Jovem Cientista

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Sistematização



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Abertura Esta publicação é direcionada a gestores e docentes de sistemas de ensino, que tenham interesse em estabelecer parceria com o Instituto Unibanco para a implementação do Projeto Jovem Cientista em suas escolas, contribuindo para disseminar, entre seus estudantes, o interesse pela ciência, além de aumentar os índices de permanência dos alunos no ciclo médio e melhorar o desempenho escolar. Organizado de forma didática, o material fornece orientações úteis para a implementação do projeto. Na sua Apresentação, informa o que motivou o Instituto Unibanco a desenvolver essa iniciativa – com apoio do Instituto Galileo Galilei para a Educação e a Worldfund – e lançá-la com sucesso, em fase piloto, no Centro de Estudos Tomas Zinner, em São Paulo. O projeto e seu funcionamento são posteriormente detalhados no Modelo de Implementação, que esclarece os objetivos pedagógicos da ação e como pode ser reproduzida, em formatos variados, nas instituições de ensino, uma vez que sua versatilidade permite atender a múltiplas necessidades educacionais. No Guia do Gestor, há informações práticas que auxiliam a escolha do melhor formato para a implementação, conforme o interesse da escola, além de indicar os recursos necessários e os critérios para a montagem da equipe pedagógica. Já o Guia do Professor ou Tutor orienta o docente ou futuro docente a aplicar, em sala de aula, os projetos interdisciplinares disponibilizados pelo Jovem Cientista, apontando também as demais tarefas relacionadas ao projeto sob sua responsabilidade. O manual reproduz ainda um modelo de planos de aula utilizados nas dinâmicas com a classe. O capítulo Parceria com as Escolas explica o que é necessário para se associar formalmente ao projeto, incluindo o modelo do Termo de Adesão utilizado no estabelecimento de parcerias com o Instituto Unibanco. Além dos dados aqui disponibilizados, a equipe do Instituto Unibanco está à disposição de gestores e docentes para fornecer informações complementares e esclarecer dúvidas sobre a implementação do Jovem Cientista.

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Conselho Administrativo

Superintendência Executiva

Presidente Pedro Moreira Salles

Superintendente Wanda Engel Aduan

Vice-Presidente Pedro Sampaio Malan

Gerência de Administração e Finanças Fábio Santiago

Conselheiros Antonio Matias Cláudio de Moura Castro Cláudio Luiz da Silva Haddad Marcos de Barros Lisboa Ricardo Paes de Barros Thomas Souto Corrêa Netto Tomas Tomislav Antonin Zinner

Gerência de Assuntos Estratégicos Camila Iwasaki

Diretoria Executiva Fernando Marsella Chacon Ruiz Gabriel Amado de Moura Jânio Gomes José Castro Araújo Rudge Leila Cristiane B. B. Melo Luís Antônio Rodrigues Marcelo Luis Orticelli

Coordenação de Apoio Técnico Antonia Silveira

Gerência de Projetos Sociais Graciete Nascimento Gerência de Relações Institucionais Vanderson Berbat

Coordenação de Gestão de Aprendizagem Anderson Cordova Pena Coordenação de Metodologias Juliana Irani do Amaral Coordenação de Validação Marcus Jaccoud da Costa Assessoria de Administração e Finanças Gleise Alves Silva Assessoria de Comunicação Jô Ribeiro Assessoria de Voluntariado Fabiana Mussato

Equipe Instituto Unibanco Alexandra Forestieri Camila Iwasaki Juliana Irani do Amaral Colaboradores Humberto Manera Sueli Angelo Furlan Instituto Galileo Galilei para a Educação Arte e editoração Studio113 Impressão Leograf


Índice 1. Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 O compromisso do Instituto Unibanco com a educação e o Ensino Médio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Wanda Engel: O aprendizado das ciências ao alcance de nossos jovens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Um estímulo à formação de novos cientistas e melhoria do desempenho escolar . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Experiência pedagógica bem-sucedida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 2. Modelo de Implementação do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Público-alvo, equipe docente, formatação e carga horária de atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Metodologia e estratégias de desenvolvimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 O que é o projeto? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Recursos educacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Projetos interdisciplinares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Conteúdos aplicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Atividades complementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Exemplos de sucesso no aprendizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 3. Guia do Gestor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 4. Guia do Professor ou Tutor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 5. Planos de Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 6. Parceria com as Escolas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 7. Termo de Adesão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 8. Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42


Apresentação

O compromisso do Instituto Unibanco com a educação e o Ensino Médio O Instituto Unibanco atua desde 1982 em iniciativas nas áreas de educação, trabalho e responsabilidade socioambiental, com esforços especialmente dirigidos aos jovens em situação de vulnerabilidade social. Os projetos implementados, sempre em parcerias com governos locais e escolas públicas, visam à melhoria da qualidade da educação, de forma a estimular a permanência do jovem em sala de aula até a conclusão do Ensino Médio. Entre seus projetos de destaque estão o Jovem de Futuro e o Entre Jovens, ações que foram pré-qualificadas para o Guia de Tecnologias Educacionais do Ministério da Educação (MEC), podendo ser replicadas em redes estaduais e municipais de ensino de todo o país. A proposta do Jovem de Futuro é oferecer a escolas públicas de Ensino Médio regular apoio técnico e financeiro para a concepção e implementação de um plano de melhoria de qualidade. Com duração de três anos, a ação visa aumentar o rendimento dos alunos nos testes padronizados de Língua Portuguesa e Matemática e diminuir os índices de abandono escolar. Já o projeto Entre Jovens oferece atendimento educacional complementar a alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e 1ª e 3ª séries do Ensino Médio regular com dificuldades em Português e Matemática, por meio de um programa de tutoria com universitários licenciandos nessas disciplinas. Os universitários desenvolvem, junto a esses estudantes, competências e habilidades não adquiridas no Ensino Fundamental. Se, para os estudantes do Ensino Médio, o Entre Jovens é um auxílio importante na superação de suas dificuldades, igualmente para os universitários o projeto representa uma oportunidade de colocar em prática conhecimentos teóricos adquiridos na faculdade. Além do Jovem de Futuro e do Entre Jovens, o Instituto Unibanco desenvolve outras metodologias para que o jovem construa uma visão de futuro e um senso de

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responsabilidade por suas ações nos campos econômico, social e ambiental. Tratase de um conjunto de propostas, denominado Construindo o Futuro, cujo objetivo é estimular no jovem a capacidade de planejar, ter perspectivas, sonhar com o futuro e entender suas responsabilidades sobre ele. A publicação de O Valor do Amanhã, desenvolvida em parceria com a Bei Editora, é o coração dessa proposta. Além dela, foram produzidos outros quatro materiais: Entendendo o Meio Ambiente Urbano, resultado da parceria com a editora Horizonte Geográfico, voltado para a promoção da Educação Ambiental; Educação para a Convivência Cidadã, também elaborado pela Bei Editora, que trabalha conceitos como solidariedade, respeito e confiança; e Introdução ao Mundo do Trabalho em parceria com a empresa de consultoria Olhar Cidadão, que visa ao desenvolvimento de competências e habilidades direcionadas ao primeiro emprego.

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Apresentação

O aprendizado das ciências ao alcance de nossos jovens Wanda Engel, superintendente-executiva do Instituto Unibanco

No Instituto Unibanco, temos nos dedicado a promover ações voltadas para a melhoria do desempenho e permanência dos jovens no Ensino Médio, investindo em práticas pedagógicas alinhadas à nossa realidade social e direcionadas a suprir deficiências da educação pública do país. Nesse contexto, iniciativas como o Projeto Jovem Cientista mostram-se estratégicas para reverter o cenário excludente, que limita o acesso desse público ao mercado formal de trabalho, pois oferecem educação complementar qualificada, por meio de alternativas e metodologias inovadoras de aprendizagem. O projeto é ainda mais relevante na medida em que estimula, entre os estudantes do ciclo médio da rede pública, o interesse pelas ciências e pela pesquisa científica, área em que o Brasil necessita rapidamente potencializar seu desenvolvimento, de forma a superar seus desafios como nação emergente. Frente ao significado da ciência para o nosso país e o mundo contemporâneo, buscamos uma metodologia que atendesse à demanda educacional nesse campo e, ainda, complementasse ações já promovidas, como os projetos Jovem de Futuro e Entre Jovens, que priorizam as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, consideradas fundamentais para a formação das gerações atuais. E a criação do Jovem Cientista respondeu positivamente a essa expectativa. Depois de concluir o Ensino Fundamental, em que o aluno realiza apenas experimentações simples, acreditamos que é no Ensino Médio que ele pode efetivamente desenvolver sua curiosidade científica, após os primeiros contatos com a Física, a Química e a Biologia, esferas de interesse nas quais o projeto estabelece sua dinâmica.

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O Jovem Cientista se diferencia pela abordagem interdisciplinar e a utilização de tecnologias da informação, indispensáveis à contextualização dos temas científicos na realidade em que vivemos. É na combinação desses fatores que se fundamenta, portanto, a sua produção de conhecimento. Outra de suas vantagens é contribuir para que os tutores e futuros docentes envolvidos com a ação incorporem esse modelo às suas práticas pedagógicas, adequando-se à necessidade de estabelecer conexões entre as disciplinas e buscar recursos tecnológicos para as atividades em sala de aula. Com esse instrumental, tornam-se mais capacitados para corresponder às novas perspectivas educacionais dos alunos e da sociedade. O Jovem Cientista também está em sintonia com a atual forma de aplicação do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que incorporou a análise de competências relacionadas às ciências, além da proficiência em Línguas e Matemática. O mesmo vale para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), em sua versão atual, que proporcionou a matriz de referência para a montagem dos projetos interdisciplinares e as avaliações do programa, apontando o que se espera dos alunos nesse ciclo de escolaridade. Para que essa proposta educacional fosse testada e mostrasse sua efetiva validade, o projeto piloto do Jovem Cientista foi implementado, monitorado e avaliado ao longo de três semestres de atividades no Centro de Estudos Tomas Zinner, mantido pelo Instituto Unibanco em São Paulo. E os bons resultados dessa experiência hoje nos credenciam a replicar o projeto, colocando-o ao alcance de escolas públicas de todo o país. Esperamos que gestores e docentes possam compartilhar os benefícios dessa iniciativa em suas escolas e apoiar o maior número de jovens a seguir o caminho da ciência e da tecnologia, contribuindo para revelar os talentos que, num futuro bem próximo, possam ajudar o Brasil a se tornar um expoente no campo científico. Para tanto, contem com a nossa parceria.

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Apresentação

Um estímulo à formação de novos cientistas e melhoria do desempenho escolar Se vivêssemos em um mundo imprevisível onde as coisas mudassem ao acaso, não seríamos capazes de calcular nada e não haveria ciência. No entanto, estamos em um universo onde as coisas mudam de acordo com padrões, regras ou as chamadas leis da natureza. Se atirarmos uma vareta para o ar, ela cairá. Se o Sol se puser no oeste, na manhã seguinte surgirá no leste. Desse modo podemos fazer ciência e com ela melhorar nossas vidas. Carl Sagan (1934-1996), cientista e astrônomo norte-americano

Os países mais industrializados e desenvolvidos economicamente são os que apresentam os maiores investimentos no campo científico, enquanto o Brasil ainda detém níveis extremamente baixos de educação em ciências na população em geral. Mais de 60% dos nossos estudantes não revelam competências suficientes nesse quesito para lidar com questões da vida cotidiana, de acordo com recente avaliação do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). Entre os principais fatores para o nosso fraco desempenho nessa área, estão a falta de políticas públicas educacionais que estimulem o desenvolvimento nesse setor e a tendência, comum em nossas escolas, de deixar em segundo plano o ensino das ciências. Frente ao papel de relevância que começa assumir na geopolítica mundial, o Brasil precisa mudar com urgência esse cenário adverso, de forma a continuar sua trajetória de crescimento econômico e aspirar a uma posição entre os líderes internacionais. E esse trabalho começa na escola, que tem a missão de plantar a semente para que um maior número de alunos se interesse pelo tema, num primeiro passo para a formação de novos cientistas e pesquisadores.

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Os desafios que nos esperam nessa arena estratégica são muitos. Temos de encontrar soluções para questões ambientais, incluindo o aquecimento global, investir em tecnologia para o desenvolvimento de biocombustíveis, exploração da camada pré-sal e o aumento da produção de alimentos, além de ampliar pesquisas direcionadas ao tratamento de doenças crônicas, entre tantos outros desafios encampados pela ciência.

Se o ensino das ciências não for valorizado agora, as gerações que hoje estão em sala de aula perderão uma oportunidade sem precedentes de participar dessa escalada e atuar em profissões cada vez mais valorizadas nos mercados nacional e internacional, pois cresce a cada dia a procura por especialistas em áreas como genética humana, neurociência, biotecnologia, nanotecnologia e robótica, entre outras.

Foi para aproximar a ciência dos jovens, no momento especial em que desenvolvem suas aptidões, que o Instituto Unibanco decidiu implementar, em 2008, uma ação educacional nesse campo, atuando de forma a estimular também o desempenho escolar e a permanência do estudante na escola. Em busca de referenciais para o desenvolvimento de um projeto próprio, visitou organizações que mantinham programas com enfoques semelhantes, definindo um modelo totalmente ajustado às necessidades do Ensino Médio público, foco de sua atuação social.

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Apresentação

Experiência pedagógica bem-sucedida O Projeto Jovem Cientista foi desenvolvido em parceria com o Instituto Galileo Galilei para a Educação, especializado na gestão de programas de qualidade continuada, e recebeu apoio da Worldfund, fundação norte-americana que investe em iniciativas sociais voltadas à melhoria da qualidade da educação na América Latina. Em junho de 2008, iniciou-se o processo de divulgação e mobilização de escolas e alunos para a formação das primeiras turmas. O projeto foi apresentado a gestores de escolas localizadas no entorno do Centro de Estudos Tomas Zinner, mantido pelo Instituto Unibanco no bairro do Butantã, em São Paulo, núcleo escolhido para a realização das atividades pedagógicas. Nove escolas da rede pública aderiram pioneiramente ao projeto: EE João XXIII, EE Prof. Lourival Gomes Machado, EE Profa. Guiomar Rocha Rinaldi – participantes do projeto Jovem de Futuro, promovido pelo Instituto Unibanco –, EE Alípio de Oliveira e Silva, EE Prof. Andronico de Mello, EE Solon Borges dos Reis, EE Thomázia Montoro Ferreira, EE Virgilia Rodrigues A. de Carvalho Pinto e EE Odair Martiniano da Silva. Matriculados no Ensino Médio dessas instituições, os alunos interessados candidataram-se às vagas disponíveis, respondendo a um questionário sobre suas motivações para integrar o projeto. Os participantes foram escolhidos por meio de sorteio entre os pré-selecionados. Para ministrar as aulas, foram capacitados 18 estagiários docentes, selecionados entre estudantes de universidades públicas e privadas, cursando a partir do 3º ano de Língua Portuguesa, Matemática, Física, Biologia, Química e Pedagogia. Além do interesse pelo projeto e de reunir qualificações técnicas, todos estavam aptos a dedicar oito horas de aula semanais ao projeto. Com a infraestrutura montada nas instalações do Centro de Estudos e a equipe pedagógica capacitada pelo Instituto Galileo Galilei, o Jovem Cientista começou oficialmente suas atividades em agosto de 2008, com 228 alunos, divididos em oito grupos, em dois períodos. Cada grupo participou de ciclos semestrais, com quatro horas de aulas diárias, duas

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vezes por semana, distribuídos entre as disciplinas de Física, Biologia, Química, Matemática e Língua Portuguesa, cujos conteúdos interagem em projetos interdisciplinares, montados a partir da matriz de referência do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Todos os grupos foram envolvidos no planejamento de Feiras de Ciências, evento semestral em que os conhecimentos adquiridos eram testados em projetos criados pelos próprios alunos. Mais de 600 estudantes participaram das três turmas experimentais do programa, no segundo semestre de 2008, primeiro e segundo semestres de 2009. Como resultados práticos, desenvolveram diversos projetos, apresentados em Feiras de Ciências, e mostraram efetiva evolução, quanto aos conteúdos trabalhados, em exames de avaliação.

