FOLHETIM DE CIRCULAÇÃO EXPERIMENTAL - ARAÇATUBA, MARÇO DE 2011 - ANO I - Nº 05
O CAMINHO DO AMOR
Por mais que procure ser fiel, talvez não possa retratar o caminho perfeito do amor. Um dos motivos seria que todos os seres humanos são diferentes; ou a perfeição é a palavra que o homem procura e está fora do seu alcance. Para vários transeuntes que pesquisei sobre qual seria o caminho correto do amor, não obtive respostas das mais variadas. Um deles respondeu-me que o caminho certo do amor seria aquele que pintasse no momento. Outro disse que o caminho perfeito do amor seria aquele que começasse no olhar e terminasse no túmulo - ou além túmulo - se existir vida após a morte, entre outras poucas e sem muitas variações. Entre os transeuntes, um jovem respondeu-me que por mais que nos esforçássemos para traçar o caminho do amor, não conseguiríamos. O próprio amor é que traça o seu destino. Obtive como resposta, também: “O amor é tão cruel que, ao mesmo tempo que nos atravessa com sua flecha, nos deixa.” Vejamos o porquê desta bruta afirmativa. Quando “ele” nos fisga, o nosso coração não ouve ninguém, por
mais absurdo que esse for, para NESTA EDIÇÃO P. 3 - O Artista Plástico P. 3 - O Velho Passado P. 3 - Usina / Às Quatro Horas P. 4 - Louca / Pequeno Príncipe P. 4 - O Jardim da Vida P. 4 - O Tempo Não Para!
nós ele é perfeito. Não importa com o tamanho, não importa-se com a origem, nem com o gênio, nem com a diferença de idade. Quando nós partimos em caminho da busca do amor não há empecilho que nos faça p a r a r. L u t a m o s . B r i g a m o s . Esquecemos pais, amigos, parentes. Ora fazemos correto: ouvimos a voz do coração. Ora o incorreto: não ouvimos conselho de ninguém mesmo. Com a flecha atravessada percorremos inúmeros caminhos, encontramos a felicidade momentânea (não há felicidade, existem apenas momentos felizes) que enaltece o coração. Outras vezes partimos loucamente em busca deste cruel amor. Cruel amor feito castelo medieval trancado a sete chaves. Lutamos. Brigamos, esforçamos, afinal... Alcançamos. Batemos e a porta se abre. Mas a insistência foi dura. E a surpresa ainda é maior. Agora já dentro, sentimo-nos sós e cheios de dor. Reina “o silêncio e a escuridão - e nada mais”. Estes fatos mostramnos quanto o amor é cruel. Parei. Pensei. Concluí: o caminho do amor chama-se mistério. Prof. Pedro César Alves
P. 5 - ENTREVISTAS João Ricardo e Pachequinho Ana Almeida (poetisa) Sizar (cartunista)
MULHERES VENCEDORAS PARABÉNS!
A cada dia que passa as mulheres buscam o seu lugar entre os homens e mostram que não são inferiores e nem superiores a eles, mas que têm capacidade de ir além do que eles pensam. Há muitos exemplos de mulheres que sofreram com os preconceitos machistas, pois estes pensavam que por elas serem frágeis não seriam capazes de lutar pelo que queriam, mas enganaram-se. Nestes últimos anos muitas mulheres estão surpreendendo, como a presidente Dilma Rousseff – a primeira mulher a assumir a presidência do Brasil. Outras também podem ser citadas: Marta Suplicy, ainda na política; Marta, no futebol (escolhida a melhor jogador do mundo), entre outras. Mas deve ser observado que elas conseguiram tudo isso pelo simples fato de não abaixarem a cabeça para ninguém, por não desistirem de seus sonhos – lutaram até o fim pelo que queriam. Tais exemplos servem para mostrar que a mulher vem a cada ano conquistando muitos lugares – lugares estes que poucos anos atrás não podiam, ou não deixavam, pelo simples fato de ser mulher. Então, vale a pena sempre lutar.
Yasmin H. J. de Oliveira
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O Folhetim “Araçatuba e Região” é uma publicação mensal com textos de escritores independentes, sem quaisquer vínculos com entidades e/ou associações, sem fins lucrativos e de distribuição gratuita em Araçatuba, tendo como objetivo a divulgação de obras de cujo literário de seus colaboradores, os quais se responsabilizam integralmente, cível e criminalmente, pelas opiniões contidas nos textos. Pedro César Alves Editor SUPERVISÃO Heloilda Angélica Nizza MTB: 42.610SP
IMAGEM-TÍTULO Ricardo Xavier de Oliveira
Tiragem: 1.000 exemplares.
