Fornecedores Hospitalares - Ed. 153

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FORNECEDORES

H O S P I TA L A R E S

A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOSPITALAR Ano 16 • Edição • 153 • Julho de 2008 • R$ 15,90

ENTREVISTA Gerard La Forgia, do Banco Mundial, explica porque os hospitais brasileiros são cronicamente ineficientes

GESTÃO Gerenciamento de Resíduos de Saúde vai além da separação e coleta e exige atenção às rígidas resoluções da Anvisa

Múltipla

escolha

Para não perder o controle de seus orçamentos, com a perda de receita com internações, hospitais buscam serviços complementares oferecendo diversas opções ao paciente no mesmo local, como é o caso do Hospital Fátima, de Caxias do Sul, dirigido por Cleciane Simsen

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índice julho 2008 - Número 153

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8 I Entrevista I

Gerard La Forgia, do Banco Mundial, explica porque os hospitais brasileiros são tão improdutivos

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12 I Raio X I

Crescer sem parar e para todos os lados

I Reportagem de Capa I Múltipla Escolha

18 I .com I

Confira o que foi destaque no portal Saúde Business Web

38 I Artigo RH I

Como enfrentar as dificuldades das mudanças

42 I Especial TI I

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O fim do papel

50 I Gestão I

Muito além da coleta

54 I 5 Perguntas I

I Tecnologia I Uma chance de ganhar com o inesperado

Lidando com o fluxo cruzado de informações

56 I Melhores Práticas I

Monitoramento - Garantia de qualidade em nutrições parenterais

58 I Espaço Jurídico I Tropicalismo na saúde

64 I De Olho na Indústria I Batimentos acelerados

74 I Carreiras I 76 I Livros I 78 I Vitrine I 90 I Hot Spot I

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I After Hours I Saúde no Palco: Saúde Business Band reúne profissionais ligados à saúde e, claro, à música Errata: A reportagem “Doutor, qual a sua opinião?”, publicada na edição151, de maio de 2008, foi escrita pela repórter Katia Cecotosti, não por Patrícia Santana.

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Canal aberto

Eu leio a Fornecedores hospitalares Foto: Allison Louback

A equi­pe da revis­ta For­ne­ce­do­res Hos­pi­ta­la­res ­e stá à ­sua dis­po­si­ção ­ ara ­t irar dúvi­das, rece­ber crí­ti­cas, opi­niões e con­tri­buir ­c om o desen­ p vol­vi­men­to do ­s eu negó­cio. ­Para anun­ciar ou ­f alar ­s obre pro­je­tos e ­a ções per­so­na­li­za­das ­e ntre em con­ta­to ­c om nos­sa equi­pe comer­cial:

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A Fornecedores Hospitalares agrega de uma forma inteligente tudo o que diz respeito à gestão, conciliando o desenvolvimento à administração. A publicação congre-

Eduardo Galante

ga o fornecedor, que garante incremento aos serviços hospitalares; e o gestor em contato com o fornecedor agrega valor para ambas as partes e valoriza a geração de negócios. Ao ler a FH, você é informado sobre o mercado em desenvolvimento.

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Pró­xi­ma Edi­ção Reportagem de capa ESTRUTURANDO UM PLANO DE NEGÓCIOS EFICAZ - Veja dicas de especialistas e analise os impactos que as novas ações e objetivos, como ampliação e criação de novos serviços, podem trazer para a sua instituição. Gestão INFECÇÃO HOSPITALAR - O tema é cada vez mais tratado de forma estratégica nos hospitais, já que, além dos riscos à segurança do paciente, traz prejuízos, consome mais medicamentos e aumenta o período de internação. Veja como estruturar seu Comitê de Infecção Hospitalar (CIH) e garantir processos bem-estruturados para manter os índices de infecção hospitalar baixos. A matéria também traz soluções de mercado e os últimos lançamentos para esterilização.

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CARTA DO EDITOR Presidente do Conselho de Administração: Miguel Petrilli – mpetrilli@itmidia.com.br

Foto: Kelsen Fernandes

Mudanças

Presidente do Conselho Editorial: Stela Lachtermacher – stela@itmidia.com.br

Durante a edição deste número da Fornecedores Hospitalares, me deparei com o artigo de nossa colunista de RH, Estefânia Galvan, que, com sua lucidez de sempre, tratou das dificuldades inerentes aos seres humanos de aceitar e se adaptar às mudanças. Em uma pesquisa realizada por sua empresa, a Fator RH, com 5 mil profissionais de saúde, identificou-se que 16% das pessoas já são contra qualquer tipo de mudança, independente de assunto, área ou benefício. Estefânia mostra que, diante deste cenário preocupante, é preciso vencer os desafios com coragem, comunicação e liderança, mas, mais do que isso, é fundamental adotar uma atitude vencedora. Também considero fundamental o equilíbrio para dirigir as corporações em meio a mudanças e clareza de objetivos, ou seja, saber com 100% de certeza para onde a empresa vai, se continua alinhada com sua missão, visão e valores e se está valorizando suas core competences. Em Saúde, vemos bons exemplos de hospitais que anteciparam-se às alterações setoriais, percebendo que não seria mais possível esperar obter recursos apenas com internações e cirurgias, e passaram a oferecer uma gama mais vasta de serviços, que atendam às necessidades das reais fontes pagadoras – os clientes e beneficiários, sejam eles Pessoa Física ou Jurídica, e que sejam complementares a seu core business, que é o cuidado à saúde. Confira em nossa reportagem de capa! Boa Leitura! Cylene Souza Editora da Unidade Setores e Negócios / Saúde csouza@itmidia.com.br

Diretor Administrativo Financeiro: João Paulo Colombo – jpaulo@itmidia.com.br Diretor de Serviços de Marketing: Rogério Zetune – rzetune@itmidia.com.br

UNIDADE SETORES E NEGÓCIOS Diretor • Alberto Leite aleite@itmidia.com.br

EDI TORIAL EDITORA: Cylene Souza - csouza@itmidia.com.br REPÓR TERES: Ana Paula Martins - amartins@itmidia.com.br Katia Ceco tos ti - kcecotosti@itmidia.com.br ESTAGIÁRIA: Patricia Santana - psantana@itmidia.com.br

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MARKETING

O time que apóia a redação Alfredo Cardoso Diretor de Normas e Habilitações da Agência Nacional de Saúde Suplementar

Conselho editorial

Presidente – executivo: Adelson de Sousa – adelson@itmidia.com.br

COORDENADOR DE MARKETING: André Campoli - acampoli@itmidia.com.br ANALISTA DE MARKETING - Daniella Rettur - drettur@itmidia.com.br ASSISTENTE DE MARKETING - Mônica Oliveira - moliveira@itmidia.com.br PRODUTORES DE ARTE: Bruno Cavini -bcavini@itmidia.com.br Francisco Porrino - fporrino@itmidia.com.br Leandro Montovani - lmontovani@itmidia.com.br Rodrigo Martins - rmartins@itmidia.com.br

REPRESENTANTE COMERCIAL RIO GRANDE DO SUL: Alexandre Stodolni - stodolnimark@pop.com.br (51) 8404-9777 • (51) 3019-7183 RIO DE JANEIRO Loba to Propaganda e Marke ting Ltda. sidney.loba to@itmidia.com.br • Cel: (21) 8838-2648 • Tel.: (21) 2565-6111 EUA E CANADÁ Global Ad Net - Tel.: 603-924-1040 • ed@globalad-net.com Fax: 603-924-1041 • Tel.: 603-924-1040

Edson Santos Presidente do Grupo VITA e VPE do IHG Luiz de Luca Diretor - superintendente do Hospital 9 de Julho Marília Ehl Barbosa Presidente da Unidas e diretora-presidente da Capesesp Marcos Hume Gerente Sênior da Área de Negócios Corporativos da Johnson & Johnson e coordenador do Grupo Técnico de Trabalho de Avaliação de Novas Tecnologias da Abimed Pedro Fazio Diretor da Fazio e Superintendente da Avimed Foto:s Divulgação

“As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicadas refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídia ou quaisquer outros envolvidos nesta publicação.”

ATENDIMENTO AO LEITOR atendimento @itmidia.com.br Impressão: Globo Cochrane FOR NECEDORES HOSPI TA LA RES A mais impor tan te revis ta voltada para a gestão estratégica de hospitais e outros estabelecimentos de saúde, dis tribuída nos 26 Estados Brasileiros, mais Dis trito Federal, em estabelecimen tos de saúde públicos e par ticulares (hospi tais, clínicas, unidades mis ta de saúde, ambula tórios, pron to-socor ros, pos tos de saúde etc.) além de órgãos do gover no ligados ao setor da saúde nas esferas municipais, estadual e federal. For necedores Hospi talares é uma publicação mensal da IT Mídia S.A. Car tas para a redação devem ser enviadas para Praça José Lannes, 40 - Edifício Berrini 500 – 17º andar - CEP: 04571-100 - São Paulo - SP Tel.: (11) 3823-6600.

INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO

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QUALIDADE E CONFIABILIDADE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO CERTIFICADO ANVISA PARA TODA A LINHA DE PRODUTOS DESCARTÁVEIS MÉDICOS Equipos Equipo câmara graduada Equipo transfusão de sangue Lancetas picadoras Coletores urina e secreção Frasco nutrição enteral Escalpes Extensores ar e oxigênio

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entrevista

Ineficiência

Crônica

O que era aparente, agora é fato: a maioria dos hospitais brasileiros peca pela falta de gestão, que resulta em serviços caros e falta de qualidade na asssistência. O panorama é apresentado no livro “Desempenho Hospitalar no Brasil”, de Gerard La Forgia e Bernard Couttolenc, baseado em 11 estudos aprofundados das instituições hospitalares nacionais. Em entrevista à revista Fornecedores Hospitalares, La Forgia, que é o especialista líder em saúde do Banco Mundial, explica o que é possível fazer para reverter este quadro. Cylene Souza - csouza@itmidia.com.br

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Fornecedores Hospitalares: O livro “Desempenho Hospitalar no Brasil” aponta que, do total de recursos da saúde em 2006 (R$ 196 bilhões), 67% são destinados aos hospitais, quando a OCDE recomenda 55%. Destes, 30% são desperdiçados com internações desnecessárias. O que fazer para mudar esta cultura hospitalocêntrica e tornar os serviços hospitalares mais efetivos? Gerard La Forgia: O Sistema Único de Saúde (SUS) e os planos de saúde privados deveriam trabalhar juntos para promover uma maior coordenação entre hospitais e os prestadores de atenção ambulatorial. Muitas internações desnecessárias são realizadas devido à falta de resolutividade do sistema de atenção básica no Brasil. Muitos planos de saúde ainda precisam estruturar um sistema de referência, no qual o ponto de entrada do paciente no sistema seja um provedor de atenção básica. O SUS deveria estender a cobertura do seu Programa de Saúde da Família nas grandes cidades, assim como melhorar a qualidade dos serviços do programa.

La Forgia: A medida mais importante é vincular a remuneração dos hospitais ao desempenho. Alguns países criaram um sistema de “pagamento por qualidade”, no qual o pagamento está condicionado ao cumprimento de indicadores de qualidade, tais como a redução dos índices de infecção hospitalar. FH: Os indicadores do livro mostram que a mortalidade cirúrgica é três vezes maior em hospitais não-acreditados. Quais são os principais fatores e processos deficientes que levam a este resultado? La Forgia: A acreditação é um processo formal pelo qual os hospitais são avaliados por uma organização renomada e independente de acordo com padrões de atenção pré-determinados e divulgados. Os hospitais acreditados costumam ter recursos humanos, equipamentos e instalações adequadas, colocam em prática processos padronizados de tratamento baseados em evidências e coletam e analisam informações sobre desempenho de qualidade continuadamente. Hospitais não-acreditados, em geral, não têm estruturas, processos e informação para prestar atenção de

de rigor governamental na fiscalização da aplicação das normas e legislação já desenvolvidas no Brasil. Por exemplo, no livro mencionamos que em 1995 o Brasil adotou um sistema reconhecido internacionalmente para o diagnóstico, mensuração e rastreamento de infecções hospitalares. No entanto, apenas 17% dos hospitais adotavam esse sistema em 2003. FH: Considerando-se que o Brasil já possui um bom marco regulatório, que, teoricamente, seria suficiente para direcionar ações e garantir o acesso as serviços, o que fazer para que estas leis sejam cumpridas e ajudem a desenvolver o setor de saúde no País? La Forgia: O Brasil poderia fazer o que outros países têm feito. Hospitais não-licenciados não deveriam ter permissão para funcionar no mercado. Eles representam um risco para a segurança do paciente. O governo poderia criar um cronograma para que todos os hospitais cumprissem a regulação. Os hospitais que continuassem não cumprindo as normas poderiam ser fechados. Uma

“Mais de 60% dos hospitais brasileiros têm menos de 50 leitos, quando a literatura internacional sugere que o número ótimo para obter economia de escala é 150“ Gerard La Forgia, do Banco Mundial

Além disso, uma vez que as doenças crônicas constituem a maior carga de doença na população brasileira, o sistema de saúde deveria se reorganizar para ser capaz de prestar atendimento por meio de múltiplos provedores em uma rede integrada. FH: Que medidas devem ser tomadas para que a aplicação dos recursos em saúde seja mais efetiva e traga, de fato, melhor qualidade de vida para a população?

qualidade. Embora a acreditação por si só não represente garantia de boa qualidade, ela força o hospital a avaliar suas estruturas e seus processos de atendimento de acordo com padrões estabelecidos. FH: Por que os hospitais não conseguem ter bons controles de vigilância sanitária? É uma questão de negligência, falta de infra-estrutura ou problemas relacionados a processos? La Forgia: Acreditamos que o problema está na falta

solução alternativa é condicionar os pagamentos à conformidade com a regulação, aumentando assim o nível da remuneração paga aos hospitais que atendem aos padrões de funcionamento. FH: Por que os hospitais brasileiros são tão ineficientes em escala e produtividade, tanto no setor público quanto no privado? La Forgia: Foram identificadas três razões principais. Primeiro, a maioria dos hospitais é simplesmente

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Foto: divulgação

entrevista

LA FORGIA, DO BANCO MUNDIAL: Hospitais do SUS deveriam ser transformados em centros de referência para atendimento básico e diagnósticos ambulatoriais

muito pequena para garantir economia de escala na produção de serviços e no uso de tecnologia. Mais de 60% dos hospitais brasileiros têm menos de 50 leitos, quando a literatura internacional sugere que o número ótimo para um hospital obter uma economia de escala é entre 150 e 250 leitos. Segundo, muitos hospitais têm pessoal em excesso, especialmente no que diz respeito às funções de apoio. Em terceiro lugar, muitos hospitais são precariamente gerenciados e são pouco responsabilizados por resultados (obtidos ou não). Os gestores de hospitais públicos têm pouca autoridade para tomar decisões sobre os recursos (insumos) que utilizam e os gestores governamentais exigem muito pouco em termos de desempenho. No setor privado, a administração parece ser excessivamente informal em muitos hospitais e apenas uma pequena elite de instituições adota práticas modernas de gestão. Tanto no setor público quanto no privado há pouca pressão por melhorias de eficiência, seja por meio de contratos ou pela competição no mercado. FH: Por que os hospitais pequenos são mais ineficientes do que os de grande porte? Qual é o patamar mínimo para atingir a eficiência?

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La Forgia: Hospitais têm altos custos fixos relacionados com infra-estrutura e pessoal contratado. Em um hospital pequeno, estes custos vão consumir grande parte do orçamento ou da receita, porque eles recaem sobre um pequeno volume de serviços produzidos. Nos hospitais maiores, esses custos fixos recaem sobre um volume maior de serviços. FH: O que precisa mudar na forma de remuneração dos hospitais para que eles se preocupem mais com melhorias em seu desempenho e atendimento? O modelo de pagamento por pacotes é eficiente para conquistar este objetivo? La Forgia: É importante notar que não existe um mecanismo de remuneração perfeito para hospitais. Cada um tem vantagens e desvantagens. O Brasil foi um pioneiro no desenvolvimento do sistema de Autorização de Internação Hospitalar (AIH), que se baseia em procedimentos e tratamentos. No entanto, o sistema não está alinhado com os custos, a classificação dos procedimentos precisa ser atualizada e o sistema falha ao não possibilitar ajustes em função do risco, visto que ele não registra de maneira confiável e sistemática os diagnósticos secundários e co-morbididades. Além disso, um número cada vez maior de hospitais é remunerado por múltiplos mecanismos de pagamento (AIH, orçamento tradicional, orçamento global, pagamento por ato via tabelas negociadas com planos de saúde, etc.), que juntos diluem os incentivos de cada mecanismo para a melhoria da eficiência. Semelhante ao que outros países fizeram, o Brasil poderia converter gradualmente o sistema AIH em um mecanismo de pagamento por Grupos de Diagnósticos Relacionados (DRG). Os DRGs comprovadamente contribuem para melhorar a eficiência hospitalar. No longo prazo, recomendamos que tanto o SUS quanto os planos de saúde privados adotem mecanismos de pagamento similares (tais como DRGs) para eliminar os incentivos diluídos ou conflitantes decorrentes do uso simultâneo de sistemas múltiplos de pagamento. FH: Por que os sistemas de acreditação são tão pouco difundidos no Brasil? La Forgia: Nossa hipótese é que os pagadores (ex: SUS e os planos de saúde) não exigem a acreditação para que um hospital receba recursos. Em outras palavras, não existe incentivo econômico para que um hospital busque a acreditação. Os níveis de remuneração poderiam ser aumentados para hospitais acreditados ou diminuídos para hospitais não-acreditados. FH: A falta de informações no setor se deve a um temor de divulgar os dados ou à real falta de conhecimento sobre o que acontece no próprio hospital?

La Forgia: Na verdade, não falta informação no setor, o que falta é informação crítica e relevante. As entidades pagadoras geralmente não cobram resultados e, dessa forma, existe pouco incentivo para que os administradores de um hospital produzam informações confiáveis sobre eficiência, qualidade e custos. O governo não monitora, analisa e compara desempenhos de forma sistemática, o que impede o desenvolvimento de políticas públicas robustas sobre a melhoria do desempenho. Além disso, muitos administradores de hospitais, especialmente no setor público, têm muito pouca autonomia gerencial ou responsabilidade pelos resultados, logo, eles têm poucos incentivos para priorizar a coleta de informações confiáveis. Por fim, muitos sistemas de informação no setor hospitalar são desenhados de cima para baixo e para atender aos requisitos das instâncias centrais. Eles não são desenhados para constituírem ferramentas gerenciais que facilitem a administração. FH: Quais são os países referência no mapeamento e divulgação das informações? La Forgia: Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e Austrália são referências, especialmente em termo de informações sobre qualidade. FH: Por que a taxa de ocupação de leitos no SUS é tão baixa (37%)? Há um número excessivo de leitos no País? O que fazer para corrigir este problema? La Forgia: Achamos que a baixa taxa de ocupação dos leitos deve-se em parte ao excesso de leitos disponíveis em hospitais pequenos e de baixa complexidade, assim como a baixa demanda por atendimento nesses hospitais. A população percebe que muitos hospitais pequenos, onde a taxa de ocupação está abaixo de 30%, não oferecem a gama de serviços e a qualidade dos grandes hospitais. Muitos desses hospitais foram construídos nos primeiros anos do SUS para aumentar a rede de atenção. No entanto, acreditamos que demasiados hospitais de menor porte foram construídos oferecendo tratamento de baixa complexidade e, geralmente, com baixos níveis de qualidade. Muitos hospitais privados sem fins lucrativos foram construídos em uma época em que as redes viárias e de transportes eram menos desenvolvidas. Hoje em dia, as pessoas podem facilmente procurar diretamente atendimento em instituições maiores nos grandes centros urbanos. Assim como o Ministério da Saúde, achamos que muitos desses hospitais deveriam ser transformados em centros de referência para atendimento básico e de diagnóstico ambulatoriais. Sistemas de transporte sanitário e referência deveriam ser desenvolvidos para transportar, quando necessário, os pacientes para unidades onde pudessem receber atendimentos de maior complexidade.

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Crescer sem parar

e para todos os lados Com a projeção de chegar a 544 leitos, o grupo Nossa Senhora de Lourdes, localizado no Jabaquara, região centro-sul de São Paulo, deve investir R$ 145 milhões nos próximos três anos para o crescimento orgânico. Os projetos de ampliação devem posicioná-lo no mercado como uma opção completa de saúde, que não se restringe somente à assistência médica.

