GRUPO ESCOLA, 2008.1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO PROJETO PRÁTICAS INTEGRAIS DE NUTRIÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE

CÁSSIA DE ANDRADE JESSICA BEZERRA JOUSIANNY PATRÍCIO KARISTENN CASIMIRO

GRUPO DA ESCOLA

João Pessoa 2008


CÁSSIA DE ANDRADE JESSICA BEZERRA JOUSIANNY PATRÍCIO KARISTENN CASIMIRO

GRUPO DA ESCOLA

Relatório do Grupo da Escola do Projeto de Extensão Práticas Integrais de Nutrição na Atenção Básica em Saúde (PINAB), coordenado pela professora Ana Cláudia Cavalcanti Peixoto de Vasconcelos, do Departamento de Nutrição da Universidade Federal da Paraíba, apresentado a PRAC, CCS e DN/UFPB.

João Pessoa 2008 2

2


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 2 OBJETIVOS 2.1Objetivo Geral 2.2 Objetivos Específicos.

04 06 06 06

3 METODOLOGIA

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4 ATIVIDADES REALIZADAS

08

4.1 Visitas Domiciliares

08

4.2 Planejamentos Escolar do Ano Letivo. 4.2.1 Planejamento do Grupo 4.2.2 Planejamento da EMAA: 4.3 Aconselhamento Dietético Individual 4.4 Oficinas com as merendeiras 5 DISCUSSÃO E SUGESTÕES

08 08 08 09 09 11

6 CONCLUSÃO

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REFERÊNCIAS

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ANEXOS

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ANEXO 1 - Ficha de Planejamento Escolar da EMAA ANEXO 2 - Avaliação Antropométrica dos alunos menores de 10 anos da Escola Municipal Augusto dos Anjos ( N= 221) ANEXO 3 - Avaliação Antropométrica dos alunos maiores de 10 anos da Escola Municipal Augusto dos Anjos (N=129) ANEXO 4 - Relatos Pessoais

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3 3


1 INTRODUÇÃO O Governo Federal vem buscando implantar políticas públicas no sentido de garantir segurança alimentar e nutricional (SAN) principalmente às classes sociais menos favorecidas. Neste sentido, visando atender às necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência em sala de aula e contribuir para o crescimento, desenvolvimento, aprendizagem e rendimento escolar dos estudantes, bem como a formação de hábitos alimentares saudáveis, criou-se o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Este programa tem caráter suplementar, consistindo na transferência de recursos financeiros do Governo Federal, ao Distrito Federal e demais estados e municípios, para a aquisição de gêneros alimentícios destinados à merenda escolar. Com este desígnio, outros projetos estão sendo criados visando o incentivo à inserção de hábitos alimentares saudáveis no âmbito escolar. O PINAB (Práticas Integrais da Nutrição na Atenção Básica em Saúde) é um projeto de extensão popular, que vem atuando em várias áreas, sendo elas a Unidade de Saúde da Família (USF) Vila Saúde e a Escola Municipal Augusto dos Anjos (EMAA) no bairro do Cristo Redentor em João Pessoa - PB onde estudantes do curso de graduação em nutrição da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) realizam atividades com vistas à contribuir para a promoção da saúde e da SAN , desde agosto de 2007. O Projeto é desenvolvido segundo o referencial teórico da educação popular, com práticas de ação e reflexão da Nutrição no campo da Saúde Coletiva e da Segurança Alimentar e Nutricional. No âmbito da EMAA, a atuação do PINAB, se dá a partir da inserção no planejamento e desenvolvimento de atividades escolares, a partir do conhecimento da realidade nutricional e social dos escolares, sendo imprescindível para tanto a participação efetiva da comunidade escolar (direção, professores, merendeiras, estudantes e suas famílias). O eixo norteador das atividades tem sido a Portaria Interministerial (Ministério da Saúde e Ministério da Educação) n° 1010, de 08/05/2006 que institui as diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável (PAS) nas Escolas de educação infantil, fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em esfera nacional. No semestre letivo anterior, o grupo escola realizou atividades no sentido de conhecer a EMAA, com seus atores, recursos sociais e materiais, além da estrutura física.. Nesse contexto foram coletadas medidas antropométricas de 352 crianças, do primeiro ao quinto ano do turno matutino, visando obter um diagnóstico nutricional e a realização de um posterior 4 4


