Fornecedores Hospitalares - Ed. 195

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A revista de gestão, tecnologias e serviços para o setor da saúde

Medicina diagnósTica Foto: Karime Xavier/ Folhapress

Rio imagem dobRaRá númeRo de exames Realizados pela Rede pública da cidade do Rio de janeiRo

Tecnologia

SEM

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com a Ti cada vez mais em pauTa, hospiTais se desdobRam paRa fazeR seus invesTimenTos acompanhaRem a evolução do seToR

MesMo considerando o cenário de crise exTerna, organizações coMo Fleury aposTaM no cresciMenTo e eM aquisições eM 2012. eM enTrevisTa à FH o presidenTe da eMpresa, oMar HauacHe, Fala da incorporação do labs d´or e da expansão dos serviços da Marca eM HospiTais, que já represenTaM 11% do FaTuraMenTo da coMpanHia

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ÍNDICE

Janeiro de 2012 • FH 195

W W W . R E V I S T A F H . C O M . B R

10 – Conexão Saúde

teCnologia

Confira conteúdos multimídia, destaques do Saúde Web e interação dos leitores

68 – inveStimentoS Sem mágiCa

16 – entreviSta Osvino Souza, da Fundação Dom Cabral, e a proposta de levar a experiência da escola de negócios para desenvolver o setor de saúde

eSpeCial 22 – referênCiaS da Saúde Veja os destaques da noite de lançamento do estudo

Saúde BuSineSS SChool 41 – infraeStrutura de ti noS hoSpitaiS

polítiCa

34 – panorama Sinal aBerto

Diante do cenário externo de crise, empresas continuam investindo em 2012. Uma delas é o Fleury, que pretende seguir expandindo organicamente e via aquisições

Hospitais se desdobram para fazer seus investimentos acompanharem a evolução da saúde

perfil 72 – Serenidade na Saúde Maria Julia Paes, do Hospital Universitário da USP, leva visão holística e humanizada para dentro do hospital

artigoS 32 – eConomia A saúde e a renda do trabalhador

50 – JurídiCo

52 – repaSSeS tranSparenteS

O papel do setor de saúde brasileiro no mercado global

Ministério da Saúde lança portal para monitorar recursos da saúde

54 – geStão

operadora

O que esperar de 2012?

56 – amargo engano

62 – rh

Fraudes podem representar até 20% das despesas de operadoras. Veja como evitar

Sob nova direção

hoSpital 58 – urgênCia para a Saúde

82 – hot Spot Slogans

Novo hospital de Rondônia será construído para sanar gargalo da rede pública

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mediCina diagnóStiCa

errata

60 – imagem renovada

Na edição 194, Referências da Saúde, não mencionamos a participação da PwC no estudo. Ela foi parceira da IT Mídia e é autora dos gráficos da publicação.

Rio Imagem, no Rio de Janeiro, dobrará número de exames realizados pela rede pública

indúStria 64 – rSna reúne giganteS do Setor

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Encontro mundial de radiologia apresenta grandes inovações na área de imagens

Ainda na edição 194, na seção Home Care, a empresa Interne foi fundada em 1997 e não em 1977 como relatado na matéria.

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ExpEdiEntE

pRESidEntE-ExECUtiVO

Adelson de sousA • adelson@itmidia.com.br

ViCE-pRESidEntE ExECUtiVO

Miguel Petrilli • mpetrilli@itmidia.com.br

diREtOR ExECUtiVO dE MaRkEting E VEndaS Alberto leite • aleite@itmidia.com.br

diREtOR dE RECURSOS E finançaS

João PAulo ColoMbo • jpaulo@itmidia.com.br

diREtORa ExECUtiVa EditORial

stelA lAChterMACher • stela@itmidia.com.br

COnSElhO EditORial Adelson de sousA, Miguel Petrilli, Alberto leite e stelA lAChterMACher

www.revistafh.com.br EDITORIAL

COMERCIAL gEREntE COMERCial Elizandra Paiva • elizandra.paiva@itmidia.com.br • (11) 3823-6625

REPÓRTEREs

ExECUtiVOS dE COntaS Gabriela Marcondes • gmarcondes@itmidia.com.br • (11) 7144-2543 Leandro Premoli – leandro.premoli@itmidia.com.br • (11) 9656-1148 Suellen Marques -suellen.marques@itmidia.com.br • (11) 9639-7527

Cínthya Dávila – cinthya.davila@itmidia.com.br Guilherme Batimarchi • gbatimarchi@itmidia.com.br Maria Carolina Buriti – mburiti@itmidia.com.br

REPREsENTANTEs Minas Gerais: Newton espírito santo - comercialmg@itmidia.com.br (31) 2551-1308 - (31) 7815-3095 vera santo – comercialmg@itmidia.com.br (31) 2551-1308 - (31) 7815-3096

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PRODUTOR DE ARTE E VíDEO Bruno Cavini • bcavini@itmidia.com.br

CONsELHO EDITORIAL João Carlos Bross • Fundador da Bross Consultoria e Arquitetura Paulo Marcos Senra Souza • Diretor da Amil Sérgio Lopez Bento • Diretor técnico da Planisa Sílvio Possa • Diretor Geral do Hospital Municipal M’Boi Mirim Osvino Souza • Professor e Pesquisador da Fundação Dom Cabral

MARKETING gEREntE dE MaRkEting emerson Moraes – emoraes@itmidia.com.br

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GEsTÃO DE RELACIONAMENTO COM CLIENTEs gEREntE dE RElaCiOnaMEntO COM CliEntES

gEREntE dE gERaçãO dE nEgóCiOS Gabriela vicari – gvicari@itmidia.com.br

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OPERAÇÕEs gEREntE dE OpERaçõES

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iMpRESSãO

log & Print Gráfica e logística s.a. revista fh A revista FH é uma publicação mensal dirigida ao setor médico-hospitalar. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional, além de gratuita e entregue apenas a leitores previamente qualificados.

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INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO

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P or f

As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídiaou quaisquer outros envolvidos nessa publicação. As pessoas que não constarem no expediente não têm autorização para falar em nome da IT Mídia ou para retirar qualquer tipo de material se não possuírem em seu poder carta em papel timbrado assinada por qualquer pessoa que conste do expediente. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da IT Mídia S.A.

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IT Mídia S/A Praça Prof. José lannes, 40 • edifício Berrini 500 • 17º andar • 04571-100 • são Paulo • sP fone: 55 11 3823.6600 | fax: 55 11 3823.6690

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Sonhos A IT Mídia nasceu do sonho de fazer uma editora de revistas focadas em TI. Compreendendo as mudanças do mercado editorial, transformamos a IT Mídia em uma empresa multimeios e multisetorial, seguindo o objetivo de liderança e relevância nos setores de TI e Saúde. Para chegar aqui foram fundamentais visão clara, a coragem de mudar e inovar e perseverança. E isso é o que vai continuar nos guiando porque eu penso em perenidade. Adelson de Sousa, Presidente-Executivo da IT Mídia S.A.

Conexões Para sermos líderes e relevantes sempre trabalhamos para surpreender positivamente nossos clientes, tanto anunciantes e patrocinadores como os leitores de nossas publicações e os participantes de nossos fóruns. Conectar pessoas também sempre fez parte do DNA da IT Mídia e é desta forma que conseguimos dar nossa contribuição para o desenvolvimento e a integração dos setores em que atuamos. Miguel Petrilli, Vice-Presidente Executivo da IT Mídia S.A.

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Editorial

saber

ouvir Foto: Ricardo Benichio

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maria carolina buriti Repórter IT Mídia S.A

alvez, uma das mais importantes tarefas do jornalista seja ouvir. Muito antes de colocar aquilo que escutamos do mercado no papel, precisamos ter ouvidos “a postos”, prontos para filtrar, entender, duvidar, interpretar e, muitas vezes, essa missão tão importante, ocorre com olhos atentos ao relógio, com o jornalista querendo ouvir mais, mas, ao mesmo tempo, correndo contra o tempo. E ouvir também é um aspecto em comum nas histórias contadas nas páginas a seguir. Na apuração para a reportagem de capa desta edição, “Sinal Aberto”, saber ouvir e entender o que as notícias sobre o cenário de economia global representam foi muito importante. Por ora, os ruídos negativos, ainda não assustam a economia a ponto de prejudicar o desenvolvimento do setor de saúde e a entrada de novos usuários na saúde suplementar. As fontes ouvidas para esta reportagem estão atentas aos acontecimentos, mas, no geral, acreditam que o momento para o Brasil e para o setor ainda está mais para “good news”. Desenvolver o setor também está em alta. Osvino Souza Pinto, da Fundação Dom Cabral, traz a experiência da escola de negócios e da IT Mídia para esta tarefa e para ajudar no diálogo entre os agentes do setor. Em entrevista à repórter Verena Souza, ele conta como será o novo projeto. Quem muito ouve, mas não se abala, e, além de tudo, busca inspirações para gerir sua equipe é a diretora de enfermagem do Hospital Universitário da USP, Maria Julia Paes. Em entrevista à Cínthya Dávila, a enfermeira relata como faz para disseminar a humanização e empregar a visão holística dentro da entidade. E, ainda, ouvimos CIOS, especialistas e diretores de tecnologia de hospitais para saber qual é o número mágico de investimentos em TI. E o repórter Guilherme Batimarchi traz novidades da saúde pública em Rondônia e no Rio de Janeiro. Por fim, agradecemos a parceria da PwC, que tanto nos ouviu e a quem tanto ouvimos durante a produção do estudo Referências da Saúde. Boa leitura!

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Quem é médico sabe: bons números são sinal de boa saúde. Cada vez mais empresas em todo o Brasil comprovam que o BIOFAST é mesmo uma nova e moderna opção de excelência diagnóstica. Prova disso é o seu crescimento em 2011 e suas expectativas para 2012.

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em 2010. E o Grupo prevê aumento de 30% para 2012.

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CONEXÃO SAÚDE WEB

BLOGS

LEIA E DISCUTA COM NOSSOS COLABORADORES OS ASSUNTOS MAIS QUENTES DO MÊS

HENRIQUE OTI SHINOMATA Após a prorrogação, norma que define prazo de atendimento entra em vigor Shinomata é médico, ex vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Seguro e possui MBA Executivo Internacional em Ohio (EUA)

LIBÂNIA PAES Queremos saber se os clientes estão felizes? Pra quê? Libânia é professora da FGV-EAESP e do Senac nas área de Operações e Tecnologia de Informação em Saúde

VERÔNICA CORDEIRO DA ROCHA MESQUITA Os diretores Clínicos estão realmente preparados para ações judiciais? Verônica é advogada, sócia da Mesquita & Dornelas Advogados Associados, voltada para o Direito Sanitário.

ROBERTO LATINI Negociando na Área Regulatória Latini é diretor da Latini & Associados e aborda as regulações do setor de Vigilância Sanitária.

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GALERIA

PODCAST

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MUTE

MULTI MÍDIA

MELHORES MOMENTOS DO REFERÊNCIAS DA SAÚDE 2011

Além de homenagear as instituições de saúde que se destacaram por consistentes práticas de gestão ao longo de 2011, o encontro teve como objetivo a confraternização entre os players

VEJA NA SAÚDE TV: HTTP://BIT.LY/SZJCDA

9 APLICATIVOS MÓVEIS DE SAÚDE QUE MERECEM UMA ANÁLISE

Não há dúvida: os médicos estão usando cada vez mais seus dispositivos móveis. Entre os muitos novos apps na área de saúde, escolhemos nove que os profissionais do setor e seus pacientes devem verificar.

VEJA NA GALERIA DO SAÚDE WEB: HTTP://BIT.LY/V4ARDC

WEBCAST

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MUTE

“O BRASIL ESTÁ PREPARADO PARA A CLOUD COMPUTING?”

Profissionais do setor de saúde apresentam opiniões divididas sobre o Brasil estar preparado para utilizar a computação em nuvem nos processos diários

VEJA NA SAÚDE TV: HTTP://BIT.LY/VYK1OY

VEJA AS FOTOS DO ENCONTRO “1.2.1 NETWORK SAÚDE”

Entre os convidados estava o presidente da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), Cláudio Giuliano. Além dele, compareceram ao debate o diretor de tecnologia e processos do Santa Helena Saúde e o gerente de TI Corporativo da Associação Congregação de Santa Catarina, Heitor Fernandez Garcia.

VEJA NA GALERIA DO SAÚDE WEB: HTTP://BIT.LY/VHCDA5

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VAI E VEM

EMENDA 29

LUIZ DE LUCA ASSUME HOSPITAL SAMARITANO-SP

PRESIDENTA SANCIONA LEI QUE DEFINE GASTOS DA SAÚDE A presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou a Lei Complementar nº 141, que regulamenta a Emenda Constitucional 29, aprovada pelo Congresso em dezembro. Fica mantida a regra aprovada pelo Congresso que obriga a União a aplicar na saúde o valor empenhado no ano anterior, mais a variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB). Já os estados deverão investir 12% de sua receita, enquanto os municípios devem investir 15%. E os percentuais de aplicação pelo Distrito Federal ficarão entre 12% e 15%.

Luiz De Luca é o novo superintendente corporativo do Hospital Samaritano, em São Paulo. O cargo era ocupado por José Antônio Lima, que passa a integrar o Conselho da instituição. No início de 2012, De Luca deixou a diretoria geral do Hospital 9 de Julho, em São Paulo, o qual fazia parte desde 2006. Quem passa a ocupar o cargo é o executivo Paulo Curi Savastano, que trabalhou em parceria com o ex-diretor, durante cinco anos, na superintendência de operações da instituição. Sergio L. Bento, superintendente de operações do Hospital Samaritano até novembro de 2011, assume a diretoria técnica da consultoria Planisa.

PLANOS DE SAÚDE ANS APROVA NOVO ROL DE PROCEDIMENTOS A partir de 1º de janeiro de 2012 passou a valer o novo Rol de Procedimentos dos planos de saúde. A ANS incluiu cerca de 60 novos procedimentos na lista de coberturas mínimas. Entre os serviços que passam a ser abrangidos pela Resolução Normativa 262 da ANS estão 41 cirurgias por vídeo, 13 novos exames e outros tratamentos

FINANÇAS

JOINT-VENTURE

SÍRIO LIBANÊS CAPTA MAIS DE R$ 600 MILHÕES PARA DOBRAR CAPACIDADE

GE E MICROSOFT FAZEM ALIANÇA EM SOFTWARE PARA ÁREA DE SAÚDE

Além dos próprios recursos e do BNDES, o hospital decidiu buscar alternativas de captação no exterior. A atitude pioneira rendeu três contratos com bancos internacionais: DEG, da Alemanha, Proparco, da França, e o BID, dos Estados Unidos

GE e Microsoft formaram uma joint-venture para desenvolver e vender softwares destinados a ajudar profissionais da saúde a armazenar, consultar e compartilhar informações sobre pacientes

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CANAL DO LEITOR

CONEXÃO SAÚDE WEB

AQUISIÇÃO

T W IT TE R

REDE D´OR ASSUME CONTROLE ACIONÁRIO DO HOSPITAL VIVALLE A Rede D’Or São Luiz, maior operadora independente de hospitais do Brasil, assumiu no final de dezembro o controle acionário do Hospital viValle, situado na cidade de São José dos Campos, no estado de São Paulo

@jcnv-Jacques Chicourwl Muito bom ! “@Saude_Web: Médicos radiologistas fazem diagnóstico em apenas 1 segundo http://bit.ly/ttVsHq” @meduardosantana-Eduardo Santana Ponto para o cidadão! RT: @Saude_Web: Senado coloca no SUS cirurgia reparadora http://bit.ly/suWQoo @foproenca-Fernando Proença “@Saude_Web: Senado coloca no SUS cirurgia reparadora http://bit.ly/suWQoo” Próximo passo, estética.

