REVISTA SALT :: EDIÇÃO #14

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | WWW.REVISTASALT.COM.BR MAIO/ JUNHO/ JULHO 2015 Nº 14

VIVA O VERÃO 2016 AS FEIRAS IMPERDÍVEIS DO SETOR ENTREVISTA: WALTER RODRIGUES DINNI CALÇADOS: SÓ SUCESSO



Dia dos Namorados Jå tem cheiro de amor no ar! O dia dos namorados pode ficar ainda mais romântico com as sapatilhas da Via Salt.

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As linhas multicoloridas, que são a cara da Happy Holi, dominam a coleção e vão fazer sucesso nas vitrines de todo o Brasil e nos pés da garotada. Música, cor e alegria. Via Vip, uma explosão de cores em seus pés e na sua vida.





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K C E B L A M KIT


CARTA AO LEITOR DIRETORA Hellen Viegas EDITORA DE JORNALISMO Lenora Rohlfs JORNALISMO Ana Helena Miranda Lorena Franco Milo COLABORADORES Zeca Perdigão, Bruna Foureaux PROJETO GRÁFICO Voice Design

Interesse em fazer a diferença. Assim é a Salt desde o começo e é cada vez maior a nossa intenção nesse sentido. Ao mostrar pessoas que se destacam no setor calçadista, falar de economia e negócios, destacar os produtos que vão estar presentes nas próximas coleções, procuramos apresentar aquilo que é de extremo interesse do nosso leitor. Em um mundo lotado de informações, que nos chegam sem filtros pelas mais diversas mídias, fazer essa análise prévia, discutir o que vai realmente somar para quem acompanha a Salt é o nosso principal objetivo. Além disso, estamos alinhados com o que as grandes empresas tem apresentado, no sentido de inovação. Essa palavra está cada vez mais presente em campanhas, relatórios e divulgações das maiores empresas, sejam elas do mundo fashion ou não. Ela chega para substituir o que antes era chamado de “competitividade”, palavra que peca por implicar que os outros podem ganhar. Agora, promovida à “inovação”, ela ganha uma maneira mais pomposa de expressar o que as empresas sempre fizeram: adaptar-se. E adaptar significa entender do que o nosso público sente necessidade, o que ele deseja. É esse frescor, esse “novo” que todos anseiam, que faz parte do conteúdo desta edição da Salt. Da capa ao editorial de moda, está tudo lindo e inovador. A Salt está mais elegante, mais bonita e, mais uma vez, quer estar à frente, alinhada com quem pensa e faz moda de verdade. Nós conversamos com o estilista Walter Rodrigues e trouxemos um pouco de sua experiência para as páginas desta edição, mostramos Virgínia Barros, estilista mineira que não tem medo de mostrar um trabalho autoral, enfocamos o universo das mulheres empreendedoras, que cada vez mais mostram sua cara, destacamos as principais feiras do setor e a necessidade de participar destes eventos e ainda trouxemos detalhadamente aquilo que é apontado como as principais tendências para o verão 2016, que já bateu à porta da indústria calçadista e se prepara para estar nas ruas, no ano que vem, lindo, leve e solto. Eis aqui mais uma Salt, feita com todo carinho para você. Boa leitura! Hellen Viegas Fernandes Diretora

COORDENAÇÃO DE CRIAÇÃO Antonio Roque DESIGN Kayta Alves, Yuricka Takahashi, Hugo Tognolo COMERCIAL Rogelma Alves, Mariana Cabriotti TRATAMENTO DE IMAGEM Márcio Martins REVISÃO Ana Helena Miranda FOTÓGRAFOS Leandro Ribeiro, Cacá Lanari, André Nazareth, Kayta Alves, Yandeara Oliveira, Daniela Nogueira OPERAÇÕES Marcella Belisario GRÁFICA Gráfica DELREY TIRAGEM DESTA EDIÇÃO 10.000 exemplares DISTRIBUIÇÃO Gratuita CIRCULAÇÃO Nacional CORRESPONDÊNCIA Av. José João Rodrigues, 1135, Fausto Pinto da Fonseca - CEP: 35519-000 Nova Serrana / MG salt@revistasalt.com.br Tel: 37 3226.4068 PARA ANUNCIAR comercial@revistasalt.com.br A revista Salt é uma publicação da Salt Comunicação e Editora Ltda. A revista Salt não se responsabiliza pelas opiniões, artigos e conceitos emitidos nos textos assinados e/ou anúncios, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).

Produção: Zeca Perdigão assistente deProdução: Bruna Foureaux

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Foto: Leandro Ribeiro beauty: Lesley di Prado

fb.com/revistaSALT

Modelo: Ana Grebler (MEGA Models) Vestido espaço Deluxe Anel Brechó Tintim por Tintim

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@revistaSALT



ÍNDICE

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20 | PREVIEW VERÃO 2016 :: para quando o verão chegar 26 | HISTÓRIA DA MODA :: SÉCULO 20: Os anos dourados da moda 28 | TREND :: mood coachella 30 | FEIRAS :: para ver e ser visto 36 | TREND :: no pódio 38 | TREND :: adrenalina pura 40 | CONFORTO :: sapatos para mulheres reais 44 | TREND INFANTIL :: muita fofura 46 | TREND :: #workingboy 48 | GENTE QUE FAZ :: amor pelo que faz 50 | EDITORIAL :: bangladesh 58 | ROTEIRO FASHION :: a bola da vez 62 | MINAS TREND :: universo diverso 68 | ESTILISTAS :: histórias para contar 72 | VENDAS ONLINE :: experiência virtual 78 | ENTREVISTA :: walter rodrigues

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80 | MULHERES EMPREENDEDORAS :: elas têm a força 82 | ACESSÓRIOS MASCULINOS :: porque eles merecem 84 | PONTO DE EXPERIÊNCIA :: “ter”ou “viver” 88 | NOVIDADE :: salt cresce e aparece

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90 | COMPONENTES :: de volta ao passado 94 | COLUNA ANA HELENA MIRANDA :: radar fashion 96 | AGENDA :: fique atento 98 | ENDEREÇOS

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EQUIPE SALT

Hellen Viegas Formada em Design gráfico e Comunicação em moda, Hellen é a diretora da Salt. Hellen estudou na Austrália e viaja com frequência para realizar pesquisa de moda na Europa. Casada com um australiano, é mãe de um garotinho de seis meses. Fofo!

Rogelma alves Há quatro anos na Salt, Rogelma está à frente da administração e comercial da revista. Formada em Contabilidade e cursando Administração de Empresas, é conhecida por sua pró-atividade e ótimo relacionamento com os clientes”

Mariana Cabriotti Graduada em Administração, faz parte do setor administrativo e comercial da Salt. Mariana é a mais recente contratação da revista e chegou para somar com seu jeito determinado e focado.

KAYTA ALVES Isis Cruz Estagiária da criação, Isis é alegre, prestativa e sempre disposta a aprender. Com o intuito de crescer profissionalmente, a jovem está sempre antenada no que há de mais novo na área do design e tecnologia.

A estudante de publicidade Kayta Alves é também designer gráfica e fotógrafa de produtos. Acostumada a desenvolver catálogos para diversas marcas de calçados, bem como outras peças publicitárias, ela também integra a equipe de Nova Serrana.

FALE CONOSCO 16 | REVISTA SALT

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COLABORADORES

Ana Helena Miranda Sabe aquelas pessoas que são encantadoras no seu silêncio? A jornalista Ana Helena Miranda é assim. Chega sempre de mansinho e, de repente, mostra uma competência que deixa todo mundo de queixo caído. Especializada em Moda pela Saint Martins College, em Londres ela é ainda editora das revistas Habitat em Minas e Brasília, além de apresentar o programa Fina Estampa na Rádio Inconfidência, que fala de moda e design.

Zeca Perdigão Produtor e editor de moda há 40 anos, Zeca Perdigão é um dos nomes mais incensados do mundo fashion não só em Minas, mas em outras capitais brasileiras. Já assinou inúmeras capas e editoriais para importantes revistas do setor, figurinos para cinema, teatro, publicidade e tudo mais que envolve a delicadeza do vestir em suas múltiplas funções. Nesta edição, ele assina a concepção, edição e direção da capa e do editorial de moda.

Leandro Ribeiro É difícil precisar quando Leandro Ribeiro apaixonou-se pela fotografia. Do primeiro contato com as imagens, trabalhando em uma agência de modelos, Leandro trilhou o seu próprio caminho na fotografia de moda. Autoditada, mineiro, ele tem pouco mais de quatro anos no convívio com teleobjetivas e grandes angulares. Nesta edição, é ele quem assina as fotos da capa e do editorial de moda.

JOYCE AMARAL LENORA ROHLFS Lenora Rohlfs é jornalista, atua na imprensa mineira e nacional e trabalha para diversas mídias. Produz e apresenta o programa Tendências na Guarani FM, e é editora da revista Salt.

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Com especialização em Negócios da Moda e MBA em Gestão de Projetos, Joyce Amaral é estilista há cinco anos e assina a coluna Roteiro Fashion da Revista Salt há dois. Atualmente mora em Dublin, na Irlanda, onde pesquisa e estuda tendências da área.



preview ver達o 2016

EMILIO PUCCI Primavera Ver達o 2015

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Para quando o verão chegar Na moda é assim: a gente sempre pensa uma estação à frente. Mas como tudo é cíclico, muitas tendências do inverno vão ficar de herança para o próximo verão Por Lorena Franco Milo Fotos Divulgação

Não tem jeito! Se a ideia pegou em uma estação, ela permanece ou deixa boas referências para a temporada seguinte. Seguindo essa lógica, pesquisamos o que tem sido sucesso neste inverno e que vai continuar no próximo verão. Tá longe? Que nada! Logo, logo, o calor típico da estação bate na nossa porta. Afinal, em tempos bastante acelerados, 2016 já está logo ali. Quem não tem escutado falar sobre a tendência boho? Todo mundo tem. Quem pensa moda sabe que essa é uma proposta que parece que veio para ficar um bom tempo em destaque. Taí uma trend com vida longa. Inspirada nos festivais de Coachella, diversas marcas estão com coleções que trazem botas carregadas de franjas. No inverno, está valendo o cano longo e o curto. Para o verão, a ideia dá uma virada básica e permanece no mood short. Cool e confortável na medida certa.

