Fornecedores Hospitalares - Ed. 193

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entrevista josé luiz gomes do amaral o presidente da associação Médica Mundial fala dos desafios de Buscar consensos entre as reivindicações de 9 Milhões de profissionais

panoraMa

olhar

Foto: Ricardo Benichio

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Hospital santa Joana, de Marco antonio Zaccarelli, investe r$ 100 MilHões eM novo prédio para reunir conforto e tecnologia aos Médicos e pacientes

as iniciativas e incertezas do setor de saúde para realização do Mundial de 2014 e dos Jogos olíMpicos de 2016

Medicina diagnóstica: BooM da classe c chaMa atenção dos laBoratórios

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ÍNDICE

Novembro de 2011 • FH 193

W W W . R E V I S T A F H . C O M . B R

08 – .COM Confira conteúdos multimídia e os destaques do Saúde Web 12 – ENTREVISTA José Luiz Gomes do Amaral conversou com a FH sobre modelos de remuneração, qualificação profissional e os desafios em seu novo cargo na Associação Médica Mundial POLÍTICA E REGULAMENTAÇÃO 18 – VISTORIA NO LONGO PRAZO... RDC 25. Seria ela responsável por um possível apagão tecnológico no País? 20 – FOCO NA INTERNAÇÃO DOMICILIAR Prefeitura de São Paulo expande Prohdom para toda rede municipal de hospitais OPERADORA 24 – SEGUINDO AS NORMAS Sepaco reestrutura marca e reformula estratégias para ampliar participação no segmento

42 – PANORAMA

A COPA DO MUNDO É NOSSA? A revista FH entrou em contato com redes hospitalares, operadoras, indústria, consultores e órgãos oficiais a fim de entender a visão de cada player sobre os megaeventos e quais são as possibilidades e os desafios para o setor

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26 – NOVOS TEMPOS TempoAssist investe R$2 milhões em marketing para fortalecer marca e planeja abrir novas unidades em 2012 30 – OUVIDOS ATENTOS Operadoras com serviço de ouvidoria comprovam que satisfação do cliente é um bom negócio HOSPITAL 32 – ECONOMIA NA PONTA DO LÁPIS Santa Casa de Marília renegocia dívidas, corta custos e revê processos para saldar débitos e se recuperar financeiramente 34 – BOM PARA O PACIENTE E O MÉDICO Hospital e Maternidade Santa Joana investe R$100 milhões em novo prédio e espera um crescimento de 40% ao ano 38 – A EXPANSÃO CONTINUA Cerca de um ano depois da chegada a São Paulo, Rede D´Or já soma cinco unidades e prepara a sexta na Região Metropolitana da capital paulista MEDICINA DIAGNÓSTICA 52 – UM MODELO A SER SEGUIDO Com auxílio da consultoria Formato Clínico, Laboratório Daia, de Porto Velho, reformula processos e cresce

54- BOOM DA CLASSE C DESPERTA ATENÇÃO DOS LABORATÓRIOS De olho nessa parcela do mercado, laboratórios de todo o País criam maneiras de fidelizar o cliente INDÚSTRIA 58 – ENTREGGA ESTREIA COM DNA DE SAÚDE Consultoria especializada no setor chega para atender a cadeia de saúde com serviços de reestruturação, reposicionamento, expansão etc TECNOLOGIA 60 – EQUILÍBRIO DIGITAL Consolidação de prontuários eletrônicos e uso da certificação digital são os primeiros passos para um atendimento médico ágil, seguro e sem papel PERFIL 64 - NÔMADE DA SAÚDE O médico Ricardo Kikawa ultrapassa os limites geográficos e leva assistência médica Brasil com a carreta da saúde 69 – CARREIRAS 70 – LIVROS SAÚDE BUSINESS SCHOOL 71 – OS PROCESSOS DE ACREDITAÇÃO E A SEGURANÇA DO PACIENTE 80 – VITRINE ARTIGOS 22 – ESPAÇO JURÍDICO Novidades na Incorporação de Novas Tecnologias no Sistema Público de Saúde? 40 – GESTÃO Humanização empresarial – realidade ou conto de fadas? 68 – RH Gestão local, efeito global 90 – HOT SPOT A caminho das índias ERRATA Está é a capa correta do livro “40 anos de medicina: o que mudou?”, da seção “Livros”, da FH 192.

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EXPEDIENTE

PRESIDENTE-EXECUTIVO

ADELSON DE SOUSA • adelson@itmidia.com.br

VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO

MIGUEL PETRILLI • mpetrilli@itmidia.com.br

DIRETOR EXECUTIVO DE MARKETING E VENDAS ALBERTO LEITE • aleite@itmidia.com.br

DIRETOR DE RECURSOS E FINANÇAS

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DIRETORA EXECUTIVA EDITORIAL

STELA LACHTERMACHER • stela@itmidia.com.br

CONSELHO EDITORIAL ADELSON DE SOUSA, MIGUEL PETRILLI, ALBERTO LEITE E STELA LACHTERMACHER

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EDITORIAL

GERENTE-COMERCIAL Elizandra Paiva • elizandra.paiva@itmidia.com.br • (11)3823-6625

Mozart Henrique Ramos – mramos@itmidia.com.br Tania Machado • tmachado@itmidia.com.br

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Guilherme Batimarchi • gbatimarchi@itmidia.com.br

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Osvino Souza • Professor e Pesquisador da Fundação Dom Cabral João Carlos Bross • Fundador da Bross Consultoria e Arquitetura

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Log & Print Gráfica e Logística S.A. REVISTA FH A revista FH é uma publicação mensal dirigida ao setor médico-hospitalar. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional, além de gratuita e entregue apenas a leitores previamente qualificados.

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As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídiaou quaisquer outros envolvidos nessa publicação. As pessoas que não constarem no expediente não têm autorização para falar em nome da IT Mídia ou para retirar qualquer tipo de material se não possuírem em seu poder carta em papel timbrado assinada por qualquer pessoa que conste do expediente. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da IT Mídia S.A.

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IT Mídia S/A Pça Prof José Lanes, 40 • Edifício Berrini 500 • 17º andar • 04571-100 • São Paulo • SP Fone: 55 11 3823.6600 | Fax: 55 11 3823.6690

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Nesta edição, você encontra algumas instituições que já tem seu espaço garantido no Referências da Saúde. Confira algumas das instituições Beneficência Portuguesa de São Paulo | Benemed | Biocor | Biofast | Clínica Maia | Graacc | HCOR | Home Doctor | Hospital Ana Costa | Hospital Brasília | Hospital Cristovão da Gama | Hospital Igesp | Hospital JK | Hospital Oswaldo Cruz | Hospital Paulistano | Hospital Santa Catarina | Hospital Santa Isabel | Hospital Santa Paula | Hospital São Camilo | Hospital São Cristovão | Hospital São Lucas | Hospital Totalcor | Hospital Vera Cruz de Campinas | Hospital Vitória | Salomão & Zoppi | Santa Casa de São Paulo

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A pesquisa mais aguardada do setor está prestes a ser publicada. Lançamento: 07 de dezembro Contate-nos: comercialsaude@itmidia.com.br | (11) 3823-6640 | (11) 3823-6637

Apoio

Realização

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Editorial

A importânciA

e fosse para escolher uma palavra para esta edição, “legado” com certeza seria a ideal. O termo foi o mais ouvido por mim ao apurar a matéria “A Copa do Mundo é nossa?”, que aborda o papel do setor de saúde durante os megaeventos esportivos, que acontecem no Brasil em 2014 e 2016. E é este conceito que permeia muitas histórias contadas nas próximas páginas. Muito se ouve sobre as grandes oportunidades de investimento e desenvolvimento para o País devido à Copa do Mundo de 2014 e à Olimpíada de 2016, mas pouco se discute sobre o que é realmente necessário e o que será aproveitado nos próximos anos pela população, além do foco que tem sido o principal: os estádios. Dentro desse contexto, dúvidas pairam sobre o suporte aos megaeventos e uma delas é como funcionará o serviço de saúde durante o período. E é aí que aparece o papel do setor: deve-se investir? Aumentar leitos enquanto há uma tendência de desospitalização; fechar parcerias pontualmente; direcionar os recursos pensando no pós-Copa; investir em acreditação internacional para atrair parcerias seria um caminho? No caso do governo, são 12 demandas de cidades do norte ao sul do Brasil, que serão resolvidas dentro de uma política já definida e sem investimento específico. Mas isto será suficiente? Qual será o legado? A entrevista do mês traz o novo presidente da Associação Médica Mundial, José Luiz Gomes do Amaral.Terceiro médico brasileiro eleito para a posição - os outros foram Antônio Moniz de Aragão, em 1961, e Pedro Kassab, em 1976 - ele contou à repórter Verena Souza sobre seu legado na Associação Médica Brasileira e os novos desafios de representar cerca de nove milhões de profissionais, espalhados pelos cinco continentes. Com trajetória de 50 anos, o Hospital Santa Joana dá mais um passo dentro da competência em que resolveu atuar: a maternidade. Enquanto muitos hospitais rumam para nichos como oncologia, neurologia e cardiologia, o grupo expande atuação em São Paulo com a inauguração de mais uma torre. Em reportagem de Guilherme Batimarchi, o diretor comercial da entidade, Marco Antonio Zaccarelli, detalha os planos de expansão do hospital. Já Roberto Kikawa escreve seu legado sobre rodas. Ele é o idealizador do projeto “Carretas da Saúde” e, em emocionante depoimento à repórter Cinthya Dávila, fala dos motivos que o impulsionaram a desbravar as estradas brasileiras, levando saúde à população carente. Impossível não citar e agradecer o legado da editora Ana Paula Martins, que participou de grandes transformações da FH e do setor de saúde durante as suas atividades na IT Mídia , nos cinco anos de casa. Ela fez parte dessa história e levará consigo esse legado. Mas agora é hora de descobrir outros caminhos, em busca de uma nova herança. Boa leitura!

Foto: Ricardo Benichio

do legado S maria carolina buriti Repórter IT Mídia S.A

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blog s

Leia e discuta com nossos colaboradores os assuntos mais quentes do mês: www.saudeweb.com.br/blogs

Renata Vilhena SilVa Último post: Relação médico-paciente reflete crise ética atual Renata Vilhena Silva é sócia fundadora do Vilhena Silva advogados, especializado em Direito à Saúde, e autora da publicação “Planos de Saúde: Questões atuais no tribunal de Justiça de São Paulo”.

eDuaRDo FaRah Último post: não é fácil Ser Médico eduardo Farah é Professor da FGV, sócio da empresa de consultoria e treinamento Clarear; doutor em administração, com ênfase em marketing, pela eaeSP/FGV

RobeRto latini Último post: por um órgão de controle e trnasparência das agências reguladoras Roberto latini é biomédico diretor da latini & associados

CeSaR luiz abiCalaFFe Último post: o Médico Cansado Cesar abicalaffe é médico e Sócio diretor da impacto tecnologias Gerenciais em Saúde. autor do modelo P4P© para a implantação de programas de pagamento por performance para planos de saúde, hospitais e SuS.

MUlTIMÍDI A galerIa

PoDCasT

WebCasT

Área de Compras: entenda o dia a dia e Como gerenCiÁ-la Por Verena Souza Para garantir a integridade nos processos de aquisição, o Grupo Saúde bandeirantes lança código de conduta ética para comprador

Veja na Saúde TV: hTTp://migre.me/5Yd0e gestão Compartilhada é úniCa solução viÁvel para saúde, diz sérgio Côrtes Por Verena Souza em entrevista o Secretário diz não acreditar em instituição que não seja gerida por meio de PPPs. além disso, cobrou o reconhecimento do Ministério quanto ao modelo

Veja na Saúde TV: hTTp://migre.me/5YcYe

veja fotos dos 40 anos do hospital israelita albert einstein Cerca de 600 pessoas prestigiaram o evento. no final, os convidados ganharam um livro que conta a história das quatro décadas da instituição

Veja na galeria do Saúde Web: hTTp://migre.me/5Yd18

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veja os lançamentos do Congresso de radiologia 2011 Congresso brasileiro de Radiologia de 2011 ofereceu espaço para importantes lançamentos na área de educação médica, como o livro Coluna Vertebral, o Prorad e o Webcast.

Veja na galeria do Saúde Web: hTTp://migre.me/5Yd6e

re De SOCI A IS @ttaleSSanDRott - aleSSanDRo eRnani @SauDe_Web Falta vontade política para a saúde no alto escalão”, diz Margaret Chan, @SauDeCoMDilMa , também acho.

@JPauloSalGaDo - JoÃo Paulo GonÇalVeS “@RaFaelCaRnaz: “Cutucação” interessante. Rt @SauDe_Web acreditação hospitalar: É tudo isto ou Photoshop? bit.ly/p3SFuz” tem muito.

@JunioR_SPD - JÚnioR @G_balSanello muito interessante a matéria da @SauDe_Web. e a nossa realidade.

@G_balSanello - GlaDiR balSanello “@SauDe_Web: tecnologia hospitalar na mão de grandes, mas ainda devendo bit.ly/oR1VKu” vale a pena a leitura.

sIga-Nos!!!

@saude_web e @revistafh

VoTe Na eNQUeTe

Ao invés de criar um novo estudo para a saúde, o governo estuda como altearnativa para o financiamento do setor o uso de royalties do petróleo a ser extraído do pré-sal. Você concorda com o uso de royalties do petróleo para financiar a saúde?

SIM. o pré-sal gerará lucros e estes devem ser usados como fonte de recursos para o desenvolvimento do País, inclusive para a saúde que é um aspecto chave

NÃO. o problema do financiamento da saúde é uma questão de urgência e o pré-sal demorará a render lucros ao brasil. a saúde não pode esperar

DEPENDE DE COMO OS RECURSOS FOREM DIVIDIDOS. a previsão é de que serão necessários R$ 30 bilhões anuais a mais com a regulamentação dos recursos para a saúde por parte da união, estados e municípios, que deverá ser votada pela Câmara no dia 28

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entrevista

Brasil: elo para a saúde global Verena Souza • vsouza@itmidia.com.br

A fim de encontrar soluções convergentes para a saúde mundial, o ex-presidente da Associação Médica Brasileira e atual presidente da Associação Médica Mundial, José Luiz Gomes do Amaral, prima pela união e diálogo entre os líderes e profissionais do setor. Sob o prisma nacional, fatos como a regulamentação da Emenda 29, consistentes reivindicações médicas, políticas de combate a desigualdades sociais, doenças crônicas não transmissíveis, elucidam um caminho promissor

osé Luiz Gomes do Amaral assumiu a presidência da Associação Médica Mundial (WMA) no último mês de outubro, tornando-se o terceiro brasileiro a ocupar o cargo máximo da entidade, antes presidida pelo neurocirurgião tailandês Wonchat Subhachaturas. Ampliar a representatividade da Associação que, hoje, conta com 100 países membros e cerca de nove milhões de médicos, é um dos desafios de Amaral. Para criar políticas convergentes diante de distintos cenários, o presidente acredita na união e na troca de experiências entre líderes e profissionais do setor. Violência trabalhista e o papel dos médicos em relação às determinantes sociais são outros aspectos em pauta sob sua gestão. A eleição para o cargo ocorreu no dia 16 de

outubro de 2010 durante a Assembleia Geral da WMA, realizada em Vancouver, no Canadá. O recém-eleito foi presidente da Associação Médica Brasileira (AMB) de 2008 a 2011 e da Associação Paulista de Medicina no período de 1999 a 2005. Médico especialista em Anestesiologia e Medicina Intensiva, Amaral é um grande defensor da dignidade profissional do médico; com projetos de lei para regulamentar o exercício da profissão e implementar um plano de carreira para a categoria. Sob coordenação do médico, a AMB foi palco de importantes discussões como a revisão da Declaração de Helsinki, incluindo o uso de placebo em pesquisa médica; resiliência médica; má distribuição de médicos no País devido a condições inadequadas de trabalho; organização da atenção médica em situações de desastres; entre outros. Com tamanha propriedade das questões de saúde no Brasil e no mundo, Amaral conversou com a FH sobre as próximas ações à frente da WMA, reivindicações médicas, condições atuais do País, Emenda 29 e modelos de gestão.

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QUEM: José luiz gomes do amaral Médico especialista em anestesiologia e medicina Intensiva, presidente da associação Médica Mundial (WMa) Foi reeleito presidente da associação Médica brasileira (aMb) para a gestão 2008-2011 presidiu a associação paulista de Medicina no período 1999-2005 Há três anos preside o Comitê de assuntos Médicos sociais (sMaC) *antes de amaral, o cirurgião catarinense antônio Moniz de aragão presidiu a WMa em 1961 e o dermatologista paulista pedro Kassab em 1976 Foto: RicaRdo Benichio

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entrevista

FH: Quais são os principais desafios da Associação Médica Mundial? Já possui um cronograma de ações ou plano de continuidade? José Luiz Gomes doAmaral: Do ponto de vista das questões internas da Associação Médica Mundial, já existe uma meta de ampliar a sua representatividade. Hoje temos cem países, cem associações médicas, que representam todos os continentes e reúnem cerca de nove milhões de médicos. É uma representatividade grande, mas ainda temos países da comunidade árabe, por exemplo, da África e da América Latina que não fazem parte da WMA. Além disso, já começamos um trabalho intenso durante a Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais de Saúde, ocorrida no Rio de Janeiro, onde discutimos de que forma os médicos podem trabalhar nesse campo. Outro assunto que vai ser objeto do meu trabalho trata-se da violência em relação aos profissionais de saúde. No mundo inteiro, nós vemos profissionais sendo vítimas de conflitos armados. Muitas vezes eles são atacados ou penalizados por atenderem pacientes considerados da oposição. É o caso Bahrein, onde cerca de 20 médicos foram condenados a penas de 5 a 15 anos de prisão porque atenderam feridos sob repressão do governo daquele país.Teremos uma reunião

e fazer com que haja convergência para pontos comuns é muito importante. Isso se consegue unindo as pessoas. Quando se cria um organismo como a Associação Mundial que permite a todos exprimirem suas ideias, nós vamos acabar percebendo que temos mais pontos de convergência do que diferenças. FH: Existe algum modelo de remuneração médica em algum outro país que poderia ser replicado de modo geral? A WMA entra nesses pormenores? Amaral: É muito difícil falar em remuneração global porque isso varia muito de um país para o outro. Mas é claro que deve se buscar uma remuneração digna que permita ao médico se dedicar à profissão integralmente. Uma remuneração que permita manter-se atualizado, ter tempo para a família. É descabido imaginar uma estrutura de trabalho que obrigue o médico a fazer uma consulta a cada 10 minutos. É necessário proporcionar meios para que possam atender os pacientes com qualidade. FH: O que poderia ressaltar como legado da Associação Médica Brasileira (AMB). A Declaração de Helsinki, incluindo o placebo em pesquisa médica seriam assuntos de destaque de sua gestão? Amaral: A AMB trouxe tais assuntos para serem discutidos no Brasil. A Declaração de Helsinki é uma das declarações mais importantes no que tange a orientação ética da pesquisa em seres humanos. E nós tivemos a oportunidade de discuti-la como um todo e também particularmente o capítulo sobre a utilização de placebo na pesquisa clínica. Há opiniões relativamente polarizadas a esse respeito e a proposta tem sido no sentido de buscar harmonia entre elas.

