Estudo de avaliação do impacto social - Projeto CIES

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AVALIAÇÃO DO IMPACTO SOCIAL PROJETO CIES: Saúde Sem Fronteiras

Final report Jan 27 – Fev 23, 2013 Brasil

Planète d’Entrepreneurs – Estudo n°31


Informações preliminares 2

Este estudo foi um trabalho voluntário realizado pela Planète d’Entrepreneurs para o Projeto CIES 

A Planète d’Entrepreneurs se encontrou com o Dr. Kikawa (fundador do Projeto CIES) e Ricardo Lauricella (responsável pela comunicação do Projeto CIES) em Fevereiro de 2012;

Como acordado durante o encontro, a Planète d’Entrepreneurs programou um estudo de avaliação do impacto social para o Projeto CIES para fevereiro de 2013.

Planète d’Entrepreneurs agradece especialmente o seu patrocionador Planet21 (Accor) pelo patrocínio que possibilitou financiar a estadia da nossa equipe e a logística do estudo no Brasil.

Este relatório também está disponível em portguês, graças à nossa intérprete Leticia Henriques Cintra.


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Sumário Executivo I. Apresentação geral do estudo II. Resultados principais sobre a saúde nos municípios III. Resultados principais sobre os pacientes


Sumário Executivo (1/3)

I. Apresentação geral do estudo 4

Sobre o Projeto CIES 

Fundado em 2008 pelo gastroenterologista Brasileiro Dr. Roberto Kikawa, o projeto CIES busca oferecer saúde de alta tecnologia e humanizada, através de 3 tipos de centros médicos móveis em parceria com (i) secretarias municipais de saúde e (ii) empresas privadas.  O CIES proporcionou consultas especializadas/exames para 100.000 pessoas em 5 estados do Brasil desde de suas origens.

Sistema de saúde público no Brasil  

O sistema de saúde público (SUS) brasileiro oferece serviço médico gratuito para cerca de 77% da população. Os maiores problemas do SUS são:  Pessoas que moram em áreas periféricas ou rurais têm que ir até outra cidade para acessar a saúde devido à falta de infraestrutura e falta de médicos especializados;  Longa espera para consultas com especialistas.

Estudo da Planète d’Entrepreneurs 

Em fevereiro 2013, em parceria com o CIES, a PDE estudou o impacto das atividades da ONG médica junto à 367 pacientes tratados em São José dos Campos (São Paulo) e em São Francisco do Sul (Santa Catarina).

Objetivo: entender como o CIES possibilitou que os pacientes que esperavam por um especialista no SUS pudessem ter um atendimento mais rápido, melhor e mais humanizado. 

O estudo foi feito por 3 membros da Planète d’Entrepreneurs (período integral), 6 intérpretes voluntários (meio-período) e a equipe do CIES no escritório principal (São Paulo) e nas localidades (SJC e SFS).


Sumário Executivo (2/3)

II. Resultados principais sobre a saúde nos municípios

PERFIL

O mesmo problema; uma situação de crise em relação à espera para conseguir uma consulta:  70.000 consultas e exames na lista de espera em São José dos Campos;  5.243 consultas e exames na lista de espera em São Francisco do Sul para as especialidades mais demandadas.

IMPACTO

POR QUE CIES?

Duas cidades com diferenças significativas em termos de:  Tamanho: São José dos Campos é 15 vezes maior que São Francisco do Sul;  Acesso à saúde: todas as especialidades com uma infraestrutura de saúde boa em SJC e apenas duas especialidades em SFS.

IMPASSES

5

Ambas Secretárias da Saúde que encontramos estão certas da qualidade, transparência e eficiência do serviço oferecido pelo CIES para diminuir a lista de espera do SUS local;  Em São José dos Campos, o CIES é visto como uma ferramenta eficiente para resolver um problema temporário. 

Depois de mais ou menos um ano da presença do CIES em cada cidade, as listas de espera diminuíram consideravelmente:  De 70.000 para 37.000 em São José dos Campos;  De 5.243 para quase 0 em São Francisco do Sul.


Sumário Executivo (3/3)

III. Resultados principais sobre os pacientes

ACESSO À SAÚDE

 

Saúde básica acessível: 80% dos pacientes têm acesso à um CG menos de 20 min de suas casas; 65% dos pacientes entrevistados consideram o sistema de saúde da cidade muito lento e/ou de baixa qualidade; 68% pensam que o sistema de saúde é mais rápido e/ou o tratamento recebido é melhor desde a chegada do CIES na cidade; Média de espera para consulta com especialista o SUS no passado: 5.6 meses, vs. 3.2 com CIES; Para o mesmo especialista, 40% dos pacientes esperaram por > 5 meses no SUS, vs. 15% com o CIES na cidade.

55% nunca ouviram falar da carreta ou do CIES antes e 86% dizem não conhecer o que é CIES (não há uma diferença significativa entre 1º vez e pacientes de retorno);  Somente 25% dos pacientes pensam que a carreta ou o CIES é um projeto separado do município, e 58% pensam que faz parte;  Pacientes com maior nível de educacão ou trabalho tendem a saber mais sobre o CIES;  Não há diferença grande entre SJC e SFS. 

CONHECIMENTO: CIES

3/4 são mulheres; Média de idade de 51.4 (64.6, SFS, e 48.9, SJC); >50% deixaram a escola no “Fundamental” e 10% não são alfabetizados;  Grande proporção de desempregados e aposentados (21% cada);  46% ganham < de um salário mínimo (R$ 678);  40% das moradias ganham menos que a renda média brasileira por pessoa por moradia de R$ 767,02.   

Divisão igual das opiniões entre as diferentes idades: os que se importam menos com a carreta são os “60+”, enquanto os “menos de 30” pensam que é “legal” e os “30-60” são menos entusiasmados;  Dos 30% que receavam a consulta na carreta, 93% ficaram positivamente surpresos e eram os mais entusiasmados ao final;  3/4 disseram que a consulta no CIES foi em todos os pontos melhor do que qualquer uma que eles já tinham feito com um especialista no SUS. 

PERCEPÇÃO DA SAÚDE

PERFIL DO PACIENTE

6


7

Sumário I. II. III. IV. V. VI. VII.

Contexto do estudo Metodologia e processo de estudo Impacto junto aos parceiros públicos Impacto junto aos pacientes Recomendações Agradecimentos Apêndice


I – Contexto do estudo 8

1. Brasil: dados macroeconômicos 2. Sistema público de saúde no Brasil 3. Projeto CIES: panorama

Encontro com o ex-Secretário da Saúde de São José dos Campos


1. Brasil: dados macroecônomicos 9 

Para contextualizar o estudo, foram focados alguns dados macroeconômicos do Brasil e de dois estados : São Paulo e Santa Catarina, onde as cidades de São José dos Campos e São Francisco do Sul estão localizadas.

Brasil

São Paulo

Sta. Catarina

População (2012)

191 m

41 m

6m

IDH

0,794

0,833

0,840

Expectativa de vida ao nascer

73,4 anos

75,1 anos

76 anos

Renda média / pessoa por moradia

R$ 767,02

R$ 1.031,51

R$ 967,45

+ 34 %

+ 26 %

∆ Salário Mínimo

R$ 678/mês

% da pop. com renda < ½ salário mínimo

34,7 %

19,4 %

13,9 %

% da pop. com renda < ¼ salário mínimo

16,2 %

7,6 %

4,7 %

Pobreza (2011)

Abaixo de R$ 70/mês/pessoa por moradia (8,5% da pop.)

Sources: Wikipedia, International Energy Agency Fonte: Censo IBGE 2010 (exceto IDH e pobreza), www.ibge.gov.br, www.ipea.gov.br, www.tabnet.datasus.gov.br. IDH: fonte PNUD. Pobreza: FGV-CPS e IBGE . Foco nas regiões alvos do estudo.


