Revista StudiuMais 2016

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FUNDAMENTAL II

ANO 9- Nº 9 - 2º semestre de 2016

ÉTICA A falta de ética prejudica nosso planeta, seja o meio ambiente, o esporte, a ciência, a política, a arte e diversos setores da sociedade

A ética ajuda nosso planeta, seja o meio ambiente, o esporte, a ciência, a política, a arte e diversos setores da sociedade

SIM

NÃO

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Caro leitor, Veremos nesta edição da Studiumais 2016 que o nosso mundo “globalizado” e em rápida mudança oferece a nossos jovens oportunidades, mas, ao mesmo tempo, desafios. Vivemos em uma comunidade mundial emergente, com a necessidade de respeitar e valorizar a diversidade, de compreender como o mundo funciona, de estar disposto a agir e tornar o mundo um lugar mais justo e sustentável e de assumir a responsabilidade por nossas ações. A minha experiência pessoal, nos últimos anos, tem me convencido de que nunca houve um momento de maior desafio para a educação, pois educadores e pais estão fazendo perguntas fundamentais. Por exemplo: Como podemos ajudar nossos jovens a desenvolver mentes flexíveis e habilidades de pensamento mais elevadas neste mundo em constantes e rápidas mudanças? Como ajudá-los a dominar habilidades básicas e informações, desenvolver a compreensão e o conhecimento e aprender a aplicar o que aprenderam? Como estimulá-los a agir com ética em todos os momentos da vida, sempre respeitando o conjunto de valores e princípios universais que os guiam? Com o surgimento da Internet, somos agraciados com a oportunidade de nos conectarmos com as pessoas sobre diferentes questões, sendo possível construir uma rede pessoal e de grupo. A evolução da sociedade está exigindo que todos FLÁVIA BEZERRA possam aprender o tempo todo, de preferência de forma Diretora do colégio Studium cooperativa, na construção de novas ideias e produção de novos conhecimentos. A construção de tais redes ajuda aqueles envolvidos a compreender melhor as suas semelhanças e diferenças, com o objetivo de buscar soluções comuns para os problemas globais que todo o mundo enfrenta. Diante de tal perspectiva, resolvemos enfrentar o grande desafio de nutrir esta nova geração de líderes e inspirar a vontade de pensar e agir de forma diferente. A nossa revista é fruto de reflexões realizadas ao longo do ano com nossos alunos do 7º ano, que transformaram suas discussões em textos jornalísticos bem elaborados, tendo como tema gerador a Ética e a Integridade. O ponto de partida ocorreu no mês de março, especificamente para a construção de nossa revista, abordando o tema geral (ÉTICA) bem como os subtemas específicos, nas aulas de Língua Portuguesa, Filosofia e História e, em seguida, ramificando para as outras disciplinas. É fundamental estarmos cientes de que, longe de promover um conjunto de respostas, valores ou atitudes prontas e acabadas, o nosso objetivo é incentivá-los a desenvolver e expressar os seus próprios valores e opiniões, sempre respeitando o ponto de vista de outras pessoas. Este é um passo importante para que, no futuro, nossos jovens possam fazer escolhas embasadas na forma como exercem os seus próprios direitos e as suas responsabilidades para com os outros, compreendendo a complexidade do mundo e, em especial de nosso país, que atualmente vem evidenciando a necessidade de reforçar princípios, práticas e regras que nos ajudem a viver uma vida digna de ser vivida. Boa leitura! REVISTA STUDIUM + 2


ARTIGO

ENTREVISTA

ÉTICA & ARTE

Furtos e mentiras: Como perceber que meu filho tem transtorno de conduta?

Celular e internet: você os usa adequadamente?

Tráfico de obras de arte: atitude antiética, crime!

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MAPA MENTAL

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ÉTICA & BRASIL

Ética: a origem da solução para a corrupção?

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ARTIGO

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A ética e o comportamento político dos brasileiros

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ÉTICA & PUBLICIDADE

Entre a utopia e a realidade: modismo e mídia manipuladora

ÉTICA & CIÊNCIA

Bioética, o confronto entre a vida e o conhecimento

ÉTICA & IMPOSTOS

ÉTICA & MEIO AMBIENTE

Não quero pagar imposto!? E agora...?

E AINDA...

Florestania:uma experiência de aprendizagem, uma lição para a vida Mito Poemas

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Resenhas 66 Caça-Palavras 74 REVISTA STUDIUM + 3

ÉTICA & ESPORTE

Não ao doping, não à corrupção! Pela ética no esporte!

Cruzadinhas 74 Artigos 76


ARTIGO

FURTOS E MENTIRAS:

Como perceber que meu filho tem transtorno de conduta?

FABÍOLA SPERANDIO TEIXEIRA DO COUTO Pedagoga- Psicopedagoga e Terapeuta de Família e Casais

Durante a infância e a adolescência, nossos filhos experimentam uma série de comportamentos e cabe à família ir pontuando o que é certo e errado. São exatamente essas situações que permitem o educar. Acontece que, por mais que estejamos atentos e ofereçamos bons exemplos, algumas crianças e adolescentes apresentam um transtorno comportamental que assusta alguns pais. Já recebi muitas famílias indignadas e até incrédulas por enfrentar tais problemas. Encarar a situação é sim a melhor forma para orientar, trabalhar e proporcionar a retomada da “rota”. Algumas famílias se assustam tanto com isso que, muitas vezes, demoram a encarar a situação. Elas acabam arrumando uma série de desculpas para explicar a conduta errônea de sua cria, intensificando a situação. Pais que não querem enxergar que o filho está agindo contrariamente a suas orientações impedem a parceria com os profissionais que querem ajudar a família. E como identificar se meu filho tem tido um comportamento diferente dos princípios familiares? Primeiramente, observando o que ele traz de informações dos ambientes que frequenta e o que ele carrega consigo de materiais/objetos. Exemplo: seu filho tem aparecido com objetos que não pertencem à família? Constantemente ele “acha”, “ganha” ou “troca” objetos? Nesse caso, cheque as informações. Indague sobre a origem e vá atrás da informação. Procure saber também o porquê da necessidade de fazer trocas. Excesso de coisas materiais também deve ser investigado. O que leva o seu filho a querer acumular coisas: apontadores, lápis, etc.? Toda situação de acúmulo pode estar escondendo algum vazio interno. De que ajuda ele está precisando? Outra situação comum de uma conduta preocupante é o envolvimento constante em pequenas confusões, principalmente se ele sempre se vitimizar: “O outro me provocou”; “Ninguém gosta de mim”; “Juntaram para me bater”. Vá até o ambiente das ocorrências (escola, família, clube, condomínio, igreja) e procure entender o que está acontecendo. Ninguém briga sozinho. Qual a coparticipação de seu filho? Existe mesmo uma injustiça? Como pode orientá-lo para não se envolver ou se defender? Observe bem de perto também quando seu filho chega com histórias nas quais acha engraçado algo que não deveria ocorrer: insultos entre colegas; machucados em um esporte; situações que deveriam gerar solidariedade e sentimentos de ajuda alheia. Hoje presenciamos crianças e adolescentes com sentimentos cruéis diante de fatos que poderiam ser mediados para o entendimento ou acolhida. Reivindicação de direitos sem querer cumprir deveres é outro fator de alerta. Uma criança, desde pequena, precisa compreender que precisa dar e receber. Hoje, eles só desejam ser satisfeitos: “Não vou fazer a tarefa, mas quero jogar vídeo game”. Estar atentos às regras e fiéis às mesmas é essencial para ir alertando a nossos pequenos que a vida é feita de uma via de mão dupla. Baixa tolerância à frustração e incapacidade de enfrentar a realidade diária são uma SIRENE que deve soar alto em nossos ouvidos. A vida não é só doces e brincadeiras. Precisam entender que são crianças, precisam REVISTA STUDIUM + 4


“Uma criança que percebe que as pequenas mentiras estão funcionando, obtém ganhos e não deseja abandonar tal aprendizado até que enfrentará algo muito grave e ficará perdida na forma de lidar com isso; afinal, sempre funcionou.” brincar e divertir-se, mas também estudar e colaborar com a família em tudo. Irritabilidade, explosões, birras, gritos, desaforos e até pequenas vinganças não podem ser tolerados. Nesse momento, abaixe-se até a altura da criança e deixe claro que isso não o convence e não lhe fará mudar de ideia (regras). Um comportamento conturbado gera sérios problemas familiares, sociais e acadêmicos, além de favorecer um círculo vicioso e difícil de a criança ou o adolescente combater. Uma criança que percebe que as pequenas mentiras estão funcionando, obtém ganhos e não deseja abandonar tal aprendizado até que enfrentará algo muito grave e ficará perdida na forma de lidar com isso, afinal, sempre funcionou. Uma criança que mexe nos objetos dos colegas e subtrai pequenas coisas, vai tomando gosto pela fácil aquisição e depois tem dificuldade de deixar esse hábito. Esse crescente no comportamento pode gerar, mais tarde, algo que deverá sair do campo comportamental e passar para o tratamento patológico. Deparamos com casos terríveis de adultos com transtorno antissocial de personalidade exatamente porque foram desconsiderados os sinais na infância e juventude. Se nos colocarmos como educadores de nossos filhos em vez de advogados e defensores em qualquer situação, poderemos ajudá-los a crescer aprendendo a conviver com tudo o que aparece, incluindo as pequenas tentações de aquisições indevidas, relações conflituosas e vontades impostas. Crescer não é só físico. Crescer academicamente é fácil: basta colocá-los para estudar e investir em uma boa instituição. Precisamos ajudar nossos filhos a crescer como pessoas íntegras e aptas ao convívio social. E somente estando próximos, orientando, cobrando e acreditando que é possível corrigi-los que chegaremos ao sucesso como pais. Reforçando: crianças testam seus limites. Se ela percebe que pode levar objetos estranhos para casa e que não será checada, que pode mentir que será revalidada, não deixará esse hábito e crescerá carregando esse aprendizado por toda sua vida. Faça-a enfrentar as consequências de seus atos. Levou algo estranho? Faça-a devolver. Trocou um objeto? Converse sobre a troca junto com a outra criança que participou dela. Chegou queixosa sobre algum relacionamento conturbado? Volte com ela até o local e juntos procurem entender o que aconteceu. “Juntos” significa diálogo esclarecedor, reconciliador e educativo. Mostrem-se ao lado dela para conhecer e entender. Em seguida, oriente e aplique, se for o caso, a consequência para lhe alertar sobre o que não é aprovado pela família. Esse movimento será muito rico para a formação humana dela. Invista! Os frutos virão tão fortes que alimentarão toda a família.

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ENTREVISTA

Advogado e palestrante Thiago Cordeiro Jácomo

CELULAR E INTERNET:

você os usa adequadamente? Quando falamos em uso de celular e redes sociais,

imediatamente imaginamos fotos interessantes, textos bons, entretenimento, diversão, socialização, postagens positivas, enfim, “muita coisa boa!”. De tanto lidar com isso, começamos a perder a noção dos malefícios que pode trazer. Por exemplo, postar/compartilhar fotos íntimas, comentar algo de forma ofensiva (cyberbullying), compartilhar situações sem permissão de todos os envolvidos, até criar perfis fakes e outras ações inadequadas. É aí que o lado negativo dos smartphones e das redesaparece e pode nos prejudicar seriamente.

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PROFESSORA ORIENTADORA: Ana Paula de Melo Fernandes Reis ENTREVISTA 7º ano A – Beatriz Pessoa, Bruna Leal, Marcus Mahler, Lara Trentino, Edberto Quirino Filho e Larissa Alessandri; 7º ano B – Ana Clara Sebba, Gustavo Alexandre Zorzette, Maria Carolina Pereira e Victor Hugo Rocha; 7º ano C – Andressa Alencar Garrote, João Gabriel Carvalho, Lucas de Sousa e João Francisco Neto.

Para nos esclarecersobre a utilização adequada, dando-nos dicas, alertas, exemplos e mostrando-nos as consequências do mau uso do celular (smartphone) e também das redes sociais, a STUDIUMAIS entrevistou o advogado Thiago Cordeiro Jácomo – ex- aluno do Pequeno Príncipe e palestrante sobre o assunto há alguns anos, graduado em Direito e Jornalismo pela PUC-GO, mestre em Comunicação e Jornalismo e pósgraduado em Direito da Comunicação Social, ambos pela Universidade de Coimbra (Portugal). Nela, o advogado revela o quanto esse assunto despertou sua atenção como usuário assíduo desses meios e o levou a estudar, pesquisar e palestrar sobre isso.Confira!

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ENTREVISTA Thiago Cordeiro Jácomo

STUDIUMAIS – Há quanto tempo você lida com o tema mau uso das redes sociais e dos celulares? Thiago – Em primeiro lugar, eu sou um usuário assíduo de celular e redes sociais. É muito importante, para tratar de qualquer assunto específico, entendê-lo na teoria e na prática. Eu concluí Direito e Jornalismo em 2010 na PUC e assim que me formei, fui morar em Portugal, Coimbra, para fazer uma pós-graduação e o mestrado. E o meu trabalho de mestrado em jornalismo se baseou em um estudo de caso, o da boate Kiss, uma tragédia que abalou o país na época. Esse fato teve informações repassadas pelas redes sociais, como fotos, vídeos e comentários. Já naquela época, o jornalismo começou a utilizar as redes sociais para fundamentar as matérias jornalísticas, como um recurso. Isso representou uma mudança, um avanço, uma nova utilização das redes sociais e celular. Em decorrência disso, aplicativos como WhatsApp, etc. facilitam o trabalho jornalístico e outros trabalhos também. Então hoje, há uma ligação muito grande entre o jornalismo e as redes sociais, por meio principalmente do celular. Pensando nisso, desenvolvi meu trabalho. E percebi que, no Brasil, era necessário mostrar esses recursos e fazer esclarecimentos às pessoas usuárias. Montei minhas palestras para esclarecer de forma simples a todos que precisam de orientação sobre o uso dessas mídias. Utilizar tais ferramentas de forma correta, vi-

sando mais os benefícios do que os malefícios. Mediante sua experiência, os perigos que esse mau uso traz são iguais para os usuários crianças, jovens e adultos? Definitivamente não. Primeiro, de acordo com a lei, há diferenças. Por exemplo, adolescentes têm o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) como lei especial, ou seja, lei para indivíduos menores de 18 anos, com seus direitos e deveres. Consequentemente, qualquer delito cometido por menores é chamado de ato infracional. Em situação oposta, ou seja, como vítimas, por serem crianças e adolescentes, pela lei, são considerados seres em formação e, por isso, muito mais frágeis para serem enganados, seduzidos e sofrerem ações criminosas. Qual forma de prevenção você poderia indicar aos usuários de redes sociais para não constrangerem a outros com publicações íntimas? Inicialmente, precisamos pensar nas consequências. Já estamos cansados de saber que não podemos sair sem roupa pelas ruas, porque isso causa constrangimento para nós e para as pessoas que nos virem. A roupa é uma forma de resguardar nossa intimidade. Então, se não temos coragem de sair sem roupa por aí, para que se expor dessa forma na internet, ou

O que são... MÍDIAS SOCIAIS São plataformas projetadas para permitir a interação social a partir do compartilhamento de conteúdo e da criação colaborativa de informação nos mais diversos formatos.

das redes sociais, por ser uma ligação social, é a conexão fundamental entre as pessoas, que se dá por meio da identidade.

REDES SOCIAIS São estruturas sociais compostas por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns. Uma das características fundamentais das redes sociais é a sua abertura, que possibilita relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes. Um dos princípios

REDES SOCIAIS PÚBLICAS São ambientes, páginas ou sistemas da internet que permitem a troca de informações, a interação social e a comunicação entre as pessoas e organizações. REDES SOCIAIS PRIVADAS São todos os canais internos de comunicação de uma empresa, que possibilitam a colaboração e a troca de informações entre pessoas autorizadas por essa empresa.

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seja, postando fotos de nossa intimidade? O que uma imagem íntima,circulada entre amigos, familiares e colegas, vai acrescentar à vida de alguém? Não vejo benefício algum. Só vejo prejuízo. Assistimos a isso recentemente envolvendo um adulto famoso, um modelo fotográfico, que ficou completamente afetado, perdido por causa de uma fotografia dele em uma situação íntima espalhada pela internet. Uma das coisas que temos de mais valiosa em nossa vida é a nossa imagem, é o nosso nome, é a nossa intimidade, é a nossa privacidade. De que adianta termos direitos de imagem se não os respeitamos para nós mesmos? A partir do momento em que você contribui par a sua privacidade seja violada, você está perdendo esses direitos. E corre um risco muito grande de perder totalmente o controle do que você posta na internet. É fato: tudo o que você coloca ou dispõe na internet (foto, vídeo, comentário, texto, compartilhamento, etc.), foge a seu controle. Pessoas podem ver, compartilhar, baixar os arquivos em seus celulares, computadores e não há como apagar deles. Não há lei para mandar retirar arquivos baixados provenientes de redes sociais, nos celulares, computadores pessoais. Temos que tomar cuidado também em expor nossa opinião até para pessoas em quem confiamos. Há muitos casos noticiados em jornais, revistas, sites, de situações de exposição indevida, as quais podem prejudicar a carreira das pessoas envolvidas, comprometendo sua imagem talvez para o resto de sua vida. Temos que tomar cuidado com áudios que postamos, imagens que divulgamos, textos que compartilhamos, tudo o que escrevemos e deixamos circular pelas redes, porque podemos ser vítimas de armadilhas, inclusive de pessoas que julgamos incapazes de nos fazer mal. O comportamento que devemos ter precisa ser mais preventivo, com bom senso, cuidado para usar tais ferramentas. Preservar a intimidade e a privacidade é o ideal.

O que uma imagem íntima, circulada entre amigos, familiares e colegas, vai acrescentar à vida de alguém? Não vejo benefício algum. Só vejo prejuízo.

O que é um perfil fake? Perfil fake é um perfil falso, aquilo que é criado por alguém com informações, fotos, mas não é da autoria da pessoa real, identificada. Apropria-se de um nome e alguns dados de alguém e começa-se a alimentar o perfil dessa pessoa, sem que seja ela própria. Isso, de acordo com a lei, é crime, chamado falsidade ideológica. Fazer-se passar por alguém falsamente. O risco de se criar um perfil fake é, por ser crime, tornar-se alvo da polícia e ser punido por isso. Mesmo adolescentes podem ser punidos, julgados por um ato infracional. Diante de sua experiência, por que as pessoas criam perfis desse tipo, sem medir as consequências? Justamente porque, na maioria das vezes, as pessoas que buscam criar um perfil fake querem fazer algo contra a lei e não querem, claro, ser punidas. No Brasil, o uso da internet pode se resumir assim: você pode fazer o que quiser na internet, mas é preciso que se identifique. Porque, se for feito algo contra a lei na rede, é preciso ir atrás do autor e puni-lo. O perfil fake é um recurso para dificultar a identificação de alguém que fez algo errado, fora da lei, contra a lei, a responsabilização do crime. Também há criação de perfis fakes não com o objetivo de fazer mal a alguém, porém para não identificar o autor. As pessoas que criam perfis com esse objetivo tentam buscar nas redes uma palavra de conforto, dicas, momentos de desabafo, etc. Muitas informações publicadas na internet podem ser motivo de polêmica para o público. Um exemplo seria quando utilizamos a liberdade de expressão para falar sobre religião. O que você pensa sobre o uso da internet para a expressão de opinião?

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ENTREVISTA Thiago Cordeiro Jácomo

Liberdade de expressão é um direito que todos nós temos, podemos falar o que quisermos. Mas ele não é um direito ilimitado. Então nós temos o direito de falar o que pensamos, seja na escola, na praça, em uma rede social. Porém, a partir do momento que a sua opinião é considerada um ato ilegal, sua liberdade de expressão cessa (termina). Hoje em dia, muitas pessoas expressam suas opiniões de forma agressiva nas redes sociais, utilizando xingamentos e expressões inadequadas. A quem se deve denunciar tais atos? Como devemos agir? Se você quiser se defender de tal ato (porque algumas pessoas preferem não fazer nada), você deve procurar as pessoas certas, que são: um advogado, que pode orientar você; uma delegacia, para ver se a ofensa foi um crime. Então, se você optar por agir diante de uma ofensa, esses são os caminhos. Quais seriam as possíveis causas da nomofobia? A nomofobia é o vício e a mudança em alguns de nossos comportamentos por causa do uso exagerado dos celulares e da internet. Ela pode gerar estresse, dependência, insônia, etc. Quais seriam as maneiras de acabar com ou diminuir a nomofobia?

Se você fizer uma autocrítica e perceber o uso excessivo do celular e da internet, diminua. Mas, se chegar a um ponto em que isso está tirando o seu sono e sua fome, eu o aconselho a procurar um psicólogo e se tratar com um profissional. Por lei, celulares não são permitidos em sala de aula, porém alguns alunos continuam com esse uso. Em nossa escola, isso não é permitido, gerando punições. O que você pensa sobre isso? Eu sou a favor sim dessa proibição e eu não vejo necessidade alguma do uso do celular na escola. Para comunicação com os pais, a escola dispõe de telefones especificamente para esse fim. Vocês poderiam me perguntar sobre essa liberação no recreio, por exemplo. A intenção do recreio não é a socialização dos alunos? Então para que ficar mexendo no celular durante esse intervalo? Quais são as penalizações previstas para as pessoas que postam comentários, fotos ou vídeos inadequados nas redes sociais e são denunciadas? Depende do crime em que for enquadrado [o ato]; pode ser enquadrado como difamação, injúria, calúnia. No ECA (Estatuto da Criança de do Adolescente), existe um crime específico, que é quando você contribui para a humilhação

Exemplos de mídias sociais: Comunicação: Blogs (Blogger e WordPress), microblogs(Twitter e Pownce), redes sociais (Orkut, Facebook, LinkedIn e MySpace); Colaboração: Wikis (Wikipédia); Multimídia: Compartilhamento de fotos (Flickr, Zooomr, Fotolog e Picasa) e compartilhamento de vídeo (Videolog, YouTube e Vimeo); Entretenimento: mundos virtuais (Second Life). REVISTA STUDIUM + 10

VOCÊ SABIA QUE...

O mau uso das redes sociais pode expor negativamente e comprometer os relacionamentos e até mesmo uma carreira profissional. Por outro lado, usando-as adequadamente, você se aprimora, interage com pessoas e usufrui melhor de tudo o que esse universo tem a lhe oferecer. Disponível em: < http://www.febraban. org.br/cartilhas/redessociais.pdf> Acesso em 14 out. 2016.