E-M A IL “Acabei de receber a revista do SAUDE BUSINESS FORUM e a produção está excelente!” César Abicalaffe, autor do modelo P4P© de pagamento por performance

TI EM SAÚDE GE HEALTHCARE E SENAI FIRMAM PARCERIA PARA CAPACITAR TÉCNICOS EM SAÚDE Companhia investiu R$ 4 milhões para compor centro de treinamento para profissionais especializados em manutenção e reparação de equipamentos hospitalares

DIAGNÓSTICO SONY ANUNCIA ENTRADA NA ÁREA DE VÍDEOS PARA RADIOLOGIA A Sony Electronics anunciou planos de expansão da oferta de produtos de radiologia com uma nova linha de monitores para diagnóstico. A empresa diz que já tem escolhida a tecnologia que promete auxiliar os profissionais da área no diagnóstico de doenças

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“Cínthya Dávila, vimos a matéria “Nômade da Saúde”, publicada na edição 193 da revista FH, no portal Saúde Web. Ficou bem legal e bem escrita. O Dr. Kikawa ficou muito orgulhoso” Mirela Claudino, da Parágrafo Comunicação “Prezado Guilherme, bom dia! Gostaríamos de parabenizá-lo pelo conteúdo e redação da matéria assinada por você, em relação ao SZD, publicada na edição 194 da Revista FH. Como sempre você conseguiu resumir de maneira prática, ética e precisa tudo o que conversamos. Continue seu caminho de sucesso!” PauloZoppi eLuizSalomão,doSalomãoZoppiDiagnósticos “Caro Guilherme, conforme conversamos, primeiramente parabenizo pela Revista FH, especialmente esta última edição - com a Pesquisa Referências em Saúde” Paulo Lopes Pereira, da Diversey Brasil / Trade Marketing | Hospitais “Parabenizo pela Revista FH, especialmente esta última edição - com Referências em Saúde” Saulo Carneiro, diretor comercial do Grupo Infinita A matéria do referências ficou muito legal ! Ficamos muito envaidecidos com todo o processo e esperamos continuar sendo um destaque do interior em 2012 ! Por favor, repasse nossos agradecimentos para seus editores. Paulo Cruz Neto, da Unimed Franca

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entrevista

Olhar

prático

e acadêmicO

em prol da

Saúde Verena Souza • vsouza@itmidia.com.br

Foco no paciente e diálogo entre os integrantes do sistema de saúde são as diretrizes da Fundação Dom Cabral, que investe de forma personalizada no setor

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melhor Escola de Negócios da América Latina, segundo a revista AmericaEconomia, e a 5ª melhor Escola de Negócios do Mundo, de acordo com o ranking de educação executiva do Financial Times, enxerga a Saúde como área chave para o desenvolvimento sustentável da sociedade. Presente em mais de 15 países, a Fundação Dom Cabral (FDC) possui, desde 2009, programas específicos para os gestores do setor de Saúde. Há quem diga que o segmento seja um dos mais complexos para administrar, afinal, é preciso atender às necessidades “vitais” da população, assim como os interesses econômicos do mercado, sem contar o desafio de administrar instituições que funcionam sete dias por semana, 24 horas por dia, como é o caso dos hospitais. Dessa forma, a FDC constatou a necessidade de especializar-se em Saúde por meio de pesquisas e programas de desenvolvimento de executivos e empresas. Para 2012, a Fundação, em parceria com a IT Mídia, realizará o Programa de Gestão Estratégica em Saúde – o primeiro curso setorial da entidade no País. Depoimentos, aulas expositivas e dinâmicas de grupo serão norteadas por proposições como: a cadeia de valor que forma o sistema; estratégias para cada instituição e o potencial de colaboração. À frente do Núcleo de Gestão em Saúde da FDC está o mineiro Osvino Pinto de Souza Filho, engenheiro elétrico de formação, professor nato e expert em gestão empresarial, tendo passado por grandes siderúrgicas como Açominas e Usiminas. Segundo o executivo, a FDC possui uma metodologia diferenciada de gestão, que pode contribuir para solucionar as inconsistências do setor nos mais variados aspectos: administrativos, regulatórios, processuais e de relacionamento. Em entrevista à FH, Souza Filho traça um paralelo entre a evolução da indústria brasileira de modo geral e a situação da Saúde nos dias de hoje. O paciente como ponto central no planejamento das instituições parece ser a tendência sustentável do sistema. “Temos como premissa realizar qualquer estudo ou programa tendo como foco o aprimoramento assistencial ao paciente”, ressalta Souza Filho, durante entrevista.

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QUEM: Osvino Pinto de Souza Filho Gerente de projetos e professor da Fundação Dom Cabral (FDC) nas áreas de Comportamento e Desenvolvimento Organizacional Coordenador do Núcleo de Gestão em Saúde da FDC Conduziu a privatização da Açominas em 1993, onde trabalhou por 21 anos Engenheiro Elétrico de formação, acabou deixando a profissão de lado devido à especialização em gestão empresarial

FOTO: GUILHERME BERGAMINI

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entrevista

agora é complexo, altamente competitivo, com tecnologias caras, formação de redes hospitalares, planos de saúde e laboratórios com abrangência nacional, criação dos órgãos reguladores, etc. A formação dos profissionais não acompanhou essa mudança e, com a demanda pela atenção personalizada, foi se perdendo o foco no paciente, que é a razão de ser do sistema.

FH: Como a expertise em gestão da Fundação Dom Cabral pode contribuir para o desenvolvimento do setor de saúde? Osvino Pinto de Souza Filho: A fundação nasceu em Minas Gerais, em 1976, a partir da demanda de empresas como Usiminas, Cemig, Telemig, entre outras. Estas eram dirigidas por engenheiros, ou seja, profissionais sem capacitação adequada para gerir. A linha acadêmica das universidades não atendia às necessidades dos executivos. A fundação surgiu para gerar conhecimento teórico e prático, com fundamentação científica. É isso o que acontece na saúde atualmente. Os profissionais que estão à frente das instituições, muitas vezes, são médicos, que não tiveram formação administrativa adequada.

FH: O setor de saúde brasileiro está atrasado em relação aos outros setores? Souza Filho: Nenhum setor amadurece antes da hora. O mercado pede pelo amadurecimento. Durante muitos anos a falta de capacitação não fazia diferença, mas o cenário

FH: A relação entre prestadoras e operadoras é uma das mais conturbadas do setor. Baixa remuneração e glosas são as reclamações mais comuns por parte dos hospitais. O que falta para que um consenso se estabeleça? Souza Filho: Enquanto essa relação for priorizada acima da questão do paciente, os problemas permanecerão. Eles ficam discutindo quem vai ganhar mais e não pensam em uma solução comum que possa garantir bons resultados para ambos e, acima de tudo, para o paciente.

Foto: Guilherme BerGamini

FH: Como e com qual objetivo surgiu o Núcleo de gestão em Saúde da Fundação Dom Cabral? Souza Filho: A FDC sempre teve hospitais e planos de saúde como clientes, mas o tratamento era o mesmo de qualquer outro cliente da indústria. Os serviços e conceitos de gestão eram iguais, mas percebi que o setor de saúde precisava de personalizações. Por meio de um programa de especialização em gestão da atenção à saúde, em conjunto com o Hospital Sírio-Libanês, é que essa necessidade ficou evidente. Em 2009, o Núcleo foi criado oficialmente para atender os gestores da Saúde. Nossa metodologia é andragógica, onde os participantes são tratados como contribuintes, e o professor é apenas um facilitador. Existe um modelo personalizado para as empresas desenvolvido internamente; e um programa aberto, estruturado com fóruns que debatem o equilíbrio do setor.

FH: A relevância do paciente no centro da atenção à saúde é um consenso para o setor? Souza Filho: Fazendo um paralelo com a indústria brasileira na década de 70, por exemplo, não havia praticamente competição. Entre os anos 80 e 90, com a abertura do mercado, o setor ficou exposto à concorrência. A partir de então, o foco estava no cliente (movimento conhecido como “product out”, na linguagem empresarial) e, depois, passou a ser do cliente (market in). Ou seja, o mercado é quem dita as regras. Todos querem disputar a atenção do cliente e fidelizá-lo. A saúde, aos poucos, está migrando para esta visão.

No entanto, o sistema atual ainda está estruturado na valorização da doença e, não da saúde. É um sistema “hospitalocêntrico”, em que o paciente se lembra do sistema de saúde apenas quando está doente. As instituições começam a ficar mais atentas à educação do paciente em relação à prevenção, com a ciência do barateamento do custo e da felicidade do paciente.

“AindA não Atingimos o custo dA sAúde ideAl. tAlvez o recurso disponível sejA suficiente. será que o custo reAlmente está otimizAdo ou ele cresce por cAusA de umA gestão inAdequAdA?”

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entrevista

Hoje em dia, o usuário final da Saúde está à mercê do sistema, e só procura assistência quando está fragilizado. As empresas têm de ter consciência do papel que desempenham, pois da forma que o modelo está estruturado, o paciente passando mal não vai ficar escolhendo nada.

“MUITOS PARADIGMAS SERÃO QUEBRADOS, ENTRE ELES, A PASSAGEM DO MODELO ‘HOSPITALOCÊNTRICO’ PARA O DE PREVENÇÃO. MUITOS HOSPITAIS DEIXARÃO DE EXISTIR. O PROFISSIONAL TEM QUE ENTENDER ISSO E MUDAR O MODO DE PENSAR E AGIR”

FH: Podemos listar inúmeros aspectos controversos e repletos de problemas do setor como, por exemplo, remuneração, regulação, condições de trabalho, financiamento do setor, gestão e processos das instituições, interesses divergentes, entre outros. Qual relevância a Dom Cabral pretende ter junto às instituições reguladoras, associações de profissionais e entidades representativas? Souza Filho: No campo das pesquisas realizadas o objetivo é manter a análise científica das respostas para as questões levantadas. Seja quem for que esteja financiando o programa, o resultado é pautado por rigor científico, afinal, somos independentes e idôneos. A intenção é mostrar os resultados para órgãos como a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre outros. É levar a experiência de 35 anos em gestão, sem a intenção de enviesar a discussão. Temos como premissa realizar qualquer pesquisa ou programa tendo como foco o aprimoramento assistencial ao paciente.

FH: A discrepância entre o financiamento público e o privado é evidente. Dos 8% do PIB gastos com Saúde, 4,5% são direcionados ao setor privado, que atende pouco mais de 20% da população. De que forma as ações da Dom Cabral poderiam contribuir para amenizar esta diferença? Existe alguma estratégia diferenciada para a área pública? Souza Filho: Não temos dados científicos que nos indiquem se este valor realmente é insuficiente para financiar o setor. Ainda não atingimos o custo da saúde ideal. Pesquisadores americanos indicam que os custos são crescentes, quando poderiam ser menores. Talvez o recurso disponível seja suficiente. Será que o custo realmente está otimizado ou ele cresce por causa de uma gestão inadequada? FH: Os custos tecnológicos são cada vez mais crescentes, como vê o ingresso da tecnologia no sistema de saúde composto por instituições com baixo faturamento e, muitas vezes, de pequeno porte? Souza Filho: Os equipamentos ficam obsoletos rapidamente. A indústria vai ter que pensar sobre isso. Em contrapartida, o uso da melhor tecnologia é mandatório. O sistema está se reorganizando e pode ser que pequenas instituições não sobrevivam ou que passem a atender pequenas necessidades e regiões. FH: E nesta reorganização do setor, a colaboração se sobressairá? Souza Filho: Se de um lado vem a competição, de outro, a colaboração torna-se indispensável. A colaboração tem que ser crescente, mesmo em um contexto competitivo.

Foto: Guilherme BerGamini

FH: Com o aumento da expectativa de vida e das novas tecnologias disponíveis, o setor vem passando por mudanças significativas. Você acredita que essas mudanças refletem no perfil do profissional de saúde? Souza Filho: Não só no perfil do profissional. Há curso demais, perde-se qualidade, é preciso incorporar novas disciplinas, inclusive de gestão. O profissional de saúde é quem faz a qualidade do sistema. A tecnologia sozinha não faz milagre. Os programas de formação têm de estar alinhados com o novo perfil que está se desenhando. O sistema está sendo redesenhado, muitos paradigmas serão quebrados, entre eles, a passagem do modelo “hospitalocêntrico” para o de prevenção. Muitos hospitais deixarão de existir. O profissional tem que entender isso e mudar o modo de pensar e agir. sua opinião é muito importante // editorialsaude@itmidia.com.br twitter // @saude_web

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ESPECIAL

InstItuIções

RefeRência Em dezembro, a IT Mídia realizou a cerimônia de lançamento do estudo Referências da Saúde, iniciativa em parceria com a PWC. A pesquisa trouxe destaques dos segmentos de medicina diagnóstica, home care, operadoras e hospitais. Veja os destaques da noite Fotos: RicaRdo Benichio

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O presidente da IT Mídia, Adelson de Sousa, abre a noite do evento em homenagem aos destaques do Referências da Saúde

O vice-presidente executivo da IT Mídia, Miguel Petrilli, fala aos principais líderes do setor de saúde. O jantar reuniu executivos da indústria, operdoradoras, laboratórios, hospitais e associações

Alberto Leite, diretor executivo de Marketing e Vendas da IT Mídia, apresenta as mudanças do estudo Referências da Saúde

O encontro reuniu cerca de 200 pessoas, no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo (SP)

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ESPECIAL

Hospital 9 de JulHo Beatriz Anselmo representou a entidade que se destacou por investir R$1,5 milhão em campanhas de posicionamento na alta complexidade

Hospital luiz Camargo da FonseCa e silva José Donizetti representou a instituição, que quando assumida pela PróSaúde, conseguiu alcançar um nível de produtividade de 80%, além de 25% de economia nos suprimentos

BioCor instituto Liderado por Mário Vrandecic, o hospital se destacou pela qualidade nos processos e conquista da certificação ONA, NIAHO e ISO

Hospital igesp Instituição investiu R$ 100 milhões em obras de expansão que duplicaram a capacidade de atendimento em tecnologia, treinamento das equipes assistenciais e na certificação nível III da ONA. Esle Trevisan marcou presença na cerimônia

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Casa de saúde são José No concorrido mercado de saúde carioca, André Gall, da Casa de Saúde São José, trabalha na expansão da entidade e reforça atuação em maternidade e alta complexidade

Hospital vera Cruz Fábio Sinisgalli e Antonio de Assis Júnior recebem homenagem de Verena Souza (IT Mídia). Entidade recebeu destaque devido à gestão profissionalizada e governança corporativa

HCor Bernadete Weber marcou presença na cerimônia. Instituição foi homenageada devido aos investimentos de R$ 390 milhões e projeções de crescimento

Hospital israelita alBert einstein Henrique Neves recebe homenagem de Cinthya Dávila (IT Mídia). Instituição se destacou nas categorias Hospital e Medicina Diagnóstica

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especial

santa Casa de MaCeió Entidade se destacou pela gestão com orçamento enxuto, por manter a qualidade e adotar modernos sistemas de gestão. Luiz Claudio Ramos recebeu homenagem pelo hospital

Hospital e Maternidade santa Joana Eduardo Amaro recebeu homenagem de Cinthya Dávila (IT Mídia). A entidade garantiu destaque com a sustentabilidade financeira acompanhada de indicadores, além de manter os serviços dentro de casa

Hospital santa Catarina Manoel Navarro Borges representou a entidade que investe na consolidação de marca

seguros uniMed Operadora se destacou pelo nvestimento em capital humano, revisão de processos e planejamento. Ricardo Lachac esteve por lá

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Pensou em Home Care

pensou em Home Doctor Ser referência em home care é o reconhecimento do nosso trabalho ao longo destes 17 anos. Atender nossos pacientes com excelência é a nossa missão. E, atender nossos clientes oferecendo os melhores resultados é o nosso compromisso. Home Doctor referência em home care 2011

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hospital

unimed frAncA Cooperativa conta com apoio de profissionais de mercado para solucionar conflitos e crescer com gestão profissionalizada

Sul AméricA SAúde Em 2011, a Sul América alcançou resultados positivos com um modelo de gestão Balanced Scorecard (BSC). Manoel Cardoso marcou presença na cerimônia

ViVA plAnoS Antonio Augusto representou a operadora que se destacou pela parceria com a consultoria e auditoria internacional Baker Tilly, além do modelo de negócio diferenciado

Grupo infinitA Da esq.à dir. Saulo Carneiro e Gustavo de Souza (Grupo Infinita) recebem homenagem de Lauro Michelin (L+M Gets) e Maria Carolina Buriti (IT Mídia). A rede de laboratórios de imagem cresce em parcerias com hospitais e investindo em pequenas cidades

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especial

SalomãoZoppi Carlos Bertozzi representou a rede de laboratórios paulista. Companhia se destacou por realinhar operações, criar novas diretorias e pelas projeções de crescimento em 2012

ok meDical Empresa é destaque no atendimento de pacientes com distúrbio do sono. Mauro Katz esteve por lá

Home Doctor Ari Bologhesi representou a empresa que está há 16 anos no mercado e cresce apostando em tecnologia

iDeal care Empresa de home care investe em marketing, tecnologia e capacitação André Minchillo marcou presença

Veja cobertura completa do referências da saúde: http://saudeweb.com.br/especial/referencias-da-saude 30

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economia

A sAúde e A rendA

do trabalhador

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Maria Cristina aMoriM economista, professora titular da pUc-Sp