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preview verão 2016

A especialista em tendências do site WSGN – um dos principais da área em todo o mundo – Bruna Ortega, adiantou que as gladiadoras continuarão a dar o ar da graça. Há duas temporadas, elas apareceram e estão, cada vez mais, conquistando adeptas. Um dos nomes que ajudaram a transformar o modelo em must have foi o estilista italiano Giabamttista Valli. Aqui no Brasil, a Schutz lançou uma coleção em parceria com a it blogger Thássia Naves, que demonstra exatamente a pedra cantada por Bruna Ortega: gladiadoras de cano alto ou baixo, com salto ou sem, com detalhes ou minimalista, vale de tudo. O importante é tê-las no armário. Outro calçado que tem feito as brasileiras suspirarem é a flatform. Desde 2011, quando deu pinta nas passarelas da Prada e Chanel, a sandália

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Valentino Haute Couture Collection de plataforma reta gerou vários comentários no mundo fashion. Isso porque ela é daquelas peças que você ama ou odeia. Aí que, bem aos pouquinhos, a flatform foi ganhando espaço e, hoje, já é queridinha das fashionistas. Outra sandália que permanecerá em nossos pés em 2016. Deu branco! Caiu por terra a ideia de que sapatos brancos são sem graça ou deselegantes. Valentino trouxe o total white de volta, das roupas aos acessórios. O resultado são calçados brancos, lindos e minimalistas. E, vamos combinar, essa

é uma das tendência mais charmosas e versáteis da vida. Ponto para Maria Grazia Chiuri e Pierpalo Piccioli, atuais estilistas da grife. E, para fechar a nossa listinha, outra ideia que segue firme no próximo verão: os calçados com pegada masculina. A gente sabe que mocassins e oxfords dão aquela bossa no look, do trabalho ao cinema no fim de semana. A diferença é que a versão summer promete ser carregada de estampas florais e cores mais alegres. Anotou? Mãos à obra! REVISTA SALT | 23


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História da moda

Século 20: os anos dourados da moda De onde vêm as tendências? Que movimento social está por trás de determinado modismo? Por que, a cada coleção, temos sempre a sensação do eterno retorno? Há muito mais entre a moda e a história do que podemos imaginar Por Lorena Franco Milo Fotos Divulgação

Não existem roupas sem evolução social. Nenhuma forma de se vestir é por acaso. Tudo faz parte da nossa história e cada época pode ser reconhecida por meio das roupas. Os últimos cem anos demonstram isso. De Coco Chanel à Segunda Guerra Mundial, tudo pode ser traduzido em tecidos e formas. E o mais interessante dessa história é que, mais cedo ou mais tarde, a moda retorna com referências de uma ou outra década. Repaginados ou iguais às criações originais, muito do que vestimos hoje foi usado por nossos antepassados. Em seu livro “Um século de moda”, o professor e pesquisador João Braga pinçou os principais movimentos do mundo fashion ocorridos entre os anos 1901 e 2000. Sobre a obra, ele enfatizou que nada na moda é em vão. “Quis mostrar que as roupas são uma extensão da política, artes, economia e demais fatores de cada uma dessas décadas”, disse ele à época em que lançou a obra, em 2009. Foi exatamente no período compreendido no livro, que a moda deixou de ser vista apenas como futilidade e transformou-se em negócio, com a chegada da industrialização, que possibilitou produções em grandes escalas. Falando em calçados, cada época teve seus modelos do momento. Muitos deles você, por exemplo, pode estar usando agora. Nos anos 1920, Coco Chanel começou a simplificar

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o estilo feminino. Dos saltos, as mulheres passaram a usar sapatilhas baixas e com bicos finos. A inspiração veio dos sapatos masculinos da época, já que esse foi o up da liberdade feminina, animada pelo som das jazz-bands e pelo charme das melindrosas, as modernetes da década. Já Salvatore Ferragamo, em 1923, partiu para Hollywood e inseriu suas criações no hall das atrizes mais disputadas da época. Um dos seus modelos mais famosos, o Rainbow, surgiu nos anos 30. O modelo multicolor apresentava também plataforma e detalhes bem irreverentes para a década. Desde então, a sandália ganhou versões com saltos planos e em tons neutros. Aqui, podemos citar uma das tendências que está chegando com força no Brasil: a flatform. E os sapatos estilo boneca tão presentes nas últimas coleções de Dolce & Gabbana? O nome de batismo é Mary Jane e foi muito popular em 1960. Porém, o calçado foi criado bem antes disso, em 1902, quando a personagem principal de uma história em quadrinhos não vivia sem o modelo nos pés. Fantástico, não? Bom... a história da moda é longa e vale outras matérias sobre essa delícia de viagem. Com certeza, vamos falar mais sobre isso por aqui. Por enquanto, vale a dica para que estilistas e designers de calçados se inspirem e criem modelos de arrasar!



Trend Casual Feminino

Mood Coachella Franjas, coletes, lenços, flores, tiaras, chapéus, quimonos, croppeds. Se o Coachella, festival de música que rola no deserto da Califórnia tem um dresscode, ele certamente envolve os itens acima. E os looks que são a cara do evento SEDUZEM mulheres de norte a sul do planeta. Para acompanhar a tendência, nada melhor que calçados confortáveis, bem “pé no chão”.

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Feiras

Para ver E ser visto Ano após ano, milhares de empresários visitam as principais feiras calçadistas do País. Por lá, portas se abrem e, eles garantem, a iniciativa gera business Por Lorena Franco Milo fotos Cacá Lanari, Kayta Alves, Divulgação

Minas trend VERÃO 2016 O calendário já anuncia que o ano será cheio. A cada temporada, fabricantes e lojistas da área de calçados e acessórios se encontram de Norte a Sul do País. As feiras do setor são uma das principais ferramentas que movimentam a indústria calçadista. Por lá, o networking é a principal meta. Ao contrário do que muitos pensam, as vendas, em sua maioria, só acontecem pós-evento. Para entender um pouco mais como funciona essa engrenagem, a Salt investiu no que pode ser considerado os bastidores das feiras no Brasil e no mundo. O sucesso das feiras também tem como estímulo servir como uma vitrine de tendências. De acordo com Bruno Pompeu, do IED, durante palestra no Talk Shoe da Abicalçados, em fevereiro, houve uma grande mudança no comportamento do consumidor nos últimos anos. “Em um espaço curto de tempo esse público mudou muito. Por isso, hoje, é fundamental fazer pesquisa de tendências para compreender esses atuais desejos”

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A palestra teve como tema “A importância das feiras na pesquisa de tendências” e mostrou alguns fatores importantes para quem trabalha no setor. Uma das observações feitas por Bruno Pompeu chamou a atenção para a importância das feiras tanto no Brasil quanto no exterior. A entrevista foi dada ao site da Couromoda, uma das mais importantes do setor. E, por falar em Couromoda, o evento é conhecido como o abre -alas das feiras calçadistas. A primeira edição deste ano foi realizada entre os dias 11 e 14 de janeiro, nos pavilhões do Expo Center Norte, em São Paulo. Quem conta sobre o sucesso da Couromoda é Cristiano Júnior, diretor comercial da Ana Flor. Só na edição de janeiro, a marca vendeu 50 mil pares. Mas não são só os números positivos durante o evento que fazem a fábrica de Nova Serrana comemorar. Junior explica que muitas vendas são feitas nos meses posteriores. “Com certeza, o mais bacana das feiras é o relacionamento com os clientes. Muitos deles to-


mam conhecimento dos nossos produtos a partir de eventos como a Couromoda”, explica o dirigente. Já João Rafael de Oliveira, gerente comercial da Via Salt, diz que cada feira tem seus atrativos. A Fenova, feira de Nova Serrana, traz um retorno local. “Os lojistas que visitam a Fenova já sabem que vão encontrar fabricantes daqui. A visibilidade para a cidade é muito boa. A cada ano, a feira apresenta cada vez mais credibilidade”. João Rafael de Oliveira conta, ainda, que participa da feira Zero Grau em Gramado, no Rio Grande do Sul, e da 40 Graus em Natal, no Rio Grande do Norte. Outro evento do setor que tem agradado bastante os expositores é a SICC, também em Gramado. Cristiano Junior, da Ana Flor, é um dos que acredita no sucesso do evento. De acordo com ele, por lá, os expositores mostram os seus lançamentos de forma padronizada. “Você pode ser um fabricante top ou um iniciante, que os espaços são os mesmos. É uma ideia inteligente e justa”, conta.

Cristiano Junior Diretor comercial da Ana Flor

João Rafael de Oliveira diretor comercial da Via Salt

Como materiais e componentes fazem parte do pacote, João Rafael ressalta a importância de visitar feiras voltadas para essas novidades. A Fimec, realizada na segunda quinzena de março, reuniu 600 expositores do Brasil e de outros países, que apresentaram o que há de novo em produtos e serviços nas áreas de couros, produtos químicos, componentes, máquinas e equipamentos para calçados e curtumes. Todo esse trabalho fez com que mais de 35 mil pessoas passassem pelo local durante os quatro dias de feira.

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FEIRAS

Minas trend VERÃO 2016

Atrações que não param

tido, não menos eficazes. Ela investe na presença dos famosos para dar um up nos lançamentos. Jorge Bischoff é um dos estilistas que mais levam pessoas estreladas, tanto para as passarelas quanto para a primeira fila dos desfiles. Em declaração para o site do evento, ele explica que o foco, claro, é o produto, mas ter essas pessoas por perto fortalece a marca. A lista é extensa e inclui nomes como o da jornalista Gloria Maria, Cléo Pires e das tops Ana Claudia Michels e Mariana Weickert.