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ENTREVISTA Thiago Cordeiro Jácomo

Vocês poderiam me perguntar sobre essa liberação [do celular] no recreio, por exemplo. A intenção do recreio não é a socialização dos alunos? Então, para que ficar mexendo no celular durante este intervalo?

de um jovem que tem menos de 18 anos. Mas acredito que a maior pena seja de aproximadamente 2 anos; são todas brandas. Uma publicação ofensiva a coletividades (empresas, instituições públicas e privadas) em redes sociais pode causar desemprego para a pessoa que a fez? Com certeza, isso pode ser considerado uma falta grave. A falta grave é como se fosse a expulsão de um colégio para o aluno que a cometeu. Quando você está no mercado de trabalho e foi contratado para um emprego, se você comete algo que é considerado muito errado, a empresa o demite e a isso chamamos justa causa. Então seu comportamento inadequado na internet pode também resultar em uma “justa causa”, que seria a “expulsão” do trabalho. O que se fazer quando se é vítima de uma publicação ofensiva, em especial, os menores? Quando se é menor, deve-se buscar ajuda dos pais, dos responsáveis e dos especialistas. Quais as consequências para usuários que desrespeitam o direito de imagem e são denunciados por isso? A consequência, no caso de quem viola o direito de imagem de alguém, é reparar através de uma indenização por danos morais. Então, quando você usa a imagem de alguém sem autorização, ou em um contexto em que a pessoa esteja sendo humilhada ou zombada, ela pode processar você por danos morais. Na prática, o prejuízo REVISTA STUDIUM + 12

pode ser “no bolso” (financeiramente). Como as pessoas podem se prevenir em relação à criação de perfis fakes? Na verdade, não há como nos prevenir disso. O que você pode fazer é criar mecanismos para não expor suas imagens para todo mundo. Por exemplo, há redes sociais que são abertas, não têm cadeado nem sistema de segurança. Então você pode entrar nessa rede e copiar 100, 200, muitas fotos da pessoa, e depois criar um perfil fake. Talvez se você trancar suas imagens, e deixar apenas as de seu perfil visíveis, já é uma forma que você tem para atrapalhar quem quer fazer um perfil fake seu. Da mesma forma, não se deve expor muitos dados pessoais, como nome completo, endereço e e-mail, informações que podem ser utilizadas por pessoas que querem fazer um perfil fake. Então, a ideia realmente é ter bom senso do que se expõe na internet. Como devemos agir quando conhecidos, amigos e familiares postam fotos de nossa intimidade sem nossa permissão? Denunciar e buscar a reparação por isso. Na prática, quando há fotos ou vídeos postados sem a permissão de quem está neles, e estes são baixados para mídias (smartphones, computadores, etc.), não tem como apagar delas. Porque qualquer pessoa poderá baixar tais arquivos,fazendo parte do arquivo da máquina de cada um. Não existe nenhuma ordem judicial que faça detectar e tirar a foto desses aparelhos. O que você pode fazer é mover uma ação para que alguns sites que hospedam os arquivos indesejados os retirem. Existe algum código de ética para usuários


Mudando um pouco de assunto, sobre os sites de compra, quais dicas poderiam ajudar a detectar a confiabilidade ou não deles? É complicada a questão das compras pela internet. Muitas pessoas já sofreram prejuízos em compras pela rede. Em primeiro lugar, já existem grandes sites, pelos quais as pessoas compram sem sofrer prejuízos, que, de certa forma, apresentam maior credibilidade, confiança por parte dos usuários. Deve-se começar pela escolha do site, preferindo os de grandes empresas. Principalmente porque, se houver qualquer problema, há condições de comunicação com a empresa a fim de resolver o problema, e se não houver a solução (causando o prejuízo), é mais fácil até processar tal empresa. Faça a investigação também pelos sites de consulta/busca da internet, sobre “problemas para comprar em determinado site ou empresa” e leia com atenção os resultados de sua consulta ou pesquisa. Use os sites de investigação para buscar a credibilidade e a confiança em comprar pela rede.

Quando você usa a imagem de alguém sem autorização, ou em um contexto em que a pessoa esteja sendo humilhada ou zombada, ela pode processar você por danos morais. Na prática, o prejuízo pode ser ‘no bolso’ (financeiramente).

As novas mídias - Qual é o seu grupo? As pessoas podem ser classificadas em três grupos de acordo com o grau de utilização e relacionamento com as mídias sociais. O PRIMEIRO GRUPO é formado por quem não utiliza as mídias sociais, não tem conta em sites de rede social e acredita que não vale a pena participar nesses canais, seja por falta de tempo, por desinteresse, por precaução (não quer se expor na rede) ou por não ter familiaridade com as novas tecnologias. O SEGUNDO GRUPO é o de pessoas que têm contas em um ou mais sites de rede social, mas acessam esporadicamente, não costumam inserir muito conteúdo e geralmente não consideram as mídias sociais algo essencial ou consideravelmente útil.

de redes sociais? Se sim, onde encontrá-los? Hoje, muitas empresas, muitos segmentos profissionais já redigiram normas para o uso das redes de uma forma adequada. Por exemplo, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) tem uma cartilha de uso de redes sociais, que é direcionada para os jovens.

O TERCEIRO GRUPO é aquele das pessoas que costumam acessar mais de uma rede social várias vezes por dia. Elas navegam pela internet e sentem vontade de compartilhar uma notícia, tiram fotos com seus smartphones ao ver coisas inusitadas na rua para colocar nas mídias sociais e comentam as fotos dos amigos. Essas pessoas ligam o computador pela manhã, abrem o navegador de internet e geralmente acessam logo sua conta de e-mail, dão uma olhada em sua rede social para ver se algum amigo comentou sua foto, para ver quantas pessoas curtiram seu último comentário ou apenas para dar uma vasculhada e descobrir o que seus amigos estão fazendo. Você certamente se enxerga em um desses grupos ou se sente entre um e outro. Disponível em: <https://www.embrapa.br/imprensa/midias-sociais> Acesso em 14. out. 2016.

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O quadro mais roubado do mundo

“O Grito”, do norueguês Edvard Munch, é considerado o quadro mais roubado da história. Mas não se trata de uma única obra: há quatro versões da pintura, feitas entre 1893 e 1910.Duas foram levadas de museus noruegueses (1994 e 2004) e depois recuperadas. Uma delas foi leiloada em 2012 pelo recorde de US$ 120 milhões, quebrado só em 2015 por uma obra do espanhol Pablo Picasso (US$ 179 milhões). FONTE: Disponível em: <http://tab.uol.com.br/roubo-arte/ Acesso em 02 out. 2016.

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ÉTICA & ARTE Tráfico de obras de arte: atitude antiética, crime! Infelizmente é cada vez mais comum vermos notícias de tráfico de obras de arte, atitude que nos revela a falta total de ética também sobre o patrimônio artístico da sociedade. Mas o que será que existe por trás dessa prática ilegal, antiética, criminosa? O que move tal ação? Onde se situa a fronteira entre a ética e sua total ausência em atitudes como essa? Como estão sendo feitas as punições por esse crime?

PROFESSOR ORIENTADOR: Rubens Júnior (R. Júnior). PROFESSORA COORIENTADORA: Ana Paula de Melo Fernandes Reis. ALUNOS: João Victor Resende, Vitor Natan Fernandes, João Pedro Prado Bueno, Heleodora Vieira, Antonio Lucena, Gabriel Augusto Fagundes, Heni Sauaia Neto, Marcus Ala, Pedro Rocha Torminn, Renan Alves Teixeira, Giulia Mariah Ferreira 7º ano B.

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ÉTICA & ARTE

Tráfico de obras de arte A falta de ética envolve a problemática da sociedade em todos os seus setores. Dentre eles, encontra-se a arte. Atitudes antiéticas e criminosas como tráfico de obras representam um dos graves problemas para o mundo globalizado pelos seguintes motivos: o primeiro é que isso dilapida (destrói) os patrimônios históricos e culturais de arte da humanidade, causando prejuízos muitas vezes irreparáveis ao patrimônio cultural mundial;o segundo motivo é que é causada uma perda histórica, a qual representa uma referência cultural de um país, ou seja, um empobrecimento cultural. Precisamos conhecer os motivos dessas atitudes para ajudar a combatê-los com uma consciência ética e moral, que permeará nossas ações diante do patrimônio artístico e cultural o qual temos a obrigação de preservar. São eles: a facilidade de roubar, o mercado negro e a quase inexistente fiscalização. Apesar de toda a aura que se tem sobre obras de arte (patrimônio da humanidade), por seu grande valor histórico, artístico, humano, isso não impede que sejam facilmente roubadas e utilizadas até como lavagem de dinheiro por traficantes de drogas e outros criminosos. Você sabia disso? Segundo a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), há mais de 34 mil obras de arte desaparecidas (por roubo, é claro!) no mundo. E com um detalhe: a maioria delas foi roubada com simplicidade e eficiência. Dessas obras, provavelmente apenas 10% ainda poderão ser recuperadas. Além disso, a Interpol ainda admite: em cada dez obras recuperadas, nove retornam aos donos porque ressurgem no mercado formal, em galerias e até museus.Esse tipo de roubo movimenta o 3º maior mercado ilegal do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas. Os ladrões encontram facilidade para roubar. Em alguns casos, o ladrão simplesmente entra no museu em horário de muito movimento de pessoas, pega uma tela e vai embora, como aconteceu com uma tela de Corot, em 1998, na sala 67 do Museu do Louvre. Também ocorrem casos em que os ladrões rendem seguranças, que geralmente são instruídos a não intervir, a fim de não pôr a obra valiosa em risco. Até pela janela as obras podem ser roubadas! Em 1994, um exemplo desse tipo de roubo aconteceu em um museu da Noruega, quando ladrões, usando uma escada encontrada perto do local, entraram pela janela e levaram uma das quatro versões de O Grito. E ainda deixaram um bilhete, agradecendo pela falta de segurança. Pode?

Aí cabe a pergunta: por que as obras de arte são roubadas tão facilmente? E a resposta é simples. Nem todos os museus apresentam um sistema de segurança eficiente com a associação câmeras, sensores de aproximação, alarmes, seguranças bem treinados. Continuamos o questionamento: qual a finalidade de se roubarem obras de arte? E encontramos uma resposta de acordo com o relatório Stealing History: The Illicit Trade in Cultural Material (“Roubando História: O Mercado Ilegal na Cultura”, sem edição brasileira): as obras de arte e antiguidades roubadas podem ser usadas no esquema de lavagem de dinheiro. Sim! Elas representam um ótimo investimento para criminosos como traficantes de drogas e outros, legalizando riquezas obtidas ilegalmente ou como “propina de luxo”. E como funciona o esquema de lavagem de dinheiro com obras de arte roubadas? Inicialmente o traficante utiliza o dinheiro que ganhou com drogas para encomendar o roubo de uma obra valiosa. Depois disso, ele a põe em um leilão “amigo” e obtém o dinheiro de forma limpa. Além disso, existem relatos de traficantes possuidores de coleções particulares como precaução: no momento em que se veem em perigo, valem-se dos quadros, das esculturas e antiguidades, como “moeda de troca”, para silenciar policiais corruptos. Porém não são somente traficantes de drogas que usam obras de arte para lavar dinheiro e corromper policiais. Colecionadores e grandes apreciadores de arte sem a menor ética e escrúpulo, também encomendam seu roubo, abrigando obras roubadas em suas casas. E assim ostentam a seus visitantes (que precisam ficar calados sobre isso) seus belos acervos roubados. Só que, em relação a esse segundo tipo de roubo, o “feitiço pode ir contra o feiticeiro”, ou seja, alguns colecionadores de obras roubadas relatam que foram roubados, ou melhor, dizem que tiveram suas obras roubadas “sequestradas”. Infelizmente, para eles, não há como chamar a polícia... Sobre as consequências para o crime de roubo de obras de arte... Mínimas! No Brasil, por exemplo, a punição é equivalente àquela de outros crimes contra o patrimônio: para furto, um a quatro anos;para roubo, quatro a dez anos. Se houver agravantes, as penas máximas podem chegar a oito e 30 anos, respectivamente. FONTES: Disponível em: http://www.siglaseabreviaturas.com/interpol/> Acesso em 07 out. 2016. Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/o-que-e-interpol/> Acesso em 06 out. 2016.

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International Criminal Police Organization-Interpol Interpol é a sigla para International Criminal Police Organization, em português, Organização Internacional de Polícia Criminal. É uma organização de nível mundial que coopera com a polícia em diversos países para ajudar em investigações de crimes que envolvam mais de um país membro ou crimes de origem política, religiosa e racial. Foi criada no ano de 1923 como a Comissão Internacional de Polícia Criminal, em Viena, na Áustria. Hoje em dia, a Interpol tem sede em Lyon, na França e quase todos os países do globo são membros da organização. A sigla “Interpol” surgiu e foi usada pela primeira vez em 1946. Com 181 países filiados, é a segunda maior organização internacional, atrás apenas da ONU, com 191 países membros. Sua importância é cada vez maior com a chamada “globalização do crime”, que opera por meio de redes terroristas, cartéis de tráfico de drogas e quadrilhas de contrabando de armas. Mas, ao contrário do que muitos filmes fazem supor, os agentes da Interpol não são “detetives universais” dotados de imunidade diplomática e com poderes de aprisionar pessoas em qualquer ponto do planeta. A organização não pode se sobrepor aos sistemas legais de cada país, nem possui um quadro próprio de policiais ao redor do mundo. No Brasil, por exemplo, seu efetivo é composto de funcionários da própria Polícia Federal. “A Interpol atua basicamente em três vertentes: a área de inteligência, que é a busca dos dados em si, a coordenação de operações policiais em um ou mais países e a busca de informações para uma investigação já iniciada por outra polícia”, diz o chefe da Interpol no Brasil, Washington Melo. Seu órgão máximo, a Assembleia Geral, reúne-se uma vez por ano para traçar estratégias de combate aos três tipos mais comuns de criminosos internacionais: aqueles que agem em mais de um país, como os contrabandistas; aqueles

que não viajam, mas cujos crimes afetam mais de um país, como falsificadores de obras de arte; e aqueles que cometem o crime num país e fogem para outro. Toda a sua estrutura é mantida pelas contribuições de cada país filiado, de acordo com sua capacidade financeira. A Interpol funciona como uma central de informações, assim os policiais podem dividir informações sobre crimes internacionais, como tráfico de drogas e pessoas, e ajudar a polícia de outros países com a investigação. Uma das participações da Interpol em um caso internacional foi no desaparecimento de Madeleine McCann, uma menina inglesa que sumiu na cidade de Lagos, em Portugal. O Brasil é representado na Interpol pela Polícia Federal, e o escritório da organização no território nacional fica em Brasília. Policiais que trabalham na Interpol no Brasil fazem tradução de informações recebidas de diversos países e as divulgam, sempre em coordenação da sede na França.

Como age a Polícia internacional? 1. Quando um criminoso foge do Brasil, o escritório central da Interpol no país inclui o nome e as informações sobre o procurado na chamada “difusão vermelha”, lista dos foragidos que circula pelos computadores dos escritórios da Interpol nos seus 181 países filiados. 2. Uma vez localizado pela polícia de outro país, o escritório brasileiro pede a prisão preventiva. Se o pedido for aceito, a Interpol no Brasil se encarrega de fornecer à justiça do outro país as informações necessárias para o processo de extradição. 3. Concedida a extradição, os agentes da Interpol no Brasil cuidam da operação de transporte e entrega do acusado à Polícia Federal. FONTES: http://super.abril.com.br/cultura/como-funciona-o-mercado-negro-da-arte/ Acesso em 30 set. 2016. http://ab.uol.com.br/roubo-arte/> Acesso em 02 out. 2016.

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OBRAS DE ARTES ROUBADAS

Natividade com São Francisco e São Lourenço, por Caravaggio em 1609,

tela roubada em outubro de 1969 do Oratório de San Lorenzo, em Palermo, na Sicília, depois removida de seu quadro. Existem algumas teorias sobre esta obra famosa. Alguns dizem que ela foi roubada pela máfia siciliana local ou por ladrões profissionais para um colecionador particular, mas teria sido destruída por ratos e porcos enquanto estava escondida em uma fazenda, e os restos, queimados.

A Ponte de Waterloo,

de Claude Monet, 1901. Roubado em outubro de 2012 do Museu Kunsthal em Roterdã, Holanda; presumivelmente, queimado por um cúmplice.

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Dois Balcões, de Salvador Dalí, 1929,

roubado do Museu Chácara do Céu, Rio de Janeiro, em fevereiro de 2006.

O Concerto de JohannesVermeer, 1664,

roubado do Isabella Stewart Gardner Museum, em Boston, em março de 1990.

Vista do Mar em Scheveningen, de Vincent Van Gogh em 1882,

roubada por dois ladrões do Vincent Van Gogh Museum, Amsterdam, Holanda, em dezembro de 2002.

Pastoral, de Henri Matisse, 1905, roubado

do Museu de Arte Moderna de Paris em 2010. FONTE: Disponível em: <http://qga.com.br/arte-cultura/2013/10/conhecaobras-de-artes-que-foram-perdidas-destruidas-ou-roubadas> Acesso em 12 out. 2016.

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ÉTICA & PUBLICIDADE

Entre a utopia e a realidade: modismo e mídia manipuladora Segundo os dicionários, pessoas éticas são pessoas apegadas ao costume e que seguem as regras estipuladas por sua sociedade.

A

ética pode estar relacionada a várias áreas, como, por exemplo, a política, a profissão, comércio, setor imobiliário, publicidade, etc. Relacionando-a à publicidade, a questão é: como ser ético em uma sociedade que abandona seus valores em busca de modismos? Seremos eternas vítimas de uma mídia manipuladora? É possível mudar esse cenário?

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5

Pr


PROFESSORA ORIENTADORA: Christianne Milla de Souza. PROFESSORA COORIENTADORA: Ana Paula de Melo Fernandes Reis. ALUNOS: Ana Luísa Melo, Barbara Rocha, Isabella Dammann, Scarlletti Ramos, Sophia Soares, Enrico Ribeiro, Thiago Gabriel Saad, Davi Spagolla, Bruno Suzuki, Rafael de Castro, Keryn Corcelli, Júlia Cesilio, Mila Azevedo, Felipe Garrote e Maria Tereza Sauaia.7º ano C.

50%

romoção imperdível

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A ética na publicidade Um exemplo da falta de ética na publicidade é a propaganda enganosa e os comerciais que divulgam preços falsos, o plágio, a pirataria, entre vários outros. Publicidade Publicidade é a arte da propaganda. Desde sempre, ética e publicidade nunca andaram juntas, pois geralmente as pessoas envolvidas neste setor se utilizam de artimanhas e distrações que atraem o público e, ao mesmo tempo, o induzem a fazer o que o “cliente” da publicidade deseja, ou seja, o consumo vigiado. As armadilhas da propaganda enganosa As propagandas enganosas são anúncios que mentem sobre os produtos ou serviços vendidos, vendem algo ruim como algo aparentemente bom. O que fazer se for enganado? Para resolver as inconveniências, as pessoas enganadas devem entrar em contato com o ofertante, e, caso não haja resposta, entrar em contato com um órgão de defesa, como o Procon ou entrar na justiça e denunciar a empresa responsável pela falsa oferta. Onde se encontram as propagandas enganosas? As propagandas enganosas estão geralmente na televisão, na internet ou em locais que atingem um grande público.Porém essas falsas ofertas podem também ser encontradas em lugares inimagináveis, como em jogos de celulares e na mídia que nos manipula. A mídia manipuladora A mídia representa atualmente um poder altamente manipulador sobre as massas, congregando valores individuais a seus produtos de consumo, os quais visam atingir maior número de pessoas e, com isso, iniciar comércios desnecessários e impulsivos. O poder persuasivo desse meio de comunicação é devastador, e atinge o povo como um todo. Como a mídia nos manipula Os meios de comunicação anestesiam grande parte da população através de suas manobras televisivas, filmes, programas de auditório, reality shows, programas infantis, etc. Os mesmos agem buscando disseminar uma ideia alienadora e, dessa forma, expor as informações parcialmente, ou seja, mostrando só um lado, mascarando a realidade. REVISTA STUDIUM + 22

“A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa”. (Escritor inglês Eric Blair, mais conhecido como George Orwell)

“Manipulação não existe. O que realmente existe é a incapacidade do outro de não visualizar o outro lado.” (Welton Barbosa)

“Se Deus criou as pessoas para amar, e as coisas para cuidar... Por que amamos as coisas e usamos as pessoas?” (Bob Marley)


“É muito mais fácil corromper do que persuadir.” (Sócrates)

“Se você não cuidar, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo.” (Malcom X)

“Enquanto a educação for levada na brincadeira, a manipulação será sempre a vencedora do jogo.” (Wellerson Luiz)

“Não existe opinião pública, existe opinião publicada.” (Sir Winston Churchill)

Modismo O modismo ocorre quando uma grande massa de pessoas utiliza serviços, roupas, trabalhos, produtos de maneira igual ou muito semelhante.O modismo acontece porque esse grupo de indivíduos sem opinião própria é manipulado por propagandas enganosas na mídia, ou por medo da opinião alheia. Com isso, esse público consumidor prefere comprar objetos que estão populares para ser elogiado. Como o modismo gera o consumismo O modismo está diretamente ligado ao consumismo, que é o investimento e o gasto de dinheiro em produtos diversos e em grande quantidade, principalmente em produtos que fazem com que as pessoas entrem na moda. Pessoas consumistas Pessoas consumistas são aquelas que compram compulsivamente regidas pelo próprio humor ou porque todos estão usando. Uma pessoa consumista costuma mentir sobre seus gastos e sobre escapadas ao shopping, faz compras sozinha para melhorar a própria autoestima. Essa sensação momentânea de euforia conduz ao esquecimento dos verdadeiros valores, limites e, principalmente, ética. E aí, existe uma solução? Estamos entre a realidade e a utopia. A realidade é esta, de manipulação, enganação, consumismo, modismo. A utopia se resumiria em reformular programas de televisão, propagandas e internet. Quem vai fazer isso? Partir do meio, do veículo de divulgação para resolver, impossível... Para alguns visionários, o que nos resta é educar as próximas gerações, para diminuir ou eliminar (será possível?) essa manipulação. Então, caberia aos educadores (pais, professores, etc.), e, neste caso, educadores extremamente críticos, conscientes e preparados, esclarecer, mostrar as impurezas da mídia através da publicidade enganosa, envolvente, manipuladora... De qualquer forma, caberá a nós nos informarmos também acerca dessa situação, adquirirmos e praticarmos nossa consciência mediante a publicidade e a mídia. Decidirmos de que lado estamos e para onde desejamos ir em relação a tudo o que nos manipula... FONTES CONSULTADAS: www.eticanomundoatual.com / www.modismoeconsumismo.com www.publicidadeepropagandaenganosa.com

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ÉTI

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ICA & IMPOSTOS Não quero pagar imposto!? E agora...? Já parou para pensar se a sociedade pensasse assim? Já pensou na importância do imposto? Se você respondeu a essas perguntas com um NÃO, é hora de parar e repensar. Se quiser saber mais sobre o assunto IMPOSTO, venha com a gente!