Eduardo PErillo médico, mestre em administração, doutor em história econômica

á algum tempo, um assunto de extrema impor- houvesse, a apropriação da renda gerada pelo trabalho tância ocupou timidamente um ou outro jornal: é socialmente injusta. O investimento deve ser finana rentabilidade e uso do Fundo de Garantia do ciado pelo lucro e crédito, e não pelo trabalhador. Na Tempo de Serviço (FGTS). Instituído em 1966, o fundo é ponta do financiamento da casa própria, soltar dinheiro administrado pela Caixa Econômica Federal e regulado para o crédito imobiliário, além de promover o setor da pela Lei 8.036/90 e Decreto 99.684/90. O dinheiro do construção civil, aumenta a popularidade do governo fundo — que pertence ao trabalhador — é recolhido com- e contribui para eleger presidentes. A grande maioria pulsoriamente do setor privado (as empresas em geral) dos cidadãos-eleitores, no entanto, não percebe que seu recebendo como remuneração apenas 3% a.a (mais TR). dinheiro é recolhido mensalmente à sua revelia, volta Em matéria publicada pelo jornal Valor Econômico para alguns na forma de grandes lucros e, para muitos, em 13/12/2011, Pérsio Arida, ex-presidente do BNDES na forma de hipotecas por 25 ou 30 anos, ao término dos e do Banco Central fez a seguinte conta: R$ 1,00 aplicado quais terá pago seu imóvel residencial de 2,5 a 3 vezes. no FGTS em 1994 vale hoje R$ 4,12. Se fosse aplicado Muitos dos problemas dos brasileiros no acesso aos em CDI (certificado de depósito bancário), o mesmo R$ serviços de saúde são causados pela concentração da 1,00 valeria R$ 25,00. renda. Quanto maior o percentual de pobres em nossa A diferença de 610% dá a disociedade, mais o Estado precimensão do quanto o trabalhador sa garantir produtos e serviços; é expropriado pelo Estado. Se a quanto maior a pobreza, menor o Se a União remUneraSSe o FGTS União remunerasse o FGTS pelo nível de instrução e seu corolário pelo preço de mercado, haveria preço de mercado, haveria um imde desgraças sobre a alimentação e Um impacTo SiGniFicaTivo na pacto significativo na distribuição hábitos de vida, maior a exposição diSTribUição da renda e naS da renda e nas condições de saúde à violência (uma importante causa do brasileiro. As lideranças do sede mortalidade), e assim por diante. condiçõeS de Saúde do braSileiro tor levantariam os olhos para as Se o FGTS remunerasse o trabaprincipais causas dos problemas de saúde? Participariam lhador à taxa de mercado, o primeiro imóvel residencial dos grandes debates da nossa sociedade? seria obtido antes, a dívida com a casa própria seria meO dinheiro do FGTS é utilizado para empréstimos a nor ou sequer existiria, haveria mais dinheiro disponível empresas escolhidas pelos bancos oficiais, com taxas de para o consumo, inclusive para comprar todos os bens e juros de 6% a.a, enquanto a taxa SELIC é 11% a.a. É isso serviços que resultam em vida melhor, da alimentação mesmo: o governo capta recursos a 11% e empresta — adequada ao seguro saúde. mas apenas para alguns — a 6%. A diferença é paga pelo Tradicionalmente, as lideranças do setor saúde se Tesouro Nacional, isto é, pelo contribuinte, que somos posicionam apenas sobre os temas que as afetam dinós. Justificativa para tirar dinheiro do contribuinte não retamente. Não está errado, mas poderia ser muito há, mas há para tirar renda do trabalhador: diz-se que melhor. Deveriam ampliar o leque de atuação na soo dinheiro financia o investimento, que produz mais ciedade, politizar-se e posicionar-se no sentido posiempregos e, no final das contas, beneficia o trabalhador! tivo dos termos, participarem do debate mais amplo Outra pérola de justificativa, o FGTS pode ser usado sobre a política monetária, a remuneração e destino para aquisição de casa própria (sob determinadas con- dos fundos como FAT e FGTS, a estrutura tributária dições, é claro)! e a guerra fiscal, entre tantos outros temas cruciais Ora, é claro que não há relação direta entre o dinhei- para a distribuição da renda, e por isso mesmo, para ro recolhido sobre o salário e o emprego e, ainda que a saúde do brasileiro.

sua opinião é muito importante // editorialsaude@itmidia.com.br twitter // @saude_web

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SinAl

EmprEsas do sEtor saúdE prEvEEm crEscimEnto Em 2012 E garantEm quE o dEsdobramEnto da crisE na zona do Euro traz só um alErta, sEm a nEcEssidadE dE pisar no frEio dos invEstimEntos

Aberto

Maria Carolina Buriti • mburiti@itmidia.com.br

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a onda das profecias chegou 2012, muito mais alarmado pela zona do euro, do que por previsões apocalípticas de fim do mundo. Considerando o cenário nebuloso no velho continente europeu, ainda é difícil traçar um panorama do que acontecerá na economia brasileira em 2012. Primeiro, porque é difícil prever. A situação está muito atrelada às notícias daquela região. Até o fechamento desta edição, por exemplo, a Standard & Poor’s havia rebaixado a nota do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, o triplo A da França e as notas das dívidas de um grupo de países incluindo Itália, Áustria e Espanha. Segundo, porque, como diz o ditado, “alegria de uns é a tristeza de outros”. Se por um lado, a economia parece estar indo de mal a pior, os emergentes se mostram mais atrativos do que nunca. A boa notícia também está presente na recuperação da economia norte-americana que, segundo economistas, colabora para que a situação no continente europeu não esteja ainda pior. Enquanto isso, no Brasil, a crise ao que parece não tem abalado, ao menos de forma significativa, o mercado interno. Houve alguns ajustes em relação à previsão de crescimento como a redução de 5%, no começo do ano, para algo próximo a 3% de crescimento do PIB 2011, sobretudo, após a estagnação do indicador entre segundo e terceiro trimestre. Mesmo assim,

as expectativas para 2012 são boas, e, para o setor de saúde, enquanto não houver grandes abalos nas taxas de emprego e queda no consumo das famílias, o segmento ainda tem muito a conquistar e a desenvolver. Se o câmbio continuar valorizado, as más notícias são para a indústria, que perde sua competitividade, mas, de maneira geral, as fontes ouvidas para esta reportagem continuarão investindo e manterão o orçamento previsto para 2012, e acreditam que o cenário econômico externo requer atenção, mas está longe de enviar sinais para pisar no freio. Cenário Para o economista-chefe da Austin Raiting, Alex Agostini, com a projeção de avanço de cerca de 3% do PIB para este ano, o Brasil não tem condições de crescer fortemente por mais de dois anos consecutivos, tendo em vista capacidade instalada pequena. “No início do ano passado, as previsões eram mais otimistas, mas era necessário desacelerar a economia para segurar um pouco a inflação”, explica Agostini. A estagnação do indicador entre o segundo e o terceiro trimestre rendeu avaliação do Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (IPEA), que justificou a desaceleração econômica com os seguintes fatores, occorridos em 2011: “prosseguimento da apreciação da taxa de câmbio ; aperto monetário; características

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PANORAMA

da política fiscal em relação a 2010; acúmulo de estoques; e a crise econômica na Europa”, aponta o estudo. Agostini explica que a falta de capacidade instalada também influencia a taxa cambial. “O câmbio médio do ano passado se valorizou na comparação do ano anterior. Não é só em 2011 que a indústria vem sendo prejudicada, em 2010, esse câmbio desvalorizado tirou a competitividade”, avalia. Analisando o mercado de saúde, mesmo com este cenário desfavorável, o mercado de equipamentos e produtos médico-hospitalares e de diagnósticos fechará 2011 com um crescimento estimado de 19% - atingindo um faturamento R$ 13,5 bilhões - superior à média da economia brasileira, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico Hospitalares (Abimed). Tal crescimento é apontado pela entidade como fruto

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Omar Hauache, do Fleury: “Não diminuímos nosso ritmo de crescimento. Mas, de qualquer maneira, o reflexo da instabilidade lá fora desperta a nossa atenção”

do pleno emprego e migração nas classes sociais. “A ascensão das classes C e D traz diferentes perfis de usuários, mas os investimentos próprios da saúde seguem - e automaticamente - essas novas tendências também”, explica Reynaldo Goto, diretor da entidade. O executivo analisa o momento com dois cenários. Em um deles enxerga uma demanda interna forte e até um “otimismo exagerado”. “As instituições brasileiras estão captando dinheiro e isso mostra que existe demanda e otimismo nacional”, pontua. Do outro lado, um dos impactos ocorreria no câmbio e na disponibilidade de crédito. “Isso afeta diretamente o mercado nacional, 48% da demanda nacional é atendida com equipamentos importados e com a volatilidade do câmbio. Como em 2010, pode se atrasar investimentos ou mudar prioridades. O câmbio do jeito que está desfavorece.” Para as exportações, o mercado é animador. A previsão da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex- Brasil), que atua em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), é de que as exportações da área de saúde cheguem a US$ 696 milhões em 2011, crescimento de 11% contra 2010. De acordo a gerente de projetos internacionais da Abimo, Paula Portugal, os negócios da Abimo/Apex não sofrem impactos com a situação internacional. “Na crise, as empresas europeias olham mais para o Brasil. As importações no Brasil têm aumentado e as empresas querem vender para o País como alternativa desse mercado estagnado”, explica. O cenário contrário, das exportações, não tem enfrentado grandes mudanças, pois a Europa, segundo a executiva, não é um mercado prioritário. “O Brasil, tradicionalmente, não vende para a Europa e a crise entra como uma oportunidade, pois o produto entra com o custo mais baixo”, calcula, e acrescenta que a relação entre Brasil e Europa tem se dado nesse mercado na oportunidade de parcerias, seja de transferência de tecnologia e conhecimento.

FUTURO HAPVIDA O QUE PRETENDE EM 2012: FAZER IPO OU TER UM FUNDO DE INVETIMENTOS NA PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA DA EMPRESA

ABIMO/ APEX: O QUE PRETENDE EM 2012: ATINGIR US$ 766 MILHÕES EM EXPORTAÇÕES E ATUAR NOS MERCADOS DO MÉXICO, ANGOLA, ARÁBIA SAUDITA, PERU, ÍNDIA, RÚSSIA, ESTADOS UNIDOS E CHILE

FLEURY: O QUE PRETENDE EM 2012: CONTINUAR O CRESCIMENTO ORGÂNICO E VIA AQUISIÇÕES, ALÉM DE FAZER A INTEGRAÇÃO COM O LABS D´OR

BENEFICÊNCIA PORTUGUESA: O QUE PRETENDE EM 2012: CONTINUARÁ A EXECUÇÃO DO PLANO DE INVESTIMENTOS DA EMPRESA DE R$ 160 MILHÕES

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Foto: Ricardo Benichio

luiz Koiti, da beneficência portuguesa, não planeja modificação no plano diretor de obras até 2013

reflexos Quem também vê oportunidades nos desdobramentos da crise internacional é a Hapvida, operadora que atua no norte e nordeste do Brasil. Presente em 11 estados brasileiros, em 2011, a companhia reforçou sua atuação em Salvador, construindo o primeiro hospital na capital baiana, o Tereza de Lisieux, com 80 leitos e investimento de R$ 60 milhões. Apesar da aposta recente, a companhia já tem planos de aumentar o empreendimento com uma nova torre, totalizando 320 leitos. A empresa que se beneficiou da migração de classes sociais no Brasil e atende, sobretudo, a classe C, não vê a situação externa como ameaçadora. “Na minha visão, a crise do euro pode ser positiva para o Brasil. São duas questões que considero interessantes: o formato no Brasil hoje, tanto na idade da população quanto na classe de consumo é um losango. Se analisarmos, a maioria dos brasileiros está entre 28 e 55 de idade, uma população mais produtiva. Além disso, temos as classes B e C, considerando o formato losango, que hoje são as que mais consomem e que, cada vez mais, são responsáveis pelo aumento da migração de D e C para B e C. Então, vejo um momento muito positivo”, explica o superintendente comercial da Hapvida, André Rosas. Se depender de novos usuários, o cenário parece positivo mais para a Hapvida e outras grandes operadoras do segmento do que para o mercado de saúde privada no geral. Isso ocorre devido à con-

centração do segmento. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os usuários aumentaram. Ainda sem dados totais do mercado em 2011, atualmente, a saúde suplementar representa aproximadamente 47 milhões de usuários, sem contar com os planos odontológicos, que somam 16 milhões. Em crescimento, isso representa 2,9% comparando setembro de 2011 com dezembro de 2010. De 2009 para 2010, o crescimento foi de 8, 6%. A má notícia é que as falências, em 2011, somaram 78 empresas até novembro. “A consolidação da saúde suplementar tem ocorrido desde que apareceu a ANS e com algumas empresas maiores e mais bem administradas comprando menores”, comenta a coordenadora do GV Saúde, Ana Maria Malik. A situação europeia também não parece afetar a Beneficência Portuguesa de São Paulo. O hospital continua executando as obras do plano diretor 2009/2013. O planejamento prevê investimento de R$ 160 milhões só na parte física da instituição. O balanço de 2011 ainda não está fechado, mas o superintende geral do hospital, Luiz Koiti, afirma que o ano de 2011 foi bom e 2012 tende a continuar promissor. “Estamos bastante otimistas e prevendo crescimento do faturamento. Não haverá modificação no plano diretor de obras, não temos motivos para reduzir o ritmo”, garante. Entre os aportes está o investimento de R$ 7,2 milhões para reforma e ampliação da Unidade de Terapia Intensiva Neurológica, que agora

“EspEramos o cEnário intErnacional mais Equilibrado ou não tão nEgativo. não EnxErgamos uma dEtErioração fortE, as notícias nEgativas dEvEm sEr mais brandas, atingindo mEnos os ouvidos dos consumidorEs” Alex Agostini, dA Austin RAting oferece 33 leitos da especialidade. No segmento de medicina diagnóstica, a história parece se repetir. Mesmo com o capital aberto, o Fleury não percebeu mudanças nos investimentos, ao menos por enquanto. “Não diminuímos nosso ritmo de crescimento em 2011. Mas, de qualquer maneira, o reflexo da instabilidade lá fora, tanto nos Estados Unidos como no mercado europeu, desperta a nossa atenção e isso vale para toda a macroeconomia brasileira. Mas, até agora, não fomos impactados e isso é muito explicado por conta da estabilidade econômica e controle inflacionário mais sólido, além da indicação de empregos formais que é um indicador

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importante para o nosso setor. O indicador diminuiu um pouco no segundo semestre, mas, ainda assim, houve uma geração de empregos formais, o que é relevante”, analisa o presidente da empresa, Omar Hauache.