acompanhamento dos possíveis casos de riscos (obesidade e desnutrição). Foram desenvolvidas também atividades educativas na Semana Mundial da Alimentação. Além disso, em paralelo a estas atividades foram feitas visitas domiciliares com objetivo de construir vínculos com as famílias usuárias da USF e da EMAA, além de propiciar a observação das condições sociais e práticas alimentares da comunidade. No sentido de dar continuidade as atividades anteriores, a atividade subseqüente foi a exposição dos resultados da avaliação nutricional na reunião de planejamento das atividades, anual da EMAA, na qual introduzimos nossas propostas frente promoção da alimentação saudável, conciliando com atividades sugeridas pela escola. Posteriormente fez-se um levantamento dos dados pessoais (nomes dos pais ou responsáveis, endereço, dentre outras informações) das crianças que estavam em situação de risco, na tentativa de promover um estado nutricional adequado. Em seguida, realizou-se uma oficina com as merendeiras da referida instituição para iniciar um processo de construção de vínculo e conhecimento da realidade destas, bem como promover reflexões acerca da importância das mesmas no âmbito escolar, como agentes na promoção da saúde dos estudantes.

5 5


2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral

Desenvolver atividades de promoção da alimentação saudável integradas às atividades curriculares da EMAA

2.2 Objetivos Específicos 

Realizar ações educativas relativas à temática da SAN e da PAS, com a comunidade escolar ( estudantes, merendeiras, professores e famílias dos estudantes);

Realizar o acompanhamento das crianças que se enquadram em situações de risco nutricional,

Valorizar o papel das merendeiras como promotoras da saúde no ambiente escolar;

Contribuir para o fortalecimento do diálogo entre a USF e a EMAA.

6 6


3 METODOLOGIA As atividades realizadas tomaram como referência a Portaria Interministerial n.º 1010 de 08/05/2006. Utilizamos o referencial teórico-metodológico da educação popular; que articula o saber popular ao saber científico.. Na educação popular o educador e o educando tem uma importância que se equivalem, já que ambos realizam o ato de ensinar e aprender. Neste contexto, realizamos visitas domiciliares e aconselhamentos nutricionais individuais dando ênfase ao diálogo, focando o indivíduo como um todo, não apenas a doença especificamente. Dentre as atuações do grupo na EMAA podemos destacar a avaliação nutricional dos educandos do primeiro ao quinto ano, onde se realizou a aferição da altura e peso destas com o auxílio de balança eletrônica e fita métrica. Em seguida, com os dados obtidos, avaliou-se o estado nutricional utilizando os seguintes parâmetros: Peso por altura, altura por idade, peso por idade e IMC por idade. Num segundo momento fez-se um levantamento nos registros da escola, das informações pessoais dos estudantes, onde obtivemos dados como: nome dos pais e/ou responsáveis, endereço, participação de programas governamentais, dentre outras informações; objetivando um acompanhamento mais efetivo dos casos. Na reunião de planejamento anual escolar da EMAA foram debatidos temas relevantes da realidade social do alunado. Houve previamente uma divisão de grupos, onde todos os participantes (direção, professores, funcionários e extensionistas) colocaram em pauta tópicos a serem trabalhados no decorrer do ano, que teve como eixo norteador a seguinte temática: Família x Escola: Educando para a cidadania. Posteriormente houve a integração de todos os grupos onde abriu-se uma discussão e seleção dos temas mais pertinentes, dentre eles: sexualidade, prevenção as drogas e violência, direitos e deveres e alimentação saudável, confirmando o espaço de atuação cedido ao PINAB. Utilizamos a técnica da oficina como recurso pedagógico, quando trabalhamos com as merendeiras, na qual fizemos uso de dinâmicas; recursos auditivos (a música), utilizada para reflexão de sua letra e a roda de conversa, onde houve trocas de vivências, valores, aspirações e projetos futuros.

