Fornecedores Hospitalares - Ed. 189

Page 1

lay_capa.indd 3

12/07/11 16:56


Untitled-1 1

11/07/11 08:46


ÍNDICE

Julho de 2011 • FH 189

W W W . R E V I S T A F H . C O M . B R

10 – .Com

teísmo nos exames e direcionam processos em prol da eco-

Confira conteúdos multimídia e os destaques do Saúde Web

nomia de tempo e recursos com soluções integradas de TI

Política e regulamentação 12 – Em evolução

72 - Aposta certa Dr. Ghelfond aplica novas soluções, reduz em 30% o absenteísmo e estima expansão de dois dígitos

ANS abre consulta pública para apresentar propostas de atualização do padrão TISS, de Troca de Informações na Saúde Suplementar

Indústria 76 – A moda e o medo do Cloud Computing

26 – Entrevista

Para ganhar confiança nas empresas do setor, tecnologia e

Mente colaborativa: gerente geral mundial de Saúde da Micro-

conceito galgam esforços em função de segurança de dados

soft Neil Jordan avalia as potencialidades e tendências de TI no

e melhor custo-benefício

setor. Para o executivo, ambientes de cocriação e soluções integradas em gestão incluem a participação inclusive do paciente

40

Hospital – Panorama

Rumo à informatização e integração dos dados, players de saúde e TI interagem na busca do melhor modelo. Protagonistas dos setores avaliam obstáculos como regulamentação de padrões e carências técnicas

86 – Carreiras

62 – DEPOIS DO ERP

89 - Saúde Business School

Com investimentos em soluções de ERP, os hospitais já

Gestão segura de medicamentos dentro dos hospitais

precisam pensar em evolução para os projetos de TI. Veja quais são os próximos passos

98 – Livros

66 - Telecom: hora de se adequar

100 – Vitrine

Referência para o Brasil, norma americana TIA 1179

12

estabelece requisitos para a infraestrutura de rede em Telecom em saúde

Artigos 14 - Espaço Jurídico

Operadora

66 60

lay_Indice.indd 3

Fair play nas licitações públicas - segundo tempo

60 – Premium por vocação

68 - Gestão

Bradesco Saúde investe em PEP customizado aos clientes e

Você já pensou em contratar uma consultoria?

pacientes do Concierge 84 - RH

Medicina Diagnóstica

O preço do crescimento na América Latina

70 – Laboratórios inteligentes

114 - Hot Spot

Com automação, laboratórios registram queda de absen-

Alvo ao tiro

3

13/07/11 14:19


EXPEDIENTE

PRESIDENTE-EXECUTIVO

ADELSON DE SOUSA • adelson@itmidia.com.br

VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO

MIGUEL PETRILLI • mpetrilli@itmidia.com.br

DIRETOR-EXECUTIVO E PUBLISHER ALBERTO LEITE • aleite@itmidia.com.br

DIRETOR DE RECURSOS E FINANÇAS

JOÃO PAULO COLOMBO • jpaulo@itmidia.com.br

www.revistafh.com.br EDITORIAL

MARKETING REVISTAS

GERENTE DE MARKETING Gaby Loayza • gloayza@itmidia.com.br

EDITORA EXECUTIVA Ana Paula Martins • amartins@itmidia.com.br

PRODUTOR DE ARTE E VÍDEO Bruno Cavini • bcavini@itmidia.com.br

REPÓRTER Cinthya Davila – cinthya.davila@itmidia.com.br Guilherme Batimarchi • gbatimarchi@itmidia.com.br Maria Carolina Buriti – mburiti@itmidia.com.br Perla Rossetti – perla.rossetti@itmidia.com.br Verena Souza – vcarvalho@itmidia.com.br

CONSELHO EDITORIAL Paulo Marcos Senra Souza • Diretor da Amil Sérgio Lopez Bento • Superintendente geral de Operações do Hospital Samaritano Sílvio Possa • Diretor Geral do Hospital Municipal M’Boi Mirim

COMERCIAL

ANALISTA DE MARKETING Gabriela Mendes Pereira – gabriela.pereira@itmidia.com.br

MARKETING PORTAIS

COORDENADOR DE MARKETING Rodrigo Martins • rmartins@itmidia.com.br ANALISTA DE MARKETING Marcela Marques Daniotti – mdaniotti@itmidia.com.br Mayra Ferreira Petronilho mayra.ferreira@itmidia.com.br ESTAGIÁRIOS Ericca D. Amorim de Oliveira – ericca.oliveira@itmidia.com.br Thiago André da Rocha – thiago.rocha@itmidia.com.br

GERENTE-COMERCIAL Tania Machado • tmachado@itmidia.com.br • (11)3823-6651 GERENTE-CLIENTES Ana Luisa Luna • aluna@itmidia.com.br • (11) 3823-6706 Gabriela Marcondes • gmarcondes@itmidia.com.br • (11) 3823-6640 Jucilene Marques • jmarques@itmidia.com.br • (11) 3823-6604 Leandro Premoli – leandro.premoli@itmidia.com.br • (011) 3823-6653 Mozart Henrique Ramos – mramos@itmidia.com.br • (011) 3823-6629

MARKETING FÓRUNS

GERENTE DE MARKETING Emerson Luis de Moraes • emoraes@itmidia.com.br ANALISTA DE MARKETING Rosana Soares dos Santos • rsantos@itmidia.com.br Tuani Campos da Silva – tuani.campos@itmidia.com.br

EXECUTIVOS DE CONTAS Rodrigo Morais – rmorais@itmidia.com.br • (011) 3823-6655 Rute Silva Rodrigues • rrodrigues@itmidia.com.br • (11) 3823-6637

COMUNICAÇÃO CORPORATIVA - COORDENADORA

Cristiane Gomes • cgomes@itmidia.com.br

ESTUDOS E ANÁLISES

EDITORA Silvia Noara Paladino • spaladino@itmidia.com.br

REPRESENTANTES Gerente comercial – Representações Gabriela Vicari • gvicari@itmidia.com.br • (11) 3823-6714 Cel.: 11- 7204-3470

Planalto Central (DF e GO): Gaher Fernandes - comercialdf@itmidia.com.br (61) 3447-4400 - (61) 7811-7338 Mauricio Caixeta - comercialdf@itmidia.com.br (61) 3447-4400 - (61) 7811-0949

Minas Gerais: Newton Espírito Santo - comercialmg@itmidia.com.br (31) 2551-1308 - (31) 7815-3095 Vera Santo – comercialmg@itmidia.com.br (31) 2551-1308 - (31) 7815-3096

Rio de Janeiro: Sidney Lobato – sidney.lobato@itmidia.com.br (21) 2275-0207 – (21) 8838-2648 Santa Catarina: Lucio Mascarenhas - comercialsc@itmidia.com.br (48) 3025-2930 - (48) 7811-4598

Paraná: Heuler Goes dos Santos - comercialpr@itmidia.com.br (41) 3306-1659 - (41) 7811-5397

USA e Canadá: Global Ad Net • ed@globalad-net.com Tel: 603-525-3039 Fax: 603-525-3028

Conheça a solução completa de mídia de negócios que a IT Mídia oferece: www.itmidia.com.br

CIRCULAÇÃO

ANALISTA André Quintiliano • aquintiliano@itmidia.com.br ASSISTENTE Elisangela Rodrigues Santana • esantana@itmidia.com.br

ADMINISTRATIVO

COORDENADORA Emanuela Araujo • earaujo@itmidia.com.br <mailto:earaujo@itmidia.com.br> ANALISTAS DE COMPRAS Camila Freitas • camila.freitas@itmidia.com.br Michelle Maia • michelle.maia@itmidia.com.br ANALISTA JURÍDICO Tatiana Vepstas Arana • tatiana.arana@itmidia.com.br

FINANCEIRO

GERENTE Marcos Lopes • marcos@itmidia.com.br

Conheça o portal Saude Web: www.saudeweb.com.br Receba as últimas notícias do mercado em tempo real, diariamente em seu e-mail, assine a newsletter do Saude Business Web www.saudeweb.com.br COMO RECEBER FORNECEDORES HOSPITALARES COMO ANUNCIAR TRABALHE CONOSCO CENTRAL DE ATENDIMENTO AO LEITOR (RECEBIMENTO, ALTERAÇÕES DE ENDEREÇO, RENOVAÇÕES)

ANALISTA Andréia Marchione • amarchione@itmidia.com.br

www.revistafh.com.br/assinar comercialsaude@itmidia.com.br | Tel.: (11) 3823.6651 pessoas@itmidia.com.br atendimento@itmidia.com.br | Tel.: (11) 3823.6700

(recebimento, alterações de endereço, renovações)

COORDENADOR Reginaldo Evangelista • revangelista@itmidia.com.br ANALISTA Siniclei Luiz da Silva • siniclei@itmidia.com.br Fernanda Duarte • fduarte@itmidia.com.br

RECURSOS HUMANOS

Danielle Barcellos Rodrigues • drodrigues@itmidia.com.br

CENTRAL DE ATENDIMENTO

GERENTE Marcio Lima • mlima@itmidia.com.br ASSISTENTE Marco Silva • msilva@itmidia.com.br

IMPRESSÃO

Log & Print Gráfica e Logística S.A. REVISTA FH A revista FH é uma publicação mensal dirigida ao setor médico-hospitalar. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional, além de gratuita e entregue apenas a leitores previamente qualificados.

A

TA

R REC

LE

ES

INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO

O AV

IC

P OR F

As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídiaou quaisquer outros envolvidos nessa publicação. As pessoas que não constarem no expediente não têm autorização para falar em nome da IT Mídia ou para retirar qualquer tipo de material se não possuírem em seu poder carta em papel timbrado assinada por qualquer pessoa que conste do expediente. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da IT Mídia S.A.

R E V IS

T

IT Mídia S/A Pça Prof José Lanes, 40 • Edifício Berrini 500 • 17º andar • 04571-100 • São Paulo • SP Fone: 55 11 3823.6600 | Fax: 55 11 3823.6690

lay Expediente.indd 4

13/07/11 14:32


Untitled-1 1

11/07/11 08:47


AF_an_pgdupla_532x310mm_alt.pdf

1

06/07/11

18:22

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Untitled-1 2

11/07/11 08:48


Untitled-1 3

11/07/11 08:48


Editorial

Muito

assunto

Até a próxima!

Foto: Ricardo Benichio

M

ais um ano trazemos a você o especial de TI em Saúde. E sempre fica a sensação de que há muito mais para ser falado. Quando pensamos nos fatores críticos do setor de saúde, que demandam um novo olhar estratégico para garantir melhor qualidade na assistência e na entrega dos serviços, para um número maior de pessoas a um menor custo, percebemos como o uso adequado das ferramentas de TI torna-se essencial para transformar a gestão da saúde. Tanto quando pensamos em redes assistenciais, públicas ou privadas, quanto às tecnologias que envolvem o usuário final. E é um passeio neste cenário que você verá ao longo desta edição da FH. Vista como um oceano de oportunidades, a área pública começa atrair a atenção de grandes players da TI para projetos de saúde. Uma vez que detém a gestão dos serviços em rede, e necessita de informações precisas para definir os investimentos e atender toda a população, há um grande potencial a ser aproveitado. Alguns especialistas, inclusive, defendem que os grandes projetos de TI em saúde acontecerão primeiro na área pública, para depois serem replicados pelo setor privado. Essa discussão você confere na reportagem de Maria Carolina Buriti, na seção Panorama. Também investigamos a evolução da Computação em Nuvem no setor. Se ainda há muita desconfiança em relação à segurança dos dados, a redução de custos e a facilidade de gerenciamento agregadas pelas soluções despontam como grandes atrativos. Você verá, ainda, quais serão os próximos passos dos hospitais no uso das ferramentas, uma vez que tiverem o sistema de ERP consolidado, os desafios de automação do mercado de medicina diagnóstica e ainda confere a entrevista com o gerente geral mundial de saúde da Microsoft, Neil Jordan. O executivo fala da saúde conectada, colaboração e o envolvimento dos usuários na gestão da própria saúde. Enfim, diante de um mercado efervescente, assuntos não faltam. Na verdade, até sobram. E eles seguirão continuamente em nossas páginas.

Ana Paula Martins Editora-executiva da IT Mídia S.A

8

lay_editorial.indd 8

13/07/11 09:08


Untitled-1 1

11/07/11 08:49


.com

blogs

Leia e discuta com nossos colaboradores os assuntos mais quentes do mês: www.saudeweb.com.br/blogs

Guilherme Brauner Barcellos

Chegou a hora de Medicina Hospitalar no Saúde Web! Guilherme Brauner Barcellos é médico formado pela UFRGS e especialista em Clínica Médica e Medicina Intensiva. Atualmente é presidente da Pan American Society of Hospitalists.

Ildo Meyer

Médicos e Mágicos Ildo Meyer é palestrante motivacional e médico, com especialização em anestesiologia e pós-graduação em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter.

João Carlos Bross

Desenhando os processos de produção a partir do espaço físico João Carlos Bross é arquiteto e presidente da Bross Consultoria e Arquitetura.

Silvio Possa

Como a liderança promove mais segurança para o paciente? Silvio Possa é médico especializado em Administração Hospitalar e atua como Diretor contratado pelo Hospital Albert Einstein na direção do Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch – M’Boi Mirim.

M U LT I M Í DI A Galeria

PODCAST

WEBCAST

Aliança Saúde inaugura sua quinta unidade

Por Guilherme Batimartchi O Grupo Aliança Saúde inaugurou no final de junho sua quinta unidade na capital paranaense. O novo empreendimento contou com investimentos de R$3 milhões e é destinada, exclusivamente, ao atendimento particular ou por meio de operadoras de saúde. Veja na Saúde TV: http://bit.ly/pP20gV

Roche Diagnóstica traz ao Brasil teste Nat

Por Cínthya Dávila Com o intuito de diminuir a janela imunológica de doenças virais, a Roche traz ao Brasil o teste Nat para diagnóstico de doenças . O Saúde Web conversou com a gerente da área de diagnóstico molecular, Marisa D´ínnocenzo. Veja na Saúde TV: http://bit.ly/pvu2Rj

Oswaldo Cruz promove 30 pessoas com programa de liderança

Por Verena Souza Desde 2007, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz desenvolve programas para o desenvolvimento de líderes. Este ano, a equipe de Recursos Humanos introduziu, além de conceitos de gestão e relacionamento, um conteúdo mais lúdico para os gestores e futuros gestores. Veja na Saúde TV: http://bit.ly/kaE3R0

10

lay_online.indd 10

11/07/11 10:13


s

resUlTAdo dA enqUeTe vIsÃo FoTogrÁFIcA do Acesso À sAúde no brAsIl O livro “A curva e o caminho – Acesso à saúde no Brasil”, do fotógrafo André François, é resultado de uma expedição que registrou, por diversos locais do Brasil, histórias inspiradoras sobre a saúde do brasileiro e seu acesso a ela.

Na última enquete, o Saúde Web quis saber se você acha que o profissional médico deve ser visto como um cliente do hospital?

Veja na galeRia dO Saúde Web: hTTp://biT.ly/ipl4T9

29,41%

r e d eSO C I A I S

52,94% 17,65%

lfrmendonca • Fernando Mendonça Dra. @ursulamara bom texto! RT @Saude_Web: O que um comprador de hospital precisa ter? http://bit.ly/lIWdrL laeliagiacon • Laélia Giacon RT @Saude_Web: Médicos de SP vão suspender atendimento a 10 planos http://bit.ly/khAG6V Confira e torça p/ ñ ser o seu.

pixeon • Pixeon @revistafh @Saude_Web Parabéns pela excelente cobertura da JPR’2011. danielncmartins • Daniel Martins @Saude_Web o conteúdo de vocês é fantástico e sou seguidor fiel!! Só fiz uma brincadeira mesmo. Que a TI na Saúde sempre ajude!!

sIgA-nos!!! @saude_web e @revistafh

29,41 % - Sim. Quando uma instituição tem claramente o objetivo de lucrar, o médico não passa de um cliente para as clínicas e hospitais. 17,65 % - Não. A relação do médico com as unidades assistenciais deve ser de parceria e não de empresa x cliente. 52,94 % - Depende. O médico pode ser visto como um cliente, mas um cliente diferenciado. Alguém que além de gerar lucros para a entidade, deve participar do processo de gestão e, assim, acompanhar as diretrizes da unidade de saúde.

voTe nA próXIMA

Participe da nossa enquete! Vote em www.saudeweb.com.br/enquete

11

lay_online.indd 11

11/07/11 10:13


POLÍTICA E REGULAMENTAÇÃO

EM

EVOLUÇÃO Verena Souza • vsouza@itmidia.com.br

Em aberto, nova consulta pública sobre o padrão TISS busca a interoperabilidade dos dados da saúde suplementar

E

ntre os dias 7 de junho e 6 de julho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar realizaou a consulta pública nº 43, que apresentou propostas de resolução normativa e de instrução normativa sobre a atualização do Padrão Obrigatório para a Troca de Informações na Saúde Suplementar, mais conhecido como Padrão TISS. Para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a proposta representa uma evolução no caminho da padronização e interoperabilidade dos sistemas de informações da saúde privada. A medida é resultado das propostas elaboradas pelos grupos técnicos do Comitê de Padronização de Informação da Saúde Suplementar (COPISS) e da área técnica da ANS durante oficina de trabalho realizada em setembro de 2009. A padronização das guias de solicitação de quimioterapia, radioterapia e de órteses e próteses, os formulários de revisão de glosas do pagamento, bem como

ajustes nas guias existentes estão entre as principais alterações da proposta. No componente de representação de conceitos em saúde, unificam-se os termos utilizados na troca de informações, com ampliação da Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS). De acordo com a ANS, a TUSS existente são agregados novos termos, contemplando 108.160 termos utilizados na saúde suplementar. Dentre estes, têm-se procedimentos e eventos em saúde (5.603), materiais, órteses e próteses (77.150), medicamentos (21.592), diárias, taxas e gases medicinais (2.831) e as demais terminologias que caracterizam o atendimento com cerca de 984 termos. Para o gerente-geral de integração setorial da ANS, Antonio Endrigo, a ampliação da TUSS é um dos principais tópicos da consulta. Segundo ele, a TUSS unificará procedimentos médicos e odontológicos. “A medida propiciará melhor gestão das informações de saúde.”

A MEDIDA PROPICIARÁ MELHOR GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DE SAÚDE F: D

Antonio Endrigo, da ANS

Em relação à segurança e privacidade, atualizam-se as referências adotadas na Medida Provisória 2.200-2, que obriga as operadoras de saúde e prestadores de serviços a usarem a certificação digital, e também os manuais de orientações da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS). A nova resolução normativa revogará a RN 153, de 28 de maio de 2007, e tratará ainda da disponibilidade ao beneficiário das suas informações de atenção à saúde; do envio dos dados do Padrão TISS à ANS; do monitoramento TISS e de uma rotina automatizada para dispor e manter o padrão TISS no endereço eletrônico.

ATUALIZAÇÃO DO

PADRÃO TISS

Serão padronizados formulários de revisão de glosas de pagamento, guias de solicitação de quimioterapia, radioterapia, órteses e próteses, bem como ajustes nas guias existentes Novos termos são agregados à Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS) As referências adotadas para o uso da Certificação Digital e manuais de orientações da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) serão atualizadas

12

lay_politica_Tiss.indd 12

11/07/11 18:42


A preocupação com todos é o que faz o BIOFAST ser único.

A ferramenta de gestão desenvolvida pelo BIOFAST possibilita um gerenciamento total dos exames realizados identificando o usuário. Os exames são disponibilizados online e as amostras são identificadas por código que permite rastrear o status. Com esses relatórios são definidos programas junto aos médicos, evitando que os mesmos peçam exames desnecessários e melhorando o método da anamnese. Muito mais qualidade para a saúde do seu negócio.

