Revista FH - Ed. 198

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Abril de 2012 Edição 198 •

A revista de gestão, tecnologias e serviços para o setor da saúde

ABREM-SE AS CORTINAS Com objetivo de ajudar o mercado a evoluir, a 14° edição do Top Hospitalar convidou executivos de hospitais e de empresas de medicina diagnóstica a avaliar seus fornecedores. O resultado e os vencedores você confere nas próximas páginas

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ÍNDICE

Abril de 2012 • FH 198

W W W . R E V I S T A F H . C O M . B R

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10 – CONEXÃO SAÚDE Confira os destaques do Saúde Web, conteúdos multimídia e interação dos leitores

14 – ENTREVISTA Eugênio Vilaça Mendes, ex- consultor da Organização Pan-Americana da Saúde aborda a importância das redes de atenção primária à saúde e o desafio do financiamento do SUS

ESPECIAL: TOP HOSPITALAR 2011 20- Executivos de hospitais e de empresas de medicina diagnóstica analisaram o desempenho do fornecedor. 24 - O cliente analisa e o mercado evolui. Uma avaliação sobre a 14° edição do prêmio 25- Saiba mais sobre a metodologia 32- Conheça os vencedores

HOSPITAL 72 - O Real Hospital Português de Beneficência de Pernambuco e as iniciativas na área de educação

SAÚDE BUSINESS SCHOOL 79 – ERPs

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ARTIGOS 68 – REGULAMENTAÇÃO Por um ambiente regulatório mais positivo

70 – GESTÃO Qualificação de pessoas: quem é o responsável?

76 – ECONOMIA “Importação” de médicos: você é contra ou a favor?

78 – RH A dura tarefa de integrar

98 – HOT SPOT Sobre sonho e amor

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EXPEDIENTE

PRESIDENTE-EXECUTIVO

ADELSON DE SOUSA • adelson@itmidia.com.br

VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO

MIGUEL PETRILLI • mpetrilli@itmidia.com.br

DIRETOR EXECUTIVO DE MARKETING E VENDAS ALBERTO LEITE • aleite@itmidia.com.br

DIRETOR DE RECURSOS E FINANÇAS

JOÃO PAULO COLOMBO • jpaulo@itmidia.com.br

DIRETORA EXECUTIVA EDITORIAL

STELA LACHTERMACHER • stela@itmidia.com.br

CONSELHO EDITORIAL ADELSON DE SOUSA, MIGUEL PETRILLI, ALBERTO LEITE E STELA LACHTERMACHER

www.revistafh.com.br EDITORIAL

COMERCIAL GERENTE COMERCIAL Elizandra Paiva • elizandra.paiva@itmidia.com.br • (11) 3823-6625

REPÓRTERES

EXECUTIVOS DE CONTAS Gabriela Marcondes • gmarcondes@itmidia.com.br • (11) 7144-2543 Leandro Premoli – leandro.premoli@itmidia.com.br • (11) 9656-1148 Suellen Marques -suellen.marques@itmidia.com.br • (11) 9639-7527

Cínthya Dávila – cinthya.davila@itmidia.com.br Guilherme Batimarchi • gbatimarchi@itmidia.com.br Maria Carolina Buriti – mburiti@itmidia.com.br

REPRESENTANTES Minas Gerais: Newton Espírito Santo - comercialmg@itmidia.com.br (31) 2551-1308 - (31) 7815-3095 Vera Santo – comercialmg@itmidia.com.br (31) 2551-1308 - (31) 7815-3096

Rio de Janeiro: Sidney Lobato – sidney.lobato@itmidia.com.br (21) 2275-0207 – (21) 8838-2648 Santa Catarina: Lucio Mascarenhas - comercialsc@itmidia.com.br (48) 3025-2930 - (48) 7811-4598

Paraná: Heuler Goes dos Santos - comercialpr@itmidia.com.br (41) 3306-1659 - (41) 7811-5397

USA e Canadá: Global Ad Net • ed@globalad-net.com Tel: 603-525-3039 Fax: 603-525-3028

Planalto Central (DF e GO): Gaher Fernandes - comercialdf@itmidia.com.br (61) 3447-4400 - (61) 7811-7338 Mauricio Caixeta - comercialdf@itmidia.com.br (61) 3447-4400 - (61) 7811-0949

Verena Souza – vsouza@itmidia.com.br

PRODUTOR DE ARTE E VÍDEO Bruno Cavini • bcavini@itmidia.com.br Rodrigo Martins • www.voopen.com.br

CONSELHO EDITORIAL João Carlos Bross • Fundador da Bross Consultoria e Arquitetura Paulo Marcos Senra Souza • Diretor da Amil Sérgio Lopez Bento • Diretor técnico da Planisa Sílvio Possa • Diretor Geral do Hospital Municipal M’Boi Mirim

MARKETING GERENTE DE MARKETING Emerson Moraes – emoraes@itmidia.com.br

GERENTE DE AUDIÊNCIA Gabriela Viana - gabriela.viana@itmidia.com.br

GERENTE DE INTELIGÊNCIA DE MERCADO Gaby Loayza – gloayza@itmidia.com.br

GERENTE DE COMUNICAÇÃO CORPORATIVA Cristiane Gomes – cgomes@itmidia.com.br

Osvino Souza • Professor e Pesquisador da Fundação Dom Cabral

GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM CLIENTES

GERENTE DE GERAÇÃO DE NEGÓCIOS Gabriela Vicari – gvicari@itmidia.com.br

GERENTE DE RELACIONAMENTO COM CLIENTES Marcio Lima • mlima@itmidia.com.br Conheça a solução completa de mídia de negócios que a IT Mídia oferece: www.itmidia.com.br Conheça o portal Saúde Web: www.saudeweb.com.br

Emanuela Araújo • earaujo@itmidia.com.br

Receba as últimas notícias do mercado em tempo real, diariamente em seu e-mail, assine a newsletter do Saude Business Web www.saudeweb.com.br COMO RECEBER FORNECEDORES HOSPITALARES COMO ANUNCIAR TRABALHE CONOSCO CENTRAL DE ATENDIMENTO AO LEITOR (RECEBIMENTO, ALTERAÇÕES DE ENDEREÇO, RENOVAÇÕES)

OPERAÇÕES GERENTE DE OPERAÇÕES

ANALISTA DE MARKETING Elisangela Rodrigues • esantana@itmidia.com.br

www.revistafh.com.br/assinar comercialsaude@itmidia.com.br | Tel.: (11) 3823.6651 pessoas@itmidia.com.br atendimento@itmidia.com.br | Tel.: (11) 3823.6700

IMPRESSÃO

Log & Print Gráfica e Logística S.A. REVISTA FH A revista FH é uma publicação mensal dirigida ao setor médico-hospitalar. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional, além de gratuita e entregue apenas a leitores previamente qualificados.

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INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO

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P OR F

As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídiaou quaisquer outros envolvidos nessa publicação. As pessoas que não constarem no expediente não têm autorização para falar em nome da IT Mídia ou para retirar qualquer tipo de material se não possuírem em seu poder carta em papel timbrado assinada por qualquer pessoa que conste do expediente. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da IT Mídia S.A.

R E V IS

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IT Mídia S/A Praça Prof. José Lannes, 40 • Edifício Berrini 500 • 17º andar • 04571-100 • São Paulo • SP Fone: 55 11 3823.6600 | Fax: 55 11 3823.6690

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Editorial

Caminhos e

parcerias E

to está presente na sua rotina. Mais que um fornecedor, a indústria deve e tem sido, cada vez, mais parceira. Seja na educação,- que deve estar muito além do famoso “treinamento para usar a solução”, ou na criação de propostas conjuntas, este elo é agente de transformação na rotina de laboratórios e hospitais. Exemplos não faltam e estão presentes na segurança do paciente- área crítica e de constante debate entre os gestores-, descarte de resíduos,

planejamento estratégico, operação, logística e custos e etc. O fornecedor pode te ajudar a resolver um problema crítico ou expor sua entidade à perda de credibilidade. Pode levar conhecimento do seu centro de inovação e experiência na gestão ou prejudicar o processo de acreditação. É uma relação arriscada, discutida, comemorada e criativa. Por isso, devem ser complementares e, cada vez mais, frutíferas. Se sua empresa pertence a ala, um brinde a suas realiza-

ções. Se ainda não se atentou para isso, busque o caminho da colaboração. Parabéns a todos os vencedores e finalistas da 14° edição do Top Hospitalar 2011. Confira toda a cobertura do prêmio nas próximas páginas e os vídeos e fotos no Saúde Web. Até a próxima! maria carolina buriti Repórter IT Mídia S.A

Foto: Ricardo Benichio

sta edição da Revista FH é dedicada a um importante elo da cadeia: a indústria. Como vocês sabem, quem escolhe e avalia seu fornecedor no prêmio Top Hospitalar, realizado pela IT Mídia, são os próprios executivos de hospitais e empresas da área diagnóstica, ou seja, o “cliente” e ninguém melhor que o seu “cliente” para analisá-lo. Essa é uma forma de levarmos a percepção do cliente sobre quem tan-

aqui Estão os parcEiros na rEalização do top hospitalar 2011. Da esq. para à dir. (atrás) Suelen Marques, Rodrigo Moraes e Elizandra Paiva, Marco Silva, Gabriela Marcondes, Guilherme Batimarchi, Rosana Alves, Sidney Lobato, Tuany Campos, Gabriela Viana, Gaby Loaysa, Cinthya Dávila. Na frente, da esq. para à dir. Gabriela Vicari, Maria Carolina Buriti, Verena Souza, Stela Lachtermacher, Leandro Premoli e Gabriela Mendes

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SAÚDE: transformando uma nação

22 a 25 de Maio de 2012

Expo Center Norte - São Paulo/SP

Agenda Adh’ 2012 - São Camilo

O maior evento de saúde da América Latina

• ADH’2012 – Congresso Nacional de Administração Hospitalar

• XVII Congresso Brasileiro de Gestão Financeira e Custos Hospitalares e XIII Congresso Internacional de Gestão Financeira e Custos Hospitalares

• Enfquali’2012 – XIII Congresso Brasileiro de Qualidade em Enfermagem

• XIV Congresso Brasileiro de Hotelaria Hospitalar • XII Congresso Brasileiro de Auditoria em Saúde

• CQH’2012 – XVI Congresso Brasileiro de Qualidade em Serviços de Saúde

• VIII Congresso Brasileiro de Gerenciamento de Riscos e Segurança do Paciente

• Connut’2012 - XI Congresso Nacional de Nutrição e Tecnologia

• X Jornada Brasileira de Gestão de Pessoas (RH) em Saúde

• XXII Congresso Brasileiro de Engenharia e Arquitetura Hospitalar e XIII Congresso Internacional de Engenharia e Arquitetura Hospitalar

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• III Jornada Brasileira de Gestão Médica • II Jornada Nacional de Estratégia Saúde da Família

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medhealth gestão em saúde

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CONSULTORIA ESPECIALIZADA EM GESTÃO NO SEGMENTO DE SAÚDE


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A Medhealth é uma consultoria de gestão empresarial especialista em organizações do setor de saúde. Seu principal objetivo é o de propiciar aos seus clientes ganhos substanciais de competitividade na administração de seus negócios. É uma empresa diferenciada, com experiência no mercado de saúde e domínio das principais ferramentas de gestão da atualidade. Atua em todo o Brasil, respeitando as especificidades locais dos clientes e regiões.

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Serviços em Gestão

Serviços Específicos

ESTRATÉGIA Diagnóstico do Mercado Planejamento Estratégico com uso do Balanced Scorecard (BSC) Assessoria ao Escritório da Estratégia (SMO) Apresentação dos Resultados

CONSULTORIA EM OPERADORAS DE PLANOS Qualificação da Rede de Prestadores Redução do Custo Assistencial Implantação dos Comitês de Risco Estudo de Viabilidade dos Recursos Próprios CSC - Central de Serviços Compartilhados Acreditação de Operadoras - ANS

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PROCESSOS Mapeamento e Modelagem de Processos Gestão de Processos com uso do BPM Auditoria dos Processos Estrutura Organizacional PROJETOS Seleção e Priorização de Projetos Gerenciamento de Projetos com uso do Pmbok Assessoria ao Escritório de Projetos (PMO) FINANÇAS Estruturação dos Custos Orçamento Empresarial Gestão de Riscos Financeiros Gestão da Inadimplência PESSOAS LNT – Levantamento das Necessidades de Treinamento Descrição e Análise de Cargos Avaliação de Desempenho Coaching para Executivos

CONSULTORIA EM HOSPITAIS Redução do Tempo Médio de Faturamento Redução do Custo Hospitalar Implantação dos Comitês de Risco Estudo de Viabilidade dos Novos Serviços Indicadores de Desempenho Hospitalar Acreditação Hospitalar - ONA

Cursos de Capacitação Gestão da Estratégia em Organizações de Saúde, com uso da metodologia do Balanced Scorecard Gerenciamento de Projetos em Organizações de Saúde, com uso da metodologia do Pmbok Gestão de Processos em Organizações de Saúde, com uso da metodologia do BPM Acreditação da Qualidade dos Serviços Hospitalares, com uso da norma ONA

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(11) 3522.5098 - medhealth@medhealth.com.br


CONEXÃO SAÚDE WEB

BLOGS

LEIA E DISCUTA COM NOSSOS COLABORADORES OS ASSUNTOS MAIS QUENTES DO MÊS

HENRIQUE OTI SHINOMATA Uma breve reflexão sobre planos de saúde Shinomata é especialista em ginecologia e obstetrícia, Shinomata é ex vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Seguro

ENIO SALU Além do reajuste de preços para aumentar o faturamento Salu é formado em Tecnologia (UNESP), com pós-graduação em Administração Hospitalar (USP) e especialização em Epidemiologia Hospitalar (FGV). Foi CIO do Hospital Sírio Libanês e Furukawa, e desde 2005 é CEO da Escepti e atual assessor no InCor (FMUSP)

CESAR ABICALAFFE Associação Médica Americana orienta os médicos sobre a reforma no sistema de remuneração Cesar Abicalaffe é autor do modelo P4P© para a implantação de programas de pagamento por performance para planos de saúde, hospitais e SUS. E é presidente fundador da SOMAP e do CONIASSP

RONIE REYES Processos: Dos hambúrgueres aos celulares Reyes é administrador de empresa e palestrante especializado na gestão de aquisição de produtos para saúde, com mais de 20 anos de atuação na cadeia de suprimentos de grandes instituições hospitalares

WWW.SAUDEWEB.COM.BR/BLOGS

GALERIA

PODCAST

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MUTE

TOP HOSPITALAR DESTACA OS MELHORES FORNECEDORES DA SAÚDE

MULTI MÍDIA

WEBCAST

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MUTE

CONHEÇA O NOVO HOSPITAL SANTO ANTÔNIO

Beneficência Portuguesa investiu R$5 milhões no hospital

Veja imagens do prêmio na terça-feira, dia 10 de abril. Vinte e seis troféus foram entregues para as empresas vencedoras da noite

Veja na Saúde TV: hTTp://biT.ly/ijfjrV

VEJA FOTOS DO TOP HOSPITALAR 2011

Melhores fornecedores de serviços, equipamentos e produtos médicos do País foram apresentados durante prêmio

Veja na Galeria dO Saúde Web: hTTp://biT.ly/hOx8SC

Veja na Saúde TV: hTTp://biT.ly/haO9Sn

MEDTRONIC LANÇA SOLUÇÕES PARA NEUROCIRURGIA

A Medtronic lançou três equipamentos que podem ser utilizados por neurocirurgiões, no intuito de obterem maior precisão sobre o procedimento realizado e medirem a eficácia do tratamento

Veja na Galeria dO Saúde Web: hTTp://biT.ly/hduyiS

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CANAL DO LEITOR NÚME RO S R$ 4,6 MIL PISO SALARIAL DE PARA ENFERMEIROS É APROVADO Texto da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público também fixa o salário dos técnicos de enfermagem em 70% do piso (R$ 3.255) e aumenta percentual para auxiliares de enfermagem e parteiras

R$ 180 MILHÕES QUALICORP ADQUIRE GRUPO PADRÃO Operação envolve a compra de 25% das cotas do capital social da Padrão Administradora, Padrão Corretora e PS Corretora, além da Voloto Consultoria Empresarial, holding detentora de 75% do capital social da empresa

R$ 1 BILHÃO

NOTA MORRE MARLENE SCHMIDT, DIRETORA DA FANEM

A diretora executiva da fabricante de equipamentos médicos Fanem, Marlene Schmidt, morreu de parada cardíaca, no último dia 13, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Neta do fundador da Fanem, Arthur Schmidt, Marlene era casada com Djalma Luiz Rodrigues, diretor industrial da empresa e deixa três filhas e netos. Formada em Direito pela PUC – SP, Marlene conquistou seu espaço dentro da Fanem, empresa fundada em 1924 – que até então só tinha sido dirigida por homens: seu avô, Arthur Schmidt e seu pai, Walter Schmidt, ambos formados na Alemanha e técnicos, respectivamente, em raio-X e eletricidade. Na gestão do pai, a empresa conquistou o mercado nacional como pioneira na fabricação de incubadoras, porém foi sob o comando de Marlene, juntamente com seu esposo Djalma Luiz Rodrigues que a Fanem passou por um processo de modernização e alcançou novos rumos ganhando o mercado externo e tornando-se referência na indústria mundial de equipamentos médicos, em especial de neonatologia.

T W IT TE R Fred Mendes @SeuFred “@Saude_Web: Mtos exames podem causar + males do q benefícios http://bit.ly/HB2psF”//Isso é sério d+! Olha q não abordaram aumento do custo Mayuli Fonseca @MayuliFonseca Boa notícia na @Saude_Web: Setor da saúde compõe as principais profissões do futuro http://migre. me/8zipT #ficadica Dirceu Barbano @DirceuBarbano Parabéns aos funcionários. RT @Saude_Web: 79% avaliam como positivo Central de Atendimento da Anvisa http://bit.ly/H4vKJB @marcuspassosmd _Marcus Passos “@Saude_Web: Pfizer anuncia recall de pílulas anticoncepcionais bit.ly/wkh6fg” Agora é tarde! existe recall de anticoncepcional!

CIÊNCIA HOSPITAL SABARÁ FIRMA PARCERIA COM O NEUROCIENTISTA MIGUEL NICOLELIS

E-M A IL A matéria (Um Salto para o Amanhã, da FH 20 ANOS) ficou excelente! Stephen Doral Stefani

DE FATURAMENTO É O QUE O BIOLAB QUER ALCANÇAR ATÉ 2012. Parcerias e

investimentos em P&D têm impulsionado o crescimento da empresa de medicina diagnóstica

BIOLAB QUER CHEGAR A R$ 1 BILHÃO DE FATURAMENTO ATÉ 2014 PARCERIAS, E INVESTIMENTOS EM PD&I TÊM IMPULSIONADO O CRESCIMENTO DA EMPRESA DE MEDICINA DIAGNÓSTICA, QUE DEVE CRESCER 8,3% EM 2012

EXPANSÃO UNIMED INVESTE EM 13 NOVOS HOSPITAIS ATÉ 2014 Contrato engloba apoio financeiro ao Centro de Saúde Anita Garibaldi de Macaíba (RN) e o compartilhamento de conhecimento científico entre as instituições

Verticalização é a maneira que a cooperativa encontrou para economizar recursos, ter melhores margens para negocioar e, assim, aumentar sua força de atuação pelo Brasil

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CONEXÃO SAÚDE WEB

RESULTADO DA ENQUETE

VAI E VEM PRESIDENTE DA DASA RENUNCIA

Você acredita que avançadas tecnologias médicas como robótica, nanotecnologia e engenharia biogenética, etc, vão estar dentro do escopo do SUS em 20 anos?

Marcelo Noll Barboza não é mais o diretor presidente do laboratório. Quem assume interinamente é o atual Presidente do Conselho de Administração, Romeu Côrtes Domingues

39,44 % - SIM A evolução tecnológica é muito rápida e o uso do robô da Vinci pelo Inca é um exemplo de que as instituições públicas já começam a ficar atentas a isso 25,35 % - NÃO Certamente tais tecnologias vão ser muito mais corriqueiras no País, mas o acesso será restrito a entidades privadas 35,21 % - TALVEZ Se, a partir de agora, o Brasil investir em pesquisa e desenvolvimento, para incentivar inovação, é provável que sim

INAUGURAÇÃO FLEURY ALIA NOVA EXPERIÊNCIA AO REALIZAR EXAMES COM PROJETO SUSTENTÁVEL

NO AR A acreditação hospitalar no Brasil já decolou?

Laboratório inaugura, em Alphaville, primeira unidade verde, que contempla todas as etapas de construção de acordo com as exigências do selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design)

mNão. De acordo com o SINDHRio, enquanto nos Estados Unidos há cerca de 26 mil hospitais acreditados, no Brasil apenas existem 48. Isto é um claro sinal de que ainda não decolou. m Sim. O Programa de Acreditação Hospitalar ganhou força e repercussão no país após o ano de 2001. E as instituições de saúde já entenderam a importância dos protocolos de segurança e gestão. É uma questão de tempo.