O Fórum de Inspirações, apresentado pelo estilista Walter Rodrigues, é considerado um dos mais aguardados pelos fashionistas, estilistas e quem trabalha com moda de uma maneira geral. Mais uma vez, o auditório do Expominas ficou lotado. Belo Horizonte foi a primeira cidade a receber esta edição do Fórum de Inspirações, que vai passar ainda por mais de 15 cidades até o fim de 2015.

Na recente edição da Fenova Verão 2016, a revista Salt também investiu em sua imagem para atrair maior visibilidade do público presente. Além de transformar o amplo espaço em que se instalou em um lounge, todo decorado com conforto e muito charme, acrescentou novidades como maquiagem da Mary Kay, para quem quisesse uma produção instantânea, e um bate -papo sobre tendências que vão pegar no verão 2016. A conversa foi um sucesso e os fabricantes e lojistas locais já aguardam o próximo evento.

Nem só de tendências vivem as feiras. Desfiles, palestras e a presença de celebridades costumam ser uma fórmula eficaz para atrair público para esses eventos. No Minas Trend Verão 2016, que foi realizada em abril deste ano no Expominas, em Belo Horizonte, a Fiemg realizou palestras conceituadas, que levaram ao evento outros perfis de público além do mundo dos fabricantes e lojistas.

A Couromoda costuma utilizar outras ferramentas nesse sen-

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É a palavra que define este modelo, desenvolvido para proporcionar maior agilidade e conforto para os homens.

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Conforto com classe Pense em mulheres elegantes e com lindos tênis nos pés! Mais uma vez, os corredores das semanas de moda mostraram fashionistas que elegeram o conforto como a prioridade da temporada. O resultado? Tênis com shapes, cores e estampas para todos os estilos. Mood #loveit Por Lorena Franco Milo fotos Divulgação

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Sapatos para MUlheres reais Já foi o tempo em que mulheres espremiam os pés em um sapato pouco ou nada confortável. Pensando nisso, marcas investem em calçados que são uma boa ESCOLHA PARA uma festa ou PARA O dia a dia Por Lorena Franco Milo e Lenora Rohlfs Fotos Divulgação

Falar de conforto de calçados está na ordem do dia. O tema ganha cada vez mais notoriedade e tem sido foco de pesquisas constantes que atendam essa demanda de mercado e gerem maior competitividade. De olho nisso, os fabricantes estão desenvolvendo tecnologias para produzir artigos que agreguem valor e, é claro, sejam confortáveis aos consumidores. Para produzir um calçado que seja confortável e sobretudo competitivo no mercado, uma das respostas apontadas passa diretamente pelo controle da umidade. Essa é uma das constatações de um estudo apresentado pela Satra Tecnology Centre, instituto britânico, que é referência internacional

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em pesquisas têxteis, consultorias e certificações, com atuação em 76 países. Francisco Chagas da Costa, representante da Satra no Brasil, explicou em entrevista ao jornal Exclusivo, que a umidade tem grande impacto nas propriedades térmicas do calçado. “A temperatura interfere diretamente na sensação de conforto e a umidade aumenta a transpiração e gera ganho de massa. Por isso, é necessário que os testes sejam feitos com os materiais e também com os calçados prontos”, explica. Sim, a questão apontada é da maior importância. Mas há ainda outras percepções e investimentos que visam agradar a esse público mais exigente. Veja a seguir.


Se você desenvolve seus calçados sem pensar no bem-estar do seu público, meu amigo, pare tudo e leia essa matéria. Em tempos de vida moderna (leia-se correria louca), o que todo mundo mais deseja é estar confortável. E isso, claro, inclui os sapatos. Já parou para pensar que lá atrás, na época das nossas avós, o calçado podia ser apenas bonito e pronto? A beleza bastava para que, praticamente, todas as mulheres fizessem malabarismos para manter os pés dentro deles. Haja bolhas! Mas isso é passado e tudo mudou. Um dos cases de sucesso no quesito desejo mais conforto é a grife Charlotte Olympia, da estilista Charlotte Dellal. Charlotte sempre enfatizou que as mulheres que usam suas criações devem se sentir bonitas e confortáveis. Desde os saltos até as flats, tudo é pensado para esse fim. Não à toa,

a marca é uma das mais vendidas mundialmente e, a cada coleção, os modelos somem das prateleiras em um piscar de olhos. Ao ser indagada sobre o seu modelo preferido para o dia a dia, Charlotte dá a dica que vale como aposta para você que está desenvolvendo a próxima coleção: “Anabelas são meu salto de todo dia, porque são mais estáveis e permitem que eu corra de um lado para o outro sem abrir mão da elegância proporcionada pelo salto”. E o que dizer da febre do normocore que invadiu as passarelas de grifes como Chanel, Prada e Celine? Do tênis às Birkenstock, a novidade se espalhou pelos quatro continentes, tudo porque trazia a proposta de se vestir confortável e com aquele ar cool. Reparou que foi justamente o conforto que fez o normcore se transformar em tendência? O que di-

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CONFORTO

zer de mulheres elegantérrimas usando vestidos elaborados e com tênis nos pés? Aí que vem a sacada: não é qualquer tênis, mas sim “o” tênis. Algo que a Chanel e a Dior, por exemplo, mostraram em seus desfiles de alta-costura em 2014. O chamado Sneaker Couture se tornou um hit! E já que estamos falando sobre essa pegada mais urbana vale lembrar alguns lançamentos das marcas Adidas e Nike. Já pensou em usar um tênis de moletom? Há algo mais relax do que isso? Não! A Nike vendeu tanto, mas tanto, o modelo batizado de “Sweet Classic”, que apenas não conseguimos compreender o motivo pelo qual a marca não trouxe a ideia para o Brasil. Taí uma dica para você levar aos seus clientes, hein? Outro tênis-desejo vem da parceria entre a Adidas e a Farm, que se uniram e lançaram o calçado com estampas da grife carioca. Resultado? Muita lindeza que vendeu, literalmente, igual água. Dobradinha que já está na terceira coleção.

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Ok! Já falamos sobre todos os tipos de calçados, mas não batemos na tecla mais amada das mulheres: os saltos. Não fugimos da raia e descobrimos alguém que trouxe a tecnologia para a vida das #loucasporsaltos. O designer Francês Raphael Young lançou um projeto que está fazendo barulho nesse universo. Ele desenvolveu e patenteou as solas flexíveis (R-Flex). A invenção pretende deixar os saltos mais confortáveis do que nunca. Como isso acontece? Tecnologia é a resposta. A partir de solas flexíveis, há a inserção de aço nos calcanhares, tudo com o auxílio de uma interposição de gel de latex na sola de couro e outra de borracha no peito do pé. E não é só isso: os sapatos do designer possuem dispositivo “anti-torção”, que promete manter a estabilidade do sapato e evitar a famosa torção do tornozelo. Tudo isso em cima dos saltos. Então, agora, você já sabe: crie sapatos lindos, lindos de morrer. Mas não se esqueça nunca do conforto. Afinal, ele é tendência e tudo que é trend vende!


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Muita fofura! Calçados infantis são uma FOFURA! Os pais ficam loucos com tantos modelos pensados para os pequenos. Aqui na Salt, a gente adora pesquisar as novidades infantis e, claro, ficamos encantados ao nível máximo. É muito amor! Por Lorena Franco Milo Fotos Divulgação

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Trend Casual Masculino

#workingboy Um sapato que vai do trabalho ao happy hour e faz bonito não só nesses momentos, mas em várias ocasiões. É tudo o que eles querem. E foi-se o tempo em que homem não ligava para moda. Estar dentro das últimas tendências não é um desejo apenas do universo das mulheres. Para isso, nada melhor do que um calçado casual que marca presença com muito charme e atitude

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Gente que faz

Amor pelo que faz Há 32 anos, Alberto da Rocha comanda a Dinni Calçados, uma das principais redes de lojas do nordeste. Para ele, o segredo é trabalhar duro Por Lorena Franco Milo e Lenora Rohlfs Fotos Hellen Viegas

O avô era dono de uma loja de calçados em Salvador. O pai era caixeiro viajante e rodava o Brasil de norte a sul. Por tudo isso, Alberto da Rocha Nunes não poderia ter escolhido profissão tão a sua cara. Afinal, ser empresário do ramo calçadista já estava no sangue da família. O resultado é que, desde 1983, ele é a cabeça pensante à frente da Dinni Calçados, rede que possui 24 lojas na Bahia, Aracaju e Recife. Foco e paixão são as palavras que o definem. Não há outro segredo: além do amor pelo que faz, o sucesso caminha de mãos dadas com a vontade de vencer. Quando ainda era criança, o pai comprou parte da sociedade do avô e foi com a família do interior da Bahia para Salvador. Na capital, Alberto cresceu e cursou a faculdade de Engenharia Civil. Ele conta que trabalhou na área, assim como