“O trabalhO da aMb na área de desastres culMinOu cOM a sua adOçãO pOr unaniMidade e fOi inclusO na declaraçãO de MOntevidéu sObre respOsta eM desastres. é a priMeira vez que O nOMe de uMa cidade latinO-aMericana aparece nO dOcuMentO” no México agora em novembro para discutir especificamente este assunto. Lá houve também, em função dos conflitos associados ao tráfico de drogas, muitos profissionais de saúde que acabaram sendo sequestrados, executados e torturados. FH: Como ter uma política global convergente já que existem muitas disparidades de saúde no mundo? Amaral: Eu acho que conciliar as diferenças

FH: Alguma outra iniciativa que gostaria de ressaltar? Amaral: A campanha para a criação de um ambiente melhor de trabalho no sentido de poder fixar profissionais de saúde e melhor distribuí-los nos diferentes países e entre os países. Um outro aspecto importante refere-se à organização da atenção médica em situações de desastres. O trabalho da AMB na área de desastres culminou com a sua adoção por unanimidade e foi incluso na Declaração de Montevidéu sobre resposta em desastres. É a primeira vez que o nome de uma cidade latino-americana aparece na Declaração, que contém 4 propostas importantes: os países devem organizar os seus profissionais de saúde, particularmente os médicos,

em corpos de voluntários classificados conforme suas capacidades; buscar maneiras de qualificar esses profissionais em cursos, programas de treinamento específicos para desastres; ter rede de contatos entre os médicos para que, em situações desse tipo, a comunidade possa rapidamente se comunicar e atender as necessidades específicas; cada país deve ter um mapa da sua condição de resposta: hospitais, meios de comunicação, outras facilidades, condições de saúde das diferentes regiões e assim por diante. FH: Na visão do senhor, que fez parte da delegação brasileira para o plano de ações estratégicas para o enfrentamento de doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, o quão grave são as doenças crônicas no mundo? Amaral: Participei da delegação do governo brasileiro, comandada pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro Alexandre Padilha, em Nova Iorque. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são responsáveis pela morte de 60 a 70% das pessoas nos diversos países. O mundo está em uma campanha em prol do controle das doenças crônicas não transmissíveis como o infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas. Essas doenças são o grande problema atual a serem combatidas e o enfrentamento delas passa por uma abordagem multilateral dos determinantes sociais como condições adequadas de trabalho, água disponível, boas condições de habitação e educação. FH: Os médicos brasileiros têm lutado por melhores condições de trabalho apresentando uma série de propostas. O senhor poderia comentar a questão da remuneração da categoria, de uma carreira de estado, da carência de especialidades e má distribuição pelas regiões do Brasil? Amaral: Uma carreira digna é o ponto central de todos esses aspectos. Para isso, existe a proposição de uma carreira de estado para médicos no sistema público de saúde semelhante a dos juízes. Se você não fizer isso não conseguirá de forma alguma levar atenção médica de qualidade para regiões de difícil acesso. FH: Como funcionaria essa carreira de estado? Amaral: Uma carreira que contemple a mobilidade e inclui a progressão por merecimento. Ao trabalhar em uma região distante, o médico acumula pontos que o qualifiquem para eventualmente se candidatar a outro posto, em uma região mais desenvolvida. Eventualmente isso pode ser utilizado para que o médico compatibilize a sua carreira com o seu desenvolvimento pessoal. É importante que a gente tenha uma carreira que permita progredir a medida que você vai se qualificando. Ao longo da carreira, que são 40 anos em média, o médico precisa ter uma perspectiva de sobrevivência digna e não é o que vemos hoje. Com o plano de carreira você soluciona a questão das especialidades também. A partir daí a preferência de cada um por aquela área fala mais alto. FH: Em relação à falta de qualidade de muitas universidades de medicina, como você vê esse quadro?

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entrevista

Amaral: O Brasil sobrepôs a oferta de universidades de medicina ao incentivo de melhores condições para a prática clínica e à valorização do profissional.A partir daí criou-se uma situação legal que facilita a abertura de faculdades de medicina. Não há nenhum controle efetivo sobre a qualidade dessas instituições. Atualmente existem cerca de 17 mil médicos formados por ano, e mais da metade possui qualidade absolutamente insuficiente, aquém dos padrões internacionalmente aceitos nos países desenvolvidos.

A descentralização do SUS e a distribuição das responsabilidades em nível federal, estadual e municipal terminam sendo um jogo de empurra-empurra. A descentralização por um lado é bom, mas por outro é necessário que cada setor assuma a sua responsabilidade e não fique se apoiando um no outro. Além disso, é preciso definir o que é investimento em saúde, porque merenda escolar faz bem para a saúde das crianças, mas não pode ser entendido como investimento em saúde, assim como outros gastos. FH: Recentemente, o Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (Rebec) passou a fazer parte de um seleto grupo composto por 13 registros primários, espalhados pelo mundo, que compõem a rede da Plataforma Internacional de Registro de Ensaios Clínicos da OMS. Isso é um avanço para o Brasil em termos de pesquisa clínica? Amaral: A pesquisa clínica é muito importante na qualificação do sistema de saúde, mas isso depende da descentralização e da agilização dos processos de aprovação e fiscalização dos ensaios clínicos. Há uma excessiva centralização na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), com uma série de comitês de ética e pesquisa distribuídos no país, que deveriam ser coordenados e fiscalizados pela CONEP. Mas a Comissão retira desses centros muitas das suas responsabilidades e assume para si uma série de decisões, o que retarda a aprovação e a realização de projetos de pesquisa no Brasil. Estamos pouco competitivos nessa área. Outro aspecto é que existe uma ideia preconceituosa de que todo o projeto de pesquisa que vem do exterior está associado à exploração do povo brasileiro.

Porém a pesquisa multinacional é absolutamente necessária e desejável.A participação na comunidade global é algo que deve ser feito com a cabeça erguida e não na defensiva. FH: O ministério da Saúde anunciou há pouco tempo que o acesso a medicamentos foi ampliado em 239% no País por meio do programa Saúde Não tem Preço (hipertensão e diabetes). Este exemplo foi uma política de acesso assertiva? Amaral: O Brasil amplia a atenção por meio de uma política firme na área de medicamentos. O País tem mostrado uma evolução muito favorável de reduzir as desigualdades. No entanto, ainda existe um grande número de brasileiros que dispõe de poucos recursos para comprar medicamentos, portanto, ampliar o acesso aos medicamentos para essa faixa de brasileiros que não consegue se tratar adequadamente é absolutamente essencial FH: As Parcerias Público Privadas (PPPs) e as Organizações Sociais (OSs) podem ser consideradas avanços do setor e tendências de administração? Amaral: Eu acho que isso é muito interessante e nós temos visto muitos sinais de que é possível aumentar a eficiência da atenção à saúde a partir de modelos como as PPPs e OSs. O Brasil não deve se ater a uma só alternativa. Devemos experimentar as diversas possibilidades e encontrar aquilo que melhor se adapta a essa ou aquela região.

Foto: RicaRdo Benichio

FH: O senhor sempre se posicionou a favor da regulamentação da Emenda Constitucional 29. O que a votação deste ano representa para a Saúde, apesar da falta de resolução sobre a fonte para o financiamento? Amaral: A regulamentação da Emenda 29 é um passo importante. Não é o caminho inteiro, mas ela é um passo. Ela mostra que a sociedade brasileira entende que é necessário investir em saúde. A Emenda 29 não será suficiente para nos posicionar em um patamar de país desenvolvido. Mas é um caminho na direção do desenvolvimento. Quando você olha todos os países europeus, Canadá e alguns sul-americanos, nota que nenhum deles investe menos que 10% do PIB em saúde. Precisamos aumentar e intensificar o investimento, sobretudo, no sistema público.

“Se não houver a criação de uma carreira de eStado para oS médicoS, o BraSil não conSeguirá levar atenção médica de qualidade para regiõeS de difícil aceSSo”

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política

Vistoria no

longo prazo... Verena Souza • vsouza@itmidia.com.br

Seria a RDC 25/2009 responsável por um apagão tecnológico no País e pelo prejuízo de pequenos e médios fabricantes de equipamentos médicos?

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Roberto Latini , da Latini & Associados: Empresas chegam a desistir por conta da demora na Anvisa

Foto: Divulgação

escontentamentos, reclamações, ações na justiça e prejuízos. Estas são algumas das consequências evidenciadas pelo mercado diante da RDC 25, que exige o certificado de Boas Práticas de Fabricação às empresas que importam equipamentos de saúde e produtos de diagnóstico laboratorial de países fora do Mercosul. Estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2009, a grande polêmica da norma se dá nem tanto pelo seu teor, mas pelas incongruências no processo de auditoria realizado junto ao fabricante estrangeiro. Os importadores e distribuidores de equipamentos médicos devem pagar uma taxa de R$ 37 mil à Anvisa, a cada dois anos, pela auditoria do parque fabril no exterior e aguardar até que a Agência faça a fiscalização e emita o certificado. Portanto, a legislação sanitária obriga os fornecedores e compradores a comercializarem, entre si, somente produtos registrados. De acordo com o órgão, a resolução prima pela qualidade dos produtos, tanto nacionais quanto importados. Para o biomédico e diretor geral da Latini & Associados, Roberto Latini, a taxa fixa cobrada é abusiva e

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fere o princípio da capacidade contributiva, em que as empresas de maior porte e receita pagam um valor superior às de menor porte. Já a quantia cobrada para países do Mercosul varia entre R$ 1.500 e R$ 15.000, seguindo o príncipio da capacidade contributiva. Ao ser indagada sobre o cálculo dos R$ 37 mil pela vistoria, a Anvisa informou, por e-mail, que a definição do valor de fiscalização foi estabelecido pelo Congresso Nacional. Pela RDC, se um produto é importado de um mesmo fornecedor para 5 empresas diferentes no Brasil, a Anvisa vai receber pelas 5 empresas. Além da taxa, outro questionamento do setor refere-se à falta de prazo para a vistoria a partir de sua solicitação. Segundo Latini, existem companhias há mais de 14 meses na fila de espera, impossibilitadas de registrar um novo produto. Segundo o biomédico, os medicamentos importados também necessitam de fiscalização para o registro. No entanto, para esta categoria, a Agência estabeleceu prazo de um ano para a vistoria. “Eu acho que precisa de inspeção, mas antes de propor a RDC, a Anvisa tinha que ter estrutura para cumprir sua parte”, opina o advogado, especialista em direito sanitário, Pedro Cassab. Já Latini acredita que a isonomia deve ser garantida pelo importador e distribuidor, e não pelo fabricante. Ao ser questionada sobre a demora no processo, a Anvisa afirmou que “tem trabalhado para atender às solicitações e várias ações estão sendo preparadas pela Diretoria nesse sentido”. Impacto na Saúde De acordo com os especialistas ouvidos pela FH, a demora na entrega dos registros gera um apagão tecnológico no País. “Empresas estrangeiras chegam a desistir do Brasil, pois não querem esperar dois anos para lançar um produto. Sem contar que alguns materiais correm o risco de ficarem obsoletos durante o processo. Tenho clientes que, no momento, preferem vender para a Venezuela”, conta Latini. Os prejuízos decorrentes da RDC 25 são contabilizados pelas pequenas e médias empresas. “O valor de R$ 37 mil não é viável, pois saem da margem de contribuição -preço de venda menos o custo total. o que fazer? Para as organizações que se sentem “feridas” pela norma, a única saída, segundo Latini, é buscar a segurança no poder judiciário. “Isso não é ir contra a Anvisa. É apenas para mostrar ao juiz que sua operação corre risco. Não é preciso ter medo de retaliação pela Agência”. O advogado Cassab conta com três processos judiciários em andamento e 12 propostas em análise. Em outubro deste ano, a empresa N. E. B. C. I. O. obteve uma liminar para que a Anvisa inspecione um fabricante no Japão, no prazo de até 60 dias. “Essa liminar abre um importante precedente jurídico para que outros agentes regulados também reclamem seus direitos e possam, assim, obter a necessária segurança jurídica ao seguimento de suas operações”, disse Latini. Uma possível solução, segundo o biomédico, seria a criação de uma Comissão Nacional de Justiça que tenha controle sobre as agências reguladoras, hoje, subordinadas ao poder executivo. sua opinião é muito importante // editorialsaude@itmidia.com.br twitter // @revistafh

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política

foco na internação

domiciliar Marina Pita • editorialsaude@itmidia.com.br

Para ampliar leitos e reduzir custos, Prefeitura de São Paulo expande o Prohdom para toda rede municipal de hospitais

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prefeitura municipal de São Paulo lançou mão de uma nova estratégia para ampliação de leitos e do atendimento no sistema de saúde pública: o Programa Hospital Domiciliar. Dividido em duas modalidades, atendimento e internação,os projetos ainda têm custo de 40% a 60% menor do que as versões tradicionais. O objetivo é desospitalizar em tempo adequado os pacientes com perfil para internação domiciliar, evitando hospitalização desnecessária, reduzindo as taxas de reinternação, minimizando os riscos de complicações clínicas, como infecção hospitalar, além de permitir uma melhor integração do paciente com a família. A prefeitura trabalha com uma estimativa de que 70% das doenças são passíveis de tratamento em âmbito domiciliar. Implantado desde junho de 2008, o Prohdom está presente em cinco hospitais de administração direta - Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio, Hospital Municipal Professor Dr. Alípio Correa Neto, Hospital Municipal Tide Setúbal,

Hospital Municipal Ignácio de Proença Gouveia, Hospital Municipal Fernando Mauro Pires da Rocha – e em três administrados por Organizações Sociais de Saúde - Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch, Hospital Municipal Vereador José Storopolli, Hospital Municipal. De acordo com o assistente técnico do Prohdom, Reynaldo Bonavigo Neto, o atendimento domiciliar está bem consolidado nas oito unidades supracitadas. Já a internação domiciliar está implantada totalmente nos hospitais gerenciados por OS, porém ainda em fase de implantação nos equipamentos de administração direta. Apesar do programa, aplicado por meio de Portaria, estar em andamento, faltava maior legitimidade, avalia Neto. Por este motivo, o prefeito Gilberto Kassab sancionou, no final de setembro, o Projeto de Lei 15.447/11 regulamentando o atendimento domiciliar, que agora deve se estender para aos outros dez hospitais da rede municipal. A meta é oferecer 30 vagas por equipe para Internação Domiciliar (UID), com média de permanência de 30 dias, e 200 vagas por equipe para Atendimento Domiciliar (UAD), com média de permanência de 180 dias. Nessa proporção, a prefeitura estima a geração de 450 leitos de Internação Domiciliar para os hospitais e 6,6 mil vagas na modalidade de Atendimento Domiciliar. Para isso, nove unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) serão direcionadas ao programa e R$ 3 milhões mensais devem custear o serviço. Atualmente, há, em média, 80 pacientes por mês sendo beneficiados pelas três equipes de internação domiciliar. Esse número, porém, é flutuante, uma vez que diariamente ocorrem altas e novas admissões. “Com isso, traça-se um novo e ousado plano de tratamento aos pacientes que, até então, permaneciam por período prolongado submetidos à internação hospitalar. E, mais do que isso, traça-se um novo olhar ao paciente, que será assistido e preparado para a reinclusão domiciliar, familiar e pela comunidade”, conclui Neto.

Programa hosPital domiciliar de são Paulo, em números: CreSCimento de 8 Para 18 hoSPitaiS da rede muniCiPal 450 leitoS Para internação 6,6 mil vagaS Para atendimento r$ 3 milhõeS/mêS de CuSto sua opinião é muito importante // editorialsaude@itmidia.com.br twitter // @revistafh

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ESPAÇO JURÍDICO

RODRIGO CORREIA

NOVIDADES NA INCORPORAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO

SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE? A

mudança do processo de Incorporação de No- tos públicos e do ponto de vista técnico, pois demanda vas Tecnologias no Sistema Público de Saúde, profundo conhecimento das doenças e respectivos tratadecorrente da Lei 12.401/2011 que alterou a mentos para os quais o produto é indicado. Lei Orgânica da Saúde enxertando-lhe alguns artigos, Mais ainda, a decisão de incorporação de uma tecnoloestá para entrar em vigor após os 180 dias de sua gia no sistema de saúde pública é tormentosa do ponto publicação (quando estiver lendo provavelmente já de vista social e político, pois sendo o orçamento limitado, a incorporação de uma tecnologia impede a incorestará em vigor). A lei em questão decorre da confluência de dois pro- poração de outras , ou seja, cada “sim” implica em um ou muitos “nãos” a cidadãos com jetos de Lei, um patrocinado necessidades e demandas tampelo poder executivo e outro ESTE TIPO DE DECISÃO É bém legítimas. elaborado com os objetivos da Uma lei que legitimasse as deiniciativa privada. COMPLEXA DO PONTO DE cisões de incorporação deveAmbos motivados pelo entenria normatizar o processo de dimento de que as tensões coVISTA FINANCEIRO, POIS TEM avaliação de novas tecnologias locadas pela população, clasIMPACTO SIGNIFICATIVO NOS e principalmente definir crise médica, fornecedores e as térios objetivos que levassem próprias pessoas políticas, no ORÇAMENTOS PÚBLICOS a uma decisão racional e quase processo de avaliação do que deveria ou não ser arcado pelo sistema público de saú- que automática sobre os “sins” e “nãos” veiculados pelo de estavam sendo pobremente mediadas pelo poder poder executivo. Uma lei assim deveria decorrer de um Judiciário em ações que buscavam atender necessida- amplo debate na sociedade e posteriormente maturado des individuais dada a lentidão da análise oficial dos pelo Congresso Nacional. Não foi o que aconteceu... O projeto de Lei que acabou aprovado pelo congresprodutos ofertados. Este tipo de decisão é complexa do ponto de vista fi- so nacional, determina que os produtos apresentados nanceiro, pois tem impacto significativo nos orçamen- devem ser analisados quanto ao seu custo-efetividade,

conforme protocolos e diretrizes de tratamento para cada fase da doença tratada, contudo, sem definir qual a relação aceitável... A norma determina que a decisão a partir de agora, será assessorada por um colegiado que incluirá um representante da classe médica, sem definir quantos ou quais serão os outros membros ou como serão definidas as votações. Pois é leitor, mais um colegiado... é a moda... A norma veda o pagamento de produtos não registrados na Anvisa, para coibir ações judiciais motivadas pela demora da agência, sem notar que tais decisões tem fundamento constitucional... Por fim, a norma define um prazo para que seja tomada a decisão, no entanto após o veto da Presidente da República não haverá consequências caso seja descumprido... Ou seja, Lei para brasileiro ver... PS: Neste artigo eu prefiro estar errado.