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ENTREVISTA

MUDANÇA EM

REDE

Maria Carolina Buriti – mburiti@itmidia.com.br

Eugênio Vilaça Mendes, autor do livro “As Redes de Atenção Primária à Saúde”, editado pela Organização Pan- Americana de Saúde e Conselho Nacional de Secretários de Saúde, diz que, apesar do sistema de saúde brasileiro ter o modelo público universal, ele está se tornando, cada vez mais, parecido com o dos Estados Unidos, que une altos gastos e ineficácia. Segundo ele, a solução está na rede

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olíticas públicas exclusivas para pobres são políticas pobres”. A frase de William Beveridge aponta o desafio do financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), cujo modelo foi justamente inspirado nos princípios beveridianos da universalidade da saúde. Quem o cita é o ex- consultor da Organização Pan- Americana da Saúde (OPAS), Eugênio Vilaça Mendes para exemplificar a importância do recurso para o sistema de saúde e o desafio do modelo. “Se não desatar o nó do financiamento do SUS, o Brasil caminhará para a segmentação e teremos muitos problemas pela frente à semelhança dos EUA”, afirma. Dentista de formação e com especialização em planejamento de saúde, Mendes trabalhou por 11 anos junto à OPAS/OMS na área de desenvolvimento de sistemas e serviços de saúde, onde teve acesso aos modelos de saúde de vários países. Mineiro e morador de Belo Horizonte (MG), hoje, atua como consultor de saúde pública. Por telefone, de sua casa em BH, ele conversou com FH, e os principais trechos da entrevista você confere a seguir. FH: O SUS é uma conquista para o Brasil. Se por um lado o sistema de saúde universal é admirado e até comparado aos modelos de saúde da Europa, temos um sistema de saúde suplementar que se aproxima cada vez mais do norte-americano quando se compara o aumento da especialização. Na América Latina, temos o exemplo da colombiano e o chileno. Qual é o caminho que o Brasil poderá seguir? Eugênio Vilaça Mendes: Na realidade, na experiência internacional existem dois grandes modelos. Um deles é o sistema público universal, presente em vários países e caracterizado pelo Estado provedor de ampla carteira de serviços públicos. Essa provisão pode ser feita por meio de impostos gerais, é o chamado modelo beveridgiano (William Beveridge). Ele está no Canadá, Dinamarca, Espanha, Portugal, Suécia, Reino Unido, Itália e

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QUEM É: EUGÊNIO VILAÇA MENDES • Dentista e especialista em planejamento de saúde • Consultor de Saúde Pública • Ex- consultor da OPAS/ OMS • Ex- Secretário Adjunto da Saúde no Governo Tancredo Neves

Fotos: Gercione Pinto

• Autor de “ Redes de Atenção Primária à Saúde”, editado pela Organização Pan-Americana da Saúde e Conselho Nacional de Secretários de Saúde

Noruega. Tem outro grupo de sistema público universal que é o bismarckiano (Otto Leopold Edvard von Bismarck), que surgiu na Alemanha e está também na França e Holanda. Ele é provido, fundamentalmente, por seguro público universal. São esses modelos que são presentes em quase toda a Europa e Canadá. Por exemplo, no modelo universal público no Canadá, o que o governo puder prover gratuitamente, o setor privado compete com o estado. No modelo público universal, o estado é efetivo, porque só pode ir ao sistema privado adquirir certos serviços que o público não oferece. Também temos o segmentado e um exemplo dele é o americano. Lá existem modelos distintos são sistemas substitutivos não complementares. Existe o Medicaid, para os pobres, e o Medicare para os idosos, e as operadoras de planos privados, que são responsáveis pela maior parte da saúde, e como no Brasil são pessoas vinculadas às empresas ou a família adquire um plano privado. Esses são os dois modelos mais claramente definidos no mundo. Em função dos problemas que o modelo segmentado tem nos Estados Unidos, alguns especialistas como Alain Enthoven, desenvolveram uma terceira via: a management competion, ou competição gerenciada. Nesse modelo há dupla competição, o estado disputa com o setor privado enquanto operadoras competem também pelo serviço. Ele foi testado na Colômbia e alguns desses fundamentos foi aplicado no Chile. Enfim, existe dois modelos com muitos anos e avaliações desta proposta. Na Colômbia, onde ele foi mais elaborado e testado, o sistema está em uma crise fortíssima.

O SENADOR BRASILEIRO, POR EXEMPLO, NÃO ESTÁ VOTANDO O SISTEMA DELE. ESTÁ VOTANDO O RECURSO PARA O POBRE, O DELE JÁ ESTÁ GARANTIDO, POIS ELE TEM UM SISTEMA SEPARADO

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entrevista

FH: Como você definiria o modelo do Brasil? Mendes: São essas as três alternativas, no Brasil foi pensado e discutido que o espírito da Constituição é de um modelo universal público. Na época de concepção, nosso sistema foi influenciado pelo modelo italiano – o beveridgiano. Mas na prática social, ao longo do tempo, por algumas razões, mas fundamentalmente pelo financiamento, o nosso modelo vem se inspirando fortemente no modelo americano e transformando-se gradativamente em segmentado. Hoje no Brasil temos um sistema de saúde com três segmentos: o SUS- que é chamado de sistema único de saúde, mas na verdade é o único de saúde pública e dois privados: o sistema de saúde suplementar, com cerca de 45 milhões de pessoas vinculadas a operadoras de saúde e o terceiro sistema, pessoas ou famílias que tiram o dinheiro do bolso, sem intermediação de plano privado, e vão a farmácia, compram consulta médica, atendimento e vão aos hospitais. No Brasil, esse sistema de desembolso direto, particular, tem recurso maior do que o da operadora. FH: Há uma solução para resolver este paradoxo de se ter um sistema único na Constituição e três modelos de uso diferentes na prática? Mendes: Quase todos os brasileiros vão ao SUS, porque ele controla a qualidade de medicamentos, qualidade da água, das vacinas e etc. Mas quase todos brasileiros também vão ao sistema do desembolso direto, e o mais grave em relação à proporção da renda é que quem mais usa o sistema público, em percentuais da renda, são os mais pobres. O sistema segmentado tem essa característica da iniquidade. Nos EUA, 50 milhões de americanos não tem cobertura. Temos essas três alternativas. Mas eu acho que se não desatar o nó do financiamento do SUS, o Brasil caminhará para a segmentação e teremos muitos problemas pela frente à semelhança dos Estados Unidos, hoje. Nós seremos ama-

nhã o EUA de hoje. Com uma pequena diferença, que os Estados Unidos emitem dólar e nós não. FH: Você disse que se não resolvermos a situação do financiamento do SUS seremos os Estados Unidos amanhã. Como desatar esse nó? Mendes: É um nó difícil de desatar porque evidências mostram que quando se segmenta o sistema é o grupo dos pobres que será sempre subfinanciado. Tem uma frase do William Beveridge, ele previu isso em 1942, que ‘políticas públicas exclusivas para pobres são políticas pobres´. Isto é, quando se segmenta, o sistema do pobre tem muito menos dinheiro que o dos ricos e a razão é de que os pobres tem pouca capacidade de organizar seus interesses e de colocá-los na arena política. Apesar do SUS ser o único sistema para mais de 150 milhões de brasileiros, esses são os 150 milhões mais pobres. É uma massa que corresponde a 75% da população e não consegue articular seus interesses dentro do Congresso Nacional para por mais dinheiro no SUS. No sistema americano, por exemplo, o Medicaid tem menos dinheiro que o Medicare. Porque no medicaid só tem pobre e no Medicare você tem idosos de todas as classes sociais que pressionam fortemente o governo. FH: Então também é uma questão de cidadania? De exercer o direito de cidadão? Mendes: É, mas as classes mais baixas da população tem mais dificuldade. Veja a diferença de discutir o orçamento de um sistema público universal no Reino Unido, na Suécia e no Canadá. O congressista desses países está discutindo não só o sistema do pobre, ele está discutindo a saúde do pobre e a dele, da

filha e da esposa. O congressista brasileiro tem um sistema caro e financiado pela população no geral. O do Senado, por exemplo, é um escandalo por conta dos privilégios. É um sistema financiado pelo dinheiro público, ou seja, pelo conjunto da sociedade e, portanto, pelos mais pobres. Aquele senador não está votando o sistema dele, está votando o recurso para o pobre, o dele já está garantido, pois ele tem um separado. FH: Existe um estudo que compare o quanto mais caro é para uma operadora quando ela age centrada na especialidade do que num programa de atenção primária, por exemplo? Seria uma espécie de programa de saúde da família, só que voltado apenas para própria companhia? Mendes: Eu não conheço um dado para o Brasil. O que posso dizer é que utilizando o modelo americano como exemplo, em 2009, os Estados Unidos gastavam US$ 7290 per capita, enquanto o Reino Unido gastava U$ 2992 e o Canadá gastava U$3895, ou seja, os Estados Unidos gastam o dobro. Uma pesquisa da Cornwell´Fund compara os EUA com Austrália, Canadá, Alemanha, Holanda, Nova Zelândia e Reino Unido, ou seja, países onde há o sistema público universal. Os Estados Unidos apesar de ter o dobro do Reino Unido em gasto, era o pior dos sete em vários itens. Isso se deve, fundamentalmente, à ausência de atenção primária. Os EUA gastam mais que o dobro de que todos os países e é o último lugar em quase todos os itens como segurança, acesso, equidade e etc. Esse modelo é que estamos trazendo dos Estados Unidos e ele é caro porrque falta a coordenação do cuidado. Nos EUA, você tem dois livros recentes e que eu recomendo: publicado em

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O mOdelO de cOndiçãO crônica sem O sistema de infOrmaçãO eletrônica nãO Opera. essa é a ruptura que precisa ser feita nO setOr públicO e nO privadO

2008, “Overtreated”, de Shannon Brownlee e o “Overdiagnosed”, de Gilbert Welch. Uma síntese destes livros e principalmente o “Overtreated” seria: os Estados Unidos gastam com internações médicas desnecessárias de 30 a 50% dos gastos totais de saúde, em torno de 700 bilhões de dólares anuais, e esses procedimentos injustificáveis respondem por 30 mil mortes a cada ano. Faz- se excesso do diagnóstico e tratamento. Isso não quer dizer que a ressonância magnética, por exemplo, não é importante, mas o uso excessivo disto leva a mais tratamentos desnecessários. FH: A rede é um sistema? Como definir a rede? Mendes: A rede é um sistema inteiro que se desenvolve em cinco componentes: atenção primária que coordena a rede, que vincula a população; atenção secundária, os ambulatórios especializados e os hospitais de média e alta complexidade; os sistemas logísticos, regulação, transporte sanitário, registro eletrônico em saúde; e os de apoio,- assistência farmacêutica, apoio diagnóstico terapêutico. Esse conjunto todo está em rede com um sistema de governança. Não se integra só a atenção primária com o laboratório e com o hospital, mas também com o centro de imagem, farmácia e etc. Mas para isso é preciso

certo sistema logístico: prontuário eletrônico, que circule em toda a parte do sistema e inteligência reguladora, essa é ideia de rede e o Brasil não tem nada disso. FH: Como a tecnologia pode auxiliar as Redes de Atenção Primária? Mendes: É fundamental porque para atenção primária funcionar ela tem que ser responsável por toda a rede vinculando toda população. Na atenção primária tem que ter toda a população cadastrada nas unidades familiares e isso é muito difícil fazer sem prontuário eletrônico e sem o registro eletrônico de saúde. E não basta cadastrar as famílias, tem que cadastrar os hipertensos, por exemplo, e estratificar por risco todos os portadores de condições crônicas. Quando se trabalha com boa atenção primária se trabalha o médio e baixo riscos e só se beneficiam de especialistas os 25% dos hipertensos que tem alto ou muito alto risco, de baixo e médio não devem ir aos especialistas, pois ele intervém muito e gera iatrogenia, pois o especialistas tem uma clinica diferenciada, voltada à doença. Vai criando um acorde de tal sofisticação que o modelo de condição crônica sem o sistema de informação eletrônica não opera. Essa é a ruptura que precisa ser feita no setor público e no privado.

sua opinião é muito importante // editorialsaude@itmidia.com.br twitter // @saude_web

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Higienização Hospitalar: soluções integradas que permitem um ambiente cirúrgico livre de infecções. Em outras palavras, você trabalhando em condições adequadas. Os serviços de Higienização Hospitalar do Grupo Tejofran são soluções integradas com atuação em todas as áreas: limpeza concorrente, terminal, cirúrgica e imediata. Além de todo composto de governança hospitalar. Ou seja: seu hospital operando em condições adequadas. Para saber mais, ligue e agende uma visita: 0800 7707681 www.tejofran.com.br

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TOP HOSP

201 Na noite de 10 de abril, o setor de saúde se reuniu para acompanhar o cerimonial de entrega do Prêmio Top Hospitalar 2011, que contou com cerca de 300 pessoas no hotel Hyatt, na capital paulista. A premiação, dividida em 26 categorias contemplou 18 empresas. Os destaques da noite foram para Philips, que levou quatro troféus, Dell e Hill-Rom que ganharam dói troféus cada um. Nas próximas páginas veja a metodologia, os ganhadores e a noite de premiação.

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SPITALAR

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ACOMPANHE ALGUNS MOMENTOS DA CERIMÔNIA DE PREMIAÇÃO DO TOP HOSPITALAR 2011 Na noite de 10 de abril, o setor de saúde se reuniu para celebrar e acompanhar o cerimonial de entrega do Prêmio Top Hospitalar 2011, que reuniu cerca de 300 pessoas de toda a cadeia de saúde no hotel Hyatt, na capital paulista. Ao todo foram entregues 26 troféus. 01

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01 – Coquetel de recepção ao convidados do Prêmio Top Hospitalar 2011 02 – Marcelo Trovati, da Brasanitas 03 – Jantar oferecido aos convidados antes da cerimônia de premiação 04 – Adelson de Sousa, da IT Midia 05 – Fan Chen Sheug, da Microsul, da Microsul, Luciano Quintela e Renata Rabelo do Itaú 06 – Stela Lachtermacher, da IT Midia, Leandro Pinheiro, da HP, Luciana Hadade, Felipe Fan e Fan Chen Sheug, da Microsul 07 – Soraia, da Steris e Bernardo Medrado, da Hill-Rom 08 – Fan Cheh Sheug, da Microsul, e Alberto Leite, da IT Midia 09 – Stela Lachtermacher, da IT Midia, com Sammy Schlesinger e Marcos Cunha da Philips 10 – Cylene de Sousa, da IT Midia, com Maria Cristina e Renata Dutra da GRSA 11 – Cinthya Davila, da IT Midia, e Fabrício Simões da BD 12 – Bernardo Medrado, da Hill-Rom, e Guilherme Batimarchi, da IT Midia 13 – Verena Souza, da IT Midia, e Ricardo Menezes, da Dell 14 – Miguem Petrilli, da IT Midia, durante discurso de entrega do premio Top Hospitalar 15 – Carolina Buriti, da IT Midia, com Carlos Mafra e Julian Batista da Cirúrgica Mafra

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ESPECIAL TOP HOSPITALAR

O CLIENTE AVALIA

E O MERCADO EVOLUI

P

GABY LOAYZA Gerente de Inteligência de Mercado da IT Mídia

rêmio mais aguardado entre as empresas fornecedoras de equipamentos e serviços hospitalares do setor da saúde, em sua 14ª edição, o “Top Hospitalar 2011” superou a expectativa de participação com a coleta de 388 questionários, o que significa um crescimento de mais de 200% no número de respondentes, na comparação com a primeira etapa da pesquisa do ano anterior. Entre os participantes, estão presentes os principais executivos e gestores de compras de hospitais, laboratórios e principais clínicas do País. Mais um ano, a IT Mídia por meio da revista FH e de sua área de Inteligência de Mercado, é a responsável pela realização do estudo, desde o desenvolvimento da metodologia até a efetiva análise e a premiação dos favoritos. Colaborar com a divulgação das melhores práticas da indústria fornecedora de soluções hospitalares e, consequentemente, com o desenvolvimento do setor da saúde estão entre os objetivos da realização de estudos como este. E também é uma das formas da IT Mídia, alinhada à sua missão de desenvolver as comunidades em que atua, por em prática este compromisso ajudando o setor de saúde em sua evolução. O estudo ficou no ar entre 09 de novembro de 2011 a 13 de fevereiro de deste ano. Todos os hospitais, clínicas e laboratórios cadastrados em nossa base de dados foram convidados a preencher um breve questionário online, por meio do qual elegeram espontaneamente os seus fornecedores preferidos, atribuindo notas em sete quesitos de avaliação referentes a desempenho e percepção de marca. Este ano, o estudo traz novidades em sua metodologia e fica mais alinhado com as melhores práticas de pesquisa de mercado referentes a share of mind e awareness. Por isso, o estudo passou por uma análise mais apurada dos fornecedores concentrada em apenas uma fase, mais qualitativa. Desta forma, a costumeira segunda etapa de votação como era feito até a avaliação do ano passado, não faz mais parte da metodologia do prêmio. Tal evolução de metodologia permitiu à IT Mídia desenhar um retrato dos fornecedores hospitalares

do País, à medida que considera não só menção à marca, mas a avaliação dos fornecedores por desempenho e percepção de marca. Ou seja, para determinar as notas finais dos competidores no estudo – e definir os integrantes da lista –, é aplicado um peso de 33,33% para menção espontânea de marca, 33,33% para percepção de marca (valores intangíveis) e 33,33% para qualidade percebida/ desempenho (valores tangíveis). Cada participante indicou até três grupos de fornecedores para indicação dos competidores. Por exemplo: se o respondente optou por avaliar os grupos de Serviços Financeiros, Indústria de Equipamentos e Indústria de TI, ele elegeu as suas empresas favoritas nas 10 categorias atreladas a esses grupos. Além disso, os hospitais e laboratórios classificaram os sete critérios de avaliação em ordem de importância, de acordo com o que julgaram ser mais ou menos relevante na relação com os seus fornecedores. Esta análise originou uma lista, no geral com três finalistas por categoria, que passou pelo crivo de uma análise de um comitê de lideranças da IT Mídia para chegar aos vencedores. Quem obteve a maior nota ponderada considerando os pesos estipulados dentro de cada categoria foi o vencedor. Além desses ajustes na metodologia, temos três novas categorias no estudo deste ano, PACS /RIS –dentro do grupo Indústria de TI- para destacar as empresas que oferecem sistemas de informação em radiologia (RIS) e/ou soluções para gerenciar e arquivar imagens digitais (PACS), com alto índice de menções, e a avaliação do grupo Nutrição Clínica com as categorias Alimentação Enteral – para destacar as empresas de alimentos balanceados para a realimentação e prevenção de desnutrição e a categoria Alimentação Parenteral – para destacar as empresas especializadas em alimentação endovenosa de macro ou micro nutrientes por meio da via periféria ou central. Ficamos imensamente agradecidos pela confiança depositada à IT Mídia, em especial aos gestores de hospitais, laboratórios e clínicas. Certamente todos os que participaram deste estudo estão engajados no desenvolvimento e fortalecimento da comunidade de Saúde no Brasil.

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ENTENDA A METODOLOGIA QUEM PARTICIPOU? Principais executivos e profissionais de compras de hospitais, laboratórios e clínicas. Universo: Base de leitores FH - hospitais, laboratórios e clínicas. Amostra: 388 questionários

METODOLOGIA:

SHARE OF MIND – PESO DE 33,3%

Recall espontâneo da marca (menção espontânea de até 3 marcas)

+

7 Critérios de avaliação (Notas de 1 a 4, onde 4=Excelente, 3=Bom, 2=Regular, 1=Ruim) divididos em duas esferas de avaliação: PERCEPÇÃO DE MARCA – VALORES INTANGÍVEIS - PESO DE 33,3% • Melhoria contínua e inovação do portfólio – atributo que mede Personalidade da Marca • Marca que inspira confiança/ética/sustentabilidade – atributo que mede Consciência da Marca

QUALIDADE PERCEBIDA – VALORES TANGÍVEIS - PESO DE 33,3% • Desempenho, confiabilidade e durabilidade do produto/serviço – Atributo que mede Qualidade percebida • Preço x Performance – Atributo que mede a relação do Valor Percebido/Satisfação e lealdade • Entrega/distribuição – Atributo que mede Cobertura de Distribuição • Treinamento/educação dos profissionais – Atributo que mede Diferenciação • Qualidade de atendimento (pré e pós-vendas) - Atributo que mede Diferenciação

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ESTUDO ESPECIAL TOP HOSPITALAR

SOBRE AS CATEGORIAS O ESTUDO ESTÁ DIVIDIDO EM 10 GRUPOS DE FORNECEDORES TOTALIZANDO 26 CATEGORIAS SERVIÇOS FINANCEIROS Instituições financeiras CONSULTORIA Consultorias de gestão empresarial, de processos de qualidade (acreditação) e auditorias. INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS: • Diagnóstico por Imagem - Fabricantes de equipamentos de ultra-som, mamografia, raio X, ressonância magnética, tomografia, medicina nuclear, angiografia, oncologia, entre outros. • Análise laboratorial - Fabricantes de produtos para análise laboratorial, como microscópios, ecocardiógrafos, endoscópios, eletrocardiógrafos, entre outros. • Cuidados ao paciente - Fabricantes de equipamentos utilizados no cuidado diário com o paciente (leito), como camas, guindastes de transporte etc. • Suporte e manutenção à vida - Fabricantes de equipamentos utilizados em situações críticas - EXCETO itens cirúrgicos -, como monitores cardíaco, de pressão arterial, radiação, desfibriladores etc. • Cirurgia - Fornecedores de aparelhos de anestesia, aspiradores cirúrgicos, autoclaves, mesas cirúrgicas, macas, bisturís eletrônicos e outros equipamentos utilizados para procedimentos cirúrgicos. • Maternidade - Empresas fabricantes de berços, detectores fetal, incubadoras neonatais etc. INDÚSTRIA DE INFRAESTRUTURA: • Indústria de Arquitetura, Engenharia e Construção - Empresas fornecedoras de serviços de construção, arquitetura e engenharia, incluindo manutenção, segurança, pisos, revestimentos, geradores, entre outros. • Indústria Mobiliária - Empresas fabricantes de mobiliário, cadeiras de rodas, macas, mesas, carrinhos para transporte de materiais, arquivos de prontuários médicos etc. • Indústria de Energia - Empresas fornecedoras de geradores e de soluções de eficiência de energia • Indústria de Ativos Eletrônicos/Conservação e Armazenamento - Empresas fabricantes de refrigeradores, freezer, centrífugas, estufas, autoclave, esterilizadores, câmaras, lavadoras e produtos similares. INDÚSTRIA DE SERVIÇOS • Facilities - Empresas prestadoras de serviços de recepção, limpeza, lavanderia, segurança, manutenção predial etc. • Alimentação - Empresas especializadas na manipulação, coleta, transporte, tratamento e destinação de resíduos de todos os tipos (substâncias químicas, materiais descartáveis, etc).

