Revista Comunidade Católica Restauração - Agosto 2021

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“Fechamento autorizado” “Pode ser aberto pela ECT”

R estauração Revista

Comunidade Católica

Ano 12 • Edição 136 • Agosto 2021


EXPEDIENTE Revista Comunidade Católica Restauração Periodicidade Mensal - Ano 12, Nº 136 Agosto de 2021 Tiragem: 950 exemplares

DIRETOR GERAL Padre Fernando Gonçalves

EQUIPE DE REDAÇÃO Daniela Noêmia Sales Jansen Eliane Fagundes Jaqueline Petris Kelly Mariot Rohr Padre Fernando Gonçalves Rafael Rodrigues

FOTOGRAFIA Comunidade Restauração

REVISÃO EDITORIAL Padre Fernando Gonçalves

ARTE E DIAGRAMAÇÃO Daniela Noêmia Sales Jansen

IMPRESSÃO Gráfica Volpato Colabore com a próxima edição. Envie suas sugestões, reclamações, testemunhos e elogios para: revista@comunidaderestauracao.org

ASSOCIAÇÃO COMUNIDADE RESTAURAÇÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ÀS FAMÍLIAS CNPJ: 10995628/0001-28 Rua Guilherme Kurtz, 90 - Vila Nova Joinville/SC - CEP 89.237-645 (47) 3433-0833 de segunda a sexta, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30 contato@comunidaderestauracao.org

NOSSAS CONTAS BANCÁRIAS Banco: 085 Agência: 0102 Contas: 49290-6 (Sócios) 77182-1 (Obra) Banco: 001 Agência: 38-8 Conta: 115404-4 Banco: 104 Agência: 0419 OP 003 Conta: 4059-5 Favorecido: Associação Comunidade Restauração de Assistência Social às Famílias


E D I TO R I A L Querido(a) leitor(a), Chegamos ao mês de agosto. Em especial, nos unimos à Igreja na vivência do mês vocacional, uma vez que todos nós, ao sermos batizados, recebemos um chamado, um convite especial do Senhor à santidade. Nesse sentido, somos levamos a refletir sobre as vocações sacerdotais, matrimoniais, religiosas e leigas, e a Comunidade Restauração compreende muito bem essa realidade, uma vez que a nossa missão é Restaurar Famílias para Deus, e é exatamente na Família que uma vocação é plantada, regada e germina para a realidade do mundo que nos cerca. A Família é o celeiro das vocações! Ela é sagrada, criada por Deus e não pode ser destruída, pois tem a mão de Deus. Nos lembra o livro do Gênesis que o Senhor, ao criar o mundo, viu que tudo era bom, e ao contemplar a obra de sua criação completada no homem e na mulher - viu que era muito bom (cf. Gn 1,31). Logo, se o Pai do Céu, em Sua infinita sabedoria e misericórdia, reconheceu a Família como o ápice da Sua ação fundadora, nós temos a obrigação de zelar por ela, não permitindo que os relativismos e a insensatez destruam-na e impeçam que novas vocações possam surgir em favor da messe. Siga conosco nessa caminhada rumo à eternidade! Boa leitura, e que Deus nos abençoe!

CONTEÚDO 5 MENSAGEM AOS SÓCIOS 6 PALAVRA DA IGREJA 9 AMOR HUMANO 10 PALAVRA DO FUNDADOR 12 A IGREJA ENSINA 14 VOCAÇÃO E CHAMADO 16 RESTAURADINHOS 18 PROJETO FAMÍLIAS RESTAURADAS PARA DEUS

Daniela Noêmia Sales Jansen Dom Francisco Carlos Bach Eliane Fagundes Jaqueline Petris Kelly Mariot Rohr Padre Fernando Gonçalves Papa Francisco Rafael Rodrigues

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SER MISSIONÁRIO


MENSAGEM AOS SÓCIOS

“Estou falando com Jesus.” Foi com essa resposta nos lábios, diante do sacrário, que o pequeno Pedro, um garoto de 5 anos, se justificou ao ser encontrado sozinho na igreja, depois de ter desaparecido de casa e deixado toda a família preocupada. Seus familiares mal podiam imaginar que aquela criança, que vivia na região interiorana da França no início do século XIX, levada desde pequena pela mãe à igreja para receber diariamente a bênção do Santíssimo, se tornaria um santo conhecido, que marcaria toda a Igreja com o verdadeiro culto a Jesus Eucarístico: São Pedro Julião Eymard.

