Revista FH - Ed. 214

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ENTREVISTA O ECONOMISTA E SOCIÓLOGO EDUARDO GIANNETTI DA FONSECA PROPÕE O REDESENHO DO SISTEMA DE SAÚDE

PAULO MAGNO DO BEM UNIMED VITÓRIA

PAULO BASTIAN HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ

CAROLINA BOTELHO KAHN DO BRASIL NEWTON QUADROS HOSPITAL BAÍA SUL

ISIDE FALZETA L+M GETS

FORA DO

CENTRO AGENTES DO SETOR DISCUTEM A TENDÊNCIA DA DESCENTRALIZAÇÃO HOSPITALAR E A SAÚDE EM REDE

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agosto de 2013 • FH 214

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47 61 PeNSadoreS Para o economista e sociólogo eduardo giannetti da Fonseca é preciso redesenhar o sistema de saúde brasileiro

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PerSoNalidadeS Presidente do Mater dei, Henrique Salvador, e a inspiração do futebol como exemplo de gestão

editorial CoNeXÃo SaÚde WeB PoNto de viSta a FH quis saber o que pensam os gestores hospitalares sobre a lei do ato Médico, que está sendo analisada por uma comissão de senadores e deputados regulaMeNtaçÃo veja os principais aspectos do programa Mais Médicos, seus antecedentes e possíveis repercussões oPeradora diante dos elevados reajustes de planos de saúde, os departamentos de rH apostam em consultorias, enquanto seguradoras como a Bradesco Saúde primam pela transparência de informações eNtre eloS Prime interway e disclinc unem solução para melhorar processos de logística do Hospital estadual vila alpina (Heva) especial edifício saúde HoSPital ambientes hospitalares voltados para a oncologia auxiliam na redução do sofrimento dos pacientes it Mídia deBate Hora de descentralizar? it Mídia reúne representantes do setor para discutir o modelo hospitalocêntrico SaÚde BuSiNeSS SCHool a gestão de operações com foco na inovação de processos e serviços Na BagageM No texas (eua), com Mônica Freire, diretora médica da dasa HoSPital Projeto da Planisa com nove Santas Casas de São Paulo aperfeiçoa gestão e atesta defasagem entre o que é pago pelo SuS e o que é gasto MediCiNa diagNóStiCa laboratórios investem em ti para melhorar processos e qualidade. entenda por onde começar iNdÚStria Como a Beneficência Portuguesa lida com seus fornecedores terceirizados para uma eficiente gestão de segurança e risco empresas apostam cada vez mais em parcerias para o desenvolvimento de serviços e produtos específicos livroS SHoWrooM teCNologia lake Nona, na Flórida (eua), revela uma cidade médica, construída sob o conceito de conectividade e internet das coisas eM CeNa Protesto de médicos e residentes contra programa Mais Médicos

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Foto: Bruno Cavini

EDITORIAL

TEMPO DE MUDANÇAS Na revista anterior escrevi sobre como as manifestações ocorridas nos últimos meses gerariam grandes transformações e como seria difícil prever o que estava por vir. Logicamente não sabemos a resposta sobre este futuro, mas já podemos sentir essas consequências no setor. E elas fazem jus à importância que o tema da saúde tem para o debate eleitoral, que daqui a um ano estará em momento decisivo. Afinal de contas, Saúde sempre foi uma grande vitrine para a política brasileira independentemente de partido. Não que as reclamações das ruas fossem desconhecidas ainda mais por você, caro leitor, que acompanha o setor da Saúde diariamente e sabe das dificuldades de se atuar em um segmento tão politizado e com dificuldades de financiamento. Mas agora tais problemas ganharam força com promessas de investimentos, passeatas, e talvez, até uma espécie de revolução na carreira do médico que atua no Brasil. Sobre essas consequências e mudanças em voga no setor, nada melhor do que uma reflexão com o economista e filósofo Edu-

ardo Giannetti da Fonseca. Em entrevista a Verena Souza, ele aborda o descompasso entre o aumento de renda da população e a falta de investimentos em serviços, e propõe um redesenho do sistema. Também nesta edição, uma linha do tempo detalha o “Programa Mais Médicos” e seus possíveis desdobramentos. As manifestações também refrescam um tema há muito discutido pela revista FH: o Edifício Saúde. Na reportagem sobre o IT Mídia Debate você verá como o gestor se encontra entre o mundo ideal de descentralizar o modelo hospitalar para atender um novo perfil de paciente e o mundo real, onde é preciso suprir rapidamente a demanda de novos entrantes da saúde suplementar e da falta de leitos hospitalares. Esses são apenas alguns dos desafios colocados por nossos debatedores e tais dificuldades sempre geraram outros questionamentos de ordem cultural ou estratégica, afinal, vivemos tempos de grandes transformações. Boa leitura!

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PARA O DR. MORON, INDISPENSÁVEL É TER PROCESSOS INTEGRADOS.

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Dr. José Francisco Moron Morad Diretor Presidente Unimed Sorocaba

O Hospital Unimed Sorocaba utiliza as soluções MV para integrar os processos clínicos, assistenciais, administrativos e financeiros, garantindo mais segurança com a padronização de procedimentos e evitando falhas e retrabalhos. Para o Dr. José Francisco Moron, contar com as soluções MV desde 2009 têm proporcionado informações confiáveis para tomadas de decisão, sendo fundamental para a gestão operacional e estratégica. Indispensável é ter mais eficiência na gestão de saúde.

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FH | CONEXÃO SAÚDE WEB

www.saudeweb.com.br Foto: Divulgação

CURTAS

Você sabia? Toda vez que você ver estes ícones pode acessar nosso portal e consultar fotos e vídeos

Mercado A Omnimed, fabricante mineira de equipamentos para CTIs, foi comprada pela GE Healthcare. A aquisição, que não teve os valores revelados, deve aumentar em 50% o faturamento da divisão no Brasil.

O Hermes Pardini, grupo de laboratórios de Belo Horizonte liderado pelo presidente Roberto Santoro, anunciou a aquisição de 70% do Diagnóstika, de São Paulo. Plano de expansão da marca e do portfólio inclui arremates do goiano Laboratório Padrão e o paulistano Digimagem, entre outros.

Outro movimento da GE Healthcare no Brasil é uma parceria com o Senai-SP em uma escola especializada na indústria da saúde, a ser inaugurada em 2015. Os investimentos dos parceiros em estrutura e equipamentos somam R$ 44 milhões para atender 3,6 mil alunos por ano.

Maior concorrente da multinacional americana, a Philips anunciou que sua divisão de saúde lucrou 7% mais no segundo trimestre de 2013 e agora responde por 40% das vendas globais da companhia holandesa. Mercado chinês aquecido explica parte do bom desempenho.

VAI E VEM

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O CEO da Agfa Healthcare, José Laska (foto), e Kurt Kaninski (da St. Jude) foram eleitos ao cargo de diretores do Conselho de Administração da Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares). Pedro Stern, da Phonak, assumirá a vice-presidência da entidade.

Daniel Coudry assume direção geral da Universal Saúde

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Conselho da Abimed ganha novos diretores e vice-presidente

A Universal Saúde Assistência Médica, operadora com sede em São Paulo, tem um novo diretor geral: Daniel Coudry, que ocupou até julho a posição de diretor executivo da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP).

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UMA IDEIA A Comunidade MV tem as melhores. Maior evento de Gestão de Saúde do Brasil, o MV Experience Fórum reúne os principais gestores e profissionais da Comunidade MV. Uma oportunidade única para trocar experiências sobre gerenciamento de resultados, novidades tecnológicas e as melhores práticas de gestão, além de debater tendências e perspectivas sobre tudo o que envolve a área de saúde. Esse ano, o expedicionário e escritor Amyr Klink, um dos mais importantes palestrantes do País, comandará o início dessa experiência. Acesse www.mvexperienceforum.com.br e inscreva-se.

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CURTAS

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Tecnolgia Totvs lança solução de mobilidade para clínicas e consultórios de micro e pequeno porte. Software desenvolvido sob plataforma da startup uMov.me permite aos médicos acessarem prontuários dos pacientes em smartphones ou tablets.

Médico americano Rafael Grossmann transmite cirurgia pela internet usando o Google Glass, óculos inteligentes da gigante americana de tecnologia. Videoconferência foi autorizada pelo paciente e busca chamar atenção para o potencial educacional do dispositivo.

Anvisa publica resolução que obriga serviços de saúde no País a possuírem um Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), departamentos responsáveis por elaborar, implantar, divulgar e manter planos de segurança do paciente. Prazo para estruturação será de 120 dias.

Regulação Projeto de lei (5542/13) em discussão no Congresso quer obrigar turistas estrangeiros no Brasil a contratarem um seguro-saúde privado. A exemplo dos Estados Unidos e de alguns países da Europa, objetivo é evitar que o SUS arque com as despesas caso visitantes adoeçam.

VAI E VEM

Foto: Divulgação

Prime Interway tem novo gerente comercial

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Sandro Farah Manzano(foto) assume o cargo de gerente Comercial da Prime Interway, fornecedora de produtos de automação comercial, no lugar de Justino S. de Moura, que foi para a Disclinc como diretor Comercial.

Adelson Chagas assume administração e finanças da Unimed Seguros

A Seguros Unimed anunciou em julho que Adelson Severino Chagas, presidente da Federação Interfederativa das Sociedades das Cooperativas de Trabalho Médico da Região Equatorial, é o novo diretor de finanças e administração da seguradora. Ele estará à frente dos núcleos de administração, finanças e assessoria jurídica.

Desempenho de genéricos derruba comando da Sanofi no Brasil

Heraldo Marchezini já não é mais presidente da Sanofi para o Brasil e a América Latina. Patricie Zagame, oriundo da suíça Novartis, assumirá o cargo de diretor-geral para o Brasil em outubro. Stephen Cobhan, vice-presidente do grupo na Turquia e Oriente Médio, ficará com o cargo de vice-presidente para América Latina.

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NÚMEROS

SIGILO À PROVA Unisys Security Index 2013, estudo anual feito pelo Lieberman Research Group a pedido da Unisys, revelou que as organizações de saúde são responsáveis pelas maiores preocupações dos brasileiros no que se refere à quebra de sigilo de dados pessoais.

Quando perguntados sobre ameaças relacionadas à violação de dados causada pela perda acidental, roubo ou a ação de hackers a empresas e entidades que hospedam dados pessoais...

93% disseram se preocupar com essa questão nas empresas da área de saúde; 84% tem medo de ter seus dados bancários roubados; 81% se preocupam com dados em guarda de instituições governamentais; 78% com serviços de internet

96% dos brasileiros

querem ter planos de saúde, prioridade só superada pela casa própria e pelo desejo de uma escola de qualidade para os filhos. Segundo Datafolha, baixa qualidade de atendimento do SUS é o maior motivo.

R$ 580

milhões

é o montante anunciado pelo Ministério da Saúde para estados e municípios aplicarem em cirurgias eletivas pelo SUS. Recurso será liberado em duas parcelas. Operações de maior demanda - catarata e ortopédicas - terão prioridade.

12 mil

horários

são “perdidos” mensalmente no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), em São Paulo. Razão: pacientes não avisam previamente à instituição e faltam às consultas, exames e procedimentos ambulatoriais.

59% em hotéis e companhias aéreas

O resultado coloca o Brasil com o mais elevado nível de preocupação sobre dados de saúde entre as 12 nações do estudo, superando México (86%) e Espanha (81%).

* Estudo ouviu mais de mil pessoas de 70 regiões metropolitanas no Brasil durante as duas primeiras semanas de abril de 2013.

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R$ 26

bilhões

será o valor alcançado pelo mercado de aplicativos móveis e dispositivos para o setor de saúde até 2017, segundo a consultoria americana Research and Markets. Relatório estima que 50% de usuários de tablets e smartphones irão baixar aplicativos de mHealth nos próximos cinco anos.

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by Victor Avelar

> Executive summary

Medical imaging and diagnostic equipment (MIDE) is increasingly being networked to Picture Archiving and Communications Systems (PACS), Radiology Information Systems (RIS), Hospital Information Systems (HIS), and getting connected to the hospital intranet as well as the Internet. Failing to implement the necessary data center physical infrastructure (DCPI) can result in unexpected downtime, and safety and compliance issues, which translates into lost revenue and exposure to expensive litigations, negatively affecting the bottom line. This paper explains how to plan for DCPI when deploying medical imaging and diagnostic equipment, with emphasis on power and cooling.

Contents

Click on a section to jump to it

Introduction Modalities Picture archiving and communication systems (PACS) Radiology information systems (RIS) and hospital information systems (HIS)

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Wiring closets or intermediate distribution frame (IDF)

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Conclusion

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Resources

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FH | CONEXÃO SAÚDE WEB

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O EDIFÍCIO SAÚDE EM DEBATE IT Mídia reúne especialistas para discutir os desafios da desospitalização e das novas tecnologias nas configurações dos edifícios hospitalares. Veja: http://migre.me/fHgpF

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ACREDITAÇÃO: COMO MEDIR PARA TORNAR MELHOR? Processo é capaz de transformar cultura organizacional e promover melhorias definitivas na gestão das instituições Veja: http://migre.me/fHguF

Leia e discuta com nossos colaboradores os assuntos mais quentes do mês: www.saudeweb.com.br/blogs

GESTÃO COMERCIAL EM SAÚDE Enio Salu Indicadores de Gestão de Contratos mostram algum avanço, mas ainda temos muito a fazer “Nossa realidade ainda é a de que diversos contratos são fechados sem metodologia, por impulso e sem aferir se o mercado oferece opções mais vantajosas.” MÉDICO HOSPITALISTA Guilherme Brauner Barcellos Bah tchê, até deu vontade de ser hospitalista! Muitos médicos ainda não compreendem bem o que significa o termo, ou pior, o utilizam para plantonistas de intercorrências, posto de trabalho frequentemente ocupado por residentes de Medicina Intensiva. POLÍTICAS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA Roberto Latini Comentando a Consulta Pública nº 20/2013 É fundamental propor sugestões que coloquem o texto da futura RDC próximo da realidade do mercado. Se não participar agora, não adianta reclamar depois. SAÚDE SUSTENTÁVEL (NOVO BLOG) Rodrigo Henriques Qual é o significado de Sustentabilidade para a saúde? Perguntar-se quais são os temas relevantes para a sustentabilidade em sua organização de saúde é o primeiro passo, e conhecer o que tem sido feito por várias organizações que já adotam esta prática corrobora para demonstrar como é possível começar e obter resultados significativos, no mínimo em termos de auto conhecimento e visão de futuro.

EU LEIO A FH

Foto: Divulgação

LEIO A REVISTA FH PARA ATUALIZAR MINHAS INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO BRASILEIRO DE SAÚDE. SÃO REPORTAGENS RELEVANTES, QUE NOS SUBSIDIAM, INCLUSIVE, NA TOMADA DE DECISÕES DA DIRETORIA E DOS GESTORES DA OPERADORA NACIONAL DE PLANOS EMPRESARIAIS DO SISTEMA UNIMED, EM UM MERCADO DINÂMICO, EXIGENTE E EM CONSTANTE TRANSFORMAÇÃO. Mohamad Akl, presidente da Central Nacional Unimed

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FH | pensadores

Verena souza | vsouza@itmidia.com.br

Descompasso

anunciado Para o economista e sociólogo Eduardo GiannEtti da FonsEca, as vozes da rua clamam Por um bem-estar que deveria ter acomPanhado a melhoria de renda, mas que deixou a desejar. mas este está longe de ser o único desafio de um setor que, segundo ele, Precisa ser redesenhado frente não só às exPectativas da PoPulação, mas também à mudança de Perfil demográfico brasileiro

e

conomista formado e filósofo por vocação, eduardo giannetti da fonseca está desapontado com a incapacidade do brasil em continuar se desenvolvendo, passada a estabilidade macroeconômica e a forte inclusão social das últimas décadas. o passo seguinte seria aperfeiçoar os serviços públicos de modo geral, e, neste contexto, estaria também a saúde do País. o mineiro de belo horizonte e de trabalhos reconhecidos internacionalmente defende uma profunda revisão do sistema, inclusive da premissa constitucional de que a assistência à saúde seja um direito de todos e um dever do estado. segundo ele, para enfrentar a inversão da pirâmide etária dos próximos 20 anos, é preciso redesenhar as funções do poder público e privado. e a nova classe média, que tem mostrado sua voz ativa nas recentes manifestações, promete não mais ficar calada. giannetti será o keynote speaker do saúde business forum 2013, que acontece entre os dias 19 e 22 de setembro na ilha de comandatuba, bahia. Por telefone, ele conversou com a revista fh sobre as distorções econômicas da saúde brasileira.

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perfil

Revista FH: já te descreveram como o filósofo do nosso tempo. Afinal, porque não cursou filosofia e se enveredou pela economia? Eduardo Giannetti: a filosofia sempre foi uma paixão desde muito jovem, mas tinha muita apreensão em relação a minha segurança profissional e independência financeira e, por conta disso, achei prudente na época levar em conta o aconselhamento dos mais velhos e fazer uma graduação em alguma área que me desse mais condições de ascensão profissional. realmente por vocação pessoal a minha paixão de estudioso sempre foi o campo da filosofia e da história das ideias. depois eu descobri que a origem da economia é a filosofia. os grandes economistas eram filósofos e a economia política era parte de uma reflexão mais ampla abrangendo vários campos do conhecimento. ou seja, a economia e filosofia não estavam tão longes uma da outra assim, como pode parecer aos olhos contemporâneos.

Quem

É Ph.D em Economia pela Universidade de Cambridge, formado em Economia pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) ambas da Universidade de São Paulo. Autor de artigos e livros, entre os quais: Vícios privados, benefícios públicos? (Cia. das Letras, 1993); Beliefs in action (Cambridge University Press, 1991); Autoengano (Cia. das Letras, 1997); Felicidade (Cia. das Letras, 2002); O Valor do Amanhã (Cia. da Letras, 2005); A Ilusão da Alma (Cia das Letras, 2010).

O Que faz

Atualmente é escritor e foi professor no Instituto de Ensino e Pesquisa de São Paulo (Insper), Cambridge (Inglaterra) e FEA/USP.

FH: Qual é o propósito do pensamento filosófico e qual a sua importância, inclusive para homens de negócios, gestores e empreendedores? Como pode ser aplicado na prática? Giannetti: Indagações filosóficas fazem parte da vida desde o mundo grego. existem algumas perguntas fundamentais: o que eu posso conhecer. Quais são as bases do conhecimento humano e que segurança eu posso ter no conhecimento produtivo que me permita acreditar em uma coisa e não em outra. e o que me levou a acreditar em algo e não em outro. esse é o campo da epistemologia ou teoria do conhecimento. e um outro campo, que também está muito ligado aos problemas da vida, é a ética. Como viver. Quais são os valores de uma vida bem vivida. Quais são as regras de conduta que uma sociedade deve respeitar para que ela possa viver em harmonia e prosperidade, e ser criativa. tem tanto a ética pessoal, cuja pergunta é como viver; assim como a ética cívica, que é dona da pergunta o que constitui uma boa sociedade. em que sociedade nós desejaríamos viver se pudéssemos escolher as instituições e regras que vão pautar a ação e interação humana.

PrêmiOs e TíTulOs

Fotos: Kiko Ferrite

2004 – Economista do Ano Ordem dos Economistas de São Paulo 2001 – Research Fellowship Centre for Brazilian Studies, Oxford 1995 – Prêmio Jabuti Câmara Brasileira do Livro 1994 – Prêmio Jabuti Câmara Brasileira do Livro 1993 – Joan Robinson Memorial Lecturishio Faculty of Economics, Cambridge 1984 – Research Fellowship St Jonh´s College, Cambridge.