RODRIGO ALBERTO CORREIA DA SILVA Sócio fundador da Correia da Silva Advogados, mestre pela PUC/SP, professor de Direito Comercial e Processual Civil na Universidade Paulista e autor de livros, entre eles Regulamentação Econômica da Saúde

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operadora

Para ganhar o reconhecimento da anS, a autogeStão SePaco reeStrutura Sua marca, define eStratégiaS e PaSSa a ter um novo cnPJ

Seguindo aS

normas... O

ferecer o melhor serviço de saúde suplementar para um nicho bem definido de mercado. Este é o objetivo do Sepaco, autogestão destinada a atender as demandas de saúde da indústria papeleira. Com cerca de 70 mil beneficiários, a empresa passou por uma série de reformulações para cumprir as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e se preparar para ampliar suas atividades em território nacional. “Até então o Sepaco não era uma autogestão reconhecida pela ANS, ele estava

Guilherme Batimarchi • gbatimarchi@itmidia.com.br

vinculado ao serviço social da entidade que leva o mesmo nome. O que ocorreu foi a separação das instituições e a criação de um novo CNPJ para a autogestão, que passou a ser reconhecida pela a ANS”, informa o superintendente do Sepaco, Marcos Anacleto. Segundo ele, a operadora já obedecia todas as exigências do órgão regulador. O superintendente afirma que a operação, apesar de tranquila, envolve um grande esforço operacional, que abrange mudanças de contrato, envio de novas carteiras de identificação do plano, novos indicadores da rede credenciada, site e outros detalhes. A transição está prevista para ser concluída no primeiro trimestre de 2012. O Sepaco manterá sua carteira de clientes e não pretende disputar mercado com outras operadoras de saúde. “Manteremos o foco da operadora na indústria papeleira. Para o usuário pretendemos realizar as mudanças de forma transparente e tranquila, para não ocorrer nenhum choque. Os benefícios e obrigações que o beneficiário possuía serão transferidos para

essa nova empresa”, completa o superintendente. Aproveitando o momento de mudança, a autogestão reformulou sua marca mantendo o nome original e ampliou os serviços oferecendo mais médicos, laboratórios e hospitais credenciados. “Hoje o usuário quer ter opções de escolha e essa nova autogestão irá oferecer uma abrangência maior e melhor dos serviços oferecidos pelo Sepaco”, ressalta Anacleto. Segundo o executivo, as parcerias com outras operadoras também foram mantidas, dessa forma, onde não há cobertura do Sepaco a empresa contratante do serviço poderá contar com uma Unimed, por exemplo, ou com a One Health, da Amil, destinada aos altos executivos da indústria. O segmento papeleiro, como qualquer outro, possui a cobertura de dois ou três planos de saúde. “O Sepaco, nessa reestruturação da autogestão já se diferenciou dos demais por oferecer opções a mais de planos de saúde, como o benefício com reembolso e a co-participação, com o objetivo de fazer com que o cliente

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marcos anacleto, do sepaco: o foco está na indústria papeleira Foto: Ricardo Beinichio

pErspEctivas...

HOJE

70 mil

vidas

utilize os serviços com mais critério e não inviabilize o plano” ressalta Anacleto. Passada a primeira fase de reestruturação, a autogestão, que prevê um faturamento de R$ 200 milhões em 2011, iniciará um projeto de prospecção agressivo junto a indústria de papel fora do estado de São Paulo. “Neste ano já entramos na Bahia trabalhando com a companhia Suzano por meio da rede de saúde Paineiras, que possui três ambulatórios, e pretendemos conquistar outras indústrias da região também”. Com um potencial de 500 mil vidas dentro da indústria de papel, a operadora pretende abocanhar cerca de 20% desse mercado. Para isso, a estratégia é atacar as grandes empresas do segmento por meio de uma série de campanhas e ações de relacionamento. Atualmente o Sepaco posui 70 mil vidas em sua carteira e conta com quatro hospitais, e uma série de ambulatórios espalhados pelo País.

mEta

170 mil

vidas

sua opinião é muito importante // editorialsaude@itmidia.com.br twitter // @revistafh

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Novos

tempos Analice Fonseca Bonatto • editorialsaude@itmidia.com.br

TempoAssist planeja abrir novas filiais até final de 2012 e investe mais de R$2milhões em campanha de marketing para o fortalecimento de sua unidade de seguro saúde

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Tempo Assist está com novos desafios. Além de consolidar sua presença no mercado segurador de saúde, a empresa quer abrir outras filiais em estados onde já marca presença. A companhia, que atua na prestação de serviços de assistências especializadas, seguro saúde, planos odontológicos, home care - com mais de 1.400 leitos -, e soluções em saúde, objetiva consolidar a marca de sua unidade de seguro de saúde e criar uma aproximação com os corretores pelo Brasil afora. Sem desprezar o mercado global, o CEO da Tempo Assist, Marcos Couto, avalia o cenário brasiliero como positivo. “A economia do Brasil figurando entre as melhores traz estabilidade e mais acesso à saúde.” Com cinco divisões, a Tempo Saúde Seguradora é o resultado da aquisição do Unibanco Saúde Seguradora. “Compramos em abril de 2010 e, a partir de maio deste ano, deixamos de usar a marca Unibanco”, conta o executivo da companhia, que, em menos de um ano, aumentou o número de vidas asseguradas de 60 mil para mais de 80 mil, com clientes nas classes A, B e C+. Desde o lançamento da marca, em maio deste ano, a companhia faz investimentos em marketing para seu fortalecimento. “Somente este ano foram mais de R$ 2 milhões em marketing específico para fixação da marca”, diz Couto. Além da campanha, a companhia tem um ambicioso plano de expansão com término previsto para dezembro de 2012. O início foi em agosto passado, quando inauguraram uma filial em Salvador (BA). “Tínhamos uma presença tímida no território nacional, mas, ainda em novembro, vamos inaugurar outra filial em Belo Horizonte (MG) e mais duas até dezembro: em Brasília (DF) e em Porto Alegre (RS).” Este investimento é peça-chave para desenvolvimento do negócio. “Nosso canal de distribuição são os corretores de seguro”, ressalta Couto. Ainda segundo ele, o que construirá uma marca forte é a qualidade do atendimento. “Por isso, o nosso investimento é forte na estrutura comercial e no pós-venda. O compromisso da companhia é de longo prazo.” A empresa, no entanto, não divulgou os próximos investimentos. “Só vamos divulgá-los após o resultado do terceiro trimestre.”

marcos couto, da Tempo Assist: economia brasileira entre as melhores do mundo aumenta o acesso à saúde da população

Pós-venda ágil O executivo destaca que uma das grandes vantagens da empresa é ter sistemas próprios, assim é possível personalizar, alterar e construir o que for necessário para que a operação atenda a demanda específica de um cliente ou de um corretor. “Temos a Tempo CRC - que atua na prestação de serviços tecnológicos e administrativos para operadoras de planos de saúde -, atendendo a mais de 1 milhão e 600 mil vidas e isto significa que a nossa plataforma tecnológica é muito robusta, dessa forma, também beneficia nossos segurados de saúde por meio da Tempo Saúde Seguradora.”

Tempo AssisT segurAdorA, em números

receiTA líquidA: R$66,2 milhões no 1° TRi de 2011 usuários: 83 mil novAs FiliAis: Belo hoRizonTe (Bh), BRAsíliA (dF) e PoRTo AlegRe (Rs)

Foto: Divulgação

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OuvidOs

Atentos Mariana Costa • editorialsaude@itmidia.com.br

Operadoras que possuem ouvidorias conseguem agilizar a resposta às demandas e comprovam que cliente satisfeito é um bom negócio

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cliente está em primeiro lugar”. Esta máxima, embora antiga, ainda não perdeu sua validade. Pelo contrário: em um mercado cada vez mais competitivo, consumidor satisfeito é sinônimo de empresa bem sucedida. No setor de saúde, não poderia ser diferente. Mas será que as operadoras sabem ouvir seus beneficiários? Uma pesquisa divulgada em maio deste ano pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostra que, nos últimos seis anos, esforços têm sido feitos no sentido de entender as principais demandas dos beneficiários. O estudo, feito com 72 operadoras, mostra que 71% delas possuem estruturas específicas de ouvidoria. É recente a implementação desses canais de comunicação com o cliente: 42 foram criados nos últimos seis anos e, o restante, há no máximo três. Essas estruturas permitem agilizar o atendimento das mais diferentes demandas. Para 59% das ouvidorias de operadoras, o prazo de resposta é de até cinco dias úteis. Para motivar aquela parcela significativa

de operadoras que ainda não possui atendimento, a ANS decidiu bonificar aquelas que criarem unidades específicas de ouvidoria vinculadas à direção máxima da entidade. As empresas que assim o fizerem verão elevar a sua pontuação no Índice de Desempenho na Dimensão de Satisfação do Beneficiário (IDSB), do Programa de Qualificação das Operadoras. Adrianos Loverdos, consultor e especialista em gestão médica e auditoria, vê com ótimos olhos essa iniciativa. “É extremamente positivo que a ANS pense em premiar bons desempenhos, ao invés de apenas punir inconformidades. Dar à satisfação do usuário uma dimensão específica mostra o respeito com o cidadão que paga caro pelo direito à saúde suplementar.” A pressão da ANS na avaliação da satisfação do usuário é o maior desafio que o setor de saúde apresenta para um departamento de ouvidoria, na opinião de Loverdos. Um desafio que não vem sozinho. Ele lembra que, no dia a dia, a empresa precisa contornar diferentes obstáculos, como os procedimentos não cobertos pelos contratos, as carências e os planos anteriores à lei 9656. É aí que entra a ouvidoria. “O beneficiário precisa de um canal de comunicação ágil que não o deixe sem resposta. Acho que o departamento de ouvidoria tem todas as condições para desempenhar adequadamente este papel”, diz. O gestor do plano Família na Unimed-Recife, Gildo Ferreira Lima, compartilha dessa opinião. “A ouvidoria certamente é um dos setores mais importantes numa grande empresa que lida com atendimento ao público. É o setor que interliga a empresa com seus clientes, prestadores de serviço e colaboradores, permitindo a realização constante de melhorias naquilo que porventura venha a ser criticado.” Experiência para opinar sobre o assunto, Lima tem de sobra. Ele implementou a estrutura de ouvidoria da Unimed-Recife, que hoje conta com um ouvidor e dois auxiliares administrativos, responsáveis por 30 atendimentos diários. Ao ouvidor cabe, entre outras atribuições, visitar as unidades e prestadores de serviço, no intuito de identificar possíveis falhas e, assim, melhorar o atendimento. E como a ouvidoria da Unimed-Recife funciona no mesmo prédio do departamento jurídico, recebe apoio dos advogados da cooperativa no desempenho de suas atividades. Segundo Lima, o percentual de demandas solucionadas pela ouvidoria alcança 80%. Os resultados são satisfatórios. “Houve uma redução drástica na quantidade de demandas judiciais e junto aos órgãos de proteção ao consumidor.” As vantagens não se apresentam apenas para os beneficiários. Para Lima, os prestadores de serviço também saem ganhando. “A ouvidoria é referência para tirar dúvidas sobre os contratos, procedimentos abrangidos, carências. Além disso, todas as queixas e sugestões são encaminhadas a eles, permitindo uma constante evolução para obtenção de excelência no atendimento.” E essa excelência é buscada não só pela correção de falhas, mas pelo reconhecimento de

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êxitos. Por meio da carta-elogio, as ouvidorias repassam às unidades as avaliações positivas de seus profissionais. Boca a Boca Para aquelas operadoras que ainda não possuem uma ouvidoria, Loverdos aponta para as vantagens que esse departamento pode trazer, especialmente no que diz respeito à agilização de processos com divergências ou dúvidas. Ele recomenda que a estrutura disponibilize, para cada 50 mil beneficiários, duas assistentes sociais capazes de receber todas as comunicações obtidas pelos diversos canais de comunicação da operadora e com facilidade de acesso aos diversos setores, em especial o departamento médico e comercial. Para Loverdos, a ouvidoria não pode ser encarada como despesa, mas como investimento. “Não precisa de uma estrutura cara, mas de um bom fluxo de informações e comunicação, interna e externa e de uma “HOuve uma reduçãO adequada posição no organograma da empresa.” drástica na quantidade O resultado desse investimende demandas judiciais to é um beneficiário comprazido, que pode ajudar a empresa e juntO aOs órgãOs de a conquistar outros por meio prOteçãO aO cOnsumidOr” de um bom boca a boca. “É uma vantagem competitiva, se bem utilizado. A melhor progildO Ferreira lima, paganda é aquela feita por um da unimed reciFe cliente satisfeito.”

sua opinião é muito importante // editorialsaude@itmidia.com.br twitter // @revistafh

Foto: Ivaldo/Lumenfotos

Fonte: ANS

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hospital

Economia na

ponta do lápis Guilherme Batimarchi • gbatimarchi@itmidia.com.br

Para se recuperar e garantir sua sustentabilidade financeira, Santa Casa de Marília revê processos, renegocia dívidas e investe na alta complexidade para impulsionar ganhos

dívida acumulada do segmento privado sem fins lucrativos, formada por cerca de duas mil entidades, atinge a soma de R$5,9 bilhões, de acordo com um estudo realizado pela Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CBM). No entanto, mesmo com um cenário econômico induzido à negatividade, instituições como a Santa Casa de Marília, interior de São Paulo, conseguiram dar a volta por cima garantindo sua sustentabilidade financeira. Em 2005, a Santa Casa de Marilia possuía um endividamento de aproximadamente R$ 14 milhões em passivos descobertos, concentrados em curto prazo e certidões vencidas, que dificultava a entrada ou aprovação de crédito por instituições financeiras. Segundo a superintendente da Santa Casa, Kátia Ferraz Santana, os passivos do hospital se concentravam em impostos, dívidas trabalhistas e com fornecedores e contas públicas. “Neste ano, começamos a investir em um projeto intensivo de recuperação financeira da instituição”, acrescenta. Para recuperar a saúde financeira da instituição, uma série de medidas foram tomadas, começando pelo aumento nos serviços prestados à saúde suplementar, com o objetivo de melhorar o mix SUS Convênio – que hoje representa 50% do faturamento do hospital cada – e para isso, foram necessários investimentos na área de hotelaria para que a Santa Casa pudesse otimizar sua receita. Além dessa iniciativa junto à saúde suplementar, o hospital renego-

ciou suas dívidas junto aos bancos e aderiu ao Refis (programa de recuperação fiscal). Com isso a instituição, em um ano, regularizou sua situação financeira e partiu para a captação de recursos junto ao BNDES para equacionar os recursos. “Negociamos com fornecedores e alongamos as dívidas de curto prazo para longo prazo”, conta Kátia. A entidade também remodelou seu quadro de funcionários com o objetivo de melhorar a eficiência do hospital, readequou o número de leitos, e passou a fazer um controle mais intenso em relação ao tempo de internação do paciente do SUS, gerando uma redução de sete para cinco dias. De acordo com a executiva, foram cortados 10% dos postos de trabalho no hospital e duas alas foram desativas, totalizando 30 leitos. “Priorizamos nosso planejamento estratégico e a utilização em ferramentas de gestão. Fizemos investimentos para melhoria das estruturas físicas de pronto socorro e centro cirúrgico, além de parcerias com o corpo clínico e a verticalização dos serviços de hemodinâmica e cardiologia” declara Kátia. Para aumentar a receita da Santa Casa de Marília, outras medidas foram tomadas: ampliação da rede de relacionamento da instituição, estabelecendo diálogos com novos hospitais para trocar experiências e conhecimento; investimentos em recursos humanos; pesquisas de avaliação de clima organizacional; programas de capacitação de pessoas; gestão de gastos com água, luz, telefone e gases medicinais; além do acompanhamento de centros de custo. Toda essa reformulação trouxe ao hospital fôlego financeiro para voltar a investir e, em 2009, a Santa Casa já fechava seu ano fiscal com um saldo positivo de R$ 4 milhões em caixa.

Foto: AllAn AlmeidA

"Em quatro anos, o hospital rEgularizou sua situação financEira E partiu para a captação dE rEcursos junto ao BndEs E outras fontEs"

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Balança equiliBrada Após equilibrar suas contas, a Santa Casa de Marília iniciou uma nova fase que envolve investimentos massivos em tecnologia da informação. “Começamos a sentir carência nesse tipo de tecnologia”, destaca Kática ao falar sobre a importância dos sistemas de gestão para as contas do hospital. “Em 2011 notamos um agravamento na condição financeira de nosso hospital em função do aumento na defasagem entre a tabela SUS e o custo real dos procedimentos, além de taxas e impostos”. Segundo a executiva, a entidade já estuda adotar uma mudança intensa na logística hospitalar em relação a materiais e medicamentos para intensificar a economia em sua cadeia de abastecimento. “Temos apoiado a Federação das Santas Casas em relação à tabela de remuneração usada pelo SUS e também uma taxa de juros subsidiada pelo BNDES para investimentos e recuperações financeiras de instituições”. “Além disso a Santa Casa tem reivindicado o aumento do teto financeiro do SUS, pois sempre produzimos acima do estabelecido e dessa forma acabamos financiando o próprio sistema, levando a Santa Casa a um esgotamento de recursos financeiros. Não podemos pensar em deixar de investir para garantir o crescimento da instituição”, completa Kátia.