Acreditação Plena

Resultados em até 24h e pela internet. www.biofast.com.br (11) 5180.7770 EXAMES DE ANÁLISES CLÍNICAS E RESULTADOS COM ALTÍSSIMO GRAU DE QUALIDADE, AGILIDADE E CONFIABILIDADE•MÉTODOS E PROCEDIMENTOS DE TRABALHO CERTIFICADOS PELOS MAIS RESPEITADOS INSTITUTOS•EQUIPE QUALIFICADA E ENVOLVIDA•AVANÇADAS FERRAMENTAS DE GESTÃO DE NEGÓCIOS•PROJETOS SOB MEDIDA, QUE AJUDAM A MELHORAR O DESEMPENHO E A SAÚDE FINANCEIRA DOS CLIENTES

Untitled-1 1

11/07/11 08:49


ESPAÇO JURÍDICO

FAIR PLAY - SEGUNDO TEMPO

LICITAÇÕES PÚBLICAS

N

RODRIGO ALBERTO CORREIA DA SILVA Sócio do escritório Correia da Silva Advogados, presidente dos Comitês de Saúde da Câmara Britânica de Comércio (BRITCHAM) e da Câmara Americana de Comércio (AMCHAM), advogado de diversas associações de classe e empresas de produtos e serviços de saúde, Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e autor do livro “Regulamentação Econômica da Saúde”

o mês passado tratamos de restrições legais aos servidores públicos e as empresas que com eles interagem. São regras de conduta de aplicação geral cujo cumprimento é compulsório em todas as suas atividades. Porém, a atividade de compras é intrinsecamente problemática tanto no setor privado quanto no setor público. Não são poucos os casos de desvios e corrupção de compradores. A tentação é grande e não raro “a carne é fraca”. Para preservar o erário é que a Lei de Licitações tem normas mais específicas que passamos a listar: • Dispensa indevida de licitar: o servidor que não realiza licitação pública fora das hipóteses legais de dispensa ou inexigibilidade ou realiza licitação sem atender as formalidades obrigatórias está sujeito não só a ser exonerado, mas também a sofrer pena de detenção de 3 a 5 anos e multa. Aqueles que tenham contribuído para a prática do ato ou dele se beneficiado (o fornecedor, por exemplo) estão sujeitos às mesmas penas; • Atividade concertada e fraude: frustrar ou fraudar uma licitação por combinações ou ajustes que lhe tirem o caráter competitivo para obter vantagem ou ganhar o contrato sujeita o infrator a pena de detenção de 2 a 4 anos e multa. Aqui vale mencionar que algumas situações comuns no mercado podem colocar os fornecedores em situação bastante duvidosa, mesmo quando o acordo não existe como, por exemplo, fabricante e distribuidores do mesmo produto participando das licitações; • Advocacia administrativa em licitações: o tipo fala por si, se aplica quando houver defesa de interesses privados na administração pública para a realização de uma licitação ou obtenção de um contrato. O que qualifica a atividade como criminosa é a posterior anulação da licitação ou contrato pelo judiciário. Pena de detenção de 6 meses a 2 anos e multa;

• Alteração contratual ilegal: admitir ou dar causa a ampliações ou alterações contratuais fora das hipóteses legais, inclusive e principalmente em relação a aditivos contratuais de ampliação ou valor. Pena de detenção de 2 a 4 anos e multa. Aplicável a todos que se beneficiarem do ato; • Obstrução e fraude: obstruir ou fraudar qualquer ato da licitação, pena de detenção de 6 meses a 2 anos e multa. Caso a conduta se enquadre de forma mais específica em outras hipóteses elas se aplicarão; • Violação de sigilo: pena de 3 anos e multa; • Violência, ameaça e vantagens indevidas: impedir ou tentar impedir a participação de licitantes mediante violência e ameaças ou oferecendo vantagens. Pena de 2 a 4 anos e multa aplicável também ao que se retirar da concorrência em troca de vantagens; • Fraude contra o tesouro: prejudicar o erário em licitações ou fraudar contratos (i) aumentando preços de forma arbitrária, (ii) vendendo produto falsificado ou danificado, (iii) entregando um produto pelo outro, (iv) alterar qualidade, quantidade ou substância dos produtos entregues, (v) elevar maliciosamente os custos de um contrato. Pena de 3 a 6 anos e multa. O que define estas condutas como puníveis é o prejuízo ao erário, assim, a entrega de produtos de qualidade superior desde que benéficos aos objetivos da contratação não se enquadra nestas hipóteses. As penas de prisão atingem as pessoas físicas envolvidas nos atos puníveis sem prejuízo da obrigação da empresa de ressarcir o tesouro, pagar multas e da possibilidade de sofrer penas de restrição de seis direitos de participar de licitações públicas. Portanto, o melhor conselho é ir com calma e participar do bom jogo, competir com ferocidade sem infringir as regras. No amor e na guerra pode valer tudo, nos negócios com o governo não.

14

lay_juridico.indd 14

11/07/11 10:10


Hospital Energy Usage Overview

A Schneider Electric torna visível o uso da energia em todo o hospital, permitindo que você controle o consumo, reduza o desperdício e economize.

Médicos necessitam do raio-X, diretores financeiros precisam da Schneider Electric Nós o ajudamos a diagnosticar o desperdício de energia Soluções de infraestrutura resultam em economia e melhoram o atendimento Hospitais em todo o mundo estão sob forte pressão para fazer mais com menos, para proporcionar aos pacientes um atendimento superior e, ao mesmo tempo, controlar os custos e eliminar desperdícios. Mas, com o aumento dos custos de energia, maior demanda e expansão da tecnologia dependente de energia na prestação de atendimento, o desafio cresce a cada dia. A Schneider Electric™ pode te ajudar. Nossa abordagem integrada para fornecer soluções de infraestrutura inovadoras é a resposta aos desafios de desempenho financeiro de seu hospital. Nós ajudamos também a garantir a conformidade de seu hospital às normas e leis ambientais mais recentes.

Eficiência é a chave Nós somos o único fornecedor de soluções de infraestrutura que permite que você veja, meça e gerencie o uso da energia em todo seu hospital. Com nossa Arquitetura de Gestão Energética Ativa EcoStruxure™ você poderá cortar o desperdício de energia imediatamente. O hospital médio possui uma margem de somente 3,3%. Eliminando o desperdício, através da otimização da eficiência energética, você poderá aumentar sua margem em até 25%. Ao mesmo tempo, as soluções da Schneider Electric ajudarão a melhorar a satisfação e a segurança dos pacientes e a aumentar a produtividade das equipes. How Energy Efficiency Ensures Financial Health for Hospitals

Economizando energia em todo o hospital

>

Gerenciamento Predial

>

Distribuição Elétrica e Energia Crítica

>

Sistemas e Controle das Instalações

Livre-se de armadilhas financeiras e crie um hospital mais inteligente e eficiente.

Reduza os custos da energia e aumente a eficiência sem colocar em risco a confiabilidade.

Melhore a satisfação do paciente e reduza os custos da energia com controles automáticos e integração

>

Data Centers

>

Segurança

Aumente a eficiência em até 30% e cresça de maneira inteligente e sem desperdícios.

Proteja seus pacientes, equipes e patrimônio com soluções de gerenciamento de segurança abertas e fáceis de integrar.

Faça download GRATUITAMENTE do nosso White Paper “Como a Eficiência Energética Garante a Saúde dos Hospitais!” e saiba como diagnosticar o desperdício de energia. Visite o site www.SEreply.com e digite o código 68653D

©2011 Schneider Electric. All Rights Reserved. Schneider Electric and EcoStruxure are trademarks owned by Schneider Electric Industries SAS or its affiliated companies. Av. das Nações Unidas, 18605 - 04753-100 - São Paulo - SP • 998-3777_BR

Fornecedores_Hospitalares_BR_68653D.indd 1 Untitled-1 1

2011-06-10 11/07/1122:51:17 09:04


EMERGÊNCIA

O MERCADO EXIGE UMA ATUALIZAÇÃO CONSTANTE

PÓS-GRADUAÇÃO

SÃO CAMILO 2011 2º SEMESTRE

Ser Camiliano faz a diferença. • Referência na Área da Saúde • Hospital-Escola • Rede Própria de Hospitais

INSCRIÇÕES ABERTAS

STRICTO SENSU

Educação

• Enfermagem em Neonatologia

CONHEÇA TAMBÉM

• Doutorado e Mestrado em Bioética – Disciplinas Isoladas

• Formação Docente em Saúde

• Enfermagem em Terapia Intensiva Adulto

• Gestão Educacional

• Enfermagem Obstétrica

• MBA em Gestão de Planos de Saúde

• Medidas Socioeducativas e as Práticas Profissionais no Âmbito da Pedagogia Social – NOVO

• Gerenciamento em Enfermagem

• Mestrado Profissional em Enfermagem – Enfermagem no Processo de Cuidar em Saúde – NOVO MBA • Gestão Universitária com Ênfase na Avaliação Institucional – Módulos Isolados

• Pedagogia Hospitalar

ESPECIALIZAÇÃO

Enfermagem

Anatomia, Diagnóstico por Imagens e Medicina Nuclear

• Auditoria em Enfermagem

• Anatomia Macroscópica e por Imagens

• Enfermagem do Trabalho

• Medicina Nuclear e Radioterapia – NOVO

• Enfermagem em Central de Material e Esterilização

• Ressonância Magnética e Tomografia Computadorizada em Saúde

• Psicopedagogia Clínica e Institucional

• Enfermagem em Centro Cirúrgico

Bioética

• Enfermagem em Centro Diagnóstico

• Bioética e Pastoral da Saúde

• Enfermagem em Emergência

Farmácia

• MBA em Gestão de Promoção de Saúde e Qualidade de Vida nas Organizações

• Farmacologia Clínica

• Cursos de Extensão

Gestão • Administração Hospitalar • Gestão Ambiental Nutrição • Nutrição Clínica Cursos de Saúde Interdisciplinares • Gerontologia • Saúde Pública com Ênfase na Estratégia de Saúde da Família (ESF)

www.saocamilo-sp.br

0800 17 8585

SCM12459050-An_Fornecedores Hospitalares_266x310.indd 1 Untitled-1 1

6/27/11 6:12 PM 11/07/11 09:04


Untitled-1 1

11/07/11 09:05


entrevista

R

Quem: Neil Jordan O que: Gerente geral mundial de Saúde da Microsoft Foto: Divulgação

esponsável por articular a visão da Microsoft para o futuro da Tecnologia da Informação (TI) nos cuidados em saúde, seus produtos, tecnologias e soluções, o gerente geral mundial de Saúde da Microsoft Neil Jordan defende uma perspectiva colaborativa na construção de sistemas e equipes. Nascido no Reino Unido, mestre em antropologia biológica da Universidade de Cambridge, há sete anos ele atua na divisão mundial de saúde da Microsoft, sendo que durante três anos foi o chefe da Saúde para a Microsoft do Reino Unido, liderando a equipe local no Serviço Nacional de Saúde (NHS) na Inglaterra, durante a implementação do Programa Nacional de TI. Entre seus méritos e interesses, está medir e provar o valor das economias de saúde, vitais para garantir benefícios gerados a partir de recursos aplicados em soluções de tecnologia significativamente superiores aos que derivam gastando o mesmo orçamento em procedimentos, pessoal e medicamentos. Antes de ingressar na Microsoft, Jordan trabalhou sete anos na IBM Corp atuando em vários mercados, especialmente no de telecomunicações e provedores de serviços de internet. Antes, passou um tempo dedicado à construção de aplicações de saúde no Reino Unido para o NHS, enquanto dividia-se com outra paixão: a música clássica, já que foi cantor profissional. E a mesma fibra e encanto que levou aos palcos, ele direciona às suas estratégias em TI e saúde no mercado global.

26

lay_entrevista.indd 26

13/07/11 14:17


Mente

colaborativa

Ana Paula Martins • amartins@itmidia.com.br

Apaixonado pelas transformações positivas da tecnologia na entrega de cuidados de saúde em economias emergentes e desenvolvidas, o gerente geral mundial de Saúde da Microsoft Neil Jordan acredita no potencial do Brasil no segmento. Mestre em antropologia biológica pela Universidade de Cambridge, o executivo ingressou na companhia há 7 anos, depois de uma trajetória de sucesso na IBM, na Inglaterra. Na bagagem, ele traz um olhar apurado às necessidades do setor em TI, cuja capacidade maior é conectar pessoas, além de informações e processos no ecossistema de saúde FH: Quando se fala sobre TI em Saúde, a palavra do momento tem sido Colaboração. Colaboração entre médicos, cuidadores, profissionais de saúde, entre serviços públicos e privados, entre educadores de saúde, etc. Como você avalia a colaboração dentro do mercado de saúde e seus impactos na entrega do serviço? Neil Jordan: Acreditamos que o ambiente de TI em saúde deve ser abordado com uma equipe baseada numa mente colaborativa, já que é impossível prestar cuidados de saúde de alta qualidade sem isso. Tecnologia em saúde tem sido, em grande parte, preenchida com sistemas transacionais. No entanto, com a digitalização de informações, há agora a capacidade de conectar pessoas, informações e processos em todo o ecossistema de saúde. Por exemplo, compartilhando conversas de vídeo e material de educação continuada em tempo real, uma forma mais ágil e de custo eficaz para gerenciar os cuidados na saúde. FH:Em todo mundo, os desafios em saúde são o mesmo: melhorar a qualidade da assistência a um custo menor e mais acesso aos serviços. Ferramentas de TI tornaram-se essenciais para promover essa mudança, mas, em alguns lugares, parece distante a realidade do uso significativo delas na integração das informações. A indústria de TI parece ter a soluções para atender a demanda, mas somente há alguns exemplos em funcionamento. Como você avalia isso? NJ: A entrega dos serviços de saúde ainda é um negócio local, com base nas necessidades linguísticas e culturais. Não existe uma maneira totalmente padronizada de provê-la, apesar de aumentar a padronização quando se trata de processo e ajudar a construir a linguagem para uma uniformização. No Brasil, por exemplo, nosso trabalho contínuo tem sido focado no fornecimento de uma solução que atenda tanto as necessidades culturais quanto linguísticas do país.

FH:Informações centradas no paciente emergem como o futuro da TI em saúde e o centro da integração entre os players. No Brasil, a maior parte dos investimentos ainda são em soluções de ERP ou sistemas focados em dados financeiros, em negócios, não nos pacientes. Mesmo nos EUA, o Registro Médico Eletrônico ainda não é tão utilizado como deveria. Você acredita que este uso traduzirá uma evolução no mercado de saúde? NJ: Sim, estamos absolutamente de acordo que este é o futuro dos cuidados em saúde. No entanto, o valor real vem dos sistemas do tipo colaborativo que não só irão melhorar

27

lay_entrevista.indd 27

13/07/11 14:17


entrevista

a qualidade da gestão de saúde, mas também a prevenção e gestão de doenças - esta é a fórmula vencedora. Para atingir esse esforço holístico, os pacientes precisam se envolver e a única maneira de conseguir isso é digitalizar o conteúdo. FH:Lidar com os doentes crônicos e com a população idosa, sobretudo para evitar o explosivo aumento de custos na saúde é outro desafio global. Neste sentido, a telemedical home surge como uma tendência em saúde. Como você vê o futuro no atendimento a esses pacientes com o uso da TI? NJ: Vemos a TI e a saúde conectadas como uma receita para o futuro. Envolver os pacientes no gerenciamento de sua própria saúde e simplificar como o gerenciamento de casos é feito são essenciais. Recebendo pacientes integrados à gestão da sua própria saúde, bem como a racionalização do gerenciamento de casos é feito é essencial. Tornando as informações de fácil acesso e utilização, multiplicamos o seu valor para as pessoas - desde a pesquisa à assistência a gestão em casa. Sintomas se tornarão muito mais pessoais. Por exemplo, usando o Xbox Kinect para os esforços de reabilitação não só se evita que o paciente viaje até um consultório médico como reduz os custos e aumenta a qualidade da gestão de vida dentro do ambiente doméstico. FH:Muitas empresas de TI têm focado ações na área pública de saúde, e a

A entrega dos serviços de saúde ainda é um negócio local, com base nas necessidades linguísticas e culturais

Microsoft também tem soluções na área. O que torna o setor público tão atraente? São políticas como a dos EUA que promoverão a transformação no uso do TI? NJ: Vemos um monte de oportunidades no setor público. Para a Microsoft, nosso objetivo é simples - melhorar a saúde em todo o mundo através da inovação de software. Em mercados altamente comercializados como os EUA e o Brasil, saúde e cuidados com saúde são questões importantes e algo que os governos tomam com forte ponto de vista político. Estamos trabalhando com constituintes relacionados à saúde - por parte dos governos para a indústria e indivíduos para transformar positivamente a saúde e a gestão em saúde. FH: Como você avalia a evolução do projeto americano de incentivo ao uso da TI pelo setor de saúde? Os desdobramentos têm sido suficientes para a levar a questão a outro nível? NJ: O projeto norte-americano, parte do ARRA (American Recovery and Reinvestment Act, de 2009) é uma iniciativa política conduzida pela administração Obama, com o objetivo de mover o setor de saúde para registros de saúde digital. O uso de padrões significativos e critérios fazem sentido como os registros de saúde digital expandidos aos pacientes. Setenta e cinco por cento dos gastos em saúde vão para o gerenciamento de doenças crônicas. Precisamos encontrar um equilíbrio e foco na prevenção e as pessoas estão sendo motivadas na gestão de sua própria saúde. Saúde é entregue no local, no entanto, é necessária a criação de padrões baseados em redes de cuidados de TI em saúde, o que poderia em última análise vir a ser integrado a uma rede nacional em algum ponto. Embora precisemos começar localmente, em primeiro lugar, em vez de tentar construir um sistema nacional. FH: Muito tem se falado em Cloud Computing na saúde, e há uma intensa discussão sobre a segurança das informações. Como tem sido a experiência de vocês na área? A atenção é redobrada em função da sensibilidade dos dados? NJ: Sim, estamos prestando uma atenção extra para a segurança das informações de saúde. Segurança da informação, seja ela baseada em nuvem ou não, é fundamental para a Microsoft e nós fornecemos uma infraestrutura segura nas soluções e tecnologias que oferecemos. Por exemplo, com

28

lay_entrevista.indd 28

12/07/11 15:05


Untitled-1 1

11/07/11 09:06


entrevista

Microsoft Redmond Campus, em Washington, onde Neil trabalha e responde pelas estratégias no setor de saúde da companhia

Foto: Divulgação

o BitLocker Drive Encryption podemos assegurar a proteção da informação num evento em que o computador seja roubado. Quanto à informação baseada em nuvem, há casos em que os dados não estão residentes no país onde se originaram, e nós continuamente trabalhamos para cumprir os regulamentos em cada um dos países onde realizamos negócios. Por exemplo, o Texas Health and Human Services apenas migrou para o Office 365 quando encontrou tanto a privacidade do paciente e as leis HIPAA [Health Insurance Portability and Accountability Act]. No Brasil, as soluções baseadas em nuvem estão disponíveis via Windows Azure, e estamos trabalhando para ajudar o governo e as organizações locais a entenderem quais cargas de trabalho seriam facilmente movidas para a nuvem. FH:Comparando com o cenário atual, como você vê o setor de saúde nos próximos 10 anos em relação ao uso da TI? Quais serão os próximos passos a avançar? NJ: Transformar toda a informação que está sendo digitalizada em informações úteis e conhecimento a todo o ecossistema de saúde. O próximo passo é dar às pessoas o acesso às ferramentas para fazerem uso desta informação em um nível pessoal. Vemos também o crescimen-

Segurança da informação, seja ela baseada em nuvem ou não, é fundamental para a Microsoft

to das tecnologias de Interface de Usuário Natural (NUI) que trará toque, movimento e voz, como fundamentais para a adoção generalizada nas soluções de TI em cuidados de saúde. Tornando as informações de fácil acesso e utilização, multiplicamos seu valor para as pessoas em pesquisas, cuidados e na gestão doméstica da saúde. FH:Falando da Microsoft, o que podemos esperar da companhia na área de saúde, sobretudo no Brasil? NJ: As clínicas de saúde pública no Rio de Janeiro tiveram sucesso criando infra-estruturas ligadas em curso. A taxa de aquisição rápida de hospitais por companhias de seguros está criando uma indústria menos fragmentada. Estamos prestando muita atenção e realmente animados sobre o futuro da saúde no Brasil.

30

lay_entrevista.indd 30

12/07/11 15:05


UM NOVO DIFERENCIAL:

A INOVAÇÃO.

Carolina

A SALUX, além da Liderança com Qualidade, é uma empresa que está constantemente em busca de inovação e racionalização dos processos de saúde. Através de seu novo produto SX SIGMA, direcionado a fluxo de processos e diminuição de desperdícios, como é o processo SIX SIGMA, a SALUX inova mais uma vez. Venha conhecer esta nova realidade em Soluções e Sistemas de Saúde.

w w w. s a l u x . c o m . b r Untitled-2 1

11/07/11 16:56


Campanha Rosa.indd 2

18/04/11 10:59


Essência. Talvez, por falta de oportunidade ou de vontade (não sabemos), nós não ensinamos aos nossos jovens que quando se entrega uma rosa a alguém que se ama, por mais bela que seja, não é a flor o que se entrega. Quando se oferece uma rosa, junto com ela vão nossas intenções, vão nossos sentimentos. Dentro e fora da rosa, vai junto o nosso amor. Por isso, não é rosa o que ofertamos, é “poesia”. Esse é o nosso jeito. O Jeito IT Mídia de ser.

Campanha Rosa.indd 3

18/04/11 11:00


BIOCOR INSTITUTO4.pdf 1 01/07/2011 15:18:53

CERTIFICADO DE CONFORMIDADE COM A ISO 27001 (SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO). CERTIFICAÇÕES E RECERTIFICAÇÕES: ISO 9001:2008, ISO 14001, OHSAS 18000, QSP 31000 (BASEADA NA ISO 31000), ONA (NÍVEL III DE EXCELÊNCIA), NIAHO (ACREDITAÇÃO INTERNACIONAL AMERICANA), CRITÉRIOS DE EXCELÊNCIA DA FNQ, CONFORMIDADE LEGAL, ENTRE OUTRAS.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Untitled-1 2

11/07/11 09:08


O BIOCOR INSTITUTO CONFIRMANDO SEU COMPROMISSO COM A EXCELÊNCIA FOI RECONHECIDO COM NOVAS CERTIFICAÇÕES E RECERTIFICAÇÕES DE ÓRGÃOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS NAS DIVERSAS ÁREAS DE GESTÃO EM SAÚDE.

TUDO ISSO É O RECONHECIMENTO E A CONFIANÇA DA SOCIEDADE MOSTRANDO QUE ESTAMOS NA DIREÇÃO CERTA!