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todos os irmãos que se formaram em diferentes cursos superiores. Porém, a experiência e o gosto pelo comércio de calçados fizeram com que todos largassem as profissões escolhidas e abraçassem o que podemos chamar de “herança familiar”. E, assim, no início da década de 80, Alberto deu início à Dinni. No começo, não foi fácil, já que ele conciliava os dois trabalhos. “Só a partir da abertura da segunda loja eu pude deixar a engenharia de lado”, explica. A cidade de Nova Serrana entrou na vida da Dinni durante os primeiros anos de estrada. Há 30 anos, Alberto escolheu Minas para fazer negócios. Naquela época, em 1985, as coisas não eram tão simples e a logística era complicada. “Hoje, nós fazemos em um dia algo que demorava uma semana”, diz em tom firme. Nesse momento, é fácil perceber


o foco do empresário, sempre certeiro no que fala. Junte a isso paixão e chegue à fórmula do sucesso da Dinni, mesmo em um ambiente de crise. E sobre esse assunto, ele não titubeia. “O nosso produto é diferente do que há no mercado. A economia atual está debilitada, mas esse diferencial, que nos acompanha desde sempre, nos matêm confiantes”. E de onde vem tanta inspiração para não copiar o que se vê a todo momento? Pesquisa forte e centrada no que há de melhor nos pólos fashion. Por isso, viagens para o exterior são uma constante na vida da equipe Dinni, principalmente para a Europa. Alberto da Rocha também é um observador nato. Ele conta que costuma passar horas em locais públicos, estudando através das roupas, os costumes e gostos de cada região. “A Dinni é para pessoas. Não há sentido em criar e desenvolver produtos, montar vitrines e fazer uma coleção sem partir desse principio. É o básico”, explica. O lifestyle da Dinni também parte das vitrines sempre atraentes. O desejo do consumidor gera business e dá força à marca. E vamos combinar? Um nome consolidado, que conversa com o seu público, é pontochave em um mercado competitivo. Por isso, a Dinni está em todas as redes sociais e é um case de sucesso. Essa visão empreendedora de Alberto também reflete nos pontos comerciais. No início, todas as lojas eram de rua, mas por causa do clima quente do Nordeste, apenas três ainda resistem fora de shoppings. “O calor das cidades em que estamos situados é excessivo. Queremos dar conforto para os nossos clientes. A fórmula deu certo”, conta com entusiasmo. Para quem está começando no setor calçadista, a dica do empresário é básica e firme: “Não se acomode e fique atento a todas as novidades. Estratégia e visão de futuro são pontos essenciais. Afinal, se a área cresce, a concorrência aumenta. Aí, não tem jeito! É preciso ser sempre mais, ser único e vanguardista”, ensina. Certamente, Alberto da Rocha sabe colocar tudo isso em prática com louvor.

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Bangladesh

Concepção, Edição e Direção Zeca Perdigão Foto Leandro Ribeiro Maquiagem e Cabelo Lesley di Prado Produção de Moda Bruna Foureaux Assistente de Produção Bianca Perdigão Assistente de Fotográfia Amanda Goecking Modelos Ana Grebler e Sergio Cichovicz (MEGA Models)


Lenço de seda Dorotea Brechó Camisa, sunga, colar e pulseiras Brechó Tintim por Tintim Chinelo Panky À ESQUERDA: Vestido, lenço de seda e bolsa Dorotea Brechó Biquini, óculos, anel e colares Brechó Tintim por Tintim RASTEIRA Ana flor


vestido EsPAÇO De Luxe Sapato brechó Tintim por Tintim jaqueta acervo


mimoso chin锚s do Acervo short brech贸 Tintim por Tintim bandana Doroteia Brech贸 SAPAT锚nis PKY


Palazzo Pijama Dorotea Brechテウ テ田ulos Brechテウ Tintim por Tintim Sandテ。lia ANA FLOR


Jaqueta bomber Pantalona, e camisa colete Second de crochê Floor lenço de seda e bolsa Dorotea Brechó Cinto, colar, anel e brincos Brechó Tintim por Tintim Sandália ANA FLOR


moletom Zara, Calça Ellus SAPAtênis PKY


Pantalona de lurex, lenço de seda USADO COMO TOP e bolsa Dorotea Brechó Jaqueta de couro, anel e óculos Brechó Tintim por Tintim SANDÁLIA ANA FLOR Agradecimentos Dorotea brechó Espaço Deluxe Ellus Brechó Tintim por Tintim e Adriana Guimarães João Guimarães e Centro Cultural 104 Santiago Calonga


Roteiro fashion

A bola da vez Um vai contra a overdose de cor ditada nas últimas temporadas, a outra pode ser considerada uma evolução das birkens: Tênis branco e sandália chunky são a sensação do momento Por Joyce Amaral* Fotos Divulgação

Você tem pensado sobre quais serão suas próximas compras? Se for um tênis ou sandália, acho que posso te dar boas dicas. O que tem me chamado muito atenção nas ruas e revistas aqui pela Europa são os tênis totalmente brancos para ambos os sexos e as sandálias chunky para mulheres. Uma das tendências muito observadas é o tênis totalmente branco. Isso mesmo, totalmente minimalista! Seja ele casual, vulcanizado, street ou jogging, todas suas peças, detalhes, cabedal e sola, tudo branquinho. Cortes luminosos, linhas claras, o esportivo de luxo encontra com o casual e cria um look sofisticado, chique, minimalista. Na verdade, desde coleções anteriores, o esporte chique tem sido obsessão de quem dita o mundo da moda. E tem tomado o streeetstyle como epidemia. O que essa invasão significa para nós? Devemos parar de comprar calçados coloridos? Enquanto as coleções anteriores foram focadas em muitas cores fortes e vivas, mix de estampas, agora os calçados brancos são a tendência da vez. Funciona como uma pausa nesse festival de cores. Continue com seus tênis coloridos, mas comece a pensar em ter um todinho branco, ok?

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Outra notável presença por aqui é a sandália chunky. São sandálias de solas tratoradas, robustas, podendo ser flats ou de plataformas. Apesar da aparência pesada (sim, algumas são pesadíssimas), são extremamente confortáveis. Há quem as denomine ugly shoes ou, sapatos feios. Mas entra no mesmo barco das birkenstocks, que na coleção passada foram as queridinhas. Na verdade, tudo que consegue ser confortável costuma não ter o apelo da beleza tradicional, que estamos tão acostumados. O interessante é usar essas tendências para deixar o visual descolado e confortável. *Joyce Amaral é estilista e atualmente mora em Dublin, onde trabalha como Designer de calçados.

Joyce Amaral Designer de Moda joyce.desenvolvimentos@hotmail.com

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Minas Trend

Universo diverso

Alexandre Herchcovitch

16ª edição do Minas Trend movimenta a indústria da moda e aponta variedade de tendências para o próximo verão Por Lenora Rohlfs Fotos Divulgação

Com o tema “Viva Ciclicamente”, a 16ª edição do Minas Trend (MW) movimentou o Expominas, em Belo Horizonte, entre os dias 7 e 10 de abril. No salão de negócios, 251 expositores receberam uma média de 15 mil visitantes, sendo 5 mil compradores. A realização de negócios e prospecção de novos clientes trouxeram resultados expressivos no setor de vestuário, calçados e acessórios. Primeiro evento nacional a mostrar a moda para o Verão 2016, o Minas Trend confirmou seu espaço no cenário nacional como lançador de tendências. No quesito calçados, as novidades antecipadas pelas grifes presentes para a temporada Verão 2016 mostram uma

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estação alegre, como pede a época em que os termômetros vão nas alturas, colorida e cheia de estilo. Conhecida não apenas por sua qualidade impecável, mas também por estar antenada com as últimas tendências do mercado mundial, o setor de calçados mineiro brilhou não só nos desfiles, mas também nos estandes onde era possível conferir de perto as tendências para a estação. E o Verão 2016 chega com uma diversidade de modelos, contemplando as eternas sandálias rasteirinhas, saltos e plataformas, que parecem dominar a cena, bem como uma variedade de ma-

teriais, que passa pelo couro, incluindo os especiais como escamas de peixe, com técnicas de bordados, aplicações de pedrarias, metais e acabamentos envernizados, crus ou texturizados. O jogo de cores, a mistura de materiais e a presença da camurça são alguns dos detalhes que fizeram das coleções de calçados apresentadas no evento um show à parte. Tons vibrantes e tamancos fazem parte da lista de tendências e, entre os destaques, a personalidade da coleção de Alexandre Herchcovitch e o aroma dos anos 50 nos calçados da Covenant no desfile da marca Mabel Magalhães. Destaque para o cabedal ricamente bordado.


VocĂŞ sempre linda.


Minas Trend

fabiana milazzo Para a maior parte das marcas expositoras do setor calçadista, o resultado foi bastante positivo. Em matéria para o site oficial do Minas Trend, a expositora Debora Germani, da grife homônima de calçados, considerou a participação positiva mediante o cenário econômico, afirmando que o cliente comprou mais nessa edição por conta da qualidade do produto. Para ganhar competividade, a empresária afirma que as marcas estão “investindo muito na qualidade, estilo e conforto”, considerando que é uma forma de aumentar a competitividade dos produtos e superar as adversidades do momento. Já Silvia Salles, da grife de bolsas Isla, registrou um crescimento de vendas da ordem de 25% em relação à temporada anterior. Afirmando que as participações nas duas edições do Minas Trend são responsáveis por 50% de seu faturamento anual, a empresária julgou esta participação como uma “boa surpresa”, afirmando que “quando o cliente acredita no produto, ele investe”. A fabricante de calçados Junia Gomes é outra que confirma o sucesso do Minas Trend, que para ela superou as expectativas

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e também os negócios realizados na edição Verão/2015. A designer comemora a abertura de novos clientes, inclusive internacionais, e acredita que toda ação positiva reflete no varejo rapidamente, sinalizando que as vendas prometem esquentar.

Compradores Internacionais Um dos principais destaques dessa edição, que reforça o compromisso da FIEMG em estimular e apoiar ações de aumento das exportações da moda brasileira, foi a expressiva presença de compradores internacionais. Através da parceria com o projeto Texbrasil, representantes de grandes redes dos Emirados Árabes, França, Irlanda, Reino Unido, Austrália, Portugal e Canadá, marcaram presença no evento e deixaram impressões muito positivas sobre os produtos brasileiros. Outra ação com foco internacional foi a rodada de negócios realizada pelo CIN – Centro Internacional de Negócios, que reuniu 27 compradores internacionais e registrou 177 wmentos.