Kátia ferraz: “Priorizamos nosso planejamento estratégico e a utilização em ferramentas de gestão”

expansão Até janeiro de 2012, o número de leitos de UTI da instituição deve passar de 19 para 30. “A complexidade dos pacientes tem aumentado em decorrência da melhor qualidade de vida. Notamos um crescimento no faturamento, principalmente em função da demanda pela alta complexidade no hospital”.

sua opinião é muito importante // editorialsaude@itmidia.com.br twitter // @revistafh

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“Temos que nos comparar com os melhores do mundo, pois só assim Teremos parâmeTros sobre nossa evolução” Marco antonio Zaccarelli, do Santa Joana

I d e a l pa r a o pa c I e Guilherme Batimarchi • gbatimarchi@itmidia.com.br

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Foto: RicaRdo Benichio

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os últimos anos, São Paulo pôde acompanhar uma série de inaugurações de prédios de hospitais como, Albert Einstein, São Camilo, Sino-Brasileiro e Samaritano. Em novembro deste ano foi a vez do Hospital e Maternidade Santa Joana também protagonizar o lançamento de uma torre, com 20 mil metros quadrados, anexa ao empreendimento sede, localizado na zona sul da cidade. As novas instalações do hospital foram construídas para sanar uma série de gargalos que foram surgindo ao longo dos anos, entre eles a alta taxa de ocupação que girava em torno de 85%. Dessa forma, o grupo orçou um projeto de expansão de R$ 100 milhões, contemplando 54 leitos para internação, seis salas cirúrgicas, três pisos de estacionamento com 300 vagas e um novo centro de medicina diagnóstica, realizado em parceria com o grupo Fleury por meio da marca a+ com serviços de ressonância magnética e tomografia. “Por ser um hospital focado em ginecologia e obstetrícia tínhamos algumas deficiências na área de medicina diagnóstica, como em ressonância magnética e tomografia devido à baixa demanda por estes exames. Portanto, quando era necessária a realização desse tipo de procedimento removíamos o paciente até o centro diagnóstico. Agora, estes novos serviços atenderão toda a demanda do hospital e também realizarão exames ambulatoriais”, explica o diretor comercial do Santa Joana, Marco Antonio Zaccarelli. Salas cirúrgicas inteligentes é outro conceito inovador do empreendimento. O centro obstétrico é formado por oito salas de parto, sendo que seis são reservadas para procedimentos eletivos e duas para emergências. “Dessa forma não será necessário desmarcar ou atrasar qualquer procedimento eletivo em decorrência de uma urgência ou emergência”, conta Zaccarelli. As novas salas contam com tecnologia da Maquet, e um fluxo laminar de ar, independente por sala, que isola a mesa cirúrgica impedindo a passagem de microorganismos reduzindo os riscos de infecção hospitalar. “Hoje temos uma taxa de infecção hospitalar 0,3 frente a uma taxa média mundial de 2,2”, acrescenta. Outro diferencial do novo prédio pode ser notado no relacionamento do hospital com os familiares da futura mãe. Nas salas de parto eletivas, a família pode acompanhar o parto por meio de um amplo visor, composto por cristal líquido, que permite ao médico controlar o acesso à visão do ambiente preservando a paciente e seus familiares. “Há cerca de três anos, fizemos esta experiência na Pró Matre e foi um sucesso tão grande que decidimos estender essa tecnologia para o Santa Joana de uma forma melhor dimensionada, pois lá existia uma disputa para realizar os partos nas salas que continham essa tecnologia”, brinca Zaccarelli. Antes da inauguração da nova torre o hospital realizava cerca de 1,1 mil partos e 800 cirurgias ginecológicas todos os meses e ,com as novas instalações, a projeção é ter um acréscimo de 20% em sua demanda por partos e 30% em cirurgias ginecológicas. Segundo Zaccarelli, além das novas instalações, a intenção do hospital é aumentar a complexidade dentro do foco de atu-

cIente e o médIco auMentar a coMplexidade doS procediMentoS realiZadoS na inStituição, levar MaiS agilidade e tecnologia ao paciente e ao Médico e reduZir gargaloS coMo a alta taxa de ocupação foraM algunS doS vetoreS que levaraM o HoSpital e Maternidade Santa Joana inveStir r$100 MilHõeS eM uMa nova torre, inaugurada eM noveMbro 35

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HoSpital e Maternidade

ação do Santa Joana realizando novos procedimentos, como os exames diagnósticos de tomografia e ressonância magnética, cirurgias cardiológicas com circulação extra corporal em recém nascidos e cirurgias em pacientes com endometriose profunda. Com a expansão dos procedimentos mais complexos, a instituição estima um crescimento de receita em 40% para 2012. A tendência já vinha sendo positiva, tendo registrado faturamento de R$ 240 milhões em 2010 e projeção de R$ 300 milhões para este ano. Fidelização A tecnologia de ponta, agilidade nos processos clínicos e qualidade assistencial fazem do Santa Joana um dos centros mais procurados pelos médicos no Brasil. Pensando na fidelização dos profissio-

“a inTenção do hospiTal é aumenTar a complexidade denTro do foco de aTuação do sanTa Joana realizando novos procedimenTos” Marco antonio Zaccarelli, do Santa Joana sua opinião é muito importante // editorialsaude@itmidia.com.br twitter // @revistafh

nais credenciados, a instituição oferece, ainda, um espaço de conforto médico, com poltronas, TV, acesso à internet e local para refeições. Além de um andar de estacionamento e acesso ao hospital exclusivo. Como a nova torre foi construída no antigo espaço de esporte destinado aos médicos, o grupo decidiu criar o Santa Joana Fitness Center, local em frente ao hospital, com quadra de tênis, piscinas e uma academia. Segundo o executivo, é importante promover qualidade de vida para os médicos, tendo em vista a prerrogativa de que eles não possuem muito tempo para a prática de esportes. Gestão por indicadores Infraestrutura de equipamentos e corpo clínico de qualidade dependem diretamente de eficientes sistemas de gestão. Aliado a isso, o Santa Joana utiliza ferramentas de Business Inteligence, indicadores do Observatório Anahp e do instituto Vermont Oxford – que reúne informações das maiores instituições de saúde do mundo – que garantem uma gestão baseada em indicadores. “Temos que nos comparar com os melhores do mundo, pois só assim teremos parâmetros sobre nossa evolução. Fazemos reuniões mensais com o corpo clínico e em cada uma delas saímos satisfeitos ao ver os resultados dentro, ou acima, da média internacional”, ressalta.

sanTa Joana 180 leitos de internação

Três salas com LDR com hidroterapia

Seis salas do centro obstétrico com visor de cristal liquido

Salas cirúrgicas inteligentes para procedimentos de altíssima complexidade

Ar condicionado isolado e fluxo laminado em todas as salas cirúrgicas

24 leitos de recuperação pós-anestésico

Sala de reanimação para gestações múltiplas dentro do centro obstétrico

Unidade de apoio da Central de Material Esterilizado no centro cirúrgico

UTI Adulto e Neonatal

Nova torre contou com R$100 milhões em investimentos

Unidade de Terapia Semi-Intensiva Obstétrica

Foto: divulgação

Pronto Atendimento especializado

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FOTO: RICARDO BENICHIO

HOSPITAL

a eXpansão Continua...

guilherme Batimarchi • gbatimarchi@itmidia.com.br

Pouco mais de um ano após a entrada no mercado paulista a Rede d´or já estuda novas aquisições e investe na quarta unidade de sua marca mais forte na região, o Hospital São Luiz

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rotagonista de uma série de aquisições nos últimos anos, a Rede D´Or, maior grupo hospitalar independente do Brasil, completou um ano de participação no mercado paulista e, mesmo em fase de consolidação, os resultados já são positivos para a empresa. Após a aquisição dos hospitais Brasil e Assunção no início de 2010, em setembro do mesmo ano, a rede adquiriu o Hospital São Luiz por aproximadamente R$ 1 bilhão e marcou sua entrada definitiva no mercado paulista. Ao todo, a operação da Rede D´Or em São Paulo já conta com cinco hospitais em funcionamento e um sexto em construção no município de São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo, que será a quarta unidade do São Luiz no Estado. De acordo com o diretor executivo da Rede D´Or, Rodrigo Gavina, no Rio de Janeiro, a rede já tem uma posição consolidada e busca o mesmo objetivo no mercado paulista. “É óbvio que São Paulo é o maior e mais competitivo mercado do País, e por isso temos que usar toda nossa inteligência de mercado e boas práticas para podermos nos posicionar nele”. Em seu primeiro ano, a Rede D´Or procurou fazer a lição de casa e entender a dinâmica do mercado de saúde paulista, bem como processos e cultura das instituições adquiridas, principalmente no caso do Hospital São Luiz, onde foram implementadas algumas práticas de backoffice já utilizadas pela rede nas ares de suprimento e faturamento. “Tivemos um tempo para entender o negócio do Hospital São Luiz e também da cultura regional, com isso pudemos juntar o melhor das boas práticas usadas nos mercados paulista e carioca e levar para toda a rede São Luiz, como foi feito com a área de suprimentos que implementamos em São Paulo”, acrescenta Gavina. Segundo o diretor, a estruturada de relacionamento com os médicos prestadores de serviço do São Luiz foi mantida. “Embora tenha sido uma compra foi feito um intercâmbio com as práticas administrativas e assistenciais. Este formato está muito

bem estruturado aqui e pretendemos adotá-lo em toda a rede, pois o que era bom aqui no Rio levamos para São Paulo e vice e versa”. Outra adaptação trazida pelo grupo carioca à rede paulista de hospitais foi o alinhamento de seu sistema de gestão administrativo, que é padrão para todas as unidades da Rede D´Or. “Entramos no São Luiz durante a transição de seu sistema de gestão hospitalar, e foi preciso calibrar as mudanças para que o impacto na comunidade médica fosse o menor possível, para que os novos softwares de gestão e prontuário eletrônico entrassem em operação causando o mínimo de transtorno”, diz Gavina. Pouco mais de um ano depois da aquisição do Hospital São Luiz, a empresa carioca já investe na expansão da marca em São Paulo. A quarta unidade do Hospital São Luiz custará R$ 90 milhões e deverá ser entregue em 2012. O novo São Luiz ocupará uma área de 20 mil metros quadrados e contará com cerca de 200 leitos, pronto-socorro, centro cirúrgico, maternidade, além de 200 médicos. A entidade terá capacidade para realizar até mil cirurgias e 20 mil atendimentos ao mês. Relevância Regional “Nosso objetivo é ser o melhor em cada região onde atuamos, e para isso adquirimos o melhor hospital possível”, apresenta Gavina ao falar da entrada da Rede D´Or em São Paulo. Segundo o executo, por possuir uma grande concentração de renda a região de São Paulo já representa mais de 50% do faturamento do grupo, que em 2010 chegou a R$ 2,3 bilhões. “A avaliação desse primeiro ano em São Paulo é totalmente positiva. Estamos buscando a melhoria em todos os níveis da empresa que já mostra índices positivos e sustentáveis para os próximos anos”. Durante a entrevista, Gavina não descartou a possibilidade da Rede D´Or adquirir novas instituições de saúde. “Sempre existe a possibilidade de novos negócios e já existem oportunidades nas quais estamos de olho”, completa.

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“Nosso objetivo é ser o melhor em cada região oNde atuamos, e Para isso adquirimos o melhor hosPital Possível” RodRigo gavina da Rede d´oR

Hospital são luiz (3 Hospitais) Nº de leitos: 803 Nº de salas cirúrgicas: 49 Nº de funcionários: 4,5 mil Nº de atendimentos/mês: 56,4 mil Hospital Brasil Nº de leitos: 270 Nº de salas cirúrgicas: 14 Nº de funcionários: 2 mil Nº de atendimentos/mês: 50 mil Hospital assunção Nº de leitos: 123 Nº de salas cirúrgicas: 7 Nº de funcionários: 624 Nº de atendimentos/mês: 19.051

Paulo

soBre a rede d’or Fundada em 1977 com a abertura da primeira unidade Cardiolab do Grupo Lab’s, a Rede D’Or é hoje a maior operadora independente de hospitais do Brasil. Presente nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo, conta com 3 mil leitos, 20 mil funcionários e realiza 5 milhões de atendimentos por ano. O grupo opera com 20 hospitais gerais próprios, além de três hospitais sob gestão e dois em fase de construção.

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GESTÃO

GENÉSIO KORBES

HUMANIZAÇÃO EMPRESARIAL – REALIDADE OU CONTO DE FADAS? O

bservando a evolução da gestão empresarial, pergunto- e abrangentes para que tenham segurança e conforto para atingir -me com alguma frequência: humanização no ambiente resultados com qualidade, competência, ética e maturidade. corporativo existe mesmo ou é pura ficção? O que me Uma terceira vertente estabelece uma conexão direta entre huleva à outra questão: a empresa é humanizada ou são as pessoas manização e espiritualidade nos negócios. Veja bem, espiritualidade, e não religiosidade. Na visão do intelectual Jair Moggi, que praticam o conceito de humanização? A conclusão é que a primeira afirmação passa a ser verdadeira em depoimento à revista HSM Management, é preciso valorizar na medida em que as pessoas que nela atuam têm a humanização o conceito de visual espiritual nas organizações. Ele vai além, explicando que “o espiritual está naquilo que é imaterial para a como norteador de todas as ações. Em hospitais, entende-se como humanização a valorização empresa (...) porque está inscrito na essência das pessoas, como ideias, valores, símbolos, conhecidos diferentes sujeitos implicados mento...”. Para Moggi, “o espirituno processo de produção de saúal, que também pode ser definido de, com ênfase à autonomia e ao SUSTENTABILIDADE TEM TUDO A como o impalpável, o simbólico, o protagonismo desses sujeitos. Na tipicamente humano, é o que preminha compreensão, isso engloVER COM HUMANIZAÇÃO. E SER dominará nas próximas décadas”. ba os comportamentos, atitudes, SUSTENTÁVEL FINANCEIRAMENTE Qualquer semelhança com o conposturas e decisões que tomamos em prol daqueles que atendemos. NÃO É PECADO E NEM ATRAPALHA ceito de humanização não é mera coincidência. Logo, parece-me que a humanizaA PRÁTICA MÉDICA HUMANIZADA No que diz respeito ao líder emção caracteriza a forma como fazepresarial mais espiritualizado, ou, se preferimos, humanizado, mos a atendimento acontecer. Por exemplo, o que significa colocar o paciente em primeiro trata-se de um profissional que tem um processo contínuo de lugar se não tê-lo no centro das atenções, tratá-lo com dignida- autodesenvolvimento de competências e habilidades; é sensato de e proporcionar-lhe total privacidade, com resolutividade e ao fazer sua autoavaliação; sabe aproveitar sua experiência de maneira criativa; tem uma perspectiva real de tempo; sabe quais agilidade de forma absolutamente segura? Em outra linha de pensamento, defendida por Gary Hamel, um são e “persegue” suas prioridades pessoais; e, acima de tudo, tem dos principais especialistas em gestão do mundo atual, humaniza- profundo amor pelas pessoas. ção poderia ser compreendida como a prática da “responsabilida- Para transformar este discurso em prática, são necessárias ações de reversa”, colocando em primeiro lugar não o paciente, e sim o concretas. A principal delas é uma mudança de Visão – assim mesfuncionário.Também faz todo o sentido e, para que isso aconteça, mo, com ‘V’ maiúsculo, uma vez que trata de um dos componencada colaborador deve ser tratado com respeito, ouvido e valori- tes do conjunto cultural do hospital, que ainda deve ter claros zado; a organização deve assegurar a todos informações corretas sua missão e seus valores. Isso se inicia pela liderança maior, o

“número um” da organização e concretiza-se na forma de um modelo de gestão empresarial profissional, sem amadorismo ou “achismos”, com o envolvimento e compromisso de todos, sustentável econômica e financeiramente e com o foco na segurança do paciente e das equipes médicas e multiprofissionais. Sustentabilidade tem tudo a ver com humanização e ser sustentável econômica e financeiramente, gerando recursos a serem reinvestidos no negócio, não é pecado e nem atrapalha a prática médica humanizada. Sem dinheiro em caixa, não tem paciente, medicamento, exame, equipamento e honorário médico. Simples assim. Ser sustentável socialmente também é vital, pois, se o clima organizacional estiver deteriorado e reinarem a falta de respeito e a indisciplina, não há tentativa de humanização que resista. Isso sem falar na responsabilidade ambiental, com o correto manejo de recursos e a destinação adequada dos efluentes Estou certo de que as organizações, em especial na área de saúde, terão uma compreensão ainda maior de suas responsabilidades quanto maior for seu foco na gestão empresarial fundamentada na sustentabilidade e na humanização. Não se resolve novos problemas com velhos princípios. É preciso inovar na gestão.