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MODELO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

O Projeto Jovem Cientista visa proporcionar formação complementar, no ensino das ciências, a alunos do Ensino Médio de escolas da rede pública. Suas atividades são orientadas ao desenvolvimento de habilidades nas áreas de Física, Biologia, Química, Matemática e Língua Portuguesa e buscam incentivar os jovens à prática da pesquisa como meio de aprendizagem e produção de conhecimento. A ação visa estimular o interesse dos alunos em questões científicas e relacionadas ao meio ambiente, contribuindo para a melhoria do aprendizado, dos índices de frequência e desempenho nas disciplinas do Ensino Médio formal. Como parte da proposta pedagógica, os participantes do projeto têm acesso a diversas mídias e tecnologias, utilizadas para que possam compreender os princípios científicos, seja pelo contato com os procedimentos das disciplinas – a partir da observação, pesquisa, formulação de hipóteses, investigação, resolução de problemas e produção de relatórios – ou pelo tratamento dado aos conteúdos relacionados a essas práticas. A tecnologia educacional difundida pelo projeto cumpre com a função do ensino e aprendizagem, no sentido de incorporar esses meios ao processo educacional, de acordo com as necessidades dos jovens, as exigências de cada meio e suas potencialidades didáticas.

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Público-alvo, equipe docente, formatação e carga horária de atividades Podem participar do Jovem Cientista alunos das 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio de escolas públicas. No modelo pedagógico desenvolvido em parceria com o Instituto Galileo Galilei para a Educação e adotado no Centro de Estudos Tomas Zinner, onde foram realizadas as fases piloto do projeto, as aulas aconteceram no turno complementar do horário escolar e eram ministradas por universitários dos cursos de licenciatura em Língua Portuguesa, Matemática, Física, Biologia, Química e Pedagogia, com suporte de uma estagiária de Pedagogia. Um dos principais diferenciais do projeto é a flexibilidade para a sua implementação, já que as aulas podem ser ministradas nas escolas parceiras do programa, tanto pelos próprios professores da equipe docente, no ciclo formal das aulas ou fora dele, quanto por estagiários de cursos de licenciatura contratados para atuar como tutores dos jovens. A segunda opção se fundamenta num sistema de tutoria, relação de colaboração em que os licenciandos têm a possibilidade de colocar em prática seus conhecimentos acadêmicos, desenvolvendo o repertório cultural e suas habilidades pedagógicas, na mesma medida em que os estudantes reforçam e assimilam os conteúdos aplicados pelo projeto. Esse modelo, portanto, vai além da simples dicotomia entre o ensinar e o aprender. Para cumprirem com essa função e estarem aptos a aplicar o conteúdo programático do Jovem Cientista, professores ou estagiários docentes passam por um processo de capacitação continuada. As dinâmicas em sala de aula também podem contar com o suporte de monitores, selecionados entre alunos que demonstram qualificações para exercer essa função. As atividades de Física, Biologia e Química, Matemática e Língua Portuguesa são intercaladas, em processos interdisciplinares que contemplam, simultaneamente, as diversas visões sobre os temas científicos abordados. A versatilidade proporcionada pelo projeto permite que a escola incorpore a carga horária de oito horas semanais às atividades do currículo formal, no horário regular, ou aplique o projeto no turno complementar das aulas diárias, em período extra, devendo optar entre a utilização de seu próprio corpo docente ou pela contratação de estagiários docentes.

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MODELO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

Metodologia e estratégias de desenvolvimento A ciência possibilita aos estudantes organizar suas ideias e aprimorar visões sobre fatos e eventos da vida cotidiana. Assim, o desenvolvimento de competências e habilidades definidas no ambiente do projeto ocorre a partir do desenvolvimento de soluções para um conjunto articulado de problemas nos trabalhos com os projetos interdisciplinares. Essa experiência facilita a integração entre as particularidades de cada área de aprendizado, proporcionando múltiplas possibilidades de compreensão da realidade. A discussão preliminar do problema, a exploração dos conhecimentos prévios dos jovens e a seleção do conteúdo a ser analisado acabam por imprimir significados e relevância aos conteúdos escolares. O desenvolvimento de habilidades relaciona-se diretamente ao ato de saber fazer, ou seja, identificar variáveis, compreender fenômenos, contextualizar informações, analisar situações-problema, sintetizar, julgar e, por fim, correlacionar.

Fundamentação pedagógica Com base nessas premissas, o Jovem Cientista busca: • Aumentar a permanência dos jovens na escola e o nível do desempenho escolar. • Estimular a pesquisa, a produção de experimentos e a troca de conhecimentos entre os alunos e professores, sobre temas ligados às disciplinas científicas. • Utilizar diferentes instrumentos como vídeos educacionais, laboratórios, bancos de pesquisa e kits experimentais. • Envolver estudantes a partir de trabalhos cooperativos, utilizando mídias interativas com mediação do professor. • Identificar jovens talentos e formar alunos monitores para que sejam multiplicadores dos conteúdos adquiridos em suas escolas. • Monitorar e avaliar as atividades, resultados e impactos do projeto.

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O que é projeto?

Conjunto organizado e sequenciado de intervenções pedagógicas relacionadas a um tema.

Permite a construção do conhecimento sobre a(s) área(s) do currículo a que está ligado. Estabelece conexões entre áreas de conhecimento.

Permite trabalhar com práticas sociais de leitura e escrita.

Parte de um tema negociado com a classe (devendo o professor preocupar-se em relacioná-lo aos objetivos pedagógicos a serem trabalhados com a turma).

Cria algo novo: um produto, uma ação, uma prática efetiva.

Caracteriza-se como um processo de investigação. Requer a seleção de fontes de informação.

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MODELO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

Recursos educacionais O Jovem Cientista, tal como idealizado pelo Instituto Unibanco, tem por base a utilização de variadas ferramentas tecnológicas em sua proposta pedagógica. Um de seus diferenciais é a utilização de espaços multimídias, equipados com computadores, acesso à internet, material científico de laboratório e sala de vídeo. Além de ampliarem os recursos pedagógicos à disposição do professor, essas estruturas facilitam a pesquisa e o envolvimento dos jovens durante as dinâmicas do projeto, servindo como fator de motivação para a frequência nas aulas formais e reduzindo os índices de evasão escolar.

Projetos interdisciplinares O Jovem Cientista fundamenta sua ação pedagógica no desenvolvimento de projetos estruturados em experimentos e na aplicação teórica e prática de conteúdos articulados, num processo em que a didática surge da necessidade de aproximar os diversos campos disciplinares. Como procedimento metodológico, cada projeto se torna o meio organizador de um percurso planejado por metas e métodos que valorizam o trabalho em equipe, desenvolvendo vínculos de solidariedade em busca do aprendizado, além de possibilitar vivências mais complexas e interessantes aos alunos. Sete projetos, elaborados a partir da matriz de referência do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), compõem o cardápio de opções colocadas pelo Instituto Unibanco à disposição das escolas (ver Anexo, pág. 42):

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• Vida & Energia • Lixo urbano • Terra, um só lugar no universo • Astronomia

• Eletricidade nossa de cada dia • Drogas: entre a vida e a morte • Alimentos

O Instituto Unibanco sugere a aplicação de dois desses sete projetos por ciclo, escolhidos de acordo com as finalidades educacionais da instituição de ensino. A escola pode também optar por um número menor de disciplinas a serem ministradas entre as cinco que compõem a versão completa do programa, porém no mínimo 3. Outra possibilidade de flexibilização proporcionada pelo Jovem Cientista é a duração de cada ciclo, que tem em média seis meses, mas pode se estender pelo período de um ano, conforme o planejamento definido pela escola. Os projetos são colocados em prática por meio de planos de aula específicos para cada uma das cinco disciplinas – Física, Biologia, Química, Matemática e Língua Portuguesa –, posteriormente articuladas nos trabalhos em classe. Cada plano de aula apresenta um tema geral, sua contextualização e problematização, indicando a metodologia de investigação e as mídias que devem ser utilizadas na intervenção. Ao se concluir a dinâmica, são apontados os resultados da pesquisa, a modelagem do conhecimento, considerações, referências, estudos e aplicações. Comuns às cinco áreas do conhecimento vinculadas a essa intervenção educacional, os eixos cognitivos que permeiam o processo buscam o domínio da linguagem, a compreensão dos fenômenos, a superação de situações-problema, a construção da argumentação e a elaboração de propostas. Além de seguir os roteiros dos planos de aula, o professor ou estagiário docente faz uso de textos e artigos complementares de embasamento e pode contextualizar temas cotidianos ou factuais para abordagem em sala de aula, sempre buscando conexões entre os assuntos e as diversas frentes de atividade. A constante interação entre as disciplinas e, por decorrência, entre professores ou estagiários docentes responsáveis por elas é considerada fundamental para que se alcancem os objetivos propostos pelo Jovem Cientista. 19 • Sistematização Jovem Cientista

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MODELO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

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Conteúdos aplicados Os sete projetos disponibilizados pelo Jovem Cientista tratam de múltiplos temas, percorrendo e interligando as diversas áreas de conheciment o, a partir das disciplinas que integram sua proposta pedagógica, conforme os planos descritivos de cada módulo.

Vida & Energia O conceito de energia é apresentado a partir da necessidade universal dos seres vivos de manter um equilíbrio entre as energias de entrada e saída do corpo. A história da utilização da energia pelo homem é tratada desde a descoberta do fogo até os dias de hoje, com ênfase para as mudanças desencadeadas pela Revolução Industrial.

DISCIPLINA

TEMA

SÍNTESE Transformações de energia Energia potencial e energia cinética Princípio de conservação da Energia Mecânica Executar experimentos

Física

Transformação: da energia ao movimento

Matemática

Gráficos Gráficos traduzindo experimentos Função analítica a partir de curva de Galileu Volume de um frasco cilíndrico Tubo de Galileu

Biologia/Química

Corpo humano: movimento e saúde

Etapas bioquímicas do funcionamento muscular Músculos e movimento Modelo do sistema muscular Exercício de alongamento muscular no cotidiano

Língua Portuguesa

Comunicando ideias sobre energia

Gêneros textuais (literário e científico) Energia Produção de texto

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MODELO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

Eletricidade nossa de cada dia Busca a reflexão sobre o movimento do homem para a superação de problemas como escuridão, frio ou calor excessivo, deslocamento rápido, segurança, saúde, comunicação, processo esse que conduziu ao desenvolvimento da eletricidade e a seu uso na sociedade contemporânea.

DISCIPLINA

TEMA

SÍNTESE

Física

Eletricidade em nosso dia a dia

Energia eletromagnética e mecânica Transformação da energia Circuitos elétricos Lei de Coloumb

Matemática

Eletricidade e trigonometria

Eletricidade Aplicações da trigonometria a dispositivos elétricos

Biologia/Química

Eletricidade em nosso dia a dia

Condutividade elétrica Eletricidade Sistema nervoso e corrente elétrica

Língua Portuguesa

Eletricidade: um fenômeno a ser descrito

Descrição Dissertação Interpretação de textos

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Lixo Urbano Trata da questão do lixo produzido, principalmente, em zonas metropolitanas. Promove reflexões sobre reciclagem, reutilização, redução e o que pode ser feito para melhorar essa problemática.

DISCIPLINA

TEMA

SÍNTESE

Física

Lixo urbano: fonte de energia

Comportamento de sistemas 1ª Lei da Termodinâmica Experimentação

Matemática

Lixo urbano na matemática

Massa e volume Tratamento do lixo relacionado à matemática Práticas e medidas de reutilização e reciclagem

Biologia/Química

Lixo urbano

Conceito de lixo Análise de dados sobre o lixo urbano Reciclagem Tratamento do lixo

Língua Portuguesa

O papel social e pedagógico do estudo dos resíduos sólidos no ambiente urbano

Leitura de textos de jornal Leitura de imagens Análise crítica de textos e construção de texto argumentativo Produção de textos para diferentes mídias

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MODELO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

Drogas Lícitas ou ilícitas, naturais ou sintéticas, na medicina ou na culinária, no lazer ou em relações sociais, elas fazem parte de nossa realidade cotidiana. O projeto ajuda a questionar os diversos pontos de vista sobre o assunto, promovendo a conscientização dos participantes.

DISCIPLINA

TEMA

SÍNTESE

Física

Efeitos das drogas na temperatura corporal

Termometria Leis da Termodinâmica Escalas de temperatura Drogas lícitas Leitura e produção de artigos científicos

Matemática

Construção de informação sobre uso de drogas lícitas

Drogas lícitas Gráficos Amostragem de dados Questionário de pesquisa quantitativa e qualitativa

Efeitos de drogas no corpo humano

Sistema nervoso (neurotransmissores) Genética (hereditariedade) Drogas lícitas e ilícitas Leitura de artigos científicos

Composição e interações químicas no organismo

Funções orgânicas Interações bioquímicas das drogas no organismo

As drogas no contexto social

Análise textual Produção de texto Debate

Biologia/Química

Língua Portuguesa

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Terra, um só lugar no universo Busca a proposição de soluções para a preservação do planeta Terra e sua sustentabilidade, em longo prazo.

DISCIPLINA

TEMA

SÍNTESE

Física

Um só mundo no universo

Teorias sobre a formação do universo e do sistema solar Big Bang Estrelas Fonte de radiações

Matemática

Um só lugar no universo

Teorias geométricas Forno solar Problemas matemáticos associados à conservação.

Biologia/Química

Trabalhando com indicadores ambientais

Indicadores de sustentabilidade: Pegada Ecológica (footprint) Medida de consumo individual e coletivo de recursos

Língua Portuguesa

Terra, um só lugar no universo

Leitura e interpretação de textos e imagens Participação em situação de debates Sustentabilidade Problemas econômicos do mundo atual

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Sistematização Jovem Cientista • 25


MODELO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

Alimentos Promove a reflexão sobre as exigências estéticas da sociedade moderna em contraposição com hábitos desejáveis. Os alunos desenvolvem conhecimentos sobre a adoção de um estilo de vida saudável, fundamentado numa alimentação rica e variada e na prática de atividades físicas, compreendendo como isso previne doenças e contribui para se alcançar o equilíbrio necessário ao corpo e à mente.

DISCIPLINA

TEMA

SÍNTESE

Física

A energia dos alimentos

Energia e conservação Processos de transformação de energia Energia térmica

Matemática

Alimentação: hábitos refletidos na aparência

Proporcionalidade entre hábitos alimentares Proporção como forma de argumentação para validar pensamentos e conjecturas

Vamos ter uma boa alimentação?

Nomenclatura científica Composição dos alimentos: carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas e sais minerais Observação, experimentação e leituras científicas Reconhecimento dos papéis básicos que os grupos de nutrientes exercem no organismo humano Comparação entre alimentos do cotidiano, consultando um referencial de alimentação Registros de hipóteses e resultados de experimentos em quadros de dupla entrada

Alimentação saudável

O modo diacrônico da oferta de comida e o hábito alimentar Padrão de beleza retratado nas descrições presentes em obras literárias Obras literárias

Biologia/Química

Língua Portuguesa

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Astronomia Fornece subsídios para ampliar a compreensão sobre o sistema solar, nosso planeta e as relações que a vida, a sociedade e a cultura guardam com o universo a partir de estudos e reflexões sobre a evolução do cosmo e da Terra, que integra esse grande sistema do qual fazemos parte. Aborda questões tratadas pela astronomia, cosmologia, astrofísica e engenharia aeroespacial.

DISCIPLINA

TEMA

SÍNTESE

Física

O céu é um chapéu sobre nossas cabeças?

