Fornecedores Hospitares - Ed. 178

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Ilustração: Dedê Paiva

ESPECIAL

ARQUITETURA HOSPITALAR

Em constante expansão, o segmento hospitalar demanda projetos que atendam as suas necessidades. Fatores como ampliação do acesso aos serviços, desospitalização, avanço tecnológico e sustentabilidade exigem um novo conceito em arquitetura e construção. Confira as tendências nesta edição.

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Agosto 2010 - Número 178

Índice

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10 I .Com Confira o que foi destaque no portal Saúde Business Web

26 I Raio X Mercado aquecido: Expansão e reforma dos hospitais brasileiros movimentam mais de R$ 2,5 bilhões Novos rumos: Unimed-Rio repensa estratégia de negócio e investe R$ 180 milhões em hospital próprio

34 I Panorama Hospital do Futuro: Especialistas em arquitetura hospitalar falam sobre tendências e exigências do setor

47 I Saúde Business School Confira as dicas de nossos consultores sobre Gestão de Infraestrutura e Equipamentos

56 I Artigos Comer, comer, comer até morrer de congestão!!! Gestão de relacionamento com o cliente: meio de agregar valor para a empresa

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60 I Espaço Jurídico 62 I De olho nos fornecedores Sem desperdício: Soluções no mercado para ajudar numa melhor gestão de eficiência de energia nos hospitais

66 I Tecnologia Infraestrutura de TI: Planejamento da rede de dados deve começar na planta

70 I After Hours Délcio Rodrigues Pereira, do Hospital Anchieta, resgatou o interesse pelos cavalos e se tornou entusiasta e criador da raça crioulo

74 I Carreiras 76 I Livros

70 Fornecedores Hospitalares revista

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77 I Vitrine 98 I Hot Spot 35 pessoas admiráveis no setor de saúde

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Adelson de Sousa • adelson@itmidia.com.br

PRESIDENTE-EXECUTIVO

Miguel Petrilli • mpetrilli@itmidia.com.br

vice-presidente executivo

João Paulo Colombo • jpaulo@itmidia.com.br

DIRETOR de recursos e finanças

Stela Lachtermacher • stela@itmidia.com.br

PRESIDENTE DO CONSELHO EDITORIAL

Marketing – Emerson Moraes • emoraes@itmidia.com.br

FÓRUNS

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Gerente – Marcos Toledo • mtoledo@itmidia.com.br

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FINANCEIRO - ADMINISTRATIVO FORNECEDORES

H O S P I TA L A R E S www.revistafh.­com.br UNIDADE SETORES E NEGÓCIOS • SAÚDE DIRETOR-EXECUTIVO E PUBLISHER

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Djalma Rodrigues • Executivo Industrial da Fanem Glauco Marcondes • Diretor de Unidade de Negócios (Hospitalar/Oncologia/Hormônio) Olímpio Bittar • Médico especialista em Administraçao de Serviços de Saúde e Políticas de Saúde Paulo Marcos Senra Souza • Diretor da Amil Sérgio Lopez Bento • Superintendente geral de Operações do Hospital Samaritano Sílvio Possa • Diretor Geral do Hospital Municipal M’Boi Mirim - Dr. Moysés Deutsch

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Fornecedores Hospitalares Fornecedores Hospitalares é uma publicação mensal dirigida ao setor médico-hospitalar. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional, além de gratuita e entregue apenas a leitores previamente qualificados.

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CANAL ABERTO

FOTO: RICARDO BENICHIO

EU LEIO A FORNECEDORES HOSPITALARES

FERNANDO A. LORENÇÃO - Diretor Superintendente do Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama

FORNECEDORES HOSPITALARES

É O GUIA DE BORDO INDISPENSÁVEL

A QUALQUER GESTOR DA ÁREA HOSPITALAR.

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PUBLICAÇÃO CONTÉM

INFORMAÇÕES ATUALIZADAS E RELEVANTES TRATADAS COM CLAREZA E OBJETIVIDADE, AUXILIANDO A TOMADA DE DECISÕES

PRÓXIMA EDIÇÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA Com a necessidade de profissionalizar a gestão, aderir a boas práticas de governança corporativa tornou-se o grande desafio das instituições. Conheça os hospitais que já avançaram nessa prática SAÚDE BUSINESS SCHOOL No nono capítulo, nossos consultores abordam o tema Gestão de Suprimentos

O MELHOR DA ÚLTIMA EDIÇÃO A equipe da Unidade de Saúde da IT Mídia elegeu o anúncio da Wheb Sistemas, publicado na página 07 veiculado na revista Fornecedores Hospitalares 177, como o mais bonito da edição. A peça foi desenvolvida pela Agência Oslo, com direção de arte de Anderson Abreu, de atendimento de Glauco Gallo e planejamento de Joana de Oliveira e aprovado na Wheb Sistemas por Solange Plebani e Ana Lana Guerini.

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Para anunciar ligue: (11) 3823-6633 • E-mail: comercialsaude@itmidia.com.br 6

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EDITORIAL

ESPAÇOS DE SAÚDE J

á virou lugar comum dizer que o mercado de saúde está aquecido, afinal, não precisa ser muito observador para fazer isso. Notícias sobre reformas, construção de unidades, ampliação de leitos, criação de novas áreas entram na pauta quase que diariamente. Nessas últimas semanas mesmo, noticiamos a inauguração do Hospital Santa Isabel II, da Unidade Perdizes/ Higienópolis do Hospital Israelita Albert Einstein, e da nova UTI Coronariana do São Camilo, Pompéia, para citar alguns exemplos.

Foto: Ricardo Benichio

Diante de tantas ampliações, a Arquitetura Hospitalar assume uma posição que vai além de projetar ambientes bonitos e confortáveis para atender às demandas dos clientes. Cabe aos profissionais dessa área trazer soluções que contribuam para o f luxo dos processos, que auxilie na organização das estruturas para se ter f lexibilidade na utilização dos espaços, que contemplem a hotelaria, que contribuam com a utilização sustentável dos recursos e, ainda, que colaborem com a cura do paciente. Tudo isso, num cenário de intensas e necessárias transformações no modelo de saúde. A NA PAULA M ARTINS É EDITORA DA UNIDADE DE SAÚDE DA IT M ÍDIA S.A

Para entender como será o hospital do futuro, reunimos aqui na IT Mídia grande nomes da Arquitetura Hospitalar e Engenharia para um debate. O resultado você confere na seção Panorama desta edição. Também fizemos um levantamento de todas notícias sobre reforma e ampliação das instituições publicadas no portal Saúde Business Web no último ano. Os valores empolgam. E ainda, há dicas de gestão dos projetos, do planejamento da estrutura de TI nos momentos de reforma e ampliação, e soluções voltadas para uma maior eficiência de energia. Tudo arquitetado para ajudar a você, gestor, a pensar o seu espaço de saúde,

Boa leitura!

Ana Paula Martins Editora P.S.: envie comentários para amartins@itmidia.com.br

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REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES

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Blogs

Leia e discuta com nossos blogueiros os assuntos mais quentes do mês: www.saudebusinessweb.com.br/blogs

Érico Bueno

Último post: Ergonomia: Faça o ambiente trabalhar a seu favor Érico Bueno é especialista em sistemas de saúde e diretor da Health Consult

Gustavo de Martini

Último post: Informação: do dado à tomada de decisão Gustavo de Martini é administrador de empresas, com especialização em Gestão Empresarial

Henrique Oti Shinomata

Último post: Auditoria, prevenção e finanças Henrique Oti Shinomata é vicepresidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Seguro

Ildo Meyer

Último post: Comida de hospital Ildo Meyer é palestrante motivacional e médico com especialização em anestesiologia e pós-graduação em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter

Roberto Latini

Último post: O lançamento de produtos médicos para 2011 Roberto Latini é diretor da Latini & Associados e irá abordar as regulações do setor de Vigilância Sanitária

Ronie Oliveira

Último post: A crise europeia e os medicamentos no Brasil Ronie Reyes Oliveira é administrador de empresa, especializado na gestão de compras de suprimentos hospitalares

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As 10 mais clicadas 6 7 8 9 10

Enfermeiros podem solicitar e prescrever medicamentos

Fiocruz anuncia concurso público para 850 vagas

“Vai ter enfermeiro agindo como se fosse médico”

Como será o hospital do futuro?

Hospital São Caetano fecha as portas

Cartão pré-pago de saúde deve ter 20 mi de usuários

Qualicorp é vendida por R$ 1,1 bilhão

Amil aposta no segmento de assistência médica de alto padrão

Hospital Albert Einstein abre 114 vagas

Amil anuncia fechamento de capital da Medial

Webcast Entrevista Identificar necessidades de infraestrutura auxilia projetos de expansão em TI Na hora de expandir ou construir uma nova unidade hospitalar, profissionais de TI devem identificar as demandas dos diferentes departamentos da instituição. Durante entrevista para o Saúde TV, o membro da equipe comercial da L+M Gets, Rodrigo Motta, afirma que engenheiros e profissionais de TI não podem achar que um leito comum exige o mesmo nível de tecnologia que uma UTI Assista outras entrevistas no

www.saudebusinessweb.com.br/webcasts

Reforma milionária O Hospital Dr. José Pedro Bezerra de Natal, no Rio Grande do Norte, vai receber investimento de pouco mais de R$ 1 milhão para concluir a reforma e ampliação da unidade. Os recursos liberados pelo Governo do Estado já resultam no funcionamento do Centro Obstétrico reformado, na ampliação do laboratório de análises clínicas - que ainda espera pelo fim das obras, do abrigo

para o grupo gerador e do Pronto Socorro Infantil. A última etapa do projeto compreende a reforma do Pronto Socorro Adulto. Serão reestruturados a farmácia, o consultório médico, e as salas de reanimação e de urgência. O projeto também contempla a criação das áreas vermelha, amarela e azul, para distribuição e classificação dos pacientes de acordo com a gravidade.

Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção Investimento

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revista Fornecedores Hospitalares

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História de Villa Lobos contada por um projeto arquitetônico Thaia Duó - tduo@itmidia.com.br Ter como objetivo a criação de um hospital geral e diferenciado voltado para o público regional não era o suficiente para os sócios do Grupo Cema, que buscavam por algo a mais. A partir de então, Adri Vicente Junior, convidado para comandar e desenvolver o projeto hospitalar, propôs resgatar o principal responsável pela descoberta de uma linguagem peculiarmente brasileira em música, compondo obras que enaltecem o espírito nacionalista onde incorpora elementos das canções folclóricas, populares e indígenas: Villa Lobos. Com a marca já pré-definida, o arquiteto trouxe o conceito de expor a história do músico e compositor para o hospital, mais voltado à arte e menos à doença. “Os donos compraram a ideia e o resgate se conceituou. A meta era desenvolver um projeto que transpassasse a sensação de o paciente estar chegando num hotel cinco estrelas, com atenção diferenciada”, relata Vicente. A parte decorativa do hospital ganhou destaque com os móveis brancos e aconchegantes com estofado sintético e lavável. Um prédio baixo, perto do padrão hospitalar, com instrumentos musicais de época emoldurados, torna a arquitetura ainda mais convidativa. “A história de Villa Lobos é contada no próprio hospital e se estende até o conforto médico e o refeitório da diretoria, que conta com uma Junkebox de 1954”. O espaço reservado para os médicos foi baseado em um museu do Villa Lobos, com home teather, duas TVs 42 polegadas, Playstation 3, biblioteca, Internet e refeição 24 horas por dia. A estratégia do projeto posta em prática liga o vestuário ao conforto médico, que por sua vez está próximo do centro cirúrgico. “Para sair paramentado do vestuário o profissional é obrigado a passar por dentro do conforto médico, assim ele pode relaxar antes de entrar num processo cirúrgico, que muitas vezes dura mais de 10 horas”, conta Vicente ao citar que o mesmo tratamento é oferecido aos enfermeiros e a toda equipe do médico, mas em uma proporção menor. Nos leitos, o foco principal do projeto era trazer cores que não cansassem as vistas do paciente. Além de tons Foto: Pública

Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção Investimento

Fornecedores Hospitalares revista

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claros, os dormitórios contam com TVs de LCD e frigobar. “Também quisemos dar um aparato técnico que é padrão, como luminárias, cortinas, e pisos próprios para prevenção de contaminação, sempre visando um apelo de conforto”, conta. Para Vicente, a tendência é cada vez mais se preocupar com o paciente e sua família, já que está comprovado por meio de um estudo que cada cliente traz para o consultório uma ou duas pessoas. “Se tenho 50 pessoas para fazer exame fatalmente tenho que ter em torno de 150 lugares na sala de espera, e a grande coisa da arquitetura é não se preocupar só com a técnica, mas sim com a área de conforto”. O hospital tecnicamente é como qualquer outro, com entrada e saída atendendo todas as normas de ergonomia e área funcional. Os sócios do Grupo Cema e a equipe responsável por desenvolver o projeto buscaram por um mercado que melhor se adapte na arquitetura hospitalar. Todas as portas da instituição são em coreon, em especial as do centro cirúrgico que ganharam sensor de mão para evitar os chamados bate-macas. Atualmente, Vicente está trabalhando num projeto diferenciado nas salas de hemodiálise, que devem ganhar num futuro breve TVs e poltronas com comando de controle individual. Além disso, uma brinquedoteca também está sendo desenvolvida num andar inteiro sob o conceito de um miniparque temático. A previsão é que está área seja inaugurada nos próximos quatro meses. “Temos como filosofia no Hospital Villa Lobos cada vez mais tirar a parte clínica da instituição e fazer com que o hospital tenha mais quartos para atender suas necessidades. Isso significa tentar colocar externamente ao máximo a parte de exames”, relata o executivo. O plano já está sendo executado e deve ser finalizado em torno de um ano. “Seria igual clínicas de especialidades que vão fazer atendimento. É um investimento do próprio hospital”, conclui. O investimento total no Hospital Villa Lobos, incluindo infraestrutura, é da ordem de R$ 42 milhões.

Resultado da enquete

Entrou em vigor no início de junho desse ano a Resolução Normativa 211, da ANS, que obriga as operadoras a incluírem 70 novos procedimentos na cobertura. Entre eles estão transplante de medula, exames genéticos, cirurgias torácicas realizadas por vídeo e 17 novos exames laboratoriais. Além do aumento no leque de prestação de serviços as novas medidas também impõem alterações contratuais como alteração no tempo de contrato, elegibilidade de novos prestadores de serviço e reajuste anual de contratos. De acordo com a consultoria GIB, , o aumento nestes planos poderá variar de 5% a 8%. Para 71,43% dos leitores do portal Saúde Business Web, a resolução 211, da ANS, além de aumentar o número de cobertura, destaca os casos de acidente do trabalho e consequentemente haverá um interesse comum para a prevenção e uma melhora na qualidade de vida e diminuição da tributação para as empresas. Já 28,57% dos leitores não concordam com a RN sob o argumento de que as mudanças favorecem apenas os usuários dos planos de saúde.

No ar

Participe da nossa enquete! Vote em www.saudebusinessweb.com.br/enquete

Os enfermeiros estão capacitados para solicitar e prescrever medicamentos?

m Sim. Dentro daquilo que as diretrizes do MEC exigem os enfermeiros estão plenamente capacitados para atuar com esse tipo de conduta, pois determinam que esses profissionais são generalistas preparados para diagnosticar e atuar nos níveis de atenção primaria, secundária e terciária de atenção a saúde.

m Não. Cabe apenas aos médicos a autoridade para solicitar e prescrever medicamentos, mesmo para diagnosticar patologias simples e correntes.

m Os enfermeiros estão capacitados, mas não podem substituir os médicos.

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Hospital São Caetano fecha

Opiniões

Confira os quatro artigos mais lidos do mês

as portas O Hospital São Caetano, no grande ABC

Os Impactos da Lei de Rastreabilida-

paulista, está com as portas fechadas. A

de de medicamentos

Gerente de contas para a indústria financeira da IBM Brasil, Mário Brenga, fala sobre os impactos da lei de rastreabilidade de medicamentos e a implantação do novo sistema

Sindicato dos Enfermeiros e o PCCS de Bauru

Para o diretor do Sindicato dos Enfermeiros de SP, Natanael Costa, a base de atuação dos seus trabalhadores é ligada as políticas públicas

Coberturas Para Medicamentos: Dois Pesos, Duas Medidas Em artigo, a advogada Melissa Pires relata a alteração nos artigos que dispõe sobre planos e seguros privados de assistência à saúde

País jovem, vício velho

Para o advogado Ricardo Castilho, o consumo de álcool é um dos maiores entraves do Brasil

instituição mantinha desde o ano passado um contrato de gestão hospitalar com o Hospital e Maternidade Brasil, comprado Foto: Divulgação

Hospital quer quitar dívida de R$ 18 milhões

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A parceria previa consultoria administrativa e empréstimo de medicamentos e materiais hospitalares na tentativa de manter o local em

para colocar projeto de

funcionamento, já que a instituição

expansão em prática

O contrato foi encerrado pelo Brasil

O Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), no Ceará, está com uma dívida de cerca de R$ 18 milhões contraída com fornecedores. A instituição afirma que já estuda um plano para que o montante seja quitado e que os seus projetos de ampliação possam ser postos em prática. Entre os planos da instituição estão a criação de uma Unidade Coronariana, a construção do Centro de Atenção ao Idoso, o aumento do número de leitos de UTI e a construção de uma emergência com prioridade a atendimentos de cardiologia e traumato-ortopedia. Os problemas do hospital devem ser discriminados no relatório de vistoria da Comissão de Saúde da OAB-CE, que está sendo elaborado por meio de visitas ao hospital.

enfrentava dificuldades financeiras. no início de julho por entender que o hospital era economicamente inviável. A Secretaria Municipal de Saúde de São Caetano do Sul realizou uma vistoria na instituição e constatou que o hospital não tinha condições de atendimento. Os pacientes internados foram transferidos pela prefeitura para os hospitais públicos Mario Covas e Maria Braido. A instituição atendia exclusivamente o plano de saúde Di Thiene Saúde, que tem uma carteira de 7.829 usuários. De acordo com a ANS, o convênio permanece ativo, mas sob direção fiscal.

Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção Política

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recentemente pela Rede D’Or.

Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção Gestão

revista Fornecedores Hospitalares

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Os desafios da arquitetura hospitalar

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Hospital Infantil Sabará

Thaia Duó - tduo@itmidia.com.br Desenvolver um projeto de retrofit em um prédio de 17 andares construído na década de 70 para abrigar escritórios não foi tarefa fácil para as arquitetas Diana Malzoni e Luciane Vaz, mas a recompensa veio logo após a conclusão do novo edifício do Hospital Infantil Sabará, de São Paulo. A alta demanda de atendimentos fez com que a instituição, comprada pelo pediatra José Luiz Setúbal em 2005, desenvolvesse um projeto de expansão. Com investimentos de R$ 85 milhões, a unidade passou de 31 leitos de apartamentos para 104, sendo 28 de UTI. Modernização foi a palavra de ordem nesse projeto proposto pela instituição. A área de 17 mil m² se transformou em um hospital completamente lúdico, além de a parte técnica ser de última geração. “Todos os andares têm áreas lúdicas com brinquedos interativos e um ecossistema proposto pela nossa equipe, que contou com a parceria de Domingos Fiorentini para a realização do projeto”, relata Diana Malzoni. No 1º subsolo do hospital foi criado o tema “Bichos de Terra”, já o térreo abriga o tema “Brasil ”, com desenhos coloridos no piso e elementos lúdicos distribuídos em todo o ambiente, desde animais que habitam na mata atlântica até peixes e siris. Outro diferencial é o teatro temático de bonecos e um espelho d´água com brincadeiras. Nos apartamentos, Diana comenta que as cores e materiais aplicados remetem a uma residência e não ao ambiente hospitalar para oferecer maior conforto e tranquilidade aos pacientes. As réguas hospitalares instaladas atrás de cada cama foram customizadas de acordo com o tema do andar em questão. “Até mesmo os bicos de oxigênio de cada leito ganharam atenção especial, eles saem do próprio desenho estampado na régua. Outro detalhe é a iluminação nos tons de

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azul e amarelo, que podem ter seus focos controlados”. No centro cirúrgico as arquitetas elaboraram um projeto com desenho de peixinhos no teto. “Não podemos esquecer que as crianças serão transportadas por macas até essa área do hospital”, completa. A acessibilidade em todos os ambientes também foi bem trabalhada pela equipe responsável pelo projeto, assim como o conforto térmico e acústico. No andar térreo, por exemplo, o pé direito alto e a vegetação permitiram que fosse excluída a ideia do uso de aparelhos de ar-condicionado, priorizando a ventilação natural. Pensando no conforto e bem-estar dos acompanhantes, o projeto do novo Sabará inclui sala de espera com integração para o quarto da criança, uma ala VIP no sétimo andar, onde encontra-se um terraço descoberto com brinquedos e área verde para as crianças e os pais passarem o tempo. No mesmo andar é disponibilizado um espaço ecumênico para momentos de oração. “Esse ambiente conta com iluminação de céu estrelado para oferecer ainda mais conforto”, comenta Diana. O prédio ainda tem um andar exclusivo aos adolescentes, lanchonete, brinquedotecas, espaço para computadores, quartos e salas de espera amplas, consultórios médicos, banco de sangue, laboratório de análises clínicas, entre outros serviços. A parte de circulação do hospital também foi muito bem cuidada. Em todos os andares a circulação de profissionais é independente da social, para isso foi preciso aumentar o número de elevadores. Para os médicos foi criada uma área de conforto com TV, ambiente para computador e descanso. A estimativa é que nos próximos dez anos o hospital atinja entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões por ano em faturamento.

Hospital Santa Isabel amplia serviço de Emergência O Serviço de Emergência do Hospital Santa Isabel, em Blumenau (SC), terá seu espaço físico ampliado em 800 metros quadrados. As obras foram iniciadas em maio e devem ser concluídas até outubro deste ano. Com foco em melhorar o atendimento e oferecer melhores condições de trabalho aos profissionais a partir da ampliação da infraestrutura, o hospital optou por reduzir a área de atendimento. Está sendo priorizado o atendimento de casos graves, em especial àqueles atendidos pelo Corpo de Bombeiros e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

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revista Fornecedores Hospitalares

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Prodal Saúde assume

Hospital do Subúrbio O Hospital do Subúrbio (HS), na Bahia, foi entregue à Prodal Saúde, vencedora da licitação de Parceria Público Privada (PPP) para gestão e manutenção da unidade. A unidade deverá entrar em funcionamento pleno nos próximos 180 dias, já que a empresa tem 90 dias, a partir da transferência, para iniciar 50% do atendimento. O hospital vai oferecer UTIs adulto e pediátrica, recuperação de queimados, unidades semiintensiva adulto e pediátrica, internação adulto, internação pediátrica, ambulatório, urgência e emergência adulto e pediátrica, centro cirúrgico, unidade de bioimagem e laboratório.

Recém-criado Centro de Neurocirurgia do Santa Cruz recebe equipamentos O Hospital Santa Cruz de Curitiba, no Paraná, adquiriu um microscópio Zeiss OPMI Pentero e um Neuronavegador Stryker Navigation System. Os equipamentos serão utilizados no recém-criado Centro de Neurocirurgia do hospital. O objetivo é que a aquisição

Foto: Glowimages

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auxilie os profissionais médicos a atingir áreas exatas durante a cirurgia, reduzindo danos teciduais durante o procedimento.

Unidade hospitalar custará R$ 133 milhões O Hospital Regional Norte, no Ceará, terá investimento de R$ 133,5 milhões em obras. Desse total, 33% são recursos do Tesouro do Estado e 67% do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Na aquisição de equipamentos, o Governo do Estado, com recursos próprios, investirá R$ 60 milhões. A unidade deve ser inaugurada em 18 meses e con-

tará com 269 leitos. Um dos diferenciais é que o hospital vai oferecer à população 29 leitos exclusivos para neurologia, com a garantia de acesso aos exames, como tomografia computadorizada, eletroencefalograma e ressonância magnética O projeto inclui 10 leitos de UTI neonatal, 10 leitos de UTI pediátrica, 20 leitos de UTI para adultos, além de 30 unidades semi-intensivas.

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revista Fornecedores Hospitalares

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R$ 100 milhões para reestruturar 45 hospitais universitários Edição do Diário Oficial da

Foto: Glowimages

D’Or: Empréstimo de R$ 55 milhões

União traz publicada a portaria do Ministério da Saúde que

deve facilitar negociações

autoriza o repasse de R$

Thaia Duó - tduo@itmidia.com.br

de 45 hospitais federais

Sem comentar a destinação especifica dos R$ 55 milhões concedidos em empréstimo pelo IFC, braço do Banco Mundial para o setor privado - considerado o maior valor já concedido na área de saúde, o vice-presidente da Rede D’Or, José Roberto Guersola, afirma que a iniciativa é uma alavancagem para manter o processo de crescimento do grupo. Com foco em novas aquisições e projetos de ampliação já em andamento, o executivo afirma que o empréstimo vai facilitar as negociações. “Nós estamos estudando diversos mercados, não só no Rio de Janeiro. Mas, não podemos salientar nenhuma informação mais detalhada para não criar entraves no que já está sendo feito”. Os planos da rede D’Or também vão contar com a ajuda da parceria firmada em maio deste ano com o grupo BTG Pactual. O formato da associação foi a subscrição de debêntures conversíveis em ações da rede carioca pelo banco, por intermédio de sua área de merchant banking, voltada para investimentos produtivos. O aporte feito na mesma direção do empréstimo milionário com o IFC está de acordo com as exigências. “Não existe nenhuma legislação que proíbe o setor de saúde de fazer acordo com um banco internacional. Além disso, o Banco Mundial é de fomento e a sua atividade específica nos países em desenvolvimento é Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção Economia

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estimular o crescimento dos diversos setores, inclusive o de saúde”, ressalta. A conversão das debêntures em ações não teve o valor revelado, mas não seria o suficiente para dar ao Pactual o controle do capital da rede D’Or, que pouco menos de um mês antes do acordo com o banco marcou sua entrada em São Paulo com a aquisição do Hospital e Maternidade Brasil de Santo André, no ABC paulista. Considerado pelo grupo fluminense a maior instituição na grande São Paulo e com uma posição privilegiada, Guersola afirma que o hospital vai ficar ainda melhor: “Estamos desenvolvendo um trabalho rápido de melhoria tecnológica na unidade e já prevemos um crescimento de 15% nos leitos para este ano”. De acordo com o executivo, parte destes novos leitos serão de Terapia Intensiva para aumentar a disponibilidade de atendimento de pacientes de alta complexidade no hospital. A ampliação do Ambulatório também está prevista até o final de 2010, assim como a aquisição de novos equipamentos para a área de exames como, por exemplo, Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética e Hemodinâmica. “Vamos investir forte no Hospital Brasil”, conclui. A estimativa é de que dentro do próximo ano seja investido de R$ 5 milhões a R$ 6 milhões no hospital.

100 milhões destinados à revitalização e reestruturação universitários de todo o país. O montante repassado será inserido nos gastos anuais dos estados, municípios e do Distrito Federal. De acordo com a Portaria nº 1.929, o dinheiro será repassado a partir do mês de agosto pelo Fundo Nacional de Saúde e faz parte do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Federais (REHUF).

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Hospital Albert Einstein inaugura mais uma unidade em

São Paulo

Thaia Duó - tduo@itmidia.com.br O Hospital Israelita Albert Einstein acaba de inaugurar a Unidade Perdizes Higienópolis. Construída com base em conceitos de sustentabilidade do Green Building Council, a nova instituição conta com dez andares, sendo cinco subsolos e cinco pavimentos, além de térreo, casa de máquinas e heliponto. No total, são dez apartamentos e duas salas cirúrgicas no Day Clinic, 25 consultórios, além de uma Clínica da Mulher, um Centro de Medicina Diagnóstica e um Centro de Oncologia para atender pacientes que se submetem a tratamentos de radioterapia ou quimioterapia. A capacidade do hospital é de 500 mil exames por ano na área diagnóstica e 36 mil atendimentos anuais na área de Primeiro Atendimento adulto e pediátrico. De acordo com o presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Cláudio Luiz Lottenberg, o projeto faz parte do plano diretor do hospital, que soma aproximadamente R$ 520 milhões em investimentos, envolvendo melhorias de estrutura, expansão regional, aumento de capacidade de atendimento e qualificação de tecnologia, processo e mão de obra. “Quando falamos de um plano diretor nós falamos de um projeto de expansão que está resumido dentro de uma perspectiva mais imediata. Esse plano foi desenhado em 2006 e se encerra em 2012. Na verdade, o plano diretor do Einstein nunca para, porque é um hospital muito dinâmico, tanto na maneira de poder se modernizar internamente oferecendo a condição física da execução da melhor prática existencial como na necessidade da sua expansão”, comenta. A vocação da unidade acompanha uma tendência conhecida como desospitalização. É uma unidade ambulatorial fundamentalmente com procedimentos e foco no Pronto Atendimento, atendimentos de exames subsidiários, a propedêutica assessória em cardiologia e tratamento de oncologia. De acordo com o executivo, a infraestrutura da unidade Perdizes foi baseada em um estudo realizado na região. “Evidentemente que isso não abdica a gente de responsabilidades futuras. Na necessidade de expandir ou modificar logicamente que poderemos acoplar novos serviços aqui mesmo ou na região”, destaca.

Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção Investimentos Foto: Ricardo Benichio

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Hospital São Luiz investe

R$ 32 milhões em reforma O Hospital São Luiz investirá R$ 32 milhões para reformar e ampliar o pronto-socorro da unidade Itaim, localizada em São Paulo. Segundo projeto, previsto para ficar pronto até junho de 2011, os consultórios ficarão próximos à área de exames clínicos, de imagem e laboratoriais. Com as obras, a unidade contará com 56 leitos novos, o que representará aumento de 37% em sua atual capacidade. Deste total, 39 serão apartamentos e 17, leitos de unidade de terapia intensiva e semi-intensiva. De acordo com o diretor de operações do São Luiz, Franklin Bloedorn, a mudança proporcionará mobilidade contínua do paciente, sem que ele perca tempo entre um procedimento e outro. O setor de ortopedia terá o médico trabalhando em um consultório próximo à área de gesso, por exemplo. Além disso, todo o sistema, desde a ficha cadastral até o atendimento final, será informatizado. Atualmente, o hospital é composto por três unidades: Itaim, Morumbi e Anália Franco e conta com uma rede de 803 leitos, 14 mil médicos credenciados e 4,5 mil funcionários.

Brasil vai financiar hospital para palestinos em Gaza O Brasil vai financiar a construção de um novo hospital na Faixa de Gaza, região controlada há três anos pelo grupo islâmico Hamas. O custo do projeto está incluído nos US$ 5 milhões doados pelo Ibas (Índia, Brasil e África do Sul) aos palestinos ainda em 2007, durante a Conferência de Doadores para os Territórios Palestinos. Nesse mesmo encontro, o Brasil anunciou a doação de mais US$ 10 milhões. O País oficializou o repasse de mais R$ 25 milhões (US$ 14 milhões) para projetos específicos em Gaza. Parte dessa verba também poderá ser usada na construção do hospital. Os investimentos visam ajudar a reconstrução de Gaza, que foi devastada pela ofensiva de Israel entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009.

Foto: Divulgação

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05.08.10 15:46:59


Tecnologia é o diferencial em hospitais verdes Aplicar conceitos de sustentabilidade em unidades hospitalares tem sido cada vez mais comum dentro do segmento. Estas práticas auxiliam as instituições de saúde a poupar recursos naturais como água e luz, além de reduzir os custos do hospital. Além das boas práticas de Foto: Divulgação

Biocor conquista certificação em

Gestão de Riscos A certificadora internacional GL - Germanischer Lloyd acaba de conceder ao Biocor Instituto o primeiro certificado do mundo derivado da nova norma ISO 31000 de Gestão de Riscos. A conquista da certificação pelo Biocor é atribuída à elevada maturidade dos sistemas de gestão já existentes na instituição. O instituto é certificado nos padrões ISO 9001 (Qualidade, desde 1997), ISO 14001 (Gestão Ambiental, desde 2008) e OHSAS 18001 (Segurança e Saúde no Trabalho, também desde 2008), além de possuir a acreditação no “nível 3 com Excelência” da ONA, desde 2005, e a acreditação internacional NIAHO, obtida em 2009.

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sustentabilidade aplicadas aos edifícios de saúde, para o gerente de marketing estratégico da Siemens, Reynaldo Goto, o emprego de equipamentos médicos mais modernos e que consumam menos energia também é responsáveil pela economia de recursos naturais dentro das unidades.

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05.08.10 15:47:00


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Hospital Igesp

SP: nova Parceria

Público-privada na saúde

lança serviço de Ressonância

Magnética

Thaia Duó - tduo@itmidia.com.br O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, anuncia que uma empresa da própria Prefeitura Municipal firmou um novo convênio no sentido de dar sequência a estudos e projetos na área da saúde. O objetivo é criar uma parceria público-privada (PPP) para a construção e reforma de novos hospitais. A expectativa é atingir um grande número de unidades até o final de sua gestão. “Quero concluir a melhora e ampliação de instituições antes de encerrar meu mandato. Embora na administração pública seja difícil falar em prazos, pois quando se defini prazos as pessoas contam com eles e é por isso que sempre falamos em metas”, destaca.

Kassab também ressalta a importância da participação do Tribunal de Contas da cidade de São Paulo nesse processo para que realmente a capital paulista possa não ter mais filas na rede de saúde. “Essa manifestação tem que servir de exemplo de referência para os outros tribunais de conta dos estados e da união”. Atualmente são investidos 20% dos recursos orçamentários em saúde, quando a exigência é de 15%, segundo o prefeito. De acordo com Kassab, essa é a razão de estar melhorando cada vez mais a qualidade de atendimento do setor para que as metas possam ser atingidas.

O Hospital Igesp passa a dispor dos exames por Ressonância Magnética para atender a demanda de diversas áreas como Neurologia, Ortopedia, Cardiologia e Oncologia, tanto para pacientes hospitalizados quanto ambulatoriais. A instituição adquiriu o equipamento Magnetom Espree de 1,5T com foco em proporcionar maior conforto e minimizar a sensação de claustrofobia. Entre as suas funcionalidades, o equipamento permite a avaliação das mamas - exame complementar à mamografia. O novo serviço faz parte da reestruturação do Centro de Diagnóstico por Imagem do hospital, que deve receber ainda novos equipamentos de ultrassom. As mudanças também acontecem no espaço físico, onde uma equipe de 12 radiologistas e ultrassonografistas atuam e contam com uma nova sala de laudos.

Foto: Glowimages

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revista Fornecedores Hospitalares

05.08.10 15:47:20


Proteção e bem-estar em equilíbrio com os ambientes.

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AGENDA

Setembro | Outubro SETEMBRO 2| QUINTA

Humanização na Recepção em Saúde Local: Rio Business Service - Rio de Janeiro http://www.consultorioemfoco.com.br Desenvolver no participante a postura de estar disponível ao outro, recebendo-o e orientandoo quando necessário, caracterizando assim um atendimento diferenciado e humanizado. PROGRAMA: - Conceito – O que é humanização? - Mudanças de atitude - Necessidades do paciente - Aspectos emocionais que envolvem o atendimento - Postura ética - Relacionamentos interpessoais

15| QUARTA

20| SEGUNDA

Tudo pronto para a realização do VI Encontro Luso-Brasileiro de Bioética, que este ano reúne também o I Encontro Lusófono de Bioética e discutirá, entre outros vários temas de interesse, a cooperação científica entre os países de língua portuguesa para desenvolvimento da Bioética. O evento terá como atividade pré-congresso o II seminário de Bioética e Biodireito promovido pelo CREMEB onde serão discutidos questões envolvendo autonomia e vulnerabilidade nas práticas médico-científicas.

Melhores práticas para gestão em auditoria de contas hospitalares. Indicado para profissionais de saúde envolvidos na formação dos preços, composição das contas, faturamento, auditoria e processos de glosa e resgate.

VI Encontro Luso-Brasileiro de Bioética Local: Salvador – Bahia www.vilusodebioetica.com.br

Curso Modelo GACH - Gestão em Auditoria de Contas Hospitalares Local: São Paulo - SP http://www.auditoriahospitalar.net.br

22| QUARTA

V SIEN - Simpósio Internacional de Enfermagem SBIBAE Local: Hotel Unique - Av. Brig. Luís Antonio, 4.700 - Jd. Paulista - São Paulo/SP www.einstein.br/sien

14| TERÇA

44º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica /Medicina Laboratorial Local: Centro de Convenções SulAmérica - Rio de Janeiro - RJ http://www.cbpcml.org.br

O SIEN prima pelo desenvolvimento da Enfermagem no Brasil, particularmente por permitir a interação de profissionais nacionais e internacionais - ponto alto de nossas reuniões. O benefício da participação destes convidados é enorme: trazem a experiência de outros grupos profissionais que lideram iniciativas científicas em nosso País e no mundo.