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Não quero pagar imposto! O que é imposto? Imposto é um valor em dinheiro que o estado cobra dos cidadãos com a finalidade de garantir os serviços públicos para a população.Com o dinheiro arrecadado, o Estado tem obrigação de investir em obras, tais como: construção de escolas, hospitais, rodovias, saneamento básico e muitos outros serviços, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população. No Brasil, pagamos vários tipos de impostos federais, estaduais e municipais. Temos como exemplo de principais impostos pagos no Brasil: IPVA – imposto sobre a propriedade de veículos automotores; IPTU – imposto predial e territorial urbano; IPI – imposto sobre produto industrializado.; ISS – imposto sobre serviço de qualquer natureza; IOF – imposto sobre operações.

O imposto, como o próprio nome diz, é uma imposição, é algo obrigatório, e quem não paga está cometendo um crime. Não pagar significa sonegar e no Brasil, essa prática é muito comum. Hoje em dia, em nosso país, é corriqueiro falarmos que políticos roubam. Mas você já parou para pensar se os cidadãos também não roubam? Por incrível que pareça, sim, eles roubam. Segundo dados da Carta Capital (publicado 30/03/2015),a sonegação de impostos pode ser até 7 vezes maior que a corrupção, de que tantos falam em telejornais. Os brasileiros vão às ruas protestar contra o “roubo” dos políticos... Por que não protestam contra a sonegação dos cidadãos? Um exemplo de sonegação é quando alguém declara ter recebido uma quantia menor do que realmente recebeu, para não pagar o imposto devido, e faz de tudo para que o valor não passe pela conta bancária. Outra forma comum é uma pessoa declarar valor menor na hora de adquirir imóveis. Também ocorre sonegação quando se emitem notas fiscais falsas; quando ocorre lavagem de dinheiro, propinas, tráfico (de armas, drogas e pessoas), contrabando, falsificação, corrupção e paraísos fiscais. Para fugir dos altos impostos, o sonegador prefere pagar ou receber suas contas e compras com dinheiro vivo, pois sabe que transferências bancárias e pagamentos com cartões podem ser monitoradas. Várias pessoas, principalmente as mais ricas, sonegam bastante. Essa sonegação nos atinge cada vez mais, porque o dinheiro que seria arrecadado para ser aplicado em setores como saúde, educação, infraestrutura, transporte e outros, para benefício da população, não chega aos cofres públicos. De modo geral, podemos perceber que as pessoas com baixa renda são as mais atingidas. São elas que sofrem com falta de atendimento médico, problemas na educação, transporte público ruim, etc. A fim de contribuir para que não ocorra a sonegação de impostos, devemos exigir a entrega de notas fiscais na hora da compra, ser justos na hora de declarar a quantia que recebemos e verdadeiros com o valor do imóvel que compramos ou vendemos. Pense em suas atitudes. O lucro é individual, só que o prejuízo é coletivo (de todos nós). REVISTA STUDIUM + 26


Aprendendo com outros países Apesar de os brasileiros reclamarem dos altos impostos cobrados, há países que possuem impostos ainda maiores. No Brasil, pagamos cerca de 35,42% de imposto sobre o que produzimos, enquanto que o campeão em pagamento de imposto, a Dinamarca, cobra cerca de 47,16% de seus cidadãos. Esses dados são do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Nem por isso, os dinamarqueses reclamam do que pagam, visto que recebem de volta alta qualidade

de vida: atendimento médico de qualidade, educação para todos, transporte público eficiente, segurança, iluminação pública, coleta de lixo e esgoto, dentre outros benefícios. Todos esses serviços já são garantidos por lei em nosso país, porém não são prestados com a qualidade que deveria ser. FICA A PERGUNTA: O problema está somente em pagar altos impostos ou será que o problema maior é o que está sendo feito com todo esse dinheiro?

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NO BATENTE O BRASILEIRO TRABALHA 151 DIAS APENAS PARA PAGAR OS SEUS IMPOSTOS

CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL Desde os anos 90 a arrecadação não para crescer. Arrecadação da União, Estados e municípios em % Produto interno bruto

POSIÇÃO DO BRASIL NO MUNDO CORRUPÇÃO

SONEGAÇÃO REVISTA STUDIUM + 28


Impostos na época dos Impérios

PESO DOSPaíses GOVERNOS NO MUNDO selecionados, dados de 2012 (exceto Brasil) em % Produto Interno Bruto

Na época dos grandes impérios, os impostos eram recolhidos em todas as províncias e o que era arrecadado, era usado para pagar as contas do imperador e manter o Império em pé. Para recolher os impostos, pessoas eram recrutadas. Elas eram chamadas de coletores de impostos ou publicanos. Os publicanos, além de cobrar os impostos para o Império, ainda coletavam dinheiro para eles próprios. Durante aquele tempo, as pessoas pagavam de forma separada e eram cobradas pessoalmente, ou seja, a pessoa encarregada do serviço iria até sua casa e cobraria diretamente de você. Esses coletores, portanto, eram considerados os piores “pecadores” da época. Em alguns lugares do mundo, os impostos não eram pagos somente com dinheiro, também se utilizavam produtos que camponeses produziam em suas terras. PROFESSOR ORIENTADOR: Fernando Pinho. PROFESSORA COORIENTADORA: Ana Paula de Melo Fernandes Reis. PROFESSOR COLABORADOR: Sérgio Muryllo Ferreira. ALUNOS: Luiza Azzi, Manuela Vilela, Camila Lopes, Júlia Lopes, Sofia Lopes, Sofia Campos, Ana Laura Fragoso, Mell Rocha, Isabela Roriz, Beatriz Veloso, Paula Arruda e Clara Ferreira. 7º ano A.

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ÉTICA & CIÊNCIA Bioética, o confronto entre a vida e o conhecimento Administração da vida de maneira responsável... A Bioética se relaciona a isso, tem a ver com a manipulação da vida eticamente. Muitos casos envolvem a Bioética na atualidade, desde meios científicos até o nosso cotidiano, permeando todas as relações humanas, no respeito à nossa autonomia como pessoas, até mesmo na forma de consumirmos e usufruirmos dos recursos da natureza, onde depositamos e o que fazemos com nosso lixo, por exemplo. Mas o que realmente tem chamado muito a nossa atenção são as polêmicas

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PROFESSOR ORIENTADOR: Luciano Gonçalves Machado. PROFESSORA COORIENTADORA: Ana Paula de Melo Fernandes Reis. ALUNOS: André Luiz Borges, Lorenzo Vidal, Luana de Alencar, Luiz Fernando Caetano, Caroline Bohadana, Laura Miranda, Luiz Alexandre Peixoto Filho, Leonora Paranhos e Leonardo Sardinha 7º ano B.

científicas que a envolvem, como as polêmicas sobre o aborto, o transplante de órgãos, o uso de animais e humanos como cobaias, eutanásia, fertilização in vitro, uso de células-tronco, e, em especial, a clonagem, os transgênicos. Até onde podemos chegar com os avanços da biotecnologia, da genética, etc.? Como devemos agir para resolver casos e dilemas que surgiram e surgirão advindos desse avanço nas várias áreas científicas, levando em consideração toda a diversidade moral existente e prezando a conduta e a vida humana??

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Bioética – conceituação, função... Do grego bios (vida) e ethos (caráter), a Bioética pode ser definida como a Ética relacionada à Vida, a Ética prática. Representando “um conjunto de pesquisas, discursos e práticas, normalmente multidisciplinares, cuja finalidade é esclarecer e resolver questões éticas suscitadas pelos avanços e pela aplicação da medicina e da biologia”, a Bioética traz uma ligação fundamental com a Filosofia, porque considera a responsabilidade moral dos cientistas em suas pesquisas e práticas, inclusive de manipulação da vida, como na clonagem e na transgenia.

Qual seria o papel, a função da Bioética? A resposta se liga à tentativa de solucionar os dilemas tendo como base seus princípios. Não há somente uma resposta correta. Na perspectiva da Bioética, deve-se conseguir um justo equilíbrio entre a ciência e o respeito à vida, o reconhecimento de que o avanço científico e tecnológico pode nos proporcionar benefícios, mas também malefícios e por isso, precisamos estar em alerta para todos os riscos decorrentes dele, bem como os efeitos indesejáveis no meio ambiente.

A problemática científica da bioética: clonagem e transgênicos Muitas questões éticas têm sido levantadas com o avanço da biotecnologia, da genética. Dentre elas, destacam-se as que se referem à clonagem, em especial, a humana e aos alimentos transgênicos. Em genética, a clonagem é definida como o processo natural (gêmeos idênticos) ou artificial (usando células somáticas) de produção de cópias idênticas de seres vivos por meio de um fragmento específico do DNA, através de reprodução assexuada. De forma geral, podemos definir clonagem como um processo natural (como é o caso de gêmeos univitelinos) ou artificial (quanto há a utilização de células somáticas) em que são produzidas cópias geneticamente idênticas de outro ser, através de reprodução assexuada. Muitas pesquisas têm sido realizadas através da clonagem artificial. Por este método, não se usam células sexuais (óvulo e

espermatozoide), mas sim células somáticas (que formam os órgãos, pele e ossos). Um exemplo desse uso foi a clonagem da ovelha Dolly, “gerada a partir de células somáticas retiradas de um adulto.” Porém houve inconvenientes neste clone, causando sua morte. Dessa forma, obtêm-se indivíduos geneticamente iguais originários de uma célula-mãe. É um método bastante comum de propagação de espécies de plantas, bactérias e protozoários. Podemos afirmar que, a partir da experiência com Dolly, o tema da clonagem tornou-se mais concreto do que se imaginaria. De imediato, debates sobre ética na engenharia genética e as possíveis consequências da clonagem humana começaram a fervilhar no meio científico. Na teoria, isso já seria possível com a tecnologia existente para a clonagem de ovelhas, vacas e até macacos.

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Quais seriam as vantagens e as desvantagens da clonagem? Dentre as vantagens deste processo, temos: •a preservação das espécies de animais; •o desenvolvimento da imunidade à determinadas doenças; •a clonagem de determinadas células com a finalidade de tratar

doenças como diabetes e leucemia; •a sua utilização para a produção de células-tronco com o intuito de recuperar alguns órgãos e tecidos; •o auxílio a casais que não conseguem ter filhos, mesmo após tratamentos de fertilidade; •o resgate de material genético.

Quanto aos transgênicos, sabemos que são organismos em cujo genoma existem um ou mais genes provenientes de outra espécie, inseridos por processo natural ou por métodos de engenharia genética. Para adquirir novas características, eles possuem sua estrutura modificada geneticamente. Tal alteração, realizada em laboratório, tem como objetivo tanto a melhora nutricional do alimento como torná-lo uma planta mais resistente a agrotóxicos. Em 2016, a liberação para a produção de transgênicos no Brasil completa treze anos, sendo que o primeiro alimento liberado foi um tipo modificado de soja, por pressão de agricultores do Rio Grande do Sul. Mesmo assim, até hoje não faltam polêmicas e discussões sobre quais seriam as reais vantagens e desvantagens dos alimentos transgênicos para o meio ambiente e para a saúde. De acordo com organizações internacionais como a ONU, a principal vantagem para o uso de sementes geneticamente modificadas, é o aumento da produtividade. As culturas transgênicas são mais resistentes a pragas e agrotóxicos, podendo ser colhidas mais rapidamente e com menos perda, o que resulta em ganho para o agricultor e, também, na redução dos preços dos alimentos – importante fator no combate à fome. Além disso, a modificação genética ainda possibilitaria a geração de alimentos enriquecidos, com maior quantidade de vitaminas (por exemplo) do que suas versões não modificadas. Devido à menor quantidade de agrotóxicos, os transgênicos apresentariam características mais benéficas ao consumo humano, com alterações previstas

Quanto às desvantagens, apontamos: • pouca eficiência; •envelhecimento precoce; •possíveis anomalias; •clones maiores que o normal; •fetos que não resistiriam ao nascimento.

de maneira mais controlada. Já os que se opõem aos transgênicos veem tudo isso de forma bem diferente e apontam desvantagens categóricas no cultivo e proliferação deste tipo de alimento. Segundo eles, do ponto de vista ambiental, usar culturas modificadas provocaria um grande desequilíbrio nos ecossistemas agrícolas. Livrando as plantas de pragas, as modificações também abalariam toda uma delicada cadeia de outros animais benéficos ao ambiente e ao solo, causando a quebra de uma cadeia harmônica e natural. Outro problema com o uso de transgênicos: promover a diminuição da biodiversidade. Buscando maior produtividade em larga escala, espécies locais dos alimentos acabam sendo praticamente extintas do processo de cultivo, substituídas por versões modificadas geneticamente (mais resistentes e lucrativas). Além disso, as espécies transgênicas, mais resistentes, acabariam se proliferando descontroladamente, causando, mais uma vez, vários focos de desequilíbrio ambiental. Agora, pensando no consumo alimentar dos seres humanos, o grande medo é de que, a longo prazo, as modificações genéticas nos alimentos possam de alguma forma levar a disfunções orgânicas, promovendo doenças.

FONTES: <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/conteudo_264221. shtml> Acesso em 30 set. 2016. < www.ecycle.com.br/> Acesso em 02 out. 2016. < http://www.todabiologia.com/genetica/clonagem.htm> Acesso em 01 out. 2016. <http://monografias.brasilescola.uol.com.br/biologia/clonagem.htm> Acesso em 02 out. 2016. < http://fertilizacao-in-vitro.info/clonagem.html> Acesso em 01 out. 2016. < http://www.pensamentoverde.com.br/produtos/vantagens-desvantagensalimentos-transgenicos/> Acesso em 04 out. 2016. <http://www.sobiologia.com.br> Acesso em 06 out. 2016.

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Esquema de clonagem da ovelha Dolly

FONTES: https://www.ufrgs.br/bioetica/clone.htm> Acesso em 07 out. 2016.

Transgênicos liberados no Brasil

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Bioética - reflexão Cabe-nos, por fim, refletir e reconhecer que “nem tudo que é cientificamente possível de ser realizado é, portanto, eticamente aceitável.” A vida humana tem seu valor ético e precisamos buscar subsídios para a conciliação entre o desenvolvimento tecnológico e a proteção

e qualidade da vida. A conciliação do saber humanista com o saber científico na busca da felicidade do ser humano é o grande desafio da Bioética. “Afinal parece ser este o objeto de desejo que buscamos da ciência: a realização de nossas expectativas de vida longa e saudável.”

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ÉTICA & MEIO AMBIENTE O reconhecimento da importância da natureza é fundamental para a preservação da humanidade. A ética em relação ao meio ambiente, possibilita e garante a sobrevivência social e física dos seres vivos, sejam eles espécies animais, vegetais e principalmente, os seres humanos. REVISTA STUDIUM + 36


PROFESSOR ORIENTADOR: Marden Winter . PROFESSORA COORIENTADORA: Ana Paula de Melo Fernandes Reis. ALUNOS: Heitor Campos, Luis Henrique Biagi, Cássio Costa, João Gabriel Barreto, Lucas Costa, Júlia Lucas, Maria Eduarda Abbud, Nélson Marques, Rogério Vilela, Maria Luiza Baiocchi, Andressa Lacerda e Guilherme Curado – 7º ano A.

Florestania: uma experiência de aprendizagem, uma lição para a vida

A

s atividades humanas podem produzir diversos impactos ambientais, devido, principalmente, à falta de consciência ecológica, o que está intimamente relacionado à falta de ética no uso do meio ambiente. A educação escolar não pode fechar os olhos para a situação ambiental, em especial, quando se trata de formação de seres humanos éticos. Pensando nisso é que educadores procuram formas de abordar o tema ÉTICA E MEIO AMBIENTE, em suas diversas áreas de atuação, como está previsto nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais).

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ÉTICA & MEIO AMBIENTE Em nosso colégio, não poderia ser diferente. No ano letivo de 2016, foi selecionado e indicado pelo professor de Geografia, o livro Florestania – a cidadania dos povos da floresta (coleção Jabuti, 6. ed., editora Saraiva, 2009), para desenvolver um trabalho de leitura, análise e discussão da obra. A obra em discussão representaria o início de um grande debate sobre a temática Ética e Meio Ambiente. Antes de iniciar o trabalho com o livro, fizemos (professor e alunos) os seguintes questionamentos: “Durante toda nossa vida, nos beneficiamos do meio ambiente, sem nenhuma preocupação de preservá-lo, fazendo o uso inadequado dele; assim, já exploramos e destruímos boa parte dele, e vamos continuar destruindo-o completamente se algo não for feito. Se o ser humano é tão esperto, por que muitos ainda não têm noção do mal que estão fazendo para o meio ambiente?” Partindo para a leitura e interpretação da obra, conhecemos o enredo, que se resume basicamente na vida e em experiências de uma protagonista, uma menina de 12 anos chamada Maíra. Ela trabalha como guia do Bosque da Ciência. Apresenta muito interesse pela preservação ambiental. Na trama, a personagem revela, com suas atitudes e pensamentos, que as crianças estão tendo muito mais consciência do que os adultos em relação ao uso da natureza. Essa percepção da obra foi importante, porque a visão de meio ambiente dessa personagem, assim como das crianças conscientes, passará de geração em geração, estendendo-se a todas as pessoas, o que poderá salvar o mundo. Sobre o título da obra, você provavelmente deve estar se perguntando o que é Florestania. Uma palavra não muito comum em nosso dia a dia, mas, na Geografia, é algo que deveríamos conhecer: significa a cidadania dos povos da floresta. E o que isso tem a ver com ética? A floresta é a casa deles, então eles sabem que devem tratá-la com zelo e cuidado, diferente do homem comum, que, em geral, só pensa em dinheiro, benefícios materiais, derrubando árvores e pescando fora do limite, contribuindo para a extinção de várias espécies e o efeito estufa. Se todos nós seguíssemos a ética da Florestania, o mundo seria bem melhor. REVISTA STUDIUM + 38


O livro tem muitas curiosidades importantes sobre a natureza. Uma delas são as árvores centenárias, que devemos preservar, pois elas melhoram a qualidade de nosso ar e o tornam mais úmido, servem de abrigo para várias espécies raras da Amazônia e são muito antigas e difíceis de encontrar, portanto são consideradas raras também. Se não pararmos de arrancá-las e destruí-las, teremos um prejuízo enorme para futuras gerações e para a Amazônia em si. A Florestania é um conjunto de relações humanas, políticas e sociais, com direitos e deveres. Dessa forma, representa um sentimento de respeito que pode ser demonstrado ao meio ambiente. A natureza não nos pertence, nós é que pertencemos a ela. Esse sentimento (tão bem trabalhado no livro) nos leva a estabelecer não apenas um novo acordo social, porém uma nova aliança natural, baseada no equilíbrio das ações e relações no ambiente em que vivemos. Deve ser um sentimento que direcionará nossas escolhas socioeconômicas e políticas. E por incluir a ética e a cidadania, também orienta nossas escolhas ambientais e culturais, determinando um novo estilo de vida. Ao final da leitura e todas as discussões sobre a temática da obra, concluímos que a sociedade poderá viver um desenvolvimento inerente da sua origem ou ser atropelada pelo desenvolvimento da sociedade capitalista. Finalizando a experiência, vimos o quanto um livro com uma história envolvente, com um personagem crítico e criativo, com boas fundamentações teórico-práticas, pode ser trabalhado de forma dinâmica e reflexiva para nos despertar a necessidade da preservação do meio ambiente (e de nossa própria vida), relacionando-a a valores importantes como ética, solidariedade e respeito, deixando-nos lições que poderemos seguir e passar a nossos descendentes ao longo de nossa existência.

A Florestania é um conjunto de relações humanas, políticas e sociais, com direitos e deveres. Dessa forma, representa um sentimento de respeito que pode ser demonstrado ao meio ambiente REVISTA STUDIUM + 39


PROFESSORA ORIENTADORA: Ana Paula de Melo Fernandes Reis. REPORTAGEM DE CAPA 7º ano A Elisa Mazon, Érika Costa, Sophia Lunardelli e Vitória Kanjo; 7º ano B Ana Clara Rezende, Carolina Paranhos e Gustavo Ribeiro; 7º ano C Ana Laura Costa, Bruna Rassi, João Marcos Kanjo, Paulo Henrique Rizzo e Victor Veloso.

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ÉTICA & BRASIL

Ética: a origem da solução para a corrupção? Em um país repleto de maus exemplos, de corrupção por todos os lados, não podemos ficar calados, apenas assistindo às situações. É preciso uma atitude! Mas essa atitude tem que ser consciente. A formação de nossa consciência para o agir ético necessita de uma passagem... Uma passagem pela Ética e por tudo o que ela envolve, como suas relações com a Moral, a Cidadania, a Educação, os mais diversos setores da sociedade em que ela está presente e até mesmo com a corrupção. Só assim poderemos visualizar um Brasil menos corrupto, mais ético, mais justo, mais cidadão, o espaço de nossas ações éticas, o palco da Cidadania!