7 7


4 ATIVIDADES REALIZADAS:

4.1 Visitas Domiciliares 

Novembro, dia 30; Dezembro, dia 14; de 2007:

A primeira visita contou com a participação de duas graduandas do curso de Nutrição, onde visitou-se algumas casas com intuito de conhecer a realidade da comunidade. Tendo em vista que novas integrantes foram incorporadas ao grupo fez-se um novo reconhecimento da área de atuação. As visitas foram acompanhadas pelos ACS’s (Agentes Comunitários de Saúde) que nos mostraram o perfil da área a qual eles estavam vinculados, levando-nos principalmente para as casas que tinham alunos da EMAA para propiciar o contato com a realidade dos estudantes desta escola e assim facilitar e qualificar as ações desenvolvidas para este grupo. 4.2 Planejamentos Escolar do Ano Letivo. 4.2.1 Planejamento do Grupo: 

Janeiro, dia 25; de 2008:

Realizou-se uma reunião com os integrantes do grupo e a coordenação do PINAB para um planejamento das atividades que seriam trabalhadas durante o ano letivo da EMAA. 4.2.2 Planejamento da EMAA: 

Fevereiro, dias 07 e 08; de 2008:

No início do ano letivo, a direção da escola reúne seus professores e coordenadores pedagógicos para planejar as atividades do ano. O PINAB participou dos dois dias de reunião, com o objetivo de analisar de que forma poderíamos conciliar as atividades do projeto com as da escola, assim como discutir sobre o objetivo da nossa atuação e pautar as ações de promoção da alimentação saudável na EMAA. Apresentamos os resultados da avaliação nutricional das crianças do primeiro ao quinto ano do turno da manhã. O tema desse ano do planejamento escolar foi: Família e Escola – educando para a cidadania, havendo uma identificação com a nossa proposta de divulgar aos pais por meio de uma reunião com estes, os dados da avaliação nutricional de seus filhos, para a partir de então fazer um acompanhamento junto a USF dos casos de risco. Segue em anexo cópias

8 8


4.3 Aconselhamento Dietético Individual 

Março, dia 07; de 2008:

Na USF, nós nos dividimos em dois grupos orientados, um por Pedro e outro por Virgínia. Neste dia assistimos a duas usuárias que retornavam à consulta: o primeiro caso era de uma senhora que apresentava um quadro de obesidade e hipertensão artérial. A paciente, no entanto não seguia a dieta prescrita pelo nutricionista, não havendo, portanto redução de seu peso durante um mês de tratamento. O segundo caso tratava-se de uma paciente que apresentava quadro de hipertensão arterial, diabetes e sobrepeso. Esta no decorrer do acompanhamento nutricional obteve perda de peso discreta, sem grandes alterações de seu estado clínico. 

Abril, dia 04; de 2008:

Este aconselhamento contou com a orientação do nutricionista Pedro, onde se assistiu uma senhora que estava em estado eutrófico, no limiar para o sobrepeso e apresentava diabetes e hipertensão arterial. Por se tratar da primeira consulta realizada com esta, fez-se uma anamnese alimentar e uma posterior intervenção nutricional com o objetivo de prevenir possíveis agravos da diabetes e controlar a pressão arterial. 4.4 Oficinas com as merendeiras 

Março, dia 28; de 2008: Tendo em vista que ainda não tínhamos dialogado com as merendeiras, a referida

Oficina objetivou iniciar um processo de construção de vínculo e conhecimento da realidade das mesmas, além de possibilitar reflexões acerca da importância do papel dessas merendeiras, como agentes na promoção da saúde dos estudantes. Nesse sentido, a oficina contou com vários momentos visando estimular a participação ativa dos envolvidos, dentre eles dinâmicas, roda de conversa, músicas, lanche, entre outros. No primeiro momento realizou-se uma dinâmica de apresentação e envolvimento em que todas relataram marcos e experiências pessoais associadas à determinada fruta. Em seguida, a partir da audição da música “você tem fome de quê?” (de autoria dos TITÃS), realizamos uma roda de conversa, onde houve trocas de vivências, valores, aspirações e projetos futuros. Ao final da oficina, as merendeiras opinaram sobre a atividade, demonstrando bastante satisfação; foram esclarecidas dúvidas relacionadas à absorção de nutrientes, aproveitamento integral e conservação dos alimentos, como também referiram 9 9


sugestões para o próximo encontro, tais como uma maior duração deste, receitas saudáveis, dicas de procedimentos adequados utilizados na cozinha, dentre outras. Encerramos com um lanche de confraternização, em que ao invés das merendeiras servirem, foram servidas.