Simultaneamente ocorre a Exposição Técnico-científica, com mais de 100 expositores de produtos, serviços e equipamentos para laboratórios clínicos. Realização: Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML)

24| SEXTA 16| QUINTA

Saúde Business Forum Local: Iberostar Bahia Hotel – Praia do Forte – BA www.itmidia.com.br O principal encontro dos lideres do setor de saúde no Brasil acontece entre os dias 16 e 19 com o tema central: Ética nos Negócios como Base para o Desenvolvimento Sustentável – com Mario Sergio Cortella como keynote Speaker. O forum reúne intercâmbio de ideias, relacionamento e negócios, esportes e lazer, shows e agenda para acompanhantes

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GERO 2010 - XI Simpósio A nual do Serviço de Geriatria do HC-FMUSP Local: Centro de Convenções Rebouças São Paulo http://www.clceventos.com.br TEMAS DE ATUALIZAÇÃO: 1. Doença Renal Crônica: diagnóstico precoce, prevenção e tratamento 2. Abordagem e tratamento das disfagias no idoso 3. Depressão – o quê há de novo no tratamento? 4. O tratamento dos sintomas comportamentais nas demências (BPSD) 5. Envelhecimento do aparelho urinário Incontinências ITU rerecorrente

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Setembro | Outubro OUTUBRO 27| SEGUNDA

10ª Jornada Pronep - Envelhecer Qualidade um Desafio de Gestão Local: Copacabana Palace Hotel Rio de Janeiro http://www.pronep.com.br

4| SEGUNDA com

O IBGE divulgou recentemente o resultado de uma pesquisa em que constatou que 1/3 da população brasileira é portadora de algum tipo de doença crônica. O sistema de saúde brasileiro terá de se organizar para esta nova realidade sanitária que também preocupa os demais sistemas de saúde do mundo, pois esses dados são similares aos observados em todos os países e evidentemente esta verdadeira “epidemia” de doenças crônicas surge no lastro do envelhecimento verificado em toda a população mundial. Esta é a razão para escolhermos o tema ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL – UM DESAFIO DA GESTÃO INOVADORA DA SAÚDE para a nossa 10ª Jornada Pronep. Estamos seguros que, pelo caminho da medicina domiciliar e trabalhando com metas e indicadores de desempenho, conseguiremos enfrentar essa grave realidade sanitária do envelhecimento populacional e das doenças crônicas com ferramentas de gestão modernas e eficazes, obtendo como resultado uma melhor qualidade de vida para nossa população

9º Fórum de Hotelaria Hospitalar Local: Centro de Convenções Rebouças http://www.clceventos.com.br A Hotelaria Hospitalar no cenário atual e seu impacto na gestão: estratégia de implantação Sustentabilidade: caminhos a percorrer e possibilidade para acontecer Gastronomia funcional com um toque de vivência. Atividades alternativas: conforto do cliente no ambiente hospitalar Humanização: uma questão de atitude A gestão e a Hotelaria Hospitalar

13| QUARTA

Curso Informática Hospitalar Local: São Paulo - SP http://www.escepti.com.br Discussão prática de infraestrutura e sistemas hospitalares para gestores e fornecedores de produtos e serviços do segmento da saúde

15| SEXTA

Curso Auditoria

de

Contas Hospita-

lares

Local: São Paulo - SP http://www.escepti.com.br Modelo ACH para Gestão em Auditoria de Contas Hospitalares

21| QUINTA

V CONBRASS - CONGRESSO BRASILEIRO DE AUDITORIA EM SISTEMAS DE SAUDE Local: FORTALEZA - CEARÁ - HOTEL PRAIA CENTRO http://www.conbrass.com.br Atualização e a discussão de temas atuais. As equipes de Auditoria em Saúde, de Hospitais e Operadoras de Planos de Saúde, vicenciam todas as mudanças e progressos tecnológicos, que causam impacto, direto ou indireto, nos custos assistenciais.Atualizar-se significa saber discutir, questionar e acima de tudo, entender e saber explicar. PÚBLICO ALVO: Gestores e Auditores de Hospitais e Operador

23| SÁBADO 18| SEGUNDA

Curso Modelo GCVC - Gestão do Ciclo de Vida dos Contratos Local: São Paulo - SP http://www.contratos.net.br Modelo para gestão das contratações e gestão de contratos nas empresas. Indicado para profissionais envolvidos nas etapas de pré contratação, contratação, planejamento e execução dos contratos.

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Curso: Implantação da NR32 nos Estabelecimentos de Saúde Local: Av. Jandira, 185 - Moema - São Paulo http://www.cmqv.org Curso de 8 horas - oferece aos participantes embasamento para adequação dos estabelecimentos à NR32, elaboração do PGRSS e fundamentos para a elaboração do Laudo Ambiental além de orientações sobre a importância da implementação do NACA – Núcleo de Apoio e Controle Ambiental do EAS – base de sustentabilidade do estabelecimento

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Hospitais: um mundo competitivo Por Thaia Duó e Guilherme Batimarchi- editorialsaude@itmidia.com.br

Expansão e reforma dos hospitais do Brasil movimentam mais de R$ 2,5 bilhões só no último no. Na cidade de São Paulo, a expectativa é que até 2012 surjam 1.800 novos leitos para a opção dos clientes

Investir em expansão e reformas tem sido algo comum no setor hospitalar. Um dos motivos apontados para esse aquecimento é o constante crescimento do mercado, que está cada vez mais competitivo. Um levantamento da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) revela que havia no Brasil 140.478 leitos para internação não-SUS, ao final de 2008. Nesse mesmo período a receita total dos hospitais associados à Anahp foi de R$ 5,9 bilhões. No início de 2009 a associação passou a representar 7.247 leitos instalados no País – o mesmo que 6% do número total. Já a receita bruta dos hospitais que participaram do estudo chegou a R$ 6,6 bilhões no final do ano passado, crescimento de 8,8% sobre o período anterior. Em meados do ano passado, a taxa de ocupação da maior parte das instituições particulares da cidade de São Paulo era igual ou superior a 85%. Em 2003, cerca de 1 milhão de paulistanos aderiram a um plano de saúde e passaram a usá-lo com frequência, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que revela que 6,4 milhões de moradores da capital são conveniados. Somente na cidade de São Paulo a expectativa é que até 2012 surjam 1.800 novos leitos. “É uma tendência do Brasil, porque a partir do momento que uma instituição começa a crescer as outras vão querer ir atrás. Quem não expandir ou reformar, querendo ou não, vai cair fora da competitividade”, comenta o médico e especialista em pesquisa e interpretação das demandas de mercado de saúde, Eduardo Blay. De acordo com o especialista, a maior parte de ocupação é por pacientes pagos pelos convênios, ou seja, os hospitais precisam inovar, uma vez que o cliente tem uma série de opções na rede credenciada, podendo escolher uma instituição por indicação do médico ou pelo seu próprio conceito. “Tanto o médico quanto os amigos e familiares do paciente vão se impressionar pela tecnologia, pela arquitetura atual. Por isso um hospital que oferece bons serviços vai elevar o seu nível de competitividade”, diz. Blay ressalta que em São Paulo, por exemplo, os hospitais considerados de boa qualidade virtualmente têm algum projeto de ampliação ou já o fez nos últimos anos. É um processo de aplicar arquitetura hospitalar avançada, trazendo o conceito de hotelaria. “Essas instituições passam

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a ser não apenas centros hospitalares, mas na verdade ampliam muito o leque dos serviços hoteleiros para os pacientes e para os próprios médicos”. Projetos do Brasil todo mostram que os hospitais estão incorporando arquitetura moderna, infraestrutura, exames e procedimentos de alta tecnologia. Segundo o especialista, os pacientes desses hospitais pertencem a uma classe social que os permitem viajar do Nordeste do país para São Paulo, por exemplo, para tratamento médico. “Sempre têm investidores que pensam na possibilidade de fazer hospitais do nível dos da capital paulista, que são os melhores na América Latina”, afirma. São Paulo O Hospital do Coração (HCor) investiu R$ 95 milhões na expansão de leitos, que hoje são 214 e devem chegar a 357. Duas torres estão em construção. Em uma delas vai funcionar o hospital-dia. Na outra, salas para cirurgias de alta complexidade e UTIs, além de um centro de convenções. A previsão é que em agosto, deve ser aberto o hospital-dia, e no final de 2011, o outro prédio. Aumentar os leitos e erguer um novo edifício também está nos planos do Hospital Israelita Albert Einstein. Em meados de 2009, a instituição inaugurou um prédio com 16 andares, cinco deles para consultórios. Até 2012, outros dois devem ficar prontos – um reservado para centros de cirurgias complexas e outro para a administração. No total, os investimentos de R$ 500 milhões vão fazer o Einstein saltar de 598 para 700 leitos. O Hospital Sírio-Libanês optou por aplicar um montante parecido, R$ 450 milhões, para quase que dobrar o número de leitos, que hoje é de 320. A meta da instituição é finalizar até 2012 uma torre de 18 andares com 20 salas de cirurgia e 60 leitos de UTI. Além disso, o hospital deve ganhar uma unidade na cidade de Campinas, interior de São Paulo. A unidade contará com cerca de 30 mil metros quadrados de área construída e oferecerá tratamentos de alta complexidade. Serão 150 leitos, sendo 30 de UTI, Centro de Diagnósticos, Centro Cirúrgico e Pronto Atendimento. A previsão é de que em 2014 o atendimento seja iniciado, com capacidade mensal de 750 pacientes, 17 mil exames de imagem e 80 mil exames laboratoriais.

No final de 2009, o Sírio-Libanês também aplicou R$ 35 milhões na criação de um hospital-dia. O valor inclui toda a infraestrutura que este modelo de unidade de diagnósticos e cirurgias necessita. O investimento será feito com verba própria e financiamento bancário, ainda em negociação. O plano de expansão do HSL deve contar com investimento total de R$ 600 milhões. Expandir também tem sido palavra de ordem do Hospital Alemão Oswaldo Cruz ao anunciar investimento de R$ 250 milhões. Em março deste ano, a instituição inaugurou um prédio que deverá ser responsável pela operação dos seus projetos de sustentabilidade em parceria com o Ministério da Saúde. No final de 2011 deve ser lançado um prédio de 20 andares onde vai funcionar um complexo cirúrgico. O hospital conta com 307 leitos e deve chegar a 330 após a expansão. Já a Beneficência Portuguesa ao invés de ampliar vai reformar os seus 1.920 leitos com R$ 110 milhões. A reforma deve ser concluída em 2015 e pretende elevar o padrão de conforto do hospital. O centro cirúrgico será modernizado e o pronto-socorro terá o dobro do tamanho atual. Por outro lado, o Hospital Samaritano prefere a expansão. Serão investidos R$ 123 milhões para sair dos 196 leitos e chegar a 300. Para isso, a instituição vai ganhar um edifício de 15 andares, onde haverá um instituto de pesquisa, laboratório e salas cirúrgicas. Recentemente, a Irmandade da Santa Casa de São Paulo inaugurou a segun-

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Reformar ou expandir tornou-se ponto obrigatório em meio a um cenário de intensa competitividade Eduardo Blay, consultor

da unidade do Hospital Santa Isabel. O projeto de R$ 30 milhões contou com recursos próprios e foi concluído com 103 leitos de internação, 18 leitos de UTI, nove salas cirúrgicas e centro de diagnósticos por imagem. A instituição já adquiriu um terreno próximo aos prédios do Santa Isabel para que a construção da terceira unidade seja iniciada após a realização de uma pesquisa de mercado com foco em identificar a característica do próximo prédio a ser erguido.

Hospital SírioLibanês investe R$ 600 milhões em reforma

Mais ampliações: Medial Saúde – Construiu seu nono hospital na região metropolitana com investimento de R$ 110 milhões. Amilpar - Inaugurou seu quinto hospital na cidade: Hospital Vitória. Unidade avaliada em R$ 100 milhões conta com 233 leitos, maternidade e um centro de diagnósticos. Sabará – O hospital especializado no atendimento às crianças está com novas instalações no Higienópolis. A instituição investiu R$ 85 milhões para triplicar de tamanho. Nossa Senhora de Lourdes – Aplicou R$ 70 milhões em 43 novos apartamentos, além de um setor de oncologia e um centro cirúrgico. Há também um projeto de reforma do edifício antigo. Bandeirantes - Está em obras para a construção de um bloco de 11 andares, no mesmo endereço, na Liberdade. Investimento: R$ 50 milhões de reais São Camilo – Unidade Pompeia inaugurou neste ano um prédio com 77 leitos. Trata-se do bloco III, com oito

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Foto: Divulgação

Integ SUS e O fato d

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raio x Fotos: Divulgação

andares e 7.400 m² de área construída. Essa etapa teve um investimento de R$ 31 milhões, sendo que 60% do valor foi financiado junto ao BNDES. Um projeto de expansão desenvolvido pela rede prevê elevar para 700 o número de leitos de suas três unidades até 2012. Cema - Planeja instalar seis unidades de bairro até 2012, com investimento de R$ 12 milhões.

Santa Paula - Coloca em ação o projeto de criar uma unidade voltada especificamente para tratamento de câncer. O espaço deverá exigir investimento de R$ 15 milhões e contar com quatro mil metros quadrados. As obras devem ser iniciadas ainda em 2010 e finalizada em meados de 2012. Outros R$ 8 milhões foram investidos recentemente na reforma e modernização do hospital.

Confira a galeria de fotos no Saúde Business Web: www.saudebusinessweb.com.br/galeria

investimentos em obras Com investimento superior a R$ 500 milhòes, HIAE termina obras em 2012

hospital

investimento

estado

ação

Hospital Samaritano

R$ 123 milhões

São Paulo

Expansão

Hospital Nossa Senhora das Graças

R$ 4,3 milhões

Paraná

Expansão

R$ 34 milhões

Pernambuco

Inauguração

R$ 6 milhões

Mato Grosso do Sul

Reforma

Hospital de Traumas e Urgências de Petrolina. Hospital do Trauma Hospital Santa Isabel

R$ 852 mil

Minas Gerais

Expansão

Hospital Dr. Muricy

R$ 10 milhões

Paraná

Inauguração

Hospital Universitário de Cuiabá

R$ 14 milhões

Cuiabá

Construção

R$ 115 mil

São Paulo

Equipamentos

Hospital Estadual Central

R$ 41 milhões

Espirito Santo

Inauguração

Hospital Sepaco

R$ 1,2 milhão

São Paulo

Nova Unidade

Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro

R$ 18 milhões

Rondônia

Reforma

Unimed BH

R$ 18 milhões

Minas Gerais

Nova Unidade

Hospital São Camilo

R$ 31 milhões

São Paulo

Nova Unidade

R$ 560 mil

Sergipe

Expansão

Hospital San Paolo

Hospital Cirurgia Hcor construirá mais duas torres até 2011, com investimento de R$ 90 milhões

Hospital Moinhos de Vento

R$ 49 milhões

Rio Grande do Sul

Expansão

Centro de Reabilitação Lucy Montoro

R$ 11 milhões

São Paulo

Inauguração

Hospital Santa Paula

R$ 23 milhões

São Paulo

Expansão

Hospital Pronto Socorro de Cuiabá

R$ 6 milhões

Mato Grosso

Reforma

Hospital Medical de Limeira

R$ 7 milhões

São Paulo

Expansão

R$ 1 milhão

Rio Grande do Norte

Expansão

R$ 100 milhões

Brasil

Reforma

R$ 51 milhões

São Paulo

Expansão

R$ 1 milhão

Espírito Santo

Expansão

R$ 30 milhões

São Paulo

Nova Unidade

Hospital Dr. José Pedro Bezerra 45 hospitais federais universitários Hospital viValle Hospital Praia da Costa Santa Casa de São Paulo Sírio Libanês

R$ 635 milhões

São Paulo

Expansão

Hospital Meridional

R$ 5 milhões

Espirito Santo

Nova Unidade

Hospital São Camilo

R$ 13,6 milhões

São Paulo

Expansão

Hospital Estadual de Botucatu

R$ 33,8 milhões

São Paulo

Nova Unidade

Hospital Estadual de Sapopemba

Projeto de expansão do Nove de Julho prevê mais de R$ 180 milhões

R$ 4,9 milhões

São Paulo

Nova Unidade

Hospital Alvorada Moema

R$ 2 milhões

São Paulo

Expansão

Hospital Universitário de Londrina

R$ 7 milhões

Paraná

Expansão

Hospital Conceição

R$ 15 milhões

Rio Grande do Sul

Expansão

Hospital 9 de Julho

R$180 milhões

São Paulo

Expansão

Hcor

R$ 95 milhões

São Paulo

Expansão

R$ 500 milhões

São Paulo

Expansão

Hospital Israelita Albert Einstein Fonte:Saúde Business Web

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Thaia Duó – tduo@itmidia.com.br

Repensar o negócio O crescimento da área privada e a saturação das facilidades existentes fizeram com que a Unimed-Rio repensasse o seu modelo de negócio para ter domínio sobre todos os custos de uma operação de saúde. Investir R$ 180 milhões na construção de um hospital próprio foi a saída encontrada pela cooperativa Um projeto dentro do modelo do sistema Unimed vem sendo discutido há tempo entre as singulares que pretendem desenvolver seu próprio hospital, e na cooperativa do Rio de Janeiro não tem sido diferente. Após se consolidar como uma operadora de planos de saúde e garantir o seu espaço no mercado fluminense com uma carteira que supera 804 mil beneficiários, a Unimed-Rio optou por entrar na discussão e lançar o seu hospital. “Chega um momento em que na verdade é preciso repensar seu negócio, principalmente no Rio de Janeiro, onde já há uma concentração de mercado por parte dos grandes grupos do segmento”, relata o responsável pela área de Recursos Próprios da Unimed-Rio, Carlos Alberto Chiesa. Ao assistir o crescimento até mesmo da área privada e a saturação das facilidades existentes a cooperativa passou a sentir a necessidade de se ter uma visão de longo prazo do negócio e de ter domínio sobre todos os custos de uma operação de saúde. Para o executivo, hoje a prestação de serviço hospitalar é muito impactante dentro de toda cadeia assistencial e é preciso conhecer seus custos para se ter maior capacidade de negociação junto aos prestadores. “Isso ajudou a decisão de

se partir para estruturação de uma rede assistencial própria aqui no Rio”, completa. O projeto de R$ 180 milhões já consumiu proporcionalmente 35% do recurso, que em sua maioria provem de financiamento. “Não são aquisições, são locações de terreno que estão sendo adaptadas dentro de linhas de longo prazo e que serão equacionadas pela própria operação”, destaca Chiesa. O primeiro passo foi adquirir em 2008 um terreno de 22 mil metros quadrados com área total de construção de 30 mil metros quadrados e área útil de internação e ocupação com uma média de 24 mil metros quadrados. As obras tiveram início em janeiro de 2009 com foco nas estruturas de um hospital de alta complexidade com 200 leitos, sendo 70 de Terapia Intensiva e outras dez salas cirúrgicas. Segundo o executivo, o projeto passa por todas as etapas necessárias, desde discussão estratégica até a necessidade das especialidades consideradas mais importantes. “Existe todo um planejamento que em seguida é traduzido ao projeto arquitetônico, que é altamente debatido entre os envolvidos. E somente depois de amadurecido é que demos início à construção da unidade”.