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Para início de conversa... contextualizando a falta de Ética “A não prática da Ética é o mais grave defeito que uma sociedade pode adquirir, é o mais grave defeito que uma família pode deixar em seus filhos, pois se os pais forem antiéticos, injustos e sempre

buscarem fugir da verdade com uma ‘mentirinha branca’, seus filhos sofrerão influência e serão semelhantes a seus pais, antiéticos”

ÉTICA, você sabe o que significa esta palavra fundamental? Ética pode ser definida como o conjunto de princípios e condutas que devem ser seguidos por uma sociedade para o seu bem geral. Uma das suas origens está no livro de Aristóteles, “Ética a Nicômaco”, dedicado ao pai do autor cujo nome era Nicômaco. Na obra, composta por dez livros, Aristóteles age como um pai que ensinava a seu filho os princípios básicos para se tornar um ser humano justo, educado, feliz. Porém o objetivo do livro vai além, tentando fazer com que as pessoas reflitam sobre suas ações (razão acima da paixão), buscando a felicidade individual e coletiva, já que os homens vivem em sociedade e suas ações precisam estar voltadas para o bem comum. Tudo começa na família, ou seja, ela era o princípio de todas as regras, constituindo o dever dos pais ensinar a seus filhos a serem pessoas éticas, de bom caráter, justas. E assim, a ideia central dessa obra, que aborda as virtudes, os valores das ações humanas tendo em vista o bem maior, a felicidade, espalhou-se pelo mundo, influenciando o pensamento e as ações de gerações e gerações. Mas, em certo ponto, à medida em que as sociedades foram se desenvolvendo, começaram a abolir parte da ÉTICA, dando início às práticas da antiética. A não prática da Ética é o mais grave defeito que uma sociedade pode adquirir, é o mais grave defeito que uma família pode deixar em seus filhos, pois se os pais forem antiéticos, injustos e sempre buscarem fugir da verdade com uma “mentirinha branca”, seus filhos sofrerão influência e serão semelhantes a seus pais, antiéticos. A falta de Ética no mundo tem causado esta triste realidade em que vivemos. Pessoas sendo mortas a preço de nada (afinal, uma vida não tem preço), desigualdade extrema, fome, miséria, violência, discriminação, racismo, intolerância religiosa, guerras, atentados terroristas, enfim, desrespeito ao ser humano como um todo e no geral. Certamente, o mais desastroso legado deixado por uma sociedade marcada pela antiética é a influência dessas ações sobre as gerações futuras. No Brasil, podemos afirmar que a falta de Ética vem desde a colonização pelos portugueses. É uma herança maldita. Muitos destes buscavam proveito em benefício próprio, explorando a força de trabalho humano (indígena, escravo, mestiço, branco), sem nem ao menos se preocupar com as péssimas condições de vida dos escravos e dos explorados. Estes, para não sofrerem ainda mais, muitas vezes adulavam seus senhores, cometiam atos ilegais para não serem submetidos a mais humilhações, praticamente “vendiam” seu corpo, alma e pensamentos em troca de pequenos benefícios materiais ou menos sofrimento. Para atitudes antiéticas dos senhores, atitudes antiéticas dos explorados. Percebemos que nada mudou significativamente desde aquela época. Nosso país se transformou em um Brasil sem Ética, principalmente na política. Os políticos, grupo essencial para o convívio ético e pacífico de uma sociedade, deveriam ser exemplo de pessoas éticas e justas. Porém, foram completamente tomados pela corrupção e falta REVISTA STUDIUM + 42


de Ética, sendo um mau exemplo para as pessoas. É na política que nossos dirigentes desviam verbas, compram, articulam, traem uns aos outros em busca de poder e dinheiro, repetindo, de certa forma, atitudes de nossos colonizadores. Temos o retrato real de um país pobre e corrupto, do qual não nos orgulhamos. Só que não para por aí não! A falta de ética no Brasil não se manifesta somente na política: ela é apresentada de vários modos, ofensiva ou passivamente. Está presente em atos de egoísmo, violência, discriminação, mentiras, tráfico de influência, etc. Das menores atitudes (não devolver o troco a mais, colar na escola, mentir para se livrar ou tirar proveito, etc.) às maiores (sonegação de impostos, falsidade ideológica, etc.), quando espalhadas para a sociedade brasileira, tornam-se os piores atos. Pode se dizer que a maioria dos brasileiros apresenta em seu dia a dia pelo menos uma situação em que desrespeitam a Ética. E as consequências de sua prática estão sendo vistas e sentidas por grande parte da população, desastrosas! No Brasil, a falta de Ética dos políticos e dos cidadãos ganhou destaque na mídia mundial, fazendo com que nosso país seja considerado um dos países mais antiéticos do mundo. Temos uma geração que tinha tudo para ser vitoriosa na vida e lembrada por históricos e marcantes feitos, tristemente manchada e que será lembrada pela ausência de Ética. No entanto... É isso que desejamos de alma e coração brasileiros? De acordo com Leonardo Boff (2016), “para superarmos a crise da ética não bastam apelos, mas uma transformação da sociedade”. Nossa escolha tem poder de influência na vida dos futuros cidadãos. Que tipos de exemplos nós queremos deixar de inspiração para o futuro: Ética ou corrupção?

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Definindo e relacionando Ética e Moral “A Ética quanto a Moral se relacionam, inserindo-se na vida em sociedade, já que é nela que os homens nascem, vivem e constroem histórica e socialmente essa realidade humana através de suas relações coletivas”

A palavra Ética tem origem grega, ethos, cujo significado é “caráter”, “costume” ou “modo de ser”. Com inspiração na expressão grega ethikephilosophia, que quer dizer “filosofia moral” ou “filosofia do modo de ser”, adquire o sentido de tudo aquilo pertencente ao caráter. Já a palavra Moral origina-se do latim mores, o que é relativo aos costumes. Aprofundando tal ideia, seria um conjunto de regras praticadas no cotidiano e utilizadas constantemente pelo cidadão na sociedade. Orienta racional, científica e teoricamente cada indivíduo, como regras que direcionarão suas ações, seus julgamentos sobre o que é certo ou errado, moral ou imoral, bom ou mau. É fruto de uma convenção social. Ao traduzir o ethos grego para o latim mos (ou mores, no plural), os romanos lhe associaram à Moral. É assim queethose mos referem-se a um tipo de comportamento que não é inato, ou seja, não nasce com o ser humano como um instinto, mas é “adquirido ou conquistado por hábito” (VÁZQUEZ, 2002). E é assim que tanto a Ética quanto a Moral se relacionam, inserindo-se na vida em sociedade, já que é nela que os homens nascem, vivem e constroem histórica e socialmente essa realidade humana através de suas relações coletivas. Seria, então, a Ética, uma reflexão sobre a Moral. Tendo em vista a praticidade, a Ética e a Moral possuem finalidades semelhantes, porque são elas que oferecem as bases para conduzir a conduta humana, o que determinará seu caráter, suas virtudes, seu altruísmo; e também porque ensinam como o ser humano precisará agir e se comportar em sociedade. FONTE: www.dicionarioetimologico.com.br/etica/> Acesso em 02 out. 2016. https://www.ufrgs.br/bioetica/etica.htm> Acesso em 02 out. 2016. VÁZQUEZ, A.S. Ética. 23. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

Ética, Moral e Cidadania:

relação indissociável? E a realidade brasileira? Já sabemos que Ética se refere a tudo o que pertence ao caráter dos seres humanos e que Moral se remete aos costumes, às regras convencionadas socialmente. Ambas se relacionam à condução do comportamento humano em sociedade. Onde entraria a Cidadania nessa relação? Cidadania, por sua vez, trata-se do conjunto de direitos e deveres ao qual o ser humano, entendido agora como cidadão, é submetido em seu relacionamento com

a sociedade onde vive. Sua origem é latina, do termo civitas, que significa “cidade”. O conceito de Cidadania tem se ampliado com o tempo, está em constante construção, uma vez que se baseia em um conjunto de parâmetros sociais. Há dois tipos de Cidadania: a formal, que se refere à nacionalidade de um indivíduo por fazer parte de uma nação; e a substantiva, de caráter mais amplo, relacio-

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nando-se com direitos sociais, políticos e civis. Segundo o sociólogo britânico T.H. Marshall, só há Cidadania plena quando é dotada de direito civil, político e social. Podemos afirmar, então, que a Ética e a Moral influenciam em muito a Cidadania, porque referem-se à conduta do ser humano. No Brasil, apesar de sofrido uma evolução pela conquista de direitos políticos, sociais e civis, a Cidadania ainda está longe de ser plena. Há milhões de pessoas vivendo na miséria, altas taxas de desemprego, baixo nível de escolarização, violência, extrema desigualdade social (muito dinheiro concentrado em poucas “mãos” e bastante pobreza da maioria), corrupção (uns têm

mais direitos, privilégios, diferentemente da maioria da população). Assistimos, em nosso país, a um quadro que revela a falta de Ética, de Moral e, consequentemente, a não existência da Cidadania para muitas pessoas. Quantos brasileiros são antiéticos, não respeitam uns aos outros, vivem “quebrando” regras, não obedecendo às leis, cometendo assaltos, ultrapassando a velocidade, jogando lixo nas ruas, manipulando resultados de campeonatos esportivos, comprando juízes, apropriando-se de dinheiro público, desviando verbas em benefício próprio, entre outros absurdos os quais vivenciamos diariamente em todos os setores de nossa sociedade??

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Ética, norma ética e seu cumprimento

FONTES: www.jurisway.org.br/v2/ dhall.asp?id_dh=1144 Acesso em 02 out. 2016. BITTAR, Eduardo C. B. Curso de Ética Jurídica. São Paulo 2005. Editora Saraiva.)

Existem regras as quais a sociedade precisa cumprir obrigatoriamente, com medo de ser repreendida pelo Estado. Mas também há regras que essa mesma sociedade cumpre espontânea e livremente, sem ninguém lhe impor. Então, onde está a Ética? A sociedade é ética ao cumprir a norma por medo de ser punida ou ao cumpri-la espontaneamente? O jurista Eduardo C. B. Bittar (2005) aponta três condutas: - conduta livre e autônoma: quando o agente age de forma livre e consciente, sem nenhuma interferência alheia, gerando uma conduta ética; - conduta dirigida pela convicção pessoal: quando o indivíduo está autoconvencido, com grande referência de valores, com decisão individual, gerando uma conduta ética; - conduta insuscetível de coerção: quando existe norma ética, contudo o agente age livremente, sem vício em seu consentimento, sem aplicar coação, gerando uma conduta ética. Concluímos, assim, que a norma ética será o que é certo fazer e que se deve fazer de maneira livre, espontânea, sem imposição alheia ou temor de repreensão do Estado. Em oposição, se houver qualquer tipo de coação, não estamos falando de ética, mas de cumprimento de norma ética, porque o indivíduo faz forçadamente, obrigado a cumprir a norma, com temor de ser punido. Um exemplo ilustrativo é: pais pobres e filho rico, o filho não quer ajudar os pais e é forçado pela justiça a ajudá-los. Nesse exemplo, podemos usar Aristóteles para determinar a coisa certa a fazer, ou seja, a norma de conduta ética é o filho ajudar os pais, porque assim ele estará sendo virtuoso, só que, para ser considerado como tal, isso tem que ser de vontade própria. Após o que informamos aqui, questionamos: a maioria da população brasileira tem conduta ética ou simplesmente cumpre a norma ética? E quanto aos brasileiros que sequer cumprem a norma ética? Já parou para pensar nisso? Causas e consequências?

Por fim, a corrupção é crime! Toda sociedade corrupta tem que sacrificar alguém para se beneficiar. E esse “alguém” é a camada pobre, dependente exclusivamente dos serviços públicos, porém impossibilitada de satisfazer suas necessidades sociais (infraestrutura, saúde, educação, previdência etc.), já que os recursos são “repartidos” com a área natural de atendimento público e com os traficantes de influência (os corruptos). A falta de transparência na administração do governo colabora para o incentivo e a prática da corrupção. Apesar de não existir país “zero em corrupção”,entre os países ricos democráticos ocorre menos corrupção, uma vez que sua população é

mais esclarecida sobre seus direitos, o que dificulta sua enganação. Na atualidade, há uma organização internacional (ONG) denominada Transparência Internacional, cuja finalidade é desenvolver pesquisas nos países para “medir” o nível de corrupção entre funcionários públicos e políticos. A partir das pesquisas,faz-se uma classificação de acordo com a nota,o Índice de Percepção da Corrupção (Corruption Perceptions Index ou CPI),em uma escala que vai de 0 (“altamente corrupto”) a 100 (“muito limpo”). Dados dessa pesquisa em 2014 revelam que o primeiro lugar ficou

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FONTES: <brasil.elpais.com/brasil/2014/12/03/ politica/1417596726_747854.html> Acesso em 02 out. 2016.

com a Dinamarca (92 pontos) e o Brasil ocupa o 69º lugar, com 43 pontos. Esses dados não provêm de denúncias de suborno ou casos de corrupção denunciados na justiça. Eles se ligam de forma direta à eficiência dos órgãos de investigação de um país. Seu foco é a experiência de pessoas envolvidas diretamente com o setor público de todos os países, como empresários, experts do sistema político de cada país e a população em geral. Suas principais fontes (12 ao todo) incluem o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial.Para calcular a média de cada país, a Transparência combina o resultado de pesquisas

qualitativas realizadas pelas fontes (no mínimo 3) e as converte em várias escalas quantitativas. Essa ONG revelou em seu relatório sobre a situação da corrupção em nosso país, que os maiores desafios para combater a corrupção no Brasil são: “a corrupção no governo e nos partidos (partidos políticos e o Poder Legislativo são percebidos como as instituições mais afetadas pela corrupção); o setor privado, submetido a agências regulatórias, que aumentam a propensão a tentativas de suborno;o financiamento de campanhas políticas; a corrupção no níveis estadual e municipal; contratações para grandes obras públicas.”

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Chega de falta de Ética, chega de corrupção! “...a necessidade da Ética não só na política, mas também no dia a dia da vida do brasileiro, permeando ‘todas as relações cotidianas; seja em casa, no trabalho ou na comunidade’. ‘Precisamos apoiar a Ética, decidir por sua prática’”

Mediante tantas revelações negativas das pesquisas da ONG Transparência Internacional, respaldadas pelas práticas de corrupção que temos visto e vivenciado já há alguns anos, fazemos um questionamento a nós, brasileiros: o que tem sido feito pelo governo para minimizar tal situação de corrupção na política e nos serviços públicos? A essa pergunta, encontramos respostas no relatório da Transparência, que também destaca alguns “pontos de evolução”, como: “em 2013, o Senado aprovou uma nova lei que responsabiliza empresas que praticam a corrupção, com o pagamento de multa, que pode variar de 0,1% a 20% do faturamento anual da empresa; a política nacional tem sido vigiada mais de perto pela opinião pública, como ficou evidenciado no julgamento do mensalão, o maior julgamento relacionado à corrupção política já realizado no país; a participação social, com a aprovação da Lei da Ficha Limpa, fruto de iniciativa popular, demonstrando que a sociedade civil tem condições de se organizar e participar da política do país; o governo tem criado campanhas e mecanismos para aumentar a participação social; o acesso à informação e transparência através da Lei de Acesso à Informação, aprovada em 2012, trazendo a garantia de que todo cidadão terá acesso facilitado a informações públicas de seu interesse, o que fomenta a transparência do setor público.” (Fonte: <http://www.politize.com.br/medindo-a-corrupcao/> Acesso em 03 out. 2016.) Conforme Thaís Soares de Oliveira, em seu artigo sobre Ética e Política (2011, código de publicação 2210A, edição 752 do BOLETIM JURÍDICO), a única possibilidade para se exercer a Ética na Política brasileira hoje implica uma mudança de mentalidade e, decorrente dela, a mudança de atitude da própria população. Precisamos destruir a percepção de que as pessoas que elegemos, nossos representantes políticos, fazem “favores para o povo” e são dotados de uma “aura de poder”. Antes de mais nada, nossos governantes são funcionários públicos sustentados pelos impostos pagos e que devem obrigações para a população. Ela aponta também a necessidade da Ética não só na política, mas também no dia a dia da vida do brasileiro, permeando “todas as relações cotidianas; seja em casa, no trabalho ou na comunidade.”Precisamos apoiar a Ética, decidir por sua prática, que tem que se tornar indissociável do “ser brasileiro”, parte de sua essência, de sua natureza... A característica de “levar vantagem em tudo” (o “jeitinho brasileiro” da desonestidade) precisa ser eliminada de nosso povo, de nossa vida... Nossa sociedade tem que avançar, reformular seus conceitos, suas relações sociais, a fim de compreender que a tal felicidade de Aristóteles, Sócrates, Platão, o bem comum, só será possível e garantido se houver a participação de todos os cidadãos. Não podemos simplesmente transferir nossa responsabilidade para outras instâncias. Devemos ser éticos e fiscalizar o cumprimento da Ética e da norma ética por nossos representantes. Para a construção de uma verdadeira Comunidade Ética (NETO, 2005), a definição clara e a execução dos papéis de cada um na sociedade. Em outras palavras, de forma bem simples e objetiva: é possível superar SIM a crise de falta de Ética na qual nosso país está mergulhado. Mesmo na classe política dominada pela antiética e corrupção, que só pensa em obter recursos e proventos para si mesma. Antes de tudo, se o início da Ética está na família, nós precisamos recuperar atitudes éticas na família. É nela que os pais influenciam o filho a ter uma vida digna para si e para os demais, sempre buscando mostrar ao filho como ter boas e justas atitudes e fazer boas escolhas, não o deixando tomar caminhos, seduzido por prazeres de origem ilícita.Na instituição familiar é que se pode ensinar à pessoa REVISTA STUDIUM + 48


A relação entre Ética e Educação A Ética, como já vimos, é uma prática e está vinculada de forma direta à ação do homem na sociedade. Dessa forma, a vivenciamos nas várias esferas sociais, em diferentes contextos, no político, no social, no econômico e também no educacional. Pensar em ensino-aprendizagem sem Ética é impossível, pois ela, na educação, além de contribuir para a formação do indivíduo, também o constrói, tornando possível ao homem se compreender como membro da sociedade, assumindo as responsabilidades próprias do cidadão. Construída social e historicamente a partir das relações coletivas dos seres humanos, a Ética é conquistada a partir das relações interpessoais inicialmente na educação que os pais dão aos filhos na formação de seu caráter e posteriormente na escola, como ambientes

favoráveis para a construção do processo ético. No contexto atual do mundo globalizado, tanto a família quanto a escola (em quaisquer níveis – infantil, fundamental, médio e superior) precisam ser ambientes éticos, onde circulam pensamentos e atitudes éticas, de respeito a si, ao próximo e à Natureza, de cumprimento de direitos e deveres, ou seja, referências marcantes na vida de crianças, jovens e adolescentes, espaço onde bons valores sejam vivenciados e compartilhados. As duas instituições devem oferecer instrumentos, para os seres em formação, de apropriação de conhecimentos e habilidades, mas também de valores éticos e atitudes socialmente responsáveis, levando-os a pensar de forma multicultural e cidadã. FONTE: http://www.reveduc.ufscar.br/indez.php/reveduc/article/view/12/12 Acesso em 02 out. 2016.

a, desde pequena, tratar bem as outras (não fazer o que não quer que façam com você), a ser solidário e responsável, seguindo o lema de não querer para o outro o que não quer para si. Assim como nos sugere Leonardo Boff (2016), é preciso fazer com que cada indivíduo tome como parte de sua vida, como normas de seu cotidiano, os dez mandamentos universais. Reinterpretando-os, poderiam ser: não roubar (não tirar vantagem do outro, agir com justiça e retidão e lutar por uma ordem econômica justa); não matar (todos somos irmãos em uma mesma sociedade, por isso devemos optar por uma vida em paz, sem violência, com respeito); não cometer adultério (não agir com preconceito, machismo ou racismo com as outras pessoas, adotando uma cultura de iguais e parceiros, com amor e respeito). Se uma pessoa consegue ser ética, todas podem e devem ser. Ser ético deveria ser o mínimo para viver em uma sociedade. Como Aristotéles disse: “Não refletimos para saber o que seja a ética, mas para nos tornarmos pessoas éticas”. Em outras palavras, não precisamos apenas saber o conceito da Ética e tudo o que dela decorre; precisamos, além disso, sabê-lo para agir com ética. FONTES: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/o-que-corrupcao.htm> Acesso em 12 out. 2016. NETO, C. A ética e a política de Pe. Ederaldo Macedo de Oliveira. 2005. Disponível em http://www.salvatorianos.org.br/assassinato.htm.

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Para haver corrupção... “Ética é a investigação geral sobre aquilo que é bom.” (Moore GE. Princípios Éticos. São Paulo: Abril Cultural, 1975:4.)

“A Ética tem por objetivo facilitar a realização das pessoas. Que o ser humano chegue a realizar-se a si mesmo como tal, isto é, como pessoa. [...] A Ética se ocupa e pretende a perfeição do ser humano.” (Clotet J. Una introducción al tema de la ética. Psico 1986;12(1)84-92.)

“A Ética existe em todas as sociedades humanas, e, talvez, mesmo entre nossos parentes não-humanos mais próximos. Nós abandonamos o pressuposto de que a Ética é unicamente humana. A Ética pode ser um conjunto de regras, princípios ou maneiras de pensar que guiam, ou chamam a si a autoridade de guiar, as ações de um grupo em particular (moralidade), ou é o estudo sistemático da argumentação sobre como nós devemos agir (filosofia moral).”

A corrupção é um meio ilegal de se conseguir algo, sendo considerada grave crime em alguns países. Normalmente, a prática da corrupção está relacionada com a baixa instrução política da sociedade, que muitas vezes compactua com os sistemas corruptos. A corrupção na política pode estar presente em todos os poderes do governo, como o Legislativo, Judiciário e Executivo. No entanto, a corrupção não existe apenas na política, mas também nas relações sociais humanas, como o trabalho, por exemplo. Para que se configure a corrupção, são precisos no mínimo dois atores: o corruptor e o corrompido, além do sujeito conivente e o sujeito irresponsável, em alguns casos. Corruptor: aquele que propõe uma ação ilegal para benefício próprio, de amigos ou familiares, sabendo que está infringindo a lei. Corrompido: aquele que aceita a execução da ação ilegal em troca de dinheiro, presentes ou outros serviços que lhe beneficiem. Este indivíduo também sabe que está infringindo a lei. Conivente: é o indivíduo que sabe do ato de corrupção, mas não faz nada para evitá-lo, favorecendo o corruptor e o corrompido sem ganhar nada em troca. O sujeito conivente também pode ser autuado e acusado no crime de corrupção, segundo prevê o artigo 180 da Convenção Federal do Brasil. Irresponsável: é alguém que normalmente está subordinado ao corrompido ou corruptor e executa ações ilegais por ordens de seus superiores, sem ao menos saber que esses atos são ilegais. O sujeito irresponsável age mais por amizade do que por profissionalismo. FONTE: https://www.ufrgs.br/bioetica/etica.htm Acesso em 02 out. 2016.)

Tipos de corrupção Corrupção ativa: Quando um indivíduo oferece dinheiro a um funcionário público em troca de benefícios próprios ou de terceiros. Corrupção passiva: Quando um agente público pede dinheiro para alguém, em troca de facilitações para o cidadão. FONTE: https://www.significados.com.br/corrupcao/> Acesso em 13 out. 2016.

(Singer P. Ethics. Oxford: OUP, 1994:4-6.)