São Pedro Julião aprendeu, desde muito cedo, que a Eucaristia era o centro da sua vida. Quando foi ordenado sacerdote, a frieza do povo para com Jesus Eucarístico o incomodava profundamente, e por inspiração de Nossa Senhora, concluiu: “Refleti muito sobre os remédios para vencer a indiferença universal,

que se apodera de tantos homens, e encontrei somente um: a Eucaristia, o amor a Jesus eucarístico. A perda da fé provém da perda do amor. É necessário tirar Cristo do sacrário, apresentá-lo ao povo como grande Senhor, Mestre, Salvador, vivo, real em nosso meio.” Fazendo uma comparação entre a época em que São Pedro Julião vivia e a realidade da atualidade, chegamos à conclusão de que elas não são muito diferentes: o povo ainda permanece frio para com Jesus Eucarístico, e isso se reflete com muito poder sobre o que as famílias têm enfrentado.

A celebração eucarística deveria ser o centro de toda a vida do cristão, a origem de toda a sua ação, o motor e a alma de toda atividade que realiza. E mais, ela deveria ser o centro da Família, pois somente diante de Jesus, contemplado na Hóstia Consagrada, a Restauração acontece e nos impele à uma vida ativa em prol do outro.

Esta dimensão social da Eucaristia foi destacada por São Pedro Julião no texto Le Trés Saint Sacrement: “O culto solene à exposição do Santíssimo é necessário para despertar a fé, adormecida em tantos homens honestos. (…) A sociedade morre quando não tiver mais um centro de verdade e de caridade, tampouco vida em família. Muitos se isolam, se concentram em si mesmos, querem ser autossuficientes. Assim, a dissolução é iminente! Ao contrário, a sociedade renasce com vigor quando todos os seus membros se reúnem em torno do Emanuel.” Que nossas Famílias possam aprender com este estimado santo e, com docilidade, fazer o que ele nos pediu: “Ajoelhai-vos aos avistardes Jesus na Hóstia adorável! Prosternai-vos com profundo respeito, perante Ele, em sinal de dependência e de amor…”.

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Por Daniela N. Sales Jansen

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Texto original em https://osaopaulo.org.br/

A EUCARISTIA COMO CENTRO DA FAMÍLIA

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PA L AV R A DA I G R E J A

A ALEGRIA DO AMOR

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Amoris laetitia (AL - “A alegria do amor”), a Exortação apostólica pós-sinodal “sobre o amor na família”, datada, não por acaso, de 19 de março, Solenidade de S. José, recolhe os resultados de dois Sínodos sobre a família, convocados pelo Papa Francisco em 2014 e 2015, cujas relações conclusivas são abundantemente citadas, juntamente com documentos e ensinamentos dos seus Predecessores e as numerosas catequeses sobre a família, do próprio Papa. Contudo, como já sucedeu em outros documentos magisteriais, o Papa recorre, também, a contributos de diversas Conferências episcopais

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de todo o mundo (Quênia, Austrália, Argentina...) e a citações de personalidades de relevo, como Martin Luther King ou Erich Fromm. Ressalta, em particular, uma citação do filme “A Festa de Babette”, que o Papa recorda para explicar o conceito de gratuidade. Nas próximas edições da Revista da Comunidade Restauração você vai ler a síntese da Exortação. Caso se interesse pela íntegra do documento, você pode acessá-lo através do site oficial do Vaticano: vatican.va.

APRESENTAÇÃO A Exortação apostólica chama a atenção questões «em cada país ou região, é possível pela sua amplitude e articulação. Está dividida buscar soluções mais inculturadas, atentas às traem nove capítulos e mais de 300 parágrafos. Tem dições e aos desafios locais. De fato, “as culturas início com sete parágrafos introdutórios que evi- são muito diferentes entre si e cada princípio geral denciam a plena consciência da complexidade do (...), se quiser ser observado e aplicado, precisa ser tema, que requer ser aprofundado. Afirma-se que inculturado”» (AL 3). Este princípio de inculturaas intervenções dos Padres no Sínodo constituíram um «precioso poliedro» (AL 4) que deve ser pre- ção revela-se como muito importante até no modo servado. Neste sentido, o Papa escreve que «nem de articular e compreender os problemas, modo todas as discussões doutrinais, morais ou pasto- esse que, sem entrar nas questões dogmáticas bem rais devem ser resolvidas através de intervenções definidas pelo Magistério da Igreja, não pode ser magisteriais». Por conseguinte, para algumas «globalizado». S E R RE STAURAD O PARA RE STAURAR


Mas sobretudo o Papa afirma, de imediato e com clareza, que é necessário sair da estéril contraposição entre a ânsia de mudança e a aplicação pura e simples de normas abstratas. Escreve: «Os debates, que têm lugar nos meios de comunicação ou em publicações e mesmo entre ministros da Igreja,

estendem-se desde o desejo desenfreado de mudar tudo sem suficiente reflexão ou fundamentação até à atitude que pretende resolver tudo através da aplicação de normas gerais ou deduzindo conclusões excessivas de algumas reflexões teológicas» (AL 2).