Untitled-1 3

11/07/11 09:09


SAÚDE PÚBLICA

UTI SOB

D DEMANDA Guilherme Batimarchi • gbatimarchi@itmidia.com.br

Governo do Estado de São Paulo cria central para regular procura por UTIs como parte da política de regionalização da saúde

M

onitorar a disponibilidade de leitos de UTI em todo o estado de São Paulo e agilizar a transferência de pacientes com quadros graves. Este é o objetivo da nova central online de vagas de urgência e emergência pelo Sistema Único de Saúde (SUS), entregue pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo no dia 7 de julho e que já funciona há cerca que um mês. A unidade é a primeira no País a oferecer este tipo de serviço. A Central de Regulação de Ofertas de Serviço de saúde, conhecida como Cross, funcionará 24 horas todos os dias da semana e contará com 200 funcionários, entre eles, 100 médicos, 50 técnicos auxiliares de regulação, técnicos em informática e atendentes e será responsável por regular todo o fluxo de pacientes da grande São Paulo, litoral e interior do estado. “Este é um serviço to-

36

lay_hospital_UTIs.indd 36

11/07/11 18:12


CENTRAL DE REGULAÇÃO DE OFERTAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

MÉDICOS

TÉCNICOS AUXILIARES DE REGULAÇÃO MÉDICA

talmente informatizado. Temos na área de urgência e emergência 100 médicos de várias especialidades devidamente treinados. Hoje a maior parte dos atendimentos da central são feitos pela internet.”, afirma o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que participou do lançamento da central. Há um ano em operação, junto com o serviço de regulação de leitos funciona a central de agendamento de exames. “Estamos agendando 450 mil consultas por mês e 280 mil exames por mês. Alguns dias antes a central manda uma mensagem de texto ao celular do paciente lembrando o dia, hora, local da consulta e solicita uma confirmação de comparecimento. Este é um bom exemplo de informatização, humanização do atendimento e integração do sistema de saúde” A nova unidade é resultado de uma parceria entre a secretaria de saúde e a organização social de saúde (OSS), Seconci. “Quando o estado decidiu desenvolver a central de regulação a Seconci foi a entidade que se ofereceu para fazer a gestão da unidade”, coloca o secretário estadual da pasta de saúde Giovanni Cerri. De acordo com ele, com a instalação do novo sistema, desenvolvido pela própria TI do estado, houve uma queda de 40% da morte de enfermos graves. “Essa agilidade em identificar rapidamente a vaga

GERENCIAMENTO

DE INFORMAÇÕES

Desde que o processo de centralização da regulação de vagas de urgência foi implantado no estado de São Paulo, em 2009, a redução no número de mortes de pacientes que precisavam de um leito de UTI foi de 40%.

TÉCNICOS EM TI E ATENDENTES

disponível é fundamental para a vida do paciente”. Hoje o estado de São Paulo conta com 2,5 mil vagas de UTI adulto pelo SUS, cerca de 800 infantis e 500 neonatais e a taxa de ocupação dos leitos já atinge os 90%. “Como a grande política agora é a regionalização da saúde nós queremos identificar em cada região quais são as demandas para poder suprir essas necessidades. A saúde é dinâmica e nós precisamos identificar as necessidades e suprindo as regiões por meio dessa política”, completa Cerri. O contato com a nova central pode ser feito via telefone ou pela internet, acessando o portal da Cross, restrito aos hospitais. Após o atendimento as solicitações são classificadas em quatro níveis diferentes de prioridade, sendo o nível 1 o mais grave, com atendimento prioritário em até uma hora e o quarto nível, considerado de baixo risco, com atendimento em até 12 horas.

ATENDIMENTOS REALIZADOS POR MÊS

SP ganha central de regulação de leitos de UTI link: http://bit.ly/p22ZqF

37

lay_hospital_UTIs.indd 37

11/07/11 18:12


Untitled-1 2

11/07/11 09:10


Untitled-1 3

11/07/11 09:10


DE

OP

R

OR E D TU E D NI E DA

Diante das necessidades de integração na área pública de saúde, grandes players do setor de tecnologia da informação enxergam um leque de possibilidades que passam por sistemas clínicos, gestão e até mobilidade. Mas para aquecer o mercado é preciso enfrentar obstáculos como regulamentação de padrões e até capacidade técnica profissional

S

PANORAMA

40

lay_panorama.indd 40

11/07/11 10:24


N

um País com dimensões continentais e população em cerca de 190 milhões de habitantes, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante a universalidade em sua cobertura, apesar de ainda enfrentar problemas de acesso da população. Dentro de um modelo que atende do Oiapoque ao Chuí, o formato apontado como “ideal” para a gestão da saúde do paciente e a melhoria do acesso da população seria de informações integradas na área clínica: com prontuário eletrônico e acesso a dados de ambulatórios, laboratórios, hospitais e unidades de saúde ligados também ao Programa Saúde da Família (PSF) com diálogo de dados nas esferas federal, estadual e municipal, informatização da rede administrativa e garantia de segurança a todas as informações. Enquanto isso não ocorre e um padrão para as operações é decidido pelo governo, alguns municípios brasileiros tomam iniciativas isoladas rumo à informatização, adequando sistemas às necessidades locais e promovendo a melhoria da gestão mesmo que regionalmente. Se do lado privado as instituições buscam informatização e integração de dados, mas sem grandes projetos devido à baixa complexidade de redes menores, na área pública, onde um paciente é atendido em qualquer lugar no Brasil, seja em um centro de saúde, pelo PSF, seja num hospital, a integração de dados clínicos em toda a rede pública é apontada como um modelo ideal por especialistas e fundamental para garantir a melhoria do sistema de saúde.

De olho nessas necessidades de integração em dimensões continentais entram em campo multinacionais de tecnologia da informação para disputar mercado com as tradicionais fornecedoras de Enterprise Resource Planning (ERP) e sistema de gestão clínica para o setor de saúde brasileiro, trazendo estratégias globais e experiência internacional na área de gestão clínica e administrativa da Europa, Chile e Estados Unidos, entre outros. Tal movimento corre em paralelo a algumas iniciativas regionais e a expansão das Parcerias Público Privadas (PPPs) e das Organizações Sociais em Saúde (OSS), que levam ao setor público novas formas de gestão. O cenário é da necessidade intrínseca da integração do sistema de saúde pública, do intenso movimento do setor privado, que enxergam na saúde pública um mercado promissor, mas que ainda enfrenta alguns obstáculos como regulamentação de um modelo único, orçamento e maior entendimento da importância da tecnologia da informação por parte do gestor público. Para entender como se dá essa relação literalmente em rede, a FH buscou cases, oportunidades e os obstáculos em volta desta possibilidade emergente. Cenário Não há dados específicos de investimentos de tecnologia da informação na saúde pública. Fontes ouvidas pela reportagem apontam que o número possa girar em torno de 1% do orçamento de R$ 65 bilhões para a área da saúde. Considerando áreas pública e privada, um levantamento da consultoria de tecnologia Frost & Sullivan indica que em 2010, 17% dos hospitais no Brasil adotavam algum tipo de Sistema de Informações Hospitalares (HIS). Se comparado com outros países da América Latina, no México a cobertura é de 9% e na Argentina 6%. Em 2009, no Brasil, a receita advinda desse tipo de sistema foi de US$ 74,6 milhões e a perspectiva é que ocorra um crescimento de 15,3% ao ano até 2014, quando o valor atingiria US$ 150 milhões. Por aqui, alguns projetos na área pública com ou sem parceria com a iniciativa privada tornaram-se cases. A expansão de parcerias de unidades públicas de saúde com a gestão realizada pela iniciativa privada tem trazido a cultura da informatização para dentro dessas unidades. É o caso do Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (Sedi), parceria da Associação Congregação

Maria Carolina Buriti • mburiti@itmidia.com.br

41

lay_panorama.indd 41

11/07/11 10:24


panorama Santa Catarina com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que realiza atualmente 70 mil exames/mês de Raios X, Mamografias, Tomografias, Ressonâncias Magnéticas e Ultrasonografias, além de armazenar imagens de Ecografias e Endoscopias, um projeto de R$ 34,6 milhões, que hoje está presente em nove unidades de saúde públicas estaduais e 50 unidades públicas municipais em São Paulo. Outro exemplo de integração na área da saúde é a Rede Universitária de Telemedicina (Rute), coordenada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que integra 158 instituições e apoia o aprimoramento de projetos em telemedicina já existentes e incentiva o surgimento de futuros trabalhos interinstitucionais. Mas ainda sim, quando se trata de tecnologia da informação na área de saúde, o Brasil está atrasado. “Um aspecto que chama atenção é que no Brasil existe um atraso muito grande se comparado a outras realidades, onde percebemos que a tecnologia está muito mais madura na sua utilização no sentido real e prático e esse é um desafio para o Brasil”, analisa o diretor executivo da Gesaworld no Brasil, consultoria internacional especializada em serviços de saúde, Gustavo de Martini. Tal atraso não é visto pelo consultor como um

fator totalmente negativo. “O País vai ter vantagem de adotar modelos mais maduros, apesar da desvantagem de dez anos”, completa. Quem também está de acordo com sua análise é o presidente da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (Sbis), Claudio Giulliano Alves da Costa. “Em informatização da saúde estamos muito aquém de Estados Unidos, Canadá, Austrália, mas temos avançado nos últimos anos”, analisa. Outro detalhe importante ao avaliar o uso da TI pela área de saúde pública e todo o potencial de integração é a diferença entre os estados brasileiros. Que realidades muito diferentes, e a própria integração com a iniciativa privada desempenha um papel importante nisso. “No município de São Paulo, as Parcerias Público Privadas têm um capítulo robusto na parte de informatização dos hospitais. No momento em que a gente tem um investimento tão agressivo de PPP, isso rompe um paradigma e leva consigo a importância da informatização”. E são as PPPs, que segundo o Solution Manager Healthcare da SAP Brasil, Jomar Fajardo, trazem para a área da saúde pública a necessidade de supervisionar e controlar a gestão realizada em parceria com a iniciativa privada. “Um ponto importante são as OSS (Organi-

zações Sociais em Saúde) recebem a partir de indicadores de desempenho, que são a grande tendência mundial. E o nosso governo saiu na frente com a ideia de OSS, onde se vai pagar de acordo com a performance daquela OS. Como garantir se os indicadores estão sendo cobertos de verdade?, É preciso ter informações e estatísticas gerenciais advindos da origem e isso se consegue através de integrações de sistemas”, pondera. Iniciativas Mas nem só de PPPs são feitas as iniciativas na área da saúde pública. Em 2004, com o apoio do Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo desenvolveu o Siga, sistema centralizado em todas as unidades de Assistência Médica Ambulatorial (Amas) e Unidades Básicas de Saúde (UBS). A integração não inclui informações clínicas dos pacientes, mas ajuda no conhecimento do fluxo de cada um na saúde municipal. Por exemplo, ao ser atendido e ter uma consulta marcada via sistema para o acompanhamento em qualquer UBS, em seu retorno, o atendente da AMA terá dados como nome, idade do paciente e o dia e o horário de seus atendimentos. ”Não é um prontuário eletrônico ainda, pois as

No setor público mundial existe a discussão sobre o compartilhamento de informações, grande investimento naquilo que rodaria dentro do hospital, dispensação de remédios, investir naquilo em que o fator humano pode tornaR ágil e eficaz Foto: Ricardo Benichio

Fernando Faria, da Oracle

42

lay_panorama.indd 42

13/07/11 14:34


informações clínicas não trafegam pelo Siga, mas é um primeiro passo, com informação na UBS, na AMA e no Ambulatório de Especialidade (AE)”, analisa o presidente da Sbis, que participou do desenvolvimento do projeto, à época como coordenador de TI da Secretaria Municipal de Saúde. No caso do Siga, a grande sacada foi criar uma arquitetura que permitisse a integração com sistemas de outros parceiros. “É um sistema de um terceiro que se integrou com Siga. O papel do município foi criar a arquitetura de integração, estabelecer padrões e permitir que as aplicações de toda a rede pudesse se integrar com o sistema central. É o melhor modelo e deveria ser replicado do nível estadual e federal”, salienta. A ideia não está longe de acontecer. Em abril deste ano, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, assinaram um termo de cooperação que permite a utilização do Siga pelo SUS. O Ministério da Saúde já havia financiado o sistema de informações básicas do Siga São Paulo e com o acordo tem a possibilidade de utilizar o software aberto para a organização do sistema, da atenção básica ao atendimento hospitalar.

Outro exemplo de projeto de integração de dados ocorreu no Distrito Federal com a Intersystems. Em 2007, a multinacional que tem 70% de seus negócios na área de saúde, foi contratada para fazer a integração do sistema de saúde da cidade. O projeto prevê 15 hospitais, quatro unidades de Pronto Atendimento (Upas), 63 centros de saúde, 22 laboratórios de diagnóstico e duas centenas de equipes do PSF. De acordo com o diretor de vendas na área de saúde da empresa, Fernando Vogt, o projeto se divide em cinco linhas: gestão do paciente, com prontuário eletrônico; gestão dos exames, com radiologia, integração, portal de exames; gestão das farmácias integrada ao sistema de compras, faturamento, gestão da regulação: escala médica, leitos, agendas, entre outros. “A economia com exames de laboratório chega a R$ 10 milhões por ano”, afirma o executivo, pois antes do sistema integrado a perda com exames era de 50%. Há também a redução de 50% nas farmácias, com a economia por dose. Hoje o projeto já contempla 2 milhões de prontuários eletrônicos de paciente e 10 mil profissionais utilizando o sistema, com previsão de chegar aos 18

A área pública está demandando, vamos passar pelo Eletronic Medical Record (EMR), ele ainda não é uma realidade no Brasil, mas rapidamente isso (registro eletrônico do paciente) criarÁ uma demanda fantástica

Foto: Divulgação

Ricardo Menezes, da Dell 43

lay_panorama.indd 43

11/07/11 10:24


panorama mil ao final do projeto. “Com o uso do sistema de informação, se acaba com o modelo de que todo mundo corre para o hospital. A ferramenta ajuda a organizar o sistema de saúde e iniciar o processo de prevenção e qualidade”, analisa Vogt. cOnjuntura De acordo com Costa, a informatização na área na saúde é irreversível. “Se pensarmos na consolidação dos grandes grupos hospitalares, eles estão se profissionalizando. Os hospitais por sobrevivência estão tendo que ser mais eficientes em controlar e reduzir seus custos e aumentar qualidade e para isso têm que usar a tecnologia da informação e isso os estudos mostram”, analisa. Mas segundo ele, as prioridades na área de saúde se dão de maneiras diferentes no público e privado. Enquanto os hospitais privados investem primeiro em um sistema de Enterprise Resource Planning(ERP) e depois em prontuário clínico, no Sistema Único de Saúde (SUS) isso passa por regulação. “É preciso controlar o fluxo do paciente para facilitar o seu acesso ao sistema de saúde, passando pelas estruturas. Hoje, para o SUS, a principal demanda é a regulação, depois o prontuário, não se pode queimar etapas. Regulação do SUS é definir todos os controles e fluxos do atendimento ao paciente”, explica. Fajardo enxerga como oportunidade as áreas de prontuário eletrônico, integração, Business Inteligence (BI) e mobilidade, nessa sequência, mas com as duas últimas ocupando igual importância. Na opinião do executivo, os desafios na área de saúde pública passam pela integração de dados em um país com as características demográficas e geográficas e a mobilidade das informações.

“Temos algumas oportunidades: primeiro, a centralização das informações do cidadão brasileiro; a padronização; o prontuário eletrônico integrado a sistemas administrativos, que pode ser compartilhado dentro de qualquer município; a integração entre municípios e informações, saber se toda essa população está sadia ou não, e quais as regiões demandam”, analisa. Mas para ele, as oportunidades estão tanto no público quanto no privado. “Todos estão demandantes, mas por motivos diversos, os hospitais precisam mensurar as suas performances, precisam gerenciar o custo, a área pública precisa garantir a integralidade do paciente, a melhor maneira de trazer um custo ótimo”, afirma. A importância da mobilidade da informação fica evidente ao considerar o Programa Saúde da Família. O prontuário eletrônico pode estar interligado sistemas de ERP para a integração total das informações, da área clínica ao faturamento e farmácia. No futuro, esses sistemas poderão contar com o Customer Relationship Management (CRM) para o gerenciamento de doentes crônicos, por exemplo. A integração de informações e a centralização e segurança de dados também é apontado pelo diretor de soluções para o setor público, educação e saúde da Oracle, Fernando Faria. “No setor público mundial existe a discussão sobre o compartilhamento de informações, grande investimento naquilo que rodaria dentro do hospital, dispensação de remédios, investir naquilo em que o fator humano pode se torna ágil e eficaz. A grande questão é como compartilho, partindo da premissa que o paciente pode ser de todo o lugar e é nessa área que temos apoiado mais”, enfatiza. Na opinião de Ricardo Menezes, diretor de Gover-

Foto: Divulgação

É preciso controlar o fluxo do paciente para facilitar o seu acesso ao sistema de saúde, passando pelas estruturas, hoje para o SUS a principal demanda é a regulação, depois o prontuário, não se pode queimar etapas

Claudio Giulliano Alves da Costa, da Sbis

Siga em frente Sistema adotado na cidade de São Paulo tem 17 milhões de cadastros e já está sendo replicado em Campinas (SP), Juiz de Fora (MG) e Camaçari (BA) Iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde, o Siga foi desenvolvido a partir de códigos fonte cedidos pelo Ministério da Saúde, que adaptados a realidade paulista em um projeto que também contou com a parceria da Fundação Atech, criou o sistema que registra o fluxo do paciente pelas unidades de saúde do Município. “Hoje ainda não existe um computador na sala do médico, mas um cadastro inicial, nome, endereço, consultas por onde passou, registro 44

lay_panorama.indd 44

atendimento, qual era a doença, se foi apenas uma consulta, se colheu material de exame e histórico (do fluxo) do paciente”, explica a Coordenadora de TI da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, Heloisa Helena Andretta Corral. O sistema também está integrado ao Cartão Nacional de Saúde, cartão de plástico com código de barra que contém informações de identificação do paciente: nome completo, nome da mãe, sexo, data de nascimento e número de identificação junto ao Siga (número válido de cartão SUS), que também está em código de barras. A informação permite o acesso ao sistema e assim ao conhecimento

13/07/11 14:36


no, Saúde e Educação da Dell, a grande oportunidade no Brasil está no registro eletrônico. “A área pública está demandando, vamos passar pelo Eletronic Medical Record (EMR), ele ainda não é uma realidade no Brasil, mas rapidamente isso (registro eletrônico do paciente) vai criar uma demanda fantástica”, ressalta entusiasmado. O executivo aponta ainda mais três grandes demandas na área de saúde: mobilidade, PACS e segurança da informação. Sobre o potencial do mercado, ele afirma: “Eu diria que o Brasil é BRIC [grupo dos países emergentes Brasil, Rússia, Índia e China]. Sua importância na America Latina e seus dados macro econômicos sólidos tem posição de destaque em relação aos nossos anseios”, analisa. A opinião de Vogt, da Intersystems, é que haverá mudanças na área. “O Brasil tem um modelo único, aquilo que é a nossa dificuldade gera uma demanda enorme. Temos um sistema público de saúde único, vamos ter que usar nossas melhores inteligências, nos próximos 10 anos haverá uma melhoria na saúde pública. É hora da gente se organizar, entender que é possível construir e acredito que podemos fazer”, finaliza. Força do mercado Longe de ser um mercado restrito tanto pela possibilidade de crescimento quanto pelas oportunidades para a indústria fornecedora, há tempo que a saúde pública e privada no Brasil vem atraindo olhares de gigantes da tecnologia da informação como IBM, Oracle, Dell, SAP, Cisco e Microsoft. "Excetuando aquelas empresas que são apenas de saúde, as grandes empresas estão nos últimos anos criando estratégias na área de saúde”, afirma Costa, da Sbis, mencionando algumas já citadas acima. “E o ‘boom’ que aconteceu no setor bancário há 20 anos está acontecendo na área de saúde agora”, completa o diretor da área governo, saúde e educação da Dell no Brasil, Ricardo Menezes. Há cerca de dois anos, a fabricante Dell entrou no mercado de saúde com a compra da americana Perot Systems por US$ 3,9 bilhões. Com a aquisição, veio a entrada na área de saúde com a experiência de mais de 20 anos de mercado de uma companhia que tinha o setor como seu principal negócio.

do fluxo daquele paciente dentro do sistema. Com o documento, que não depende de senha para funcionar, os profissionais de saúde da rede poderão acompanhar o fluxo dos pacientes pelas unidades. O cartão também permite monitorar o controle da entrega de medicamentos e consultas e exames realizados pelos pacientes. Recentemente a Secretaria Municipal de Saúde da Cidade de São Paulo cedeu o Siga para o Ministério da Saúde, pois eles analisam disponibilizá-lo para o Brasil. O Siga também foi oferecido gratuitamente para municípios que tenham interesse.

lay_panorama.indd 45

Foto: Divulgação

Todos estão demandantes, mas por motivos diversos, os hospitais precisam mensurar as suas performances, precisam gerenciar o custo, a área pública precisa garantir a integralidade do paciente, a melhor maneira de trazer um custo ótimo Jomar Fajardo, da SAP Brasil

“Organizamos a assistência prestada, sabemos a quantidade de médicos, onde há fila de espera, onde ela é maior por região de São Paulo, as agendas dos médicos estão no Siga”, conta Heloisa. O próximo passo é integrar o Siga para colher informações no Programa Saúde da Família. “Eles registram essa visita em papel hoje, não existe um sistema para colher essa informação individualizada”, a ideia é integrar informações coletadas pelas 1215 equipes do programa que atuam hoje na cidade.

45

13/07/11 14:37


panorama

Prefeitura de Americana vai integrar 32 unidades de saúde Até o final de 2011, a cidade de Americana, no Interior de São Paulo, vai integrar e informatizar suas 32 unidades de saúde. Coordenado pela secretaria municipal de saúde, o projeto prevê a informatização de quatro unidades de pronto atendimento, 24 unidades de saúde, um núcleo de especialidades, uma central de regulamentação, um Centro de Atenção Psicossocial Adulto, um Centro de Atenção Psicossocial Infantil, um Hospital Infantil e o Hospital Municipal. As unidades serão integradas por uma solução específica da SAP para o segmento da saúde, que permite à cidade uma melhor gestão de recursos e transparência, controle de gastos na área pública e qualidade e eficácia.