Fotos: Divulgação

Da redação / Colaborou Patrícia Santana – psantana@itmidia.com.br

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om 50 anos de existência, o grupo Nossa Senhora de Lourdes, do Jabaquara – região centro-sul de São Paulo, é composto por dez empresas coligadas e obteve um faturamento de R$ 180 milhões em 2007. O grupo é dividido em cinco frentes principais, que incluem o Hospital Nossa Senhora de Lourdes, Hospital da Criança, a operadora Saúde Medicol,

que atende 40 mil vidas, o Centro Diagnóstico e a Interlar, empresa de atendimento domiciliar. Mais do que isso, uma das estratégias administrativas foi criar empresas de sociedades anônimas independentes. “O objetivo desta estruturação das empresas coligadas é captar recursos chamando novos sócios para o grupo. Por exemplo, o hospital precisava comprar uma litotripsia ou uma máquina de

angiodinâmica. Comprá-las sozinho demandaria muito tempo e dinheiro. Então, chamamos médicos e abrimos sociedades. Havia um duplo interesse, tanto pelo trabalho e quanto pela sociedade”, explica o diretor geral do Grupo Fábio Sinisgalli. Com isso, surgiram o Centro de Medicina Integrada, que funciona como um ambulatório médico, no qual 50% dos recursos para a construção foram

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capitalizados pelo Nossa Senhora de Lourdes e outros 50% foram provenientes de médicos e equipes médicas; a Hospclean, que faz serviços internos e externos de lavanderia hospitalar; o Núcleo de Desenvolvimento Profissional; a Lithocenter, responsável pela litotripisia extracorpórea e a Angiodinâmica, que faz cineangiocoronariografia. “Isso fez crescer muito o movimento do grupo, porque por meio destas sociedades os médicos que eram de outras instituições começaram a drenar os serviços para o hospital, já que aqui eles eram sócios e não apenas prestadores de serviços”, pontua Sinisgalli. De acordo com o executivo, o hospital Nossa Senhora de Lourdes participa do capital acionário de todas as outras nove empresas do grupo. “Ele funciona como se fosse um holding. Então, o conselho administrativo é formado por um representante de cada companhia e dá as diretrizes para o grupo inteiro”, relata. Com uma projeção de faturamento de R$ 200 milhões em 2008, o grupo iniciou em 2006 um projeto de crescimento estrutural do Hospital Nossa Senhora de Lourdes e do Hospital da Criança, no qual haverá a construção de novos prédios e ambientes. Algumas etapas do plano serão concluídas no segundo semestre deste ano. “Estamos projetados para os próximos três anos, com a expansão do Hospital Nossa Senhora de Lourdes e um faturamento de R$ 300 milhões, sem contar com o crescimento do Hospital da Criança”, antecipa Sinisgalli. Diante de uma taxa de ocupação de 85% do Hospital Nossa Senhora de Lourdes e de 92% do Hospital da Criança, o grupo notou que era preciso progredir de forma alinhada ao crescimento da demanda da própria região em que está localizado. “Não conseguimos absorver cerca de 80 pacientes por mês por falta de estrutura”, calcula o diretor do Grupo. Assim, o projeto de ampliação consiste em quatro grandes etapas. A primeira, que será concluída ainda neste ano, é a ampliação da área do Hospital Nossa Senhora de Lourdes. A segunda, que tem um prazo de conclusão previsto para 2009, é o aumento do Hospital da Criança. Em seguida, será iniciado o Hospital da Saúde, que funcionará como uma espécie de shopping da saúde, com previsão de término em 2010. E, por fim, haverá um investimento em um novo hospital, cujos detalhes ainda não foram definidos, que será concluído em 2011. Para cima... O Hospital Nossa Senhora de Lourdes tinha 11 mil metros quadrados. Agora, com a expansão concluída no próximo mês, a instituição terá mais 12 mil metros quadrados, que correspondem ao prédio

novo que foi levantado ao lado do que já existia. Portanto, a capacidade do hospital dobrou. “No prédio antigo serão construídos mais dois pavimentos acima e ele também está sendo reformado dentro dos moldes do prédio novo”, conta Sinisgalli. A principal mudança com a ampliação será que os 14 boxes de quimioterapia serão transformados em um pavimento totalmente voltado para oncologia, com quimioterapia e radioterapia. “Trouxemos três grupos conceituados de oncologia - um do Hospital Israelita Albert Einstein, outro do A.C. Camargo e outro de Campinas – que construirão um serviço próprio aqui, como uma empresa”, revela. Com conclusão prevista para setembro deste ano, há uma estimativa de atendimento de 60 pacientes por mês. “Neste pavimento, o investimento do hospital foi de R$ 2 milhões na área física e o grupo de investidores entrou com um aporte de US$ 1,2 milhão em tecnologia e equipamento”, informa o diretor-geral.

Mais do que isso, o hospital contará também com um pavimento de hemodinâmica, que terá dois novos equipamentos. Uma outra mudança estrutural é que, com a ampliação, o pronto-socorro será integrado com a área de imaginologia. “O paciente pode ser atendido e ir diretamente para um exame de raios x, sem precisar sair do pavimento em que está”, conclui Sinisgalli. O hospital contará com um centro cirúrgico composto por 16 salas, sendo duas inteligentes, nas quais todos os equipamentos estão ligados por computadores e a intensidade de luz e movimentação é feita por comando de voz. Em todas as salas a aparelhagem está suspensa - não há nada no chão. “O investimento nesta estrutura é de US$ 1,2 milhão em equipamentos e, na infra-estrutura, aplicamos mais R$ 1,5 milhão”, conta. Uma nova cultura trazida do modelo norte-americano é a instalação de uma central da família, na qual há um posto de enfermagem, que vai ficar

O grupo em números

19,2 mil metros quadrados de terreno 32,8 mil metros quadrados de área construída 1,5

mil colaboradores diretos

2,3

mil médicos cadastrados

340 leitos, sendo 71 UTI´s 210 mil consultas/ano no pronto-socorro 150 mil consultas/ ano no ambulatório médico 13 mil internações/ano

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...E para os lados O grupo também tem um projeto de criação de um novo prédio de hospital, ainda sem definições no que diz respeito a tamanho ou estrutura. Mas “será uma expansão do Hospital Nossa Senhora de Lourdes, porém com especializações. Então, a idéia é especializar cada pavimento com uma patologia diferente”, antecipa Sinisgalli. Como este projeto está previsto para ter início em 2010 e conclusão em 2011, o detalhamento ainda será consolidado em um plano diretor. Mas a idéia é permanecer na região do Jabaquara. “Há uma grande densidade demográfica na região, pois estamos na porta do ABCD, Interlagos e Moema. Mais do que isso, já somos referência nacional”, defende o diretor, referindo-se ao Hospital da Criança.

Ampliando os horizontes De uma forma geral, a grande missão do grupo é promover a saúde das pessoas. Assim, segundo Sinisgalli, a instituição não se restringe à assistência hospitalar. Por isso, existem os serviços de homecare, atendimento dentro das empresas e outras atividades que ampliam o portfólio do grupo. Acompanhando esta filosofia, o grupo investirá no próximo ano em um projeto denominado Edifício da Saúde, que também está localizado nas proximidades do Hospital Nossa Senhora de Lourdes. Em dez pavimentos, o local funcionará como uma espécie de shopping da saúde. “Será feita uma parceria forte com o Fleury, para uma estrutura de check-up. A partir desta estrutura, vamos fazer promoção e prevenção, que varia desde orientação à saúde dos pacientes e check-up até o acompanhamento do tratamento dentro de uma academia de ginástica e fisioterapia”, explica Sinisgalli. Nos andares, haverá salas onde será feito o check-up, lojas de materiais que envolvam a saúde de alguma forma, restaurante, auditório para 150 lugares, beauty center – com cabeleireiro e manicure, e ala de convivência para idosos, com mesas de jogos, salas de estar, refeição e sala de aula. No entanto, Sinisgali sinaliza que o grupo não vai sair do core business, que é a assistência médicohospitalar. Todos os serviços serão realizados por meio de parcerias com instituições renomadas dentro de cada especialidade. “A academia voltada para a área médica será construída junto a um grande parceiro do segmento. A idéia é que uma pessoa, por exemplo, que precisa fazer um tratamento cardiológico, seja acompanhada na academia três vezes por semana, com o médico ou nutricionista ou profissional mais adequado para a situação. Estamos fechando parceria com o grupo Viena, para prestar o serviço de restaurante”, diz. Um cofrinho gordo O crescimento estrutural do grupo será de quase três vezes nos próximos três anos. E a pergunta que fica é: De onde vem o dinheiro para crescer de forma tão rápida e avassaladora? A resposta é: Fundo de Investimento Imobiliário. Em 1998, para a construção do Hospital da Criança, o NSL abriu um Fundo Imobiliário para captar R$ 20 milhões. “O grupo disponibiliza o hospital para um fundo, que é dividido em cotas para comercialização. O investidor compra quantas cotas quiser e o fundo imobiliário tem como inquilino o hospital, com um contrato de 20 anos, renováveis pelo mesmo período”, explica. O Grupo Nossa Se-

nhora de Lourdes lançou o fundo do Hospital da Criança a 1,3% de rendimento ao mês. De acordo com a avaliação do NSL, a ampliação do Hospital Nossa Senhora de Lourdes está cotada em R$ 88 milhões, que já foram divididos em três tranches de R$ 30 milhões, R$ 30 milhões e R$ 28 milhões. “A primeira parte deste fundo, lançada em 2006, foi vendida em um dia. Então, capitalizamos R$ 30 milhões em um único dia”, enfatiza Sinisgalli. Para a ampliação do Hospital da Criança, será feita uma capitalização de R$ 15 milhões dentro do Fundo Imobiliário que foi aberto em 1998. O Edifício da Saúde tem um orçamento de R$ 9 milhões, porque não tem infra-estrutura hospitalar, logo é mais simples. De acordo com Sinisgalli, ao todo serão R$ 145 milhões de investimentos nos próximos três anos, pois alguns fundos estão sendo vendidos com ágio. “Dos R$ 88 milhões que precisamos para o projeto do Hospital Nossa Senhora de Lourdes, vamos conseguir R$ 120 milhões com o ágio. O caminho nós temos, basta ter fôlego para implementar cada um dos projetos”, conclui Sinisgalli.

Foto: Alisson Louback

on-line com o centro cirúrgico e com as Unidades de Terapia Intensiva (UTI), para que a família acompanhe passo-a-passo o procedimento médico, sem precisar estar na sala cirúrgica. “Esta área será concluída em 2009. Será disponibilizada vídeoconferência para a família conversar com o médico assim que terminada a cirurgia, haverá salas para conversar individualmente com os médicos e para dar orientação e treinamento aos familiares para lidar com pacientes com determinadas patologias (procedimentos, cuidados, alimentação), ofereceremos acesso à internet, biblioteca, revistas e jornais”, antecipa o executivo. Na entrada do hospital já estão sendo implantadas lojas de conveniência ligadas a saúde e uma capela. “A entrada é um grande lobby de hotel e não tem a aparência hospitalar. Com as reformas dos dois hospitais concluídas, vamos chegar a 544 leitos”, diz. Um outro passo será a ampliação do Hospital da Criança, que tem 5, 5 mil metros quadrados de área construída e está projetado para crescer em mais 2,5 mil metros quadrados. Hoje com 121 leitos, o hospital passará a ter 180 leitos. “O Hospital da Criança tem um túnel que o liga ao Hospital Nossa Senhora de Lourdes, portanto toda a estrutura de diagnóstico que um hospital tem, o outro também tem. Com isso, conseguimos otimizar os recursos e inclusive parte de cozinha, estoque, farmácia e compras. A ampliação consistirá em aumentar para mais dez quartos por pavimento”, conta Sinisgalli. Nos mesmos moldes estruturais do Hospital Nossa Senhora de Lourdes, o Hospital da Criança terá capela, lojas, restaurante e uma ampliação da capacidade de estacionamento.

Fábio sinisgalli, do nossa senhora de lourdes: “Pólo de saúde” viabilizado por Fundos de Investimento Imobiliário

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Realidades opostas

Opiniões Foto: Kelsen Fernandes

Enquanto o País acompanhava em estado de choque as mortes de 20 bebês e, finalmente, a exoneração do diretor da Santa Casa de Misericórdia do Pará, no setor privado, o motivo era de comemoração. No Rio de Janeiro, em São Paulo e em Curitiba, três hospitais tinham seus processos e práticas certificados. No Rio, a Casa de Saúde São José, já certificada com excelência pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), deu início à acreditação canadense e, na área pública, os hospitais do Câncer III e IV, do Instituto Nacional do Câncer (Inca) recebem a certificação da Joint Commission International. Em São Paulo, foi o Hospital São Camilo Pompéia que conquistou o nível 3 da ONA. E, no Paraná, o Vita Curitiba conquista a acreditação canadense. Confi ra!

Mais saúde, menos impostos

CYLENE SOUZA: Editora da Unidade Setores e Negócios/Saúde csouza@itmidia.com.br

Participe você também e comente sobre estes e outros temas em: www.saudebusinessweb.com.br * A repórter Katia Cecotosti está em licença maternidade e volta na edição de dezembro.

Webcast Entrevista DNV lança acreditação hospitalar norte-americana no Brasil Confi ra a entrevista do diretor comercial da DNV para o Brasil, Otílio Ferreira Filho, e do coordenador da indústria de saúde para a América do Sul, Luiz Carlos Marzano, sobre o funcionamento da nova metodologia norteamericana de acreditação hospitalar. Assista outras entrevistas e o programa semanal Saúde no AR www.saudebusinessweb.com.br

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Em artigo, o presidente da Associação Paulista de Medicina, Jorge Curi, defende a aprovação da EC 29 sem a vinculação de um novo imposto

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Basta à abertura indiscriminada de escolas médicas O presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Antônio Carlos Lopes, conta que, em seis anos, o número de escolas de medicina cresceu 40%

Amil adquire Hospital de Clínicas de Brasília por R$ 8,5 milhões

Opinião: Tecnologia da Informação em Saúde Suplementar

Ministério da Saúde vai realizar concurso público

Samcil investirá R$ 30 milhões em aquisições

Confira as notícias que movimentam a Feira Hospitalar 2008

Artigo: Reflexões e Perspectivas sobre hotelaria hospitalar

DNV terá acreditação hospitalar

Mudanças na Avimed

Hospitais em São Paulo oferecem 600 vagas para área de enfermagem

Leia e discuta com nossos colunistas

Quem precisa de células-tronco? O responsável pela área de Biologia Molecular do DASA, Marcelo Malaghini, avalia que a liberação das pesquisas permitirá que o Brasil ingresse de forma mais contundente no grupo de países que desenvolve projetos nessa área.

Campinas tem novo complexo hospitalar

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A voz dos leitores Dê sua opinião em nossa enquete on-line e confira o resultado aqui. Toda semana um novo tema.

Na sua opinião, o que é essencial para manter um bom nível de atendimento dentro dos hospitais? Negociação e alinhamento com prestadores de serviços 3,03% Criação de indicadores de qualidade

Estimular colaboradores por meio de premiações e benefícios

12,12% Gestão profissionalizada e mensuração de desempenho

12,12% Gestão baseada em uma metodologia de administração

6,06% Obtenção de acreditações nacionais e internacionais

6,06%

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48,48% Uso de sistemas de gestão clínicas e triagem de pacientes dentro das urgências

3,03% Investimento em tecnologia de ponta

9,09%

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Ministério da Saúde vai realizar concurso público O Ministério da Saúde realizará concurso público para preencher 1,5 mil vagas de trabalho. Neste mês, serão publicados dois editais: um para cargos efetivos de agente administrativo, com 1 mil vagas para nível médio, e outro para cargos temporários, com 500 vagas. As seleções têm por objetivo repor o quadro de pessoal do ministério, devido à aposentadoria dos servidores, além de substituir os terceirizados. A faixa salarial varia com o cargo. Para os funcionários de nível médio, o salário será

de R$ 1.910,00. Para as demais, haverá salários de R$ 3;800,00, de R$ 6.100,00 e de R$ 8.300,00. A seleção será feita por provas e títulos e o contrato terá duração de três a cinco anos. O número de vagas por faixa salarial ainda será definido. Serão contratados profissionais em administração de empresas, contabilidade, arquivologia, biblioteconomia, direito e áreas da saúde. Haverá, também, vagas destinadas para qualquer formação em nível superior.

Hospitais em São Paulo oferecem

Blogs Leia e discuta com nossos blogueiros os assuntos mais quentes do mês

Claudia Goulart Medicina Diagnóstica: por que o acesso é restrito? Claudia Goulart é presidente da GE Healthcare para a América Latina Adrianos Loverdos Dias melhores virão Adrianos Loverdos é diretor técnico da B&B Auditoria Médica Pedro Fazio 10 anos de regulação e uma nova gestão Pedro Fazio é economista e diretor da Fazio Consultoria

600 vagas para área de enfermagem A Secretaria de Estado da Saúde vai oferecer 600 vagas em 40 hospitais e unidades de saúde estaduais na área de enfermagem. Cerca de 517 vagas são para auxiliar de enfermagem e 83 para enfermeiros. Os editais com a abertura do processo de inscrições serão publicados a partir de julho no Diário Oficial do Estado. Os salários são de R$ 1.030,00 para au-

xiliar de enfermagem e R$ 2.156,08 para enfermeiro (incluindo o Prêmio de Incentivo), com jornada de 30 horas semanais. Há pagamento de adicionais por plantão de 12 horas, com limite de até 10 horas por mês - R$ 197,10 para enfermeiros e R$ 127,08 para auxiliares. Alguns hospitais oferecem gratificações extras, dependendo da localização.

João Carlos Bross Visitar Hospitais - Ajuda ou Complica? João Carlos Bross é arquiteto e presidente da Bross Consultoria e Arquitetura

Ildo Meyer Ter credibilidade é ter trono Ildo Meyer é palestrante motivacional e médico com especialização em anestesiologia e pós-graduação em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter. Marília Ehl Barbosa O desafio do reajuste Marilia Ehl Barbosa é presidente da UNIDAS – União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde.

Imagem: Able Stock

Roberto Latini Globalização, Nacionalismo e Marcos Regulatórios Roberto Latini é diretor da Latini & Associados

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FMUSP inaugura laboratório de genômica pediátrica

Imagem: Able Stock

A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) conta com um novo Laboratório de Genômica Pediátrica. A unidade será destinada ao ensino e pesquisa, além de poder trazer novos fundamentos para a assistência realizada no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas. O projeto prevê fundamentos para o atendimento das chamadas doenças pediátricas complexas, como asma brônquica, lúpus e obesidade. O objetivo é melhorar a qualidade de vida dessas crianças, por meio da análise do histórico familiar e das condições de saúde, aliada ao estudo das características genéticas e sociais, para que elas possam ter uma vida ainda mais longa. Além disso, os pesquisadores pretendem estudar marcadores genéticos estruturais e funcionais que possam levar à identificação precoce de crianças com maior risco para essas doenças.

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O Hospital Vita Curitiba, localizado no Paraná, recebeu o certificado de Acreditação Internacional Canadense, conferido pelo Canadian Council on Health Services (CCHSA). A instituição passou por processo de avaliação de oito meses, que foi encerrado em fevereiro deste ano. Além do hospital paranaense, outros três obtiveram a acreditação: Santa Catarina, de São Paulo, BarraD’Or e Quinta D’Or, do Rio. De acordo com o Vita Curitiba, a metodologia canadense tem um caráter educativo, , sem finalidade de fiscalização ou controle oficial. Na rede privada, também buscam a acreditação canadense o Santa Helena, de Santo André, Hospital de Olhos, em Belo Horizonte, Vila da Serra, em Minas Gerais, e 9 de Julho, em São Paulo.

Foto: Divulgação

Vita Curitiba conquista acreditação canadense

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Casa de Saúde São José inicia acreditação canadense

Foto: Divulgação

A Casa de Saúde São José, do Rio de Janeiro, inicia neste mês o processo para adquirir uma acreditação internacional. A expectativa da instituição é garantir uma otimização segurança, organização e interação nos processos, com excelência. A metodologia escolhida foi a desenvolvida pelo Conselho Canadense de Acreditação de Serviços de Saúde (Canadian Council on Health Services Accreditation - CCHSA), que é aplicada no Brasil pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG). O conceito desta acreditação é avaliar a excelência em gestão e, principalmente, a assistência segura ao paciente. Serão avaliadas durante o processo, principalmente, as áreas que incluem: prestação de serviços e cuidados ao cliente paciente, práticas de informação gerencial, desenvolvimento e gerenciamento de Recursos Humanos, controle da organização e gerenciamento do meio ambiente.

