definição das escalas médicas, projetos voltados para o atendimento adequado dos pacientes e por manter um equilíbrio entre produtividade e qualidade, o médico acumula também a presidência da Comissão de Residência Médica (Coreme). Já na diretoria clínica, o escolhido foi Leandro Franchi, que está no hospital há 11 anos. O médico assume no lugar de Assad Frangieh que se desligou da instituição. Para auxiliá-lo, Maria Carmela Cundari Boccalini assume a vice-diretoria.

Paulo Angelis é o novo superintendente do Hospital San Paolo O Hospital San Paolo acaba de anunciar Paulo Angelis para a superintendência da instituição, em substituição a Ahmed Mohamad Kadri, que passa a integrar o Conselho de Administração. O executivo é especialista em Cardiologia e Terapia Intensiva, pós-graduado em Administração Hospitalar pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (ProPAULO ANGELIS já teve passagens ahsa) e possui MBA em Gestão por operadoras, como a Blue Life, e outros hospitais paulistanos de Organizações Hospitalares e Sistemas de Saúde pela FGV Management. Angelis atua há mais de 15 anos no gerenciamento de serviços de saúde e já teve passagens pela Blue Life, Hospital Bandeirantes, Hospital Santa Bárbara e Hospital Santa Marina.

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Hospital MadreCor tem novo diretor técnico

Adrianos loverdos deixa a diretoria técnica da B&B Auditoria Médica

O Hospital MadreCor, localizado em Uberlândia, Minas Gerais, tem novo diretor técnico. Adrianos Loverdos assume a posição e deixa a diretoria técnica da B&B Auditoria Médica. Formado pela Faculdade de Medicina de Valença, no Rio de Janeiro, o médico atua há 20 anos na área de auditoria. O novo diretor já acumula experiências da diretoria técnica do Hospital Santa Paula, de São Paulo, da superintendência de relacionamento com prestadores da Unimed Paulistana, gerência médica da Avimed, gerência técnica da Golden Cross e da coordenação de auditoria da Blue Life. "Fiz muita auditoria independente e treinamentos em todo o Brasil", relembra Loverdos. A médica Jussara de Almeida Lima Kochen assume a diretoria técnica da B&B Auditoria Médica.

Ginecologistas e obstetras

terão nova associação Com a perspectiva de expandir e desenvolver a área de medicina estética em ginecologia e obstetrícia, acaba de ser criada a Associação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia Estética (ABGOMEC). Fundada no Rio de Janeiro, a entidade será dirigida pelo professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Hildoberto Carneiro, e pelo presidente regional Sul Fluminense da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia, Ivan Montenegro. De acordo com os dirigentes, a associação é de caráter científico e tem o objetivo de difundir conhecimentos técnicos para a prática de tratamentos estéticos ginecológicos. Entre os planos dos diretores, está a realização do 1º Congresso Mundial de Ginecologia e Obstetrícia Estética para 2009. Com o intuito de formar o profissional para atuar nesse novo campo de trabalho, a associação já colocou em prática o ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia Estética, localizado no Biotraining - Centro de Pós-graduação em Medicina Estética do Rio de Janeiro. Para se associar à entidade não há custos. O único requisito é a formação em ginecologista e/ou obstetrícia e estar em dia com a anuidade da respectiva sociedade.

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livros

Eu recomendo Newton Takashima, diretor do Hospital e Maternidade Brasil

Foto: Divulgaçnao

Dois livros que li recentemente e aconselho para os gestores são: "O Mundo é plano”, de Thomas L. Friedman, e "A estratégia do oceano azul”, de W. Chan Kim. Ambos são de muita valia no planejamento estratégico de nossas empresas, pois nos levam a uma "visão macro" do negócio, valorizando o conhecimento do nosso mercado, a necessidade de uso de tecnologia de informação, bem como a gestão das nossas decisões. Além disso, me ajudaram muito a quebrar alguns paradigmas e implantar mudanças. Do ponto de vista pessoal,

gostei do autor Bernardinho, em "Transformando suor em ouro”. A convite da IT Mídia, ano passado assisti uma palestra do treinador em que se destacou a importância do trabalho para todas as nossas realizações. Neste livro se reforça o caminho trilhado para a conquista do sucesso, baseado na superação de obstáculos e minimização da influência de nossos defeitos no cumprimento de metas. O próximo livro que vou ler deverá ser alguma obra de Machado de Assis, como tantos estão fazendo neste centenário de sua morte.