GENÉSIO KORBES Sócio-diretor da Korbes Consulting e diretor-associado da Antares NP Consulting

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COPA DO MUNDO Maria Carolina Buriti • mburiti@itmidia.com.br

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O Mundial da FiFa eM 2014 e Os JOgOs OlíMpicOs eM 2016 sãO grandes OpOrtunidades de investiMentO e desenvOlviMentO para O Brasil. Mas cOM reFOrMas e cOnstruções atrasadas tantO nOs estádiOs quantO nas deMais OBras de inFraestrutura, é diFícil saBer cOMO serãO Os eventOs espOrtivOs. a revista FH entrOu eM cOntatO cOM redes HOspitalares, OperadOras, indústria, cOnsultOres e órgãOs OFiciais a FiM de entender a visãO de cada player sOBre Os MegaeventOs e quais sãO as pOssiBilidades e Os desaFiOs para O setOr

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m meio a denúncias no Ministério do Esporte, troca do líder da pasta e cobranças da FIFA sobre os atrasos nas obras dos estádios, a Copa do Mundo de 2014, neste último mês de outubro, ganhou novos contornos com a divulgação do calendário das partidas pela FIFA. E o Brasil enfrenta o seu primeiro teste um ano antes do Mundial, em 2013, na Copa das Confederações espécie de termômetro para a Copa, onde o funcionamento dos serviços será analisado. O presidente da FIFA, Joseph Blatter, considera o torneio “um teste para a infraestrutura do País”. E é na infraestrutura onde está o setor de saúde, que tem como os outros setores - segurança, transporte, turismo, entre outros -, a possibilidade de desenvolver e melhorar o acesso e o atendimento. Mas por enquanto, quem entra em campo são as dúvidas e preocupações constantes quando o assunto em pauta é o Mundial de 2014 e os Jogos Olímpicos. E a pergunta eminente é: qual é o legado que esses eventos deixarão aos mais de 190 milhões de brasileiros? Há pouco mais de 900 dias para a abertura do Mundial (considerando a data de fechamento desta edição) e mais de quatro anos para os “Jogos Olímpicos de 2016”, o que há na área de saúde, a grosso modo, são planos. Algumas redes de hospitais particulares já despertaram para as oportunidades, mas deixam claro que se trata de uma estratégia de expansão e não investimentos específicos. Esse também

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é o posicionamento dos governos, que coloca as ações da Copa de 2014 dentro de uma política de saúde já definida. Já algumas empresas atuantes na indústria de healthcare trazem na bagagem muito mais que perspectivas, pois já ofertam serviços como policlínicas nos centros esportivos. Entre projetos e iniciativas consistentes, o grande desafio do País está em equilibrar as contas, garantir o legado para a população e evitar os famosos “elefantes brancos”. Cenário Estudo da Deloitte em parceria com o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI), realizada com os RIs de empresas e órgãos de investimentos, mostra que o aspecto infraestrutura urbana (água, saneamento básico e outros), para 26% dos respondentes, possui maior potencial de investimento em razão dos eventos esportivos. Parece pouco em um universo de 60 RIs respondentes e 36 empresas, mas este é o quarto item de maior preocupação dos entrevistados, atrás de segmentos como de construção, hotelaria, turismo e lazer, e infraestrutura aeroportuária, respectivamente. Ao comparar os gastos entre as cidades que já receberam os Jogos Olímpicos, a estimativa para o Brasil não está entre as maiores, cerca de US$ 15 bilhões. Montante que inclui os recursos em infraestrutura não associados diretamente aos jogos. O valor é bem menor que os US$ 40 bilhões gastos na última Olimpíada realizada em Pequim 2008. Já a estimativa para Londres, em 2012, é de US$ 19 bilhões. “O montante reflete o inves-

Foto: Luciana Areas

“Estamos próximos dos organizadorEs dos dois EvEntos. a FiFa vai dEmandar E provavElmEntE crEdEnciar hospitais dE apoio para atlEtas E jornalistas” José Carlos Magalhães, da aMilpar do rio de Janeiro 44

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timento e a atratividade. Se olharmos um caso de sucesso, como Barcelona, o recurso empregado foi menor, mas isso depende de qual área o país fará o investimento. Em Barcelona, já existia infraestrutura. Na China foi feito do zero, então o aporte foi muito maior. No Brasil é possível aproveitar o legado dos Jogos Panamericanos de 2007, na cidade do Rio de Janeiro”, explica o diretor da área de consultoria Life Science e Goverment da Deloitte, Fabio Rossetto. Ainda de acordo com a pesquisa, equacionar os problemas relacionados à saúde, segurança e educação aparecem como prioridade para 90% dos respondentes (gráfico abaixo). “Principalmente em relação à vigilância sanitária. Há cidades onde ela está muito incipiente, há lugares onde tem febre amarela, dengue. Temos longos passos a percorrer: falta de médicos, infraestrutura. O esforço para algumas cidades será muito grande, os hospitais também têm necessidades, mas a lacuna é muito maior ao olhar para o lado da vigilância (sanitária)”, afirma Rosseto. O professor da Fundação Dom Cabral, Luiz Gonzaga Leal, que trabalhou na as-

sessoria do projeto para a Copa de 2014, em Belo Horizonte (MG), concorda que a parte critica da saúde é a questão sanitária. “Na saúde, se tem o básico muito bem resolvido, o que há de novo são os planos de contingência e planos de emergência para os turistas”. E se tratando de perfil epidemiológico de cada região, sem dúvida, cada cidade-sede do Mundial da FIFA em 2014 tem suas próprias necessidades e características. Em maio deste ano, a Câmara Temática de Saúde foi criada pelo Ministério da Saúde para coordenar a saúde nos municípios que receberão jogos. Mas até o momento, a Câmara trabalha no planejamento dessas ações. É o que explica o presidente do órgão, Adriano Massuda. Segundo ele, não haverá um investimento específico por conta da Copa de 2014, os trabalhos acontecerão dentro de uma política de saúde já definida. “Os investimentos estarão dentro das políticas nacionais de urgência, emergência e vigilância sanitária”, diz. Massuda explica que em eventos de massa existe um aumento de demanda de saúde e uma variação do perfil epidemiológico. As estimativas para o Brasil são de que três milhões de turistas nacionais e 600 mil estrangeiros se desloquem entre as cidades. “Há a possibilidade de ter doenças que não se tem no Brasil, isso é comum para todo tipo de evento de grande porte”, completa. Por ora, a Câmara está se reunindo nas cidades junto com representantes da Anvisa e ANS para elaborar planos de trabalho e a execução começará em 2012. “Até o final do ano serão definidos os projetos na área de urgência e emergência, vamos construir uma matriz de responsabilidade e ela será elaborada a partir do que identificarmos de necessidade. A política nacional é o filtro e isso vai compor um conjunto de ações a serem executadas o ano que vem”. Se o governo é responsável pela área pública, dentro das arenas a saúde é responsabilida“NA SAÚDE, SE TEM O de da FIFA. Ou seja, a organizadora do evento fechará parcerias para o atendimento nos BÁSICO MUITO BEM estádios; e quando se trata da saúde dos atletas cabe às delegações.

RESOLVIDO, O QUE HÁ DE NOVO SÃO OS PLANOS DE CONTINGÊNCIA E PLANOS DE EMERGÊNCIA PARA OS TURISTAS” LUIZ GONZAGA LEAL, DA FUNDAÇÃO DOM CABRAL

REDE Quanto à rede hospitalar, a revista FH entrou em contato com as maiores redes privadas do Brasil para saber quais são os planos para a Copa de 2014. Tradicional no Rio de Janeiro, a Rede D´Or, por exemplo, que tem 22 hospitais em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, preferiu não se pronunciar em relação aos projetos para o Mundial. O grupo costuma atuar em eventos esportivos como é o caso do Grande Prêmio de Fórmula 1, com a marca paulistana São Luiz. Durante o evento, a entidade oferece uma estrutura que contém um centro médico com UTI, laboratório de análises clínicas e diagnóstico por imagem, frota com ambulâncias, carros de extração de pilotos para a pista, helicópteros e 39 médicos e 15 enfermeiros.

DIFICULDADES DE SUPERAR OS DESAFIOS PARA A REALIZAÇÃO DOS MEGAEVENTOS

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POR QUE INCLUIR O SÃO VICENTE NO SEU PLANO DE SAÚDE? PORQUE NENHUM OUTRO HOSPITAL TEM SE DESTACADO TANTO. Com o Hospital São Vicente, planos de saúde e seus clientes ficam mais tranquilos. Afinal, além de localização central, quadro de profissionais especializados e equipamentos de última geração com a mais avançada tecnologia, o São Vicente possui os mais altos níveis de controle e segurança hospitalar, com rígido acompanhamento de todos os processos que garantem a assistência nos mais elevados padrões de qualidade. Além disso, o São Vicente investe continuamente em estrutura para procedimentos de alta complexidade. O Centro de Especialidade Oncológica, o Centro de Especialidade Cardíaca e a área de transplantes de rins, fígado e ossos, já referência nacional, fazem com que o São Vicente seja um dos poucos hospitais a receber a Acreditação em Excelência (ONA). Inclua o Hospital São Vicente nos seus planos. Você vai ver que ser referência faz toda a diferença.

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Força da IndústrIa Quem percebeu e já possui certa tradição nos eventos esportivos é a indústria. A GE é patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos de 2016 e vê no Rio de Janeiro um terreno cheio de oportunidades. No início do ano, a multinacional começou o projeto Rio 4 Real, com uma equipe de oito pessoas voltadas para catalisar investimentos e oportunidades. “A iniciativa está alinhada com a área de infraestrutura e o time corporativo faz a análise do potencial de mercado no segmento, além de ajudar o governo a encontrar soluções”, explica o gerente de projetos governamentais da GE HealthCare, Fabrício Righy. De acordo com uma projeção da empresa, o estado do Rio de Janeiro deve receber US$ 100 bilhões em investimentos até 2016 e a GE pretende abocanhar pelo menos 1% disso, ou seja, US$ 1 bilhão. Um dos projetos do Rio 4 Real, na área da saúde, é cardiomóvel - espécie de microônibus voltada para cardiologia, que percorre alguns pontos da cidade e realiza exames cardíacos, ultrassom e raio-x para a população. Em parceria com a prefeitura da cidade, a unidade móvel é direcionada para um

Foto: Divulgação

Apesar de não divulgar possíveis ações relacionadas ao megaevento, a inauguração do Copa Star, na zona sul do Rio de Janeiro, está prevista para 2013. O novo empreendimento de luxo, com 140 leitos, está avaliado em R$ 115 milhões. Na cola da Rede D´Or, a Amilpar, integrante do maior grupo de saúde do Brasil está expandindo a assistência no Rio de Janeiro, onde começaram a suas operações. A organização tem uma rede de 20 hospitais espalhados por São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro (todas cidades-sede). Para a cidade carioca estão previstas duas inaugurações: um hospital dedicado a ortopedia, medicina esportiva e reabilitação, ainda sem nome e com uma estimativa de R$ 32 milhões, planejado para começar a operar em 2014. E o complexo Hospital das Américas, que terá 500 leitos, 285 consultórios, além de centros de diagnóstico, centro de convenções e um espaço dedicado ao médico com comércio, farmácias, SPA, academia de ginástica, entre outras comodidades. O investimento no complexo é de R$ 300 milhões e levará a rede no Rio de Janeiro a um salto: mais de mil leitos na cidade, com previsão de entrega para 2013. “Estamos próximos dos organizadores dos dois eventos. A FIFA vai demandar e provavelmente credenciar hospitais de apoio para atletas e jornalistas”, conta o diretor da rede assistencial da Amil do Rio de Janeiro, José Carlos Magalhães. O executivo acredita que a FIFA analisará os critérios técnicos e aposta na acreditação como um diferencial de escolha. “O Hospital das Américas não vai ter como ficar de fora. Será o melhor do Rio de Janeiro. Infelizmente não conseguimos acreditar os hospitais ainda no projeto, o hospital tem que estar funcionando para ser acreditado. Mas o projeto já está sendo feito com esses critérios”, completa. E não é só o complexo das Américas, a acreditação tem sido um investimento da rede como um todo. “O Pró Cardíaco tem ONA 3 e está se qualificando para a canadense. O Samaritano está em processo de acreditação, o TotalCor possui ONA2, o Pasteur Ona 1 e a Clínica Santa Lucia Joint Comission. Em Duque de Caxias, a Clínica São José e o Hospital Mario Lioni possuem ONA”. Além do processo de acreditação, seis dos sete hospitais da Amilpar, no Rio de Janeiro, passam por reforma e/ou expansão. Já a Hapvidas, operadora com rede própria, com mais de 1 milhão de beneficiários, presente em cinco das 12 cidades sede, ainda não planeja ação específica para o Mundial. Em Belo Horizonte, uma das cidades-sede está a forte presença da Unimed BH. Em entrevista recente à revista FH, o presidente da cooperativa, Helton Freitas, afirmou que não há relação entre a Copa do Mundo de 2014 e os R$ 500 milhões de investimentos anunciados pela cooperativa. Com os recursos, a companhia saltará dos atuais 350 para 900 leitos hospitalares. Para Freitas, a prioridade da expansão é o atendimento de mais de 1 milhão de vidas na região. Ele garante que os empreendimentos estarão prontos para atender o aumento de demanda, mas deixa claro que eles não se devem ao evento esportivo, que durará apenas 30 dias.

Alberto Caballero, Carestream: presença em Pequim, Guadalajara e planos para “Rio 2016”

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Fabrício Righy, GE Healthcare: projeto Rio 4 Real para catalisar investimentos no Estado

Foto: RiCaRDo BENiCHio

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determinado bairro onde já há demanda para a realização de exames, ajudando a diminuir a espera pelo serviço. A triagem de atendimento é feita pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e de acordo com o executivo realiza cerca de 30 exames por dia. O projeto que ainda é um piloto estava na segunda região para realizar atendimento (até o fechamento dessa edição). A ideia é que em um segundo momento, em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), sejam feitas ações para a coleta e formação de base de dados com os custos e quantidades/ perfis de exames. “Numa cidade grande como o Rio de Janeiro não dava para construir sites físicos para ter uma cobertura geográfica maior”, explica Righy. Já a Carestream participou do Pan Americano 2011, em Guadalajara, e dos últimos Jogos Olímpicos em Pequim. Em Guadalajara, a companhia americana montou uma policlínica para atletas oferecendo exames como check-up, exames de diagnóstico por imagem equipamentos para a saúde dental- tudo com a solução de PACS da empresa. “As vantagens de participar desses jogos é posicionar a marca com liderança para clientes de todo mundo, fazer propaganda na área médica levar a melhor tecnologia para os atletas”, explica o diretor geral da Carestream para a América Latina, Alberto Caballero. A Carestream teve, em Guadalajara, parceria com três hospitais locais para ajudar no suporte da políclinica. Segundo o executivo, uma das vantagens é a possibilidade de compartilhamento das imagens geradas nos exames com médicos de outros países. Depois do evento, a parceria também se estendeu com a Clínica de Diagnóstico por Imagem, na cidade do Rio de Janeiro, para ofertar suporte e uma segunda opinião no diagnóstico para os atletas brasileiros que participaram do Pan Americano e do Para pan-americano de Guadalajara. A Copa de 2014 não está nos planos da Carestream, por ser tratar de um evento menor, mas Caballero planeja participação nos Jogos Olímpicos em 2016. Um dos desafios pontuados pelo executivo para esse tipo de evento é a questão do tempo. Apesar de trazer na bagagem experiências anteriores, para a empresa começar a montar sua estrutura ela precisa que a Vila Olímpica e os centros esportivos estejam prontos. A GE também é patrocinadora das Olimpíadas desde os jogos de inverno de Turim, em 2005. O contrato de patrocínio vai até 2020, ou seja, a empresa será patrocinadora

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panorama

PersPectIvas O presidente da Câmara de Saúde, Adriano Massuda, buscou a experiência na África do Sul de como organizar um grande evento e como transformar o canal de comunicação com os torcedores para divulgar campanhas de saúde. O país africano usou esse tipo de campanha no combate ao vírus HIV com mensagens de prevenção. No Brasil, eles estudam como também aproveitar esse canal. “Pensamos em trabalhar, mas ainda estamos construindo a mensagem que vamos passar. Talvez algo em relação ao sedentarismo”. O principal desafio, como já citado, é a questão do legado. Quanto será aproveitado para as cidades sede após a Copa do Mundo de 2014? Segundo Rossetto, da Deloitte, é necessário uma análise detalhada das necessidades de cada cidade para evitar os famosos “elefantes brancos”. “Existem cidades-sede, inclusive, que deveriam ter o dobro de leitos de hoje. Mas como manter esses hospitais depois? Tem que existir o entendimento entre hospitais privados e os públicos para otimizar esse investimento”. Rossetto, da Deloitte, acredita que tais torneios esportivos podem acelerar a resolução de gargalos em diversos setores. “O bom dos eventos são as grandes oportunidades de resolver problemas públicos, se você olhar as cidades sedes talvez elas lavassem mais de uma década para ter esse desenvolvimento”, finaliza.

Cardiomóvel, da GE, realiza em média, 30 exames por dia

Foto: Divulgação

em 2016. Como o evento no Brasil ainda está distante não há um projeto fechado de como será a participação, mas em Londres, as ações já estão adiantadas. A empresa construirá uma grande policlínica na Vila Olímpica e já doou 4,8 milhões de libras (cerca de 8 milhões de dólares) em equipamentos para o Homerton University Hospital in Hackeney, em Londres. Nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, Righy conta que a Ge Healthcare disponibilizou equipamentos na área de medicina esportiva, que ficaram espalhados na cidade em ambientes móveis e um centro com raio-x, ressonância magnética e ultrassonografia. Os equipamentos mais pesados ficaram na Vila Olímpica. Ainda não se sabe quais serão os planos para Rio 2016. “Na verdade, cada cidade tem seu próprio desafio, trabalhamos em Pequim e estamos envolvidos em Londres, mas sempre descobrimos uma necessidade específica”, conta.