2. Sistema público de saúde no Brasil 10 

O Sistema Único de Saúde (SUS) foi estabelecido em 1989 para proporcionar aos residentes no Brasil um sistema de saúde gratuito e universal. O SUS oferece saúde para 146 milhões de pessoas das 191 milhões do total: somente 23% da população têm um seguro de saúde privado.

O sistema de saúde é descentralizado e é administrado principalmente pelas prefeituras*: na maioria dos casos, pacientes têm que passar por um clínico geral em uma UBS** para serem encaminhados para um especialista.

As carências do SUS 

Carência de uma infra-estrutura de saúde pública satisfatória:  Mais de 20% dos pacientes brasileiros vivendo nas áreas semiurbana e nas áreas rurais não têm nenhum tipo de especialidade de saúde na região;  Eles são normalmente obrigados a viajar para longe para consultar um especialista, disponível nos centros urbanos.

Existem 64.000 centros UBS no Brasil, que podem tratar 80% dos problemas de saúde (CG, pediatras, ginecologia preventiva).

Dificuldade de responder às necessidades da população:  Médicos mal remunerados e com carga alta de trabalho;  Existe uma escassez de equipamentos médicos;  Longa lista de espera para uma consulta com um médico especialista, e em alguns casos até anos para tratamentos mais Sources: Wikipedia, complexos e cirurgias. International Energy Agency

*O Governo Federal e Estadual também participam da administração do sistema público de saúde, mas boa parte é feita na esfera municipal. **A UBS é uma centro de tratamento primário. O seu objetivo é melhorar o acesso aos serviços básicos à saúde (CGs, ginecologistas e pediatras) desafogando os hospitais públicos.


3. Projeto CIES: panorama a. Apresentação (1/2) 11

CIES foi fundado em 2008 com o objetivo de oferecer saúde gratuita à população de baixa renda no Brasil através de centros médicos móveis, parcerias com o setor público e entidades privadas.  Fundador: Dr. Roberto Kikawa  Gastroenterologista brasileiro;  Diretor Clínico no Hospital São Camilo;  Responsável pelo setor de endoscopia em alguns hospitais;  Professor de gastrenterologia na Universidade de São Paulo. 

Estrutura Híbrida:  Associação Beneficiente Ebenezer: Organização da Sociedade Civil de Interesse Público para educação e saúde através do projeto CIES.  Fleximedical: instituição sem fins lucrativos controlada em 51% pelo conselho de administração do CIES e em 49% por investidores externos. A Fleximedical aloca 10% da sua receita para cobrir os custos fixos do CIES. As suas atividades englobam:  Desenvolver equipamento médico de alta tecnologia (como instrumentos de endoscopia);  Planejar e conceber centros médicos móveis;.  Assegurar a manutenção dos equipamentos existentes nos centros do CIES.

Uma estrutura autossustentável:  80% à 90% da renda do CIES provém dos serviços prestados às prefeituras e às empresas privadas;  O restante tem origem em doações de empresas privadas.


3. Projeto CIES: panorama a. Apresentação (2/2) 12 

Os beneficiários do CIES são cidadãos que têm de acesso limitado ao sistema de saúde:  Sem restrição quanto à etnia, ao gênero, à religião, à educação ou à situação socioeconômica;  Sem limite de idade para as consultas e exames;  Pacientes que esperam por uma consulta médica nas listas dos municípios com as quais o CIES trabalha.

Os principais alvos de CIES são cidades médias de 20.000 à 300.000 habitantes:  Um mercado oportuno no qual as despesas do setor público de saúde representa somente 42% das despesas totais;  CIES também trabalha com municípios maiores.* 2010

2011

2012

Estados

2

4

5

Operações em n° de cidades**

11

12

20

Pacientes/mês

440

1.100

4.400

Evolução desde 2010

Exames/mês Orçamento/ano Custo por procedimento N° de funcionários

880 2.200 R$ 1.000.200 R$ 1.587.000 R$ 30 17

8.800 R$ 3.750.000

R$ 13,84 35

R$ 3 87

Nos últimos 5 anos, o CIES atendeu 100 mil pacientes em 5 estados com 15 especialidades diferentes. Fonte: Relatório Anual do CIES 2010/ Informação sobre o mercado no site do SUS *São Paulo, São José dos Campos, Rio de Janeiro **Valores agregados desde 2010

Regiões atendidas pelo CIES > 2008


3. Projeto CIES: panorama b. Visão 13

Projeto CIES busca uma saúde mais humanizada junto aos seus pacientes através de : 

Uma equipe dedicada em torno de valores fortes:  Atenção aos pacientes: a equipe do CIES personifica valores do projeto, que são saúde com alta-tecnologia e uma atenção sem precedentes dada aos pacientes;  Menos burocracia: A equipe do CIES se ocupa de todos os papéis que um médico normalmente preencheria. Isto permite ao médico dedicar o seu tempo inteiramente ao paciente. “O objetivo é que o paciente esteja satisfeito com todo o atendimento recebido, da recepção até os resultados”. Dr . Prado, Urologista

Marcela, recepcionista da Carreta da Saúde Martha, enfermeira da Carreta da Saúde

Dr.Cesário da equipe do CIES

Um atenção especial aos médicos do CIES:  Incentivo financeiro: os 50 médicos especialistas que trabalham com o CIES recebem melhores salários que os do SUS;  Atenção aos médicos: o CIES organiza o transporte e a acomodação na cidade onde as instalações do CIES estão localizadas;  Motivação constante: Dr. Kikawa, fundador de CIES, fomentou uma dinâmica de atendimento médico humano junto à equipe de médicos, que, por sua vez, integraram o projeto também por acreditar em seus valores.


3. Projeto CIES: panorama c. Atividades principais (1/2) 14

Carreta da Saúde

Boxe da Saúde (Homem) Boxe da Saúde (Mulher)

Van da Saúde

Uso

Instalações médicas

Instalações médicas

• Meio de transporte dos equipamentos; • Instalação proporcionada por parceiros.

Cidades alvo

Pop. >150.000

50.000 < pop. <150.000

Pop. < 50.000

Condições de acessibilidade

Boas estradas

Facilmente transportável por reboque, caminhão ou balsa

Modelo ideal para regiões acidentadas

Necessidade de especialistas simultaneamente

>7

Entre 4 e 7

<3

Dimensões

> 100m2 quando aberto

45 m²

Localização (anterioir ou atual)

São José dos Campos (Sul, Norte e Leste)

n.a

Três Lagoas


3. Projeto CIES: panorama c. Atividades principais (2/2) 15

Carreta da Saúde

Audiometria Cardiologia Dermatologia Endoscopia Gastroenterologia Ginecologia Mamografia Pequenas Cirurgias Oftalmologia Otorrinolaringologia Teste de Papanicolau Pediatria Ultrasonografia Urologia Vascular N° de especialidades simultaneamente

Boxe da Saúde (Homen) Boxe da Saúde (Mulher)

x x x x x x x x x x

x x x

x x x x 5

x x

Van da Saúde

x x x

x

x x

x

x x

x x

x x x x

x x x x x x x

1

2

2

x x x x


3. Projeto CIES: panorama d. Parceiros (1/2) 16 

CIES trabalha com 2 tipos de parceiros:

Missão

Objetivos

Com prefeituras

Com empresas privadas

Contratado pela Secretaria da Saúde municipal para oferecer saúde aos pacientes que esperam para consultar um especialista na rede do SUS,

• Parcerias N°1: Contratado em ocasiões específicas para proporcionar tratamento de saúde para os empregados;

• Possibilitar que as pessoas que estão na espera por meses ou anos possam passar por um especialista de forma mais rápida; • Reduzir a espera nos hospitais públicos.