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FH | pensadores

dIsCordo InteIraMente da proIBIÇÃo da entrada de CapItaL estrangeIro no setor HospItaLar. o CapItaL serIa MUIto BeM VIndo, LogICaMente CoM UMa regULaMentaÇÃo adeQUada FH: Ao mesmo tempo que o Brasil possui um sistema de saúde gratuito e, teoricamente, para todos, o mercado de saúde suplementar gasta mais dinheiro (4,7% do PIB) com assistência do que o Estado (3,7% do PIB). Quais são os reflexos desse desequilíbrio e um mais financiamento público seria, de fato, urgente? Giannetti: acho que a divisão das funções entre o setor público e o privado no campo da saúde está muito mal desenhada. o setor público está deixando de atender áreas em que ele seria imprescindível, mas ao mesmo tempo faz coisas que não precisaria no campo da medicina cara e curativa. e isso acaba sobrecarregando também o setor privado. por outro lado, a questão da regulamentação do acesso aos planos de saúde no Brasil está mal resolvida, porque se criou tamanha rigidez nas regras de cobertura que praticamente não há espaço mais, por exemplo, para algo que deveria ser comum na vida do cidadão que são os planos de saúde individual ou familiar. essa má divisão de tarefas e regulamentação está realmente deixando muito a desejar e prejudicando a qualidade de vida dos brasileiros. FH: Os hospitais encontram barreiras constitucionais à entrada de capital estrangeiro enquanto a prática é permitida em empresas de diagnósticos, planos de saúde, farmacêuticas e indústrias de equipamentos. Como você vê essa proibição, tendo em vista jus-

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tificativas como evitar a dependência internacional, a falta de capacidade do governo em regular o setor e, até, a elitização dos estabelecimentos. Giannetti: discordo inteiramente da proibição da entrada de capital estrangeiro no setor hospitalar. o capital seria muito bem vindo, logicamente com uma regulamentação adequada, mas não há nenhuma justificativa econômica ou de segurança que me pareça válida e que se sustente. o Brasil precisa desse capital. FH: Aumentar a produtividade e o rendimento, evitar o desperdício, reduzir custos, otimizar o tempo, entre outros. Como aliar tais aspectos de negócio ao valor primordial da Saúde, que é cuidar com qualidade do paciente. Podemos afirmar que princípios éticos na saúde são ainda mais necessários? Giannetti: o campo da medicina e da saúde sempre foi muito exigente do ponto de vista de ética. existe um fenômeno chamado de assimetria de informação em que uma das partes detém o conhecimento e pode resolver usá-lo em benefício próprio, e explorar de maneira injustificada a outra parte, que está demandando o uso desse conhecimento. por outro lado, digo que a gratuidade do serviço médico e o acesso ilimitado também levam a um enorme desperdício. o paciente tem que se dar conta que a demanda de diagnóstico, remédios e terapias possui um custo. e que precisa contribuir em alguma medida com esse custo, e sentir a realidade do que está sendo envolvido em termos de dispêndio de capital, de trabalho e de tempo. Há muito desperdício no setor e vemos o estado arcando com custos proibitivamente altos de terapias e, ao mesmo tempo, negligenciando os serviços elementares de saúde para a grande maioria da população. o setor público tem de ser voltado fundamentalmente para a medicina preventiva e ao atendimento a grupos sociais que não têm outra maneira de financiar suas necessidades. a universalização do acesso, garantido na constituição de 88, se tornou inviável e uma farsa, porque está somente no papel. FH: Assim como em outros setores da economia, a Saúde também não possui oferta adequada à de-

manda crescente, apesar de assistirmos vertiginosa expansão de prestadores. Mas, por exemplo, nos últimos seis anos cerca de 11,4 milhões de pessoas passaram a ter plano de saúde, com o aumento do emprego formal e da renda. Esse problema estrutural tende a ser solucionado no longo prazo ou prevê uma drástica quebra do modelo vigente? Giannetti: não diria drástica quebra, mas o problema está muito longe de ser solucionado e vai se agravar. Basicamente porque a população brasileira está entrando numa etapa de envelhecimento acelerado e as demandas por serviços de saúde nessa etapa final de ciclo de vida são crescentes. o Brasil ainda está vivendo uma situação baixa de taxa de dependência, ou seja, número relativamente pequeno de crianças e idosos em relação à população que está em idade de trabalho, mas esse quadro vai se inverter ao longo dos próximos 15, 20 anos. a taxa de dependência no Brasil vai subir com muita força a partir daí, e temos algum tempo ainda para nos preparar. eu acho que é preciso repensar fundamentalmente o papel do estado no campo da saúde. pensar com muito mais inteligência o desenho institucional do funcionamento do mercado de saúde. FH: Até repensar, você diria, essa premissa de saúde universal que está na constituição? Giannetti: eu creio que sim. na medida em que isso não tem realidade no país, e a medicina de grupo no Brasil ainda padece de uma rigidez e ineficiência enorme na cobertura dos segmentos da população, mesmo apesar da incorporação de um maior contingente de pessoas ao mercado formal de trabalho. FH: Às recentes manifestações, se somaram os profissionais médicos e associações de classe que também exigem melhores condições de trabalho. Como você analisa essas manifestações? Temos um sistema de saúde que gera insatisfação de ponta a ponta? Giannetti: essas manifestações mostram uma enorme insatisfação da população com os serviços públicos. o governo se gabava da ascensão da nova classe média

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que alcançou mercado e ascendeu ao consumo. o que as manifestações mostraram é que essa nova classe média não se contenta apenas com ascender a itens de consumo. ela quer ascender à cidadania, que significa: saúde, educação e transporte público. significa dignidade humana. também passa pelo campo das relações políticas e o escândalo que é a corrupção no Brasil. eu não me conformo de estar em um país em que depois de um ano julgando o escândalo do mensalão rigorosamente nada aconteceu. Isso é uma vergonha nacional. ter feito todo aquele trabalho, mobilizado tantos recursos e atenção da sociedade durante tanto tempo para que, no final, não tenhamos nenhum desdobramento prático. FH: No que diz respeito ao setor de saúde, um das respostas do Governo foi o programa Mais Médicos que, entre outras ações, prevê a contratação de profissionais estrangeiros para trabalhar nas periferias e no interior do País. Como você avalia essa resposta do governo? Giannetti: não acho que isso seja a solução definitiva do problema, mas é bem-vinda. Vejo com bons olhos a possibilidade de médicos estrangeiros atuarem no Brasil desde que isso seja feito com critérios. Mas acho bem-vinda na medida em que os médicos brasileiros não se mostram interessados em atender em municípios muito distantes de suas áreas de origem. Mas imaginar que isso vai dar conta do tamanho do desafio que está colocado para o setor de saúde do Brasil seria realmente injustificado. FH: Também temos assistido o desafio do governo em lidar com as alas religiosas na aprovação de políticas de saúde para a população. Os exemplos mais recentes de pressão religiosa foram em relação à obrigatoriedade do atendimento (SUS) para vítimas de violência sexual, incluindo

a UnIVersaLIZaÇÃo do aCesso, garantIdo na ConstItUIÇÃo de 88, se tornoU InVIÁVeL e UMa Farsa, porQUe estÁ soMente no papeL prescrição de pílula do dia seguinte e portaria que altera as regras para a mudança de sexo. Na sua opinião, é saudável o governo ceder às pressões dessas alas, considerando o direito à saúde da população? Giannetti: o estado brasileiro é laico e o critério para legislar não pode ser calcado em dogma religioso de qualquer natureza e origem. a questão do planejamento familiar no Brasil é muito sério. nós temos uma incidência enorme de gravidez precoce e esse é um problema social de primeira ordem nas populações mais desassistidas e oprimidas do país. Impedir um processo de planejamento familiar com base em dogmas religiosos não pode ser sustentado. FH: Como em qualquer área, é ideal que haja alinhamento entre os profissionais que trabalham para o mesmo fim. Entretanto, observa-se uma verdadeira guerra na saúde entre entidades médicas – contra os vetos da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei que regulamenta a medicina (Ato Médico) – e demais profissionais da saúde, que são a favor. Como avalia esse comportamento entre os profissionais da saúde e possíveis danos à assistência? Giannetti: Uma pena que às vezes o espírito de corpo chamado corporativismo domine o interesse público. não acho que deva ser uma total desregulamentação, mas vejo que muitas vezes a capacidade de alguns grupos organizados em defender seus interesses prejudica o objetivo maior da melhoria do bem-estar social. tem de ter legislação adequada, instituições e regras que impeçam que grupos invadam o interesse público com suas demandas, intervenções e capacidade de proteger seus interesses. não conheço especificamente o que está em jogo mas, de um modo geral, a minha predileção é por maior competição e abertura. não se pode ter controle exclusivo de uma atividade. FH: Li uma entrevista em que você relaciona a felicidade ou satisfação das pessoas com o poder aquisitivo ou conquista de

bens materiais, algo que muda de acordo com o significados atribuídos por cada um e diversas variáveis envolvidas. O Butão, por exemplo, trocou o conceito de PIB para FIB (Felicidade Interna Bruta), na tentativa de mensurar a felicidade. Entretanto, o modelo econômico de muitas nações nos levou a grandes riquezas, mas também à profunda infelicidade. Afinal, a tal almejada felicidade existe; ela pode ser plena, como pode ser mensurada? Giannetti: a felicidade é algo que cada ser humano pode alcançar. não é algo que se conquista coletivamente para todos. o que você pode ter coletivamente é uma sociedade em que as condições sejam adequadas para que cada indivíduo persiga o seu ideal e alcance, na medida do possível, a realização dos valores que ele acredita constituírem uma melhor vida. então, as políticas públicas têm que almejar a criação de condições para que os indivíduos estejam aptos a terem maior campo de escolha no exercício da sua liberdade e realização humana. o Brasil infelizmente deixa muito a desejar porque tem um contingente enorme de brasileiros que não se encontra devidamente capacitado para ter um campo generoso de escolhas no exercício dessa liberdade. Capacitado quero dizer em educação, saúde e em conhecimento. FH: Como paciente, qual sua análise do sistema? Giannetti: eu não me conformo em não conseguir ter um plano de saúde familiar a um preço condizente com as minhas necessidades. a minha grande demanda é essa. não entendo porque é tão difícil para um cidadão brasileiro conseguir adquirir um plano de saúde individual ou familiar adequado às suas necessidades. FH: Adequado em quê? Giannetti: em relação a uma combinação de preço e qualidade. praticamente não tem opções, e esse mercado desapareceu no Brasil. tem alguma coisa profundamente errada no desenho de um sistema em que esse mercado importantíssimo não possa acontecer.

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em depoimento a Maria Carolina Buriti

FH | personalidades

presidente do Mater dei e MédiCo Mastologista, Henrique salvador, se inspira na últiMa vitória de seu tiMe, o galo, CoMo exeMplo de gestão, pois para ele, liderar é identifiCar o que as pessoas podeM trazer de MelHor e Conduzi-las ruMo a uM oBjetivo CoMuM

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Com meu pai José Salvador Silva, fundador do Mater Dei, aprendi... que sonhar vale a pena e que com persistência e determinação conseguimos realizações transformadoras. E também que a empresa é um ser dinâmico e em constante movimento. Por isto a importância de se estar sempre atento e à disposição dos interesses do empreendimento, de nossos clientes, colaboradores e da sociedade na qual estamos inseridos. Dirigir um hospital em parceria com o meu pai e as minhas irmãs é... uma experiência muito enriquecedora e prazerosa. É perceber que há que se ter uma liderança, mas que ninguém é mais importante do que todos, que temos aptidões complementares e que por isto estamos mais preparados para gerir um negócio tão complexo quanto uma rede de hospitais, que, se unidos e alinhados, podemos muito. Desde a minha liderança na Anahp até os dias de hoje, acredito que a rede de hospitais privados no Brasil... tem se consolidado como uma rede prestadora de fundamental importância para que o brasileiro tenha acesso a uma medicina resolutiva e dentro dos melhores padrões internacionais de qualidade e eficiência. Para atender a demanda, os hospitais privados investem em expansão, como é o caso do próprio Mater Dei com a unidade Contorno, mas as alternativas de financiamento... são poucas, limitadas e por isto ainda há um grande déficit de leitos privados no Brasil. Eu acredito que isso pode mudar com a abertura de linhas de crédito específicas e factíveis e com o acesso a capital mais barato. A mudança da legislação que regula a entrada do capital estrangeiro nesta área, que está prestes a ser aprovada e regulamentada, pode facilitar a expansão de mais hospitais privados em nosso País. Mesmo dirigindo o hospital, dedico-me ao atendimento dos pacientes em consultório porque... ser médico é para mim a origem de tudo. Além disso, o consultório tem sido uma grande fonte de aprendizado a partir do convívio com as pacientes. Ao exercer a medicina me coloco mais perto das pessoas, dos colegas e da assistência, permitindo que não me distancie daquilo que me guia como gestor: a razão de existir do hospital e dos serviços de saúde é atender bem ao ser humano. O relacionamento com os pacientes, principalmente em casos de câncer, é importante porque... me ensina a exercitar a humildade frente à nossa condição de seres mortais. Ensina-me também o quanto somos fortes e capazes de enfrentar as adversidades. Ensina-me a procurar priorizar na vida aquilo que realmente é importante. A testemunhar a solidariedade e a força do amor e do carinho em situações de fragilidade. E também o poder da espiritualidade no enfrentamento da doença grave. A relação entre os hospitais privados e o sistema público de saúde... precisa ser mais sintonizada. É preciso entender que os hospitais privados exercem um importante papel na viabilidade do sistema de saúde do Brasil. Sem eles haveria um gargalo gravíssimo no acesso aos serviços de saúde, pois praticamente um quarto dos brasileiros depende do sistema privado. Que ainda podem ser importantes na difusão de boas práticas de gestão, na inovação e validação da moderna tecnologia e no ensino e na pesquisa.

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A visão de gestão é importante para o médico porque... aumenta a objetividade e a capacidade de priorizar o que é mais importante. Traz também maior organização e capacidade para se trabalhar em equipe.

DICAS

Uma viagem:

Londres, nos dois anos em que fiz a minha residência em mastologia no Guy’s Hospital em London Bridge Um banda:

The Bee Gees Juscelino Kubistchek - O artista do Impossível

Foto: Gercione

Um livro:

Como conselheiro do Atlético Mineiro e apaixonado pelo Galo eu... ACREDITO! Sempre pratiquei esportes e aprendi muitas lições a partir destas atividades que têm sido importantes ao longo da minha tra jetória! De uma forma lúdica, o Galo nos mostrou ao ser o campeão da Libertadores da América o quanto é importante um alinhamento de interesses e objetivos nas grandes conquistas! Poucas vezes vi um time de futebol, um técnico, uma diretoria e uma torcida tão entrosados e imbuídos em um mesmo objetivo. Este exemplo vale também para os desafios da gestão. Mesmo nos momentos difíceis, é importante demonstrar confiança. Ninguém consegue liderar, a não ser através das pessoas e da mobilização daquilo que elas podem dar de melhor para um projeto, uma construção, por mais transformadora e óbvia que ela possa parecer.

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FH | ponto de vista

aprovação

polêmica verena souza | vsouza@itmidia.com.br

Depois De 12 anos, a lei que regulamenta o exercício Da meDicina, chamaDa De ato méDico, foi sancionaDa pela presiDenta Dilma rousseff no mês De julho. entretanto, o texto nÃo foi aprovaDo integralmente. o artigo 4º, consiDeraDo o mais polêmico, teve nove pontos vetaDos, inclusive o inciso 1º, que atribuía exclusivamente aos méDicos a formulaçÃo De Diagnóstico De Doenças. a classe méDica consiDera que esse ponto era a essência Da lei. para as Demais categorias o trecho representava um retrocesso à saúDe. apenas para méDicos: • Intervenção cIrúrgIcas • PrescrIção dos cuIdados médIcos Pré e Pós-oPeratórIos • IndIcação e execução de ProcedImentos InvasIvos, sejam dIagnóstIcos, teraPêutIcos ou estéticos, incluinDo acessos vasculares profunDos, biópsias e enDoscopias • sedação Profunda • BloqueIos anestésIcos • anestesIa geral para Demais profissionais Da saúDe • atendImento a Pessoas soB rIsco de morte ImInente • realIzação de exames cItoPatológIcos e emIssão de seus laudos • coleta de materIal BIológIco Para análIses laBoratorIaIs • ProcedImentos feItos através de orIfícIos naturaIs, desde que não comPrometa a estrutura celular

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até o fechamento Desta eDiçÃo, o congresso nacional ainDa nÃo havia votaDo a pauta, prevista Para ser analIsada no Prazo de 30 dIas a PartIr da PuBlIcação (11/07/2013). dessa forma, a fH quIs saber o que pensam os gestores hospitalares:

Foto: Divulgação

É absolutamente normal que em um país em que se vive em pleno Estado Democrático de Direito, as diversas classes profissionais se mobilizem para assegurar e até mesmo ampliar os seus direitos. Não seria diferente em relação à classe médica, que ao longo de mais de uma década lutou para ver aprovada uma lei que regulamentasse sua profissão. Todavia, a proposta original do Ato Médico, se aprovada na íntegra, além de reduzir significativamente a autonomia de outros profissionais de saúde, em especial psicólogos, enfermeiros e fisioterapeutas, acarretaria na interrupção de diversos programas do Sistema Único de Saúde (SUS) que exigem atuação participativa conjunta e multiprofissional, provendo a assistência universal e de acesso tangível a todos os brasileiros. antonio LUis CesaRino de MoRaes navaRRo - diRetoR sUpeRintendente do HospitaL aMaRaL CaRvaLHo e pResidente da FedeRaÇÃo BRasiLeiRa de entidades de CoMBate ao CÂnCeR

Em um país como o Brasil, onde a saúde enfrenta problemas como a falta de médicos, a Lei do Ato Médico pode acentuar as significantes filas de esperas que já existem nos atendimentos em consultórios, hospitais e postos de saúde. Além disso, outras profissões, que ao longo dos anos, atraíram milhares de profissionais veem-se ameaçadas de ficar sob a tutela dos médicos. Acredito que seja importante ressaltar a função dos médicos, todavia, de forma que não desvalorize anos de aprendizado de outros profissionais da saúde que estudaram para atuar como parceiros da medicina. Entendo a saúde como multidisciplinar. É preciso promover um equilíbrio entre as respectivas competências.

Foto: Divulgação

aLeX LiMa - diRetoR adMinistRativo e FinanCeiRo do HospitaL e MateRnidade MadReCoR

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FH | REGULAMENTAÇÃO

Marcelo Vieira |marcelo.v ieira@itmidia.com.br

ATRÁS DO PREJUÍZO PRESSIONADO POR MANIFESTAÇÕES, GOVERNO FEDERAL LANÇOU, POR MEIO DE MEDIDA PROVISÓRIA, O PROGRAMA MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL. MATÉRIA REÚNE MEDIDAS EMERGENCIAIS PARA ACELERAR INVESTIMENTOS E ATRAIR MÉDICOS PARA REGIÕES COM ALTO DÉFICIT DE PROFISSIONAIS. COM PROJETO, DILMA ROUSSEFF AGRADOU PREFEITURAS, MAS COMPROU BRIGA COM ENTIDADES MÉDICAS. A REVISTA FH REUNIU, NESTA LINHA DO TEMPO, OS PRINCIPAIS PONTOS DO PROGRAMA, SEUS ANTECEDENTES E SUAS POSSÍVEIS REPERCUSSÕES

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JANEIRO Em Havana (Cuba), a presidente Dilma Rousseff anuncia negociações entre os dois governos para o envio de médicos cubanos ao Brasil para atuarem no SUS.

2012

JANEIRO Frente Nacional de Prefeitos (FNP) promove campanha defendendo medidas emergenciais para aumentar número de médicos no SUS.

MAIO Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, retoma polêmica e anuncia intenção de trazer 6 mil médicos de Cuba.

13 DE JUNHO Quarto dia de protestos transforma São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais em praças de guerra.

2013

Fotos: Agência Brasil

MARÇO Aumento da tarifa do transporte público em Porto Alegre (RS) é revertida após vários dias de protestos. Nos meses seguintes, passeatas chegam a outras capitais, como Natal (RN) e Salvador (BA).

6 DE JUNHO Manifestação contra o reajuste das tarifas de ônibus e metrô em São Paulo reúne 5 mil pessoas.

17 DE JUNHO Pauta de reivindicações se expande e temas como falta de investimentos em educação e saúde ganham corpo. Capitais de todas as regiões registram protestos.

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21 DE JUNHO Dilma Rousseff vai à rede nacional de rádio e televisão para se pronunciar sobre as manifestações. Na saúde, propõe trazer “milhares de médicos” do exterior para ampliar o atendimento do SUS.

22 DE JUNHO Entidades médicas nacionais repudiam plano de importar médicos estrangeiros e prometem usar todos os mecanismos para barrar iniciativa.

26 DE JUNHO Pressionada, Câmara aprova às pressas projeto que destina 25% dos recursos oriundos dos royalties do petróleo à Saúde (e 75% para educação).

2 DE JULHO Senado aprova projeto dos royalties, mas com alterações exigidas pela presidência. Matéria volta à Câmara e gera crise entre governo e base aliada.

24 DE JUNHO Em resposta à “voz das ruas”, presidente Dilma Rousseff anuncia cinco pactos nacionais: responsabilidade fiscal, reforma política, educação, transporte público e saúde. Presidente defende a contratação de médicos estrangeiros para suprir déficit de profissionais e um programa de ampliação das vagas em cursos de medicina: 11,4 mil novas vagas de graduação e 12,3 mil de residência até 2017.