CAPÍTULO PRIMEIRO: “À LUZ DA PALAVRA” Enunciadas estas premissas, o Papa articula (AL 16) que se exprime com ternura (AL 28), mas a sua reflexão a partir das Sagradas Escrituras no que se viu confrontada desde o início também pelo primeiro capítulo, que se desenvolve como uma pecado, quando a relação de amor se transformou meditação acerca do Salmo 128, característico da em domínio (cf. AL 19). Então, a Palavra de Deus liturgia nupcial hebraica, assim como da cristã. A «não se apresenta como uma sequência de teses Bíblia «aparece cheia de famílias, gerações, histó- abstratas, mas como uma companheira de viagem, rias de amor e de crises familiares» (AL 8) e, a par- mesmo para as famílias que estão em crise ou imertir deste dado, pode meditar-se como a família não sas nalguma tribulação, mostrando-lhes a meta do é um ideal abstrato, mas uma «tarefa “artesanal”» caminho» (AL 22).

do Espírito. O Papa nota que o individualismo exa-

Fonte: https://diocesedivinopolis.org.br/

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CAPÍTULO SEGUNDO: “A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS” Partindo do terreno bíblico, o Papa considera, cerbado torna, hoje, difícil a doação a uma outra no segundo capítulo, a situação atual das famílias, pessoa de uma maneira generosa (cf. AL 33). Eis mantendo «os pés assentes na terra» (AL 6), beben- um interessante retrato da situação: «Teme-se a sodo com abundância das Relações conclusivas dos lidão, deseja-se um espaço de proteção e fidelidade dois Sínodos e enfrentando numerosos desafios, mas, ao mesmo tempo, cresce o medo de ficar endesde o fenômeno migratório à negação ideológica curralado numa relação que possa adiar a satisfada diferença de sexo («ideologia de gênero»); da ção das aspirações pessoais» (AL 34). cultura do provisório à mentalidade anti-natalidade A humildade do realismo ajuda a não apree ao impacto das biotecnologias no campo da pro- sentar «um ideal teológico do matrimônio demacriação; da falta de habitação e de trabalho à porno- siado abstrato, construído quase artificialmente, grafia e ao abuso de menores; da atenção às pessoas distante da situação concreta e das possibilidades com deficiência ao respeito pelos idosos; da des- efetivas das famílias tais como são» (AL 36). O construção jurídica da família à violência para com idealismo não permite considerar o matrimônio as mulheres. O Papa insiste no carácter concreto, assim como é, ou seja, «um caminho dinâmico de que é um elemento fundamental da Exortação. E é crescimento e realização». Por isso, também não se este caráter concreto e realista que estabelece uma pode julgar que se possa apoiar as famílias «com diferença substancial entre «teorias» de interpreta- a simples insistência em questões doutrinais, bioéção da realidade e «ideologias». ticas e morais, sem motivar a abertura à graça» Citando a Familiaris consortio, Francisco (AL 37). Convidando a uma certa “autocrítica” de afirma que «é salutar prestar atenção à realidade uma apresentação não adequada da realidade maconcreta, porque “os pedidos e os apelos do Espí- trimonial e familiar, o Papa insiste na necessidade rito ressoam também nos acontecimentos da his- de dar espaço à formação da consciência dos fiéis: tória” através dos quais “a Igreja pode ser guiada «Somos chamados a formar as consciências, não para uma compreensão mais profunda do inexaurí- a pretender substituí-las» (AL37). Jesus propunha vel mistério do matrimônio e da família”» (AL 31). um ideal exigente, mas «não perdia jamais a proxiSem escutar a realidade não é possível compreen- midade compassiva às pessoas frágeis como a sader nem as exigências do presente nem os apelos maritana ou a mulher adúltera» (AL 38).

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AMOR HUMANO

EGOTAMENTO MENTAL

Você se sente constantemente cansado? Emocionalmente, fisicamente ou psicologicamente exausto? Tem tido dificuldades para se concentrar nas tarefas cotidianas? Enfrenta problemas para tomar decisões complexas? Sente-se irritado ou impaciente e tem a sensação de que isso não passa? Atenção: você pode estar apresentando sinais de esgotamento ou fadiga mental.