Oferecer saúde gratuita e de alta qualidade para funcionários de baixa renda de empresas privadas.

• Médicos pagos pelo CIES;

Integralmente financiada pela empresa privada.

• Parcerias N°2: Utilização sem custos de equipamentos médicos avançados fornecidos por parceiros em troca da visibilidade oferecida pelo CIES.

The vast majority of CIES’ activities consist in dealingàwith local municipalities • Logística (localização, eletricidade e saneamento) Financiacargo da prefeitura; mento 

• Saúde gratuita para os pacientes como no SUS.

Exemplos

• Carreta da Saúde em São José dos Campos durante 1 ano em 3 regiões diferentes (3 meses em cada) com 5 especialidades diferentes disponibilizadas ao mesmo tempo; • Cirurgias de catarata feitas pelos médicos do CIES no hospital público de São Francisco do Sul.

• Saúde para os funcionários da ENGEMET uma vez ao ano; • Equipamento de mamografia emprestado pela Philips por um contrato renovável de 3 anos de duração.

A grande maioria das atividades do CIES consiste em parcerias com prefeituras.


3. Projeto CIES: panorama d. Parceiros (2/2) 17

Os pacientes tratados pelo CIES são sempre encaminhados pelo SUS para serem tratados:

1

Paciente

Clínico Geral em um hospital público ou em uma UBS

2

Médico especialista do SUS

Exame médico com médico especialista do CIES

O paciente faz o pedido para passar com um especialista no hospital público do SUS.

O SUS informa que o paciente fará os exames no CIES.

Médico especialista do CIES O SUS informa o paciente será tratado no CIES.

 1ª consulta do paciente e, depois, redirecionamento para o CIES;  Consulta sem o CG*: o paciente pede na UBS para inscrevê-lo na lista para um especialista.

3

Exame em um centro do CIES O CG faz um pedido médico junto ao SUS, que o encaminha para o CIES.

*Exceções feitas para oftalmologista e dentista; não precisam passar por um Clínico Geral antes.

Exame no CIES Segunda consulta no CIES se o paciente necessitar exames médicos.


II – Metodologia e processo de estudo 18

1. 2. 3. 4. 5.

Processo de estudo da Planète d’Entrepreneurs Definindo os objetivos Busca de indicadores significativos Estudo de campo Informações importantes

Entrevistas com pacientes em São José dos Campos


1. Processo de estudo da Planète d’Entrepreneurs 19

O Processo da Planète d’Entrepreneurs é baseado no estudo de campo: o objetivo é construir questionários adequados para obter informações no campo diretamente com as partes envolvidas.

Antes do Estudo

Durante o estudo

• Buscar empreendedores sociais através do nosso banco de dados e no campo de estudo; • Acordar com o empreendedor social os objetivos da missão; • Trabalho preliminar: analisar o ambiente, ler estudos e elaborar as ferramentas.

• Encontro com os responsáveis e definir domínio e objetivos do estudo; • Elaborar um mapa do impacto, indicadores e questionário; • Trabalho de campo: entrevistas, coleta de dados e elaboração da ferramenta final.

• Escrever um relatório do impacto das atividades da organização estudada; • Fazer uma apresentação para a organização; Em seguida? • Fazer recomendações estratégicas auxiliadas por nossos resultados.


2. Definindo os objetivos 20 

A primeira parte do estudo constituiu em sintetizar os objetivos das ações do CIES em São José dos Campos e São Francisco do Sul com o intuito de ter uma visão mais clara de ambos: o projeto e a estratégia de impacto social.

Com o objetivo de entender por completo o funcionamento e os objetivos do CIES nestes dois municípios, Planète d’Entrepreneurs se baseou em :  Apresentação do gerenciamento do programa e dos objetivos operacionais/sociais pelo CIES;,  Encontros com os médicos e o ex-Secretário da Saúde de São José dos Campos.

Objectif global

Objetivos gerais: Oferecer acesso gratutito de serviçoes médicos de alta tecnologia nas periferias dos centros urbanos ou zonas rurais do Brasil através de parcerias com as entidades públicas e privadas Objetivo Operacional n°1: ACESSO

Objetivo operacional n°2: QUALIDADE

Objetivo operacional n°3: TEMPO

Saúde mais acessível aos pacientes através de centros médicos móveis de alta tecnologia

• Exames completos e saúde preventiva: CIES oferece tratamento de 15 especialidades; • Busca de um tratamento mais humanizado para os paciente.

Redução da lista de espera de consultas e exames com médicos especialistas, possibilitando um tratamentos mais rápido para os pacientes

 Este passo facilita a identificação dos impactos potenciais que o estudo busca avaliar.


3. Busca de indicadores significativos 21

Planète d’Entrepreneurs focou o seu estudo em três categorias que o CIES acredita serem as mais impactantes: 

Acesso à saúde:    

Conhecimento sobre o CIES:   

Espera para conseguir uma consulta antes do CIES; Esperar para conseguir uma consulta com o CIES na cidade; Tempo na lista de espera para passar com um mesmo especialista no passado; Tempo gasto para se descolar até o médico especialista.

Conhecimento sobre a carreta; Conhecimento sobre o CIES; Saber se o CIES é distinto ou se faz parte do governo.

Percepção sobre a saúde:   

Expectativas e impressões sobre uma carreta da saúde especializada; Percepção sobre o tratamento recebido na recepção, pelas enfermeiras e pelos médicos do CIES; Comparação do serviço médico recebido com um mesmo especialista do setor público no passado.

 Estes indicadores foram usados para elaborar os questionários durante a primeira etapa do estudo


4. Estudo de campo (1/2) 22

• Apresentação do CIES no escritório em SP • Redação e tradução dos questionários com a ajuda da equipe da CIES

Encontros com equipe do CIES

Coleta de dados com 58 pacientes que passaram pelo CIES; • Encontro com autoridades da Secretaria da Saúde de SFS. •

Fev 1–8 / 18-19

Estudo de campo em SJC

Coleta de dados com 309 pacientes que passaram pelo CIES em duas localidades; • Entrevistas com 4 médicos; • Encontro com o ex-Secretário da Saúde de SJC.

Estudo de campo em SFS

Jan 28-31

Fev 13– 16

Fev 20– 23

Redigindo o relatório final em SP • • •

Consolidação e análise dos resultado; Redação do relatório final; Apresentação para a equipe do CIES.


4. Estudo de campo (2/2) 23 Patients interviewed 16%

2%

 

Sao José - South Sao José - North

Sao Francisco

51% dos pacientes entrevistados estiveram na carreta do CIES pela 1ª vez; Por volta de 3/4 eram mulheres; 45% declararam consultar um especialista devido à um tratamento ou investigação de uma doença.

Specialties attended when interviewed 1%

47%

12%

2% 4%

Ophtalmology

9%

Otorinolaryngology

Radiology

São Francisco do Sul (SFS)

São José dos Campos (SJC)

 

Urology

Gastroenterology

82%

Cardiology

307 dos pacientes entrevistados, representando 4% dos pacientes tratados pelo CIES em SJC de fevereiro de 2012 à fevereiro de 2013; 97% dos pacientes foram entrevistados na região norte de SJC; 55% passaram pelo CIES para fazer um exame de ultrassom e 30% para um exame de esteira.

 

58 dos pacientes entrevistados, o que representa 1% do total de pacientes tratados pelo CIES em SFS; 80% passaram pelo CIES para consultar um oftalmologista; 10% fizeram a cirurgia de catarata com o CIES. Interviews: split of consults by CIES 22% Treated in the Health Wagon

78%

Teste de esteira ergométrica no CIES

Treated in a public hospital by a CIES doctor


5. Informações importantes 

Taxa de câmbio: 1€ = R$ 2,5

“Municípios” refere-se aos 2 municípios de São José dos Campos (SJC) e São Francisco do Sul (SFS) com os quais o CIES fez parcerias;

O impacto das ações do CIES reduzindo a espera do sistema de saúde público das localidades foi, principalmente, percebido nos encontros com as autoridades das Secretarias da Saúde, que tinham, na época, iniciado as parcerias com o CIES.