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SOBRE AS CATEGORIAS O ESTUDO ESTÁ DIVIDIDO EM 10 GRUPOS DE FORNECEDORES TOTALIZANDO 26 CATEGORIAS • Resíduos - Empresas especializadas na manipulação, coleta, transporte, tratamento e destinação de resíduos de todos os tipos (substâncias químicas, materiais descartáveis etc) INDÚSTRIA DE MATERIAIS DE INSUMOS • Gasoterapia - Fornecedores de gases medicinais e produtos correlatos, como recipientes de armazenamento dos gases. • OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais) - Fabricantes de produtos utilizados em especialidades como Cardiologia, Ortopedia e Neurologia. • Materiais de Consumo - Fabricantes de produtos como cateteres, abaixador de língua, cânulas, curativos, eletrodos, seringas, algodão, gel, luvas, filtros, incontinência, termômetros, suturas tubos, papéis, umidificadores etc. INDÚSTRIA DE TI • Hardware - Fabricantes de computadores (PCs, servidores, storage, mainframe, thin client), dispositivos móveis (smartphones, tablets, notebooks, netbooks), impressoras, monitores, terminais telefônicos, switches, roteadores, cabeamento, nobreaks, entre outros. • Software - Fabricantes de software em geral. Ex: gestão de banco de dados, portal de internet, segurança, backup, ERP, CRM, BI, prontuário eletrônico, entre outros. • Serviços - Fornecedores de serviços de outsourcing, prestadores de consultoria de TI, treinamento em TI, manutenção do ambiente tecnológico etc. • PACS /RIS - Empresas que oferecem sistemas de informação em radiologia (RIS) e/ou soluções para gerenciar e arquivar imagens digitais (PACS) INDÚSTRIA FARMACÊUTICA • Indústria de Medicamentos - Fabricantes de medicamentos em geral (de menor ou maior complexidade) NUTRIÇÃO CLÍNICA • Alimentação Enteral: Alimento balanceado para a realimentação e prevenção de desnutrição. Nutrição administrada via sonda ou oral para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais. • Alimentação Parenteral: Define-se por uma alimentação endovenosa de macro ou micro nutrientes por meio da via periféria ou central. É a administração de nutrientes como glicose e proteínas, aminoacidos, carboidratos, lipideos. DISTRIBUIDORES Empresas focadas na distribuição de equipamentos, medicamentos e materiais hospitalares.

PREMIAÇÃO 10 DE ABRIL DE 2012 NO GRAND HYATT – SÃO PAULO

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ESPECIAL TOP HOSPITALAR

Norte

3,09%

Nordeste

10,83%

Centro-Oeste

4,37% Sudeste

65,98% Sul

15,72%

PERFIL REGIテグ

Centro-oeste Centro-oeste Centro-oeste Centro-oeste Norte Norte Norte Nordeste Nordeste Nordeste Nordeste Nordeste Nordeste Nordeste Nordeste Nordeste Sudeste Sudeste Sudeste Sudeste Sul Sul Sul

ESTADO DF GO MS MT AM PA RO AL BA CE MA PB PE PI RN SE ES MG RJ SP PR RS SC

% 2,06% 0,77% 0,77% 0,77% 1,03% 1,80% 0,26% 0,26% 4,12% 1,55% 1,03% 1,03% 1,03% 0,26% 0,52% 1,03% 1,80% 8,51% 7,99% 47,68% 4,38% 6,19% 5,15%

QTDE 8 3 3 3 4 7 1 1 16 6 4 4 4 1 2 4 7 33 31 185 17 24 20

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CRITÉRIOS CRITÉRIOS

Qualidade e desempenho do produto/serviço Qualidade de atendimento (pré e pós-vendas) Preço Entrega/distribuição Treinamento/educação dos profissionais Esta empresa está preocupada com a ética/sustentabilidade Melhoria contínua e inovação do portfólio Marca que inspira confiança

ESCALA DE PRIORIZAÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8

QTDE

%

249 71 63 65 68 67 67 54

92,91% 26,49% 23,51% 24,25% 25,37% 25,00% 25,00% 20,15%

FREQUÊNCIA POR CATEGORIA CATEGORIA

SUBCATEGORIA

Indústria de equipamentos Indústria de equipamentos Indústria de equipamentos Indústria de TI Indústria de equipamentos Indústria de equipamentos Indústria farmaceutica Indústria de TI Indústria de materiais de insumos Indústria de materiais de insumos Indústria de equipamentos Indústria de materiais de insumos Indústria de TI Consultoria Distribuidores Indústria de TI Indústria de serviços Financeiro Indústria de serviços Indústria de serviços Indústria de infraestrutura Indústria de infraestrutura Indústria de infraestrutura Indústria de infraestrutura Nutrição clinica Nutrição clinica

Diagnóstico por imagem Análise laboratorial Cuidados ao paciente Hardware Cirurgia Suporte e manutenção à vida Indústria farmacêutica Software Gasoterapia Materiais de consumo Maternidade OPME Serviços Consultoria Distribuidores PACs e Ris Facilities Serviços Financeiros Alimentação Residuos Arquitetura, engenharia e construção Indústria de energia Mobiliária Ativos eletrônicos, conservação e armazenamento Alimentação enteral Alimentação parenteral

% 36% 31% 30% 29% 29% 29% 29% 28% 26% 25% 24% 24% 23% 22% 22% 18% 16% 16% 12% 12% 7% 6% 6% 5% 4% 3%

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Falar da IT Mídia é fácil e prazeroso, afinal temos muitas coisas em comum: coerência entre a fala e a ação, entre a promessa e a entrega. Além disso, comungamos das mesmas práticas, atitudes, crenças e valores. Isso faz toda a diferença nos relacionamentos pessoais e profissionais. E foi por isso que tornamo-nos grandes amigos, Adelson, Miguel e eu.

A IT Mídia é mais do que uma parceira no Setor da Saúde. É realmente uma difusora de excelência para todos que querem construir uma saúde melhor no Brasil. Dr. Mario Wrandecic Diretor Presidente Biocor Instituto

Luis Carlos Nacif Presidente Microcity

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SERVIÇO FINANCEIRO

FINANCIANDO A

SAÚDE Por Por Milton Leal: editorialsaude@itmidia.com.br

Luciano Quintela, do Itaú: Banco registrou aumento de 9% no total de clientes da área de saúde em 2011

Maiores investimentos em tecnologia, aumento da expectativa de vida e aumento da renda e do emprego, levando à ampliação do acesso aos planos de saúde pelas classes C e D. Estes são os fatores que têm impulsionado o mercado de saúde, e de carona o setor de bancos vem aproveitando a oportunidade e mostrando resultados sustentáveis. Pelo quarto ano consecutivo, o Itaú venceu a categoria de serviço financeiro do prêmio Top Hospitalar. Durante o ano de 2011, o banco apostou nas linhas de crédito com garantia de recebíveis do SUS (Sistema Único de Saúde) e de operadoras de plano de saúde. Com este tipo de garantia, as empresas ampliam o acesso ao crédito, suprindo suas eventuais necessidades de caixa para pagamentos de fornecedores e funcionários. O Itaú registrou aumento de 9% no total de clientes deste segmento em 2011 e incremento de 12% da carteira de crédito quando comparado ao mesmo período do ano de 2010. Segundo o diretor de produtos da área Empresas do Itaú, Carlos Eduardo Maccariello, o crescimento do segmento deve-se ao cenário econômico positivo, somado ao aumento da expectativa de vida e a crescente exigência por serviços de melhor qualidade por parte dos usuários. “Esse setor continua com ótimas perspectivas para 2012”, afirma o executivo. A instituição financeira também oferece como serviço aos hospitais, clínicas e laboratórios o leasing que permite o financiamento de equipamentos médico-

-hospitalares, além das linhas de repasse do BNDES para a reforma, modernização e expansão de suas instalações. Além disso, o banco dispõe de uma linha exclusiva para compra de equipamentos importados (Leasing Doméstico de Produtos Importados), no qual o banco importa o bem por conta própria ou por encomenda, via trade, sem a necessidade de o hospital obter o cadastro junto à Secretaria da Receita Federal como importadora. “A operação é contratada em reais para evitar que o hospital fique exposto à variação cambial”, explica Maccariello. Para o diretor do banco, o grande desafio do setor é aumentar a capacidade de atendimento na mesma proporção de crescimento dos usuários dos planos de saúde, devido à ascensão das classes C e D. Serão necessários grandes investimentos no setor para garantir a qualidade do atendimento. Também mais uma vez finalista da categoria, o banco Bradesco tem uma área de saúde que visa dar um atendimento especializado e de forma constante, desenvolvendo produtos, serviços e soluções para o setor. De acordo com o diretor da área de empréstimos e financiamentos, José Ramos Rocha Neto, boa parte dos hospitais, clínicas e laboratórios estão classificados como “média empresa” e este segmento teve um crescimento de destaque das suas operações de crédito no banco no ano passado. “Em 2011, houve avanço de 22,7% contra 17% que foi a média do banco”, conta. O Santander também disputou o troféu do Top Hospitalar 2011 nesta categoria.

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CONSULTORIA

SUPORTE

NA GESTÃO Guilherme Batimarchi – gbatimarchi@itmidia.com.br

Gerenciar um hospital não é fácil. Além de manter a sustentabilidade do negócio, gestores e administradores não podem perder o foco no mais importante: a assistência ao paciente. Dentro desse escopo, acreditações, políticas de segurança do paciente e muitos outros processos são vitais para a qualidade de uma instituição, e é nesse instante que as consultorias especializadas na área entram em cena. O ano de 2011 foi promissor para estas empresas no Brasil. O Instituto Qualisa de Gestão (IQG), ganhador do Prêmio Top Hospitalar 2011 na categoria “Consultoria”, apresentou um crescimento de 27,5% em relação ao ano anterior. As demais finalistas Pró- Saúde e Deloitte também expandiram seus negócios no ano passado, a primeira aumentou em 30% e a última dobrou seu faturamento na vertical de saúde. “O último ano foi vital para o IQG, que consolidou seus programas de segurança do paciente e iniciou o primeiro projeto de certificação de AVE. Aumentamos consideravelmente o número de instituições acreditadas internacionalmente chegando a quase 250. Tivemos pelo terceiro ano consecutivo um aumento em nossas ações de mais de 25”, acrescenta o diretor presidente do IQG, Rubens Covello. Segundo Covello, para este ano, o IQG pretende manter a margem de crescimento na casa dos 25%, além de aumentar a abrangência do programa brasileiro de segurança do paciente, chegando a pelo menos 100 hospitais participantes, além de exportar este programa para outras

instituições de saúde da América Latina, reforçar a atuação internacional da empresa com programas de consultoria de gestão da qualidade e segurança do paciente. “Vamos lançar o Programa Internacional de Acreditação Qmentum International, concebido por mais de dez países, que possui foco importante na segurança do paciente e na gestão estratégica das instituições”. Outra medida apresentada pelo diretor- presidente é o reforço nos programas de educação continuada visando formar gestores na área da saúde com foco em assistência segura. A Pró-Saúde, consultoria presente em 12 estados e com 54 hospitais sob sua gestão, no modelo de Organização Social de Saúde (OSS), estima um crescimento de 30% e pretende aumentar sua atuação no setor público com a administração de mais hospitais. “O projeto mais desafiador da Pró-Saúde nos anos de 2011 e 2012 será absorver os 17 hospitais públicos simultaneamente no Estado do Tocantins, que agora estão sob nossa gestão”, destaca o presidente da Pró-Saúde, Paulo Mergulhão. Em 2011, a vertical de saúde da Deloitte fez uma série de contratações que, segundo o sócio da área de Life Science e Healthcare da Deloitte, Enrico de Vettori, serão fundamentais para o desempenho da empresa em 2012. O investimento feito no ano passado atingiu cerca de 10% de seu faturamento. “Há dez anos investimos na área de saúde e trazemos profissionais de mercado para montar um time de consultores especializados.”

Rubens Covello: aumentamos para 250 o número de instituições acreditadas internacionalmente

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INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS – DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

MERCADO À PROVA

DE CRISES

Por Guilherme Batimarchi - gbatimarchi@itmidia.com.br

Marcos Cunha, da Philips: segmento de healthcare na Philips representa 40% do faturamento mundial da empresa

A atual turbulência no mercado financeiro global fez com que as gigantes do segmento de diagnóstico por imagem voltassem seus olhares para os países membros do Brics. Um exemplo disso é a Philips, que na noite do dia 10 de abril recebeu o troféu de melhor empresa de diagnóstico por imagem, na categoria indústria de equipamentos do Prêmio Top Hospitalar 2011. Segundo o diretor sênior de Healthcare da Philips do Brasil, Marcos Cunha, globalmente, a desaceleração da economia impactou não só a Philips, mas todas as empresas do segmento. “Isso faz com que tenhamos uma pressão sobre mercados emergentes como Brasil e China que tem maior expectativa de crescimento.” Para o executivo, os mercados de Brasil, China e Índia têm apresentado o crescimento esperado pela multinacional holandesa. “Para nós, da Philips Brasil, isso tem sido muito positivo, pois recebemos mais atenção e poder para fazer investimentos, que é o que vem ocorrendo nos últimos anos com as aquisições, além de continuarmos investindo no desenvolvimento de novas soluções e tecnologias.” Cunha explica que nos últimos cinco anos a Philips realizou quatro grandes aquisições no Brasil. Uma delas, a VMI, na parte de diagnóstico por imagem, que deu à empresa uma boa infraestrutura para fazer a montagem e produção nacional de ressonâncias, tomografias, ultrassom, aparelhos de raio x e hemodinâmicas no País, e permitiu o financiamento do BNDES para produtos nacionais e impulsionou muito o mercado, ajudando os clientes a trazer mais viabilidade para seus negócios. Outra aquisição importante foi a Dixtal com a parte de monitoração que, em 2012, fará uma série de lançamentos na parte de ventilação e anestesia fazendo com que a Philips aumente ainda mais sua participação no mercado de cuidados ao paciente, presente nos setores público e privado.

O segmento de healthcare na Philips representa cerca de 40% do faturamento mundial e é considerado o principal setor quando o assunto é rentabilidade. “Esse é um fator que nos dá muita força, há alguns anos, a companhia decidiu que saúde seria uma das principais partes de sua estratégia e com isso já temos essa participação significativa dentro do faturamento”, completa Cunha. Um dos principais investimentos da companhia está na área de pós-venda que foi aumentada em 30% no número de posições de atendimento ao cliente para levar a empresa mais próxima de seus clientes. “Estamos ampliando a linha de produção da unidade em Lagoa Santa (MG) e Manaus”, finaliza o executivo. A Siemens Healthcare lançou recentemente o programa Agenda 2013, que pretende responder aos desafios mundiais apresentados pelo mercado de saúde incluindo o Brasil. A iniciativa global tem como objetivo reforçar a capacidade inovadora do setor Healthcare da multinacional. A companhia investe globalmente cerca de R$ 3 bilhões em P&D para trazer ao mercado inovações e tecnologias de ponta. Outra gigante do setor que tem investido pesado é a GE, que anualmente dedica US$ 1 bilhão em P&D para apresentar ao mercado novas soluções. Além desse valor, a empresa também tem o compromisso de investir, até 2015, outros US$ 6 bi no desenvolvimento de novas tecnologias, parcerias e soluções para endereçar as três principais necessidades em saúde que são: melhoria da qualidade, ampliação do acesso e redução dos custos dos sistemas de saúde. “Até o final do ano passado já investimos US$ 2 bi globalmente, e vamos continuar investindo, e dezenas de novos produtos já chegaram ao mercado brasileiro com foco nesses três pilares”, afirma o diretor geral para Brasil da GE Healthcare, Roberto Mendes.

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INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS - ANÁLISE LABOATORIAL

NOVIDADE

NA ÁREA Maria Carolina Buriti- mburiti@itmidia.com.br A Philips/Dixtal levou o troféu Top Hospitalar 2011 na área de Indústria de Equipamento, na subcategoria Análise Laboratorial. Com o prêmio, a Philips soma quatro categorias vencidas nesta edição. A área de healthcare na Philips representa cerca de 40% do faturamento mundial e é o principal setor em termos de rentabilidade. Há alguns anos, a empresa decidiu que saúde seria uma estratégica global. Em quatro anos foram 350 milhões de euros investidos na compra de empresas entre elas a Tecso (radiologia), Wheb Sistemas (software) e a Dixtal (linhas de monitoramento de pacientes, anestesia e ventilação monitoração). Segundo o diretor sênior de healthcare da Philips do Brasil, Marcos Cunha, as aquisições ajudaram a companhia a marcar presença no setor e atuar em diferentes áreas. “No passado a empresa tinha um portfólio mais dedicado ao segmento Premium e com as aquisições e o desenvolvimento de novas tecnologias hoje conseguimos levar soluções para todo mercado”, afirmou. Na área análise laboratorial, a empresa atua com a Dixtal, adquirida pela multinacional holandesa em 2008. Para 2012, nesta área, Cunha promete novidades. “Teremos lançamentos na parte de ventilação e anestesia fazendo com que a empresa aumente ainda mais sua participação no mercado de cuidados ao paciente tanto nos setores público e privado”, afirmou.Concorrente na categoria, a GE Healthcare também pretende focar na área de análise laboratorial. “Nosso objetivo é estar cada vez mais presentes nessa área e mais próximos de nossos clientes, entendendo suas necessidades para atendê-las com as soluções mais apropriadas”, afirma o diretor geral para o Brasil da GE Healthcare, Roberto Mendes. O executivo não revela os resultados por setor, mas a GE do Brasil cresceu 53% em 2011 com relação ao ano anterior e alcançou um faturamento de US$ 3,7 bilhões. “As perspectivas são as melhores possíveis. Estamos constantemente fazendo parcerias e ampliando a divisão. No decorrer do ano, a GE pretende anunciar outras novidades, a começar pela feira hospitalar. Carlz Zeiss e Olympus também concorreram na categoria.

Marcos Cunha, da Philips: Aquisições impulsionaram área de healthcare

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INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS - CUIDADOS AO PACIENTE

MERCADO

CRESCENTE Por Analice Fonseca Bonatto - editorialsaude@itmidia.com.br

Bernardo Medrado, da Hill-Rom: estamos atentos aos movimentos do mercado

Hill-Rom é considerada a melhor empresa no quesito cuidados ao paciente dentro da cate categoria indústria de equipamentos. Atuando em mercados bastante competitivos, a vencedora e as concorrentes Mercedes Imec e Stryker têm em comum as metas de satisfação do cliente e o fato de apostarem em produtos inovadores, na proximidade com os clientes e na valiosa agilidade nas entregas. A vencedora também na categoria Mobiliaria, a Hill-Rom busca a integração das duas áreas. “Procuramos a solução do quarto como um todo. São áreas interligadas”, explica o gerente comercial da empresa, Bernardo Medrado, que iniciou a operação local no Brasil no segundo semestre de 2011. O executivo não adiantou os planos para o Brasil, mas garante que vão elevar os investi investimentos no País. Segundo ele, a empresa, que tem faturamento mundial de US$ 1 bilhão ao ano e já atua aqui há 20 anos via distribui distribuidor, investirá cada vez mais para entender as necessidades dos clientes e ajudá-los a melhorar resultados clínicos. “Fazemos um trabalho muito diferenciado do ponto de vis vista de parceria clínica com o hospital. Nosso objetivo é entender a necessidade dos clientes e oferecer a melhor solução para o hospital obter os melhores resultados clínicos”, enfatiza o executivo. Atento às influências da crise dos EUA e da Europa, de acordo com Medrado a expectativa para o setor é positiva. “Estamos atentos ao movimento de mercado. Em função da crise, muitos têm o foco no Brasil. Queremos estar alinhados com a tendência que o governo irá adotar para tomarmos a melhor decisão do ponto de vista de aumento da nossa compe competitividade no País. Imaginamos que o cres crescimento do PIB será maior do que no ano passado”, diz ele.

A adequação de produção para atender o ritmo de crescimento do mercado foi um dos desafios da Mercedes Imec em 2011. “Conseguimos adequar nosso nível de produção o que nos permitiu reduzir o tempo de entrega de nossos produtos, propiciando assim um melhor nível de satisfação”, conta a diretora Edda Aida Marchetti Moraes. A diretora também destaca que a perspectiva para este ano é da demanda crescente. “Mediante acenos do governo para que uma reestruturação produza incentivos à atividade em que atuamos e, possivelmente, gere uma maior demanda no setor”, explica a diretora da empresa, que realizou ajustes internos dos recursos de produção com o objetivo de atingir maior agilidade nas entregas. O foco na inovação é sustentado pelo investimento nos produtos e serviços. “Constantemente atualizamos nossos produtos com o objetivo de atender as necessidades do mercado”, ressalta Eneida Antonia Marchetti Berna, da Mercedes Imec. Segundo ela, novos lançamentos serão apresentados na Feira Hospitalar deste ano. Além de mais próxima dos clientes, a nova estrutura da área de vendas da Stryker do Brasil angariou mais clientes em 2011. “Deste ponto de vista foi um ano muito bom: estabelecemos o time de venda direta no Rio de Janeiro e mudamos a estrutura da área em São Paulo”, enfatiza Pablo German Toledo, diretor geral da empresa, que passou a ter um gerente de contas para cada hospital. Ainda segundo o diretor, a centralização no gerente de contas traz mais negócios para a empresa. “A mudança facilitou o contato com o hospital e o número de pedidos aumentou cerca de 20% em 2011 em relação ao mesmo período de 2010”. A empresa está otimista com o cenário econômico para este ano e tem as correções e melhorias nos serviços como focos.

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Bretas

O brilho parceiros aumenta o valor da nossa marca dos nossos

Programa de Certificação dos Distribuidores. Através de uma iniciativa inédita a 3M Hospitalar incentiva seus Distribuidores a levarem para o mercado soluções inovadoras para atender cada vez melhor o cliente. Parabéns aos vencedores da Categoria Ouro. Para nós, da 3M, ter vocês como parceiros é o maior orgulho!