8 DE JULHO Dilma Rousseff lança oficialmente o Programa Mais Médicos para o Brasil, instituído por meio de Medida Provisória (621/13) e fundamentado sobre quatro pilares: 1. Atração de médicos: vagas serão ocupadas primeiro por brasileiros. Estrangeiros deverão comprovar conhecimento em língua portuguesa e passar por avaliação de universidades brasileiras. Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil mensais, com jornada de 40 horas semanais; 2. Expansão das vagas em universidades: oferta nos cursos de Medicina terá aumento de 10% até 2017, ou 3.615 novos alunos em universidades públicas e 7.832 nas particulares. Em 2013 serão abertas 1.452 vagas; 3. Alteração de currículo: alunos ingressantes em medicina a partir de 2015 deverão passar dois anos no SUS antes de receber o diploma. Curso passa de 6 para 8 anos de duração, mas estudantes receberiam remuneração do governo durante dois últimos anos; 4. Mais Investimentos: aceleração de aportes já previstos na construção e reforma de unidades de saúde chegam a R$ 7,4 bilhões em 2013, mais R$ 5,5 bilhões em 2014.

11 DE JULHO Entidades nacionais discutem estratégia de enfrentamento ao Mais Médicos, que consideram uma “declaração de guerra” à classe médica e uma manobra para exploração da mão de obra. Série de manifestações e protestos são programadas em todo o País.

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FH | REGULAMENTAÇÃO

18 DE JULHO O ministro da saúde, Alexandre Padilha, pede à Polícia Federal que investigue denúncia de sabotagem do processo de inscrição do Mais Médicos, feito pela internet. Em uma semana, foram 11.701 inscrições de médicos e 753 de municípios.

2013

22 DE JULHO Um dia após anunciar a saída de câmaras e comissões técnicas do governo, o Conselho Federal de Medicina (CFMs) informa que entrou com uma ação civil pública contra a União para suspender o Mais Médicos.

26 DE JULHO Presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, emite decisão provisória confirmando validade da MP que instituiu o Mais Médicos, questionada por meio de mandado de segurança da AMB.

1 DE AGOSTO Governo desiste de aumentar o tempo de duração dos cursos de medicina. Nova proposta é tornar obrigatória a residência médica para todos os recém-formados, sendo o primeiro ano na atenção básica, urgência e emergência do SUS.

6 DE AGOSTO Período de inscrição no Mais Médicos termina com 16.530 profissionais com diploma brasileiro ou revalidado preliminarmente, mas apenas 938 confirmam a participação. Número equivale a 6% das 15.460 vagas declaradas pelos municípios.

8 DE AGOSTO Dezenas de médicos e estudantes de medicina de vários estados promovem ato contra a MP 621/13 na Câmara.

14 DE AGOSTO Primeira fase do Mais Médicos seleciona 1.618 profissionais - 1.096 com diploma brasileiro e 522 formados no exterior (maioria da Argentina, Cuba, Espanha e Portugal). Vagas preenchidas, no entanto, são apenas 10,5% da demanda manifestada pelos municípios.

13 DE AGOSTO Após adiamento e disputas políticas, Congresso instaura Comissão Mista que analisará MP do Mais Médicos.

FUTURO... Polêmica, a tramitação da MP 621/13 não deve ser fácil. A falta de acordo entre a base aliada dificulta a instalação da comissão mista que analisará a medida antes de encaminhá-la para votação na Câmara e no Senado – o prazo para a votação é de 60 dias (prorrogáveis por mais 60), contados a partir da publicação no Diário Oficial, ocorrida em de 9 de julho. O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Antônio Carlos Nardi, espera que a MP não sofra muitas alterações e que seja “aprovada o mais rápido possível”. Para o dirigente, o conjunto de iniciativas que formam o Mais Médicos é urgente e fortalece a assistência básica no País. Mas o otimismo do presidente do Conasems não combina com a resistência sofrida pelo projeto: o número de emendas apresentadas por deputados e senadoras contra a MP totalizou 567. Boa parte delas ataca os pontos mais polêmicos do texto, incluindo a importação de médicos sem revalidação do diploma. Outro ponto importante de discordância é a forma de contratação dos profissionais médicos. O deputado federal Mandetta (DEM/MS), autor de 49 das emendas apresentadas, diz que a MP tem inúmeros pontos de “confusão e trapalhada jurídica”, incluindo registros provisórios para médicos estrangeiros e estudantes de medicina. Apesar da polêmica e das dificuldades, o governo espera ter a MP aprovada nas duas casas até setembro.

*Até o fechamento desta edição, em meados de agosto, a Medida Provisória aguardava avaliação da Comissão Parlamentar Mista antes de ser votada na Câmara e no Senado.

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A novidade da Zona Sul de São Paulo. A Diretoria do Hospital Santa Paula tem o prazer de comunicar o início das atividades do novo Edifício do Instituto de Oncologia. Ele foi planejado para o maior conforto no atendimento do paciente oncológico, reunindo no mesmo local equipes de oncologia clínica, cirurgia oncológica e radioterapia.

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FH | operadora

Sob

pressão

Gerenciar a saúde dos funcionários não é tarefa fácil frente à onda de reajustes dos planos coletivos. Na briga por preços baixos, os departamentos de RH apostam em consultorias enquanto seguradoras como a Bradesco Saúde investem na transparência de informações Verena Souza | vsouza@itmidia.com.br

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m dia de frio, um cobertor curto em mãos e a certeza de que alguma parte ficará descoberta e prejudicada. a analogia serve para ilustrar a situação incômoda da saúde brasileira em que, frequentemente, algum dos elos do setor sai no prejuízo, quando não o paciente, descoberto de assistência pelo curto cobertor econômico. sem contar os fatores estruturais do sistema, a atual pressão de custos é intensamente abastecida pelas novas tecnologias, técnicas e medicamentos, aumento da sobrevida, das internações, falta de leitos, crescimento de participantes nos planos de saúde etc. Um dos integrantes dessa cadeia, que tem sentido no bolso o cenário descrito, são as empresas contratantes de planos coletivos – categoria esta que representa 77% de todos os planos comercializados no país. Com uma inflação médica de 16,4%, substancialmente superior ao IpCa (Índice de preços ao Consumidor amplo) de 6,1%, segundo último levantamento do Instituto de estudos de saúde suplementar (Iess), observa-se uma tendência de elevação nos reajustes anuais de planos coletivos - estabelecidos de maneira autônoma por cada operadora. os dados mais recentes da agência Nacional de saúde suplementar (aNs), por exemplo, apontam reajustes acima de 25% em 4,1% dos contratos coletivos, o equivalente a cerca de 46,5 mil contratos. dessa forma, o benefício ao funcionário, que é a segunda maior despesa em recursos Humanos (rH), superada apenas pela folha de pagamento, deixou de ser apenas uma preocupação exclusiva do rH e, cada vez mais, é fator decisório também para o diretor financeiro e, até, para o presidente da companhia. para o advogado especialista em planos de saúde sérgio parra, os profissionais de recursos Hu-

manos, em geral, não entendem como funciona a sinistralidade e acabam ficando à mercê dos reajustes, sem analisar o que o ocasionou. “a falta de assessoria se agrava em empresas pequenas, onde quem acaba cuidando dessas questões é o contador”, afirma parra. para prover esse suporte às organizações na hora de negociar preço e serviço junto aos planos, assim como ajudar no desenvolvimento de programas de promoção e prevenção, é que nasceram as consultorias especializadas em gerenciamento de planos, nicho de mercado crescente no país e bastante comum nos estados Unidos.

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otimiZando custos Linhares, da Na busca por melhorar sua negoWilson Sons: poder de ciação, o grupo Wilson sons, de negociação junto logística portuária e marítima, há à operadora quatro anos mantém contrato com é maior com a multinacional aon Hewitt brasil, suporte de uma que administra cerca de 1.250 tituconsultoria lares de planos da companhia brasileira. “Quando estou negociando diretamente com o prestador, levando em conta a quantidade de vidas que ção geográfica da população”, diz o executivo tenho, tem um peso. e quando estou com um ao explicar a necessidade frequente de se corretor e sua carteira de vidas, o processo de trabalhar com diferentes tipos de planos e negociação fica muito mais robusto”, conta o operadoras para empresas com unidades esgerente de recompensa e planejamento de palhadas pelo brasil. a escolha do benefício desenvolvimento Humano e organizacional passa também pela análise do que está sendo (dHo) da Wilson sons, antonio Linhares. atu- praticado no mercado. “Clientes na área de almente a aon, com sede em Londres, possui tecnologia, por exemplo, com mão de obra uma carteira de mais de 500 clientes corpo- qualificada, costumam oferecer planos merativos no brasil, incluindo 1.300 vidas nesta lhores”, exemplifica o executivo. área de benefícios. depois de fechado o negócio com determinao vice-presidente técnico de benefícios da operadora, inicia-se a gestão desse contrato globais da aon Hewitt brasil, Humberto por meio de acompanhamento mensal dos torloni, descreve as etapas de trabalho da resultados financeiros e avaliação de indiconsultoria, sendo a primeira delas a escolha cadores de utilização (índice de consultas, do plano, que vai além da simples cotação. exames, internações, frequência etc.). “su“tenho que analisar, por exemplo, a distribui- pomos que uma pessoa fez 83 consultas em Aon Hewitt Brasil • Mais 500 clientes corporativos na área de benefícios • 1.300 vidas • 10 escritórios • Cerca de 25% de crescimento ao ano em Saúde • Foco: corporações de médio e grande porte

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FH | OPERADORA

Custos crescentes para as empresas Inflação Médica x Inflação Geral

Inflação Médica

18.00%

15.33%

16.00% 14.00% 12.00% 10.00% 8.00%

6%*

6.00%

Inflação Geral

4.00% 2.00%

* Projetado

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2009

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Foto: Luciana Areas

Fonte: Aon Hewitt Brasil

Coriolano, da Bradesco Saúde: a demanda vai além da qualidade do produto e rede de prestadores

um ano, neste caso é preciso um trabalho de orientação e, para isso, temos uma área de enfermagem, assistência social e de médicos”, conta Torloni, lembrando que se a empresa tiver um médico do trabalho, é feito um trabalho em conjunto. Das mais de mil vidas da Wilson Sons gerenciadas pela Aon, cerca de 975 são clientes da Bradesco Saúde* e acarretam um gasto de R$ 1,4 milhão à empresa de logística. Na última negociação com a operadora, o grupo conseguiu economizar 8% sobre a apólice. “A Bradesco apresentou um aumento de 18% e, com o suporte da Aon, fizemos uma proposta de 10% em janeiro deste ano, seguida de avaliação e contenção do sinistro pelos próximos meses. E conseguimos permanecer com o sinistro abaixo da meta, evitando os 8%”, conta Linhares, ressaltando a importância dos relatórios gerados pela Aon que indicam os maiores riscos da apólice. “E com base nisso, eu tenho subsídios para negociar. Eles iniciam as conversas, mas nas reuniões de decisão final, eu é quem participo”, conta. VISÃO DO PLANO O presidente da Bradesco Saúde, Marcio Coriolano, vê a pressão dos custos sobre

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a relação entre empresa e operadora com normalidade. “Nos habituamos a isso e, por isso, nos especializamos em mostrar para o cliente onde o calo está apertando”, afirma o executivo, enfatizando que atualmente a demanda excede o produto e a qualidade da rede de prestadores. Segundo ele, assim como as consultorias, as operadoras também estão preocupadas em munir as empresas com informações a fim de prover a melhor assistência aos funcionários. Exemplo disso foi a criação do Sistema de Informações Gerenciais (SIGE) que acompanha as despesas ocorridas, possibilitando a geração de relatórios sob medida para as necessidades de análise do comportamento das despesas médico-hospitalares e a identificação de ajustes no desenho do plano-benefício. “O sistema é acessado pela internet e são encontradas informações que vão desde quanto gastam os colaboradores por tipo de evento, por prestador, podendo chegar até em informações por cada segurado, no entanto, apenas o médico designado da empresa pode ter acesso a esse tipo de dado. Isso dá a transparência necessária para a empresa questionar a Bradesco Saúde”, enfatiza. A segunda opinião médica pode ser outra forma para evitar o uso desequilibrado dos convênios médicos. A Bradesco Saúde, por exemplo, em parceria com os Hospitais Albert Einstein (SP) e Mater Dei (MG), fez um projeto desse tipo para proporcionar aos pacientes eventuais alternativas de tratamento de patologias de coluna vertebral que não sejam a intervenção cirúrgica, com ou sem colocação de prótese. Com isso, mais de 67% dos casos indicados para cirurgia de coluna foram desaconselhados pelo projeto. Outro caminho indicado pelas consultorias e operadoras é a chamada coparticipação, na qual o beneficiário arca com uma parcela das consultas e exames mais

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FH | OPERADORA

DESEQUILÍBRIO DE MERCADO Os mais de 47 milhões de usuários de planos de saúde pagam cada vez mais caro pelo serviço que, ainda, figura entre os maiores índices de reclamações. A situação dos reajustes é problemática para os dois tipos de contratação existentes: planos individuais/familiares ou coletivos (contratados por empresas, associações ou sindicatos). A atual regulação estabelece índices máximos de reajustes para os individuais/familiares, fixados este ano em 9,04% - 2,55 pontos porcentuais acima do IPCA, atingindo 8,4 milhões de pessoas (17,6% do total dos brasileiros com planos). Já nos coletivos, os valores são livremente reajustados pelos fornecedores, aspecto este, que, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), fere os direitos previstos no Código de Defesa do Consumidor. O instituto é radicalmente contra a falta de estabelecimento de um teto para esse tipo de serviço. “É direito básico do cidadão ter a informação prévia sobre os custos do serviço”, afirma a advogada e pesquisadora do Idec, Joana Cruz. Em pesquisa de julho deste ano, o Idec apontou que houve aumento excessivo nas mensalidades de planos de saúde coletivos (com até 30 usuários - 85% do total), com reajustes superiores a 20%. “O valor teto deve acompanhar o IPCA e a renda do consumidor, o que não acontece em nenhum dos tipos. Se continuarmos nessa tendência, um plano se tornará impagável daqui a 30 anos”, diz Joana, que defende uma profunda revisão do sistema e também do papel da ANS como regulador. Para se ter uma ideia, nos últimos cinco anos, as despesas assistenciais das associadas à Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) cresceram 133,8%. “As mensalidades pagas pelos beneficiários de planos são a única fonte de recursos que mantém este sistema. Desta forma, qualquer desequilíbrio que gere resultados deficitários ou insuficientes para cobrir as despesas assistenciais recai sobre o próprio consumidor”, disse a FenaSaúde, em comunicado à FH. O fato é que o setor de saúde continuará crescendo a um índice mais alto do que a inflação geral devido aos diversos fatores socioeconômicos e, enquanto isso, os valores vão sendo reajustados com o objetivo de assegurar o equilíbrio financeiro dos contratos e, consequentemente, a viabilidade da Saúde Suplementar. Resta-nos saber até quando.

Torloni, da Aon: análises geográficas e de mercado são importantes para a escolha do plano

comuns. Em relação aos chamados programas de promoção e prevenção - que podem incluir atividades físicas, palestras educacionais, consultas básicas periódicas, levantamento e acompanhamento de crônicos, entre outros -, é consenso entre os entrevistados de que são iniciativas importantes, mas não determinantes para a redução dos gastos com planos. “Os resultados desses programas são de longuíssimo prazo. Não é com isso que se controla sinistralidade. Hoje se dá pela regulação da utilização, ou seja, controle forte por parte da operadora na hora de autorizar um procedimento médico e na questão do reembolso para segurados. O pente fino está na conta médica”, opina o advogado Parra.

* Números Bradesco Saúde • A Bradesco Saúde e sua controlada Mediservice possuem mais de 4,083 milhões de clientes; • Crescimento de 10,13% em número de beneficiários no 1° tri; • Faturamento de R$ 5,7 bilhões no 1° semestre, o que representa crescimento de 24,4%; • Carteira de pequenas e médias empresas é de mais de 678 mil vidas. No primeiro semestre de 2013, a carteira – grupos de 03 a 99 segurados – apresentou aumento de 30,4% em números de beneficiários; • 95,3% da carteira é composta por seguros coletivos; • Em junho de 2013, a sinistralidade direta (prêmio x sinistro) caiu 0,2% em relação ao primeiro semestre de 2012; • Cerca de 70 mil empresas no Brasil são clientes da Bradesco Saúde e da Mediservice. Atualmente, dentre as 100 maiores empresas em faturamento do Brasil, 53 estão na carteira das duas empresas Fonte: Bradesco Saúde/Resultado de 2013 em comparação ao mesmo período referido em 2012

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FH | ENTRE ELOS

CONTROLE

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PRESCRITO

Tati Seoane | editorialsaude@itmidia.com.br

Muitos projetos não dariam os mesmos resultados se caminhassem sozinhos. Tanto é que a empresa Prime Interway, fornecedora de produtos de automação comercial e mobilidade corporativa, sempre trabalha junto a parceiros para complementar as suas soluções de hardware. “Isto porque a junção de soluções é também uma exigência do cliente”, diz Justino Moura, gerente comercial da empresa. E foi assim que aconteceu a instalação de um sistema de leituras de códigos de barras para controlar os lotes e validade dos medicamentos do Hospital Estadual Vila Alpina (Heva), de São Paulo. Para estas e outras automatizações, o hospital contou com o trabalho em conjunto da Prime Interway e Disclinc, fornecedora da solução Alphalinc, uma suíte de aplicativos para a cadeia de suprimentos, baseada nas tecnologias web services e SOA (Arquitetura Orientada a Serviço).

Fachada do Hospital Estadual Vila Alpina (Heva)

E

logiado pelos parceiros da implantação do Alphalinc, o Heva é um hospital que investe em tecnologia e nos processos de melhoria e automatização do atendimento. Acolhe uma região de 30 mil habitantes e é referência na zona leste da cidade de São Paulo. E 95% dos pacientes são provenientes do pronto-socorro.

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A

companhia entrou na implantação do Heva para fornecer automação e melhor usabilidade à solução Alphalinc por meio de seu hardware (coletores de dados). Com atuação nacional e operações 100% via canais, atua em setores como banco, varejo, logística, indústria, saúde, governo etc. Foto: Divulgação

Coletor de dados da Prime Interway

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HOSPITAL ESTADUAL VILA ALPINA Antes desta implantação, o Heva passava por um processo em que a farmácia retirava diariamente as prescrições médicas nas unidades de internação, e os farmacêuticos faziam a triagem no papel antes de liberá-las para separação. “O inventário era todo manual com diversas contagens e recontagens, gerando grande possibilidade de erro”, explica o coordenador de tecnologia da informação do Heva, Rodrigo Bonci. “Não existia controle de código de barras de todos os medicamentos, tampouco a leitura do código de barras 2D (bidimensional Datamatrix)”, afirma. Hoje, com o Alphalinc, quando o médico receita, o farmacêutico recebe a prescrição online na tela do computador e, logo, realiza a triagem. Para Bonci, garantir a integração e confiabilidade dos sistemas foi um dos principais desafios da implantação. “Fizemos testes com diversas cargas de dados e realizados por diversas vezes. Para isso contamos com um total empenho das equipes de TI e financeiro do SECONCI-SP (Serviço Social da Construção Civil), e TI da Disclinc e Heva”. Após esta etapa, o sistema de gestão - que contempla a prescrição médica, recebimento de mercadorias, ordem de compra e o sistema financeiro corporativo Datasul -, foi adaptado à nova plataforma. Além disso, o procedimento contou com treinamento dos funcionários do departamento de farmácia, enfermagem e TI interna do Heva. Com o Alphalinc, houve também a informatização do setor de fracionamento do hospital. Agora, quando se recebe uma nota fiscal, o sistema gera num Dashboard (lista de tarefas para acompanhamento, baseado no consumo dos medicamentos).

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C Jamil Mattar, diretor geral da Disclinc

om o software de gestão para toda a cadeia de logística e suprimentos, a companhia - integrante da empresa americana Quadrant Holding - definiu que, ao lado de parcerias, poderia oferecer soluções mais completas e inteligentes. Há sete anos no mercado brasileiro, a solução Alphalinc está direcionada aos setores de Saúde e Petrolífero.

Foto: Divulgação

O HARDWARE PRIME INTERWAY Desde 1994, a Prime Interway trabalha em projetos de instalações de códigos de barras no Brasil. Nestes primeiros anos, Justino Moura, conheceu Jamil Mattar, diretor geral da Disclinc, que na época, atuava como CIO do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A partir daí, os dois executivos traçaram um caminho de muitas parcerias até chegar no Heva. “Não queremos apenas colocar equipamentos puros e simples. É sempre necessário um software para as leituras”, explica Moura. No caso da implementação do Alphalinc na entidade, a necessidade era buscar mais mobilidade para a solução. Segundo Moura, um fator que ajudou na implementação foi a abertura da equipe do Heva a uma evolução de melhoria dos sistemas de atendimento ao cliente e controles de chegada de medicamentos e do almoxarifado. “É surpreendente que hospitais públicos no Brasil se preocupem com este rastreamento”, diz o executivo. “Em geral, vemos softwares de gestão, mas não com mobilidade”.