Conceito de Astronomia Conceito de constelação Lei de Wien Espectro da luz Experimentos com fogo Procedimentos investigativos

Matemática

Calculando o universo: discutindo astronomia

Unidades de grandeza Resolução de problemas

Química/Biologia

Uma só Terra no universo

História da Astronomia Luz solar e fotossíntese

Língua Portuguesa

Astronomia e os discursos

Modalizadores de discurso Astronomia

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MODELO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

Atividades complementares As experiências do Jovem Cientista não se restringem à sala de aula, considerada o ponto de partida para o contato com o mundo da ciência. Para tanto, são promovidas ações que se somam à prática pedagógica, como gincanas educativas e a Feira de Ciências, evento com duração de um dia que marca a conclusão de cada ciclo de atividades. A realização desses encontros educativos é considerada estratégica para que se coloquem em prática os conhecimentos teóricos adquiridos durante o processo de aprendizagem. Envolve um minucioso planejamento. Na experiência promovida pelo Instituto Unibanco no Centro de Estudos Tomas Zinner, um período das atividades foi dedicado à preparação da Feira de Ciências, que mobilizou os diversos grupos de estudo. Os alunos testaram seus conhecimentos com a apresentação de projetos práticos e lúdicos, compartilhados por todos. Foi uma oportunidade para a troca de informações e a realização de debates, mediados pelos tutores, sobre os temas trabalhados em cada disciplina. Além dessas iniciativas, foram realizadas palestras com especialistas sobre questões abordadas pelos projetos. E foram promovidas visitas orientadas a exposições, museus e centros de pesquisa, como o planetário. Os jovens também assistiram a filmes e peças de teatro com temas vinculados às aulas, sempre sob a ótica da interdisciplinaridade. Projetos realizados na Feira de Ciências Com recursos e materiais simples e de baixo custo, os alunos do Jovem Cientista, orientados pelos tutores, realizam experiências de importante valor educacional, trazendo para a prática o aprendizado que recebem e promovendo um amplo intercâmbio de conhecimentos entre os colegas durante a realização da Feira de Ciências. A seguir, alguns projetos apresentados em eventos promovidos no Centro de Estudos Tomas Zinner:

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Casa de bonecas Os estudantes receberam o desafio de construir uma casinha resistente com materiais recicláveis. O procedimento seria aplicado como ferramenta pedagógica para as várias disciplinas do projeto, servindo de modelo para o estudo de medidas, desenvolvimento da coordenação motora e aprendizado sobre o processo de reciclagem. Foram utilizadas 500 embalagens de suco e achocolatados, cola, fita adesiva, caixas de papelão e garrafas pet. Ao final do experimento, o grupo de estudos conseguiu montar uma estrutura sólida, apresentada na Feira como uma casa de bonecas. Diferenciação dos alimentos A proposta era comparar os alimentos com agrotóxicos aos alimentos naturais, de forma que os alunos pudessem observar e descrever as diferenças entre eles e avaliar os respectivos impactos de sua absorção no organismo. Buscava-se comprovar que os agrotóxicos afetam a digestão, prejudicando o organismo humano e provocando doenças e intoxicações, além de contaminar o meio ambiente, devido ao tempo de decomposição de cada substância. Um tomate orgânico foi colocado num pote de vidro e outro, geneticamente modificado, em outro recipiente, sendo ambos tampados. Ao serem apresentados na Feira, pôde-se observar a diferença entre os processos de decomposição, levando os participantes a tirar suas próprias conclusões sobre o tipo de alimento mais saudável. Pilha de limão Com a intenção de realizar um experimento lúdico, os alunos decidiram montar uma pilha de limão para que pudessem estudar esse sistema de alimentação elétrica e o funcionamento da própria eletricidade, além de desenvolver uma alternativa para a economia de energia. Foram utilizados um limão, um relógio, um voltímetro, quatro moedas de cinco centavos de cobre, quatro pregos de ferro e quatro pedaços de fios. A montagem foi bem-sucedida, e o aparelho alcançou uma voltagem de 1,55V, sendo capaz de ligar o relógio utilizado na experiência por alguns segundos, atestando a viabilidade do projeto.

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MODELO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

Exemplos de sucesso no aprendizado Experiências de alunos que participaram das atividades no Centro de Estudos Tomas Zinner mostram como o Jovem Cientista, cumprindo com sua proposta pedagógica, pode contribuir para a incorporação de conhecimentos e o desenvolvimento intelectual e social dos estudantes do Ensino Médio. Pelo comportamento proativo, demonstração de responsabilidade e habilidade para se comunicar com os colegas, muitos desses jovens são escolhidos para auxiliar os docentes durante as aulas, como indicam os históricos a seguir.

“Sempre tive aversão às disciplinas de exatas, mas essa ideia mudou totalmente com o Jovem Cientista. Comecei a entender as operações com facilidade e minhas notas melhoraram bastante.”

Nicholas P. Neto participava do projeto na parte da manhã e, à tarde, retornava para tirar dúvidas, impressionando os professores com seu empenho.

“A forma como as aulas são dadas faz com que nosso interesse aumente, ampliando nossos horizontes.”

“Sempre gostei muito de estudar e esse aspecto foi ampliado depois que comecei a participar do projeto.”

Jâmison Faustino Gomes de Assunção impressionou os professores, durante uma gincana do curso de férias, ao resolver uma complexa questão de Física em poucos minutos e sem qualquer ajuda.

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Felipe Soares Alves sempre se destacou nas atividades, sendo requisitado por diversos professores para ser monitor do projeto. Hoje está na universidade.

“Ganhei uma motivação extra e passei a me empenhar ainda mais nos estudos. Agora decidi prestar vestibular para Educação Física.”

Marlon Luis da Silva mostrou uma evolução tão significativa que foi indicado pelos professores para ser monitor.



GUIA DO GESTOR Agora é com você, gestor. Para o Projeto Jovem Cientista ser implementado em sua escola pública, no modelo aqui apresentado ou em um formato ajustado às necessidades de sua escola, são necessárias algumas iniciativas que estão na esfera de atribuições da gestão escolar, responsável por garantir os instrumentos para o desenvolvimento dessa ação. Siga as etapas do roteiro, descrito abaixo, e contribua para estimular o interesse de seus alunos pelas ciências, aumentar a permanência deles na escola e melhorar o desempenho escolar no Ensino Médio. Quem pode participar? O Jovem Cientista pode ser aplicado a turmas das 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio. Como aderir ao projeto com apoio do Instituto Unibanco? É necessário firmar um Termo de Adesão (modelo disponível na página 41), que estabelece compromissos entre a sua escola e o Instituto Unibanco para a realização do projeto. Definições sobre o turno das aulas e duração das atividades A versatilidade proporcionada pelo programa permite sua implementação durante as atividades normais do ciclo escolar ou no turno complementar das aulas. O mesmo vale para a duração de cada ciclo, que pode ser semestral ou anual, e para a adoção das oito horas semanais programadas ou de uma carga horária menor. A escola deve optar por uma das modalidades e adequar-se ao seu sistema. Formação da equipe pedagógica Se a opção for pela realização do projeto no horário regular, as aulas serão ministradas por professores do corpo docente que atuam nas disciplinas relacionadas ao programa – Física, Biologia, Química, Matemática e Língua Portuguesa. Há a possibilidade de os professores realizarem as aulas como atividade complementar ou extracurricular, o que deverá ser acordado entre gestores e a equipe pedagógica. Já a outra modalidade requer a contratação de estagiários docentes, universitários

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em processo de graduação nas áreas programáticas, para ministrar as atividades extracurriculares em classe, num sistema de tutoria, conforme descrito no Modelo de Implementação (ver capítulo Modelo de Implementação do Projeto). Escolha dos projetos interdisciplinares A escola pode manter ou não o programa original idealizado pelo Instituto Unibanco, aplicando dois dos sete projetos do cardápio, por semestre, em cada turma. Se for mais apropriado, pode reduzir o número das disciplinas aplicadas (no mínimo três), entre as cinco que estruturam cada projeto, sempre lembrando que a interação entre elas é indispensável para viabilizar a proposta pedagógica do Jovem Cientista. Seleção e capacitação da equipe pedagógica Para desenvolver as atividades docentes do Jovem Cientista, professores ou tutores devem ter domínio técnico de sua disciplina, capacidade de articulação e organização, além de disponibilidade para a dedicação das horas semanais estabelecidas para cada módulo do projeto. Antes do início do processo, devem receber treinamento fornecido pelo Instituto Unibanco, para planejar e desenvolver as ações teóricas e práticas do projeto, de acordo com os roteiros de planos de aula (modelo disponível no capítulo Planos de Aula). Devem, também, aplicar avaliações diagnóstica e somativa, conforme especificado no Modelo de Implementação, e manter interação constante com os docentes de outras disciplinas. Durante toda a aplicação do programa, a equipe pedagógica deve passar por processo de capacitação continuada, garantindo o domínio dos conteúdos programáticos de cada projeto e suas múltiplas intersecções. Reuniões periódicas É fundamental que a escola incorpore à rotina de desenvolvimento do projeto um cronograma de reuniões semanais ou quinzenais entre os docentes, nos horários pedagógicos, prevendo essa atividade na carga horária do professor ou tutor. Esses encontros para a troca de experiências são considerados estratégicos, no sentido de promover o constante intercâmbio de informações sobre os temas e experiên-

Sistematização Jovem Cientista • 33


GUIA DO GESTOR

cias, com abordagens compartilhadas, que integram a proposta pedagógica do Jovem Cientista. Recrutamento de monitores Para auxiliar os docentes em sala de aula, pode-se contar com o apoio de monitores, selecionados entre alunos com bom desempenho escolar. É desejável que o estudante tenha boa frequência escolar, saiba trabalhar em equipe e tenha facilidade de comunicação e transmissão de ideias para cumprir com essa função. O monitor deve ser preparado para realizar tarefas como organizar o material didático, montar experimentos e esclarecer dúvidas básicas dos colegas. Vale ressaltar que não é sua função substituir o docente em sua ausência. Recursos físicos e materiais Definido o modelo operacional do projeto, a escola deve se dedicar à montagem da estrutura para a sua implementação, avaliando os recursos e mídias de que dispõe ou que terá de adquirir para o desenvolvimento do programa, podendo optar por dois modelos – o primeiro, mais completo, e o segundo com itens considerados básicos (veja tabela Infraestrutura, na página ao lado). Além dos itens especificados nos dois modelos opcionais, a biblioteca da escola pode fornecer outros recursos educacionais, como obras de referência, jornais, revistas e vídeos educativos, que são de grande valia para incrementar as atividades do Jovem Cientista. A escola também pode disponibilizar equipamentos e materiais em desuso para a realização periódica da Feira de Ciências, evento que encerra cada ciclo de aprendizado.

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Infraestrutura (mobiliário, equipamentos e serviços) MODELO 1

MODELO 2

Sala própria para desenvolvimento do projeto com: • Lousa interativa digital (opcional) • Projetor e tela • Mesa do professor com computador • Mesas conjugadas com computadores (para no máximo 3 alunos) • Computador do aluno • Instalações elétricas apropriadas • Acesso à internet

Sala adaptada, utilizando o laboratório de informática e de ciências, com: • Lousa • Mesa do professor com computador • Mesas conjugadas com computadores (para no máximo 3 alunos) • Instalações elétricas apropriadas • Acesso à internet

Softwares: • Microsoft Windows Server 2003 (ou similar) • Microsoft Windows XP Professional (ou similar) • Microsoft Windows Server Call • Microsoft Office Pro 2007 (ou similar) • Manual do Windows • Disk Set Windows Material didático: • Torso humano • Esqueleto 168 cm • Tabela periódica • Microscópio • Kit modelo molecular • Conjunto de lâminas didáticas • Kit experimental de Química • Kit experimental de Física • Kit experimental de Matemática • Kit experimental de Biologia • Laboratório completo de Química

Softwares: • Microsoft Windows XP Professional (ou similar) • Microsoft Office Pro 2007 (ou similar) Material didático: • Torso humano • Esqueleto 168 cm • Tabela periódica • Microscópio • Kit modelo molecular “pau e bola” • Conjunto de lâminas didáticas

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GUIA DO GESTOR

Atividades complementares O gestor escolar é responsável por viabilizar, nas esferas administrativa e financeira, iniciativas promovidas por professores e tutores com o objetivo de agregar conhecimentos ao aprendizado teórico, sendo consideradas fundamentais para a formação pedagógica proporcionada pelo Jovem Cientista. Entre essas ações estão: Feira de Ciências: A partir das apresentações dos experimentos realizados pelos alunos, esses eventos estimulam a troca de conhecimentos entre os jovens, servindo como instrumento para a melhora do rendimento escolar. Gincanas educativas: Competições criativas que colocam à prova as habilidades científicas dos estudantes, testando os conhecimentos adquiridos a cada ciclo do projeto. Palestras com especialistas: Apresentações realizadas por especialistas, que proporcionam momentos de reflexão e questionamento, ampliando o repertório de informações dos jovens sobre os temas tratados. Visitas orientadas: A visitação a museus, exposições ou locais temáticos estimula descobertas e o despertar do aluno pesquisador, sendo de grande valia para a ampliação do universo cultural dos participantes do projeto.

Atribuições da gestão escolar Todas as medidas aqui especificadas devem ser tomadas no âmbito administrativo da escola, com pleno aval do gestor, que deve considerar os investimentos técnicos e financeiros necessários para a aplicação do projeto. O apoio do Instituto Unibanco nesse processo está indicado no capítulo Parceria com as Escolas. Complementam esse conjunto de iniciativas específicas do gestor o constante monitoramento e a avaliação das atividades, resultados e impactos do projeto na escola, dados que posteriormente deverão ser compartilhados com o Instituto Unibanco.

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GUIA DO PROFESSOR OU TUTOR O docente que participa do Jovem Cientista tem como missão transmitir conhecimentos de sua respectiva disciplina – Língua Portuguesa, Matemática, Física, Biologia e Química – para a formação complementar de alunos do Ensino Médio. Ao assumir esse compromisso, contribui para aumentar os índices de frequência e desempenho escolar nessas matérias, ampliando as possibilidades de o estudante concluir o ciclo com sucesso. Seja professor, que participa das atividades regulares da escola, ou tutor, selecionado entre universitários que estejam cursando a partir do 3º ano de Língua Portuguesa, Matemática, Física, Biologia, Química ou Pedagogia, o docente deve adotar o modelo pedagógico estabelecido pelo projeto e utilizar os instrumentos tecnológicos e mídias disponibilizados para o desenvolvimento das aulas. Suas atividades incluem a promoção de pesquisas e realização de experimentos em sala de aula e a constante troca de informações com os docentes de outras disciplinas. Para facilitar essa tarefa, deve levar em conta as questões a seguir: Conhecimento dos temas Os jovens precisam de estímulo e tempo para explorar, fazer observações, formular e testar hipóteses. Devem perguntar, ler, descobrir e não apenas memorizar fatos. E a metodologia do Jovem Cientista é direcionada para esse movimento. Portanto, é fundamental que o professor ou estagiário docente tenha pleno domínio teórico e prático dos temas que irá trabalhar em sala de aula. Atividades em classe Desde a primeira aula, o docente deve planejar suas ações com base nos roteiros de planos de aula, elaborados pelo Instituto Unibanco, que fornecem os conteúdos diversificados do projeto. Basta seguir a linha-mestra do módulo e apresentar o panorama global do tema a ser tratado, sempre de forma multidisciplinar e contextualizada em relação às outras áreas de conhecimento. As dinâmicas de cada proposta de trabalho em classe devem ser elaboradas a partir da definição do tema-problema que a motivou para, então, se buscar o levantamento participativo de dados e informações a respeito, pela organização de uma linha de ação e a divisão de tarefas.

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GUIA DO professor ou tutor

Durante todo o processo, à medida que os alunos avançam na busca de conhecimentos, o professor deve se certificar de que estão realmente aprendendo os temas priorizados e desenvolvendo as habilidades esperadas. É necessário analisar o que foi efetivamente cumprido e o que não foi realizado com sucesso, de forma a se tirar o melhor proveito dessa vivência e aprendizagem. Atividades complementares O docente também é responsável por organizar atividades que agregam conhecimento ao aprendizado teórico, como visitas a museus, exposições ou locais temáticos, relacionados às disciplinas do projeto. Para tanto, deve contar com o apoio da administração da escola para a viabilização do evento. Reuniões interdisciplinares Durante todo o processo pedagógico, é indispensável o contato entre os docentes de todas as disciplinas que integram o Jovem Cientista, por meio de reuniões semanais ou quinzenais, de maneira a viabilizar a interação entre os temas tratados em cada módulo e, por consequência, os objetivos pedagógicos do projeto. Avaliações Ao final de cada ciclo de atividades (sugerimos aplicação de dois projetos), deve-se promover a comparação entre as avaliações diagnóstica e somativa, desenvolvidas com base na matriz de referência do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e descritas no capítulo Modelo de Implementação. Esse procedimento permitirá a análise dos resultados da aprendizagem, indicando o quanto os alunos participantes evoluíram como resultado da ação do projeto.

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PLANOS DE AULA Os docentes responsáveis pelo desenvolvimento das atividades do Jovem Cientista recebem do Instituto Unibanco um conjunto de roteiros de planos de aula, material a ser aplicado em classe. O modelo reproduzido a seguir é o mesmo adotado nos sete projetos interdisciplinares, cujos Planos de Aula estão descritos no capítulo Anexo.

ORGANIZAÇÃO DE PLANOS DE AULA Tema que reúne o conjunto de planos de aula. Objetivos Capacidades que os alunos desenvolverão a partir das situações propostas pelo professor. Conteúdo Conteúdos conceituais, procedimentais, fatuais e atitudinais que desenvolvem as capacidades propostas nos objetivos. Série Indica para qual série do Ensino Médio a aula é mais apropriada e se pode ser adaptada as demais séries. Tempo estimado Número de aulas conforme a área disciplinar. Material necessário Recursos que serão utilizados. Desenvolvimento Registros para encaminhamentos dos planos de aula por etapas de estudo. Avaliação Análise pelo professor das expectativas de aprendizagem previstas nos objetivos.