Foto: Divulgação

De acordo com Paula Portugal, da Abimo/ Apex, na crise, as empresas europeias olham para o Brasil como alternativa ao mercado estagnado

Previsões Para 2012, Agostini projeta um PIB de 4,2% e um cenário econômico mais tranquilo. “Esperamos o cenário internacional mais equilibrado ou não tão negativo. Não enxergamos uma deterioração forte, as notícias negativas devem ser mais brandas, atingindo menos os ouvidos dos consumidores”, explica. A expansão será puxada pelo mercado interno, pelo consumo das famílias e aumento do crédito. “O setor de saúde tende a ser beneficiado com o aumento de clientes de saúde suplementar e com investimentos, como é um setor que importa muitos equipamentos e máquinas, isso contribui para a movimentação de investimentos”, analisa Agostini. Se depender de más notícias, os ruídos serão menores. Pelo menos é o que aponta o Índice de Expectativas das Famílias de dezembro, do IPEA. O indicador subiu para 67,2 pontos em dezembro de 2011. Em 2010, o número fechou em 64,6 pontos. Tal índice, de acordo com o instituto, reflete os seguintes fatores: melhor expectativa no mercado de trabalho, ampliação da renda associado ao aumento do salário mínimo e previsões de redução das taxas de juros e diminuição do grau de endividamento, ou seja, os entrevistados acreditam que estão com dívidas menores. Fenômeno ocorrido no início da crise global, em 2008 e 2009, quando os ruídos começaram a impactar o emprego, o usuário passou a utilizar mais os serviços de saúde temendo o desemprego. Segundo Ana Maria da GV Saúde, tal acontecimento não tem sido percebido no atual cenário econômico. “Esse foi um fenômeno ocorrido na crise anterior, podendo acontecer agora, caso ocorra redução da economia - e isso demora um pouco para surtir efeito -, e mudança cambial, refletindo na incorporação de tecnologia”. Paula, da Apex, planeja atingir US$ 766 milhões em exportações até o final de 2012. O objetivo é seguir a crescente até alcançar US$ 1 bilhão em 2015. “Vamos fazer um trabalho do setor 2012-2013 com foco nos mercados México, Angola, Arábia Saudita, Peru, Índia, Rússia, Estados Unidos e Chile. Definimos que estes são os mercados alvos, a Europa é para a troca de tecnologia, até porque eles têm fabricantes lá.” Para o Grupo Fleury será um ano de desafios. Após a total aquisição da Labs D´OR, 2012 será o ano de integração dos 57 centros de atendimento, 21 hospitais , 3 mil colaboradores e 500 médicos no Rio de Janeiro. Somando essa nova rede com os hospitais que já contam com os serviços da marca, o modelo de serviço dentro de instituições passa a ser representativo no faturamento da marca, o equivalente a 11% em 2011 e a expectativa é que o modelo de negócio represente entre 15% a 16% em 2012. “Temos um know-how acumulado de vários anos com atuação em hospitais conhecidos. Esse é um negócio que traz rentabilidade”, acredita Hauache. Mas esse ganho sempre vai depender do modelo de contrato com o hospital. Por exemplo, há hospitais onde o acordo engloba

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Foto: Divulgação

andré rosas, da Hapvida: “Na minha visão, a crise do euro pode ser positiva para o Brasil”

imagem e análises clínicas, em outros, é composto por um determinado mix de exames, podendo ser, ainda, composto por exames que atendam só a alta complexidade. “É uma situação ganha – ganha , o core business do hospital, no geral, não é a atividade diagnóstica, e o nosso, é. Então, somos grandes provedores de serviços e, para nós, isso é um volume crescente, pois os hospitais têm expandindo muito e pegamos uma carona nesse crescimento. Dependendo do caso é comparável a uma unidade de rua”, analisa Hauache. Quanto ao crescimento, o executivo garante que a expansão orgânica ainda é responsável por dois terços do negócio. Em 2011, foram 14 mil metros quadrados novos e 30, 8 mil metros quadrados vindos de aquisições, no caso, o Labs D´Or. As incorporações não ficam de fora dos planos da companhia. “O mercado é pulverizado e temos negociações em curso. Miramos novas aquisições,

mas de forma muito seletiva”, diz. Por enquanto, André Rosas, da Hapvida, não fez revisão dos investimentos para 2012. No momento, a empresa trabalha com diferentes consultorias de mercado, estruturando um processo de governança corporativa e mirando, até o final de 2012, em um possível IPO ou na entrada de um fundo. “Entendemos que o mercado é de concentração, existem grandes operadoras de saúde e precisamos ser grandes. Crescemos 22% em 2011, se comparado ao ano anterior, e nosso objetivo para 2012 é avançar entre 20% a 25%. Todo o planejamento estratégico e investimentos estão voltados para isso, de maneira orgânica e até por aquisição.” Rosas não revela o nome das empresas que estão na mira da companhia, mas garante que existem seis em avaliação. lições Apesar das boas expectativas, o início da crise

mundial em 2008 e todas suas consequências nos anos seguintes, inclusive os abalos na zona do euro, ainda estão frescos na memória dos executivos. Hauache, do Fleury, diz que seria imprudente não dar atenção ao cenário externo. “Lembro de 2008, foi preocupante e chegamos a revisar tanto orçamento quanto investimento. Mas, ao longo de 2009, percebemos o contrário, investimos mais do que o previsto. Isso é muito dinâmico, temos que estar atentos para ter uma reação imediata.” Para Agostini, da Austin Rating, o início da crise em 2008 e 2009 deixa a experiência de não apostar todas as fichas no mercado externo. “A primeira coisa é a diversificação, com os olhos mais focados no Brasil, que tem uma economia em constante mudança.” Segundo o economista, o Brasil estando bem cria-se oportunidades aos países da América Latina, principalmente, aos mais estáveis em termos políticos como, por exemplo, a Colômbia.

sua opinião é muito importante // editorialsaude@itmidia.com.br twitter // @saude_web

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Saúde BuSineSS School Os melhOres cOnceitOs e práticas de g e s t ã O , a p l i c a d O s a O s e u h O s p i ta l

módulO 01

Infraestrutura de tI nos HospItaIs 41

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saúde business school

introdução depoiS do SuceSSo doS primeiroS Saúde BuSineSS School, continuamoS com o projeto. eSte ano falaremoS SoBre tecnoloGia da informação em Saúde na busca por auxiliar as instituições hospitalares em sua gestão, trouxemos no terceiro

na organização de seus departamentos de t.i e na interação da

ano do projeto saúde Business school

tecnologia da informação com os stakeholders.

o tema tecnologia da informação em

em cada edição da revista Fh, traremos um capítulo sobre o

saúde. ainda que exista literatura sobre

tema, escrito em parceria com médicos, professores, consultores

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e instituições de ensino, no intuito de reunir o melhor conteúdo

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ambiente de tecnologia hospitalar mais

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o projeto envolve oS SeGuinteS temaS: módulo 1 - infraestrutura de ti nos hospitais módulo 2 - O papel do ciO módulo 3 - governança de ti nos hospitais módulo 4 - erps módulo 5 - segurança dos dados módulo 6 - terceirização módulo7 - prontuário eletrônico módulo 8 - a integração entre engenharia clínica e ti módulo 9 - ris/ pacs módulo 10 - gestão dos indicadores módulo 11 - mobilidade nos hospitais módulo 12 - cloud computing

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infraeStrutura de ti noS hoSpitaiS edSon joSé pacheco e marcoS auGuSto hochuli Shmeil

a tecnologia da Informação e Comunicação (tIC) permitiu, dentre outras revoluções da nossa época, o sequenciamento do dna humano e, mais recentemente, a simulação de efeitos de terapias variadas em um corpo humano ‘virtual’, acelerando e diminuindo os riscos no desenvolvimento destas terapias. outra revolução importante, esta mais silenciosa, tem se dado no registro holístico e sistêmico das evidências de interesse clínico (salem e alfonse, 2008; nytro e sorby, 2009), permitindo que a análise do quadro de um paciente seja realizada de maneira multidisciplinar e multiaxial. neste domínio, quebra-se a armadilha de análise do quadro clínico isolado, na qual as evidências, quando analisadas individualmente, em momentos isolados, sob a luz do conhecimento científico da época, podem induzir a conclusões parciais, dissociadas da realidade “efetivamente” presente, permitindo que mesmo um evento aparentemente isolado possa se tornar preponderante quando do inter-relacionamento com outras observações, realizadas por diferentes profissionais, em diferentes momentos, sob condições clínicas específicas. registrar, portanto, é condição sine qua non para a análise integral do quadro clínico de um paciente. em tese, todo evento, independente da relevância “atual”, pode auxiliar na tomada de decisão “futura”, quando de uma ocorrência médica (Kanou, Jouber e Maury, 1998). Qual é, portanto, o critério que define as boas práticas para a seleção dos eventos que merecem registro? a resposta passa pela definição dos processos de aprendizagem, que conduzem à identificação dos elementos necessários para as pesquisas e tomadas de decisão, em concomitância com as características técnicas da tecnologia adotada. Identificados e enunciados os processos que compõem as boas práticas relacionadas ao registro, deve-se considerar que, cada vez mais, é reconhecido o fato que a complexidade das áreas de assistência à saúde e das ciências biológicas necessitam de um consenso a respeito dos termos e linguagem utilizados em documentos e na comunicação. tal necessidade é impulsionada pelo crescimento exponencial de dados gerados nos contextos da assistência ao paciente e das pesquisas biológicas que, segundo pestonik (2000), crescem a uma taxa anual de 7%, e “a base de dados tende a dobrar, pelo menos, a cada 10 anos”. Mesmo quando disponível, os dados clínicos não “podem ser completamente explorados em termos de integração, recuperação ou interoperabilidade, porque os sistemas básicos de terminologia e classificação (frequentemente classificados sob o tópico “terminologia biomédica” – conforme descrito na tabela 1) são inadequados de diversas formas” (schulz, stenzhorn, et al., 2009). sua heterogeneidade reflete os diferentes propósitos e comunidades – incluindo aquelas à parte da tecnologia da informação – e cria um grave obstáculo à interoperabilidade e a agregação consistentes de dados, conforme exigidos pela pesquisa biomédica e pela assistência à saúde, bem como para o uso destas informações para o apoio a tomada de decisão (tretiakov, Hunter, et al., 2006).

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Tabela 1 - ¾ InsTâncIas de TermInologIas clínIcas terMInoLogIa

propósIto

CId-9/CId-10 (WHo, 2009)

Classificação de doenças, estatísticas de saúde, faturamento hospitalar

dicionário de Medicamentos da oMs (uMC, 2009) atC (WHoCC, 2009) rxnorm (nLM, 2009) BrasIndICe (BrasIndICe, 2009)

Classificação de medicamentos Comunicação inter-laboratorial

LoInC (LoInC, 2009) dICoM (MIta, 2009)

descrições de imagens médicas e processos de diagnóstico por imagem

MesH(nytro e sorby, 2009)

Indexação da literatura médica

snoMed Ct (IHtsdo, 2009)

documentação e codificação clínica

aMB (aBraLapaC, 2009) CBHpM (aBraLapaC, 2009)

Classificação de exames e procedimentos

tuep – sus (sus, 2009)

Considerando a complexidade do atendimento clínico, contextualizado frente aos diferentes (e complementares) propósitos da observação e registro (com sua especificidade terminológica), deve-se considerar a necessidade do uso de diferentes sistemas especialistas (“expert systems”), considerando a interação de forma distribuída, segura e sob uma infraestrutura que possibilite a livre mobilidade. nesta dimensão deve-se, inicialmente, considerar a necessidade do registro de eventos clínicos identificados por equipamentos de monitoramento, apoio e diagnóstico. a interoperabilidade neste cenário caracterizado por diferentes fornecedores e padrões é chave fundamental de sucesso, demandando a caracterização de padrões para a troca, integração, compartilhamento e recuperação de informação, como o HL7 <www.hl7brazil.org> acesso em 30 de dezembro de 2011. Como estrutura de comunicação, as redes de comunicação, em especial na vertente wireless, tornam-se o sistema nervoso dos sistemas de Informação Hospitalar (Wired network security: Hospital Best practices Jody Barnes). Com o registro em tempo real, sendo este caracterizado por um agente humano ou não, permite a elaboração e uma rede inteligente de suporte e tomada de decisão, que monitore o paciente, os elementos que caracterizam uma terapêutica ou, até, proponha, de forma supervisada, a atuação em cenários específicos. neste cenário, a tecnologia passa a ser parte central da prática clínica, demandando investimentos em formação e, especialmente, na constituição de um ambiente tecnológico que prime pela segurança e redundância de artefatos computacionais, sempre na busca da máxima qualidade e completa disponibilidade dos serviços fundamentais para o bom atendimento ao paciente e suporte ao clínico. Constituído o ambiente no qual a tecnologia é parte integrante, es-

tratégica e diferencial de sucesso na prática hospitalar; o próximo desafio natural da tIC é apoiar os processos de redução de custo e busca incessante pela qualidade no atendimento clínico. neste sentido, a sistematização computacional de protocolos clínicos, nas suas mais diferentes vertentes, suportados sob as técnicas da Inteligência artificial e processamento de Linguagem natural, permitem diferencial estratégico aos profissionais e entidades que trilham este caminho. tIC, nomeadamente o da Infraestrutura, como suporte a dinâmica e aos registros das ações no enquadramento da saúde, sejam essas ações operacionais ou de suporte a decisão. para efeito de enquadramento, entende-se a Infraestrutura de tIC, em Hospitais, como sendo a composição de Competências Humanas e das tecnologias e Metodologias baseadas em recursos Computacionais, a qual contribui no exercício das atividades operacionais e estratégicas, buscando obter eficiência, eficácia e competitividade na área de aplicação. nomeadamente quer-se a aderência, da Infraestrutura, aos requisitos do negócio, a conectividade e a disponibilidade dos elementos que a compõem. Com uma abordagem não exaustiva (granulometria não fina), porém não menos completa, uma infraestrutura de tIC, voltada para ambientes Hospitalares, pode ser estruturada em três grandes grupos aqui denominados de “Capacidades”. teremos então os grupos que atendem as Capacidades de processar (transformar dados, imagens e sons, atuar em artefatos que operam mudanças de estados, sensores e atuadores), a de armazenar (persistir, manter e recuperar dados imagens e sons) e a de Comunicar (transportar de um ponto ao outro o processado e o armazenado). Quando então, colocam-se os dois domínios de abordagem, saúde

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e tecnologia da Informação e Comunicação, na vertente Infraestrutura, indagase: “qual Infraestrutura deve ser utilizada, em qual quantidade e em qual topologia (forma, arquitetura) a mesma deve ser disponibilizada?”. para responder minimamente a estas questões, deve-se recorrer aos conceitos e requisitos enunciados pelo negócio. esses conceitos e requisitos podem ser classificados em globais (aqueles preconizados por uma sociedade inserida no domínio da saúde) e em particulares-específicos (aqueles diferenciadores desejados pelo planejamento operacional e estratégico do negócio). Cabe complementar, que na adoção de elementos de Infraestrutura, a ausência de um acompanhamento frente às evoluções do mercado de mesmo fim, poderá apresentar, ao longo do tempo, resultados no sentido oposto aos benefícios esperados: tecnologia desatualizada; gestão da tecnologia pouco efetiva; legislação não atendida; demandas de crescimento ou de evoluções de negócios em quantidade e velocidade maiores do que podem ser supridas; requisitos de certificações nacionais ou Internacionais; custos elevados; impossibilidade de integração com instituições externas.

conceitoS e requiSitoS GloBaiS i. o fluxo contínuo, integrado e paralelo e a distribuição dos processos transformadores de dados, imagens e sons, em pontos geograficamente distintos, bem como a necessidade de trabalho humano ou não, em grupo, introduzem a necessidade de uma rede (Capacidade de Comunicação seja cabeada ou “wireless”) de Computadores (Capacidade de processamento), de telefonia e de reprografia (ambas se apresentam como Capacidades de Comunicação). dependendo dos requisitos (ex. tempo de disponibilidade, premência da operação em termos de ser vital ou não, etc) estabelecidos pelo negócio, os componentes da rede (Capacidade de Comunicação) de Computadores (Capacidade de processamento), um plano de contingência, seja por reposição ou por duplicidade de recursos (“site backup”) ou mesmo por desvio de rotas (caminhos e locais alternativos), deve estar instanciado. seja na existência de uma rede de Computadores ou Computadores na modalidade ‘Stand Alone’ (estações de trabalho isoladas), a Capacidade de Armazenamento estará sempre presente. para o armazenamento deverá estar previsto o crescimento vegetativo do negócio, o atendimento, a velocidade requerida de acesso e de transmissão e um plano de recuperação. este plano de recuperação, deve proporcionar o restabelecimento de uma transação (uma ou várias sessões de interação com o computador), a(s) qual(is) tornou(aram)-se incompleta(s). nestes casos a existência de “Logs” se faz necessária, bem como a de processos de “recovery e restart”. a possibilidade de dano (indisponibilidade) em um respectivo dispositivo de armazenamento poderá ocorrer. para este cenário, cópias “backups” de dados, imagens e sons e seus respectivos “restores” devem estar operantes. ressalta-se a atenção para a “linha cronológica de corte” destes “backups”, pois sejam transações “online” e em tempo real (“real time”) ou processos puramente “batch - processamento em lote”, os dados, imagens e sons, a serem recuperados, se encontram em modelos integrados-associados, os quais são compartilhados com outros sistemas de Informação que não apenas os do domínio da saúde (ex. médico l em um procedimento – tarefa fim – e o mesmo, como colaborador – tarefa meio – área de recursos Humanos). ii. a manutenção da vida baseada na recuperação da saúde estabelece um conjunto de necessidades de infraestrutura, a qual suporta direta ou indiretamente a recuperação e o bem-estar do paciente. em paralelo, a dimensão administração (planejamento, coordenação e controle – tarefas meio –) vem também suplementar tais necessidades.

Podemos identificar tal conjunto como contentor das necessidades de: tempo de resposta dos sistemas de Informação, integração intra e inter sistemas de Informação esta integração ocorre na existência (armazenamento) de dados, imagens e sons não redundantes sobre um mesmo fenômeno, bem como a utilização quando requer o mesmo dado, imagem e som, para as práticas, ações e decisões pertencentes a processos diferentes, clínicos ou administrativos (ex. dados sobre medicamentos e dosagens vistos como elementos de uma prescrição médica e como elementos de faturamento), equipamentos de auxílio à prática da clínica (automação clínica), disponibilidade de acesso ao conhecimento (“internet”), aspectos ambientais como a climatização para pacientes, acompanhantes e visitantes bem como para componentes eletrônicos, proporcionam o conforto hoteleiro e atenuam os cenários não desejados, controle de acesso lógico (perfis e senhas de acesso a rede de computadores, etc) e físico (pulseiras identificadoras, crachás, etc), e redundância de componentes computacionais ou de suporte aos mesmos (monitores, computadores, “switches”, “nobreaks”, geradores de energia, sensores e atuadores, etc) na busca de garantir a continuidade das operações, diminuindo a indisponibilidade dos recursos que auxiliam nas interações clínica-paciente.