A SOLUÇÃO ALPHALINC A partir do software de logística Alphalinc, Mattar procurou definir parceiros de tecnologia para complementar a solução e lembrou-se das experiências com Justino Moura. “As parcerias sempre vêm de relacionamento”, afirma. Desta maneira, na implementação do sistema de gestão para a cadeia logística do Heva, a prioridade foi usar um processo de leituras de códigos de barras com tecnologia wi-fi, para garantir mais mobilidade aos procedimentos da farmácia e do departamento financeiro. “Neste projeto, foi fundamental trabalhar sem a preocupação com os equipamentos”, diz Mattar. De acordo com o executivo, a parceria levou ao hospital uma infraestrutura de melhor usabilidade dos sistemas, além de permitir a armazenagem do medicamento de forma adequada, minimizando os erros até mesmo na hora de medicar o paciente, inclusive na dosagem.

*Após conceder entrevista para a reportagem, Justino S. de Moura assumiu o cargo de diretor Comercial da Disclinc e Sandro Farah Manzano assumiu o cargo de gerente Comercial da Prime Interway

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FH | especial edifício saúde

Aliado da

cura Marcelo Vieira• marcelo.v ieira@itmidia.com.br

Diante da expectativa do envelhecimento da população, crescem os investimentos das intuições de saúde brasileiras na oncologia. Os novos espaços apostam em ambientes mais acolhedores, que buscam a humanização para reduzir o sofrimento dos pacientes Foto: Divulgação

H

umanização e oncologia são termos que caminham juntos quando se trata dos edifícios desta especialidade lançados nos últimos anos. Os investimentos cada vez maiores em prédios e alas altamente adaptados chamam a atenção não só pelo aspecto da assistência, mas também pelo diferencial competitivo. Afinal, a expectativa de vida e a incidência da doença na população brasileira crescem na mesma medida que a disposição dos pacientes em gastar o necessário para obter a cura. Não há dados consolidados sobre os investimentos em centros e institutos oncológicos por parte do setor de saúde, mas a análise dos mais recentes permite verificar o fortalecimento de uma tendência. A Beneficência Portuguesa de São Paulo, por exemplo, aumentou substancialmente os aportes em oncologia nos últimos dois anos, quando trouxe para o corpo clínico os médicos Antonio Buzaid e Fernando Maluf (mais uma equipe de 15 especialistas), oriundos do Hospital Sírio-Libanês. Em junho último foi a vez de lançar o Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, estrutura dividida entre os hospitais São José e São Joaquim, e que consumiu cerca de R$ 12 milhões. Quando for inaugurado um terceiro prédio do centro (ainda sem previsão de

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data), exclusivo para atendimento oncológico, os investimentos devem alcançar R$ 160 milhões. O superintendente de infraestrutura da Beneficência, Luiz Celso Camargo, explica que o centro representa o alinhamento da administração e dos recursos aplicados pela instituição em oncologia. Para isso, algumas áreas do Hospital São José e do bloco 5 do Hospital São Joaquim tiveram que ser completamente reformados. “Os consultórios para o atendimento são bastante amplos, assim como os quartos e boxes individuais para quimioterapia, com espaço para os acompanhantes e privacidade para os pacientes”, explica o executivo. Pensados para atender públicos de alto poder aquisitivo, os espaços do Centro Oncológico buscam tornar mais agradável a permanência do paciente. Receberam particular atenção, a decoração e a iluminação dos ambientes. Além disso, os quartos foram adaptados para que a quimioterapia possa ser feita em pacientes deitados, e os boxes tradicionais são a prova de som, garantindo tranquilidade. Outro ponto importante, na opinião de Camargo, é a centralização do diagnóstico e do tratamento do paciente com câncer em um mesmo espaço físico: os dois hospitais contam com estruturas

semelhantes, com equipamentos para consultas e terapia, dispensando deslocamentos desnecessários e permanecendo sob cuidado da mesma equipe multidisciplinar. “Humanização não é só espaço físico, a parte humana também é fundamental”, pondera. A Beneficência estima um incremento de 20% a 30% no número de pacientes oncológicos atendidos a partir do estabelecimento do centro. Privacidade Outro prédio pensado em detalhes para humanizar o atendimento em oncologia é o da Unidade Perdizes Higienópolis do Hospital Israelita Albert Einstein. O acessoaoCentrodeOncologiaéfacilitadoporrampas e elevadores, e o trânsito interno desobriga o paciente à passar pelas salas de espera, garantindo a privacidade de quem não queira ser visto. Inauguradoem2010,oespaçopossuiboxesindividuais, isolados e privativos, mas pensados para serem confortáveis, “praticamente um quarto hospitalar”, explica o médico responsável pela área oncológica da unidade, Rafael Kaliks Guendelmann. A própria localização do prédio, afastada do hospital central no Morumbi, é apontada como outra vantagem.

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Novo centro do HSP custou cerca de R$ 26 milhões e sua gestão técnica é coordenada por Paulo Hoff, médico-diretor do Sírio-Libanês

Os cinco andares que somam 4 mil m²do Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula (HSP) foram pensados para melhorar qualidade de vida dos pacientes

Santa Paula, box de infusão tem grandes janelas e iluminação controlável Foto: Divulgação

“É um bairro mais distante para trazer um ambiente mais tranquilo”, explica o médico do Einstein, que também aposta na multidisciplinaridade da equipe de apoio. “A estrutura conta com uma equipe de atendimento psicológico e dental, entre outras especialidades. A proximidade com a equipe de exames evita que o paciente se desloque para outras áreas.” Para aumentar a capacidade de acolhimento destes pacientes, a unidade adotou o modelo Planetree, filosofia que coloca o paciente no centro do processo assistencial. Assim, estão à disposição serviços de nutrição, entretenimento, terapias de integração e até espiritualidade. Objetivo: minimizar os impactos dos agressivos tratamentos oncológicos. Alicerce Inaugurado no fim de junho na capital paulista, o Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula (HSP) custou cerca de R$ 26 milhões. Localizado bem ao lado do prédio hospitalar da instituição na zona sul da capital paulista, a gestão técnica da estrutura está a cargo do Sírio-Libanês, liderada pelo renomado Paulo

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Afastada do hospital central no Morumbi, a Unidade Perdizes Higienópolis do Hospital Israelita Albert Einstein está localizada em bairro tranquilo na capital paulista, e adotou o modelo Planetree, filosofia que coloca o paciente no centro do processo assistencial

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FH | especial edifício saúde Foto: Divulgação

Quarto no Beneficência Portuguesa é amplo para acomodar acompanhantes

Hoff. A capacidade de atendimento ambulatorial é de cerca de 800 pacientes por mês, meta que o hospital espera alcançar em cerca de um ano. Com a qualidade da assistência assegurada pela parceria, a atenção se volta para a infraestrutura do prédio, construído desde a base considerando os princípios de humanização. Os consultórios, por exemplo, são maiores que os tradicionais com o objetivo de abrigar não só o paciente, mas “toda a família, que fica doente junto”, conforme explica o diretor clínico do Santa Paula, Otávio Gebara. São cinco andares que somam 4 mil m²: os dois primeiros possuem consultórios médicos e os dois últimos boxes individuais – as grandes janelas permitem que o paciente em tratamento olhe para a cidade de São Paulo durante as horas que obrigatoriamente ali ficará. Abaixo do nível da rua, no quarto subsolo, está o acelerador linear para radioterapia. Embora protegido por paredes e portas imensas, mesmo este pavimento busca agradar o paciente: as paredes espessas e portas pesadas são decoradas com quadros e papeis de parede claros. No terceiro andar está o centro de convivência do instituto, que abriga uma biblioteca, um cybercafé, uma sala de nutrição e de estética (com assessoria de maquiagem e perucas) e o auditório, para conferências e palestras educativas entre médicos e pacientes. Há

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também um sino dourado na parede central do centro, tocado todas as vezes em que um paciente recebe um diagnóstico de cura. “Todo o Instituto de Oncologia foi concebido através de um longa pesquisa no exterior e com pacientes do próprio Santa Paula”, explica a diretora da Duarte Schahin Arquitetura, Célia Schahin, responsável pelo projeto do prédio. “Os aspectos de humanização foram fundamentais: conforto térmico, acústico, diferentes iluminações nos boxes para cada ocasião... Tudo para que o processo de cura seja menos sofrido.” Segundo o diretor presidente do Hospital Santa Paula, George Schain, a nova unidade do Santa Paula faz parte da estratégia de ampliar o atendimento a pacientes com câncer. Espera-se que o investimento aumente o faturamento global da instituição entre 25% e 30%, e que a oncologia responda com 50% de todas as receitas, algo entre R$ 12 e R$ 14 milhões por ano. “Nossas prioridades são três: oncologia, oncologia e oncologia”, reitera o executivo. Eficiência Para Luiz Gonzaga Leite, responsável pelo corpo de psicólogos do Hospital Santa Paula que atende no Instituto de Oncologia, o espaço pensado de forma humanizada tem a capacidade de alterar o estado de consciência dos pacientes, influindo sobre o sistema imunológico. “O ambiente tem o poder de facilitar a relação psíquica, promover a integração e o crescimento da pessoa, assim como pode adoecê-la”, explica. O trabalho de humanização na área oncológica busca minimizar o sofrimento causado desde o diagnóstico da doença, explica Leite, que coloca o paciente em contato próximo com o medo da morte. “A arquitetura hospitalar pode ser considerada um elemento chave para a construção de um ambiente de cura. Esta qualidade do espaço físico tem uma influência real no processo de recuperação.” Mas João Carlos Bross, sócio da Bross Consultoria e Arquitetura, especializada em edifícios para a área de saúde, diz que a humanização não depende só do ambiente, mas também da visibilidade dada ao indivíduo que o frequenta. Para isso devem ser considerados elementos como o comportamento, a mecânica do processo assistencial, os serviços de suporte ao funcionamento do hospital e, mais importante, o tratamento dos profissionais que ali atuam, “a principal humanização”, defende o arquiteto.

Humanização também é foco do setor público Localizada em Salvador (BA), as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), entidade filantrópica que administra um dos maiores complexos hospitalares operando integralmente no SUS, teve que esperar mais de 10 anos para receber do governo do estado um terreno localizado ao lado do Hospital Santo Antônio, pertencente ao complexo. O espaço abrigará a Unidade de Radioterapia e Quimioterapia (URQ), que deve ampliar o número de pacientes em tratamento contra o câncer atendidos dos atuais 500 por mês para mais de 2 mil – inclusive em radioterapia, tratamento até então não oferecido pela OSID. A superintendente da entidade, Lucrécia Savernini, diz que o projeto do novo Centro Oncológico – já aprovado pelo Ministério da Saúde – busca desafogar uma estrutura que está no limite da capacidade de atendimento, mas que o tema da humanização não foi desconsiderado. A sala de espera, por exemplo, será muito maior que a atual que está em funcionamento no Hospital Santo Antônio. Também crescerão o número de consultórios (de quatro para dez), de poltronas para infusão (serão 30 novas) e, principalmente, o espaço físico (1600 m²). “É uma quebra de paradigma”, explica Arturo Braga, líder do Núcleo de Projetos e Obras da OSID, departamento responsável pelo projeto do novo prédio. “A possibilidade do acompanhante estar sempre junto do doente é algo que geralmente não acontece no hospital público.” Apesar das diferenças óbvias, a intensidade das preocupação estruturais não são tão diferentes daquelas das instituições dos grandes centros. Sob o ponto de vista da humanização, o projeto da URQ considera facilidade e flexibilidade de acesso, privacidade dos leitos, necessidade de interação com o espaço, iluminação, entre outros aspectos. Organizacionalmente, representa a capacidade para crescimento orgânico da instituição, principalmente no campo oncológico. O início das obras está programado para setembro e inauguração prevista para junho de 2014.

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EXPECTATIVA DE ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO E MUDANÇA DE PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO BRASILEIRO APONTAM O MODELO HOSPITALOCÊNTRICO COMO ULTRAPASSADO. AGENTES DO SETOR ACREDITAM NA TENDÊNCIA DA DESCENTRALIZAÇÃO, MAS SE SENTEM ENCURRALADOS DIANTE DE DESAFIOS COMO A DEMANDA POR LEITOS, A SUSTENTABILIDADE DE MODELOS ALTERNATIVOS E QUESTÕES CULTURAIS Maria Carolina Buriti | mburiti@itmidia.com.br

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Terra não é o centro do universo como todos acreditavam até as descobertas de Galileu Galilei e Nicolau Copérnico. Salvo às devidas proporções, essa teoria permite uma analogia com o modelo “hospitalocêntrico” vigente no sistema brasileiro de hoje, onde tudo, principalmente o paciente, está em torno do hospital. Tal modelo é condenado pelos agentes do setor e apontado como insustentável, por conta dos altos custos necessários para a operação do hospital e a pouca resolutividade de um fluxo que foca na doença e não na saúde, deixando para trás a tão necessária prevenção. Essas condições atuais têm impactado diretamente a construção do Edifício Saúde deixando sempre como tendência, mesmo que a passos lentos, o desenho de um organismo estruturado em volta do paciente. Tais questões aparecem na pauta de novas construções, porém enfrentam como desafios uma rápida expansão hospitalar. Esse “gap” entre um possível mundo ideal (descentralização) e o emergencial (acesso imediato) esteve entre as questões mais discutidas pelo IT Mídia Debate, que abordou “Tendências e expectativas sobre as configurações do Edifício Saúde diante da desospitalização”, e reuniu o superintendente operacional do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Paulo Vasconcellos Bastian, o autor do livro “Hospital Dia – um modelo sustentável”, Newton Quadros, a diretora de Projetos da Kahn do Brasil, Carolina Botelho, o Superintendente de Atenção à Saúde da Unimed Vitória, Paulo Magno do Bem, e a arquiteta e consultora da L+M Gets, Iside Falzeta. Leia os principais trechos da discussão a seguir.

Quadros, do Baía Sul: nos EUA, 70% dos procedimentos de baixa e média complexidade foram transferidos de hospitais para centros ambulatoriais

Foto: Ricardo Benichio

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FH | IT MÍDIA DEBATE Especial Edifício Saúde

Iside, da L+M Gets, acredita nos hospitais para suprir a carência de leitos

EM CONSTRUÇÃO O setor de saúde está em expansão e tais investimentos são impulsionados por uma demanda existente tanto na área pública quanto na privada. Basta analisar os últimos números sobre o assunto. Na primeira delas, o governo, por meio do programa “Mais Médicos”, promete, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhora da rede pública de saúde de todo o Brasil considerando unidades básicas, unidades de pronto atendimento e R$ 7,4 bilhões para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação de unidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários. Já no segundo, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) divulgou levantamento recente mostrando que, se o número de pessoas com plano de saúde crescer 2,1% ao ano, os hospitais precisarão de mais 13,7 mil leitos até 2016, ou o equivalente a R$ 4,3 bilhões em investimentos. A entidade também consultou 20 grupos hospitalares que disseram ter pretensão de abrir 4,3 mil novos leitos no período. Agora resta saber como essas construções acontecerão e até que ponto a ideia de descentralização estará na cabeça do gestor de saúde no momento da concretização desses investimentos. “O que devemos tratar no Brasil tem a ver com a organização do sistema de saúde”, afirma Quadros, que também é presidente do Conselho de Administração do Hospital Baía Sul. Ao citar estatísticas dos Estados Unidos, o autor afirma que 70% dos procedimentos de baixa e média complexidade foram transferidos

de hospitais para os Ambulatory Sugery Center, que hoje já são 5.300 unidades em todos os 50 estados dos EUA, e que essa mudança ocorreu sem a queda no número de leitos hospitalares. Segundo ele, “é preciso entender o fenômeno que vai resultar nessa nova visão da arquitetura e gestão”. Tal entendimento passa pela tecnologia e economia. No primeiro, avanços nas técnicas cirúrgicas e nas anestesias, que possibilitam o paciente ficar menos tempo internado e ter recuperação mais rápida. Já o segundo aponta um novo caminho para um sistema que tem se mostrado insustentável. “Ou buscamos uma alternativa conjunta de viabilidade e sustentabilidade ou dificilmente estaremos juntos, aqui, em 10 ou 15 anos, pois a situação econômica está ruim para todos os players”, dispara. O executivo defende como alternativa os hospitais dia - direcionados à procedimentos de média e baixa complexidade e cirurgias onde seja possível a recuperação de pacientes em um limite de 24 horas. No Brasil, o hospital dia ainda é tímido, não há mais de 10 a 15% de procedimentos realizados fora do ambiente hospitalar, enquanto em países como Espanha e Estados Unidos estão mais avançados. “Esse fenômeno deve ser tratado pelos dirigentes de operadoras e hospitais, pois há o ponto estratégico: até quando se pode crescer na estrutura hospitalar? Eu trabalho em hospitais desde 1987 e questiono o gigantismo que alguns adotam como risco forte e eminente”, provoca. A arquiteta Iside, da L+M Gets, acredita que a expansão dos hospitais ocorre pelo acesso emergencial demandado pela população, o que implica no aumento no número de leitos. “Discordo sobre o ‘gigantismo’ dos hospitais, e acredito neles como solução para a saúde”, opina. O crescimento de mercado também é um fator apontado por ela: “quem compra (plano de saúde) quer atendimento, isso tem relação com a oferta do produto: vendeu tem de entregar”. Quadros cita os hospitais dia que conseguiram resolver, de certa forma, a equação pela demanda do atendimento. O hospital Baía Sul, em Florianópolis (SC) realiza, com investimento de R$ 11 milhões, 850 procedimentos cirúrgicos por mês em uma estrutura de 22 leitos, 6 salas cirúrgicas e 90 pessoas trabalhando. Outro exemplo é um hospital dia em Salvador (BA) onde são feitas 1.800 cirurgias/ mês em um espaço com 8 salas e 32 leitos. “Do ponto de vista econômico e pelo tamanho do País com mais de 5 mil municípios, o poder público não consegue colocar hospitais de R$ 80 milhões ou R$ 100 milhões para atender essa demanda”. SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA Se por um lado, o modelo hospitalocêntrico vigente na saúde brasileira parece insustentável diante dos desafios de custos e gestão, por outro os números mostram que faltam leitos. De acordo com levantamento da Anahp, no Brasil há cerca de 6.200 hospitais com aproximadamente 449 mil leitos. “Enquanto nos Estados Unidos, onde há grande desospitalização, os números aproximados são de 5.700 hospitais para 923 mil leitos. Isso é, em média, 71 leitos por hospital aqui, enquanto lá são cerca 170 leitos”, cita o superintendente do Hospital Alemão Oswaldo

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MUDANÇA CULTURAL

A cultura do hospital parece estar arraigada na sociedade brasileira, seja pela forma como o sistema se construiu, pelos problemas de acesso ou até mesmo pela percepção de resolutividade do ambiente hospitalar. Bastian, do Oswaldo Cruz, sente a resistência quando a pauta é desospitalização. “É a cultura do brasileiro, temos muita hotelaria e acolhimento. As famílias pagam um plano de saúde, por isso elas acham que tem de ficar no hospital”, conta. Magno do Bem, da Unimed Vitória, também compartilha da situação. “Chegamos à conclusão que a desospitalização começa antes da internação, explicando para a família do paciente como será feito”. Ao paciente cabe a educação e a percepção de que o hospital não é tudo e é possível, receber atendimento em estruturas mais simples. “Temos de educar a população a ter uma dor de cabeça e ir a uma UPA e não a um hospital”, acredita Quadros. O sucesso do hospital dia citado por Quadros não é unânime. Durante o debate Bastian lembrou do day clinic do Grupo Fleury em São Paulo, que tinha um movimento razoável, mas não parecia sustentável a longo prazo e acabou desfeito na época em que o grupo abriu capital. O Oswaldo Cruz tem um day clinic também na capital paulista que, segundo o executivo, “anda devagar” e sente uma resistência dos médicos em fazer cirurgias nesses unidades.