Foto: Divulgação

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Fábio Rossetto, da Deloitte: eventos são grandes oportunidades para resolver problemas públicos

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medicina diagnóstica

um modelo

a ser seguido Daya Lima • editorialsaude@itmidia.com.br

Com um projeto arrojado, o maior Centro de diagnóstiCos da região norte não para de CresCer.para 2012, a expeCtativa é atender em sua total CapaCidade

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Fotos: Divulgação

oi com o objetivo de suprir uma demanda reprimida em Porto Velho, capital de Rondônia, que dois amigos montaram o maior centro de diagnósticos da região Norte do País. Inaugurado em junho de 2010, o Daia Diagnóstica já virou referência em exames da região e, também um modelo a ser seguido, já que sua estrutura foi pensada para tal. De acordo com o gerente administrativo do laboratório, Iscleiden Lubiana de Araujo, o Daia é fruto de uma inquietude desses dois médicos que sentiam falta de um laboratório de qualidade. “Com o rascunho da ideia debaixo do braço, foram buscar parceiros e o sonho começou a se tornar realidade”. Com um aporte inicial de R$ 15 milhões, o projeto começou a ganhar corpo e, para ajudar na gestão e estrutura do complexo, os proprietários contrataram a empresa Formato Clínico, consultoria que dá suporte em projetos de medicina diagnóstica. A consultoria entrou no projeto já em andamento e, o primeiro passo que deu foi elaborar e aplicar uma pesquisa para estudo de mercado. “A ideia era identificar o potencial e a necessidade da região. Começamos com um trabalho de campo em Porto Velho e nas principais cidades do interior.”, assinala o sócio da Formato, Gustavo Campanha. A

Formato foi responsável por elaborar layout de fluxos do laboratório e, também, por treinar os futuros funcionários. “Foi difícil conseguirmos mão de obra qualificada para o Daia. Mas, isso não é uma particularidade de Porto Velho. O Brasil, por ser um país emergente, sofre com essa lacuna em todas as regiões. Mesmo assim, deu certo. O capital humano também é de primeira”. A parceria com o Daia acabou na inauguração do laboratório. “Entregamos um modelo de gestão operacional e financeiro para ele começar a funcionar e, pelo que temos acompanhado, está indo tudo muito bem”, finaliza. Hoje Com um fluxo de quase 10 mil exames por mês, o Daia está em franca expansão e, de acordo com o gerente administrativo

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Unidade realiza cerca de 10 mil atendimentos por mês

Em seu projeto inicial, o laboratório desenvolveu um espaço só para mulheres, onde a paciente faz todos os seus exames no mesmo lugar.

do laboratório, o crescimento tem superado as expectativas. “Nossa taxa média mensal de crescimento é de 20% e, já no meio deste ano, batemos nosso ponto de equilíbrio, que era de R$ 450 mil”, afirma Araujo. O laboratório, que conta com 95 colaboradores (próprios e terceirizados), tem expectativa de crescer ainda mais, já que, até o momento, trabalha com apenas 65% da sua capacidade. “Temos muito espaço para expandirmos e estamos trabalhando para isso”, conta. Para 2012, a abertura de quatro postos de coletas promete preencher este espaço vazio. sua opinião é muito importante // editorialsaude@itmidia.com.br twitter // @revistafh

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medicina diagnóstica

Boom da Classe C desperta atenção

dos laBoratórios Daya Lima • editorialsaude@itmidia.com.br

Laboratórios criam tabelas diferenciadas, parcelam exames e têm, até, cartão de fidelidade

Foto: RicaRdo Benichio

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egundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Brasil tem mais de 46 milhões de beneficiários de plano de saúde (dados de junho de 2011). Apesar do grande número, muitos brasileiros que não têm convênio médico precisam pagar para fazerem seus exames. A superlotação do Sistema Único de Saúde (SUS) tem alavancado um bom nicho para os laboratórios: as classes menos favorecidas (C e D). Um exemplo de laboratório que enxergou esse nicho e tem mantido ações para atendê-lo é o Dasa, que começou a investir nas bandeiras populares em 2006. Para atender os pacientes sem plano de saúde, o grupo instalou um projeto-piloto em sua marca Lavoisier, em São Paulo. O programa foi expandido para outras três marcas do grupo - no Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba - e hoje funciona em 105 das 163 unidades. De acordo com Roberto Galfi, diretor comercial do Lavoisier, “por conta do programa, o laboratório atende mais o ´convênio particular´, ou seja, aquelas pessoas que não têm plano de saúde e pagam os exames”. Segundo a empresa, o “convênio particular” representa de 10% a 15% do faturamento total. Para processar os 15 milhões de exames por mês, o grupo Dasa conta com diferenciais de peso. O mais importante deles, para o diretor comercial do Lavoisier, é a qualidade. “Só trabalhamos com equipamentos de ponta. Mesmo com preços bons, às vezes, menor do que a média do mercado, conseguimos balancear e não abrimos mão da qualidade ”. Além disso, Galfi diz que presença nacional também conta bastante na hora da escolha deste público. “Eles não querem perder horas no laboratório e poder estar perto deles é um grande diferencial.” Para o executivo, outro detalhe importante é a qualidade dos resultados dos exames do laboratório. “Contamos com médicos próprios que analisam o resultado do exame e dão seu aval final. Se tiver alguma dúvida, ele mesmo entra em contato com o cliente e, se for preciso, remarca o exame. Não há dúvidas, só certezas”. Já o Biofast, laboratório que concentra seus atendimentos dentro hospitais públicos de São Paulo e Rio de Janeiro, resolveu expandir e, para isso, apostou nas classes de baixa renda. Desde 2009, tem o programa “Vapt Vupt Saúde” que oferece qualidade, agilidade e preço baixo para exames. “Com o movimento de ascensão de classes que o Brasil vem vivendo, vimos uma grande oportunidade. Como ganhamos no volume, atender as classes menos favorecidas é um grande negócio. O brasileiro tem vivido mais e, consequentemente, precisa fazer mais exames. Por isso, lançamos o programa “Vapt Vupt Saúde”, que atende com qualidade, agilidade e preço baixo”, explica o assessor estratégico do Grupo Biofast, Eduardo Torelli. O projeto piloto do programa, que fica localizado na Praça da Sé, em São Paulo, realiza, por mês, cerca de dois mil exames e, de acordo com o assessor estratégico do laboratório, “o programa ainda não é representativo no faturamento da empresa, entretanto, a partir de 2012, quando serão criadas oito novas unidades, a ideia é que sua representatividade chegue a 5%”.

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As futuras instalações ainda não têm local definido, o que se sabe é que serão próximos a estações de metrô e terminais de ônibus. Nos próximos três anos, o laboratório espera estar com 25 unidades do programa em funcionamento. Criado para isso A NASA Laboratório existe há quase 40 anos e foi projetado para atender a população do extremo leste de São Paulo. O sócio-fundador do NASA, Eduardo Manna, diz “que vislumbrou a oportunidade porque, antigamente, o acesso à saúde era mais escasso do que agora e muitos moradores da Zona Leste não tinham condições de ter plano de saúde, mas, precisam ser atendidos com certa urgência.” A alternativa era o serviço público, mas, a demora no atendimento, nos resultados dos exames, e a distância dos hospitais faziam com que a população não tivesse saída. “Inauguramos o NASA em 1972 com o objetivo de atender a esta fatia da população.” Hoje com nove unidades espalhadas por pontos estratégicos de São Paulo, o NASA tem preços populares e espera crescer, este ano, quase 30%. Há mais de 15 anos o laboratório oferece planos especiais para pessoas que não possuem convênio médico e têm a carteirinha de Cliente Preferencial, que oferece descontos especiais. 13 mil pacientes contam com o benefício.

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“O labOratóriO atende mais O ´cOnvêniO particular´, Ou seja, aquelas pessOas que nãO têm planO de saúde e pagam Os exames” RobeRto GaLfi, do LavoisieR

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Nova Unidade do Hospital e Maternidade Santa Joana. Um centro de alta tecnologia inteiramente voltado para a saúde da mulher e do bebê.

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a síntese de toda nossa experiência e devoção pela maternidade e pela saúde de mulheres e bebês está incorporada em nosso novo centro de alta tecnologia. porque acreditamos que tão essencial quanto os equipamentos de última geração e as melhores práticas médicas é o sorriso único de cada mulher ao receber uma nova vida. afinal, mais uma vez, o melhor da vida nasce aqui.

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INDÚSTRIA

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Wolney Alonso, da Entregga: verticalização do setor e movimentos de aquisição representam grandes oportunidades

ENTREGGA ESTREIA

COM DNA DE SAÚDE Verena Souza • vsouza@itmidia.com.br

GESTÃO E INVESTIMENTOS CARACTERIZAM A CONSULTORIA ESPECIALIZADA NO SETOR, QUE CHEGA PARA ATENDER TODA A CADEIA COM SERVIÇOS DE REESTRUTURAÇÃO, REPOSICIONAMENTO, PROJETOS DE EXPANSÃO, SUCESSÃO, ENTRE OUTROS 58

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ais de 20 anos de experiência no setor de saúde, contemplados com importantes contribuições, autenticam a entrada no mercado da Entregga, empresa nacional de gestão e investimentos voltada para farmacêuticas, operadoras, governo, hospitais e investidores. Envolta por uma história consistente, principalmente na área de medicamentos, a “adviser” (consultoria) ambiciona abranger praticamente todos os players do segmento com um apelo além do financeiro. “Estamos olhando as oportunidades com a possibilidade de colocar a nossa gestão, ou de parceiros, sempre com uma análise clara do que é sinérgico e do que pode ser consolidado”, explica um dos cinco sócios-diretores da companhia, Wolney Alonso. Dentre os proprietários está o empresário Omilton Visconde Jr., sócio-fundador da Biosintética Farmacêutica, vendida para o grupo Aché em 2005; da Segmenta, negociado em 2010 para a Eurofarma; e também sócio-fundador da Prevsaúde, adquirida pela Orizon Brasil, do Grupo Visanet, há dois anos. Assessorar o planejamento estratégico das organizações, e planos de sucessão, identificar ativos para investimento e aquisição, reestruturar departamentos, reposicionar empresas no mercado, prospectar clientes internacionais para entrada no Brasil são alguns dos serviços prestados pela Entregga. Negócios de pequeno porte serão o carro-chefe da companhia. “As pequenas e médias empresas representam o grande ‘drive’ de crescimento do País. Além disso, a carência por práticas que geram governança nessas instituições é maior”, ressalta Alonso. COMEÇO Tendo o exemplo de duas relevantes aquisições de ativos no Brasil como a Biosintética e Segmenta, naturalmente, os primeiros negócios da consultoria devem começar pelo segmento farmacêutico. Segundo o executivo, a companhia já possui mapeadas empresas nacionais de Pharmacy Benefit Management (PBM) e sistemas hospitalares. Além de cinco estrangeiras que buscam entrar no Brasil - destas a maioria do segmento farmacêutico. Alonso confirma que se houver interesse no projeto, a Entregga pode entrar com aporte de capital próprio ou buscar fundos de investimentos externos. Apesar da evidente falta de estrutura para a inovação no mercado farmacêutico, os laboratórios nacionais têm conseguido obter bons resultados devido, principalmente, à introdução dos genéricos. No primeiro trimestre deste ano, as vendas registraram crescimento de 32% em relação a 2010, o equivalente a R$ 1,7 bilhão. Na opinião de Alonso, as maiores oportunidades para as farmacêuticas estão nos produtos de baixo valor agregado e nos investimentos em nichos de mercado. Atualmente, o sistema de saúde suplementar atende 25% da população, ou seja, 47 milhões de pes-

RAIO X ENTREGGA: EMPRESA 100% NACIONAL FUNDAÇÃO: SETEMBRO DE 2011 SEDE: ZONA SUL DE SÃO PAULO SERVIÇOS: GESTÃO E INVESTIMENTOS PARA FARMACÊUTICAS, OPERADORAS, SEGURADORAS, GOVERNO, HOSPITAIS E INVESTIDORES GESTORES: OMILTON VISCONDE JR. (PRESIDENTE); GERALDO MOL (DIRETOR); WOLNEY (DIRETOR); OCTAVIO FARIA NETO (DIRETOR); RITTIENE SOGLIO (DIRETORA)

soas. “Meu otimismo reside no fato de que mais de 100 milhões de pessoas dependem exclusivamente do SUS (Sistema Único de Saúde), que demandam diagnósticos, genéricos e produtos com um valor agregado menor. Além da necessidade de criação de leitos, gerando mais atendimento”, diz Alonso. MERCADO HOSPITALAR Se a Entregga começará pelo segmento de medicamentos, indiretamente atenderá também o segmento hospitalar. No entanto, a prestação de serviços de forma direta para este universo está presente em seu escopo. As dificuldades certamente serão maiores, dessa forma, a companhia planeja contar com o auxílio de sua rede de contatos, repleta de profissionais do setor. A consultoria enxerga a verticalização do segmento de saúde e as recentes aquisições por parte dos hospitais como um mar de oportunidades. “Nada nos impede de atuar nos hospitais. Conhecemos muitos donos das entidades, como funciona o segmento, e temos pessoas com forte experiência em relação às questões regulatórias. Embora não seja o `código´ de cada um dos sócios da empresa, faremos por meio de `special advisers´”. Além de Wolney Alonso, o time de sócios da estreante é formado por executivos que acompanharam Omilton Visconde nas gestões da Biosintética e Segmenta, como Geraldo Mol e Ritienne Soglio; e Octavio Faria Neto, que passou pela Kraft Foods. FUTURO De uma ideia surgiu a empresa, o escopo de trabalho e a estratégia de comunicação. Agora a Entregga trabalha para estabelecer suas futuras metas de crescimento. “Queremos que dê certo. Podemos participar de projetos como investidores, mas vamos estruturar a organização de uma forma que ela tenha sua própria vida e continuidade”.

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tecnologia

O sOnhO de um mundO digital e segurO, bem cOmO de um atendimentO médicO ágil, tOtalmente integradO e ambientalmente respOnsável está a caminho. oS primeirOs passOs deste nOvO cenáriO cOmeçam cOm a cOnsOlidaçãO dOs prOntuáriOs eletrônicOs e a cOmplementaçãO da certificaçãO digital para eliminar Os prOcedimentOs baseadOs em papel

lsaude@itmidia.com.br

Danilo Sanches • editoria

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Klayton Simão, Samaritano: estrutura dos negócios não favorece a utilização paperless

Foto: Ricardo Benichio

lvaro Esper gostaria de ser um guru do novo posicionamento das empresas de saúde em relação ao uso de papel. O diretor da Estec, empresa que presta consultoria e desenvolve sistemas para gestão eletrônica de documentos, gostaria de poder prever o dia em que o ecossistema de saúde deixará de depender de fichas, vias e duplicatas em papel, tão dispendiosas e na contramão dos rumos que a tecnologia da informação aponta. Mas Esper acredita que ainda levará algum tempo para que as pessoas se acostumem com isso, e a partir do momento que se acostumarem, a lei se fará pelo uso. De fato, o caminho das inovações tecnológicas segue algumas etapas e assim passam de novidade a moda, em seguida tornam-se práticas para então serem adotadas como padrão por segmentos ou por uma sociedade como um todo. Não deve ser diferente com o que o mercado vem chamando de hospitais paperless (em tradução livre, hospitais sem papel). “Num atendimento médico, você assina um documento dizendo que você é responsável pelo pagamento de todos os procedimentos, mesmo você tendo plano de saúde, existe um termo e aquilo é papel. “Juridicamente você tem que ter um documento. Então falta ainda um pouquinho para deslanchar esta parte eletrônica”, afirma Esper. Muito se fala em procedimentos eletrônicos e num trânsito digital de informações cada vez mais abrangente. Por outro lado, a legislação do País ainda está ancorada em papéis. O desafio dos hospitais sem papel, muito mais que um desafio com vistas a uma atuação ambientalmente responsável apenas, é estar diante de toda uma cadeia que se baseia em documentos físicos. Um sinal positivo nesta direção, segundo Esper, é que já existe jurisprudência, principalmente no sul do País, para o uso de prontuários digitais na constituição de processos jurídicos. Além disso, a lei brasileira ampara há bastante tempo o uso do microfilme, por exemplo. Mas isso não elimina a figura do cartório, onde os microfilmes têm que ser registrados. “Existem trâmites tanto na Câmara quanto no Senado para tentar legalizar este processo da digitalização com certificado digital, para poder excluir o papel, mas isso é política”, explica Esper. “A gente representa um software norte-americano e até há pouco tempo nós precisávamos mandar um fax para ele para formalizar os pedidos. Então eu acho que para que as coisas sejam cem por cento sem papel ainda vai demorar um bom tempo.” No início do ano, a Estec desenvolveu uma solução de gestão de documento baseada em computação em nuvem voltada às pequenas e médias empresas do setor de saúde. Do ponto de vista técnico, já existem sistemas, procedimentos e equipamentos capazes de transformar uma operação comum em uma operação paperless. Por outro lado, a dependência da integração com o contexto mantém as decisões a este respeito bastante ligadas às decisões governamentais. O gerente executivo de TI do Hospital Samaritano, Klaiton Luís Simão é categórico ao corroborar a ideia de que hoje já existem recursos tecnológicos e soluções que permitiriam a um hospital trabalhar cem por cento sem papel.

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“Do ponto de vista técnico isso já poderia ser uma realidade hoje. Mas isso não é uma realidade ainda por causa do ambiente de negócios”, afirma Simão. Simão liderou a implantação da certificação digital do sistema de prontuário eletrônico do Hospital Samaritano e com isso conseguiu que todos os funcionários que antes imprimiam o prontuário para assiná-lo, não precisem mais fazer isso. O que representou uma economia mensal de 500 mil cópias em papel. No outro prato da balança está o setor de controladoria e de gestão administrativo-financeira do hospital, onde este procedimento não é possível. “As fontes pagadoras, que são as operadoras de saúde e uma série de órgãos do governo ainda exigem o papel. No universo da organização, é possível trabalhar sem papel, mas como o universo da saúde como um todo ainda não tem esta cultura, a organização ainda faz uso do papel para poder faturar, prestar contas, por exemplo”, explica Simão. CErtiFiCação Digital No início de 2009, o Hospital Samaritano implantou seu sistema de Prontuário eletrônico do Paciente (PEP) com a ferramenta Tasy. Contudo, o ambiente eletrônico ainda demandava a impressão das vias a serem assinadas pelos médicos, uma vez que a ferramenta ainda não estava integrada com alguma solução de certificação digital. O paradoxo da implantação do prontuário eletrônico com o alto consumo de papel veio à tona para a equipe de TI do hospital que, em maio deste ano finalizou a implementação da certificação digital. O projeto, realizado pela Certsign, empresa especializada no desenvolvimento de soluções de certificação digital, em parceria com a E-Val Tecnologia, consumiu um investimento de R$ 400 mil, para 1,7 mil licenças de usuário, além das licenças de uso do software. O hospital espera o retorno deste investimento apenas com a economia de papéis em até dois anos. “Fica absolutamente inviável usar a ferramenta eletrônica para prescre-

ver, sem o recurso da certificação O prOceSSO de digital”, afirma Simão. digitalizaçãO A ideia da certificação digital fOi um dOS é dar garantia jurídica a documentos eletrônicos. Isso oferepaSSOS para a ce ganhos em segurança para cOnSOlidaçãO da médicos e pacientes, uma vez autOmaçãO dOS que a otimização do processo tem vistas a garantir a integriprOceSSOS da dade da informação, bem como inStituiçãO” dos procedimentos realizados. A assinatura digital aliada ao prontuário eletrônico reduz Osmar antOniO dOs santOs, dO edmundO vascOncelOs drasticamente, por exemplo, o atendimento médico feito por profissionais não autorizados. E o futuro deste ambiente onde os documentos não são mais perecíveis, as informações são confiáveis e a recuperação de dados dos pacientes é integrada e online, é uma classificação cada vez mais minuciosa e amigável para os profissionais da saúde. Um exemplo deste esforço é o do Complexo hospitalar Edmundo Vasconcelos, de São Paulo, que investiu R$ 2,3 milhões na digitalização dos prontuários dos pacientes ativos de mais de 60 anos de existência da instituição. O hospital, que atende cerca de 1,2 mil pacientes por dia, acredita que o procedimento garante a segurança e a organização das informações. Mas além disso, o gerente executivo de TI do hospital, Osmar Antonio dos Santos, vê que o principal ganho do investimento é em relação ao acesso. O executivo reforça que o prontuário é um documento que demanda acesso e, muitas vezes depende da agilidade na localização.