Depois de pouco mais de um ano de obra, o projeto já concluiu 35% das metas. Com toda a parte de estrutura física e civil do hospital finalizada, o trabalho agora está voltado para as instalações elétricas e hidráulicas para que até o final de julho de 2011 a Unimed-Rio receba o prédio concluído. A estimativa é que nos próximos três meses após esse prazo a instituição seja equipada e os funcionários treinados para começar a atender os clientes em outubro de 2011. A projeção é que nos 36 meses seguintes a abertura do hospital a instituição esteja amadurecida o suficiente para alcançar entre 70 e 85% da taxa de ocupação. Nos primeiros 12 meses de funcionamento deve ser registrado 35% e o segundo ano 60%. “O hospital na verdade tem um período de matu-

Novo hospital da UnimedRio, localizado Barra de Tijuca. Previsão de entrega é em outubro de 2011

Fotos: Divulgação

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Carlos Alberto Chiesa, da Unimed-Rio: Projeto também prevê investimentos de R$ 120 milhões em unidades ambulatoriais

ração mais rápido que outros projetos hospitalares não vinculados a uma operadora de saúde. Com base nisso, nossa expectativa deve ser concretizada pelo fato de já termos uma demanda de pacientes”, conta Chiesa. O corpo clínico do Hospital UnimedRio será composto por uma média de 1,2 mil colaboradores, envolvendo médicos plantonistas. Cerca de 500 médicos deverão frequentar o hospital diariamente. Sem revelar a estrutura do corpo clínico, o executivo afirma que o mesmo será formado dentro de critérios de qualidade e de diferencial de formação assistencial, voltados para garantir o funcionamento de uma instituição de alta complexidade que já nasce com o objetivo de se posicionar como um dos melhores do Rio de Janeiro. Em relação à diretoria, Chiesa ressalta que a cooperativa montou uma empresa chamada Unimed-Rio Empreendimentos Médicos e Hospitalares, controlada pela própria singular e com uma estrutura diretiva que responde à UnimedRio. “É dessa empresa que vai sair todo o corpo diretivo do hospital”. Independente dos nomes que devem compor a diretoria da unidade, o projeto já está sendo revisto dentro dos preceitos de uma acreditação internacional para entrar em operação com o conceito de integração plena de informação. Para isso, a Unimed-Rio começa a colocar em prática ferramentas como Business Intelligence (BI) e Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) entre todas as unidades. O foco é ter o máximo de controle dos processos e agilidade suportados pelas ferramentas de controle de gestão e de indicadores. “Depois do período de estabilidade, vamos solicitar o processo de acreditação. Após seis meses acredito que sejamos capazes de requisitar toda a avaliação, mas isso depende do andamento”, afirma. SUPORTE ASSISTENCIAL O projeto do Hospital Unimed-Rio inclui quatro unidades assistenciais que servirão de suporte. As primeiras serão de Pronto Atendimento, não hospitalares, distribuídas estrategicamente ao longo da cidade, em áreas que representam o maior volume de atendimento.

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Depois do período de estabilidade , vamos iniciar o processo de acreditação. Em seis meses, será possível fazer essa requisição Carlos Chiesa, da Unimed-Rio A princípio as regiões da Barra da Tijuca, Copacabana e Tijuca devem contar com essas unidades. “Mais à frente estudamos outras instalações de menor complexidade para oferecer uma assistência integral e completa ao beneficiário Unimed”, conta o gerente geral de Recursos Próprios da Unimed-Rio, Carlos Alberto Chiesa. As unidades contam com investimento de R$ 120 milhões e devem ser inauguradas antes mesmo do Hospital Unimed-Rio. A primeira a entrar em funcionamento está localizada na Barra da Tijuca e deverá atender pacientes adultos e pediátricos numa área de dois mil metros quadrados. Sua estrutura é de consultório, Pronto Atendimento, observação e medicação suportada por diagnóstico de imagem, envolvendo tomografia e suporte de laboratório, por exemplo. A unidade deve abrir as portas em setembro próximo. No primeiro trimestre de 2011 é a vez do bairro de Copacabana ser beneficiado com atendimento multiprofissional no segmento de saúde, tanto em Medicina Preventiva quanto reabilitação. “Ao longo do primeiro semestre do ano que vem abriremos a terceira unidade, na região da Tijuca. Vamos ter projetos em reabilitação cardíaca, motora, postural global, programas para idosos, gestantes e alimentação saudável nas unidades”, destaca. Segundo Chiesa, a rede assistencial está prevista para fazer cerca de nove mil atendimentos ano. A expectativa é que nos primeiros 12 meses as unidades atinjam 50% da previsão. “É esperado desde a abertura um movimento bastante consistente. E a gente acredita que ao final do segundo ano de funcionamento e ao longo do terceiro ano a gente atinja a capacidade plena dessas unidades”, conclui.

Com um total de 200 leitos, expectativa é alcançar 50% da capacidade em 12 meses de funcionamento

hospital unimed-rio Invesit mento em rede própr ia foi a sa íd a encont rad a para vencer a concor rênc ia . A lém do hospita l, a cooperat iva pla neja const r u ir ma is t rês unid ades a mbu lator ia is

serviços Data de inauguração Número de leitos

números 2011 127

Número de Leitos de UTI

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Número de salas cirúrgicas

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Número de Funcionários Número de Médicos Cirurgias / mês

1.100 500 1.200

Fonte: Hospital Unimed-Rio

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Danilo Sanches – editorialsaude@itmidia.com.br

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Hospitais A transformação pela qual o setor de saúde vem passando também afeta o espaço hospitalar. Diante do aumento pela demanda de serviços, da tendência de desospitalização, do avanços dos recursos tecnológicos e da telemedicina, da exigência por qualidade e da obrigação de garantir a sustentabilidade, a arquitetura das instituições também passará por mudanças. Para entender como será o Hospital do Futuro, renomados arquitetos e engenheiros reuniram-se na IT Mídia no última dia 26, para debater o tema. O resultado você confere aqui!

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Imagem: Glowimages

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Fotos: Ricardo Benichio

Bross, da Bross Arquitetura: Espaços deverão favorecer os processos dos hospitais

Se fosse possível sintetizar em uma frase o que seria o hospital do futuro, certamente a oração teria as palavras flexibilidade, integração e tecnologia da informação. Ao menos do ponto de vista dos principais players do mercado de arquitetura e engenharia hospitalar, o hospital de amanhã vai abrir mão de grandes estruturas de acomodação de pacientes para dar lugar a uma rede integrada de hospitais superespecializados. Uma tendência que está se confirmando com o movimento de grandes hospitais em

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abrirem núcleos especializados, o novo modelo de saúde que se configura se prepara para atender uma população com mais acesso a planos de saúde e com crescente expectativa de vida. Por outro lado os hospitais se esforçam para mudar o paradigma de que as instituições tratam de doenças, mas ao contrário, elas tratam da saúde dos consumidores de seus serviços. Então o espaço assume um papel fundamental no processo. “A cura começa na arquitetura”, defende Célia Duarte Schahin,

diretora da Duarte Schahin Arquitetura. E neste ínterim, o hospital do futuro não deve ser aquele que será construído, mas uma soma dos novos hospitais e da adaptação dos antigos à nova forma de se tratar a saúde. O desenvolvimento da tecnologia da informação deve capitanear as mudanças mais drásticas no sistema de saúde no país. “No futuro não vai existir hospital”, vaticina Douglas Cury, diretor da Grau Engenharia de Instalações. “Vai existir uma rede inter-

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Lauro Miquelin, da L+M: Será papel dos arquitetos repensar os espaços de saúde

conectada, onde você faz um quadro médico em um lugar, um exame em outro, é operado em outro ainda”, afirma o executivo. Segundo ele, a especialização dos hospitais deve seguir a escalada de terceirizações de setores anexos ao negócio dos hospitais como cozinha, hotelaria e exames. Este movimento deve dar mais foco às instituições. “Cada um na sua expetise, cada um na sua especialidade”, completa. A integração das diversas unidades, segundo Cury, deve se valer do grande avanço da

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fibra ótica, que promove a horizontalização das informações. Tendências tecnológicas como o prontuário eletrônico e a telemedicina prometem mudar a maneira como o paciente se relaciona com a medicina. “A gente precisa entender também que um dos nossos clientes, que é o paciente, está muito mais interado e isso faz com que ele seja mais exigente em relação a como é recebido e acolhido, e também a ter conhecimento do processo de cura ou de diagnóstico”, afirma Célia.

Os limites entre tecnologia da informação e telecomunicações estão cedendo, e tanto a capacidade de processamento quanto a de transmissão de dados se equiparam quando a necessidade é comunicar-se. Dentro da perspectiva de integração das redes de hospitais, a disponibilidade dos dados precisa ser a principal aliada da busca pela qualidade do atendimento dos clientes. Disponibilidade diz respeito tanto a posicionamento geográfico quanto a capacidade de recuperar informações tão rapidamente

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Luciana Zanettini, da Zanettini: Questão de sustentabilidade será ainda mais crucial nos projetos

que a necessidade de deslocamento do cliente não seja um empecilho para a manutenção de sua saúde. Ou ainda, nos casos de doentes crônicos, o hospital do futuro poderia lançar mão de tecnologias como a telemedicina para manter o paciente no conforto de sua casa. As mudanças impulsionadas pela tecnologia, quando se trata do novo hospital, são comparadas pelo mercado ao próprio avanço da medicina. “Acho que a logística, a fibra ótica e a TI estão mudando o perfil dos hospitais mais até que a medicina”, enfatiza Cury. Segundo o Instituto de Pesquisas Gartner, em 2010 o setor de saúde deve manter os níveis de investimento em TI em relação ao ano passado. Estimase que os gastos globais neste ano cheguem a US$ 88,6 milhões, em média 2,8% a mais que em 2009. “O cenário de TI e Comunicação pode ser um cenário de maior acesso aos dados por todos em qualquer lugar e isto pode ensejar a possibilidade de uma capacitação”, explica Lauro Miquelin, diretor da L+M Arquitetura. O perfil do paciente também interfere bastante na confecção de uma imagem precisa das instituições de saúde dos próximos anos. O próprio conceito de saúde dentro das instituições tem mudado e obedecido à lógica da prevenção sobre o tratamento. “Nós estamos ficando mais longevos e essa longevidade provoca diferentes impactos. Por outro lado, os próprios sistemas pagadores — planos de saúde —, que esperavam que o paciente ficasse doente, hoje em dia não querem mais isso”, afirma João Carlos Bross, superintendente da Bross Consultoria e Arquitetura. “O hospital é um elo de uma cadeia que está se modificando e essa modificação seguramente vai representar, em termos de operação e de economia, um trabalho que não necessariamente deverá ser feito por uma única empresa, mas de uma série de fornecedores”, completa Bross. A perspectiva da prevenção na saúde também é responsável pela tendência de redução dos hospitais. “O novo perfil dos hospitais tende a dar uma resposta da saúde não apenas na hora que o paciente ou consumidor está doente, mas dentro de uma perspectiva de saúde”, afirma Rafael Tozo, arquiteto da ACR Arquitetura e Planejamento. Flexibilidade Bross acrescenta a esta perspectiva que os investimentos atuais dos hospitais, tanto públicos quanto privados, no aumento do número de leitos é secundário em relação aos investimentos na mudança do paradigma dos hospitais. “Eu tenho um pouco de cuidado em examinar que tantos hospitais aumentam seus números de leitos”, afirma. Neste ponto entra a palavra flexibilidade. O futuro mercado de construções hospitalares — arquitetura, engenharia e gestão — aponta para espaços que

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Célia Schahin, do Duarte Schahin: Pacientes serão mais exigentes em relação aos ambientes hospitalares

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atendam a demandas ainda maiores que as atuais. Fatores sociais e econômicos que são consequência do novo estado de desenvolvimento do país contribuem para o aumento da fila nos hospitais. “A tendência de desospitalização também aponta para isso. Os hospitais ampliam, mas não chegam no seu limite, pois a rotatividade também é maior. Esse é um fator que também trará reflexos no hospital do futuro”, avalia Célia Schahin. “Dentro da complexidade dos hospitais hoje em dia você tem que trabalhar plantas muito racionais, muito bem organizadas, de forma que a gente garanta esta flexibilidade”, avalia Rodrigo Sambaquy, arquiteto e sócio da RAF Arquitetura. Para ele, a flexibilidade é o principal projeto de um hospital, uma vez que muitos procedimentos são feitos simultaneamente e a estrutura não pode prescindir de espaço para realizar operações como a manutenção do prédio. Quando gestores das instituições, provenientes das áreas médicas começam se preocupar com a gestão de processos, o espaço dos hospitais toma então o lugar de evidência no conjunto. Bross defende a ideia de que o espaço tem um capital muito acentuado e muitas vezes as empresas desperdiçam pessoas, tempo e atividades exatamente por não transmitirem aos operadores o papel do espaço. “O prédio precisaria ser considerado não um ente a ser administrado pela manutenção para mantê-lo rígido, mas pela operação”, afirma. Parte da ideia de flexibilidade, também, a importância do contexto urbano. A localização dos hospitais faz parte da busca pela excelência no atendimento aos consumidores. “O contexto urbano pode impedir, e impede, a acessibilidade aos hospitais”, afirma Bross. “Como se chega no Albert Eintein, em São Paulo, em dia de jogo? Como se chega no hospital Português, em Salvador, que a rua é de paralelepípedo e é uma rampa? Os automóveis não chegam”, pontua o arquiteto. A necessidade de acesso está fazendo com que as instituições que tenham grandes núcleos tratem de se satelizar, ou seja, distribuir-se em menores núcleos especializados, em função de manter a imagem e a competência de seus serviços. Além da satelização, outro conceito importante para a garantia da distribuição dos serviços de maneira flexível, é o da hierarquização. O modelo tem como premissa também a descentralização das instituições. Hospitais menores de especialidades e hospitais como policlínicas, centros médicos para atender demandas de clientes que exijam, num primeiro momento, uma curta permanência. Anexo a isto, os cuidados domiciliares completariam este perfil, num caso de necessidades ampliadas. “Eu creio que a hierarquização vai acontecer num futuro não muito remoto”, afirma Bross, que também entende que os movimentos possam ser reali-

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zados num ambiente de cooperação ou de co-responsabilidade entre as empresas. “A satelização e a hierarquização não necessariamente precisam ser da mesma empresa. Nós observamos em cidades do interior, hospitais que estão dispostos a não se canibalizarem uns aos outros. O sistema de informática gerencia e os interesses são compridos em relação ao consumidor”, explica. A própria questão da logística de suprimentos, segundo o arquiteto, poderia ser compartilhada dentro deste contexto.