Confira os Vencedores de 2011

DISTRIBUIDORES AUTORIZADOS: ART CIRÚRGICA LTDA • CBA - COM PROD HOSP LTDA • CBS MÉDICO CIENT COM REP LTDA • CIENTÍFICA MÉDICA HOSP LTDA • CIRÚRGICA MOSQUEIRA LTDA ME • CIRÚRGICA SÃO JOSÉ LTDA • CM HOSPITALAR LTDA • COINTER MTL MÉDICO HOSP LTDA • COM E REPRESENTAÇÃO PRADO LTDA • DENTAL MÉDICA COM REPR LTDA • DIFARMIG LTDA • DIMACI MATL CIRÚRGICO LTDA • DIMACI/PR MATL CIRÚRGICO LTDA • DIMACI/SC MATL CIRÚRGICO LTDA • DIMACI/SP MATL CIRÚRGICO LTDA • DIPROHL COML IMPRA E EXP LTDA • DIPROMED COM E IMPORTAÇÃO LTDA • EQUIPO MÉDICA COML LTDA • HELP FARMA PROD FARMAC LTDA • HERLAU ATAC PROD HOSP LTDA • KEAGE COMÉRCIO E REPRESENT LTD • MEDICAL-MERC AP MÉDICA LTDA • MEDTEC COMÉRCIO E REP LTDA • NACIONAL COML HOSPITALAR LTDA • NEKTAR COM PROD HOSP LTDA • PROCIFAR DISTRIBUIDORA LTDA • S SOBRAL & CIA LTDA • VIAMED PRODUTOS MÉDICOS LTDA • VISAMED COM.E REPRES. LTDA

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INDUSTRIA DE EQUIPAMENTOS – SUPORTE E MANUNTENÇÃO À VIDA

FABRICANTES INVESTEM PESADO NO BRASIL Por Danilo Sanches- editorialsaude@itmidia.com.br

Marcos Cunha, da Philips: Brasil representa cerca de 60% dos negócios na América Latina

Há um crescimento previsto para a demanda por tecnologia em saúde no Brasil e a GE reconhece isso. Aliás, a fabricante norteamericana enxerga o mercado brasileiro como uma das principais molas propulsoras do crescimento da divisão de saúde da companhia, a GE Healthcare. A companhia se apoia em fatores decisivos para a definição da saúde do país como uma saúde de primeiro mundo e olha para a demanda de leitos em UTIs e salas de cirurgia como um dos pilares impulsionadores dos negócios da companhia por aqui. Novos produtos com custo/beneficio mais atrativos ao mercado brasileiro e desenvolvimento de parcerias nas áreas de treinamento e educação continuada são complementares para o alinhamento dos principais fatores de crescimento que a companhia, uma das indicadas ao prêmio Top Hospitalar na categoria suporte e manutenção da vida. Junto com a GE, Dixtal/Philips e Dräger concorreram na categoria que teve a Philips como vencedora. A GE vê a crescente profissionalização do mercado de saúde como um dos fatores pelos quais a penetração dos produtos segue em crescimento no mercado nacional. “Além disso, notamos também que, ao passo em que novos produtos com tecnologia mais avançada passam a ser mais difundidos no Brasil, há um aumento no nível de exigências de seus usuários e consequentemente a demanda por produtos de maior tecnologia e que busquem maior segurança do paciente”, descreve Roberto Mendes, diretor geral para Brasil da GE Healthcare. “Dentro das diversas tecnologias inovadoras, podemos destacar o crescente uso de novos parâmetros com aplicação em anestesia, por exemplo, tais como entropia, transmissão neuromuscular e softwares dedicados a adequação da anestesia.” Para o executivo, é fundamental estar presente em todas as regiões do País, a fim de conhecer melhor as necessidades dos clientes. Ele afirma que é importante também estabelecer parcerias de longo prazo sem se esquecer das necessidades específicas de cada cliente. O maior foco em negócios voltadas a produtos para cuidados críticos em mercados emergentes da Philips veio certamente após a aquisição da Dixtal, em meados de 2008. A musculatura da fabricante com sede na Holanda teve um ganho após as recentes aquisições --- foram 4 empresas e 350 milhões de euros nos últimos 4 anos ---, o que colocou o Brasil numa posição ainda mais importante na estratégia da companhia na América Latina, respondendo por mais de 60% dos negócios da companhia na região. A Dräger, por sua vez, vem de uma recente quebra de recorde de faturamento, registrada no último ano fiscal, que se encerrou em março último. A companhia alemã vendeu cerca de 2,3 bilhões de euros no período e elevou o lucro líquido em 19,3% no mesmo período.

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INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS - CIRURGIA

ALTA TECNOLOGIA PARA UM MERCADO

MAIS EXIGENTE Por Milton Leal - editorialsaude@itmidia.com.br Para muitos segmentos industriais, o primeiro ano de gestão de um novo governo significa desaceleração nos negócios envolvendo o setor público. No setor de equipamentos cirúrgicos, a história não foi diferente. Com uma grande base de hospitais públicos como cliente, essa indústria viu a participação das licitações públicas no faturamento global despencar em 2011, ano de chegada ao Planalto da presidente Dilma Rousseff. O baixo número de licitações que foram abertas no ano passado levou os players desse mercado a buscarem saídas para manter seus negócios. Vencedora da categoria de equipamentos cirúrgicos no Prêmio Top Hospitalar 2011, a multinacional alemã Dräger preferiu modificar um pouco o foco de atuação, o que garantiu crescimento nos negócios voltados para a área de saúde ante resultado obtido no ano anterior. “Em 2011, as licitações não tiveram foco muito grande em nossa estratégia. Por conta das especificações técnicas, não entramos em qualquer uma. Optamos por participar dos processos que tínhamos mais chances de obter sucesso”, conta a gerente de marketing de produtos da companhia, Kátia Nagaoka. De acordo com a executiva, a empresa, que possui uma linha importada de estações de anestesia, está mais atenta às oportunidades de negócio junto aos clientes que exijam equipamentos de alto valor agregado tecnológico. No ano passado, ela viu os pedidos por esse tipo de produto crescerem surpreendentemente. “Historicamente, a grande demanda são pelos equipamentos com custo mais acessível, apesar de o ano passado ter sido excepcional nesse aspecto. Tivemos vendas significativas dos nossos produtos que são top de linha. Esta é uma nova ten-

dência do mercado. Eles (clientes) estão valorizando mais a qualidade que o preço”, afirma Nagaoka, que assume que os equipamentos importados da Alemanha não atingem o mesmo patamar de preço dos produtos nacionais. Também finalista da categoria, a Ortosintese, empresa 100% nacional, sentiu a retração dos negócios envolvendo o poder público. A divisão de equipamentos médicos estagnou em 2011 e apresentou os mesmos resultados que no ano anterior. “Não esperávamos que a queda das licitações fosse tão brusca”, diz Eduardo Mondejar, gerente nacional de vendas da companhia. Segundo ele, em um ano normal 45% do faturamento do segmento de equipamentos é oriundo das vendas para os hospitais estatais. “No ano passado, tivemos uma queda de 40% nessa fatia”, revela. A solução da Ortosintese para recompor o faturamento foi aumentar as exportações e apostar na efervescência do mercado hospitalar privado. Após a obtenção do selo da União Europeia, que autoriza a empresa a exportar para os países do bloco, a expectativa é elevar a participação das exportações na receita dos atuais 7% para, no mínimo, 15%. Em 2012, tanto a Dräger quanto a Ortosintese veem o mercado mais aquecido e com perspectivas de expansão, mas de forma gradual. “Tivemos um primeiro trimestre meio atípico em termos de aparecimento de oportunidades, mas estamos otimistas”, afirma Nagaoka. A multinacional Covidien que também figurou entra as finalistas desta categoria na premiação optou por não conceder entrevista devido à nova política de relações públicas da companhia.

Robson Rolim, da Dräger: representou a executiva Kátia Nagaoka na noite da premiação

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INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS - MATERNIDADE

MAIOR E MELHOR

TAMBÉM LÁ FORA Por Analice Bonatto Fonseca - editorialsaude@itmidia.com.br

Rubens Massaro, da Fanem: que representou Marlene Shimidt na entrega do troféu

A Fanem, fabricante de produtos de neonatologia, é escolhida novamente a empresa do ano na categoria indústria de equipamentos, subcategoria Maternidade deixando para trás as outras finalistas Microem e Gigante. Em entrevista concedida no dia 10 de abril, Marlene Schmidt, diretora executiva da Fanem, estava otimista em relação à economia local nos próximos meses deste ano, apesar de não ter apresentado crescimento expressivo em 2011. “O mercado brasileiro não esteve tão em alta, o que nos salvou foi a exportação”, disse a diretora da empresa, que exporta para mais de 90 países. Um dos destaques da companhia foi a entrada no gigantesco e disputado mercado indiano. “É muita ousadia estar na Índia, país completamente diferente do nosso, com uma rica diversidade cultural. Surpreendeu-nos a aceitação por produtos brasileiros, a boa vontade e o entusiasmo deste mercado”, conta a diretora executiva da Fanem, que nos últimos anos entregou quase 500 equipamentos para os maiores hospitais de cidades indianas como Calcutá e Bangalore. A empresa brasileira também venceu uma concorrência no país, equipando 100% da ala neonatal do novo hospital Bapuji Child Health Institute. “Fornecer a importantes hospitais indianos linha neonatal completa brasileira é motivo de muito orgulho”. Segundo ela, a recém-inaugurada fábrica situada na cidade de Bangalore já produz as primeiras unidades de seus equipamentos da família de fototerapia Bilitron e das

oxigenoterapias Babypap e Babypuff. A empresa também dispõe de um escritório em Amã, capital da Jordânia, inaugurado em janeiro de 2011, que serve de base para as operações da empresa no Oriente Médio. “Lutamos para conseguir esta região, chamada de Mena (Middle East and North Africa), e que é muito importante para nós. O mundo árabe, incluindo a região muçulmana da África, representa cerca de 40% das nossas exportações”. Nesta região, a empresa comercializa a linha de incubadoras neonatais, berços aquecidos entre outros equipamentos. Segundo a diretora, já comercializam com outras regiões do continente, recentemente, entregaram 250 incubadoras no Quênia, costa leste da África. “Já há uma fidelização de parceiros excelente na África do Sul.” Para este ano, a diretora espera crescimento. “Será um grande ano, já estamos quase na metade dele, mas as coisas estão acontecendo. Vamos acreditar no governo da presidente Dilma Rousseff e esperamos investimento maior na área da saúde, pois foram prometidas muitas coisas, mas a saúde ainda é deficitária. Quanto à exportação, estamos indo bem, exportando regularmente para América do Sul, África, todo mundo árabe e a Índia, que está nos surpreendendo.” O maior lançamento da empresa este ano será apresentado na Feira Hospitalar. “É inusitado, inovador e vai abalar a concorrência, realmente competitivo”, provoca Marlene Schmidt. As outras finalistas Microem e Gigante optaram por não participar dessa reportagem.

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INFRAESTRUTURA - ARQ. ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO

MUDANÇAS

ESTRUTURAIS Por Cínthya Dávila: cinthya.davila@itmidia.com.br

João Carlos Bross, da Bross: “não adianta agir como franco-atiradores é preciso ter um direcionamento da atuação”

Em um País com mais de 190 milhões de habi habitantes, de acordo com dados do IBGE, e onde o índice de envelhecimento populacional ten tende a superar as estatísticas de natalidade nos próximos anos, as instituições de saúde - tanto públicas quanto privadas – precisam se cons conscientizar da importância de diminuir o hospi hospitalocentrismo e difundir o uso das unidades satélites de saúde. Em consonância com essa necessidade, a Bross Consultoria e Arquitetura, liderada pelo arqui arquiteto João Carlos Bross, tem direcionado alguns de seus projetos para atender a essa demanda. Este é um dos destaques da empresa vencedora do Prêmio Top Hospitalar 2011 na categoria Indústria de Infraestrutura, na subcategoria arquitetura, engenharia e construção. De acordo com Bross, parte dos grandes hos hospitais está configurando unidades satélites em rede. “Essas instituições estão colocando próximo aos consumidores locais que possibi possibilitem a existência de uma sinergia entre eles. Essa iniciativa possibilita que seja feito um monitoramento do público, além de promover a saúde e evitar doenças”. O executivo conta que a empresa realizou uma blindagem para as unidades satélites da Unimed Paulistana, a construção tem trazido resultados significativos para a operadora. Ele ressalta que a Bross Consultoria já está traba trabalhando com outros hospitais que não havia implantando essa dinâmica em sua estrutura. “Os hospitais vão se verticalizar de acordo com as suas funções, não adianta agir como franco franco-atiradores é preciso ter um direcionamento da atuação”. Com 52 anos de atuação no mercado de arqui arquitetura hospitalar, Bross conta que a companhia tem o objetivo de ampliar o relacionamento com os clientes que já possui. “Pretendemos trabalhar com nossos clientes que já são fide fide-

lizados, nosso trabalho deixou de ser pontual para ser um acompanhamento e consultoria das instituições que trabalham conosco há mais de dez anos”. Grande parte dos projetos que a companhia possui são novos prédios para instituições já existentes. Bross conta que os clientes estão chegando a conclusão de que os projetos que pretendem fazer não cabem mais nos prédios. Sendo assim, os serviços da consultoria são utilizados para orientar onde o empreendimento deve ser construído. Diante desse cenário, o arquiteto explica que os hospitais estão remanejando os departamentos incapazes de gerar lucros para a instituição e transferindo para outros locais, pois assim o espaço do hospital pode ser utilizado para a implantação de áreas de atendimento ao paciente. Já a outra finalista, L+M Gets está direcionando seus projetos para a construção da nova torre do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo e atendendo as carteiras Unimeds. Para 2012, a empresa tem como estratégia realizar estudos de viabilidade para prospectar novos negócios. Segundo a diretora geral da empresa, Sung Mei Ling, o mercado brasileiro está em um momento crescente. Mas acredita que o setor de arquitetura em saúde ainda é pouco entendido. “É preciso conhecer a área operacional, saber como funcionam determinados equipamentos, projetar espaços que funcionem e não que sejam somente bonitos”. A também finalista RAF Arquitetura, tem como objetivo continuar apostando no crescimento dos mercado que possui no Rio de Janeiro e São Paulo. A empresa é responsável pela consolidação das 19 unidades do Inca, no Rio de Janeiro, em um único centro. O sócio diretor da empresa, Flávio Kelner, conta que atualmente o projeto está em fase de licitação da obra.

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INDÚSTRIA DE INFRAESTRUTURA - MOBILIARIA

SOLUÇÕES

INTEGRADAS Por Analice Bonatto - editorialsaude@itmidia.com.br

Bernardo Medrado, da Hill-Rom: 2011 estreitamos nossas relações com os hospitais de referência e iniciamos nossa operação local no Brasil

Para o diretor comercial da Hill-Rom, Bernardo Medrado, é o reconhecimento do mercado pela busca da empresa em tudo o que diz respeito ao leito. “Por isso, temos o programa chamado “total room solutions” em que procuramos integrar a solução do quarto como um todo. Nosso mobiliário é muito diferenciado, por exemplo, não há quinas dentro das gavetas para não ter nenhum tipo de contaminação. O produto é testado e pensado para as questões do dia a dia de um hospital”, destaca o diretor. Com o escritório no Brasil desde o segundo semestre de 2011, Medrado diz que a operação e o suporte aos distribuidores, tanto na área comercial quanto operacional, ficou mais rápida. “Foi um grande ano para a Hill Rom. Em 2011 estreitamos nossas relações com os hospitais de referência e iniciamos nossa operação local no Brasil visando aprimorar o suporte aos clientes e distribuidores”, conta Medrado. Ele ressalta que o grande objetivo é aumentar a parceria clínica e técnica com os hospitais. “Não é somente a venda de um ativo, nossa missão é ajudar nossos clientes a ter melhores resultados clínicos e reduzir custos”. A aposta é no aumento da conectividade entre os produtos e os profissionais de saúde do hospital. “É a possibilidade de se obter indicadores de gerenciamento e reduzir riscos de quedas e outros problemas relacionados por meio da conectividade do leito com a enfermagem, por exemplo. É um produto que contribui para a melhoria mais rápida e a segurança dos pacientes”, avalia o diretor. A Lanco, outra finalista, mantém o

otimismo no segmento, cresceu 40% em 2010 com relação ao ano anterior e 13% em 2011 se comparado a 2010 e, de acordo com o primeiro trimestre deste ano, projeta crescimento de 20%. Um dos destaques do ano passado foi a participação no projeto IRCAD (Research Institute against Digestive Cancer) inaugurado na cidade de Barretos (SP), em julho. “Tivemos a honra de fornecer todas as 44 estativas das 22 salas deste laboratório de pesquisas”, comemora Marcos Eli Alves, diretor comercial da empresa. Além disso, a empresa venceu licitação pública para fornecer a um hospital (que prefere não divulgar o nome)40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva(UTI), quatro salas cirúrgicas e uma automação em farmácia hospitalar. “Na Feira Hospitalar deste ano, lançaremos o sistema Lanco de Estativas para centro cirúrgico e suportes para dar posição ergonômica aos médicos durante o ato cirúrgico”, conta Alves. A diretora comercial da Ortopedia Jaguaribe, Mara Servan comemorou mais uma indicação e a atribui a ritmo intenso de trabalho. “Nós temos um grande abastecimento na rede hospitalar, a maioria das clínicas e hospitais utiliza nossos produtos”, diz a diretora da empresa, que tem como um de seus destaques a cadeira Ágile. Em 2012 a empresa lança, na Feira Hospitalar, uma cadeira motorizada que pode ser usada em hospitais. “O cenário é positivo, o País cresce e há mais qualidade nas compras realizadas pelo governo. Há dez anos isto não acontecia. Hoje a exigência do governo é muito maior”, diz a diretora.

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MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO BIOCOR INSTITUTO - EXCELÊNCIA E ALTA TECNOLOGIA ANGIOTOMOGRAFIAS

CORAÇÃO

CORONÁRIAS

CEREBRAL

ARTÉRIAS RENAIS

UROTOMOGRAFIA

TÓRACO-ABDOMINAL

Inovadora Tomografia Computadorizada Multislice de 64 canais, com tecnologia Essence

Fiel ao compromisso de contínua atualização tecnológica e científica, o Biocor Instituto adquiriu uma nova Tomografia Computadorizada Phillips Multislice de 64 canais, modelo Brilliance – Essence, que permite a realização de exames com maior agilidade e alta resolução de imagens. Trata-se de um dos mais modernos equipamentos disponíveis no mundo e vem acompanhado de avançados softwares inclusive para a realização de exames em 3D como: angiotomografia, hepatotomografia, colonoscopia virtual, enterotomografia, urotomografia, volumetria, entre outros,

aumentando a acurácia diagnóstica das lesões vasculares através de dupla leitura de imagens, melhor avaliação nos demais segmentos corporais e medidas precisas para o planejamento terapêutico. O Biocor Instituto confirma seu pioneirismo reconhecido pelas certificações internacionais ISO 9001, 14001, 27001, 31000, OSHAS 1801, ONA III e NIAHO, e justifica sua certificação pelo Colégio Brasileiro de Radiologia com o selo de qualidade em Tomografia Computadorizada.


INDÚSTRIA DE INFRAESTRUTURA - ENERGIA

ENERGIA PARA

A VIDA Por Milton Leal – editorialsaude@itmidia.com.br

Imprescindível para a manutenção das atividades em um hospital, a energia elétrica é um insumo que exige muitos cuidados para que não haja intermitência em seu fornecimento. Por isso, as unidades de saúde necessitam de uma infraestrutura de geradores capaz de atender suas necessidades de abastecimento. A Stemac, vencedora da categoria infraestrutura de energia do prêmio Top Hospitalar 2011, possui em sua linha de produtos, equipamentos que atendem a toda rede hospitalar, adequando-se a demanda de energia instalada através de geradores acionados a diesel e a gás. Segundo a empresa, todos os projetos são customizados e adequados às exigências dos projetistas. Cerca de 100 engenheiros da empresa são dedicados ao dimensionamento do grupo gerador e análise conjunta do local de instalação, levando em consideração as leis ambientais e atendendo as exigências governamentais referente às emissões de poluentes. A empresa, que possui 38 filiais distribuídas no Brasil e 3 mil colaboradores, considera de extrema importância e como um dos diferenciais de seu negócio, a prévia avaliação de falhas e monitorização das usinas a distância. “A robótica, a modernização dos centros cirúrgicos, a precisão dos instrumentos e seu uso freqüente, exigem energia elétrica contínua”, disse a empresa em nota enviada à redação. Além de hospitais, a empresa também atende a laboratórios e a indústria farmacêutica. “O setor de saúde

representa um percentual importante dentro da produção da Stemac, onde, nos últimos anos ampliou-se nossa atuação em prestação de serviço direta ou indiretamente a área”, completa a nota. A Sotreq, também finalista na categoria, tem o segmento de missão crítica, que compreende o setor de energia ininterrupta, como um dos mais importantes dentro da divisão de energia. A empresa procura focar nos grandes complexos hospitalares de alto padrão como alvo. De acordo com o diretor da unidade de negócios da empresa, Marcelo Braz, 2011 não foi um ano muito forte em termos de negócios. “Acompanhamos os grandes projetos que têm ciclos de 2 a 3 anos e acreditamos que neste ano eles devam ser contratados”, explica ele, que completa dizendo que a participação dos hospitais no faturamento da divisão é bastante flutuante. Segundo o executivo, uma tendência do mercado para os novos empreendimentos hospitalares de alto padrão é trabalhar com grupos geradores para alimentarem as cargas durante os horários de pico (17h às 20h), quando a energia paga à concessionária é consideravelmente mais cara que em outros horários. “É muito interessante verificar a economia de energia que se pode obter com a implantação desses sistemas. Existe muito benefício quando o cliente está conectado em uma tensão mais baixa”, avalia Braz. A EnergyWork, outra finalista da categoria, não atendeu aos pedidos de entrevista para esta reportagem.