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conceitoS e requiSitoS particulareS-eSpecíficoS seja no domínio da clínica ou no domínio administrativo e baseados nos planejamentos estratégico e operacional das organizações de saúde, o emprego de tIC como elemento diferenciador e apoiador da eficácia e da competividade na concretização das operações em saúde, ocorre. Pode-se aPonTar: o uso de dispositivos móveis como “tablets, smart phones, ...” (vinculados as Capacidades de processamento, armazenamento e de Comunicação), no atendimento ao requisito mobilidade. pode-se citar como exemplo a elaboração de uma prescrição médico-assistencial e o próprio processo de dispensação de medicamentos ou de terapias específicas, monitores “touch screen” para utilização em prontos socorros onde a agilidade e os aspectos ligados a contaminação na operação, são tidos como necessários, identificação biométrica, a qual reforça o aspecto segurança, evitando que uma senha de acesso possa ser utilizada por outros que não o próprio detentor do código, transmissão de conhecimento por meio de videoconferência, possibilitando que profissionais ou futuros profissionais possam usufruir de um momento em experimentação,vídeo monitoramento. a captura de imagens em tempo real e o monitoramento constante de áreas críticas, podem proporcionar ações mais efetivas, certificações digitais, as quais permitem diminuir a utilização de documentos impressos em papel “hard copy”, contribuindo para uma sociedade solidária ao meio ambiente e a uma tIC-Verde (área da tIC, a qual associa a sustentabilidade a utilização dos recursos computacionais buscando a redução do consumo de eletricidade, matéria-prima •Papéis, Toners, ... ).

concluSão Para que toda a complexidade, característica da intersecção das duas áreas em epígrafe • Saúde e TIC • possa ser gerenciada, seja quanto aos seus componentes, ações e interações, há que existir o pleno exercício de uma “governança de tIC”. “governança de tIC é o conjunto de práticas e padrões (BsC, pMBok, Cobit, ItIL, CMMI e Iso 17.799), relacionamentos estruturados, assumidos por executivos, gestores, técnicos e usuários de tI de uma organização, com a finalidade de garantir controles efetivos, ampliar os processos de segurança, minimizar os riscos, ampliar o desempenho, otimizar a aplicação de recursos, reduzir os custos, suportar as melhores decisões e consequentemente alinhar a tIC aos negócios.” <http://www.profissionaisti.com.br/2009/03/o-que-egovernanca-de-ti/> acesso em: 30 de dezembro de 2011.

referênciaS BiBlioGráficaS: Barnes, Jody. running head: Wired network security: hospital Best practices. east carolina university, 2011. ebook disponível em http://www.infosecwriters.com/text_resources/pdf/Wired_security_JBarnes.pdf Kanou, h., Jouber, m., & maury, g. towards a Knowledge-based multimedia electronic patient record. electronic patient records in medical practice, p. 288-291, 1998. Kodratoff, Y. machine learning: an artificial intelligence approach. san Francisco, usa: morgan Kaufmann publishers inc, v. 1, 1990. minsky, m. the society of mind simon and schuster. new York, 1986. nytro, O., sorby, i. d. Query-based requirements engineering for health care information systems: examples and prospects. international conference on software engineering, p. 62-72, 2009. pestotnik, s. medical informatics: meeting the information challenges of a changing health care system. Journal of informed pharmacotherapy, v. 2, p. 1-3, 2000. salem, a., alfonse, m. Ontology versus semantic networks for medical knowledge representation. recent advances in computer engineering, p. 769-774, 2008. schulz, s., stenzhorn, h., Boeker, m., smith, B. Vantagens e limitações das Ontologias Formais. revista eletrônica de comunicação, informação e inovação em saúde (reciis), v. 12, p. 15 – 22, 2009. severino, a. síntese do conhecimento. aec 31, p. 9-30, 2002. tretiakov, a., hunter, i., Whidett, d., sutinen, e. coding of medical records via restrictive semantic topic tracking. health care and informatics review, p. 101-108, 2006.

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caSo de SuceSSo uSo de tecnoloGia começa pelo papel para supOrtar O usO de QualQuer tipO de tecnOlOgia e eVitar gargalOs cOmO a sOBrecarga de seus serVidOres, a inFraestrutura de ti dO hOspital marcelinO champagnat cOmeçOu JuntO cOm as primeiras linhas da planta da instituiçãO Guilherme Batimarchi – gbatimarchi@itmidia.com.br pensar na infraestrutura de ti em um hospital é fundamental para o bom desempenho de dispositivos e sistemas aplicados na prática assistencial e administrativa da instituição. para isso, engenheiros e profissionais de ti devem planejar cada detalhe da infraestrutura necessário para abrigar, tanto equipamentos de diagnóstico por imagem digitais, quanto estações de trabalho, rede e o espaço para alojar os servidores do hospital. para que a infraestrutura de ti do hospital marcelino champagnat, inaugurado em novembro de 2011, em curitiba (pr), fosse planejada para contemplar todo o serviço de rede de dados, equipamentos de diagnóstico por imagem, acesso, estações de trabalho, prontuário eletrônico e outros elementos, foi formada uma comissão com engenheiros e profissionais de ti. “nesta comissão, os engenheiros foram responsáveis pelo projeto de cabeamento de rede da instituição, na parte de dados e elétrica, enquanto a equipe de ti implementou as tecnologias após o término das obras”, afirma o diretor de ti do hospital marcelino champagnat, marcos shmeil. de acordo com o executivo, a infraestrutura do hospital está dividia em três partes: capacidade de comunicação, armazenagem e processamento. “do ponto de vista de comunicação, contamos com uma rede de fibra ótica com 10 gb de capacidade, que conecta o hospital ao cpd, localizado fora do marcelino champagnat”. em relação ao armazenamento de dados, a instituição conta com um storage, que é espelhado em outro local e realiza back-ups periódicos (diário, semanal, mensal e anual) para evitar qualquer comprometimento de segurança. “na área de processamento de dados, contamos com cinco servidores em cluster, que são agrupados e fazem uma distribuição de carga conforme seu uso e também estão localizados fisicamente no hospital”, completa shmeil. no entanto, nem tudo é um mar de rosas. O executivo explica que, por se tratar de uma nova instituição de saúde, a ti do hospital ainda passa por ajustes técnicos na personalização e parametrização dos dispositivos para que seja possível usufruir de toda a infraestrutura planejada para o hospital. “planejamos a expansão de nossos servidores para mais duas unidades, assim aumentaremos a capacidade global de processamento”. O projeto foi idealizado para suportar qualquer tipo de tecnologia. atualmente é na instituição que está baseada toda a rede de ris/pacs, responsável pela transmissão e armazenagem de imagens diagnósticas digitais, um backbone em fibra ótica para transmissão de dados, uma rede wireless para uso administrativo e de pacientes e cerca de 200 estações de trabalho.

SoBre o autor autoreS

edson josé pacheco é engenheiro de computação, doutor em engenharia biomédica pela utFpr. professor da pontifícia universidade católica do paraná e gerente da área de sistemas de informação, da associação paranaense de cultura (apc), mantenedora da pucpr, dos hospitais hmc, huc, hscmc, hnsl, hmam, uniica, saúde ideal e do grupo lumen. contato: edson.pacheco@pucpr.br marcos augusto hochuli Shmeil é formado em matemática, administração e em ciências, pós-graduado em educação e doutor em engenharia eletrotécnica e de computadores pela universidade do porto-pt. professor da pontifícia universidade católica do paraná e diretor de tecnologia da associação paranaense de cultura (apc), mantenedora da pucpr, dos hospitais hmc, huc, hscmc, hnsl, hmam, da uniica, do saúde ideal e do grupo lumen. contato: m.shmeil@pucpr.br

empreSa

apc – associação paranaense de cultura, pucpr – pontifícia universidade católica do paraná, hospital marcelino champagnat, hospital universitário cajuru, hospital santa casa de misericórdia de curitiba, hospital nossa senhora da luz, hospital maternidade alto maracanã, unidade intermediária de crise e apoio à Vida (uniica), plano de saúde ideal e grupo lumem de comunicação portal: http://www.pucpr.br

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ESPAÇO JURÍDICO

O PAPEL DO SETOR SAÚDE DE BRASILEIRO

NO MERCADO GLOBAL

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RODRIGO ALBERTO CORREIA DA SILVA Sócio fundador da Correia da Silva Advogados, mestre pela PUC/SP, professor de Direito Comercial e Processual Civil na Universidade Paulista e autor de livros, entre eles Regulamentação Econômica da Saúde

desenvolvimento do Brasil nos últimos anos gerou ção de tecnologia, pagamento, reembolso e igualdade oportunidades e desafios no sistema de saúde. material entre os competidores. Isso ocorreu devido ao crescimento da população Por outro lado, maior competitividade em um mercado e o aumento crescente do acesso ao sistema público de aberto, igualitário e dinâmico é simultaneamente um saúde, previsto na Constituição de 1988. Agora, o desafio vetor e um incentivo para a oferta de produtos eficientes nacional e mundial é ofertar as tecnologias mais eficazes e eficazes, que ao disputarem a preferência dos comprapara prevenir, diagnosticar e tratar as moléstias. dores públicos e privados, não só se aperfeiçoam em um A oportunidade é a industrialização lastreada no mer- processo de seleção natural como se esforçarão continucado interno e a crescente globalização da nossa econo- amente para fornecer as melhores condições e menores mia, exceto pelo agronegócio e o setor de commodities preços ampliando o acesso da população e melhorando minerais baseados fortemente em ativos físicos locais. a aplicação do orçamento público e dos recursos dos A industrialização dos demais setores tem sofrido com usuários geridos pelas operadoras de planos de saúde. o chamado custo Brasil (juros altos, impostos altos e A lógica vigente é a de que o desenvolvimento incomplexos, custos trabalhistas, custos logísticos, câmbio, dustrial-local concorre com importações de produtos e, etc...) e o setor saúde não é exceção. portanto, os esforços públicos e privados são voltados Partindo de uma análise deste ambiente, e em busca para a substituição de importações criando incentivos do melhor retorno para os esforços públicos e privados, opostos à verdadeira inovação. chegamos à conclusão de que o No setor saúde ocorre justamente caminho mais recomendável é o contrário, a importação não só a busca pela inovação, que crie traz concorrentes que estimulam O BRASIL EFETIVAMENTE TEM AS produtos com vantagens compea competitividade das indústrias CONDIÇÕES DE TRILHAR O CAMINHO DE titivas e valor agregado suficiente locais como permite que a popupara pagar o custo Brasil e gerar OUTROS PAÍSES QUE INDUZEM À CRIAÇÃO lação tenha acesso a produtos que DE UMA INDÚSTRIA DE CLASSE MUNDIAL lucros que possam lastrear reinprotegem e restauram a saúde. vestimentos. Na mesma linha, os pesquisaALAVANCADA EM SEU SISTEMA DE SAÚDE Tratamos, portanto, da inovação dores e empreendedores locais real, da criação de algo inexistente no mercado na forma também tem acesso a tecnologias atuais elevando e dicriada, algo que contribua com soluções novas para as recionando seu poder criativo para o desenvolvimento demandas mundiais por acesso à saúde. Não de cópias de produtos inovadores aptos a competir em mercados ou da chamada substituição de importação, que é ca- internacionais. minho viável apenas para países com baixos custos de O Brasil efetivamente tem as condições de trilhar o produção como é o caso chinês, por exemplo, ou com caminho de outros países que bem atendem sua porecursos naturais imprescindíveis e escassos como é o pulação e, ao mesmo tempo, induz a criação de uma nosso caso com o agronegócio e as commodities minerais. indústria de classe mundial alavancada em seu sistema A inovação como processo criativo pode ser estimu- de saúde, seus médicos e serviços de saúde de altíssimo lada, porém não dirigida, já que é um processo caótico gabarito, academia forte e organizada e base industrial marcado pelo empreendedorismo na sociedade do conhe- que já atende requisitos regulatórios rigorosos. cimento de modo que ao Estado cabe criar a segurança, Para aproveitar estas vantagens, é preciso apenas abanestrutura e os incentivos adequados para que ela ocorra. donar os modelos protecionistas de soma zero e partir para No setor saúde, os pressupostos de um ambiente ami- um modelo que apoie a sinergia entre fabricantes locais gável à inovação são: segurança institucional, clareza e internacionais. Tal sinergia é desenvolvida em um amregulatória, eficiência burocrática, proteção à propriedade biente de negócios favorável como já ocorreu nos setores intelectual, estabilidade dos mecanismos de incorpora- de Tecnologia da Informação e Automobilístico.

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evar mais transparência aos repasses financeiros realizados pela União aos estados e municípios de todo o País. Esta é uma das propostas do serviço disponibilizado desde novembro de 2011 pelo Ministério da Saúde em sua página na internet. O Portal Saúde com Mais Transparência, como é chamado, é uma iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU), que permite ao cidadão acompanhar como é gasto o dinheiro da saúde pública por bloco de financiamento - atenção básica, assistência farmacêutica, gestão do SUS, média e alta complexidade, vigilância em saúde e investimento – desde 2005, mês a mês, além de possibilitar o download das informações em planilhas. De acordo com o diretor - executivo do Fundo Nacional de Saúde, Antonio Carlos de Oliveira, em abril de 2011, foi montado um grupo de trabalho que reuniu os dois órgãos para montar um portal que pudesse oferecer, de forma clara e acessível, informações sobre repasses para a saúde. “Nossa intenção foi fazer com que a sociedade tivesse conhecimento de forma rápida e precisa sobre como estão sendo repassados os recursos para a saúde nos municípios. Dessa forma o cidadão terá uma ferramenta para cobrar o poder público sobre a forma que o dinheiro está sendo aplicado.” Para que os dados estejam sempre atualizados, os gestores públicos serão responsáveis por publicar, periodicamente, as informações exigidas pelo ministério no sistema, além da situação das metas estabelecidas para a saúde e do relatório anual de gestão, aprovado pelos respectivos con-

selhos de saúde. “Ainda no primeiro semestre deste ano, o serviço trará, também, um extrato detalhado sobre a execução financeira dos recursos, tornando público os pagamentos efetuados aos fornecedores ou prestador de serviços”, complementa Oliveira. Os dados serão divulgados graças a acordos já firmados entre organizações financeiras como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. Outra vantagem oferecida pelo serviço beneficia diretamente gestores de unidades de saúde que dependem diretamente dos recursos provenientes do SUS . Agora eles terão acesso às datas e números das contas onde foram creditados os valores repassados do Ministério da Saúde para o município. Para o diretor técnico da consultoria Planisa, Sérgio Lopez Bento, a iniciativa do Ministério da Saúde é positiva e está de acordo com o clamor da sociedade pelo aumento da transparência por parte do poder público, além de auxiliar gestores de hospitais e melhorar a fiscalização sobre os repasses. No entanto, o executivo faz um alerta para que a eficiência do serviço seja mantida. “Para que este serviço seja eficiente e possa contribuir com o monitoramento da transferência de recursos é necessário que os dados sejam constantemente atualizados. De nada adianta acompanhar informações ultrapassadas.” Bento diz ainda que a divulgação do serviço, não pode ser tímida e deve atingir o cidadão, fazendo com que ele interaja e aproveite as informações técnicas disponíveis no portal. “Como o nosso sistema de saúde ainda é muito pobre em termos de dados esta iniciativa, sem dúvida, é muito positiva para enriquecer o setor com informações”, finaliza.

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ACESSE: WWW.TRANSPARENCIA.SAUDE.GOV.BR E VEJA INFORMAÇÕES: • REPASSES FINANCEIROS: ATENÇÃO BÁSICA MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA GESTÃO SUS INVESTIMENTOS VIGILÂNCIA EM SAÚDE • SALA DE SITUAÇÃO: UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EQUIPES DE SAÚDE BUCAL FARMÁCIAS CONVENIADAS • LEGISLAÇÃO E PORTARIAS • INSTRUMENTOS NORMATIVOS

“NOSSA INTENÇÃO FOI FAZER COM QUE A SOCIEDADE TIVESSE CONHECIMENTO DE FORMA RÁPIDA E PRECISA SOBRE COMO ESTÃO SENDO REPASSADOS OS RECURSOS DA SAÚDE PARA OS MUNICÍPIOS” ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA, DO FUNDO NACIONAL DE SAÚDE

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GESTÃO

O QUE ESPERAR

DE 2012?