“Somos fornecedores de hardware há anos, mas especificamente para saúde nosso grande carro chefe é a consultoria, fazemos a terceirização, tanto no que tange a tecnologia da informação quanto a processos”, explica o diretor da Dell. O executivo comemora o primeiro contrato fechado de 100% de consultoria em um hospital privado e já enxerga futuros negócios. “No atual momento, evidentemente, a maior parte da receita ainda vem do hardware. Mas em dois ou três anos a projeção é que 30% da nossa receita venha de novos serviços de healthcare”, analisa. Dentre as ofertas da Dell, além da área de hardware já consolidada na vertical, existe a segurança da informação, a consultoria na área de tecnologia da informação e também no que diz respeito a processos com o know–how vindo da aquisição. Quem também está no páreo é a SAP. Desde sua chegada ao Brasil a empresa atua na área de saúde, mas começou o fortalecimento das operações há cerca de um ano e meio, quando passou por uma reestruturação, começou a enfatizar sua atuação no mercado cerca de um ano e meio e tem clientes como Grupo Fernandes Vieira (Hospital Santa Joana e Memorial São José), Hospital Israelita Albert Einstein, Grupo Fleury e o mais recente na área pública, com a secretaria municipal de Americana. Além do Enterprise Resource Planning (ERP), CRM e BI, a empresa tem produtos específicos para a área de saúde como o prontuário eletrônico e mobilidade. De acordo com o vice- presidente de indústrias e soluções da SAP para a América Latina, Felix Feddersen, o Brasil detém 50% do mercado de saúde latino americano. As estimativas da companhia apontam que o País gasta em saúde cerca de R$ 160 bilhões por ano, sendo metade SUS e metade suplementar. Ao redor do mundo, a multinacional tem cerca de 2300 clientes na área de saúde pública e privada. Junto a Dell e SAP está a Oracle. Com processo semelhante, a empresa também começou a olhar para a saúde há cerca de dois anos. Para a área de sistemas clínicos, a empresa conta com cerca de 30 parceiros no Brasil. A multinacional não revela nome nem quantidade de clientes na vertical, mas segundo Faria, aposta na necessidade de integração de dados e da gestão na área de retaguarda das instituições.

46

lay_panorama.indd 46

11/07/11 10:25


No Brasil existe um atraso muito grande se comparado a outras realidades. Percebemos que a tecnologia está muito mais madura na sua utilização no sentido real e prático e esse é um desafio do Brasil

Foto: Divulgação

Gustavo de Martini, da Gesaworld

“Há dois anos, estamos com uma equipe mais dedicada e com discurso e conhecimento. Na saúde pública há uma questão de amadurecimento, não adianta ter o produto certo e a solução certa na hora errada, temos que ter soluções que possam ser replicadas de maneira mais fácil”, explica o executivo, salientando as especificidades legais de cada país. A partir do projeto no Distrito Federal, a Intersystems ganhou visibilidade pela iniciativa na integração ao Chile, onde venceu uma licitação e hoje é responsável por 70% do projeto no país. “O Chile pôs cabo no país inteiro com banda larga e está informatizando as regiões, lá vai ter o registro eletrônico de saúde”, conta Vogt. Percalços Apesar das iniciativas das empresas e de alguns municípios em busca da integração e informatização dos dados na área de saúde pública, o segmento ainda não conta com um plano nacional na área de tecnologia da informação que reúna todos os projetos embaixo de uma mesma política e promova a convergência de sistemas adotados no presente e no futuro. Se de um lado existe um sistema de saúde público que é gerido por administração direta ou através de terceirizações, no outro, o setor privado também atende a área pública, no caso de hospitais privados que atendem SUS. “Nosso sistema é totalmente integrado na sua prática e como se integra os sistemas de informação? Porque para que isso funcione melhor, os sistemas de informação precisam estar integrados”, questiona Costa. Enquanto ocorrem iniciativas isoladas ou regionalizadas nos mu-

47

lay_panorama.indd 47

11/07/11 10:25


panorama

nicípios, o Governo Federal também tem projetos para a área de tecnologia da informação, mas de acordo cm consultores, essas iniciativas não estão sendo de forma integrada e buscando uma universalização de padrões. Segundo Costa, há, por exemplo, o projeto já citado do Siga por parte do Ministério da Saúde, uma portaria de consulta pública sobre o cartão nacional de saúde, uma portaria sobre padrões que não menciona está última, uma licitação para a compra de sistemas de gestão para hospitais federais e uma outra pelo Ministério da Educação p está criando um projeto para desenvolver um sistema de gestão hospitalar para os hospitais universitários. “O que eu acho que falta no Brasil é um plano nacional para se construir um registro eletrônico em saúde. Esse plano nacional deve ter vários componentes não é só desenvolvimento de solução, cada estado e município da federação tem sua autonomia e eles precisam se conversar e o melhor caminho é que com o registro eletrônico de saúde eles possam compartilhar informações, o grande desafio é que os sistemas sejam interoperáveis, e para isso acontecer, é necessário um plano nacional que defina qual a arquitetura e padrões que um sistema integrado deve seguir”, analisa. Traçando um paralelo, nos Estados Unidos foi acordada a Lei Hightech. “Uma das primeiras leis que o presidente Barack Obama conseguiu aprovar foi de incentivo ao uso da tecnologia da informação na área de saúde. É um investimento US$ 20 bilhões, sendo US$ 2 bi só para pesquisa e os outros US$18 bi - para o registro eletrônico de saúde. A meta é ter 100% das informações dos americanos armazenadas no registro eletrônico de saúde até 2015”, conta. Enquanto nos Estados Unidos cerca de 10% das insituições de saúde utilizam prontuário eletrônico, no Brasil menos de 1% dos quase 7 mil hospitais têm algum tipo de prontuário integrado por completo na instituição. Como um modelo a ser seguido no Brasil, o especialista aponta o do Canadá que está com quase 50% do sistema com prontuário eletrônico, onde ocorreram gradativas ações primeiramente com a criação de um órgão independente ao governo, específico para discutir a tecnologia da informação em saúde. Depois foi definida a arquitetura do sistema, os incentivos e financiamento, o registro eletrônico e até questões ligadas à confidencialidade. Foto: Divulgação

48

lay_panorama.indd 48

11/07/11 10:25


Através do sistema de informação, se acaba com o modelo de que todo mundo corre para o hospital, o sistema de informação ajuda a organizar o sistema de saúde e iniciar o processo de prevenção e qualidade

Fernando Vogt, da Intersystems Não é só padrão que falta na área de saúde pública. Quando se aborda o seu caráter regional é impossível não citar desafios como o orçamento de cada cidade e a própria visão do gestor da saúde do município. “Há a dificuldade de alocação orçamentária, se a TI não é prioridade naquele município ou gestão para que essa importância se traduza no orçamento previsto no investimento. Como abordar a secretaria para oferecer ferramentas para a saúde?”, questiona Martini. Para Fajardo, da SAP, na área da saúde pública o que deve ser repensado é o processo de compra. “Hoje o Brasil tem uma economia muito estável, orçamento para ser gasto, porém nós temos que repensar a forma de compra, porque muitas vezes torna-se uma guerra jurídica que se estende por anos, e o que acaba dificultando comprar dado o tamanho das nossas compras de governo, o volume é muito grande e você tem dificuldades de colocar isso no mercado.” Vogt, da Intersystems, pontua que, ao acessar o governo para a oferta de seus serviços, ainda encontra obstáculos de infraestrutura. “Estamos começando a construir um parâmetro, precisamos estruturar o cartão da saúde. Há lugares sem datacenter estruturado para web”. Ele também compara o Brasil ao Chile, onde a empresa ganhou a licitação na área pública. “Ocorreu um contrato, um marco na licitação, aqui o Governo Federal vai ter que começar a estabelecer padrões e enfrentar grandes desafios como de abrir as informações”. Para Costa, as dificuldades enfrentadas pelos players ao entrar em contato com o governo passam também por capacitação técnica. “Alguém precisa comprar bem e o outro vender bem”, conclui.

Projeto de Brasília já conta com 50% de informatização O projeto da Intersystems no Distrito Federal já conta com 50% de informatização na região. Quem conta é a diretora geral de saúde do Hospital Regional da Asa Sul, Roselle Bulgarin Steenhouwer. Ela explica que as vantagens da informatização vão desde ter a visão integral do paciente até ter dados e indicadores para fazer uma gestão melhor. “Abrimos o prontuário e sabemos todas as informações dos centro de saúde, consulta no hospital, suspeita (doença) levantada pelo médico, por exemplo. São todas as informações até a medicação que ele tomou. Sabemos quando o paciente deu entrada, exames, a vida do paciente, todas as consultas e visualização dos dados ocorre em níveis diferenciados”, explica Roselle, sobre o acesso dos profissionais de saúde ao prontuário e informações do paciente segue normas de segurança. De acordo com a diretora, a necessidade da adoção do sistema veio de conhecer as informações em tempo real, principalmente ter a da centralização das informações. “A central consegue saber o que a periferia está fazendo, por exemplo, controlar gastos e gerencia e assim melhorar a saúde”, analisa.

49

lay_panorama.indd 49

11/07/11 10:25


Untitled-3 2

11/07/11 18:47


Untitled-3 3

11/07/11 18:47


Premium por vocação operadora

Marina Pita • editorialsaude@itmidia.com.br

Bradesco Saúde customiza prontuário eletrônico online para médicos de confiança e 70 mil clientes Concierge

Márcio Coriolano: prontuário fideliza médicos

A

Bradesco Saúde cada vez mais aposta na tecnologia da informação aplicada a serviços . Na visão do presidente da companhia Márcio Coriolano, o mercado de saúde suplementar está padronizado, resultado das regras de funcionamento, de forma que a diferenciação de uma companhia está muito mais em serviços do que nos planos em si. Regida por essa visão do negócio, a companhia lançou um prontuário eletrônico online para seus clientes premium. Em operação há cerca de seis meses, a ferramenta da Kubbo armazena todo histórico clínico do usuário, inclusive possibilita uploads e armazenamento dos exames realizados. Conta também com uma ferramenta online para convidar os médicos de confiança, via e-mail, a incluir suas informações clínicas no sistema. Além disso, há um canal de comunicação com os médicos para esclarecimento de dúvidas e um blog para incluir anotações sobre sua condição de saúde. E o usuário administra o acesso a seu perfil no Kubbo pelos profissionais de saúde de sua confiança. O convite pode ser feito via e-mail ou pessoalmente durante alguma consulta clínica na rede credenciada ou compartilhada com os profissionais de saúde selecionados. Também será ele que terá de armazenar os exames realizados. Apenas em casos de emergência é possível visualizar dados básicos do segurado através do site Kubbo apenas inserindo o número do seu cartão Bradesco Saúde no local indicado.

O novo serviço é oferecido aos clientes Concierge da Bradesco Saúde, um total de 70 mil clientes em 2011, mas o projeto foi pensando em termos de escalabilidade para poder atender os 3 milhões de clientes da companhia hoje. Por hora, no entanto, ele deve ficar restrito a este universo menor. Vanguarda Coriolano aponta que ainda não é possível afirmar qual o nível de adoção da solução. Sua preocupação, no entanto, não está focada nos resultados atuais da novidade. O presidente aposta no prontuário eletrônico porque acredita que, no futuro, será algo comum. “Em alguns países do mundo o prontuário eletrônico já é uma obrigação. O governo fala sempre no cadastro único no Sistema Único de Saúde. Já temos indicativos de que esse é um movimento global. Chegará ao Brasil em mais ou menos dias.” Para ele, a solução também é uma forma de fidelizar os médicos da rede credenciada, a quem também é cada vez mais necessário oferecer vantagens competitivas. “Uma das pontas de nosso negócio são os profissionais de saúde. A ele também temos de oferecer serviços e buscar um melhor relacionamento.” O maior desafio na criação da solução, mas que foi plenamente superado, foi a garantia de total segurança do sistema. “Aplicamos tudo o que foi possível em firewall e demais soluções porque dados de saúde são críticos”. Segundo ele, a escolha da Kubbo foi decisiva neste processo.

60

lay_operadora_Bradesco.indd 60

13/07/11 14:40


Untitled-1 1

11/07/11 09:15


Depois do

hospital

Sistemas agilizam processos e rotinas reduzindo custos nos hospitais, mas após atingir sua eficiência máxima, para onde irá a tecnologia?

ERP Guilherme Batimarchi • gbatimarchi@itmidia.com.br

Foto: Ivaldo

Luciano Regus, MV: futuro é de eliminação do papel e certificação digital no setor

R

eduzir os custos operacionais e automatizar processos clínicos e administrativos dentro das unidades de saúde. Estas têm sido algumas das inúmeras funções exercidas pelos Enterprise Resource Planning (ERPs) nas últimas duas décadas em que são utilizados no Brasil. Nos últimos 20 anos, os sistemas de informações gerenciais passaram por uma forte consolidação no segmento de saúde aumentando a eficiência da gestão da qualidade e gestão estratégica, sistemas

financeiros e hospitalares. Avanços como a implantação da TISS e da TUSS é considerado um dos principais passos para uma das tendências apontadas para o setor de saúde nos próximos cinco anos: a interoperabilidade entre sistemas. Para que uma instituição de saúde possa adotar um sistema de informação gerencial é necessário criar um ambiente político favorável ao projeto, convencendo a alta direção de que se trata de uma iniciativa de interesse da instituição e não da área de TI. Para viabilizar a incorporação desse tipo de tecnologia, deve-se envolver os formadores de opinião da organização, por meio da criação de um comitê gestor do projeto, que deverá decidir em conjunto qual a ferramenta mais indicada”, aponta o gerente executivo de TI do Hospital Samaritano, Klaiton Simão. Segundo ele, para esta decisão, o comitê deve apoiar-se em uma grade de diretrizes, chamada Request For Information (RFI), que deve conter todos os requisitos desejáveis ou essenciais a um sistema de gestão. Esta grade de requisitos deverá ser o norte para que o comitê avalie cada uma das soluções disponíveis no mercado, sendo que a própria metodologia apontará o software vencedor, evitando assim resistências futuras. Um levantamento feito pela consultoria Frost & Sullivan na área de saúde mostra que, somente em 2009, o mercado de HIS (Hospital Information System), no Brasil, movimentou US$74,6 milhões com perspectivas de crescimento de 15,3% ao ano até 2014, quando atingirá a casa dos US$150,3 milhões. O estudo também aponta que, em 2010, 17% dos hospitais brasileiros já utilizavam este tipo de ferramenta.

“Enquanto em países europeus a cobertura dos hospitais com sistemas de informação integrada chegam a passar de 60%, na América Latina, este número é bastante inferior, muito em função do baixo poder de investimento da maioria das instituições de saúde”, explica a gerente de pesquisa de saúde da Frost & Sullivan, Marina Dividino. “Observamos que as ferramentas pouco evoluíram nos últimos cinco anos, possivelmente em virtude da pouca adesão das instituições hospitalares a este tipo de projeto”, observa Simão. Segundo o executivo, enquanto o cenário do mercado for de cerca de 75% das instituições hospitalares ainda sem o apoio de uma ferramenta integrada de gestão, naturalmente as empresas que produzem estes softwares não receberão uma grande pressão por melhorias. Para Marina, as maiores evoluções do setor nos últimos anos se relacionam à gestão da informação clínica e administrativa, dentro dos hospitais. “Uma vez que os hospitais estão se tornando unidades de negócios, os sistemas de gerenciamento integrado das informações adminis-

62

lay_hospital_FuturoTI.indd 62

11/07/11 18:40


trativas e clínicas, como ERPs, HIS e RIS/PACS, tornam-se ferramentas fundamentais para as instituições de saúde”. Outro avanço levantado por ela foi o processo de digitalização de diversos exames de imagem, que impulsionou a adoção de aplicações de TI em maior escala. Simão explica que, dentro de um sistema ideal, o próximo passo dos ERPs, seria transformar os dados – já organizados e confiáveis – que o sistema de gestão gera para a organização, em informação útil e precisa, para apoiar a tomada de decisões estratégicas. Para o gerente administrativo do

Hospital Mater Dei, de Belo Horizonte (MG), José Henrique Dias Salvador, os hospitais têm visto a TI cada vez mais estratégica no auxilio à gestão das unidades. “Os hospitais perceberam isso um pouco mais tarde, e, agora, cada vez mais, eles vêm se atentando a isso. As ferramentas de gestão estão caminhando para o controle dos processos e auxiliando os gestores na tomada de decisões, tornando a TI mais estratégica e menos operacional”, afirma. Para a gerente de tecnologia da informação do hospital Mater Dei, Rafaela França, a tendência, no Brasil, será baseada na melhoria dos indicadores estratégicos para oferecer a informação em tempo mais hábil, com dados consolidados e maior valor ao gestor hospitalar. “Ainda não temos um sistema que consiga agregar essas informações e criar, a partir delas, conhecimento para entregar as pessoas”.

Tornar os processos clínicos e administrativos de um hospital mais ágeis por meio de ferramentas eletrônicas leva o futuro dos ERPs para outra realidade, talvez um pouco mais próxima do conceito de saúde sem papel que da interoperabilidade dos sistemas. Segundo o diretor geral da MV, Luciano Regus, este primeiro segmento deve ter um consumo acelerado no mercado de TI, que terá uma grande influência na automação de toda a cadeia de saúde seguidos da certificação digital. “O trabalho sem papel, dentro do hospital, irá refletir na troca de informações entre hospital e fonte pagadora também de forma eletrônica, fazendo uma cadeia conectada sem papel, reduzindo o nível de gloza, o ciclo de pagamento, acelerando o processo de faturamento e reduzindo o número de pessoas envolvidas em atividades administrativas”. No entanto, para poder investir em tecnologias

TIMELINE HIS [Hospital Information System] Primeiros ERPs clínicos começam a ser utilizados no Brasil Portal de informações gerenciais (2ª fase do HIS)

1992

1998

Prescrição Eletrônica do Médico Profissionais de saúde começam a prescrever informações do paciente

lay_hospital_FuturoTI.indd 63

2000

Certificação digital Método traz mais segurança para a prescrição eletrônica

PACS [Picture Archiving and Communication Systems] Instituições armazenam e gerenciam seus exames de diagnóstico por imagem de forma eletrônica

2002

3ª fase do HIS (prontuário 2.0 gestão hospitalar 3.0, integração de informação entre redes de hospitais, data Center, EAD)

Farmácia sem papel ERPs são integrados ao setor de farmácia com objetivo de otimizar processos e aumentar segurança na dispensação de medicamentos

2003

B.I. [Business Inteligence] Hospitais começam a utilizar informações geradas pelos ERPs de forma estratégica para o negócio

2007

2007

2008

2009

2010

2011

Fonte: MV

Mobilidade Uso de tecnologia móvel dentro e fora das instituições de saúde

BSC [Balanced Score Card] Hospitais adotam ferramenta para medir desempenho

Tecnologia sem papel Automação de processos reduz custo operacional e melhora o desempenho das equipes assistenciais e administrativas dos hospitais

63

11/07/11 18:40


Foto: Ricardo Benichio

hospital

Solange, Wheb Sistemas: Interoperabilidade é a grande tendência

mais modernas e avançadas, garantindo uma melhor qualidade na entrega dos serviços, é necessário baixar o custo da saúde. Para a diretora comercial da Wheb Sistemas, Solange Plebani, este é um dos papéis exercidos pela tecnologia da informação que já caminha para a interoperabilidade entre os softwares de gestão. “A tendência é que isso se torne comum, por exemplo, não importa se o Hospital Sírio-Libanês usa o Tasy, o Hospital Nossa Senhora de Lourdes, o MV, e o Hospital São Marcos usa um sistema da WPD, o que importa é que todos interajam no futuro, evitando a repetição de exames e trocando informações para um atendimento mais eficiente e inteligente”, acrescenta. Dividindo a mesma opinião da executiva da Wheb, Simão, do Samaritano, ressalta que as unidades não vão re-implantar seus sistemas de gestão para ter um único padrão de dados. Por esse motivo, a solução está na interoperabilidade, na padronização da informação que permitirá a troca dessas informações entre as unidades de saúde. “O setor caminha para isso, mas a passos muito lentos. Na esfera pública já vemos iniciativas vindas do SUS com o Cartão Nacional de Saúde, na saúde suplementar vemos os avanços com a criação do TISS que, em algumas áreas já é uma realidade e em outras ainda é apenas um conceito, mas sem dúvida alguma é o futuro”. De acordo com Solange, a interoperabilidade é uma grande tendência, não só entre sistemas, mas também, em equipamentos médicos, que no Brasil ainda são pouco usados. “A tendência é que todo equipa-

mento médico que possua alguma tecnologia embarcada que possa conversar com o software de gestão, como monitores cardíacos e respiradores.” Outro ponto levantado por Solange foi a TI voltada ao paciente. Hoje, no Brasil, essas tecnologias estão muito mais focadas no corpo clínico e instituições de saúde e poderiam chegar ao paciente por meio de portais de informação, na forma de acompanhamento de resultados de exames, atendimentos, agendamentos de consultas, histórico médico e pagamento de planos de saúde. Estes portais trabalhariam dentro de um conceito de web 2.0, elevando o relacionamento entre cliente, operadora e hospital. “Acredito que esse relacionamento vem para a área da saúde muito mais forte e baseado em conteúdo, uma vez que já são utilizadas ferramentas como o prontuário eletrônico que organiza as informações do paciente, que podem ser usadas para medicina preventiva pela própria pessoa”. Para ela, a população está se cuidando mais, praticando mais esportes e cuidando mais da alimentação. “O pós ERP está basicamente centrado na utilização de TI como apoio à prática médica, e dentro desse conceito a convergência de tecnologia da informação com a engenharia clínica e hospitalar”, finaliza Simão.