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que, todas as vezes que mudamos o foco, o nosso cérebro trabalha mais e, logo, gasta mais energia também; e desorganização, seja ela relacionada à bagunça física – de um ambiente desorganizado – ou a desorganização de rotina, que provoca estresse ao cérebro gerando um aumento de cortisol, o que faz com que o corpo se sinta ameaçado; entre muitos outros comportamentos Esgotamento mental é uma fadiga, um cansa- cotidianos. ço do Córtex Pré-Frontal Dorsolateral. Essa estrutura Por isso, é necessário estarmos atentos aos sinais é uma área do cérebro responsável por três funções e, algumas vezes, mudarmos hábitos de vida para auxiimportantes para o ser humano: tomada de decisões; liarmos o nosso cérebro a evitar o esgotamento mental. “frear” as emoções, instintos e ações, e manter o foco Primeiro, devemos criar rotinas, com isso, as tomadas em um objeto. Essa parte cerebral consome 20% da de decisões vão diminuindo e, assim, quando providênglicose do nosso organismo quando está 100% ativa, e cias importantes surgirem, teremos energia para usar. necessita de muita dopamina e noradrenalina para o seu Posteriormente, é necessário lembrarmos de fazer algufuncionamento. Quando existe uma diminuição de gli- mas pausas, afinal, a nossa capacidade de concentração cose, dopamina e noradrenalina nessa região, sentimos dura, em média, 20 minutos; então, após esse tempo, é o esgotamento mental. necessário um descanso de 1 minuto. Vale, porém, resOs sintomas desse esgotamento são: dificulda- saltar que nos períodos de descanso não podemos utilides em focar em uma tarefa por vez – a pessoa até zar o celular, uma vez que, manuseá-lo mantém o nosso tenta, mas quando se dá conta já está fazendo outra cérebro em modo focado, e não repousando. O exercoisa, ou então, o pensamento fica longe a ponto de nem cício físico intenso, de pelo menos 10 minutos, como: mesmo lembrar do que estava fazendo; irritabilidade e polichinelo ou corrida, também é aliado para o combate impaciência; cansaço físico; dificuldades em tomar do esgotamento mental, pois fornece ao nosso cérebro, decisões – tanto aquelas mais simples quanto as mais e ao corpo, de um modo geral, aquilo que necessita, procomplexas; dificuldade de comunicação – a pessoa se movendo a produção de adrenalina e dopamina e, conesquece de palavras, tem “brancos” mentais, demora sequentemente, aumentando a energia para a realização para pensar naquilo que gostaria de dizer, demonstrando das atividades. que o raciocínio está mais lento. Por fim, também é preciso evitar a procrastinaMuitos dos nossos hábitos são propícios para ter- ção; o jejum prolongado, para que não haja a diminuimos esgotamento mental. Podemos citar alguns deles, ção da glicose no nosso organismo; ter um sono regucomo: a procrastinação, que gera ansiedade, preocu- lado e de qualidade, pois ele é responsável por tirar as pação e sentimento de culpa, levando a um gasto maior impurezas do cérebro e fazer com que a energia mental de energia pelo cérebro; o perfeccionismo, que nos leva seja recuperada. Se, com tudo isso, você ainda se sentir a não aceitarmos qualquer decisão ou atitude e nos faz excessivamente cansado, procure orientação adequada. buscar algo melhor, mesmo que isso nos custe muito mais; a avalanche de opções, que dificultam nossas escolhas; muitas interrupções nas atividades, uma vez Por Rafael Rodrigues

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PA L AV R A D O F U N DA D O R

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O que é o relativismo? Quais perigos ele traz consigo? Como esta corrente pode interferir nas ações do ser humano, nas instituições e romper com estruturas milenares? A iminência de perdermos o foco da nossa existência e os valores que até hoje regem a construção da humanidade faz com que nos preocupemos com aqueles que lutam pela permanência da vida humana e seus valores. A própria definição da palavra “relativismo” nos diz que ele “é uma corrente de pensamento que questiona as verdades universais do homem, tornando o conhecimento subjetivo”.

que esses meios se tornaram uma eficaz forma de doutrinação da maioria da população. Até mesmo questionar a existência de Deus tornou-se comum, visto que cada um tem a “liberdade” de criar o seu deus e suas verdades, elaborando projetos para a sua família de acordo com conceitos morais e religiosos próprios, sem a preocupação em seguir o projeto original do Criador. Um perigoso indício de ação do relativismo está, também, dentro da Igreja. Que eu esteja enganado, mas tenho percebido, em alguns discursos dentro desta Instituição Sagrada, uma tendência ao relativismo em nome da compaixão e da misericórdia. Compreendo que é necessário agirmos como o Cristo diante dos excluídos, mas existe uma enorme diferença entre acolher o pecador e admitir os seus pecados. Nesse caso, há pessoas que, além de acolherem o pecador, querem e lutam pela legalização de seus pecados, o que faz com que sejam aceitos por todos através de um louvável “ato de amor”. No fundo, essas pessoas não compreendem que estão ferindo a Tradição que se concretizou na Cruz de Cristo, e na ótica relativista, permitem tudo.