O que pode ser garantido: 

Todos os dados foram coletados através dos questionários;

Todas as informações qualitativas são baseadas em entrevistas;

“Pacientes” refere-se à “pacientes entrevistados durante o estudo”, o tamanho da amostra do estudo representa 4% do total de pacientes tratados em SJC e 1% dos tratados em SFS;  “Primeiros-pacientes” refere-se aos pacientes que foram consultados pela 1ª vez no CIES, “pacientes de retorno” os que já tinham sido consultados antes pelo CIES;  Dificuldades encontradas durante a administração dos questionários:  Informação qualitativa sobre o impacto das ações do CIES no bem-estar dos seus pacientes;  Evolução da situação da saúde dos pacientes enquanto estavam na espera para uma consulta;  Se o paciente não conhecia o CIES, nós explicamos as suas atividades e atuações antes de pedir para comparar as experiências no CIES com as no SUS. 

PACIESNTES

MUNICÍPIOS

24

Os fatos e os valores foram observados no campo.

O que não pode ser garantido: 

Evidências científicas e estatísticas Sources: Wikipedia,de impacto;

Atribuição sistemática de impacto; International Energy Agency

Relações de causalidade.


III – Impacto junto aos parceiros públicos 25

1. Contexto da saúde em São José dos Campos e São Francisco do Sul 2. Motivações da parceria com o CIES 3. Impacto do trabalho do CIES na redução da espera

Entrevista com representantes da Sec. da Saúde de SFS


1. O sistema de saúde pública na municipalidades 26

São José dos Campos (SJC)

São Francisco do Sul (SFS)

Representantes da Secretaria de Saúde entrevistados

• Dr. Danilo Stanzani, antigo Secretário de Saúde • Claúdia G. A. Soares, Deputada

• Michelle Evanir Campos Antunes, Assitente Executiva • Paloma Garcia da Silva, Assistente Executiva

População

636.876

43.000

População atendida no SUS

400.000 (65% da população)

n.a

Capacidade de assistência do SUS

400.000

n.a

N° de pessoas na fila de espera do SUS

700.000

n.a Saúde frequentemente em Joinville**, maior cidade de Sta. Catarina

Principais problemas enfrentados pelo SUS

Fila de espera para um especialista consulta/exame, devido à: • Saúde de alta qualidade: melhor que a média no Brasil (todas as especialidades disponíveis); • Fácil acesso*: pessoas morando em cidades vizinhas se inscrevem em SJC, o que explica o número da população registrada no SUS.

Lista de espera para um especialista consulta/exame, devido à: Curto-período

Estrutural:

• Fechamento do antigo hospital 1 ano antes da abertura do novo; • Saúde mais acessivel; • Crescimento da pop.

• Forte corporativismo no setor privado para dificultar a chegada de novos especialistas; • 60% das consultas com clínico geral levam a consulta com especialista (contra taxa normal de 20%).

Fonte: Censo IBGE 2010 * É necessário somente uma a identidade e um atestado de residência (>3 meses) para se inscrever no SUS de uma cidade. ** Joinville está localizada à 40 Km de SFS.


2. Motivações da parceria com o CIES 27

São José dos Campos (SJC)

São Francisco do Sul (SFS)

Fila de espera antes do CIES

70.000 consultas e exames

5.423 para consultas oftalmológicas, gastro e exames de ultrassom.

Fila de espera máxima na teoria

30.000 consultas e exames

n.a.

Fila de espera

• Cardiologia:

• 2 anos (exame)

• Oftalmologista:

• Otorrinolaringologia:

• 8 meses (consulta)

Somente 6 consultas/mês possíveis em Joinville para pop. de São Francisco do Sul. • Gastro:

Por que a ajuda do CIES?

• 8 meses

Transparência: garantia de uma comunicação frequente sobre a evolução do projeto; Flexibilidade: uso do mesmo software que o SUS para a ficha do paciente e agendamento de consulta; Medicina “humanizada” : uma das principais reclamações do SUS recebe foco essencial no CIES.

“A vantagem do CIES é a sua flexibilidade junto às necessidades do município, e a integralidade da sua oferta: eles trazem os equipamentos, os médicos e acompanham todo o processo da 1ª consulta até a cirurgia no hospital”.

• 13 meses (jan. 12 – fev. 13) Carreta da Saúde em 3 regiões da cidade (Norte, Leste, Sul) 4 meses cada; • 5 especialidades diferentes ao mesmo tempo (gastro, otorrino, gineco, uro, cardio, radiologia).

• Nov. 2011, jan. – Fev. e Set. – Nov. 2012 (Carreta da Saúde e consultas no hospital); • 3 especialidades: oftalmologia (consultas + cirurgia de catarata), gastrenterologia e exames de ultrassom.

• •

Contrato com o CIES

• 2 anos


3. Impacto do trabalho do CIES na redução da espera 28

São José dos Campos (SJC)

São Francisco do Sul (SFS)

Presença do CIES

24.112 consultas e exames para mais de 8.037 pessoas.

12.052 consultas e exames para 7.661 pessoas • Todos os pacientes na espera de uma das três especialidades oferecidas pelo CIES; • 200 cirurgias de catarata; • Novos pacientes registrados na fila de espera durante a presença de CIES, sabendo que eles poderiam se tratados – todos foram tratados por CIES.

N° de consultas/exames na lista de espera depois do fim do contrato com CIES

37.000 consultas/exames

0 • 90 pacientes ainda esperavam para serem operados de catarata em março 2013.

Opinião do Município sobre o impacto do CIES

A ação do CIES teve um papel indiscutível na redução da espera (ainda sim, foi ajudado por outros projetos organizados pelo governo); O CIES deveria continuar como uma ferramenta temporária utilizada pela prefeitura para resolver um problema específico; Não pode ser a única ação para melhorar o sistema de saúde na cidade.

 

Espera reduzida à zero; Saúde proporcionada para as pessoas que estavam na espera ou que tinham que ir até Joinville para serem tratadas por um especialista; Encorajar pessoas que não se inscreviam mais nas consultas devido a grande espera.


IV – Impacto junto aos pacientes 29

1. 2. 3. 4.

Perfil dos pacientes entrevistados Conhecimento sobre o CIES Acesso à saúde Percepção do tratamento recebido no CIES

Entrevistas com pacientes do CIES da região sul de São José dos Campos


1. Perfil dos pacientes entrevistados (1/4) a. Identificação 30 Global

SJC

SFS

Age

51,4

48,9

64,6

# persons in household

3,2

3,2

3,1

# children/family

2,6

2,5

3,0

Monthly income of patient (R$)

1054,3

1033,1

1078,4

Monthly income/person in household (R$)

765,7

742,9

722,1

Average

 

Divisão igual das faixas etárias: 1/3 abaixo de 30, 1/3 entre 30 e 60, 1/3 acima de 60; 56% são casados, 12% são viúvos; Mais de 50% dos pacientes estudaram até Fundamental, e 10% não são alfabetizados; 12% moram sozinhos e por volta de 45% das moradias contam com 2 à 3 pessoas.