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Por que tanta corrupção no Brasil? De onde herdamos essa prática tão antiética? Não é possível que não haja uma razão, não tenha uma origem... É tanta gente corrupta, de ricos e poderosos, aos mais simples e humildes, que, se estivessem no poder, agiriam igualzinho aos políticos corruptos... Leonardo Boff, doutor em teologia pela Universidade de Munique, ex-professor de teologia sistemática e ecumênica com os Franciscanos em Petrópolis e ex-professor de ética, filosofia da religião e de ecologia filosófica na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e em Heidelberg, um dos autores da Teologia da Libertação e atualmente membro do grupo de reforma da ONU, especialmente quanto à Declaração Universal do Bem Comum da Terra e da Humanidade, escreveu um esclarecedor artigo sobre a falta de ética no Brasil. Transcrevemos dele uma passagem importantíssima para compreendermos a presença da corrupção em nossa sociedade. “[...] Essa falta generalizada de ética deita raízes em nossa pré-história. É uma consequência perversa da colonização. Ela impôs ao colonizado a submissão, a total dependência à vontade do outro e a renúncia a ter a sua própria vida. Estava entregue ao arbítrio do invasor. Para escapar da punição, se obriga a mentir, a esconder intenções e a fingir. Isso leva a uma corrupção da mente. A ética da submissão e do medo como mostrou J. Le Goff (O medo no Ocidente) leva fatalmente a uma ruptura com a ética, quer dizer, começa a faltar com a verdade, a nunca poder ser transparente e, quando pode, prejudica seu opressor. O colonizado se obrigou, como forma de sobrevivência, a mentir e a encontrar um “jeitinho” de burlar a vontade do senhor. A casa grande e a senzala são um nicho, produtor de falta de ética: pela relação desigual de senhor e de escravo. O ethos do senhor é profundamente antiético: ele pode dispor do outro como quiser, abusar sexualmente das escravas e vender seus filhos pequenos para que não tivessem apego a eles. Nada de mais cruel e antiético que isso. Esse tipo de ética desumana cria hábitos e práticas que, de uma forma ou de outra, continuam, no inconsciente coletivo de nossa sociedade. A abolição da escravatura ocasionou uma maldade ética inimaginável: deu-se liberdade aos escravos, mas sem lhes fornecer um pedacinho de terra, uma casinha e um instrumento de trabalho. Foram lançados diretamente na favela. E hoje por causa de sua cor e pobreza são discriminados, humilhados e as

primeiras vítimas da violência policial e social. A situação, em sua estrutura, não mudou com a República. Os antigos senhores coloniais foram substituídos pelos coronéis e senhores de grandes fazendas e capitães da indústria. Aí as pessoas eram ultraexploradas e feitas totalmente dependentes. Os comportamentos não eram éticos, de respeito às pessoas e garantia de seus direitos mínimos. Eram carvão para a produção. As relações de produção capitalista que se introduziram no Brasil pelo processo de industrialização e modernização foram selvagens. Nosso capitalismo nunca foi civilizado: guardou sua voracidade de acumulação como nas origens no século XVIII e XIX. A exploração impiedosa da força de trabalho, os baixos salários são situações eticamente condenáveis. Como superar essa situação que nos envergonha? Antes de fazer qualquer sugestão mínima, importa fazer uma autocrítica. Que educação deram as centenas de escolas católicas e cristãs e as 16 universidades católicas (pontifícias ou não) a seus alunos? Bastava terem ensinado o mínimo da mensagem de Jesus de amor aos pobres contra sua pobreza para superar os níveis de miséria atual. Elas se transformaram em chocadeiras dos opressores. Criaram um cristianismo cultural de crença, mas não de uma fé engajada pela justiça. Por isso seus alunos raramente possuem uma incidência social. São antes pela manutenção do status quo do que por mudanças. [...].” FONTE: http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/A-escandalosa-falta-deetica-no-Brasil/4/36455> Acesso em 02 out. 2016.

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PROFESSOR ORIENTADOR: Rafael Brito. PROFESSORA COORIENTADORA: Ana Paula de Melo Fernandes Reis. ALUNOS: Maria Eduarda Castro, Nicole Caldas, Maria Eduarda Moreira, Maria Eduarda Rocini, Maria Eduarda Rezende, Gabriela Mello, Vitor Guedes, Vitor Demito, Camilla Paes e Laura Roriz – 7º ano B.

ÉTICA & ESPORTE

Não ao doping, não à corrupção! Pela ética no esporte! Em época de grandes competições esportivas, como as Olimpíadas, ressurgem discussões a respeito da conduta ética dos atletas. Temas como doping vêm à tona, levantando polêmicas e causando decepções de torcidas pelo fato de verem resultados alterados devido ao doping de atletas “campeões”... Do que certos atletas são capazes para se manterem no topo, não se importando com as consequências de sua vida profissional, de sua própria saúde e existência? Mas não é só nesse contexto esportivo que vivenciamos atitudes antiéticas no esporte. Corrupção no esporte em geral tem sido cada vez mais comum, como compra de juízes, de jogadores, manipulação de resultados... e tudo isso nos leva a refletir: uma atividade capaz de gerar oportunidades de mudar vidas, reformular trajetórias, como o esporte, não pode permitir a mancha da falta de ética, o “jogo sujo”!

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ÉTICA & ESPORTE

A Ética Esportiva Quando falamos de ética esportiva, nos referimos à conduta ética como parte fundamental da vida esportiva, social e profissional das pessoas que se envolvem com saúde, educação, bem-estar coletivos. A ética diz respeito à correlação de atitudes, de sentimentos oriundos do respeito que se deve ter pelo ser humano, pela natureza, pela vida. Essa correlação perpassa a fidelidade aos objetivos traçados para a vida profissional e culmina nos princípios morais para a convivência social harmônica. É só dessa forma que o ser humano atingirá o equilíbrio entre a natureza e seu próprio eu. O contrário da ética esportiva é a sua ausência. Identificamos a falta ética no meio esportivo através das seguintes ações e comportamentos: incitações e agressões físicas, verbais ou morais; atitudes de discriminação de pessoas; manipulação de resultados esportivos;trapaças financeiras e até mesmo o exercício de cargos por pessoas não habilitadas. Por fim, a utilização de substâncias ilícitas, que têm como finalidade a quebra de recordes ou a garantia de vitórias sobre os oponentes, encerra de forma fatal a má fé e a conduta antiética de tal desportista. A última atitude apontada é considerada a origem de uma doença incurável para as competições esportivas: o doping. O doping é um dos responsáveis pela desigualdade entre os atletas competidores e suas equipes esportivas, devido aos resultados irreais obtidos por atletas drogados. Quantos resultados de recordes grandiosos são tantas vezes motivo de incentivo aos jovens atletas, por despertarem interesse por serem os recordistas, admirados e glorificados por tais prodígios, a praticarem o uso de substâncias proibidas? Ao contrário dessa conduta repreensível e ilícita, temos o Fair Play, que pode ser entendido como uma postura elegante dos participantes de uma competição

esportiva. Nele estão inseridos valores como o respeito, a honestidade, a lealdade, a aceitação das regras vigentes e, principalmente, a compreensão de que “os oponentes são apenas adversários esportivos e não inimigos mortais, sejam eles vencidos ou vitoriosos, com a consciência de que o outro é companheiro indispensável na prática do esporte”. O jogo limpo é justo, a demonstração da potencialidade natural de um atleta bem preparado, condicionado, disciplinado e focado, disposto a seguir e cumprir as regras determinadas para sua competição, sem prejudicar seus adversários. A conduta certa de um competidor o qual não permite que a ética seja colocada à prova. Além do cumprimento das regras da competição, o fair play é um reflexo da ética esportiva, ética esta que se associa diretamente às condutas que demonstram o respeito ao esporte e aos demais esportistas por meio da troca de gentilezas entre atletas adversários, como estender a mão para ajudar um oponente caído a se levantar, pôr uma bola para fora do campo ou tirá-la de jogo ao notar que um adversário está machucado, reconhecer uma boa atuação do adversário ou simplesmente cumprimentar o vencedor e vice-versa. Todas estas ações estão intimamente relacionadas ao que jogo limpo. Fair play se relaciona com o verdadeiro “espírito esportivo”, em oposição à “vitória a qualquer custo”, muitas vezes através de métodos ilícitos, como o doping, a manipulação genética, processos de naturalização, entre outros, o que representa a “quebra” dos princípios do jogo limpo. As condutas antiéticas no esporte revelam a ânsia de atletas por atingirem a meta final, a conquista da vitória, de títulos, e assim, obterem e manterem bons patrocínios bem como sucesso, fama, notoriedade. Surgem situações, no entanto, que mostram atletas

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sem a devida orientação, envolvendo-se em situações de doping por não terem a menor noção do que estão usando em seus corpos. Neste caso, podemos citar alguns exemplos como o da ginasta Daiane dos Santos, que foi pega em um exame antidoping por ter feito uso de um creme para as pernas o qual continha uma substância proibida. Resultado: suspensão de provas oficiais. O mesmo aconteceu com a atleta Maurren Magi,a qual pegou uma suspensão de dois anos por doping ao utilizar um creme em um tratamento estético que continha substâncias proibidas. Além desses casos, relembramos o que envolveu o tetracampeão Romário. Romário foi pego no exame antidoping por uso de uma substância para evitar a queda de cabelo e ficou suspenso por 120 dias. Excetuando-se esses casos, atitudes de corrupção

no esporte devem ser punidas com rigor a fim de que fique o exemplo da não compatibilidade de ações antiéticas com a prática desportiva. Acima de tudo, o esporte precisa promover o respeito e a integração das pessoas, fazendo da própria competição uma escola de convivência sadia e honesta, lugar para exercício da ética. “A postura ética no esporte passa por atitudes de respeito pelo outro, de espírito comunitário, de honestidade e pela formação dos atletas que são orientados a uma ética de convivência que valorize a dignidade da própria atividade esportiva.” FONTES: http://www.cdof.com.br/esportes3.htm> Acesso em 09 out. 2016. <https://www.significados.com.br/fair-play/> Acesso em 08 out. 2016. CAPINUSU, José Maurício. Análise de condutas éticas e antiéticas na prática desportiva. UFRJ: Revista de Educação Física, n. 128, 2004. <http://noticias.cancaonova.com/brasil/postura-etica-no-esporte-e-tema-dacoluna-desta-semana/> Acesso em 10 out. 2016.

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ÉTICA & ESPORTE

Como é feito o exame antidoping? O controle de dopagem é feito através do exame antidoping, que consiste no encaminhamento do atleta para o controle de doping, onde recolhem aproximadamente 65ML de urina do atleta, já que é nela que são eliminadas as substâncias tóxicas presentes em nosso organismo. Os testes de doping são feitos, na maioria, aleatoriamente, podendo escolher qualquer atleta, porém costumam ser chamados principalmente os que passam a se destacar mais do que antes.As substâncias proibidas de serem usadas pelos profissionais são agrupadas nas seguintes categorias: Estimulantes: Reduzem a fadiga e aumentam a adrenalina. Narcótico: Diminui a sensação de dor. Esteroides anabólicos: Aumentam a força muscular. Diuréticos: Usados para controlar o peso e também para mascarar o doping. Betabloqueadores: Diminuem a pressão arterial do atleta. Hormônios peptídeos e análogos: Aumentam o volume e a potência dos músculos.

Outro método proibido é o doping sanguíneo, uma transfusão em que o sangue do atleta é injetado nele mesmo, para aumentar o oxigênio nos tecidos. Um exemplo de atleta pego no doping foi Daiane dos Santos. A ginasta foi flagrada em um exame antidoping feito fora de competições em 2010. O teste apontou a presença da substância proibida,Furosemida, diurético usado para controlar o peso. Em outubro, o resultado foi divulgado e o caso repercutiu imediatamente em todo o Brasil. A Federação Internacional de Ginástica acabou dando uma pena branda à atleta, que foi suspensa por 5 meses.

FONTE: www.infoescola.com/esportes/ exames-antidoping/> Acesso em 08 out. 2016.

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Entrevista com atleta sobre doping Valéria Rodrigues dos Santos, atleta da seleção brasileira militar de taekwondo, terceiro sargento da Marinha do Brasil, oito vezes campeã brasileira, campeã sul-americana de taekwondo, terceiro lugar no pan-americano, terceiro lugar no mundial universitário, revela, entre outras coisas, o que pensa sobre condutas antiéticas no esporte, como o doping. STUDIUMAIS – Em relação à corrupção no esporte, quais são as pessoas mais afetadas? Valéria – Os mais afetados pela corrupção no esporte são os atletas. Aqueles que deveriam receber apoio por programas do governo, muitas vezes tiram recursos destinados à saúde, alimentação e educação para se manter no esporte. Podemos afirmar que existem atletas corruptos? Por quê? Alguns atletas infelizmente compactuam com corruptos, acobertando-os de suas más ações para receber algum tipo de benefício. No final, acabam sendo corruptos também, deixando de ser exemplo para toda sociedade. Qual seria a melhor maneira de se combater a corrupção no esporte? Eu acredito que a melhor forma de combater a corrupção é agindo de forma honesta, não compactuando com as ações de corruptos. A mudança começa em nós mesmos. Você já participou de exames antidoping? Eu já fiz testes de doping, o que é normal no ambiente de alto rendimento, mas nunca fui pega em nenhum e nunca fiz uso de alguma substância proibida. Quais as possíveis consequências para um atleta pego no exame antidoping? O atleta perde o carisma, a confiança de quem o apoia, muitas vezes perde patrocínio, prejudica a sua carreira, mancha seu nome no esporte e normalmente é afastado das competições e do esporte por algum tempo determinado. As substâncias proibidas podem prejudicar o atleta, ou seja, sua saúde? Sim. Certas substâncias, quando usadas em excesso, em vez de contribuir, podem acabar prejudicando o atleta, por causa do uso indevido.

Quais as penalidades por competições para atletas sentenciados como dopados no esporte? Depende da sentença. Às vezes o atleta é penalizado com 5,10,20 competições sem poder participar. Às vezes é suspenso por 6 meses, 1 ano, 2 anos e em casos mais graves,pode ser expulso da modalidade. Algumas pessoas envolvidas no meio esportivo acham que vale a pena usar certas substâncias para se manterem no topo. O que você acha dessa opinião? Eu não acho que valha a pena. Eu acredito que o trabalho duro e a dedicação são o caminho certo a a seguir no meio esportivo e em qualquer situação da vida.

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Fênix, a ave da vida Aluno: André Costa Hummel de Alencastro. 7º ano C.

Mitos

Professora orientadora: Ana Paula de Melo Fernandes Reis.

Gilgamesh e a louca busca pela amada Aluno: Gabriel Cunha Salomão. 7º ano C.

Por volta do ano 2700 a.C., na cidade de Uruk , na Mesopotâmia, depois de perder a planta da imortalidade para uma serpente, indignado, Gilgamesh trancou-se em seu quarto por 10 horríveis anos, recebendo água e comida por seus mordomos . Em um dia qualquer, olhou por sua janela e avistou uma mulher maravilhosa, a mais bonita que ele já vira. Saiu do quarto como um louco, só que percebeu que ela não estava mais lá. Decepcionado, decidiu seguir em uma aventura em busca do amor, seguindo pistas que ela deixara. No dia seguinte, pegou suas coisas e foi para o portão da cidade, decidido a encontrá-la. Saindo da cidade, encontrou um povo que ele nunca tinha visto antes. Então parou para abastecer as energias, e, nesta vila, encontrou um adolescente de mais ou menos 15 anos. Gilgamesh foi falar com o menino, pois era o único homem no local. O rei ficou aterrorizado com o fato de que aquele era o único homem, já que, naquele tempo, o machismo reinava. Depois de um grande tempo de conversa, no qual falaram sobre o objetivo de Gilgamesh, ainda não tinha descoberto o nome do garoto. O menino disse que era órfão e não tinha nome. Então Gilgamesh lhe deu um nome: Setar. Também lhe fez uma proposta: “Ajude-me, que eu te pago.” Setar aceitou. No caminho, enfrentaram vários desafios, monstros e climas extremos. Até que encontraram a última pista da jovem. Chegando ao local determinado pela pista, viram a mulher, que correu para os braços de Gilgamesh. De repente, o jovem rei acordou. Era tudo um sonho e ficou no quarto até desfalecer... não de doença física... de loucura!

Há muito tempo, no Egito Antigo, uma ave era conhecida como Fênix. Ela era forte, conseguia levar uma carga pesada quando precisava. Suas penas eram roxas, azuis, vermelhas, brancas e douradas. Seu tamanho podia ser comparado ao de uma águia. O canto da Fênix era doce e suave, mas quando se aproximava da sua morte, o canto dela era de tristeza. Certo dia, de manhã, com o tempo nublado, a Fênix ouviu barulhos de tiros, bombas, sem parar. “Um ataque inimigo”- pensou. E falou: - Preparem-se, preparem-se! Peguem suas armas! Posicionem-se! Preparados, apontar! Atirem! A ave Fênix, com o seu poder de raios e sua força excepcional, conseguiu salvar os seus parceiros. Porém, quando estava saindo, acabou sendo atingida e naquele lugar, acabou morrendo. O seu sacrifício não foi em vão. Ao salvar seus parceiros, a bela Fênix conseguiu a sua salvação como prêmio por sua persistência e bondade. Dessa forma, para os povos antigos, a Fênix simbolizava a imortalidade, porque, ao morrer, era devorada pelas chamas, fazendo ressurgir outra Fênix. A Fênix representava também a pureza da alma, o fogo divino, o símbolo da vida, como um fogo aceso.

Gilgamesh Aluna: Nicole Caldas. 7º ano B.

Era uma vez um homem que era 2/3 deus e 1/3 humano. Ele era fruto do amor da deusa Ninsun e o semideus Lugulbanda, nascido em Uruk. Tinha recebido dos deuses uma beleza incomparável, um corpo perfeito e uma força sobre-humana. Chamava-se Gilgamesh. Junto a seu fiel amigo Enkidu lutou contra o terrível monstro Humbaba. A batalha foi rápida, pois Enkidu era muito ágil. Quando chegaram à gruta do monstro, Gilgamesh tentou matá-lo com uma flecha, mas errou, então o mostro já ia lhe dar uma fincada no peito, quando Enkidu surgiu de trás de uma rocha e decepou-lhe a cabeça. Com sede de aventuras, os dois amigos resolveram enfrentar o devastador Touro do Céu, que vivia na montanha mais alta do mundo, chamada Aspargosa. Demoram um mês para subir. Quando chegaram, viram um alçapão e desceram. Mal pisaram no chão, já estavam sendo atacados pelo Touro. Foi uma luta muito longa, porém, ao final, o bicho acabou acertando uma flecha em Enkidu, que morreu instantaneamente. Logo Gilgamesh enterrou a sua espada no coração do Touro com muita força. Mesmo com sua vitória sob o ser terrível, Gilgamesh ficou muito triste com a morte de seu amigo. Na mesma hora, sentiu um medo enorme, medo de morrer. Então procurou o sábio Utnapisbtim, que vivia nas montanhas rochosas. O sábio disse para Gilgamesh ir ao pântano Georgeles e comer a planta mágica da vida eterna. Ele foi a este lugar, só que não comeu a planta, com a intenção de dividi-la com os anciãos de sua cidade. No caminho de volta, uma serpente se aproximou sorrateiramente, pegou a planta e a comeu. Gilgamesh ficou desolado, todavia, no mesmo mês, se apaixonou loucamente por uma moça chamada Kátia. Ela também gostava dele. Vendo tudo o que Gilgamesh passou, Zeus o convidou para viver no Olimpo com os deuses, mas sem sua mulher e ele não aceitou. Zeus ficou impressionado com o companheirismo e lealdade dele. Por isso chamou a sua esposa para ir também. Ela aceitou e eles viveram juntos no Olimpo e tiveram três filhos, todos 1/3 deuses e 2/3 humanos.

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A antiga escola Aluna: Beatriz Pessoa de Melo. 7º ano A.

Muitos anos atrás, na antiga Grécia, havia uma escola chamada “Studium dos Deuses”. Lá os professores eram criaturas míticas. Um deles me chamou a atenção. Seu nome era Marden Winter, semideus filho de Zeus. Um dia, em uma de suas aulas, ele foi contar uma história: “- Antes de ser professor, eu era um grande herói. Uma vez, salvei uma moça chamada Perséfone, das garras de Hades. Tudo começou em um belo dia, quando ouvi meu pai conversando com Hades, propondolhe um acordo de que em 1/3 do ano, Perséfone ficaria presa no mundo

Gilgamesh e a busca da imortalidade

inferior. Eu, no momento, pensei em ajudá-la a escapar. Para entrar no mundo inferior, eu tive que descer no mais profundo dos precipícios. Lá no fundo, havia um senhor em uma canoa. Ele fez sinal de dinheiro. Entreguei-lhe alguns dracmas de ouro, e fomos. Aquele era um lugar meio sombrio. Chegando ao castelo de Hades, lutei com ele por Perséfone e ganhei. Hades arranjou outra esposa forçada ninfa. Já eu me casei com Perséfone e me aposentei da vida de herói. Desde então, dou aula de Geografia da Grécia no colégio Studium dos Deuses.” Aquela antiga escola representou e ainda representa muito em minha vida...

Em busca de Bennu Aluna: Camilla Paes Del Papa. 7º ano B.

Aluno: Gustavo Ribeiro. 7º ano C.

Gilgamesh, rei de Uruk, era um homem com beleza ímpar, um corpo perfeito e uma força sobre-humana. Ele era quase um deus. Por ser um homem fortíssimo, derrotou, juntamente com seu amigo, Troi, dois terríveis monstros. Gilgamesh não tinha medo de nada, até ocorrer a morte de Troi. Após essa morte, ele começou a ter medo da morte. Então, decidiu ir até um homem que, antes de sobreviver a um tornado e se tornar imortal, era humano. Seu nome era Atlas. Parar chegar até Atlas, teria que enfrentar tremendos desafios. Teria que atravessar o vulcão de Nárnia, matar o dragão das águas e percorrer o Triângulo das Bermudas. Após passar por todos esses desafios, chegou à ilha onde se encontrava Atlas. A ilha era um pouco grande, por isso demorou em encontrar o imortal. Quando o encontrou, o rei perguntou a Atlas: -Como me torno imortal? E Atlas lhe respondeu: -Bem, você terá que encontrar Asclépio e pegar os vidros que contêm o sangue da Medusa. Existem dois: um lhe dará a imortalidade; o outro, a morte. -Mas como saberei qual é o certo? -Isso não tem como saber, será preciso a sorte para escolher o certo. Então Gilgamesh foi à procura de Pegeia, cidade onde se encontrava Asclépio. Quando chegou, estava de noite e Asclépio estava dormindo. Então, para não o acordar, ele pegou rapidamente um vidro e o bebeu. Algumas horas depois, Gilgamesh morreu com o veneno do sangue do braço direito, que era o mau.

Há muito tempo, no Egito antigo, havia uma bela ave conhecida como Bennu. Era um pássaro de grande beleza, cantava bem e ao morrer, esse pássaro era devorado pelas chamas, ressurgindo delas uma nova Bennu. Porém quase ninguém a havia visto, pois ela vivia em uma floresta que era temida por todos. Em um dia comum no Egito, quando os cidadãos trabalhavam na rua, um guarda real chegou e disse bem alto: - O faraó Kilombe morreu! Todos ficaram desesperados, porque Kilombe era bom, leal, justo, gentil e amava seus súditos.Todos o adoravam. Minutos de desespero até que uma mulher e dois homens se encontraram em um banco. Estavam tristes por conta do acontecimento, mas, mesmo assim, conversaram. Até que a mulher disse: - Pena que a ave Bennu não vive aqui. Poderíamos usar suas cinzas para ressuscitar o faraó. Os dois homens, Kilo e Nerusco, se entreolharam e Kilo decidiu: - Vamos para a floresta encontrar Bennu! Sei que é assustador, porém nós conseguiremos. O trio se encontrou na manhã seguinte, perto da floresta, com tudo o que era necessário para a viagem. A jornada começaria. Nera, Kilo e Nerusco andaram por duas horas até que ouviram um canto lindo. Alguns insetos da floresta começaram a morrer e um lindo pássaro passou voando rapidamente. Era Bennu, e foi em direção a uma árvore. O trio seguiu-a e contou-lhe a história. O pássaro determinou que naquele mesmo dia iria se incendiar e que eles poderiam pegar um pouco de suas cinzas. E foi isso que aconteceu. Os três, ao voltarem ao reino, foram direto ao palácio e ressuscitaram o faraó. Quando o povo soube da notícia, fez uma grande festa e convidou Bennu, que passou a viver no palácio com o faraó e o trio, devidamente recompensado.