10 10


5 DISCUSSÃO E SUGESTÕES

Retomamos nossas atividades na EMAA, passando por um processo de adaptação e planejamento de atividades para o semestre. O novo grupo deu continuidade ao trabalho que estava sendo desenvolvido junto à escola, ampliando suas frentes de atuação, fortalecendo a interação com outros profissionais (direção e professores)

e iniciando a construção de

vínculos com as merendeiras. O grupo da escola esse semestre contou com a presença de duas novas integrantes do PINAB. Com a inserção delas, tivemos que fazer o reconhecimento da área através de visitas domiciliares para uma maior aproximação com a comunidade e posteriormente com a USF Vila Saúde. Não foram constatados empecilhos relevantes no decorrer dessa atividade durante este semestre, entretanto em uma das experiências anteriores com duas integrantes do primeiro grupo, houve insegurança por estas estarem em períodos iniciais do curso, porém esta foi superada no decorrer da visita, nos mostrando que nossa contribuição vai mais além do que fornecer informações técnico- científicas. Tivemos dois tipos de planejamento, um entre os extensionistas e a coordenação do PINAB e outro com a EMAA. O primeiro foi muito relevante uma vez que a partir deste traçamos metas para nos direcionar na atuação das atividades para o ano letivo da escola. Estas sugestões foram encaminhadas para uma possível inserção no calendário escolar. Em um segundo momento, fomos convidadas a participar integralmente durante os dois dias da reunião de planejamento juntamente com a comunidade escolar. O limite encontrado nessa prática foi que não houve o cumprimento das atividades propostas nas datas previstas pela programação, a exemplo da reunião com os pais e/ou responsáveis, que foi agendada diversas vezes e cancelada. Isto repercutiu de forma negativa em nosso grupo gerando um desanimo e falta de estimulo. A atividade coletiva foi desenvolvida na escola com as merendeiras no intuito construir vínculos com as mesmas além de conhecer um pouco da sua realidade. Foi de grande proveito para nossa prática de extensão popular, pois nos fez voltar para um olhar mais humano e iniciar a prática da educação popular. A reunião fez um estreitamento de laços de confiança, ressaltando a importância do papel das merendeiras na escola. Isso nos fez refletir que por trás daquela merendeira existe um ser humano, que tem problemas, angústias, desejos; mas que quando se tem amor por aquilo que se faz tudo é superado. O aconselhamento dietético individual proporcionou a nossa interação com a comunidade, pois o grupo atua na escola, e o aconselhamento atende a população como um 11 11


todo, não se restringindo apenas às crianças. Houve um aprendizado mútuo e produtivo já que são nestes momentos que nos deparamos com o saber que cada pessoa trás consigo nos possibilitando ponderar essas informações, valorizando o conhecimento prévio e desmistificando tabus históricos relacionados à alimentação, tornando assim a população mais “sabida”. De acordo com o que foi exposto acima, temos as seguintes sugestões: 

Utilizar as informações da avaliação nutricional para realizar um acompanhamento dos casos de risco por meio de visitas domiciliares;

Construir vínculos com as famílias dos estudantes, através dentre outras atividades, da participação ativa na reunião com os pais, promovendo a divulgação do PINAB e a apresentação dos resultados da avaliação nutricional;

Dar continuidade ao processo educativo iniciado com as merendeiras- realizar uma nova oficina, com os temas e sugestões reivindicados por elas, tais como: que a oficina tivesse uma maior duração, receitas com aproveitamento integral dos alimentos, a exposição de um cardápio na cozinha, uma proposta de oficina viva onde nos permitiria acompanhá-las durante todo o processo desde o preparo até a distribuição da merenda.