Cruz, Paulo Bastian. A média reflete a difícil gestão de hospitais de pequeno porte: ainda segundo o levantamento da entidade, nos últimos cinco anos cerca de 280 hospitais privados no País, parte deles com menos de 120 leitos, fecharam as portas. “Para ter equilíbrio, as entidades precisam ter entre 120 e 150 leitos, com menos, costumam sofrer bastante para se sustentar”, analisa o executivo. “Se compararmos os 300 milhões de habitantes lá e os 197 milhões aqui, a proporção (de leitos) deles é maior ainda que a nossa, mesmo com 70% de desospitalização”, completa. Para o executivo, isso acontece nos Estados Unidos porque a cultura dos ambulatórios, day clinics, como já colocado por Quadros, está mais difundida por diversos fatores, entre eles a rede de atenção domiciliar estruturada. Assim, diante de uma necessidade imediata e uma cultura incipiente, o que tem ocorrido ultimamente é a expansão da rede hospitalar pública e privada, considerando, ou não, a descentralização do hospital: investe-se em unidades “externas”, ou compra-se o terreno ao lado para ampliar o prédio central. O próprio Oswaldo Cruz faz parte dessas entidades em expansão: recentemente passou de 250 para 350 leitos. Bastian endossa o que muitos gestores comprovam na pele: para se manter sustentáveis, ter qualidade e manter segurança, os hospitais devem ter um número de leitos adequados. “Pode ser um hospital geral com áreas de especialidades ou hospitais de especialidades, o que daqui pra frente acho que vai acontecer bastante”, opina. Veja mais sobre a arquitetura de recentes centros especializados na página 36.

Carolina, da Kahn, defende unidades externas nos bairros para atender pacientes com doenças corriqueiras

PERFIL DO PACIENTE A discussão sobre descentralização ganha força quando se coloca em jogo elementos como a relação da vida do paciente com a cidade onde mora. Em um lugar como São Paulo, com todos os problemas que uma metrópole pode oferecer, como trânsito e grandes distâncias, torna-se necessário pensar em unidades descentralizadas para procedimentos mais simples como o próprio Sistema Único de Saúde (SUS) já faz. “Vemos hospitais no Brasil já descentralizando e tirando o atendimento ambulatorial, pois principalmente em São Paulo eles chegaram num ponto que não têm mais para onde crescer”, explica Carolina, da Kahn. Ela ainda aponta dificuldades como o preço do terreno na capital paulista. “É possível colocar unidades externas nos bairros para atender, por exemplo, um paciente que tenha uma gripe ou algo mais simples”. Para desenhar o edifício do futuro é fundamental considerar o crescimento da população de idosos e sua maior incidência de crônicos. “Eles precisarão ir mais vezes a esses edifícios de saúde e com o deslocamento até unidades próximas, se descarrega o hospital e é mais fácil e rápido para eles”. O Oswaldo Cruz já gere um edifício com demandas fomentadas pelo perfil de paciente citado pela executiva da Kahn. Na instituição, no centro da capital paulista, 60% dos pacientes têm mais de 60 anos de idade. Entre as especialidades atendidas está a área de

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FH | IT MÍDIA DEBATE Especial Edifício Saúde

Magno do Bem, Unimed Vitória: desospitalização passa pela articulação das redes

atenção do idoso, com prevenção e acompanhamento. Uma das ações é, por exemplo, investir na rápida desospitalização deste paciente, considerando padrões de segurança e o quadro do doente, para que ele possa ser cuidado em casa ou em homecare. “Isso tem demonstrado que é muito bom para a recuperação do paciente. Ele se sente melhor e sai do risco de uma eventual infecção dentro do hospital”, conta Bastian, acrescentando que, além disso, há também a questão de custos, onde a entidade trabalha para mitigá-los em parcerias com as operadoras. A Unimed Vitória, representada por Paulo do Bem, também começou a fazer um trabalho parecido com o do Oswaldo Cruz, investindo em assistência domiciliar como forma de reduzir a desospitalização, diminuir custos e melhorar a saúde geral do paciente. O projeto começou em 2012 e envolve as unidades credenciadas e próprias, auditorias e a homecare da própria Unimed Vitória. “Reduzimos em 50% o número de pacientes com longa permanência nos hospitais da rede”, conta o executivo. Essa mudança do perfil do paciente tendo em vista o envelhecimento da população, que em alguns lugares já demostra sua força como no caso do Oswaldo Cruz, se soma à transição epidemiológica de doenças agudas para enfermidades crônicas e a um modelo de sistema fragmentado e, por isso, desconectado, sem a verdadeira gestão da saúde do paciente. “Temos que falar em desospitalização, mas também em ‘não hospitalização’ e isso passa pelo

DESAFIOS NA ARQUITETURA DO EDIFÍCIO SAÚDE PACIENTE NO CENTRO • Unidades de oncologia já estão mudando o conceito do médico no centro. No MD Anderson Cancer Center (EUA), onde o paciente espera o médico ir até ele e não o contrário, há uma equipe multidisciplinar e não se expõe o paciente. • Nos Estados Unidos, o Plantree já está mudando a realidade dos edifícios com o conceito de humanização e isso está chegando ao Brasil (O Albert Eistein foi pioneiro). • Nos centros especializados de doenças crônicas, cada vez mais o centro vai ser do paciente e não do médico. “O centro não vai ser mais da instituição ou do médico e sim do paciente, que vai todos os dias ao edifício saúde. Ele terá mais controle deste espaço no futuro”, prevê Carolina. COMUNIDADE • O hospital não pode ser um incomôdo para a comunidade, ele é um edifício de saúde, tem de trazer melhorias para essa população. “O desafio é projetar um centro de saúde que faça com que a população do entorno se sinta segura por estar ali”, diz Carolina. Fazer com que os pacientes sejam atendidos em seus próprios municípios e não obrigados a grandes deslocamentos. SUSTENTABILIDADE E ESTRUTURA • Flexibilidade de estrutura e uso sustentável de recursos. A construção civil ainda desperdiça muito fazendo e refazendo. “O gestor precisa ser mais assertivo, buscamos cada vez mais detalhar e otimizar para ele não ter de fazer novas obras, esse é o papel do arquiteto, olhar o lado econômico também”, explica Iside. • A tecnologia avançou rumo a procedimentos mais simples que tornam possível o modelo do hospital dia, mas também trouxe o desafio de estruturas hospitalares mais robustas para comportar uma sala híbrida por exemplo.

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redesenho e articulação de redes em diferentes níveis de atenção e, principalmente, ao modelo de incentivo e pagamento, pois o ‘fee for service’ induz ao excesso de procedimentos e internações”, analisa Magno do Bem. Para ele, o recurso deveria ser alocado para qualidade e segurança e no modelo de atenção primária e ambulatorial. Nos Estados Unidos, por exemplo, há a discussão sobre transformar as organizações responsáveis pelos cuidados da saúde (Account Care Organization) do paciente desde a prevenção até a hospitalização. Ele acredita que isso deveria estar também na pauta dos gestores brasileiros. “Esses prestadores têm de se tornar responsáveis desde a prevenção até os cuidados paliativos, claro que sendo remunerados adequadamente para isso, transferindo os recursos para as atividades que vão reduzir a necessidade de hospitalização”. A arquiteta e consultora da L+M Gets, Iside Falzeta, concorda com Magno do Bem sobre a importância de, antes de tudo, discutir as redes de atenção à saúde, pois a corrida da população em direção aos hospitais tem sua justificativa. “Desospitalização trata-se da discussão da rede e como ela está implantada no Brasil. Hoje existe a busca pelos hospitais porque nossos pronto-atendimentos não funcionam”, critica.

Bastian, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz: entidades precisam ter entre 120 e 150 leitos para terem equilíbrio

SOLUÇÃO EM REDE E FALTA DE INVESTIMENTO A exemplo do que já ocorre no SUS, o segmento privado está buscando, mesmo que em poucas iniciativas e de forma mais lenta, a descentralização do hospital por meio da organização em redes. Esse é um dos caminhos apontados pelos debatedores da mesa como tendência, apesar de todos concordarem sobre a coexistência do hospital direcionado à alta complexidade. “O pensamento da descentralização já faz parte das políticas públicas na implantação de UPAS e UBS, pois essa é a única maneira que o governo tem para levar saúde a esses cerca de 5.600 municípios”, analisa Quadros. Esse conceito que está nas bases do sistema de saúde ajuda não só o desafogamento dos hospitais, mas também a construir um sistema menos custoso, uma vez que essas unidades menos complexas são mais baratas em comparação aos hospitais. A Unimed Vitória está justamente investindo em redes. Há um piloto sendo desenvolvido com unidades focadas em atenção primária próximas ao hospital e um modelo de microssistema. O intuito é ter médicos generalistas que atuem na gestão da saúde do paciente evitando que ele precise chegar ao hospital “Os primeiros meses mostram uma redução de consultas de pronto-socorro”, conta o executivo da cooperativa. Pelo visto, o traço do edifício saúde promete sofrer grandes transformações, inclusive considerando um futuro com o avanço da gestão mista entre Organizações Sociais de Saúde e Parcerias Público Privadas (PPPs), novas entradas de capital (hoje ainda há barreiras para o capital estrangeiro em hospitais) e em relação ao papel do governo. “Não tem sistema de saúde bom, onde o governo é financiador, regulador e prestador. Para oferecer o que o governo se propõe, ele tem de entender qual é o seu papel e acelerar a participação junto à iniciativa privada, senão não tem sistema de saúde eficiente”, opina o executivo da Unimed Vitória.

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a gestão de operações Com FoCo em inovação de proCessos e serviços

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Fh | SAúDe BuSINeSS SChOOl o Projeto enVolVe oS SeguinteS teMaS: módulo 1 - Fabian salum A parceria para o crescimento sustentado e explicação sustentável. módulo 2 - mauricio valadares A importância de uma análise de risco nas estratégias de crescimento das organizações.

módulo 7 - vincent dubois A inteligência em força de vendas em mercados competitivos.

módulo 3 - marcos Carvalho A gestão estratégica apoiada em processos eficientes.

módulo 8 - hugo tadeu A gestão de operações com foco na inovação de processos e serviços.

módulo 4 - Félix theiss Júnior Objetivos estratégicas alicerçadas pelo entendimento de gestão de finanças e criação de valor para as organizações.

módulo 9 - marcelo dias Como evitar erros em decisões que só um CeO pode tomar?

módulo 5 - acrísio tavares A governança em tI, seu diferencial e apoio para o crescimento. módulo 6 - paulo villamarim Identificar talentos e lideranças é a estratégia para crescer.

módulo 10 – newton garzon A gestão por resultados o equilíbrio entre curto e longo prazos. módulo 11 - eduardo veras leitura de mercado e ações que evidenciem a proposta de valor das organizações. módulo 12 - pedro lins Competitividade sustentável – o conceito Blue nas organizações.

a geStão de oPeraÇÕeS coM Foco eM inoVaÇão de ProceSSoS e SerViÇoS HUGO FERREIRA BRAGA TADEU

O desenvolvimento da gestão de operações está associado à crescente importância das atividades de produção, armazenagem, transportes e comércio exterior, principalmente num país com pretensões de se tornar uma nação desenvolvida e com ampla competitividade internacional. Nesse ambiente, o desafio das empresas brasileiras é encarar a gestão de operações como um diferencial estratégico, alcançando novos mercados, com ganhos de custos e nível de serviço aos clientes. A gestão de operações não deve ser percebida

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como uma atividade unicamente operacional, pois funções executadas de forma isolada não conseguirão mais atingir os resultados desejados. É preciso fazer um planejamento coordenado das diversas atividades empresariais que compõem o processo logístico. O planejamento de atividades operacionais e estratégicas, como garantia para uma utilização eficiente de ativos, é uma das propostas do S&OP (Sales and Operations Planning), também conhecido por diversas empresas como PVO (Planejamento de Vendas e Operações).

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Quando a empresa traça seus objetivos estratégicos, surge a necessidade de um conhecimento mais aprofundado sobre as ações coordenadas entre os departamentos. Pensar em produção, estoques e distribuição sem o devido alinhamento com as metas financeiras, comerciais e de crescimento sustentado – no curto e no longo prazo -, pode ser um risco. O S&OP sugere um planejamento com constantes revisões das expectativas das áreas de trabalho versus as demandas internas e externas, mediante a disponibilidade de recursos. O que se pratica hoje nas empresas é uma visão “departamentalizada”: as metas são estabelecidas isoladamente, o que cria disfunções no processo decisório. Alguns exemplos: uma área comercial, em que os bônus estão vinculados à emissão de notas fiscais sem uma clara política de suprimentos de apoio; ou uma gestão de estoques, cujo principal indicador é o aumento de volumes armazenados, sem uma análise financeira e dos riscos da necessi-

dade de capital de giro. O S&OP ajuda, nesses casos, permitindo que todos os setores tenham um único direcionamento e evitando riscos ao negócio. Neste artigo, apresentaremos o S&OP como uma metodologia inovadora, podendo ser utilizado para empresas industriais e de serviços, tendo como o seu principal diferencial a busca pelo planejamento integrado, podendo resultar em ganhos de produtividade e redução de custos.

ViSão geral do S&oP O S&OP surgiu como um processo ligado ao Planejamento e Controle da Produção (PCP), que tem entre suas atividades o Plano Mestre da Produção (PMP) e o Planejamento das Necessidades de Materiais (MRP). Durante muitos anos, o MRP teve o seu conceito relacionado ao planejamento de estoques. Mas, a partir da visão de que essa função deveria agregar análises de custos, finanças, desenvolvimento de fornecedores, estudo de demanda e produção, chegou-se ao MRP II. Dessa evolução e da observação de que o planejamento da produção deveria trabalhar junto com as vendas e no aumento do nível de serviço da logística em busca de um pensamento estratégico, chegou-se ao S&OP. Basicamente, o S&OP pode ser considerado uma metodologia de alinhamento de processos, que busca sinergias e melhorias nas expectativas de vendas (com destaque para o balanceamento entre disponibilidade de recursos e demanda), no mix de produtos e no aumento de qualidade das entregas aos clientes.

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Seu foco é a garantia de que os planos de ação dos departamentos envolvidos na gestão de operações sejam os mais realistas possíveis. Para isso, deve ser considerada a estruturação de processos, com a designação de responsáveis que devem analisar os problemas e propor planos de ação. Com o S&OP, os departamentos da empresa terão um macro conhecimento dos processos, que possibilitará melhor entendimento das responsabilidades. Nesse sentido, a busca pelo planejamento operacional e estratégico é fundamental. Avaliar as incertezas e propor mudanças de objetivos deve ser algo constante na busca de resultados econômicos. o planejamento das decisões torna-se vital quando surge a necessidade de recursos, principalmente no contexto dos arranjos produtivos – máquinas, alterações de capacidade, fluxo de chegadas e saídas de matéria-prima e tempo efetivo de operação. objetivamente, os primeiros passos nesse sentido são: • Planejar e entender a situação atual e propostas de melhoria dos processos produtivos. • Avaliar as incertezas do mercado e estabelecer um plano efetivo de previsão de demanda. • Estabelecer indicadores de desempenho para acompanhamento dos processos. • Alinhar os processos logísticos ao planejamento estratégico. • Desenvolver um cronograma de atividades de curto e longo prazo.

esses itens podem ser desdobrados como funções do s&op, da seguinte forma: • Planejar e entender a situação atual e propostas de melhoria dos processos produtivos, destacando os planos de desenvolvimento de novos produtos, financeiro, vendas agregadas e produção (MRP). • Avaliar as incertezas do mercado, destacando análises econômicas, impactos na produção e os riscos para as vendas. • Estabelecer indicadores de desempenho para acompanhamento os processos do S&OP. • Alinhar os processos do S&OP ao planejamento estratégico. • Desenvolver um cronograma de atividades de curto e longo prazo.

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Nesse contexto, sugere-se o estabelecimento de um processo decisório, com horizontes de planejamento também diferentes. Algumas decisões demandam mais tempo do que outras, devido à maior necessidade de recursos ou a restrições de importância (ambiental e legal, por exemplo). Os pontos-chave para o planejamento do S&OP e as prioridades de execução estão relacionados ao planejamento de compras, no nível de estoques (matérias-primas, semiacabados e acabados), nos sistemas de produção, alocação de equipamentos, pessoas, tecnologias, transportes e entrega ao cliente. O S&OP, quando implementado, torna-se vital para o bom funcionamento dos sistemas operacionais, evitando problemas de programação e alinhando as funções ao pensamento estratégico. Mas, deve apresentar claramente os objetivos a serem alcançados, para que os seus resultados sejam facilmente mensurados (Figura 1).

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oBjetiVoS do S&oP

levantamento de dados

objetivos do S&oP

previsão de demanda

planejamento da produção

planejamento financeiro

pré-reunião s&op

tempo de execução

reunião s&op

figura 1

Fonte: autor (2012)

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Um dos benefícios do s&op é a resolução de conflitos entre as diversas áreas das empresas com metas compactuadas. o processo tradicional consiste em: • Levantamento de dados: após o fechamento das vendas de cada mês, recomenda-se o levantamento de informações por produto, cliente e região, para ajudar as análises da equipe de vendas. • Previsão da demanda: em seguida, é necessário um estudo para estabelecer as vendas dos próximos meses. espera-se uma combinação de técnicas estatísticas, por meio do tratamento de séries históricas, e a combinação desses estudos com análises qualitativas de mercado. Sugere-se que a previsão de demanda não seja uma função isolada da equipe de vendas. O ideal é trabalhar juntamente com áreas como suprimentos, produção, transportes e finanças, para avaliar as expectativas conjuntas. • Planejamento da produção: estabelecer os planos de produção, de acordo com as análises da previsão de demanda, associados ao planejamento de estoques. É preciso avaliar as prioridades de processo, especificadas por famílias de produtos ou por itens, isoladamente. • Planejamento financeiro: um dos desafios de qualquer empresa é garantir crescimento das receitas e margens cada vez maiores. Para o S&OP, o mérito é o estabelecimento de uma visão de custos e do dinheiro no tempo. Além do alinhamento entre os diversos departamentos, deve-se ter em mente a busca por margens de contribuição dos produtos, evitando priorizar os preços de venda ou volumes de estoques, isoladamente. • Reunião pré-S&OP: após as etapas acima, propõe-se uma reunião prévia de discussão e planejamento das atividades. Ao final, espera-se que todos os pontos analisados sejam implementados, com alternativas de execução. • Reunião S&OP: como etapa final do processo, tem como objetivo sacramentar todo o planejamento proposto, buscando uma visão de curto e longo prazo para as ações. enquanto a reunião Pré-S&OP consiste em um fórum de análises, a reunião S&OP é composta de decisões e planejamento. Recomenda-se a presença de gerentes e executivos da alta gerência. Como resultado final, o S&OP busca coordenar as atividades de suprimentos, produção, vendas, transportes e nível de serviço ao cliente, otimizando os recursos disponíveis na empresa.

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concluSão O objetivo deste artigo foi apresentar o processo de S&OP, mostrando como ele poderia ser executado em uma empresa de serviços ou industrial. Na elaboração da estratégia empresarial, a adoção de um planejamento formalizado e com diretrizes claras causa efeitos nos processos envolvidos. essa postura permite que a empresa faça o alinhamento estratégico entre minas, ferrovias, portos e o atendimento aos clientes. O S&OP padrão segue seis etapas básicas: planejamento da demanda; programação; validação da programação; reunião pré-S&OP; reunião executiva S&OP; divulgação e acompanhamento do planejamento. tendo uma programação estabelecida e com diretrizes claras, a elevação do nível de serviço ao cliente é considerável com o comprometimento na realização dos volumes de cargas e atendimento aos custos operacionais internos. Pretende-se com o S&OP promover sinergia e colaboração entre os departamentos ligados a gestão de operação, o que em tese, já seria uma inovação organizacional, canalizando esforços para um objetivo maior – o alcance das metas estratégicas da empresa. Finalmente, recomenda-se que o processo de planejamento da demanda seja revisto constantemente, considerando além do mês atual e do anterior, estudos de cenários envolvendo técnicas estatísticas sofisticadas e análises do ambiente econômico-empresarial, o que permitirá análises de longo prazo.