School Level

Breakdown of patients by age 20%

8%

9%

10%

25%

Primary school

18% 12%

11%

Illitrate 28%

30%

Fundamental

6%

High school Higher studies

23% < 20

20 - 30 30 - 40 40 - 50 50 - 60 60 - 70 > 70

Size of household

Marital status 12%

9%

32%

Not married Married

12%

2 26%

18%

Widow

56%

Entrevistas com pacientes em SJC

Alone

10%

3 4 5

25%

More than 6


1. Perfil dos pacientes entrevistados (2/4) b. Situação profissional 31 

Job situation

5%

8% 19%

33%

6% 11% 15%

9% 12%

18%

22%

21%

Retired

6% 11%

Student Employee in the private or public sector Technician/Artisan/Shop/Restaurant

16% 16%

Housekeeping/Maintenance/Security

24%

7% 12%

22%

SJC

SFS

Total

Do you have CLT? 24%

Others

7%

11%

Unemployed

 No

Yes 23%

Autonomous

Em geral, a proporção é alta e igual para os aposentados e os desempregados (21% cada):  A proporção mais alta de desempregados (1/4 do total) foi em SJC;  A proporção mais alta de aposentados foi em SFS (33%). Alta proporção de donas-de-casa, encarregados de serviços-gerais, e seguranças entre as pessoas entrevistas (18% em SJC) e aposentados (1/3 dos pacientes entrevistados em SFS).

Alto nível de pacientes sem CLT: um total de 43% não têm:  Somente 1/4 tem;  11% das pessoas que trabalham sem CLT deveriam tê-la;  32% dos que não têm são desempregados, estudantes ou do lar.

NA

32%

10%

Retired

CIES provê saúde para pessoas com Sources: situaçãoWikipedia, profissional precária, atestada pela situação financeira delas. International Energy Agency


1. Perfil dos pacientes entrevistados (3/4) c. Renda mensal pessoal 32 

Overall personal monthly income

A renda mensal dos pacientes do estudo varia de R$ 250 à R$ 7.000, o que confirma o fato de o CIES não fazer diferença entre classes sociais; No entanto, é possível verificar tendências na renda mensal dos pacientes com a maioria das pessoas ganhando um salário mínimo ou menos.

21%

21%

12%

14% 11%

7% 4%

4%

5%

Comparação com o salário mínimo brasileiro de R$ 678: Global

SJC

SFS

Minimum salary (MS)

21%

21%

24%

Less than 1/2 than MS

3%

4%

0%

Less than 3/4 than MS

7%

9%

0%

Between MS and 2x MS

38%

38%

37%

More than 2x MS

26%

25%

33%

Split of personal monthly income (R$)

46% dos pacientes ganham um salário mínimo ou menos e 25% dos pacientes ganham estritamente menos que um salário mínimo (R$ 678) pelo trabalho ou aposentadoria;  30% com menos de 3/4 do salário mínimo em SJC;

Cerca de 40% do total ganham 1 à 2 vezes o salário mínimo;

10% dos pacientes ganham mais de R$ 2.000. Sources: Wikipedia, International Energy Agency  Para melhor análise da situação financeira das famílias, a renda teria que ser indicada pelo número de pessoas por moradia. 


1. Perfil dos pacientes entrevistados (4/4) d. Renda mensal por moradia 33 Number of other contributors to household 3% 8% 17%

72%

>3

Considerando famílias com 2 ou mais pessoas (cerca de 90% do total):  Em geral, o paciente não é o único contribuinte para a renda familiar em 85% dos casos: de cada 4 moradias por volta de 3 têm 2 contribuintes*;

3

3%

12%

88%

7% 16%

74%

2 1

SJC

SFS

As famílias de SJC têm mais contribuintes que as de SFS:  Em SFS, aproximadamente 33% das moradias têm somente 1 contribuinte para a renda familiar (média de moradia de 3.1 pessoas), vs. 14% em SJC (média de moradia de 3.2 pessoas);  15% das famílias em SJC têm 3 contribuintes, vs. 10% em SFS.

Total

Em geral, 40% das moradias ganham menos que a média brasileira de renda mínima/pessoa por moradia R$ 767,02** 

 

Em SJC, 60% das moradias estudadas obtêm menos que a média estadual de renda/pessoa por moradia de R$ 1,031.51**; Em SFS, este valor chega à 45% comparado com a média de R$ 967,45** em Santa Catarina; 17% do total de moradias ganham menos que R$ 300/membro da família.

Monthly income/person in the household (R$) 6% 5% 6% 13%

29% 23%

2% 2% 16% 21% 21% 27%

5% 4% 8% 15%

>1800

1400-1800 1100-1400

27%

800-1100 500-800

24%

300-500 <300

18%

11%

17%

SJC

SFS

Total

Sources: Wikipedia, Os pacientes do CIES, na sua maioria, são considerados como menos favorecidos comparados com os International Energy Agency padrões de vida nos respectivos estados. *Paciente incluído** Censo do IBGE 2010


2. Conhecimento sobre o CIES(1/4) a. Dados globais 34

Você já ouviu falar da carreta ou do CIES ?

Do you know what is CIES?

14%

Did you know that the Health Wagon is part of CIES? 14%

Never heard of it

29%

No

Yes on TV 55%

4% 12%

Yes Yes on the radio/newspapers

Yes, by word to mouth

86%

86%

If you know CIES, can you tell us what it is? Do you think CIES is part of separate from the municipality?

18%

31% 24%

Separate from the municipality

49%

Part of the municipality I don't know 58%

Precised and good answer

20% Wrong answer

Vague answer

Em geral, o conhecimento sobre o CIES é baixo :  Relativamente poucas pessoas já tinham ouvido falar sobre a carreta antes de serem atendidas pelo CIES (45%), mesmo a carreta estando na cidade por quase 1 ano;  Quase 90% não conhecem o que é o CIES e o que significa;  Entre os que dizem conhecer o CIES, somente 1/3 dão a definição correta;  A maioria dos pacientes pensa que a carreta/CIES faz parte do município (58%), e somente 1/4 pensa que é separado.


2. Conhecimento sobre o CIES (2/4) b. Dados por cidade 35 Quality of the definition of CIES among those saying they know what CIES is 20%

20%

21%

20% 49%

56%

Total

Bad Vague Good

60% 31%

23%

SFS

10%

Em relação à SFS (60%), de cada 6 pessoas 4 deram uma definição do CIES e trabalham atualmente em uma UBS ou na Secretária de Saúde, e, portanto, têm mais possibilidade de saber do que se trata o CIES.

SJC

Is CIES separate from the municipality or part of it?

18%

Em geral, somente 15 pacientes sobre 364 (4%) têm uma definição sobre o Projeto CIES (3% em SJC e 10% em SFS); Entre os que dizem conhecer o que é o CIES, cerca de 1/3 sabem precisamente o que é.

19%

 I don't know 58%

68%

57%

Part Separate

24%

22%

24%

Total

SFS

SJC

No que se refere à relação existente entre o CIES e o município, não existem diferenças muito importantes entre as duas cidades; Poder-se-ia esperar uma maior parte de pessoas pensando que o projeto faz parte do município de SFS, uma vez que 78% foram atendidos pelo CIES no hospital local e não na carreta.

 Não há grandes diferenças entre as duas cidades no que se refere ao conhecimento sobre o CIES.


2. Conhecimento sobre o CIES (3/4) c. Dados por tipo de paciente 36 

Do you know what CIES is? Only in Sao Jose dos Campos

2,5%

9%

3,5%

18%

 91%

82%

First patients Say they don't know

%

Patients already attended by CIES Say they know what CIES is

Porcentagem, em cada categoria, de pessoas que deram uma boa definição do CIES.

Em geral, a proporção é baixa entre os que sabem o que é o CIES. Em uma escala maior, ninguém nunca ouviu falar do nome CIES; Alta proporção de pacientes dizem que conhecem o CIES (18% vs. 9%) entre os pacientes que já passaram pelo CIES; Porém, não há uma diferença significativa entre as 2 categorias, em relação à proporção de pessoas que dão uma boa definição de o que é o CIES (3,5% vs. 2,5%, i.e. 4 pacientes vs. 5). Não há um “efeito de curiosidade” que levaria os pacientes atendidos na carreta a procurar informações sobre o CIES. Folhetos sobre o CIES estão disponíveis na mesa da recepção; O logo do CIES aparece no lado de fora da carreta.