Assista entrevista completa link:http://bit.ly/ovoOaK

64

lay_hospital_FuturoTI.indd 64

11/07/11 18:40


Untitled-1 1

11/07/11 09:15


hospital

Telecom:

Hora de se

adequar Verena Souza • vsouza@itmidia.com.br

Norma americana TIA 1179 estabelece requisitos para a infraestrutura de rede das instituições de saúde. Especialistas apostam que a regulamentação será incorporada aos processos de certificação internacional

F

rações de segundos fazem a diferença entre a vida e a morte em um ambiente hospitalar. Atualmente, a boa gestão de processos, das práticas assistenciais e do fluxo de trabalho das equipes depende da infraestrutura das redes de comunicação. Tal criticidade fez a Associação da Indústria de Telecomunicações dos Estados Unidos (TIA, na sigla em inglês) lançar, em agosto de 2010, o documento TIA 1179 - Healthcare Facility Telecommunications Infrastructure Standard-, estabelecendo requisitos adequada às instituições de saúde. Tipos de cabeamento, distância entre eles e localização são especificados no documento. Semelhantes diretrizes já foram estabelecidas para outros nichos do mercado americano como, por exemplo, serviços de Data Center. No Brasil, não existe nenhuma lei que estabeleça um padrão de cabeamento. As empresas, assim como os hospitais e clínicas, costumam seguir a Norma Brasileira de Cabeamento de Telecomunicações em Edifícios (NBR), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). No entanto, de acordo com o gerente de insfraestrutura de TI e Telecom da Health Consult, Sérgio Fukushima, a NBR é baseada nas regras americanas TIA e na europeia ISO. Na hora da certificação da instalação, o fabricante, segundo o executivo, é quem

faz a análise e concede a garantia. Para o gerente técnico da empresa de soluções de rede CommScope, Henrique Shiroma, para que as determinações da TIA 1179 cheguem ao Brasil é uma questão de tempo. “É imprescindível que os hospitais brasileiros comecem a reestruturar sua rede de telecom, pois será uma necessidade real, tendo em vista o aumento da demanda e avanços tecnológicos do setor”. “A norma foi criada olhando as necessidades de um hospital em convergência de voz, dados e imagens. Arrisco dizer que, em breve, será incorporada aos processos de certificação internacional, uma vez que está relacionada à segurança dos pacientes”, diz o diretor da Health Consult, Érico Bueno. Atualmente, segundo os especialistas, a infraestrutura de cabeamento dos hospitais brasileiros está muito aquém dos padrões mínimos exigidos pela TIA 1179. A nova determinação apoia uma ampla gama de sistemas e serviços clínicos (veja relação ao lado). O TIA 1179 designa um número mínimo de pontos de rede por ambiente, e estabelece três categorias: Baixa (Low), de dois a seis pontos; Médio (Medium), de seis a 12 saídas; e Alta (High), acima de 14. “O quarto do paciente, por exemplo, exige alta concentração de pontos, pois necessita de medição dos sensores em tempo real”, enfatiza Shiroma. As necessidades de uma sala cirúrgica são completamente dife-

66

lay_hospital_TIA.indd 66

11/07/11 12:12


Érico Bueno: norma deve ser incorporada aos processos de certificação internacional

Demanda por pontos de rede dos ambientes hospitalares Baixa

Foto: Divulgação

45% das 75 recomendações de rede listadas pela TIA 1179, incluem: Sala de espera, Ambulâncias, Raio-x, Sala de observação, Consultórios, Sala de equipamentos

Áreas de demanda

de pontos de rede

• Serviços voltados ao paciente • Procedimentos cirúrgicos • Emergência • Assistência ambulatorial • Saúde da Mulher • Diagnóstico e tratamento • Cuidados paliativos • Serviços / Suporte • Instalações • Operações • Áreas críticas

rentes do que as áreas de pesquisa, escritórios administrativos, entre outras, por exemplo. Para os técnicos de rede, a regulamentação está alinhada a tendência de conversão dos dispositivos eletromédicos para a tecnologia IP (Internet Protocol). “Sistemas como o PACs (Picture Archival and Communication System, na sigla em inglês) estão fazendo com que a capacidade de armazenamento de imagens dos hospitais fique cada vez mais robusta”, ressalta Shiroma. De acordo com ele, ao seguir as recomendações da Associação da Indústria de Telecomunicações (TIA), as instituições de saúde, independente do porte, se beneficiam em termos de durabilidade, segurança, agilidade, preservação de investimentos e sustentabilidade. O executivo recomenda, ainda, que as clínicas e hospitais trabalhem com um gerenciamento inteligente, capaz de receber e controlar as informações dos pontos de rede.

Médio 25% dos 75 itens: Registro, Preparação do paciente e Recuperação, Exame e Avaliação, Berçário, Farmácia, Administração e Serviços de alimentação

Alta 30% do total de redomendações: Sala do Paciente, Posto de Enfermagem, Terapia Intensiva, Sala cirúrgica, Procedimento de emergência, Ambulatórios, Ressonância magnética, tomografia computadorizada, Laboratórios e Gabinete de Segurança.

67

lay_hospital_TIA.indd 67

11/07/11 12:12


GESTÃO

VOCÊ JÁ PENSOU EM

CONTRATAR UMA CONSULTORIA?

C

GENÉSIO KORBES Sócio-diretor da Korbes Consulting e diretor-associado da Antares NP Consulting

onsultoria? Contratar para quê? Eu sei o que preciso fazer e não preciso de estranhos para dar palpites na minha empresa. Aliás, por aqui os negócios vão muito bem, obrigado! Por falar em palpite, segundo o senso comum, consultor é todo aquele que diz o que você já sabe e, ainda por cima, cobra um bom dinheiro por isso. Mas, por que sua empresa está com tantos problemas? Se você está entre as pessoas que ainda pensam dessa forma, tome muito cuidado. Talvez a sua empresa esteja na lista das que poderão desaparecer nos próximos anos. Ninguém é dono da verdade, nem mesmo você, presidente ou administrador. Portanto, vale muito mais a pena contratar um profissional que, junto com você, indique os melhores caminhos e, muitas vezes, descubra atalhos importantes que aumentem sensivelmente os resultados de sua organização. Contratar uma consultoria não é garantia de resultados. Consultoria nunca foi, não é e não será um trabalho que se faz num passe de mágica. Contar com uma consultoria é ter a seu lado um profissional discutindo, questionando e pensando no que fazer, como fazer melhor e por que fazer. A mudança só acontece quando você estiver disposto a abraçá-la e só se dá de dentro para fora. O papel do consultor consiste em orientar, mostrar o caminho e visualizar novas maneiras de decidir e gerir seu negócio. De acordo com a definição da Wikipédia, consultoria é a atividade profissional de diagnóstico e formulação de soluções acerca de um assunto ou especialidade. Consultoria vem da origem das relações humanas e parte da reflexão para uma melhor resposta a questionamentos ou situações específicas. No contexto atual, consultoria é um serviço de orientação e apoio a qualquer gestor para facilitar a tomada de decisões estratégicas que causem impacto positivo nos resultados. Dias atrás, uma colega me disse: “Deveríamos mudar o nome de consultor para mentor”. Na hora, não prestei muita atenção, mas aquela manifestação ficou em minha mente, intrigou-me e levou-me a refletir e estudar o tema mais a fundo.

Confesso que, na medida em que me aprofundei nas minhas consultas acerca do assunto, passei a concordar integralmente com ela a partir do significado da palavra mentor: uma pessoa que guia, ensina ou aconselha outra em seu aprendizado. Não completamente satisfeito, aprofundei a pesquisa abrangendo as maiores empresas brasileiras e todas elas, sem exceção, tinham o seu mentor, ou até mesmo um grupo de mentores. A triste constatação veio depois: quantos gestores de hospitais brasileiros têm seu mentor? Não tenho a resposta, mas me atrevo a pensar que, dos 6.500 hospitais do País, talvez 5% sejam geridos profissionalmente com foco empresarial e, destes, pode ser que a metade tenha uma consultoria atuante no propósito de ajudá-los. Qual a representatividade deste número? Nenhuma. Será que aquelas empresas de sucesso estão fora do compasso? Certamente que não. Dito isso, outra pergunta me incomoda. Por que praticamente todas as grandes empresas de sucesso trabalham com consultorias? Qual a relação de causa e efeito nessa constatação? Penso que, por atuarem com pessoas isentas e não envolvidas com os detalhes do negócio, essas empresas aproveitam muito melhor as oportunidades que o mercado lhes oferece. Como em qualquer empreendimento, você não pode ser bom em tudo. Em muitas situações, você tem diferentes opções. Qual a decisão correta? É neste momento que entra em cena o profissional imparcial e neutro para ajudar, opinar e mostrar rotas alternativas. Afinal, não é nenhum demérito não saber de pronto o melhor caminho. Certamente você já teve ao menos uma experiência em que a melhor resposta ou alternativa foi apontada por alguém “estranho”. Na minha experiência profissional como executivo, aprendi muito com consultores. Hoje, atuando também como consultor, aprendo muito mais com gestores e é nessa troca de informações e conversas que muitas decisões de peso são tomadas – e acertadas. E você, o que está esperando? Chame um consultor para apoiá-lo e ajudá-lo a melhorar seus resultados.

68

lay_gestao_genesio.indd 68

11/07/11 12:13


Untitled-2 1

11/07/11 16:53


medicina diagnóstica

Aposta

certa Marina Pita • editorial@saudeitmidia.com.br

Novas soluções contribuem com queda de 30% no absenteísmo e garantem projeto do Dr. Ghelfond de crescimento sustentável de 25% em 2011

O

crescimento de 20% no volume de atendimento de 2009 para 2010 já evidenciava a necessidade de altos investimentos para que o Dr. Ghelfond Diagnóstico Médico pudesse manter seu bom nível de atendimento. A tecnologia da informação foi então o grande suporte para a expansão e até permitiu a abertura de duas novas unidades não previstas no plano de negócios. Como a previsão é seguir em expansão de 20% a 25% em 2011, as inversões em TI seguem no plano da companhia. “Temos obtido forte resultado com a entrada na região do ABC paulista e outras unidades localizadas em áreas periféricas. Mas, para mantermos a posição conquistada no mercado, precisávamos de ferramentas de gestão e maior integração”, aponta Márcio Moura, diretor de contratos do Dr. Ghelfond. O processo de aquisição de novas soluções em busca de vantagens competitivas teve inicio há

três anos, com a implantação de um sistema de telemedicina e de transmissão de exames de imagens para uma central onde uma equipe multidisciplinar realiza os laudos médicos. A solução que custou cerca de R$ 1 milhão trouxe imensa redução de custos, nas palavras de Moura, que prefere não informar o montante poupado. Mas o grande ganho foi no aumento da capacidade operacional. “A telemedicina nos permitiu abrir duas novas unidades em locais com grande demanda: em Salvador e em Ceilândia, periferia de Brasília”. O centro de diagnóstico também ganhou em qualidade dos laudos, afirma Moura. Ao juntar vários profissionais com diferentes especialidades, é possível obter uma segunda opinião em cada um dos exames. O investimento em radiologia digital ainda permitiu redução do descarte de material em torno de 90%, um benefício em termos de sustentabilidade e em recursos.

O investimento em radiologia digital ainda permitiu redução do descarte de material em torno de 90%

Momentos A segunda etapa de investimentos tecnológicos trouxe ao Dr. Ghelfond um sistema para que os laudos médicos fossem feitos por meio de gravações de voz e não mais escritos, o que facilitou a vida dos digitadores, desobrigados a compreender a letra tradicionalmente complicada dos profissionais da saúde e acelerou ainda mais a conclusão dos exames. O terceiro momento da companhia se deu com a centralização do atendimento aos clientes, sendo que cada atendente pode responder por agendamentos em todas as unidades do centro de diagnósticos. Desenvolver uma solução adequada para que todas as informações necessárias ao atendimento estivessem na tela foi o grande desafio da companhia e até hoje há incrementos na solução desenvolvida. Este passo garantiu maior agilidade no agendamento e entrega de exames, maior in-

70

lay_Ghelfond.indd 70

11/07/11 12:14


Para o diretor de contratos do Laboratório Dr. Ghelfond, Márcio Moura, investimento em ferramentas de gestão foi essencial para o laboratório se manter em uma boa posição Foto: Divulgação

terligação entre as diversas unidades e, principalmente, otimizou recursos. Com uma central unificada o paciente pode, com uma única ligação, marcar consultas ou obter informações de qualquer uma das unidades da rede”, lembra Moura. Outro benefício dessa fase foi a redução de problemas burocráticos que interferiam no pagamento dos exames pelos convênios médicos: a central de atendimento passou a fazer também uma avaliação administrativa dos documentos dos clientes. Por último, o desafio do Dr. Ghelfond era reduzir o absenteísmo em exames, um dos quesitos de maior importância do negócio e fator fundamental para aumentar a produtividade. Assim, um sistema de mensagem de texto do tipo SMS foi agregado ao de agendamento. Resultados Foram três as boas notícias com a implementação da confirmação de comparecimento. A primeira foi a redução do custo de telefonia, visto que antes as conformações eram feitas do modo tradicional: ligação. Ainda, a novidade liberou recursos humanos que puderam se voltar para outras demandas. Por último, houve uma queda de 30% no absenteísmo. Até o final do ano, Moura acredita que o sistema permitirá uma queda de 60% nas ausências em exames em relação a 2010. As inversões em tecnologia da informação, no entanto, ainda não chegaram ao fim e Moura promete novidades no próximo período.

Exames são transmitidos para uma central onde a equipe muldisciplinar realiza laudos médicos

Foto: Divulgação

71

lay_Ghelfond.indd 71

11/07/11 12:14


medicina diagnóstica

Laboratórios

Inteligentes Analice Fonseca Bonatto • editorialsaude@itmidia.com.br

Da entrada do paciente à liberação do laudo, saiba como a automação padroniza processos, diminui erros e melhora a assistência à saúde

O

cenário futurista com robôs separando tubos com material de exames faz parte da imaginação fértil apenas de quem desconhece o grau de automação atrás das portas dos laboratórios. Além das transformações do espaço de trabalho, os modelos padronizam processos e consequentemente diminuem erros na medicina laboratorial. Outros pontos importantes são o aumento de produtividade por redução nos desperdícios, menor consumo de recursos e melhoria da eficiência. De acordo com os especialistas consultados pela Fornecedores Hospitalares, a automação é adequada para pequenos e grandes laboratórios. Nas últimas décadas, o processo cresceu tornando possível certo grau de automação em todas as fases laboratoriais: pré-analítica, analítica e pós-analítica. Na primeira fase, por exemplo, que envolve coleta, manipulação, processamento e entrega das amostras aos analisadores, embora pareça a mais fácil, é onde ocorre mais de 65% dos erros em laboratórios, segundo o consultor da Formato Clínico, Gustavo Campana. Aqui,

além de toda informação automatizada, é possível automatizar a gestão do processo com o material. As inovações tecnológicas necessitam de soluções abrangentes (LIS/LAS, middleware, sistemas de interfaceamento) e equipes preparadas para manter e implantar os recursos. Entre os sistemas, destaca-se o Laboratory Information Systems (LIS) que gerencia desde a entrada do paciente até a liberação do laudo. Alguns mais completos, além da rotina de call center e logística, dispõem de recursos de gestão mais elaborados, como Business Intelligence.

As inovações tecnológicas necessitam de soluções abrangentes

Integração Para entender como a solução funciona e suas possibilidades, o diretor técnico da Matrix Saúde, Renato Casella, lembra do período em que os desenvolvedores de LIS precisaram prover soluções de integração de seus sistemas aos equipamentos de automação laboratorial. “Dessa forma, nasceram empresas especializadas na solução, com sistemas que variavam de simples drivers de comunicação até middlewares completos”. O middleware é uma evolução dos sistemas de in-

terfaceamento, pois são capazes de gerenciar o controle interno de qualidade de forma integrada. O Laboratory Automation System (LAS) nasceu como software para gerenciar a automação total. Mas há uma tendência de o LIS absorver esta função, segundo Gustavo Campana. O tipo de automação depende do modelo de negócio do laboratório, assim, é necessário realizar uma análise para identificar suas necessidades estratégicas. No Brasil não há exemplos de automação total. O consultor explica que isto está relacionado com o perfil de exames. “O médico pede os exames que quer. Na Europa, onde se usa muito a automação total, o médico coloca sua hipótese diagnóstica e o laboratório faz os testes reflexos até chegar ao diagnóstico”. Entre os modelos de automação, podemos destacar o modular, com dois padrões importantes: modularidade, capaz de integrar diferentes fases da automação e integração, e de acoplar

72

lay_automacao.indd 72

11/07/11 18:36


Não existem missões impossíveis. existem desafios.

Líder em automação bancária no Brasil, a Diebold é conhecida por sua capacidade de implementar projetos complexos e desafiadores, como a urna eletrônica, o terminal lotérico e o projetor multimídia com processador integrado do MEC, além de contar com uma área de serviços que tem cobertura em todo o território nacional. Com dez anos de experiência na área de saúde, a Diebold agora se impôs um novo desafio: levar para todos os segmentos desta área – Operadoras de Saúde, Hospitais Públicos e Privados, OSSs, Centros de Diagnósticos, Laboratórios, Estados e Prefeituras – o mesmo sucesso que tem nas outras áreas em que atua. Assim, oferece uma solução completa e totalmente customizada integrando os diversos componentes da Tecnologia da Informação no modelo EaaS (Everything as a Service): a Diebold comercializa todo o sistema, incluindo hardware, software, implantação e apoio de helpdesk, e o cliente paga apenas por transação realizada.

DIE13015003-AnRev_Hospitalar_243x261.indd 1

Untitled-1 1

Saiba mais: www.diebold.com.br saude@diebold.com

5/9/11 12:14 PM

11/07/11 09:18


medicina diagnóstica perfis diferentes num equipamento. Outro tipo é o Task Target Automation (TTA) que é direcionado a processos. A automação é muito usada na fase pré-analítica em que distribui uma amostra baseada no processo pelo qual deve passar. “É bastante utilizada nos chamados laboratório de apoio”, explica Campana. Ainda há outro modelo fundamental, o Stand Alone Automation (SAA). Ao invés de uma esteira integrando os equipamentos, por exemplo, há um equipamento automatizado. “Isto permite que o laboratório de pequeno porte tenha uma automação”. Produtivos e eficientes O aumento no número de exames realizados hoje mostra que o avanço da automação, dos equipamentos e da sua integração permite laboratórios mais produtivos. A Dasa espera realizar 175 milhões de exames neste ano. “Nossos laboratórios foram projetados no passado para um teto de produção de exames e hoje com os processos de automação e a própria evolução dos equipamentos é possível produzir muito mais exames em áreas que tinham sido planejadas para uma produção menor”, diz o diretor de análises clínicas da Dasa, Claudio Pereira. A redução no tempo de resposta do laboratório também é fundamental na qualidade assistencial. “O meio hospitalar é um dos lugares em que dá mais prazer ver a automação funcionando, pois você consegue de fato reduzir os tempos e as condutas”, ressalta Renato Casella. Esta diminuição é mais um avanço que vai ao encontro de tendências atuais da área da saúde. Hoje o Turnaround Time (TAT), que é o tempo de entrada no laboratório até o tempo de liberação do laudo, é uma questão fundamental para a área. “Às vezes no processo manual o mesmo exame ou fica pronto muito rápido ou demora muito. Quando há a automação, o TAT fica previsível, com desvio do padrão muito menor’, diz Pereira da Dasa. Também é possível ajustar, segundo ele, o TAT para ser mais rápido ou no tempo em que o cliente demanda. “Eu posso também ampliar a capacidade, porque quando integro os equipamentos num processo de automação, em geral, consigo utilizar mais os equipamentos do que quando estão sendo alimentados manualmente”. Área financeira Além do controle dos processos, é possível obter indicadores de forma automatizada para o controle da área econômica financeira da instituição. Segundo Genilson Simões Cavalcante, diretor da MV, com o controle dessas ações é possível criar uma base de dados que gerem informações para a área estratégica do negócio e medir com exatidão as demandas. “Posso gerar todos os indicadores necessários para o processo como um todo. Posso ter indicadores de interesses clínicos, financeiros, epidemiológicos, de tempo entre outros”, diz ele.

Foto: Divulgação

Modelos de automação Modular Com padrões de modularidade capaz de integrar diferentes fases da automação e integração, e de acoplar perfis diferentes num equipamento. Task Target Automation (TTA) Direcionado a processos.

Soluções x necessidades Middleware Evolução dos sistemas de interfaceamento, capazes de gerenciar o controle interno de qualidade de forma integrada. Laboratory Automation System (LAS) Software para gerenciar a automação total.