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Mitos

Professora orientadora: Ana Paula de Melo Fernandes Reis.

Gilgamesh perde sua imortalidade Aluna: Scarlletti Alyssandra Ramos. 7º ano C.

Após duas semanas da perda de minha imortalidade, estava perto de uma cachoeira, lamentando tal infortúnio, quando, de repente, escuto um barulho de uma serpente. Observando ao redor, vejo a mesma peste que roubara a planta de minhas mãos. Ela brilhava igual a ouro, seus olhos vermelhos pareciam dois rubis. Nós dois nos encarávamos e a serpente foi mudando de forma até virar um dragão de duas cabeças. Ela podia se tornar o que quisesse, como se fosse mágica. Felizmente consegui identificar seu ponto fraco: suas escamas. Eu estava com meu arco e flecha para acertá-la. Depois de duas horas de batalha, estávamos muito cansados. Com toda essa luta, percebi, por seu olhar tranquilo, que a serpente estava diferente: ficara sábia. Nós não tínhamos para onde correr, por isso começamos a nos desesperar. Quando menos esperamos, iniciamos uma discussão (pois a serpente, com era sábia, falava). No final, tudo deu certo. Chegamos a um acordo e nos tornamos amigos. Deixamos nossas diferenças de lado para somar. Fomos embora rumo ao reino de Uruk. Lá muitas aventuras iriam acontecer...

Gilgamesh Aluna: Nicole Caldas. 7º ano B.

Era uma vez um homem que era 2/3 deus e 1/3 humano. Ele era fruto do amor da deusa Ninsun e o semideus Lugulbanda, nascido em Uruk. Tinha recebido dos deuses uma beleza incomparável, um corpo perfeito e uma força sobre-humana. Chamava-se Gilgamesh. Junto a seu fiel amigo Enkidu lutou contra o terrível monstro Humbaba. A batalha foi rápida, pois Enkidu era muito ágil. Quando chegaram à gruta do monstro, Gilgamesh tentou matá-lo com uma flecha, mas errou, então o mostro já ia lhe dar uma fincada no peito, quando Enkidu surgiu de trás de uma rocha e decepou-lhe a cabeça. Com sede de aventuras, os dois amigos resolveram enfrentar o devastador Touro do Céu, que vivia na montanha mais alta do mundo, chamada Aspargosa. Demoram um mês para subir. Quando chegaram, viram um alçapão e desceram. Mal pisaram no chão, já estavam sendo atacados pelo Touro. Foi uma luta muito longa, porém, ao final, o bicho acabou acertando uma flecha em Enkidu, que morreu instantaneamente. Logo Gilgamesh enterrou a sua espada no coração do Touro com muita força. Mesmo com sua vitória sob o ser terrível, Gilgamesh ficou muito triste com a morte de seu amigo. Na mesma hora, sentiu um medo enorme, medo de morrer. Então procurou o sábio Utnapisbtim, que vivia nas montanhas rochosas. O sábio disse para Gilgamesh ir ao pântano Georgeles e comer a planta mágica da vida eterna. Ele foi a este lugar, só que não comeu a planta, com a intenção de dividi-la com os anciãos de sua cidade. No caminho de volta, uma serpente se aproximou sorrateiramente, pegou a planta e a comeu. Gilgamesh ficou desolado, todavia, no mesmo mês, se apaixonou loucamente por uma moça chamada Kátia. Ela também gostava dele. Vendo tudo o que Gilgamesh passou, Zeus o convidou para viver no Olimpo com os deuses, mas sem sua mulher e ele não aceitou. Zeus ficou impressionado com o companheirismo e lealdade dele. Por isso chamou a sua esposa para ir também. Ela aceitou e eles viveram juntos no Olimpo e tiveram três filhos, todos 1/3 deuses e 2/3 humanos.

A inútil vingança de Gilgamesh Aluno: Lucas de Sousa e Sousa. 7º ano C.

Após Gilgamesh, o rei forte e maravilhoso, perder a planta para a serpente, indignadíssimo, começou a correr sem parar pela floresta. Por sorte, ele encontrou escamas que pertenciam à serpente e começou a segui-las. Depois de andar por horas, Gilgamesh encontrou com a serpente em uma gruta. Ao dar de frente com o bicho, ela logo o intimidou, abrindo sua bocarra. Além da planta fornecer imortalidade à serpente, ela também estava com dez metros de altura. A cobra parecia estar com muitíssima fome e prestes a devorá-lo. Gilgamesh pegou sua espada, cortou-lhe a barriga e entrou nela. Apesar disso, nada a mataria. Dentro da barriga da serpente havia milhares de ossos de pessoas que ainda não tinham sido totalmente digeridos, assim como a planta. Não se dando por satisfeito, Gilgamesh agarrou a planta e saiu da barriga da serpente. Ele a comeu, porém ela não teve o mesmo efeito. Com muita fome, o rei de Uruk morreu ali mesmo. REVISTA STUDIUM + 60


Páris e Helena, a fuga

A sorte de Gilgamesh

Aluno: João Gabriel Carvalho. 7º ano C.

Aluna: Maria Tereza Sauaia. 7º ano C.

Depois de escolher Afrodite, Páris volta à cidade, pega um barco e vai em busca de sua amada. No mesmo instante, Hera e a deusa Atena, inconformadas, começaram a amaldiçoar o povo troiano. Chegando a Esparta, Páris é recebido com uma grande festa. Logo depois, o jovem chega até Menelau, rei de Esparta, começa a perguntar-lhe se estava tudo bem, porém Menelau falou que estava um pouco triste, pois Helena não o estava amando como antes. Naquela mesma noite, Páris e Helena combinaram de se encontrar em um quarto. Chegando lá, Páris disse a Helena: - Olha, amanhã bem cedo sairemos daqui! Helena perguntou: - Mas como? - Pegarei meu barco discretamente e nos encontraremos no portão dos fundos. - respondeu Páris. Ao amanhecer, Páris e Helena embarcaram e foram para Troia. Enquanto isso, Menelau acordou e viu que sua amada não estava lá. Correu, desesperado, para sua sacada e viu os dois fugindo e se beijando. Sabendo disso, Menelau chamou o capitão do exército, senhor Agamenon, e falou para ele atacar Troia, porque Páris raptara sua belíssima esposa. Dessa forma, deu-se o início da Guerra de Troia.

Gilgamesh era um guerreiro de beleza única e de força invejável. Filho da deusa Ninsun e do semideus Lugulbanda, era dois terços deus e um terço homem. Seu fiel escudeiro chamava-se Enkidu. O guerreiro já tinha presenciado muitas aventuras mas, infelizmente, em uma das expedições, seu melhor amigo não sobreviveu. Atormentado, Gilgamesh criou um medo pavoroso da morte. Então, decidiu procurar o sábio Utnapishtim, pois desejava curar seu tormento. Para encontrar a morada do sábio, enfrentou vários desafios, mas, com sua força sobre-humana, completou-os com a maior facilidade. Ao chegar ao local, Utnapishtim contou que havia um lugar onde crescia uma planta mágica, que fornecia vida eterna.Quando achou a tal planta, decidiu levá-la para dividir com seu povo de Uruk. Para a surpresa de Gilgamesh, havia uma serpente que rondava por ali em busca de alimento. O animal rastejante avistou a deliciosa planta de longe e, com um só bote, devorou o vegetal. Pasmado com a situação, Gilgamesh decidiu regressar ao local a que ia todo fim de tarde, escrever sua peripécia. Mais tarde, retornou à sua morada e esqueceu seu relato em frente ao lago. No dia seguinte, Hermes, o deus mensageiro, passava pelo local e, estranhando, achou a pedra com as histórias de Gilgamesh. Surpreso com a destreza e a bondade do guerreiro, voltou ao Olimpo e entregou o relato à Atena, sua irmã. A deusa decidiu ajudar o guerreiro a se tornar imortal. Assim, sabendo seu nome pela assinatura na pedra, marcou de vê-lo no mesmo lago, entregando-lhe uma carta mágica que só guerreiros de verdade conseguiam ler. O dia chegou e a deusa da sabedoria, compreendendo o sofrimento de Gilgamesh, o tornou imortal, lançando-lhe um feitiço. Assim, o brilhante guerreiro, demonstrando coragem e respeito, ganhou o título de deus da amizade, pelo que ficou muito grato.

As aventuras de Gilgamesh e Marquinhos o início imortalidade Aluno: Victor Veloso. 7º ano C.

Gilgamesh, o famoso rei de Uruk, filho da deusa Ninsun e do semideus Lugulbanda, recebeu uma beleza única e força sobre-humana, porém perdeu sua imortalidade para uma serpente, pois queria compartilhá-la com outras pessoas de sua cidade e se descuidou. Após perceber que seria mortal, já que não havia outras plantas, não pensou duas vezes e chamou seu amigo

Marquinhos, que era muito inteligente, para participar de uma aventura emocionante contra um monstro, o Minotauro, e Marquinhos aceitou. Antes da viagem, estavam pensando no que levar. Foi decidido que Gilgamesh usaria uma espada dourada e Marquinhos, um machado em uma mão e um escudo na outra. Eles haviam treinado bastante em sua cidade para o grande dia. Ao chegar ao labirinto, onde o Minotauro estava, deram de cara com o monstro. Ele era gigante e estava morrendo de fome. Marquinhos disse a Gilgamesh para distrair o monstro enquanto ele procurava o lugar certo para dar um golpe infalível. A estratégia deu certo e, após a morte do bicho, descobriram que, dentro dele, havia um líquido para imortalidade. Os dois beberamno e até hoje estão em suas aventuras.

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A flor crê no bem e não no mal. Espalha delicadeza. Ela acha que é o certo a fazer. Ela é uma artista. Só gera sutileza no ato Que executa de bom grado.

Aluna: Paula Martins Arruda. 7o ano A.

Gosto de conviver Com gente delicada. Um bom dia, boa tarde Não nos custa nada! As pessoas com o tempo, Esquecem-se do real significado. Uma palavra tão poderosa Deve ser lembrada em verso e prosa! Não cobre dos outros delicadeza Se você perdeu a sua na correnteza. Nos gestos ou nas palavras, Sempre navegue com leveza. Não é fácil encontrar Gente delicada por aí. Abrem a boca e dizem coisas Que parecem que nem estão aí! Andar neste caminho não tem erro: Praticar gentileza sem preconceito! Se me abrem a porta ou me mandam flores, Muito obrigada, eu aceito.

Todos têm que agradecê-la, Julgá-la não. Pois a flor é uma dama Que ajuda toda sua corte A se tornar mais leve. Ser delicado é um ato E vem do fundo do coração. Um belo dia de trabalho, Uma pessoa pergunta seu nome E a flor responde: Delicadeza.

Aluna: Manuela Vilela Clemente. 7º ano A,

Era uma vez uma flor Que, de porta em porta, Espalha a gentileza e a bondade na ação E não na falta de educação.

Bela Adormecida

Aluno: Marcus Mahler Borges. 7º ano A.

Delicadeza

Professora orientadora: Ana Paula de Melo Fernandes Reis.

Delicadeza sem preconceito

Poemas

Delicadeza Não vem da boca para fora, Nem tão pouco escapa de sua mão. Delicadeza Tem que vir do coração...

Meu nome é Maria E estou aqui para apresentar Uma história que a alguém Você poderá contar. É uma história de amor, Onde uma princesa dorme Pelo feitiço de Malévola A seu próprio favor. Um dia chega um príncipe Que a queria salvar. Tentou achar remédios, Mas era apenas a beijar. Ele a beijou E o feitiço quebrou. Viu que era uma princesa, E ela logo acordou. Seu nome era Bela, Bela Adormecida virou, Por causa da longa soneca Que a princesa tirou. Felizes ficaram Até se casaram. E se da história gostar, É só compartilhar.

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Mas onde procurar? A delicadeza está presente Nos gestos de educação, No olhar E até no ar da respiração...

Aluna: Maria Carolina Goulart Pereira. 7º ano B.

Pouco importa de quem ela vem, Se é de um rico ou de um pobre. Quando a pessoa não a recebe, não a tem, Ah, como ela sofre...

Delicadeza e Gentileza

Aluna: Bruna Leal. 7º ano A.

Suas Atitudes

Delicadeza é uma palavra de apenas dez letras, Que apresenta grande significado. Mas depende de onde a procuram: No coração ou no dicionário.

Algumas pessoas nascem com elas, Outras não Delicadeza é sensibilidade Gentileza é sinceridade Algumas pessoas praticam, Outras não

Algumas pessoas têm Outras não

Você enxerga as coisas com amor ou com ódio? Se for com amor, ótimo!!

Delicadeza é ser refinado Gentileza é ser adequado

Quer uma dica? Seja leve, suave. Imagine-se voando Livre como uma ave.

Algumas pessoas são Outras não Então, gentileza e delicadeza A mesma coisa são?

O melhor lugar do mundo é o Nordeste. Tanta festa todos os dias, que todo mundo se diverte. Para acabar com isso, só mesmo uma verdadeira peste. O melhor lugar do mundo é o nosso Centro-Oeste. Tem Araguaia e muita festa, assim como no Nordeste. Para dar conta de tudo isso, tem que ser cabra-da-peste. O melhor lugar do mundo, para mim, é o meu lar. Tem amor e tem carinho e família para se amar. E por toda a minha vida, estará sempre em primeiro lugar. O melhor lugar do mundo é minha casa, o Brasil!

REVISTA STUDIUM + 63

Aluna: Camila Lopes. 7º ano A.

Delicadeza no mundo atual

Agora... Não fique aí parado! Pergunto: Você é delicado?

Aluna: Isabela Roriz. 7º ano A.

Delicadeza é compaixão, Gentileza é educação

Delicadeza é dignidade Gentileza é amizade

Você é educado? Se sim, você também é delicado!

O Melhor lugar do Mundo

Delicadeza e gentileza É a mesma coisa?

Delicadeza é uma das Nossas maiores riquezas. Escondida, esquecida hoje, Em um mundo cheio de tristeza Oh, que saudade de você, delicadeza! Quando penso em você, Vejo um mundo cheio de beleza. Que maravilha seria ter você Neste mundo em que falta gentileza. Que bom seria se existisse mais você e menos malvadeza . Oh, que saudade de você, delicadeza! Para espantar a tristeza, Basta praticar a delicadeza... Uma ação que faz bem para o coração, Enobrece a alma e nos enche de emoção. Praticar a delicadeza presenteia o coração. Devemos sempre praticar essa ação Para vivermos em comunhão. Oh, delicadeza, que tal tocar no coração, De todos que habitam este chão, Para que o mundo se torne Um lugar de seres de doação?


Aluna: Júlia Lopes. 7º ano A.

Ao praticar a delicadeza, Só tenho a ganhar. Coisas boas acontecem comigo Em meu lar ou em qualquer lugar. Amiga delicadeza, A seu lado quero estar Até o meu dia terminar. Delicadeza,delicadeza! Sua companhia todos os dias Faz o meu dia melhorar. Delicadeza, delicadeza, Quero agradecer sua adorável companhia Por todo o meu dia!

A água foi clamada, nesse tempo sofrido, pelo cangaceiro arrependido que fez apenas um pedido: queria ter seu erro esquecido. Deus ouviu seu clamor. A água voltou e a natureza se encheu de flor. O cangaceiro agradeceu pelo milagre que se deu.

Aluno: Enrico Ribeiro. 7º ano C.

Para ser castigado, A natureza roubou-lhe a chuva, pois também fora roubada. Um incêndio ele causou e roubou dela a fertilidade que nunca mais voltou. A seca dominou o Nordeste, sede causou. A população desidratou, pois a seca a destratou.

Delicadeza no falar, delicadeza ao se expressar... Delicadeza ao se comunicar é o que todos precisamos Para o nosso dia melhorar. Ao chegar à escola, com delicadeza, Devo a todos cumprimentar. Se toda escola fosse assim, Nada de mal sairia de lá.

No Nordeste, em uma aldeia, um cangaceiro sente vergonha alheia do seu passado, quando roubou e foi roubado.

Brasil melhor!

Aluna: Lara Trentino. 7º ano A.

Cangaceiro Nordestino

Professora orientadora: Ana Paula de Melo Fernandes Reis.

Delicadeza no di a dia

Poemas

Ao acordar,logo começo a pensar: Que bom seria se a delicadeza, Durante o dia, puder me acompanhar.

O Brasil é minha praia! Espero que essa nação não caia. Se um dia cair, vamos nos unir E construir um novo país! No Brasil,também existe violência... Temos que acabar com essa evidência, Senão, perderemos nossa essência. Estes vândalos dão descrença Para mim e para todo o país. As famílias mais simples Dão mais valor a seus pertences Do que as mais ricas... O dinheiro ambiciona as mentes E as deixa loucas. Para melhorar esta nação, Temos que fazer uma correção: Mudar o pensamento das pessoas, Fazendo-as pensar só em coisas boas Para o país e para si mesmas.

REVISTA STUDIUM + 64


Paz

Aluno: Marcello Wolff. 7º ano C.

Tem reportagem e imagem! Tem mito e poema De todos os temas!

A delicadeza É um tipo De beleza, De nobreza, De riqueza. Não no sentido Material, e sim, No social E no emocional. Torna a alma rica. Se uma pessoa te trata sem delicadeza, Não é sua verdadeira amiga.

Vem ler e crer, Se empolgar! Imaginar... Vai ser de arrasar!

Não existe sentimento mais profundo Em nenhum lugar do mundo. Delicadeza não é frescura. Delicadeza torna a alma pura.

É inacreditável! É inaceitável! Ler e não se envolver! E aí,está esperando o quê?

A delicadeza faz O mundo mais rico e variável... Mais feliz E mais agradável.

Pare de ficar imaginando... Abra logo a revista E encante sua vista!

Esse sentimento Consola quem está sofrendo, Diminui a dor e fortalece o amor. É um sentimento pleno e sereno.

A delicadeza é algo gratuito, que só custa um pouco de esforço e traz como recompensa, alegria e uma sociedade melhor. Muitos são os indelicados, mas ainda dá tempo de mudar, pois, se não mudar, onde iremos parar? O que deveria ser tão comum e cultivado, hoje em dia é capaz de deixar alguém desesperado pelo tão pouco que é usado. Delicadeza é pura e suave como uma pétala... Cortês, sutil e admirada como um “obrigado”! O quesito delicadeza deve ser sempre utilizado, com certeza!

Aluna: Sophia Soares. 7º ano C.

Tem paixão,emoção E preservação ambiental. É mesmo sensacional!

O Melhor Lugar do Mundo

Aluna: Isabella Dammann. 7º ano C. Aluno: Vitor Demito. 7º ano B.

Vem ler!

Ainda dá para mudar

Vem ler uma revista demais! Vem ler a Studiumais! Fala de Ética e Integridade, Coisas do mundo de verdade... O que infelizmente nem sempre é realidade!

O melhor lugar do mundo É dentro de um espaço Com os familiares e Com muito abraço! O melhor lugar do mundo É no Rio de Janeiro, Com um mar para nadar O ano inteiro! O melhor lugar do mundo É em um horizonte, Na Terra, no pôr do sol... É atrás de um monte! O melhor lugar do mundo É na natureza, Onde podemos observar A beleza e a grandeza! É, enfim, em um lugar Onde se possa amar E estar com os amigos e a família, Com união e partilha...

REVISTA STUDIUM + 65


Aluno: Victor Hugo Rocha. 7º ano B.

Poemas que vão além da poesia

O livro “Vendo poesia”, escrito por Leo Cunha e publicado pela FTD, apresenta 29 poemas-imagem retratando o que é a verdadeira poesia concreta. Assim a obra pode ser recomendada para leitores sensatos, pois a leitura é profunda e reflexiva. A produção literária possui vários poemas que fazem as pessoas lerem e pensarem muito para interpretá-los, encontrando a verdadeira poesia graças ao poder de seu poeta, o qual tem a função de aprimorar o humor e desenvolver a habilidade do leitor para olhar o livro com “outros olhos”. O escritor faz muito bem a apresentação de figuras, imagens nos textos, prendendo a atenção do leitor. Como Leo Cunha utilizou com maestria a linguagem não verbal na obra, não foi diferente com a linguagem verbal. Escreveu os poemas com muita cautela e tudo se relacionou nos mínimos detalhes. Além disso, ele brinca com o leitor já na capa do livro, desafiando a leitura conjugada. A obra literária é muito boa, com excelentes poemas, o que faz com que o leitor inicie ou se desenvolva ainda mais no conhecimento do texto poético e sua real poesia. Ótima leitura para quem gosta de poesia concreta e também para quem ainda não gosta: poderá compreendê-la e apreciá-la.

Aluna: Beatriz Pessoa de Melo e Marcus Borges. 7º ano A.

LIVRO

O livro “Vinte Mil Léguas Submarinas”, de Júlio Verne, uma adaptação da editora FTD (2014), é uma ficção científica que aborda a história de um professor, o qual quis desvendar o que amedrontava todas as pessoas do mundo, no fundo do mar. É organizada uma expedição atrás do “monstro”, e o professor Aronnar e seus companheiros embarcam em uma aventura sem saber o que os esperava. Ao localizarem o monstro, descobrem que, na verdade, não era bem o que eles pensavam. Nessa aventura, fazem novos amigos e novas descobertas científicas. Já se pode perceber que a história é interessante e Júlio Verne, com sua infinita criatividade, elabora grandes reviravoltas e situações, nas quais o Professor Aronnar, seu criado Conélho e o Arpoador Ned Land se aventuram a resolver o terror do mundo. A linguagem literária colabora para a atenção do leitor e se encaixa perfeitamente na obra, tais como os termos científicos utilizados. A obra adaptada é perfeita para quem gosta de uma boa aventura e conhecimentos através da ficção científica. LIVRO

Megera?

Professora orientadora: Ana Paula de Melo Fernandes Reis.

Aluna: Maria Eduarda Castro. 7º ano B.

Resenhas

Vinte mil pontos positivos

LIVRO

“A megera domada”, de William Shakespeare, tradução e adaptação de Flavio Souza, da editora FTD, é a mais famosa comédia clássica do também mais famoso dramaturgo de todos os tempos. Na obra, temos alguns personagens como: Lucêncio, um estudante apaixonado por Bianca; Catarina, a megera, filha mais velha de Batista Minola; Bianca, uma menina dócil e irmã mais nova de Catarina; Petrúquio, fazendeiro endividado; Batista, pai das moças; Biondello e Trânio, criados de Lucêncio; Grêmio, pretendente mais velho de Bianca; Hortênsio, pretendente menos rico de Bianca; a viúva, o padre, o mercador Vicêncio (pai de Lucêncio) e outros criados de Petrúquio. A história gira em torno de Bianca e Catarina. Bianca tem vários pretendentes e só poderá se casar após o casamento de Catarina, que não tem nenhum pretendente. Essa foi a determinação do pai das jovens, Batista. Os pretendentes de Bianca se unem para encontrar um pretendente para a megera, alguém disposto a domá-la. A escrita da adaptação como um roteiro de peça teatral com narrador em algumas partes facilitou a compreensão da obra, bem estruturada. Isso também associado a imagens torna a adaptação ainda mais interessante. A linguagem formal é típica da época, mantendo-se fiel na maior parte à obra original. O livro é recomendado a todos os que procuram uma comédia clássica, com um pouco de aventura, bons personagens e uma crítica à sociedade da época e ainda à atual.