Conciliar datas comemorativas introduzidas no calendário escolar com a programação das atividades delineadas pelas extensionistas;

Potencializar a horta como um recurso de aprendizagem nas atividades realizadas, aproveitando os alimentos produzidos por ela;

Promover encontros com os educadores visando ressaltar a importância da alimentação saudável, para que estas informações sejam transmitidas em sala de aula para o alunado.

12 12


6 CONCLUSÃO

Tendo em vista que a educação popular se baseia na construção de uma sociedade mais justa que faz dos oprimidos os verdadeiros protagonistas, o PINAB vem propondo uma melhoria na vida da população assistida pelo projeto, atuando juntamente com a USF Vila Saúde e a Escola Municipal Augusto dos Anjos. Constatamos uma evolução positiva no grupo, uma vez que conseguimos dar continuidade as atividades iniciadas pelo primeiro grupo, além da perceptível autonomia adquirida no decorrer do semestre pelas extensionistas. Em paralelo a isso cumprimos as metas estabelecidas no nosso programa, desenvolvendo uma atividade coletiva junto às merendeiras e uma maior aproximação com a escola.

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REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Portaria nº. 1010 de 30 de junho de 2005. Disponível em: <http://www.in.gov.br/materias/xml/do/secao1/1606980.xml>. Acessado em: 07 de maio de 2008.

BRASIL. Ministério da Educação. FNAD – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Alimentação Escolar. Disponível em: <http://www.fnde.gov.br/home/index.jsp?arquivo=alimentacao_escolar.html>. Acessado em: 07 de maio de 2008.

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ANEXOS

15 15


ANEXO 1 - Ficha de Planejamento Escolar da EMAA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL AUGUSTO DOS ANJOS DISCIPLINA: _________________________________________ ANO: ______ TURMA: __________________ PROFESSOR (A): ____________________________________________

PROJETO DO BIMESTRE – FAMÍLIA E ESCOLA – EDUCANDO PARA A CIDADANIA PLANEJAMENTO BIMESTRAL

O QUE VOU

O QUE PRETENDO

COMO VOU

O QUE

COMO VOU AVALIAR

TRABALHAR

ATINGIR

TRABALHAR

PRECISO

(INSTRUMENTOS DE

(CONTEÚDO)

(OBJETIVO)

(METODOLOGIA /

PARA

AVALIAÇÃO)

ATIVIDADES)

TRABALHAR (RECURSOS)

1. ÉTICA E CIDADANIA;

- CONSCIENTIZAR A COMUNIDADE ESCOLAR EM

2. GÊNERO: SEXUALIDADE;

RELAÇÃO AOS SEUS DIREITOS E

GRAVIDEZ NA

DEVERES.

ADOLESCÊNCIA;

- DESPERTAR O

PREVENÇÃO AS

INTERESSE PELA

DST’S;

LEITURA, ESCRITA E

3. : PREVENÇÃO AS

INTERPRETAÇÃO;

- ESTUDO DE

- TNT’S

CASOS

- MASSA DE

- OFICINAS

MODELAR

DA

- PALESTRAS

- JORNAL

PARTICIPAÇÃO,

- TEXTOS E

- CARTOLINA

OBSERVAÇÃO,

PRODUÇÕES

- CD, DVD,

- FILMES E

CÂMERA

PONTUALIDADE,

DOCUMENTÁRIOS

- PINCEL,

COMPROMETIMENTO,

- MÚSICAS

TINTA, LÁPIS

- DRAMATIZAÇÕES,

HIDROCOR,

EVENTOS

ETC.

DROGAS E

RESGATAR OS

CULTURAIS,

VIOLÊNCIA;

VALORES

- DINÂMICAS

4. ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL;

FAMILIARES EM

- RELATOS DE

RELAÇÃO A

EXPERIÊNCIAS

OS

ALUNOS

AVALIADOS

SERÃO ATRAVÉS

ASSÍDUIDADE,

INTERAÇÃO EM GRUPO,

FORMAÇÃO DO CIDADÃO. (RESPEITO, SOLIDARIEDADE,

16 16


ANEXO 2 - Avaliação Antropométrica dos alunos menores de 10 anos da Escola Municipal Augusto dos Anjos ( N= 221) Coleta dos dados: Setembro de 2007 Indicador