Emerson Prado, da Stemac: executivo representou a empresa na noite da premiação

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INFRAESTRUTURA - ATIVOS ELETRÔNICOS CONSERVAÇÃO E ARMAZENAMENTO

ESTERILIZAÇÃO PARA

EXPORTAÇÃO Por Milton Leal - editorialsaude@itmidia.com.br

O mercado de centrais de esterilização viu as compras governamentais despencarem no ano passado e o segmento privado de hospitais pujante como nunca. A Cisa Brasile, vencedora na categoria de ativos eletrônicos, conservação e armazenamento do prêmio Top Hospitalar 2011, experimentou no ano passado um crescimento de 20% das vendas para players privados, que ajudou a compensar a queda da receita junto aos órgãos governamentais. “2011 foi um ano de estabilidade. Crescemos em alguns pontos específicos, em novas regiões, mas de forma geral o faturamento se manteve”, conta o diretor comercial da empresa, Marcos Alexandre Stange. A empresa que trabalha fazendo desde a consultoria de montagem da central de esterilização, passando pelo dimensionamento e produção dos equipamentos que compõem a central tem como clientes hospitais de alto padrão, como o Albert Einstein, Sírio -Libanês e Beneficência Portuguesa. Ao todo, são 300 clientes em todo o Brasil. Com uma fábrica em Joinville (SC) completando 10 anos de existência, a companhia no Brasil ajuda a outra fábrica da matriz, localizada na Itália, a suprir às necessidades dos mercados latino-americano e europeu. “Estamos começando a trabalhar o mercado na América Latina agora, mas temos boas perspectivas de negócios”, diz Stange. O executivo espera que em 2012 o governo retome as compras governamentais e que os grandes projetos privados, que correspondem a 65% do faturamento da empresa, continuem a todo vapor. “Este

ano ainda está devagar de forma geral, mas o mercado privado começou bem aquecido novamente. O governo vai ser obrigado a comprar esse ano, principalmente por conta dos grandes projetos de infraestrutura que estão por vir”, afirma. Em 2012, a Cisa está lançando uma linha completa de controles de esterilização visando atender as exigentes necessidades dos hospitais de grande porte. “A gente percebe que eles querem qualidade. Hoje, com o câmbio do jeito que está (baixo, favorecendo importações), precisamos ter um nível de qualidade muito bom para fazer frente à concorrência dos Estados Unidos e Europa”, opina Stange. A Sercon, outra finalista desta categoria, possui a maior base instalada de produção de centrais de esterilização no Brasil e atende a 4 mil clientes no país. No ano passado, ela foi adquirida pela multinacional Steris, que vislumbra um futuro promissor para a companhia. “A Sercon foi uma aquisição estratégica visando o longo prazo. Queremos que ela seja uma planta global daqui a cinco anos, produzindo para toda América Latina e mercados emergentes”, explica Humberto Paiva Izidoro, vice-presidente e gerente-geral da Steris América Latina. Crescer em exportações é uma grande meta da empresa, que no ano passado obteve 50% de elevação nas vendas para fora do País. “No nosso plano de longo prazo, apenas considerando os mercados latino-americanos, acredito que seja possível dobrar o tamanho da empresa nos próximos cinco anos”, vislumbra o vice-presidente da holding. A Baumer também foi uma das finalistas nesta categoria.

Marcos Stange, da Cisa: Para 2012 empresa espera retomada das compras governamentais

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INDUSTRIA DE SERVIÇOS - FACILITIES

HIGIENIZAÇÃO E

ALGO MAIS Por Por Milton Leal - editorialsaude@itmidia.com.br Agregar novos serviços ao cliente é um mandamento da economia moderna. O setor de facilities que atende o segmento hospitalar vem cumprindo bem esse papel. A Brasanitas, grupo empresarial vencedor da categoria facilities do prêmio Top Hospitalar 2011, tem como carro-chefe em seu portfólio a higienização hospitalar. Contudo, para diversificar a atividade, reduzir o risco do negócio e atender melhor os hospitais, a empresa oferece ainda serviços de manutenção predial, controle de pragas, serviço de rouparia e gerenciamento de leitos e resíduos. “Desenvolvemos o conceito de facility service. A área de higienização apresenta o melhor resultado, mas já vemos uma grande participação no faturamento dos serviços específicos”, conta a diretora de operações da companhia, Giovanna Araújo. A empresa vivenciou um crescimento da receita em 2011 de 20% e para este ano a meta é crescer o mesmo percentual. Um dos motivos que explicam a forte expansão é a abertura de uma filial no Nordeste e a entrada nesse mercado. “Vamos começar um trabalho com as regiões Nordeste e Centro-oeste”, diz Araújo, que comanda a operação em oito Estados e que atende 82 hospitais, que congregam 5 mil leitos no total. No início deste ano, a empresa iniciou uma reestruturação operacional. Dois grandes setores foram criados dentro da companhia. “Agora, temos uma área técnica, com um centro técnico, que cuida do monitoramento de processos, normas, legislações e procedimentos técnicos e também criamos uma área de treinamento e desenvolvimento com foco em

educação continuada”, explica a diretora da Brasanitas, que ainda revela que uma parceria foi fechada com o Senac para formação e capacitação de higienistas. Também neste ano, a empresa implantará um novo software de gestão de serviços no que tange ao gerenciamento de leitos, um dos serviços mais procurados da carteira da empresa. Outra finalista da categoria, a Tejofran também oferece um pacote de serviços agregado à higienização hospitalar. A gerente operacional hospitalar da empresa, Veridiana Silva Gomes, conta que o grande desafio para esse setor é não perder mão-de-obra para outros setores da economia, como o de construção civil. “A gente vem perdendo muita mão-de-obra para outros ramos da economia que pagam melhor. A gente ainda é a primeira entrada do colaborador no mercado de trabalho. Da nossa oportunidade, geralmente ele cresce, então eles acabam migrando”, explica ela, que ainda aponta o dissídio de 15% dos trabalhadores como um atenuador dessa situação. A Max Lav, especializada em lavanderia hospitalar, que também entrou para a lista de finalistas da categoria, iniciou um processo neste ano para dobrar a capacidade de processamento de 30 para 60 toneladas de roupas por dia. A diretora da empresa, Lilian Affonso, afirma que 2011 foi um ano muito aquecido para os negócios da companhia e que ela espera o mesmo nível de atividade neste ano. “Crescemos 40% no ano passado e esperamos o mesmo número para este ano”, afirma. A Martins & Lococo, também foi uma das finalista desta categoria.

Marcelo Trovati, da Brasanitas: Nordeste e Centro-Oeste são regiões foco da empresa, que cresceu 20% em 2011

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INDÚSTRIA DE SERVIÇOS - ALIMENTAÇÃO

PARCERIA DE

QUALIDADE Por Maria Carolina Buriti - mburiti@itmidia.com.br Mais que um fornecedor, as empresas provedoras dos serviços de alimentação para os hospitais – produto direcionado aos pacientes, funcionários e acompanhantes - precisam ser parceiras na qualidade e no compromisso das instituições hospitalares. Quando se trata da nutrição de quem está internado, por exemplo, essa aliança vai além, pois é parte importante nas acreditações e certificações hospitalares. Atenta a essas exigências, a GRSA conseguiu expandir sua carteira de clientes e seu posicionamento geográfico no Brasil em 2011. “A empresa possui foco na acreditação e certificações de uma maneira geral e nas instituições hospitalares ainda existia grande resistência em processos nessa área. O setor começou a enxergar isso e viver uma onda profissional. É uma grande preocupação da instituição ter uma estrutura que suporte o processo de acreditação hospitalar”, explica a diretora comercial da divisão de Saúde da GRSA, Maria Cristina Miranda. E foi nessa onda que a GRSA ganhou o prêmio Top Hospitalar 2011, na categoria Indústria de Serviços, subcategoria Alimentação. De acordo com Maria Cristina, o ano de 2011 foi um dos melhores para a empresa na área de saúde, com 40% de crescimento e 30 novos clientes, isso em um segmento considerado conservador. A expansão é resultado, também, da abertura de algumas frentes de atuação. Hoje, a companhia trabalha com escritórios nas principais capitais do País: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Recife, Distrito Federal e Belo Horizonte. “Estamos com 103 clientes em um segmento que entendemos que a venda é mais lenta”, afirma. Outra finalista, a multinacional Sodexo, em 2011, adquiriu a Puras, também na área de serviços de alimentação e, com isso, conse-

guiu ampliar sua atuação. A aquisição foi estimada em R$ 1 milhão na época. “Para se ter ideia, foram de oito regionais para 12. As duas empresas tinham muito a se complementar”, disse diretor do segmento saúde, Sérgio Caíres. A Sodexo, no ano de 2011, continuou sua aposta na segmentação de ofertas para o setor hospitalar. Um dos exemplos é para área oncológica, como a oferecida para aliança entre os hospitais Sírio-Libanês e Santa Paula. Com a especificação das entidades, com unidades VIP ou com foco em determinadas especialidades, como é o caso da parceria, os fornecedores são diretamente envolvidos e precisam se adaptar as novas exigências. “Cada vez mais eles vão buscar diferenciais. Buscamos através da pesquisa desenvolver produtos que possam contribuir com a recuperação dos pacientes. Entender, pro exemplo, qual é alimentação mais adequada para um paciente que está fazendo quimioterapia”, afirma. 2012 Para este ano, a Sodexo pretende apostar em algumas linhas: a de cafeteria e uma saudável com frutas, saladas e sucos oferecidas para os acompanhantes e funcionários no hospital. Também pretende elaborar cardápios com alimentação saudável: redução de sal e açúcar na alimentação. “Temos que trabalhar na prevenção de doenças crônicas com os funcionários e acompanhante”, conta o executivo. Já a GRSA quer consolidar sua estrutura de novos escritórios pelo País, dobrar o crescimento na área de saúde e especializar mais essas células na oferta para os hospitais . “São contratos especializados e entendemos que esse é o caminho”, conclui Maria Cristina.

Renata Dutra, da GRSA: representou a empresa durante o evento

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INDÚSTRIA DE SERVIÇOS - RESÍDUOS

ABRINDO NOVOS

MERCADOS Por Milton Leal- editorialsaude@itmidia.com.br

Roberval Bichara, da Sterlix: estratégia é buscar mercados novos, principalemte capitais que ainda não possuam o serviço

Nem todos os municípios brasileiros con consideram a extrema importância de tratar o lixo hospitalar, que engloba os rejeitos de hospitais, clínicas, postos de saúde, consul consultórios dentários, laboratórios e unidades veterinárias. Na região Norte e Nordes Nordeste, por exemplo, é grande a quantidade deste tipo de resíduo que não passa por tratamento adequado. Mas este cenário em breve mudará compulsoriamente. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, que entrou em vigor em 2010, determina que todo e qualquer resíduo final proveniente de unidades de saúde precisará ser devi devidamente manejado a partir de 2014. É nessa onda de oportunidade de negócios que pretende navegar nos próximos anos a Sterlix Ambiental, empresa que atua na gestão de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final de resídu resíduos de serviços de saúde. A vencedora do prêmio Top Hospitalar 2011 na categoria indústria de serviço, na subcategoria re resíduos, planeja abrir novos mercados em localidades como Piauí, onde esse tipo de serviço ainda não é oferecido. “Estamos com mais dois projetos de expansão em andamento. Um provavelmente se inicia ainda em 2012 e outro para meados de 2013. Ambos fora do Sudeste”, revela o diretor comercial da companhia, Roberval Bichara Battaglini. Presente nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, a empresa trata com a tecnologia de esterilização por autocla autoclave 97% do total de 5,4 mil toneladas de lixo geradas pelos seus 4,1 mil clientes espalhados em 91 municípios. Apenas os resíduos químicos e farmacêuticos é que são incinerados. O executivo da companhia explica que a

estratégia atual é buscar mercados virgens, especialmente capitais de Estados ainda não atendidos por nenhuma empresa. “ Quando entramos no mercado, em 2000, as principais capitais já estavam com atendimento. De três anos para cá é que começamos a buscar projetos maiores”, diz Battaglini, que ainda conta que em 2011 a Sterlix obteve crescimento de 10,5% e que, por conta da abertura da nova afiliada em Teresina (PI) o resultado neste ano deve ser ainda melhor. Fundada em 1999, em Recife (PE), a Serquip, também finalista da categoria, mudou de nome e marca desde que foi adquirida pela líder mundial do setor, a empresa americana Stericycle. Com mais de 15 mil clientes no Brasil, a companhia registrou expansão de 20% no ano passado e prevê crescimento de dois dígitos também para este ano. O diretor-geral da empresa, Alexandre Menelau, acredita que a nova política de resíduos sólidos trará estabilidade para o mercado. “Era exatamente isso que faltava. Há um tempo, cada Estado fazia sua própria legislação e seguia sem rumo. Faltava uma regulamentação nacional”, opina. Presente em 10 Estados e contando com o braço financeiro da matriz norte-americana, a companhia está focada em crescer por meio de aquisições de pequenas empresas espalhadas pelo território nacional. “Montamos estruturas para atender todo o Estado e não somente a capital”, explica Menelau, que ainda afirma ser necessário definir regulações específicas para Estados e municípios a fim de alavancar ainda mais este segmento. A Vanlix Lixo Ambiental, outra finalista da categoria, optou por não participar desta reportagem.

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INDÚSTRIA DE MATERIAIS DE INSUMOS GASOTERAPIA

VENCEDORA NO QUESITO GASOTERAPIA APOSTA EM

RESULTADO Por Analice Fonseca Bonatto- editorialsaude@itmidia.com.br

Saulo Areas, da White Martins: empresa aposta no crescimento do setor de saúde em 2012.

A White Martins ganhou o Top Hospita Hospitalar 2011, categoria Indústria de materiais de insumos, subcategoria Gasoterapia. A empresa concorreu com a Air Liquide e a Linde Healthcare Brasil, unidade de saúde da Linde Gases. Novos produtos e a qualidade na prestação de serviços são alguns dos destaques da White Martins que a fez se destacar no setor de saúde, segundo o diretor de negócios do segmento medicianal da empresa, Saulo Áreas. O executivo conta que em 2011, fo foram desenvolvidos importantes projetos, como um programa para compartilhar as metodologias Six Sigma e Lean com os hospitais, por meio de treinamentos rea realizados por especialistas denominados lean e master black belt. “Outro destaque foi o desenvolvimento da família MedipureTM farmacêutide gases medicinais com grau farmacêuti co, de acordo com a nova regulamentação estabelecida pela Anvisa.” brasiOtimista com o cenário econômico brasi leiro, Areas diz que a empresa aposta no crescimento do setor de saúde em 2012. so“A empresa lançará novos produtos e so luções para o segmento medicinal para atender a demanda de crescimento deste setor, oferecendo ainda mais confiabilidade nos nossos serviços”. Para Alexandre Bassaneze, diretor Medi Medicinal da Air Liquide Brasil, subsidiária da francesa Air Liquide, um dos motivos da indicação da empresa pelo setor de saúde é o reforço feito na linha home healthcare (assistência domiciliar à saúde). “Acredi “Acredito que de todas as empresas do setor é a que tem a oferta mais completa usando tecnologia própria”.

Além disso, a expansão dos negócios foi um dos destaques da companhia em 2011. “A empresa tem um projeto forte de expansão geográfica. Ela aumentou sua operação e o número de suas filiais nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Também há planos para expandir nas regiões Norte e Nordeste no segundo semestre de 2012”, conta o diretor da empresa, que na área da saúde tem receita de 1,937 milhão de euros e 8,5 mil funcionários em todo mundo. Segundo ele, a partir de 2013, a Air Liquide Brasil terá maior disponibilidade de oxigênio para atender as regiões Norte e Nordeste graças a um projeto com a Suzano Papel e Celulose. “O País tem recebido valores expressivos de investimento e a expectativa é continuar crescendo. Em 2012 haverá lançamentos na área medicinal com o uso de novas tecnologias”, diz Bassaneze. O ano de 2011 foi muito bom para a Linde Healthcare Brasil, unidade de saúde da Linde Gases, segundo André Fernandes, country manager da Linde Healthcare Brasil. A empresa apresentou crescimento expressivo no mercado brasileiro pautado por expansão geográfica - para ampliar a participação de mercado (market share) -, por aplicação de novos produtos e pela excelência na prestação de serviços. “Em 2012, a empresa continuará o investimento para atender a nova regulamentação estabelecida pela Anvisa. Outro objetivo é dobrar de tamanho até 2016. Para isso, continuará investindo na expansão geográfica, em novos produtos e na aplicação de gases voltado à terapia dos pacientes”, destaca Fernandes.

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INDUSTRIA DE EQUIPAMENTOS – OPME

ÓRTESES E PRÓTESES

MOVIMENTAM O CONSUMO DE ALTA TECNOLOGIA Por Danilo Sanches - editorialsaude@itmidia.com.br

Regina Navarro, diretora-presidente da J&J: multinacional levou o troféu de OPME

Desde 1933 no Brasil, a Johnson & Johnson possui produtos tanto para área médica como para consumo doméstico. A Johnson & Johnson Medical atua na área de dispositivos médicos e ferramentas de diagnóstico. E foi essa divisão que ganhou o troféu Top Hospitalar 2011, na área de Indústria de Equipamentos - OPME. Em comunicado enviado à redação, a companhia diz que, “A empresa atingiu vendas de US$ 25,8 bilhões em 2011 em todo o mundo, com crescimento de 4,8% em relação ao ano anterior”. Responsável por parte importante nos custos para a saúde suplementar, a área de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) leva a sério a ideia de profissionalização do mercado de saúde, uma vez que dela depende diretamente da ampliação do consumo de produtos e serviços ligados ao segmento. O diretor comercial da B. Braun, Afonso Sousa, vê com entusiasmo o crescente ganho de conhecimento pelo mercado tanto das técnicas empregadas quanto das diversas linhas de produtos que o mercado oferece. “Quanto mais bem informados e mais bem formados nós tivermos nossos usuários, melhor”, enfatiza Sousa. “Nós desenvolvemos produtos cada vez mais fáceis de usar, mas independente disso, o mercado requer profissionais adequadamente treinados, conhecedores das terapias e também treinados nas aplicações e no manuseio dos produtos com que ele trabalha.” A companhia, que está no país há 42 anos, comercializa diretamente linhas de produtos neste segmentos há 16 anos (antes trazia apenas via distribuidor). O executivo entende que a indústria é uma das principais alavancadoras da profissionalização dos hospitais. Principalmente no caso dos hospitais privados, onde ocorrem grandes investimentos na aquisição de novas tecnologias e de produtos de ponta. E isso, sem dúvida, exige que os profissionais sejam continuamente treinados. Ganha a indústria, ganha o hospital e ganham os pacientes. A fabricante mantém uma instituição voltada a cursos e treinamentos, a Academia Aesculap, onde discute-se tendências terapêuticas não necessariamente ligadas ao portfólio da B. Braun. “Trabalhar com seriedade, principalmente porque nosso trabalho envolve vidas, é o grande segredo para manter-se e ter destaque no mercado”, afirma Sousa. “o maior controle de qualidade que nós temos é o uso diário dos nossos produtos pelos nossos clientes.”

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IND. DE MATERIAIS E INSUMOS – MATERIAIS DE CONSUMO

MATURIDADE DO MERCADO BRASILEIRO É OPORTUNIDADE

PARA MATERIAIS DE CONSUMO Por Danilo Sanches - editorialsaude@itmidia.com.br

Fabricio Simões, da BD: representou a empresa na noite do prêmio

A crise na Europa e a desaceleração do mercado norteamericano tem favorecido o Brasil na absorção das possibilidades de crescimento das empresas na área da saúde. E isso tem colaborado com os negócios da Becton Dickinson & Company (BD), vencedora do Top Hospitalar 2011, na categoria indústria de materiais de insumo, subcategoria materias de consumo. De acordo com o diretor de Assuntos Corporativos e Relações Governamentais da empresa, Walban Damasceno de Souza, hoje, mais do que antes, o Brasil está sob os holofotes da matriz da companhia sediada em New Jersey (EUA). “Ganhamos uma importância e uma responsabilidade muito significativa neste cenário”, explica executivo. “Com a inclusão da nova classe média no cenário de consumo, em função do aumento do nível de emprego e renda, a demanda tem aumentado bastante.” O executivo afirma ainda que a inclusão das perifeiras das grandes metrópoles e das regiões Norte e Nordeste no circuito dos planos de saúde, principalmente através de empregos formais, tem sido muito importante para o setor de saúde como um todo. Principalmente no que diz respeito a materiais de consumo, o aumento do poder aquisitivo da população aliado à crescente profissionalização das instituições de saúde tem sido o grande diferencial. Souza acrescenta que a profissionalização do mercado se deve principalmente ao maior acesso da população ao ensino superior e que isso reflete diretamente na qualidade

dos serviços prestados e no consumo de materiais e insumos. “A BD tem focado esforços na área de educação pós-venda, com profissionais da área de enfermagem, química e diagnósticos, que possam ajudar nossos clientes na aplicação do produtos e também na área de logística, que tem se mostrado também um grande gargalo dos nossos clientes”, complementa Rodrigo Hanna, Country Manager da companhia no Brasil. “Então se a empresa focar em ter apenas um produto de qualidade ainda não é o suficiente. Nós estamos trabalhando também para que, na ponta, o nosso canal de distribuição represente este mesmo nível de serviços que nós provemos diretamente para os nossos clientes.” Para esta categoria também foram indicados a Cremer e a Johnson&Johnson. Esta última, vem de um crescimento de 4,8% no faturamento de 2011 em relação ao ano anterior e registrou vendas de US$ 25,8 bilhões em todo o mundo no ano passado. Já a a Cremer fechou o ano de 2011 com um crescimento de 21,9% sobre 2010 e um faturamento de R$ 457,8 milhões.