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É isso o que, justamente, vem acorrendo nos tempos de hoje, em que a sociedade é bombardeada com informações de mudanças comportamentais e de valores morais, sentindo-se inerte diante de tantas falácias. É claro, não temos a prerrogativa de julgar o outro, mas daí a aceitar as mudanças em favor do “desenvolvimento social”, que visa a desconstrução do paradigma da verdade e do comportamento humano, já é deplorável. Enquanto isso, aqueles que lutam pela preservação da dignidade É evidente que, ao longo da história, a Igreja humana como o alicerce principal da vida são chamados de “retrógados” e “contrários” às mudanças sempre rejeitou o relativismo, porque há verdades que são perenes, como àquelas da Fé e da Moral propostas. cristã, uma vez que foram instituídas por Deus. Outro grande perigo que o relativismo enJesus Cristo mesmo afirmou: “Eu sou a verdade” cerra em si é a desconstrução das verdades pré(cf. Jo 14,6); “a verdade vos libertará” (cf. Jo 8,32) estabelecidas, buscando-se relativizar opiniões e “Eu vim dar testemunho da verdade” (cf. Jo alheias com o intuito de fazer com que a sua própria 18,37). São Paulo, neste mesmo pensamento, conopinião prevaleça. Em resumo, é como se existissem cluiu: “Deus quer que todos se salvem e cheguem “outras” categorias de verdades e perspectivas para ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4). Portanto, as mesmas coisas, não havendo, necessariamente, não podemos permitir que a corrente do relativismo um certo ou um errado. Assim, cada um constrói a contamine a Igreja, sobretudo os que têm a missão sua verdade e vive conforme os seus conceitos, igde conduzi-la. Que possamos honrar o sangue dos norando a história da humanidade de modo a criar a mártires de outrora, que não se deixaram amedronsua própria história. Este risco se torna ainda maior tar e seguiram fielmente pregando o Evangelho quando os relativistas se sentem no direito de impor mesmo cientes de que suas vidas poderiam ser ceià sociedade os seus conceitos, obrigando os demais fadas. a aceitarem as mudanças comportamentais, familiaRezemos, pois, para que esta corrente do mal res e religiosas através de ameaças e punições. É evidente que esses avisos se apoiam em algumas não adentre na Igreja. Que ela continue tendo como palavras, utilizadas exatamente para se tornaram coluna e fundamento a VERDADE (cf. 1Tm 3,15) e “marcos”, “bandeiras da liberdade”, como: intole- que o mundo possa permanecer se inspirando nela, rância, preconceito, homofobia, negacionismo, en- de modo que a sociedade possa se manter na normalidade, na moralidade e na religiosidade, presertre outras, que ao longo dos anos vêm surgindo. vando o bem-estar da Família. O relativismo é, de Um dos principais meios, pelos quais o re- fato, um perigo constante, e a melhor forma de o lativismo está entrando com toda a força na vida vencermos é buscando ao Senhor enquanto Ele Se das pessoas, sem que elas percebam, é através das deixa encontrar (cf. Is 55,6). redes sociais. Nelas se fala e se escreve de tudo e sobre tudo, e raros são aqueles que questionam ou Por Padre Fernando Gonçalves pensam quanto ao que leem. Podemos até afirmar

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A IGREJA ENSINA

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ANO SACERDOTAL EM 2023

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Os bispos do Brasil, em sua 58ª Assembleia Geral, realizada em forma virtual entre os dias 12 e 16 de abril deste ano, por unanimidade, decidiram que em 2023 será realizado o 3º Ano Vocacional. O primeiro foi em 1983 e o segundo em 2003, respectivamente com os temas “Vem e Segue-me” e “Batismo, fonte de todas as Vocações”. Tal fato trouxe-me à memória o Ano Sacerdotal, concluído no dia 11 de junho de 2010, determinado pelo Papa Bento XVI para recordar os 150 anos da morte de São João Batista Maria Vianney, o Santo Cura D’Ars. Tal ano teve como objetivo “favorecer e promover uma maior renovação interior de todos os sacerdotes e um testemunho evangélico mais forte e mais incisivo no mundo contemporâneo”.

vieram à tona em todo mundo. Nenhuma situação de pedofilia pode ser tolerada, muito menos de um sacerdote que se propõe a ser o sinal do amor de Deus. Felizmente, a Igreja deu passos importantes no processo de melhor acompanhamento dos presbíteros e na formação dos futuros sacerdotes.