74

lay_automacao.indd 74

13/07/11 14:41


Untitled-1 1

11/07/11 09:19


indústria

Danilo Sanches • editorial@saudeitmidia.com.br

A moda e o medo da

Grande tendência de TI, computação em nuvem enfrenta o desafio da segurança dos dados, mas oferece solução flexível e economicamente viável para pequenas e médias empresas e municípios

Cloud Computing 76

lay__industria_Clouding.indd 76

11/07/11 18:45


D

isponibilidade é a moeda da vez. O mercado avança no sentido da chamada cloud computing (computação em nuvem, em tradução livre) e coloca na ponta das listas de prioridades dos executivos a possibilidade de acesso aos dados de seus negócios a qualquer tempo, lugar ou através de dispositivos cada vez mais portáteis e eficientes. Este é o retrato de um mundo onde as informações não estão alocadas em hard disks ou em mídias digitais, mas espalhadas em grandes data centers em todo o mundo. As informações estão nas nuvens. O Gartner a define como um estilo de computação onde os recursos de TI, com escalabilidade e elasticidade, são fornecidos como serviço para clientes externos usando tecnologias de internet. O termo computação em nuvem se refere ao fato de os dados não estarem alocados fisicamente num lugar definido, o que dá a ideia de que as informações estejam flutuando e possam ser acessadas de qualquer ponto do globo pela rede. E isso é uma realidade em muitos mercados e tem saltado posições nas listas de prioridades dos maiores CIOs do mundo a uma velocidade impressionante. Só quem não se impressiona são os grandes fabricantes de tecnologias e infraestrutura. As previsões para o mercado de armazenamento remoto de dados e aplicações fornecidas via web são animadoras. O estudo mais recente da IDC aponta que a receita mundial de servidores para nuvens públicas e privadas deverá somar US$ 9,4 bilhões em 2015. Segundo o estudo, atualmente os gastos com cloud computing representam apenas 2% dos investimentos em TI, em 2015, serão 20%. Mas a saúde ainda olha de longe para esta oferta e faz uso rudimentar das ferramentas disponíveis, segundo

A definição de computação em nuvem também é guiada por algumas características como: Fornecimento baseado em interfaces de serviço O contato entre cliente e fornecedor se dá através de uma interface de serviço; Escalabilidade e elasticidade Diz respeito ao aumento ou redução de recursos ou capacidade de acordo com a demanda (estes recursos são compartilhados e geram uma economia em escala);

Sei, da Dell: Dúvidas sobre segurança e custobenefício emperram evolução da cloud na saúde

Foto: Divulgação

Medição pelo uso Os serviços são monitorados com métricas de uso para permitir que múltiplos modelos de pagamento; Tecnologias de internet Os serviços são fornecidos através de identificadores, formatos e protocolos de internet. Fonte: Gartner

77

lay__industria_Clouding.indd 77

11/07/11 18:45


indústria Henrique Sei, diretor de Vendas de Soluções da Dell Brasil. O executivo afirma que o segmento já avançou no sentido do atendimento da demanda do cliente, quando passou a disponibilizar o acesso a resultados de exames e agendamento de consultas online. Porém, este não é um passo consistente na direção que o conceito de cloud computing propõe, uma vez que o acesso aos dados mantém a relação de “presença”, ou seja, os dados dos pacientes ainda estão armazenados nos servidores das próprias instituições. “O mercado de saúde ainda tem uma utilização tímida da nuvem”, afirma Sei. “Alguns fatores como segurança, custo-benefício e o próprio conhecimento sobre a tecnologia justificam este posicionamento.” Segundo o executivo, o uso de armazenamento de dados e utilização de aplicações em bases virtuais é mais comum entre usuários individuais. O mercado corporativo é o principal desafio para as empresas que fornecem este tipo de tecnologia. E a segurança, neste caso, é a principal questão. A Dell entrou fortemente no mercado de saúde após a aquisição da norte-americana Perot Systems, em 2009. À época, mais de 50% da receita da companhia adquirida era proveniente do segmento de saúde. No Brasil, buscando um espaço maior no segmento a fabricante tem a saúde como um dos principais pilares de atuação, junto com educação. A maturidade do mercado de TI para atender a demandas dos diversos mercados já é um fato. Grandes bancos ou entidades governamentais ostentam sistemas que são referência neste quesito há vários anos. “O desenvolvimento deste tipo de tecnologia no segmento de saúde depende de maturidade e desenvolvimento

de padrões”, afirma o diretor de Vendas para Educação, Saúde e Governo da Dell Brasil., Ricardo Menezes. “Hoje, o Brasil é um dos países mais avançados do mundo em tecnologia e segurança para o segmento financeiro, por exemplo, e a diferença é a padronização.” Por outro lado, a questão do custo-benefício está diretamente ligada à demanda por investimentos em sistemas seguros o bastante para armazenar informações críticas, como laudos de pacientes e informações médicas. Sei afirma que a segurança é um dos principais pontos a serem mitigados antes que o mercado desponte como um grande consumidor destas tecnologias. “O principal ponto na ampliação do uso da nuvem no mercado de saúde é a segurança”, explica Sei. “Do ponto de vista da infraestrutura, o mercado de TI está extremamente preparado para atender à demanda das instituições de saúde.” Segundo ele este é um cenário que não foge ao padrão. “Segurança é um problema, mas a adoção de qualquer nova tecnologia gera medo”, completa. Sei explica que até 2010, cerca de 85% dos principais executivos de TI das empresas (CIOs) se preocupavam principalmente com segurança. Hoje são 55%. Um estudo recente do Gartner aponta que os CIOs das principais empresas de saúde ouvidas pela entidade ainda recomendam cautela no uso de cloud computing. Segundo o levantamento, o principal desafio apontado é o gerenciamento de informações protegidas dos pacientes. “As instituições de saúde devem limitar seu envolvimento inicial com cloud computing as iniciativas que não envolvam informações protegidas de

pacientes”, conclui o documento do Gartner. Segundo Sei, há diversos fatores que compõem a discussão do setor de saúde para que adoção destas tecnologias seja uma realidade no país, como a padronização, a legislação e a maturidade do mercado. A questão da padronização segue a antiga discussão a respeito do prontuário eletrônico. “Outro ponto a ser definido é o tipo de nuvem que seria usada, por exemplo”, afirma Sei. “Os clientes, principalmente os corporativos, tendem a querer os benefícios de custo de uma nuvem pública com a segurança e o controle de uma nuvem privada.” Demanda Há uma possibilidade de economia significativa no uso das tecnologias provenientes do modelo. Tanto o armazenamento puro de aplicações na nuvem quanto a utilização de softwares como Serviço (SaaS, na sigla em inglês), é possível perceber na prática o efeito do uso sob demanda e escalável e flexível da cloud computing. “Em todos os casos, o maior apelo é o custo”, afirma Gustavo Perez, CEO da MTM Tecnologia. “As economias podem ser significativas em alguns cases. Cada perfil de cliente tem que identificar aonde a adoção de nuvem pode ajudar de forma inclusive a começar a se ambientar com a tecnologia.” Perez exemplifica que, se um grande hospital disponibiliza uma biblioteca digital para seus médicos mantendo-a em seus próprios servidores, o acervo vai onerar o hospital, que terá de investir em infraestrutura, investimentindo em servidores com maior capacidade

78

lay__industria_Clouding.indd 78

11/07/11 18:45


Untitled-1 1

11/07/11 09:24


indústria de armazenamento e links de internet para acesso externo ao conteúdo. “Já se eles disponibilizam as informações na nuvem, os custos por kilobyte armazenado e trafegado tende a se justificar”, avalia Perez. “Além disso, se o fornecedor é de confiança, há uma transferência de responsabilidades da manutenção da infra do hospital para o provedor dos serviços de nuvem liberando a equipe de TI do hospital para focar nas atividades fim da instituição.” Eficiência De qualquer forma, a dinâmica do mercado pede que a tônica das transformações tecnológicas seja a eficiência na utilização dos recursos. Perez aponta que há uma oportunidade particularmente na utilização dos recursos de TI. E, segundo ele, computação em nuvem pode vir a se tornar um grande aliado. “Há uma possibilidade no futuro de que hospitais, médicos e planos de saúde compartilhem informações baseadas em nuvem para focar mais na prevenção e no auxílio de pacientes crônicos”, afirma Perez. “A formula é complexa e ainda vai levarum tempo para acontecer, mas se vier a acontecer, o primeiro passo será o compartilhamento de informações. E aonde você acha que estarão armazenadas?” O executivo acredita que as mudanças nas relações entre médicos, hospitais, planos de saúde e fornecedores estejam se tornando mais profundas e a revisão dos investimentos seja uma consequência natural. A MTM Tecnologia tem mais de 1200 empresas conectadas às suas nuvens via uma solução que permite aos profissionais de saúde acessar informações clínicas de pacientes, de qualquer lugar, a partir de seus dispositivos móveis. Brasil Mesmo num cenário onde a preocupação com segurança e o relativo des-

“Processos precisam

ser revistos”

Gustavo Perez, da MTM, afirma que gestores de TI ainda estão receosos com o uso da nuvem

FH: Qual é a principal diferença entre o mercado nacional e internacional neste tipo de oferta no mercado de saúde? GP: As iniciativas em nuvem ainda são

Perez, da MTM: Primeiro passo será o compartilhamento das informações entre os players

relativamente modestas. A maioria delas estão relacionadas às áreas de P&D de grandes empresas. É o caso da Microsoft com o Health Vault e o Google com o Google Health. Em ambos os casos o objetivo é a utilização de computação em nuvem para armazenar dados dos pacientes. A barreira é motivar as pessoas a cadastrar as suas informações nesses ambientes. Os pacientes não querem ter esse trabalho a não ser que os benefícios sejam tangíveis.

FH: A legislação contribui para esta diferença? GP: Não acredito que tenha impacto. Para

Foto: Divulgação

conhecimento ainda impedem que a computação em nuvem deslanche, a fornecedora de soluções para a área de saúde, JME Informática, vem desbravando este filão. A empresa migrou no ano passado uma de suas soluções on premise (armazenada em servidores do cliente) para a nuvem e viu descortinar um mercado que deve lhe render um crescimento anual de 20% a 30%. Com a solução oferecida via nuvem, a empresa atende essencialmente a pequenos e médios municípios. E, segundo, Marco Aurélio Guttler, diretor técnico da empresa, os pequenos municípios têm maior necessidade deste tipo de soluça, uma vez que é mais fácil ter uma infraestrutura para acesso à internet que para armazenamento e gerenciamento de TI. “Os gerentes de TI das prefeituras colocam mais barreiras que a própria gestão”, afirma Guttler. “Mas hoje já existem certificações que garantem mais segurança e ajuda a convencer os profissionais de TI a adotarem a tecnologia.” Um produto de entrada desta solução, com 5 pontos de acesso simultâneos, sai por R$ 700 mensais.

você ter um exemplo, usamos tecnologia de nuvem para tráfego de informações de pacientes na União Europeia e nos Estados Unidos que são localidades com regulamentações bem rigorosas quanto ao cuidado com esse tipo de informação. A barreira de adoção, em minha opinião, está na preocupação dos gestores de TI em disponibilizarem as suas informações em ambientes fora das instalações físicas dos hospitais.

FH: Quais são os impactos dela na

governança de TI de uma instituição de saúde?

GP: O desafio não é apenas para o setor

de saúde. Existe sim uma necessidade de revisão dos processos que tende a ser resolvido com uma certa rapidez, pois já se começa a identificar um certo movimento de alguns padrões e certificações como o ITIL em incluir boas práticas para gestão de ambientes baseados em nuvem. Isso deve auxiliar bastante os gestores de TI no processo de adoção da tecnologia.

80

lay__industria_Clouding.indd 80

11/07/11 18:45


Untitled-1 1

11/07/11 09:19


tecnologia

Ampliando

diálogos Cínthya Dávila • cinthya.davila@itmidia.com.br

Encontros “1.2.1 Network Saúde” se aprofundam em temas relevantes ao segmento de Tecnologia da Informação no setor e promovem relacionamento entre os profissionais

A

s soluções e ferramentas direcionadas para o segmento de Tecnologia da Informação em saúde vêm se desenvolvendo e agregando novas tendências à rotina dos profissionais. Se antes os sistemas de gestão e governança ainda engatinhavam e soavam como uma realidade abstrata para os hospitais, atualmente pode-se ver que as instituições estão direcionando seus investimentos para a aquisição de novos recursos, que contribuam para a otimização dos serviços e facilitação dos processos. Com o objetivo de promover o relacionamento entre os profissionais de TI dos hospitais, discutir temas pertinentes e estabelecer novas possibilidades de negócios, a IT Mídia trouxe ao mercado os encontros “1.2.1 Network Saúde”. O primeiro encontro ocorreu no dia 24 de março teve como tema principal “Governança de TI nos Hospitais”. Os diálogos levantaram a questão referente ao desafio que muitas instituições se deparam ao tentar alinhar os gestores de TI com as lideranças dos hospitais. Em sua explanação, o CEO da Convergence, Roberto Magalhães, afirmou que não existe governança em TI sem alinhamento com a governança corporativa e com os negócios. A proposta de se avançar nessa questão tem que partir do primeiro escalão.O encontro contou ainda com a presença de 21 executivos. O segundo encontro ocorreu no dia 9 de junho e direcionou os diálogos para as questões relacionadas à “Mobilidade no Âmbito Hospitalar”. A conceituação do tema foi abordada pelo sócio-fundador da MTM Tecnologia, Gustavo Perez.

Em sua apresentação, Perez chamou atenção para o fato da mudança de paradigmas que nos mostra que a mobilidade está conquistando o seu lugar nos hospitais, principalmente com o prontuário eletrônico e na comunicação com os médicos. Para apresentar um case de como a mobilidade pode contribuir para a rotina de um hospital, o “1.2.1 Network Saúde” contou com a presença do gerente de infraestrutura do Hospital Albert Einstein, Alessandro Dalcim. O Albert Einstein possui um projeto de mobilidade para gerenciar o Pronto Atendimento (P.A). Atualmente, o projeto encontra-se na primeira fase, contemplando o modelo Supertrak, que é um tempo de atendimento mais curto (entre checkin e checkout), mais fácil de analisar os resultados e seguir para próximas fases. De acordo com o palestrante, as tecnologias utilizadas pelo Einstein foram: Sistema de Localização Tempo Real (RTLS), utilizando a infraestrutura wireless do hospital. Além de um tag RTLS utilizado por cada paciente para localização dentro das salas de triagem, médicos e exames (raio-x, ultrassom, etc). O evento contou com a presença de 13 CIOs. Entre eles, Christian Fabiano, Associação Congregação Santa Catarina; Marcio Lago, Grupo CIO Saúde; Kátia Milena, Hospital Amaral Carvalho; Edson Luiz Kitaka, Hospital de Clínicas da Unicamp. As próximas edições do “1.2.1 Network Saúde” já têm data marcada. O próximo será realizado no dia 1º de setembro e o seguinte em 1º de dezembro.

82

lay_tecnologia.indd 82

11/07/11 12:15


3

1

2

5

4

6

7

quem esteve

presente

8

9

10

11

1. Marcos Bento e Marcio de Abreu, da Totvs, aproveitaram para conversar com os executivos; 2. Willian Sartorato do Hospital São Roque; 3. Leonardo Bittencourt da Think Business e Anderson Passos, da CA, estabelecendo relacionamento; 4. Na apresentação, Roberto Magalhães, da Convergence, falou sobre os caminhos para a Governança de TI; 5. Ulisses Demétrio, da MV, e Jomar Fajardo; da SAP; 6. Alessandro Dalcim, gerente de infraestrutura do Hospital Israelita Albert Einstein, apresentando o case sobre “Mobilidade no âmbito hospitalar”; 7. Marcio Godoi, da Unimed Americana e Santa Bárbara, com Taciano Pugliesi, da D-Link; 8. Kátia Milena Meira Gonçalves, coordenadora de planejamento da Fundação Amaral Carvalho; 9. Nilson Soares, analista de soluções da HP, em participação no segundo “1.2.1 Network Saúde”; 10. Claudio Laudeauzer, do Fleury, e Claudio Giuliano, da Sbis; 11. Gustavo Perez, da MTM, em palestra sobre “Mobilidade Samaritano investe no âmbito hospitalar” no segundo “1.2.1 em RFID e tablets link: http://migre.me/5cK6I Network Saúde”

83

lay_tecnologia.indd 83

11/07/11 12:16


RECURSOS HUMANOS

O PREÇO DO CRESCIMENTO

NA AMÉRICA LATINA

O

RODRIGO ARAÚJO Sócio-Diretor Sênior responsável pela Especialização em Ciências da Vida e Saúde da Korn/Ferry.

Brasil segue no topo do mercado de saúde na América Latina e concentra a maior parcela dos investimentos das companhias globais. Já o México permanece na segunda posição, mas com situação instável que gera desconfiança nos investidores e lideranças de negócios. Em terceiro plano, com crescimento contínuo e acelerado há dois anos, Colômbia prepara-se para competir pelo topo. Este é o balanço das lideranças executivas e de RH regionais de grandes corporações do mercado latino-americano de saúde. Os insights de CEOs e CHROs regionais, que levam em conta fatores políticos, econômicos e sociais, foram compartilhados durante reuniões em que participei em Miami e em alguns países da América Latina, em junho. Apesar das peculiaridades dos mercados, a percepção é unânime: a região é destino de investimentos maciços que transformam o mercado e geram crescimento sustentável. Há oportunidades de diferentes dimensões, maiores que mercados como China, Índia e Rússia. Entretanto, as previsões não são apenas de otimismo. A efervescência econômica no Brasil e na América Latina tem um preço: é custosa para as organizações globais. Mais desafiada pelas altas exigências regulatórias e competitividade, as corporações estão de olho nos custos relativos à aquisição de talentos. O coro é uníssono: há dificuldades de encontrar pessoas que mantenham alta performance em ambientes de mudança e, os que têm, apresentam elevado custo de aquisição. A América Latina - diferente das economias maduras no setor de saúde - precisa criar iniciativas para transformar o mercado e garantir a sustentabilidade do atual crescimento. Isso exige habilidades cada vez mais raras e o cultivo de talentos é uma das chaves para alcançar maturidade. A questão é que o fator humano pode redefinir as regras do jogo e conduzir os rumos dos investimentos. Vide o exemplo do Brasil. De acordo com os líderes, é o destino dos grandes investidores e só não atingiu plena prioridade pelos altos custos das operações bem como seus desafios regulatórios e de acesso a

saúde. Enquanto isso, o mercado mexicano apresenta desafios que minam a confiança empresarial - índice crescente de corrupção e baixa estabilidade sócio-econômica, por exemplo. Embora otimista, os empresários prevêem retração nos investimentos no México. Na equação risco, custo e talentos, quem desponta como protagonista é a Colômbia. Nove em cada dez diretores regionais a apontam como ótima alternativa para unidades operacionais e administrativas, seus hubs regionais. O mercado soube se adequar às relações políticas, sociais e econômicas e tem sido visto como aberto e transparente. Acima de tudo, com altíssima qualidade de talentos. O nível dos executivos colombianos se mostra proporcionalmente superior em relação aos demais em termos de preparação, aspectos comportamentais e formação: transparentes, diretos e com vontade de fazer o novo, criar e transformar. Não se trata da ciência, apenas. O avanço dos serviços e produtos de saúde, fármacos e equipamentos no Brasil é notório. No entanto, quando falamos de gestão, de negócios, enfrentamos uma realidade complexa. Faltam profissionais de alto rendimento, os chamados líderes do negócio. É consenso dos CEOs e CHROs da região que a demanda por talentos também engloba as áreas de regulamentação, de acesso a mercado e os profissionais de gestão da cadeia de suprimentos - pilares cruciais para garantir a efetiva continuidade e sustentabilidade do setor. São exatamente essas as áreas que mais sofrem com os desafios e mudanças da indústria. A necessidade empresarial de encontrar novas regras e estratégias que transformam a indústria está na contramão da oferta de talentos. Agora, se o capital intelectual não acompanha a dinâmica do mercado, quantas oportunidades serão perdidas? Na região ainda há escassez de pensamento transformador, que contrasta com centenas de executores de estratégias já desenhadas. O pulo do gato é atrair e reter os “catalisadores” do crescimento, aqueles realmente prontos para capitalizar nas reais oportunidades que o setor oferece. São muitas, mas os líderes regionais fizeram o alerta. Crescimento tem seu preço.

84

lay_rh.indd 84

11/07/11 10:28


Antever os obstáculos e indicar a direção certa. Esse é o trabalho de um navegador de rali. Esse é o trabalho da Convergence, que busca alinhar as soluções de Tecnologia da Informação aos negócios de seus clientes através de soluções completas em Governança de TI. Tenha ao seu lado alguém de confiança que vai mostrar os melhores caminhos, tenha a Convergence sempre ao seu lado. Convergence. Ao seu lado. Sempre.

Untitled-1 1

10 ANOS DE GOVERNANÇA E INTELIGÊNCIA ESTRATÉGICA EM TI.

www.convergence.com.br

11/07/11 09:20


carreiras Air Liquide tem novo diretor

de atividade medicinal

Foto: Divulgação

A empresa de gases medicinais Air Liquide anunciou Alexandre Bassaneze (foto) como o novo diretor da Atividade Medicinal da Air Liquide Brasil. Na empresa desde 2002, o executivo ocupou nos últimos três anos a gerência nacional do VitalAire, braço home care do grupo. Para o seu lugar, foi indicado David Leonardo Villalba Gimenez, que atua na ALB desde 2008. Anteriormente, Gimenez ocupou a gerência comercial das atividades medicinal e industrial da subsidiária paraguaia da Air Liquide. Bassaneze assume o novo posto com o desafio elevar ainda mais a expansão da atividade medicinal da empresa.

Carestream Health contrata diretor de

A Carestream Health, fornecedora mundial de sistemas de imagens médicas e odontológicas e soluções de TI para a área de Saúde, anunciou a contratação do Alain Mourot como novo diretor de Serviços de Sistemas de Informação de Saúde (HCIS) para a América Latina. O executivo começou suas atividades na empresa em maio de 2011. Mourot começou sua carreira na França, tendo passado pela GE, onde se especializou em PACS (Picture Archiving Communication System). Depois trabalhou por cinco anos na Agfa e em seguida, atuou como diretor para Phillips Healthcare Informatics. Nos últimos anos, Mourot participou do processo de aquisição de duas empresas brasileiras no setor de Soluções de TI para a área de Saúde.