VOCÊ ENXERGA BEM? VOCÊ SABE O QUE É ASTIGMATISMO? O astigmata não enxerga bem de perto nem de longe. Não tem a percepção nítida dos contrastes entre as linhas horizontais, verticais e oblíquas. O astigmatismo pode associar-se com outras anomalias visuais como a miopia, a hipermetropia ou a presbiopia. PRIMEIROS SINAIS O astigmata confunde os símbolos próximos, como o H, o M e o N ou ainda o 8 e o 0. Combinado com miopia ou a hipermiopia, o astigmatismo pode provocar fadiga ocular ou dor de cabeça. É comum a queixa de dificuldade de seguir uma linha de um texto. DETALHES SOBRE OS ÓCULOS Valem as regras para miopia (que é corrigida com lentes negativas, que são mais espessas nas bordas do que no centro) e hipermetropia (que é corrigida com lentes positivas, mais espessas no centro do que na borda), evitando-se apenas armações arredondadas.
Produção / Montagem de Pedro César Alves
EDITORIAL Março de 2011 – mês do carnaval. A data tão esperada, primeira semana, já passou: e o carnaval também. Agora estamos entrando numa época de preparação (Quaresma) – que venha a Páscoa. Estamos, como muitos dizem por aí, iniciando 'verdadeiramente' o ano no Brasil. Ainda em março: dia 8 – Dia Internacional da Mulher (e desde 1857). Uma luta em que vidas foram perdidas, e passaram desta para a história e até hoje são lembradas (e sempre serão). Uma luta que permanece sempre, pois muitos homens ainda teimam em dizer que são machões, mas que na verdade não passam de covardes com medo de ter que ouvir 'certas verdades femininas'. A p r o v e i t a n d o a oportunidade – e falando um pouco de nossa bela cidade (Araçatuba) –
muito se há por falar dela, ou melhor, de seus ilustres habitantes. Falar bem ou falar mal – é minha a escolha – prefiro esquecer o lado ruim (que, geralmente, implica em situações políticas) e falar apenas do lado bom: nota-se pelos ilustres amigos/as convidados que se dispuseram a participar da entrevista deste mês. E há outras ainda pendentes. E o convite fica aberto àqueles que se sentirem na vontade de participar cedendo um pouquinho do seu tempo a esse humilde entrevistador. Fechando estas poucas linhas, agradeço a todos que, de uma maneira ou de outra, estão colaborando para que esse Folhetim continue a ser publicado. Prof. Pedro César Alves “Vencer na política não é tudo: é a única coisa.” - Richard Nixon “Ser jovem é ter a capacidade de perdoar e andar com os olhos cheios de capimcheiroso. É ter tédios passageiros, é amar a vida, é ter uma palavra de compreensão.” Artur da Távola “Só quem entende a beleza do perdão, pode julgar seus semelhantes.” Sócrates
ATENÇÃO O astigmata enxerga embaçado.
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(UTILIDADE PÚBLICA) PÁGINA 2
O ARTISTA PLÁSTICO USINA
As imagens circulam como pássaros libertos, Trazendo apogeus de paz! Universo iluminado de matizes em festa... Arquétipos divinos de aquarelas vivazes! Assim se afigura a transcendência E o engenho poético do artista plástico Em obras de divinal esplendor, Refletindo a arte em seu ardor maior! Olhares admirados, perscrutadores Contemplam as telas meteóricas Que faíscam os traços efluindo cores! Louvemos o lastro do artista em estesia, Predestinado a enfeitar a vida Com obras de atemporais poesias! ANTENOR ROSALINO - escritor araçatubense e membro do Grupo Experimental da AAL.
O VELHO PASSADO
Noite escura Com medo da manhã Café com açúcar amargo Doce como fel Escravo da modernidade. Dono do doce? Dorme em palácio. Abutre do contemporâneo Sem dó nem piedade Fere a ferro e fogo Seus cordeiros de trabalho Conforto foi conversa antes, Fora da senzala moderna Longe do aço. Doce madrugada Delírio Doce mentira. Amarga manhã De açúcar de aço. Edi Carlos - escritor araçatubense e integrante do Grupo de Contação de História “Deixa que eu Conto”.