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INDÚSTRIA DE TI - HARDWARE

TI NA MIRA Por Danilo Sanches - editorialsaude@itmidia.com.br TI é ativo estratégico no mercado de saúde, na visão dos indicados na categoria indústria de equipamentos/ Hardware. Esta é uma mudança de paradigma que está em curso no País e os fabricantes veem as oportunidades cada vez mais evidentes. Além disso, hoje já se experimenta o que há algum tempo era tido como tendência e o que se vê é que as demandas de um futuro próximo devem ser orientadas para tecnologias que transformam o ambiente de um hospital ou outra instituição em um ponto conectado a uma ampla rede de serviços à disposição da saúde. A HP, no ano de 2011 as soluções que envolviam cloud tiveram bastante sucesso não só no que diz respeito a divulgação, mas em relação a vendas. Para a companhia, as soluções que demandam esta tecnologia são muito mais uma questão de “quando” e não mais de “se” vão se tornar prática, ou seja, a companhia espera que as próximas demandas sejam orientadas certamente para cloud computing; e isso agora é uma questão de tempo. “O ano passado foi muito importante para começarmos esta caminhada em relação à computação em nuvem, e não só em relação a interesse ou o hype da nova tecnologia, mas como venda efetiva”, afirma Alexandre Kazuki, diretor de marketing da área de servidores, armazenamento e redes (ESSN) da HP Brasil. O segundo grande drive, segundo Kazuki, é a parte de dados não estru-

turados ou “big data”, como é conhecido no mercado. Além deste, a ideia de consumerização cada vez mais presente nas empresas impulsiona a demanda por soluções de rede e segurança. Junto com a HP, foram também indicadas para a categoria IBM e Dell do Brasil. Esta última levou para casa dois troféus, um nesta categoria e outro na área de serviços. O diretor de vendas para Educação, Saúde e Governo da empresa, Ricardo Menezes, explica que a vertical de saúde foi a primeira a ter atenção nos investimentos da empresa. “Não em detrimento da importância da indústria de Petróleo e Gás que, em número de dólares é muito maior que saúde. Mas no ponto de vista de o que fazer primeiro, a empresa escolheu a vertical de saúde e educação”, afirma o executivo. Para a Dell, a propagação das novas tecnologias, como a cloud computing, afeta horizontalmente qualquer indústria. Por outro lado, a estratégia da empresa, segundo Menezes, é transportar as soluções da tecnologia para as aflições de cada segmento. “Quando a gente vai conversar sobre cloud computing, a gente não fala de cloud computing com o CIO”, afirma o diretor. “A gente também fala de cloud computing, mas a gente trava um diálogo com o diretor médico da instituição e esta tecnologia é um pedaço da solução para um problema iminente que ele tem.”

Ricardo Menezes, da Dell: tecnologias como a cloud computing, afeta horizontalmente qualquer indústria

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Bretas

Conceitos se

conectam entre as diversas

tecnologias

MONITORAMENTO DA LIMPEZA CLEAN-TRACE

LIMPEZA DE INSTRUMENTAL CIRÚRGICO

TM

MONITORAMENTO DA ESTERILIZAÇÃO

DETERGENTE MULTIENZIMÁTICO

ATTEST COMPLY

TM TM

NORMOTERMIA

IMOBILIZAÇÃO

BAIR HUGGER

SCOTCHCAST

TM

PREPARAÇÃO DA PELE CLIPPER

TM

ELETROCIRURGIA

TM

PLACA UNIVERSAL

MANUTENÇÃO DA PELE

IOBAN

MONITORIZAÇÃO CARDÍACA ELETRODO RED DOT

TM

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CUIDADOS COM A FERIDA OPERATÓRIA

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INDUSTRIA DE TI - SOFTWARE

MERCADO EM

ASCENSÃO Por Guilherme Batimarchi – gbatimarchi@itmidia.com.br É cada vez mais comum ouvir gestores de saúde falando sobre automatização de processos e gestão por indicadores e outras atividades que contemplem o cotidiano de uma unidade de saúde ou indústria do setor. Por trás desses processos estão os sistemas de gestão, que ganham cada vez mais visibilidade e têm aumentado a demanda do mercado de softwares hospitalares. Eleita como melhor empresa de software na categoria indústria de TI/Software do Prêmio Top Hospitalar 2011, a MV Sistemas tem feito uma série de investimentos ao longo dessa década para a melhoria da percepção do mercado em relação ao ganho das instituições de saúde em utilizar boas ferramentas de gestão. Além da MV, outras duas empresas do segmento também disputaram o troféu, Wheb Philips e Oracle. A MV tem crescido cerca de 30% ao ano na última década. “O faturamento da empresa saltou de R$ 7 milhões para R$ 100 milhões em dez anos. Temos nos preparado para que cada uma de nossas unidades possa ter independência em sua atuação com o objetivo de consolidar o mercado em volta da MV”, diz o presidente da empresa, Paulo Magnus. Para ele, as estratégias da MV em 2012 estão pautadas numa série de ações. A primeira delas é a conclusão da consolidação do projeto Soul MV em plataforma web que já conta com cerca de 30. “Esse projeto consumiu a maior parte dos investimentos da MV, atingindo R$30 milhões”, explica o executivo. Magnus conta também que a MV está em processo de avaliação para a aquisição de mais uma empresa, similar ao da Hospidata, com o objetivo de atuar em mercados de baixo poder aquisitivo. “Fomos atrás de uma empresa com um sistema onde fosse possível fazer incrementos que não constassem no portfó-

lio dessa empresa, principalmente nas áreas estratégica e financeira para que possamos ter uma solução competitiva no mercado de hospitais com menor faturamento.” Seguindo a mesma onda de investimentos, a Oracle vê no mercado de saúde grandes oportunidades, e direciona seus esforços para a melhoria de processos e interoperabilidade entre sistemas. Segundo o diretor de soluções de governo, saúde e educação da Oracle para América Latina, Fernando Faria, o que a Oracle tem notado – com o auxílio de seus clientes – foi o aumento na demanda por tecnologia da informação e, por isso, tem focado sua atenção e parte de seus investimentos nos últimos anos em três segmentos: hospitais, indústria e governo. “A multinacional tem prestado muita atenção em questões analíticas para ajudar as entidades a conhecer melhor seus pacientes, como, por exemplo, no tratamento, no uso de medicamentos mais adequados e até no tempo de internação. Também auxiliamos a indústria manufatureira - como a farmacêutica - a ter um processo mais eficiente, como na leva de medicamento às prateleiras.” Para o diretor sênior de Healthcare da Philips do Brasil, Marcos Cunha, o mercado de TI em saúde vem crescendo e tem um potencial muito grande para ser explorado por todas as empresas, tanto as nacionais quanto as estrangeiras que já vislumbram o segmento nacional de hospitais. “Os hospitais já possuem soluções de informática, mas elas ainda não são integradas. A Wheb Philips tem uma estratégia clara nesse sentido, de trazer soluções integradas para nossos clientes e foi isso que nos motivou a adquirir a Wheb Sistemas, a Dixtal e outras empresas para trazer as informações na parte assistencial e ter mais disponibilidade ao cliente para ele realizar uma gestão melhor.”

Paulo Magnus, da MV: crescimento de 30% ao ano na última década

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INDÚSTRIA DE TI- SERVIÇOS

FOCO NA

PROFISSIONALIZAÇÃO Por Danilo Sanches – editorialsaude@itmidia.com.br Em 2009, a fabricante Dell colocou em prática o plano de atuar mais fortemente nos mercados de saúde e educação no Brasil. A exemplo do trabalho que já fazia ao redor do mundo, a companhia aproveitou a deixa da aquisição da provedora de serviços de Perot Systems para encampar o desafio de fornecer serviços e infraestrutura para empresas nestas verticais. A importância desta nova visão de negócios é que ao invés de se aproximar do cliente na intenção de vender um novo servidor, a empresa passou a olhar como ela poderia melhorar a farmácia daquele hospital. Indicada pela segunda vez consecutiva para o Top Hospitalar, juntamente com a Teiko e IBM, a Dell olhou para a possibilidade de preencher uma lacuna no atendimento do mercado de saúde. A entrada neste setor da empresa, que este ano levou o prêmio da categoria Indústria de TI/serviços, coincide com a guinada das empresas em direção a uma maior profissionalização. “É um passo necessário, obrigatório e impossível de não ser dado”, afirma Ricardo Menezes, diretor de Vendas para Saúde da companhia. “Ninguém imagina hoje, no Brasil, que está à frente de alguns países de primeiro mundo, o mercado financeiro sem a sofisticação que para nós é lugar comum. Então este histórico do mercado financeiro vai acontecer no segmento de saúde, mas vai levar 5 anos, ao invés de demorar os 40 anos que levou o mercado financeiro, porque obviamente a dinâmica de hoje é muito diferente da década de 1960 e 1970.”

O fato é que as fusões e aquisições do setor estão impulsionando um maior nível de profissionalização das empresas. O que não aconteceria se os grupos continuassem sendo grupos familiares. Menezes chama de lenda a ideia da escassez de profissionais no mercado. O executivo afirma que em relação a tecnologia e consultoria para saúde, o Brasil já tem boas amostragens de profissionais de alto nível. “Por exemplo, nós contratamos recentemente pessoas que tinham 10 anos no assunto”, afirma o executivo. Se para a Dell o Brasil representa um grande mercado potencial, para a concorrente IBM, não é menos. A empresa divulgou no último balanço que o crescimento obtido nos países dos Brics foi maior do que nas demais regiões em crescimento, onde anualmente registrou-se avanço de 7%, contra 10% na região formada por Brasil, Rússia, Índia e China. Adicionalmente, a companhia norteamericana registrou globalmente uma receita de US$ 10,5 bilhões apenas com a área de serviços de tecnologia. A outra indicada, a Teiko, provedora de soluções em TI, destacou no ano passado com a modernização do ambiente de TI do Hospital Santa Catarina, com o projeto “Alta Disponibilidade II”, cujo resultado apresentou ganho de 50% a 90% em tempo de execução das operações. A visão do executivo da Dell a respeito da necessidade de investimentos que este mercado demanda aponta para outro fator crítico: a maior exigência do cliente dos hospitais. “O cliente final não aceita ser tratado de uma forma pouco sofisticada”, completa Menezes.

Ricardo Menezes, da Dell: o Brasil já tem boas amostragens de profissionais de alto nível

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INDÚSTRIA DE TI - RIS E PACS

MERCADO CONSISTENTE Por Guilherme Batimarchi: gbatimarchi@itmidia.com.br

Nas últimas décadas os equipamentos de imagem diagnóstica passaram por uma série de melhorias e inovações, talvez a mais radical seja a geração de imagens digitais, que substituíram os filmes e trouxeram mais precisão e agilidade na hora do diagnóstico. No entanto, com a criação desses equipamentos também foi necessário criar sistemas de gerenciamento e transmissão destes arquivos, que mesmo sendo dados, são igualmente importantes aos ultrapassados filmes. Empresas como Philips, Siemens e Agfa saíram na frente e conquistaram um grande destaque nesse segmento desenvolvendo soluções integradas a outras tecnologias como ERPs clínicos e prontuários eletrônicos. Vencedora também como melhor sistemas de RIS e PACS dentro da categoria indústria de TI do Prêmio Top Hospitalar 2011, a Philips mostra sua força e consolidação em diferentes segmentos do mercado de saúde no Brasil, que é considerado por ela promissor e ainda com muitas oportunidades a serem exploradas. Mesmo com a crise que assola os mercados internacionais, a divisão global de healthcare da multinacional holandesa já representa cerca de 40% de seu faturamento. De acordo com o diretor sênior de healthcare da Philips do Brasil, Marcos Cunha, a vertical de saúde no País tem acompanhado a mesma tendência e com as aquisições realizadas nos últimos anos a multinacional cresceu muito no mercado e hoje, no País, tem uma participação similar a Philips global. “No passado a empresa tinha um

portfólio mais dedicado ao segmento Premium e com as aquisições e o desenvolvimento de novas tecnologias, hoje, conseguimos levar soluções para todo mercado, o que fez com que tivéssemos uma participação similar a mundial.” Segundo o diretor da Siemens Healthcare, Armando Lopes, o Brasil representa um dos dez principais mercados da empresa no mundo e, recentemente lançou o programa Agenda 2003, que visa res-ponder aos desafios mundiais apresentados pelo mercado de saúde. “A iniciativa global tem como objetivo reforçar a capacidade inovadora e alta-mente competitiva do setor Healthcare da Siemens. Medidas específicas vêm sendo implementadas em quatro campos de ação: Desenvolvimento de Inovação, Competitividade, Expansão Regional, e Desenvolvimento de Pessoas.” No Brasil, o segmento de healthcare, que inclui a categoria RIS e PACS, cresceu cerca de 15% em 2011 e pretende repetir o resultado este ano. “Para a Agfa, o mercado brasileiro já atinge a sétima posição entre os 120 em que a empre-sa atua em volume de negócios no mundo. A empresa tem investido significativamente nos países emergentes, principalmente no Brasil, por ser o maior mercado latino americano. Esse foi um dos fatores que motivou a empresa a adqui-rir a WPD, que significou uma evolução muito grande na empresa que consolidou a presença da Agfa na América Latina. Agora temos um desafio muito grande em 2012 para posicionar a companhia no mercado de sistemas de gestão hospitalar (HIS)”, finaliza o gerente de vendas da Agfa, Robson Miguel.

Marcos Cunha, da Philips: Segmento de TI em saúde é promissor e ainda tem muitas oportunidades a serem exploradas

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INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

CRESCIMENTO

PUJANTE Por Verena Souza – vsouza@itmidia.com.br

A aposta dos analistas de mercado para a indústria farmacêutica no Brasil é que ele continue crescendo, e segundo a consultoria IMS Health, as vendas no setor registraram aumento de 10% em 2011, representando cerca de R$ 40 bilhões. No encalço desta estimativa está a Eurofarma – vencedora do prêmio Top Hospitalar 2011, na categoria Indústria Farmacêutica – que faturou 14% a mais do que em 2010, registrando R$ 1,6 bilhão. “A empresa estima crescer sempre acima de dois dígitos por ano. A estimativa gira em torno de 16%”, afirma a diretora de novos negócios e sustentabilidade do grupo, Maria Del Pilar Muñoz. Entre as metas da empresa, 2015 é o ano em que a companhia espera cobrir 90% do mercado latinoamericano. Atualmente, a farmacêutica abrange 74% da região, presente em países como Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Venezuela e Uruguai. Em relação ao incremento no setor, o Brasil perde apenas para a China, a boa colocação deve-se à ascensão das classes C e D, o envelhecimento da população e o aumento da preocupação com a saúde e estética. E o mercado de medicamentos genéricos – segmento

de maior crescimento da indústria farmacêutica - também se beneficiou do contexto promissor, com 32,2% de alta em 2011 ante o ano anterior, movimentando R$ 8,7 bilhões, 41% de avanço em comparação a 2010. “Apesar de não ser o carro-chefe da empresa, a Eurofarma investe para manter-se entre os três maiores players deste mercado”, afirma Maria Del Pilar. A unidade de Genéricos representa 12% das vendas internas da Eurofarma, enquanto a unidade hospitalar responde por 15% e a de Prescrição Médica, por cerca de 60% das vendas da companhia. O prêmio Top Hospitalar refere-se à pesquisa realizada no ano anterior com os compradores de hospitais, clínicas e laboratórios do setor de saúde, que avaliam aspectos como percepção de marca e desempenho. Del Pilar elegeu as bombas de infusão como destaque de 2011. “Somos a 1ª indústria nacional a possuir um sistema completo de infusão (medicamentos, SPGVs, equipos e bombas)”, conta. As outras duas finalistas na categoria foram Baxter, com mais de 50 anos no Brasil, e Cristália, maior produtor anestésicos e adjuvantes, produtos essencialmente hospitalares. Entretanto, ambas optaram por não participar da reportagem.

Fausto Meidach, da Eurofarma: esteve presente na cerimônia e recebeu o troféu pela farmacêutica

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NUTRIÇÃO CLÍNICA - ALIMENTAÇÃO ENTERAL

ALINHADO

AO PERFIL Por Maria Carolina Buriti - mburiti@itmidia.com.br

Conhecida mundialmente no setor de alimentação, em 2011, a Nestlé deu mais um passo e abriu a Nestlé Health Science, com intuito de desenvolver também a área de nutrição clínica. E é neste segmento que a multinacional foi reconhecida e conquistou o troféu Top Hospitalar 2011, na categoria Nutrição Clínica - alimentação enteral. Com a multinacional também concorreram ao troféu a Support (Danone) e a Abbott. Em nota enviada à redação, a empresa afirma que, segundo o CEO da multinacional, Paul Bulcke, a criação da Nestlé Health Science S.A. proporcionará à empresa uma função de liderança em uma indústria inteiramente nova, enquanto permitirá manter o foco necessário nos negócios fundamentais de alimentos, bebidas e nutrição”. No ano de 2011, a empresa também alinhou sua estratégia à tendência de envelhecimento populacional e colocou no mercado um suplemento alimentar desenvolvido para esse público. De acordo com o diretor da Nestlé Healthcare Nutrition, Marco Hidalgo, o plano para os próximos anos é consolidação na área hospitalar. “O desafio da área é estreitar ainda mais sua relação com os hospitais e profissionais de saúde, além de reforçar seu compromisso de melhorar o status nutricional da população com soluções inovadoras que contribuam cada vez mais para a recuperação dos pacientes”, afirmou.

Mônica Meale e Adriana Dias, Nestlé: multinacional quer consolidar marca na área hospitalar

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NUTRIÇÃO CLÍNICA - ALIMENTAÇÃO PARENTERAL

EXPANSÃO

NA NUTRIÇÃO CLÍNICA Maria Carolina- mburiti@itmidia.com.br Responsável por cerca de 5% do faturamento da multinacional B.Braun, cujo resultado em 2011 alcançou R$ 400 milhões, a área de alimentação parenteral está há mais de 40 anos entre os produtos oferecidos pela empresa. E é nesta subcategoria que a companhia levou o troféu do Prêmio Top Hospitalar 2011. Ainda na grupo nutrição clínica, subcategoria parenteral, concorreram Baxter e a Fresenius. De acordo com o diretor comercial da B.Braun, Afonso Souza, apesar da disputa entre os players nessa área, a marca já está consolidada no segmento de nutrição clínica. “2011 foi um ano bom para a companhia, o mercado está cada vez mais competitivo e houve crescimento na área parenteral. Estamos nos desenvolvendo forte nessa linha. Não temos o que reclamar”, comemora o executivo. Ao todo, no Brasil, a B. Braun possui 7 mil clientes cadastrados e 3 mil ativos. No País, a empresa possui apenas a fábrica de equipa-

mentos de infusão. A aquisição, em janeiro, da Nutrichem exemplifica os esforços da companhia para ser consolidar-se o mercado de nnutrição clínica. Anteriormente a Nutrichem era comandada pela empresa japonesa SSP Co. Ltd., fabricante de produtos para necessidades nutricionais, em particular as dietas enterais, suplementos nutricionais e nutrição esportiva. A Nutrichem já era responsável pela linha de alimentação enteral da B. Braun, mas com a incorporação, a B. Braun passa a ser fabricante de dietas enterais também, antes só as parenterais eram desenvolvidas. Para 2012, a meta é manter a base sólida de clientes e conquistar mais mercado. Para isso, Souza acredita que a chave está no convencimento do corpo médico. “É importante que os médicos entendam a importância da nutrição no pré-operatório. Com o organismo devidamente nutrido, a recuperação é mais rápida”, finaliza.

Márcia Antunes, da B.Braun: representou a multinacional alemã

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DISTRIBUIDORES

RITMO

ACELERADO Por Danilo Sanches - editorialsaude@itmidia.com.br A responsabilidade e a importância do distribuidor na cadeia de saúde é diretamente proporcional ao crescimento do mercado. E tal expansão, por sua vez, é impulsionada pela profissionalização das instituições de saúde, o que amplia potencialmente a demanda dos responsáveis pela gestão logística de medicamentos e materiais hospitalares. É neste ritmo que a Cirúrgica Mafra tem encontrado fôlego para um crescimento médio de 25% ao ano nos últimos 4 anos, ou seja, o faturamento da companhia dobrou de 2008 para cá. A empresa levou o troféu Top Hospitalar 2011, na categoria Distribuidores. A companhia concorreu com Hopsfar e Cirúrgica Fernandes, repetindo os indicados da edição anterior. E o responsável pela gestão comercial da companhia, Julian Batista Andrade, explica que este crescimento se deve a um movimento que começou há cerca de dez anos, quando as empresas de saúde deixaram de investir na gestão de grandes estoques, o que garantiu maior foco em seu principias negócios e fomentou a participação dos distribuidores na cadeia. Com a modernização dos processos dos hospitais, a gestão dessas instituições não admite mais os elevados gastos que se tinha no passado com a gestão dos estoques. Isso motivou a procura ainda maior por empresas especializadas em transporte e armazenamento de materiais específicos para o uso do mercado de saúde. Trabalhar com o estoque da distri-

buidora é hoje para os hospitais um ganho em eficiência e foco no core de seus negócios. Andrade atribui a relevância que tem no mercado ao foco na qualidade da prestação de serviços. “Investimos muito na qualidade da prestação de serviços, começando por nosso atendimento de vendas e chegando até uma logística confiável”, afirma. “Um dos diferenciais da nossa empresa, como é o foco na logística rápida e eficiente, na contramão da tendência de terceirização, nós investimos numa logística própria”, completa. Há 17 anos no mercado, a Cirúrgica Mafra tem hoje mais de 7 mil clientes ativos entre hospitais e clínicas do mercado público e privado. No meio dos 4,5 mil itens com os quais a empresa trabalha, Andrade diz que não existe hoje nenhum nicho ou produto específico que puxe o crescimento do negócio. Mesmo quando o assunto é alta tecnologia, não há nada que seja diferente do que sempre foi em relação à demanda por estes produtos. O movimento que se faz em torno das vedetes do momento e dos lançamentos dos fabricantes, como equipamentos de ponta ou medicamentos de alta performance, é compensado pelo volume das demandas regulares. “O que eu considero hoje um ponto marcante no aumento da demanda por distribuição é a mudança no perfil da gestão das instituições”, finaliza Andrade. A Cirúrgica Fernandes e a Hopsfar optaram por não participar dessa reportagem.