Foto: Divulgação

Sistemas de Informação de Saúde

Benner tem novo diretor

de negócios em saúde

Foto: Divulgação

O executivo José Ricardo L.Victorino assumiu a Diretoria de Negócios de Saúde da Benner Solutions em julho deste ano. Graduado em administração de empresas e com MBA em gestão empresarial, o executivo atuou na fundação da Conexão Médica. Também trabalhou por cinco anos na Diebold, aonde estruturou a divisão de saúde tendo participado ainda do reposicionamento estratégico da Orizon.

86

lay_carreiras.indd 86

11/07/11 18:36


O Catálogo Hospitalar é a maior comunidade de negócios entre compradores e vendedores do setor médico-hospitalar. Mais de 300 mil pessoas fazendo negócios e juntas na transformação do setor da Saúde no País, 2011.

300 mil 700 mil usuários únicos

Page Views/Mês

+50 mil + 350 produtos

+11 mil

cotações por dia

fornecedores

PERFIL DO VISITANTE: GERENTES, COORDENADORES E SUPERVISORES DOS DEPARTAMENTOS DE COMPRAS E LOGÍSTICA DE HOSPITAIS E CLÍNICAS.

PARA ANUNCIAR: TEL: (11) 3823-6651 • COMERCIALCH@ITMIDIA.COM.BR

Anuncio Catalogo.indd 1

11/07/11 09:23


carreiras Grupo Facility

empossa novo presidente

Foto: Divulgação

O Grupo Facility, que atua na gestão de serviços e soluções corporativas (Facility Saúde), anunciou o novo CEO, Cesar Franco, para assumir o lugar de David Barioni Neto, que ocupava a função desde março de 2010. Barioni (que já comandou a TAM), passa para o conselho do Grupo. Cesar Franco chega à Facility depois de quatro anos atuando como executivo responsável pela área de mercado público no DASA.

Vivaldi assume presidência mundial da área de

Um ano após ser transferido para os Estados Unidos como presidente mundial das áreas renal e endócrino da Genzyme, o médico Rogério Vivaldi tornou-se presidente mundial da área de saúde genética da companhia. Na nova posição, será responsável pelas áreas de doenças genéticas raras, endocrinologia e doenças cardiovasculares.

Foto: Divulgação

doenças genéticas da Genzyme

88

lay_carreiras.indd 88

11/07/11 18:36


2

0

1

1

S a ú d e B u s i n e ss S c h o o l Os melhores conceitos e práticas de g e s t ã o , a p l i c a d o s a o s e u h o s p i ta l

Módulo 07

GESTÃO SEGURA DE MEDICAMENTOS DENTRO DOS HOSPITAIS Este caderno pode ser destacado

lay_scholl.indd 89

89

11/07/11 10:05


saúde business school

Introdução Depois do sucesso dos primeiros saúde business school, continuamos com o projeto. Este ano falaremos sobre Segurança do paciente Na busca por auxiliar as instituições hospitalares em sua gestão, trouxemos no terceiro

equipes na organização de seus programas de segurança.

ano do projeto Saúde Business School o

Em cada edição da revista FH, traremos um capítulo sobre o

tema Segurança do Paciente. Ainda que

tema, escrito em parceria com médicos, enfermeiros, consultores

exista uma vasta literatura sobre o tema, a

e instituições de ensino, no intuito de reunir o melhor conteúdo

nossa função aqui é construir uma manual

para você.

prático para a geração de um ambiente

Os capítulos, também estarão disponíveis para serem baixados

hospitalar mais seguro, que auxilie as

em nosso site: www.saudeweb.com.br

O projeto envolve os seguintes temas: Módulo 1 - Introdução à segurança do paciente Módulo 2- Estruturando um programa de segurança do paciente Módulo 3 - Identificação e notificação dos erros Módulo 4- Melhoria de comunicação e processos Módulo 5 - Envolvimento das equipes em segurança Módulo 6 - O papel da TI na segurança do paciente Módulo 7 - Gestão segura de medicamentos dentro dos hospitais Módulo 8 - A influência do ambiente hospitalar na segurança do paciente Módulo 9 - Leis e Regulações envolvendo a segurança do paciente Módulo 10 - Segurança do paciente no centro cirúrgico Módulo 11 - Os processos de acreditação e a segurança do paciente Módulo 12 - O papel do paciente

90

lay_scholl.indd 90

11/07/11 10:05


GESTÃO SEGURA DE MEDICAMENTOS DENTRO DOS HOSPITAIS Alexsandro Macedo Silva e Márcia Lúcia de Mário Marin

INTRODUÇÃO

A qualidade na área hospitalar visa assegurar ao paciente o tratamento mais adequado, a melhor assistência, com o uso de materiais e medicamentos adequados, propiciando redução de riscos e sucesso na terapêutica. (KUWABARA, 2009). Os profissionais de saúde se preocupam cada vez mais com a segurança dos pacientes no ambiente hospitalar e mesmo acompanhando o desenvolvimento assistencial e tecnológico, em muitos casos, não é suficiente para que se evite risco à saúde do paciente (LIMA et al., 2008). Na administração do hospital, a farmácia hospitalar se destaca como um dos principais itens na representatividade orçamentária, no tratamento dos pacientes, internados ou de ambulatórios. A presença do farmacêutico é fundamental para uma assistência farmacêutica adequada e um gerenciamento eficaz do medicamento (GOMES e REIS, 2003) A farmácia hospitalar é responsável pela gestão segura do medicamento no ambiente hospitalar. É conceituada pela Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar-SBRAFH (1997), como “uma unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por profissional farmacêutico, ligada, hierarquicamente, à direção do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades de assistência ao paciente”. Dessa forma, deve atuar, não só na provisão de produtos e serviços, mas também, na assistência prestada ao paciente e suas necessidades, tendo o medicamento como instrumento. Tem como principal função, a dispensação dos medicamentos de acordo com a prescrição médica, nas quantidades e especificações solicitadas, de forma segura e no prazo requerido, promovendo o uso seguro e correto de medicamentos. Permeia e interliga várias ações desenvolvidas referentes à utilização do medicamento dentro do hospital. (GOMES e REIS, 2003). A Política Nacional de Medicamentos define a assistência farmacêutica como: “Grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos.” (BRASIL, 1998). A assistência farmacêutica compreende atividades de caráter abrangente, multiprofissional e intersetorial, que tem por objetivo de trabalho a organização das ações e serviços relacionados ao medicamento em suas diversas dimensões, enfatizando a relação com o paciente e a comunidade na visão da promoção da saúde. (MARIN et al., 2003). O objetivo do presente trabalho é abordar a gestão segura de medicamentos no âmbito hospitalar, com foco nos processos da assistência farmacêutica, visando a qualidade da assistência prestada e a segurança do paciente.

91

lay_scholl.indd 91

11/07/11 10:05


saúde business school

O CICLO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Mais do que proporcionar acesso aos medicamentos é essencial que o mesmo esteja inserido em um contexto e em uma lógica mais ampliada: de uma assistência farmacêutica, que engloba procedimentos relativos à seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição, utilização (prescrição, dispensação e uso) e produção de medicamentos, com participação de profissionais de diferentes áreas (BRASÍLIA, 2001; MARIN et al., 2003).

Seleção de medicamentos

É um processo dinâmico, contínuo, multidisciplinar e participativo. Possibilita acesso aos medicamentos, por meio de critérios de eficácia, segurança, qualidade e custo, promovendo o uso racional dos medicamentos. As vantagens da seleção de medicamentos são: aumentar a qualidade da farmacoterapia e facilitar a farmacovigilancia; garantir a segurança na prescrição e administração do medicamento, reduzindo a incidência de reações adversas; reduzir o número de fórmulas e formas farmacêuticas; proporcionar ganhos terapêuticos e otimização de recursos, entre outros. A padronização de medicamentos em um hospital é o resultado concreto do processo de seleção, desenvolvido na instituição. Está sob a responsabilidade do farmacêutico especificar tecnicamente e cadastrar os medicamentos padronizados. A maioria dos hospitais conta com uma comissão de farmacologia responsável pela seleção e padronização de medicamentos. (GOMES e REIS, 2003).

Programação e aquisição de medicamentos

A programação tem por objetivo garantir a disponibilidade dos medicamentos, previamente, selecionados, nas quantidades adequadas, por um determinado período de tempo. Deve quantificar os medicamentos a serem adquiridos e elencar as necessidades, priorizando-as e compatibilizando-as com os recursos disponíveis evitando a descontinuidade do abastecimento. É uma atividade associada ao planejamento, sua viabilidade depende de informações gerenciais disponíveis, dos conhecimentos sobre os medicamentos selecionados e dos dados de consumo. O aprimoramento das atividades de programação e aquisição requerem poucos gastos e proporcionam melhorias do suprimento de medicamentos. (MARIN et al., 2003).

Armazenamento

Com o objetivo de garantir no âmbito hospitalar, o uso seguro e racional dos medicamentos prescritos e responder à demanda dos mesmos, a farmácia hospitalar é responsável pelo armazenamento desses produtos que apresentam ciclos de demandas e de ressuprimentos, com flutuações significativas. Dessa forma, surge a necessidade de gerenciamento dos estoques dos medicamentos, com diferentes técnicas de gestão, que podem ser aplicadas, simultaneamente, de modo a evitar faltas que comprometam o fornecimento dos medicamentos ou excessos que resultem em produtos com prazos de validade vencidos. (NOVAES et al., 2006). Sistemas informatizados de administração de materiais devem ser utilizados para reposições e o controle da movimentação dos estoques. A informatização traz consigo o benefício de organizar e disciplinar o sistema de materiais.

92

lay_scholl.indd 92

11/07/11 10:05


Distribuição

e utilização

(prescrição, dispensação e uso)

A distribuição de medicamentos é uma das atividades mais relevantes da farmácia hospitalar e seu desempenho necessita ser racional, eficiente, econômico e seguro (MATTOS, 2005). Há quatro tipos de sistemas de distribuição de medicamentos: coletivo, individualizado, combinado e por dose unitária. O estabelecimento de um sistema racional de distribuição de medicamento conforme a Organização Pan-Americana de Saúde – (OPAS) é fundamental para assegurar que os medicamentos cheguem ao paciente com segurança, no horário certo e na dose adequada (NOVAES et al., 2009). O programa de prescrição eletrônica funciona como suporte à distribuição de medicamentos por dose unitária. Para pacientes internados, o sistema de distribuição por dose unitária é considerado o sistema mais racional de distribuição conhecido até o momento. Justifica-se a sua implantação por apresentar as seguintes vantagens: identificação do medicamento até o momento de sua administração, sem necessidade de transferências e cálculos; redução da incidência de erros de medicação; diminuição dos estoques nas unidades assistenciais e das perdas relativas à caducidade, falta de identificação do medicamento e redução de desvios; redução do tempo da enfermagem com atividades relacionadas ao medicamento; otimização do processo de devoluções; grande adaptabilidade a sistemas automatizados e computadorizados; maior segurança para o médico em relação à correta administração dos medicamentos prescritos; garantia da utilização do medicamento certo, na dose certa e na hora correta, seguindo a prescrição médica (BRASIL, 1994; GOMES e REIS, 2003). A dispensação de medicamentos é uma das últimas oportunidades de, no ambiente hospitalar, identificar, corrigir ou reduzir possíveis riscos associados a medicação (MARIN et al., 2003). Alguns hospitais públicos contam com consultórios farmacêuticos ambulatoriais para dispensação de medicamentos, orientação e acompanhamento individualizado de pacientes e grupos específicos, encaminhados pela equipe de saúde (GUIA FARMACOTERAPÊUTICO HC, 2008). A orientação consiste na atenção farmacêutica que é a forma responsável de prover a farmacoterapia, permitindo a interação do farmacêutico e o paciente, com o propósito de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente (HEPLER e STRAND, 1990). São desenvolvidas várias atividades, tais como: orientação ao paciente internado e ambulatorial e o controle de sua adesão ao tratamento; monitorização da prescrição de medicamentos de pacientes internados traçando o seu perfil farmacoterapêutico para avaliar, entre outros, interações medicamentosas e reações adversas (GUIA FARMACOTERAPÊUTICO HC, 2008).

93

lay_scholl.indd 93

11/07/11 10:05


saúde business school

Produção

Com laboratórios de manipulação especializados, o hospital pode controlar a administração de medicamentos preparados para atender cada paciente, de forma exclusiva. As preparações magistrais e oficinais, fracionamentos e misturas intravenosas manipuladas na farmacotécnica hospitalar devem seguir normas regulamentadoras, conforme RDC nº 67 de 08 de outubro de 2007, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que dispõe das Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para uso humano em farmácias. Contempla as atividades de manipulação a partir de insumos/matériasprimas, inclusive de origem vegetal; de substâncias de baixo índice terapêutico; de antibióticos e substâncias sujeitas a controle especial, de produtos homeopáticos; de doses unitárias e unitarização de dose de medicamentos em serviços de saúde.

Conclusão

Para que se tenha gestão segura de medicamentos dentro dos hospitais é preciso a melhoria contínua dos processos da farmácia hospitalar, com foco na assistência farmacêutica, que engloba atividades relativas à seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição, utilização (prescrição, dispensação e uso) e produção de medicamentos, proporcionando o uso racional de medicamentos, a segurança dos pacientes e o sucesso da farmacoterapia.

Referências bibliográficas: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar. Guia básico para a farmácia hospitalar. Brasília: Ministério da Saúde, 1994. 174p. BRASIL. Portaria n.3916, de 30 de outubro de 1998. Aprova a Política Nacional de Medicamentos. Diário Oficial da União, Brasília, 10 nov. 1998. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional e Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 67, de 08 de outubro de 2007. Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias e seus Anexos. DOU, 09 out. 2007. BRASÍLIA. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência farmacêutica no Brasil: um componente essencial do sistema de atenção à saúde. Brasília: CONASS, 2001. 20p. (Caderno CONASS, n.7). GOMES, M.J.V.M.; REIS, A.M.M. Ciências farmacêuticas: uma abordagem em farmácia hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2003. 558p. GUIA farmacoterapêutico HC 2008-2010 / Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Coordenação José Otávio Costa Auler Jr, Sonia Lucena Cipriano, George Washington Bezerra da Cunha. 4 ed. São Paulo: Artes Médicas, 2008. 532p. HEPLER, C.D.; STRAND, L.M. Opportunities and responsibilities in pharmaceutical care. Am. J. Hosp. Pharm., Washington, v.47, p.533-543, 1990. KUWABARA, C.C.T. Gerenciamento de risco em tecnovigilância: aplicação dos conceitos Seis Sigma e técnica Delphi para o desenvolvimento e validação de instrumento de avaliação de material médico-hospitalar. Tese de Doutorado – Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto Ribeirão Preto, 2009. 37-39 p. LIMA, L.F; LEVENTHAL, L.C.; FERNANDES, M.P.P. Identificando os riscos do paciente hospitalizado. Einstein, São Paulo, 6(4):434-8, 2008. MARIN, N.; LUIZA, V.L.; OSORIO-de-CASTRO, C.G.S.; MACHADO-dos-SANTOS, S. org. Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: OPAS/OMS, 2003. p.115-132. MATTOS, E.S. Impacto farmacoeconômico da implantação do método de dispensação de drogas em forma de kits em procedimentos cirúrgicos e anestésicos. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. NOVAES, M.L.O. GONÇALVES, A.A., SIMONETTI, V.M.M. Gestão das farmácias hospitalares, através da padronização de medicamentos e utilização da curva ABC. In: XIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Bauru, 2006. Anais: XIII SIMPEP, p. 6-8. NOVAES, M.R.C.G. SOUZA, N.N.R. CIPRIANO, S.L. Estratégia e Ferramentas de Gestão para Qualidade e Resultados. In: Novaes MRCG, Souza NNR, Neri EDR, Carvalho FD, Bernardino HMOM, Marcos JF. Guia de Boas Práticas em Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde – SBRAFH. São Paulo: Ateliê Vide o Verso, 2009. p.49-100. SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMÁCIA HOSPITALAR - SBRAFH. Padrões mínimos para farmácia hospitalar. Belo Horizonte: SBRAFH,1-7,1997

94

lay_scholl.indd 94

11/07/11 10:05


C a s o d e s u c e ss o Sistema seguro Hospital Nossa Senhora de Lourdes reduziu em 80% índices de atrasos, dispensações incorretas e reações medicamentosas Guilherme Batimarchi – gbatimarchi@itmidia.com.br A terapia medicamentosa é fundamental para a recuperação do paciente dentro das unidades hospitalares, e como tal deve ser totalmente segura para evitar prescrições inadequadas, colocando em risco a segurança do paciente. Em setembro de 2010, o Hospital Nossa Senhora de Lourdes, em São Paulo, reorganizou sua farmácia e adotou o serviço de farmácia clínica reduzindo os índices de atrasos, dispensações incorretas e reações medicamentosas em 80%. Este serviço consiste em um sistema que garante ao paciente maior segurança na dispensação e controle de medicamentos administrados na unidade. Este programa contempla uma série de processos que vão da utilização do HIS (Hospital Information System) a adoção de equipes multidisciplinares. “Trabalhamos com protocolos gerenciais desenvolvidos pelas equipes multidisciplinares do hospital. Cada setor possui um papel dentro destes protocolos e o da farmácia consiste em fazer a análise e prescrição dos medicamentos”, ressalta o farmacêutico pleno do hospital, André Luiz Souza. Segundo ele, nessa análise é feita uma triagem das informações com o objetivo de verificar se a dosagem e o tipo de medicação estão adequados ao perfil clinico do paciente. “Caso algum médico prescreva uma dosagem acima do necessário a equipe da farmácia entra no sistema e verifica a evolução clínica do paciente, feita pelo médico e o corpo de enfermagem, e então discute-se com toda a equipe o motivo daquela dosagem”, completa Souza que afirma que antes do novo sistema todos os processos eram realizados de forma manual e em papel. Outra ferramenta adotada foi a reconciliação medicamentosa que é a garantia de que a medicação utilizada pelo paciente antes de sua internação seja mantida na hora em que o ele entrar no hospital para ser internado. “Precisamos garantir que todo o medicamento que o paciente toma em sua casa para uso crônico ou contínuo seja mantido dando continuidade à sua terapêutica”, diz Souza. Também é parte do novo sistema adotado o controle de antibióticos que verifica se o médico segue adequadamente o protocolo específico para o uso deste tipo de medicamento. “O antibiótico possui um tempo de vida, e fazemos o controle dele junto à comissão de controle de infecção hospitalar”. Souza explica que a cada visita da equipe multidisciplinar ao paciente de UTI, por exemplo, é feita a verificação do uso do antibiótico de acordo com a evolução do paciente e se houve resistência ao medicamento. “Sabemos que dentro do hospital o paciente não utiliza apenas um medicamento”, acrescenta Souza ao falar sobre o programa de interação medicamentosa utilizado pelo Hospital Nossa Senhora de Lourdes. Neste programa é feita uma análise diária de todos os pacientes internados, por meio de um HIS que é alimentada constantemente e cruza os dados. A partir daí, as informações são cruzadas e é identificado se há riscos ou não na hora de administrar algum tipo de droga junto com outra. Essa interação é feita entre medicamentos e a alimentação oferecida ao paciente. Com o objetivo de dar continuidade ao serviço prestado pela farmácia do hospital após a saída do paciente da instituição foi implementado também um serviço de informações sobre medicamentos. Ao receber alta, o paciente é orientado por uma equipe de farmacêuticos sobre tudo que lhe foi receitado pelo médico e também é disponibilizado um serviço de chamas telefônicas 24 horas para auxilio em casos de dúvida.

Sobre o Autor AUTORes

Prof. Alexsandro Macedo Silva, Professor Coordenador do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo-SP Profa. Márcia Lúcia de Mário Marin , Docente do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo-SP. Coordenadora da área de Pesquisa e Desenvolvimento da Divisão de Farmácia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

EMPRESA

Centro Universitário São Camilo: mantido pela União Social Camiliana, fundada em 1954 pelos padres camilianos, é referência na educação superior em saúde no País. Além da graduação, o Centro Universitário São Camilo – São Paulo ministra cursos de pós-graduação lato e stricto sensu (Mestrado e Doutorado em Bioética e também Mestrado Profissional em Enfermagem - Enfermagem no Processo de Cuidar em Saúde). A instituição atua ainda no ensino fundamental e médio.

95

lay_scholl.indd 95

11/07/11 10:05


Saúde business school

Saúde Business School é uma iniciativa da IT Mídia. Todos os direitos reservados.

lay_scholl.indd 96

11/07/11 10:05


Untitled-2 1

11/07/11 16:54


LIVROS

Modelo de Gestão em Enfermagem

Último título da trilogia Gestão de Enfermagem, o lançamento aborda a rotina real de processos implantados em diversas instituições de saúde do país. Resultado de uma experiência de doze anos de trabalho, o livro visa orientar hospitais para uma forte gestão estrutural, o que levará às boas práticas e, consequentemente, à segurança dos pacientes. Seu conteúdo é dividido entre categorias que incluem desde a estrutura, que compreende os recursos utilizados para o desenvolvimento do trabalho de enfermagem, até o processo e resultados.

Autores: Elizabeth Akemi Nishio e Maria Teresa Gomes Franco Editora: Campus Elsevier Número de páginas: 312 Preço sugerido: R$ 69,00

Sangue e Entranhas

Dos alicates, serrotes e poções usados em ambientes sujos e improvisados, a história da cirurgia é repleta de casos interessantíssimos, envolvendo médicos que cuidavam de gladiadores e que se dividiam entre autópsias e procedimentos em vivos. A obra conta as soluções mais curiosas desde antes de Cristo até o século passado, incluindo aquelas que são usadas até hoje. Entre os importantes nomes da medicina, capazes de erros absurdos a acertos de mestre, as cenas nos chamam para uma leitura, muitas vezes, sem anestesia nem analgésico.