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PARCERIA COM AS ESCOLAS O Instituto Unibanco desenvolveu o Projeto Jovem Cientista e testou sua eficácia em fases piloto, com o objetivo de estender essa tecnologia educacional ao maior número de escolas públicas do Ensino Médio e seus alunos. Quanto mais instituições aderirem, maior a perspectiva de estar contribuindo efetivamente para a difusão de conteúdos na esfera de conhecimentos do projeto e formação de futuros cientistas. Para tanto, o Instituto Unibanco dispõe-se a acompanhar o desenvolvimento da ação e sua aplicabilidade em cada escola. A chave para que essa experiência possa ser bem-sucedida e produza os resultados desejados, portanto, é a parceria. Nessa relação de mão dupla, o Instituto Unibanco tem por missão garantir o suporte pedagógico necessário para que a instituição de ensino implemente o Jovem Cientista com êxito. O Instituto Unibanco é responsável por entregar o projeto pedagógico e sua metodologia, os roteiros de planos de aula das várias disciplinas e os modelos de avaliação. Além disso, permanece à disposição da escola para assessorá-la em questões técnicas durante o desenvolvimento do programa. O Termo de Adesão assinado pela escola (modelo disponível no capítulo Termo de Adesão) para a implementação do Jovem Cientista tem duração de um ano, abrangendo um ciclo anual ou dois semestrais de aplicação do projeto. Cada ciclo prevê a aplicação de dois módulos. A parceria pode ser renovada pelo período de até três anos, se houver interesse das partes. Cabe à instituição de ensino comprometer-se com a metodologia e estrutura de implementação, conforme as diretrizes propostas nesta publicação, sendo responsável pela apresentação dos resultados de desempenho dos alunos, ao final de cada ciclo (frequência e nota das disciplinas específicas do projeto). O Jovem Cientista é um título de propriedade do Instituto Unibanco, criado em parceria com o Instituto Galileo Galilei para a Educação e a Worldfund, razão pela qual a utilização ou divulgação da marca requer autorização prévia. Critério semelhante vale para o material de conteúdo intelectual entregue pelo Instituto Unibanco à escola, após a assinatura do Termo de Adesão, que deve ser utilizado exclusivamente nas atividades do Jovem Cientista na instituição de ensino parceira.

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TERMO DE ADESÃO Após informar o interesse em implementar o Jovem Cientista, a escola candidata será contatada pela equipe do Instituto Unibanco e, posteriormente, receberá uma minuta conforme modelo abaixo, para firmar a adesão através do documento assinado pelas parceiras.

MODELO Objeto: O presente termo tem por objeto a conjugação de esforços para o desenvolvimento do Projeto Jovem Cientista, que visa revelar talentos e incentivar nos jovens a prática da pesquisa, como meio de aprendizagem e produção de conhecimento. Por meio da utilização de novas tecnologias pedagógicas, propõe a formação complementar dos alunos do Ensino Médio das escolas da rede pública, no desenvolvimento de habilidades nas áreas de Física, Biologia, Química, Matemática e Língua Portuguesa. O diferencial do Jovem Cientista está na utilização de espaços multimídia, com computadores e material de laboratórios de ciências. Além de ampliarem os recursos pedagógicos do professor, esses instrumentos facilitam a pesquisa e o envolvimento dos jovens. Com isso, o projeto pretende desenvolver as competências e habilidades dos alunos, assim como busca estimular e motivar a frequência às aulas formais, diminuindo também os índices de evasão escolar. Qualificação dos Partícipes: 1. Escola: (nome) CEP: Endereço completo: Diretor(a):

• Disponibilização de Guia Prático para a implementação do Projeto. • Avaliação dos resultados e acompanhamento do Projeto. • Apoio técnico. Caberá à escola, ao participar da implantação do Projeto Jovem Cientista: • Disponibilizar espaço adequado para a realização das aulas. • Mobilizar e definir a participação dos professores. • Fornecer para o Instituto Unibanco os resultados do rendimento dos alunos para possibilitar o acompanhamento do desenvolvimento do projeto. • Contratar os tutores (se for o caso). • Motivar a comunidade escolar e monitorar o projeto. Vigência do Instrumento: O presente termo terá duração de um ano, a partir da data da assinatura das partes.

Cidade/Estado:

2. Instituto Unibanco Endereço: Av. Paulista, 1.337 – 1º andar Cerqueira César – São Paulo/SP Atribuições das Partes: Caberá ao Instituto Unibanco, ao participar da implementação do Projeto Jovem Cientista:

Cidade, ___de __________ de _______.

_________________ Instituto Unibanco ________________________ (Responsável pelo projeto) ________________________ (Diretor da escola)

____________________ Escola (nome)

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Anexos Estão reunidos, a seguir, os planos de aula dos sete projetos que compõem o Jovem Cientista, estruturados de acordo com as cinco disciplinas programáticas – Língua Portuguesa, Matemática, Física, Biologia e Química. Organizados em sequências didáticas, testadas em fases piloto, esses modelos podem ser adaptados pelos professores à realidade de cada escola, desde que mantidas as propostas educacionais do programa. As apresentações indicam os trabalhos a serem articulados em sala de aula, materiais necessários e dinâmicas previstas, como a leitura e interpretação de textos, uso de recursos audiovisuais, pesquisas na internet, debates e exposições dialogadas. Também trazem sugestões de bibliografia e sites para consulta, além de outras alternativas de estudo, como a possibilidade de realizar visitas monitoradas, conforme o tema abordado.


1. Projeto Vida e Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Matemática - Gráficos traduzindo experimentos de Galileu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Língua Portuguesa - Comunicando ideias sobre energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 Biologia e Química - Corpo humano: movimento e saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 Física - Transformação: da energia ao movimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 2. Projeto Eletricidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 Matemática - Eletricidade e trigonometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 Língua Portuguesa - Eletricidade, um fenônemo a ser descrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Biologia e Química - Eletricidade em nosso dia a dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Física - Eletricidade em nosso dia a dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 3. Projeto Lixo Urbano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 Matemática - Lixo urbano na Matemática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 Língua Portuguesa e Biologia - O papel social e pedagógico do estudo dos resíduos sólidos no ambiente urbano . . . 90 Física - Lixo urbano - Fonte de energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 4. Projeto Drogas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 Matemática - Construção de informação sobre uso de drogas lícitas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Língua Portuguesa - As drogas no contexto social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106 Biologia - Efeitos de drogas no corpo humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 Física - Efeitos das drogas na temperatura corporal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 Química - Folder para campanha contra o uso de drogas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 5. Projeto Terra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 Matemática - Um só lugar no universo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122 Língua Portuguesa - Terra, um só lugar no universo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 Biologia e Química - Trabalhando indicadores ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 Física - Um só mundo no universo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 6. Projeto Alimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147 Matemática - Alimentação: hábitos refletidos na aparência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 Língua Portuguesa - Alimentação saudável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 Biologia - Vamos ter uma boa alimentação? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Física - A energia dos alimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163 7. Projeto Astronomia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171 Matemática - Calculando o universo: discutindo Astronomia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172 Língua Portuguesa - Astronomia e os discursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176 Biologia e Química - Uma só Terra no universo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180 Física - O céu é um chapéu sobre nossas cabeças? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190


1. Projeto Vida e Energia O projeto promove o debate sobre a energia no mundo contemporâneo, partindo do princípio de que é difícil conceber a vida moderna sem esse recurso, indispensável à conservação e preparação de alimentos, à limpeza, ao transporte e à comunicação. São estudadas as modalidades de produção de energia elétrica a partir da queima do petróleo, do carvão e outros combustíveis sólidos, gás natural, reação nuclear, além da gerada pela potência da água, em hidrelétricas, geralmente construídas em circunstâncias que podem provocar impactos ambientais. Os alunos analisam a transformação da energia em movimento, desde sua fonte primordial, o sol, e aprendem a relacionar os conceitos de energia potencial e energia cinética à energia mecânica e a sistemas conservativos. Também elaboram gráficos e reproduzem experimentos científicos, como os de Galileu Galilei, inventor do termoscópio, instrumento que permite observar as variações de temperatura. A compreensão dos diferentes tipos de músculos e de suas funções no corpo humano permite aos estudantes analisar os processos bioquímico-físicos que comandam o funcionamento muscular. Assim, são capazes de identificar a rede de transformações que possibilita a um jogador de futebol utilizar seu corpo na preparação e realização de um gol.

44 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Gráficos traduzindo experimentos de Galileu Produto final: Exposição de gráficos sobre experimentos científicos Duração: 8 aulas Objetivos: • Produzir gráficos a partir de dados obtidos experimentalmente. • Obter curva experimental a partir de uma distribuição de pontos em um gráfico. • Modelar uma função analítico-matemática para uma curva obtida graficamente. • Determinar o volume de um frasco cilíndrico a partir de mensurações de comprimento feitas com uma régua. • Determinar o volume de um frasco cilíndrico utilizando um paquímetro. Conteúdos: • Gráficos • Função analítica a partir de curva • Volume de um frasco cilíndrico • Tubo de Galileu Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Tubo de Galileu (régua acoplada ao tubo) • Papel milimetrado • Frasco cilíndrico • Régua de 30 cm • Paquímetro • Cronômetro

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 45

1. Projeto Vida e Energia | MATEMÁTICA

MATEMática


1. Projeto Vida e Energia | MATEMÁTICA

Matemática | Gráficos traduzindo experimentos de Galileu

Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Com os alunos reunidos num grande grupo, iniciar o projeto perguntando qual foi a última vez em que eles leram ou consultaram um gráfico? A que o gráfico se referia? O que puderam apreender dele? Anotar na lousa as respostas dos alunos. Em seguida, retomar os conhecimentos que os alunos têm sobre gráficos. Enfocar os diferentes tipos de gráficos de que os alunos lembraram. Em seguida, distribuir um texto que trate de uma informação que necessite interpretar séries de dados. Apresentar na sequência o gráfico e solicitar que o leiam novamente, perguntando: ficou mais compreensível a leitura dos dados? O gráfico ajudou? Depois da discussão inicial, comentar que as representações gráficas, de um modo geral, transformam dados em informações, por reuni-los e organizá-los segundo determinados critérios. Colocar na lousa o problema: “Considerem que durante 30 dias foi estudado o clima de uma região e que foram feitas 6 medidas de temperatura, a cada 4 horas. Isso representa um total de 180 dados. Qual seria o critério para organizar essas informações? Como poderíamos comunicar matematicamente essa informação?” Deixar que os alunos proponham livremente uma solução. A partir das propostas dos alunos, analisar e comentar que, sem um critério de organização e apresentação, as informações podem se tornar inúteis, dada a dificuldade de interpretação. No entanto, se as informações forem organizadas em um gráfico, tendo em um eixo as temperaturas e no outro os dias do mês, transformam-se em fonte de informação, permitindo uma pronta interpretação a respeito da variação da temperatura ao longo do tempo. Apresentar alguns gráficos sobre a variação da temperatura. Ler esses gráficos coletivamente. Os alunos devem concluir que a partir de gráficos percebe-se a produção de conhecimento por quem o interpreta. Podendo tirar conclusões, pode-se utilizar esse conhecimento para determinadas finalidades ou, ainda, a partir dele conhecer novos pontos para iniciar outra pesquisa. Apresentar neste momento o projeto Gráficos traduzindo experimentos de Galileu sobre medidas, em que serão utilizados alguns instrumentos, como régua e cronômetro. Fazer um pequeno preâmbulo, apresentando Galileu e a Matemática (ver subsídio). Se preferir, solicitar aos alunos que busquem informações sobre os experimentos de Galileu. Com esses instrumentos, os alunos irão estudar o movimento de uma “bolha” que se desloca no interior de um líquido, a partir da construção de um gráfico que transformará dados primários em informações e essas, uma vez interpretadas, em conhecimento. 46 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Subsídio para o Professor Galileu nasceu e viveu na Itália. Foi matemático em Pádua, onde desenvolveu a maior parte de seu trabalho, que o tornou conhecido como criador do método experimental. Formulou as leis do movimento dos corpos em queda livre e dos projéteis e defendeu o sistema heliocêntrico do Universo. Como na época a Santa Inquisição estava em plena atividade, foi perseguido e obrigado a negar suas teorias. Mas, apesar dos contratempos enfrentados, foi um dos grandes responsáveis pelo avanço da ciência.(...) (...) Galileu também inventou um termômetro baseado na densidade dos líquidos, pois a densidade varia com a temperatura.(...)

Fonte: http://www.if.ufrgs.br/cref/leila/termosc.htm (Autor desconhecido) (12/04/11)

2. Medindo e registrando um experimento Colocar na lousa a pergunta central do projeto: Analisando-se o deslocamento da bolha no decorrer do tempo, que curva é obtida graficamente? No laboratório e em parceria com o professor de Física, reproduzir o experimento do Tubo de Galileu, cujo objetivo é estudar o movimento de uma bolha de ar que se desloca em um líquido, por meio da construção de um gráfico que relacione o seu deslocamento com o tempo. Construir uma tabela que relacione a posição da bolha, em relação à régua do tubo de ensaio (proveta), a partir de zero (cm) e de 5,0 em 5,0 cm, até 30,0 cm, com o tempo decorrido e medido com o cronômetro digital. A partir da tabela de dados obtidos, construir o gráfico da posição da bolha em função do tempo [s = f(t)] e assim produzir a curva proposta na pergunta inicial. Com a curva obtida graficamente, relatar como ela foi obtida e o que ela informa sobre o comportamento das variáveis analisadas. Orientar a análise com novas perguntas como: Que grandeza física está associada à curva obtida? Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 47

1. Projeto Vida e Energia | MATEMÁTICA

Matemática | Gráficos traduzindo experimentos de Galileu


1. Projeto Vida e Energia | MATEMÁTICA

Matemática | Gráficos traduzindo experimentos de Galileu

Para finalizar essa etapa, esboçar uma função analítica para a curva obtida experimentalmente. Testar a validade do modelo matemático construído. 3. Procurando gráficos em textos científicos sobre o comportamento de líquidos e gases Neste momento, os alunos vão expandir sua análise para investigar na literatura experimentos semelhantes que foram expressos em gráficos. Aqui, eles devem ler a análise dos gráficos em artigos científicos, identificando as variáveis e a interpretação científica a partir dos gráficos. Organizar uma exposição de painéis com o título do projeto.

Fontes de pesquisa Sites: http://educar.sc.usp.br/fisica/graficos.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Cilindro http://www.algosobre.com.br/matematica/geometrial-espacial-cilindro.html http://www.ime.usp.br/~lye/hp/sg3d/objetos.html http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A9gua http://pt.wikipedia.org/wiki/Paqu%C3%ADmetro http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/vitor/materiais/Roteiro_Zero_I.pdf http://www.if.ufrgs.br/cref/leila/termosc.htm (Último acesso aos links acima em 12/04/11)

48 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Comunicando ideias sobre energia Produto final: Fórum de debate sobre a energia no mundo contemporâneo Duração: 8 aulas Objetivos: • Identificar tipos de textos e gêneros textuais. • Identificar a conceituação das etapas de produção de textos. • Participar de fórum de debates sobre energia. • Conhecer gêneros literários e científico. Conteúdos: • Gêneros textuais (literário e científico) • Energia • Produção de texto Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Papel e caneta para anotações • Cópias de artigos científicos • Cópias dos textos literários • Computador com acesso à internet e vídeos

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 49

1. Projeto Vida e Energia | Língua portuguesa

Língua Portuguesa


1. Projeto Vida e Energia | Língua portuguesa

Língua Portuguesa | Comunicando ideias sobre energia

Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Com os alunos reunidos num grande grupo, iniciar o projeto comentando que a comunicação constitui-se em um diferencial da espécie humana. Perguntar a eles quando um texto escrito fez toda a diferença em suas vidas. Anotar na lousa os comentários. A partir desses textos, ler para os alunos alguns textos que fizeram toda a diferença para você professor (cartas, e-mails, avisos, holerite de pagamento, conta de luz, etc.). Com uma grande variedade de gêneros textuais colocados neste momento, classificar com eles a que gênero textual cada um desses textos pertence. Fazer um quadro na lousa com as classificações que eles propuserem e não corrigir neste momento. Para apreciar esse quadro, comentar que a comunicação é uma qualidade distintiva para a produção, veiculação e transmissão da cultura, aqui entendida como a totalidade das formas simbólicas que refletem crenças, escolhas, comportamentos, intervenções, invenções e ações diversas. Se for possível, mostrar um texto bem antigo (ver Subsídio para o Professor) e comentar que a comunicação escrita constituiu-se num objeto de atenção, informal-formal do ser humano. Ampliar a conversa e comentar que a comunicação seria inútil se a mensagem falada, escrita ou simbólica de um modo geral não produzisse os efeitos desejados. Mas como comunicar as ideias por textos? Comentar que a produção de textos, em particular, exige conhecimentos teóricos e técnicas de redação para aumentar o sucesso da comunicação. A comunicação escrita é padronizada para facilitar o entendimento entre os vários níveis linguísticos da população. É necessário, portanto, o domínio das normas que norteiam a sua produção para uma efetiva comunicação. Além da Norma Gramatical Padrão, a escrita de textos exige o conhecimento das diferentes formas de construção de textos, bem como os gêneros e o modo de produção. Retomar nesse momento o quadro de gêneros que os alunos agruparam na atividade exploratória inicial e corrigir, se for necessário. Concluir essa apresentação do projeto, comentando que a construção do texto escrito só será possível se o estudante conhecer o assunto e compreender o funcionamento lógico da língua. Apresentar o conteúdo que será abordado no projeto, principalmente o título e o produto final. Informar que trabalharemos modalidades de produção de textos, oferecendo também suporte à sua publicação formal no fórum.