São Camilo Pompéia conquista Acreditação

em Excelência

Foto: Divulgação

O Hospital e Maternidade São Camilo Pompéia acaba de conquistar o Certificado de Acreditação com Excelência - nível 3, concedido pela ONA (Organização Nacional de Acreditação). Para a direção administrativa do hospital, esta conquista reconhece o trabalho que a instituição tem desenvolvido, no sentido de oferecer atendimento médico hospitalar de altíssima qualidade à população. Recentemente, a instituição reviu sua visão de futuro, definindo também seu Mapa Estratégico com a implantação do Balanced Scorecard BSC. Dessa forma, todos os colaboradores estão voltados à mesma visão de futuro permitindo seu gerenciamento de forma sistemática. Já visando a conquista da acreditação, em março, a rede São Camilo investiu R$ 2,5 milhões em na integração de TI das unidades Santana, Pompéia e Ipiranga; e, em maio, a unidade Pompéia ganhou um novo laboratório de análises clínicas, com 132 metros quadrados.

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Novidades no Hospital do Câncer de Barretos

Foto: Divulgação

No final do mês de junho, o Hospital do Câncer de Barretos anunciou a construção de um novo centro de prevenção, focado em câncer de mama. O prédio receberá investimentos de R$ 6 milhões do Instituto Avon, terá 7,2 mil metros quadrados e infra-estrutura para exames clínicos, mamografia, ultra-som e biópsia, suporte para pesquisa e tele-medicina, e auditório para seminários. O projeto inclui ainda a ampliação do serviço de rastreamento mamográfico na população feminina da região, que envolverá também unidades móveis de mamografia. O rastreamento vai abranger cerca de 71 municípios da região de Barretos, São José do Rio Preto e Catanduva, atingindo aproximadamente 118

mil mulheres na faixa dos 40 aos 69 anos. O centro de prevenção receberá o nome da cantora Ivete Sangalo e deverá ser entregue em 2010. Outra novidade é a parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein para a troca de informações sobre oncologia. O objetivo da iniciativa é aprimorar o atendimento em oncologia, por meio do desenvolvimento de programas de pesquisa, troca de experiências e ainda promoção de ações conjuntas que contribuam para a conscientização da população sobre a prevenção do câncer em diversas regiões do Estado de São Paulo. O Hospital do Câncer de Barretos realiza 2400 atendimentos por dia, sendo 97% por meio do Sistema Único de Saúde.

Atendimento pré-hospitalar reduz o custo do tratamento de infarto O atendimento pré-hospitalar em casos de infarto do miocárdio agudo pode aumentar a expectativa de vida dos pacientes e diminuir custo do tratamento. A conclusão é resultado da pesquisa realizada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) em parceria com o Instituto Nacional de Cardiologia. A pesquisa foi coordenada pelo cardiologista Denizar Vianna Araújo. De acordo com o estudo, a utilização de fibrinolítico nas ambulâncias durante o atendimento pré-hospitalar reduz o custo do tratamento do infarto por pacientes em R$ 176, quando comparado com o tratamento padrão. Além disso, a antecipação do atendimento também aumenta a expectativa do paciente. Segundo os pesquisadores, cada minuto que se perde nas três primeiras horas desde o início dos sintomas representa 11 dias a menos na expectativa de vida dos pacientes. No Brasil, o infarto é responsável por 27% dos óbitos, perdendo apenas para traumas e acidentes. No último ano, o ataque cardíaco causou 83 mil mortes e um gasto de R$ 500 milhões para o sistema público de saúde. Somente a cidade de Diadema, em São Paulo, tem o atendimento pré-hospitalar implantado no Samu. A expectativa dos pesquisadores é que, com o resultado das pesquisas, mais cidades implantem a medida.

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Foto: Divulgação

Diretor da Santa Casa do Pará pede exoneração

Hospital Bandeirantes investe R$ 45 milhões em expansão O Hospital Bandeirantes, de São Paulo, já entra na fase final de sua expansão. Com previsão de entrega para maio do próximo ano e investimentos de R$ 45 milhões, o novo prédio da instituição vai permitir o aumento do volume de atendimento. A construção do novo espaço, com 14 mil metros quadrados, vai ampliar o número de leitos do hospital de 174 para 300. A expectativa é que o atendimento no pronto-socorro passe de 5 mil para 7 mil atendimentos mensais, e no ambula-

tório passe de 4 mil para 6 mil. A área também vai abrigar os serviços de ressonância magnética e de medicina nuclear, além de um estacionamento com 120 vagas. Visando a preservação dos recursos naturais e a economia, o prédio do Hospital Bandeirantes terá um sistema de captação e filtragem de água, que deverá reduzir em 40% o consumo, promovendo o reaproveitamento da água proveniente de torneiras e chuveiros na descarga de bacias sanitárias.

Hospitais do INCA serão certificados pela Joint Commission International Os hospitais do Câncer III e IV, ambos do Inca (Instituto Nacional do Câncer), receberam a certificação da Joint Commission International ( JCI). A cerimônia de entrega será realizada pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), que re-

presenta no Brasil a entidade. As unidades do INCA agora fazem parte da rede de instituições em todo o mundo, que se compromete a utilizar padrões de gerenciamento e qualidade internacionalmente reconhecidos como ótimos e acessíveis.

Depois da morte de 20 bebês em 12 dias, o diretor da Santa Casa de Misericórdia do Pará, Anselmo Bentes, pediu exoneração do cargo no dia 28 de junho. A decisão do médico foi aceita pela governadora Ana Júlia Carepa. A comissão interprofissional da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), presidida pela secretária Laura Rossetti, e a comissão da Câmara Setorial de Políticas Sociais, coordenada pela médica Silvia Cumarura assumem a direção do hospital interinamente. Inicialmente, a Secretaria contratará vinte leitos de hospitais particulares para desafogar o atendimento neonatal na Santa Casa. A expectativa é que esses leitos sejam disponibilizados até a próxima semana. Técnicos do Ministério da Saúde irão apurar as mortes que ocorreram no hospital.

Vila Nova Cachoeirinha

amplia serviços O Hospital e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha anunciou que irá expandir seus serviços, com o objetivo de ser um complexo hospitalar da mulher. O primeiro passo será a abertura dos sete leitos de UTI adulto, inaugurados hoje. O hospital também passará a oferecer as seguintes especialidades: reprodução humana, medicina fetal, uroginecologia, climatério e oncologia clínica (pélvica e mamária). O Vila Nova Cachoeirinha também passa a contar com um núcleo de diagnóstico por imagem, que entregará os resultados de exames em no máximo 12 horas. Entre os novos procedimentos, a fertilização in vitro será realizada de forma inteiramente gratuita para a paciente e, em Oncologia, a instituição terá seu próprio serviço de quimioterapia e irá adquirir um aparelho de radioterapia intra-operatória.

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reportagem de capa

Fotos: Divulgação

Para equilibrar a composição das receitas hospitalares, instituições brasileiras têm procurado oferecer serviços complementares e novas especialidades médicas e paramédicas. Com esta estratégia, os hospitais, seguindo tendência mundial, conseguem ir além das internações e conquistar uma importante fonte de receita, além de fidelizar clientes com uma gama mais ampla de serviços. Analice Bonatto – editorialsaude@itmidia.com.br

Imagem: Able Stock

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REPORTAGEM DE CAPA

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om a redução do tempo de internação e o congelamento de reajustes, os hospitais precisam ser cada vez mais criativos para garantir o equilíbrio financeiro. A solução tem passado por alternativas como o desenvolvimento de atividades de ensino e pesquisa, a abertura de serviços diagnósticos e de check-up e a oferta de novos serviços e especialidades. Quem ajuda a definir as novas ofertas é o próprio paciente, que indica suas demandas. Segundo o diretor da Fazio Consultoria, Pedro Fazio, um novo serviço começa a ser utilizado pelos hospitais, direcionado ao paciente pós-alta. Trata-se de um método de avaliar a satisfação do usuário para identificar eventuais melhorias que fazem diferença nos serviços prestados. “Este procedimento, até então utilizado como pesquisa de satisfação, ganha novos contornos e permite a produção de outros indicadores de qualidade”, avalia. Segundo ele, este trabalho é fundamental, pois, na internação, o paciente recebe toda atenção e conforto oferecidos no ambiente hospitalar, o que é radicalmente suspenso quando ele recebe alta médica. “Dessa forma, após a alta, é feito um contato com o paciente no qual são verificados itens direcionados à estrutura e serviço hospitalar para o médico e para a operadora de saúde”, explica o consultor. Em Caxias do Sul (RS), o Hospital Fátima já segue esta

PEDRO FAZIO, DA FAZIO CONSULTORIA: Pesquisas permitem a produção de novos indicadores e ajuda a definir novas ofertas

tendência e oferece serviços complementares. O hospital tem como um de seus objetivos reforçar os vínculos com os pacientes, visando a comodidade do usuário. O hospital se destaca nos formatos assistenciais que ampliam a confiança entre hospital e paciente. Para tanto, são oferecidos, entre outros serviços, a coleta de exames em domicílio, aplicação de quimioterápicos e assistência domiciliar. O Fátima apostou na última modalidade para manter o vínculo com o paciente até mesmo fora do hospital. “Essa é uma modalidade de atendimento em que podemos oferecer ao paciente todo o cuidado em saúde no conforto de sua casa, com a visita de médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e outros profissionais da saúde”, explica diretora executiva de serviços de saúde do Grupo Fátima, Cleciane Simsen. Já a aplicação de quimioterápicos é realizada em espaço destinado exclusivamente para este fim. “Atualmente, o setor de oncologia atende à demanda de pacientes em tratamento de câncer em horários agendados e de modo personalizado”, ressalta Cleciane. O Hospital Fátima também oferece a coleta de exames em domicílio. “É outra fonte facilitadora do cuidado e atenção ao paciente, revertida em vantagens que se traduzem em maior privacidade. O paciente pode usar a sua própria roupa, ter maior controle e segurança física, pelo fato de estar em ambiente familiar. Em casa, também é possível comer adequadamente, com alimentos preparados sob orientação profissional”, avalia a diretora. Fazio ressalta que todas essas informações devem ser analisadas e trabalhadas para uma evolução conjunta, cujo valor agregado beneficia todo o segmento da saúde suplementar. Para ele, direcionar-se ao paciente pós-alta é uma importante mudança de postura, em que os agentes envolvidos na atenção à saúde atuam de forma sistematizada, gerando qualidade de serviço ao usuário, com indicadores para melhorar os investimentos dos recursos da saúde suplementar. Em Pernambuco, o Grupo D’Or já percebeu esta mudança. “Melhoramos ainda mais a qualidade do atendimento”, sintetiza o diretor comercial corporativo, Geraldo Mattos. Em Pernambuco, o Grupo é formado pelos hospi-

tais Esperança e São Marcos, ambos em Recife, e Prontolinda, em Olinda. Hoje, o grupo conta com o Núcleo de Medicina do Viajante (que tem por objetivo prevenir possíveis riscos à saúde do turista por conta da exposição a agentes adversos), Exame Admissional, Exame Periódico e Clube da Melhor Idade. “Estes serviços, além de receita nova, podem ser considerados uma forma de fidelizar o paciente ao hospital”, avalia Mattos. Embora não tenha sido criado com a finalidade de ser uma nova fonte de receita ao Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), o Espaço Clínico do hospital, localizado em um shopping da capital gaúcha, aumentou a percepção de valor por parte dos usuários. “O Espaço não foi criado para isso, mas se torna uma fonte de receita do hospital, na medida em que é um produto que agrega valor ao negócio”, avalia a gerente do Espaço Clínico do Hospital Moinhos de Vento Iguatemi, Daniela Pontes. O espaço tem como um de seus objetivos trabalhar na prevenção de doenças. O serviço tem 2.310 metros quadrados, conta com uma equipe de 195 profissionais e oferece núcleos de especialidades médicas, como geriatria e gerontologia, otorrinolaringologia e cirurgia plástica. “Os núcleos atendem os clientes de forma integral e reforçam o conceito de conveniência, isto é, em um único local podem ser realizadas consultas, diagnósticos, tratamentos e pequenas cirurgias”, diz a gerente. O espaço oferece também atendimento multidisciplinar e integral para a mulher, o homem, o adolescente e a terceira idade; tratamentos de Refluxo e Constipação Intestinal; de Respiração, Ronco e Apnéia; Cefaléia e Neurovascular. Também são mantidos os serviços de diagnóstico, especialmente exames cardiológicos e de imagem, inclusive na área odontológica, além dos Núcleos de Vacinas e de Saúde Bucal e uma estrutura de apoio à saúde com fonoaudiologia, nutrição, gerenciamento de estresse, cessação do tabagismo e fisioterapia, entre outros. Com estes programas, o Espaço Clínico do Hospital Moinhos de Vento Iguatemi também fica mais próximo das empresas, fidelizando o usuário. “Dessa forma, temos acesso direto a elas”, diz Daniela Pontes, ressaltando que o hospital pode desenhar produtos sob medida para os funcionários da empresa.

“Espaço Clínico se torna uma fonte de receita do hospital, na medida em que é um produto que agrega valor ao negócio“ Daniela Pontes, do Hospital Moinhos de Vento

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Acolhimento e tecnologia de ponta Baseado no conceito de promoção da saúde e buscando ser um centro de referência de conhecimento, o Hospital Sírio-Libanês criou o Centro de Acompanhamento da Saúde e Check-up, onde se busca a avaliação da saúde global do indivíduo, as peculiaridades de seu estilo de vida e o conhecimento dos fatores de risco mais comuns para cada idade. O programa prevê que após a realização do Check-up, os médicos envolvidos neste atendimento entrem em contato com o cliente, para avaliar a evolução dos cuidados recomendados, sabendo que é importante que ele se sinta acolhido e acompanhado de fato. “Além disso, por meio destes resultados, o cliente pode ser assessorado pelos médicos em qualquer parte do mundo”, explica a superintendente comercial e marketing do Hospital Sírio-Libanês, Deise de Almeida. Outra vantagem é poder contar com o acesso imediato ao atendimento hospitalar de emergência e a integração com os Núcleos de Excelência, que são formados por especialistas em Cardiologia, Tórax, Urologia, Mastologia e Oncologia.

Segundo a superintendente, o resultado do Centro de Acompanhamento da Saúde e Check-up no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2008, revela alta da receita dos serviços de 150% . O número de empresas contratantes também saltou de 30 para 127. O novo serviço é parte do plano de expansão do hospital, que deve prosseguir até 2012, com um total de investimentos de R$ 350 milhões. O projeto contempla um novo prédio com 55 mil metros quadrados, que ampliará a capacidade de internação do hospital em aproximadamente 600 leitos; nova infra-estrutura e ampliação das áreas de Pronto Atendimento; Centro Diagnóstico; Centro Cirúrgico e UTI, como também reformas das áreas de internação dos blocos B e C. Com isso, o Sírio-Libanês também busca resolver um dos desafios de qualquer instituição: atrair novos clientes e mantê-los. “O HSL é filantrópico, mas precisa ter sustentabilidade para desenvolver ações integradas de assistência social, saúde, ensino e pesquisa”, observa Deise.

Novos métodos de diagnóstico e de tratamento Em Curitiba (PR), os serviços complementares no Hospital Santa Cruz aumentaram em mais de 100% o fluxo de pessoas e, por conseqüência, uma parcela significativa do faturamento, segundo o diretor administrativo Alexandre de Oliveira Franco. A instituição tem investido no conceito de medicina preventiva. Desde 2005, o hospital oferece o check-up e conta com um centro de diagnóstico por imagens. “Buscamos aliar a tecnologia ao que há de mais moderno em tratamento. Acabamos de inaugurar o Centro de Medicina do Assoalho Pélvico, em que atendemos a saúde da mulher com toda a atenção necessária”, ressalta o diretor. O Hospital lançou a Sala Personnage, em que executivos expatriados e familiares recebem atendimento em sua língua de origem; e investiu ainda na alta complexidade focando em áreas que precisam do respaldo de serviços complementares e que hoje podem ser feitos dentro do hospital. “A idéia é otimizar os nossos serviços e atender os clientes da melhor forma. Hoje, esses serviços representam uma

Preocupação antiga

HOSPITAL FÁTIMA: Coleta de exames em domicílio, aplicação de quimioterápicos e assistência domiciliar

O tema receita hospitalar é preocupação constante dos hospitais, desde o início de suas atividades no Brasil, diz o presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Eduardo de Oliveira. “No passado, assemelhava-se a uma hospedaria. Ou seja, doentes hóspedes com longo tempo de permanência e pacientes em recuperação no pós-guerra, não raro, ficavam mais de um ano internados”. Segundo Oliveira, com a evolução da medicina, multiplicaram-se os métodos de diagnóstico e de tratamento. Além disso, a estrutura física dos leitos hospitalares sofreu alterações, melhorias como camas automáticas, robotização, revisão de todos os processos de circulações e ainda grande preocupação na queda dos índices de infecção, entre outros fatores que aumentaram custos. “No Brasil, na medida em que estes processos ocorreram (décadas de 60, 70, 80 e 90), o valor da diária hospitalar não acompanhou a evolução e foi ficando abaixo do seu custo, sendo necessário agregar-se valor a esta diária (cama, rouparia, quatro a cinco refeições, enfermagem, etc.), advindos das margens dos Serviços de Apoio ao Diagnóstico e Terapia (SADTs), materiais e medicamentos e, no passado, algum percentual do honorário médico. Isso explica porque um paciente crônico causa prejuízo e um caso grave com permanência de três a quatro dias é mais rentável”, diz o presidente.

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REPORTAGEM DE CAPA

fatia considerável da receita do hospital, embora ainda haja espaço para crescimento”, diz o administrador. NOVOS SERVIÇOS E RELACIONAMENTO COM O MERCADO “Um hospital que lida com alta complexidade sempre busca novas fontes de receita”, diz o diretor-presidente do Santa Joana, em Recife (PE), Eustácio Vieira. O hospital oferece check-up executivo às empresas pernambucanas e os profissionais podem realizar exames preventivos não cobertos pelos planos de saúde. Assim, eles ainda têm a comodidade de realizar todos os exames em um só lugar. Para recepcionar os pacientes submetidos ao repouso e medicação que não precisam de internação, a diretoria criou uma área chamada de DayClinic. Trata-se de um ambiente com 12 leitos estruturados em uma área isolada, contornada por paredes de vidro e climatizada. O acesso ao espaço é limitado por meio de um sistema automatizado. Para Vieira, estes serviços agregam valor ao hospital, “o Check-up, por exemplo, é sem dúvida um forte instrumento de relação com o mercado.” Questionado sobre o desafio de se equilibrar a receita dos hospitais, ele lembra que é importante buscar um ponto de equilíbrio entre as operadoras que pagam e controlam seus custos, os usuários e os médicos. “Devese acertar o abuso na utilização da farmacologia de alto custo e a negação de sua oferta, ou seja, um acordo entre os que fornecem e os que pagam pelo serviço”. Dessa forma, segundo o executivo, é preciso encontrar o ponto desejável entre quem exerce a medicina de maneira coerente, que envolve saber o que se gasta, e as operadoras, que não podem penalizar quem usa os medicamentos. NA PONTA DO LÁPIS Segundo Cleciane Simsen, a análise orçamentária é embasada pela demanda e oferta dos serviços. “É claro que ao chamar a responsabilidade do serviço para si, o hospital precisa estar ciente do planejamento profissional e físico que envolve os novos serviços”, avalia. Na avaliação da diretora do Grupo Fátima, ao responsabilizar-se por novos benefícios, é possível ter uma visão macro do processo, com acesso ao histórico do paciente, inclusive anterior e posterior à internação. “O acompanhamento direto ao paciente e o fato de conhecer suas necessidades tornam o trabalho mais assertivo e com melhor resultado. Neste caso, o aumento de receita está associado ao uso racional do serviço de saúde.” Para Alexandre de Oliveira Franco, a avaliação dos serviços a serem agregados passa tanto pela diretoria técnica quanto pela diretoria administrativa. “Levamos em conta a qualidade do serviço a ser prestado e o que ele agrega ao atendimento do hospital.”