Julian Batista, da Cirúrgica Mafra: investimos muito na qualidade da prestação de serviços, começando por nosso atendimento de vendas e chegando até uma logística confiável

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REGULAMENTAÇÃO

POR UM AMBIENTE REGULATÓRIO

MAIS POSITIVO

Foto: Divulgação

A

ROBERTO LATINI BIOMÉDICO E DIRETOR GERAL DO GRUPO LATINI & ASSOCIADOS.

crise que se iniciou em 2008 atingiu todos chance de criar um ambiente regulatório positios países do mundo, em maior ou menor vo, com claros benefícios para todos: população, escala, gerando uma situação negativa em governo, empregados e empresas. alguns e tornando outros mais atrativos para inves- Não obstante a necessidade de mantermos o timentos em médio e longo prazo. Esse último é o ritmo competitivo com os outros países, o que caso do Brasil. Os números publicados pelo próprio acabamos por verificar é a criação rotineira de Governo Federal mostram, claramente, que os marcos regulatórios de baixo efeito, altíssimo valores investidos por empresas estrangeiras (ou custo de manutenção e que resultam em pratio desejo de fazê-lo) no País cresceram de forma camente nenhum benefício para a população. significativa. Hoje, dificilmente não se encontra Isso agregado ao fato de que com isso geramos alguma marca de renome mundial estabelecida em um volume absurdo de judicialização na saúterritório brasileiro ou a caminho. Somos a “bola de: o que antes era um fato extraordinário de da vez”, parafraseando o dito popular. pacientes na busca de seus direitos hoje virou Bem, mas para que o namoro se transforme em uma rotina para fabricantes, importadores e casamento, é preciso que o ambiente seja favorá- distribuidores de produtos para saúde que vel aos dois lados. Se de um lado existe a vontade veem nos marcos regulatórios uma ameaça à de investir no Brasil pelo que o mercado repre- estabilidade de seus negócios. senta, de outro há que se colher os frutos desses E, portanto, acabam por buscar a tutela jurídica investimentos num prazo razoável. Infelizmente, do Estado para verem garantidos seus direitos. o nosso ambiente de negócios É só. Reclamam no Judiciário está entre os piores classificados aquilo pelo que pagaram e pelo Banco Mundial. não receberam, sejam as auTEMOS A ENORME CHANCE DE Qualquer empresário nacional ditorias para certificação das CRIAR UM AMBIENTE REGULATÓRIO sabe ao que me refiro. Os es- POSITIVO, COM CLAROS BENEFÍCIOS Boas Práticas de Fabricação, trangeiros então, nem se fala. A sejam as análises dos procesPARA TODOS: POPULAÇÃO, GOVERNO, questão da burocracia brasileira sos de registro, sejam as revaEMPREGADOS E EMPRESAS é conhecida além fronteiras. E lidações de alvarás sanitários tem má fama. Herdamos dos nossos irmãos europeus a burocracia excessiva, direcionada ao controle excessivo e pouco objetivo, com resultados questionáveis. Herdamos, aceitamos e, em alguma parte, pioramos. Assim sendo, uma empresa nacional ou estrangeira que hoje queira se instalar no Brasil, na área regulada pela Anvisa, levará de dois a três anos para ter as licenças necessárias e os primeiros produtos aprovados. Provavelmente, no meio do caminho terá que se valer de mandados de segurança para ver seus direitos assegurados e receber, por parte do poder público, por aquilo que pagou. É uma infelicidade para todos nós. Digo isso porque estamos frente a um quadro econômico favorável, um ambiente mundial que praticamente empurra as empresas em direção ao Brasil e temos a enorme

que levam uma eternidade e impedem que as empresas sigam importando e exportando regularmente. Há que se reconhecer que o ambiente regulatório no Brasil avançou. Mas o agente regulador não pode agir de forma rebelde e resistir às mudanças mais evidentes. A Anvisa e sua diretoria têm hoje, a chance que outros não tiveram de agir como agentes de atração de negócios para o Brasil, alterando os marcos regulatórios de forma a seguir com o controle daquilo que é fundamental e deixando de lado os erros e tropeços do caminho. É o que os brasileiros esperam da Anvisa: transparência, clareza, dinamismo, proatividade e um cenário regulatório favorável. O resto o povo brasileiro tem a competência e o conhecimento para fazer acontecer.

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GESTÃO

QUALIFICAÇÃO DE PESSOAS:

QUEM É O RESPONSÁVEL? N

GENÉSIO KORBES Sócio-diretor da Korbes Consulting Diretor-associado da NP Consulting

unca se falou tanto sobre a importância das pessoas nos Confrontar esta realidade com a possibilidade de atender processos produtivos e de serviços como atualmente. aos 60 milhões de pessoas de diferentes países que, estimaNada mais correto e coerente. Nenhuma máquina, -se, seja o contingente de pacientes dispostos a atravessar por mais completa e autônoma, funciona sem a necessidade fronteiras e engrossar as estatísticas do turismo de saúde, é da pessoa. Logo, pessoas serão sempre o agente e o receptor preocupante. Estamos preparados para receber essas pesde todo o progresso. Elas são o centro de tudo. soas, que não só falam outro idioma, mas também esperam Em serviços, isso tem contornos e situações muito mais tratamento diferenciado, no sentido de compreender suas específicos, pois sua finalidade é quase sempre a pessoa peculiaridades culturais e a elas adaptar-se? ou o grupo de pessoas. Transportando este conceito para a O que resta para os serviços de saúde? área da gestão em serviços de saúde, temos outro compoMontar programas de capacitação com ensino básico para nente altamente importante: a segurança com que o serviço estas pessoas, com altos investimentos, assumindo um papel deve ser entregue. Afinal, a atividade da saúde lida com um que não lhes cabe, mas sim do mercado responsável pela “produto” extremamente sensível – a vida ou as atitudes preparação. Totalmente fora do seu negócio, que é prestar que possam preservá-la ou interrompê-la. assistência ao doente. Não me refiro à educação continuada Na prática, isso se traduz em sistemas de gerenciamento em serviço. Esta, sim, é de total responsabilidade de qualquer de riscos e de não conformidades, adoção de protocolos instituição. Esta é o diferencial competitivo de cada organiassistenciais e monitoramento constante de indicadores zação. Ela é inerente à qualidade do produto ou do serviço das mais diversas naturezas. Para que pretendemos entregar ao cliente. conduzir tais processos, é essencial a Embora seja apropriado aplicar o formação de pessoas – no nosso caso, conceito da bilateralidade – ao mesmo O MERCADO DEVERIA SUPRIR OS médicos, enfermeiros e demais intetempo em que o profissional deve ter SERVIÇOS DE SAÚDE DE PROFISSIONAIS grantes da equipe multiprofissional ânsia pelo novo e pelo conhecimento, COMPETENTES E QUALIFICADOS – nas mais modernas ferramentas de é preciso que as instituições apliquem gestão e da qualidade. recursos para estimular as pessoas buscarem aprendizado –, Ser responsável pela vida ou pela melhora da qualidade o cenário ideal é aquele em que as instituições não precisem, de vida é uma questão séria e que demanda competências salvo nas ações de educação continuada desviar-se de seu extras na execução dos processos e tarefas de forma certa foco de negócio para formar profissionais. e correta. Exige uma formação adequada e na maioria das Os grandes hospitais encontram-se em posição vezes longa, mas também habilidades e comportamentos privilegiada, pois sua gestão profissional lhes permite propróprios. Em suma exige um alto grau de competência. mover cursos, simpósios e congressos na área de saúde. Em tese, o mercado deveria suprir os serviços de saúde de Contudo, de uma forma geral o que se vê no quesito forprofissionais competentes e qualificados. Em tese, pois não mação de pessoas é um descompasso entre necessidades e é o que acontece. A realidade é totalmente diversa. Grande recursos disponíveis, devido à gestão deficiente, desperdício, parte desses profissionais apresenta-se mal preparada, com softwares inadequados e deficiências de controle e avaliação. importantes lacunas na sua capacitação e altos riscos para O grande desafio para a gestão dos serviços de saúde nos as instituições contratantes e, consequentemente, para seus próximos anos resume-se à busca, preparação e retenção clientes. Muitos não dominam sequer as quatro operações de talentos. Da mesma forma que o zelo para recrutar e aritméticas. Não sabem calcular adequadamente as dilui- selecionar o melhor, é preciso também cuidar para retêções de medicamentos, por exemplo. Têm dificuldades em -lo, feliz e realizado naquilo que faz. Isso contribuirá para escrever corretamente, sua caligrafia é sofrível. Não têm que a instituição de saúde fidelize seus clientes, parceiros as noções básicas de gramática. e fornecedores.

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Entrada permitida somente para instituições acreditadas

Somente 4% das instituições de saúde no Brasil possuem alguma Acreditação. Se sua empresa faz parte deste cenário, sua presença é necessária na edição de maio da Revista FH. Saiba como: comercialsaude@itmidia.com.br - 3823-6625.

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HOSPITAL

PORTUGUÊS COM MUITO ORGULHO E BRASILEIRO COM MUITO AMOR Guilherme Batimarchi – gbatimarchi@itmidia.com.br

Há 157 anos prestando serviços à comunidade, o Real Hospital Português de Beneficência é considerado um dos maiores e mais modernos centros de medicina da região Norte e Nordeste. Após essa consolidação, a instituição pretende firmar-se na área de ensino e pesquisa

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Foto: RicaRdo Benichio

Na metade do século XIX, o Brasil enfrentava uma das mais graves epidemias de sua história, a cólera. Considerada uma dos grandes flagelos da época, a doença, que chegou à colônia por meio de navios vindos da Europa e Ásia se alastrou rapidamente pelas regiões Norte, Nordeste e Sudeste do País, chegando a matar cerca de cem pessoas por dia. Além desse mal, o Brasil ainda sofria com epidemias de varíola, tuberculose e febre amarela, que também fizeram milhares de vítimas, principal-

mente no Rio de Janeiro, capital do império. Para conter a epidemia e oferecer tratamento aos enfermos em Recife (PE), o médico lusitano e presidente do Gabinete Português de Leitura, José D’Almeida Soares Lima Bastos, reuniu membros da colônia portuguesa no Brasil para fundar, em 1855, o primeiro hospital de beneficência da região. Instalado provisoriamente no bairro de Boa Vista, na capital pernambucana, a ins-

tituição atendeu 62 enfermos no início de 1856. Nesse mesmo ano, para expressar o apoio de Portugal às atividades do hospital, o rei D. Pedro V colocou a instituição sob sua Real proteção e posteriormente confirmado, em 1907, pelo rei D. Carlos I, que outorgou o título de Real ao Hospital Português de Beneficência. Ao longo da história o RHP expandiu sua relevância no cenário da saúde em Pernam-

Hospital Fundado em 1855 iniciou suas atividades atendendo 62 enfermos, hoje, esse número chega a 18 mil por mês

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HOSPITAL

“ESTÁ MUITO CLARO PARA A ENTIDADE QUE UM DE NOSSOS OBJETIVOS É TRANSFORMAR O RHP EM UM HOSPITAL ESCOLA”

Fotos: Divulgação

MARIA DO CARMO, DO RHP

Maria do Carmo, do RHP: hospital é hoje uma das maiores instituições das regiões Norte e Nordeste

RAIO X - RHP Número de leitos: 922 Salas cirúrgicas: 23 Atendimento/mês: 18 mil nas emergências Número de Médicos: 700 Funcionários: 4 mil

buco e ganhou novas instalações. Hoje, a instituição ocupa uma área de 117 mil metros quadrados, possui 594 leitos de internação, 176 de UTI e 16 salas cirúrgicas distribuídos em nove prédios. Até o final de 2012, outros 328 leitos e sete salas cirúrgicas serão inaugurados, além da concentração de todo o serviço oncológico em um único edifício. “Contamos com oncologistas clínicos, cirurgias de cabeça e pescoço, radioterapia e serviço de diagnóstico. Com o novo prédio, nosso objetivo é congregar todo esses serviços em uma estrutura totalmente adequada para acompanhar o paciente oncológico”, acrescenta a diretora médica do hospital, Maria do Carmo Lancastre. Considerado uma das maiores unidades hospitalares das regiões Norte e Nordeste, o RHP é um hospital geral e referência em cardiologia, neurologia, cirurgia torácica e diagnóstico por imagem, sendo também o primeiro na região a realizar transplante renal intravivos e responsável por cerca de 18 mil atendimentos de emergência todos os meses. Para dar conta de toda essa operação são necessários quatro mil colaboradores, distribuídos entre áreas de apoio, administrativa e assistencial, além de 700 médicos. O Real Hospital Português atende a população em quatro diferentes modelos assistenciais, o primeiro e mais antigo, criado há 157 anos, é o beneficente, direcionado à população carente, onde a própria instituição arca com os custos assistenciais. O segundo tipo de atendimento é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os outros, por meio de operadoras de saúde e atendimentos particulares, que auxiliam no custeio da instituição, uma vez que a remuneração feita pelo SUS é defasada.

NOVOS RUMOS “Aqui no hospital nós temos um lema: português com muito orgulho e brasileiro com muito amor”, brinca Maria do Carmo, com sotaque carregado que faz lembrar o contexto do nascimento da instituição há dois séculos. Mas longe de ser uma instituição ultrapassada, que antes atendia doenças infecciosas e voltado para um perfil de população de um Brasil moldado pela Colônia, hoje se prepara para um salto rumo à educação. Em 2009, o RHP decidiu estender suas atividades tornando-se uma instituição voltada também ao ensino e pesquisa com programas de residência médica. “Em 2009 começamos a residência em pediatria, em 2010, ortopedia e já estamos submetendo nosso programa de residência para as áreas de clínica médica, nefrologia, cirurgia torácica e medicina nuclear”, acrescenta Maria do Carmo. Para confirmar essa mudança, o hospital criou no ano passado o instituto de ensino e pesquisa Alberto Freire da Costa. “O hospital tem um campo enorme de atuação e esses programas poderão beneficiar a região permitindo que os médicos tenham treinamento com ensino e tecnologia de ponta”, completa a executiva. No início do mês de março, os ministérios da Saúde e da Educação propuseram parcerias com alguns dos hospitais de excelência, mais o Hospital Aliança (BA) e o Real Hospital Português para a criação de novos centros de formação médica, com o objetivo de aumentar o número de profissionais e a qualidade do ensino. De acordo com a diretora médica do RHP, essa é uma questão nova e a viabilidade do projeto está sendo analisada. Segundo Maria do Carmo, o lançamento de um curso de medicina já vem sendo considerado pelo hospital, no entanto ele ainda não se posicionou ao ministério da saúde com uma resposta sobre a proposta. “Está muito claro para a entidade que um de nossos objetivos é transformar o RHP em um hospital escola e já começamos com alguns cursos de pós-graduação na entidade”.

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ECONOMIA

“IMPORTAÇÃO” DE MÉDICOS:

VOCÊ É CONTRA

OU A FAVOR? A MARIA CRISTINA AMORIM Economista, professora titular da PUC-SP

EDUARDO PERILLO Médico, mestre em administração, doutor em história econômica

mídia tem noticiado a intenção do governo Não é surpresa a posição das entidades médicas na federal em alterar a metodologia para a re- defesa do mercado de trabalho, para tanto existem, validação de diplomas de médicos estran- desde os idos de 1829, com a criação da Sociedade geiros que desejam atuar no Brasil, no intuito de de Medicina do Rio de Janeiro. O Estado, por sua abrandar a disparidade da oferta nacional desses vez, tem obrigação constitucional de prover a assisprofissionais, hoje concentrados no Distrito Fe- tência à saúde — incluindo médicos — nas regiões deral, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. No discurso mais distantes do “sul maravilha”, parafraseando oficial, faltam médicos e pronto atendimento para o genial Henfil. os pacientes do SUS em regiões específicas, e o reCuriosamente, entidades e governo têm razão. médio seria “importar” profissionais que aceitem Vejamos, o governo tem um orçamento e precisa trabalhar nas áreas de menor concentração. (esperamos!) administrá-lo com eficiência, o que Em resposta, as entidades representativas dos inclui o controle dos gastos com médicos. Porém, sem interesses médicos replicaram: não faltam médi- os tradicionais instrumentos de gestão de pessoas cos, há atualmente 185 escolas — salários, benefícios, carreira, médicas no País (até a redação etc. —, não haverá como reter os FALTAM POLÍTICAS PÚBLICAS PARA deste artigo), temos a quinta médicos estrangeiros, repetindo maior população mundial de o que já acontece com os médicos ATRAIR OS MÉDICOS ÀS ÁREAS médicos, somando mais de 371 “nativos”. Uma vez autorizados CARENTES, PLANOS DE CARREIRA PARA mil profissionais. Faltam sim a trabalhar no Brasil, quanto OS MÉDICOS DO SUS E REMUNERAÇÃO políticas públicas para atrair tempo levarão para migrar rumo os médicos às áreas carentes, e COMPETITIVA COM A INICIATIVA PRIVADA ao “sul maravilha”? mais, faltam plano de carreira para os médicos do SUS e remuneração competitiva com a iniciativa privada. Adicionalmente, essas entidades alegam que os “importados” não têm qualificação suficiente para atender a população: em 2010, de 628 candidatos submetidos aos exames teórico e prático para revalidação do diploma, 626 foram reprovados. Número assustador, porém, como teriam se saído os médicos diplomados pelas 185 faculdades brasileiras? E o que dizer do desempenho dos mais de 370 mil médicos brasileiros, se também fossem submetidos às mesmas provas? Quem está com a razão? Qual sua opinião a respeito?

Crescem nos últimos anos, segundo dados do IBGE, o emprego e a remuneração no setor de serviços, gostem ou não os empregadores. A diplomacia brasileira busca, há uma década, maior expressão na América Latina, o que pode ter impactos na maior mobilidade profissional entre nós. Por que não liberar a atuação de profissionais estrangeiros com reciprocidade nos outros países, acabar com a farra das fábricas de diplomas em parte das faculdades de medicina e criar, no SUS, condições de trabalho suficientes para reter o pessoal qualificado? Já pensaram que beleza? Apenas médicos qualificados e motivados para atender todos os pacientes do SUS?

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RECURSOS HUMANOS

A DURA TAREFA DE

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O

RODRIGO ARAÚJO Sócio-Diretor Sênior responsável pela Especialização em Ciências da Vida e Saúde da Korn/Ferry

setor da Saúde está aos poucos deixando o dades de negócios menores, porém altamente empreconservadorismo de lado. Esse movimento endedoras e que permitam ser rapidamente divested. evolutivo começou há uns anos e deve se O mercado de OTC tende a triplicar seu tamanho e acentuar daqui pra frente, impactando a indústria profissionais desta área juntamente com lideranças em e promovendo transformações profundas nas or- acesso a mercado serão altamente valorizados. Essa ganizações, em sua cultura, estratégia e modelo de constante transformação vai possibilitar um cenário negócios. de negócios mais ágil e eficiente, focado em inovação Um dos setores onde mais se observa esta realidade (neste caso mindset) e parcerias, principalmente entre é a indústria farmacêutica. Para se ter uma ideia de ONGs e academia junto à indústria. como o segmento no Brasil ainda pode crescer muito A questão que fica é como as organizações estão nesta fase, dados do IMS Market Prognosys apon- lidando com o processo de mudança e seus impactam que o país está na oitava posição no ranking do tos nas pessoas. Como o setor tradicionalmente se mercado farmacêutico mundial e movimenta US$ arrisca pouco e tem uma visão mais segmentada, não 22,1 bilhões contra US$ 312,2 se permite ou valoriza iniciabilhões dos Estados Unidos. tivas e estratégias mais arroUm outro indicador, aqui são jadas. Aos poucos, percebe-se A CONECTIVIDADE ENTRE OS investidos US$ 837 bilhões, que existem ações que romDIFERENTES AGENTES SEGUIRÁ CADA quase seis vezes menos que pem paradigmas ou mesmo VEZ MAIS ACENTUADA E HAVERÁ MAIOR a Noruega, país referência em apontam para uma tendência DEPENDÊNCIA ENTRE AS PARTE Saúde, segundo o Human Deinovadora. Entretanto, o foco velopment Report. O Brasil atravessa um novo ciclo de investimentos, com altas expectativas para essa indústria, especialmente para os já consagrados fabricantes de genéricos, companhias focados no segmento de Especialidades, do ramo de Consumer Health e mercado de balcão. Atrelado ao contínuo avanço e amadurecimento das regulamentações e compliance– tradicionais obstáculos para o upgrade do setor – espera-se uma nova onda de transformações importantes, com impactos nunca antes visto no setor. Na América Latina, nos dias atuais, a indústria farmacêutica representa a menor fatia do mercado mundial com 5%. A Europa tem 20%. Aindústria farmacêutica está valorizando cada vez mais a medicina especializada, com foco em classes terapêuticas com destaque para dermatologia, oncologia, imunologia e neurociência. Além disso, os principais players estão gradativamente se tornando uma “biofarma” (tendência esta que deverá se reverter pela necessidade de ganho de escala).As grandes empresas farmacêuticas continuarão sua jornada e criarão uni-

essencialmente orientado para eficiência tenderá a limitar os lampejos de criatividade. Independentemente do momento em que encontram os players do setor, decisões importantes serão demandadas de suas lideranças. O êxito nesta nova fase passa em considerar um diferencial em suas lideranças que encarem as novas demandas e desafios incorporando um novo mindset. Essas características são inerentes aos emerging leaders, que já têm essa visão mais abrangente e ajustam o modelo de gestão a uma realidade diferente e têm conhecimento de outras áreas adaptados às necessidades do mercado. Soma-se a capacidade de estabelecer uma gestão mais aberta ao novo e que impacte positivamente a cadeia como um todo: dos pacientes, as instituições acadêmicas, ONGs, sociedades médicas, empresas, órgãos públicos e reguladores. A conectividade entre os diferentes agentes seguirá cada vez mais acentuada e haverá maior dependência entre as partes. A integração da cadeia é a chave para integrar a indústria como um todo.

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SAÚDE BUSINESS SCHOOL OS MELHORES CONCEITOS E PRÁTICAS DE G E S T Ã O , A P L I C A D O S A O S E U H O S P I TA L

MÓDULO 04

ERP’S

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SAÚDE BUSINESS SCHOOL

INTRODUÇÃO DEPOIS DO SUCESSO DOS PRIMEIROS SAÚDE BUSINESS SCHOOL, CONTINUAMOS COM O PROJETO. ESTE ANO FALAREMOS SOBRE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO EM SAÚDE Na busca por auxiliar as instituições hospitalares em sua gestão, trouxemos no terceiro

na organização de seus departamentos de TI e na interação da

ano do projeto Saúde Business School

área com os stakeholders.

o tema Tecnologia da Informação em

Em cada edição da revista FH, traremos um capítulo sobre o

Saúde. Ainda que exista literatura sobre

tema, escrito em parceria com médicos, professores, consultores

o tema, a nossa função aqui é construir

e instituições de ensino, no intuito de reunir o melhor conteúdo

um manual prático para a geração de um

para você.