Charles Vasserman: Será necessário uma integração maior entre arquitetos e engenheiros

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Demanda O sistema suplementar de saúde, que compreende os planos de saúde e hospitais privados, atende a cerca de 25% da população brasileira. Este número é crescente, em vista do maior acesso da população à mobilidade social. Entretanto, segundo o arquiteto Augusto Guelli, vice-presidente de Gestão Administrativa da ABDEH (Associação Brasileira de Desenvolvimento do Edifício Hospitalar), a saúde ainda não sentiu o impacto da primeira onda de crescimento econômico. Segundo ele, os primeiros beneficiados pelos planos econômicos do governo priorizaram gastos com automóveis, imóveis e eletrodomésticos. Tendo em vista os planos de estímulo do governo federal em reduzir impostos sobre estes itens, é fácil perceber que os investimentos em saúde não foram os primeiros. A demanda reprimida da saúde pública deve atingir a saúde suplementar nos próximos anos, segundo Guelli. “A saúde ainda não comemorou o boom do crescimento econômico”, afirma. Segundo ele, este crescimento deve levar toda a cadeia produtiva da saúde a um redimensionamento. “No limite, a demanda vai bater na educação, com a necessidade de formação de profissionais”, completa. O volume financeiro do mercado de saúde compreende cerca de 8% do PIB (Produto Interno Bruto) do país. A divisão é feita de forma equivalente para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para o Sistema complementar, como explica Guelli. Nos próximos dez anos, segundo o arquiteto, o sistema suplementar de saúde deve dividir o otimismo das previ-

Rodrigo Sambaquy, da R AF: Estruturas deverão ser muito bem organizadas para garantir a flexibilidade dos espaços

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Salim Lamha, da MHA Engenharia: Haverá uma satelização dos serviços

sões para o crescimento da arrecadação do país, mesmo que a fatia destinada à saúde careça de previsões de aumento. “A porção destinada à saúde no Brasil é comparável a de grandes países”, explica Guelli. A expectativa, segundo ele é que o crescimento do setor seja sustentado pelo próprio crescimento da economia. “As perspectivas para o país são boas e a gente já percebe uma movimentação social”, afirma. A gestão da saúde pública é também um item fundamental. Salim Lamha Neto, da MHA Engenharia, afirma que o crescimento contínuo de grandes hospitais se deve à eficiência de gestão. “Mas nós também temos uma série de prédios absolutamente abandonados, desativados por má gestão, também”, explica. “A questão da gestão vai ser fundamental. Os números da população aumentam. Obviamente qualquer curva de melhoria no poder aquisitivo, você coloca uma demanda muito maior na saúde.” Desafios Evidentemente, alguns desafios se apresentam no caminho do hospital de amanhã. Um deles, no caso do Brasil, é a capacitação profissional. Em alguns casos, o despreparo profissional se desdobra por toda a estrutura de uma empresa responsável pela operacionalização de um projeto. “Um problema que eu tenho observado aqui no Brasil é que depois que a gente desenvolve um projeto, 40% não é executado. Por falta de verba, por falta de treinamento das construtoras ou desconhecimento de normas”, explica Cury. Segundo ele, há uma distorção no país que tem bases na educação. Apesar de muitos projetos serem elaborados cuidadosamente, eles são executados por uma mão-de-obra, muitas vezes despreparada para tal serviço. Segundo o diretor, a cadeia de produção que executa um projeto está carente de treinamento, de conhecimento e homogeneização de normas. “Em alguns casos, o encarregado de obras tem nível de conhecimento do eletricista; e depois um engenheiro de obra que tem nível de conhecimento do encarregado; e o que seria um coordenador geral tem nível de conhecimento de um engenheiro”, explica Cury. “Ape-

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Claudio Muylaert, da MBM Engenharia: Mais do que os projetos, os hospitais deverão melhorar sua infraestrutura

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Ana Paula Perez, da C+A Arquitetura: Os edifícios deverão seguir um conceito holístico de saúde

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sar de sermos a 5ª potencia mundial, nós ainda somos um país de terceiro mundo. Têm muitos lugares aqui que não são muito diferentes da África.” A capacitação é um entrave também dentro dos hospitais. Apesar de existirem no mercado profissionais de manutenção com formação dedicada à área médica, como engenheiros clínicos, estes profissionais estão dedicados a hospitais particulares de ponta. Ou seja, o acesso a estruturas capazes de colocar em prática o hospital ideal ainda está restrito a uma diminuta porção da população, num cenário onde 75% da população é usuária do Sistema Público de Saúde. “Em São Paulo, a maioria dos hospitais públicos a engenharia de manutenção é terceirizada por empresas que não têm a menor capacitação”, afirma Cláudio Bousquet Muylaert, diretor técnico da MBM engenharia. Mesmo quando se fala em renovação dos hospitais, deve-se ter em mente que a reforma dos prédios antigos é uma realidade e que não pode prescindir dos mesmos cuidados com infraestrutura e organização do espaço. Ainda que se afirme que nos últimos dez anos, a relação entre hospitais reformados e novos tenha passado de 80% e 20%, respectivamente, para um equilíbrio de metades, a reforma dos prédios antigos carece de atenção especial quanto à infraestrutura. “Algumas reformas de hospitais não mexem na infraestrutura. Existem vários hospitais em que se faz adaptações para a instalação de equipamentos a partir de instalações de 50 anos”, afirma Muylaert. A atualização na estrutura dos prédios visa, normalmente, a manutenção da segurança e a ampliação para o atendimento da crescente demanda. Engenheiros e arquitetos debatem o cerne desta questão, uma vez que a um cabe projetar a infraestrutura e a outro dimensionar o espaço de acordo com a operação. “A questão da reforma é uma questão que está na cultura mais até do que empreendimentos novos, até porque as condições de mercado agora mudaram e abrem espaço para que os edifícios novos predominem”, explica Lauro Miquelin, diretor da L+M Gets. O arquiteto reivindica a responsabilidade pelo insucesso de algumas reformas para a

Rafael Tozo, da ACR Arquitetura: Os hospitais deverão contemplar uma perspectiva de saúde e não só de cura

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Douglas Cury, da Grau Engenharia: Os serviços serão descentralizados e integrados pela TI

postura dos arquitetos, que nem sempre são enfáticos na defesa do espaço ideal em detrimento do mais barato. O hospital do futuro não está tão longe da realidade quando se tem como baliza a concepção e o direcionamento de grande parte do mercado para o mesmo modelo. Engenheiros e arquitetos olham para modelos bastante convergentes, que têm bases na necessidade da integração e do compartilhamento das informações a fim de garantir mobilidade ao paciente e disponibilidade das informações. A atenção ao espaço como fonte de conforto para o consumidor transforma o hospital do futuro em um edifício onde o tratamento médico não é o único fim, ou seja, a função dos edifícios de saúde não deve ser exclusivamente o tratamento objetivo das enfermidades dos consumidores-pacientes. “A gente tem que ver este edifício de saúde de uma forma um pouco mais holística. No futuro, estas unidades tendem a tratar este consumidor-paciente não só a partir da saúde, mas também do lado psicológico e social”, afirma Ana Paula Nafah Perez, diretora de projetos da C+A Arquitetura e interiores. “Os edifícios tendem a ter espaços mais aberto e recursos de entretenimento”, completa. Do ponto de vista do cuidado com as construções, o futuro aponta também para projetos responsáveis com o uso de recursos naturais, seguindo a tendência de edifícios sustentáveis. A arquiteta Célia Schahin levanta esta questão quando compara a necessidade de se construir edifício novos já aplicando conceitos de responsabilidade ambiental com a demanda de que as construções antigas também sejam contempladas nestes projetos. “É mais raro criar um edifício hospitalar novo, principalmente nas grandes metrópoles, então como vamos encarar isto; o que será sustentável, só construções novas? Como vamos interagir com as construções antigas?”, questiona Célia. Neste caso também, o cuidado com o consumidor e a preocupação com disponibilidade de informações e de acesso, bem como profissionais capacitados em toda a cadeia de produção do setor, contribuem para uma visão mais abrangente de sustentabilidade, que inclui o bem estar e o desenvolvimento humano. Assista ao vídeo sobre o hospital do futuro na Saúde TV: http://bit.ly/ctGOko

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S a ú d e B u s i n e ss S c h o o l Os melhores conceitos e práticas de g e s t ã o , a p l i c a d o s a o s e u h o s p i ta l

Módulo 8

Gestão de Infraestrutura e equipamentos

Este caderno pode ser destacado

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Introdução Depois do sucesso do primeiro saúde business school, continuamos com o projeto. Este ano falaremos sobre gestão hospitalar Percebendo um intenso interesse do mercado por assuntos mais aprofundados

especializadas, para que cada uma escreva sobre o tema

em gestão, nesta edição do projeto

de sua expertise, trazendo assim ao leitor um material

Saúde Business School falaremos

abrangente e didático, escrito pela visão de quem ensina e

sobre administração hospitalar. Em

vivencia a realidade da saúde no Brasil.

cada um dos capítulos, falaremos

O projeto será desenvolvido em 12 módulos, que serão

sobre a gestão de cada área do

publicados de janeiro a dezembro de 2010 nas edições da

hospital, buscando auxiliar os leitores

revista Fornecedores Hospitalares. Cada um deles tratará

na

de tema específico de gestão, detalhado abaixo.

organização,

planejamento

e

implantação de processos em cada

O grande objetivo desse projeto é auxiliar os hospitais na

uma das áreas abordadas.

gestão de suas instituições trazendo um material que pode

Para ter um conteúdo aprofundado e

ser utilizado como instrumento de apoio para as atividades

relevante, buscamos a parceria com

de cada área. Conteúdos complementares poderão ser

instituições de ensino e consultorias

acessados no site www.revistafh.com.br/businesschool

O projeto envolve os seguintes temas: Módulo 1 – Gestão da Qualidade Módulo 2 – Gestão da Hospitalidade Módulo 3 – Gestão Comercial Módulo 4 – Gestão Financeira Módulo 5 – Gestão de Serviços Terceirizados Módulo 6 – Gestão de TI Módulo 7 – Gestão do Corpo Clínico Módulo 8 –Gestão de Infraestrutura e Equipamentos Módulo 9 –Gestão de Suprimentos Módulo 10 – Governança Corporativa Módulo 11 – Gestão de Pessoas Módulo 12 – Gestão de Marketing

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G e s t ã o d e i n f r a e s t r u t u r a e e q u i pa m e nt o s Por Núcleo de Tecnovigilância da Anvisa

O rápido avanço tecnológico vivido nos dias de hoje tem gerado novas técnicas e novos produtos com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do ser humano. A área médica, por ser um dos fatores mais significativos desse aumento da qualidade de vida, beneficia-se consideravelmente desse processo evolutivo, elaborando meios cada vez menos invasivos e mais seguros na busca pela saúde humana. Sem dúvida, é nesta área que temos a junção do maior número de tecnologias (ótica, microeletrônica, robótica, informática, radiação, bioquímica, biofísica, etc.) aplicadas para o benefício do ser humano, sempre com o objetivo de suprir a vontade inata de viver mais, com o menor sofrimento e desfrutando da maior saúde possível. O maior problema encontrado nessa evolução é acompanhar os crescentes custos, pois os benefícios são cada vez maiores e melhores. No entanto, representam custos permanentemente elevados, mesmo quando essa tecnologia já está mais difundida. Neste contexto, sabe-se que a comunidade científica não vai parar de pesquisar e desenvolver novas tecnologias, pois o que se pretende é viver mais e melhor. Por isso, o desejável seria “aproveitar” ao máximo essa evolução, pensando sempre em buscar o menor custo com o maior “benefício” possível, ou maior eficácia/efetividade, que seriam as palavras mais adequadas quando aplicadas à área da saúde, substituindo a relação custo/benefício por custo/efetividade.

1. DEFINIÇÃO DE ENGENHARIA CLÍNICA

A engenharia clínica pode ser compreendida através da definição da função do profissional que a exerce. Conforme definição do American College of Clinical Engineering (ACCE), “O ENGENHEIRO CLÍNICO é aquele profissional que aplica e desenvolve os conhecimentos de engenharia e práticas gerenciais às tecnologias de saúde, para proporcionar uma melhoria nos cuidados dispensados ao paciente.” A maioria dos hospitais do nosso sistema de saúde possui apenas um engenheiro elétrico, ou um engenheiro civil, ou mesmo um arquiteto, para cuidar das instalações físicas ou prediais do hospital. E as tecnologias de saúde, os equipamentos médicos, bem como a resolução de problemas gerenciais relativos aos equipamentos, de quem é essa responsabilidade? Dentro dos estabelecimentos de saúde, o engenheiro clínico é responsável pelas tecnologias de saúde e por tudo que a elas se refere. No Brasil, esse profissional surgiu há pouco tempo, o que nos proporcionou um atraso de aproximadamente 30 anos, em relação aos EUA e à Europa. Sendo assim, nota-se o grande espectro potencial do trabalho desse “novo” profissional no sistema de saúde brasileiro. Nos países europeus e na América do Norte, essa atividade iniciou-se principalmente pela necessidade de segurança no uso da tecnologia, em especial a segurança elétrica, com a finalidade de prevenir queimaduras e choques elétricos fatais. Em nosso país, a engenharia clínica introduziu-se pressionada pelo aspecto financeiro, face ao elevado custo de manutenção dos equipamentos e seus acessórios. O descontrole do custo dessa manutenção, a baixa qualidade técnica da mão-deobra, decorrente da insuficiência de profissionais capacitados, e a falta de uma política clara para o setor, foram os fatores que dificultaram a introdução da engenharia clínica no Brasil. Formalmente, o mercado de engenharia clínica ainda é muito incipiente no Brasil.

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As primeiras iniciativas de engenharia clínica surgiram em meados dos anos 80, com a chegada ao mercado de profissionais oriundos de centros de formação acadêmica (COPPE/UFRJ, UNICAMP, USP, dentre outras) que estabeleceram as primeiras empresas voltadas para essa área, ou que foram contratados por hospitais de visão moderna. O problema para superar a grande barreira de se ter um serviço de engenharia clínica está na baixa consciência das contribuições econômicofinanceiras que uma gestão de tecnologia apropriada pode trazer ao ambiente hospitalar. Mesmo em instituições de saúde que já possuem uma equipe de engenharia clínica, muitas vezes, estas restringem-se somente a questões eminentemente técnicas, envolvendo-se muito pouco com questões financeiras, tais como, tempo de máquina parada ou lucro cessante, distribuição de custos por setor, dentre outras. Basicamente, não existem dados oficiais no mercado nacional que possam ser utilizados como fonte de informação formal para a apresentação de um quadro atual da implantação da engenharia clínica no Brasil. Gerenciar esse parque tecnológico em um ambiente atual de intensa competição e regulação, de ampliação dos direitos dos usuários quanto à qualidade dos serviços médicos prestados e de constantes progressos no desenvolvimento de novos equipamentos confere à engenharia clínica uma função absolutamente relevante e estratégica no desempenho global de uma unidade hospitalar. Por isso, a presença de engenheiros clínicos e profissionais de nível técnico dentro do ambiente hospitalar tornou-se imprescindível, em especial, para acompanhar mais de perto os custos e a qualidade da manutenção dos equipamentos. Sendo a engenharia clínica, o setor responsável por todo o ciclo de vida da tecnologia, e não apenas pela manutenção dos equipamentos médico-hospitalares, este setor deve participar do processo de aquisição, recebimento, testes de aceitação, treinamento, manutenção, alienação e todos os assuntos referentes aos equipamentos. Em síntese, pode-se dizer que o engenheiro clínico é o responsável por GERENCIAR AS TECNOLOGIAS DE SAÚDE durante todo o seu CICLO DE VIDA. Ele deve colaborar com conhecimento técnico e informação para aumentar cada vez mais a intensidade de uso, prolongando ao máximo o tempo de vida útil do equipamento, conforme ilustra a Figura 4.1. Em nosso país, devido à carência deste tipo de profissional, o trabalho do engenheiro clínico deveria ser focado no gerenciamento do equipamento e não na execução da manutenção, empregando a inteligência para inicialmente planejar e organizar o setor e, em um segundo momento, partir para a execução da manutenção técnica interna, que é o problema mais evidente para alguns administradores.

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2. ÁREAS DE ATUAÇÃO DA ENGENHARIA CLÍNICA

Dentro do estabelecimento de saúde, as áreas que possuem relacionamento com o pessoal do serviço de engenharia clínica podem ser observadas na Figura 4.2, na qual observa-se o leque de ações e pessoas no relacionamento do engenheiro clínico. Essa rede de contatos exige que o engenheiro clínico possua outras habilidades, além do conhecimento técnico. Cabe ao engenheiro clínico dentro da instituição de saúde: • Controlar o patrimônio dos equipamentos médico-hospitalares e seus componentes; • Auxiliar na aquisição e realizar a aceitação das novas tecnologias; • Treinar pessoal para manutenção (técnicos) e operação dos equipamentos (operadores); • Indicar, elaborar e controlar os contratos de manutenção preventiva/corretiva; • Executar a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos médico-hospitalares, no âmbito da instituição; • Controlar e acompanhar os serviços de manutenção executados por empresas externas; • Estabelecer medidas de controle e segurança do ambiente hospitalar, no que se refere aos equipamentos médico-hospitalares; • Elaborar projetos de novos equipamentos, ou modificar os existentes, de acordo com as normas vigentes (pesquisa); • Estabelecer rotinas para aumentar a vida útil dos equipamentos médico-hospitalares; • Auxiliar nos projetos de informatização, relacionados aos equipamentos médico-hospitalares; • Implantar e controlar a QUALIDADE dos equipamentos de medição, inspeção e ensaios, ítem 4.11 da ISO-9002, referente aos equipamentos médico-hospitalares; • Calibrar e ajustar os equipamentos médico-hospitalares, de acordo com padrões reconhecidos; • Efetuar a avaliação da obsolescência dos equipamentos médico-hospitalares, entre outros; • Apresentar relatórios de produtividade de todos os aspectos envolvidos com a gerência e com a manutenção dos equipamentos médico-hospitalares – conhecidos como indicadores de qualidade e/ou produção.

3. INDICADORES DE DESEMPENHO DO SERVIÇO DE ENGENHARIA CLÍNICA

Quando se pensa em implantar um serviço de engenharia clínica em uma unidade hospitalar, o primeiro passo é saber o que se espera desse “novo” setor. Quais os resultados, os benefícios tangíveis e intangíveis? Para que e por que esse setor é tão importante? Não se pode querer estruturar um serviço baseado apenas no hospital referência, ou “concorrente”, que acabou de implantar uma atividade semelhante. Yshikawa, um dos “papas” da administração moderna, comenta que “...se você não tem item de controle, você não gerencia”. Vista desta forma, a qualidade do serviço de engenharia clínica implantado deve estar associada à palavra indicador ou item de controle. Em recente congresso de engenharia biomédica, em Florianópolis, foram apresentados alguns artigos específicos sobre indicadores de engenharia clínica, que passamos a comentar. Ferreira FR, Rocco E, e Garcia R. “Proposta de Implementação de Indicadores para Levantamento de Produtividade em Estruturas de Engenharia Clínica”, Anais do Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica 2000, Florianópolis, SC: p. 455-459, 2000.

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06.08.10 10:32:36


Este artigo apresenta nove indicadores, descritos a seguir: 1. Custo de um equipamento parado

Este indicador tem como base de estudos as perdas de receita por parte do hospital, já que exames deixarão de ser realizados pela indisponibilidade do equipamento. É expresso, matematicamente, como: RGE = MD x VPS Onde: RGE = Receita gerada por equipamento (em R$.exame/dia) MD = Média diária de exames VPS = Valor pago pelo SUS por exame (em R$)

2. Percentagem de conclusão do programa de manutenção

Definida como sendo a razão do programa de manutenção completado, em relação ao iniciado em um determinado período de tempo (um mês, por exemplo). Este indicador não analisa os custos e a qualidade do serviço, mas dá um sentido de valor ao trabalho que está sendo realizado.

3. Tempo de resposta

É definido como o tempo, em horas, da chamada inicial à resposta inicial. Este indicador é frequentemente incluído em contratos de serviço e constitui-se um indicador útil para estruturas de engenharia clínica (EC) na monitoração dos serviços executados por terceiros. É um indicador voltado para a satisfação do cliente.

4. Custo de manutenção versus valor do equipamento

Este indicador tem como objetivo principal saber qual o percentual máximo ideal a ser gasto com a manutenção de um equipamento em relação ao seu valor de aquisição. Desta maneira, pode-se saber qual o melhor momento de se realizar novas aquisições. A vantagem deste indicador é que leva em consideração todos os custos e permite comparar uma grande variedade de equipamentos.

5. Reparos repetidos

É o número de reparos efetuados em um determinado equipamento, em um curto período de dias especificado. Este indicador é uma boa ferramenta para identificar equipamentos que apresentam problemas crônicos. Além disso, ajuda a identificar técnicos e operadores que necessitam de treinamento adicional.