“Novos serviços também permitem acesso direto e o desenho de novos produtos para os funcionários das empresas, fidelizando o usuário” Daniela Pontes, do Moinhos de Vento

GERALDO MATTOS, DA REDE D’Or: Além de receita nova, serviços fidelizam paciente ao hospital

SÍRIO-LIBANÊS: Novo serviço de Check-up Executivo busca avaliar a saúde global do indivíduo

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SALA PERSONNAGE, DO HOSPITAL SANTA CRUZ: Serviço diferenciado inclui atender executivos expatriados em sua língua de origem

No Hospital Santa Joana, de Recife, Day Clinic agrega valor por abrigar pacientes submetidos a repouso e medicação, mas que não precisam de internação

EUSTÁCIO VIEIRA, DO SANTA JOANA DE RECIFE: Hospital que lida com alta complexidade sempre busca novas fontes de receita

O diretor administrativo do hospital Santa Cruz defende que os serviços complementares podem, de fato, ajudar na receita. “Avaliar este custo-benefício, apesar de complexo, é necessário. Além de agregar qualidade ao atendimento, todos os serviços precisam trazer novos clientes, retê-los e gerar recursos para o hospital”, contabiliza. Toda a rotina da instituição se modifica ao realizar a implementação de novos serviços e especialidades, pois são necessários novos protocolos de intervenções e o estudo de indicadores que garantam a qualidade dos atendimentos. Já os benefícios, para Cleciane, podem ser percebidos pelo aumento contínuo de usuários e na recomendação dos serviços, qualificando a instituição como um todo. “Com o estreitamento das relações com o paciente se consegue atingir o principal foco das instituições de saúde, que é a resolubilidade. O aumento na receita é apenas um dos fatores”, diz. Franco ressalta que é importante que esses serviços se complementem. Assim, ter o que é necessário para o tratamento num único lugar gera agilidade, eficiência e segurança o que, por si só, já é um diferencial oferecido aos clientes. Ele percebe que, no dia-a-dia, os novos serviços acrescentaram um grau de especialização e envolvimento nas atividades ainda maior, por parte de médicos e outros profissionais. “Nosso anfiteatro tem uma agenda cheia de eventos com conferencistas do Brasil ou de fora do País. Há uma preocupação em acompanhar o que há de mais novo e moderno no mundo científico”, exemplifica. Para Geraldo Mattos, além do aumento da receita, os novos serviços estabelecem novos relacionamentos, que geram aumento de demanda e melhoria da estrutura. “Se prestarmos um bom serviço, este cliente voltará novamente quando precisar”, avalia. GESTÃO DE RESULTADOS Sem fins lucrativos e com o objetivo principal de prestar assistência à saúde às crianças carentes portadoras de cardiopatias congênitas, o HCor, que e em como provedora a Associação Sanatório Sírio, busca equilibrar as contas cobrando serviços de quem pode pagar por eles. “O HCor cobra por serviços prestados àqueles que podem pagar e, assim, obtém recursos para custear seus serviços assistenciais”, explica o gerente de controladoria do HCor, João Marcos Valverde Magalhães. O hospital também conta com os donativos arrecadados pela Associação. Ainda sobre a receita, o gerente diz que o Comitê Estratégico do HCor, por meio do processo orçamentário, estabelece metas de melhorias de resultados a todos os seus gestores, sendo que uma delas é o aumento da receita. “A direção do HCor foca seus esforços na melhoria de resultados, com acompanhamento mensal, contando com o apoio de todos os médicos e funcionários na re-

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REPORTAGEM DE CAPA

“Novos serviços devem ser trabalhados visando uma evolução conjunta, que beneficie todo o segmento de saúde suplementar“

Foto: Merlo

Pedro Fazio, da Fazio Consultoria

CLECIANE SIMSEN, DO GRUPO FÁTIMA: Foco no conforto do paciente e serviço personalizado

HOSPITAL SANTA CRUZ, EM CURITIBA: Serviços complementares aumentaram em mais de 100% o fluxo de pessoas

ALEXANDRE FRANCO, DO HOSPITAL SANTA CRUZ: Todos os serviços precisam trazer novos clientes, retêlos e gerar recursos para o hospital

dução de desperdícios e na melhoria de processos. Quanto melhores os resultados, mais atendimentos assistenciais são possíveis”, avalia. Já a receita obtida com a organização de cursos, simpósios, reuniões científicas e outros eventos correlatos é direcionada exclusivamente ao Instituto de Ensino e Pesquisa do HCor, “complementando os recursos para o desenvolvimento e divulgação do conhecimento tecnológico e científico.” O HCor também trabalha em parceria com outros órgãos públicos e privados interessados no desenvolvimento de programas na área de saúde. Com um investimento anual de R$ 6 milhões, 2% do faturamento do Hospital Sírio-Libanês, o Instituto de Ensino e Pesquisa tem como missão gerar e difundir conhecimento e capacitar profissionais, contribuindo para a excelência da assistência à saúde. “O Instituto não existe para alavancar a receita do hospital, ele serve ao hospital nas ações sociais. E hoje é auto-sustentável, com os eventos, cursos e treinamentos. Em 2007, a receita aumentou 73%, em comparação a 2006”, explica o diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, Roberto Padilha. O IEP possui 5,8 mil metros quadrados, distribuídos em dois andares, 60 profissionais entre médicos, técnicos, enfermeiras, pesquisadores, coordenadores e outros e, em 2007, realizou, entre outras atividades, 52 simpósios e 528 reuniões científicas. Em 2005, o IEP foi credenciado pelo MEC para ministrar cursos de pós-graduação lato sensu. O instituto também dispõe de outros Centros de Treinamento equipados com moderna infra-estrutura para cursos e pesquisa tecnológica em cirurgia vídeo-assistida, microcirurgia, artroscopia e braquiterapia da próstata. Segundo Padilha, o IEP é uma forma de o hospital conversar com a sociedade. “Cada vez mais, o Instituto entra na vida do hospital e se equipa melhor na geração de conhecimento. E todas as ações do Instituto contribuem para que o Hospital Sírio-Libanês cumpra seu papel social”, avalia.

“Valor da diária não acompanhou evolução da medicina e foi necessário agregar valor a essa diária” Eduardo Oliveira, da FBH

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“Mesmo um hospital filantrópico precisa ter sustentabilidade para desenvolver ações integradas de assistência social, saúde, ensino e pesquisa” Deise de Almeida, do Sírio-Libanês

ROBERTO PADILHA, DO IEP DO SÍRIO-LIBANÊS: Instituto já é auto-sustentável

HCOR: Cobrar por serviços prestados a quem pode pagar para obter recursos e custear serviços assistenciais

O QUE PODE GERAR RECEITA NUM HOSPITAL O Hospital é essencialmente prestador de serviço. Nessa condição, toda vez que um de seus serviços é aperfeiçoado pode ser compartilhado com terceiros a custos compatíveis bilateralmente, gerando uma receita alternativa. Alguns exemplos são: Lavanderia: tanto interna quanto externa; Hotelaria

Business Center: escritório virtual com serviço de internet, telefonia, vídeo conferência e sala de reuniões; TV a cabo: sistema pay-per-view Serviço de Nutrição e Dietética: restaurantes / bares / carrinhos móveis; Serviço de óbito: explorando os necrotérios

Transporte

Serviço de remoção: ambulâncias

Gestão Administrativa

Terceirização da Gestão Hospitalar Consultoria / Treinamento de Multiplicação de Gestores Administrativos: Contabilidade, folha de pagamento, Recursos Humanos

Suprimentos

Áreas técnica, comercial e de TI

Serviços Educacionais

Faculdades e universidades Cursos de especialização e Residência Pós-Graduação e MBA Congressos e conferências Canais de comunicação (ex. TV interativa) Periódicos técnicos por assinatura

HOSPITAL ESPERANÇA: Centro de Medicina do Viajante para atender público sazonal Fonte: Federação Brasileira de Hospitais

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artigo

Foto: Caroline Bitencourt

Como enfrentar as dificuldades das mudanças

Estefânia Chicalé Galvan

O

s remédios que atribuímos aos céus, em geral, encontram-se dentro de nós próprios! Ao dizer isso, Shakespeare realmente sabia o que estava falando... Nós, homens e mulheres, executivos, gestores hospitalares, líderes e, sobretudo, seres humanos precisamos de tempos em tempos parar. Parar para repensar, rever conceitos, aprender a desaprender! Para, então, reaprender aquilo que ingenuamente achávamos que já sabíamos. Afinal, conhecer a si e saber como trabalhar eficazmente com os outros é cada dia mais importante nestes tempos tão rápidos e vertiginosos, nos quais a Mudança não é a Novidade. A Novidade é não ter Mudanças! Shakespeare foi talvez um dos melhores a entender tudo isso e, principalmente, a cultivar a inteligência das emoções, muito antes de Daniel Goleman, autor do livro Inteligência Emocional. Para realizar as mudanças necessárias e desenvolver seu trabalho, ele lançava mão primeiro de si mesmo, de sua consciência intrapessoal: ser verdadeiro consigo próprio e, na seqüência, potencializava sua inteligência intrapessoal: conhecer todos primeiro, depois se relacionar bem com cada um. Esta é uma das pedras angulares para Processos de Mudanças. Não é à toa que pouco antes de nos deixar, Peter Drucker, um dos maiores pensadores da Administração Moderna, declarou que estava relendo todas as peças de Shakespeare como estratégia para manter-se a frente na condição de líder e provocador de mudanças em sua área de atuação. Dentre tantas pesquisas e dados que colhemos na Fator RH, desde 1996, de forma mais científica, um dos resultados que mais assusta é o que obtemos quando mapeamos a disposição dos profissionais para mudanças. Numa pesquisa, foram ouvidos mais de 5 mil profissionais de diversas áreas, para verificar a disponibilidade das pessoas em contribuir e se comprometer com as mudanças dentro dos hospitais. O resultado foi: 16% já é CONTRA, não importa qual seja a mudança 34% só fará alguma coisa se houver vantagens pessoais 34% poderá ajudar se entender as razões da mudança 12% são a favor se for ajudar o dia-a-dia 4% apenas serão agentes multiplicadores das mudanças Ou seja, o quadro é realmente alarmante. Com isso, é possí-

vel notar como é preciso adotar estratégias “Shakesperianas” de sobrevivência para a dura realidade dentro das nossas instituições de saúde. Este cenário mostra claramente que para Vencer Desafios precisamos de: • Coragem e comunicação: Coragem para não retroceder na primeira tentativa de motim (porque ela geralmente acontece). Comunicação aberta, rápida e transparente sobre o que vai acontecer, como isso vai impactar no nosso trabalho e como cada um pode ajudar neste processo. Reunião é importante, mas trabalho corpo-a-corpo é fundamental nestes casos. • Lideranças preparadas: Não há sucesso em processos de mudanças sem líderes fortes, e leia-se por forte, profissionais capacitados para serem democráticos e participativos na discussão das idéias, mas firmes e assertivos na implementação das mesmas. E vale lembrar que Liderança não é um kit que se acha para comprar na gôndola de um supermercado e que você leva para casa e monta. Para desenvolver competências de Liderança precisamos iniciar com uma ATITUDE VENCEDOR A. Não há milagre sem fé, já diria um amigo monge. E nisso nós podemos nos embasar, pois todos os filósofos e todas as religiões, por mais diferentes que sejam uma das outras, trazem consigo a mesma mensagem: só a ATITUDE do Homem pode mudar a sua História.” ATITUDES VENCEDOR AS são a base para LÍDERES VENCEDORES. Para ser mais rápido e eficaz em processos de mudanças é necessário capacitar primeiro as lideranças. Infelizmente, muitos hospitais ainda se esquecem que existe a hora de cortar a árvore, mas também há o momento de se afiar o machado. Um sem o outro é querer resultados sem construção, comportamento típico de quem tem grau 6,5 de Miopia Gerencial.

Estefânia Chicalé Galvan Sócia Diretora da FATOR RH Solução em Educação Empresarial & Gestão de Pessoas estefania@fatorrh.com.br

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O fim do papel Este será o primeiro efeito sentido, caso o prontuário eletrônico passe ser reconhecido da mesma forma que os documentos físicos, mas as vantagens vão além. O aplicativo estimulará a troca de informações na cadeia de saúde e proporá um participação mais ativa dos pacientes na gestão de seus dados médicos. Acompanhe a evolução dos sistemas e o que está por trás da adoção desta ferramenta. Jacilio Saraiva – editorialsaude@itmidia.com.br

O

prontuário médico acompanha a evolução da tecnologia e se transforma em um registro eletrônico. Aos poucos, deve aposentar pranchetas, caneta e papel para ganhar presença on-line em instituições de saúde de qualquer tamanho. Enquanto entidades de classe e fabricantes se esmeram para criar soluções de infra-estrutura, padronização, certificação e softwares para a implantação em massa da novidade, alguns médicos já exploram os benefícios do prontuário do século 21. Para alguns fornecedores, a expectativa é que o número de hospitais com sistemas eletrônicos dobre a cada ano. Segundo especialistas, a chegada do prontuário digital aos hospitais deve trazer um aumento de performance e integração das atividades médicas, um atendimento mais seguro e de maior qualidade ao paciente, além de maior facilidade de pesquisa e de intercâmbio com outras instituições. A fidelização dos pacientes e a redução de custos com a eliminação do uso do papel também entram na conta da modernização. Para o corpo médico, o mecanismo pode orientar a melhor conduta a ser aplicada ao paciente. É esperado o fim dos erros nas prescrições, além de alertas on-line no caso de interações medicamentosas e a realização de cálculos de dosagens. O

paciente, beneficiado direto da repaginação dos centros clínicos, também sai ganhando: todo o seu histórico médico pode ser acessado on-line, rapidamente, sempre que ingressar no hospital para uma consulta ou internação. Para implantar um sistema de prontuário eletrônico, o hospital precisa fazer investimentos na área de Tecnologia da Informação (TI). Um pacote básico de infra-estrutura inclui servidores, banco de dados para guardar grandes quantidades de imagens e exames, além de estações de trabalho ligadas em rede. O prazo de implantação total do sistema depende do nível de informatização e do tamanho do hospital, mas é superior a três meses. Fornecedores de tecnologia como Cisco, Intel, MV Sistemas e Totvs têm soluções que podem ser adaptadas a complexos hospitalares de todos os portes. Até grandes empresas da indústria da internet e da área de software, como o Google e a Microsoft, lançam alternativas para quem precisa ter um histórico de saúde on-line. Ao mesmo tempo, entidades como a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Instituto HL7-Health Level Seven trabalham para desenvolver regras e padrões para o bom funcionamento dos prontuários de última geração.

O futuro na prática No Hospital Santa Catarina-HSC, de Blumenau (SC), o registro eletrônico dos pacientes já é uma realidade. O início da informatização da instituição aconteceu há onze anos, com um produto único, o Hospital Information System (HIS – Sistema de Informações Hospitalares), que envolve a parte administrativa e o Prontuário Eletrônico de Pessoas (PEP). “Hoje, os pacientes têm seus dados registrados somente no prontuário eletrônico e todas as prescrições também são on-line”, explica o assessor clínico de TI do hospital, Luiz Arnoldo Haertel. Fundado em 1920, hoje o Santa Catarina de Blumenau é reconhecido como um “hospital digital”. Segundo Haertel, em vários setores do HSC os médicos só prescrevem eletronicamente. “A administração on-line das prescrições também já está em uso”. Para o assessor, o PEP foi criado, a princípio, para documentar as informações da doença do paciente, mas com os avanços da tecnologia, transformou-se em um instrumento complexo, que incorpora uma base de informações que auxilia os profissionais em tomadas de decisão mais eficientes – e ainda eleva a qualidade da assistência. “O PEP resolveu problemas como a não-compreensão da letra do médico e os vários erros de

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ESPECIAL TI

Foto: Divulgação

“A Secretaria está integrando seus laboratórios para a geração de laudos de forma eletrônica e padronizada, seguindo normas nacionais e internacionais” Haertel, do hsc DE bLUMENAU: O prontuário eletrônico é um mecanismo poderoso de apoio à decisão médica

receita decorrentes disso; reduziu o tempo gasto na confecção das prescrições e aumentou a integração entre as equipes”, diz. Haertel encontrou outros benefícios, como o aumento da segurança durante as consultas e o alívio da carga burocrática, o que humanizou ainda mais o atendimento. “O prontuário on-line não é só a substituição do papel, mas um mecanismo poderoso que apóia a decisão médica, evita o re-trabalho com a repetição de exames e possibilita uma maior segurança e confidencialidade dos dados”, constata. Mas trazer todos esses recursos para os corredores do hospital exige força de vontade e investimentos. A instituição de 13 mil metros quadrados tem 150 leitos de internação, 700 funcionários e 270 médicos. Cobre 57 especialidades, com foco em alta complexidade, e realiza cerca de 540 cirurgias por mês. Na ponta do lápis, são 3,5 mil atendimentos mensais. No ano passado, fez um alto investimento em armazenamento de dados e trabalha permanentemente com uma gestão ativa de backup, segurança e disponibilidade do sistema implantado. Para manter a estrutura de TI que suporta o novo prontuário e outros recursos de tecnologia avançada, o HSC conta com 12 colaboradores em regime 24 horas, sete dias por semana; mais de 20 servidores, 300 terminais e uma capacidade de armazenamento de informações que ultrapassa 9 TB (terabites). Com isso, consegue guardar oito

Cláudio Giulliano, da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo

milhões de imagens on-line durante nove meses. Mas os planos do HSC não param por aí. “Agora, estamos trabalhando com dispositivos portáteis e wireless para encurtar ainda mais a distância entre o PEP e o paciente”. O hospital também deseja aderir à identificação por radiofreqüência (RFID) e à certificação digital em seus processos de trabalho. “Nosso PEP está totalmente de acordo com o manual da SBIS e do CFM, que desenvolveram regras para a certificação do software em saúde”, garante. Por enquanto, por lei, é necessário imprimir os dados e armazená-los, devidamente assinados, também em papel. Mas este panorama deve mudar em breve no País, por meio da certificação digital. “Aplicamos regras rígidas de identificação,

confidencialidade e intercâmbio de informações, protegendo o paciente e a instituição. Há, inclusive, um controle da gestão de todos os acessos de forma on-line”, diz o médico. Segurança e certificação Para o especialista de TI em Saúde, Luis Gustavo Kiatake, colaborador da área de segurança da SBIS, para um hospital implantar um sistema de prontuários on-line, há necessidade de uma infra-estrutura de servidores, rede, terminais de acesso próximos aos pacientes, telecomunicação e internet. “A complexidade de cada um desses itens depende da solução implantada, mas a segurança na guarda dos dados é fundamental”. O sistema deve incorporar processos de cópias de segurança e redundância da rede e dos servidores, que garantem a continuidade das operações. “O sistema não pode parar”, avisa Kiatake. O especialista lembra ainda que os sistemas que se preparam para a eliminação do papel devem contemplar uma interface de acesso aos terminais para tokens e smartcards, que permitam a assinatura dos profissionais, substituindo as impressoras. “A certificação digital ICP-Brasil é o elemento que permite a eliminação do papel, além de agregar controles de segurança, como identificar quem está acessando o sistema. Também deve gerar evidências, com qualidade jurídica, de quem alterou alguma informação no banco de dados.” Segundo o diretor da SBIS e assessor de TI da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, Cláudio Giulliano, a SBIS está em campanha para promover o uso dos prontuários desenvolvidos no Brasil. “Um grande destaque desse movimento é o processo de certificação de software, concebido a partir de uma demanda do CFM.”