ÀS QUATRO HORAS
O que falar do passado – já que faz tanto tempo? Recordar as velhas lembranças, refletir o que fizemos ou deixamos de fazer. Lembranças que podemos ficar tristes ou alegres, chorar ou simplesmente entender o que passou. Histórias que nossos amigos nos contam, mas não sabemos se é verdade ou mentira. Nosso dia se faz hoje. O que não fizemos no passado - agora tentamos. Vivemos como se fosse o último dia de nossa vida, aproveitando ao máximo nosso dia. O que hoje curtimos ao máximo, amanhã será apenas o nosso grande passado.
Raios solares inauguram um novo dia, beijinhos da mãe dado de bom dia, sorrisos da criança, retribui um belo dia. Um passeio na vovó proposto pela mãe tira risos da criança que ansiosa arruma a mala pronta pra ir. Às quatro horas a criança ansiosa apressa a mãe para passar uma noite na vovó que tanto ama. Dentro do carro olha pela janela a casa da vovó, olha para mãe e vê um olhar de tristeza, que também a deixa triste. Um beijo prolongado de despedida não demonstra despedida momentânea. Ao cair da noite a criança chora querendo a mãe. Lamentavelmente a avó se aproxima com a lastimável noticia: ‘Sua mãe foi embora e não voltará!’
Alisson de Souza Alves e Arielle Monique Bernes
Paula T. S. Motta e Yasmin H. J. Oliveira - EE “Dr. Clóvis de Arruda Campos” - Paraisão. 3º ‘A’ - EM
EE. “Dr. Clóvis de Arruda Campos” - Paraisão. 3º ‘A’ - EM
LOUCA Louca... Por fazer o que gosta Por buscar o que quer Por sorrir livremente Por não ter preconceitos Por brincar com as crianças Por tomar banho na chuva Louca... Por falar dos seus sonhos Por não querer alguém como estranho Por chegar na pracinha, e pular amarelinha Por ser espontânea e divertida Louca... Por andar descalça Por dizer o que pensa Por passar a noite olhando a lua Por não querer dormir Por amar a Deus Por esperar o nascer do sol Louca... Por ser feliz Por amar a vida Por viver no país das maravilhas. Ana Almeida - escritora araçatubense e membro do Grupo Experimental da AAL.
PEQUENO PRÍNCIPE Poderoso em imaginação; Vida de aventura, de esperança; Coração: ternura! Sorriso no olhar: infância! Alma de criança a brotar. Solidão: será? Ou equívocos de nossa imaginação? Prof. Pedro César Alves (24/07/2007)
SEJA VOCÊ UM VOLUNTÁRIO PÁGINA 3
Quando andamos pelo jardim da vida Nada ouvimos Nada vemos Apenas sentimos o que vivemos. Quando olhamos para o canto escuro Tememos ver algo que não queremos Algo que não podemos Ou que não tivemos. Simples como a vida É o que vem de dentro Algo que sentimos Mas que não vemos. No jardim da vida Temos somente o caminho de ida Pois tudo que temos Nem sempre sabemos E o que sabemos Nem sempre vivemos. Daniel R.Behnke - Jaraguá do Sul / SC.
EM TERRA DE SACI, UMA CALÇA DÁ PRA DOIS!
O JARDIM DA VIDA
‘TANTAS PALAVRAS’ Prorrogado o prazo para os autores que quiserem ver os seus textos publicados na coletânea ‘Tantas Palavras’, organizada pelo amigo e professor Antônio Luceni. O valor de investimento para cada escritor será de R$ 50,00 (cinquenta reais), com direito a dois livros. Os escritores interessados deverão encaminhar o texto para: aluceni@hotmail.com até 30 de março de 2011o. (PCA)
O TEMPO NÃO PARA O menino sobre seus ombros não pesava, o que pesava era o que lhe doía na alma. Está com sede filho? Se sentir sede avise. O sol estava muito quente, mas, deixar o menino lá naquele orfanato lhe incomodava bem mais. Danada essa tal de morte, pega a gente assim de surpresa. Quem diria que a Joana, coitada da Joana, morreria assim tão nova me deixando o menino ainda pequeno. Fazer o quê, ainda se a gente mandasse no destino, mais num manda, uai... Caminhou mais um pouco, chutando a terra e voltou a perguntar: — Tá bom aí filho, ou quer andar um pouquinho para aliviar o ombro do pai? — Aqui ta muito bom pai, não quero descer não. É, falta pouco, logo ele me aliviará e é exatamente isso que pesa e que mais me dói. Mas não tem outro jeito, pelo menos lá ele estará seguro, não passará fome nem frio. Enquanto isso trabalharei dia e noite, um ou dois anos e volto com a ajuda de Deus. Daí nunca mais vamos nos separar, a não ser que a danada... Ah, aquela maldita desnaturada, a mesma tal que levou a minha Joana, dessa malvada é que tenho medo. Trabalho não, que pra isso