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GENÉSIO KORBES Sócio-diretor da Korbes Consulting Diretor-associado da NP Consulting

próximo ano será bastante diferente dos últimos. em saúde, que sem dúvida provocará grandes e longas Não porque tenhamos planejado assim, mas discussões sobre ética, correção e comportamentos. No por fatores econômicos que até hoje não foram final, contudo, prevalecerá a tese de que negócios em valorizados devidamente e não constavam em nossas saúde configuram uma situação absolutamente normal agendas, como empresários e profissionais ligados à e natural. Ao mesmo tempo, não será mais tolerado que área da saúde. as instituições recebam novas fontes de financiamento, Refiro-me especificamente à figura do investidor, que com o objetivo de multiplicação dos capitais, e continuem no Brasil ainda é mero coadjuvante, mas que passará a gerenciando seus negócios de forma amadora, como atuar como um dos protagonistas neste rico País com acontece hoje na maioria das instituições. seus quase 200 milhões de consumidores e repleto de Estamos preparados para estas mudanças? instituições de saúde à espera de uma injeção de reNão. Teremos um caminho duro a percorrer. Com cursos. A entrada deste novo player contribuirá para muitos desvios, atalhos e adaptações. fortalecer e modificar as regras que valiam até hoje. A sociedade aceitará as mudanças? Estará prepaEste ator já fez seus primeiros ensaios há cerca de 15 rada para um novo cenário, com crescimento vertianos e não obteve êxito, por diversas razões – uma das ginoso da saúde suplementar, que hoje responde por mais importantes era fraqueza da 25% da assistência à população nossa economia na época, a falta de brasileira e aplica em recursos o solidez e a ausência de uma cultura equivalente a 50% por cento do UMA VEZ EM CARTAZ AS NOVAS REGRAS corporativa na maioria dos serviorçamento do SUS? DESSE JOGO, O BRASIL SERÁ A BOLA DA ços de saúde. Porém, agora, com a A mudança será extremamente economia mais sólida e controles VEZ PARA O INGRESSO DE INVESTIMENTOS benéfica para a população, que conNA CADEIA PRODUTIVA DA SAÚDE monetários ajustados, o investidor tará com mais opções de escolha e está de volta e com toda certeza com substancial melhora da resoassumirá um papel importante neste filme. lutividade em virtude da competição que se instalará, e Desde 2008, observamos “ensaios”, acontecimentos que inevitavelmente melhorará o nível de atendimento interessantes e importantes: operadoras se fundindo, em toda a cadeia. Ainda não inventaram nada mais poredes de hospitais se solidificando e hospitais de exce- deroso que a concorrência! lência se expandindo regional e nacionalmente. Estes são Nos próximos anos vivenciaremos profundas transmovimentos que crescerão com intensidade a partir de formações na forma de condução das instituições de 2012. As alterações na legislação no sentido de permitir saúde, consequência direta da entrada desses recursos a entrada de capital estrangeiro para aplicação na saú- estrangeiros, que exigirão dos dirigentes métodos de de serão a alavanca que os investidores esperam para gestão profissionais, com ganhos sociais, econômicos migrar com seus capitais e firmá-los em solo seguro. e ambientais. É a luz verde que o mercado internacional está aguarCertamente as certificações serão ainda mais valoridando e que, para muitas pessoas, já está costurada no zadas e nos próximos anos terão um papel importante Congresso Nacional. para a gestão dessas instituições. Isso tudo favorecerá o Uma vez em cartaz as novas regras desse jogo, o Bra- turismo da saúde, outro nicho de mercado que se abrirá. sil será a bola da vez para o ingresso de investimentos Portanto, recebamos o Ano Novo com esperanmaciços na cadeia produtiva da saúde. ças redobradas, mas também nos preparando para Certamente, com a entrada de investidores na área, mu- tempos diferentes. danças acontecerão, a começar pelo conceito de negócio Feliz 2012!

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operadora

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engano Mariana Costa • editorialsaude@itmidia.com.br

Especialistas dão dicas para prevenir fraudes em operadoras de planos de saúde e indicam o que deve ser feito quando a empresa é a vítima

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estores de diferentes empresas se esforçam para equilibrar gastos e aumentar os lucros, na tentativa de manter um balanço financeiro saudável. Apesar disso, precisam lidar com o fato de que uma grande fatia deste bolo é abocanhada por fraudes que ocorrem interna e externamente. De acordo com estimativas da Associação Brasileira das Empresas de Medicina de Grupo, aproximadamente 20% das despesas de atendimento em operadoras de planos de saúde são representadas por fraudes. Segundo o presidente da Abramge, Arlindo de Almeida, as principais fraudes se encaixam em duas modalidades. Existem aquelas cometidas na rede credenciada como pedidos de exames excessivos e desnecessários, retornos cobrados como novas consultas, serviços com códigos diferentes do procedimento efetuado, internação por tempo excessivo e internação em UTI desnecessária. Nessa categoria, Almeida encaixa ainda o caso de materiais de alto custo superfaturados e medicamentos genéricos cobrados como medicamentos de marca. Há também, segundo o executivo, a modalidade das fraudes cometidas pelos pacientes, como quando há fal-

sidade nas informações na entrevista médica qualificada ao contratar o plano, ou mesmo quando o paciente fornece sua credencial para outra pessoa que não pertence ao convênio. Em relação a este último tipo de fraude, estimativas da Abramge apontam para uma redução de 3,5% no custo dos planos de saúde ao serem adotadas medidas para inibir essa prática, como os sistemas de identificação biométrica. Além de ferramentas como esta, Almeida sugere outras estratégias para prevenir fraudes corporativas. Ele realça a importância de auditorias com visitas aos pacientes internados e auditorias nas contas para internados e não internados. É preciso, também, convencer os consumidores a adotar uma postura ética: “Com a divulgação sobre

o fato de que a fraude se constitui um crime e pode ser causa de rescisão de contrato, além de processo criminal para o autor”, explica. Em se tratando de fraudes, cada situação deve ser enfrentada de forma particular e apropriada, como aconselha Lorenzo Parodi, consultor e CEO da empresa Deall Riscos e Inteligência. “Não há uma regra geral que sirva para tudo. Nos casos relativos a clientes, há medidas mais estritas de identificação, sobretudo, através do uso de biometria. Já na situação dos fornecedores, há uma série de medidas de controle, auditoria, monitoramento e comparação que permitem identificar situações anômalas que mereçam uma investigação mais profunda. Nos casos de fraudes internas também pode ser aplicada metodologia pare-

dicas InIbIndo Fraudes • IdentIfIcação bIométrIca • audItorIa para Internados e não Internados • monItoramento constante • ações de conscIentIzação do consumIdor • treInamento de funcIonárIos (valores étIcos) • comunIcação Interna estruturada

Instalada a Fraude • prospecção de tecnologIas da Informação de acordo com o caso • acompanhamento profIssIonal nas esferas: operacIonal, jurídIca, trabalhIsta e admInIstratIva

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cida, só que com alcance diferente das que podem ser implantadas junto a fornecedores”, diz. A empresa de Parodi lida diretamente com essas fraudes, seja na prevenção ou na recuperação de perdas. De toda forma, o gestor enfatiza que o ideal é sempre tomar medidas cabíveis antes que seja registrada a ocorrência de fraudes. “Isso reduz muito as perdas potencias, além de ser um procedimento bem mais barato do que ações em situação de crise.” Entre essas medidas preventivas, ele inclui um treinamento, junto aos funcionários, que evidencie as razões pelas quais é importante manter um comportamento ético, além de se observar o comportamento dos colegas, evitando possíveis desvios. Nesse sentido, estabelecer canais de comunicação com os colaboradores tem papel crucial. “A comunicação interna é muito importante em vários níveis. Tanto na divulgação das diretrizes e políticas, quanto na consciência do controle e monitoramente constante quanto, por fim, na certeza da punição”, conta Parodi. É importante lembrar, ainda, que ferramentas de Tecnologia da Informação desempenham importante função na análise e prevenção de fraudes corporativas. O consultor ressalta que existem ferramentas com funções diferentes, cobrindo diferentes áreas. “Cada caso merece uma análise para identificar as soluções mais apropriadas e que sejam implementáveis sem causar graves transtornos à operação.”

arlindo de almeida, da abramge, ressalta importância de auditoria nas contas

Quando é preciso remediar Investir em prevenção é de suma importância, mas como agir quando apenas prevenir não é suficiente? O consultor Lorenzo Parodi ressalta que um dos momentos mais delicados é quando a empresa percebe que é vítima de fraudes. “Na realidade, é provavelmente uma das horas em que a empresa mais precisa de acompanhamento profissional. Tanto na esfera operacional - o que fazer, como apurar e como reagir - quanto em outras esferas, como jurídica, trabalhista e administrativa.” Por isso, Parodi aconselha os gestores a não fazer nada até conseguir suporte externo competente. “Ações conduzidas de forma precipitada podem trazer graves prejuízos e inibir as chances de êxito de futuras medidas.” Nessa linha, Arlindo de Almeida, presidente da Abramge, afirma também que é preciso acionar como órgão regulador a Agência Nacional de Saúde Suplementar.Para Parodi, os gastos com irregularidades - 20% média da Abramge - correspondem às irregularidades detectadas, que muitas vezes são apenas uma fração das existentes. “Minha opinião pessoal é que a realidade geral das fraudes em planos de saúde seja muito mais grave.” sua opinião é muito importante // editorialsaude@itmidia.com.br twitter // @saude_web

Foto: Divulgação

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Saúde

Com um CresCimento demográfiCo equivalente a 8% da população de todo o estado, governo de rondônia Cria Hospital de urgênCia e emergênCia, em porto velHo, para atender a demanda e iniCiar a Cura na saúde públiCa do estado

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randes obras como as usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, além das eclusas que estão sendo construídas na região de Porto Velho, capital de Rondônia, têm atraído não só investimentos, mas milhares de trabalhadores em busca de novas oportunidades. No entanto, a explosão demográfica causada pela enxurrada de profissionais e suas famílias tem sobrecarregado o sistema público de saúde na capital do estado, já considerado de má qualidade. CRESCIMENTO DE O sistema de saúde de Porto Velho é composto por cerca de 400 instituições de saúde, entre públicas e privadas, das quais 92 estão sob administração pública, 302 privadas e o restante dividido entre fundações e entidades beneficentes. em três anos Segundo Secretário adjunto de Saúde do Estado de Rondônia, José Batista 369 mil da Silva, nos últimos dois anos, o estado recebeu cerca de 120 mil novos habitantes – grande parte na capital, Porto Velho que, segundo censo rea428 mil lizado pelo IBGE em 2010, tem 428 mil habitantes . “Um exemplo disso é 2007 nosso atual Hospital de Urgência e Emergência, na capital, que possui 150 2010 leitos e tem em média 280 pacientes internados, o que leva quase metade Fonte: IBGE deles a ficarem em locais improvisados e até no chão da unidade. Esse foi o principal motivo pelo qual decidimos expandir os serviços de saúde”, justifica Batista. Com hospitais superlotados e um sistema de saúde considerado arcaico pelo próprio governo, o Estado de Rondônia decidiu expandir sua rede assistencial e criou um novo Hospital de Urgência e Emergência, em Porto Velho. A instituição será apoiada por duas novas Unidades de Pronto-Atendimento (UPA), que irão referenciar toda a demanda para o hospital. Os recursos alocados para a construção da nova unidade chegam a R$ 90 milhões e foram aplicados integralmente pelo estado, sem apoio do governo federal. Os 254 leitos da instituição - sendo 155 de internação, 42 para observação, 29 de UTI, 19 para emergências e paradas cardíacas e oito para recuperação pós-anestésica - estarão distribuídos pelos cinco pavimentos que ocuparão uma área total de 17 mil metros quadrados. De acordo com Batista, para evitar problemas de superlotação ou no atendimento ao público, antes do paciente ir ao novo JosÉ batista da silva, da seCretaria hospital ele passará pelas unidades de pronto atendimento. de saúde de rondônia Cada uma delas terá capacidade para 600 atendimentos por dia, leitos de UTI e centros cirúrgicos, para que os pacientes possam ser estabilizados e encaminhados com segurança à nova unidade ou mantê-lo internado na UPA por até 72 horas, caso seja necessário. “O que pretendemos com esse sistema é evitar a superlotação e dar velocidade aos atendimentos. Estimamos um tempo de internação médio de 3,7 dias por paciente, dessa forma manteremos os 254 leitos ocupados, mas sem superlotação”. Inauguração: 2º semestre de 2012 Ainda de acordo com o secretário adjunto, os casos que não puderem Leitos: 254 ser atendidos na nova instituição serão encaminhados ao Hospital de Base Leitos de UTI: 29 de Rondônia, também na capital, que passará a ser administrado por uma Salas cirúrgicas: 6 Organização Social de Saúde, ainda não definida. Investimento: R$ 90 milhões A previsão é de que a construção fique pronta no prazo de um ano. Área ocupada: 17 mil m2 Segundo a Secretaria de Saúde de Rondônia, o planejamento já está em Pavimentos: 5 fase final e toda a parte de projeto e arquitetura já foi concluída, da mesma Especialidades: Hospital Geral forma que a definição de materiais e equipamentos que serão usados.

POPULAÇÃO EM PORTO VELHO (RO):

59 mil

“O QUE PRETENDEMOS COM ESSE NOVO SISTEMA É EVITAR A SUPERLOTAÇÃO NO HOSPITAL E DAR VELOCIDADE AOS ATENDIMENTOS”

RAIO X

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medicina diagnóstica

Guilherme Batimarchi • gbatimarchi@itmidia.com.br

Imagem

Com CapaCidade de realizar 22 mil exames por mês, rio imagem reduz gargalo na saúde públiCa do estado

i

magine chegar num centro de medicina diagnóstica e se deparar com um painel com 15 metros de largura feito pelo artista brasileiro, Romero Brito. Agora, some a isso, uma arquitetura modernista, ampla e diferenciada das últimas inaugurações de saúde. Imaginou? Este lugar é o Rio Imagem, centro de diagnóstico de imagem, que fica no centro do Rio de Janeiro, em frente à famosa Central do Brasil. E para torná-lo realidade, a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro investiu R$33 milhões sendo R$25 milhões direcionados às obras de infraestrutura e R$8 milhões para aquisição de equipamentos. Inaugurado no último mês de dezembro, o Rio Imagem tem capacidade de realizar até 22 mil exames de diagnósticos por mês e custo operacional anual de aproximadamente R$22 milhões. “O serviço tem uma área exclusiva para pacientes internados em hospitais da rede pública. Neste local, teremos um médico intensivista, responsável por coordenar o fluxo de pacientes e priorizar os mais graves, para que façam os exames e retornem ao hospital o mais rápido possível”, afirma a subsecretária de unidades próprias da Secretaria de Estado da Saúde. A operação do Rio Imagem será realizada por cerca de 300 profissionais, sendo 112 médicos como: radiologistas, cardiologistas, intensivistas e anestesistas, e outros 188 colaboradores de diversas áreas. Além da equipe, o centro contará com 20 equipamentos de diagnóstico, cinco raios X, cinco ultrassonografias, quatro ecocardiogramas, duas tomografias, duas ressonâncias magnéticas e duas mamografias - todos digitais e cobertos por um sistema de RIS/ PACS fornecido pela GE Healthcare. Ana Lucia ressalta que, nas novas instalações serão realizados todos os tipos exames de ultrasom, biópsias de

mama, próstata, e tireóide ampliada por ultrassonografia. Também serão feitas mamografias com biópsia, e tomografias que serão utilizadas também em exames cardíacos para estudos do coração. Sob o modelo de gestão compartilhada com a Organização Social (OSS) Consórcio Rio Imagem, além de diminuir o gargalo na área de exames em todo o Estado, o Rio Imagem atuará na formação e capacitação de profissionais da saúde. “Lá teremos um centro de estudos. Está previsto, em contrato, que teremos programas de residência médica, pós- graduação e cursos para a capacitação de técnicos em raio X, tomografia, ressonância e mamografia. Estes programas dependem apenas da aprovação da Comissão Nacional de Residência Médica, órgão que credencia o serviço”, acrescenta a subsecretária. De acordo com o secretário de saúde do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, em 2010 foram realizados cerca de 154 mil exames de imagem em toda a rede pública de saúde e com o Rio Imagem este número pode mais que dobrar. Ainda segundo Côrtes, no segundo semestre de 2012 será construída, em Niterói, a segunda unidade do Rio Imagem. O novo centro ficará no antigo prédio do Hospital Santa Mônica e pretende atender a população da Região Metropolitana do estado formada por Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. No mesmo período, a primeira unidade do Rio Imagem, no centro carioca, receberá um PET Scan, já previsto no projeto. A estruturA Assinado pela RAF Arquitetura, o projeto do novo centro diagnóstico possui uma peculiaridade em relação aos outros centros de diagnóstico espalhados pelo País. Por se tratar de uma região de fácil acesso, que conta com uma grande malha ferroviária formada por trens e metrô, além