Na era do prontuário on-line Principais vantagens para os hospitais - Aumento de performance e integração das atividades médicas - Atendimento mais seguro e de maior qualidade ao paciente - Envio eletrônico de informações para outras instituições - Maior facilidade para pesquisa, auditoria, qualidade e intercâmbio entre unidades - Redução do quadro funcional - Corte de custos com a eliminação do papel - Fidelização dos pacientes com assistência personalizada Fonte: Empresas

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“A maioria dos padrões nacionais existentes, como a tabela de procedimentos do SUS, foi construída não pela qualidade dos padrões que representam, mas pela motivação de cobrança e controle de faturamento”

Foto: Divulgação

A intenção do Conselho Federal de Medicina é fornecer à classe médica um mecanismo para destacar as soluções de qualidade. Para isso, a SBIS desenvolveu um manual de requisitos de segurança, conteúdo e funcionalidades para sistemas de registro eletrônico de saúde. “Os fornecedores submeterão suas soluções à avaliação da SBIS. Aquelas que satisfizerem os requisitos necessários ganharão um selo de conformidade”, diz Giulliano. Para permitir que os fornecedores melhorem seus sistemas, o manual sinaliza os requisitos desejáveis que poderão se tornar obrigatórios para o próximo selo. O processo de certificação deverá ser aberto para os desenvolvedores de software a partir de agosto. Padronização correta Além do processo de certificação, há avanços na padronização dos prontuários. A SBIS também apóia a iniciativa da Comissão de Estudo Especial em Informática em Saúde da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que contribui com a normalização mundial de vários aspectos da informática na área da saúde, como a estrutura e a segurança dos sistemas de registros eletrônicos, a interoperabilidade entre os diferentes prontuários, a terminologia e a nomenclatura utilizadas nos registros e a internacionalização das principais iniciativas de padrões em saúde, como Health Level Seven (HL7), Institute of Health Economics (IHE), The Systematized Nomenclature of Medicine (Snomed), Logical Observation Identifiers Names and Codes (Loinc) e Classificação Internacional de Doença (CID). “Esse grupo, além de trabalhar para que as normas internacionais atendam às questões do Brasil, trazem novos cenários sobre a questão para o mercado nacional e contribuem para que as melhores práticas sejam implementadas nos nossos sistemas”, afirma Kiatake, da SBIS. A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, por exemplo, está integrando seus laboratórios para a geração de laudos de forma eletrônica e padronizada, com padrões nacionais e internacionais. “O padrão de Troca de Informação na Saúde Suplementar (TISS), implantando pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), é um exemplo do avanço da área de informática na saúde”, diz Giulliano. A TISS exige que a comunicação das guias e outras informações entre os prestadores – hospitais, clínicas, consultórios e laboratórios – seja feita de

kiatake, da sbis: Certificação digital agrega controles de segurança e permite eliminação do papel

forma eletrônica e padronizada. “É uma tendência forte para que os aplicativos de prontuário interajam e gerem informações para o TISS.” Para Kiatake, além da vantagem da padronização para os hospitais, o paciente ainda é o maior premiado com os novos prontuários. “O usuário poderá receber um melhor atendimento clínico. Já o profissional de saúde ganhará agilidade ao acessar as informações de um paciente que entra na emergência e que já passou pela instituição. Com o registro eletrônico, o médico não precisa solicitar o prontuário ao Serviço de Arquivo Médico e Estatística (Same), que pode demorar. Sem falar sobre a questão da sustentabilidade, com a eliminação do uso do papel.” Para o presidente do Instituto HL7-Health Level Seven Brasil, Marivan Santiago Abrahão, o uso de modelos para representar informações em saúde provê condições para a construção de uma infra-estrutura de comunicação segura entre os diversos sistemas de informação em saúde. “O HL7 é um protocolo internacional para o intercâmbio de dados eletrônicos em todos os ambientes da saúde, integrando informações de natureza clínica e administrativa”, explica. Está presente em 27 países e é endossado pelos governos dos Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália, Holanda, Uruguai e Brasil. “A maioria dos padrões nacionais existentes, como a tabela de procedimentos do SUS e a autorização de Internação Hospitalar-AIH, foi construída não pela qualidade dos padrões que

Marivan Santiago Abrahão, do Instituto HL7 Brasil representam, mas pela motivação de cobrança e controle de faturamento”, lembra. Segundo Abrahão, a própria Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo desenvolve um projeto pioneiro, usando a versão 3.0 do HL7, para a solicitação de exames laboratoriais e obtenção dos resultados dos exames solicitados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Novas soluções Enquanto entidades e associações de classe correm para dinamizar processos de padronização e certificação, fornecedores de soluções de infra-estrutura para a implantação dos prontuários eletrônicos também arregaçam as mangas. “Como o ambiente tecnológico varia de acordo com o porte do hospital, não há uma solução única que possa ser replicada e adotada genericamente. As ferramentas de TI precisam ser adaptadas de acordo com as nuances de cada organização”, avisa o gerente de desenvolvimento de negócios da Intel para o segmento de saúde, José Luís Bruzadin. Para o executivo, a TI deve estar interligada aos sistemas e processos do hospital, como laboratórios, hotelaria e banco de imagens. “O importante é que as informações sejam acessadas e atualizadas em diversos pontos, por meio de uma conjunção de redes, com e sem fio, em qualquer local do hospital onde médicos, enfermeiros e gestores transitem”. A Intel, conhecida pela fabricação de chips para computadores, desenvolveu o Assistente Clínico Móvel

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ESPECIAL TI

(Mobile Clinical Assistant, em inglês), um notebook em formato de prancheta, como os tablet PCs, para ser usado por médicos e enfermeiros. Por enquanto, é vendido pela fabricante Motion Computing nos Estados Unidos e em alguns países da Europa e Ásia. “O design da solução permite um fácil manuseio e o aparelho ainda pode ser esterilizado, reduzindo os riscos de contaminação pelo ar”, afirma Bruzadin. O equipamento, por suas características móveis, tem diversas formas de conexão, como leitores de códigos de barras, identificação por RFID, câmera integrada e acessos sem fio Wi-Fi e Bluetooth. Segundo Bruzadin, o Assistente Clínico Móvel, além de estar conectado ao sistema de prontuários eletrônicos, pode interagir com outros equipamentos, como oxímetros, códigos de medicamentos e na identificação dos próprios pacientes. “Os médicos e enfermeiros não precisam recorrer às máquinas fixas, situados nas estações de enfermagem. Poderão ficar ao lado dos pacientes, aumentando a produtividade do corpo clínico e a qualidade do atendimento.” De acordo com diretor comercial da Cisco Brasil, A mos Maidantchik, para receber de braços abertos um sistema de prontuário online, um hospital precisa implantar soluções

como um datacenter, uma rede local e aplicativos de segurança. No datacenter, é preciso que o acesso dos servidores ligados ao prontuário on-line seja priorizado em relação a outros sistemas menos críticos. Na rede local, é necessário que se implemente um recurso de QoS (Qualidade de Serviço) para priorizar o acesso dos usuários da rede ao prontuário. Já a segurança da informação é peça-chave no processo: deve-se pensar em soluções para a prevenção de intrusos, firewalls e controles de acesso à rede. A Cisco oferece soluções de datacenter, rede local com e sem fio e um portfólio de segurança de TI. “É possível usar a mesma rede wireless do prontuário on-line para localizar todos os médicos e enfermeiros do hospital. As soluções podem ser integradas em uma mesma arquitetura, protegendo o investimento feito pela instituição”, garante Maidantchik. Segundo ele, a padronização da infra-estrutura com um único fabricante otimiza as integrações e garante uma economia operacional significativa. Dependendo do tamanho do hospital e da quantidade de soluções disponíveis, a implantação pode ser feita entre três e nove meses. A Cisco tem clientes como o Hospital Albert Einstein, a Unimed Rio e o Laboratório Fleury.

Micros inteligentes Mas pouco vai adiantar ter uma infra-estrutura eficiente se não há softwares que façam a retaguarda para o sistema de registros médicos. A MV Sistemas, por exemplo, possui uma solução para a gestão hospitalar, que inclui a área assistencial e o prontuário eletrônico dos pacientes. O MV PEP registra todos os eventos clínicos do paciente no hospital, atendimentos realizados, internações, prescrições e exames diagnósticos. “O sistema faz o controle da medicação prescrita e ministrada ao paciente com recursos de rastreamento. Assim, indica o paciente, o medicamento correto, horário, dose, via de aplicação, lote e data de validade do medicamento”, garante o presidente da MV Sistemas, Paulo Magnus. O executivo defende o prontuário eletrônico pelos benefícios trazidos também para o corpo médico. “Com a prescrição on-line, o médico é alertado quanto há interações medicamentosas e possíveis alergias do paciente. Além disso, o médico e a enfermeira consultam os eventos clínicos diretamente no sistema, o que evita prescrições duplicadas de exames.” Para levar a inovação aos hospitais, a MV utiliza uma metodologia de implantação certificada pela ISO 9001. Dependendo da complexidade

“É possível usar a mesma rede wireless do prontuário online para localizar todos os médicos do hospital. A integração protege o investimento feito pela instituição”

Foto: Divulgação

Amos Maidantchik, da Cisco Brasil

José luís bruzadin, da intel: As ferramentas de TI precisam ser adaptadas de acordo com as nuances de cada organização

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Microsoft investiu US$ 3 milhões para aplicativos do Healthvault, sua plataforma eletrônica de registro pessoal. A expectativa é gerar receitas de mais de US$ 1 bilhão com o sistema, além da venda de softwares para hospitais Noroeste Capixaba, em Colatina (ES), hospital com 95 leitos, é usuária da solução. Alternativas on-line Multinacionais do setor de internet e software também estão de olho no crescimento do uso dos prontuários que dispensam o papel. O Google, serviço de buscas na web, lançou em maio o Google Health. O recurso on-line permite o registro eletrônico do histórico dos pacientes e ainda pode fazer interface com outros aplicativos da área da saúde. Os usuários podem atualizar seus arquivos com dados referentes a tratamentos e uso de remédios e checar informações sobre saúde e estabelecimentos do setor. A experiência do Google começou na Clínica Cleveland, nos Estados Unidos, com capacidade para armazenar dados de até dez mil pacientes. As informações da plataforma são armazenadas e transmitidas sob o controle do Health Insurance Portability and Accountability Act (HIPA A), regulamento americano que garante a pacientes

Foto: Divulgação

da instituição, o período de implantação é de quatro a oito meses. Entre os principais clientes da empresa estão o Hospital Mater Dei (MG), o Hospital Mãe de Deus (RS), Hospital Santa Catarina, Hospital Nossa Senhora de Lourdes e o Pro Matre Paulista (SP). “Temos mais de 30 mil médicos utilizando o MV PEP e, anualmente, implantamos o sistema em cerca de 40 hospitais. A tendência é que este número praticamente dobre a cada ano”. Para o vice-presidente de gestão e desenvolvimento da Totvs, Wilson de Godoy, as maiores vantagens com a chegada dos prontuários on-line são a facilidade e a agilidade na obtenção de informações assistenciais e a redução de custos para as organizações. O carro-chefe de marca no setor é o sistema RM, de apoio à gestão clínica, que auxilia na qualidade da assistência ao paciente, por meio do PEP. Segundo Godoy, depois da implantação de um software de back-office e gestão, o prazo para o RM começar a rodar é de três meses. A Unimed

paulo magnus, da mv sistemas: Mais de 30 mil médicos utilizando o MV PEP e tendência de dobrar o número a cada ano

um maior acesso a seus registros médicos e maior controle sobre como suas informações pessoais de saúde são utilizadas. No início do ano, a Microsoft, mais conhecida como a dona do sistema operacional Windows, anunciou investimentos de US$ 3 milhões para

Implantação do registro eletrônico Conheça a infra-estrutura de TI necessária Servidores É necessário um servidor de banco de dados e outro como opção de redundância para prevenir eventuais paradas no sistema Armazenamento A capacidade de guardar dados depende do número de leitos e da movimentação do hospital Estações de tr abalho O número de máquinas vai variar de acordo com o porte do hospital. Podem ser usadas estações thin clients, mais simples e baratas Rede local Os servidores devem estar ligados em uma rede local com velocidade de, no mínimo, 100 MB por segundo Fonte: MV Sistemas

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ESPECIAL TI

aplicativos do HealthVault, plataforma eletrônica de registro médico pessoal. A iniciativa deve estimular a pesquisa e o desenvolvimento de novas ferramentas voltadas para a saúde, além de atrair novos desenvolvedores de softwares. Por enquanto, o acesso ao HealthVault é feito por meio do Windows Live ID e o registro é gratuito. A ferramenta permite que os registros

pessoais sejam associados e agrupados, o que facilita o gerenciamento de saúde de toda uma família, por exemplo. Médicos e hospitais também podem explorar a ferramenta. A expectativa da divisão de soluções de saúde da Microsoft é gerar operações com receita de mais de US$ 1 bilhão com o HealthVault, além da venda de softwares para os hospitais.

Foto: Divulgação

Google Health foi lançado em parceria com a clínica Cleveland e pode armazenar dados de até 10 mil pacientes. As informações da plataforma são armazenadas e transmitidas sob o controle do Health Insurance Portability and Accountability Act (HIPAA) WILSON DE GODOY, DA TOTVS: Facilidade e agilidade na obtenção de informações e redução de custos

O prontuário no dia-a-dia Principais benefícios para o corpo médico e pacientes - Os erros na medicação deixam de existir - O médico pode ser alertado quanto há interações medicamentosas e alergias do paciente em relação às substâncias prescritas - Realização de cálculos de dosagens - O médico e os enfermeiros consultam os eventos clínicos diretamente no sistema, o que evita prescrições duplicadas de exames e condutas - Toda a história clínica do paciente pode ser acessada on-line Fonte: MV Sistemas

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GESTÃO

Muito além da coleta O gerenciamento dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde é cada vez mais uma preocupação não só dos hospitais, mas também dos órgãos reguladores. No setor público e privado, prestadores de serviços vêm ultrapassando as exigências legais e criando modelos que também contribuam com o meio ambiente. Thais Martins – editorialsaude@itmidia.com.br

C

om os novos padrões de consumo, a geração de lixo cresce continuadamente em ritmo superior à capacidade de absorção da natureza. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira cresceu 16,8%, enquanto a geração de resíduos cresceu 48% nos últimos 10 anos. O descarte inadequado desses materiais tem causado danos ambientais capazes de comprometer os recursos naturais e a qualidade de vida das atuais e futuras gerações. E a área da saúde não fica fora deste cenário. Tais problemas têm gerado políticas públicas e legislações mais rígidas, tendo como eixo de orientação a sustentabilidade do meio ambiente e a preservação da saúde. Grandes investimentos são realizados em sistemas e tecnologias de tratamento. Entretanto, se fazem necessárias ações e práticas para reduzir a geração do lixo. “Entendo que a arte ‘do cuidar’ não se restringe somente aos pacientes, mas a aprender a preservar a natureza”, afirma a Coordenadora do Meio Ambiente do Hospital Alvorada Moema, de São Paulo, Sueli Gonçalves Machado Sanches. Chamado também de “lixo hospitalar”, os Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS) começam a entrar no foco dos administradores hospitalares, mas muitos ainda desconhecem o assunto, fazendo com que o problema seja totalmente ignorado ou que sejam adotadas medidas desnecessárias, aumentando custos, desperdiçando tempo para, no fim, não obter o resultado adequado.

Dados do IBGE de 2003 apontam que, no Brasil, são produzidas aproximadamente 2,3 mil toneladas por dia de RSSS e os organismos presentes não são tratados, sendo fontes potentes de contaminação. Os resíduos possuem composições variadas, destacandose objetos perfurocortantes, peças anatômicas, produtos químicos, tóxicos e perigosos como solventes, quimioterápicos, radionuclídeos e mercúrio, entre outros. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio da NBR 12808, dividiu os resíduos hospitalares em três grupos: infectante, especial e comum. Já o Conselho Nacional do Meio Ambiente, Conama, por meio das Resoluções 5/1993 e 283/2001 trabalha com a existência de quatro grupos: A – resíduos com risco biológico; B – risco químico; C – rejeitos radioativos; e D – lixo comum. A Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, RDC 33/2003, classifica em cinco grupos: A – potencialmente infectantes; B – químicos; C – radioativos; D – comuns; e E – perfurocortantes. Classificados de acordo com sua importância, cada categoria precisa de um tratamento diferenciado. O lixo infectante representa um grande risco de contaminação, além de poluir o meio ambiente se for descartado em aterros ou fossas. É de responsabilidade dos estabelecimentos de saúde acondicionar os produtos de acordo com sua periculosidade, respeitando as normas vigentes e depositando-os em um aterro próprio. Já o lixo tradicional fica

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Fotos: Divulgação

gestão

LUIZ CARLOS DA FONSECA, DA ANVISA Uma correta segregação é responsável pelas demais etapas do gerenciament correto dos RSSS

HOSPITAL BARTHOLOMEU TACHINI: Instituição inovou ao criar uma Estação de Tratamento de Efluentes

sujeito ao mesmo sistema de coleta pública da cidade, sendo que parte dele pode, ainda, ser reciclado. O técnico da Gerência de Infra-Estrutura em Serviços e Saúde da Anvisa, Luiz Carlos da Fonseca e Silva, destaca que para realizar o manuseio dentro do estabelecimento privado, é necessário que o profissional tenha registro ativo junto ao seu Conselho de Classe e esteja ambientado com a questão de responsabilidade técnica. “A separação do resíduo deve ser feita no momento e no local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas e biológicas, pois uma correta segregação é responsável pelas demais etapas do gerenciamento correto dos RSSS”. Resíduos infecciosos devem ser acondicionados em sacos plásticos grossos, brancos leitosos e resistentes com simbologia de substância infectante. “A melhor forma de tratamento do RSSS é o seu gerenciamento, que tem como objetivo minimizar a produção e proporcionar um encaminhamento seguro, eficaz, visando a proteção dos profissionais, que podem se machucar manuseando o material”, explica Fonseca. A especialista em gerenciamento de resíduos e enfermeira mestre, Carmen Ligia Sanches de Salles, destaca a importância do transporte do material. “Em São Paulo, os resíduos do grupo A e E são coletados por caminhões específicos, identificados com simbologia de resíduo infectante. Os funcionários devem usar uniforme e equipamentos de proteção, como luvas. Já os resíduos do grupo B necessitam de cuidados específicos e o tratamento tem sido a incineração. A coleta feita pelo caminhão com simbologia de resíduo químico perigoso é realizada mediante a apresentação do Certificado de Aprovação para Destinação de Resíduos Industriais – Cadri - e do Manifesto de Transporte de Resíduo - MTR”. Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Edson Rodriguez, a instituição de saúde deve estar atenta ao tipo de transportadora que irá contratar. “A transportadora precisa estar relacionada à classificação do resíduo e deve seguir a legislação, conforme o Decreto 96044/98 MT (Alterado 4097/02), Resolução 420/04 ANTT e NBR´s 13221, 7500, 7501 e 7503”. Tratamento de efluentes A realidade brasileira ainda é a falta de recursos financeiros para as instituições de saúde implantarem processos de tratamento de efluentes. Por outro lado, muitos municípios brasileiros também não dispõem de coleta seletiva, o que leva à prática do enterramento em valas ou, ainda mais grave, à queima a céu aberto, uma política incorreta devido aos subprodutos lançados na atmosfera, como dioxinas e metais pesados.