Autor: Richard Hollingham Editora: Geração Editorial Número de páginas: 360 Preço sugerido: R$ 42,00

Farmacologia Cardiovascular

Uma abordagem dos mais recentes avanços em farmacologia cardiovascular, acompanhada da observação de temas habitualmente não discutidos, são os pontos fortes da obra, que pretende ajudar os profissionais a medicar seus pacientes da maneira mais conveniente, alterando a morbimortalidade das doenças. Ao longo dos capítulos ilustrados, o leitor se depara com temas diversos nos quase 40 capítulos, incluindo as bases clínicas da farmacologia, terapia gênica, digitálicos, diuréticos, betabloqueadores, anti-hipertensivos, interações medicamentosas, entre outros.

Autor: Antonio Alves de Couto Editora: Roca Número de páginas: 328 Preço sugerido: R$ 99,00

98

AF_Rev_Hospit_266x152_LifeMed.indd 1

31/03/11 16:02

lay_livros.indd 98

11/07/11 18:22


Informe publicitário

Inovações tecnológicas à disposição do cliente

O Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, um dos maiores e mais importantes do País, sempre em busca da excelência no atendimento, comemora os ótimos resultados do seu exclusivo sistema de televisita, único projeto brasileiro a receber o “2010 CIO 100 Award”, concedido pela revista norte-americana CIO Magazine. A concorrida premiação destacou os 100 produtos mais inovadores do mundo que transformaram os negócios por meio da criação e execução de uma tecnologia diferenciada. A iniciativa pioneira teve inicio por conta da comunicação entre uma paciente internada em fase terminal na UTI e um familiar que morava fora do País. A partir desta tentativa bem sucedida o Complexo Hospitalar foi adaptando o programa e hoje oferece o serviço de televisita de forma inédita no Brasil. De acordo com o gerente-executivo responsável pela área de Tecnologia do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Osmar Antonio dos Santos (foto), o serviço torna o ambiente hospitalar mais humano, facilitando a adaptação do paciente a uma nova rotina. O executivo explica que a televisita não substitui a presença física e o carinho da família e amigos, mas permite que o trânsito, a distância e as agendas apertadas não interfiram na ‘visitação’. “Pacientes e familiares se mostram extremamente satisfeitos por poderem ver, falar e escrever via internet. Além disso, o serviço que é liberado e controlado pelo

Untitled-1 1

médico, faz com que o paciente consiga aceitar melhor o período de internação, com uma estadia muito mais agradável”, afirma. As principais diferenças entre a Televisita e os serviços abertos disponíveis no mercado são a segurança, a privacidade e a facilidade na operação. O visitante não precisa baixar nenhum software nem ter equipamento especial. Apenas no caso da visita com imagem é preciso um computador com webcam. O sistema usa uma interface totalmente intuitiva e fácil de utilizar. “Entendemos que o sucesso desse serviço é

o resultado da criatividade no uso da tecnologia aliada a estratégia e ao conceito do Edmundo Vasconcelos, cujo foco principal é oferecer, sempre, a excelência no atendimento. O Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, é um dos maiores complexos hospitalares do País, conta com cerca de 780 médicos e atua em mais de 50 especialidades. Realiza anualmente cerca de 12 mil cirurgias, 13 mil internações, 205 mil consultas ambulatoriais, 140 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,3 milhões de exames.

Como Funciona Pelo sistema, gratuito e ilimitado, com tecnologia sem fio, processadores de última geração e telas de 21 polegadas, é possível visitar virtualmente o paciente internado. Basta entrar no site do hospital (www.hpev.com.br), clicar no campo Televisita e digitar o nome do paciente e número do apartamento. O paciente internado recebe a solicitação e tem a opção de aceitar ou não a visita, que pode ser por meio de vídeo, de áudio ou de chat via internet. Caso o paciente não possa atender, o recado fica registrado. O serviço está disponível nos 120 quartos do Hospital.

11/07/11 09:14


VITRINE Lançamentos em próteses são os destaques deste mês

MÃO BIÔNICA

ALTA TECNOLOGIA

A alemã Otto Bock surpreende com a apresentação da C-Leg, uma prótese computadorizada cujo sistema inteligente permite a adequação às condições naturais humanas de corrida, incluindo movimentos como saltos e pulos, subidas e descidas de rampas. A partir de uma conexão de um aparelho conectado à perna, o sistema Bluetooth ligado ao computador envia dados do usuário e estabelece uma relação de memória, dizendo como a prótese deve se movimentar. Após este ajuste, é possível movimentar-se livremente em qualquer lugar. O resultado é menor desgaste físico e aumento de qualidade de vida.

A i-LIMB Hand, da Hanger, é o resultado de uma pesquisa de quatro anos em busca de uma prótese que duplicasse as funções de uma mão humana. Esta é a primeira do tipo a ser comercializada. Todos os dedos são articulados e independentes, possibilitando dobras, aberturas e contrações para pegar objetos, mantendo-se naturalidade anatômica também quando em descanso. Graça à sua tecnologia mioelétrica, os sinais dos músculos são captados e transformados em movimentos exatos. A sutileza desta mão permite que objetos possam ser segurados em diversos graus de força.

DENTRO D’ÁGUA E AVANTE

Tendo em vista os amputados que costumavam ter um corpo muito ativo, como soldados e esportistas, o designer sueco Richard Stark criou uma perna para suprir o movimentos naturais de nadadores. A prótese Neptune é primeira a ser criada com esta específica habilidade, ficando balanceada com a perna natural e até mesmo possibilitando que pessoas que tiveram as duas pernas amputadas nadem da mesma maneira. Sem grandes segredos, ela funciona com encaixes parecidos às próteses tradicionais. Por enquanto ainda há riscos de não ser aceita em competições, mas os treinos estão garantidos.

LIGAÇÃO SUAVE

Desenvolvida para oferecer resistência, mobilidade, fixação e durabilidade, a prótese de joelho PS Genutech, da Surgival, é um componente femoral não cimentado utilizado em situações em que não é possível conservar o ligamento cruzado posterior. A solução é feita em liga de cobalto cromado revestido com hidroxiapatita e plasma de titânio. Com cinco opções de tamanho, é feita de componentes anatômicos, permitindo a ligação necessária para suaves movimentos relacionados à rótula.

QUALIDADE INTERNACIONAL

A prótese de quadril não cimentada Logicalm, da Baumer, traz a eficiência biomecânica de próteses quadrangulares em dupla cunha confeccionadas em liga de titânio com aletas piramidais, garantindo maior contato implante-osso, melhor fixação mecânica imediata, aumento da estabilidade axial e maior estabilidade rotacional. Disponível em várias dimensões e se ajusta no canal medular do fêmur a partir da acomodação progressiva e dinâmica, determinando imediata estabilização. A fixação biológica ocorre secundariamente através da osteointegração.

100

lay_vitrine.indd 100

11/07/11 10:31


101

lay_MKT.indd 101

11/07/11 16:58


MARKET PLACE

Soluções completas em tecnologias aplicadas a saúde Monitores

Dash 2500

Cardiocap 5

Dash 4000

Bipap Vivo 40

Monitor Masimo de Co-Oximetria Rainbow®

ASPECT - Bis Vista

Oximetria de Pulso

Ventiladores / Cpaps

Cpap iSleep 20

Radical 7

Monitor de Nível de Conciência

S/5 Compact

Trusat iVent201

Engstrom

Radical 7

Tuffsat

Cardioversores

Aparelhos de Anestesia

AED

Responder 2000

Mesa Cirurgica

Eletrobisturi

Aisys

Aespire

Avance

Cardioserv

Aestiva MRI

Steris ASC 2000

Eletrocardiógrafos

System 5000 Conmed

Sistema de Video Cirurgia

Cuidados Infantis

Stryker Mac 400

Mac 800

Confira melhores preços em nosso e-commerce: www.medicalway.com.br

Giraffe Omnibed

Mac 1600

Curitiba: (41) 3253-0500 | São Paulo: (11) 5051-5225 | vendas@medicalway.com.br ®

®

Technologies to Prevent Infection and Contamination

TM

102

lay_MKT.indd 102

11/07/11 09:31


103

lay_MKT.indd 103

11/07/11 09:31


Market place

anuncio_24,3x12,9cm_julho.pdf

1

04/07/11

15:28

LANÇAMENTOS TMED. INOVAÇÃO QUE GERA RESULTADO. C

M

Y

CM

MY

CY

> SMD – Sistema de Monitoramento da Diurese

> Monitoramento de Cuidados no Leito - TS

Software e hardware monitoram em tempo real o volume de urina registrado em bolsas. O SMD emite alarme sonoro e luminoso e envia para o PC, identificando oscilações importantes na vazão e no volume, de acordo com parâmetros previamente estabelecidos pelo corpo médico e enfermagem.

O MCL com touch screen integra a Chamada ao Posto de Enfemagem e ao Monitoramento de Tarefas no Leito, possibilitando que o profissional de enfermagem registre todo o atendimento ao paciente, gerando relatórios para a administração do hospital.

CMY

K

> Pager - MCL Solução inovadora de comunicação via PAGER. Possui como diferencial o fator BIDIRECIONAL. Apresenta também avisos de RETORNO de mensagem e de mensagem LIDA, registrando os tempos dessas ocorrências. Dispensa registro na ANATEL pelo cliente que adquiriu a solução.

Matriz - Recife Fone: +55 81 3366.9100 Fax: +55 81 3366.9101

Filial - São Paulo Fone/Fax: +55 11 3938.9100 www.tmed.com.br

104

lay_MKT.indd 104

11/07/11 09:32


105

lay_MKT.indd 105

11/07/11 17:00


MARKET PLACE

Anuncio_HIVAC_PHB_4mod.pdf

1

6/22/2011

11:27:38 AM

Soluções & Tecnologias para a Saúde

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Esterilizador HI VAC MX II

Os mais modernos conceitos de esterilização em hospitais, indústrias e laboratórios médicos.

Esterilizador à Peróxido de Hidrogênio como tecnologia sustentável. Preservando o presente para garantir o futuro.

Display touch screen; Sistema Anti-esmagamento; Precisão no controle do processo; Ergonomia e facilidade de manutenção;

Ciclo limpo. Não é nocivo ao usuário e dispensa elementos especiais de proteção por não produzir gás tóxico; Dispensa o uso de água;

Processa maior gama de materiais em alta e baixa temperatura;

Ciclos mais curtos resultando em baixo consumo de energia;

Facilidade de certificação do processo do usuário;

Não contamina o solo.

Totalmente GMP.

Fone: 55 11 3670-0000 cmlbh@baumer.com.br

Fax: 55 11 3670-0053 www.baumer.com.br

106

lay_MKT.indd 106

11/07/11 09:33


Perfeitos para você A Agfa HealthCare apresenta a nova geração de digitalizadores, DX-G e DX-M. Equipamentos completos com qualidade superior de imagem, alta produtividade e potencial redução de dose para o paciente. A nova tecnologia dos cassetes NIP, proporciona uma experiência única em imagem.

DX-M

DX-G

Uma combinação simples em busca da perfeição!

E-mail: healthcare.br@agfa.com

T. 11 5188-6444

F. 11 5188-6429

www.agfahealthcare.com

107

lay_MKT.indd 107

11/07/11 09:33


Market place

ACROVYNÒ 4000: A PRIMEIRA LINHA DE PROTEÇÃO DE PAREDES, PORTAS, BATENTES E CANTOS TOTALMENTE SUSTENTÁVEL Outras linhas de produtos C/S aC/S Cortinas Divisórias aC/S Cortinas Pediátricas aC/S Juntas de Dilatação aC/S Porta-Soro de Teto aC/S PediSmartä Sistema deTapetes de Entrada

sProduto sustentável - PVC free sNovo padrão de textura sMais fácil de limpar sAlto nível de resistência sÓtima relação custo-benefício Excelência em Acabamentos Arquitetônicos C/S Brasil

Tel.: (11) 5073-9775 - E-mail: c-sgroup@c-sgroup.com.br Visite nosso site: www.c-sgroup.com.br

EXPERIENCIA E DEDICAÇÃO A SERVIÇO DO CLIENTE A HOSPCLEAN vem se especializando desde 1993 garantindo qualidade aos Hospitais.

W W W . H O S P C L E A N L AV A N D E R I A . C O M . B R COMERCIAL@HOSPCLEANLAVANDERIA.COM.BR

Rua José Rangel de Mesquita, 278 • Cajamar - SP • Fone / Fax: (11) 4408-5773 / 4408-5772

Novo_4modulos_2011.indd 2

108

Hospclean_1modulo.indd 1

lay_MKT.indd 108

25/04/11 11:17

09/06/11 12:02

11/07/11 09:35


109

lay_MKT.indd 109

11/07/11 09:36


MARKET PLACE

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

110

lay_MKT.indd 110

11/07/11 09:38


Liba Propaganda

É preciso muita saúde para trabalhar 548 anos pela VIDA.

O

Grupo Fresenius é um dos mais antigos, sólidos e importantes do mundo na área da saúde: nasceu em 1462 na Alemanha com a Hirsch Pharmacy, adquirida pela família Fresenius no século XVIII, para se tornar referência internacional. Hoje, líder em Terapia de Infusão e Nutrição Clínica na Europa e principais países da América Latina e Ásia-Pacífico, a Fresenius Kabi também é uma das principais fornecedoras de medicamentos genéricos intravenosos para o rigoroso mercado dos Estados Unidos. Com uma história de mais de 40 anos no Brasil, a Fresenius Kabi fabrica uma extensa linha de produtos farmacêuticos com a mesma competência internacional. Focando a terapia e cuidados com os pacientes críticos e crônicos, tanto no tratamento hospitalar quanto nos tratamentos ambulatoriais, a Fresenius Kabi conta hoje com mais de 22.500 colaboradores no mundo todo, mais de 50 fábricas nos 5 continentes e uma rede global com 55 organizações de vendas e marketing. Fresenius Kabi, a marca intrínseca na vida há mais de 5 séculos.

QUALIDADE E TECNOLOGIA MUNDIAIS • Tecnologia de Infusão • Anestésicos • Antibióticos • Irrigação • Nutrição Enteral • Nutrição Parenteral • Reposição Hidroeletrolítica • Reposição Volêmica • Oncologia • Produtos Médicos

Presença Global

Unidade Barueri/ SP Av. Marginal Projetada, 1652 Fazenda Tamboré Barueri - SP - 06460-200 Fone: (11) 2504-1400 / Fax: (11) 2504-1601 SAC: 0800 707-3855 www.fresenius-kabi.com.br E-mail: fresenius.br@fresenius-kabi.com

an_institucional_fresenius_VIDA_26,6x31.indd 1

lay_MKT.indd 111

27/06/2011 15:53:44

111

11/07/11 09:38


Market place

112

lay_MKT.indd 112

11/07/11 09:39


PARTICIPE

desse importante grupo de empresas que acreditam em nosso compromisso de levar conteúdo de gestão ao setor e aproximar os decisores que são impactados pela comunicação dos anunciantes aqui representandos.

W W W . R E V I S T A F H . C O M . B R

AGFA – 107 Tel.: (11) 5188-6415 www.agfa.com/brazil/

DLINK – 81 Tel.: (11) 2185-9391 www.dlink.com.br

Hospital Santa Paula – 38 e 39 Tel.: (11) 3040-8000 www.santapaula.com.br

Pixeon – 104 Tel.: (48) 3207-6048 www.pixeon.com.br

Baumer – 106 Tel.: (11) 3670-0000 www.baumer.com.br

EFE – 107 Tel.: (81) 4009-9900 www.efe.com.br

Hospital São Cristovão – 61 Tel.: (11) 2029-7222 www.saocristovao.com.br

PLANUS – 88 www.planus.com.br

BENNER – 65 www.benner.com.br

Tel.: (81) 4009-9900 www.efe.com.br

Hospital Vera Cruz – 25 Tel.: (19) 3734-3000 www.hospitalveracruz.com.br

Biofast – 13 www.biofast.com.br

Fanem – 2ª capa Tel.: (11) 2972-5700 www.fanem.com.br

IBMEC – 9 www.ibmec.br

Fresenius – 111 Tel.: (11) 2504-1400 www.fresenius-kabi.com.br

Indrel - 112 Tel.: (43) 3378-5500 www.indrel.com.br

GTT – 110 Tel.: (48) 3344-3963 healthcare@gtt.com.br

Instramed - 109 Tel.: (51) 3334-4199 www.instramed.com.br

Hospclean - 108 Tel.: (11) 4408-5772 www.hospcleanlavanderia.com.br

KDL – 4ª Capa Tel.: (11) 2486-8999 www.kdl.com.br

Hospital Biocor – 34 e 35 Tel.: (31) 3289-0000 www.biocor.com.br

Lifemed – 98 Tel.: (11) 5566-5605 www.lifemed.com.br

Hospital Cristovão da Gama – 29 Tel.: (11) 4993-3700 www.hmcg.com.br

Medicalway- 102 Tel.: (41) 3253-0500 www.medicalway.com.br

CDC Brasil - 3ª capa Tel.: 0800 703 00 73 www.cdcbrasil.com.br Celmat – 105 Tel.: (011) 5011-5288 www.celmat.com.br Convergence – 85 www.convergence.com.br Cosimo Cataldo - 108 Tel.: (11) 5073-3838 www.cosimocataldo.com.br CS Group © - 108 Tel.: (11) 5073-9775 www.c-sgroup.com.br Deltronix – 112 Tel.: (16) 4009-5454 www.deltronix.com.br Diebold – 73 www.diebold.com.br

Hospital Edmundo Vasconcelos – 99 Tel.: (11) 5080-4000 www.hospitaledmundovasconcelos.com.br

MedicWare – 103 www.medicware.com.br MV – 6 e 7 Tel.: (81) 3972-7000 www.mv.com.br

SALUX – 31 Tel.: (51) 3021-0055 www.salux.com.br Samsung – 75 www.samsung.com.br Schioppa - 79 Tel.: (11) 2065-5200 www.schioppa.com.br Schneider Eletric – 15 www.schneider-eletric.com.br Sismatec – 101 Tel.: (041) 3213-5900 www.sismatec.com.br Tmed – 104 Tel.: (081) 3366-9100 www.tmed.com.br TOTVS – 69 Tel.: 0800 70 98 100 www.totvs.com WEM – 107 Tel.: (16) 3512-4600 www.wem.com.br Wheb Sistemas – 5 Tel.: (47) 3144-4000 www.wheb.com.br

AnUncie Entre em contato agora mesmo no (11) 3823-6633 ou pelo e-mail: comercial@itmidia.com.br 113

lay Anunciantes.indd 113

12/07/11 10:38


HOTSPOT

ALVO

AO TIRO

E

stamos diante de um cenário interessante no Brasil. Há 2 anos sabemos que faremos a Copa do Mundo aqui e nada andou. Fora as questões básicas que nos levam a crer que o orçamento, de repente, irá mudar para cima (não discutirei questões éticas aqui), estamos vendo a realidade latina que mais nos afeta: a relação da expectativa e entrega. Basicamente a indisciplina na gestão e o otimismo do latino nos ajudam a errar tanto nos planejamentos. Nossas empresas foram criadas por empreendedores, que por característica principal, têm sonhos, desejos, visões, que são a base sustentadora de suas companhias, necessitando basicamente de profissionais para fazer downloads de suas ideias, tornando-as reais. Nosso ex-presidente era assim. Criou o sonho de termos uma Copa e Olimpíadas aqui. A questão é: como entregar tudo isso? Em nossas empresas fazemos o mesmo todos os dias. Criamos cenários, até reais, mas de difícil execução, de difícil entrega. Quais são os maiores perigos então na hora de planejar? • Envolver pessoas operacionais em questões estratégicas – as pessoas se assustam com o futuro e podem não saber voltar a tempo para o presente, deixando de lado suas reais tarefas; • Criar cenários surreais de futuro – o Powerpoint aceita qualquer coisa, o problema é o mundo real; • Analise profundamente recursos humanos, tecnológicos e financeiros – é nesse ponto que o mundo realmente erra; Um planejamento ruim prejudica os resultados - e por vezes nem permite atingi-los; frustra as pessoas, e traz dúvidas sobre a liderança; entre outras coisas. Cabe a um bom planejador saber os reais caminhos a percorrer. Vamos a duas situações: A – você planeja uma área e pensa em 30% de crescimento sobre o ano anterior. A área cresce 35% e você comemora; B – o setor onde você planeja algo cresce 80% ao ano. Você cresce 35% e comemora. Você perdeu 45% este ano, não ganhou. Veja que as duas situações são iguais, com exceção do dado simples de crescimento de mercado. Crescer não significa ganhar. Crescer corretamente sim. Isso tudo pode nos ajudar a entender a preocupação com o alvo, que é um sinal claro de capacidade de realização e de mercado real, preparado a comprar ou disponível a receber demanda. O tiro tem a ver com as armas que temos, com nossa capacidade de usá-las a tempo e com a distância da bala. Como no tiro alvo. Para nós, administradores, existe um perigo enorme, se não observadas as condições acima, errarmos o tipo de jogo e adaptarmos as nossas armas ao alvo, ou seja, miramos um alvo e chegamos à conclusão de que não dispomos das armas para alcançar o alvo. Com isso ficamos o tempo todo avaliando o alvo e não o tiro. Jogo este perigoso, explosivo e, considerando que somos homens e mulheres de negócios e não bombas, terminantemente proibitivos em nossas vidas.

ALBERTO LEITE Diretor Executivo e Publisher da IT Mídia S.A.

114

lay_hotspot.indd 114

13/07/11 14:14


Untitled-1 1

11/07/11 08:43


Untitled-2 1

11/07/11 16:55


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.