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O PROJETO ENVOLVE OS SEGUINTES TEMAS: Módulo 1 - Infraestrutura de TI nos Hospitais Módulo 2 - O papel do CIO Módulo 3 - Governança de TI nos hospitais Módulo 4 - ERPs Módulo 5 - Segurança dos dados Módulo 6 - Terceirização Módulo7 - Prontuário eletrônico Módulo 8 - A integração entre engenharia clínica e TI Módulo 9 - RIS/ PACS Módulo 10 - Gestão dos indicadores Módulo 11 - Mobilidade nos hospitais Módulo 12 - Cloud Computing

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o Apoio de sistemAs inteligentes e integrAdos? QuAl seriA o pApel do executivo de ti nesse processo?

implementAção do erp No cenário atual, de alta competitividade, as empresas estão cada vez mais

and Communication System), LIS (Laboratory Information System). Não há

dependentes de informações claras e precisas de todas as etapas do seu plano de

necessidade de se ter um único sistema que suporte todas essas estruturas, mas,

negócio e dos seus processos internos. Isto se deve aos efeitos da globalização,

sim, que haja a perfeita integração sistêmica entre elas.

que atribui às informações um status de patrimônio e capital, tornando-se

Neste modelo de solução, onde ocorre a comunicação entre vários sistemas, é de

recurso decisivo para o sucesso das operações das empresas.

suma importância a definição de uma camada de integração (middleware) que

A implementação de um ERP (Enterprise Resource Planning) é uma

realize o controle e mapeamento dos dados que trafegam de um sistema para o

decisão que, se ainda não tomada, será o próximo passo da empresa.

outro, visto que envolvem informações críticas e em altos volumes.

Grandes corporações, quase que na sua totalidade, já adotaram um ERP e

Existem alguns fatores adicionais que levam a adoção de uma solução de mercado,

obtiveram considerável retorno por sua adoção.

como: a busca da redução da estrutura interna de TI, eliminar a dependência do

A adoção de um ERP é uma realidade para a indústria de Life Science & Health

conhecimento (restrito a poucos profissionais), documentação, atualizações de

Care (segmento hospitalar, planos de saúde, laboratórios, indústria farmacêutica)

versão e inovação.

e muitas empresas estão em busca desta nova onda de otimização e inovação.

Tomada a decisão sobre comprar ou não um pacote, um passo importantíssimo é

Integração, precisão no controle de estoques, eliminação de duplicidades,

o planejamento do projeto que deve estar baseado em uma metodologia sólida que

disponibilização da informação, agilidade na consolidação de resultados, são

acompanhe e controle o projeto durante todas as suas fases.

alguns exemplos de benefícios obtidos na implementação do ERP. Além da

Essas fases devem abranger o desenho da solução, construção,

atualização tecnológica, abrange também processos e pessoas, sendo um grande

contemplando as etapas de testes unitários, integrados e de aceitação,

marco de mudança para a empresa.

preparação e entrada em produção do sistema e suporte.

A adoção de um sistema ERP pela empresa, envolve várias etapas, que vão

Existem diversas barreiras que podem surgir dentro do processo de

desde a escolha do pacote, até a implantação, e, finalmente, a sua utilização.

implementação do ERP. As mais comuns estão relacionadas ao envolvimento de

Todas elas exigem análises de pontos cruciais. As opções vão desde a aquisição

pessoas chave sem o conhecimento profundo dos processos e sem a autonomia

de um pacote de mercado ou desenvolvimento interno. Hoje, pela maturidade

para tomada de decisão, falta de apoio do comitê executivo da empresa, não

dos fornecedores de ERP, a opção comumente adotada é a seleção de um

adoção de uma iniciativa de gestão de mudança (change management), não

pacote, que traz em sua bagagem melhores práticas de mercado, bem como

definição de critérios de aceitação e abrangência não significativa dos testes,

sustentação para atendimento às demandas que possam surgir, devido às

problemas no saneamento, migração e inconsistência na interface de dados.

mudanças de legislação, novos requerimentos regulatórios, fiscais e tributários.

A adoção de ferramentas de projetos como automatização de testes, repositórios

Antes de optar pela decisão ou não de uma solução de mercado, deve-se

de documentação, controle de configuração, versões de programas e aceleradores

avaliar a sua aderência aos processos da empresa e também qual a cobertura da

para confecção e publicação de materiais de treinamento são diferenciais para uma

solução. O ERP não precisa substituir todos os sistemas, podendo ser mantidos

implantação bem sucedida, sendo cada vez mais eficientes e necessárias.

os denominados “especialistas” (sistemas que focam sua atuação em processos

O sucesso do ERP está ligado diretamente à seleção do software e ao

específicos) desde que integrados com o ERP.

implementador. Mas não é apenas isso, há que se ressaltar a importância

Dentro da plataforma de sistemas é fundamental definir os limites de atuação

da pré-disposição e comprometimento da empresa para a mudança, com

na qual cada sistema atuará. O ERP Financeiro, por exemplo, atua de forma

o engajamento da organização para que o ROI (Return on Investment)

muito eficiente nos processos de back office e poderá integrar-se com o

e metas traçadas no Business Case sejam atingidas, cobrindo diretrizes

sistema especialista de gestão hospitalar. O mesmo ocorre com a integração

de atualização de tecnologia, integração, padronização de processos e

entre softwares essencialmente hospitalares, como HIS (Hospital Information

agilidade, que são os objetivos esperados de uma implantação de ERP para

System), RIS (Radiology Information System), PACS (Picture Archiving

um crescimento sustentável.

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saúde business school

Inovação

Em um mundo cercado por tecnologia, a inovação faz-se necessária – e os quesitos mais requeridos são a mobilidade e disponibilização da informação. A adoção de soluções móveis é fundamental, visto que a demanda do cliente por praticidade e agilidade é clara, abrangendo a disponibilização de aplicativos em smartphones, tablets e computadores. Informações como atualização de cadastros, consultas de rede credenciada, pedido e acompanhamento de reembolsos, coparticipação, agendamentos, resultados de exames, atualização de boleto e faturas são cada vez mais requeridos e esperados como facilidades de autoatendimento. Assim sendo, faz-se necessária a adoção de uma plataforma que permita a disponibilização e a ampliação desses tipos de serviços. Quando falamos de informação, não podemos nos esquecer da demanda do público interno da empresa para estruturação de relatórios em portais web, cockpits e dashboards, que devem fazer parte do repertório da implementação, onde o ERP será a base de informação. Neste momento, a adoção de ferramentas de business intelligence e analytics também é demandada, permitindo análises multidimensionais e simulações de cenários de negócio. Neste contexto de inovação paira no ar a adoção de cloud computing, que tem por principal finalidade a redução do TCO (total cost of ownership), por meio da redução de custo de manutenção, licenças, hardware, ambientes de contingência, redundância. Além disso, pode permitir incrementos rápidos de capacidade de servidores e processamento em momentos de picos, por exemplo, ocasionados por campanhas de marketing. Por meio de provedores locais é possível obter um tempo de resposta melhor, com menor de latência, principal problema quando falamos de provedores em outros continentes. Outros fatores levados em consideração e um grande desafio para as hospedagens locais são a segurança e a confidencialidade das informações, por isso muitos casos são direcionados para a adoção de um ERP totalmente na nuvem (cloud), por exemplo, os sistemas que tratam de informações financeiras e estratégicas. O que se tem adotado e vem como tendência é a adoção parcial de cloud computing para os processos de recursos humanos, atendimento ao cliente (CRM- Customer Relationship Management) e serviços de e-mail, onde existem modelos que podem ser adotados como SaaS (Software as a Service), PaaS (Platform as a Service) e IaaS (Infrastructure as a Service). Dentro das tendências de inovação tem-se ampliado a adoção de BPM (Business Process Management) que possibilita a otimização e automatização de processos, principalmente para aqueles que forem identificados como críticos no ERP e tornam-se gargalos em função da quantidade de atividades e de informações a serem tratadas no sistema. Fundamentalmente, minha mensagem é que as empresas necessitam estar antenadas com as tendências de mercado, porém, antes de tudo, precisam de uma base sólida para o crescimento, o que se garante através de uma plataforma tecnológica robusta, padronização de processos e engajamento e capacitação das pessoas.

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A escolhA do eRP mAis AdequAdo: comPRAR ou desenvolveR seu PRóPRio eRP? Qualquer que seja a decisão, o custo de aquisição ou desenvolvimento de um ERP é alto se compararmos com a atividade core da organização. E isto vale para empresas de qualquer segmento. Por outro lado, o ERP sustenta a operação, dá agilidade, padroniza e automatiza processos manuais e possibilita o armazenamento de informações da organização para análises gerenciais e operacionais, seja para estabelecer metas de produção, reduzir custos, reestruturar processos, estabelecer tendências – planejar o futuro com base em dados. Investir no desenvolvimento próprio significa investir na capacitação constante da equipe de TI, estar atualizado com linguagens de desenvolvimento, normas regulatórias, fiscais e tributárias, ter um ambiente de tecnologia seguro e performático para uso da engenharia de software, como adoção de metodologias de análise e desenvolvimento, desenvolvimento e testes de sistemas, contar com especialistas de banco de dados, definição de padrões, bibliotecas, licenciamento de linguagem e componentes de desenvolvimento, trabalhar com controle de versão do software, produzir manuais de operação e implantação, enfim, todas as responsabilidades inerentes a uma empresa que tem como atividade essencial desenvolver software. O que aconselho às instituições de Saúde? Adquira seu ERP. Concentrar esforços (e dinheiro) em atividades que façam sua empresa ter um grande diferencial no mercado é o melhor caminho. É simples: tenha sempre em mente a VISÃO da sua organização, faça valer os seus VALORES e persiga sua MISSÃO. Se a atividade da sua empresa é cuidar de pacientes, objetivamente, concentre-se em todas as dimensões da qualidade e desempenho: agendamento de internações, recepção do paciente e seus familiares, atendimento no pronto socorro, acomodação, alimentação, satisfação da equipe médica e funcionários administrativos, execução do

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saúde business school

procedimento médico. Reduza custos relacionados à operação e crie alternativas de geração de receita. Escolher o melhor ERP envolve menos expertise, mas não se pode subestimar a importância e a complexidade de tal tarefa. Conhecer os potenciais fornecedores, seus clientes, a satisfação desses clientes desde o processo de aquisição do software, projeto de implantação, suporte pós-implantação e agilidade para atendimento de novas demandas (solicitação de novos relatórios, por exemplo) são alguns dos fatores a serem considerados, além de avaliar interface gráfica e facilidade de uso do produto. O próximo passo é trabalhar no plano de aderência, identificando quais processos serão impactados positivamente e negativamente pelo novo software, ou seja, o que está automatizado hoje e deixará de ser, e o que é manual hoje e deixará de ser. Quase impossível encontrar um ERP que se enquadre perfeitamente no seu modelo de operação, suportando todos os processos na forma como são executados. É necessário avaliar a compatibilidade da Infraestrutura de TI necessária versus a atual, pois isto indicará a necessidade de investimento em novos equipamentos e serviços, como servidores, desktops, velocidade de internet, link de dados, etc. Importante lembrar que a substituição de um sistema não envolve apenas aspectos tecnológicos – quem o utilizará são pessoas. Por isso, é fundamental que seja elaborado um plano de Gestão da Mudança Organizacional compondo a Gestão do Projeto de implantação do ERP. Neste plano são tratadas questões como: lançamento do projeto, sensibilização da importância do novo sistema, identificação de usuárioschave e multiplicadores de conhecimento, estratégia de comunicação com usuários internos, clientes e fornecedores, treinamento, acompanhamento, avaliações e monitoramento. “A primeira regra de qualquer tecnologia utilizada nos negócios é que a automação aplicada a uma operação eficiente aumentará a eficiência. A segunda é que a automação aplicada a uma operação ineficiente aumentará a ineficiência.” Bill Gates . Garantir a usabilidade do Sistema é outro desafio. De nada adianta implantar um poderoso ERP e subutilizar os recursos disponíveis. A probabilidade de você vir a trocar de software no futuro porque o atual “não atende” às suas necessidades é extremamente alta, mas nem sempre o problema é a falta de recursos do sistema. Para conhecer a usabilidade de um ERP, devemos conhecer o grau de satisfação dos usuários, medir a efetividade de uso do sistema e se o resultado final é eficaz. O ERP mais adequado: o que possui um alto grau de usabilidade!

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CASo De SuCeSSo FoCo nA eStrAtégiA O GERENTE DE TI DO HOSPITAL SAMARITANO, KLAITON SIMãO, CONTA COMO FOI O PROCESSO DE ESCOLHA E IMPLEMENTAçãO DO SISTEMA DE ERP DA INSTITUIçãO, qUE PASSOU A OPERAR INTEGRALMENTE EM 2009 guilherme batimarchi – gbatimarchi@itmidia.com.br Gerenciar de forma eficiente processos assistenciais e administrativos, gerar dados relevantes para

sitos que uma determinada solução de software precisa para atender as necessidades do hospital.

a tomada de decisões estratégicas do hospital e aumentar a transparência das informações geradas

“Depois de, elaborada, encaminhamos a RFI para todas as empresas de solução do mercado.”

na instituição em todos os seus departamentos. Essas são algumas das vantagens em se adotar um

Com base nas respostas das empresas o hospital começou o processo de escolha do novo sis-

sistema de ERP clínico ou administrativo. No entanto, para que isso seja possível, é necessário

tema com 18 empresas, nacionais e estrangeiras. “Com essa RFI, chegamos a três finalistas,

que processos sejam revistos e o hospital tenha um modelo de governança em TI adequado para

pois a gama de requisitos era muito abrangente e apenas três cumpriam o que solicitamos”,

suportar as novas tecnologias.

acrescenta o executivo.

Em 2005, quando o atual gerente de TI do hospital Samaritano Klaiton Simão assumiu sua

Segundo ele, o processo de formar o comitê gestor e fazer a RFI, que deu origem a uma Request

função na instituição, ele trabalhava com sistemas de gestão diferentes: um com foco na

For Proposal (RFP), durou de oito meses e a opção foi pelo Tasy, da Wheb Philips. “Em setembro

gestão assistencial, desenvolvido pelo próprio hospital, e um administrativo- financeiro, da

do mesmo ano, o projeto de implantação do ERP começou efetivamente”.

Microsiga, atual TOTVS.

A implantação do Tasy no Samaritano durou sete meses, terminando em março de 2009, quando

Em 2006 e 2007, o executivo atuou fortemente na mudança do então atual modelo de governança

entrou, efetivamente, em operação no Samaritano integrando as áreas clínica e administrativa.

de TI do Samaritano, e em 2008, após a reformulação, iniciou o projeto de implantação de uma

Para a execução do projeto de implantação, a TI do hospital realizou um levantamento dos proces-

nova ferramenta de ERP.

sos e uma análise de aderência da ferramenta, e adaptou alguns de seus processos ao sistema. “O

O projeto de escolha do novo sistema começou em 2008, e o primeiro passo foi constituir um

hospital mudará a forma de trabalhar para se adaptar à ferramenta, premissa que foi fundamental

comitê gestor do projeto que tivesse o envolvimento de todas as lideranças da organização, uma

para o sucesso da implementação. É claro que esta decisão trouxe um back log grande de pendên-

vez que essa iniciativa não poderia ser vista apenas como um projeto de TI, e sim como uma

cias, pois vivíamos no hospital um cenário que precisava de mudanças em seu sistema, com áreas

demanda corporativa. “O Hospital Samaritano, naquele momento, já estava iniciando a constru-

bem assistidas pelo ERP e outras que sequer utilizavam ele”, ressalta Simão.

ção do novo complexo hospitalar, e, por esse motivo, precisávamos de uma nova ferramenta de

Há três anos operando com o Tasy, o hospital paulista passou a ter suas informações organizadas

gestão para que o hospital tivesse uma eficiência melhor em seus processos internos de controles

em um fluxo de dados e processos uniformes já parte para uma nova etapa em busca da sofisti-

e fluxos e, para que o hospital, operando com o dobro de sua capacidade, tivesse uma plataforma

cação funcional. “Isso é usar efetivamente a tecnologia da informação como alicerce estratégico.

operacional mais segura e eficiente”, completa o gerente de TI do Samaritano.

Não dá pra pensar em estratégia se minha base de dados está podre, e este é um erro muito comum

Para formar esse comitê foram convidadas, além da equipe de TI, responsável pelo projeto, as

que vemos as organizações fazerem”, afirma.

diretorias clínica, técnica, gerências de enfermagem, operações, planejamento e um consultor

O Samaritano trabalha na implantação de uma série de ferramentas que orbitam sobre sua base

médico- especialista na área de implantação em projetos de TI.

transacional, que efetivamente representam um diferencial estratégico. “É nesse momento que a

De acordo com Simão, após a elaboração do comitê, o próximo passo foi elaborar uma Request For

TI efetivamente pode contribuir com a estratégia da organização ao invés de só ficar no registro do

Information (RFI), conceito utilizado em gerenciamento de projetos para especificar todos os requi-

dado e seu controle”, finaliza o gerente de TI do hospital.

Sobre o Autor AutoreS eduardo Ângelo, gerente da área de Life Science & Healthcare Deloitte – graduad eduardo Ângelo, gerente da área de Life Science & Healthcare Deloitte – graduado em tecnologia em processamento de dados pela FATEC-SP. MBA em Gestão Empresarial (FGV/Management), Certificado em Crisis Management e Negotiating (Harvard Business School - Deloitte), Lean Six Sigma, Gerenciamento de Projetos, ITIL e Administração de Banco de Dados. Fred Kanashiro, diretor da área de enterprise Application da Deloitte – graduado em engenharia mecânica pela Universidade Mackenzie, pós-graduado em Administração de Empresas pela FAAP, profissional PMP certificado em gestão de projetos pelo PMI e Cobit Foundation.

Fabio rossetto, diretor da área de Life Science & Healthcare Deloitte – Formado em economia pela PUC Campinas, fez MBA em gestão empresarial - FGV/Management, Pós Graduado em gestão do desempenho organizacional na FGV-EAESP. enrico De Vettori, sócio da área de Life Science & Healthcare Deloitte – administrador de empresas formado pela PUC-SP com MBA em gestão estratégica de negócios – Fundação Getúlio Vargas (EAESP/FGV) e especialização em gestão organizacional – PRODEP.

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mundo anda sob pressão, amigos. Um fato, no bonde porque era a única opção que os levaria somente um fato. para algum lugar. Se soubessem continuariam ali Você consegue medir a pressão por diversos sentadas esperando o seu ponto ou a estação final. aspectos, mas principalmente pelas discordâncias. O líder de hoje precisa ter uma visão holística Havia um tempo onde na Copa do Mundo todos sobre as coisas. Nada de pensar somente em númetorciam pelo seu país, onde o mundo acreditava que ros, métodos dos anos 90 que ajudaram empresas a os Estados Unidos eram o maior país do mundo, crescer, ganhar escala, desempenho, isso não tem a mesmo sem a presença neste campeonato, que a ver com o mundo atual. O mundo atual tem a ver Europa era um grande lugar para morar e que tudo com a legitimidade de um sonho e a forma como que vinha da China era “pirata”. O mundo virou ele é apresentado aos outros. A Apple tem isso. O de tal maneira e pressionou tanto as pessoas que Facebook tem isso. O Facebook não tem ISO 9001, aqueles que decidiram ficar tem opiniões diversas não tem six sigma, e vale U$ 100 bilhões. A Ford sobre coisas simples. tem tudo isso e não vale U$ 20 bilhões. Durante anos, o número de monges, padres, reO que aprendemos com tudo isso? verendos caiu no mundo. Nos últimos 30 anos Se fosse iniciar qualquer negócio, hoje, o apoiaria multiplicaram-se de forma exponencial. Igrejas numa causa maior, num sonho maior e o venderia evangélicas, católicas, ortodoxas, protestantes, a muitos, teria seguidores, não funcionários, teria presbiterianas, todas cheias sonhadores que juntamente code fiéis. A fé, seja ela qual for, migo fariam aquilo acontecer. É caiu novamente no consciente como se eu parasse meu bonde, COM TUDO ISSO, APRENDI TAMBÉM A das pessoas, e com isso todo o pegasse um microfone e diria CRIAR MEU PRÓPRIO FILME, questionamento sobre questões a muitos na rua para onde ele O FILME DA MINHA VIDA “mundanas” voltou à tona. iria e depois abriria uma porta Com tudo isso meus amigos, para quem acreditasse, entrasse. não vale mais a pena tentar contratar pessoas e reter Duvido que houvessem grandes paradas no caminho talentos com dinheiro, ele não tem mais o mesmo ou pessoas querendo “sair” tão facilmente. efeito que tinha há alguns anos. As pessoas trocam Com tudo isso em mãos, eu poderia reescrever de sonhos, não de salários. a última parte da mesma música que diz “love’s David Bowie e o Queen escreveram nos anos such an old fashioned word and love dares you 80 uma antecipada e bela canção chamada Under to care for the people on the edge of the night and Pressure (sob pressão) que falava desse possível love dares you to change our way of caring about momento. Uma das frases dizia: “it’s the terror of ourselves”(o amor é uma palavra tão fora de moda knowing what this world is about, watching some e o amor te desafia a se importar com as pessoas good friends screaming Let me out” (é o terror saber no limite da noite e o amor desafia você a mudar em que ponto o mundo chegou, ver alguns bons nosso modo de cuidar de nós mesmos). amigos gritando “eu quero sair”). Se você perceber Eu mudaria tudo isso para “love’s such a new a temperatura de sua empresa verá que sempre tem fashioned word and dream dares you to take the um grupo, pequeno, médio ou grande, querendo people into the light and dream dares you to change sair, querendo descer do bonde. our way of carrying theirselves” (o amor é uma paNão tem nada a ver com o clima, tem a ver com o lavra tão na moda e o sonho desafia você a levar as mundo. Ele está mudando e as pessoas decidem des- pessoas para a luz e o sonho desafia você a mudar cer do bonde enquanto ele anda, pois simplesmente nossa forma de arrastá-las conosco). não sabem para que direção deveriam ir, estavam É isso.

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