O IBGE aponta que apenas 12,5% dos municípios brasileiros têm aterro sanitário, o restante utiliza os chamados “lixões”. Um exemplo de inovação foi a criação de uma Estação de Tratamento de Efluentes pelo hospital Dr. Bartholomeu Tacchini. A enfermeira e responsável Técnica dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde e Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, Elizabete Rostirolla, diz que o hospital é reconhecido como pioneiro no Rio Grande do Sul por evitar o lançamento dos efluentes contaminados no meio-ambiente. “O sistema de esgoto produzido pela instituição passa por um processo físico-químico, em que a carga orgânica e patogênica é sedimentada. A água tratada pode ser lançada no sistema público de esgoto, não causando qualquer tipo de prejuízo ambiental.” O processo de tratamento é constituído por três etapas: Sistema Primário - dois pequenos tanques separam os resíduos sólidos grosseiros e as cargas instantâneas do efluente equalizadas; Sistema Secundário – em um tanque acontece a homogenização. Todo o processo é natural, utilizando a ação de bactérias que se reproduzem naturalmente. A carga poluente do efluente é transformada em gás, atingindo uma redução de até 80% da carga poluidora; Sistema Terciário - é composto de um tanque de aeração, onde o efluente passará por um processo de oxidação por ação do oxigênio, que irá atuar na eliminação da carga orgânica, posteriormente submetida a um processo de filtragem e desinfecção de alta eficiência. Isso elimina 99,99% de todas as bactérias patogênicas contidas no esgoto, sem nenhum elemento prejudicial ao meio ambiente e à saúde pública. Além disso, o hospital Tacchini também controla a emissão de fumaça da caldeira (as cinzas são utilizadas para enriquecimento do solo para a produção de flores em floriculturas), ruídos, armazena a água da chuva para lavagem de pátios e jardins externos e tem controle da qualidade da água e do ar. “Foram gastos R$ 422 mil para adequação e construção da Estação de Tratamento e investimos mensalmente R$ 4,5 mil com transporte direcionado dos nossos resíduos por empresas especializadas”, calcula a enfermeira. Também considerado pioneiro em Feira de Santana (BA), o Hospital Geral Clériston Andrade implantou, em 2003, seu plano de gerenciamento, gastando entre R$ 15 mil e R$ 20 mil para melhorar os pontos deficientes da estrutura. “O hospital não contava com separação rigorosa dos resíduos não-infectados dos infectantes ou químicos perigosos; o acondicionamento era feito em embalagens não apropriadas; não havia recolhimento diferenciado nos centros cirúrgicos das demais instalações; não possuía um local de armazenamento

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temporário (exceto no centro cirúrgico), acumulando lixo nos corredores e em locais inadequados; o abrigo externo não era suficiente para a quantidade de lixo gerado diariamente; e não havia carros apropriados de transporte, conforme a NBR 12.810/93 estipula”, relata enfermeira e coordenadora do Plano de Gerenciamento de Resíduo de Serviço de Saúde do hospital, Evanice Leal Leite Lima. Também está dentro do planejamento transportar os resíduos de acordo com a avaliação da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e segregar de forma diferenciada o material dentro de bombonas vedadas e identificadas conforme a Resolução vigente. “O custo é de R$ 2,85 por quilo para transportar, tratar e dar destino final ao lixo. São investimentos que valem a pena não só pelas melhorias, mas também pela credibilidade que o Hospital Clériston conquistou. Isso gerou parcerias com a Prefeitura Municipal de Feira de Santana, com o Centro das Indústrias, Universidade Estadual e indústrias locais”, complementa. Elogiado pela Anvisa, o Paraná se destaca por ter mais de 50% dos geradores de Resíduos de Serviços de Saúde do Estado adequados à legislação estabelecida pela, a RDC 306/2004, desde a coleta, passando pelo tratamento e destino final. O engenheiro civil do departamento da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do Paraná, Carlos Patza, diz que a licitação e a contratação de uma empresa coletora e tratadora dos resíduos para as unidades da Região Metropolitana foi fundamental. “Temos um padrão simplificado de PGRSS que gera até 30 litros por semana.” Preocupado também com a questão social, o Hospital Alvorada Moema, em São Paulo, implantou um departamento exclusivo de meio-ambiente, que desde então elabora manuais de gerenciamento de resíduos,

normais internas para cada grupo de material descartado e padronização de equipamentos. Além disso, criou um grupo de estudos dos resíduos hospitalares, desenvolve educação continuada em gerenciamento e promove seminários abertos. “Conseguimos despertar a atenção dos funcionários para melhorar a nossa realidade”, comemora a coordenadora de Meio Ambiente, Sueli Sanches. Legislação Prestadores de assistência médica em atenção à saúde humana e veterinária, necrotérios, funerárias e serviços onde são realizadas atividades de embalsamento, serviços de medicina legal, instituições de ensino e pesquisa médica, unidades móveis de atendimento à saúde, serviços de acupuntura e tatuagens, entre outros, estão entre os geradores de RSSS. O manejo dos resíduos sólidos é balizado pela Resolução da Anvisa RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004, e pela Resolução do Conama nº 358, de 29 de abril 2005. Essas duas resoluções apontam para a obrigatoriedade de todos os geradores de RSSS de elaborar e executar um plano de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde (PGRSS). Segundo a Anvisa, o PGRSS é o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, tratamento interno, coleta, transporte interno, armazenamento, transporte e tratamento externos e destinação final, bem como a proteção à saúde pública. A coleta e o transporte externo dos resíduos de saúde devem ser realizados de acordo com as normas NBR 12810 e NBR 14655 da ABNT. A inobservância da RDC nº 306/04 da Anvisa confi-

Edson rodriguez, da abrelpe: Atenção na hora de contratar a transportadora, que deve estar relacionada à classificação do resíduo

gura infração sanitária e sujeitará o infrator às penalidades previstas na Lei nº 6.437/77. O não cumprimento da Resolução nº 358/05 do Conama sujeitará os infratores às penalidades e sanções previstas na legislação, em especial na Lei nº 9.605/98 e no seu Decreto Regulamentador.

Quantidade diária de lixo coletado (toneladas por dia) - ano 2000

Hospital clériston andrade: Parcerias com a Prefeitura de Feira de Santana, centro das indústrias e universidades locais

Unidade de destino final do lixo coletado

Quantidade

Vazadouro a céu aberto (lixão)

47.392,20

Vazadouro em áreas alagadas

237,1

Aterro controlado

34.723,70

Aterro sanitário

64.164,10

Estação de compostagem

6.534,60

Estação de triagem

2.249,60

Incineração

510,5

Locais não-fixos

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5

perguntas

Lidando com o fluxo

cruzado de informações Para a coordenadora de Lean Six Sigma do Grupo Medial Saúde, Valéria Lovato, a implantação da metodologia de administração reduziu o número de processos de 60 para 25 e aumentou a capacidade instalada da UN Diagnósticos em cerca de 40%. Mas para obter a gestão adequada das informações, de acordo com Valéria, é preciso alinhar as diretrizes do método às estratégias da empresa. Da redação / Colaborou Patricia Santana – psantana@itmidia.com.br

A

busca por uma ferramenta de gestão adequada às estratégias das instituições de saúde brasileiras tem sido alvo de críticas tanto do ponto de vista público quanto privado. Num ambiente regulatório rigoroso, a UN Diagnósticos, unidade de negócio do grupo Medial Saúde, acaba de adotar a metodologia Lean Six Sigma. A coordenadora do projeto, Valéria Lovato, conta à Fornecedores Hospitalares os principais resultados e desafios da ferramenta.

dos que a UN Diagnósticos enfrentava? Como foram identificados? Os principais problemas eram os fluxos cruzados de material coletado do cliente, com o material reagente, o que gerava um desperdício de movimentação. Diante de uma média de 20 mil exames por dia, a unidade de negócio precisou desenhar todos os processos que eram realizados. A partir deste desenho, foram classificados os métodos que agregavam valor ao serviço, os que agregavam apenas à companhia, como calibragem de equipamentos, e os que não agregavam a nenhum. Quando se faz este desenho, é preciso eliminar o que não agrega valor e reduzir o que diz respeito somente à companhia. Com a correção de desperdícios de movimentação, a unidade partiu, dentro da área técnica, de 60 procedimentos para 25. Para conquistar um número como este é necessário um trabalho de conscientização e redução de redundâncias.

2. Por que foi feita a escolha da metodologia

Lean Six Sigma? Como foi o processo de implementação da metodologia? Entre as opções existentes no mercado, identificou-se que a metodologia LSS traria grandes oportunidades de ganho, produtividade e economia, alinhados às estratégias da companhia. Afinal, com este tipo de gestão os resultados são confiáveis, há um foco no cliente, no prazo, na estratégia de negócio, o que permite equacionar de forma eficiente a tríade preço, prazo e qualidade. Antes do uso de LSS, em média, uma liberação de resultado de diagnóstico girava

em torno de 5 dias. Agora, é de 2,2 dias. Com isso, conseguimos um aumento de 40% na capacidade de atendimento com a mesma equipe. A implementação durou seis meses, tendo início em setembro de 2007.

3. Quais os principais benefícios avaliados?

5. Entre os resultados sentidos peça UN Diagnósticos, houve algum ganho financeiro?

Obtivemos redução de 8% em gastos de material e 38% em mão de obra, com a diminuição de hora extra e realocação.

Os principais benefícios foram o ganho de produtividade, o balanceamento de equipes, que diminuiu a quantidade de horas extras, e a eliminação de desperdícios com material e de movimentação de colaboradores. Após a implantação, a empresa reduziu em 36% o número de profissionais necessários para a realização dos exames. Houve redução de 60 para 25 passos dados pelos colaboradores dentro da área técnica em cada nova etapa da elaboração dos exames.

4. O uso de uma metodologia de administração é uma forma de posicionar a nova marca de forma competitiva no cenário brasileiro?

O fato de lançar uma nova marca no mercado, com processos estabelecidos gerenciados e controlados, certamente é um importante e valioso diferencial de mercado. Acredito que este método diminuiu erros, trouxe agilidade e qualidade aos processos, sem um custo adicional. Há uma ideologia na cabeça dos gestores de que a qualidade custa caro, mas com esta metodologia o processo é capaz de trazer qualidade. Estamos, agora, há dois meses introduzindo o LSS nas pontas de atendimento. Até o momento, já conseguimos medir tempo de atendimento e satisfação. Ainda teremos mais três meses de trabalho.

Foto: Divulgação

1. Quais eram os problemas de fluxos cruza-

valéria lovato, da un diagnósticos: Após a implantação, a empresa reduziu em 36% o número de profissionais necessários para a realização dos exames

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Direito de resposta

Sobre os hospitais universitários Ciente da importância e da seriedade deste veículo de informações, solicito retificação no teor da entrevista por mim concedida e publicada na página 38 da edição 151. Solicito, se possível, publicação na íntegra, como se segue: A reportagem sugere que tenha sido feita referência a qualidade ruim do ensino por ter se deslocado o centro do ensino em saúde, dos Hospitais para a Atenção Primária. Seguramente o teor está equivocado, e a nossa posição é absolutamente oposta, conforme esclarecemos: Os Hospitais Universitários são elos fundamentais no desenvolvimento de ações educacionais nas áreas de saúde e, definitivamente, podem ser palco de ensino/pesquisa de praticamente todas as outras áreas do conhecimento (humanas, exatas, etc.). Devem ser reconhecidos como Unidades Acadêmicas estratégicas e absolutamente necessárias ao desenvolvimento e aperfeiçoamento do Estado Brasileiro. Porém não são os únicos palcos de ensino/pesquisa. O desenvolvimento de habilidades sanitárias, reconhecidamente, deve ocorrer em outros níveis de atenção. Assim, o PRÓ-SAÚDE é uma proposta de adequação curricular às necessidades contemporâneas do ensino das áreas de saúde na atenção primária e média complexidade, socialmente contextualizadas. Porém, não descaracteriza a importância dos HU´s para conferir maior terminalidade aos ciclos de graduação, nos níveis e especialidades mais complexos e na pós-graduação “latu sensu”/Especialização das residências em saúde, bem como na pós-graduação “strictu sensu”. Claramente os HU´s tem a dupla missão de ensino/pesquisa e atenção a saúde de maneira indissociável. Assistência humanizada e de qualidade reflete na qualidade do ensino para aqueles que exercerão a assistência no futuro, pretendidos como um ciclo virtuoso. Quanto à questão do financiamento, o custeio dos HUE’s é, na sua maior parte, bancado com recursos do SUS e, para os federais, acrescente-se uma parcela financiada com recursos do MEC (pessoal, contas correntes: água, luz, telefonia). Outros recebem ajuda dos Estados e outros sequer recebem ajuda das IFES ou de outras Universidades de sua origem. Uma das grandes aflições destes hospitais é que a folha de pessoal está próxima dos 50% do orçamento, mantida com recursos do SUS, o que agrava a situação financeira. Outra questão levantada é sobre o programa de reestruturação dos HU´s. Este é um programa de grande valia, que melhor redefiniu a inserção dos HUE´s no SUS e “orçamentou” a média complexidade, rompendo com perversa lógica de remuneração por procedimento. Este Programa criou em 2005, um respiradouro para nossas instituições. Porém, a partir de 2006 o custo operacional e o nível de demandas engoliram rapidamente a pequena folga orçamentária gerada. A descontinuidade do programa bem como a falta de vertente de investimento, cuja fonte principal é a disputa no Fundo Nacional de Saúde por projetos, que atendem apenas pequeno percentual das necessidades dos HUE’s, remeteu-nos rapidamente a uma situação semelhante à anterior a 2004. Com relação a novas unidades de ensino, somos absolutamente contrários a criação desordenada de escolas médicas e outros cursos da área de saúde, sem o suporte de um Hospital de Ensino e sem inserção e interação com a Rede de Serviços do SUS, até porque, vislumbramos interesses meramente mercantis, sem finalidades sociais, em grande parte destas iniciativas. Na certeza de contribuirmos para o melhor cunho jornalístico, agradeço a atenção dispensada, Atenciosamente, Alair Benedito de Almeida Presidente da ABRAHUE

A Redação concede o espaço ao leitor e fonte, Dr. Alair Benedito de Almeida, mas considera que em nenhum momento a carta aponta contradições ou eventuais problemas de entendimento das intenções e propostas explicitadas no conteúdo da entrevista, publicada na seção 5 Perguntas da revista Fornecedores Hospitalares 151, de maio de 2008.

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melhores práticas

Monitoramento: garantia de qualidade em nutrições parenterais No preparo de soluções nutritivas parenterais todo cuidado deve ser tomado, afinal, seu objetivo está ligado à alimentação e saúde das pessoas. Por isso, para cada procedimento existe um monitoramento específico e necessário.

nutritivas parenterais: visa monitorar a carga microbiológica das soluções nutritivas parenterais. Assegura a ausência de microorganismos nas soluções nutritivas parenterais. - Monitoramento microbiológico nas luvas do manipulador: Assegura o controle de microorganismos nas luvas, devendo ser realizado em todos os manipuladores e operadores envolvidos no preparo das soluções nutritivas parenterais. Manter uma política de qualidade dos tipos de monitoramento garante excelência no processo de preparo das soluções nutricionais parenterais, visando maior segurança ao produto final. Dayane M. Massuda é farmacêutica (CRF-Pr 17.124) da NUTRO- Soluções Nutritivas, e responsável pela elaboração e revisão do Manual de Rotinas e Procedimentos Internos, baseado nas literaturas e legislações vigentes

Foto: Divulgação

O

monitoramento é o estudo e o acompanhamento contínuo e sistemático do comportamento de fenômenos, eventos e situações específicas, cujas condições desejamos identificar, avaliar e comparar. Desta forma, é possível estudar as tendências ao longo do tempo, ou seja, verificar as condições presentes, projetando situações futuras. O monitoramento pode ser realizado a longo ou a curto prazo. A longo prazo, estuda variações no decorrer do tempo e acompanha de forma contínua os fatores a avaliar, fornecendo resultados orientados por estudos de tendências. O monitoramento de curto prazo estuda variações em períodos menores. Independentemente da duração dessa atividade, um dos principais produtos do monitoramento é uma avaliação que permite compreender os resultados qualitativos e quantitativos e a sua aplicação para vários usos e usuários. Para cada monitoramento, existe uma freqüência (quando deve ser realizado), um método operacional, condições de aceitação, níveis de alerta e ações preventivas e corretivas. Os tipos de monitoramente usados no preparo de soluções nutritivas parenterais mais comuns são: - Monitoramento da técnica asséptica: visa monitorar a técnica de trabalho. Assegura a ausência de microorganismos na transferência de meios de cultura, certificando a técnica asséptica dos manipuladores no preparo das soluções nutritivas parenterais; - Monitoramento da temperatura de transporte: visa monitorar a temperatura de transporte das soluções nutritivas parenterais. Assegura a conformidade no armazenamento correto da solução a ser entregue, desde a origem até o destino. - Monitoramento microbiológico das soluções

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espaço jurídico

Foto: Divulgação

Tropicalismo na saúde

Rodrigo Alberto Correia da Silva

É

de conhecimento geral que, embora tenhamos avançado com a atenção a saúde desde a Constituição de 1988, o Brasil ainda enfrenta grandes desafios para alcançar a atenção integral e universal da saúde. O desafio é mundial e decorre do próprio sucesso do setor de saúde, que aumentou significativamente a longevidade da população e o diagnóstico dos males. Conseqüentemente, temos mais pessoas com alta demanda de tratamentos e grandes expectativas de qualidade de vida, com recursos escassos para atendê-las. No começo do mês de junho houve um workshop ,promovido pela Câmara Britânica de Comércio, em que membros do governo brasileiro e membros do sistema de saúde inglês, o NHS (National Health Service), compartilharam experiências sobre a gestão dos sistemas públicos de saúde. Naturalmente, devem ser consideradas as diferenças entre o sistema inglês de cobertura pública integral e universal, em que existe a atuação privada, mas apenas para os cidadãos que não queiram aguardar o atendimento público; e o sistema brasileiro, em que há a iniciativa privada. O sistema de saúde inglês, 20 anos atrás, estava em situação complicada, com níveis de serviço insatisfatórios para a população – situação próxima da vivida no Brasil hoje, o que sinaliza a possibilidade de alcançarmos níveis de serviço mais satisfatórios e a oportunidade de aprendizado com o Reino Unido. Contudo, o Brasil é um país de dimensões continentais, com grandes diferenças sociais, e muitas outras carências que refletem no setor saúde como alimentação, saneamento, educação e infra-estrutura. De toda forma, vale pensar sobre algumas atitudes adotadas no Reino Unido que podem ser eficazes no Brasil. Evidentemente, é necessário um incremento significativo na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para que possamos medir a eficiência do sistema, criar metas, coordenar iniciativas e recursos, concretizar os projetos, utilizar de maneira adequada às novas tecnologias e evitar ingerências políticas adversas ou sazonais. Neste aspecto, é necessária uma mudança de cultura dos servidores

do SUS para que estes sejam direcionados por resultados e tenham orgulho de pertencer ao sistema e assim sejam criativos, motivados e comprometidos com a população. A real gestão do SUS somente será possível caso se resolva o seu problema de governança, pois como envolve ações federais, estaduais e municipais, ainda não se consegue uma gestão unificada do sistema, de suas ações, investimentos e orçamento, o que implica em inconstância, desigualdades e retrocessos. O primeiro foco de atenção na gestão do sistema inglês foi na atenção primária de saúde, pois muito do custo do sistema pôde ser contido com os tratamentos antes do agravamento das moléstias. Para a mudança da cultura geral dentro do sistema foram eleitos estabelecimentos de saúde e profissionais médicos para programas-piloto e estes se tornaram os grandes embaixadores do projeto, focados em melhores práticas de gestão. Realmente, o setor de saúde precisa de mais recursos dentro do orçamento público já existente, porém apenas isso, sem que sejam tomadas as medidas de gestão, apenas gerará mais perdas. É imprescindível uma união entre o setor público, a população e as empresas privadas, para que se tornem um vetor de pressão, para que os recursos sejam efetivamente aplicados na atividade fim do SUS. Exemplo claro de medida que precisa do apoio deste tripé é o cartão único de saúde, que visa criar métricas de atendimento não mais por quantidade de procedimentos, mas pelo usuário do SUS, que está parado por vários anos. Fica lançada uma primeira campanha em favor de ações pragmáticas. Rodrigo Alberto Correia da Silva é sócio do escritório Correia da Silva Advogados, presidente dos Comitês de Saúde da Câmara Britânica de Comércio (Britcham) e da Câmara Americana de Comércio (Amcham), advogado de diversas associações e empresas do setor de saúde, Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) e autor do livro “Regulamentação Econômica da Saúde” rodrigo@correiadasilva.com.br

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tecnologia

Uma chance para ganhar

com o inesperado nte no Pronto-SoA classificação de risco do pacie das instituições de corro já tem sido adotada dentro o mercado de sofsaúde de forma manual. Agora, nhado para fazer twares de gestão clínica está dese precisa e econômiuma triagem estratégica, segura, trônica de atendica. No Brasil, a administração ele casos de sucesso, mento emergencial já conta com is. como o do Estado de Minas Gera

idia.com.br ricia Santana – psantana@itm Da Redação / Colaborou Pat

Imagem: Bruno Cavini

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A

porta de entrada de um hospital, na maioria das vezes, é o pronto-socorro. Como uma espécie de ambulatório, o atendimento, que deveria ser destinado aos pacientes urgentes, acaba sendo um filtro entre o emergencial e o ambulatorial. Diante desta conjuntura, as instituições hospitalares brasileiras e do mundo inteiro começaram a sentir a necessidade de organizar uma forma de triagem do atendimento, como estratégia de contenção de custo e otimização da assistência médica. Em 1998, o professor e médico Kevin Mackway-Jones criou o protocolo de Manchester, que funcionou como uma diretriz de classificação de urgência para todo o Reino Unido. O documento discrimina por meio de cores (vermelho, amarelo, verde e azul) o grau de gravidade do paciente, que é avaliado por perguntas-chave e classificado de forma objetiva por enfermeiros ou qualquer outro profissional gabaritado, que passa por uma auditoria. Não se passou muito tempo e o modelo britânico migrou para Portugal, que, por sua vez, disseminou a idéia para o Brasil. Em 2003, o Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, de Campinas, adotou o modelo do protocolo de Manchester, coordenado pela consultora de Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde, Adriana Mafra. Com uma média de atendimento de 12,3 mil consultas

projeto de emprego do protocolo de Manchester no pronto-socorro do Hospital Municipal Odilon Behrens, localizado em Minas Gerais. “No Odilon, o acolhimento por meio de classificação de risco já ocorria nas portas de entrada do prontosocorro, com a explicação de como é feita a triagem e como se organizam as cores. É uma forma de conscientizar o paciente das gravidades e agir de forma ética”, explica a consultora. O método reduziu o número de internação da instituição de 1,2 mil para 500 por mês. Depois dos projetos de classificação de risco na rede pública de Minas Gerais, o governo mineiro resolveu investir neste modelo. De acordo com Adriana, o poder público identificou o protocolo como uma importante ferramenta de gestão hospitalar. Portanto, o Estado de Minas Gerais optou por utilizar o protocolo de Manchester informatizado da Alert, no qual são estabelecidos procedimentos operacionais capazes de realizar uma triagem dos pacientes que necessitam efetivamente de um pronto-atendimento, o que foge do tradicional modelo classificado pela ordem de chegada. Com investimentos da ordem de R$ 48 milhões, o sistema de triagem da rede pública mineira alcançou seis mil pontos de emergências, o que engloba um total de 19 grandes hospitais. "Realizamos um