6. Tempo médio de retorno

Este indicador mostra o tempo médio, em dias, que os equipamentos levam para retornar à operação normal após uma manutenção. É útil para mostrar a eficiência de uma estrutura de EC. Para o cálculo, usa-se a seguinte equação: TMR =

S PD / NE

Onde: TMR = Tempo médio de retorno (em dias) PD = Período de indisponibilidade dos equipamentos (em dias) NE = Número de equipamentos

7. Número de ordens de serviço por setor do hospital

É definido como o número total de ordens de serviço abertas para cada setor do hospital. Este indicador mostra claramente a demanda de serviço de cada setor do hospital. Deste modo, fica mais fácil definir a equipe de trabalho de uma estrutura de EC.

8. Horas produtivas por horas disponíveis

É o tempo efetivo de trabalho das equipes dos Serviços de Engenharia Clínica. A vantagem deste indicador é que ele mostra se as equipes estão documentando seus tempos no trabalho, que podem ser calculados da seguinte maneira: P = S HP / SHD Onde: P = Produtividade (em %) HP = Horas produtivas HD = Horas disponíveis As horas produtivas são a soma de horas trabalhadas, reuniões, tempo de estudo, treinamento, etc., no período de um ano. As horas disponíveis são o número de horas disponíveis anualmente, descontados os feriados, as férias e as horas com atestado de saúde.

9. Custo diário de um leito parado

Este indicador é útil para ser utilizado em setores mais importantes como a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e está relacionado com equipamentos de suporte à vida. Este indicador ainda está em desenvolvimento. Cardoso G.B. e Calil S.J. “Estudo do Processo de Análise de Referência Aplicado à Engenharia Clínica e Metodologia de Validação de Indicadores de Referência”, Anais do Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica 2000, Florianópolis, SC: p. 482-487, 2000. Este estudo dividiu os indicadores em grupos, para facilitar a análise:

1. Temporais

a) Tempo de atendimento; b) Tempo de resposta; c) Tempo de paralisação dos equipamentos; d) Horas de manutenção corretiva/OS (Ordem de Serviço); e) Horas de manutenção corretiva/equipamento.

2. De qualidade

a) MP (manutenção preventiva) realizada/MP desejada; b) OS/equipamento; c) Número de OS por mês; d) Número de OS fechadas por número de OS abertas; e) Total de OS por técnico.

3. De custo

a) Custo de manutenção corretiva/equipamento; b) Custo de manutenção geral/custo de aquisição do equipamento. Indicadores de referência selecionados pelos autores:

1. Tempo de resposta/tempo de atendimento; 2. Tempo de atendimento; 3. Número de OS fechadas por número de OS abertas; 4. Custo de manutenção geral/custo de aquisição do equipamento.

Os b e n e f í c i o s q u e u m s e t o r d e e n g e n h a r i a p o d e t r a z e r a o s e s ta b e l e c i m e n t o s d e s a ú d e s ã o r e s u m i d o s a b a i x o . • Redução dos gastos com manutenção; • Redução do tempo de parada do equipamento; • Avaliação da veracidade dos orçamentos; • As empresas prestadoras de serviços são melhor controladas, e com isto surge automaticamente a desejada melhoria de qualidade; • Os médicos, enfermeiros e fisioterapeutas passam a ter mais tempo para executar sua principal tarefa, que é cuidar dos pacientes; • Os operadores são treinados diariamente; • As compras são feitas corretamente; • Os contratos de manutenção são melhor elaborados e controlados;

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• Os equipamentos passam a ter uma melhor qualidade técnica; • Os indicadores devem ser validados e auditados, para garantir as melhorias. A saúde financeira das instituições de saúde está enormemente associada a boa utilização de seus recursos investidos em tecnologia. Não basta ter apenas bons médicos e profissionais treinados, é necessário controlar os ativos, de forma a utilizar ao máximo seus benefícios, como também controlar os elevados custos de manutenção, a fim de manter-se vivo financeiramente. As tecnologias biomédicas são as maiores vilãs financeiras do sistema de saúde atualmente, melhorar o controle sobre estas, é fator fundamental para a sobrevivência dos estabelecimentos médicos de saúde.

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C as o d e s u c e ss o Controle de Processos A reforma e ampliação do Hospital Igesp está apoiada na Gestão de Infraestrutura, que permite um maior controle e agilidade dos processos Thaia Duó – tduo@itmidia.com.br A ampliação do Hospital Igesp de São Paulo em 2002 fez com que a instituição desse o primeiro passo para a criação de uma Gestão de Infraestrutura - hoje considerada a chave fundamental para o alinhamento e agilidade da organização. A gestão está dividia por gerências corporativas com um responsável direto por cada área: assistencial, médica, comercial e administrativa e financeira. “A função é manter a organização alinhada, pois se ela não estiver coesa a tendência é que tenha problemas num determinado ponto do projeto. E pode ser demorado para que se realinhe o que foi destorcido”, enfatiza o superintendente corporativo do Hospital Igesp, Esle Trevizan. Em média 20 pessoas trabalham direta ou indiretamente na Gestão de Infraestrutura, que se reporta à superintendência da instituição. O método foi pensado estrategicamente com foco na facilidade para tomadas de decisão. “Às vezes uma equipe se subordina a várias pessoas antes de chegar a quem tem a decisão e isso pode atrasar os processos, o que não é o nosso caso. Dessa forma com que estruturamos a área conseguimos trazer para perto os colaboradores ligados à infraestrutura ao longo dos últimos anos”, destaca. Mas se reportar à superintendência não é o suficiente para o bom funcionamento dos projetos de reforma e ampliação. Para que tudo seja concluído dentro do cronograma, a Gestão de Infraestrutura do Igesp acompanha o desenvolvimento de cada projeto em cada etapa executada com foco em prevenir imprevistos, erros ou atrasos. De acordo com Trevizan, todos os projetos têm cronograma tanto de estudo quanto de execução que são observados com cuidado para saber quais as medidas devem ser tomadas. O controle dos processos é feito com base em indicadores como satisfação do cliente, intervalo de execução das atividades operacionais, não conformidades, consumo de materiais, manutenção, satisfação das equipes médicas, entre outros. “A Gestão de Infraestrutura resulta numa melhora constante de rapidez e do próprio controle do que esta acontecendo. Conseguimos detectar falhas ou necessidades dentro do tempo estimado”, avalia Trevizan. O Igesp atualmente está focado na modernização de sua ala antiga, que envolve a reforma de várias áreas. A previsão é que o projeto seja concluído ainda em 2010. “Esse é um trabalho que exige muita organização devido à necessidade de interromper parcialmente alguns serviços”, afirma o executivo ao citar que entre ampliação e modernização o hospital investiu cerca de R$ 80 milhões nos últimos anos. Em 2002, a instituição concluiu a ampliação geral de uma nova torre e, em 2009, inaugurou mais um prédio.

Sobre os Autores autor O texto publicado nesta edição é uma adaptação do capítulo 4 do Manual de Tecnovigilância da Anvisa. A Engenharia Clínica com Estratégia na Gestão Hospitalar Ficha Catalográfica Brasil. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de Tecnovigilância: abordagens de vigilância sanitária de produtos para a saúde comercializados no Brasil/Agência Nacional de Vigilância Sanitária. - Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 629 p.: il. - (Série A. Normas e Manuais Técnicos) ISBN 978-85-334-1668-0 1. Tecnovigilância. 2. Vigilância Sanitária de artigos médico-hospitalares. 3. Vigilância Sanitária de produtos / pós-comercialização. 5. Segurança. 6. Eventos adversos. 7. Apectos técnicos. 8. Atenção à Saúde. I. Título. II. Série CDU 614.3(035) Catalogação na fonte - Coordenação-Geral de Documantação e Informação - Editora MS - OS 2010/0174

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05.08.10 13:38:47


Ace sse o m at e r i a l c o m p l e m e n ta r e m w w w. r e v i s ta f h . c o m .b r /b u si n e sss c h o o l

Saúde business school

Saúde Business School é uma iniciativa da IT Mídia. Todos os direitos reservados.

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04.08.10 18:49:28


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03.08.10 16:17:45


ARTIGO

CRESCER, CRESCER MAIS,

ATÉ SOFRER POR CONGESTÃO!!!

T

ivemos recentemente a oportunidade de acompanhar uma série de dirigentes hospitalares discorrendo sobre as edificações, que atualmente abrigam seus negócios de saúde. Inúmeros e não poucos!!! Mais a trajetória de sua evolução, que iniciou com um conjunto de consultórios em terreno adequadamente dimensionado à época para aquela edificação, localizado nas cercanias do “centro da cidade” com fácil acessibilidade, estacionamento na rua e com f luidez no tráfego, propiciando conforto para todos!!! Embora a proposta inicial tivesse sido de somente agrupar consultórios, com o aumento da demanda de consumidores fez-se interessante ampliar o prédio para aumentar a oferta de “novos serviços”, iniciativa que a “taxa de ocupação” do terreno ainda permitia.

Foto: Ricardo Benichio

O sucesso do empreendimento clamou por ampliar a área construída, que gerou um grande dilema à empresa hospitalar: crescer na vertical em estrutura não dimensionada para tanto, ou comprar terrenos vizinhos! Evidente que os vizinhos acompanhando o crescimento do prédio, já se posicionaram no aguardo da proposta de compra, levando seu valor a condições críticas de negociação para o interessado. JOÃO C ARLOS BROSS É ARQUITETO E BROSS CONSULTORIA E A RQUITETURA.

PRESIDENTE DA

Sobrepor andares ao prédio existente representará reforços estruturais, onde muitas vezes o “manejo da obra”, fica comprometido por falta de espaço e acessibilidade de componentes e materiais. Uma análise de custo x benefício recomenda a aquisição de terrenos limítrofes a “qualquer custo!!!”. Mas pela geometria do loteamento original, os terrenos adquiridos permitem novas construções que, nem sempre se “entrosam” com o existente, desfigurando o partido arquitetônico do novo conjunto!!! Consequências serão o isolamento de setores com aumento dos f luxos de pessoas e materiais, provocando desorientação e desperdícios. Com a ampliação dos serviços e o impacto do complexo ampliando no contexto urbano, surgem dois novos desafios: a acessibilidade viária ao mesmo e a exigência imposta pela Municipalidade pela criação de estacionamento, que constituem nos tempos atuais um facilitador para os usuários. Cabe lembrar que pela lei do uso do solo, alguns municípios exigem uma vaga (22m²) de estacionamento a cada 50 m² de construção: um hospital com cem leitos, demandará cento e sessenta vagas que ocuparão 3.500 m²!!! O complexo hospitalar cresceu a ponto de se tornar um “polo gerador de tráfego”, que exigirá intervenções da Municipalidade no sistema viário circundante, que na grande maioria das vezes torna ruas de mão dupla em mão única, aumentando percursos e confundindo os usuários quanto aos acessos do estabelecimento. O consumidor de serviços hospitalares grava estes entraves relativos à dificuldade de movimentação interna, acessibilidade e facilidades de estacionamento, decidindo que em igualdade de competência, tecnologia e tradição, escolhe aquele estabelecimento que lhe trará maiores comodidades e conforto. Os aspectos citados tem mostrado historicamente que uma empresa deverá, desde o momento de sua primeira instalação, projetar seu provável crescimento para que identifique antecipadamente que entraves encontrará em futuras expansões e principalmente qual a relação entre benefícios almejados e custos de investimento. Para tanto deverão ser assessorados por arquitetos e engenheiros que orientação competentemente os momentos em que a Estratégia Empresarial ficará comprometida por inversões acentuadas de capital, que já não mais resultarão nos objetivos a serem alcançados. Resumindo: é necessário antecipar o ponto de equilíbrio entre o negócio e o prédio, e talvez antecipar estudos para empreender uma nova unidade em outro sítio urbano, com isto iniciando a configuração de uma Rede de Estabelecimento Assistencial de Saúde.

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REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES

04.08.10 18:58:18


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ARTIGO

GESTÃO DO RELACIONAMENTO COM O CLIENTE: MEIO DE AGREGAR VALOR PARA A EMPRESA

C

ertamente você já ouviu a sigla CRM. Trata-se de um conceito do Marketing moderno, Customer Relationship Management ou Gestão do Relacionamento com o Cliente, definido por Philip Kotler como o “gerenciamento cuidadoso de informações detalhadas sobre cada cliente e de todos os ‘pontos de contato’ com ele, a fim de maximizar sua fidelidade.

Foto: Ricardo Benichio

O CRM pode contribuir – e muito – para seu negócio de saúde. É por meio de ações dessa natureza que se consegue efetivamente “criar valor” para o cliente, seja ele uma operadora de plano de saúde, um médico ou o cliente-paciente. A visão do cliente sobre valor mudou, hoje todos buscam mais que preço e qualidade. Só quem investe no gerenciamento eficaz da informação consegue detectar os anseios e as expectativas do cliente; e só quem investe no gerenciamento deste valioso relacionamento consegue torná-lo duradouro.

GENÉSIO KÖRBES É CONSULTOR HOSPITALAR MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL SÓCIO-DIRETOR DA KORBES CONSULTING

Os tais “pontos de contato”, no caso de um estabelecimento hospitalar, por exemplo, são muitos e se referem às ocasiões em que o cliente, qualquer que seja, tem contato com a marca ou o produto em questão. Isso pode acontecer em diversos momentos e de diferentes formas. Para mencionar apenas alguns exemplos: no caso do paciente, a chegada para internação e as orientações recebidas no leito através do médico ou enfermeiro; com a operadora de plano de saúde, a maneira como se recebe o médico-auditor ou o contato com o departamento comercial para o esclarecimento de dúvidas referentes ao contrato; e, no caso do médico, o recebimento da documentação para cadastro e o acolhimento do profissional no conforto ou estar médico. Todos esses cenários são possibilidades de gerenciamento do relacionamento com o cliente e o desafio é a sinergia entre os diferentes setores da empresa no entendimento e tratamento das informações e impressões recebidas. Como fazer isso? Recorramos mais uma vez ao apoio de Kotler, autoridade mundial em marketing, citando Peppers e Rogers: interagindo com o cliente individualmente para melhorar seu conhecimento sobre suas necessidades e construir relacionamentos mais sólidos; customizando produtos, serviços e mensagens para cada cliente; e diferenciando os clientes em termos de suas necessidades e seu valor para a empresa. Depois de identificar as expectativas do cliente é preciso agir. O primeiro passo, como já mencionado, é o levantamento de informações. Que deve, naturalmente, ser seguido de sua análise através de pesquisa e ferramentas de inteligência de mercado, de forma a resultar nas ações que farão o cliente perceber como sua empresa é melhor que a concorrência. Três medidas são indispensáveis e devem se tornar parte da rotina da instituição: o acompanhamento das mudanças no ambiente corporativo; o monitoramento constante da concorrência com o objetivo de prever mudanças; e o desenvolvimento de sistemas de análise mercadológica que propiciem a tomada de decisões com agilidade e assertividade. Os setores comercial, de marketing e vendas assumem papel estratégico na condução do CRM voltado ao crescimento do negócio. Porém, este é um processo que provoca mudanças em todos os envolvidos. Cada área tem de estar preparada para atuar de forma pró-ativa e colaborar para que o f luxo de informações transcorra da melhor forma possível. Só assim o CRM vai gerar aumento da lucratividade e do nível de satisfação do cliente. A implantação da Gestão do Relacionamento com o Cliente é um desafio e prevê a integração do cliente ao processo de planejamento de produtos e serviços. Porém, com isso você está no caminho certo para não só reduzir o índice de perda de clientes, como também aumentar a longevidade do seu relacionamento com eles. Uma última dica: fique atento às reclamações e sugestões que receber. Mais do que informação de base para elaboração de relatórios sobre o preenchimento da pesquisa de satisfação, podem conter informações preciosas para o desenvolvimento de ações de fidelização do cliente.