50 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Subsídio para o Professor Carta da Vovó – Como seria escrita no final do século XIX

Querido Juca, Recebi tua amavel cartinha, que encheu-me de prazer. Respondo de prompto á tua cartinha, para fazer te vontade de escrever outra. Gostei de me diser teu pai que escreveste sem auxilio extranho: a letra é boa, e a redacçaõ está correcta. Examinando palavra por palavra, so achei um pequeno erro chuvendo, devendo ser chovendo. Como voce esta nos estudos. O collegio é bom? Ensina o que um jovem deve apprender? Cumpro a promessa de responder a todas as tuas cartas, accusando o recebimento da que escreveste no dia 29 para chegar dia de Anno Bom, aqui em Águas de São Pedro. Ahi vaõ as novidades, que voces viraõ achar no Natal na rua Farani: Julio arredou 8 m do terreno ao lado do nosso jardim com fundos ate o alto do morro; abrio communicaçaõ ao lado dos bambús; construiu uma cocheira, que indica a intençaõ de ter carro. Como voce vê são muitas novidades. Termino esta esperando outra. Estou muito triste hoje Acabando de assignar esta recebi telegrãma annunciando a morte da pobre Mariazinha . Lembra-se dela? Pobre Mariazinha. Tão boa companhia. Espero receber em breve outra cartinha do amado neto. Vovó Gracinda.

Autora: Sueli Angelo Furlan

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 51

1. Projeto Vida e Energia | Língua portuguesa

Língua Portuguesa | Comunicando ideias sobre energia


1. Projeto Vida e Energia | Língua portuguesa

Língua Portuguesa | Comunicando ideias sobre energia

2. Problematização com pesquisa Organizar a turma em grupos e distribuir o texto a seguir com algumas questões para que eles conversem e escrevam suas opiniões sobre elas.

Texto de apoio É difícil para uma pessoa nascida nos últimos 50 anos imaginar a vida sem energia Como preparar alimentos sem fogão e conservá-los sem usar a geladeira? A lavagem de roupas é muito mais fácil e rápida usando-se máquinas de lavar, a limpeza da casa é mais bem feita com o uso do aspirador. E os meios de transporte, os carros, os ônibus, que tanto facilitam a vida do trabalhador? Podemos citar o cinema, a televisão, o rádio, diversões tão populares que só são possíveis devido ao conhecimento e domínio da energia. Como imaginar uma fábrica dependendo apenas do trabalho manual dos operários? Ou a abertura de uma estrada sem tratores ou máquinas de terraplanagem? Ou ainda a construção sem guindastes, as siderúrgicas sem fornos e as fazendas sem máquinas agrícolas? O homem moderno depende da energia elétrica e do combustível fóssil como o homem do século XIX dependia do cavalo e o homem primitivo dependia de seus próprios braços. (...) A energia elétrica é produzida atualmente no mundo pela queima de petróleo (43%), de carvão e outros combustíveis sólidos (31%), de gás natural (21%) e reação nuclear e queda d’água (5%). No Brasil, atualmente, ao contrário do que acontece na maioria dos outros países do mundo, a maior fonte de energia são as hidrelétricas. O consumo de energia proveniente dessa fonte cresceu muito nas últimas décadas, com a construção de usinas gigantescas, como a de Itaipu e Tucuruí. (...) Para implantação das hidrelétricas, muitas vezes é necessário construir barragens, canais fluviais e outros recursos da engenharia hidráulica, que intensificam problemas ambientais, como a destruição de matas galerias, desmoronamento das margens do rio, assoreamento do leito, poluição das águas, etc. Na construção da Hidrelétrica de Tucuruí, por exemplo, o fechamento das comportas de sua barragem formou um imenso lago de 2.430 km2, cobrindo a floresta, que entrou em processo de putrefação. Nesse processo, é consumido o oxigênio dissolvido na água e ocorre a produção de gás sulfídrico. Fonte: www.eciencia.usp.br/arquivoEC/exp_antigas/gepeq.html (acesso em 13/04/2011) Texto produzido e elaborado pelo Laboratório Aberto de Química gepeq - Grupo de Pesquisa em Educação Química - Instituto de Química - usp

52 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Preâmbulo: A humanidade criou, através dos tempos, vários tipos de comunicação, dentre eles a comunicação verbal, falada e escrita. Para dominar esse tipo de comunicação, é preciso desenvolver o conhecimento teórico e os meios de sua produção. Sugestão de questões para debate e registro escrito de opiniões sobre o texto: • Qual é o entendimento que se tem do texto, a partir de sua leitura e reflexão, e como um texto pode nos ajudar a conhecer um fato? • Que tipo de texto é este? Qual o papel das perguntas iniciais? Ao fazer a leitura, o leitor vai obtendo as respostas? Quais outros tipos de textos são possíveis para tratar deste assunto? Em seguida, orientar para que pesquisem na internet textos que tratem do assunto energia no século XX. Orientar para que cada grupo traga um texto literário e outro jornalístico. Ver a sugestão de sites ao final. 3. Leitura dialogada Na sequência, fazer uma sessão de leituras dos textos, dialogando sobre o conteúdo encontrado. Organizar exposições sobre as características desses textos, procurando revelar para o aluno a sua estrutura, identificando-o com o gênero a que pertence. Escolher um dos textos para analisar quanto às etapas da escritura desde a escolha do assunto, delimitação do tema, tipo, modo e gênero textual. 4. Produção de textos Organizar a sala em duplas e propor a produção de um texto (cujo gênero pode ser escolhido pelos alunos) para ser divulgado num fórum sobre Energia no Século XXI: Quais caminhos? Propor aos alunos que trabalhem a partir de energias consideradas alternativas: eólica, solar, bicombustíveis, entre outras. Decidir isso coletivamente. Procurar conversar com os professores de Ciências, Física e Química para que essa escolha possa se articular com conteúdos que estejam sendo trabalhados sobre o tema energia. Organizar o fórum da turma, se possível utilizando ambiente virtual, redes sociais ou outra forma virtual que seja acessível à sua escola.

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 53

1. Projeto Vida e Energia | Língua portuguesa

Língua Portuguesa | Comunicando ideias sobre energia


1. Projeto Vida e Energia | Língua portuguesa

Língua Portuguesa | Comunicando ideias sobre energia

Subsídio para o Professor O que é um fórum de debates? Um fórum é um ambiente de discussão. Na atualidade, os fóruns têm se tornado ambientes virtuais que amplificam a forma de interação entre as pessoas. Um fórum de discussão pode ser uma interessante ferramenta pedagógica de trabalho na internet, destinada a promover debates através de mensagens publicadas abordando uma mesma questão. Também pode ser chamado de comunidade ou “board”.

Fontes de pesquisa Livro: MARCHOFF, C. C. As fontes de energia no século XXI. Breviários de Ciência Contemporânea. Fundo de Cultura Econômica. 1992. Sites: http://www.administradores.com.br/artigos/importancia_da_comunicacao_eficaz_no_seculo_ xxi/23132/ (acesso em 07/04/11) http://www.administradores.com.br

(acesso em 07/04/11)

http://www.mundovestibular.com.br/articles/344/1/A-IMPORTANCIA-DA-COMUNICACAOESCRITA/Paacutegina1.html (acesso em 07/04/11) http://www.mundovestibular.com.br

(acesso em 07/04/11)

http://www.pucrs.br/manualred/resumos.php

(acesso em 07/04/11)

http://www.scribd.com/doc/904821/como-elaborar-a-introducao-de-um-texto http://almanaque.folha.uol.com.br/ciencia_01jun1921.htm www.eciencia.usp.br/arquivoEC/exp_antigas/gepeq.html

54 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

(acesso em 07/04/11)

(acesso em 13/04/11)

(acesso em 07/04/11)


Corpo humano: movimento e saúde Produto final: Folder sobre a importância do exercício de alongamento muscular em nosso dia a dia Duração: 8 aulas Objetivos: • Conhecer os processos responsáveis pelo funcionamento do sistema muscular humano. • Identificar os macroprocessos de funcionamento muscular dos membros inferiores. • Analisar os microprocessos bioquímicos e físicos que comandam o funcionamento muscular. • Identificar os diferentes tipos de músculos e suas funções no corpo humano. Conteúdos: • Etapas bioquímicas do funcionamento muscular • Músculos e movimento • Modelo do sistema muscular • Exercício de alongamento muscular no cotidiano Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Papel e caneta para anotações • Cópias de artigos científicos • Cópias dos textos literários • Computador com acesso à internet e vídeos

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 55

1. Projeto Vida e Energia | biologia e química

Biologia e Química


1. Projeto Vida e Energia | biologia e química

Biologia e Química | Corpo humano: movimento e saúde

Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Levar os alunos para uma área externa à sala de aula e solicitar que, em um grande círculo, façam alguns movimentos, por exemplo, todos levantem o braço em direção ao céu como se quisessem alcançá-lo, alongando-se o máximo que conseguirem. Se tiver dúvidas, solicitar auxílio ao professor de Educação Física. Em seguida, pedir que levantem apenas um braço e observem o movimento. Colocar as seguintes questões: • Como é possível realizar este movimento? • Você teria uma explicação para isso? • Qual seria ela? Deixar que falem livremente. Na sequência, orientar para que façam movimentos com os braços, pernas e cabeça e os analisem com as mesmas perguntas. Em seguida, solicitar que sentem no chão ou em outro lugar e escrevam todos os movimentos que fizeram e descrevam como foram realizados. Ler algumas produções e comentar que no corpo humano existe uma enorme variedade de músculos, dos mais diversos tamanhos e formatos, que cada um tem a sua disposição, conforme o local de origem e de inserção. Não seria possível nenhum tipo de movimento realizado pelo ser humano se não fosse o sistema muscular, comandado pelo nervoso e apoiado pelo sistema esquelético, todos trabalhando em sintonia. Por exemplo, comentar que para o braço ser erguido houve “autorização” do cérebro. Os músculos sem o esqueleto também não movimentariam nada. Convidar os alunos então para o projeto que vão realizar. 2. Exibição de vídeos Organizar a turma para assistir a pequenos vídeos sobre vários esportes (futebol, tênis, natação, vôlei, judô, golfe, etc.). Veja sugestões no final. Após assistirem aos vídeos, questionar os alunos: • Quais músculos um jogador utiliza para marcar um gol? • Quais músculos um lutador de judô utiliza para derrubar seu adversário num ippon?

56 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


• Quais músculos o nadador utiliza para dar braçadas no nado borboleta? E o jogador de vôlei ao dar uma forte cortada? • Quais músculos o jogador de golfe utiliza ao dar uma tacada? Conversar de forma descontraída sobre os vídeos e essas perguntas. Registrar na lousa as respostas dos alunos e analisar quais conhecimentos os alunos têm sobre os músculos. Em seguida, preparar uma aula expositiva para mostrar como estariam funcionando esses músculos analisados nos vídeos. Abordar a relação do movimento com o modelo do Esqueleto Humano e Modelo de Sistema Muscular. Utilizar, se possível, simuladores de movimento no laboratório. Lembrar sempre que é fundamental os alunos registrarem suas observações. 3. Observando músculos e movimentos Organizar uma exposição de imagens com pessoas de diferentes idades (de bebês a pessoas idosas) realizando movimentos. Durante a exposição, comentar que possuímos aproximadamente 650 músculos no corpo humano. Cada músculo possui o seu nervo motor, o qual se divide em muitos ramos para poder controlar todas as células musculares. O sistema muscular é capaz de efetuar imensa variedade de movimentos, e todas essas contrações são controladas e coordenadas pelo sistema nervoso. Apresentar a seguinte problematização: Os músculos são os órgãos ativos do movimento. Eles são dotados da capacidade de se contrair e de relaxar e, em consequência, transmitem os seus movimentos aos ossos, os quais formam o sistema passivo, por exemplo, do aparelho locomotor. O movimento de todo o corpo humano ou de algumas das suas partes – cabeça, pescoço, tronco, extremidades – deve-se aos músculos. Os órgãos que podem produzir certos movimentos, como coração, estômago, intestino, bexiga, etc., são dotados de músculos. Ao final, convidar os alunos para iniciar uma pesquisa em grupos sobre como funcionam os músculos. Para isso, dividir a turma em grupos e apresentar a seguinte pergunta: Quais as etapas bioquímicas que o músculo realiza para transformar combustível (energia química) em movimento (energia mecânica)? 4. Construção do quadro-síntese: músculos e funções Após a aula de laboratório, solicitar que os alunos façam um quadro com os músculos envolvidos nos movimentos estudados e descrevam como eles funcionam.

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 57

1. Projeto Vida e Energia | biologia e química

Biologia e Química | Corpo humano: movimento e saúde


1. Projeto Vida e Energia | biologia e química

Biologia e Química | Corpo humano: movimento e saúde

Organizar um modelo de corpo humano, seus músculos e funções. Você pode propor que os alunos façam um desenho em tamanho real do corpo humano (ver alguns esboços nos sites indicados). Neste momento, introduzir a bioquímica de funcionamento da célula muscular. Utilizar vídeos e slides. Se for possível, levar os alunos ao laboratório para observar no microscópio lâminas de células musculares e descrever o que veem. 5. Executando o melhor movimento Para concluir o estudo, introduzir a questão do melhor uso dos músculos para não criar fadiga ou doenças musculares como LER (lesão por esforço repetitivo). Para isso, solicitar que os alunos pesquisem na internet sobre esses assuntos e propor que elaborem um folder sobre alongamentos que devemos fazer cotidianamente, mesmo não sendo atletas. Levar alguns exemplos de folders para que eles possam decidir sobre como farão.

Fontes de pesquisa Vídeos sobre esportes: Guga X Michael Russel – Roland Garros 2001: www.grandesjogosdetenis.com http://www.youtube.com/watch?v=4xUKxxxud60 (acesso em 12/04/11) http://www.youtube.com/watch?v=be-BoM-WokY (acesso em 12/04/11) http://www.youtube.com/watch?v=tOoLGxuXiz0 (em inglês - acesso em 12/04/11) Texto: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/corpo/sistemamuscular.php (É necessário cadastro para o acesso aos conteúdos - acesso em 12/04/11)

58 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

(acesso em 12/04/11)


Transformação: da energia ao movimento Produto final: Exposição de experimentos sobre energia e movimento Duração: 8 aulas Objetivos: • Identificar as etapas de transformação da energia retroativamente até sua fonte primordial, no Sol. • Identificar a rede de transformações de energia responsável por permitir que um jogador de futebol seja capaz de utilizar seu corpo, na preparação e finalização de um gol. • Compreender os conceitos de Energia Potencial e Energia Cinética, relacionando-os a fim de elaborar o conceito de Energia Mecânica em sistemas conservativos. • Definir e quantificar Energia Cinética. • Definir e quantificar Energia Potencial. • Conhecer e saber aplicar o princípio de Conservação da Energia Mecânica. Conteúdos: • Transformações de energia • Energia Potencial e Energia Cinética • Princípio de Conservação da Energia Mecânica • Executar experimentos Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Papel e caneta para anotações • Computador com acesso à internet • Vídeos • Banco de Pesquisa Físico-Mecânica (plano, inclinado, móvel, mola, régua, calculadora, papel milimetrado*) (*) Este link disponibiliza um arquivo de papel milimetrado para impressão: http://office.microsoft.com/pt-br/templates/TC010183751046.aspx?CategoryID=CT101448201046&ofcresset=1 Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 59