 

A carreta da saúde do CIES em SJC

Folhetos sobre o CIES para os informar os pacientes

Pacientes não prestam atenção às informações atuais de identificação do CIES.


2. Conhecimento sobre o CIES (4/4) d. Dados por profissão e nível de escolaridade 37 Do you think the wagon/CIES is separate from the municipality or part of it?  17%

25%

11%

I don't know Part

62%

Separate

21%

61%

5%

59%

18%

37%

27%

55%

50%

17%

23%

55%

57%

29%

28%

41%

Do you think the wagon/CIES is separate from the municipality or part of it? 9% 13% 19% 19% 25%

71%

54%

55%

60%

59%

I don't know Part Separate

10%

21%

25%

27%

32%

Foco na porção de pacientes que dizem que o projeto é independente do município:  “Limpeza/Manutenção/Segurança” e “Aposentados” são as duas categorias com os menores resultados (18% e 17% respectivamente);  « Empregado no setor privado ou no público » e «Estudante » são as duas categorias com os melhores resultados (37% e 41%). Há uma correlação positiva entre qualificação profissional e porção de pacientes que dizem o projeto é independente do município. Pode-se ver também uma relação positiva de acordo com o nível de escolaridade:  Somente 10% das pessoas não-alfabetizadas dizem que o projeto é independente do município, e 71% dizem que faz parte;  As porcentagens para quem fez estudos universitários são, respectivamente, de 32% e 59%. A mesma correlação positiva é observada com o aumento do nível de escolaridade.


3. Acesso à saúde (1/4) a. Opinião sobre o SUS 38 What do you think of the situation of the health system in your city?

No comment

3% 6% 2%

Very bad: too slow and/or deshumanized doctor Bad but better than other places

20% 4%

65%

OK/Good Getting better

Do not know

Do you see any difference in your access to healthcare now that there is CIES? 15% 16%

1% 10% 2% 56% No Yes, faster access Yes, more humanized doctors Faster & more humanized doctors Closer to my home I don't know

65% têm uma opinião insatisfatória sobre o sistema de saúde pública na cidade. As principais razões evocadas são:  Espera longa: 35% dos pacientes esperaram, no passado, de 5 à 12 meses para consultar um médico especialista;  Médicos não dão a atenção suficiente aos pacientes: uma das maiores reclamações recebidas pela Secretaria de Saúde de SJC.

Citação: pacientes “SUS é muito lento: as pessoas esperam por anos para conseguir uma consulta e meses para obter os exames”. “CIES ajudou as pessoas que já estavam esperando há muito tempo”. Em geral, 68% pensam que o sistema de saúde é mais rápido e/ou o tratamento recebido é melhor graças à ação do CIES. 

40% dos pacientes em SFS dizem que o CIES não trouxe nenhuma mudança para o sistema de saúde público da cidade, vs. 10% em SJC:  Em SFS, uma explicação pode ser que 80% dos pacientes foram atendidos no hospital por um médico do CIES, desta forma assimilaram o CIES ao SUS;  Em SJC, o fato de todos os pacientes terem sidos tratados na carreta ajudou-os a perceber a mudança, mesmo com a maioria pensando que a carreta era um projeto da prefeitura.


3. Acesso à saúde (2/4) b. Experiência anterior no SUS 39

Acesso ao clínico geral How far is the closest medical center with a general practitioner? 4% 2% 0 -10min 14% 10 - 20min 45% 20 - 30min 30 - 40min 34%

Nenhum problema em relação ao acesso à saúde médica básica: 80% dos entrevistados precisam menos de 20 minutos para chegar a um centro médico mais perto;

Nenhuma diferença em termos de tempo de trajeto e distância entre as consultas anteriores com um especialista e a consulta no CIES:

More than 40 min

Acceso a um especialista do SUS no passado Did you ever need to consult a specialist doctor from SUS in the past?

26%

Consult before CIES

Consult at CIES

Average travel time

31,5 mins

27,5 mins

Average distance Calculated

13 kms

12,1 kms

No Yes

Mais de 2/3 dos pacientes já tinham consultado um especialista anteriormente;

Como os pacientes frequentemente consultavam vários tipos de especialistas no passado, o foco foi feito na mesma especialidade da consultado com o CIES:  Isto explica a maioria de «Cardiologia » (29%), « Ginecologia » (21%) e « Gastrenterologia » (13%).

74% If yes, for what need?

7% 2% 29% 26%

13%

3%

21%

Cardiology Gynecology Othorinolaryngology Gastroenterology Others/Emergency Ophtalmology Urology


3. Acesso à saúde (3/4) c. Tempo de espera para uma consulta/exame 40 

Os pacientes entrevistados esperaram, em média, por 3.2 meses (14% esperaram mais de 5 meses); Os que consultaram antes, tinham esperado, em média, por 5.6 meses para conseguir consultar um especialista (39% esperaram mais de 5 meses).

in months

Consult before CIES

Consult at CIES

Average waiting time

5,6 5,7 5,1

3,2 3 4

Waiting time in SJC Waiting time in SFS

 O viés nesta tabela é o tempo de presença do CIES na cidade: Os pacientes foram entrevistados 1 ano depois do início da ação do CIES em SJC e SFS, o que implica no fato de que a espera do SUS já tinha sido claramente reduzida. Por exemplo, entrevistamos 30% das pessoas que esperaram menos de 1 mês, o que não teria sido o caso se tivéssemos entrevistado-os alguns meses antes: Total waiting time to consult a specialist doctor at CIES 14%

1% 30%

17%

10%

28%

Same day < 1 month 1 - 2 months 2 - 3 months 3 - 5 months > 5 months

How long did you have to wait to see this specialist doctor? 5% 22% < 1 month 1 - 2 months

34%

2 - 5 months 16% 22%

5 - 12 months

> 1 year

Ainda assim, este viés também dá uma ideia do impacto no tempo de espera com o CIES na cidade, uma vez que a situação foi “normalizada”, o que representa uma redução de 40%.


3. Acesso à saúde (4/4) d. Espera & distância (consulta com um mesmo especialista) 41 

Tempo de espera (TE) e distância percorrida (d) para consultar um mesmo médico especialista no sistema público e no CIES:

TE > 5 months 15,4% CIES 

 

vs.

d < 5 kms

38, 3%

44,1%

SUS

CIES

TE < 3 meses: não há uma diferença clara entre as duas consultas (60% dos pacientes do CIES vs. 52% das consultas anteriores); TE < 5 meses: 85% no CIES vs. 62% para as consultas antes do CIES; A maior diferença está nos que esperaram > 5 meses (considerado como uma longa espera), como mostrado acima.

vs.

23,3% SUS

Em relação à distância percorrida, foram definidas algumas hipóteses para computar os dados, já que os pacientes nos forneceram somente o tempo percorrido e o meio de transporte; A proporção dos que percorrem mais de 10 kms para ir à consulta é a mesma entre as consultas no CIES e as anteriormente feitas com um mesmo médico especialista no SUS.


4. Percepção do tratamento recebido no CIES (1/2) a. A saúde na carreta 42

Em geral, sentimento misto em relação ao atendimento na carreta. 

Considerando todas as idades, existe uma distribuição igual nas percepções do atendimento em uma carreta:  1/3 disse estar “com medo” ou pensou que era “estranho”;  40% são indiferentes e não se importam em serem tratados em uma carreta;  30% estão satisfeitos com a nova experiência. Um olhar mais próximo quando dividido por idades:  1/3 dos “menos de 30”, dos “30 – 60” e dos “60+” anos se mostraram preocupados por serem tratados em uma carreta. 