REVISTA STUDIUM + 66


LIVRO

Alunas: Isabela Roriz e Lara Trentino. 7º ano A.

Mais um clássico de Shakespeare

TEATRO

O livro “Muito barulho por nada” é uma peça teatral escrita por William Shakespeare, adaptada por Leonardo Chianca, pela editora Scipione. Esta obra se apresenta como uma comédia romântica muito bem elaborada e escrita com o objetivo de atingir desde adolescentes até adultos. A adaptação retrata a visita de Dom Pedro de Aragão, seu irmão bastardo Dom João e seus amigos, incluindo Conde Cláudio e Benedito, a Messina. Desde então, surgem relacionamentos entre Cláudio e Hero, e Benedito e Beatriz, além de conflitos envolvendo o antagonista da história, Dom João. Embora a história seja uma adaptação, sua linguagem continua sendo formal e adequada à época, utilizando-se termos como: “rogo aos céus”, “pernas trôpegas” e “minueto”. Isso enriquece a adaptação. A narrativa em si expressa muitas emoções, inveja, raiva, alegria, amor e drama, através de ações surpreendentes, em meio a humor e quase tragédias... William Shakespeare foi um genial escritor, o que é justificado por essa obra. Recomendada a todos os seus amantes e a quem ainda pretende conhecê-lo, essa adaptação mantém-se fiel ao estilo do famoso dramaturgo. É o início do caminho para se conhecerem os originais.

Aluna: Bárbara Rocha de Miranda. 7º ano C..

Um livro incrível

A obra “A História do Navegador João de Calais e de sua amada Constança”,adaptada por Arievaldo Viana, ilustrada por Jô Oliveira, da editora FTD, é um dos contos tradicionais mais populares no Brasil, com cerca de 500 anos . A narrativa aborda sobre a vida de um corajoso navegador (João de Calais ), protagonista da história, jovem, bonito, moreno, fiel a seus princípios e instruído. Em uma de suas viagens, encontra sua amada Constança, tão digna quanto ele. A trama apresenta momentos de conflitos e dificuldades e um terrível antagonista, que é Florimundo, o responsável por diversos problemas. O cordel em quadrinhos pode ser lido por qualquer tipo de público de várias idades, pois apresenta linguagem simples e mista, no formato de HQ, com rimas formando as estrofes. É recomendável também porque retrata uma história muito interessante, de aventura, amor e superação!

ANIME

REVISTA STUDIUM + 67

Aluna: Júlia Arantes. 7º ano A.

O livro “A megera domada”, originalmente escrito por William Shakespeare, aborda um conflito entre várias personagens. Esta comédia adaptada por Flavio de Souza, da editora FTD (2013), possui um senso de humor irresistível para o interesse do leitor, e como principal assunto, o machismo e os direitos da mulher. O conflito central da trama gira em torno de Catarina, uma moça mal-educada e estressada, constituída por ódio, fúria e ira, a qual possui um antônimo, sua doce, amigável, meiga e gentil irmã, Bianca, o que atrai vários pretendentes a sua mão, diferente de Catarina. Batista Minola, pai das moças, impõe que Catarina, a filha mais velha, se case primeiro que sua irmã, o que gera indignação entre os pretendentes de Bianca, pois Catarina só se casaria por um milagre. Eis, então, que surge Petrúquio. Os personagens são muito bem caracterizados e adaptados para a obra. A comédia também é extremamente bem adaptada, com uma trama envolvente e repleta de conflitos. A obra é uma ótima leitura, recomendada para amantes de uma boa comédia.

Você faria parte desta “guilda”?

Alunos: Caio Santiago Schimidt e Salvador Rassi Filho. 7º ano C.

Uma aventura teatral

LIVRO

“FairyTail” é um anime (série animada japonesa) baseada em um mangá (história em quadrinhos japonesa) que conta com dois protagonistas: Natsu e Lucy. Foi criada por Hiro Mashima, em 2009. A animação narra a história de uma “guilda” (como um clube) chamada “FairyTail”, que valoriza principalmente a amizade e o companheirismo. Natsu, que está na guilda desde pequeno, sonha em reencontrar seu pai adotivo, e em se tornar um mago classe S, uma classe de magos muito fortes. Lucy, grande amiga de Natsu, vem de uma família bastante rica, e sempre sonhou em fazer parte da “FairyTail”. Quando maior, encontra-se com Natsu, que a leva até a guilda e, então, vivem várias aventuras juntos.No enredo, os personagens enfrentam dificuldades, porém sempre conseguem superá-las. No entanto, também passam por momentos engraçados e divertidos, os quais fazem você se sentir “lá, do lado deles”, vivendo todas as aventuras junto a eles. Esse desenho apresenta momentos incríveis, mostrando o valor da amizade, como quando todos lutam juntos para proteger a guilda e uns aos outros. Recomendado para todos que gostam de desenhos animados. E se você tem preferência por leitura, leia também o mangá.


Aluno: Heni Sauaia. 7º ano B.

Como podemos preservar a natureza?

LIVRO

O livro “Florestania, a cidadania dos povos da floresta”, escrito por Maria Tereza Maldonado, ilustrado por Marcelo Martins, da editora Saraiva, tem como tema principal a natureza, apresentando suas essências, campanhas para preservá-la e problemas pelos quais ela está passando hoje em dia. A obra fala sobre Flávia, uma jovem de 24 anos, que é jornalista e tem que viajar para a Amazônia para escrever uma matéria sobre turismo ecológico. Lá faz vários amigos, como Francisco, Gil, Madeleine, Maíra, entre outros. Através deles e das viagens que fazia para Amazônia, conheceu meios de preservar a natureza, projetos que são feitos para protegêla, aprendeu a usá-la sem desmatá-la, além de também ter contato com novos povos e novos costumes e, infelizmente, perceber que o meio ambiente ainda é agredido hoje em dia. Um dos aspectos bem intrigantes da obra é que ela é um meio cultural que ensina e espalha aos leitores como e por que preservar a natureza, ou seja, é um meio de educação ambiental. Quanto à linguagem, podemos afirmar que é mista. As imagens da obra, apesar de serem poucas, são bem desenhadas e bonitas, mas deviam ser coloridas para dar ainda mais vida ao texto. A linguagem escrita do livro também é interessante, porque ela não é tão formal, apresentando interjeições, como “ah”, “ih”, e “hein”, e regionalismos originários da região Norte do Brasil. O livro é indicado para todos aqueles que gostam de conhecer a natureza, porque é o que ele retrata e pode servir de inspiração para muitos defensores ambientais.

Aluna: Maria Carolina Goulart Pereira. 7º ano B.

A obra “História do Navegador João de Calais e de sua amada Constança” é baseada em um conto folclórico europeu, escrita por Arievaldo Viana e ilustrada por Jô de Oliveira. Trata-se de um múltiplo e híbrido gênero, unindo cordel, romance e drama em quadrinhos. A história tem início em Calais, cidade onde João e seu pai, um rico mercador, moravam. Um dia, João de Calais resolveu combater os piratas, navegando pelos mares; saiu vitorioso, porém, ao retornar, sofreu uma tempestade, que o desviou de sua rota, dando início a sua aventura. A narrativa em poema apresenta uma linguagem simples e objetiva, com imagens típicas do cordel nordestino, de cores vivas e traços firmes. No entanto,a história apresenta os fatos acontecidos de forma muito rápida, o que a torna um pouco confusa. As legendas poderiam ter mais detalhes para sugerir uma “ausência”, como, por exemplo, o tempo em que João passou na ilha. Apesar disso, “História do navegador João de Calais e de sua amada Constança” é recomendado a todos, pois apresenta valores fundamentais da vida, tais como honestidade, compaixão e perdão.

TEATRO AlunaS: Isabella Dammann e Scarlletti Ramos. 7º ano C.

Professora orientadora: Ana Paula de Melo Fernandes Reis.

Muitos conflitos por falta de diálogo

Resenhas

A aventura “ João de Calais”

LIVRO

REVISTA STUDIUM + 68

A obra e peça teatral “Muito Barulho por nada”, de William Shakespeare, foi adaptada por Leonardo Chianca, pela editora Scipione, porém, diferente da peça, é um livro narrativo com poucos diálogos. Uma obra muito boa de se ler pela qualidade do texto adaptado. O título da obra se refere principalmente ao conflito entre dois personagens: Cláudio e Hero. Tudo começa quando Dom Pedro, o filho mais velho, herdeiro do trono, jovem educado, entra em contato com seu irmão bastardo Dom João. Este tinha inveja de seu irmão, era falso, maldoso e estava sempre tentando armar uma confusão entre Dom Pedro e seus amigos. O invejoso Dom João armou para que Hero e Cláudio não se casassem, planejando uma suposta traição. Na adaptação, há vários conflitos emocionantes, como uma falsa morte e um amor que demoraram a admitir, tudo porque os personagens não sentaram e conversaram. Passamos por isso todos os dias, julgamos pessoas sem saber a verdade. A comédia é uma ótima leitura para amantes de Shakespeare. Sua peça teatral é bem- feita, e esta é uma adaptação de qualidade. Não tem como perder a leitura da narrativa!


LIVRO

REVISTA STUDIUM + 69

Aluno: João VIctor Rezende. 7º ano B

A obra literária “Vinte mil léguas submarinas”, de Júlio Verne, o clássico escritor do início da era moderna que escreveu várias obras incríveis e surpreendentes sobre ficção científica e outros gêneros, como ‘’Volta ao Mundo em 80 Dias’’, cria um espaço imaginário entre a realidade e a ficção, fazendo, assim, o leitor se aproximar do mundo criado por Verne. Sua adaptação foi estruturada e a tradução, objetiva, ambas feitas por Heloisa Prieto. A adaptação trata da aparição de um ‘’monstro’’ vivendo no mar, que atacava navios e tripulantes. Então, um grupo de pessoas se reuniram para caçar a grande besta, dando início a uma aventura que nos traz um momento único, demonstrando como o leitor pode sair da vida real para a imaginária. A história foi inteiramente pensada e parece ser vivida por quem a escreve, retratando momentos do passado e tempos revolucionários, a qual mostra novas possibilidades para o futuro. Todos os aspectos trabalhados no livro se superam diante das críticas e questionamentos, feitos publicamente. Revela uma ótima escrita, e mesmo apresentando poucas imagens, são todas grandiosas, acrescentando mais informações ao que está escrito. Assim como outras obras apresentadas pelo grande escritor Verne são bem estruturadas e formuladas (como, por exemplo: ‘’Viagem Ao Centro Da Terra’’), esta reforça o quanto o grande visionário é capaz de nos proporcionar uma leitura rica, ampla e voltada para todos os gêneros, idades, crenças e opiniões. Sem dúvida, mais que recomendada!

Um livro fantástico

Aluna: Lorenzo Vidal e Gustavo Ribeiro

‘’20 Mil Léguas Submarinas’’ – o livro

. 7º ano B.

LIVRO

O livro “A história do navegador João de Calais e sua amada Constança”,adaptado por Arievaldo Viana,com ilustrações de Jô de Oliveira,da editora FTD é uma ótima obra para quem gosta de histórias de navegação e um romance aventureiro. A história gira em torno de um navegador que vai a uma terra desconhecida por ele em busca de derrotar piratas e acaba-se apaixonando por uma mulher que fora escravizada por piratas malvados.Assim os dois se relacionam e vivem um amor não aceito por Florimundo,primo de Constança,que desejava casar-se com ela para se tornar rei de Palermo,já que o pai da nobre moça era o poder máximo da cidade.Dessa forma, o invejoso queria-se tornar seu sucessor,causando vários conflitos bem interessantes no decorrer da narrativa. A ilustração é um dos aspectos mais significativos no reconto,pois tudo que o texto mostra,as imagens esclarecem ainda mais.Não seria diferente,uma vez que a obra é adaptada em quadrinhos e Jô de Oliveira é um ilustrador excepcional. Apesar de todos méritos das imagens, o texto e o vocabulário contradizem um pouco sobre isso,porque ocorrem situações complicadas de se compreender e o vocabulário é arcaico, o que não podia acontecer, pois é a adaptação de um bom autor,mas nada que faça a leitura ser ruim e muito confusa. O cordel é interessante, com uma incrível adaptação de bela imagens, proporcionando uma leitura agradável, só que com algumas limitações de compreensão. A trama também é envolvente, com um romance cheio de aventuras e conflitos, relacionando os personagens em suas ações, o que faz qualquer leitor (de adolescente e adulto) adorar o livro.


Aluno: Marco Antônio Calixto Filho. 7º ano C. João Gabriel Barreto Rodrigues. 7º ano A.

A viagem ao tempo existe

O livro “Vendo poesia” foi escrito por Leo Cunha, da editora FTD (2013). Essa obra poética possui vários poemas de várias formas, tamanhos e jeitos, como o poema da lesma, pois trata-se de poesia concreta ou poema-imagem. Alguns poemas apresentam duplo sentido, mas de fácil compreensão e bom humor, mostrando que o autor explorou muito bem a poesia concreta. Na obra, vários poemas se destacam por terem características inusitadas, como o poema do pêndulo. Alguns apresentam mensagens implícitas, tal como o poema do guarda- chuva. “Vendo poesia” é para vários tipos de leitor, para os que gostam de ler rapidamente, compreendendo e rindo, como no poema da nuvem. Esse tipo de leitura é muito interessante para alguns leitores da atualidade, pois isso é o que muitos deles procuram. Mesmo sendo de leitura curta e tranquila, os que preferem leitura longa, também poderão experimentar e apreciar esse estilo diferente de fazer poesia... Perfeito para quem prefere leitura visual e livros curtos com imagens como o da história em quadrinhos, “Vendo poesia” também é recomendado para qualquer público e idade, como o poema da ilusão de ótica e dos peixes, os quais misturam imagens e palavras, num jogo interessante.

Aluno: Edberto Quirino Filho. 7º ano A

Aluna: Érika Costa e Elisa Mazon . 7º ano A.

Vendo e lendo

LIVRO

Cordel surpreendente

Professora orientadora: Ana Paula de Melo Fernandes Reis.

O amor e a aventura

Resenhas

LIVRO

A obra cinematográfica “De volta para o futuro” foi dirigida por Steven Spielberg e estrelada por Michael J. Fox. Foi criada em 1985 e o seu gênero é ficção científica. A história conta sobre Marthy, um jovem estudante que não se importa muito com os estudos e quer ser roqueiro. Sua família não é das melhores, por seu pai não ser corajoso e não se impor em momentos importantes. Marthy é amigo de um velho físico e inventor, doutor Brown. Brown tem a ideia de criar uma máquina do tempo, após escorregar no banheiro e bater a cabeça. Junto de Marthy, termina este projeto e registra em vídeo, porém é assassinado por criminosos. Marthy tenta fugir dos criminosos e entra na máquina do tempo, voltando para 1955. Dessa forma, ele tentará mudar o destino de doutor Brown e seu pai. O filme é fantástico, mostrando teorias de Albert Einstein como a teoria da relatividade. Foi um uma produção marcante para a década de 1980, é super-humorístico e divertido. Recomendo para os fãs de ficção científica. LIVRO

O livro “História do Navegador João de Calais e de sua amada Constança’’ é um cordel em quadrinhos que reescreve a lenda de João de Calais surgida na França, publicado pela editora FTD, com autoria de Arievaldo Viana e ilustrações de Jô Oliveira. A obra conta a história do navegador João de Calais que se apaixona por Constança, filha do rei de Palermo, ambos alvos da maldade de Florimundo, primo da nobre, que quer se tornar rei e herdar toda a sua fortuna. O cordel em quadrinhos é bem escrito, com uma linguagem apropriada para a época em que se passa a história. Os personagens são bem definidos e agem de acordo com suas características. As ilustrações são impecáveis e fundamentais para se entender a história. A narrativa em versos é interessante e de fácil leitura, apresentando vários pequenos conflitos com desfechos surpreendentes e um grande final. “João de Calais” é um ótimo cordel em quadrinhos, enriquecido por uma história emocionante e, por isso, recomendado àqueles que gostam de uma trama envolvente. LIVRO

‘’História de João de Calais e sua amada Constança’’ é um cordel romântico em quadrinhos que apresenta linguagem típica do cordel nordestino. A verdadeira história é de origem europeia, mas os nordestinos se interessaram pela obra e acabaram mudando o tipo de linguagem. A história é recontada por Arievaldo Viana e editada pela FTD. As imagens são de Jô Oliveira. O livro apresentado trata-se de uma história de amor e aventura entre João de Calais e sua amada Constança. A trama se passa em Palermo, Palmânia, Calais e em uma ilha deserta. Ao decorrer da narrativa, o casal passa por conflitos e dificuldades. Um exemplo é a maldade do primo de Constança, Florimundo, que pretende separar os protagonistas. As imagens do livro foram feitas por Jô Oliveira, apresentando desenhos de cores vibrantes e chamativas. As formas físicas dos personagens têm um traçado muito parecido, retratadas em quadrinhos, típicas de textos em cordel e muito bonitas. De acordo com as situações dos personagens, as roupas e expressões físicas mudam um pouco. Em geral, a obra é comovente, clara, emocionante, envolvendo os leitores do começo ao fim. A narrativa é simples e de fácil compreensão, porém a trama é cheia de conflitos.Recomendada para leitores de qualquer idade.

REVISTA STUDIUM + 70


LIVRO

DISCO

“Cry baby” é o álbum de estreia da cantora americana Melanie Adele Martinez, mais conhecida pelo seu nome artístico Melanie Martinez. Melanie ganhou fama quando entrou na terceira temporada do programa americano “The Voice”, em 2012. Martinez foi desclassificada pelo público quando ainda havia seis pessoas concorrendo. Ela disse que ia escrever suas próprias músicas para futuros projetos. Seu primeiro álbum, “Cry Baby”, foi lançado em 2015, pela gravadora Atlantic Records. Analisando as músicas, podemos observar a história de uma garota problemática: sua família não era igual às outras, sua mãe era alcoólatra, seu pai traía sua mãe, seu irmão tinha problemas com vício... Melanie conta que o nome “Cry Baby” (traduzido para o português, “Bebê Chorão”) vem da sua infância, pois ela chorava para conseguir tudo o que queria. A cantora e compositora tem músicas bem diferentes das de hoje em dia. Seu estilo excêntrico, tanto visual quanto musical, a torna uma cantora única. O álbum é recomendado para quem gosta de músicas do estilo INDIE. Suas canções irão levar você a um lugar mágico, estranho e, às vezes, sombrio.

Aluna: Laura Roriz. 7º ano B.

A incrível comédia de Shakespeare

O livro “A Megera Domada”, um dos clássicos de Shakespeare, dramaturgo dos mais famosos e influentes do história, foi adaptado e traduzido por Flavio de Sousa e publicado pela editora FTD. Flavio contou a história em peça e fez algumas alterações no roteiro para deixá-la mais engraçada, tais como colocar Trânio como narrador, entrando e saindo do palco e falando com a plateia, recurso usado pelo próprio Shakespeare e uma decisão acertada. O conflito principal envolve Batista Minola, que tinha duas filhas: Catarina, teimosa, antipática, intratável, enfezada e sua irmã Bianca, totalmente diferente da megera, sendo bela, doce, agradável e educada. Todos os homens queriam se casar com Bianca, porém a doce moça só poderia se casar depois de Catarina, fazendo seus pretendentes unirem-se para encontrar um homem capaz de domar a megera. A obra retrata costumes e valores da época em que foi escrita, deixando-nos perceber que a sociedade era marcada pelo machismo. Isso não a empobrece, já que revela um contexto histórico-social. “A Megera Domada” é uma adaptação bem elaborada, representa bem o contexto e demonstra a essência de Shakespeare, com seu humor e romance. Além de conter incríveis ilustrações, que remetem a marionetes. Perfeita para um público que quer adentrar uma leitura clássica, mas não muito difícil. GAME

Aluno: Marcus Ala Pedreira Roriz. 7º ano B.

O livro “Florestania” é uma obra de gênero literatura infantojuvenil escrita por Maria Tereza Maldonado, da editora Saraiva e publicada em 2002. Já com mais de cinco edições, “Florestania” mostra a cultura de comunidades tradicionais e ribeirinhas, as belezas da Amazônia e amizades que jamais serão rompidas. A narrativa conta a história de Flávia, uma jornalista de turismo que tem de fazer viagens a trabalho. Sua primeira viagem foi para a Amazônia, onde desfrutou do ecoturismo local e conheceu muitas pessoas, inclusive Madelaine, a qual é francesa e Maíra, uma pequena guia de 12 anos de Manaus. As três se tornaram grandes amigas. Mas essa foi apenas a primeira viagem... O aspecto cultural é de chamar a atenção nessa obra, a autora fez questão de citar as comidas oferecidas nos hotéis, sendo a maioria natural. Além do modo como as comunidades ribeirinhas vivem, as casas temporárias e muito mais. A produção literária mostra que, apesar da corrupção e da pobreza, ainda há coisas boas no Brasil, como as belas paisagens da região Norte, reservas naturais e pessoas lutando pelas florestas e rios. Muitos acham que isso não existe mais. A natureza foi muito bem representada nessa narrativa e todos que gostam de preservá-la e apreciá-la não estarão perdendo seu tempo ao realizar a leitura de tão bela obra.

“Counter Strike: Global Offensive”

Aluna: Lara Trentino. 7º ano A.

Aluna: Maria Luiza Baiocchi. 7º ano A.

Melanie e seu mundo da “Cry Baby”

Natureza expressa em um livro

LIVRO

REVISTA STUDIUM + 71

“Counter Strike : Global Offensive” é a continuação da triologia de “Counter Strike Source” e “Counter Strike 1.6”. Foi lançado para a plataforma PC e pode ser comprado pela Steam (empresa de jogos de PC). O jogo não possui uma história, pois se trata de um jogo on-line e conta com os modos Mata-Mata, Casual, Corrida Armada, Demolição e Competitivo. Mas você também pode comprar uma extensão dele com missões extras. A sua jogabilidade é muito boa, imitando perfeitamente a vida real no controle do recuo que uma arma pode proporcionar no ombro do jogador, fazendo ter estabilidade ou não nos tiros. Além disso, imita o poder de parada dos tiros, e os tiros podem atravessar portas de madeira e paredes finas. Seus gráficos também são ótimos, porém você pode escolher em qual resolução se sente confortável para jogar. O game está sempre se renovando com mais extensões e skins (textura que o jogador pode adquirir para a sua arma por meio de dinheiro real ou pode ganhar em partidas no game) novas, o que atrai muito mais público. É recomendado para aqueles que curtem um bom FPS (jogo de tiro em primeira pessoa) com vários aspectos bastante realistas.