A estratégia do oceano azul Autor: W. Chan Kim e Renee Mauborge Editora: Campus Número de páginas: 258 Preço: R$ 39,80

Transformando suor em ouro Autor: Bernardo Rocha de Rezende Editora: Sextante Número de páginas: 208 Preço: R$ 14,80

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Arquitetura do ambiente de nascer Este livro pode ser uma fonte para compreensão de diferentes aspectos que envolvem as decisões sobre a arquitetura de ambientes para realização do parto e do nascimento. É destinado aos arquitetos, engenheiros e designers, aos profissionais de saúde de um modo geral, aos que trabalham com a construção, gestão e manutenção dos ambientes de maternidades e hospitais e, sobretudo, para quem busca compreender a verdadeira dimensão do nascimento a partir do seu primeiro ambiente. “Arquitetura do Ambiente de Nascer” é uma contribuição da arquitetura para as novas maternidades. Editora: Rio Books Autor: Fábio Bitencourt Número de páginas: 128 Preço: R$ 45,00

Dicionário Brasileiro de Saúde

Esta é uma obra que, de acordo com a editora, é indispensável para todos que se interessem por assuntos de Saúde. O Dicionário Brasileiro é produto de uma seleção realizada entre conceituados dicionários de termos técnicos da área e apresenta, dispostos em ordem alfabética, mais de 20 mil vocábulos, abreviaturas e siglas. Além disso, oferece exemplos e indica uso dos termos. É recomendado como ferramenta básica para entendimento das bibliografias da área.

Editora: Difusão Autoras: Genilda Ferreira Murta Número de páginas: 776 Preço: R$ 33,00

Guia Prático em Diagnóstico por Imagem da Mama Tem como autores médicos de diversas especialidades relacionadas ao assunto, como oncologia, cirurgia plástica e radiologia. O livro se destina a estudantes e profissionais técnicos e tecnólogos em radiologia dedicados ao estudo da mama, abordando anatomia, fisiologia, doenças, métodos intervencionistas, equipamentos de alta capacidade resolutiva e técnicas necessárias para realizar os exames com qualidade. As fotos e ilustrações utilizadas na obra proporcionam ao leitor uma melhor compreensão deste universo científico, uma vez que nesta especialidade o diagnóstico por imagem requer elevado nível técnico. Editora: Difusão Autores: Organizado por Lúcia Maierhofer Número de páginas: 176 Preço: R$ 42,00

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Vitrine

Na Vitrine deste mês você confere alguns dos principais lançamentos de monitores.

Multiparâmetros ampliados

O Life Scope A, distribuído pela Alliance, é um monitor fisiológico multiparamétrico, com tela LCD de 12,1 polegadas e touch screen, ideal para a monitoração em centros cirúrgicos, unidades de terapia intensiva adulto, pediátricas e neonatais. Apresenta como parâmetros básicos a monitorização de SpO2, ECG, PNI, Respiração e Temperatura. Pode ser ampliado, sem a necessidade de aquisição de módulos, para monitorização de até 11 parâmetros simultâneos.

Para quatro configurações

Produto 100% nacional, o monitor multiparamétrico MX-300, da Transmai, permite configuração em quatro modelos como o ECG; ECG+SpO2; ECG+PANI; e ECG+SpO2+PANI. O equipamento ainda conta com o congelamento das formas de onda de ECG e SpO2 e monitoração no modo adulto e neonatal. Apresenta tendência para variação de freqüência cardíaca e SpO2 nas últimas 72 horas. A velocidade de traçado pode ser ajustada para 25 ou 50 mm/s.

Atenção ao paciente

O IntelliVue MP5, da Philips, é um monitor compacto e flexível, que pode ser utilizado tanto dentro quanto fora dos hospitais. Com tela de 8,4 polegadas touch screen e interface gráfica intuitiva, tem funções que podem ser acionadas com apenas um toque, permitindo aos profissionais de saúde dedicar mais atenção aos pacientes. Podem ser conectados à rede de informática do hospital por cabos ou wireless, sem interrupção na captação de informações.

Básico e funcional

O MEC-1000, da Romed, garante a facilidade de uso em vários lugares e finalidades para o dia a dia de instituições médicas. O monitor multiparamétrico fornece tendências gráficas e tabulares de longa duração e oferece configurações para todos os parâmetros básicos como ECG, Respiração, Pressão Arterial e Temperatura, garantindo um bom custo benefício, apesar de não acompanhar os sensores de temperatura.

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Vitrine

Ressonância

O MRI, Monitor para Ressonância Magnética da GE, é apto para atendimento pediátrico e adulto. Pré-configurado para ambiente de Ressonância Magnética até 3.0 Tesla, para cuidados intensivos ou anestesia. Sua tela tem 19 polegadas, além da possibilidade de ser remota com total controle das funções. Possui monitoração avançada de CO2, espirometria e agentes anestésicos. Com funcionamento em módulo hemodinâmico e registrador, ainda garante a compatibilidade de comunicação com a Central de Monitoração.