eu sou bem forte. Trabalhou muito, tanto que se esqueceu do tempo, mas, o tempo não para. Apeou o menino dos ombros, seu olhar mergulhou no fundo do corredor enquanto se soltava das mãos do assustado menino. — Eu volto logo irmã, só vou ajustar minha vida. — É o que todos dizem. Saiu. Ora essa, com ele não; levava a fotografia do menino e todo dia repetia o juramento. “Eu volto pra te buscar”. O tempo foi passando e ele trabalhando igual burro de carga, à noite, se esgueirava em um canto sob alguma marquise, para economizar. Porcaria de vida veio de tão longe, trabalhava tanto, e o dinheiro mal dava para voltar. Trabalharia mais um pouco, quem sabe daria sorte de encontrar um emprego fixo e um patrão honesto. O grande dia chegou, agora, ele podia buscar seu menino. Na lembrança, aquela sala cheia de rostinhos tristes, a mão do seu menino crispada sobre a mesa, não lhe deu adeus. Mas agora ele estava de volta, as pequenas mãos se levantariam para abraçá-lo. Na sala de recepção um grande espelho revelou as rugas do seu rosto, uma boina surrada e um velho casaco desbotado. Procurou por uma folhinha, encontrou duas, em uma o Menino Jesus, na outra o Jesus adulto e crucificado. Sentou-se no banco, fez as contas, há trinta anos atrás um homem deixou ali o seu menino. Chorou e depois um velho partiu, levava consigo saudade e a certeza de que o tempo não para e não espera. Emília Goulart - escritora araçatubense - membro do Grupo Experimental da AAL
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GRANDES ENTREVISTAS NO MÊS DE MARÇO No mês de março tivemos o prazer de entrevistar grandes personalidades em Araçatuba: a dupla João Ricardo e Pachequinho, a poetisa Ana Almeida e o cartunista Sizar. Confira mais acessando o site!
Como pode ser definida a dupla JOÃO RICARDO E PACHEQUINHO? JR e Pachequinho: João Ricardo e Pachequinho hoje pode se dizer uma dupla eclética sertaneja, pois carregam um repertório muito grande para vários estilos, tanto como universitário, baileiro, romântico e outros mais. Falando em CD, comente um pouco sobre este último CD - lançamento. JR e Pachequinho: Neste CD estamos trazendo muita energia, muitas múscas boas, podemos dizer 100% universitário. Estamos regravando 5 faixas di CD anterior, pois não tivemos espaço para divulga-lo e agora estamos com um campo maior e resolvemos trazer novamente músicas que estiveram no CD passado para dentro de nosso trabalho, que também vem com músicas inéditas, com compositores de nome no meio artítico, tais como Sérgio Pinheiro (compositor de Zezé Di Camargo e Luciano), Fabinho Fogassa (parceiro de Eduardo Costa), além destes, têm composições da dupla João Ricardo e Pachequinho. (+ Entrevista completa no site.)
Quem é SÉRGIO CEZAR DA SILVA mais conhecido como SIZAR? Sizar: Sou um intransigente amante da vida em todas as suas manifestações. A alegria está contida em mim com toda a potência do universo, mesmo que muitos tenham tentado me deixar triste! Nas atividades cotidianas sou artista plástico, projetista, chargista, caricaturista e enxadrísta. Quanto ao que apresenta em suas charges, o Sr. tem preferência por quais temas? Por quê? Sizar: Nas charges tenho preferência por temas políticos por entender que esse campo propicia sempre uma vasta e fértil condição para a imaginação, para o humor, a sátira e às críticas. O campo político é o lugar onde aflora as ganâncias, a estupidez e o submundo dos pensamentos humanos. Nas artes plásticas prefiro os temas surrealistas por entender que nesse campo posso deixar fluir minha criatividade mais intensamente, sem a preocupação em estar explicando o mundo. (+ Entrevista completa no site.)
Quem é ANA ALMEIDA ZAHER? Ana Almeida: Ana Almeida Zaher é natural de Dourados/MS, mas há muito adotou Araçatuba como a sua cidade do coração, pois aqui se formou como pessoa e busca o seu crescimento profissional e intelectual. Como foi a ideia de começar a escrever? Ana Almeida: Na primeira série do primário, aos sete anos, já agradava os professores com os meus versos. Aos treze, Heleninha sugeriu-me guardar toda a minha produção, para uma futura publicação. Acreditei, estudei e hoje me sinto satisfeita com o que e da maneira que faço literatura. (+ Entrevista completa no site.)