MEMÓRIAS E OPINIÃO Um mergulho à sensibilidade literária de

JOÃO ANZANELLO CARRASCOZA

ELAINE LOPES DE OLIVEIRA TAVARES. Professora de Língua Portuguesa (Studium) e consultora em ensino de Língua Portuguesa (Pequeno Príncipe), mestranda em educação básica (CEPAE-UFG).

Um dia, ao passar pela rua de minha casa, onde se concentram as maiores lembranças de minha infância, olhei cuidadosamente cada detalhe que compunha aquele lugar. Minha memória retornou a meu ciclo dos sete anos e pousou aos 41, minha idade atual,mas representativa de tantos outros indivíduos, de tantas outras histórias, de tantas outras mulheres. Essas minuciosidades fizeram-me buscar, cuidadosamente, retalhos que formam a grande colcha de retalhos de minhas doces lembranças. Pequenos e grandes momentos, fragmentos, recortes, carinho e cuidado são, assim como no relato introdutório, uma das faces que moldam a literaturade João Anzanello Carrascoza. Nos pequenos detalhes de cada história contada em seus livros, teletransportamo-nos para fatos que, ao contrário de enfatizar a dor, a negatividade, mergulham-nos naquela água toda da vida, embebem-nos de esperança, forçam-nos a uma parada obrigatória para reconsiderarmos que a simplicidade é, sem dúvida nenhuma, um dos ingredientes fundamentais para a felicidade. A literatura carrascoziana é um convite à inquietude, que é gerada pelas estratégias narrativas, as quais o autor utiliza ao falar de temas do cotidiano. A experiência de leitura de que o leitor é levado a participar parte justamente da intimidade que a escrita desse contista promove. Se me atrevo a dizer, Anzanello possui um pouco de Clarice Lispector, e por que não? Sim, porque a singularidade da escrita dos dois autores está pautada justamente no enfoque que eles dão às memórias. Sentimentos como amor, família, infância, desejo e mistério são abordados em uma construção sutil de forma a explorar, muitas vezes, as questões sociais e, principalmente, as humanas. Nos textos do contista, há sempre uma marca, que é típica de sua escrita: recorda coisas esquecidas, valoriza bastante o que é passageiro, comum e lógico. Ao mesmo tempo em que isso ocorre, ele expõe, ao leitor, um movimento frenético das coisas. Coisas essas que não vêm para revelar a frequência da violência ou denúncias do mundo moderno; elas aparecem para que o leitor valorize aquilo que não tem merecido atenção, às vezes, no olhar desatento de todos os dias. O autor, em seus contos, principalmente na obra Aquela água toda, oferece o que, para muitos hoje, pode ser considerado óbvio: saudade, alegria, dor, tristeza, esperança, tudo isso tratado com delicadeza e cuidado a ponto de despertar no leitor o mergulho imediato na história. O que se pode considerar como comovente, Anzanello utiliza em sua escrita mediante uma fórmula que lhe é própria e que não se repete; muito pelo contrário, sua estilística se renova em cada enredo. É possível alimentar o desejo do quero mais um pouquinho e a vivência da ansiedade para o final da história. O que seria mais emocionante recordar, viver pela leitura o primeiro amor na adolescência, a primeira viagem na infância, a distância entre entes queridos, entre tantos outros temas que permanecem em nossa memória, passe o tempo que passar? Reiterando a ideia de que a arte literária é atemporal e por ela nos tornamos mais humanos, conseREVISTA STUDIUM + 72


“A literatura carrascoziana é um convite à inquietude, que é gerada pelas estratégias narrativas, as quais o autor utiliza ao falar de temas do cotidiano. A experiência de leitura de que o leitor é levado a participar parte justamente da intimidade que a escrita desse contista promove.” guimos nos ver nas relações literárias lidas e enxergamos o outro.Compagnon( 2009, p. 60), estudioso respeitado, assevera que “[a] literatura deve ser lida porque oferece um meio – alguns dirão até mesmo o único – de preservar e transmitir a experiência dos outros, aqueles que estão diante de nós no espaço e no tempo, ou que diferem de nós por suas condições de vida.” Para completar o realce de sua obra, Anzanello e, em consonância com Compagnon, a literatura de Carrascoza é um convite para o mergulho à sensibilidade literária porque consegue reunir as tantas vozes de uma vida comum nas mais diversas vozes presentes em suas histórias que incorporam o seu olhar benevolente mediante às palavras. Palavras essas que bailam e voam na composição de seus textos, assim como crianças que se divertem em parques de diversões. Mergulhar nos contos de Carrascoza é ampliar o horizonte para a pura comoção. Não essa exagerada, óbvia, mas aquela que força a retomar, seja no campo do lamento, da dor, da angústia, seja no campo da celebração de histórias mal ou bem contadas acerca de todos. Todos visitam suas lembranças e, por muitas vezes, são levados a ficar nelas. Todos amadurecem com seus registros, de modo que, ao se tornarem adultos, a partir deles e, com eles, envelhecem. E por que não Carrascoza? FONTE: http://rascunho.com.br/paisagem-de-homem-e-menino/ / Acesso em 18 de outubro de 2016.

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REFERÊNCIAS: COMPAGNON, Antoine. Literatura para quê? Tradução de Laura Taddei Brandini. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009. CARRASCOZA, João Anzanello. [1962]. Aquela água toda. Ilustração de Leya Mira São Paulo: Cosac Naify, 2012. CARRASCOZA, João Anzanello. Dos 7 aos 40. São Paulo: Cosac Naify, 2013. CARRASCOZA, João Anzanello. Parque encantado. São Paulo: FTD.2016.


CAÇA-PALAVRAS

CRUZADINHA

Caça-Palavras da obra “A Megera Domada”

Eleições

Colaboradores especiais: Bruna Leal de Queiroz Monteiro e Paula Martins Arruda.7ºano A. Professora orientadora: Elaine Lopes de Oliveira Tavares.

1. 2.

B Y V L P D L Z A R P A R S T W W W U D I I U W R A C Q C W M F Z C Q A D N I D R N O R J A T Z E G A C M H K A A S K U G T G N P J E G Y E B I I L N P C S C H I T C B V I B C I I V L C I R D O M A R S R T D R B M A O T Y C A I D E M O C M M A U D A P C G Z M D K V C A I J T D O F B W H V A T P E S A K M I T N G E V U I O M S C C I V B S O X V K H V N I K F S Z M T W T Y O K E M A A O W E S G W E E A J E V Z L X T F K Z D I N H E I R O E P I H V Complete as frases a seguir com as palavras que você encontrar no caça-palavras acima. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A Megera Domada é uma obra teatral com um fio de ___________ que envolve romance. Petrúquio se interessa inicialmente por Catarina somente pelo ____________________ . Bianca é _____________________ de Catarina. Quem estabeleceu a regra de Catarina só se casar depois de sua irmã Bianca, foi seu pai, o personagem ______________________________ . ____________________________ , apesar de dócil no início da narrativa, apresenta-se arrogante no final do enredo . Bianca acaba casando com __________________________. Petrúquio finalmente consegue domar Catarina no final do último ato, quando ela é a única que obedece a seu marido e chega ______________________ao jantar. A história se realiza na cidade de _______________________, na Itália. Para Petrúquio conseguir ___________ sua noiva, precisou deixá-la com fome e com sono, alegando que era para seu bem. Os pretendentes de Bianca disputam e, ao mesmo tempo, fazem um____________ para um deles conseguir casar com ela.

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3. 4. 5. 6. 7.

1. Prática eleitoral ilícita que consiste em adquirir votos em troca de empregos, dinheiro, presentes,etc. 2. Aquele que vota. 3. Nome do sistema político em que os cidadãos elegem seus dirigentes por meio das eleições periódicas. 4. Órgão responsável pela interpretação das leis. 5. Agente político integrante do Poder Legislativo, que tem como função primordial representar os interesses da população perante o poder público. 6. Órgão responsável por administrar as eleições. 7. Número de mandatos por qual o prefeito pode exercer o cargo consecutivamente.

Colaboradores especiais: Bruno Suzuki Testa de Resende, Davi Spagolla de Oliveira, João Pedro Costa, Lucas de Sousa e Sousa, Maria Tereza Rodrigues de Moraes Sauaia, Milla Azevedo Bento e Carvalho.7º ano C. Professora orientadora: Elaine Lopes de Oliveira Tavares.


DESVENDANDO ENIGMAS Desvendando os enigmas sobre a obra literária adaptadaViagem ao Centro da Terra, de Júlio Verne (adaptação de Claudio Fragata, editora FTD) A obra Viagem ao Centro da Terra, do grande escritor Júlio Verne, foi escrita em 1864 e faz sucesso até hoje. A história apresenta vários personagens, mas o principal é o professor Otto Lidenbrock. Ele era um mineralogista apaixonado por livros antigos e não tinha medo de nada. Depois de adquirir um livro islandês de mais de setecentos anos, seu sobrinho Axel, ao folheá-lo, encontrou um pergaminho escrito à mão com letras rúnicas e nele havia uma mensagem que motivou o professor a embarcar nessa aventura. Seu sobrinho Axel foi quem desvendou o pergaminho e

ficou com muito medo de acompanhar seu tio na viagem, por ser inseguro, medroso e fraco. Ele pensava que seria uma aventura sem volta. Mesmo assim, o jovem contou ao professor o que descobriu e, com o incentivo de sua noiva Gräuben, partiu com Lidenbrock e Hans (o guia da expedição) para uma arriscada e estranha expedição científica. Uma grande viagem estava para começar, porém ninguém poderia dizer de que maneira ela terminaria. Agora é sua vez de testar seus conhecimentos. Desvende os mistérios a partir do abecedário abaixo.

Colaboradores especiais: Caroline Bohadana, Maria Carolina Pereira, Maria Eduarda Castro e Leonora Paranhos. 7º ano B. Professora orientadora: Elaine Lopes de Oliveira Tavares.

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ÉTICA E POLÍTICA

A Ética e o comportamento político dos brasileiros A atividade política como a conhecemos hoje é resultado de um longo processo histórico de transformações, que parte, pelo menos, da Grécia Antiga. Nessa época, já se destacavam os atenienses e sua democracia, a qual possuía muitas semelhanças como também diferenças em relação à democracia atual brasileira. Nesse sentido, o grande filósofo Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C) se destacava entre os gregos como um dos principais estudiosos sobre política. Ele defendia que a política e a moral deveriam caminhar juntas, já que o objetivo final do Estado (no sentido de governo) era o cuidado e a formação moral de seus cidadãos. Enquanto a Ética, como uma área da Filosofia, trabalharia o lado individual da moral das pessoas, a Política se destacaria como uma atividade coletiva, tendo como referência a moral social para o bem comum. Não devemos, porém, achar que a política lá na Grécia Antiga era “uma maravilha” e que tudo dava certo, diferente do que acontece atualmente no Brasil. Em Atenas, por exemplo, as mulheres não eram consideradas cidadãs, bem como os escravos e estrangeiros. O problema é que, nos dias de hoje, no contexto brasileiro, grande parte da população se vê desanimada com a política, diante de tantos casos de corrupção e de falta de moral por parte dos políticos. Muitos até afirmam que política é “coisa de idiota” e que não devemos perder tempo com isso. Nesse sentido, nos lembramos novamente dos gregos e, percebemos aí, uma inversão do significado original de “idiota”. Idiótes, em grego, era um termo que caracterizava aquela pessoa que só se preocupava consigo mesma, que se negava a participar da política, que não ajudava a pensar a vida coletiva, que é justamente o que mais precisamos fazer por nosso país agora. Precisamos entender que a Política não é apenas a atividade de governar feita pelos políticos, mas, também, de todos os cidadãos pensarem juntos em como tornar a vida melhor, em como fazermos um país melhor para todos. Os próprios gregos antigos davam o nome de político para todos aqueles que se interessavam em cuidar da vida pública, não apenas para os governantes. Nesse sentido, somos todos igualmente responsáveis, não mais cabendo aquela antiga ideia de que “Não há nada o que se possa fazer, pois o Brasil não tem jeito desde a sua origem”. De fato, o problema da corrupção e da falta da participação política efetiva da população é bem antigo, datando ainda dos tempos coloniais. Existem relatos já do século XVI de funcionários do governo português se beneficiarem financeiramente do contrabando de produtos. Na época da Mineração, era comum funcionários das Casas de Fundição desviarem alguns gramas de ouro ao misturarem outros metais na confecção das

barras daquele precioso metal, para que ficasse imperceptível aos olhos, enganando a todos. Além disso, as pessoas não tinham direito de votar. Percebemos, então, que a corrupção não é algo novo em nossa sociedade. Nova mesmo é a constante decepção que a população atualmente possui ao ficar sabendo de tantos casos de corrupção existentes. Isso ocorre porque hoje temos uma maior possibilidade de ação política popular, existem setores policiais e fiscalizadores com mais autonomia e a imprensa é mais livre, o que ajuda na descoberta de inúmeros esquemas de corrupção, coisa que antes não acontecia. Então, não é de todo certo achar que agora a corrupção impera em nosso país. Na prática, ela sempre existiu. A questão é que hoje ficamos sabendo de vários casos e, ao sabermos, podemos lutar contra. É certo que vivemos no Brasil um momento de crise econômica agravada pela crise política, com inúmeras transformações na sociedade. No entanto, a corrupção que impulsiona todos esses problemas não existe apenas na política e entre parte dos governantes; ela faz parte da sociedade brasileira e de sua própria história. Não basta apontarmos o dedo para os políticos e os criticarmos por sua incapacidade e corrupção. Nós mesmos precisamos reavaliar nossas posturas e nossos costumes, mesmo porque quem escolhe os políticos somos nós, por meio do voto livre. Enquanto o brasileiro não perceber que furar fila, não devolver o troco recebido a mais, colar na prova, trapacear as pessoas, respeitar os sinais de trânsito apenas quando um guarda está vendo são coisas erradas, nada na política mudará para melhor. Todos precisamos ser mais éticos e exigir a ética em todos os espaços da sociedade. Nas eleições, devemos escolher com sabedoria quem serão os políticos que irão governar o nosso Brasil e cobrar destes o seu papel com ética e cidadania, seja através do voto, das manifestações pacíficas de rua, utilizando a internet, etc. Portanto, a cobrança tem que ser para que todas as instituições brasileiras funcionem com eficácia. A família e a escola precisam cuidar da boa educação dos jovens, enquanto que o legislativo deve fazer as leis com atenção, o executivo deve executá-las com eficiência e o judiciário deve cobrá-las com rigor. Só assim teremos um Brasil melhor. Vamos pensar, participar e ajudar o nosso Brasil!

Alunos elaboradores: Salvador Rassi Filho, Caio Santiago Schimidt, Gabriel Cunha Salomão, João Pedro Mesquita, André Costa, Gabriel Rassi, Marcello Wolff, Leonardo Moreira, Cauan Rezende, João Pedro Costa, Frederico Araújo Coelho e Marco Antônio Calixto Filho – 7º ano C. Professor orientador: Elby Aguiar Marinho. Professor colaborador: Alexandre Linhares Melo.

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GRUPOS DE TRABALHO Conheça os alunos responsáveis pela produção das reportagens desta edição.

ÉTICA E ESPORTE- 7 ANO B: Maria Eduarda Castro, Nicole Caldas, Maria Eduarda Moreira, Maria Eduarda Rocini, Maria Eduarda Rezende, Gabriela Mello, Vitor Guedes, Vitor Demito, Camilla Paes e Laura Roriz.

ÉTICA E PUBLICIDADE - 7 ANO C: Ana Luísa Melo, Barbara Rocha, Isabella Dammann, Scarlletti Ramos, Sophia Soares, Enrico Ribeiro, Thiago Gabriel Saad, Davi Spagolla, Bruno Suzuki, Rafael de Castro, Keryn Corcelli, Júlia Cesilio, Mila Azevedo, Felipe Garrote e Maria Tereza Sauaia.

ÉTICA E ARTE - 7 ANO B: João Victor Resende, Vitor Natan Fernandes, João Pedro Prado Bueno, Heleodora Vieira, Antonio Lucena, Gabriel Augusto Fagundes, Heni Sauaia Neto, Marcus Ala, Pedro Rocha Torminn, Renan Alves Teixeira, Giulia Mariah Ferreira.

ÉTICA E POLÍTICA - 7 ANO C: Salvador Rassi Filho, Caio Santiago Schimidt, Gabriel Cunha Salomão, João Pedro Mesquita, André Costa, Gabriel Rassi, Marcello Wolff, Leonardo Moreira, Cauan Rezende, João Pedro Costa, Frederico Araújo Coelho e Marco Antônio Calixto Filho.

REPORTAGEM DE CAPA: ÉTICA E BRASIL 7 ano A: Sophia Lunardelli, Érika Costa, Elisa Mazon e Vitória Kanjo.

REPORTAGEM DE CAPA: ÉTICA E BRASIL 7 ano B: Ana Clara Rezende, Carolina Paranhos e Gustavo Ribeiro.

ENTREVISTA: THIAGO CORDEIRO JÁCOMO - 7 ANO A: Beatriz Pessoa, Bruna Leal, Marcus Mahler, Lara Trentino, Edberto Quirino Filho e Larissa Alessandri.

ENTREVISTA: THIAGO CORDEIRO JÁCOMO - 7 ANO B: Ana Clara Sebba, Gustavo Alexandre Zorzette, Maria Carolina Pereira e Victor Hugo Rocha.

ÉTICA E BIOÉTICA - 7 ANO B: André Luiz Borges, Lorenzo Vidal, Luana de Alencar, Luiz Fernando Caetano, Caroline Bohadana, Laura Miranda, Luiz Alexandre Peixoto Filho, Leonora Paranhos e Leonardo Sardinha.

ÉTICA E MEIO AMBIENTE -7 ANO A: Heitor Campos, Luis Henrique Biagi, Cássio Costa, João Gabriel Barreto, Lucas Costa, Júlia Lucas, Maria Eduarda Abbud, Nélson Marques, Rogério Vilela, Maria Luiza Baiocchi, Andressa Lacerda e Guilherme Curado.

REPORTAGEM DE CAPA: ÉTICA E BRASIL 7 ano C: Ana Laura Costa, João Marcos Kanjo, Victor Veloso, Paulo Henrique Rizzo e Bruna Rassi.

ENTREVISTA: THIAGO CORDEIRO JÁCOMO - 7 ANO C: Andressa Garrote, João Gabriel Carvalho, Lucas de Sousa e João Francisco de Oliveira Neto.

ÉTICA E IMPOSTO - 7 ANO A: Luiza Azzi, Manuela Vilela, Camila Lopes, Júlia Lopes, Sofia Lopes, Sofia Campos, Ana Laura Fragoso, Mell Rocha, Isabela Roriz, Beatriz Veloso, Paula Arruda e Clara Ferreira.


RESPOSTAS Caça-Palavras da obra “A Megera Domada”

Palavras cruzadas

L

E

G

I

S

L

A

T

I

V

O

Órgão de divulgação da Comunidade Educacional “O Pequeno Príncipe” e Studium

1- A Megera Domada é uma obra teatral com um fio de comédia que envolve romance. 2- Petrúquio se interessa inicialmente por Catarina somente pelo dinheiro. 3- Bianca é irmã de Catarina. 4- Quem estabeleceu a regra de Catarina só se casar depois de sua irmã Bianca, foi seu pai, o personagem Batista. 5- Bianca, apesar de dócil no início da narrativa, apresenta-se arrogante no final do enredo . 6- Bianca acaba casando com Lucêncio. 7- Petrúquio finalmente consegue domar Catarina no final do último ato, quando ela é a única que obedece a seu marido e chega primeiro ao jantar. 8- A história se realiza na cidade de Pádua, na Itália. 9- Para Petrúquio conseguir domar sua noiva, precisou deixá-la com fome e com sono, alegando que era para seu bem. 10- Os pretendentes de Bianca disputam e, ao mesmo tempo, fazem um plano para um deles conseguir casar com ela.

CONSELHO EDITORIAL: Arlete Bezerra (mantenedora), Flávia Bezerra (diretora geral) e Fabíola Sperandio (diretora pedagógica). REPÓRTERES: Alunos do 7o ano e professora Ana Paula de Melo Fernandes Reis. FOTOS: alunos e professores. DIAGRAMAÇÃO: Flávio Comunicação. IMPRESSÃO: Gráfica [...]. PROFESSORA ORIENTADORA E COORDENADORA DO PROJETO STUDIUMAIS: Ana Paula de Melo Fernandes Reis. PROFESSORES ORIENTADORES: Christianne Milla de Souza, Elaine Lopes de Oliveira Tavares, Fernando Gonçalves Pinho, Luciano Gonçalves Machado, Marden Winter Gomes de Aguiar, Rafael Beserra de Brito e Rubens Alves Costa Júnior.

Desvendando enigmas a. b. c. d. e. f.

Rua 30, no 55, Setor Marista, Goiânia – GO. Tel.: (62) 32416871. SITE: www.studiumensinofundamental.com.br E-MAIL: pequenoprincipe@brturbo.com.br

A jornada começa na cidade de Hamburgo. Axel decifrou o pergaminho antigo. Otto Lidenbrock era um renomado cientista. Hans era o guia da viagem. Gräuben influenciou Axel a viajar. No pergaminho, havia as coordenadas para ir ao centro da Terra.

COORDENADOR PEDAGÓGICO: Elby Aguiar Marinho. COORDENADOR EDUCACIONAL: Renato Leandro Saraiva. PROFESSORES COLABORADORES: Alexandre Linhares Melo, Sérgio Muryllo Ferreira e Odair José Gonçalves.

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Doe sangue, doe saúde! Você pode salvar vidas! Mais saúde, mais amor! Doar sangue não é ruim. Você pode tirar uma pessoa de um leito e ajudá-la a “levar a vida” de novo! Todos os anos, pessoas morrem em hospitais e UTIs por falta de bolsa de sangue. Se um dia você estiver interessado, vá a um posto de saúde, mas lembre-se de fazer um check-up antes. Depois, preencha a ficha e aguarde sua vez. Seu sangue pode fazer alguém feliz! Você está fazendo um ótimo trabalho, ajudando pessoas. Chame familiares e amigos para doar também!

Iniciativa:

Aluna: Elisa Mazon. 7º ano A. Professora orientadora: Ana Paula de Melo Fernandes Reis.

USE A SUA ÁGUA DE FORMA CONSCIENTE Um dia, esta gota pode fazer falta. Use bem a sua água, pois um dia, você pode precisar muito dela. Para mais informações, ligue: (62) 44778865 Ou acesse: www.meioambienteok.com.br/info

Água e consciência

Aluna: Érika Costa. 7º ano A. Professora orientadora: Ana Paula de Melo Fernandes Reis.


Coroando o Conhecimento e a Educação infanto-juvenil Trabalhar o conhecimento científico e os valores humanos como pilares para a formação do cidadão do futuro, esse é o nosso objetivo.

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R u a 3 0 , n º 5 5 , S e t o r M a r i s t a - G80 o i â n i a - G O , Te l : ( 6 2 ) 3 2 4 1 - 6 8 7 1


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