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REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES

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ESPAÇO JURÍDICO

COMPRAS GOVERNAMENTAIS AGORA TUDO VAI SER DIFERENTE.... (MP 495)

Foto: Ricardo Benichio

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RODRIGO A LBERTO CORREIA DA SILVA É CORREIA DA SILVA A DVOGADOS, PRESIDENTE DOS COMITÊS DE SAÚDE DA C ÂMARA BRITÂNICA DE COMÉRCIO (BRITCHAM) E DA C ÂMARA A MERICANA DE COMÉRCIO (AMCHAM), SÓCIO DO ESCRITÓRIO

ADVOGADO DE DIVERSAS ASSOCIAÇÕES DE CLASSE E EMPRESAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS DE SAÚDE , M ESTRE EM DIREITO PELA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE C ATÓLICA DE SÃO PAULO (PUC-SP) E AUTOR DO LIVRO “R EGULAMENTAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDE” – RODRIGO@ CORREIADASILVA.COM.BR

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o dia 19 de julho de 2010 o mundo das compras governamentais no Brasil mudou. Boa parte do que se sabia sobre os fundamentos das licitações públicas no Brasil deixou de valer, sem prévio aviso, sem debate da sociedade, por medida provisória. Até então as compras governamentais almejavam a compra pelo menor custo, ou seja, pela maior utilidade com o menor preço, e isto era atingido aumentando-se a concorrência (CF/88, art. 170, IV), permitindo que um número cada vez maior de concorrentes oferte seus produtos e serviços, sem favorecimentos, em condições de igualdade (CF/88, art. 37, XXI) e com transparência na criação dos editais de licitação. Apenas com exigências indispensáveis a garantia do cumprimento do contrato (CF/88, art. 37, XXI). Um importante reforço para a competição foi o pregão, modalidade de licitação que contempla etapa em que concorrentes deem lances em sistema de leilão invertido, que passou inclusive a permitir a utilização da internet para ampliar o universo de licitantes e dar maior transparência ao processo. Embora tenha sido criada uma modalidade a mais de licitação não afirmaríamos na época que tudo mudou como fazemos agora porque o pregão foi muito mais um refinamento e uma reafirmação do princípio basilar da concorrência do que sua subversão. Não negamos que hoje há abuso da utilização do pregão que na origem se dirigia apenas a bens corriqueiros e padronizados, “bens de uso comum”, e hoje é utilizado para aquisições que não se enquadram neste perfil, mas, o abuso não vem da lei vem da prática – é desvio que os tribunais de contas e judiciais deveriam corrigir. O conceito da maior eficiência das compras públicas, preceito constitucional da administração pública (CF/88 art. 37, caput), sempre foi considerado fundamental para que o dinheiro dos contribuintes fosse utilizado da melhor forma possível para garantir a ampliação da disponibilidade e, portanto do acesso aos serviços públicos e a execução de políticas públicas cada vez mais abrangentes dentro do orçamento disponível. Portanto um ciclo virtuoso no processo de compras gerando benefícios para a população atendida pelo Estado. O primeiro sinal, em nível legislativo, da mudança foi a aprovação da Lei Complementar 123 em dezembro de 2006 que dava benefício para compras governamentais de pequenas e microempresas caso ofertassem preços 10% ou 5% superiores ao preço mais baixo (conforme a modalidade do certame). Foi um baque, mas com fundamento constitucional, pois este tratamento preferencial está genericamente previsto como princípio da atividade econômica (CF – art. 170, IX), não cremos que beneficiar uma ou outra empresa seja o melhor instrumento, tanto que hoje se verifica a abertura de pequenas e microempresas de fachada apenas para utilização do benefício até que a empresa perca esta característica, muitas vezes em decorrência justamente do contrato ganho desta forma. Agora, poucos meses antes do final deste governo quando grandes investimentos públicos estão previstos, além das compras corriqueiras, por medida provisória altera-se a lei de licitações para entre outras coisas permitir ao órgão comprador discricionariamente (i) garantir preferência em até 25% do preço para produtos fabricados no Brasil, extensível ao Mercosul ou países com os quais o Brasil venha a firmar tratados sobre o tema, (ii) estabelecer dentro deste percentual possível vantagem adicional para produtos resultantes de tecnologia desenvolvida no país, (iii) permitir que sejam exigidas do fornecedor contrapartidas para a administração ou terceiros – ligados ou não ao fornecimento contratado, (iv) para produtos e serviços que envolvam comunicação ou tecnologia da informação permitir que as licitações sejam exclusivas para produtos e serviços nacionais que incorporem tecnologia nacional. Além de ferir de morte os preceitos constitucionais que elencamos acima a alteração de lei de licitações por medida provisória contraria os requisitos de urgência e relevância (CF/88, art. 62, caput) para sua edição. Como a Lei de Licitações trata justamente de limitações ao poder Executivo para garantir a boa aplicação do dinheiro público por este poder parece-nos ainda mais evidente que medida emitida pelo próprio poder que se pretende controlar não poderia jamais tratar deste tema se não para atender uma emergência de proporções catastróficas. Resta-nos aguardar a tramitação desta Medida Provisória no Congresso Nacional que além da missão de representar os 200 milhões de brasileiros que suportam uma carga tributária já de 34%-35% do PIB na avaliação e qualquer Medida Provisória para final aprovação, alteração ou rejeição (CF/88, art. 62, § 4º), tem também o poder/dever de fiscalizar a boa aplicação do dinheiro público (CF/88, art. 70) para vermos se tudo mudou o se este é apenas uma medida provisória. Se tudo ficar como está caberá ao poder judiciário mediante provocação responder ao desafio. Provisoriamente só temos incertezas e uma medida provisória em vigor que pode gerar efeitos sem decisão definitiva por até 60 dias prorrogáveis uma única vez (CF/88, art. 62, § 3º) (prazo iniciado em 02 de agosto de 2010 (CF/88, art. 62, § 4º).

REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES

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de olho nos fornecedores

Gestão sustentável

TI

de energia

serviços

Equipamentos multifuncionais e boas práticas de gestão ajudam hospitais a gerenciar de forma eficiente o consumo de energia Guilherme Batimarchi – gbatimarchi@itmidia.com.br

infraestrutura

equipamentos

As novas tecnologias utilizadas na construção de hospitais vêm colaborando cada vez mais para práticas sustentáveis, como a redução no consumo de energia elétrica por parte das unidades de saúde. Estes avanços variam desde o projeto arquitetônico do hospital, que pode contemplar a utilização de recursos voltados para a redução do consumo de energia, a novos equipamentos de suprimento, mais econômicos em termos de consumo e manutenção. Gerenciar o consumo e geração de energia em uma instituição de saúde não tem apenas o viés de contribuir com o meio ambiente, mas também em reduzir custos e aumentar a segurança na manutenção da eletricidade para o hospital. “O ponto de partida para a gestão energética é a confiabilidade e segurança nos sistemas de geração e distribuição de energia”, considera o gerente de cogeração e climatização da Comgás, Alexandre Breda. De acordo com o executivo, um dos maiores vilões para a conta de luz dos hospitais é o sistema de ar condicionado, responsável por 30% de todo o consumo de energia. Outra consideração feita pelo executivo é a variação nas tarifas de eletricidade em determinados horários. “No período de geração de ponta (horário de pico), que ocorre entre

materiais e medicamentos

O ponto de partida para a gestão energética é a confiabilidade e segurança nos sistemas de geração e distribuição de energia Alexandre Breda, da Comgás

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17h30 e 20h30, é cobrada uma tarifa diferenciada pela operadora que pode custar até sete vezes mais do que o valor normal para os hospitais”. Uma das soluções encontradas por algumas instituições de saúde para diminuir este gasto foi a utilização de sistemas de ar condicionado movidos a combustível nesses horários. Esta solução reduziu em 70% os custos com eletricidade no período de geração de ponta. Mesmo movidos a combustível - gás natural ou diesel - a relação custo/ benefício destes sistemas faz com que eles sejam fortes aliados na redução de custos, não só com eletricidade, mas, também, com infraestrutura de rede elétrica, além de alguns modelos, já utilizados no mercado nacional, aquecerem e resfriarem a água utilizada nos hospitais. Estas outras duas atividades fazem com que o ar condicionado assuma a função de aquecedor e refrigerador de água, além de seu propósito inicial, que é controlar a temperatura do ambiente e garantir a circulação de ar. Existem dois modelos que atendem estas necessidades, o Shiller e o Gas Heat Pump (GHP). Este primeiro modelo, já utilizado em 13 hospitais paulistas, possui um sistema f lex e pode ser abastecido com diesel ou gás natural. O

revista Fornecedores Hospitalares

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Foto: Divulgação

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de olho nos fornecedores equipamento, além de cumprir suas funções de ar condicionado também resfria a água que é distribuída para toda a unidade de saúde. “O valor do equipamento é o mesmo de um ar condicionado comum, porém ele possui um custo operacional 15% menor e se utilizado com gás não agride o meio ambiente”, completa Breda. O GHP ou bomba de calor a gás possui função similar ao Shiller, porém, ao invés de resfriar a água ele a aquece, substituindo caldeiras e reduzindo ainda mais o custo operacional da instituição. O Gas Heat Pump é modular, e pode ser expandido de acordo com a demanda do hospital. “Hoje o GHP, de fabricação japonesa, é utilizado em todos os hospitais da Ásia e em parte da Europa”, complementa Breda. Uma terceira opção, ainda não aplicada no Brasil, é o equipamento de cogeração de energia. Simultaneamente este equipamento, também movido a gás natural ou diesel, pode gerar energia, calor e refrigeração para a água do hospital e também vapor. Segundo a Comgás, o aparelho de cogeração de energia possui um custo operacional 30% menor que os geradores disponíveis no mercado e seu retorno financeiro é de quatro a cinco anos.

De olho neste mercado, com um potencial de consumo de 20 milhões de m³ apenas para São Paulo, a Comgás vem fomentando o uso dessas tecnologias no setor hospitalar prestando consultorias, mediando a compra de equipamentos, e, em alguns casos, até oferecendo uma ajuda de custo para que a instituição de saúde possa adquirir o equipamento. Gestão Para o sócio e consultor em planejamento energético da Fiorentini Arquitetura Hospitalar, Domingos Fiorentini, o planejamento energético de um hospital começa na planta, e deve ser conduzido por especialistas no assunto. “É fundamental que o projetista tenha domínio cientifico sobre os processos de utilização de energia, caso contrário o profissional jamais terá condições de fazer um projeto voltado para este objetivo”, diz Fiorentini. De acordo com o arquiteto, se o gerenciamento energético de um hospital for rigorosamente seguido levando em consideração princípios arquitetônicos como disposição de ambientes para melhorar a circulação de ar, o aproveitamento de luz e os recursos tecnológicos, como materiais que evitem a retenção de calor no interior das

Domingos Fiorentini: O planejamento energético de um hospital começa em sua planta

Foto: Divulgação

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construções, pode-se economizar até 40% de energia. Segundo o diretor da empresa Engenharia Clínica, Lucio Flavio de Magalhães, outro passo para o consumo adequado de eletricidade é o dimensionamento de cargas que deve ser realizado nos hospitais, ou seja, a quantidade de kilowatts que um equipamento médico consome. “Com o dimensionamento de carga conseguimos mapear o consumo de todos os aparelhos utilizados no hospital e dessa forma mensurar a quantidade de energia que será gasta, reduzindo o índice de desperdício”, afirma o engenheiro. Outra medida que pode ser adotada pelas instituições para controlar o desperdício de energia é o mapeamento de consumo. Por meio desse mapeamento, feito por medidores instalados nos equipamentos, a unidade de saúde terá um panorama sobre o destino de toda a energia utilizada no hospital. “Para um monitoramento eficiente, é ideal que sejam instalados medidores em cada centro de custo do hospital, dessa forma fica mais fácil fazer o rateio das despesas com energia na hora em que a conta de luz chegar”, considera Magalhães. A instalação de geradores movidos a combustíveis fósseis também é uma alternativa para a redução na conta de luz dos hospitais, mas nesse caso devem ser levadas em consideração as questões ambientais e de infraestrutura da unidade para abrigar tais equipamentos. Outro ponto levantado por Magalhães que afeta diretamente o orçamento dos hospitais é o contrato de fornecimento de eletricidade com a operadora de energia. “Caso o planejamento de consumo não seja feito, um hospital pode consumir mais energia do que o previsto pelo contrato e pagar multas bem altas pelo excesso de energia consumida”, completa Magalhães. O engenheiro ressalta que a revisão de consumo de energia deve ser sistemática, indo da simples conferência da conta de luz até o mapeamento de consumo nos aparelhos.

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A grande plataforma para negócios, relacionamento e atualização em saúde

Números comprovam força do evento Maior evento de saúde das Américas, a HOSPITALAR encerrou sua edição 2010 (realizada de 25 a 28 de maio) com resultados extremamente positivos, que reafirmam sua posição de eficiente plataforma para negócios, relacionamento e atualização no setor de saúde. Ocupando totalmente os cinco pavilhões do Expo Center Norte, esta foi a maior edição da HOSPITALAR já realizada, com recordes de expositores, visitantes, eventos simultâneos e negócios.

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Conteúdo de alta qualidade em 60 eventos A diversificação dos temas abordados, a qualidade dos conteúdos e a presença de profissionais de referência em várias áreas da saúde foi característica marcante dos mais de 60 congressos e eventos simultâneos à HOSPITALAR 2010. Participantes de todos os eventos foram unânimes em sua aprovação ao programa do Fórum Hospitalar.

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de área ocupada 1.250 expositores

de 36 países 89.000 visitas

profissionais de 54 países

80% da feira renovada para 2011 O sucesso de visitas e negócios da edição 2010, somado ao bom momento vivido pela área da saúde, levou à renovação antecipada de 80% dos espaços para a HOSPITALAR 2011, que será realizada de 24 a 27 de maio.

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tecnologia

Arquitetura da TI Guilherme Batimarchi – gbatimarchi@itmidia.com.br

Na hora de construir, ampliar ou reformar um hospital, a infraestrutura para dar suporte ao projeto de TI tambĂŠm precisa ser bem arquitetada. Confira as dicas dos especialistas para um bom projeto da ĂĄrea

Foto: Glowimages

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Renato Grau, da Innovision Systems: Saber quais aplicativos serão usados é fundamental para estruturar uma rede de TI adequada

Foto: Ricardo benichio

Assista à entrevista sobre planejamento da infraestrutura de TI no Saúde Business Web: http://bit.ly/9P12jg

Assista à entrevista sobre planejamento da infraestrutura de TI no Saúde Business Web: http://bit.ly/cORLaj

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Em consta nte expa nsão, o segmento hospita lar tem voltado cada ve z ma is a s atenções para a constr ução e a mpl iação da s unidades. Um dos pontos que deve ser destacado na hora de constr u ir ou a mpl iar uma inst it u ição é a inf raestr ut ura de Tecnolog ia da Informação, que, se ma l pla nejada, pode acarretar em preju ízos e até a suspensão dos ser v iços dependentes de TI no hospita l. Para que essa infraestrutura seja eficiente, barata e atenda a todas as necessidades do hospital os profissionais de TI responsáveis pelo projeto devem saber exatamente qual será a demanda por tecnologia que o hospital usará. “Não podemos falar sobre estrutura física ou de hardware sem antes pensar nos aplicativos que serão utilizados. É preciso saber como o hospital utilizará estes aplicativos para, depois disso, começarmos a planejar todo o dimensionamento físico de infraestrutura de TI e aquisição de equipamentos que comportem tais aplicativos para que as soluções não

sejam super ou subdimensionadas”, afirma o diretor executivo da Innovision Systems, Renato Grau. De acordo com o executivo, em alguns casos essa infraestrutura não é pensada junto com o corpo de engenheiros responsáveis pelo projeto, o que acarreta em instalações equivocadas nos caminhos que deveriam ser utilizados para os cabos de redes, por exemplo. Grau ressalta a importância da TI mapear as novas necessidades do hospital e planejarse antes mesmo de iniciar os projetos de estruturação física junto aos engenheiros e arquitetos responsáveis pelo projeto. “Este planejamento antecipado demandará mais tempo e até recursos, mas a longo prazo reduzirá custos com manutenção e consumo de material ”, completa. Um dos pontos cruciais para onde engenheiros e técnicos em tecnologia devem voltar sua atenção durante o planejamento de TI das obras de ampliação ou reforma é a estrutura de rede. Se a infraestrutura de TI for mal planejada durante os projetos de construção ou expansão

de uma unidade hospitalar, na hora da instalação da rede terão de ser utilizados caminhos alternativos fora das normas e da boa prática de instalação, isso ocasionaria defeitos na rede com maior frequência e em menor espaço de tempo. “Quando um hospital é projetado, cria-se também um plano diretor que prevê obras de expansão, nesse plano já está contido todo o projeto de infraestrutura de TI que será aplicado. Dessa forma evita-se qualquer dor de cabeça relacionada à estrutura física de rede”, informa o executivo da L+M Gets, empresa especializada em arquitetura hospitalar, Rodrigo Motta. O avanço da tecnologia e a massiva utilização de novos equipamentos dentro das instituições aumentaram significativamente o tráfego de dados pelas redes dos hospitais. Para evitar a sobrecarga, o executivo da Innovision aponta a necessidade da TI voltar sua atenção mais à aplicação de ferramentas do que à expansão das redes. “A tendência é que o consumo de banda de dados

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tecnologia

Projetos de expansão da rede de TI devem estar previstos nos planos diretores dos hospitais Rodrigo Motta, da L+M Gets

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cresça cada vez mais dentro dos hospitais”, afirma Grau. Mesmo com um planejamento prévio de quais tecnologias serão utilizadas, comitês multidisciplinares integrados por engenheiros e profissionais de TI devem ser formados para montar toda a infraestrutura de rede e computadores do hospital em harmonia com o projeto arquitetônico do prédio. “Após apresentada a demanda do hospital a engenharia e a TI discutem todo o projeto de infraestrutura até haver um consenso entre as duas partes e todas as demandas forem atendidas”, afirma o gerente de TI do Hospital Santa Catarina, Milton Alvez. Nestes comitês são discutidos cada passo para a implementação do sistema de TI de todo o prédio, terminal por terminal. “Um projeto bem estruturado para um hospital de médio ou grande porte pode demorar até um mês para ficar pronto”, reforça Alvez. Para o diretor da Grau Engenharia, empresa especializada em projetos hospitalares, Douglas Cury, toda a estrutura física de TI de uma instituição de saúde deve ter f lexibilidade, tanto vertical - por meio de colunas com tubulações que interligam os andares – quanto horizontal, que permite a comunicação de rede via eletrocalhas ou antenas sobre o forro. Outro ponto destacado pelo engenheiro é a utilização de fibra ótica ao invés do cabeamento normal, feito em cobre. “O uso da fibra óptica está ligado ao tamanho do edifício. A limitação dos cabos de categoria 6 (cobre) é de 100 metros, acima dessa distância o sinal de rede perde potência e correse o risco de perda de dados. Essa estrutura é recomendada para hospitais que tenham até 5 mil metros quadrados. Acima disso a alternativa ideal é o uso de fibra ótica”, diz Cury. Disposto como um cabo principal, chamado backbone, estrutura central de uma rede de dados, o sistema em fibra ótica pode comportar redes de dados, telefonia, chamadas de enfermagem, ERPs e imagens diagnósticas, que são transmitidas em um sistema separado dos dados. “Para a implementação de um sistema de fibra ótica

no hospital devemos nos ater a relação custo-benefício, que dependendo do tamanho da unidade e a demanda por banda de transmissão torna a alternativa menos interessante ou viável para o hospital ”, informa Grau. O backbone, independente de ser em fibra ótica ou cabos de cobre, deve estar disposto, de acordo com as especificações da norma NBR 54 10/1997, que obriga a utilização de eletrodutos metálicos para abrigar todo o cabeamento elétrico ou de rede e manter a tubulação de cabos de dados ao menos 50 cm distantes de qualquer rede elétrica devido a interferência causada pelo campo magnético dos cabos de força. Outro ponto destacado por engenheiros e técnicos em TI foi a estruturação e disponibilização do Centro de Processamento de Dados (CPD) do hospital. Considerado o coração de toda a rede de dados de qualquer escritório, hospital ou indústria, o CPD requer um planejamento criterioso na hora de definir onde será alocado e qual tipo de rede atenderá. Alguns aspectos que foram levantados para a estruturação de um bom centro de processamento de dados para unidades de saúde foram: disposição em um ambiente isolado, amplo, arejado, com piso elevado, ar condicionado redundante (para evitar o superaquecimento em caso de falha do ar condicionado), controle de temperatura e umidade, sistema de controle de acesso ao local do CPD e, principalmente, sistema de combate à incêndio. “O CPD pode ser disposto no subsolo ou no térreo das unidades hospitalares, o que facilita o manuseio de equipamentos e restringe o acesso de pessoal ao mínimo necessário”, diz Cury. Normalmente a estrutura de TI de um hospital é projetada para abrigar computadores do tipo desktop uma vez que a maioria dos equipamentos médicos já comporta computadores integrados aos seus sistemas ou operações. Porém, essa infraestrutura não impede que médicos e pacientes utilizem seus notebooks, PDAs ou smartphones dentro das instituições por meio da tecnologia wireless (sem fio), também incorporada à infraestrutura de TI do hospital.