Monitoramento versátil

O Magnavision YM 6000, da K.Takaoka, monitora os sinais vitais de pacientes neonatos a adultos em ambientes hospitalares e instalações similares. A tela colorida de 12,1 polegadas em LCD garante boa visualização. A facilidade de interação do usuário com a tela e as funções do aparelho se dá pelo botão de ajuste rápido. Os parâmetros são disponíveis para monitoração de Eletrocardiograma, Respiração, Pressão não-Invasiva, Oximetria de Pulso e Temperatura, com opcional para módulos de Pressão Invasiva e Capnografia.

Parâmetros práticos

O InMax, da Instramed, é um monitor multiparamétrico de alta tecnologia, simples de operar, leve e compacto, possui a interface de operação altamente intuitiva e teclas de acesso rápido para as principais funções. Monitora parâmetros ECG, pressão não invasiva (PANI), oximetria (SpO2), respiração, temperatura, dois canais de pressão invasiva (PI) e capnografia (EtCO2). Com inicialização instantânea, basta ligar e usar.

Alta detecção

Configurado com capacidade para monitoração de média e alta acuidade, o Infinity Vista XL, da Draeger, pode ser usado desde Centros Cirúrgicos até UTIs. Com monitoramento como o ACE e o OxiSure para SpO2, oferece alta detecção de ocorrências e redução de chamados positivos falsos. Tem Ethernet embutida e capacidade de conexão com outros monitores por rede sem fio. Pode ser fixado na parede, carregado com as mãos ou encaixado em carrinho de transporte.

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Hospital numa Caixa O nigeriano Seyi Oyesola teria tudo para ser um dos 97 entre 1.000 seres humanos que nasce e morre na Nigéria, porém ele fez parte dos outros 903. Após passar por todas as dificuldades de uma criança nigeriana, ele foi estudar nos Estados Unidos, mais precisamente em Cleveland, Ohio. Formou-se médico, mas não se esqueceu que antes de doutor, era um homem, nigeriano. Voltou para a sua cidade natal e estudou todos os números locais. Com base no estudo, criou o que ele mesmo apelidou de Hospital in a Box (Hospital numa Caixa), uma espécie de hospital móvel, capaz de ajudar pessoas em locais distantes com um mínimo de segurança, ou máximo, como ele mesmo diz. O custo dos equipamentos é pequeno, se comparado ao de um hospital grande. As negociações variam. Podem ser equipamentos usados, remanufaturados ou simplesmente novos de empresas menores, mas o importante é que trazem mobilidade e salvam vidas. Num país onde 97 crianças em 1.000 morrem antes de completar um ano de idade, o aparato parece ser uma solução viável. Segundo o Dr. Seyi, o hospital dentro da caixa, que pode ser visualizado em www. globalmedical. netfirms.com, consegue realizar tarefas nas áreas de: acidentes e emergências, cirurgias gerais, olhos, odontologia, patologias básicas e veterinária. Numa palestra proferida pelo Dr. Seyi, e que está disponível gratuitamente no site www.ted.com, o médico diz que o melhor hospital não é aquele que tem os melhores equipamentos, os melhores processos ou a melhor equipe médica, mas sim aquele que está mais próximo de resolver o problema do paciente. Em um estilo completamente infor-

mal, de bermudas e roupas típicas da Nigéria, fica ainda mais fácil entender quando na mesma palestra ele mostra fotos de sua cidade natal, que tem desde problemas sociais até problemas de adaptação ao mundo moderno. Por exemplo, em sua cidade não há taxis, uma ironia ao mundo em que vivemos. Lembro-me, então, de uma funcionária nossa que passou por um susto, quando uma das artérias de seu coração lhe pregou uma peça e ela teve que ser levada a um hospital com urgência. Embora estivesse na região da Avenida Paulista, em São Paulo, onde dificilmente você consegue andar uma quadra sem ver um hospital, decidiram ir ao HCor, bem próximo. Dias depois ela me conta como foi a experiência: spanica. Spanica, perguntei? Parecia que eu estava num SPA, todos me tratavam como um bebezinho, me trazendo comidas deliciosas, sorrindo, conversando comigo sobre diversos assuntos, controlando minha ansiedade. Os equipamentos eram tão bonitos que me senti feliz por poder utilizá-los. Meses depois, pude sentar-me com o Dr. Kfouri, superintendente do HCor, e contar a experiência vivida por nossa amiga. Contei-lhe também que, na ocasião, por falta de informações, acabamos não ligando para ninguém do hospital. De forma calma ele me disse que se este foi o atendimento dado sem nenhuma ligação, é porque era o tipo de atendimento dado a todos. Curta e excepcional resposta. Alberto Leite é Diretor Executivo da IT Mídia S.A. aleite@itmidia.com.br

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