FH: Como a certificação digital tem contribuído para a redução do uso de papel nos hospitais? Decio: Com a implementação do prontuário eletrônico do paciente, o volume de impressão pode aumentar em até 8 vezes. Com a certificação digital, a necessidade de impressão desaparece, agregando os ganhos de segurança (não existe mais empréstimo do carimbo) e integridade da informação. FH: Qual é a expectativa de que o uso da certificação digital se torne mais aderente a uma quantidade maior de processos para que o ecossistema da saúde também usufrua destes benefícios? Decio: O principal processo e um dos mais importantes é o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), pois ele é a entrada de informação para tudo que o ocorre com o

O processo de digitalização foi um dos passos para a consolidação da automação dos processos da instituição, que consumiu R$ 10 milhões em investimentos nos últimos três anos. “Eu acredito que nós vamos continuar recebendo mais demandas dos usuários destes prontuários para inserir cada vez mais inteligência nestes materiais”, afirma Santos. “Por exemplo a integração com sistemas que permitam comentários nos documentos ou mesmo a busca por palavras chave ou por partes dos documentos digitalizados.” Atualmente, o hospital tem à disposição cerca de 2 milhões de prontuários online.

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tecnologia

paciente: (farmácia, enfermagem, médicos, faturamento e etc). Mas uma vez, a cultura da certificação digital adquirida pode-se se estender para o TISS, assinatura de contratos, processos de aprovação interna, medições com fornecedores, RH e assim por diante. Em resumo, tudo que é assinado por próprio punho tem potencial para ser assinado digitalmente; FH: Quais são os principais investimentos a serem feitos para isso? Decio: Sem dúvida deve ser caracterizado como um projeto, pois envolve formadores de opinião multidisciplinares (médicos, TI, advogados e etc). Mas também deve-se investir em treinamento, adaptação de sistemas e os certificados para cada pessoa. Mas o retorno é garantido, como, por exemplo, o nosso CASE da TELEFONI-

CA que reduziu 2.500.000 de folhas por ano e aumentou significativamente a produtividade da área de fiscalização; FH: Qual é o balanço da maturidade do Brasil no uso da certificação digital para a otimização de processos? E qual setor da economia está mais avançado neste sentido? Decio: O setor público, em especial o FISCO e JUSTIÇA, seguidos pelos BANCOS, são os maiores usuários da certificação digital no Brasil. A Certisign tem trabalhado para mostrar para a sociedade como um todo, que ela pode ser beneficiar da certificação digital da mesma forma que os segmentos citados acima. Ainda existe muito espaço para desmaterialização de processos com uso da assinatura digital.

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PERFIL

O GASTROENTEROLOGISTA ROBERTO KIKAWA ACREDITA QUE NÃO DEVE EXISTIR FRONTEIRAS PARA LEVAR CUIDADOS E CARINHO A UM PACIENTE NECESSITADO. IDEALIZADOR DA CARRETA DA SAÚDE, UNIDADE MÓVEL QUE LEVA ATENDIMENTO MÉDICO-PREVENTIVO A COMUNIDADES CARENTES, ELE CONTA QUE A INICIATIVA JÁ ATENDEU MAIS DE 50 MIL PESSOAS, DESDE A SUA INAGURAÇÃO EM 2009 E QUER DOBRAR ESSE NÚMERO EM 2012.

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“Procuramos PromovEr o rEsgatE dos valorEs na rElação com o PaciEntE. não adianta ir até uma PoPulação E tEntar falar dE PrEvEnção sE o PaciEntE Está com dor. é PrEciso dar carinho, tirar a dor, fazEr os ExamEs Para, Em sEguida, falar dE PrEvEnção”

Foto: Divulgação

xiste uma característica notável na personalidade do médico gastroenterologista, Roberto Kikawa: a dificuldade em ficar no mesmo lugar por muito tempo. Para os desavisados, o adjetivo pode soar como defeito ou falta de estabilidade. No entanto, para Kikawa, os hábitos nômades são sinônimos de realização pessoal, profissional e amor pelo ser humano. Isso porque o médico viajante é o idealizador do Projeto CIES – Centro de Integração de Educação e Saúde, que tem como objetivo levar atendimento médico-preventivo a comunidades carentes fazendo uso de um centro médico itinerante, também conhecido como Carreta da Saúde. A unidade móvel caiu na estrada em 2009 e já atendeu mais de 50 mil pacientes em todo Brasil. Se alguns enxergam a morte apenas pela ótica da dor, Kikawa, que perdeu o pai durante a faculdade, decidiu transformar o sentimento em inspiração. Ele conta que seu pai descobriu um câncer na laringe em estado avançado. “Foi um diagnóstico tardio e as chances de cura clínica eram praticamente nulas”. Além disso, a família não dispunha de recursos financeiros e era obrigada a usar o serviço público de saúde. Para amenizar a dor, um casal japonês de missionários praticantes do conceito Hospice de atendimento onde são realizados cuidados paliativos aos pacientes em estado terminal e à família - possibilitou que o paciente recebesse carinho e tranquilidade nos últimos momentos de vida. Motivado pela situação, o pai de Kikawa fez o filho lhe prometer que um dia seria um médico de verdade, que não mede esforços para aliviar o sofrimento das pessoas. Acatando a solicitação, a primeira ideia foi fazer um trabalho parecido ao realizado pelo casal de missionários. Porém, em um estágio na França, viu os containeres utilizados pelos Médicos sem Fronteiras e sentiu-se inspirado com o trabalho desenvolvido pela organização.

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PERFIL

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Ao longo desses três anos de existência, o projeto passou pelos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Alagoas, Paraíba, Ceará, Maranhão e Goiás”

Mas Kikawa concluiu que prevenção primária é algo que já era realizado com frequência. Sendo assim, direcionou suas expectativas para a prevenção secundária. “Esse tipo de trabalho consiste na detecção precoce de lesões potencialmente cancerígenas ou neoplásicas, possibilitando um tratamento curativo”. Ciente de que um dos fatores que faz com que os pacientes cheguem a condições terminais é a falta de acesso ao atendimento, o profissional decidiu que para chegar a esses pacientes seria necessário utilizar um automóvel robusto. Sua intenção era criar algo que fosse replicável e auto-sustentável. Vale lembrar que não pretendia limitar-se a apenas uma especialidade e sim desenvolver uma concepção que fosse abrangente e perene. Desta ideia, nasceu o projeto Cies, com o conceito de educar, tratar e prevenir. Para colocar a concepção em prática, Kikawa apresentou o projeto para o presidente da empresa Olympus no Brasil e, posteriormente, para o presidente geral, que disponibilizou os equipamentos para a realização do projeto. Foram necessários sete meses para finalizar a estrutura da Carreta da Saúde e colocá-la na estrada. Além da Olympus, foram firmadas parcerias com a Phillips, Engernet Baush Lomb, entre outras, juntamente com secretarias de saúde. DNA DO AMOR Ao longo de três anos de existência, o projeto passou pelos

estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Alagoas, Paraíba, Ceará, Maranhão e Goiás. Mais do que equipamentos, remédios e instrumentos de cuidado ao paciente, a Carreta da Saúde também transporta pelo País o DNA do amor. O termo diz respeito ao tipo de atendimento realizado no projeto. “Procuramos promover o resgate dos valores na relação com o paciente. Não adianta ir até uma população e tentar falar de prevenção se o paciente está com dor. É preciso dar carinho, tirar a dor, fazer os exames para em seguida falar de prevenção”. Para Kikawa, tratar as pessoas desta forma é imprescindível para ganhar o respeito e obter bons resultados clínicos. “A humanização deve ser utilizada como ferramenta de gestão público-privada, pois a única forma de fazer uma saúde sustentável é formar médicos que tenham o resgate desses valores”. VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL Para que a carreta possa percorrer as localidades necessitadas, o idealizador do projeto conta que é feito um mapeamento de quais cidades terão maior impacto social. Em seguida, são realizadas palestras e treinamentos com os agentes de saúde para que se assemelhem com os recursos utilizados e se sintam motivados a se envolverem com a causa. Kikawa conta que, apesar de filantrópico, o projeto remunera todos os profissionais e não possui voluntários. Segundo ele, na saúde é necessário o comprometimento de

todas as partes envolvidas e, com uma remuneração adequada, esse objetivo pode ser alcançado. SAÚDE SEM FRONTEIRAS No intuito de alcançar localidades onde a Carreta da Saúde não consegue chegar devido aos fatores geográficos, o projeto Cies está trabalhando em novas formas de transporte. Em parceria com a secretaria municipal da saúde do Rio de Janeiro foi inaugurada recentemente a Vã da Saúde, para ser utilizada em regiões montanhosas. Da mesma forma, para atender populações ribeirinhas, será inaugurado em dezembro deste ano o Box da Saúde junto com o Projeto Saúde e Alegria, que faz uso do Navio Abaré. Kikawa ressalta que o Box da Saúde também pode ser transportado por aviões e trens. Sem considerar limites territoriais uma dificuldade, Kikawa finaliza ao dizer que tem planos de estender o projeto para o âmbito internacional chegando a países como Haiti, Timor Leste e Angola.

VEJA NA SAÚDE TV: HTTP://BIT.LY/S2R1A0 66

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RECURSOS HUMANOS

GESTÃO LOCAL,

EFEITO GLOBAL N

esta passada célere, o segmento - antes encarado América do Sul. Estudos apontam que bilhões de pessoas como arriscado para investimentos - hoje é uma al- terão um upgrade impulsionado pelo crescimento econômiternativa importante na disputa pela implementação co e pela migração de classe social, com decorrente ampliade novas tecnologias para healthcare. Entretanto, embora ção no acesso aos avanços tecnológicos da área da saúde. A boa nova é que nesta lista, o Braa tecnologia tenha aberto porsil está entre os expoentes. Em tas para o desenvolvimento de São Paulo, por exemplo, mais novos dispositivos, o novo moCRESCIMENTO ACELERADO É de 90% dos hospitais públicos e mento do mercado de Medical privados estão expandindo, o que Devices também é marcado por UMA DAS GRANDES MARCAS equivale a 30 milhões de pessoas desafios importantes. DA EVOLUÇÃO DO MERCADO adquirindo o serviço de assistênNas economias maduras, marcos cia médica por ano. regulatórios cada vez mais rigoDE DISPOSITIVOS MÉDICOS Entretanto, embora muito atrarosos são implantados, a grande (MEDICAL DEVICES) HOJE tivo, o mercado dos países fora morosidade na aprovação dos dos tradicionais centros econônovos dispositivos e a definição CAPITANEADA PELA EVOLUÇÃO micos também traz em si outros de novas políticas para reemTECNOLÓGICA. EM NÍVEL GLOBAL, questões a serem respondidas. bolso de serviços médicos são O binômio produto/preço sofreios importantes para o cresAS ESTIMATIVAS APONTAM zinho já não faz diferença para cimento deste mercado. Além CRESCIMENTO ANUAL DE MAIS conquistar os novos consumidodisso, a profissionalização no seres. Por isso, é evidente a necestor de saúde traz para os times DE 8% AO ANO, COM PREVISÃO sidade de as companhias trazedas instituições especialistas que DE ATINGIR A MARCA DE U$ 490 rem para seus times talentos que mudam o centro da decisão de compra para as mãos dos gestoMILHÕES ATÉ 2016, DE ACORDO sejam capazes de entender as necessidades de seus stakeholders res do negócio. COM DADOS DA GLOBALDATA. e se comunicar eficientemente Estes desafios múltiplos, aliados com cada tipo de consumidor. aos impactos negativos das recentes crises da economia mundial, marcam a busca das Estudo recente realizado pela Korn/Ferry International empresas por novas fronteiras geográficas, novos merca- que contou com a participação de players dos cinco contidos. É cada vez mais comum no plano de negócios das com- nentes - revela que a grande dificuldade é encontrar estes panhias o investimento consistente nos países chamados de talentos qualificados entre os executivos locais. Ainda assim, a tendência é investir na busca por talentos locais, em detriOUS (Outside the United States), bem como nos BRIC. O movimento é lógico, afinal, se considerarmos apenas a mento dos expatriados. Para companhias com atuação glo-

RODRIGO ARAÚJO

bal, já ficou claro que não é possível definir as estratégias de negócios sem que a gestão direta seja local. Aquelas antes bem sucedidas ao exportar talentos e modelos de suas sedes, hoje precisam buscar eficiência na gestão local. Neste cenário serão vencedoras as empresas que consigam reunir gestão estratégica em nível local, com a manutenção de sua cultura e competência global. O “pulo do gato” é buscar lideranças que reúnam entre suas qualidades um grande entendimento da indústria da saúde e seus mecanismos econômicos, bem como das particularidades do país onde a empresa estiver baseada. Mais do que isso, o desafio gigantesco é encontrar talentos corajosos, empreendedores, que sejam capazes de inovar e alavancar as oportunidades, sempre guiados pela ética e caráter e que trabalhem 100% alinhados às diretrizes globais. O interessante é que este é um retrato fiel do que hoje acontece em outros setores da indústria da saúde. Ou seja, a chamada guerra dos talentos é bastante acirrada mesmo entre os diversos setores que compõem este intrincado mercado. Às organizações cabe refletir se reúnem em seu time de liderança os talentos prontos para agir com eficiência local e efeito positivo global. Afinal de contas, talento é o bottom line.

RODRIGO ARAÚJO Sócio-Diretor Sênior responsável pela Especialização em Ciências da Vida e Saúde da Korn/Ferry.

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carreiras

Hospital santa catarina contrata

nova gestora aDministrativa

O hospital Santa Catarina anuncia a contratação de Paula Baraldi para fazer parte da gestão de leitos e equipe de serviço de atendimento aos clientes. Paula também será coordenadora da central de agendamento e do serviço de nutrição. Formada em administração hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo, a gerente tem MBA em Logística pela Fundação Getulio Vargas.

Hipermarcas contrata novo Foto: Ricardo Benichio

presiDente para uniDaDe Farma

A Hipermarcas anuncia a contratação de Luiz Eduardo Violland para a presidência da divisão Farma da companhia. O executivo passou a ocupar a nova função em outubro deste ano e vai responder diretamente ao CEO da empresa, Claudio Bergamo. A mudança faz parte do plano de reestruturação que a empresa vem implantando desde o início de 2011, e que se tornou possível em função do crescimento das áreas de negócios.

Depois De 14 anos, sérgio Bento

Deixa Hospital samaritano

Legado A maior contribuição de Bento para o Hospital se deu na área de gestão de custos, onde implementou critérios bem definidos para o controle financeiro e administrativo, além de programas diferenciados de remuneração por meio de pacotes. “Modelo de remuneração do Samaritano foi pioneiro entre os hospitais brasileiros”, ressalta Bento. Atualmente, o executivo concede palestras em diversos encontros sobre modelos de remuneração, inclusive pertence ao grupo de discussão sobre o tema na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), como representante da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp). Bento garante que permanecerá como integrante da Anahp. Futuro O executivo vai permanecer no segmento de saúde, podendo atuar como administrador de hospitais ou como consultor. No entanto, até o momento não há nenhuma proposta consolidada.

Foto: Ricardo Benichio

“Depois de 14 anos dentro da instituição o desgaste na relação é natural”, diz Sérgio Bento ao justificar a saída do cargo de superintendente de operações do Hospital Samaritano, formalizada na dia 3 de novembro. Segundo o executivo, sua saída foi acordada entre ele e a entidade. De acordo com o Samaritano, até a posse de um novo superintendente de operações, o cargo ficará sob gestão de José Antônio de Lima, atual superintendente corporativo.

anaHp elege

novo presiDente

Luiz Henrique de Almeida Mota, do Hospital HCor (São Paulo), foi eleito Presidente do Conselho Deliberativo da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) para o triênio 2012 – 2014. A escolha foi feita dia 28 de setembro, em assembleia da Associação, realizada durante o 1º Congresso Nacional de Hospitais Privados, promovido pela entidade em São Paulo.

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LIVROS

Estratégia e Ação: BSC nas organizações de saúde A obra reúne um seleto time de profissionais e pesquisadores de gestão em saúde para tratar da aplicação do Balanced Scorecard (BSC), uma das mais modernas ferramentas de administração, não apenas para hospitais, mas para as demais organizações de saúde.

Mais Rápido, Barato e Melhor

Psicologia hospitalar e da saúde

No livro, o autor, um dos mais influentes pensadores do mundo dos negócios, aborda os elementos básicos da execução do trabalho em empresas de diversos setores. Com base em mais de dez anos de pesquisa, o livro mostra como utilizar o poder dos processos de ponta a ponta para obter mais lucro e competitividade. Mais rápido, barato e melhor é o último livro escrito por Michael Hammer.

A atuação do psicólogo nas unidades básicas e outras instituições de saúde da rede pública, além dos hospitais, é uma prática que exige formação específica e residência, como programa de especialização baseado no treinamento em serviço. A obra não é restrita aos profissionais da psicologia e sua proposta é envolver todos os profissionais de saúde na discussão.