As terríveis situações surgidas não diminuem o valor e a importância dos nossos sacerdotes. A regra geral comportamental é de um grande amor a Deus e dedicação exclusiva à Igreja de Jesus. Com santo orgulho, posso referir-me aos padres que se imolam diariamente no seu ministério a serviço do povo de Deus. Deus seja louvado pela fidelidade e doação de vida dos nossos padres, seguidores do exemplo do próprio Jesus Cristo, que não veio para Foi uma excelente iniciativa para fortalecer a ser servido, mas para servir (cf. Mt 20,28). identidade, missão e unidade sacerdotal dos nossos Aliás, é impossível imaginar a vida sacerdopresbíteros. Contudo, foi um ano de cruzes e até tal se esta não refletir a vida do próprio Jesus Crisde sentimentos de vergonha e exigência de justiça to, o único e eterno sacerdote. O Filho eterno de em vista dos inúmeros escândalos de pedofilia que Deus foi enviado “para que o mundo seja salvo por S E R RE STAURAD O PARA RE STAURAR


ele” (Jo 3,17). Em Jesus constatamos a obediência filial ao Pai e o Seu amor pela humanidade, passando pela paixão e morte na cruz. Jesus continua exercendo o Seu sacerdócio através dos sacerdotes, chamados a tornarem-se Seus amigos íntimos. O mundo tem necessidade de Deus que, em Jesus Cristo, fez-Se carne e sangue, que amou a ponto de dar a vida, que ressuscitou e proporcionou ao ser humano o correto entendimento de sua vida e destino eterno. Somente à luz do agir de Cristo a vida sacerdotal encontra a sua razão de ser. Ser sacerdote é anunciar a Palavra de Deus na qualidade de “ministro” dela, participando da autoridade profética de Cristo e da Igreja. Daqui deriva a eficácia da sua pregação. Tal ministério exige a familiaridade com a mes-

ma Palavra. Outras pessoas até podem ser mais eloquentes, mas não representam Cristo, Cabeça e Pastor. Ser sacerdote é celebrar e viver da Eucaristia, sacramento que ocupa o lugar central de sua vida e ministério. Nenhuma atividade pastoral é tão vital para a Igreja. Ser sacerdote é orientar a comunidade eclesial, contando com a ajuda dos fiéis. É sua tarefa própria, derivada do seu peculiar relacionamento com Cristo, Cabeça e Pastor. E os sacerdotes do futuro? Recordo-me das palavras do Papa João Paulo II, na Assembleia Plenária da Congregação do Clero, ditas em novembro de 2001, mas tão atuais: “Onde falta o sacerdote é necessário, com fé e insistência, suplicar a Deus para que suscite numerosos e santos trabalhadores para a sua messe.

O esplendor da identidade sacerdotal, o exercício integral do consequente ministério pastoral, juntamente com o compromisso de toda a comunidade na oração e na penitência pessoal, constituem os elementos imprescindíveis para uma urgente e improrrogável vocação pastoral. Seria um erro fatal resignar-se às atuais dificuldades e comportar-se efetivamente como se tivéssemos de nos preparar para uma Igreja do futuro, imaginada quase desprovida de presbíteros”. A presença do ministro ordenado é condição essencial da vida da Igreja e não só de uma sua boa organização. Em virtude do caráter sacramental, sua presença e o seu ministério são únicos, necessários e insubstituíveis. Por Dom Francisco C. Bach

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VOCAÇÃO E CHAMADO

VINDE, VÓS TAMBÉM, PARA A MINHA VINHA

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O Senhor busca por operários que possam levar ao mundo o anúncio do Evangelho através do testemunho e do trabalho realizado em prol dos irmãos. Agosto é o mês vocacional, portanto, se constitui num tempo especial para que rezemos por novas vocações para a messe.

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Na atualidade, o chamado de Deus continua ecoando como na parábola dos operários da vinha, e o Senhor é o proprietário que busca por novos empregados durante o longo dia da existência. Quanto a isso, leiamos o texto extraído da Exortação Apostólica Christifideles Laici, de São João Paulo II:

possível aplicar a diversidade das horas’ – escreve ele – ‘às diversas idades do homem. O amanhecer pode certamente representar, nesta nossa interpretação, a infância. A hora tercia, por sua vez, pode entender-se como sendo a adolescência: o sol dirige-se para o alto do céu, isto é, cresce o ardor da idade. A hora sexta é a juventude: o sol está como que no zênite do céu, isto é, nesta idade reforça-se a plenitude do vigor. A idade adulta representa a hora nona, porque, como o sol declina do seu alto, assim esta idade começa a perder o ardor da juventude. A hora undécima é a idade daqueles que se encontram muito avançados nos anos... Os trabalhadores são, portanto, chamados para a vinha em horas diferentes, como a querer significar que à santidade de vida um é chamado durante a infância, um outro na juventude, um outro quando adulto e um outro na idade mais avançada’.