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Estilista

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Histórias para contar Sem medo do diferente, a estilista Virgínia Barros propõe formas inéditas com bases poéticas para seus calçados, que se destacam cada vez mais no cenário fashion Por Lenora Rohlfs Fotos Divulgação

Conhecida por um trabalho autoral, a estilista Virgínia Barros não sente a menor necessidade de atrelar suas coleções ao que é ditado lá fora e incessantemente copiado aqui no Brasil. Pelo contrário, ela parece uma antena em ação full time, atenta à novas possibilidades. Virgínia Barros propõe formas inéditas com bases poéticas, que acompanham temas de um repertório que parece inesgotável. É essa a fórmula, inclusive, para driblar as dificuldades apresentadas pela economia não só brasileira, mas mundial: “Quem não souber inventar o tempo todo, dificilmente vai chegar lá na frente”, ensina a estilista que garante nunca ter tido tempo para o almejado “ócio criativo”. “É engraçado porque, na fábrica, recebo inúmeros currículos de estagiários que imaginam que vão ficar sentados desenvolvendo novas criações”, diverte-se.

Ledo engano para quem tem interesse em trabalhar com Virgínia. Ela nunca pára: além da criação, cuida da produção no chão de fábrica e também do comercial. “Sempre foi assim, criação é na hora que dá”, garante. Mesmo assim, a cada estação em que chega com as novidades da marca que leva seu nome, Virgínia sempre surpreende pelo arrojo e originalidade. Para que tudo saia como imaginou, de uns tempos para cá decidiu ir na contramão do que reza o mercado. Coleção, só uma vez por ano, no verão. Para garantir que sua exigente clientela seja impactada pela novidade, ela vai acrescentando, mês a mês, um novo modelo. “Preferi optar por fazer só um lançamento por ano. Minha fábrica é pequena e, se não fizer assim, sinto que estaria dando um tiro no pé”, comenta, ao explicar que o processo de uma nova coleção durante o ano, geralmente dividido entre verão e

inverno, faria a fábrica parar no auge da produção dos pedidos para focar somente na pilotagem de novos modelos. O processo de produção dos sapatos da marca é inteiramente feito na fábrica situada nos arredores de Belo Horizonte. “Tudo é feito em casa”, diz. Por falar em “inventar moda”, assunto do primeiro parágrafo desta matéria, quem foi ao recente Minas Trend, evento que movimentou o Expominas, na capital mineira, e passou pelo estande da Escola Móvel Sesi/ Senai, provavelmente não resistiu ao apelo da proposta de poder confeccionar uma bijoux de couro, com vários aspectos de sustentabilidade. Os retalhos em couro na cor branca, providos pela marca Virgínia Barros, já vinham com impressões inspiradas na flora e fauna da região da Serra do Cipó/ MG, tema da coleção Verão 2016 de Virgínia, que levou

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Estilista

a mesma proposta para sua marca. Com o couro já “desenhado” as pessoas eram convidadas a colorir tais desenhos, utilizando tintas próprias para o material, de secagem rápida e à base de água. O processo de pintura artesanal permitia que cada participante imprimisse sua identidade nos objetos, geralmente braceletes, colares e anéis. Naturalmente, todos os produtos finais eram únicos, a cara de quem os fez. Dentre os motivos escolhidos, a árvore Velózia era o mais recorrente. Para muitos, uma das atividades artesanais mais criativas proposta pelo Senai nos últimos anos de Minas Trend. E para quem pensa que só o descrito acima poderia ser considerado uma ousadia, no caso, Virgínia Barros foi além: o exercício de customização também fez parte de sua coleção de verão. A linha de sapatilhas com desenhos que foram inspirados no bioma da Serra do Cipó, podia ganhar vida com as cores mais diversas e de forma personalizada. É que durante o Minas Trend a estilista colocou uma equipe de apoio para pintar os pares recém-adquiridos, de acordo com o gosto de cada cliente. Resultado? Todo mundo amou. Atualmente Virgínia tem, além de uma loja de sapatos de sua marca, na Savassi, em Belo Horizonte, outras duas, uma na mesma região e outra no bairro Anchieta, que se chama “Achados de Viagem”. A ideia surgiu em uma de suas muitas viagens: “Via muita coisa legal e barata e resolvi criar uma loja de “achados de viagem””, comenta. O motivo que alavancou a abertura da loja tem a

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ver com o preço de custo dos sapatos da marca. “Eles estavam ficando muito caros e eu não tinha a intenção de aumentar muito no preço de venda para não elitizar muito a minha marca e, portanto, poucos terem acesso para comprar”, explica. Para não ter que economizar no material, ou deixar de forrar o produto com couro, enfim, para não cair na qualidade, a loja foi a solução encontrada para aumentar a renda e assim não ter que aumentar no preço final do sapato, nem economizar com bons materiais. Afinal, a marca sempre investiu em um sapato confortável, feito com ótimas matérias primas, caprichado nos detalhes, revestido por dentro e por fora com couro e com a presença de tecidos antitranspirantes para garantir ainda mais conforto. A loja aberta no Anchieta deu certo e fôlego para que Virgínia pensasse em abrir outra, desta vez na Savassi. Sobre sua clientela, a estilista diz que são mulheres modernas, arrojadas, descoladas e bem cultas. Geralmente estão na faixa dos 50 anos, mas há gente jovem que aprecia seu trabalho. “É um público que gosta de entender o que faço. O engraçado é que as filhas, geralmente mais fechadas que as mães, costumam torcer o nariz para meu trabalho”, diverte-se. Para finalizar, só mesmo o inusitado: a clientela é tão cativa, que costuma colecionar os sapatos criados pela estilista. “Não é incomum mulheres com mais de 50 modelos meus no armário. Como eles são atemporais, aquilo que fiz há oito anos é perfeitamente usável hoje”, diz.



Vendas online

Experiência virtual Para estar mais perto de seu público, marcas usam do e-commerce como principal estratégia de vendas Por Ana Helena Miranda Fotos Divulgação Comprar é hoje mais uma questão de experiência do que de “ter”. Mas quando o assunto é vendas online, é difícil saber o que irá agradar o consumidor. O desafio é fazer com que a relação não se torne impessoal e não esquecer que o acesso que o público terá à marca ajudará a construir o seu significado. Apesar de certas dificuldades, o comércio eletrônico tem suas vantagens. “O público anda tão pulverizado e segmentado, que a tecnologia pode ajudar as marcas a chegar às pessoas

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que se identificarão com elas”, afirma André Carvalhal, em seu livro “A moda imita a vida”. Outra vantagem de se vender pela internet são os dados que estas vendas podem gerar. É possível saber quantas pessoas visitaram a sua loja, por quais produtos se interessaram, entre outras “curiosidades”. “A partir desses dados, tira-se conclusões importantes sobre seu público, como quem ele é e o que gosta na marca e loja”, diz Carvalhal.

André Carvalhal comenta ainda que também é possível avaliar se quem investe neste tipo de negócio está anunciando de maneira certa, para as pessoas certas. “Gradativamente, conhece-se cada vez mais sobre o negócio e a marca, de uma maneira mais objetiva. Assim é possível bolar estratégias e fazer escolhas no caminho certo”, completa. E o e-commerce também é versátil. Quando bem trabalhado, atende tanto às marcas de alto luxo quanto às populares.


Alto luxo na rede

A Repetto Paris, marca especializada em sapatilhas, preferida de it-girls como Lala Rudge e Helena Bordon, lançou no início de abril o seu e-commerce. Com uma loja no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, a marca quer expandir o seu domínio em terras brasileiras. “Nosso objetivo é fazer com que todos os brasileiros tenham acesso aos produtos da Repetto. O Brasil é um país continente e seria impossível estar fisicamente em todos os estados e cidades”, explica o proprietário da Repetto no Brasil, Michael Magnin. A expectativa de vendas da marca com o e-commerce é alta. “Acreditamos que em breve ela será o nosso maior canal de vendas”, comenta Magnin. Para atingi-la, a Repetto aposta na construção do significado da marca junto ao seu público, estratégia já mencionada no início desta matéria. O site da marca apresenta recursos que permitem aos usuários se envolver prontamente com o universo Repetto, como os vídeos que mostram a fabricação das sapatilhas, feitas a mãos e o dia a dia de bailarinos famosos. “O grande desafio de se manter uma loja online é fazer com que as pessoas tenham o mesmo encantamento tanto provando o produto na loja quanto recebendo suas escolhas em casa”, explica Michael Magnin.

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Vendas online

Negócio bilionário

Quando se trata de e-commerce de moda, a loja online Dafiti ocupa a posição número um do pódio. Lançada em 2011, recebe, segundo sua assessoria, 50 milhões de visitas mensais. Antes restrita aos calçados, hoje tem 85 mil produtos de mais de 800 marcas em roupas, acessórios, produtos de beleza e casa. A marca é fruto do trabalho do francês Thibaud Lecuyer, dos alemães Malte Huffmann e Malte Horeyseck e do brasileiro radicado na Europa Philipp Povel. O quarteto cruzou o Atlântico e aterrissou no Brasil para por em prática o projeto. A sala que ocupavam há quatro anos, quando lançaram o negócio, foi trocada por sete andares de um prédio comercial em São Paulo. Estratégias de marketing muito bem pensadas garantem o crescimento do negócio. Inicialmente com público-alvo das classes AB, a empresa, com seus novos segmentos, mira agora a classe C. E a já conhecida desconfiança dos brasileiros com compras feitas pela internet foi contornada com um canal telefônico de pré-venda e pós-venda, isenção de frete e devolução e troca de produtos sem custo para o consumidor. Tudo isso, agregado a um investimento comercial em propagandas de TV e mídias sociais, fazem da Dafiti um case de sucesso.