“Teremos um cenTro de esTudos com programas de residência médica, pósgraduação e cursos para a capaciTação de Técnicos em raio X, Tomografia, ressonância e mamografia” ana luCia eiras, da seCretaria de estado da saúde do rio de Janeiro

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Rio Imagem: novo centro de diagnósticos opera com 300 profissionais Veja galeria de fotos do rio imagens em: http://bit.ly/xisbc2

R$

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milhões

de ônibus, os equipamentos mais sensíveis como as ressonâncias magnéticas e tomografias estão vulneráveis ao campo magnético e vibração do solo gerados pelo deslocamento das grandes massas ferrosas existentes ao redor do Rio Imagem. “Poderíamos ter pensado em um prédio mais robusto, no entanto não foi necessário. Criamos uma estrutura, uma modulação de pilares permitindo que a laje do centro fosse mais resistente, impedindo as vibrações causadas pelos sistemas de transporte”, explica o arquiteto e sócio da RAF, Flávio Kelner.

investidos Desse total, R$ 25 milhões foram destinados a obras de infraestrutura e R$ 8 milhões para aquisição de equipamentos

“Trabalhamos em conjunto com as empresas fornecedoras dos equipamentos e calculamos as distâncias de segurança para que os magnetos desses aparelhos não sofressem nenhum tipo de interferência. A localização foi primordial na definição do projeto”. Outro detalhe contemplado pela obra foi a definição da quantidade de pessoas dentro da unidade. Ele está dividido desde a entrada do paciente no centro diagnóstico até o momento de seu exame. “Dessa forma conseguimos otimizar o fluxo de pessoas e reduzimos a ociosidade dos equipamentos, uma

exames realizados no RJ em 2010

154 mil

em toda a rede pública

exames que serão realizados no Rio imagem

264 mil

por ano

Fotos: Divulgação

vez que o paciente entra na sala por um lado, faz o exame, e sai por outro” explica Kelner. Também foi criado um grande espaço de convivência no centro do prédio fazendo com que, de um lado sejam executados os exames de imagem mais pesados e, do outro, uma área mais voltada para a saúde da mulher. “Pensamos em uma estrutura moderna e humanizada para que os pacientes que estão fazendo seus exames encontrem um ambiente aconchegante e iluminada e possam se sentir bem” finaliza Ana Lucia.

equipamentos raios X

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ultrassonografias

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ecocardiogramas tomografias

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ressonâncias magnéticas

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mamografias

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RECURSOS HUMANOS

SOB NOVA

DIREÇÃO O

RODRIGO ARAÚJO Sócio-Diretor Sênior responsável pela Especialização em Ciências da Vida e Saúde da Korn/Ferry

que esperar de 2012? Indicadores recém-divulga- E este fenômeno não é privilégio apenas nas companhias dos pela Organização para Cooperação e Desen- internacionais. Muitas empresas nacionais já cerceiam o volvimento Econômico (OCDE) apontam desa- papel de seus CEOs e executivos seniores por meio, por celeração no crescimento para o próximo ano, reflexo exemplo, de uma atuação mais ativa de seus conselhos direto dos impactos negativos sofridos pelas economias de administração na gestão do negócio. dos Estados Unidos e também dos países da zona do Na área da Saúde, a alta direção das organizações euro. Parece um ano nada promissor, entretanto, nas está cada vez mais consciente de que novas demandas, economias em crescimento como o Brasil, as expecta- desafios estruturais e as prioridades dos negócios exitivas são positivas. gem características de liderança diferentes das que seus Há uma perspectiva favorável sobre o poder de compra executivos reúnem atualmente, e são comprovadamente no País e o mercado aposta na estabilidade da economia. competências raras e difíceis de desenvolver. Um desafio Investimentos nas áreas de Infraestrutura, Petróleo e adicional: é comprovado que as “experiências” são geEnergia, Varejo e Saúde estarão, seguramente, dentre as nuinamente as melhores oportunidades de desenvolviprincipais rotas de crescimento e mento. E o setor está vivendo agora contribuirão para o aquecimento os primeiros grandes desafios de da economia nacional. sua evolução. Transformações mais A ALTA DIREÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES Entretanto, o desaquecimento profundas ainda estão por vir. ESTÁ CADA VEZ MAIS CONSCIENTE DE das economias “maduras” imEm recente discussão com lideQUE NOVAS DEMANDAS, DESAFIOS põe uma dinâmica cruel para os ranças seniores do setor de que ESTRUTURAIS E AS PRIORIDADES DOS mercados em crescimento. Trata-se participei, muitos foram os insights de um fenômeno em que os países NEGÓCIOS EXIGEM CARACTERÍSTICAS DE sobre os desafios da indústria e suas emergentes/em crescimento aceoportunidades de crescimento para LIDERANÇA DIFERENTES DAS QUE SEUS lerado são vistos como as alavanalavancar a cadeia. Foi também reEXECUTIVOS REÚNEM ATUALMENTE, E cas de sustentação das economias SÃO COMPROVADAMENTE COMPETÊNCIAS conhecido que o setor ainda padece em crise. Esta realidade denota a de uma aversão ao risco, ausência RARAS E DIFÍCEIS DE DESENVOLVER fragilidade e o inequívoco desde uma visão empreendedora, esconhecimento de como alavancar oportunidades nas tímulos à inovação permitindo errar para aprender e, economias emergentes. Por mais agressivo que seja o acima de tudo, aprender a “pensar e descobrir”, e não crescimento, é irreal considerar que as economias em apenas “agir e executar”. crescimento vão gerar o nível de atividade econômica Está mais do que na hora de assumir nosso papel de capaz de preencher esta lacuna. protagonista. Ter a coragem gerencial e capacidade de Este cenário somado à complexidade estrutural que mobilização para acreditar que é possível. E, comprovapermeia as organizações deixa o papel das lideranças damente, já existem movimentos nesta direção. Inúmeras desafiante pela ótica de oportunidades e perspectivas de são as iniciativas, seja na “academia”, na área pública crescimento. Por outro lado, frustrante e desestimulante, ou privada, nas quais se nota arrojo, persistência e dispois sua capacidade de influenciar e impactar o setor ciplina. Três dimensões muito mais que qualquer outra econômico em que estão inseridos torna-se cada vez mais competência “organizacional” ou “de liderança” serão reduzido. Muitos CEOs atualmente já não possuem o chaves no processo. A mensagem é clara e, a evolução, “full P&L (Profits & Looses)” sobre sua responsabilidade! uma constante. Um feliz 2012!

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siemens corre para se antecipar às mudanças “De 1992 a 2010, os gastos de saúde nos EUA cresceram 285%. Isso não é sustentável”, exemplifica o CEO da Siemens Healthcare, Hermann Requardt. Para a Siemens, a solução para equacionar eficiência e efetividade diante de pressões como o envelhecimento da população e aumento dos custos está na inovação dos processos. “O produto inovador tem que ser acompanhado de um processo também de inovação”, ressalta. Tal diretriz é trabalhada pela companhia nas seguintes frentes de atuação: prevenção, diagnóstico e terapia. Segundo Requardt, o futuro não vai mais perguntar o que há de errado com o paciente mas, sim, o que vai ajudá-lo. “Temos que estar preparados para o que o paciente precisar”, diz o CEO da vertical de saúde da Siemens no EUA, Gregory Sorensen. Ao vislumbrar uma série de transformações, a companhia traçou algumas iniciativas para 2013 sob quatro pilares: inovação, competitividade, cobertura regional e desenvolvimento de pessoas. Inovação -Expandir a oferta de produtos -Investir no alto rendimento e custo efetividade dos produtos -Desenvolver a próxima geração de TI em saúde (mobilidade e computação em nuvem) -Ampliar o modelo de negócios com os “pagadores” -Explorar as sinergias entre a bioinformática, diagnósticos e decisores CompetItIvIdade -Terapia personalizada: executar contratos com os clientes -Reposicionar a radiação relacionada à oncologia como possibilidade de imagem -Implementar DX-Radiology -Focar em RIS e PACS -Desenvolver crescimento da ultra-sonografia -P&D alocado em DTC margens

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Cobertura regIonal -DX: Otimizar o valor global -Crescer a presença e responsabilidade dos negócios de imagem na China -Investir em força de vendas nos mercados emergentes -Crescer a rede de cooperação entre clínicas e instituições científicas

Hermann Requardt, da Siemens Healthcare: inovação para combater os custos

pessoas -Fomentar a cultura de melhoria contínua -Fomentar experts e cultura de inovação -Desenvolver força efetiva de trabalho e retenção de talentos nos mercados emergentes -Aumentar a troca internacional de talentos provenientes dos mercados em crescimento

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indústria

enTenda esTraTéGia da pHilips depois das aquisições

Foto: Ricardo Benichio

Vitor Rocha, da Philips Healthcare: €350 milhões em aquisições

Crescendo 20% ao ano no Brasil, a Philips aumenta capacidade produtiva depois de adquirir empresas como a Tecso, de radiologia; Dixtal, monitores; e Wheb Sistemas, especializada em gestão hospitalar. Foram gastos cerca de € 350 milhões com aquisições nos últimos quatro anos. O momento da companhia no País é de integrar as soluções e levar ressonância e tomografia a cidades do interior. Atualmente são fabricados em Lagoa Santa (MG) equipamentos para ressonância magnética e tomografia; aparelhos de ultrassonografia estão também previstos. Para promover acesso à saúde, a companhia holandesa faz uso do Finame, financiamento para produção e aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, credenciados no BNDES. “Com o Finame, alcançamos públicos que não atingíamos”, ressalta o vice-presidente da Philips Healthcare para América Latina, Vitor Rocha.

Três eTapas para inovação da Ge HealTHcare

Rogério Patrus, da GE Healthcare: Novos equipamentos da GE têm redução entre 40% e 50% na dose de radiação

O processo de inovação da americana Ge Healthcare está pautado em três pilares: redução de custo, promoção do acesso e qualidade/ eficiência. Para 2011 foram previstos investimentos de US$ 50 mil em saúde na AL e, até 2015, a previsão de recursos globais é de US$ 6 bilhões para a sustentabilidade do setor. Do montante alocado para a vertical de saúde, boa parte será destinado para atendimento do sistema público, novo importante core da empresa. Há três anos, os negócios públicos representavam 10% do faturamento da empresa. Atualmente, o percentual subiu para 20%. De acordo com o CEO da GE Healthcare para a América Latina, Rogério Patrus, o processo de globalização da inovação se inverteu. Antigamente o que era produzido pelos EUA em termos tecnológicos era reproduzido no mundo inteiro. Agora o desenvolvimento de inovação acontece de forma local e depois é apresentado para o mundo. Durante o RSNA 2011, o executivo ressaltou a evolução da tecnologia na diminuição da radiação decorrente de alguns exames de imagem. “Os novos equipamentos da GE como tomógrafos, PET-CTs e de ressonância magnética alcançam uma redução entre 40% e 50% na dose de radiação”, conta Patrus.

*A jornalista viajou para Chicago a convite da Siemens **Confira os equipamentos de destaque do RSNA 2011 na seção vitrine sua opinião é muito importante // editorialsaude@itmidia.com.br twitter // @saude_web

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Principal prêmio para a comunidade da Saúde do País, o Top Hospitalar, alcança, em 2012, a sua 14ª edição, tendo como foco os fornecedores de produtos e serviços do Setor da Saúde. Os avaliadores das empresas competidoras serão os próprios hospitais, clínicas e laboratórios. O objetivo é tornar tangível os níveis de serviços prestados pelos fornecedores e, desta forma, evidenciar ao mercado quem são os ícones de excelência e exemplos a serem seguidos, tornando a relação do setor mais transparente e justa. Afinal, nada mais efetivo e verdadeiro que a opinião dos próprios clientes. Sua resposta ajuda o setor a ser cada vez mais forte e eficiente. Não deixe de participar.

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tecnologia

Como as instituições de saúde se posicionam para driblar o fantasma da sazonalidade dos investimentos, ao passo que vislumbram novas tecnologias e lidam com a falta de profissionais especializados no setor

InvestImentos sem

Danilo Sanches • editorialsaude@itmidia.com.br

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E

stratégia, tática e investimentos em tecnologia andam juntos quando o assunto é crescimento. E o cenário da saúde no País mostra que o aumento de recursos em TI estão na agenda das instituições. A grande questão, por outro lado, é que estes valores não são levados de maneira tática e acabam perdendo força por conta da sazonalidade. A ideia de que há um número mágico de investimento em TI em relação ao faturamento da instituição acaba cedendo espaço à uma visão mais estratégica e focada no contexto econômico no qual a empresa se insere. Num universo onde menos de 3% das instituições não possui equipe interna de TI --- mas deve ganhar um este ano (veja gráfico abaixo) ---, a grande maioria das empresas se impulsiona para alçar grandes voos com investimentos em gestão de conteúdo, Prontuário Eletrônico e mobilidade. Mas isso ainda não espanta o fantasma da sazonalidade. O que se observou nos últimos anos foi uma queda nos grandes investimentos neste mercado. Isso remete ao cenário de crise pelo qual a economia mundial passou em 2008. Tudo isso transforma a escala das prioridades dos investimentos e coloca a otimização destes aportes como número um. “Na área da saúde, diferente de outros mercados, a questão de investimento é um pouco mais complicada”, explica David Oliveira, gerente

de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) do Hospital São Cristóvão, de Santo André, (SP). “Se compararmos em médias e grandes empresas que investem em TIC cerca de 6,8% do faturamento líquido, os hospitais, especificamente, lutam para se manter em pelo menos 3%.” Oliveira, que é presidente de um grupo de CIOs do Estado de São Paulo, acredita que a tendência é melhorar este percentual nos próximos anos. Na verdade, o aumento se dá em números absolutos, uma vez que o faturamento das instituições como um todo cresce. O desafio, segundo o executivo, é manter o índice de investimento e não deixar que os valores absolutos se mantenham de um ano para outro --- ou seja, que os investimentos em TI cresçam menos do que a instituição --- o que reduziria o percentual do investimento em relação ao faturamento. “A média de 3% não é um número ruim”, explica Oliveira. “Mas não há número mágico, os investimentos são sazonais e não há como fixá-los num mercado como a saúde.” Por outro lado, o CIO não pode descuidar do orçamento, segundo Oliveira, sob o risco de não manter o número. Neste caso, a estratégia defendida pelo executivo é a de equalizar o montante investido usando diferentes modelos de negócio de modo que viabilize novos investimentos. O salto está em contribuir para que o hospital se amplie com a mesma estrutura, e isso só se consegue com investimentos em TI. Isso acontece ao passo que outros custos são reduzidos ou mesmo somem. Então não se trata de aumentar o investimento, mas de inverter os custos operacionais em iniciativas que eliminem ações corretivas. Como exemplo, o executivo cita o projeto de ampliar a estrutura do hospital para dois data centers, nos próximos dois anos, ao custo que tem hoje. Para isso, a estratégia é somar modelos de negócio para não onerar os caixas do hospital. Esta engenharia envolve opção por diversos tipos de financiamento. Além disso, outra estratégia fundamental, segundo ele, foi a criação do

Para Adriano Gliorsi, Santa Helena Saúde: “Investimentos em TI precisam ser freados de tempos em tempos, isso possibilita que a maturidade da t.i seja absorvida pelos usuários” Foto: Divulgação

ESTRUTURA DA ÁREA DE TI (% DE HOSPITAIS) 70%

A empresa possui uma equipe dedicada a TI 59%

A empresa mantém estrutura de TI própria 45%

A empresa possui um executivo de TI ou uma Diretoria de TI 25%

A empresa terceiriza todos ou parte dos serviços de TI 14%

A empresa possui pelo menos um profissional dedicado a TI A empresa não possui uma equipe interna de TI, mas pretende implementar nos próximos 12 meses

3% Fonte: Referências da Saúde 2011- Realizado pela IT Mídia em parceria com a PWC.