“Segundo a parábola evangélica, o “proprietário” chama os trabalhadores para a sua vinha nas várias horas do dia: alguns, ao amanhecer; outros, às nove da manhã; outros ainda, por volta do meio-dia e das três da tarde; os últimos, cerca das cinco (cf. Mt 20,1ss). Ao comentar esta página do Evangelho, Podemos também tomar e São Gregório Magno interpreta as várias horas da chamada relacio- alargar o comentário de São Grenando-as com as idades da vida: ‘é gório Magno referindo-o à extraor-

dinária variedade de presenças na Igreja, todas e cada uma chamadas a trabalhar para o advento do Reino de Deus segundo a diversidade de vocações e das situações, carismas e ministérios. Trata-se de uma variedade ligada, não só à idade, mas também à diferença de sexo e à diversidade dos dons, como igualmente às vocações e às condições de vida; é uma variedade que torna mais viva e concreta a riqueza da Igreja” (45). Assim, podemos concluir que nunca se é novo demais, ou velho demais, para responder ao chamado de Jesus e assumir uma vocação, pois independente do tempo, a recompensa prometida é a mesma: a salvação eterna. Através da vocação matrimonial, sacerdotal, religiosa e de leigos consagrados somos convocados a transformar o mundo pela via do amor e da misericórdia. Não permita que a voz do Senhor, que ecoa em seu interior, seja abafada pelas vozes do mundo que, insistentemente, gritam através de conceitos e ideologias que não enri-

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quecem em nada as famílias; ao contrário, têm como sente de modo mais vivo e veemente a sua missão de objetivo destruir os laços familiares, a terra boa de proclamar a todos o desígnio de Deus sobre o matrimônio e sobre a família, para lhes assegurar a plena onde germinam as vocações. Outro documento de São João Paulo II, deno- vitalidade e promoção humana e cristã, contribuindo assim para a renovação da sociedade e do próprio minado “A missão da Família Cristã no mundo de Povo de Deus” (03). Deste modo, estejamos atentos hoje”, relata com autoridade que “no momento históao que nos chama o Senhor, para que possamos acorico em que a família é alvo de numerosas forças que lher a sua vontade e contribuir na evangelização. a procuram destruir ou de qualquer modo deformar, a Igreja, sabedora de que o bem da sociedade e de si mesma está profundamente ligado ao bem da família, Por Eliane Fagundes

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R E S TA U R A D I N H O S

Eu preciso de você! Olá Restauradinhos e Restauradinhas! Como vocês estão? Vamos começar com diversão? Então escreva abaixo o que a imagem representa para você.

Vocação

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Este mês a igreja celebra as vocações: sacerdotal, religiosa, familiar e leiga.

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“A vocação é um grande mistério de Deus, e para compreendê-la na sua profundidade é preciso que tenhamos uma fé consciente, o que faz brotar um espírito de discernimento capaz de descobrir a essência da Vocação como uma decisão pessoal e que requer maturidade na hora de dar o ‘sim’. Igualmente, entender a Vocação é entender esse mistério que nasce do interior de cada um, e no descobrimento nos sentimos próximos de Deus, ao ponto de nos alegrarmos e dizermos: ‘Eis-me aqui!’” (Padre Fernando Gonçalves, Carta Espiritual n° 20, “Minha Vocação”) A sua família é uma preciosidade para Deus. O tesouro mais valioso! É na família que as vocações são cultivadas e nascem do amor. Desde pequenos é importante permanecermos firmes no Senhor, cultivando a fé como uma plantinha, buscando incessantemente a santidade.

Agora, aproveite e feche os olhos, sentindo a presença de Deus. Reze para que o Espírito Santo lhe ajude a descobir a vontade do Senhor para a sua vida. S E R RE STAURAD O PARA RE STAURAR


Você sabia que várias pessoas experimentaram o amor de Deus ainda crianç as e acolheram o Seu chamado dizendo sim? Entre eles estão: São Pio de Pietrelcina; os Pastorinhos que testemunharam as Aparições de Nossa Senhora de Fátima - Lúcia dos Santos, São Francisco Marto e Santa Jacinta Marto; São Domingos Sávio; Santa Joana D’Arc; São Tarcísio; Santa Teresa do Menino Jesus; São Francisco de Assis; o Beato Carlo Acutis e o Servo de Deus Guido Schäffer.

Compromisso Você sente no coração o desejo de seguir o mesmo caminho dessas pessoas? Então...

Faça tudo com amor Aceite a vontade de Deus

Siga o exemplo de Maria

Reze o terço

Seja obediente aos mandamentos de Deus

Peça ao Espírito Santo para te ajudar a vencer os desafios Fale com Deus em oração

Sinta alegria em ir à missa com a sua família

Leia a Bíblia e registre no Diário Espiritual o que Deus fala ao seu coração

Restauradinho do Mês Estreando no Restauradinhos a Rafaela!