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Foto: Divulgação

entrevista com o autor

hugo Ferreira Braga tadeu Pós-doutor em transporte, pela Sauder School of Business, Canadá, e doutor em engenharias mecânica e elétrica, ambas pela PuC Minas. Com graduação em administração de empresas pela Faculdade de economia e Administração do IBMeC, é professor da Fundação Dom Cabral (FDC) na área de gestão de Operações, Inovação e logística. Pesquisador do Núcleo Bradesco de Inovação; é autor de livros como gestão de estoques; logística Aeroportuária; logística Reversa e Sustentabilidade; e estratégia, Operações e Inovação (no prelo), pela editora Cengage learning. Prêmio de Melhor livro de logística e Comércio exterior na Bienal do livro em Porto Alegre, 2011

1. Existem particularidades na gestão de operações para o caso de empresas do setor de saúde, como hospitais, laboratórios e farmacêuticas? Por favor, descreva. existem particularidades para o setor de saúde, dada a legislação hospitalar, regras da agência setorial e questões relacionadas aos procedimentos médicos. No entanto, observa-se um crescimento das práticas de gestão oriundas de outros setores, em que leitos são gerenciados por centros de custos e objetivando a melhor rentabilidade. Além dos leitos, temos a gestão estratégica, orientando as empresas de saúde para um pensamento de longo prazo, pautada em processos e indicadores de desempenho. 2. No texto, o senhor cita: “O S&OP sugere um planejamento com constantes revisões das expectativas das áreas de trabalho versus as demandas internas e externas, mediante a disponibilidade de recursos”. Qual o equilíbrio ideal entre revisões de planejamento e seguimento dos planos? Revisar os planos a todo momento pode ser prejudicial? Por quê? O equilíbrio ideal são reuniões constantes de alinhamento de processos e indicadores, no mínimo mensais. Revisar planos nunca é prejudicial, ainda mais em um momento econômico de grande volatilidade dos mercados e empresa. 3. Sobre as metas departamentalizadas, como unificar os objetivos entre todas as áreas da empresa, mesmo levando em consideração as particularidades de cada um? A melhor forma é estabelecer processos, indicadores e uma comunicação claro entre departamentos. 4. No texto, o senhor diz: “Algumas decisões demandam mais tempo do que outras, devido à maior necessidade de recursos ou a restrições de importância (ambiental e legal, por exemplo)”. O senhor pode dar exemplos de situações que levam menos e mais tempo para a tomada de decisões? Decisões associadas a investimentos e que demandam grandes recursos normalmente demandam mais tempo, dado risco associado ao negócio. Decisões de revisão de processos e melhoria continua na operação podem ser mais rápidas de implementação.

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ONDE OS DECISORES DA SAÚDE SE ENCONTRAM Tema Central

ESTRATÉGIAS PARA O CRESCIMENTO SUSTENTADO E SUSTENTÁVEL

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Tema Central

ESTRATÉGIAS PARA O CRESCIMENTO SUSTENTADO E SUSTENTÁVEL CAMINHOS PARA O CRESCIMENTO Em seu 11º ano, o Saúde Business Forum terá como tema “Estratégias para o crescimento sustentado e sustentável”. A proposta é debater ideias e ampliar os horizontes de empreendedores e gestores da área, que convivem diariamente com o desafio de fazerem seus negócios prosperarem e serem perenes. Com keynote speakers que debaterão liderança, sustentabilidade e economia e uma parceria com a Fundação Dom Cabral nos debates sobre os “Caminhos Estratégicos para o Crescimento”, a IT Mídia proporá soluções para o crescimento de forma planejada, estruturada e inovadora. Uma novidade desta edição é que nossos parceiros também apresentarão conteúdos que visem à busca das melhores soluções para os seus negócios, abordando temas como Eficiência Operacional, Gestão do Corpo Clínico e Acreditação. Veja mais detalhes nas nossas próximas comunicações e não deixe de participar do Saúde Business Forum 2013!

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KEYNOTE SPEAKERS Teremos reflexões sobre grandes tópicos, com renomados especialistas: o economista e filósofo Eduardo Giannetti da Fonseca abordará Economia, o filósofo Mario Sergio Cortella falará sobre Liderança e a ex-candidata a presidente e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tratará de sustentabilidade.

MARINA SILVA SUSTENTABILIDADE Desenvolvimento Sustentável no Brasil - como reverter o adoecimento do planeta e da sociedade

MARIO SERGIO CORTELLA LIDERANÇA De Francisco de Assis ao Papa Francisco – o perfil das lideranças frente aos desafios de suas épocas

EDUARDO GIANNETI DA FONSECA ECONOMIA Desafios econômicos - uma reflexão sobre a busca por equilíbrio entre necessidades imediatas e demandas futuras

PAULO VICENTE DOS SANTOS ALVES FUTURO O futuro em quatro atos: esgotamento, crise, recuperação e expansão de governos e organizações

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CAMINHOS ESTRATÉGICOS PARA O CRESCIMENTO Crescimento é a meta número um de qualquer empresa, mas o que fazer para atingir os resultados almejados? O caminho a ser seguido deve levar em consideração a perenidade do negócio, os impactos na organização e nas pessoas. Em parceria com a Fundação Dom Cabral, abordaremos três temas para ajudar você a optar pelo melhor modelo para sua instituição:

Inovação em Sustentabilidade

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Planejamento Estratégico

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PREPARAÇÃO PARA O CRESCIMENTO SUSTENTADO Para que o crescimento seja constante e garanta a perenidade da empresa, é necessário planejar, escolher e saber como aplicar as ferramentas que trarão os melhores resultados. Para as instituições de saúde, acreditação, governança clínica e pessoas estão entre os pilares para atingir esta meta. Estes temas serão abordados por nossos parceiros:

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FH | na bagagem Foto: Arquivo Pessoal

A diretora médica da Dasa, Mônica Freire, foi ao encontro anual da Associação Americana de Química Clínica (American Association of Clinical Chemistry – AACC). Veja como foi! Foto: Arquivo Pessoal

Eu aChEi... Como estamos falando do maior encontro de profissionais de medicina diagnostica laboratorial do mundo, as oportunidades de atualização e networking são inúmeras. este ano, me chamou a atenção a grande oferta de temas em genômica e medicina personalizada. Foram aproximadamente 17 mil congressistas de todo o mundo, e, consecutivamente ao congresso, ocorre a Labexpo, a maior feira de tecnologia em medicina laboratorial do mundo com mais de 700 empresas expositoras.

Vá DE Táxi...

Foto: Arquivo Pessoal

VaLE a pEna... Convenientemente em frente ao Centro de Convenções e ao lado do Hilton americas, há um parque verde de 12 acres, sombreado, onde os moradores vão para praticar esportes e relaxar, o Discovery green. ele tem uma bela história ligada à cidade: em 2004, era uma propriedade privada à venda e os cidadãos de Houston e filantropos se mobilizaram para adquiri-la para a comunidade, a fim de garantir a área verde em frente ao belo Centro de Convenções em Downtown. Com uma história de cidadania tão bacana e tão pertinho do meu circuito de trabalho nesta viagem, o Discovery green foi o meu ponto turístico favorito. Também foi muito marcante a visita que fizemos ao complexo de instalações do Texas Children Hospital, em busca da troca de experiências na busca de práticas laboratoriais de excelência. Foto: Shutterstock

Como a cidade é bem quente, caminhar pelas ruas não é exatamente um programa confortável, apesar das ruas de Downtown serem muito bonitas e limpas. O transporte por táxi é bem conveniente e há muitos deles na cidade. Uma corrida entre quaisquer pontos em Downtown tem um preço fixo de US$ 6. Vale muito a pena diante do calor, mesmo para trechos curtos!

OnDE COMEr... Houston é uma cidade de maravilhosas steak houses e de excelentes restaurantes de frutos do mar. Localizado exatamente dentro do parque Discovery green, o restaurante The grove é uma excelente opção para almoço e jantar, num ambiente moderno e com cozinha refinada, privilegiando ingredientes locais. e tudo isso, com uma linda vista do parque, torna o cheesecake de mascarpone imperdível. Recomendo também o Ibiza, mediterrâneo com um toque de cozinha cajun; provar, na elegante steak house Vic and anthony’s, a super macia carne de gado alimentado exclusivamente com grãos e sua interminável carta de vinhos; e, por último, é sempre garantido um excelente almoço ou jantar num restaurante da rede mcCormick and Schmick’s.

Mônica Freire, diretora médica da Dasa

O COngrEssO a aaCC é uma das entidades internacionais representativas de profissionais de saúde que atuam em laboratórios de análises clínicas. a proposta do congresso é compartilhar informação especializada e conhecimento por meio de workshops, simpósios, palestras, encontros com experts e a apresentação de trabalhos científicos originais, que apontarão tendências e novas descobertas da medicina diagnóstica. Os trabalhos originais são apresentados em forma de pôsteres e de mesas redondas.

TrOCa DE iDEias na sessão de pôsteres, tivemos a oportunidade de observar, através dos trabalhos apresentados, os temas científicos que laboratórios clínicos e indústrias de todo o mundo estão estudando. neste ano, me chamou a atenção o número de trabalhos apresentados pela DaSa, foram 53 trabalhos científicos, correspondendo a 61% de toda a produção brasileira, sendo um deles premiado pela national academy of Clinical biochemistry (naCb). Evento: AACC 2013 (American

Association for Clinical Chemistry) Data: 28 de julho a 01 de agosto Local: Houston, Texas (EUA)

Vai viajar e participar de algum evento na área da Saúde? Envie sua sugestão para mburiti@itmidia.com.br

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ABISMO

FINANCEIRO Verena souza | vsouza@itmidia.com.br

PROJETO DA CONSULTORIA PLANISA COM NOVE SANTAS CASAS DO ESTADO DE SÃO PAULO ATESTA A DEFASAGEM ENTRE O QUE É PAGO PELO SUS E O CUSTO REAL DO PROCEDIMENTO. RESULTADO DO ESTUDO AJUDA A DETALHAR A GRAVE SITUAÇÃO JUNTO AO GOVERNO, MELHORAR O PODER DE NEGOCIAÇÃO E APERFEIÇOAR A GESTÃO DE CUSTOS

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alar sobre a crise financeira das santas Casas e hospitais filantrópicos já pode até soar como clichê, mas o fato é que a dívida de R$ 11,3 bilhões está aí – com previsão de alcançar R$ 17 bilhões até o final do ano - e ameaça a sobrevivência dessas instituições seculares que realizam 50% de todas as internações do país. “E não é por falta de gestão”, diz com veemência o diretor presidente da Fehosp (Federação das santas Casas e hospitais Beneficentes do Estado de são paulo), Edson Rogatti, que vê na defasagem da tabela sUs (sistema Único de saúde) o principal fator para tal cenário. E, para provar ao governo a falta de financiamento, a Fehosp com apoio da secretaria de Estado da saúde de são paulo contratou a planisa para realizar um levantamento de custos hospitalares em nove Santas Casas, voluntárias ao projeto. a primeira etapa envolveu a coleta e análise de custos de 25 procedimentos (13 cirúrgicos, 4 clínicos e 8 oncológicos), compreendidos entre junho de 2011 e dezembro de 2012. o investimento na consultoria foi de cerca de R$ 1,2 milhão, divididos entre os prestadores, Fehosp e secretaria. a informação que resume a situação das entidades participantes é de que 96% dos custos dos procedimentos é superior ao valor da tabela sUs (veja detalhes na tabela da próxima página), sem reajuste há cinco anos. os gestores desses 4 mil patrimônios brasileiros pedem 100% de reajuste nos cem principais procedimentos de média e baixa complexidade, como atendimentos de emergência, raio X e exames. o sUs, por sua vez, paga, por exemplo, R$ 6,88 por um exame de raio X, enquanto que os planos de saúde repassam aos hospitais R$ 20,96. Na prática, para cada R$ 100 que as santas Casas gastam, o sUs repassa R$ 60. Com a defasagem detalhada e comprovada, o relatório da planisa está sendo utilizado como instrumento de reivindicação junto ao Ministério da saúde, além de importante condutor para a gestão. “agora temos um painel que possibilita a comparação de custos e, assim, verificamos se estamos compatíveis com a realidade do mercado. ou seja, podemos rever processos, rotinas e caminhos se, por acaso, algum estiver fora”, avalia a superintendente da santa Casa de Marília, Kátia Ferraz. apesar de mostrar a discrepância do quanto é gasto e do quanto é pago, o grande objetivo do projeto, segundo o diretor da planisa, João Romitelli, foi executar a apuração dos custos das nove instituições com base em uma única metodologia para

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FUndAÇÃo cIvIL cAsA de MIserIcÓrdIA de FrAncA

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InstItUto do cÂncer ArnALdo vIeIrA de cArvALHo

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sAntA cAsA de MIserIcÓrdIA de drAcenA

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sAntA cAsA de MIserIcÓrdIA de oUrInHos

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sAntA cAsA de MIserIcÓrdIA de PALMItAL

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sAntA cAsA de MIserIcÓrdIA de rIo cLAro

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sAntA cAsA de MIserIcÓrdIA de votUPorAnGA Fonte: Planisa

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FH | hospital

Foto: Photogama

rogatti, da Fehosp: problema das Santas Casas não é por falta de gestão, mas de recursos

média geral:

tABeLA sUs X cUstos de ProcedIMentos 96% DOS CUSTOS É SUPERIOR AO VALOR DA TABELA SUS PROCEDIMENTOS

VARIAÇÃO MÉDIA

cirúrgicos alta complexidade

-40%

oncológicos

-69%

cirúrgicos média complexidade

-142%

clínicos média complexidade

-159%

que a comparação fosse assertiva. Dentre os aspectos implementados estão: elaboração de estrutura de centros de custos; avaliação e adequação dos critérios de apropriação dos custos: fórmulas e métodos de rateio dos custos indiretos e dos centros auxiliares e administrativos; verificação e análise do plano de contas; reorganização do processo de coleta de dados, através da identificação da disponibilidade das informações, e fixação de cronograma para a geração dos dados solicitados; estabelecimento de parâmetros e indicadores (benchmarking) para comparação entre as participantes; e apresentação em reuniões periódicas ao grupo envolvido. Considerada de grande porte, com 214 leitos e de alta complexidade, a santa Casa de Marília verificou que todos os seus 14 procedimentos, analisados pela planisa, possuem defasagem de custos, como é o caso da revascularização miocárdica em que o sUs paga R$ 8.541,00 ante um gasto de R$ 12.936,00. o detalhamento dos números, segundo a superintendente Kátia, tem servido como ferramenta para melhorar a negociação tanto com o setor público quanto privado, e como indicador de conformidade dos custos. os serviços de apoio, como refeição, rouparia, por exemplo, estavam em desacordo com a média das demais, contou a executiva. Depois dessa primeira etapa, a planisa continua fazendo relatórios mensais com base nos dados lançados em plataforma online e reuniões de avaliação periódicas, realizadas com recursos de teleconferência. Mais 30 santas Casas estão previstas para integrar o projeto, mas a Fehosp aguarda a liberação de recurso da secretaria para viabilizar a entrada das novas avaliadas. soluções? os resultados do trabalho garantiu repercussão durante Congresso Estadual de presidentes e administradores das santas Casas em maio deste ano, mas, segundo Maria Fátima da Conceição, gerente técnica da Fehosp e integrante de um grupo técnico do Ministério sobre a questão, a discussão não tem avançado. “a posição do Ministério é a de não conceder reajustes lineares, somente alguns pontuais. apresentamos uma relação de 100 procedimentos mais frequentes e estamos inclusive discutindo a falta de teto de estados e municípios o que gera um volume grande de atendimentos sem financiamento nenhum”, afirmou.

Fonte: Planisa

detalhamento:

tABeLA sUs X cUstos de ProcedIMentos PROCEDIMENTOS CLÍNICOS MÉDIA COMPLEXIDADE

VALOR TOTAL TABELA SUS

CUSTO MÉDIO (OCUPAÇÃO REAL)

VARIAÇÃO (SUS - SANTAS CASAS)

tratamento de pneumonias ou influenza

r$ 582,42

r$ 1.634,06

r$ -1.051,64

-181%

parto normal

r$ 443,40

r$ 1.252,67

r$ -809,27

-183%

tratamento de insuficiência cardíaca

r$ 699,46

r$ 1.526,70

r$ -827,24

-118%

tratamento de acidente vascular cerebral - avc

r$ 463,21

r$ 1.668,90

r$ -1.205,69

-260%

(isquemico ou hemorrágico agudo)

%

Fonte: Planisa

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IncentIvos do MInIstérIo

Foto: Allan Almeida

• Mais R$ 2 bilhões poR ano para aumentar o número de hospitais filantrópicos contratualizados. previsão para este ano é firmar parceria com mais de 200 hospitais, gerando impacto financeiro de r$ 305,7 milhões/ano. o restante do valor, equivalente a r$ 739 milhões/ano, serão destinados à expansão dos serviços nas unidades. atualmente, 1.700 hospitais filantrópicos prestam serviços ao sus. • eM 2012, houve incremento de r$ 572,3 milhões no investimento às unidades que atendem sus. os recursos adicionais foram repassados aos que aderiram à rede cegonha

• auMento de 50% no valoR destinado a obRas e compra de equipamentos, que passou de r$ 400 milhões, em 2011, para r$ 600 milhões, em 2012 • os Repasses paRa cirurgias oncológicas passou de r$ 56 milhões para r$ 116 milhões

Fonte: Ministério da Saúde

• eM uM ano, os incentivos aos principais hospitais filantrópicos saltaram 185%, chegando a r$ 968,6 milhões em 2012, contra r$ 340 milhões em 2011

Kátia, da santa casa de Marília, verificou que alguns serviços de apoio estavam em desacordo com a média das demais

procurado pela revista Fh, o Ministério da saúde detalhou o conjunto de medidas desenvolvidas para a recuperação econômica dos hospitais, entre elas, o projeto de lei que cria o pRosUs (programa de Fortalecimento das Entidades privadas Filantrópicas e das sem Fins lucrativos que atuam na área de saúde e que participam de forma complementar do sistema Único de saúde - sUs), que estabelece um prazo máximo de 15 anos para a quitação dos débitos das instituições que aderirem ao programa. Em contrapartida, os hospitais devem ampliar o atendimento de exames, cirurgias e atendimentos aos pacientes do sUs. além disso, informou que o valor de incentivo à contratualização (contrato entre o gestor público local seja estado ou município e o hospital prestador de serviço, que pode ser público, privado ou filantrópico) vai dobrar, com um adicional de R$ 2 bilhões em 2014. por meio do pRosUs, as entidades terão o apoio do Fundo Nacional de saúde (FNs) para manter em dia o pagamento de débitos correntes, evitando, assim, o aumento da sua dívida e quitando gradativamente o valor total. para isso, todo mês, o FNs vai reter dos recursos destinado ao custeio o valor equivalente à dívida corrente das unidades que aderirem ao programa.

para ter direito ao benefício, a entidade privada de saúde filantrópica ou sem fins lucrativos deverá encaminhar requerimento à Receita Federal próxima da sua sede até o dia 6 de dezembro deste ano. o prazo de 15 anos para pagamento da dívida passa a contar a partir da adesão. o abatimento da dívida, começando pelas mais antigas, será feita primeiramente dos débitos inscritos na Dívida ativa da União, seguido pelos débitos no âmbito da Recita Federal. Entretanto, os gestores do setor criticam a medida, pois o projeto ainda será debatido e votado na Câmara e no senado. “a aprovação desse programa pode demorar anos. E tempo é o que as santas Casas menos têm. se elas tiverem que reduzir seus atendimentos para diminuir seus custos operacionais ou, na pior das hipóteses, encerrar suas atividades, milhares de brasileiros ficarão desamparados. primeiro porque 70% das unidades estão localizadas em municípios com até 30 mil habitantes onde, em grande parte, é a única alternativa de atendimento público. E depois porque mais da metade dos procedimentos de alta complexidade no país – como cirurgias de grande porte - são realizadas por elas”, escreveu o deputado federal (psD/sp), Walter ihoshi, em artigo enviado ao portal saúde Web.

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FH | medicina diagnóstica

Busca pela inteligência christina Queiroz | editorialsaúde@itmidia.com.br

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Independente do porte e do nível de amadurecImento da gestão, o fato é que os laboratórIos estão InvestIndo em tI para melhorar o gerencIamento do processo de trabalho e elevar a qualIdade dos servIços. entenda a melhor forma de fazê-lo

U

m laboratório detectou que os resultados de determinado exame exigiam atenção urgente de um médico, comunicando de forma imediata o paciente que, devido a essa agilidade, conseguiu sanar seu problema de saúde sem grandes complicações. outra pessoa necessitava fazer a coleta de material para análise, mas, como não podia sair de casa, o laboratório enviou sua equipe à casa do cliente. no mesmo dia, já pôde visualizar o diagnóstico pela internet, com gráficos que mostravam, ainda, a evolução do laudo em relação a exames anteriores. as histórias, relatadas por laboratórios de análises clínicas consultados pela reportagem, mostram apenas alguns benefícios que os investimentos em soluções de tecnologia da informação (ti) têm trazido ao mercado que, nos cálculos do executivo de ti da consultoria cg2 – gestão do conhecimento científico, Roberto gois, tende a investir mais de R$ 100 milhões na área, ainda neste ano. na visão do especialista, no que diz respeito a ti, um dos principais direcionamentos dos laboratórios é reforçar a segurança e a comodidade do paciente. “nesse sentido, a certificação digital é fundamental para garantir tal segurança, já que impede a troca de resultados e protege sua privacidade”, detalha gois. de acordo com ele, outra tendência é a crescente liberação automática de exames, feita com base em algoritmos inteligentes e que permite ao laboratório economizar tempo e dinheiro, já que dispensa a necessidade de grandes equipes de colaboradores para checar resultados. “dessa forma, somen-

te resultados muito fora do padrão são confirmados por profissionais capacitados para interpretação”, detalha o executivo, lembrando que os laboratórios grandes têm, em média, mais da metade dos resultados liberados automaticamente. gois identifica, ainda, que as empresas maiores também investem na integração de ambientes tecnológicos já que, nos últimos anos, houve uma consolidação do mercado. na mesma linha de pensamento o diretor da consultoria Veus technology, marcelo Botelho, afirma que as frequentes aquisições obrigam os laboratórios maiores a unificar diferentes plataformas tecnológicas. além disso, o diretor destaca que, principalmente em instituições grandes, os ambientes apresentam alta complexidade sistêmica, em função do volume de informações que tratam, da vasta gama de exames realizados e da variedade de equipamentos de automação laboratorial. “com isso, há a necessidade de contar com interfaces sistêmicas específicas, que garantam a correta comunicação das soluções de ti com cada aparelho”, observa o diretor.