Fotos: Divulgação

tecnologia

Hospital doutor mário gatti: Adoção de classificação de risco para gerenciar fluxo de pacientes

O uso do protocolo de classificação de risco Em alta

Em baixa

Confiável

Requer treinamento interno

Organiza fluxos internos

Ações de conscientização dos pacientes

Passível de auditoria

Investimento em sistemas ou diretrizes

Rápido

Se mal implementado, pode gerar mais filas

no pronto-socorro adulto, a instituição foi pioneira ao adotar a metodologia de classificação. “O uso da classificação de Manchester é confiável, porque a triagem que um enfermeiro faz é, em 85% dos casos, a mesma que um outro enfermeiro faz, pois o profissional é treinado para manusear o protocolo, que é passível de informatização. Assim, consigo fazer a classificação de risco em um minuto, o que diminui a espera por atendimento”, pontua Adriana. Com o resultado positivo, o modelo de classificação de risco foi apresentado em outras localidades do Brasil. A consultora também coordenou um

processo de formação de equipes, agrupadas por especialidades, na qual os profissionais são treinados para a utilização dos softwares, de forma que o operador é induzido a triar o paciente da forma correta", explica o diretor da Alert no Brasil, Luiz Marcos Brescia. De acordo com o executivo, o uso do protocolo de Manchester deve se consolidar no Brasil nos próximos cinco anos. Já existe um Grupo Brasileiro de Classificação de Riscos, que se responsabiliza pela autorização do uso do protocolo, sua evolução e formação de profissionais dentro do

País. "Não tenho dúvida de que o mercado vai se consolidar, porque o gerenciamento das urgências de uma forma padronizada permite uma economia de 20%, já que com uma estrutura bem definida é possível estabelecer a melhor forma de organizar uma equipe de trabalho, o que facilita o workf low", acredita Brescia. Ambiente para negócios Com um faturamento de € 23,6 milhões em 2007, a Alert projeta um crescimento nas receitas arrojado. "Queremos alcançar a faixa de € 50

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milhões neste ano, por conta dos projetos que estamos estudando em outros Estados brasileiros", antecipa o diretor. Segundo Brescia, o ambiente hospitalar no País está propício a investimentos neste segmento. "Com a questão da falta de recursos, as instituições - inclusive as públicas - buscam formas eficientes de lidar com a assistência e o protocolo permite que haja um uso inteligente dos recursos humanos e financeiros, o que melhora o atendimento do paciente nos final das contas", diz. A InterSystems também está ingressando no mercado nacional com um módulo de triagem de emergências. “Nos projetos de implementação de sistemas hospitalares pelo mundo afora, como prontuários eletrônicos, nos deparamos com o Protocolo de Manchester manual. O que fizemos

foi nos basear naqueles conceitos para criar uma forma rápida de triagem, que garantisse a qualidade clínica deste processo. Transformamos esta solução em um módulo integrante do sistema de gestão hospitalar”, explica o diretor de negócios e saúde da InterSystems, Fernando Vogt. Com projetos em dois hospitais no exterior, a empresa quer agora ingressar no mercado brasileiro. Ao todo, 17 hospitais do Distrito Federal adotarão o módulo. A primeira instituição será o Hospital Samambaia, do Distrito Federal, em Brasília. O processo de utilização do protocolo de risco terá início ainda neste mês de julho. De acordo com Vogt, o protocolo não será idêntico ao de Manchester, pois o modelo britânico não é capaz de captar informações sociais do paciente, dado que é de suma relevância no sistema de

saúde brasileiro. “As perguntas das diretrizes de Manchester não devem ser as mesmas no Brasil, pois são realidades distintas”, argumenta. Como Brasília já possui toda a rede pública de saúde informatizada por meio de prontuários eletrônicos, o executivo acredita que os benefícios do uso de uma classificação de urgências serão mais visíveis. “Diminuir as filas no sistema de saúde pública brasileiro é um desafio do Governo Federal, em que é necessário o aprofundamento da gestão do paciente, dos exames, dos medicamentos, dos leitos hospitalares e de UTI, o que é preconizado no protocolo de classificação de risco. Sabe-se que a triagem traz agilidade no atendimento, com aumento da qualidade e acuracidade de registro clínico. Isso diminui o tempo de espera e conseqüentemente o risco de agravamento”, acredita Vogt.

“Protocolo de Manchester é confiável, permite rápida classificação de risco e diminui espera por atendimento. Além disso, é passível de informatização“ Adriana Mafra, do Ministério da Saúde

vogt,º da intersysteMs: As perguntas das diretrizes de Manchester não devem ser as mesmas no Brasil, já que aqui as informações sociais são de suma importância para o atendimento

Hospital Odilon Behreins : Mudanças na comunicação visual para fazer a triagem

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De olho na Indústria

Batimentos acelerados

H

á quatro anos, quando a Lei sobre obrigatoriedade da disponibilidade de desfibriladores em locais públicos entrou em vigor, as empresas do setor passaram a voltar os olhos para o setor público como um grande filão para os seus negócios. Uma destas empresas, a Instramed, foi além e decidiu investir em pesquisa e desenvolvimento de um novo tipo de desfibrilador para o mercado, o DEA (Desfibrilador Externo Automático). A inovação no produto demandou um longo período de estudo entre a empresa e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em Porto Alegre, cidade onde a fábrica da empresa está localizada. O novo produto estará disponível para comercialização em alguns meses. “O que nos motivou a investir neste tipo de pesquisa foi o fato de a PUC, nossa parceira, ter uma demanda para este tipo de pesquisa. Além disso, havia o desejo do próprio Ministério da Saúde por um produto que fosse automático, porém com tecnologia nacional. O mercado já possuía um modelo, mas toda a tecnologia era importada” conta o gerente geral da Instramed, Arthur Jorge Moraes. A primeira fase do projeto, que envolveu os pesquisadores da universidade, demandou investimento superior a R$ 350 mil, o que foi viabilizado com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Instramed. Ainda sem um nome para comercialização, o DEA utiliza o máximo de tecnologia nacional, exceto por alguns componentes eletrônicos importados, que ainda não são fabricados no Brasil. “Trata-se de um produto que chamamos de ‘cabeça de série’, mas que não estava em nossa linha de produção. Agora, com o projeto concluído, o passo que demos no final de abril foi incluí-lo em nossa linha de produção com a contratação de engenheiros e mestrandos da PUC, com o objetivo de desenvolver o produto dentro da empresa para futura comercialização nacional e internacional, já que o sistema de voz do equipamento foi desenvolvido em diversos idiomas”, acrescenta o executivo. Numa outra ponta de pesquisa, a empresa e o hospital da universidade desenvolveram um convênio para a aquisição de sinal de pacientes. Trata-se de uma tecnologia no aparelho que, ligada ao monitoramento do paciente, lê e acrescenta no sistema novos tipos de eventos cardíacos.

Além disso, o equipamento reconhece, por meio de uma rede neural, quando a vítima está tendo de fato uma parada cardíaca e, caso seja outro tipo de evento, não aciona o choque e orienta para que o paciente procure outro tipo de emergência médica. Novos projetos para 2009 também estão sendo estudados junto a universidade e devem trazer mais novidades para a área cardíaca. Para viabilizar a venda do produto, a empresa buscará recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na ordem de R$ 2 milhões, o que deve custear a produção da nova demanda e tornar viável o início da operação. A expectativa da Instramed é iniciar as vendas em janeiro de 2009. “Estamos otimistas quanto ao aporte do BNDES, pois nosso projeto atende em 100% os objetivos do Profarma (Programa de Apoio ao Complexo Industrial da Saúde), que destina uma linha de financiamento para novas tecnologias e desenvolvimento de produtos para a saúde”, afirma Moraes. Expansão para atender a demanda Já preocupada com o volume de pedidos e saídas dos desfibriladores, a Instramed estuda a expansão da empresa e desenha a nova planta. Ainda sem previsão de valores quanto ao novo espaço, o que se sabe por enquanto é que a nova fábrica deve ser também em Porto Alegre. “Nosso objetivo é, até o final de julho deste ano, começar a operação no novo espaço. Ainda não temos a estimativa da demanda, porém sabemos que será grande. Além disso, queremos dobrar o nosso faturamento em três anos”, revela o executivo. Se o foco dos desfibriladores automáticos está voltado para as áreas de grande circulação de pessoas, como metrôs e shoppings centers, os equipamentos da empresa que estão nos hospitais também devem receber atualização em pouco tempo. Ainda em agosto deste ano, a empresa dará início a um novo projeto junto à PUC para a incorporação da função automática aos desfibriladores já em funcionamento nas redes hospitalares. Mercados internos e externos aquecidos Os hospitais devem representar um aumento de 20% a 30% nas vendas da empresa, com a aquisição de

Foto: Divulgação

Investimentos em pesquisa e desenvolvimento de desfibriladores externos automáticos movimentam o setor cardíaco da indústria médico-hospitalar. Katia Cecotosti - kcecotosti@itmidia.com.br

Moraes, da instramed: Novos projetos estão sendo estudados para 2009 na área cardiaca

outra linha de desfibriladores e dos aparelhos para monitoramento cardíaco, produtos já consolidados no mercado nacional. No mercado externo, o maior foco de exportação será a América do Sul. “A grande aposta em exportação será no bloco dos países do Mercosul. Queremos focar esta região, que se mostra mais representativa para nós. Temos uma representatividade em torno de 10% a 15% em volume de exportações e o objetivo é aumentar este percentual entre 30% a 40% nos próximos dois anos. A fatia deve ser dividida em 30% para exportações e 70% para as vendas internas. Outros países para os quais exportamos, como Índia e Paquistão, têm pouca representatividade para nós e, por este motivo, vamos fortalecer nossa presença e ações na América do Sul”, explica Moraes. Quanto ao custo do equipamento, ainda não existe nenhuma proposta fechada, visto que dependerá de demanda e de uma ação estratégica para atender ao setor público. “O maior desafio neste momento é fortalecer a marca da Instramed no país e dar vida ao DEA, o que demandará um enorme esforço de toda a empresa a partir de janeiro. Além de dobrar o faturamento, também iremos aumentar a nossa capacidade produtiva, assim como o número de colaboradores”, finaliza.

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Compromisso com a vida e a ética. A São Camilo, enquanto instituição religiosa e filantrópica, não se limita a formar alunos e profissionais bem-sucedidos. Forma cidadãos comprometidos eticamente com o meio em que vivem. Da educação infantil à pós-graduação, nossos alunos convivem em um ambiente de respeito à vida, às relações e à sustentabilidade. Para viabilizar a realização desse objetivo, a São Camilo oferece moderna e adequada infra-estrutura, corpo docente qualificado e projetos pedagógicos constantemente atualizados. Formar cidadãos críticos, seguros, felizes e envolvidos com a sociedade em que vivem. Para nós, educação é isso.

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De olho na Indústria

Do foco cirúrgico à telemedicina Cylene Souza - csouza@itmidia.com.br Após mais de 20 anos tendo como foco o mercado de focos e mesas cirúrgicas, a paranaense Sismatec decidiu diversificar seus negócios. As apostas recaíram sobre a telemedicina. "A própria tecnologia nos leva para estes novos caminhos. Até contratamos duas pessoas apenas para desenvolver os softwares para estes novos produtos", define o diretor executivo, Fernando Lino. Para atender a esta nova necessidade, a empresa criou um departamento de Pesquisa & Desenvol-

vimento. "Hoje, 10% dos funcionários estão concentrados neste setor." O modelo de negócios também mudou. Se antes a Sismatec só entrava nos hospitais com a construção praticamente concluída, agora busca parcerias com construtoras, para entrar ainda na concepção do projeto. "Fornecemos toda a estrutura para suportar a telemedicina", conta. A empresa também busca se fortalecer no mercado interno e já conquistou a marca CE. "Há

quatro anos, fizemos nossa primeira exportação, no valor de US$ 30 mil. No ano passado, exportamos US$ 650 mil, para este ano a previsão é de US$ 780 mil e, para 2010, queremos chegar a US$ 1 milhão", revela. As exportações estão concentradas na América Latina, com exceção da Argentina, mas Lino vê potencial no Oriente Médio, Norte da África e Leste Europeu. "Também já começamos a prospectar clientes na Eslováquia, Turquia e México."

Madis amplia portfólio para crescer no segmento hospitalar Ana Paula Martins - amartins@itmidia.com.br A Madis, empresa especializada em soluções de acesso, planeja a expansão no setor hospitalar. Tendo o mercado de saúde responsável por 15% de seu faturamento, a empresa busca agora ampliar essa participação, por meio de novas soluções. "Inovamos em soluções e vemos no lançamento de novos produtos a chance de crescer", destaca o diretor da empresa, Rodrigo Pimenta.

A empresa trouxe ao mercado a nova solução de acesso, um software que controla o fluxo de pessoas nos locais de atendimento. A aposta da Madis é que o novo produto tenha uma grande aderência no segmento hospitalar, uma vez que mantém o controle a áreas restritas. Para levar a solução até o mercado, a Madis pretende aproveitar o potencial de sua carteira, que já conta

com as soluções de ponto e de controle horário. Em 2007, a empresa obteve crescimento no faturamento de 16,8%, chegando a R$ 27 milhões. Com a ampliação do portfólio, a expectativa é que, em 2008, o crescimento supere a marca dos 20%. "Acredito que o setor hospitalar irá impulsionar esse crescimento e iremos voltar nossas ações para isso", assinala Pimenta.

White Martins oferece soluções de sustentabilidade Reconhecendo a sustentabilidade como uma oportunidade de negócios, a White Martins traz inovações para contribuir com o desenvolvimento dos negócios dos hospitais. Soluções em gestão de energia, em tratamento de efluentes e em produtividade fazem parte do portfólio da empresa para manter o crescimento no segmento hospitalar. "Há um reconhecimento dos hospitais sobre a importância do cuidado com o meio ambiente e vamos atender a essa demanda", aponta o gerente de Gases Medicinais, Lourival Nunes. Para o tratamento de efluentes nos hospitais, a empresa trouxe a solução oferecida às indústrias por meio da vertical de Soluções Ambientais. Por ora,

12 hospitais contam com a estação, mas a perspectiva é que o número de clientes aumente. "Além da sustentabilidade, os hospitais também ganham na gestão do custo, reaproveitando a água", destaca. E para o aumento de produtividade, a empresa também oferece soluções de gestão, com as ferramentas Lean e Six Sigma, além de prestar consultoria para a gestão da energia dos hospitais. "Focamos em assuntos que são as preocupações atuais para qualquer negócio. Pensar em energia, em reaproveitamento de água e ainda eficiência do custo é uma oportunidade de ampliarmos nossos negócios e ainda nos colocarmos como parceiros de nossos clientes", salienta Nunes.

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Ana Paula Martins - amartins@itmidia.com.br

Lourival nunes, da white martins: Empresa vai atender à demanda de hospitais preocupados com o meio ambiente

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De olho na Indústria

E-Val aposta na certificação digital para ingressar na saúde Com forte atuação no segmento financeiro, a E-Val, empresa especializada em segurança da informação, enxerga no setor de saúde uma oportunidade de crescimento. Diante do aumento da informatização do segmento e da constante preocupação em se garantir o sigilo das informações sobre o paciente, a E-Val entra no setor oferecendo soluções de certificação digital para os prestadores de serviço. "A eliminação do papel nos hospitais passa por dois momentos. O primeiro é voltado para a digitalização das informações, que elimina o papel, e o outro é para a certificação das informações, com assinatura eletrônica, o que evita o uso do papel", analisa o CEO da E-Val, Luís Gustavo Kiatake. O executivo explica que da forma com a informatização dos hospitais é feita hoje, gera-se ainda mais papel. "Se você pensar que para validar as informações de um sistema de prontuário eletrônico o médico precisa imprimir o documento para assinar e armazenar, a eliminação do papel não acontece. Pelo contrário, aumenta", destaca. As soluções trazidas pela empresa atendem às nor-

mas de validação jurídica da assinatura eletrônica e à Resolução 1821 do Conselho Federal de Medicina, editada em novembro do ano passado, e que determina os critérios para a validação da assinatura nos procedimentos médicos. Já com uma atuação consolidada no setor financeiro, atendendo a empresas como Itaú e Bradesco, a E-Val busca agora o crescimento nos negócios por meio da atuação no setor de saúde. "O mercado de saúde é muito pulverizado e pensamos em atender a toda cadeia. Acredito que em seis meses os grandes laboratórios já estejam atendidos e em dois anos, no máximo, essa tecnologia já esteja implantada em massa", aposta Kiatake. Para cobrir toda a cadeia de saúde, a empresa também firmou parcerias com a MV Sistemas e com a Syspec. Com a entrada no setor de saúde, a expectativa da E-Val é dobrar o faturamento no período de dois anos e meio. No ano passado, a empresa faturou R$ 2,6 milhões. O benefício vai além da economia. "A eliminação do papel também contribui com a sustentabilidade", conclui.

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Ana Paula Martins - amartins@itmidia.com.br

Luís gustavo kiatake, da e-val: Grandes laboratórios atendidos em seis meses e tecnologia implantada em massa em dois anos

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De olho na Indústria

Da beleza ao DNA Da Redação / Colaborou Patricia Santana - psantana@itmidia.com.br A engenharia genética humana mostra-se promissora aos empresários do Brasil e do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, são realizados cerca de 4 milhões de testes genéticos por ano. No Brasil, exames em recém-nascidos para identificar doenças genéticas logo no início da vida e diagnósticos de paternidade estão cada vez mais comuns. Diante deste cenário, uma empresa gaúcha, reconhecida pela fabricação de aparelhos utilizados em clínicas de estética, a Tonederm, optou por entrar no segmento de engenharia genética. Diferentemente do que se imagina, a empresa não realizou estudos de mercado ou estruturou uma pesquisa sobre o mercado. "Há quatro anos, um biólogo e um engenheiro da Universidade Federal de Caxias do Sul pediram uma ajuda para a elaboração de um aparelho de análise de DNA brasileiro", conta o diretor comercial da empresa, Cristiano Paganin. Agora, em 2008, a empresa já conta com uma linha

de três equipamentos. O Tonegen Palm, que avalia as amostras de DNA de forma amplificada; o Tonegen Standard, uma versão compacta do termociclador original; e o Tonegen Block, que trabalha no processo de incubação das amostras, digestão de proteínas e reações enzimáticas. "Em, 2007 tivemos um faturamento de R$ 6 milhões e, com o desenvolvimento da área genética, pretendemos crescer entre 10% e 15% neste ano", pontua o diretor. De acordo com o executivo, há uma projeção de aumentar em 50% o uso de testes de paternidade. "Já fomos procurados pela Promotoria Pública de Rondônia para estabelecer uma parceria", antecipa o executivo. A parceria já está em fase de negociação. Como os aparelhos da Tonederm são majoritariamente brasileiros, sendo que alguns componentes eletrônicos são importados, o custo é reduzido em até 45% em relação às máquinas estrangeiras, de acordo com a empresa. "Já vislumbramos uma ação de ex-

portação para o Chile, mas ainda estamos em fase inicial de negociação", diz Paganin. Novidades esquentam o setor Com recursos da ordem de R$ 450 mil, provenientes do governo federal, a Tondederm está a dois anos trabalhando no desenvolvimento de um amplificador de genética com leitura em tempo real. "O uso do DNA no setor de Saúde é apenas a ponta de um iceberg e, por isso, pretendemos investir cada vez mais nesta área. É um nicho muito promissor", revela Paganin. Com o lançamento do protótipo em novembro deste ano, a empresa, baseada em Caxias do Sul, ainda investirá mais de 35% do valor aplicado pelo governo na consolidação do projeto. Para o diretor, o desenvolvimento da área de DNA no Brasil é fruto não somente da iniciativa privada, como também da área pública, por meio de fundos de investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

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Saúde no palco Em um encontro de negócios, um grupo de gestores hospitalares se uniu por um objetivo único: gerar notas musicais. Passado o evento, o grupo foi tomando forma e mais integrantes aderiram. Agora a banda se prepara para a primeira apresentação, no final deste ano. da Redação / colaborou Patricia santana – psantana@itmidia.com.br

Ilustração: Cristovão Villela

Atrás, da esquerda para direita: Marcelo Medeiros, diretor do Grupo Bandeirantes (Guitarra), Gentil Tamada, Odontólogo (Baixo), José Henrique Germann, superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein (Bateria), Linneu Gil, Analista de sistemas (Piano e Teclado) Na frente, da esquerda para direita: Alberto Leite, diretor executivo da IT Mídia (Guitarra), Newton Takashima, diretor do Hospital e Maternidade Brasil (Vocal), Silvia Sinisgalli, psicóloga do Hospital da Criança (Violão e Vocal), Gisele Reder, Analista de Compras da IT Mídia (Tamborim), Fabio Sinisgalli, diretor geral do Grupo Nossa Senhora de Lourdes (Empresário)

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que os hospitais Nossa Senhora de Lourdes, Bandeirantes, Albert Einstein, de São Paulo, e Hospital e Maternidade Brasil, de Santo André, têm em comum? Pode soar estranho, mas a resposta é: a música, ou melhor, uma banda. Em novembro do ano passado, durante a premiação do Top Hospitalar 2007, o diretor executivo da IT Mídia, Alberto Leite, fez uma proposta para que Newton Takashima, diretor do Hospital e Maternidade Brasil, Silvia Sinisgalli, psicóloga e psicanalista do Hospital da Criança, Marcelo Medeiros, diretor do Grupo Bandeirantes e José Henrique Germann, Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein, fizessem uma apresentação durante o evento. Encarada como um desafio, a proposta foi aceita. O resultado: uma banda. “Por estarmos todos nervosos, ansiosos e depois aliviados, vivemos momentos de cumplicidade, que criaram o clima propício para assumirmos mais um compromisso: uma banda”, relembra Takashima, do Hospital e Maternidade Brasil. Depois da apresentação, a provocação se tornou ainda maior. O executivo da IT Mídia propôs que os diretores tocassem no Saúde Business Forum, que acontece em Comandatuba, na Bahia, em setembro. “Iniciamos os ensaios em fevereiro, estimulados por Germann. Ensaiamos todo mês”, conta Silvia. A brincadeira começou a tomar forma. Depois de alguns ensaios, a banda sentiu a necessidade de outras pessoas que tocassem instrumentos diferentes, como baixo e piano. Então, Gentil Tamada, odontólogo, assumiu o baixo e Linneu Gil, analista de sistemas, ficou com o piano. A analista de compras da IT Mídia, Gisele Reder, trouxe sua experiência na bateria da escola de samba paulista Águias de Ouro e começou a tocar tamborim.