27%

25%

28%

41%

45%

41%

30%

32%

30%

31%

< 30

30-60

> 60

Total

41%

30%

Scared/Weird

Indiferrent

Good / Interesting

Há uma tendência visível de acordo com as categorias etárias: os que se preocupam menos com a carreta são os “60+”, enquanto os “menos de 30” pensam que é “legal” e os “30-60” são os menos entusiasmados. Opinion of the wagon after the consult

7% 19%

Satisfação unânime depois da primeira consulta com o CIES. 

40% As expected

Positively surprised 93%

What do you think of being treated in a wagon?

60%

Scared/Weird Indiferrent

81% Good / Interesting

97% disseram que a recepção das recepcionista do CIES foi “excelente”; 80% declararam que o atendimento dos médicos e enfermeiras do CIES foi melhor que o esperado. Dos 30% que temiam mais a consulta, 93% foram surpreendidos positivamente e, ao final, eram os mais entusiasmados.


4. Percepção do tratamento recebido no CIES (2/2) b. Comparação com as consultas anteriores no SUS 43

Os pacientes foram unânimes em relação ao CIES quando comparadas as experiência deles na carreta com uma consulta anterior com um especialista do SUS: Could you compare your healthcare experience with CIES with a consult/exam with a specialist from SUS? 72%

70%

Dificuldade de comparar as explicações médicas de ambos os médicos, já que a maioria dos pacientes foram fazer exames o que demandava poucas explicações;

3/4 dos pacientes dizem que a consulta deles no CIES foi em todos temas considerados melhor do que as que eles já tiveram com um médico especialista do SUS.

71%

42% 35%

23%

26%

23%

4%

19% 9%

4%

Better Same Worse Better Same Worse Better Same Worse Better Same Worse at CIES at CIES at CIES at CIES at CIES at CIES at CIES at CIES Explanations of doctor

Quality of equipment

Care from doctors and nuses

Respect of schedule

Citações: pacientes

A razão mais evocada foi a atenção excepcional e o tratamento proporcionado pelo do médico, que eles não tinham sempre tido no SUS.

“Eles se esforçam muito para proporcionar uma consulta mais humanizada”. “Os médicos têm mais tempo e são mais atenciosos às nossas necessidades”. “Os médicos fazem um esforço para serem mais atenciosos e satisfazerem os pacientes”. “É como no setor privado da saúde, melhor que no SUS”.


V – Recomendações 44

1. Comunicação do CIES juntos aos pacientes


1. Comunicação do CIES junto aos pacientes (1/3) 45

Modificar a estratégia de comunicação junto aos pacientes para promover a ação independente do CIES

A equipe administrativa do CIES deixou claro que o objetivo é se diferenciar do município e parceiros, se posicionando, a longo prazo, com uma organização independente. No entanto, como já aqui mencionado:  96% dos pacientes não conhecem especialmente o CIES (porém 45% já ouviram falar sobre a carreta da saúde) e 58% pensam que faz parte do município (24% sabem que é independente);  Os folhetos bem elaborados do CIES estão disponíveis para leitura na mesa da recepção, todavia os pacientes não se interessam em lê-los e não há um efeito de curiosidade maior para saber sobre as missões da carreta ou o CIES;  Sabendo que mais de 50% deixaram os estudos no “Fundamental”, folhetos informativos muito sofisticados sobre o CIES podem não ser necessariamente a maneira mais eficiente de comunicação sobre o projeto. Acreditamos que o CIES deveria continuar a comunicar com os folhetos atuais para os encontros corporativos e promoções das suas ações. Porém, pensamos que o CIES deveria organizar uma comunicação específica para os pacientes:  Isto vai permitir ao CIES ser visto como uma estrutura independente; separado do município;  Também irá possibilitar aos pacientes perceber se a ONG trouxe alguma mudança no acesso à saúde da cidade.

Folhetos atuais disponíveis na mesa da recepção da carreta

Citação: médico do CIES

”Seria melhor mostrar que o CIES é uma estrutura independente do município. Às vezes, as pessoas têm uma imagem ruim do governo, por isso é necessário mostrar que é separado”.


1. Comunicação do CIES junto aos pacientes (2/3) 46

Sugestões para os pacientes conhecerem mais sobre o CIES durante a espera

Utilizar os espaços visuais nas laterais da Carreta da Saúde para promover o logo do CIES e focar na independência da ONG; o Ex.: “CIES, uma organização em parceria com o município de SJC para lhe proporcionar um acesso à saúde rápido, de alta-qualidade e humanizado”. Quando sentados na sala de espera externa , os pacientes não veem muito bem o lado com o nome “CIES”, somente o logo da municipalidade de SJC, o que transmite uma mensagem equivocada do que é o CIES.

Ao chegar à carreta da saúde para uma consulta, os pacientes leem somente “centro médico móvel” e “Município de SJC”.

Especificar mais sobre a ONG, ao invés de somente citar a mobilidade do centro médico.

Menção “Parceria entre o município e o CIES” ao invés de somente o logo do município.


1. Comunicação do CIES junto aos pacientes (3/3) 47

Sugestões para informar mais aos pacientes sobre o CIES durante a espera:

Disponibilizar informações sobre o CIES e suas atividades quando os pacientes estiverem na sala de espera dentro e fora da carreta. o Ex.: Materiais visuais atraentes Sala de espera n°1: fora da carreta, na tenda.

As paredes poderiam ser usadas para fotos e explicações simples, porém detalhadas sobre os objetivos, história, número de pessoas tratadas, fotos dos diferentes centros médicos móveis do CIES, etc; Possibilidade de usar também um banner vertical suspenso (kakemonos).

Sala de espera n°2: dentro da carreta.

• Instalar uma televisão (modo mudo) com um slide show de 2-3 min. ou um vídeo de curta-duração legendado sobre o CIES; • Expor imagens nas paredes das diversas atividades do CIES (Carreta da Saúde , Boxe da Saúde, Van da Saúde).


VI – Agradecimentos 48

Gostaríamos de carinhosamente agradecer à todas as pessoas pelo o envolvimento delas no nosso estudo: 

Nossos tradutores em SJC:  Leticia H. Cintra;  Fernando Hideaki Kawashima;  Vitor Hiroshi Kawashima;  Ricardo Lauricella (consultor de comunicação do CIES).

Nossos tradutores em SFS:  Juliana Sakai (consultora do CIES);  Vitor Takeshi Sugita (consultor para o CIES da “Ponte A Ponte”).

Pela elaboração dos questionários: Equipe PDE e os intérpretes no trabalho de campo em SJC  Vitor Takeshi Sugita (PhD em linguística em português), Cássio Aoqui (jornalista com experiência na compreensão da pop. de baixa renda no Brasil), Juliana Sakai e Juliana Bella por nos ajudar a superar as barreiras culturais nos nossos questionários;  Leticia H. Cintra pela tradução para o português.

A equipe do CIES pelos aspectos logísticos do nosso estudo:  Dr. e Dra. Kikawa, por nos receber tão calorosamente e possibilitar o estudo;  Fabiano Justino (membro da equipe do CIES em SJC);  Máximo Mazetti (membro da equipe do CIES em SFS);  Toda a equipe da Carreta da Saúde, especialmente os médicos pelo tempo dedicado às entrevistas.

Máximo Mazetti, Takeshi Sugita e Juliana Sakai em SFS


VII – Apêndice 49

1. Estudos preliminares 2. Apresentation do Planète d’Entrepreneurs 3. O que é Avaliação do Impacto Social (AIS)?


1. Estudos preliminares 50 

Para entender melhor o mercado e o ambiente do Projeto CIES, Planète d’Entrepreneurs analisou o contexto macroeconômico no qual a organização está inserida. O objetivo deste trabalho preliminar é definir as principais categorias de impacto e as suas relevâncias para o Projeto CIES.