Moreira, do Sabin: mesmo com investimentos em tI, há clientes que não conseguem acessar os benefícios oferecidos devido à ineficiência no acesso à internet Fotos: Divulgação

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FH | medicina diagnóstica palavra do laBoratório

sejam grandes ou pequenos, situados no interior ou em capitais, os laboratórios investem em tI para melhorar a gestão do processo de trabalho e a qualidade dos serviços oferecidos à população. o diretor administrativo e financeiro do salomãozoppi, vicente chitarra, lembra que é preciso realizar a manutenção do ambiente tecnológico sempre que a empresa passa por processos de expansão, como tem ocorrido nos últimos oito meses. o executivo recorda que os investimentos na área tiveram início nos anos de 1980, quando a companhia desenvolveu um sistema interno próprio, para controle e gestão dos procedimentos. “o sistema foi o primeiro esqueleto da solução corporativa atual, que sofreu melhorias com o decorrer do tempo”, explica. de acordo com ele, o funcionamento eficiente do laboratório, que conta com cinco unidades em são paulo, exige que várias soluções de tI coexistam no mesmo ambiente. entre elas o lIs, sistemas que realizam diagnóstico por imagens, uma solução de

Carmen, da Formato Clínico: entre as principais preocupações estão a segurança do paciente e os processos administrativos

gestão corporativa, de voz sobre Ip à central de relacionamento, para gestão de ativos e gestão de incidentes. “os benefícios da tecnologia permeiam todos os fluxos da instituição, incluindo a integração das rotinas, a melhoria na qualidade dos serviços prestados e, principalmente, a redução dos custos da operação”, resume o executivo. como ferramenta inovadora do ambiente tecnológico, chitarra cita o logisticare, que permite ao médico acompanhar, de seu consultório, todo o processo de coleta e análise dos exames de seus pacientes. na mesma linha do salomãozoppi, o laboratório sabin, que conta com mais de cem unidades no centro-oeste, norte e nordeste do brasil, investe em tI desde os anos 80, sendo que um dos primeiros investimentos foi para comprar um sistema integrado de imunoquímica, chamado labcell automation solution e que permite automatizar as análises e aumentar a escala de produção. como diferenciais do sabin, o geren-

te de tecnologia da instituição, edgar moreira, destaca o datacenter próprio, que viabiliza a uma equipe de profissionais monitorar todas as operações do laboratório em tempo integral. Já como gargalos, ele afirma que muitas cidades nas quais o sabin atua não dispõem de serviços eficientes de acesso à internet, de forma que os clientes nos locais não conseguem acessar todos os benefícios no atendimento proporcionados pela companhia. Já para o gestor de tI do quaglia laboratorio de análises clínicas, tiago gomes andrade, que possui cinco unidades em são José dos campos (sp), o laboratório sente falta de ferramentas que transformam dados dos pacientes em informação, além de soluções para interligar os serviços de suporte, principalmente para auxílio na gestão da operação. “hoje, é impossível contar com uma boa gestão do trabalho sem investimentos em tI”, conclui o diretor.

Já entre as empresas menores, Botelho assegura que os investimentos ainda priorizam a compra de sistemas de informação Laboratorial (siL ou Laboratory information system, Lis, na sigla em inglês), que fazem a interface com os equipamentos técnicos, responsáveis pela execução dos exames de análises clínicas. “o uso da ferramenta é comum a laboratórios de todos os portes, com a diferença de que os menores a utilizam mais em processos operacionais”. segundo ele, para laboratórios menores, há dois cenários importantes, sendo o primeiro marcado por empresas que precisam atualizar ou substituir o Lis atual, em função do seu crescimento ou reestruturação. Já o segundo envolve companhias que alcançaram estabilidade operacional e buscam soluções para melhorar o atendimento ao paciente, criando novas formas de comunicação e acompanhamento das suas necessidades. Botelho ressalta, ainda, a crescente demanda por ferramentas de armazenamento de imagem, conhecidas por Pacs (Picture archiving and communication system). nesse sentido, uma tendência é adquirir sistemas de armazenamento na nuvem, que são mais econômicos se comparados às ferramentas tradicionais de storage. “as imagens laboratoriais precisam ser guardadas por ao menos cinco anos, exigência que demanda altos

investimentos em ambientes de armazenamento seguros”, explica. independente do porte da empresa, no entanto, cresce a procura por sistemas de gerenciamento do negócio, na avaliação de alexandre calegari, gerente de implantação da shift, fornecedora de soluções que atua há 22 anos no mercado. “em linhas gerais, as empresas também buscam ferramentas inteligentes que as ajudem, por exemplo, a identificar resultados críticos, que devem ser comunicados de forma imediata ao médico”, relata o gerente. ainda como demanda geral de laboratórios de todos os perfis, a diretora da consultoria Formato clínico, carmen Paz oplustil, destaca os esforços para melhorar o atendimento ao cliente, tanto devido aos processos administrativos que envolvem as operadoras de saúde e as exigências da agência nacional de saúde (ans), como para garantir a segurança do paciente, na identificação das amostras. “a parte conhecida como pré-analítica, que envolve a coleta, é de extrema importância, na medida em que define a impressão de etiqueta com a informação dos exames e também os dispositivos que devem ser utilizados no procedimento”, reforça, lembrando que, para ela, um laboratório pequeno é aquele que realiza até 30 mil exames por mês.

Fotos: Divulgação

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H O S P I TA L N O S S A S E N H O R A DA S G R A Ç A S

Gestão

a serviço da

vida

Sete Lagoas (MG) ganha um novo espaço para a vida com o Centro Materno-Infantil. Um novo tempo para os profissionais, mais saúde para a sua família.

Há 133 anos, o Hospital Nossa Senhora das Graças é referência em tratamentos de alta complexidade para mais de 35 municípios mineiros. O novo modelo de gestão, baseado na assistência à saúde com segurança e filantropia, tem gerado grandes resultados. Em 2014, o conjunto hospitalar será ampliado com a inauguração do Centro Materno-Infantil, fruto de uma parceria de R$16 milhões com o governo estadual. O HNSG une tradição e modernidade em busca de um futuro melhor.

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FH | indústria

RISCO MÍNIMO, COOPERAÇÃO MÁXIMA Paulo silva Jr. | editorialsaude@itmidia.com.br

Por mais qualificado que seja o corPo médico de um hosPital, a excelência Passa Por um ambiente que minimiza riscos e se adaPta às mais rígidas normas de segurança. Para isso, emPresas são contratadas e terceiros são levados Para dentro da oPeração. mas, como se dá essa relação?

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P

elos corredores das duas unidades da Beneficência Portuguesa de são Paulo são feitas 34 mil cirurgias por ano. Mais que isso, são cerca de 1,5 milhão de pessoas passando por 4,5 milhões de exames anualmente. números relevantes diante de 1,5 mil médicos especialistas em mais de 60 áreas. E apesar da robustez de um corpo clínico num hospital acreditado em nível 3 pela ona, grande parte desta excelência requer detalhes de gestão que vão muito além da segurança de um paciente hospedado, por exemplo. Passa, sim, por uma variedade de pessoas e empresas envolvidas num planejamento diante dos riscos da operação hospitalar, que muitas vezes depende de um detalhe mínimo, estrutural e quase imperceptível. desde o tamanho de uma porta até um metro quadrado a mais para alojar uma equipe remota. Pormenores grandes o bastante para fazerem a diferença. a contratação de empresas prestadoras de serviço nas mais diversas áreas, da geração de energia ao transporte de cargas, pode se dar em dois momentos: no início de alguma operação, quando o trabalho se dá desde a fase de planejamento, ou então para questões pontuais, remotas, em determinadas áreas e necessidades. “Quando vamos fazer uma reforma física ou a construção de um novo bloco, as construtoras escolhidas passam por normas de segurança e trabalham de acordo com os padrões que precisaremos ter lá na frente. ou então, há também a manutenção de um grande equipamento, uma tomografia, por exemplo, que a gente tem a preocupação de chamar uma equipe com alto potencial técnico, como da siemens ou da gE, para atuar fora do horário de operação”, explica o superintendente corporativo do Beneficência Portuguesa, Fábio tadeo teixeira.

Teixeira, da Beneficência Portuguesa: preço não é fator preponderante na busca pelo melhor fornecedor Foto: Divulgação

na organização interna do hospital, pode-se dividir as prioridades em três: a preocupação com as instalações físicas no sentido de não permitir uma falta de abastecimento de gás, o rompimento de uma tubulação ou um incêndio, por exemplo; a logística da entrada e saída de materiais, que não podem atrapalhar o fluxo interno nem causar desconforto no centro médico; e a limpeza geral do empreendimento, que precisa estar livre de poeira e lixo. nessa gama de necessidades, teixeira conta com 145 empresas prestando serviço ao Beneficência. Ele afirma que o nível de qualidade e profissionalismo das empresas contratadas têm crescido, com relações cada vez mais saudáveis, inclusive. o executivo coloca também que o preço não pode ser o fator preponderante na negociação, já que a busca tem de ser incessante atrás do melhor trabalho possível: “Quanto melhor a empresa é, menos problema ela nos dá, e isso é o mais importante”. hospital x prestador além das empresas que prestam um serviço específico – como a que faz manutenção nos equipamentos, exemplo já citado acima – há ainda aquelas que fazem o trabalho completo, passando pela própria gestão do serviço terceirizado. É o caso da dalkia,

que muitas vezes é contratada para pensar toda a área da hotelaria hospitalar (do conforto na recepção à limpeza) ou então administra o contrato do hospital com uma empresa terceira. “tudo é para deixar o hospital se preocupando com o fim, e eu como o meio, o apoio, o suporte. Por exemplo: encontramos hospitais que contratam nossa empresa e quando chegamos com uma equipe de manutenção do patrimônio nos colocam numa sala pequena, improvisada. ou seja, não pensaram no espaço que abriga a equipe de manutenção, o que nos mostra que é preciso pensar até na estrutura, no design dos bastidores do empreendimento”, aponta o diretor de saúde e projetos estruturados da dalkia, daniel Figueiredo. a empresa fechou o último ano com r$ 327 milhões de faturamento, sendo que um terço corresponde aos trabalhos na área de saúde, onde atua em cerca de 50 unidades e um total de 4 mil leitos com uma equipe de 2 mil funcionários. a expectativa, de acordo com Figueiredo, é que o montante arrecadado na saúde triplique nos próximos anos e chegue a casa dos r$ 300 milhões em 2017. Mas, apesar do otimismo com o negócio, Figueiredo aponta a existência de uma certa resistência dos hospitais em relação à terceirização. Uma espécie

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Quando contratar? a contratação de empresas prestadoras de serviço nas mais diversas áreas, da geração de energia ao transporte de cargas, pode se dar em dois momentos: • Início de alguma operação, quando o trabalho se dá desde a fase de planejamento • Questões pontuais, remotas, em determinadas áreas e necessidades

Foto: Divulgação

Organizando as prioridades Figueiredo, da Dalkia: há tabus quando o assunto é terceirização, principalmente no setor privado

de barreira, tabu. “É muito mais um feeling que eu sinto no setor privado, já que o público costuma terceirizar mesmo esse tipo de trabalho. o que ocorre é que é muito pulverizado, o hospital contrata 5, 10, 15 empresas, uma para o ar condicionado, outra para limpeza, outra para segurança, e por aí vai. aí vira uma carteira grande para administrar. são muitos contratos, precisa de uma equipe grande para gerenciar, e são interlocutores diferentes, condições diferentes. a integração disso otimiza os custos, mas há uma também resistência em ficar muito dependente de uma empresa só. tem de ver que por melhor que seja a equipe técnica do hospital, a tendência é que a empresa especializada tenha uma habilidade maior”. Questionado sobre o assunto, o especialista em gestão de risco Carlos Faria, também da dalkia, dá outra versão em relação à resistência diante

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• Cuidado com as instalações físicas no sentido de não permitir uma falta de abastecimento de gás, o rompimento de uma tubulação ou um incêndio, por exemplo • Logística da entrada e saída de materiais, que não podem atrapalhar o fluxo interno nem causar desconforto no centro médico • Limpeza geral do empreendimento, que precisa estar livre de poeira e lixo

dos terceiros. “Está ligada à má qualidade dos serviços prestados. o nível ainda é ruim, e falta especialização para se trabalhar em hospital. são poucas que se dedicam ao setor porque a área de saúde tem muitos requisitos, é diferente de atuar em shopping ou indústria”. Um exemplo: gás Para exemplificar com um dos trabalhos realizados por empresas contratados por um hospital, vale o caso da logística necessária em torno do oxigênio líquido contado pela air Liquide nas palavras do gerente de desenvolvimento de projetos Marcelo Barrancos. “o oxigênio líquido tem de estar isolado, com uma tubulação de cobre que tem de seguir normas específicas. depois, os materiais têm de ser compatíveis com oxigênio e então entra-se numa série de válvulas e reguladores. no caso dos hospitais, por exemplo,

podemos fornecer esses módulos de vácuo que produzem aspiração”, explica. de fato, a instalação de um tanque criogênico para armazenar o gás precisa ainda seguir distâncias mínimas de segurança definidas pelas normas vigentes. além disso, demanda uma base civil onde o tanque será instalado, devidamente dimensionada para suportar um tanque cheio que fique fixo e nivelado por todo o tempo. o trabalho segue uma linha tão rígida que ainda de porte da empresa o oxigênio líquido fica armazenado no tanque isolado à vácuo, que garante a manutenção da temperatura e impede a evaporação e o consequente aumento de pressão. “E há casos do hospital procurar a gente já no início da implantação para que todo o processo seja construído da melhor forma, sem problemas lá na frente”, finaliza Barrancos. Já pensou depois o tanque não passa pela porta? Pois é.

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AlternAtivA para o neg贸cio 74

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Além dAs soluções trAdicionAis e do que já existe no portfólio, empresAs ApostAm cAdA vez mAis em pArceriAs pArA o desenvolvimento de serviços e produtos pArA Atender demAndAs específicAs Patricia santana | editorialsaude@itmidia.com.br

E

stá sE tornando cada vEz mais rEcorrEntE o anúncio dE ParcErias voltadas Para o sEtor dE saúdE. a FH maPEou algumas alianças anunciadas rEcEntEmEntE Para EntEndEr dE quE Forma Essa movimEntação contribui Para o dEsEnvolvimEnto dE novos nEgócios E traz mElHorias Para o sEtor.

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FH | INDÚSTRIA

LE MA A N O DA A

N HA NO B

R A S IL

devem s e hospitais ra o d ra e p o , o cordo bro deste an e atenção à saúde de a Até novem d p ort u n ia r o s d ado s lho ne st a o o e D ). S d is p on ibil iz N (A s se u n irão T IS S 3 .1 e T-S yste m P A S s ã co m o P a d m a le e promete e rc ado , a s onju nta qu c o ã ç lu d ade de m so a ru mo à in ferecer u m e pro ce ss o st e n e ra m pa ra o d ú nte , a SA P laye rs de sa . B a sic a me s a m e st ajud a r o s p si ndo com a id ade e ntre vem, conta u n m e te rop e rabil s e S aa S õ do modelo recer soluç passou a ofe da T-System s por meio ra S e rv iço). in fraest rutu s p a ra S oft wa re como ssistema e g lê a s pa ra Eco d n e v (s ig la e m in e d a necessi-presidente , “ex iste u m z a V ra Pa ra a v ice d n a a r no core A P Bra si l, S querem foc s te n e li C a na is da S c s a rte op erae nuvem . O p o co m a p m te r e dade forte d rd e publicada invés de p rep orta gem lha pela m e bu si ness ao se is d cnolog ia”, que a esco ciona l da te m ressaltou é b m ta de sucesso la E . eb s parcerias la e p a no Saúde W d a ertifin i impulsio balmente c T-Systems fo entos e data centers glo gm i em outros se nte a companhia possu e lm 0 a 9 tu s A o d s. cado Bra si l, centers no quatro data lo mu ndo. s pe mpre sa s , espa lhado ado p e la s e rm fi to a tr n uc tu re Te O co ã o “I n fr a s tr ç ri sc e d a (I T O), te m so b ts o u rc in g ” u O y g lo o ch n . e se is a n o s du ra ç ã o d

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D O B R A S IL

PA R A O M U

NDO Pen sa ndo e m tra zer solu ções pa ra a s h íbrida s, a S cha mada s sa iemen s Hea la s lt hca re e a Ma de e qu ip a m quet, fabrica e nto s p a ra n sa te la s c ir ú rg ic si stema com a s, c ria ra m binado pa ra u m d ia g nóst icos to s. Na p a rc e pro ce d im e ria , a S ie me enn s He a lt hc a e qu ip a me n re e ntra com to ro b ótico se d u e a n g iog ra fia integrado co , o A rt is ze e m a Mesa Ma g o g , n us, produzid O primeiro fr a pela Maqu uto em conju e t. n to P ró -C a rd íac está instalad o (R J). “A ac o no Hospita e it aç ão do m l do e xce le nte e rc ado e st á u m a ve z q u se n e abri mo s u m de soluçõ e s a a mpla g a m e o c lie nte te a m a fac il id a aque la que de de e scolh me lhor se a d e r e q conta o gere u a à s su a s n nte da u n ida e ce ss id ade s” d , e S ie me n s, A n de negócio a n g iog ra fia d tôn io C a rlo s a R ib In icia lmente e iro . , a aplicação dest ina-se p sa la h íbrida ri ncipa lmen de c ir u rg ia , te à m a s no futu u sad a ta nto ro, a soluç ão p a ra ge raç ã se rá o de im a ge n qu a nto p a ra s a n g iog rá fi c ir u rg ia s ab cas e rt a s. A mb a e n xe rga m p s a s e mpre sa ote nc ia l de c re sc ime nto s projeto , e m con side ráve p a rt ic u la r p l no a ra a s á re a s d iova sc u la r, de c ir u rg ia neu rolog ia , c a rortop e d ia , tr u rolog ia . S e au m atolog ia g u n d o o e xe c utivo, fora m e ve st ime nto ne ce ss á rio s s d a s m atr iz in e s d a S ie me p o ss ibil it a r n s e M aq ue a integ raç ão t p a ra do s dois si st O acordo se e m a s. rá aplic ado e m to do mu pla ntado na ndo e im s fi lia is da s e mpre sa s ind mente e em iv idua lníve m a is evolu in l nacional. “Estamos cad a vez do p a ra tra ze r si mplic id a proced imen de de tos e rapidez, contr ibu ind a diminuição o pa ra do tempo de estadia do d no ho spit a l“ o ente , conc lu i.