Peso por idade

Diagnóstico Nutricional

%

< Percentil 0.1 Peso muito baixo para a idade ≥ Percentil 0.1 e < Percentil 3 Peso baixo para a idade ≥ Percentil 3 e < Percentil 97 Peso adequado ou eutrófico ≥ Percentil 97 Peso elevado para a idade TOTAL

00

00

08

3,62

202

91,40

11

4,98

221

100,00

Fonte própria

Indicador Diagnóstico Nutricional < Percentil 0,1 Altura muito baixa para a idade (NANISMO GRAVE) ≥ Percentil 0,1 e < Percentil 3 Altura baixa para a idade (NANISMO MODERADO) ≥ Percentil 3 Altura adequada para a idade TOTAL

Nº 00

Altura por idade % 00

09

4,07

212

95,93

221

100,00

Fonte própria

Indicador Diagnóstico Nutricional < Percentil 0,1 Peso muito baixo para a altura (emagrecimento grave) ≥ Percentil 0,1 e < Percentil 3 Peso baixo para a altura (emagrecimento moderado) ≥ Percentil 3 e < Percentil 97 Peso adequado ou eutrófico ≥ Percentil 97 Peso elevado para a altura TOTAL

Peso por altura %

00

00

04

1,81

188

85,07

29

13,12

221

100,00

Fonte própria

17 17


ANEXO 3 - Avaliação Antropométrica dos alunos maiores de 10 anos da Escola Municipal Augusto dos Anjos (N=129) Coleta dos dados: Setembro de 2007

Sexo Feminino Masculino Total

Baixo Peso Nº % 03 5,2 13 18,3 16 12,4

Peso adequado Nº % 46 79,3 46 64,8 92 71,3

Sobrepeso Nº % 09 15,5 12 16,9 21 16,3

Nº 58 71 129

Total % 100,00 100,00 100,00

Fonte própria

18 18


ANEXO 4 - Relatos Pessoais CÁSSIA DE ANDRADE ARAÚJO O Projeto Práticas Integrais da Nutrição na Atenção Básica (PINAB) vem contribuindo de forma significativa tanto para minha vida acadêmica como pessoal, uma vez que tem despertado um olhar humanístico quanto à realidade da comunidade. A extensão está sendo uma experiência nova e fascinante, que tem nos permitido pôr em prática os conhecimentos adquiridos no decorrer do curso através de um processo de construção mútua do aprendizado. Participamos de várias atuações no grupo da escola este semestre, dentre elas: a reunião de planejamento com a EMAA, os aconselhamentos dietéticos, as visitas domiciliares e atividades coletivas, cada uma delas com o seu “sabor” próprio e encantador. Nossa participação na reunião dos professores foi de suma importância, visto que pudemos ouvir e expor opiniões, além de sugerir temáticas relacionadas à alimentação saudável. A sensação de acolhimento por parte da escola em relação a nós foi perceptível, o que só fez aumentar a certeza de que participo de um projeto imbuído de comprometimento em suas ações. Não é a toa que em todos os trabalhos envolvendo o mesmo, só temos alcançado êxito. Realmente sinto-me lisonjeada por “ser parte desse corpo” que tem alcançado e motivado tanta gente, a começar por mim. O aconselhamento dietético e as visitas domiciliares utilizaram-se do diálogo e da contextualização para intervenção quanto ao foco da alimentação equilibrada na atenção básica. Essa prática tem nos permitido vivenciar algo novo e diversificado, já que cada usuário tem suas diferenças, sua maneira de pensar. Tem sido realmente enriquecedor para mim. Além disso, somos recompensados ao ver os resultados a cada retorno, acompanhando de forma efetiva cada usuário. Outro momento marcante de nossa atuação foi a oficina com as merendeiras, onde ressaltamos a importância destas como promotoras da saúde. A oficina nos fez ver estas profissionais como ser humano, que tem problemas, angústias, desejos, mas que acima de tudo são mulheres guerreiras que amam o que fazem. Para elas, a maior felicidade é escutar um elogio daquelas crianças: "o lanche está gostoso tia". Simples palavras (como um obrigado), gestos, sorrisos, são coisas simples que valorizam o seu trabalho. Naquela manhã pude refletir sobre tudo que havia acontecido, e foi evidente como aquelas mulheres com tanta veracidade e sinceridade, me ensinaram através de seus testemunhos de vida. Só tenho a agradecer pela oportunidade de estar tendo essa vivência em Educação Popular. 19 19