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tecnologia

TECNOLOGIAS 67%

Sistemas de gestão de negócios

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Ferramenta de business intelligence

41% 20%

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Armazenamento de dados e virtualização

14%

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3% 35%

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Já possui Prioridade nos próximos dois anos Não está no plano

10% 25%

1%

Fonte: Referências da Saúde 2011- Realizado pela IT Mídia em parceria com a PWC.

comitê de tecnologia da instituição, formado por funcionários do setor financeiro, da superintendência, da área médica, além de acionistas da instituição. O objetivo do comitê é manter a empresa alinhada com os resultados dos investimentos e dar credibilidade à área de TI. “Não há como seguir tendências tecnológicas na área da saúde, o que fazemos é olhar para dentro da organização e investir em tecnologias integradas como alicerce para apoio à gestão e ao corpo assistencial. É a segurança do paciente que está em jogo”, completa Oliveira.

Foto: Divulgação

3%

44%

Segurança da informação

Walmir Moraes, ACSC: Comitê de TI Corporativo facilita tomada de decisão

3%

27%

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Prontuário eletrônico

Mobilidade (software e hardware)

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Atualização do parque instalado

ECM (enterprise content management) ou gestão de conteúdo

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TI em evIdêncIa Uma boa notícia, entretanto, é que o mundo da saúde mudou. As tecnologias avançaram, e, junto com elas os conceitos de dados clínicos, informação clínica e interoperabilidade. Este é o momento em que as instituições pensam muito em onde vão colocar seu dinheiro, de forma que o papel estratégico da TI passa a ganhar evidência. “O mercado de saúde parece um jogo de futebol de crianças: sem definição tática”, compara Lincoln de Assis Moura Jr, Presidente da IMIA-LAC – Federação Latino-Americana de Informática em Saúde, que também já presidiu a SBIS. “Sabe quando todo mundo corre atrás da bola? Todo mundo quer fazer tudo, sem uma noção de cadeia de valor.”

Este é o cenário da insustentabilidade dos investimentos, segundo o executivo, se a instituição está sempre apagando incêndios, não é possível que ela esteja usando bem o seu dinheiro. Ao contrário, ela estará correndo atrás do prejuízo; sempre atrasada. Outra abordagem a respeito da queda dos investimentos em relação a meados da última década, é que existem alguns investimentos de TI em saúde feitos sem a noção exata da complexidade das informações em saúde, avalia Moura Jr. Algumas empresas apostaram alto neste mercado e acabaram saindo logo. “O Google, que não tem problema de dinheiro e em comprar as ‘cabeças’ que quiser, fez um investimento de alguns milhões de dólares no Google Health e, cerca de quatro anos depois, fechou”, explica Moura. “Há raríssimas e belíssimas exceções, mas de uma maneira geral, o CIO de Saúde ainda entende muito pouco de saúde no País. É muito mais fácil para ele falar de cloud computing que de representação de dados clínicos e coleta de dados.” FreIo de InvesTImenTos Há pouco mais de um ano, a operadora Santa Helena Saúde (proprietária do Hospital Santa Helena), da região do ABC, em São Paulo, fazia parte do grupo que representa 40% dos hospitais que

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% DO ORÇAMENTO PARA TI / INFRAESTRUTURA INTERNA DE TI Até 1% De 1% a 2% De 2% a 3% De 3% a 5% De 5% a 10% Acima de 10%

3,8%

42,3%

7,7%

53,8%

30,8%

5,3%

61,5%

47,4%

9,1%

47,4%

45,5%

6,3%

45,5%

37,5% 25%

56,3% 37,5%

37,5% Fonte: Referências da Saúde 2011- Realizado pela IT Mídia em parceria com a PWC.

A empresa realiza investimentos em TI apenas em situações emergenciais A empresa realiza investimentos em TI quando necessários, para atualização do ambiente A empresa realiza investimentos frequentes em TI, a fim de criar diferenciais de negócios

investe em TI apenas quando necessário para a atualização do ambiente. Em 2011, por exemplo, os investimentos destinados a infraestrutura e capacitação da base tecnológica da empresa para o recebimento de novas tecnologias foi uma resposta a uma demanda de dois ou três anos sem aportes. Adriano Gliorsi, diretor executivo de TI da operadora, afirma que o orçamento para 2012 deve ficar em torno de 3,5% do faturamento da instituição. O número, no entanto, é relativo aos investimentos de preparação para receber o ecossistema do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). O executivo, que veio do mercado financeiro, está à frente da TI do Santa Helena há cerca de um ano e meio. Gliorsi defende, ainda, que é importante que os investimentos em tecnologia sejam freados de tempos em tempos a fim de que a maturidade das tecnologias seja absorvida completamente pelos usuários. A questão, segundo ele, é saber se o time está preparado para um ritmo de investimentos sobre investimentos. “Não existe um número mágico de investimento”, define Gliorsi. “O que existe é um alinhamento muito forte com a alta cúpula da empresa, por meio de comitês quinzenais, onde são apresentados indicadores de produtividade e de projetos.” O cenário de retorno sobre investimento no mercado de saúde, segundo Gliorsi, é um dos desafios dos CIOs para manter o nível de aporte, uma vez que o tempo médio de retorno é de três

anos. O executivo relata que no passado havia uma batalha muito grande em função deste tempo de retorno, na qual os executivos de TI, geralmente, perdiam parte da verba destinada ao setor por conta da demora na apresentação dos resultados. “E eu percebo que esta cultura está mudando”, afirma Gliorsi. “Mesmo com um tempo maior para o retorno, a tecnologia hoje se tornou fator estratégico.” A ideia da criação de comitês ainda pode ser mais abrangente, como mostra o exemplo da Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC), que é responsável pela gestão de 12 hospitais e mais oito instituições de saúde em todo o Brasil. A associação, que ainda presta serviços assistenciais e de educação, criou um comitê que reúne os gestores de TI dos hospitais administrados pela entidade. “O relacionamento entre o CIO e os principais executivos é aberto”, explica Walmir Moraes, diretor de Operações da ACSC. “Para facilitar a tomada de decisão e promover melhorias constantes, desenvolvemos o Comitê de TI Corporativo. Assim, há uma troca de experiências e análise de necessidades de novos investimentos.” Segundo Moraes, os investimentos em TI das instituições administradas pela ACSC é decidido de forma autônoma. O executivo ainda revela que internamente, na Associação, os aportes em tecnologia, sempre previstos no planejamento estratégico, são de 1% do faturamento anual da instituição.

“De uma maneira geral, o Cio De SaúDe ainDa entenDe muito pouCo De SaúDe no paíS” LincoLn de Assis MourA Jr, Presidente dA iMiA-LAc – FederAção LAtino-AMericAnA de inForMáticA eM sAúde

sua opinião é muito importante // editorialsaude@itmidia.com.br twitter // @saude_web

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PERFIL

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Cínthya Dávila • cinthya.davila@itmidia.com.br

TENDO COMO INSPIRAÇÃO MAHATMA GANDHI, NELSON MANDELA, IRMÃ DULCE, JESUS CRISTO E FLORENCE NIGHTINGALE, A DIRETORA DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA USP, MARIA JÚLIA PAES SILVA, VÊ NO PAPEL DO GESTOR DA SAÚDE A FUNÇÃO DE LEMBRAR AOS COLABORADORES O QUE OS LEVOU A TRABALHAR NESTE RAMO. O RESTO É CONSEQUÊNCIA

Q

uando a diretora de enfermagem do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, Maria Júlia Paes da Silva, aceitou conceder uma entrevista para a revista FH, não imaginava que, momentos antes desta repórter chegar ao local marcado, haveria uma queda de energia na região, que deixaria o ambiente que estávamos sem luz. Sem se abalar, ela sorriu e começou a contar sua história no setor da saúde. De forma parecida, há três anos, a enfermeira não imaginava que, depois de mais de duas décadas atuando como docente da Faculdade de Enfermagem da USP, assumiria a diretoria do Hospital Universitário da instituição. Duas situações diferentes, com graus de importância distintos, mas que, independentemente da complexidade, não afetam a serenidade de Maria Júlia. Essa maneira despretensiosa de lidar com os acontecimentos da vida, onde os pragmatismos e percalços dão lugar aos sonhos, são algumas das características que compõe sua visão de mundo. Quando foi convidada para se tornar gestora da enfermagem do hospital, a profissional estava com seus planos de carreira focados na área de pesquisa. Ela conta que não havia se organizado para voltar ao hospital, mas achou que essa nova etapa que aparecera era uma oportunidade de fazer valer e ancorar o que ensinava e, também, de poder colocar em prática tudo o que havia sido falado em suas aulas. Além disso, Maria Júlia sempre manteve sua paixão pelos trabalhos de campo e teve a chance de relembrar os tempos em que, junto com outros profissionais, ajudou a construir o HU. “No início da minha carreira, enquanto enfermeira, eu trabalhei no hospital

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PERFIL

DE VOLTA PARA CASA Um dos fatores que contribuiu para que Maria Julia retornasse ao hospital foi o fato de ter se mantido atualizada sobre as mudanças tecnológicas que passaram a fazer parte da rotina da instituição ao longo do tempo. “Se eu não tivesse acompanhado o trabalho de campo, não teria conseguido realizar as tarefas que executo hoje, pois nenhuma técnica que aprendi no passado é aplicada atualmente. Na minha época, eu não tinha aprendido a realizar os procedimentos com luvas, pois não existia Aids”. Mas, para Maria Júlia, nem só de prática se faz uma gestão, é preciso também ter poesia nas atividades realizadas. E é essa característica que garante sua sustentável leveza do ser. Tendo como inspiração líderes que tinham a caridade como objetivo de vida, como Mahatma Gandhi, Jesus Cristo, Madre Tereza de Calcutá, Nelson Mandela, Irmã Dulce e Florence Nightingale- a precursora da enfermagem moderna- a gestora de enfermagem do HU aplica esses preceitos no seu dia a dia. “As pessoas citadas possuíam em sua essência um potencial de liderança e a capacidade de mudar a visão das coisas. Florence é uma delas, porque independentemente do que tenhamos modificado para melhorar a nossa enfermagem, ela nos ajuda até hoje com noções

fundamentais que transmitiu, fazendo uso de uma perspectiva holística de atender o ser humano”. Aenfermeira coloca em prática também os conceitos da Pirâmide de Maslow, baseada na possibilidade que o grupo de trabalho tenha as suas necessidades fisiológicas atendidas, tenham consciência tranquila e pessoas que ajudem-nas a permanecer neste estado de tranquilidade. “Acredito que meu papel é ajudar as pessoas que trabalham no hospital a se lembrarem do motivo que as levou a escolher esse tipo de profissão”. Para ela, um verdadeiro líder deve motivar a autorrealização em seu time. E chama atenção para o fato de que não existem abismos instransponíveis a partir do momento em que você vê beleza no que se faz, pois é aí que se dá um salto de autoestima. SABER OUVIR “Acho que os gestores de saúde têm que dar voz às pessoas que estão ao seu redor. E precisam também aprender a ouvir”. Essa é a opinião de Maria Júlia quando questionada sobre o relacionamento dos profissionais da área. E ressalta que mais importante do que resultados, deve-se prestar atenção ao momento. “Se eu me descuido do presente, não consigo construir futuro”. Outra questão que a enfermeira acredita que deve ser lembrada é o fato de que um hospital é um local onde são atendidas pessoas que estão precisando de ajuda. “Um profissional de saúde deve estar ciente que vai lidar com doentes. Quem quiser trabalhar com pessoas felizes deve vender vestido de noiva”. No entanto, ela ressalta que a profissão envolve muitos percalços e dificuldades, que muitas vezes não dependem apenas de boa vontade para serem vencidas. Para explicar o motivo que leva a ter tanta paz, relembra os tempos em que ainda estava aprendendo o ofício da enfermagem. Maria Júlia conta que no início da sua carreira estava no departamento de psiquiatria e com ela estava um atendente que surtou e começou a tirar a roupa na frente dos pacientes. “Eu sai correndo e chamei o supervisor, desesperada. Quando o encontrei, relatei o ocorrido, e ele manteve a calma. Perguntei se ele havia entendido o que eu acabara de contar, e ele me respondeu: eu entendi, mas não preciso enlouquecer junto”. Esse é o maior aprendizado que Maria Júlia aplica em sua carreira e em sua vida. Para ela, não importa se há uma crise no setor, um hospital com problemas generalizados ou uma simples falta de luz. É nessa toada leve e serena que a gestora de enfermagem do HU faz arte por meio da gestão.

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e ajudei a construí-lo. Era um sonho termos outro hospital além do Hospital das Clínicas, que atendesse em âmbito secundário.” A construção do hospital foi realizada há 30 anos, mas a enfermeira aborda as dificuldades encontradas para a realização do projeto como se fosse um fato recente. Um dos principais desafios elencados foi a ausência de processos especializados. “Naquela época, éramos considerados um bando de loucos, pois não existiam processos de enfermagem no Brasil. Sendo assim, decidimos nós mesmos criar esses protocolos.” Da mesma forma que não existiam processos, também não existiam certezas, mas a vontade de realizar um trabalho diferenciado e com qualidade foi a força propulsora que motivou os profissionais a seguirem com seus objetivos. Itens como desenvolvimento de pesquisa, sistematização, avaliação periódica com os funcionários, avaliação institucional e realização de registros foram algumas das “loucuras” colocadas em prática paulatinamente pela equipe do HU. “Lembro que íamos à Associação Paulista de Medicina dar palestras baseadas nas nossas experiências e foi assim que a história do hospital começou”.

Maria Júlia, diretora de enfermagem do HU-USP: “quem quiser trabalhar com pessoas felizes, deve vender vestido de noiva”

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empre me questionei sobre essa coisa do • Legítimas só Havaianas – concorrência; slogan. Todo mundo deveria ter o seu, para diferenciar, sabe? • Dê férias para os seus pés – chinelos Rider – Lembro com carinho de muitos deles, alguns muito falando do conforto das sandálias; ruins, outros simplesmente fantásticos, perfeitos para o que se propuseram. O que mais me chamou • As amarelinhas – Rayovac – diferenciando das outras; a atenção, durante anos, foi o do cursinho preparatório para vestibulares Etapa: “Mais de você em Estes são só alguns exemplos do que fazer para você mesmo”. Acho que este slogan tem uns 30 anos, que as pessoas se lembrem de sua empresa. mas sempre definiu o que eles realmente faziam. Agora vamos expandir o raio da discussão, no Seria fácil para eles no primeiro ano ter criado um campo pessoal. Imagine que alguém está numa festa slogan tipo: “você mais perto da faculdade”, mas e outra pessoa pergunte: você conhece tal? Não. eles falavam de algo maior, muito maior, algo que Não? Ele é aquele que... eles criavam nas pessoas e as colocavam diante de Esse final de frase pode ser construído por suas próprias forças. Simplesmente perfeito. você, sobre você a cada segundo, mas precisa O slogan resume todo o seu ter essa meta. Quando alguém passado, seu presente e sua profalar sobre você, o que falará? posta para o futuro. Enfim, é Quando me lembro, por exemO slOgan resume tOdO O seu difícil de fazer, exige raciocíplo, dos meus sócios, digo: o AdelpassadO, seu presente e sua nio, treino e uma dose bastante son é aquele visionário. O Miguel prOpOsta para O futurO grande de técnica. Não vale chaé o homem do relacionamento. O mar o primo ou sobrinho que João Paulo é o homem do dinheiro. está no segundo ano do curso de Publicidade na Quando me lembro de artistas que gosto, digo: faculdade e pedir tal coisa para ficar mais “barato”, o Eric Clapton é aquele que toca “muito” guitarra. porque essa brincadeira custaria caro a você. Tem Ou seja, tem slogan para tudo, para pessoas, emque ter carinho por um slogan, fazer várias vezes, presas, mas tudo necessita de um resumo, de uma discutir, brigar por ele. frase que impacte e explique ao mesmo tempo. Tudo precisa de um slogan. Vamos lembrar alguns slogans e o que eles “prometiam”: A metodologia é bastante simples. • Abuse, use C&A – vendia acesso a coisas bara1 – como você quer ser lembrado? tas, ou seja, abuse e compre que o bolso “perdoa”; 2 – que competências têm hoje que podem ser conectadas com esse futuro? • Vale por um bifinho – Danoninho – deixava as 3 – como seria uma frase curta que estabelece uma mamães felizes em dar ao filho algo nutritivo, e conexão entre o hoje e o amanhã? não somente, gostoso; Diga várias vezes a frase, suporte-a com ações de marketing e de comunicação, cuide dela, diga-a • A verdadeira maionese – Hellmann’s – matando a todo momento, não deixe nunca que sua marca a concorrência; fique sem a tal frase. Seja verdadeiro com ela, frase alguma pega se não for verdadeira. • Tem coisas que só a Philco faz pra você – falando Um dia será lembrado pela frase, e não pelo nome. de inovação; Qual é o seu slogan?

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