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FH | INDÚSTRIA TE CN O LO GI A CO

A LA R M V IS ÃO H O SP IT

Gestão, a de Consultoria em lit ae Isr to itu st In te Is raea entre o cied ade Be ne ficen A pa rcer ia fir mad So da to en am in ia Inte l, ria e tre pres as de te cnolog braço de cons ulto em as m co , in te rt Ei ns ge st ão de lit a Bras ile ira Albe r soluçõ es pa ra a ia cr de o tiv je ob te m o M ic ro soft e Totvs imento que ís. Pa ho spita is do roveita r o conhec ap de a iv at nt te a olva m a é um que, ju ntas , desenv Na prát ica, a al ia nç ra pa ui ss po es çõ en frenorga ni za oblemas de gestão cada uma dessas pr os ar in im el ou redu zi r ed imentos alternat ivas pa ra on ização em proc dr pa de lta fa o m is, co soluções tados pelos hospita ver um conjunto de ol nv se de é a ei id ica. A de projetos e ca rência tecnológ ano. Para o diretor te es a nd ai do ca rrei ra , os ao mer que será oferecido nr ique German n Fe He sé Jo , in te ns Ei ente aque Albert e consultoria s do Brasil, pr incipa lm no r la ita sp ho to grau de ia men sistemas de gerenc , estão ai nda em um co ni rô et el io ár tu pron ação e meles com módulo de tu nidades de inov or op as bo ite rm que pe olidados no desenvolvi mento financeiro já cons otiv ra ist in m ad o apoi eraciona l o em ef iciência op lhoria. “Sistemas de nh ga um is ita sp ho a aos dos”, defende. mercado determ in ut iv idade e resu lta od pr s ai m spita la r de em tir que irá refle ares de gestão ho ftw so r ve ol nv se será de do que a emO papel da Totvs anda s, consideran m de e es ad id ss nece e. O Ei nstein acordo com nova s mercado de saúd ao o çã lu so de o Gestão, te tip presa já fornece es a de Consultoria em lit ae Isr to itu st In eio do in ist ração os pa ra uma ad m cont ribui rá , por m ad ot ad m re se a s ocesso er, plataforcom prát icas e pr ia com o SQL Serv er rc pa na irá st ve á com alta soft in ef iciente. A M icro s que prop orcionar do da de ise ál an a pa rti r de ento e ma de gerencia m so às in formações, es ac e to en am en ar maz l. Já a Intel dispon ibilidade o gestão do hospita da to do an nt ste os , su lmente para di sp ositivos divers dos Unidos especia ta Es s no s do vi ol senv . O aparel ho oferecerá tablets de real idade brasileira a ra pa os ad ur ig conf um cent ro o setor de saúde e mesmo dent ro de é at o ad us r se ra ado pa ém de leitor po de ser esteril iz para transporte, al ça al m te e a ric ét biom amentos. cirúrgico, faz leitura tif icação de med ic en id a r za ili ag ra as pa m a de ge re nde códi gos de ba rr ex iste um prog ra já e qu pa ci te an te in ic ip aç ão do O di retor do Ei ns Totvs, com a pa rt la pe do vi ol nv se la r de er da M ic ro ciamento ho spita at afor ma SQL Se rv pl a um em r), co o (H no mercado Ho spita l do Coraçã ve rá se r colo cado de e qu l, te In da ivos prep arar os soft e com aplic at in te m o pape l de te ns Ei o o, et oj pr es te plantação do ai nd a es te ano. “N sis te m a pa ra a im o ire qu ad e qu l ita proces so s do ho sp a Fe rrei ra . et lson Pi res, pl m co a”, prog ra m saúde da Totvs, Ne de to en gm se do r reto es tr ut ur a de De acordo com o di em re la ção à in fra s do ca vo ui eq s ento ra às orga ni ex is te m inve st im po uco re to rn o pa m tê e os rs cu re m tu al iz ados TI , que de sp erdiça em proces so s de sa as ad se ba o tã es s “E la rm açõe s qu azaçõ es de saúde. co nt role . Se m in fo o uc po m co , es nt co m muita e si stem as in ef ic ie se us re su lta do s e ar is al an de s õe nd iç letivas”, aval ia . lif ic ad as , se m co bu sca de metas co em s pe ui eq as r ha es atores do di ficuldade de al in tre es te s di fe re nt en a ic ég at tr es a ia nç te cnolog ia , Se nd o as si m , a al s: in fra es tr ut ur a de re la pi s trê em a ad seto r deve se r ba se as . em st uita s pecu lia risi e s so proces do de saúde tem m ca er m o s, tv To da possibilidade Segu ndo o di retor da s empresas foi a o iã un a ou in rm te onde ai nd a dades, mas o que de em um a indú st ria e ad id al qu de s novo ed ade Bras ide cr ia r padrõe s ão . Dado s da So ci aç iz at rm fo in de ta xa il ex istem 7 ex iste um a ba ix a onta m que no Bras ap S) BI (S e úd Sa a em leira de In formát ic as 19% estão lares. Dessas , apen ita sp ho es içõ itu a al ia nça é m il inst cipa l objetivo de st in pr “O . as ad iz at in form os de govermoder nos model de da tra en a r za a nova viabili rret a, ev ita ndo um co a rm fo a um de na nç a do s e com imento s equivo ca st ve in de da on grande s. torno”, re forç a Pi re ba ix as ta xa s de re

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DA PR ÁT ICA PA RA O CI

EN TÍ FIC O

O Ins tituto Qu ali sa de Ge stão (IQ G) també m tem fei to uso de alianças pa ra au me nta r seu s res ult ados em acred itação no setor de saú de . Por me io de pa rce ria s com as soc iedades bra sile ira s e assoc iaç ão repres en tat iva s do setor, a entid ad e de senvolveu ma nu ais de acred itação. A pa rceria com a So ciedade Bra sileira de Hemodinâm ica, por exemp lo, resultou em um ma nual de cer tificaç ão de dis tinção esp ecí fico pa ra Ser viços de Hemodinâm ica , desen hado pela equ ipe técnica do IQG e depois va lidado pela entidade pa ra cer tificação. “Hoje temos quatro serviços certificados”, contou o CEO do IQG , Rube ns Cove llo . De acordo com o exe cutiv o, este mo de lo se mo strou vencedor, o que fez o IQG crescer em nova s pa rceria s, como a Sociedade Bra sile ira de Medicina Hip erbári ca (ce rtif icação por dis tinção de ser viços de me dic ina hip erb árica), As soc iaç ão Bra sile ira de Esteri lização (serviços de esterilização e reprocessamento extern os aos hospitais) e por aprese nta r ao mercado a Certif ica ção por Distinção dos Serviç os de Higiene Ho spitalar, em pa rce ria de fin ida com a So cie dade Bra sile ira de Ho telaria. “To do s estes selos são apl ica do s pe lo IQG e homolog ados pe las soc ied ades pa rcei ras e tem a va lid ade de dois anos”, reforç a exe cutivo.

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Presidente da Bross Consultoria e Arquitetura e colunista do Saúde Web, João Carlos Bross, acaba de lançar o livro “Compreendendo o Edifício de Saúde”. Nele, o arquiteto aborda os aspectos que envolvem os projetos do edifício e a importância de gestores do negócio da saúde, médicos e demais profissionais da área compreenderem a especificidade dessa construção. Ele conversou com FH, sobre os principais pontos do livro.

Foto: Divulgação

Analice Bonatto | editorialsaude@itmidia.com.br

FH: Quais são os principais objetivos do livro? João Carlos Bross: é que as pessoas compreendam o edifício de saúde. Porque ele é diferente dos outros, considerado na teoria da arquitetura como o mais complexo dos edifícios. Ele acolhe um negócio que lida com a vida humana. Por outro lado, o edifício de saúde precisa se adequar às demandas epidemiológicas, demográficas, de conhecimento médico, clínico e de tecnologia. Por isso, ele é uma instituição em permanente adequação às demandas do meio onde está inserido. Ele necessita de constantes ajustes para que as empresas nele instaladas se mantenham viáveis e saudáveis. FH:Como fazer com que os gestores entendam as especificidades que envolvem a arquitetura de edifícios de saúde? Bross: A ideia do livro foi mostrar aos gestores do negócio da saúde, aos médicos

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e demais profissionais da saúde que o edifício precisa ser compreendido como algo que tem de ser avaliado permanentemente à luz dos novos fatos e, dessa forma, responder às novas demandas surgidas da área da saúde. Um exemplo disso é o envelhecimento da população brasileira e o consequente aumento de doenças crônicas e degenerativas. De forma estratégica, é preciso ter um edifício que permita determinadas adequações, como a incorporação de novas tecnologias, de novos equipamentos ou serviços. FH: Quais as principais estratégias para que seja possível fazer mais a menor custo (e melhor)? Bross: O processo nasce na prevenção. É preciso educar para a saúde e promovê-la prevenindo doenças. E essas atividades serão feitas em edifícios para pacientes ambulatoriais.

Compreendendo o Edifício de Saúde Autor: João Carlos Bross Editora: Atheneu Número de páginas: 270 Preço: R$ 77

VISÃO INFINITA Neste livro, os leitores podem acompanhar a história do Dr. V que, em 1976, abriu uma clínica de olhos sem fonte de renda. O que parecia sem futuro, tornou-se a clínica Aravind: hoje formada por uma equipe de 3.200 pessoas que já realizou mais de quatro milhões de cirurgias, a maioria gratuitamente. Para isso, ele identificou diretrizes antes de disponibilizar o sistema: padronização, reconhecimento de produto, acessibilidade e escala. Depois, incorporou técnicas de linha de montagem e arquitetou sistemas hospitalares para tornar o atendimento aos necessitados mais eficiente e abrangente. Autor: Pavithra K. Mehta e Suchitra Shenoy Editora: Bookman Editora Número de páginas: 292 Preço: R$ 68

MEDICINA INTENSIVA: ABORDAGEM PRÁTICA O livro aborda os principais temas da terapia intensiva, como cardiologia intensiva e hemodinâmica, trauma, cirurgia, entre outros, e conta com a participação de renomados profissionais desta área do HC-FMUSP e de outras grandes instituições de saúde do País. Também colaboraram profissionais de outras especialidades médicas. O livro está vinculado ao VIII Curso Nacional de Terapia Intensiva, iniciado em junho deste ano. Autor: Luciano Azevedo, Leandro Taniguchi, José Paulo Ladeira Editora: Manole Número de páginas: 1.096 Preço: R$ 169,20

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Multiconectado

De uma visita a Lake NoNa, Na FLóriDa (eua), a reportagem traz exempLo De uma ciDaDe méDica, coNstruíDa sob o coNceito De coNectiviDaDe e iNterNet Das coisas, com o objetivo De promover uma viDa meLhor, aLém De DeseNvoLver o ambieNte De pesquisa e eNsiNo em saúDe

Vitor cavalcanti | editorialsaude@itmidia.com.br

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á quanto tempo você ouve falar de internet das coisas, mundo conectado e todos os desafios que acompanham esse tipo de tendência? tudo aquilo que parecia ficção científica está cada vez mais presente em nosso dia a dia. aos poucos, o mundo conectado, similar ao que o desenho os Jetsons nos fazia imaginar quando crianças, se concretiza. a parte boa vem com toda a comodidade de viver em uma sociedade assim. a mobilidade é facilitada, problemas diversos são resolvidos de forma mais simples e mais rapidamente. Mas tudo isso tem um custo e alguém precisará estar preparado para lidar com toda a complexidade que circunda esse mundo moderno e multiconectado.

trata-se de uma oportunidade de Us$14.4 trilhões e manufatura é a vertical onde reside a maior oportunidade, seguida por varejo, informação e finanças", explicou, apontando que o mundo conectado não diz respeito apenas às residências, necessitando, portanto, estar na agenda de qualquer cio. "99% do mundo ainda não está conectado quando se pensa na ioe. e muitas coisas boas podem acontecer quando você conecta o que está desconectado." Durante o mesmo evento, a reportagem teve a oportunidade de visitar nos arredores de orlando um projeto que traduz parte da essência do que vem a ser esse mundo multiconectado. trata-se de lake nona, uma comunidade que conta com um condomínio ultramoderno, onde as casas são dotadas de todo o tipo de tecnologia possível, e com o que eles chamam de uma cidade médica, fundada do zero e construída pensando em como essas conexões podem contribuir para uma vida melhor, além de melhorar o ambiente de pesquisa, o ensino em saúde, o tratamento de pacientes e o convívio em sociedade. localizado no sul do estado norte-americano da Flórida, lake nona é um esforço conjunto de líderes da comunidade. a ideia dessas pessoas é transformar a região em uma referência em saúde, a partir do investimento em educação médica e em inovação. "Queríamos criar o espaço ideal para inovação por meio da colaboração, foram aplicados Us$ 2 bilhões em construções, criados seis mil empregos diretos. não medimos o sucesso, mas o impacto que podemos ter como um todo. a inovação no século XXi só vem por meio da tecnologia. e um dos compromissos aqui era fazer da internet de todas as coisas uma realidade para pacientes, estudantes e médicos", detalha o vice-presidente do lake nona, thad seymour. Da visita, separamos três exemplos de como eles já aplicam o conceito de ioe e que tipo de resultado é possível extrair.

Imagens de Lake Nona (Flórida), uma comunidade que conta com um condomínio ultramoderno e um projeto ambicioso para a saúde dos moradores

Fotos: Arquivo Pessoal

em recente evento realizado para clientes em orlando, nos estados Unidos, ao qual a reportagem de *iW Brasil foi convidada a participar, o presidente da cisco, John chambers, ao falar sobre a internet de todas as coisas (ioe), conceito que a empresa trabalha neste momento, calculou que, em breve, chegaremos a 50 bilhões de dispositivos conectados, sendo 40% disso proveniente da comunicação Machine to Machine (M2M). "Hoje a internet está no momento social e na ioe será de pessoas, processos, dados e coisas.

CIDADE MÉDICA inaugurado em outubro de 2012, o nemours children’s Hospital de orlando, unidade de uma rede com história que remonta a 1935, quando foi fundada a nemours Foundation, é um hospital infantil totalmente diferente daquilo que se costuma encontrar e não apenas pelo ambiente novo, descontraído e com vista para áreas verdes pensada no conforto dos pacientes. a instituição, parte da cidade média que conta com centro de pesquisa, campus universitário e centro hospitalar, está totalmente preparada para o mundo de ioe, como afirma o cio Bernie Rice. Rede iP, wireless em todos os espaços, Poe e iPtV estão lá desde a inauguração, e tudo tem sido feito por meio de parceiras com empresas de ti, como a própria cisco. "Para se ter ideia, um time de logística de cuidados monitora por vídeo os quartos, e em qualquer sinal de irregularidade, eles conseguem falar na unidade ou acionar os profissionais adequados para o atendimento." os 137 leitos do hospital mostram ainda outros diferencias e como a tecnologia está totalmente integrada à instituição. Já na entrada, um tablet embutido na parede traz todas as informações, como nome, estado do paciente, última visita, medicamentos administrados, entre outros. Dentro o ambiente faz a criança se sentir em casa, seja pelo sistema de controle das cores das luzes ou pelo de entretenimento que traz, além da possibilidade de filmes, um arsenal de jogos eletrônicos e materiais educativos. Uma câmera

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com qualidade HD monitora tudo o que é feito no quarto. os médicos, obviamente, precisam estar abertos a essa nova cultura e o hospital já é um dos maiores cases de hospital sem papel no mundo. RESIDÊNCIA outra demonstração em lake nona foi a das residências conectadas, boa parte delas já foram adquiridas e estão habitadas. os sobrados do condomínio laureate Park são dotados de softwares, hardwares e equipamentos de rede que permitem, por exemplo, videoconferências, aulas remotas e até reuniões corporativas. no caso da localidade, a casa está conectada ao trabalho, hospital, escolas e comunidade como um todo. em um dos exemplos, simulou-se uma criança adoentada na casa, mas que não demandava uma internação hospitalar. com o equipamento cedido pelo hospital, uma espécie de quiosque com tela de videoconferência e alguns aparatos médicos, a mãe e a criança interagiam com o médico. no caso, a responsável pelo menor posicionou

o estetoscópio para que, do hospital, o médico ouvisse os batimentos cardíacos e a frequência pulmonar da criança, a fim de avaliar a evolução da paciente. toda a interação acontecia por meio de videoconferência e as informações coletadas com os dispositivos enviadas diretamente para o prontuário eletrônico do doente. Já na sala, o que parecia um ambiente comum para receber visitas ou mesmo assistir a um filme se converteu em uma sala de reuniões e, em poucos segundos, em uma sala de aula. obviamente, a banda larga e a própria infraestrutura local é bastante demandante e precisa ter boa qualidade para que tudo ocorra sem qualquer prejuízo. EDUCAÇÃO o último exemplo extraído vem do stanford-Burnham Medical Research institute. lá eles tem trabalhado para aproveitar o máximo possível a tecnologia na melhoria da educação em saúde. como frisou Deborah german, da University

of central Florida Medical school, eles querem usar a ti para treinar os médicos do amanhã. “a tecnologia está no Dna da cidade médica e fomos os primeiros a dar laptop e depois um iPad para todos os estudantes. a biblioteca é 99% digital, tendo apenas 800 volumes físicos, e contamos com uma atualização constante e isso é para prover informação a qualquer hora e em qualquer lugar.” Uma das propostas de integrar a ti à educação é tentar usar a tecnologia para fazer coisas que eles ainda não conseguem enquanto profissionais médicos ou mesmo melhorar procedimentos existentes. “os estudantes podem ir para casa depois de uma aula e acordar às três da manhã com o celular tocando porque o paciente virtual está passando mal e, na frente do computador, ele conseguirá simular um atendimento à distância. estar numa cidade médica é a melhor coisa para uma universidade. aqui está o conhecimento por meio de pesquisa, da educação e por meio do cuidar do paciente.”

*Esta reportagem foi produzida pelo editor de TI Corporativa da IT Mídia, Vitor Cavalcanti (veiculada também na revista IW Brasil). anuncio_disney_revistaIT.pdf 1 14-08-2013 13:09:06

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A Hospclean é uma empresa prestadora de serviços no ramo de lavanderia hospitalar, desde 1993. Nosso objetivo é oferecer ao cliente, o enxoval em perfeitas condições de uso, atendendo assim os padrões exigidos pela legislação. Contamos com equipe de trabalho especializada e treinada, seguindo o mais alto e rigoroso padrão de qualidade, garantindo os processos de higienização.

CERTIFICAÇÕES Desde 2004, a Hospclean mantém o Sistema de Gestão de Qualidade, tendo como referencia tecnica o Manual de Processamento de Roupas de Serviços de Saúde editado pela ANVISA. Em 2008 adotou a NBR ISO 9001:2008 no seu processo de Gestão da Qualidade. Em março de 2009, a Hospclean teve seu Sistema de Gestão da Qualidade Certificado ISO 9001:2008, através da Certificadora DNV - Det Norske Veritas.

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Gerente acav ADELSON DE SOUSA Presidente Executivo adelson@itmidia.com.br

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MARIA CAROLINA BURITI Editora de Saúde mburiti@itmidia.com.br

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CONSELHO EDITORIAL REVISTA FH Cláudio Giulliano A. da Costa • Diretor comercial para OPME da Bionexo Eduardo Perillo • Vice-coordenador do grupo de pesquisa Regulação Econômica e Estratégias Empresariais da PUC-SP Francisco Balestrin • Presidente do Conselho da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) Gonzalo Vecina Neto • Superintendente corporativo do Hospital Sírio-Libanês Gustavo Campana • Diretor executivo de desenvolvimento de negócios do DLE Medicina Laboratorial Mohamad Akl • Presidente da Central Unimed

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ANDRÉ CAVALLI Gerente Executivo de Vendas acavalli@itmidia.com.br ERIC OUCHI Gerente de Marketing Digital eric.ouchi@itmidia.com.br

GABRIELA VICARI Gerente de Marketing Comunicação gvicari@itmidia.com.br

CRISTIANE GOMES Gerente de Marketing Revistas cgomes@itmidia.com.br

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MÁRCIO LIMA Gerente de Relacionamento com Clientes mlima@itmidia.com.br

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FH | em cena Valter Campanato/Agência Brasil

Brasília - Médicos e residentes protestam em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, contra o Programa Mais Médicos e a favor de mais verbas para a saúde

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Confie na experiência de quem é especialista em gases medicinais.

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O2

Os gases medicinais agora são medicamentos. Desde o início do ano, os gases medicinais no Brasil passaram a ser considerados medicamentos e, portanto, devem cumprir condições específicas de produção e requisitos de boas práticas de fabricação de um ambiente farmacêutico.

N2O

A regulamentação dos gases medicinais promove a diferenciação de um produto de uso industrial, tornando compulsória a rastreabilidade até o cliente final, assim como a notificação, denúncia, reporte de lesão ou qualquer efeito adverso relacionado à prescrição e uso dos gases.

CO2

Com ampla experiência e liderança nos mercados já regulados no mundo, a Linde está preparada para o novo ambiente de gases medicinais no Brasil, oferecendo total segurança e orientação a clientes e parceiros. A Linde Healthcare oferece um amplo portfólio de soluções para terapias de saúde, como: Oxigenoterapia, Sono, Ventilação, Analgesia, Anestesia, Gasoterapia, Criopreservação, Medicina diagnóstica e Infraestrutura hospitalar.

N2

Linde: Living healthcare

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Linde Gases Ltda. Linde Healthcare, Al. Mamoré, 989, 11º e 12º andares, Alphaville, 06454-040, Barueri, São Paulo, Brasil Phone 0800.725.4633, crc.lg.br@linde.com, www.linde-healthcare.com.br

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