Autor: Valdir Ribeiro Borba Editora: DOC Número de páginas: 146 Preço: R$ 59,90

Autor: Hammer, Michael Editora Campus/Elsevier Formato: Adobe PDF Ebook Preço: R$69,90

Organizador: Benfica, Tania Mara Silva, Rodrigues, Fernanda Deotti e Filgueiras, Maria Stella Tavares Editora Vozes Número de Páginas: 200 Preço: R$30,50

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Saúde BuSineSS School Os melhOres cOnceitOs e práticas de g e s t ã O , a p l i c a d O s a O s e u h O s p i ta l

módulO 11

“Os prOcessOs de acreditaçãO e a segurança dO paciente” este caderno pode ser destacado

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saúde business school

introdução depoiS do SuceSSo doS primeiroS Saúde BuSineSS School, continuamoS com o projeto. eSte ano falaremoS SoBre Segurança do paciente na busca por auxiliar as instituições hospitalares em sua gestão, trouxemos no terceiro

equipes na organização de seus programas de segurança.

ano do projeto saúde Business school o

em cada edição da revista Fh, traremos um capítulo sobre o

tema segurança do paciente. ainda que

tema, escrito em parceria com médicos, enfermeiros, consultores

exista uma vasta literatura sobre o tema, a

e instituições de ensino, no intuito de reunir o melhor conteúdo

nossa função aqui é construir um manual

para você.

prático para a geração de um ambiente

Os capítulos, também estarão disponíveis para serem baixados

hospitalar mais seguro, que auxilie as

em nosso site: www.saudeweb.com.br

o projeto envolve oS SeguinteS temaS: módulo 1 - introdução à segurança do paciente módulo 2- estruturando um programa de segurança do paciente módulo 3 - identificação e notificação dos erros módulo 4- melhoria de comunicação e processos módulo 5 - envolvimento das equipes em segurança módulo 6 - O papel da ti na segurança do paciente módulo 7 - gestão segura de medicamentos dentro dos hospitais módulo 8 - a influência do ambiente hospitalar na segurança do paciente módulo 9 - leis e regulações envolvendo a segurança do paciente módulo 10 - segurança do paciente no centro cirúrgico módulo 11 - Os processos de acreditação e a segurança do paciente módulo 12 - O papel do paciente

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“oS proceSSoS de acreditação e a Segurança do paciente” fernando rinaldo e ricardo cardoSo rienze

acreditação é um processo valioso para avaliação de instituições de saúde, baseado em princípios e técnicas de gestão e melhoria contínua, focando na segurança do paciente. a instituição busca evidenciar o aprimoramento e a melhora da segurança e qualidade do cuidado ao paciente, em um ambiente seguro e mitigar os riscos ao paciente e aos profissionais. neste contexto, têm-se como benefícios, certos deste processo, a maior credibilidade da instituição perante aos clientes. Os objetivos principais da acreditação Hospitalar são melhorar a qualidade dos cuidados aos pacientes e acompanhantes e proporcionar um ambiente livre de riscos para todos aqueles que circulam na instituição, dentro de padrões de excelência reconhecidos. através da acreditação, a instituição tem a possibilidade de realizar um diagnóstico do desempenho de seus processos, incluindo as atividades de cuidado direto ao paciente e as de natureza administrativa. a partir deste diagnóstico e com o desenvolvimento do processo de educação, é possível discutir, criteriosamente, as evidências da avaliação e desenvolver um plano de ações capaz de promover a efetiva melhoria do desempenho da instituição, abrangendo todos os seus serviços e segmentos, processos e sub-processos. na maioria dos hospitais da europa, dos estados unidos e do canadá, o principal parâmetro utilizado pela população para a escolha de um serviço de saúde é a acreditação. O termo é pouco conhecido no Brasil, mas pode fazer diferença entendendo que os muitos riscos no atendimento à saúde podem ser evitados. O fato é que, no Brasil, os usuários de serviços de saúde não sabem o que é acreditação. este cenário deve mudar nos próximos anos, pois a maiorias das instituições hospitalares estão buscando ferramentas para melhorar a qualidade e segurança de sua assistência e a acreditação fornece estas ferramentas. de acordo com o institute of Medicine (iOM) - dos estados unidos, em seu estudo cruzando o abismo da Qualidade: um novo sistema de saúde para o século 21 (crossing quality chasm: a new health system for the 21st century) - um atendimento de qualidade deve sempre atender os seguintes preceitos: preocupar-se com a segurança do paciente; prover serviços de efetivos, com uso responsável dos recursos, evitando uso excessivo ou insuficiente. além disso, manter a assistência focada no paciente, prover atendimento no tempo ad-

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equado e ser eficiente também fazem parte desta lista. a acreditação é a metodologia utilizada mundialmente que certifica a qualidade no atendimento e gestão de instituições de saúde. duas das certificações utilizadas em instituições brasileiras são a Ona (Organização nacional de acreditação) e a accreditation canadá. a Ona emprega padrões de desempenho voltados aos processos de cuidados ao paciente, à gestão de serviços e com foco a segurança do pacientes e boas práticas no atendimento. neste contexto, a discussão da qualidade do cuidado em serviços de saúde, esta cada vez mais focada para a ocorrência de eventos adversos. evento adverso é definido como lesão ou dano não intencional que resultou em incapacidade ou disfunção, temporária ou permanente, e/ou prolongamento do tempo de permanência ou morte como conseqüência do cuidado prestado. a redução de problemas causados por erros é um dos principais resultados, criando um mecanismo que estimula o aprimoramento constante dos processos, com o objetivo de garantir a qualidade na assistência à saúde - pois os manuais do sistema Brasileiro de acreditação focam principalmente a segurança do paciente. dessa forma, o processo de acreditação de um serviço de saúde promove um controle maior dos riscos clínicos e não clínicos, e uma maior qualidade dos serviços prestados. em trabalhos nacionais e internacionais os principais eventos adversos estão relacionadas a cirurgia. para evitá-los a instituição precisa estabelecer processos de trabalho que sejam barreiras efetivas a essas ocorrências. sabe-se que o ser humano comete erros, cabe ao processo estabelecer formas de reconhecê-los antes que seja causado dano ao paciente. entre esses procedimentos podemos citar alguns exemplos como: definir sistema de checagem do local ou membro a ser submetido a procedimento cirúrgico por mais de um colaborador, em diferentes momentos que antecedem à cirurgia; perguntar o nome ao paciente antes da infusão de medicamentos; realizar a verificação de ausência de alergias por mais de um profissional; definir pela manutenção preventiva periódica de todos os equipamentos do serviço de saúde e realizar testes de qualificação sistemáticos dos equipamentos laboratoriais.

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alguns eventos adversos podem ser evitados. no Brasil, 4 milhões de pessoas são internadas anualmente na rede privada e, no sus, 11,3 milhões, 48% sofrem eventos adversos que poderiam ser evitados. em hospitais privados acreditados nível Ona 3 existem exemplos de sucesso associado ao processo de gestão proporcionado pela acreditação, o índice de infecção hospitalar e a pneumonia associada à ventilação (paV). em utis, o índice de infecção passou de 7% para menos de 1% no período de dois anos e na mesma instituição, e a pneumonia associada à ventilação mecânica (paV), passou de 9% para 2% no mesmo período, representando 154 dias a menos de internação no período de um ano. não há evidencias de comparação ou dados estatísticos que compare os dados referentes a qualidade dos serviços prestados, mas estima-se que 48% dos pacientes atendidos, sofrem complicações que poderiam ser evitadas se fossem observados os protocolos de segurança do paciente, um dos princípios orientadores dos manuais de acreditação. segundo dados do iBge (instituto Brasileiro de geografia e estatística), existem no Brasil aproximadamente 6,5 mil hospitais públicos e privados, com ou sem fins lucrativos. destes, apenas 151 possuem algum tipo de acreditação, de acordo com o periódico Observatório anaHp (associação nacional de Hospitais privados). Os modelos de certificação têm um impacto direto na qualidade do serviço oferecido ao paciente e também em todas as partes envolvidas no processo, como profissionais de saúde e fontes pagadoras. em um dos hospitais do sus acreditados, o índice no atendimento médico fechou com 96% de satisfação dos pacientes e 92% no período de avaliação de um ano e relataram que o atendimento na recepção é muito satisfatório. Mesmo com a acreditação conquistada, o processo não se encerra. através de auditorias internas, a instituição tenta garantir a continuidade da eficiência e eficácia dos processos assistenciais e se prepara para a visita de certificação externa que irá atestar a melhoria alcançada e a sua continuidade. a acreditação requer conscientização também permanente constância de propósito e total envolvimento dos profissionais. a santa casa de são paulo, por exemplo, busca constantemente o apoio do corpo clínico para garantir o padrão de excelência no atendimento aos pacientes e profissionais envolvidos. de todos os processos produtivos, o da saúde é o único em que a tecnologia jamais substituirá a força de trabalho. por isso, a relação interpessoal é crucial tanto para os que cuidam quanto para os que são cuidados. nenhuns dos êxitos conquistados com a acreditação poderiam ser alcançados sem o envolvimento e o treinamento dos diretores e funcionários de uma instituição. nosso principal recurso na área da saúde é o humano. se não tivermos recursos humanos bem treinados e com qualificação permanente, quase nada poderá ser feito em termos de segurança e qualidade para os pacientes. poucas pessoas sabem o significado da acreditação, mas as instituições percebem que com a melhora de seus processos, alem de garantir a segurança aos clientes e profissionais, sua reputação no mercado se torna evidente e positiva e nota-se a redução de despesas em decorrência de práticas erradas. “Hospitais não acreditados não podem demonstrar se estão prestando bom cuidado e segurança”, diz o presidente do isQua, philip Hassen um hospital acreditado é muito mais seguro. a certificação reconhecida pela Ona garante muito mais do que bons produtos. seu foco é a qualidade dos serviços, a segurança dos pacientes e a preservação da

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vida. para obter um selo, um hospital deve seguir rígidos padrões de qualidade, reconhecidos nacionalmente. O processo de acreditação envolve toda a estrutura da instituição de saúde e promove uma grande mudança na forma de gestão da instituição com em um único princípio: a melhoria da qualidade. além disso, um hospital acreditado demonstra que é bem administrado, confiável, com redução dos desperdícios, o que o torna, também, mais “saudável” financeiramente. além da melhoria da segurança oferecida no atendimento e na realização de procedimentos clínicos, a acreditação oferece outras vantagens. entre elas, o permanente aprimoramento institucional; a constante busca por maior eficiência e efetividade do atendimento; e a racionalização de recursos humanos, financeiros e tecnológicos. a certificação da avaliação hospitalar pelo processo de acreditação aponta uma direção positiva na melhoria da assistência aos pacientes, bem como estabelece níveis crescentes de qualidade. Os profissionais da área de saúde têm contribuído para o desenvolvimento da qualidade assistencial e institucional participando dos processos avaliativos em situações distintas, isto é, em determinadas condições o profissional e seu trabalho são avaliados e em outros momentos, o profissional é um dos agentes avaliadores como nos casos da acreditação e da avaliação dos riscos profissionais legais. a padronização dos processos de avaliação vem ao longo dos anos evoluindo e aprimorando a identificação de critérios, indicadores e padrões cada vez mais significativos para os vários serviços hospitalares. entende-se que o futuro será das organizações que possuírem algum tipo de certificação e que de certa forma, isto quebrará o paradigma da fragmentação da saúde proporcionando serviços que realmente atendam as necessidades da população, com segurança, inclusive superando as expectativas dos pacientes, essência da excelência.

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caSo de SuceSSo Segurança certificada cOm acreditaçãO da Jci, hOspital sãO JOsÉ, de sãO paulO, melhOra nível assistencial e passa a atender as metas internaciOnais de segurança dO paciente guilherme Batimarchi – gbatimarchi@itmidia.com.br são muitos os fatores que levam uma instituição de saúde a buscar uma certificação hospitalar, seja ela Ona, canadense ou Joint commission international (Jci). para o hospital são José, ligado à Beneficência portuguesa de são paulo, melhorar a qualidade assistencial, processos de segurança do paciente e ter o reconhecimento de toda a comunidade de saúde foram alguns dos fatores que levaram a instituição a optar pela Jci, conquistada em dezembro de 2010. de acordo com a gerente de qualidade da Beneficência portuguesa de são paulo, márcia de alcântara, com a acreditação, o são José passou a ter acesso a uma série de recursos e serviços que conecta a instituição à comunidade internacional, proporcionando a troca de informações relacionadas às melhores práticas, redução de riscos e eventos adversos. “atualmente são mais de 300 organizações de saúde em 39 países com o selo Jci. a metodologia aplicada pela acreditadora, denominada tracer, também propicia uma avaliação interativa, com foco nos sistemas e processos”. ainda de acordo com a gerente, a certificação eleva a credibilidade dos hospitais que apresentam o selo da entidade, proporcionando uma segurança a mais ao paciente estrangeiro que busca uma instituição para seu tratamento de saúde. “isso proporciona o desenvolvimento de uma das estratégias do hospital que é também a de receber pacientes estrangeiros”, completa. por ser um hospital jovem, inaugurado em 2007, o são José nasceu praticamente ao mesmo tempo em que foi iniciado o projeto com o consórcio Brasileiro de acreditação (cBa), que foi responsável por toda a consultoria e alinhamento da instituição às diretrizes da Jci. “Os processos foram construídos considerando os padrões da Jci. no entanto, estes padrões têm um nível de exigência elevado, tivemos que nos dedicar ainda mais, considerando a compreensão dos padrões até a sua construção e implementação”, acrescenta márcia. para conquistar o selo, o hospital teve que modificar seus processos de controle de acesso, credenciamento médico, educação dos pacientes e as metodologias relacionadas às metas internacionais. “O hospital remodelou alguns processos para se adequar às exigências estabelecidas pelas metas internacionais de segurança como a vigilância das equipes de qualidade. a assistência é constante para garantir que todos os itens sejam cumpridos”, afirma márcia. entre as metas internacionais de segurança do paciente estipuladas pela Jci estão a identificação correta de pacientes, onde é recomendada a utilização de duas formas diferentes de checagem antes de administrar algum medicamento ou realizar procedimentos médicos. melhorar a eficácia da comunicação, melhorar a segurança para medicamentos de alto risco, promovendo práticas seguras para sua utilização, eliminar cirurgias ou procedimentos errados e reduzir os riscos de infecção hospitalar por meio de práticas de higienização de mãos e equipamentos médicos entre outros procedimentos.

SoBre o autor autoreS

ricardo cardoso rienze é consultor de gestão de processos e riscos da irmandade da santa casa de misericórdia de são paulo - diretoria da Qualidade e desenvolvimento Organizacional – dQdO. rienze é biomédico pela uniSa, especializado em patologia clinica pela mesma instituição, avaliador da qualidadepelo sistema ona pelo iQg, auditor de riscos com base na iSo: 31000 pelo QSp e pós-graduado em administração de empresas com especialização em sistemas de saúde pela fgv. experiência de 15 anos de atuação em gestão de instituições de prestações de serviços médicos e hospitalares. fernando rinaldo é diretor da diretoria da Qualidade e desenvolvimento Organizacional – dQdO na irmandade da santa casa de misericórdia de são paulo. rinaldo é administrador de empresas pela faculdade de negócios da universidade São francisco, especialização em gestão da qualidade pela fgv epós-graduação emgestão de serviços de saúde pela uniSinoS. experiência de 22 anos de atuação em gestão de instituições de prestações de serviços médicos e hospitalares.

empreSa

fundada há mais de quatro séculos, a irmandade da Santa casa de misericórdia de São paulo, instituição filantrópica e privada é um dos mais importantes complexos hospitalares na cidade de são paulo. a irmandade, em todas as unidades, atende mais de 8 mil pessoas por dia em todas as especialidades médicas, possui mais de 2.000 leitos, registra uma média mensal de 110 mil atendimentos ambulatoriais, 130 mil atendimentos de emergência, 3,5 mil cirurgias e 370 mil exames. É referência nos atendimentos de emergência, ortopedia, pediatria e serviços de alta complexidade como neurocirurgias e transplantepossui hemocentro e laboratórios próprios, além de serviços de diagnóstico por imagem.

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A seguir você confere os lançamentos de produtos e tecnologias para laboratórios de medicina diagnóstica e hospitais

SOB MEDIDA

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O DX-M oferece qualidade superior de imagem, alta produtividade e potencial redução de dose para o paciente. Esses equipamentos permitem manusear cassetes Standard Phosphor Plate (PIP) e os cassetes com a nova tecnologia Needle-based detector (NIP) e possuem buffer de cinco cassetes com carregamento automático. São ideais para diferentes aplicações: Radiografia Geral, Mamografia Digital, Ortopedia e Extremidades - Perna e Coluna Completa, Neonatal, Pediatria e Odontologia.

A RUBBERMAID® COMMERCIAL apresenta o carro de limpeza 6173-89. Indicado para o mercado de higienização profissional o produto foi desenvolvido para unir alta capacidade de carga, flexibilidade de manobra e praticidade no uso. Com ótimo aproveitamento de espaço interno, que favorece a acomodação e transporte de equipamentos para limpeza, possui uma bolsa de vinil amarela com zíper com capacidade para 78,7 litros e oferece a possibilidade de customização com a inclusão, por exemplo, de portas com chave que permitem controle e segurança.

PORTÁTIL

O Carestream DRX-Transportable System / Universal Mobile retrofit kit converterá os sistemas análogos móveis já existentes de aparelhos de raios-x dos hospitais em tecnologia DR usando o detector DRX, wireless do tamanho de um cassete. Esse detector oferece flexibilidade de posicionamento e permite que os fornecedores de serviços de saúde usem grids existentes e seguradores de cassete. O sistema está disponível com o software Tube and Line Visualization, que fornece verificação instantânea para médicos que estão colocando tubos e linhas com cateteres centrais inseridos perifericamente (PICC) em pacientes seriamente doentes ou feridos.

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meira vez, fui convidado pelo casal a ver um filme de Quem nunca sonhou em ir para as Índias? Você sabe qual o nome da primeira empresa bra- nome “Outsourced”, traduzido para o português com o sileira de equipamentos médico hospitalares a se tradicional nome errado de “Despachado para a Índia”. Depois de ver este fantástico filme fiquei empolgado instalar na Índia? Você sabia que esta mesma empresa equipou 100% a com a ideia de conhecer aquela região. Contudo, meus ala Neonatal do Bapuji Child Health Institute, numa das amigos da zona norte de São Paulo foram mais ágeis e, não só visitaram, como abriram uma fábrica, venderam concorrências mais difíceis de todos os tempos? Você sabia que esta mesma empresa inaugurou sua pri- mais de 500 equipamentos e lá instalaram uma fábrica. meira fábrica em Bangalore após um ritual Hindu que A filha de Marlene, a Dra. Karin, que além de escritora, médica e estudiosa nata, durou 4 horas? esteve lá na abertura. Vi uma Se você ainda não conseguiu foto dela no meio dos indianos responder as perguntas acima Você sAbe quAl o nome dA inaugurando a fábrica e pensei: vou dar algumas dicas. primeirA empresA brAsileirA não vai querer voltar mais, de Recentemente a minha quetão enturmada que lá estava. rida amiga Marlene Schmidt de equipAmentos médico Com tudo isso fico pensando e seu adorável marido DjalhospitAlAres A se instAlAr que depois de algumas centenas ma Rodrigues me contaram de anos estamos voltando a adoque queriam ir para a Índia. nA ÍndiA? rar as Índias, a procurar as ÍnOs dois são proprietários da Fanem, empresa brasileira de equipamentos médico- dias, a buscar as Índias. Contudo, como tudo na vida, entre o desejo e a real busca e conquista mora uma distância, tão -hospitalares. Entre este papo e a recente notícia, datada de 23 de grande quanto a própria distância física que nos divide. setembro, e que aponta um importante marco para a Entre esses dois espaços mora uma perseverança inindústria brasileira, passaram-se alguns meses. Na pri- trínseca de quem sonha, de quem planeja, de quem dis-

ponibiliza recursos, se arrisca, desbrava. De quem se lança no espaço, no oceano em busca de algo que não se sabe se dará certo. Tudo isso pode ser chamado de empreendedorismo, de heroísmo, mas acima de tudo tem aí uma boa dose de visão, de coragem, daquilo que chamo de “irresponsabilidade branda”, que nos torna mais felizes e fortes no final. Lembro-me então de Eduardo Galeano em seu fantástico verso sobre a Utopia: “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”. Sonhar com as Índias é pouco. Planejar ir para as Índias é pouco. Recortar foto das Índias é pouco. O que importa mesmo é IR para as Índias, seja como for.

Alberto leite Diretor Executivo da IT Mídia S.A.

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