Planète d’Entrepreneurs fez os seguintes estudos para melhor compreender o contexto do estudo: 

Encontros com a equipe que gerencia o Projeto CIES;

Discussões com os consultores da Ponte à Ponte, uma consultoria que foca na construção de relações entre projetos sociais e o setor privado, que têm um conhecimento importante sobre o sistema de saúde no Brasil e o funcionamento, atividades e objetivos do Projeto CIES;

Encontros com o ex-Secretário da Saúde de São José dos Campos e o atual Secretário da Saúde de São Francisco do Sul e a sua equipe;

Encontros com 4 médicos que trabalham com o CIES, e também no setor privado e público;

Leitura sobre a saúde no Brasil: dados sobre o SUS, artigos da imprensa e números do BID.


2. Planète d’Entrepreneurs a. Apresentação 51

Planète d’Entrepreneurs é uma ONG de estudantes apoiada pela HEC Paris Business School (a Escola de administração n°1 na Europa segundo os rankings do Financial Times) e diversas corporações francesas e marroquinas.

Realiza avaliações de projetos sociais na França e em países em desenvolvimento.

Fundada em 2009 por 3 estudantes da HEC Paris

4 equipes e 17 membros

17 estudos de AIS já realizados

Os principais objetivos da Planète d’Entrepreneurs são: 

Ajudar os empreendedores sociais a avaliar os impactos do seus projetos;

Promover empreendedorismo social :

Artigos no site: www.planetedentrepreneurs.com;

Avaliação de projetos pela HEC Paris;

Realizar projetos de pesquisa aplicada.

Uma base de dados de mais de 600 projetos sociais

Mais de 80 empreendedores sociais encontrados e entrevistados


2. Planète d’Entrepreneurs b. O histórico dos estudos AIS da ONG desde 2010 (1/2) 52

2010 - 2011

Cambodia Agriculture

India Access to drinking water

Philippines SCR

Argentina Social rehabilitation

Brazil Craftsmanship

Ethiopia Nutrition

2011 - 2012

India Solar Energy Inde Solar energy

India Retail

Bangladesh Access to drinking water

Thailand Renewable energies

Philippines Solar Energy

Chile Education

Cameroon Organic farming

Mexico Nutrition

India Vocational training

Senegal Environment

Cambodia Recycled charcoal


2. Planète d’Entrepreneurs b. O histórico dos estudos AIS da ONG desde 2010 (2/2) 53

Verão de 2012

France Mobile access

India Inde MFI and micro Solar energy insurance

France Fight against debt

Bangladesh Bangladesh Nurseries Water Treatmnt

Madagascar Nutrition

Tanzania Energy

Tanzania Nutrition

India Water purification

Indonesia Energy

Guinea HIV Prevention

Vietnam IT education

India Solar Energy


2. Planète d’Entrepreneurs c. A equipe que realizou o estudo 54

Nosso interesse comum em Projetos Sociais e a avaliação dos impactos sociais no uniu por dois anos. Decidimos fazer um intervalo de um ano nos nossos estudos para participar da Planète d’Entrepreneurs, realizando seis projetos de avaliação de impactos socais em países em desenvolvimento em 2012-2013.

Loris Nazon  

Atualmente estuda na HEC Paris Business School (formação em 2014); Experiências de trabalho anteriores:  Analista na Financière de L’Echiquier, uma empresa francesa de gestão de ativos;  Analista estratégico na EDF, líder mundial em fornecimento de energia.

Leila Benbrahim 

Estudante de Farmácia no 5° ano na Universidade René Descartes em Paris; Especializada em questões de “Saúde” ligadas à baixa renda; Experiências de trabalho anteriores:  Estagiária no Hospital St Antoine em Paris, em Infecção (principalmente HIV) e Cardiologia.

Kenza Slaoui  

Atualmente estuda na HEC Paris Business School (formação em 2014); Experiências de trabalho anteriores:  Analista na Le Comptoir de l’Innovation, um fundo de capital empreendedor francês;  Analista de Fusões e Aquisições na Suez Environnement, líder mundial de gerenciamento de água e resíduos.

Com a ajuda de Leticia Henriques Cintra:   

Tradutora durante todas as entrevistas de campo; Master em Marketing na Sciences Po Paris e graduação em Relações Internacionais na PUC-SP e na Sciences Po Paris Experiências de trabalho anteriores:  Assistente de Marketing de Varejo na Yves Rocher;  Estudos de Marketing na L’Oréal;


3. Avaliação do Impacto Social (AIS) a. O que é Avaliação do Impacto Social? 55

Definição “Avaliação do Impacto Social (AIS) inclui o processo de analisar, monitorar e gerir as consequências sociais

projetadas e não projetadas, ambas positivas e negativas, de intervenções planejadas (políticas, programas, planos e projetos) e qualquer processo de mudança social evocado por essas intervenções. O propósito primordial é proporcionar um ambiente humanamente mais justo e sustentável”. Princípior Internacionais para a Avaliação do Impacto Social

Benefícios

Limitações

Comunicação Externa e Interna

Risco de over-monetization

Clareza na Governança

Interpretação

Decisões mais eficientes e focadas

Exaustão versus praticabilidade

Mentalidade de Investimento

Crédito Externo

 O relatório da Planète d’Entrepreneurs é um primeiro passo para avaliações mais constantes e extensas.


3. Avaliação do Impacto Social (AIS) b. Por que avaliação do impacto social? 56

Para destacar o seus impactos sociais e ver como você pode alcançar a sua missão social e como você pode maximizá-la.

PARA MONITORAR Para organizar medidas práticas sociais para seguir, monitorar e expandir os seus impactos sociais no futuro.

3º objetivo

PARA AVALIAR

2º objetivo

1º objetivo

Principais objetivos PARA COMUNICAR Para formular algumas ferramentas de comunicação para investidores e parceiros locais, oferecendo a eles resultados postivos e concretos.

Planète d’Entrepreneurs opta por trabalhar com a metodologia SROI como uma base de trabalho. No entanto, SROI é um sistema acadêmico e científico que necessita ser mais flexível para os empreendedores sociais. Nossa metodologia busca uma adaptação para cada projeto social e suas especificidades.


3. Avaliação do Impacto Social (AIS) c. Como avaliar o impacto social? 57

O Sistema SROI Definição O Social Return on Investment (Retorno Social sobre o Investimento) é um método embasado para medir valores sociais e do ambiente (que atualmente não são refletidos pelos relatórios financeiros convencionais) e compará-los com as recursos investidos. A estrutura do SROI incorpora benefícios e custo sociais, econômico e do ambiente, oferecendo uma imagem maior de como o valor é criado ou destruído.

Diretriz No final do processo, o SROI é capaz de apontar um valor monetário (“the ratio”) para o valor criado (“o valor social criado para $ 1 investido”). Mas do que números confiáveis, o SROI oferece um sistema que capta os principais componentes e benefícios de um projeto.

O que guardamos

O que modificamos

• A abordagem das partes interessadas;

• Uma ferramenta interna ao invés de um estudo científico;

• A Teoria Geral da mudança;

• Resultados mais qualitativos;

• O mapa do impacto da estrutura;

• Foco nas parte interessada diretas;

• A abordagem quantitativa.

• Valores, mas não monetização.


Contato 58

Para entrar em contato com Planète d’Entrepreneurs ou receber nossas notícias, por favor, entre em contato com: contact@planetedentrepreneurs.com

A equipe do Planète d’Entrepreneurs agradece Planet21 pela ajuda financeira que nos possibilitou realizar este projeto.


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