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ENTREVISTA

É preciso encantar o consumidor EM ENTREVISTA EXCLUSIVA PARA A SALT, Walter Rodrigues, estilista e coordenador do núcleo de design da Assintecal comenta que, em um mercado sem fronteiras e cada vez mais competitivo, passa a ser muito valioso utilizar as próprias heranças, história e identidade. sabendo fazer esse dever de casa, na visão dele, nova serrana é o futuro! Por Lenora Rohlfs Fotos Divulgação

Na última edição do Fórum de Inspirações que aconteceu no final de abril em Novo Hamburgo, Walter Rodrigues, estilista e coordenador do núcleo de design da Assintecal, propôs um novo formato: conduzir os visitantes a conhecer de perto as criações em componentes para couros, calçados e artefatos que irão inspirar o Inverno 2016 por meio de visitas guiadas. Um trabalho destinado a um público que inclui profissionais das áreas de criação e desenvolvimento, empresários, estudantes de moda e demais envolvidos com o setor.

Então, essa é uma forma de fazer com que as pessoas vivenciem isso, junto conosco. Transformamos a ideia em um percurso. Serão feitas em três sessões. Às 19, ÀS 20, ÀS 21. Grupo de 80 a 100 pessoas.

Na moda, parece que absorver somente o que é visto nos sites, em palestras e workshops nunca é suficiente e a proposta de uma experiência sensorial é cada vez mais forte. Porque isso acontece? A informação de moda, diferentemente do que acon-

Esta edição do Fórum de inspirações está com novo formato, mais interati- tecia antes, ficou acessível a todos que, por exemplo, têm intervo e personalizado. Como isso irá fun- net. Há veículos para todos os públicos. As pessoas têm acesso cionar? Isso acontece, por enquanto, em Novo Hambur- muito maior à informação hoje em dia. Mas uma coisa é rece-

go. Quem assistir a palestra na cidade, poderá estabelecer um percurso sensorial (a entrevista foi feita antes do evento). A ideia é compartilhar experiência, encantar pessoas. O que nós entendemos é que a informação da moda hoje está pulverizada, todos têm acesso à informação o tempo todo.

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ber a informação e não saber o que fazer com ela. Então, nós, como provedores de conteúdo, também temos que fazer com que as pessoas não só se encantem com o que elas estão vendo e lendo, mas também que absorvam e aprendam como e onde elas podem realmente utilizar toda essa pesquisa.


Você já afirmou que antes de pensar no produto, as empresas e criadores do setor tem que avaliar suas reais necessidades e limites. Você vê isso acontecer mais hoje do que há 10 anos? Geralmen-

te quando uma pessoa cria uma coleção, o produto costuma ser a última coisa a ser pensada. É preciso chamar a atenção das empresas para que elas realmente entendam que é necessário pensar de uma nova maneira. Diz respeito a conhecer o público ao qual ela se dirige, entender a necessidade dele e, principalmente, saber dialogar com quem consome sua marca. Eu entendo que, atualmente, há um grande desperdício de energia até o momento de uma apresentação. Se não valer a pena, o que indico é que essa pessoa procure outra coisa para fazer. Para surpreender é preciso fazer algo diferente. E um bom caminho é inspirar em quem te acompanha para que, no final, ele se inspire com o produto. Tem a ver com fazer com que seu público sonhe e deseje junto com aquilo que você está propondo. É muito importante que os empresários entendam qual o seu verdadeiro propósito. É fundamental que eles façam essa pergunta incessantemente: qual o meu proposito? Essa é a principal questão que um empresário deve ter em mente. Você vai à Francal ou à Couromoda, por exemplo, e, de um grande número de modelos apresentados, apenas uma pequena parcela deles sobrevive. Por quê? Porque não houve pesquisa, não houve um acompanhamento das coleções anteriores. E o tanto que se gastou com tudo isso? Se tivessem pensado, não teriam gasto sem necessidade.

O que significa inovação no mundo da moda nos dias atuais? Morro de medo da pala-

dade dos produtos. Então, indico que trabalhem na identidade da marca, Minas tem o couro como uma marca forte no setor calçadista. É importante também evitar as cópias, que é um fator que, sabemos, já melhorou muito em Nova Serrana. Estou fazendo um trabalho com um joalheiro mineiro, e quando você estuda a joia mineira, você vê que ela tem uma história, um DNA, elementos que remetem a Minas Gerais. Isso é identidade. É trazer o que você tem de bom.

Como você vê Nova Serrana inserida no mercado da moda atualmente? Nova Serra-

Como você já disse, a zona de conforto acalma, mas também envelhece. Como sair da situação de comodismo de uma forma assertiva É preciso experimentar, e isso

vra inovação. Inovação pode ser a mudança de um processo antigo. Inovação acontece o tempo todo e você pode nem perceber que está inovando. Eu acho que até temos marcas inovadoras em todo o mundo. É importante frisar que não há nada mais caminhando sozinho. É uma equipe, todos pensando em como vender, se comunicar, e construir produtos.

na já passou por um período negativo. Isso mudou e percebi durante os dois últimos anos que estive na cidade para acompanhar o processo criativo de algumas marcas. Vejo Nova Serrana como o futuro. A velocidade como as coisas acontecem, como as pessoas constroem as coisas... isso só acontece na China. Não podemos ainda falar de referência e tendência, continua a ser necessário trabalhar e estimular isso nos fabricantes. Mas podemos falar de fabricação, de agilidade. Eles são mestres nisso.

pode ser feito de forma inteligente utilizando a metodologia da pirâmide que é feita da seguinte forma: 10% inovação, 30% que corresponde a esse processo anterior, que você experimentou nos 10% da coleção anterior. O restante, os 60% é o agora, é o que você já acompanha há dois anos e deu certo. Planeje-se, acompanhe e estude seu produto e público. Não tem erro!

Se fosse para dar um conselho para os É possível fazer uma análise do mercafabricantes que fazem parte do polo do de Nova Serrana para os próximos 10 calçadista mineiro, o que você vê como anos? Eles são o futuro. Nova Serrana está nos ensinanprioridade para o crescimento da in- do a fazer os calçados de hoje. É como eu disse, os fabricandústria em Nova Serrana? Isso é difícil porque tes da cidade precisam aliar essa rapidez, essa agilidade que

me sinto um pouco mãe Dinah nessas coisas. O que vejo em Nova Serrana é que o que é produzido lá é comprado no Brasil inteiro e isso é muito positivo. Os lojistas reconhecem a quali-

já é característica deles, com a identidade, a construção da marca. É saber montar o DNA, ser diferente e especial para o seu público.

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Negócios

Elas têm a força Intuitivas, sensíveis e empreendedoras, as mulheres querem, cada vez mais, ser donas do próprio negócio Por Ana Helena Miranda Fotos Divulgação

Que as mulheres estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho não é novidade para ninguém. Mas um novo dado têm mostrado que mais do que estar presente, elas agora têm outro objetivo profissional: serem donas do próprio negócio. Segundo estudo da Serasa Experian, o Brasil possui 5.693.694 de mulheres empreendedoras, que representam 8% da população feminina. Este dado mostra que, quando se trata do mundo empresarial, 43% das empresas são de mulheres e 57% dos homens. Outro dado que revela o perfil empreendedor das mulheres diz respeito a sua área de atuação. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), as mulheres preferem, em 33% dos casos, atividades ligadas ao comércio varejista, 20% a alimentação e 12% investem na indústria de transformação. O setor de serviços é a menina dos olhos femininos e, segundo a ONG de empreendedorismo Endeavor, é a área em que as mulheres apresentam maiores perspectivas de crescimento, inovação e lucro. Elas também são mais cautelosas na hora de investir e preferem se arriscar em um setor que já conheçam previamente. Talvez por isso seja alto o número de empresárias atuando em setores de moda e beleza. Mas isto não quer dizer que elas não possam se aventurar em um mercado considerado “masculino”. O mais importante é ter afinidade com a área escolhida.

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8%

das mulheres brasileiras são empreendedoras

Empresas Elas preferem

33% 20% comércio varejista

alimentação

43% 57% empresas de mulheres

12% indústria de transformação

empresas de homens


a empresária Luiza Helena Trajano

Um toque feminino

Um case de sucesso muito estudado quando o assunto é marketing, é o da empresária Luiza Helena Trajano, sobrinha do casal fundador da cadeia de lojas Magazine Luiza, Pelegrino e Luiza Donato. Atualmente, a rede conta com 613 lojas em 430 cidades e 21 mil funcionários. Em 2010, faturou nada menos que R$ 5,3 bilhões. O sucesso do empreendimento é tão expressivo, quando se trata de negócios, que a Harvard Business School já tem pesquisadores estudando o fenômeno “Magazine Luiza”. Embora as cifras impressionem, muitos não sabem como tudo começou e as razões para tanto sucesso. Um dos motivos, com certeza, é o tino empreendedor de Luiza Helena Trajano, que assumiu a superintendência da rede em 1991. A empresária foi responsável pelo estouro da Magazine Luiza ainda na década de 80. Informatizou todo o processo das lojas, (isto em uma época em que os computadores eram novidade no Brasil),

montou um centro de distribuição em Ribeirão Preto e abriu cerca de 32 filiais pelo país. Em entrevista ao site “Pequenas empresas, grandes negócios”, Luiza Helena ressalta as qualidades do empreendedorismo feminino. “As mulheres conquistaram seu espaço no mercado. Hoje, temos grandes líderes em todos os segmentos. Graças a essa evolução, a sociedade se tornou menos conservadora”, comenta. Luiza ressalta ainda que características como sensibilidade, intuição e disposição para servir, tão comuns entre as mulheres, passaram a ser indispensáveis para o sucesso. “A união das forças masculinas e femininas só colabora para o resultado, assim como a diversidade de raças e culturas. Sabemos que ainda não há equilíbrio, mas foi um grande salto. Na época em que assumi a superintendência, em 1991, eu precisava provar minha competência muito mais do que preciso hoje”, finaliza. REVISTA SALT | 81


Acessórios masculinos

Porque eles merecem

João Pimenta

Destaque no Minas Trend, os acessórios masculinos assinados por Rogério Lima fizeram brilhar os olhos dos apaixonados por moda Por Lorena Franco Milo Fotos Divulgação