Quer saber mais dos nossos entrevistados? Acesse o site:
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O DEZ / ENCONTROS DE ANA - Sei disto. Nem volta e nem coberta por uma cortina. Volta-se para Cap. 05 onde deixara a sua valise, retira outro aceitam erros. Ana percebe que a noite fora uma criança. Lembra que saíra mais leve do banheiro na noite anterior. Preferiu não entrar em sua mente e descobrir o que acontecera naquelas quase duas horas que permaneceram debaixo d’água. Ellen estava radiante naquela manhã. Tomaram café às nove. Subiram para o apartamento. Ao abrir a porta um pequeno envelope é encontrado sobre a cama. Abriram e nele continha apenas uma foto. Era de um jovem de aproximadamente vinte anos, cabelos louros. No verso da foto continha uma pequena mensagem que Ellen leu tranquilamente, mas Ana não. Logo Ellen percebeu que Ana não estava tranquila e explicou: - Nosso trabalho consiste em evitar danos aos outros. - Mas vamos cometer um... E Ellen rapidamente coloca uma de suas mãos na boca de Ana e diz: - Lembre-se: cumprimos ordens. - Sim, desculpe-me. - Não há motivo para desculpas. É a sua primeira vez. - Obrigada. Um silêncio sepulcral toma conta do apartamento. Ellen dessa vez quebra o silêncio: - Amiga, temos que fazer. Não há volta no nosso trabalho.
Por mais alguns segundos Ellen permaneceu com a foto entre as mãos. Passou-a a Ana: - Atente bem para o rosto do ‘danadinho’. - E o que vamos fazer? - Vigiar as vidraças dos prédios ao nosso redor. - E se não o encontrarmos? - Outros dos nossos o encontrarão. - E como saberemos? - Fique tranquila. Nos avisarão. - E se o encontrarmos? - Faremos o serviço. - E depois? - Te m o s u m a v i a g e m programada para hoje. Paris, às cinco horas da tarde. - Paris? - É. - Mas se não o pegarem? - Fique tranquila. O nosso serviço nunca pode falhar. - Eu sei. Nunca falhamos. - É verdade, parceira. Tenha sempre isso em mente. Ellen rapidamente abre uma de suas valises, toma dois binóculos de longo alcance. Entrega um a Ana. Abre a outra valise e arma rapidamente um pequeno rifle sobre um tripé à beira da janela. Ana observa tudo. Olha para Ellen e começa a sorrir. É interrompida: - Agora, mãos à obra. As duas mulheres começam a percorrer as vidraças dos prédios em volta. Ana repara que num dos prédios há uma arma na mesma posição que Ellen montara. Observa mais alguns minutos, depois relata para Ellen. Ellen dirige o seu binóculo para o local, mas parte da arma está
binóculo de lente infravermelha. Depois de alguns minutos, suspira: - É um dos nossos. - Como você sabe? - Há uma pequena indicação no tripé. Observe este sinalzinho aqui no tripé e depois observe o outro. Ana observa o que Ellen lhe falara. Realmente são iguais. - Como você sabe deste truque? - Me ensinaram. E cá estou eu a te ensinar. - Quem te ensinou? - Um dos jovens do senhor X. - Hum! - Fizemos algumas missões e quando estava apta, ele me abandonou. - Que pena! - Que pena mesmo, pois soube que dois meses depois que comecei a trabalhar sozinha ele foi pego numa emboscada no Peru e morreu. - Que Deus o tenha! – fazendo o sinal da cruz, disse Ana. - É mesmo. Agora, guarde bem o sinalzinho que te mostrei. E vamos aos nossos postos. - E até às cinco. - Até às cinco? Não, antes. Cinco horas estaremos partindo para Paris. Quase duas horas depois, por dizer exatamente, dez horas e cinquenta minutos Ana avistou o moço loiro. Fez sinal para a outra, que apenas abaixou a cabeça, conferiu com o da foto e preparou o rifle. Com a mira de longo alcance achou um lugar calmo para o momento do disparo sem que alguém fosse atingido. Preparou rapidamente a arma, e...
Prof. Pedro César Alves ARAÇATUBA / SP
CONVITE Todos os sábados e domingos, das 9 às 17h, acontece na EE “Dr. Clóvis de Arruda Campos” Paraisão, as atividades do Programa Escola da Família. Venha participar!
CINE FAMÍLIA Todos os domingos, a partir das 14 horas, um filme voltado especialmente para a criançada - com pipoca e sorteio de livros. PÁGINA 6