1. Projeto Vida e Energia | física

Física


1. Projeto Vida e Energia | física

Física | Transformação: da energia ao movimento

Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Organizar a sala de aula para que assistam ao vídeo do YouTube sobre os gols de Pelé. Antes de passar o vídeo, conversar sobre o que sabem a respeito de Pelé e por que ele se tornou uma pessoa notável mundialmente. Utilizar a pequena sinopse a seguir para este começo. Pelé é considerado o mais notável jogador de futebol de todos os tempos. Mas suas proezas não seriam possíveis sem que, antes de marcar um gol, tivesse adequadamente se alimentado de energia nuclear. Um dos gols mais espetaculares do rei não foi registrado pelas câmeras. No entanto, a partir de depoimentos, foi possível reconstituí-lo por meio de simulações computacionais. É hora de rever esta imortal jogada, em YouTube - Gols do Pelé. Apresentar uma síntese de ideias, considerando que foi necessária a disponibilidade de energia para que Pelé pudesse realizar as jogadas que fez para, finalmente, marcar seu gol espetacular. Colocar então o problema: • Como reconstruir as possíveis etapas de transformações de energia que ocorreram neste processo? • Que energias foram essas e quais transformações podemos estudar a partir da Física? Deixar que os alunos reflitam e busquem responder com seu próprio repertório. Analisar as respostas e preparar devolutivas sobre elas. A partir desse caminho, revisitar o Princípio de Transformação da Energia, que poderá ser apresentado através de aula expositiva. Neste momento, retome a seguinte questão: Para que Pelé pudesse marcar os gols, de onde ele obteve energia e qual a fonte original dessa energia? Deixar que falem livremente. Na sequência, comentar que, em Física, a partir dessa observação inicial será feito um conjunto de pesquisas e estudos que permitirão compreender mais sobre como a energia se transforma em movimento. 2. Aula conceitual sobre o tema Organizar algumas aulas expositivas dialogadas que discutam como os aspectos envolvidos com o tema Energia são amplos, complexos e interconectados a uma rede, que vai desde a necessidade vital de obten60 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


ção de energia para todos os seres vivos, em particular para o homem, até a relação direta entre o nível de qualidade de vida e a disponibilidade de energia per capita. Apresentar imagens sobre as diferentes formas de obter energia e comentar que, para ter tudo o que a energia nos proporciona, estamos causando impactos significativos no ambiente, trazendo consequências que vão desde a alteração de ecossistemas locais até fenômenos de amplitude global, como o aquecimento global. Considerar nessas aulas que diferentes tipos de energia se transformam continuamente. Os combustíveis – como a gasolina, o álcool e o gás – têm energia, pois são capazes de movimentar automóveis, caminhões, ônibus e outros veículos. O Sol é a fonte primária de energia, mas a radiação que ele emite sofre transformações aproveitadas no processo de manutenção da vida na Terra. No mundo moderno, com a crescente demanda de energia, tem se procurado utilizar fontes alternativas de energia, já que as convencionais apresentam várias restrições por ocasionarem impactos ambientais de variados matizes. Não se prescinde, no entanto, da energia, como aquela proveniente de usinas hidrelétricas, para todas as necessidades da vida contemporânea. Energia Potencial Gravitacional relativa à queda d’água movimenta as pás de um gerador (um nome impróprio para esse dispositivo), que apresenta a propriedade de transformar a energia cinética, uma modalidade da energia mecânica, em energia elétrica. Essa apresentação pode ser uma ampla “tempestade de ideias” sobre as energias. Concluir propondo um recorte dentro desse amplo assunto, buscando, de modo geral, trazer o tema ao olhar da pesquisa em Física. 3. Exibição de vídeo Organizar a turma para assistir a pequenos vídeos sobre transformação de energia. Ver sugestões no final. Após assistirem aos vídeos, questionar os alunos: • Sempre transformamos energia? • Quais são as energias que aparecem no vídeo em transformação? • O que é Energia Cinética? • Como um atleta transforma energia em movimento? Conversar de forma descontraída sobre os vídeos e essas perguntas. Incluir outras questões que venham dos alunos. Registrar na lousa as respostas dos alunos e analisar quais conhecimentos os alunos têm sobre a transformação da energia.

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1. Projeto Vida e Energia | física

Física | Transformação: da energia ao movimento


1. Projeto Vida e Energia | física

Física | Transformação: da energia ao movimento

Em seguida, solicitar que, em grupos, os alunos pesquisem na internet experimentos sobre transformação de Energia Potencial em Energia Cinética que possam ser reproduzidos no laboratório da escola. Organizar um pequeno seminário de apresentação dos vídeos e avaliar com eles a possibilidade de execução dos experimentos. 4. Organizando os experimentos no laboratório Através da pesquisa feita até este momento e as análises sobre as variáveis que relacionam a Energia Cinética e Potencial Elástica num sistema físico, iniciar a construção de experimentos para demonstração numa exposição para toda a escola. A pesquisa sobre os experimentos deve ser orientada para a busca de uma compreensão da Energia Mecânica e como ela pode se conservar num sistema isolado e também como transformar Energia Potencial em Cinética. Durante a construção e execução dos experimentos, aproveitar para auxiliá-los a responder às seguintes questões: • Como definir e quantificar Energia Cinética? E Potencial? Elas se conservam? • Como aparecem na natureza e no mundo tecnológico essas transformações? Qual é a relação entre Energia Elástica e Cinética? • Estudar aplicações tecnológicas para essas modalidades de energia. O que é e como se define o Princípio de Conservação de Energia? Organizar uma exposição dos experimentos e aproveitar para filmar os alunos em ação. Depois, colocar os melhores resultados no YouTube, divulgando também a criatividade dos seus alunos.

62 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Fontes de pesquisa Vídeos sobre esportes: http://www.youtube.com/watch?v=b5AvgdV5_wI&NR=1

(acesso em 12/04/11)

http://www.youtube.com/watch?v=p9lqYePK8K4&feature=related

(em espanhol - acesso em 12/04/11)

http://www.youtube.com/watch?v=xSKFf2ZlTAY&feature=related

(acesso em 12/04/11)

Textos: MARCHOFF, C. C. As fontes de energia no século XXI. Breviários de Ciência Contemporânea. Fundo de Cultura Econômica. 1992. http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_mec%C3%A2nica

(acesso em 12/04/11)

http://efisica.if.usp.br/mecanica/ensinomedio/energia/mecanica/ http://efisica.if.usp.br/mecanica/ensinomedio/energia/cotidiano/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_e_flecha

(acesso em 12/04/11) (acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bungee_jumping

(acesso em 12/04/11)

http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo

(acesso em 12/04/11)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_Cin%C3%A9tica

(acesso em 12/04/11)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_Potencial_Gravitacional

(acesso em 12/04/11)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_Potencial_El%C3%A1stica

(acesso em 12/04/11)

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 63

1. Projeto Vida e Energia | física

Física | Transformação: da energia ao movimento


2. projeto Eletricidade A história da eletricidade é tratada desde as observações do filósofo grego Tales de Mileto, que esfregou um âmbar em um pedaço de pele de carneiro e notou que fragmentos de palha e madeira eram atraídos pelo âmbar (elektron, em grego), resina da qual derivou o nome dado à eletricidade. As experiências de Hertz e, posteriormente, de Guglielmo Marconi, que utilizou as ondas de rádio para criar o telégrafo sem fio, também são resgatadas, numa análise descritiva da eletricidade, estudada a partir de textos e materiais pictóricos, musicais e literários. Os alunos aprendem a conceituar os fenômenos da eletrização, reconhecer o conceito de estrutura atômica, no contexto da eletricidade, e a identificar as relações entre correntes elétricas e o sistema nervoso. Também verificam e testam aplicações da trigonometria em dispositivos elétricos e na cartografia, entendendo como é possível medir áreas a partir de ângulos. A transformação da energia eletromagnética em elétrica e mecânica é outra frente de estudos, que mostra como são utilizados equipamentos de medidas de correntes, tensão e resistência. Em termos práticos, fenômenos como a condutividade são detalhados a partir da construção de pilhas elétricas pelos alunos, experimento que pode ser apresentado nas Feiras de Ciências.

64 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Eletricidade e trigonometria Produto final: Painéis sobre a eletricidade e a trigonometria Duração: 8 aulas Objetivos: • Identificar a relevância da eletricidade, na dimensão científica e tecnológica, para a sociedade contemporânea. • Construir, testar e verificar algumas aplicações matemáticas em eletricidade. Conteúdos: • Eletricidade • Aplicações da trigonometria a dispositivos elétricos Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Material: • Computador com acesso à internet

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2. Projeto ELETRICIDADE | matemática

Matemática


2. Projeto ELETRICIDADE | matemática

Matemática | Eletricidade e trigonometria

Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Iniciar conversando com os alunos sobre a importância da trigonometria nas áreas de astronomia e na cartografia, citando exemplos como: um radar de um submarino é construído em cima de uma circunferência trigonométrica, também usada para fazer medições de terrenos ou da área de uma sala; pode ser usada até mesmo para cálculo de volumes. Retomar a relação da trigonometria com o cálculo de ângulos. Expor imagens de instrumentos que podem ser utilizados para fazer essas medições de ângulos como: sextante, teodolito, compasso, transferidor, entre outros. A partir dessa explanação, propor o seguinte problema: Um exemplo prático é o de um engenheiro que precisa calcular a área de um terreno retangular de 37 hectares. Se ele for medir todo o terreno, perderá muito tempo. Como poderia calcular a área utilizando ângulos? Resposta: uma opção é calcular uma parte do terreno. Para isso, ele pode dividir o terreno em dois triângulos retângulos; por meio da relação de seno, cosseno e tangente, ele poderá calcular a área de um dos triângulos; depois, é só dobrar o valor para obter a área total do terreno. Após a solução desse primeiro problema, colocar outro desafio: Suponha que a diretoria da escola deseja transformar o auditório, ou uma sala de aula, em um reservatório de água reutilizável. Mas, antes, é preciso ter certeza de que o projeto é viável e vale a pena fazer essa mudança. Para isso, você tem à disposição apenas uma trena, um teodolito e a relação de seno e cosseno. Como calcular o volume, em litros, que cabe dentro do auditório ou da sala escolhida? Qual a melhor forma que o grupo encontrou para fazer o cálculo? Deixar que os alunos busquem a solução do problema e, depois, refazer coletivamente, usando apenas a trena. Comparar qual método é melhor para chegar ao volume do ambiente (auditório ou sala de aula). Após essa introdução, trabalhar cálculos como esse, utilizados no uso da energia. 2. Aula conceitual sobre eletricidade Organizar juntamente com o professor de Física uma aula sobre a história da eletricidade, considerando que num período de aproximadamente 1.700 anos, que vai do século V a.C. até quase o final do século 66 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


XII, as conquistas nesse ramo do conhecimento foram decisivas para a ciência e a tecnologia dos séculos XVIII, XIX, XX e XXI. Das primeiras máquinas elétricas, passando pela criação de um recipiente artificial capaz de guardar eletricidade (chamado Garrafa de Leyden), à invenção do para-raios por Benjamin Franklin e até a “Lei de Coulomb”, a ciência e a tecnologia deram passos decisivos nesta área. Propor então aos alunos uma pesquisa sobre a eletricidade em seu dia a dia. Os alunos devem construir uma tabela de usos e de equipamentos do seu dia a dia. Para isso, colocar a seguinte comanda na lousa: imagine-se chegando em casa, à noite, sem que houvesse postes de iluminação acesos nas ruas! Ou, chegar em casa e não ter como tomar um banho quente, ainda mais num dia frio; precisar acender a luz do quarto, mas... Nada! Tentar ligar o telefone (fixo ou celular) e “ouvir” o silêncio. Assistir a um programa de TV, ligar o aparelho de som ou o computador? E mais ainda: não poder fazer compras no supermercado, pois não haveria como manter os alimentos conservados sob adequada refrigeração. Os problemas não param por aí: é preciso pensar que simplesmente não existiria o mundo atual sem eletricidade. Como é o seu dia a dia com a eletricidade? Reunir os quadros obtidos e organizar uma investigação sobre a corrente elétrica que alimenta todos esses usos. 3. Investigando a trigonometria e eletricidade Após a imersão no uso cotidiano da eletricidade, propor aos alunos descobrir como a trigonometria pode se relacionar com a eletricidade. Selecionar as descobertas feitas pelos alunos e organizar junto com o professor de Física alguns experimentos sobre Matemática das tensões AC (corrente alternada, que é a forma como a energia elétrica é entregue a empresas e residências). Após os experimentos, orientar os alunos para que construam painéis sobre o tema do projeto.

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 67

2. Projeto ELETRICIDADE | matemática

Matemática | Eletricidade e trigonometria


2. Projeto ELETRICIDADE | matemática

Matemática | Eletricidade e trigonometria

Fontes de pesquisa Sites: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tri%C3%A2ngulo_ret%C3%A2ngulo

(acesso em11/04/11)

Ângulos Notáveis: http://educacao.uol.com.br/matematica/ult1692u43.jhtm http://pt.wikipedia.org/wiki/Historia_da_eletricidade

(acesso em 11/04/11)

(acesso em 11/04/11)

http://www.youtube.com/watch?v=YZC_gxl2HEk&feature=ch annel_page

(acesso em 11/04/11)

Descarga de Alta Tensão, formando um arco voltaico, em uma estação transformadora: http://www.youtube.com/watch?v=CqvQMBW7OzA&feature=related (acesso em 11/04/11) Tempestade Elétrica: http://www.youtube.com/watch?v=jiKNisWj-Hs

(acesso em 11/04/11)

http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/construindo-um-teodolito.htm (acesso em 07/04/11)

http://www.vestibulandoweb.com.br

(acesso em 13/04/11)

Texto: TABARES, R. H. et al. Eletrostática: software educacional. Rio de Janeiro: Passo a Passo Tecnologia em Educação e Treinamento, 2005

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Eletricidade, um fenômeno a ser descrito Produto final: Varal de leitura das descrições objetivas e subjetivas Duração: 8 aulas Objetivos: • Reconhecer a descrição científica nos mais diversos âmbitos e formas. • Identificar a experiência descritiva na Literatura. • Reconhecer a descrição como gênero e associar a motivação científica. Conteúdo: • Descrição, parágrafo dissertativo e interpretação de textos Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Textos pictóricos, musicais e literários

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2. Projeto ELETRICIDADE | língua portuguesa

Língua Portuguesa


2. Projeto ELETRICIDADE | língua portuguesa

Língua Portuguesa | Eletricidade, um fenômeno a ser descrito

Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Iniciar a apresentação do projeto por um momento de leitura de um texto científico escrito por pesquisadores do século XVIII, XIX e XX. Ao terminar a leitura, perguntar para os alunos quais diferenças identificam nas leituras quanto à forma, ao vocabulário e à escrita. Deixar que falem de suas percepções sobre como os pesquisadores comunicavam o que descobriam. Se for possível, solicitar ao professor de História que participe desse bate-papo inicial. Comentar que, se por um lado a ciência transforma a sociedade, por outro, ela também é modelada pelo contexto social, histórico e cultural em que se encontra imersa. Assim, é de se prever que os modelos científicos tendam a mudar ao longo de diferentes contextos sócio-históricos – no sentido de responderem e também engendrarem novas demandas para seu tempo. Na apreciação dos textos lidos, comentar que a construção dos modelos científicos – assim como a sua divulgação para a comunidade acadêmica – realiza-se por meio de um nível de linguagem específico. Ao longo do tempo, a linguagem científica transformou-se intensamente ao selecionar, para o seu uso, alguns gêneros textuais em detrimento de outros; como exemplo extremo, há comprovação histórica de que os tratados de Zoologia na antiga Grécia eram escritos em verso, seguindo normas rígidas de metrificação. Selecionar um trecho de artigo científico e comparar junto com os alunos. Lembrar que, atualmente, a ciência ocidental opta pelo gênero textual do artigo científico. Esse gênero consiste em um texto relativamente curto, publicado geralmente em revistas especializadas, sob a aprovação de um conjunto de especialistas. A gênese de um artigo científico ocorre, na maioria das vezes, por meio da priorização dos tipos textuais da descrição e da dissertação. Se for possível, passar o vídeo do programa Nossa Língua Portuguesa (TV Cultura: http://www.tvcultura. com.br/aloescola/linguaportuguesa/ acesso em 11/04/11) sobre a descrição. Na sequência, colocar as seguintes questões para os alunos conversarem em grupos: como fazer uma descrição eficaz? Isto é, como descrever um objeto, um procedimento ou uma pessoa de modo que o receptor do texto represente, o mais precisamente possível, aquilo que você gostaria que ele representasse?