As semanas de moda são recheadas de ideias para as mulheres. Lá fora, o calendário fashion é dividido entre o masculino e o feminino, algo que não acontece no Brasil. Por isso, quando alguma marca apresenta criações para eles, o burburinho começa. Principalmente se for algo diferente, bonito e com aquela pegada comercial. Foi exatamente o que aconteceu com as recentes coleções dos designers Rogério Lima e João Pimenta. Nas passarelas, foram apresentados modelos de bolsas e calçados que vão fazer a cabeça dos homens mais antenados no próximo verão. João Pimenta, um dos nomes mais fortes da moda masculina no Brasil, assumiu a direção criativa da West Coast em janeiro de 2014. De lá pra cá, a marca deu uma guinada com as coleções assinadas por Pimenta. Na época, o diretor da WC, Rafael Schefer, explicou a escolha pelo estilista: “Somos uma marca worker e, para manter esse espírito, queremos trabalhar com um criador que inova nesse princípio”. No SPFW, apresentou um verão 2016

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cheio de sapatos-desejo. Pense em modelos como a tão falada flatform para os homens. Pensou? Sucesso garantido. Já o desfile de Rogério Lima, no Minas Trend, trouxe peças carregadas de simplicidade e elegância. Sabe a fórmula do menos é mais? É bem por aí. Por isso, os itens masculinos agradaram tanto! Bolsas e mochilas com shapes variados foram vistos em cores clean que iam do offiwhite ao caramelo. Os materiais trazem à tona o rústico tão falado na atualidade. Lonas, couros lisos e texturizados, além de tecidos parecidos com carpetes complementam o must-have masculino idealizado por Rogério Lima. Nos pés, bikern com uma leve flatform. Quer mais tendência que isso? Aqui na Salt, a gente sempre canta a bola do homem moderno, que precisa estar bem, do lazer ao trabalho. Então, esses dois exemplos refletem o que vimos de melhor em termos de acessórios masculinos para o Verão 2016. Delicia-se e inspire-se!



Ponto de experiência

“Ter” ou “viver”? O que motiva uma pessoa a ir a uma loja? Certamente a resposta não é mais a mesma que há alguns anos. Por isso, diversas marcas tem investido no fator “experiência” em seus pontos de venda Por Ana Helena Miranda Fotos Andre Nazareth e divulgação

Quem ama fazer compras sabe que a experiência muitas vezes supera o resultado final. Isso porque estamos deixando para trás a cultura do “ter” pela cultura do “viver”. De olho nessa tendência de comportamento, muitas marcas têm se dedicado a criar histórias que seus consumidores possam vivenciar. André Carvalhal, gestor de marketing e conteúdo da Farm, em seu livro “A moda imita a vida”, levanta uma importante questão nessa arte de “contar histórias” para os consumi-

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dores. Segundo Carvalhal, a vida - real e virtual – e o e-commerce são, atualmente, os maiores concorrentes das marcas quando o assunto é marketing. “Além da infinidade de possibilidades que cercam a vida das pessoas e podem substituir aquela antiga necessidade de consumo, quando pensamos nele, percebemos uma multiplicidade de canais de venda, em que cada vez mais a internet ganha espaço”. Exatamente por causa dessa “ameaça” virtual, os pontos de venda devem oferecer experiências realmente relevantes.


DNA Carioca

A Farm, grife que aposta no estilo carioca como marca registrada do seu DNA, é um bom exemplo de case de sucesso no quesito lojas. Para traduzir a marca em seus espaços físicos, convidou a arquiteta Bel Lobo para a empreitada. A primeira coisa que Bel pediu foi que Kátia Barros e Marcello Bastos, proprietários da Farm, fizessem uma colagem sobre o que era a alma da marca. “A Kátia trouxe uma cartolina branca com fotos de peixes, rede, coqueiro, mostrando como a Farm era uma coisa leve, descolada, de verão, com energia”. Depois de um tempo contemplando o cartaz e já munida do espírito Farm, a arquiteta se sentiu pronta para traduzir em móveis, adornos e linhas arquitetônicas o estilo de vida proposto por seus clientes. Um bom exemplo deste investimento na “alma” da marca foi o projeto “Casa de Verão Farm”, que aconteceu em 2012/2013 em Ipanema, no Rio de Janeiro. Além da loja, o espaço abrigava ainda um restaurante, salão de beleza, espaço para palestras e shows, festas, além de servir de base para aulas de surf e stand up paddle. “A ideia era celebrar o estilo de vida Farm e o estilo de vida das cariocas daquele verão. Ali os produtos eram meros detalhes. O projeto tinha como objetivo criar uma atmosfera desejada da descontração típica do carioca. Naquele verão, cerca de quarenta mil pessoas passaram por ali, com vontade de viver um pouco dessa história”, afirma Carvalhal em seu livro.

Virtual X Real

Ao se pensar na construção de uma marca, o meio físico ainda é o principal recurso disponível. Ele permite explorar vários sentidos do consumidor e assim contar a história da marca. “A experiência deve ser a representação 3D da sua identidade, a sua materialização: na dinâmica, nos serviços oferecidos, no conteúdo, na forma, nas cores, aromas, texturas, luz, som e no que mais tiver sentido para a marca”, explica Carvalhal.

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Ponto de experiência

Praia urbana

Outra loja que imprime seu DNA como ninguém através do seu espaço físico é a Havaianas. Na sua concept store na rua Oscar Freire, o projeto arquitetônico de Isay Weinfeld vive cheio de turistas estrangeiros. Mais do que as famosas sandálias de borracha a um preço bem mais em conta, os clientes se encantam com o clima praiano do local, em uma cidade urbana como São Paulo. O grande desafio do projeto foi conferir ares de luxos a produtos que custam, no máximo, R$70. O resultado remete a uma praça em níveis descendentes. O cliente, assim que

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chega à loja, tem sua visão geral. Na “praça”, uma barraca de feira lembra a origem das sandálias, vendidas inicialmente em mercados populares, e um cilindro transparente expõe os lançamentos da marca. A história da Havaianas também tem espaço cativo no local. Um cubo altamente tecnológico faz um panorama de toda a evolução da marca que, exatamente por todo esse empenho, dedicação e excelentes jogadas de marketing que conseguem traduzir o momento pelo qual estamos passando em seu produto, é conhecida em diversas partes do mundo.



Novidade

Salt cresce e aparece a Salt confirma sua posição de liderança como revista dedicada ao setor calçadista. Uma prova disso é o amplo espaço que ocupou na última edição da Fenova Por Ligia Convertini Fotos Kayta Alves

Desde que a Salt resolveu mudar layout e conteúdo editorial, a revista tem agradado cada vez mais a seus leitores. E o resultado disso é que ela só cresce. Com a preocupação de levar informação de moda, do mundo dos negócios, mostrar a cara de quem sabe fazer bem feito e ainda apresentar curiosidades que interessam a seu público alvo, a Salt tem dado um verdadeiro salto do ano passado para cá. O trocadilho é uma brincadeira, mas serve bem para ilustrar a presença marcante da revista na última edição da Fenova, em Nova Serrana. Situada em um amplo espaço, que podia ser percebido já da entrada do evento, ele foi pensado com todo o carinho: um verdadeiro lounge, decorado com extremo bom gosto, onde as pessoas podiam descansar, folhear uma revista Salt ou mesmo trocar ideias sobre moda. Sobre a nova fase, as expectativas e retornos têm sido os melhores possíveis. “A Salt se renovou e tem procurado atender a necessidade de informação do nosso leitor”, comenta a empresária Hellen Viegas, diretora da revista. Para abrilhantar ainda mais o espaço, maquiadoras com produtos Mary Kay estavam sempre a postos para quem quisesse dar um up na produção durante a Fenova. Por fim, no segundo dia de evento, a Salt ainda realizou um bate papo com a jornalista Lenora Rohlfs, editora da revista, sobre as novidades para o Verão 2016. Sucesso total.

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Componentes

De volta ao passado

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Um clima de nostalgia preenche o universo fashion e resgata um pouco o lifestyle de décadas cheias de charme, estilo e ousadia. Viva os anos 50, 60 e 70! Por Lorena Franco Milo

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Fotos Divulgação

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01. Feito A mão

Detalhes artesanais, que remetem ao feito a mão, são a riqueza da vez. A vida está tão fast-fashion que os detalhes serão cada vez mais valorizados daqui para frente. Boa hora de redobrar a atenção e pensar com carinho nessa ideia. Detalhe importante: tudo indica que o próximo verão será apenas o início dessa aventura!

02. Amarrações

Os desfiles das marcas Água de Coco e Herchcovitch mostraram que as amarrações estão com tudo. Com tiras finas ou grossas, em sandálias baixas ou altas, elas chegaram para ficar e dar charme extra ao look. O caminho aberto pelas tão comentadas gladiadoras ganhou personalidade própria com a proposta totalmente hippie chic.

03. Plataforma

Se as plataformas estiveram quase que onipresentes em t-o-d-o-s os desfiles do Minas Trend e SPFW, então, pode saber que a dica é forte. As principais referências saíram dos modelos anos 70. Mas é bom cercar-se de um certo cuidado. O alerta aqui fica para o shape da plataforma que, mesmo sendo releitura, chega com ares de novidade

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04. Texturas

Já faz algum tempo que as superfícies lisas predominaram na cena do mundo fashion. Para aguçar nossos sentidos e despertar a vontade de tocar aquilo que vemos, as texturas são a bola da vez. De acordo com o estilista Walter Rodrigues, que pesquisa futuras tendências, as texturas vão roubar a cena do próximo verão. De acordo com ele, a ideia não será passageira. Fique de olho!

05. Flatform

Eles são polêmicos, mas tudo isso só faz com que os modelos flatform ganhem espaço. Por serem a cara do conforto,

eles estão em todas as ruas mais cool do mundo. E a passarela já “roubou” essa ideia. A referência veio do Japão e, nas capitais mais estilosas daqui e lá de fora, e ganhou versões cosmopolitas.