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a galopes Fred Linardi – editorialsaude@itmidia.com.br

Délcio Rodrigues Pereira, do Hospital Anchieta, resgatou o interesse pelos cavalos e se tornou um grande entusiasta e criador da raça Crioulo

Ao sair para andar a cavalo, Délcio Rodrigues Pereira tem consigo toda a leveza que vem a partir do encontro com o cenário natural do centro-oeste do Brasil. Enquanto sai da pressão do dia a dia e se entrega ao relaxamento, observa a fauna típica da região, com sua variedade enorme de aves e, se tiver sorte, encontrará no meio do caminho tamanduás-bandeira, veados-campeiros e seriemas. Cavalgar, no entanto, não é tudo o que o mundo dos equinos conseguiu satisfazer ao executivo que, enquanto não está no Hospital Anchieta, localizado em Taguatinga (DF), onde é superintendente, administra um haras próprio que decidiu montar há oito anos. Falar sobre cavalos é um grande prazer para Délcio e o gosto pelo animal está nas atividades mais simples. “É muito bom passear, fazer essa oxigenação a partir dessa atividade que é praticamente mandatória para que eu trabalhe de maneira melhor e cumpra minhas funções profissionais”, explica, lembrando que toda a administração de um haras não faria sentido se não fosse o prazer de estar sobre um cavalo, aprendendo e observando a paisagem ao redor. Enquanto passeia com um dos seus cavalos da raça Crioulo, deixa para trás quase uma centena de outros que compõem o seu haras. O gosto pela inusitada raça Crioulo veio como uma surpresa. Decidido a dar um novo cavalo aos seus filhos, que praticam hipismo, se deparou com a escolha do filho por essa raça até então desconhecida. Estavam numa exposição e puderam ver os atributos deste animal que é muito conhecido no Chile, Uruguai e sul do Brasil. Além de se depararem com a imponência física, ficaram sabendo que uniam a docilidade e rusticidade, o que trazia fácil adaptação e grande resistência física. O equilíbrio também estava no visual, composto por uma harmonia muito agradável aos olhos. “Foi um daqueles presentes que damos a alguém, mas que acaba nos agradando tanto quanto agrada o presenteado”.

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Délcio, que havia se utilizado de cavalos na sua infância, mas apenas como um meio de transporte em área rural, usou esta oportunidade como um resgate que estava guardado no seu passado, antes mesmo de se formar como médico e se distanciar desses animais. Ao frequentar competições e feiras, decidiu que ele mesmo seria um criador. Levar uma espécie como aquela, com tantas qualidades, em uma região onde ainda era desconhecida também seria de grande contribuição para outros apreciadores de cavalos. O fato de essa paixão ter sido descoberta recentemente, Délcio, que tem 60 anos, mostra que não perdeu tempo em entrar de cabeça na atividade. Passou a reproduzir e fornecer cavalos Crioulos para toda a região centro-oeste. No momento, seu haras abriga de 70 a 80 éguas matrizes e mantém de seis a oito garanhões. Entre os campeonatos que a raça se insere estão as provas de laço, de rédeas, marchas de resistência, enduros e a campereada. Esta última é uma opção entre as provas funcionais, que mostra o trabalho diário feito com o cavalo, refletindo a integração do animal com seus criadores. Por isso, o hobby inclui uma agenda de viagens dos cavalos e seus adoradores, incluindo Délcio, que acompanha as competições no sul do país, onde essa raça está mais presente. “A mais importante delas acontece agora no segundo semestre, quando os cavalos são avaliados em muitos aspectos, passando por seleções e aprovações até chegar a um grande vencedor, anunciado no final do ano”, explica com grande entusiasmo. Este título é o Freio de Ouro, que já começa a classificar finalistas desde julho. “A partir desse interesse que temos e que nos aproxima dos cavalos, vamos desenvolvendo toda uma cultura sobre eles”, aponta Délcio, relembrando do grande prazer em poder fazer os habituais passeios campestres.

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carreiras

Hospital Daher dá boas vindas a novos gerentes

Vitória Apart Hospital sob nova direção clínica

Fotos: Ananda Moura

O Hospital Daher recebeu em junho dois novos gestores. O economista Ildemar Fernandes assumiu o cargo de gerente de relacionamento e a enfermeira Ana Maria Monteiro Machado é a atual responsável pelas contas médicas do Hospital. Ildemar, natural de Brasília, há mais de 17 anos atua na área comercial, administrativa e financeira. Foi gerente no Laboratório Pasteur, Blue Life Assistência Médica e no Banco Bradesco, no qual trabalhou por 10 anos. Suas atribuições no Hospital Daher são relacionamento com convênios em vários aspectos e negociação de tabelas. Ana Maria é nascida em Ponta Grossa (PR) e mora em Brasília desde 2006. Enfermeira formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná do Paraná (PUCPR) exerce sua profissão há 29 anos. Trabalhou como gerente de enfermagem o Hospital SEMIC (RJ) e lecionou como professora concursada no Estado do Paraná em cursos de enfermagem, em nível técnico e superior. Em Brasília trabalhou nos hospitais Santa Helena e Prontonorte como responsável pelos setores de análise de contas e glosas. Com a regulamentação dos planos de saúde e a criação da Agência Nacional de Saúde, em 2000, Ana Maria complementou sua formação em auditoria em saúde e desde então atua nesta área. O cargo que assumiu no Hospital Daher engloba três setores distintos que se completam: o Faturamento, Setor de Auditoria Técnica e Setor de Análise de Glosas.

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Cláudio Pinheiro foi empossado diretor clínico do Vitória Apart Hospital, em Serra, no Espírito Santo. O executivo é formado em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com especialização em Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas (Hucam) e título de especialista emitido pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões e MBA em Gestão de Empresas pela Faculdade Getúlio Vargas. Pinheiro atua também como membro da Sociedade Panamericana de Trauma e instrutor do Advanced Trauma Life Suport (ATLS) do Colégio Americano dos Cirurgiões.

Mudanças na direção do Hospital de Urgência de Teresina José Andrade Maia, ex-prefeito de Castelo do Piauí, cidade da microrregião de Campo Maior, assume a direção geral do Hospital Zenon Rocha - conhecido como Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O executivo assume o cargo deixado por Evandro Hidd desde a inauguração da unidade. A decisão de mudança é da Prefeitura Municipal de Teresina. Maia já atuou como prefeito de Castelo quatro vezes.

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André Campoli, Gerente Contas Corporativas da Covidien Brasil

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Quem não imagina conquistar novos desafios, seja na própria empresa ou fora dela? Os Primeiros 90 dias, de Michael Watkins, é o livro que pode contribuir para quando esta oportunidade chegar. Momentos de transição sempre trazem fatos novos e por mais experiência que podemos ter, somos surpreendidos a quase todo o momento. Julgo esta leitura como uma aula de etiqueta e estratégia para estabelecer de maneira mais rápida a relação de dependência entre o executivo e a empresa, seja em cargo gerencial ou “C” level. Há conselhos citados no livro sobre construir credibilidade, adequar-se a políticas e administrar relacionamentos chaves dentro e fora da empresa que ajudarão com seu sucesso. Tenho certeza que após a leitura, você poderá diagnosticar sua situação para traçar estratégias de consolidação em seu novo cargo. Boa leitura.

Today’s Hospitals & Health Facilities

Com uma coletânea de excelentes fotografias, planos e anotações de arquitetos, este livro faz uma compilação de 21 projetos de prestigiosos arquitetos do mundo todo, com suas mais recentes criações para hospitais e centros de saúde. Com desenhos originais, é possível entender novas interpretações de espaços, uso de materiais e processos de construção desde a concepção até a execução, com informações que complementam essas imagens ao longo do livro. A reunião desses trabalhos mostra uma gama de criações vanguardistas, que servem de inspiração para profissionais da área em todo o mundo.

Autor: Carles Broto Editora: Links Books Número de páginas: 300 Preço sugerido: 55 euros

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Fundamentos de Projeto de Edificações Sustentáveis

Ao abordar este tipo de projeto na construção civil, o livro traz conceitos e abordagens de obras capazes de reduzir e eliminar as necessidades do uso de combustíveis, conservação de energia, água e outros recursos. Encontram-se também orientações para prédios já existentes, sobre sistemas de certificação, ferramentas de avaliação e desempenho entre outros aspectos. Além de usar uma forma didática para tratar dos impactos e soluções, os autores lançam mão de estudos de caso, com estratégias a serem utilizadas por equipes preocupadas com os reflexos de seus trabalhos no meio ambiente.

Autores: Marian Keeler e Bill Burke Editora: Bookman Número de páginas: 362 Preço sugerido: 94,00

Os Primeiros 90 Dias: Estratégias de Sucesso Para Novos Líderes Autor: Michael Watkins Editora: Bookman Número de páginas: 236 Preço sugerido: R$ 49,00

Aprender a Ver - A Essência do Design da Iluminação

Destinado a arquitetos e profissionais ligados à área de iluminação, este livro preenche um vazio nas produções em língua portuguesa sobre o assunto, buscando abordar de modo inovador os aspectos do design da iluminação e suas questões conceituais. O autor orienta como perceber e utilizar a luz, conhecer suas principais propriedades, e mostra o seu impacto às suas funções de visibilidade, conforto, composição e atmosfera. O livro é a tradução de Learning to see, a matter of light, que foi publicado originalmente em 2008 pela tradicional instituição Illuminating Engineering Society of North America.

Autor: Howard Brandston Editora: De Maio Número de páginas: 168 Preço sugerido: R$ 70,00

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vitrine Neste mês, confira os últimos lançamentos para a área de construção e infraestrutura em ambientes hospitalares

1 | Versatilidade resistente

A ACE apresenta produtos, como o Mipolam Accord 300, Elegance 290 e Cosmo, em piso para ambientes que englobam desde a recepção até salas de internação e UTI. O piso vinílico é feito em mantas flexíveis, apresentando-se monolítico e homogêneo, indicado para trânsito intenso e de acordo com exigências legais para áreas críticas. O tratamento de superfície poliuretano PUR Protect, que reduz até 50% o custo com manutenção, oferece uma excelente resistência a produtos com base de álcool e químicos. O produto dispensa metalização de superfície, além de ser bacteriostático e fungistático.

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3 | Painel seguro

O painel Quality One, da Protec, tem um design moderno que torna fácil o manuseio e instalação, incluindo tomadas elétricas, telefônicas e informáticas, com iluminação direta, indireta ou foco articulado. O painel é composto por alumínio pintado ou anodizado e fabricado após a aprovação do projeto e, além de incluir as saídas de gases, fluxômetro, umidificador, vacuômetro, entre outros, inclui também produtos opcionais.

4 4 | Energia constante

A nova linha de grupos geradores da Cummins Power Generation possui potências que variam de 1 kVA até 3 mil kVA. Os produtos apresentam um design mais compacto, o que permite melhor utilização e integração do espaço, além da redução de custos com instalação. Estão preparados para suprir desde postos de saúde, clínicas e laboratórios até grandes redes de hospitais. Além da possibilidade de adquirir o equipamento, a marca também oferece aos estabelecimentos os serviços de locação, instalação, treinamento e assistência técnica.

Fornecedores Hospitalares revista

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2 | Aderência e limpeza

O sistema de revestimento para pisos e paredes Wetroom, da Tarkett Fadmac, é higiênico, seguro, fácil de limpar e oferece conforto térmico para diversos ambientes. Confeccionados em PVC, são ergonômicos e tornam o acesso a ambientes molhados mais simples e protegido, principalmente para pessoas com mobilidade reduzida. Seu sistema impermeável impede a umidade e proliferação de fungos e bactérias, além de ser confeccionado em mantas contínuas, sem vãos para concentração de sujeiras. Para maior versatilidade na arquitetura e decoração, está disponível em várias cores.

5 | Pintou limpeza

A linha Menos Sujeira, que acaba de ser lançada pela Suvinil, visa um ambiente mais limpo desde a execução da pintura, que reduz até 70% os respingos de tinta, além de não emanar cheiro após sua aplicação. Com isso, seu rendimento também é superior em comparação às outras tintas, além de ter uma alta durabilidade e cobertura, garantindo um acabamento de qualidade. Dentre os produtos dessa linha, está a tinta Limpa Fácil, ideal para ambientes onde a limpeza é intensa.

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Empresas e instituições citadas nesta edição: A

H

Agência Nacional de Saúde Suplentar - 26 Associação Nacional de Hospitais Privados – 26 ACR Arquitetura e Planejamento – 38

Duarte Schahin Arquitetura - 36

Hospital do Coração (HCor) – 26 Hospital Alemão Oswaldo Cruz – 26 Hospital Beneficência Portuguesa – 26 Hospital Samaritano – 26 Hospital Santa Isabel – 26 Hospital Sabará – 27 Hospital Nossa Senhora de Lourdes – 27 Hospital Bandeirantes – 27 Hospital São Camilo – 27 Hospital Santa Paula – 27 Hospital CEMA – 27 Hospital Santa Catarina – 68 Hospital Anchieta – 71

E

I

Engenharia Clínica – 64

Innovision Systens – 67

F

L

Fiorentini Arquitetura – 64

L+M Gets – 38, 67

G

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Grau Engenharia – 36, 68

MHA Engenharia – 41 MBM Engenharia - 42

B Bross Consultoria e Arquitetura – 38

C C+A Arquitetura e Interiores - 42 Comgás – 62

D

R RAF Arquitetura – 39

U Unimed-Rio - 30

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Carestream - 74 Tel.: 0800 891 7554 www.carestreamhealth.com.br

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Grau Engenharia – 92 Tel.: 11 5584-9397 www.grauengenharia.com.br Health Consult – 91 Tel.: (11) 2847-4968 www.healthconsult.com.br

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Medicalway- 79 Tel.: (41) 3253-0500 www.medicalway.com.br Medicare Brasil – 88 www.medicarebrasil.com.br

Tejofran – 3ª capa Tel.: 0800 770 7681 www.tejofran.com.br

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Hospitalar – 65 Tel.: (11) 3897-6199 www.hospitalar.com.br

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PESSOAS ADMIRÁVEIS DO

MERCADO DE SAÚDE

Foto: Ricardo Benichio

C A LBERTO LEITE É DIRETOR EXECUTIVO E P UBLISHER DA IT M ÍDIA S.A

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ontinuando a série de nome 35, em razão do meu aniversário, gostariade citar alguns nomes que conheci no mercado da saúde, notáveis, todos em ordem alfabética, com certeza esquecendo um montão de gente:

Afonso Matos (planisa) – um homem de muito caráter e que mudou o padrão da gestão nos hospitais. Andre Staffa (conselheiro) – muitos dos padrões de gestão foram criados por este homem. Antonio Carlos Kfouri (HCor) – Sério, crítico e ao mesmo tempo, extremamente sincero. Admiro demais esse homem. Caio Auriemo (fundador do DASA) – mudou tudo, completamente tudo. Padre Christian (São Camilo) – ensinar educa, o exemplo arrasta. Cícero Sinisgalli (Nossa Senhora de Lourdes) – do Jabaquara para o mundo. Denise dos Santos (São Luiz) – veio chegando como quem não quer nada e...bingo...chegou. Djalma Rodrigues (Fanem) – sua energia e visão sobre novas tecnologias deveriam estar num livro, incrível. Edson Godoy (Amil) – não preciso dizer o que esse homem está fazendo na saúde. Edson Santos (Vita) – a primeira vez que ouvi alguém falar em consolidação foi através deste homem. Que visão. Eduardo David (editora guia) – criador de inúmeras marcas que hoje existem, realmente vencedor. Euler Baumgratz (Santa Catarina) – maturidade profissional. Fabio Sinisgalli (Nossa Senhora de Lourdes) – símbolo de respeito e evolução. George Schahin (Santa Paula) – mais do que um grande administrador, um grande amigo. Gonzalo Vecina (Sírio Libanês) – uma das pessoas que mais entende de saúde nesse país. Henrique Neves (Einstein) – quem o conhece sabe do que estou falando. Henrique Salvador (Mater Dei) – Mineirinho. Um dos melhores discursos que já ouvi, em sua posse como presidente da ANAHP. João Carlos Bross (Bross) – um dos maiores arquitetos hospitalares, além de um grande amigo. Ele diz que falo muito em inglês, então, thanks man. João Polanczyk (moinhos de vento) – símbolo de integridade. Jorge Moll (Rede Dor) – simplicidade não tem limite, sua visão conquistou muitos, muitos mesmo. José Henrique Germann – além de saber tudo de saúde, ainda toca bateria. Lauro Miquelin (L+M gets) – um padrão moderno na arquitetura e uma coragem de fazer tudo de forma diferente. Lourival Nunes (White Martins) – basta meia hora de bate papo para saber que ele entende do que fala. Luiz de Luca (9 de julho) – nos conhecemos por acidente, e hoje em dia nos encontramos sempre assim, por acidente. Fabuloso administrador. Marlene Schmidt (Fanem) – poucas pessoas me conquistaram tão rápido. Nossos papos regados a chocolate são uma aula de cultura e de empreendedorismo, dentro e fora do país. Mário Vrandecic (Biocor) – espetacular. Médico, apaixonado, administrador nato. Paulo Barbante (Intermédica) – ninguém chegou onde ele chegou com planos de saúde para classes mais baixas. Paulo Magnus (MV) – Ele é o símbolo de uma revolução em tecnologia na saúde. Pedro Palocci (São Lucas) – sua simpatia sempre me surpreendeu. Rubens Covello (IQG) – sem dúvida um dos maiores nomes em qualidade de gestão e acreditação. Rui Marco Antonio (São Luiz) – que marca este homem construiu. Salim Lamha (MHA) – inspiração e educação juntas. Impressionante. Sérgio Petrilli (Graac) – sonho se torna realidade, e esse homem é prova viva disso. Parabéns. Valdecir Galvan (São Camilo) – exemplo de humildade, respeito e honestidade. Waleska Santos (Hospitalar) – sem dúvida nenhuma a mulher mais importante da saúde brasileira.

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