70 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Subsídio para o Professor História da Eletricidade Autor: Maurício Massazumi Oka http://www.Lsi.usp.br/˜dmi/manuais/HistoriaDaEletricidade.pdf

(acesso em 07/04/2011)

A primeira observação da eletrificação de objetos por atrito perdeu-se na antiguidade. Os filósofos gregos, como por exemplo, Thales, de Miletus, no ano 600 a.c., já sabiam que ao esfregar uma peça de âmbar com um pedaço de lã ou pele, eram capazes de conferir ao âmbar a propriedade de atrair pequenos pedaços de palha. A palavra elétron, aliás deriva da palavra âmbar (elektron), em grego. Esta constatação originou a ciência da eletricidade. Os gregos sabiam também que algumas “pedras”, as magnetitas (lodestones) que eram encontradas em Magnesia, uma localidade da Ásia Menor, podiam atrair exclusivamente o ferro, e isto mesmo sem serem esfregados. O estudo desta propriedade origina a ciência do magnetismo. No século 11, árabes e chineses usavam a magnetita flutuando sobre a água para se orientarem ao navegar pelos mares. Eram as bússolas. O primeiro estudo sistemático dos ímãs foi feito em 1269 por Pierre de Maricourt. Ele usou uma agulha magnetizada para traçar o que chamava de “linhas de força” ao redor de uma esfera de magnetita e descobriu que estas linhas convergem em duas regiões, em lados opostos da esfera, como as linhas longitudinais da Terra. Por analogia, ele chamou as regiões onde as linhas de força convergem de pólos. Em 1600, William Gilbert estendeu estes trabalhos e sugeriu que a própria Terra comporta-se como um gigantesco ímã. Por volta de 1753, observações de que relâmpagos eram capazes de conferir propriedades magnéticas a peças de ferro sugeriam uma convergência entre eletricidade e o magnetismo, mas demorou ainda algum tempo até que a relação entre as duas ciências se tornasse clara (...)

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 71

2. Projeto ELETRICIDADE | língua portuguesa

Língua Portuguesa | Eletricidade, um fenômeno a ser descrito


2. Projeto ELETRICIDADE | língua portuguesa

Língua Portuguesa | Eletricidade um fenômeno a ser descrito

Subsídio para o Professor A seguir, 9 citações de Paul Henri Holbach (1723-1789) – Enciclopedista – Iluminista “Quando nos quisermos ocupar utilmente da felicidade dos homens devemos começar por transformar os deuses do Céu.”

“As paixões são os verdadeiros contrapesos das paixões.”

Fonte: Sistema da Natureza

Tema: Paixão

Fonte: Sistema da Natureza

Tema: Homem

“A ambição é louvável quando acompanhada pelo desejo e pela capacidade de fazer felizes os outros.” Tema: Ambição

“É necessário que o desejo seja irritado por obstáculos [...]. O homem que nada deseja é, certamente, mais infeliz do que o que sofre.” Tema: Desejo

“Cada homem quer um Deus só para si.” Fonte: Sistema da Natureza Tema: Deus

“A liberdade é a faculdade de fazer pela sua própria felicidade tudo o que não prejudica a felicidade dos seus associados.” Fonte: Sistema da Natureza Tema: Liberdade

72 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

“Os homens agarram-se à sua religião como os selvagens à aguardente.” Fonte: O Sistema da Natureza Tema: Religião

“Não existem dois indivíduos sobre a Terra que tenham ou que possam ter as mesmas ideias do seu Deus.” Fonte: O Bom Senso do Cura Meslier Tema: Religião

“Surpreender-se com ver tantos vícios a inundar a sociedade e incomodar-se com isso é espantar-se por se caminhar menos à vontade numa rua movimentada do que quando se passeia pelo campo.” Fonte: O Sistema Social Tema: Sociedade


2. A descrição como texto para compreender fenômenos Iniciar a aula retomando que a descrição, como se compreendeu anteriormente, é um tipo textual que imprime existência aos objetos do mundo. Mas qual o campo da descrição? A literatura poderia conter outra forma de descrição? Conversar com os alunos sobre a linguagem científica aparentemente muito precisa e rigorosa – dita “realista”. Ler textos científicos em que possa mostrar que a descrição valoriza o aspecto racional e ordenado dos objetos do mundo. Utilizar textos que falam da eletricidade. Apresentar agora outra descrição de um fenômeno em texto literário. Vários poetas produziram textos com esse intuito. Você pode encontrar esses textos nas obras de Jorge Amado, Guimarães Rosa, Mário de Andrade, entre outros (consulte: http://www2.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/index.htm ou www.tvcultura.com.br/nossalingua (acesso em 11/04/11)). Comentar que nessa descrição há outro aspecto, de suma importância: o aspecto sensível. Assim, se a ciência valorizou basicamente a realidade através de sua faceta inteligível, pode-se pensar que, como um contraponto, a Literatura valorizou a faceta sensível. Podemos, pois, falar em descrição científica e descrição literária. São essas descrições que os alunos irão produzir neste projeto. Ou seja, como a sensibilidade é o complemento necessário da objetividade, os alunos irão analisar um fenômeno e produzir textos em gênero científico e literário. Para isso, colocar uma pergunta que será desvelada na produção de textos pelos alunos: até que ponto a realidade exterior – matéria inicial para a descrição – é pura objetividade? 3. Descobrindo o que é descrição objetiva e subjetiva Em grupos, distribuir as seguintes questões para que os alunos debatam e apresentem uma síntese oral: • O que é descrição objetiva e descrição subjetiva? O que é objetividade? • O que é subjetividade? • Qual o procedimento que se utiliza em uma descrição hermética, isto é, uma descrição que não se faz entender pelo seu receptor? • Qual a diferença entre a descrição de uma obra de arte e a descrição de um objeto científico? • Em que ponto um artista difere de um cientista? Em que ponto eles são semelhantes? Deixar que os alunos discutam em grupos. Construir a síntese conversando com o grupo maior e registrando na lousa. Em seguida, preparar aulas sobre textos descritivos e literários para mostrar características de ambos. Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 73

2. Projeto ELETRICIDADE | língua portuguesa

Língua Portuguesa | Eletricidade um fenômeno a ser descrito


2. Projeto ELETRICIDADE | língua portuguesa

Língua Portuguesa | Eletricidade um fenômeno a ser descrito

4. Leitura da descrição de um experimento para decifrar Com a ajuda dos professores de Biologia, Física ou Química, os alunos devem vivenciar um experimento sobre eletricidade, que pode ser, por exemplo, acender uma lâmpada a partir de uma solução de água salgada. Propor aos alunos descrições curtas do experimento. Acompanhar a produção das descrições científicas, buscando conformidade ortográfica. Analisar as descrições com base na discussão inicial. Em Língua Portuguesa, expor aos alunos textos pictóricos, musicais, literários sobre ciência. Publicação para a escola das descrições literárias e científicas de fenômenos relacionados à eletricidade.

Fontes de pesquisa Sites: http://www.google.com.br http://www.youtube.com

(acesso em 11/04/11) (acesso em 11/04/11)

http://am038a.googlepages.com/mapa:caracter%C3%ADsticasdotextocient%C3%ADfico (UNICAMP - acesso em 11/04/11)

http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=15516

(acesso em 11/04/11)

O pictórico, a narrativa, o mito, as estórias do cenário: www.scribd.com http://portalveritas.blogspot.com/2009/05/teofrasto.html

74 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

(acesso em 11/04/11)

(acesso em 11/04/11)


Eletricidade em nosso dia a dia Produto final: Feira da Eletricidade Duração: 8 aulas Objetivos: • Situar, no contexto sócio-histórico, a relevância da eletricidade na dimensão científica e tecnológica para a sociedade. • Elaborar conceituação para fundamentos de eletricidade. • Conceituar fenômenos de eletrização e formas de sua detecção. • Reconhecer o conceito de estrutura atômica e sua relação com a eletricidade. • Identificar relações entre o sistema nervoso e correntes elétricas. • Construir, testar e verificar algumas aplicações para dispositivos elétricos, como Versorium de Gilbert, Eletroscópio de Folhas e Garrafa Elétrica. • Construir os conceitos de condutividade elétrica e pilhas (reações redox). • Construir pilhas elétricas a partir de modelos apoiados em reações “redox” (oxidorredução). Conteúdos: • Condutividade elétrica • Eletricidade • Sistema nervoso e corrente elétrica Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Computador com acesso à internet • Material de desenho • Pilha de volta, modelo molecular, LED, limão, fio condutor • Placa de cobre, placa de zinco, fios de cobre, ferro, níquel e outros metais diversos • Um medidor de voltagem ou corrente ou galvanômetro, recipiente para água e gelo, vela, fogareiro de acampamento ou um aquecedor elétrico Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 75

2. Projeto ELETRICIDADE | biologia e química

Biologia e Química


2. Projeto ELETRICIDADE | biologia e química

Biologia e Química | Eletricidade em nosso dia a dia

Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Reunir os alunos num grande círculo e apagar tudo o que utilize energia elétrica na sala de aula. Em seguida, acender tudo e colocar as seguintes questões para reflexão: • Quando você chega em casa: aperta o interruptor para acender a luz? Usa o computador? Assiste à televisão? Deixar que os alunos relatem o que fazem em casa e como utilizam a energia elétrica. Em seguida, colocar para os alunos as seguintes questões para problematizarem em grupos o assunto que será estudado neste projeto: • Vocês já ouviram falar de apagão ou de economia de energia? Como a energia elétrica chega à sua casa? Qual a sua origem? • O que é energia elétrica? Os grupos discutem e apresentam suas ideias. Anotar na lousa as respostas dos alunos e solicitar que copiem no caderno de registro. Em seguida, preparar uma aula sobre o que é energia elétrica, explicando que consiste no deslocamento de elétrons – daí a origem do termo eletricidade. Os elétrons fazem parte de uma estrutura chamada átomo. Solicitar que os alunos busquem informações sobre o que é o átomo. Apresentar neste momento a proposta do projeto Eletricidade em nosso dia a dia. Ler os objetivos e verificar quais perguntas os alunos têm a respeito deste estudo. 2. Energia: o movimento de elétrons? Organizar uma aula para tratar do átomo e movimento de elétrons. Iniciar colocando na lousa as seguintes perguntas: • Como você imagina que seja a estrutura de um átomo? Pode desenhá-lo? • Sabe o que são elétrons? Como essas partículas estão localizadas na estrutura do átomo? • A eletricidade está presente nos seres vivos? Levar os alunos ao laboratório para modelarem o átomo. Para isso, construir com a ajuda dos recursos disponíveis na sua escola a estrutura de um átomo. Fazer em desenho, se for necessário. Não esquecer de 76 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


considerar os tamanhos relativos (entre as partículas e o átomo como um todo). Na sequência, desenvolver com os alunos alguns experimentos simples de produção de energia. Veja a sugestão a seguir: • Como construir uma pilha utilizando frutas http://fisicomaluco.com/experimentos/2008/05/01/como-fazer-uma-pilha-de-frutas/ (acesso em 11/04/11) - Autor: Luiz Ferraz Netto • Produzindo energia energia elétrica http://www.ceee.com.br/pportal/ceee/Component/Controller.aspx?CC=1875 link: Produzindo energia elétrica (acesso em 11/04/11) 3. Energia: o movimento muscular e energia Após os experimentos, comentar que podemos estudar a transmissão elétrica em nosso corpo. Começar a aula instigando os alunos. Colocar a seguinte problematização: “Imagine um laboratório de um anatomista, um cientista que estuda a estrutura e a organização de seres vivos. No laboratório de Luigi Galvani, em 1791, havia pernas de sapos penduradas em ganchos de latão apoiados em suportes de ferro... De repente, ele observa que a perna de sapo se mexe sozinha! Galvani ficou intrigado com o fenômeno e decidiu investigá-lo. Concluiu que ele estava relacionado ao fato de o músculo estar ligado a metais e de a eletricidade participar dos processos de contração muscular”. Mas será que: • O fato de o gancho ser de metal contribuiu para a perna contrair? E se ele fosse de outro material? Como você se sairia dessa? • Acreditaria que existe uma “eletricidade animal”? Ou que a eletricidade teria outra origem, até então desconhecida? Antes de responder, propor aos alunos que assistam a um vídeo. Organizar uma sessão de vídeo para ilustrar o experimento de Galvani (http://br.youtube.com/watch?v=iDOfQhBctzQ) (acesso em 11/04/11) e refletir em pequenos grupos sobre as questões a seguir: • Por que a perna do sapo se contrai? • Dizem que não devemos secar o cabelo ou ouvir rádio tomando banho de banheira. Por que você acha que isso é perigoso? • Água pura conduz eletricidade? • Como você imagina que a eletricidade “caminhe” dentro de soluções aquosas? O elétron pode “nadar”? Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 77

2. Projeto ELETRICIDADE | biologia e química

Biologia e Química | Eletricidade em nosso dia a dia


2. Projeto ELETRICIDADE | biologia e química

Biologia e Química | Eletricidade em nosso dia a dia

Subsídio para o Professor A eletricidade, desde tempos imemoriais, tem intrigado as pessoas e se constituiu, a partir do início do século XVII, numa área de investigação científica. Num período de aproximadamente 1.700 anos, que vai do século V a.C. até quase o final do século XII, as conquistas nesse ramo do conhecimento foram decisivas para a ciência e a tecnologia dos séculos XVIII ao XXI. Das primeiras máquinas elétricas, passando pela criação de um recipiente artificial capaz de guardar eletricidade (chamado Garrafa de Leyden), à invenção do para-raios por Benjamin Franklin e até a “Lei de Coulomb”, a ciência e a tecnologia deram passos decisivos nesta área.

4. Feira da Eletricidade A partir dos estudos realizados até este momento, propor à turma construir experimentos no laboratório. Esses experimentos ou outros que você conhecer nos ajudam a entender como se deu, ao longo do tempo, o desenvolvimento básico da ciência e tecnologia da eletricidade. Para isso, colocar o desafio em forma de perguntas: • O que é, como se constrói e como funciona o “Versorium de Gilbert”? • O que é, como se constrói e a que destina um Eletroscópio de Folhas? • O que é, como se constrói e o que se pode produzir com um Frasco Elétrico? Para concluir, organizar uma feira de demonstração dos conhecimentos sobre eletricidade em nosso dia a dia.

78 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Fontes de pesquisa Sites: http://br.youtube.com/watch?v=myphnZomUbs&feature=related http://br.youtube.com/watch?v=5XdNWksS9Mc http://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_atômico http://br.youtube.com/watch?v=y9wktSQdyaE http://br.youtube.com/watch?v=FLR87ZUiHtI http://pt.wikipedia.org/wiki/Luigi_Galvani

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11) (acesso em 12/04/11) (acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

http://br.youtube.com/watch?v=iDOfQhBctzQ

(acesso em 12/04/11)

http://www.youtube.com/watch?v=r146bN_GCCY

(acesso em 12/04/11)

Artigos: www.icbneuro.com.br Blog do Dr. Ricardo Teixeira: ConsCiência no Dia a Dia, PhD em Neurologia: http://drricardoteixeira.wordpress.com (acesso em 12/04/11)

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 79

2. Projeto ELETRICIDADE | biologia e química

Biologia e Química | Eletricidade em nosso dia a dia


2. Projeto ELETRICIDADE | física

Física

Eletricidade em nosso dia a dia Produto final: Feira da Eletricidade Duração: 8 aulas Objetivos: • Compreender que a energia eletromagnética transporta energia e que essa energia pode ser transformada em energia elétrica. • Conhecer o conceito de eletrostática. • Observar a transformação de energia eletromagnética em elétrica e em mecânica. • Utilizar equipamentos de medidas de correntes, tensão e resistência, em elementos de circuitos elétricos. • Qualificar e quantificar a lei de Coulomb bem como construir uma teoria concisa sobre eletrostática. Conteúdos: • Energia eletromagnética e mecânica • Transformação da energia • Circuitos elétricos • Lei de Coloumb Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Computador com acesso à internet • Laboratório para realizar experiência • Ampola de Crookes • Bateria solar IN003A

80 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Organizar uma sequência de imagens mostrando a eletricidade em ação! Para isso, encontrar imagens ou vídeos sobre relâmpagos. Para o ambiente doméstico, mostrar pessoas utilizando energia para passar roupas, ver TV, usar o computador, tomar banho de chuveiro, etc. A seguir, colocar algumas ideias para o grupo todo pensar a partir de questões: • Você já se imaginou viver em um ambiente onde não houvesse toda a tecnologia que nos cerca, como informática, automóveis ou até mesmo um simples chuveiro elétrico? Difícil, não? • Não existiria hoje computador, LCD, Ipod, Ipad e tantas outras tecnologias e equipamentos que se baseiam na eletrônica, não fosse o conhecimento produzido a respeito da eletricidade. Após esta discussão inicial, apresentar a proposta do projeto de organização da Feira da Eletricidade.

Subsídio para o Professor Estudos relacionados a fenômenos naturais possibilitaram ao homem descobrir e desenvolver o uso da eletricidade, hoje responsável por dar suporte à tecnologia utilizada e à formação cultural do homem do século XX. Por ser utilizada com tanta frequência, a energia elétrica se banalizou. Frequentemente deixamos passar desapercebido esse fenômeno realmente maravilhoso! Atualmente, são bastante difundidas na mídia consequências do mau uso de nossas fontes de energia para a obtenção de energia elétrica, e diversas soluções são dadas para os problemas de infraestrutura. Para entender um pouco mais sobre a complexidade dessas consequências e como elas podem nos afetar, teremos neste projeto como ponto de partida este fenômeno espetacular a que chamamos ELETRICIDADE. A palavra eletricidade vem da palavra grega elektron, que significa âmbar. O âmbar é uma resina vegetal petrificada, conhecida desde a antiguidade. Ao ser atritada com lã, passa a apresentar a propriedade de atrair outros corpos. Esse fenômeno é conhecido desde a antiguidade grega, por volta de 600 a. C, e, ao longo dos séculos, foi objeto de investigação por muitos filósofos e cientistas. Mas, somente a partir do século XV, passou a ser sistematicamente estudada, culminando com a descoberta do elétron no final do século XIX, por J. J. Thompson. A esta propriedade da matéria se chama carga elétrica. Gref, Física 3 - Eletromagnetismo. Edusp - São Paulo - SP (2001) Modificado por Furlan, S.A.