06. Tornozeleiras

O glamour dos anos 50, que apresenta uma mulher total lady, está de volta com a presença de sandálias delicadas. Pois desta vez elas podem vir acompanhadas de tornozeleiras, esse acessório para o qual muita gente torce o nariz. É bom ter um olhar mais complacente com o acessório, porque há propostas em que elas caem super bem, como bem mostrou o desfile da Vivaz no MW. Lindeza!


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COLUNA ANA HELENA MIRANDA

RADAR FASHION Propostas para o inverno 2016 Por Ana Helena Miranda Fotos Divulgação

Foco no plástico

Nada de torcer o nariz para o material. Em tempos em que sustentabilidade é a palavra de ordem, nada mais natural para a moda do que incorporar alguns de seus conceitos. Seu caráter reciclável (e maleável), faz do plástico um material perfeito para os sapatos. Tanto que grifes como Dolce & Gabanna, Dior, Martin Margiela e Roberto Cavalli já o escolheram como o queridinho da estação.

Velvet Sky

Dior

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Se depender dos desfiles das coleções de Outono Inverno 2015 apresentados em Paris, Milão e Nova York, quando se trata de sapatos, o material da vez é o veludo. A grife Balmain não hesitou ao revestir o seu scarpin com um veludo pink, incrivelmente bem acompanhado de um salto dourado. Dries Van Noten deu um passo à frente com sua bota totalmente revestida de um veludo roxo, (saltos, inclusive) e Emilio Pucci mostrou que a clássica bota preta, com um toque aveludado, ganha pontos no pódio fashion.


Mini-me

Quando se trata de calcados infantis, uma nova tendência ganha força e mostra ao mercado que veio para ficar: adaptar silhuetas adultas ao tamanho infantil. Meninas já desfilam pelas ruas com seus sapatos bailarinas e suas botas no melhor estilo equitação. Mas este design da maioridade não é sinônimo de caretice. Adornos e estampas lúdicas garantem o ar infantil dos acessórios.

Anote este nome

Apesar dos 10 anos de mercado, o designer de sapatos britânico Nicholas Kirkwood não é muito conhecido em terras tupiniquins. Um absurdo, já que suas criações costumam quebrar com a monotonia. A última delas, a coleção de Outono Inverno 2015 que o diga. O mood 60s está presente no design dos saltos, nas flores que adornam alguns sapatos e nas plumas dos tênis mais ousados. Mais Carnaby Street, impossível.

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come

Está na hora de mudar o seu conceito sobre meias. Elas, literalmente, saíram do armário e ganharam as ruas (pelo menos da cidade de Tóquio, no Japão). Nas fotos de street style da última semana de moda de lá, uma característica era bastante comum no guarda-roupa das japonesas: o uso de sapatos abertos, como sandálias e scarpins, com meias, de preferência brancas e no modelo soquete. A tendência nipônica só comprova que o frio do Inverno não é motivo para aposentar nossos calçados de verão. Será que a tendência pega aqui no Brasil?

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AGENDA

FIQUE ATENTO Confira aqui os principais eventos ligados ao setor de calçados que você não pode perder 12 a 14 de maio de 2015

SC Trade Show – 20a Rodada de Negócios Infinity Blue Resort & Spa | Balneário Camboriú – SC www.sctradeshow.com.br

25 a 27 de maio de 2015

SICC – Salão Internacional do Couro e do Calçado Serra Park | Gramado – RS www.sicc.com.br

21 a 23 de junho 2015

Fenin Verão 2016 São Paulo Expo Exhibiton e Convention Center São Paulo – SP www.fenimfeiras.com.br

6 a 9 de julho de 2015

29 a 31 de julho

GDS – Global Destination for Shoes e Acessories Dulsseldorf | Alemanha www.gds-online.com.br

11 a 13 de agosto de 2015

Fenova – Feira de Calçados de Nova Serrana Centro de Convenções de Nova Serrana | Nova Serrana – MG www.fenova.com.br

Francal - Feira Internacional de Calçados, Acessórios de Moda, Máquinas e Componentes Anhembi | São Paulo - SP www.feirafrancal.com.br

25 a 27 de agosto de 2015

07 a 10 de julho 2015

1 a 4 de setembro de 2015

28 a 30 de julho

16 a 18 de novembro de 2015

Fenin Primavera/Verão Fundaparque | Bento Gonçalves – RS www.fenimfeiras.com.br Fenin Fashion Rio Verão/Alto Verão RioCentro | Rio de Janeiro – RJ www.fenimfeiras.com.br

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FEBRAC – Feira de Máquinas e Componentes para Calçados Centro de Convenções de Nova Serrana | Nova Serrana – MG www.feirafebrac.com.br Micam Shoevent Milão | Itália www.micamonline.com

Zero Grau – Feira de Calçados e Acessórios Serra Park – Gramado – RS www.feirazerograu.com.br



ENDEREÇOS

APAE AVENIDA CORONEL PACIFICO PINTO DA FONSECA,1061 BAIRRO: JARDIM PADRE LAURO NOVA SERRANA - MG TEL: 32262497/32253030 ANA FLOR RUA DELBAR PINTO DA FONSECA, 918 JARDIM PADRE LAURO NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3226-2614 BFK / BEMFICA / VORAX R VALDOMIRO AMARAL, 150 JD SÃO FRANCISCO NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3226-4800 BIKER R JUCELINO KUBITHECK, 302 BAIRRO SERRA PERDIGÃO - MG TEL.: (37) 3287-1756 BLITTZ R JOSE MILITÃO DOS REIS, 402 PARK D GUMERCINDA MARTINS NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3226-3109 CARMEM GOLD AV JESSE CORREA DE LACERDA, 321 AMAZONAS NOVA SERRANA - MG TEL: (37) 3226-3318 CAROLINE IND DE CALÇADOS EUDORA EIRELI – ME R MANOEL PINTO, 225 VILA PACIFICO PINTO NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3225-9100 CLÓVIS CALÇADOS R HIPODROMO, 182 CENTRO BRAS/SP TEL: (011) 3327-3327 CORVETTI RENATO TEL.: (011) 9740-01110 HILTON TEL.: (041) 11 9 6078-9340 DANIEL CALÇADOS RUA CAVALHEIRO, 166 BRÁS, SÃO PAULO - SP, 03050-010 TEL.: (11) 2291-8773 DIVA RARA R LEONARDO AZEVEDO, 226 LARANJEIRAS NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3225-2071 EMANUELE BARROS R GENESIO MILITÃO DOS REIS, 505 PARK D GUMERCINDA MARTINS NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3225-4247

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FRONTSYS R GUSTAVO CAPANEMA, 95 SÃO JOSE BOM DESPACHO - MG TEL.: (37) 9137-5757/ (37) 3225-6982 GABRIELA AMARAL AV. BENJAMIM MARTINS DO ESPÍRITO SANTO, 1754 PARK D. GUMERCINDA MARTINS NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3226-3228 IZALU RUA CARIJÓS, 412 CENTRO / MOEMA - MG TEL.: (37) 3525-1415 KELLY JÚ / MALBECK R ANTONIO HONÓRIO DOS SANTOS, 420 SÃO GERALDO II NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3226-7398 KRISLE RUA JOÃO FERREIRA DOS SANTOS, 495 PARK D. GUMERCINDA MARTINS NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3225-3891 MAX TERMOPLASTICO R IRACEMA GOMES GUIMARÕES PADRE LIBERIO NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3226-9200

SINDINOVA R ANTONIO MARTINS, 75 FREI PAULO NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3228-8500 TANDER R C, 489 SÃO MARCOS NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3226-3463 TIÊ REPRESENTAÇÕES E ASSESSORIA AV. JOSÉ JOÃO RODRIGUES, 1135 FAUSTO PINTO DA FONSECA NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3228-9500 TINA TEEN RUA ZACARIAS GUIMARÃES, 376 MORADA SOL NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3226-5927 TRENTO RUA JOÃO JOSÉ DE FREITAS, 230 PARK D. GUMERCINDA MARTINS NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3226-8070

MY ZON AV OURO PRETO, 882 CENTRO / PERDIGÃO - MG TEL: (37) 3287-1878

VIA EURO / B MARK RUA PADRE LIBÉRIO, 1835 JARDIM PADRE LIBÉRIO NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3226-3016

PÉ COM PÉ RUA MANOEL COTTAS AZEVEDO, 71 JARDIM KLAYTON, BIRIGUI - SP, 16203-041 TELEFONE: (18) 3643-5500

VIA MARA R VITAL PAULINO PEREIRA, 1001 LARANJEIRAS NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3226-0350

RASSA / MARINA MELLO AV JOSE JOAO RODRIGUES, 380 PQ DONA GUM MRTINS NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3226-3444

VIA SALT R DIMAS GUIMARÃES, 796/800 SÃO SEBASTIÃO NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3226-3400

RAYON AV. DONA LINDICA, 252 LAGOA DOURADA PERDIGÃO - MG TEL.: (37) 3287-1036 / (37) 3287-0165

VIA VIP AV BENJAMIM MARTINS ESPIRITO SANTO, 1.882 PARK GUMERCINDA MARTINS NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3228-9000

RCA R CRISTAL, 220 SÃO FRANCISCO SÃO GONÇALO DP PARÁ - MG TEL.: (37) 3226-1353 SICC SERRA PARK GRAMADO – CENTRO DE FEIRAS E EVENTOS RUA VIAÇÃO FÉRREA, 100 TRẼS PINHEIROS GRAMADO - RS, 95670-000, BRASIL

X-BYRIO RUA LAVÍNIA QUEIROZ, 1608 JARDIM PADRE LAURO NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3226-1864 ZOTTO RUA GENÉSIO MILITÃO DOS REIS, 572 SÃO SEBASTIÃO NOVA SERRANA - MG TEL.: (37) 3226-9600


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