Agora, o conjunto foi batizado como “Saúde Business Band” e já possui inclusive empresário, que, para variar, faz parte da direção de um hospital, o Nossa Senhora de Lourdes, no Jabaquara, em São Paulo. Trata-se de Fábio Sinisgalli, diretor-geral do grupo NSL. “Como sempre participei dos encontros do grupo junto com minha esposa (Silvia Sinisgalli) e nunca tive o dom de tocar qualquer tipo de instrumento musical, resolvi emprestar as minhas qualificações como administrador para a banda e fico mais na parte de organização dos ensaios”, explica Sinisgalli, ressaltando que tudo não passa de uma brincadeira. Uma meta A banda existe e isto é fato. A questão é que a diferença de gostos musicais e a forma como cada um encara a música é muito diversificada. “Nossa meta mais sofrida é fechar o repertório. A única coisa que temos em comum é o prazer de tocar e cantar e a vontade de que dê certo”, diz Silvia. Para o Newton Takashima, que gasta cerca de 6 horas por semana cantando no videokê, “nas diferenças de gosto musical há os que preferem jazz, MPB, rock e até baladas. Na maneira de encarar a música existem os que lidam com perfeccionismo, improviso, preciosismo até o despojamento”. Já Gentil Tamada, que iniciou a vida musical em um conservatório aos oito anos, acredita que tocar em um grupo tão heterogêneo é uma forma de focar as atenções em um objetivo comum: a música. “Todos estamos experimentando um crescimento muito grande, tanto musicalmente como pessoalmente”, diz. A saúde de cada nota Uma vida dupla é constante para os nove integrantes. Todos ligados direta ou indiretamente pelos negó-

cios em saúde, associam o hobby à profissão. “Tanto na música quanto na gestão, é preciso trabalhar em equipe, seguir uma partitura, pois não adianta um se sobrepor a outro. É fundamental o timing das coisas e as diversas atribuições de uma equipe multiprofissional. Por isso, em gestão chamamos a atenção para a necessidade de "orquestração" do trabalho”, compara o diretor do Hospital e Maternidade Brasil. Para Silvia, que canta desde os cinco anos e até já lançou um CD caseiro, a música é uma forma de “expressar o sentimento, reunir pessoas, transformar um ambiente e até mesmo os relacionamentos.” Desde a graduação, o superintendente do Albert Einstein se dedica à música, não de forma profissionalizada ou sistemática, mas por intuição e percepção musical. “Com o passar do tempo, a música se tornou uma eficiente ferramenta de criar, enfrentar e superar novos desafios. A bateria é um instrumento de trabalho em equipe, que pode ou não estar presente, mas que complementa toda uma peça musical de forma surpreendente”, conta Germann, explicitando sua paixão pelo instrumento musical que toca na banda. Foi também nos tempos da faculdade que Marcelo Medeiros começou a se dedicar às aulas de guitarra. Há seis anos, o diretor do Hospital Bandeirantes conheceu um médico que tocava bateria. Os dois se uniram e tocam em uma banda a cada 15 dias. Agora, também na Saúde Business Band, ele diz que usa a música como uma forma de preservação espiritual. “É um momento de relaxamento e uma terapia que me desliga do stress do hospital. O perfil do músico é completamente diferente do administrador hospitalar. Sou amador assumido e toco uma vez por semana. Não quero me frustrar na carreira musical”, conclui Medeiros.

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carreiras

Sociedade Brasileira de Clínica Médica elege presidente em SP

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direção de TI do Instituto do Câncer

Fotos: Divulgação

Roberto Abrão Raduan acaba de ser eleito presidente da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, para o biênio 2008/2010. Raduan é chefe do Serviço de Medicina Interna da Beneficência Portuguesa de São Paulo. O médico formou-se pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é especializado em Endocrinologia e Metabologia e em Clínica Médica. A nova diretoria também é composta por: Maria Elena Guariento (Campinas), vice-presidente; Abrão José Cury Jr. (São Paulo), 1° Tesoureiro; João Carlos Braga (Marília), 2° Tesoureiro; José Antônio Atta (São Paulo), 1° Secretário; Luiz Alberto Turatti (São Paulo), 2° Secretário; Willian Haddad (Jundiaí), Diretor de Relações Médicas; Luiz S. Matsubara (Botucatu), Diretor de Relações Comerciais; Eros de Almeida (Campinas), Diretor Científico; Wallace N. Scott Jr. (São Paulo), Diretor de Relações com as Sucursais e Álvaro Pulchinelli (São Paulo), Diretor de Assuntos Estratégicos.

Érico Bueno assume

Roberto Abrão Raduan permanece no cargo até 2010

Após assumir a coordenação de PACS (Picture Archiving Communication System) e RIS (Radiology Information System) do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Érico Bueno parte para um novo desafio profissional. Bueno assumirá a Diretoria de TI, Engenharia Clínica e Infra-Estrutura do Instituto do Câncer Octavio Frias, em São Paulo. O executivo é formado em Administração de Empresas, com MBA Executivo pela Business School de São Paulo. Bueno atuou por oito anos em multinacionais de equipamentos médicos e, por cinco anos, foi gerente de negócios da Philips no Brasil e América Latina, onde foi responsável pela criação e desenvolvimento da linha de Medical IT.

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Nossa Senhora das Graças

Oswaldo Cruz contrata

tem novo diretor técnico

epidemiologista para Instituto de Ciências

Luiz Salim Emed terá o objetivo de melhorar a integração entre os setores

O Hospital Nossa Senhora das Graças, de Curitiba (PR), anunciou a contratação de Luiz Sallim Emed para o cargo de diretor técnico médico. Emed é clínico geral e nefrologista e terá como principal objetivo melhorar a integração com todos os setores e serviços do hospital junto à direção geral, fortalacer o corpo clínico e focar a humanização. O médico já foi diretor clínico e atuou como superintendente do Hospital Cajuru por 11 anos; foi professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) durante 30 anos e já passou pela direção geral da Santa Casa e pela diretoria técnica do Hospital São Vicente.

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, acaba de contratar a epidemiologista Andréia Fátima Nascimento para o Instituto de Ciências. Andréia será facilitadora da área de pesquisa e atuará em parceria tanto com profissionais que não estão envolvidos em pesquisa, mas desejam ser leitores críticos de artigos e estudos científicos, quanto com aqueles que já desenvolvem atividade de pesquisa clínica. Para a médica, os principais desafios serão estimular e auxiliar o desenvolvimento de pesquisas entre os profissionais de saúde do hospital e promover atividades temáticas de pesquisa no Oswaldo Cruz. Andréia é graduada em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP) e possui mestrado e doutorado em Medicina Preventiva, também pela USP. Sua experiência profissional tem ênfase em Psiquiatria e sua atuação se deu principalmente em temas como mortalidade, raça/cor, psicoses funcionais, esquizofrenia e psicoterapia breve. Como pesquisadora, atuou nas áreas de Avaliação de Serviços de Saúde Mental e Epidemiologia Psiquiátrica.

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livros

Eu recomendo

Foto: Divulgaçnao

Eduardo Blanski, diretor executivo do Hospital Nossa Senhora das Graças Na área técnica, estou lendo, pela terceira vez, o ‘Repensando a Saúde’, do Michael Porter. É curioso, pois na primeira vez que li, confesso que foi mais por curiosidade do que interesse, face ao frisson do lançamento da obra. E confesso que também não gostei das idéias e da abordagem. Todavia, algumas abordagens acabaram se cristalizando na memória, fato que me fez reler a obra, desta vez munido do infalível marcatextos. As duas leituras foram feitas em 2007. Uma antes da apresentação e outra depois. Fora da área técnica, estou lendo outras duas obras. Duas abordagens de época, ambas relativas à segunda guerra mundial. A ‘Menina que Roubava Livros’, de Markus Suzak, que conta a história de uma garotinha alemã órfã em uma pequena cidade

EVOLUÇÃO TRADIÇÃO

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da Alemanha, que cresce junto aos infortúnios e privações impostas pela guerra, além de um dramático passeio pela questão da perseguição aos judeus e da perseguição aos próprios alemães que não participavam ou não comungavam das idéias do Partido Nazista. O que chama atenção, além da trama propriamente dita, é que o livro todo é narrado nada mais nada menos do que pela própria Morte. Paralelamente, estou lendo a trilogia ‘A Bicicleta Azul’, ‘Vontade de Viver’ e ‘O Sorriso do Diabo’, de Regine Déforges. Tal como a ‘Menina que Roubava Livros’, o romance também é ambientado no período da segunda guerra mundial, só que na França ocupada. Na trama do romance em si, cujo comportamento das personagens lembra o clássico “...E o Vento Levou”, a obra aborda toda a trajetória da guerra, do início à queda do III Reich, com um passeio fabuloso por várias regiões da França ocupada, do cenário político, da postura colaboracionista do marechal Petáin, bem como pelo importante papel de liderança exercido pelo general De Gaulle junto à Resistência Francesa no processo de libertação.

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Cuidar em Enfermagem é assim...

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Humanização da saúde e do cuidado

A obra, que foi escrita para homenagear os profissionais de Enfermagem, traz muitas fotos ilustrativas e, com linguagem simples, retrata a rotina dos profissionais da área sob os pontos de vista tanto do paciente, quanto do profissional. O livro tem como público-alvo todos que, após terem se submetido aos cuidados de enfermeiros e enfermeiras, tiram suas conclusões da classe, além dos próprios profissionais que orgulhosos do seu dia-a-dia, se deixam levar pelo calor de acolher pessoas e cuidar delas, independente do local onde atuam, seja no hospital, em casa, na vida, ou na morte.

A obra recém-lançada retrata de forma bem-humorada as principais características das doenças e como elas se manifestam no paciente. A maneira utilizada para desvendar e indicar os medicamentos ideais encontrada pelos escritores foi citar as principais características dos sintomas-chave das doenças. O livro traz ainda indicações para tratamentos bucais e também faz referências aos tratamentos em animais.

A obra traz informações que podem ser usadas tanto por profissionais da Saúde, como em sala de aula, como material didático em cursos de medicina, biomedicina, enfermagem, fisioterapia, farmácia e outros na área da Saúde. Entre os principais assuntos abordados estão: Cuidar X Atitudes Desumanas, Cultura da Humanização na Saúde, Visão Holística na Saúde, Relações Interpessoais e o Trabalho em Equipe, Instituições de Saúde no Brasil e a Enfermagem no Processo de Cuidar, Arte do Bom Atendimento e o Estresse Ocupacional na Saúde.

Editora: Difusão Editora Autores: Maria Julia Paes da Silva, Michelle Fernandes Número de páginas: 64 Preço: R$ 19,90

Editora: Intercópias Autores:: Carlos Brunini e Mário Giorgi Número de páginas: 120 Preço: R$ 30

Editora: Difusão Editora Autor: Annecy Tojeiro Giordani Número de páginas: 196 Preço: R$ 35,00

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Vitrine

Nesta edição, nossa Vitrine traz as mais novas impressoras de imagens médicas. Confira!

Compacta A Kodak apresenta ao mercado a DryView 5800, com dimensões de uma impressora compacta, de mesa, com capacidade de impressão de 75 filmes por hora, no tamanho 35 x 43 cm. O equipamento, indicado para hospitais e centros de diagnóstico com disponibilidade de espaço limitada, tem resolução de 325 dpi (pontos por polegada) e imprime imagens de Raios-X digital, tomógrafos, ressonâncias magnéticas e ultra-sons, entre outros. O produto conta com duas bandejas que acomodam cinco possíveis tamanhos de filmes: 20x25 cm, 25 X 30 cm, 35 X 35 cm, 35 X 43 cm e 28 X 35 cm, e carrega dois tamanhos de filmes para uma impressão sob demanda.

5 em 1 A Brother lança no Brasil a multifuncional MFC9840CDW, com impressão a laser, digitalização de imagens de alta resolução (até 2400x600 dpi), copiadora, fax e PC fax. Com porta USB frontal, a impressora permite a impressão de arquivos diretamente de um pen-drive (para arquivos em PDF e JPEG), ou a digitalização para ele sem a necessidade de utilização do computador. A máquina também apresenta características avançadas, como senhas para usuários, limitando acesso a algumas funcionalidades, LDAP permitindo acesso a infinitos endereços de e-mails e números de fax armazenados no catálogo de endereços da rede, Scan-toFTP para envio direto de documentos do scanner a servidores internos e externos, filtro IP e administração remota via software BR/Web Admin.

Identificação de pacientes A Zebra Technologies lança no Brasil a impressora HC100, que gera pulseiras de identificação de pacientes on-demand, em diversos tamanhos, com fechamento adesivo ou por presilha. A solução de identificação de pacientes combina uma pequena impressora térmica HC100 e cartuchos, contendo as pulseiras térmicas diretas Z Band, com revestimento antibacteriano. A impressora também traz um cartão inteligente, que otimiza a intensidade da impressão e calibra automaticamente o equipamento de acordo com o tamanho da pulseira, produzindo códigos de barras e letras à prova de água, sangue, sabão e outros líquidos. Com dispositivo para conexão sem fio, a HC 100 pode ser transportada para diversos lugares do hospital e possui fácil integração com aplicações ADT.

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Vitrine

Foco em mamografia A Agfa Healthcare lança a Drystar Axys, com definição de até 508 dpi, desenvolvida para potencializar a impressão de exames mamográficos. Além do foco específico para mamografia, o equipamento também atende as aplicações de tomografias, raios x digitais e ressonâncias magnéticas. A impressora agrega o dispositivo Direct Digital Imaging (DDI) da Agfa Health Care, controlando cada pixel, para que a imagem fique consistente e sem falhas. O software DDI inclui a tecnologia A#Sharp, que intensifica a potencialidade da imagem latente. Os filmes usados pela Drystar não são sensíveis à luz e podem ser manuseados sem a necessidade de luminosidade especial ou limitada. As duas entradas para filmes aceitam até cinco tamanhos e três tipos de filmes (azul, limpo ou mamográfico).

Exames em papel A Canon apresenta ao mercado a imagePRESS C1, como alternativa à impressão em filme de imagens médicas. A multifuncional conta com impressão em rede, cópia, caixa de e-mail, scanner de rede, acesso à internet e envio universal e tem capacidade para 100 mil impressões por mês. O equipamento imprime em cera, sem óleo, e conta com os sistemas Auto Carrier Refresh (ACR) e Automatic Press Calibration, um mecanismo que calibra a impressora enquanto ela está imprimindo, o que proporciona uma melhor estabilidade de cor. A impressora suporta vários tipos de papel, com gramatura de até 256g/m2, e vem com uma biblioteca de mídias que permite que os usuários personalizem parâmetros como espessura do papel, acabamento e tipo.

Fidelidade em imagens 3D A Oki apresenta a C9800, que vem com a promessa de reduzir custos, se comparada às impressoras térmicas e filmes. A impressora possui resolução de até 1200 x 1200 dpi, com tecnologia Pro Q4800, o que garante fidelidade de cores para reconstruções em 3D e para imagens de ultrasom, ressonância magnética e tomografia. As bandejas normais suportam papéis com gramatura de 64 a 216 g/m2 e a multifuncional suporta gramatura de 64 a 270 g/m2. As impressões podem ser em diversos formatos, como tablóide extra (30,48 cm x 45,72 cm), tablóide, legal, carta, executivo, cartão, A3, A4, A5, A6, B5, C5, DL, Com 10 e banners (até 32,77 cm x 120 cm).

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á há algum tempo venho falando sobre a mudança nos modelos de negócios implantados aqui e no mundo e quais os seus impactos para prestadores, pagadores e clientes. Diante disso, tenho como missão procurar por novidades, inovações que muitas vezes enriquecem e em alguns casos nos trazem a nítida noção de que alguém faz alguma besteira mundo afora somente com a intenção de inovar. Algumas inovações merecem respeito e cito-as abaixo: Zoc Doc – o site www.zocdoc.com, para mim, é uma das maiores invenções do mundo moderno. É totalmente 2.0, ou seja, interatividade, relacionamento e colaboração são peças chave nesse site. Basicamente, o site conecta quem precisa de um serviço médico ou dentista a uma rede de profissionais conectados e prontos a abrir suas agendas. O site, além de promover tudo isso, ainda guarda um riquíssimo banco de dados, já que para fazer qualquer tipo de agendamento o paciente precisa se cadastrar, informando inclusive seu plano de saúde ou se fará o agendamento no modelo particular. O Zoc Doc foi construído por três jovens: Cyrus Massoumi, CEO, Oliver Kharraz, COO, e Nick Ganju, CTO. HealthVault – mesmo antes da compra anunciada pela Microsoft, o HealthVault (www.healthvault.com) já dava sinais de que traria dor de cabeça para as tradicionais empresas de software da área da saúde e ao mesmo tempo traria felicidade aos médicos mundo afora. Tudo porque o HealthVault promete colocar nas mãos do paciente a tarefa de inserir seus dados de saúde no sistema, completamente na web, e só

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permitir acesso a tais informações mediante login e senha. Assim como um e-mail pessoal, o próprio paciente insere suas informações e, mediante necessidade, as utiliza somente entrando na internet. Simplesmente fabuloso. TED – O www.ted.com é o site que mais visito todos os dias. Lá você encontra uma diversidade de pensadores do mundo todo, divididos por disciplinas como tecnologia, ciência, medicina, etc., e que trazem conteúdos totalmente exclusivos em palestras bem feitas e curtas. Além de tudo isso, cada palestra está completamente ligada a um blog ou site do palestrante e pode ser baixada no Ipod, no computador ou gravadas em áudio, para ouvir no carro ou no MP3 player. Para os aficionados por conteúdo está aí a revolução, para os que não gostam, é tão simples quanto ligar o rádio. Conexão Médica – Mesmo quando tudo ainda parecia totalmente analógico no Brasil, um profissional ousado, de nome Raul Cruz Lima, cria um canal totalmente dedicado à atualização médica. Inicialmente, o conteúdo era produzido e comercializado num sistema de TV fechada. Com a internet tudo ficou mais fácil e, hoje em dia, qualquer prestador de serviço consegue ter acesso a este canal de forma rápida e segura. Conexão medica é um daqueles serviços que aparecem de forma ousada e que só temos que bater palmas. Você acredita que a internet trouxe vantagens para a gestão da saúde? Alberto Leite é Diretor Executivo da IT Mídia S.A. aleite@itmidia.com.br

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