Você também pode aparecer por aqui! Peça ao papai, ou a mamãe, para enviar a sua foto para o e-mail: revista@comunidaderestauracao.org

S E R RE STAURAD O PARA RE STAURAR

AG OS TO 2 0 21 - RE VI STA CO MU N I DA DE R ES TAU RAÇÃO

2 meses e é maninha da Essa linda princesinha tem é de Joinville e seus pais se Brenda e da Vallentina. Ela chamam Gislaine e Ailton. mília, Restauradinha! Deus abençoe a sua linda Fa

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P R OJ E T O F A M Í L I A S R E S TA U R A DA S PA R A D E U S

CONFIAR INTEIRAMENTE NA DIVINA PROVIDÊNCIA O certo é que “tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8,28). O testemunho dos santos não cessa de confirmar esta verdade. Santa Catarina de Sena afirmou: “Tudo procede do amor, tudo está ordenado para a salvação do homem e não com nenhum outro fim”; e continua, “todas as coisas cuida Minha providência, desde as menores até as maiores. Minha providência trata-vos conforme a maneira com que nela acreditais. Apenas quero pessoas que, com discernimento, batam à porta da Minha misericórdia sem duvidar, na certeza de que providencio”. (do Diálogo de Jesus com Santa Catarina de Sena) Essas frases nos fazem refletir sobre o quanto precisamos ser confiantes quando pedimos a Divina Providência. Assim como os santos acreditaram muito nela, o homem é chamado a confiar inteiramente na Divina Providência, pois este é o meio pelo qual o Senhor conduz, com sabedoria e amor, todas as criaturas para o seu último fim, que é a santidade.

que precisamos viver na dependência total d’Ele é fonte de sabedoria, liberdade, alegria e confiança (cf. Sb 11,24-26). O próprio Jesus recomendou o abandono total à providência celeste, sendo Ele mesmo a testemunhar, com Sua vida, que o Senhor cuida de todas as coisas: “Não vos inquieteis, dizendo: ‘Que havemos de comer?’ ‘Que havemos de beber? Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso. Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo” (Mt 6,31-33). É por tudo isso que nós, da Comunidade Restauração, confiamos inteiramente na Divina Providência e cremos que Deus enviou você, Sócio(a), para que seja um canal d’Ele. Dessa forma, através da sua doação, muitas Famílias são restauradas para Deus. Agrademos imensamente pelo seu Sim para com esta Obra, e que o Senhor continue providenciando todo o necessário na sua vida e Família. Que Deus o(a) abençoe!

Mesmo que, para nós, muitas vezes, os caminhos de Deus sejam desconhecidos, reconhecer

Por Jaqueline Petrs

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ANIVERSARIANTES DO MÊS

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1 Antonina Ochner Juliana Eccel 2 Terezinha de Jesus C. Maiochi 3 Ivonete Ana Ferreira 5 Alexandre Bierek Juliana Hlenka Ulbrich Maria das Neves Cardoso Vinicius A. Maia 6 Manoel Pereira de Novaes Filho 9 Diego Luis Pereira Marcela Maria Lima Nilda B. Golinski Ferrari 10 Henrique Possamai Kukla Thuanny Soares 11 Gizili Vieira 11 Hilda Augusta Zini 12 Isoleide Arent Marta Garcia Rosa de Abreu Shayeni Carolina M. Rodrigues 13 Clesio Luiz Padilha 14 Karina Carvalho 15 Anelir Menegaro

SÓCIOS

17 Zilda Decker 19 Marcia Trentini Hasselmann Rosemeire de Sousa da Fonseca 21 Julia Terezinha Zangueli 22 Elio Rengel Jovina Pulqueria Silva Santos 23 Andreia Regina Pereira Vechter Antonio Carlos Ferreira Daniele Lucia de Oliveira Cercal 24 Magali de Oliveira 25 Stefany Aniele Xavier Valdemiro Fuch 26 Alexsandra Turnes de Souza Carlito Schelbauer Marlene Albino da Luz 27 Daniela Pereira Parnoff 28 Fernanda Motta Munhoz Osvaldo Junior Silvia Helena B. Cordeiro 29 Felipe Crema Adriano 30 Leila Fabricia Linhares Lucio Stringari S E R RE STAURAD O PARA RE STAURAR

CASAMENTO 2 Jozeli Silva Hernaski 4 Marisol Rodrigues Alexi 21 Silvano Gomes Zélia Assunta Meloto 28 Janaina Salvador Pereira Nilson Pereira Junior MEMBROS 2 Ivo Siduoski 11 Roseli S. Oliveira 20 Rafael Rodrigues 24 Simone Bertelli Rosenstock 28 Maria Danielli P. Gregório

Feliz Aniversário!




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