JÉSSICA BEZERRA

20 20


JOUSIANNY PATRÍCIO A minha experiência no Pinab tem sido cada vez mais gratificante, em um ano de projeto vivenciei momentos que sala de aula alguma iria me proporcionar, é essa uma das diferenças que me faz enxergar a importância e a dimensão desse projeto. Um dos momentos que marcou a minha atuação enquanto extensionista nesse semestre foi uma visita a qual me deparei com uma situação nunca vivenciada anteriormente: ao sair para as visitas domiciliares com o ACS, visitei a casa de uma senhora que apresentava diabetes, hipertensão arterial e sobrepeso, além das complicações dessas doenças, ela tinha muitas dúvidas sobre sua alimentação e pelo fato de nesta visita não estar acompanhada de um nutricionista como de costume fiquei apreensiva pelo meu pouco saber científico por ainda está no início do curso, mas o resultado dessa visita me surpreendeu, pois conciliando o meu pouco saber científico e o seu conhecimento popular consegui tirar algumas de suas dúvidas sobre sua alimentação, como também ela me ensinou certas coisas que só uma senhora com tal conhecimento popular poderia me oferecer. Então é esse gostinho de educação popular que vem me encantando a cada dia e me tornando uma profissional com um olhar mais humanístico com relação aos meus futuros pacientes; naquele momento percebi a minha importância naquele projeto. O Pinab só me engrandece, não só como futura nutricionista, mas também como ser humano, só tenho a agradecer por essa experiência tão significativa em minha vida.

21 21


KARISTENN CASIMIRO DE OLIVEIRA O PINAB (Práticas Integrais de Nutrição na Atenção Básica em Saúde) vem me surpreendendo a cada visita domiciliar, a cada aconselhamento nutricional, a cada atividade realizada, enfim, a cada momento que tenho vivido dentro deste projeto tão lindo, que propõe através de ações de teor participativo, tornar a comunidade – alvo mais saudável e mais feliz.Felicidade.Esta é a palavra que define o sentimento de cada beneficiado por esse projeto, desde os usuários até os integrantes do grupo.É com satisfação que faço parte desta equipe que vem buscando efetivamente incluir comunidade e usuários no processo de promover saúde. Ao iniciar a minha participação no projeto, ingressei no grupo que atua na escola e me identifiquei de imediato com as propostas de ação. Amo trabalhar com crianças e amo o curso que faço (nutrição), mas nunca imaginei que seria possível unir coisas que tanto gosto. E foi nesta oportunidade que pude experimentar o gosto de trabalhar para esse público levando os conhecimentos adquiridos na sala de aula para a prática. Conviver no ambiente escolar foi muito marcante para mim. Não esqueço do dia em que fomos convidados a participar da reunião de planejamento escolar e por várias vezes tivemos a oportunidade de falar um pouco dos nossos objetivos para aquele lugar e o que esperamos contribuir junto a todos que compõem à escola no ano de 2008. Outro momento impactante para mim foi quando realizamos a oficina com as merendeiras, onde foi feita uma roda de conversa em que desenvolvemos a prática do ouvir –escutar, de dividir experiências e reconhecer valores. Não posso deixar de descrever a minha primeira experiência na visita domiciliar em que acompanhamos de perto pessoas que depositam em nós credibilidade e confiança. Com certeza foi muito rico para mim. Além de tudo isso, pudemos estar na USF contribuindo para a promoção de hábitos alimentares mais saudáveis através do aconselhamento. Não existe disciplina que me faria desfrutar de momentos que tem me sensibilizado, me amadurecido e me tornado uma pessoa mais comprometida com o que e quem está diante de mim. É gratificante fazer parte do PINAB e reconhecer em cada pessoa da comunidade uma oportunidade de aprender mais. Tenho convicção que isso fará toda diferença na minha formação acadêmica.

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