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2. Projeto ELETRICIDADE | física

Física | Eletricidade em nosso dia a dia


2. Projeto ELETRICIDADE | física

Física | Eletricidade em nosso dia a dia

2. Introdução com experimentação Colocar na lousa uma expressão muito conhecida da ciência: “Na natureza, nada se cria tudo se transforma” (Antoine Lavoisier). Assim também ocorre com a energia. Preparar uma aula para apresentar conceitos de transformação da energia. Em seguida, levar os alunos ao laboratório para demonstrações do que foi estudado em aula. Com base na transformação da energia, convidar os alunos para observar algumas transformações relacionadas à eletricidade, como: • A ampola de Crookes e a bateria solar passam por transformações de energia. Após o experimento, solicitar um relatório de observação por grupos, respondendo às seguintes questões: • Que transformações são essas que observamos? Por que e como elas ocorrem? 3. Energia: quais transformações? A partir das experiências observadas e vivenciadas, objetiva-se que tenha início uma série de pesquisas, com formação de conhecimento e concepções de transformações de alguns tipos de energia em energia elétrica. Organizar experimentos para que os alunos possam observar várias transformações da energia: circuitos elétricos, energia eletrostática, energia potencial em elástica, energia mecânica em energia elétrica, entre outros. Após realizar os experimentos, solicitar que os alunos produzam relatórios sobre o que observaram. Consultar os sites abaixo que descrevem alguns desses experimentos: http://educar.sc.usp.br/ciencias/fisica/mf2.htm

(acesso em 11/04/11)

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25187 www.educador.brasilescola.com

(acesso em 11/04/11)

www.ceee.com.br/pportal/ceee/Component/Controller.aspx?CC www.fc.unesp.br/experimentosdefisica/ele07.htm

(acesso em 11/04/11)

(acesso em 11/04/11)

http://www.feiradeciencias.com.br/sala12/index12.asp

(acesso em 11/04/11)

http://www.fisica.net/relatividade/as_leis_da_eletrodinamica.php

82 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

(acesso em 11/04/11)

(acesso em 11/04/11)


4. Feira da Eletricidade Após realizar e interpretar os experimentos sobre eletricidade, organizar uma exposição de experimentos para toda a escola com o tema do projeto: A eletricidade em nosso dia a dia. Se possível, organizar um trabalho de campo para conhecer uma usina hidrelétrica na região.

Fontes de pesquisa Artigo: GREF, Física 3 Eletromagnetismo. Edusp – São Paulo – SP. (2001).

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 83

2. Projeto ELETRICIDADE | física

Física | Eletricidade em nosso dia a dia


3. projeto lixo urbano Os resíduos sólidos no ambiente urbano são estudados pelo aspecto social e pedagógico, de forma que os alunos possam compreender a complexidade da questão do lixo em sua cidade e comunidade. Os estudantes desenvolvem conhecimentos sobre a composição do lixo e suas principais formas de descarte e reaproveitamento, recebendo orientação para identificar riscos em depósitos inadequados para o meio ambiente e a saúde pública. Em atividades práticas, realizam observações no entorno da escola ou no bairro onde moram para compreender a relação entre a produção do lixo doméstico e o consumo, tornando-se capazes de estimar a quantidade e tipologia dos resíduos que são descartados de forma indevida. São realizados estudos sobre termodinâmica e a utilização do biocombustível que tem por fonte o lixo urbano. Os alunos também aprendem a calcular volumes de diferentes formas geométricas, conseguindo definir a relação entre massa e volume do lixo produzido em seu ambiente de pesquisas.

84 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Lixo urbano na Matemática Produto final: Produção textual e folder com trechos dos textos construídos Duração: 4 semanas Objetivos: • Distinguir massa e volume de objetos com as mesmas dimensões. • Identificar e calcular volumes de diferentes formas geométricas e definir a relação entre massa e volume. • Adotar procedimentos contra o desperdício de materiais. • Conhecer tratamentos do lixo. Conteúdos: • Criar condições para que os alunos possam estabelecer relações entre massa e volume, relacionando objetos descartados em seu dia a dia com o problema dos grandes volumes de resíduos sólidos • Possibilitar a identificação da relação entre conceitos de massa e volume e lixo descartado • Possibilitar a identificação do problema do tratamento do lixo, discutindo matemática • Possibilitar a produção de materiais de divulgação na escola, visando a conscientização sobre a necessidade do consumo consciente de materiais • Criar condições para difundir as práticas e medidas de reutilização e reciclagem na família e na vizinhança Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Sólidos geométricos • Frascos, bolas de ferro

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 85

3. Projeto LIXO URBANO | matemática

Matemática


3. Projeto LIXO URBANO | matemática

Matemática | Lixo urbano na Matemática

Sequência de Atividades 1. Visitas de estudo Para iniciar a sensibilização e reflexão sobre a questão do lixo urbano, organizar visitas de observação e registros exploratórios em fotografia e pequenos textos em caderno de registro. Uma sugestão são as seguintes visitas: a) Visitas diárias à escola durante uma semana ou menos tempo sem coleta de lixo (um dia ou um período às vezes já é suficiente para perceber a quantidade que se descarta). b) Visita ao bairro em que se localiza a escola. c) Visita ao lixão municipal (observando o crescimento da quantidade de lixo). 2. Apresentação da proposta aos alunos Reunir os alunos numa roda de conversa e colocar para eles as seguintes questões: • Em algum momento, você já se perguntou que volume ocuparia toda a massa de lixo urbano do nosso planeta ou apenas do lixo que descartamos durante um mês em nossas residências? • Ao ouvir a palavra massa, a primeira coisa que aparece em nossa imaginação é a figura de um pão, um prato de macarrão ou argamassa para a construção civil. Mas você já parou para pensar realmente no que significa “massa”? Anotar as ideias dos alunos na lousa e comentá-las. Após esses registros, revisar o conjunto de ideias com eles e apresentar o projeto, explicando que darão início às pesquisas de relações entre massa (grandeza física), volume e densidade. Por incrível que pareça, a presença de “massa” como grandeza física em nosso cotidiano e ao nosso redor é maior do que imaginamos e observamos. Essas questões farão parte de nossas pesquisas e do conhecimento matemático a ser construído. Colocar, então, na lousa o seguinte desafio: • Você sabe qual a massa e o volume de lixo produzido pela sua escola semanalmente? • Pesando uma lata e/ou garrafa pet de refrigerante normal ou amassada, qual teria maior massa e volume? Deixar que os alunos, em grupos, procurem responder a essas questões. Disponibilizar diferentes materiais para que eles procurem levantar as hipóteses de resposta. 86 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


A partir desses questionamentos, discutir com eles os passos que serão realizados. Não esquecer de recuperar o que já conhecem sobre lixo e materiais descartáveis. Relacionar o conteúdo matemático ao que já foi estudado e propor o foco do projeto e o produto final que será construído. 3. Lixo: de onde vem e para onde vai? As representações dos alunos Organizar uma conversa coletiva com os alunos, permitindo que falem o que sabem sobre massa e volume e quais tipos de materiais conhecem. Para isso, podem ser mostrados na própria sala de aula diferentes tipos de objetos, tais como sólidos geométricos, frascos de diferentes materiais (plásticos, madeira, vidro, etc.) Registrar os conhecimentos prévios dos alunos na lousa ou em cartazes, procurando organizar as ideias que surgiram. Reunir os alunos em duplas para que façam uma tabela de objetos que utilizam em suas casas. Essa tabela pode ser ilustrada com imagens (veja exemplo a seguir): Atividade

Tipo de objetos

Tomar café da manhã

Xícaras, pratos, embalagem de leite, pão, manteiga, etc.

Deslocar-se para escola

Materiais escolares

Merenda na escola

Alimentos, copos plásticos, talheres

Calculando massa e volume Para calcular massa e volume, serão utilizados diferentes corpos de prova. Utilizando esses corpos de prova com diferentes volumes, estabelecer a relação entre a massa e o volume desses objetos, quando são preenchidos com água ou outros materiais. Calculando massa e volume do lixo produzido na escola Através de aula expositiva dialogada, estabelecer a correlação entre a massa e o volume do lixo coletado na escola durante um dia e fazer estimativas a respeito da capacidade dos chamados “lixões” para atender às crescentes demandas das comunidades. Debate de leitura programada Distribuir cópias do texto de Ítalo Calvino para os alunos e organizar uma leitura compartilhada, com pausas para conversar sobre imagens da cidade. Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 87

3. Projeto LIXO URBANO | matemática

Matemática | Lixo urbano na Matemática


3. Projeto LIXO URBANO | matemática

Matemática | Lixo urbano na Matemática

A cidade de Leônia. Cidades Invisíveis - Ítalo Calvino. São Paulo: Cia. das Letras - 1990 A cidade de Leônia refaz a si própria todos os dias: a população acorda todas as manhãs em lençóis frescos, lava-se com sabonetes recém-tirados da embalagem, veste roupões novíssimos, extrai das mais avançadas geladeiras latas ainda intactas, escutando as últimas lenga-lengas do último modelo de rádio (...) (...) O resultado é o seguinte: quanto mais Leônia expele, mais coisas acumulam; as escamas do seu passado se solidificam numa couraça impossível de se tirar; renovando-se todos os dias, a cidade conserva-se integralmente em sua única forma definitiva: a do lixo de ontem que se junta ao lixo de anteontem e de todos os dias e anos e lustros (...) (...)Quanto mais cresce em altura, maior é a ameaça de desmoronamento: basta que um vasilhame, um pneu velho, um garrafão de vinho se precipitem do lado de Leônia e uma avalanche de sapatos desemparelhados, calendários de anos decorridos e flores secas afundem a cidade no passado que em vão tentava repelir, misturado com o das cidades limítrofes, finalmente eliminada – um cataclismo irá aplainar a sórdida cadeia montanhosa, cancelar qualquer vestígio da metrópole sempre vestida de novo. Já nas cidades vizinhas estão prontos os rolos compressores para aplainar o solo, estender-se no novo território, alargar-se, afastar os novos depósitos de lixo.

• Conversar com os alunos sobre o texto, discutir e relacionar a realidade de Leônia e da sua cidade. • Organizar uma lista de exemplos de atitudes que poderão ser transcritas no folder que construirão ao final do projeto. • A partir dos diferentes estudos, identificar outros cálculos que os alunos poderiam fazer a partir do estudo do lixo urbano. • Conversar com os alunos sobre formas de reduzir o volume de lixo. • Organizar os conhecimentos que foram obtidos no texto lido e sugerir aos alunos a confecção de um folder sobre o lixo urbano – sua massa e seu volume: qual é o problema? • Construir um texto após conversa sobre a realidade de Leônia e a cidade onde vive. • Elaborar um esquema de folder com trechos dos textos construídos pelos alunos, atitudes, fotos.

88 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Fontes de pesquisa Sites: Densidade e Massa Específica: http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2003/hi/HIDROSTATICA_DENSIDADE.htm Meio Ambiente e Lixo Urbano: http://notapajos.globo.com/lernoticias.asp?id=26432

(acesso em 11/04/11)

(acesso em 11/04/11)

Livro: A cidade de Leônia. Cidades Invisíveis - Ítalo Calvino. São Paulo: Cia. das Letras, 1990

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3. Projeto LIXO URBANO | matemática

Matemática | Lixo urbano na Matemática


3. Projeto LIXO URBANO | língua portuguesa e biologia

Língua Portuguesa e Biologia

O papel social e pedagógico do estudo dos resíduos sólidos no ambiente urbano Produto final: Notícia de rádio sobre resíduos sólidos. Levantamento do descarte de resíduos e proposição de soluções Duração: 8 aulas Objetivos: • Perceber a complexidade da questão dos resíduos sólidos. • Estudar o problema do lixo em sua cidade. Conteúdos: • Leitura de textos de jornal • Leitura de imagens • Análise crítica de textos e construção de texto argumentativo • Produção de textos para diferentes mídias Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Vídeo Ilha das Flores • Material audiovisual • Microfones • Papel sulfite • Lápis • Canetas

90 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Reunir os alunos numa grande roda e apresentar um texto sobre a questão dos resíduos. Veja um exemplo a seguir:

“Atualmente há mais de 7 milhões de produtos químicos conhecidos e, a cada ano, outros milhares são descobertos. Isso dificulta, cada vez mais, o tratamento efetivo do lixo. O QUE É UM LIXO PERIGOSO? É todo lixo que contém substâncias que por suas características físico-químicas oferecem risco a saúde e ao meio ambiente. Com base em uma classificação internacional esses produtos podem ser agrupados, em classes, quanto ao tipo e substancias que os compõem: Explosivos – Munição de armas, TNT, baterias de telefones celulares, filmadoras, etc. Gases comprimidos, liquefeitos, dissolvidos sob pressão ou altamente refrigerados – aerossóis, inseticidas em spray, refrigeradores e aparelhos de ar condicionado, etc. Líquidos inflamáveis – tintas, solventes, combustíveis, etc Sólidos inflamáveis – sucatas de automóveis. Substâncias oxidantes, peróxidos orgânicos – Matéria organica (restos de comida, plantas e animais mortos) que libera gás metano. Substâncias tóxicas – substâncias infectantes solventes, lixo hospitalar. Corrosivo – ácidos em geral. “

Fonte: Furlan, Sueli A. e SCARLATO, Francisco C. O ambiente em construção. Geografia em Verso e Reverso. São Paulo: Editora Nacional, 2005: 75

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3. Projeto LIXO URBANO | língua portuguesa e biologia

Língua Portuguesa e Biologia | O papel social e pedagógico do estudo dos resíduos sólidos no ambiente urbano


3. Projeto LIXO URBANO | língua portuguesa e biologia

Língua Portuguesa e Biologia | O papel social e pedagógico do estudo dos resíduos sólidos no ambiente urbano

Após a leitura do texto, perguntar aos alunos: • Vocês já pensaram em quanto lixo é produzido em sua casa por dia? • E na escola? Será que é pouco, será que é muito? • Por que o lixo é um problema? Deixar que os alunos comentem livremente e, em seguida, colocar na lousa ou no datashow a seguinte questão: São Paulo, a maior cidade do país, produz diariamente cerca de 10 mil toneladas de lixo!! Mas isso não é um problema apenas da capital paulista. Toda cidade, grande ou pequena, produz quantidades imensas de lixo todos os dias. Pode-se substituir essa última intervenção com exemplos da sua própria cidade. A ideia é trazer a noção de volume. Em seguida, colocar que neste projeto vamos investigar o lixo e ver os tesouros e problemas que ele contém. Por onde podemos começar? Anotar as sugestões dos alunos que deverão ser ajustadas à proposta que se segue. Discutir com eles o caminho proposto e como as sugestões podem ser incorporadas às etapas do projeto. 2. Etapas Etapa1: Lixo, Lixão e sobrevivência do ser humano no planeta Com o grupo organizado em semicírculo, comentar a importância da mídia na escola quando se estudam temáticas ambientais. Lembrar de alguns personagens e slogans como o “Sujismundo”, “pintou limpeza”, “estão tirando o verde da bandeira do Brasil”, entre outros. Podemos mostrar imagens de slogans dessas campanhas, que podem ser obtidos na internet. É importante abrir espaço para os gêneros de mídia na sala de aula, pois significa inserir a escola numa comunidade de leitores que lê, comenta, torna-se contemporânea aos problemas e soluções em debate na sociedade. Exibir para os alunos o filme “Ilha das Flores”, documentário de Jorge Furtado, que ganhou prêmio no Festival de Gramado de 1989, e solicitar que cada aluno escreva um pequeno texto sobre suas impressões sobre o que o filme pretende comunicar. Etapa 2: O lixo é notícia? Após essa introdução, organizar a turma em grupos de 5 a 6 alunos e solicitar que proponham um rol de temas importantes sobre resíduos sólidos para divulgação em mídia eletrônica (jornal de rádio, TV, 92 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


internet), que poderiam ser transformados em notícias em sua cidade/escola. Solicitar que construam os temas em forma de manchetes. Deixar o grupo livre para compor as frases. Neste momento, o professor deve inserir modelos para os alunos (re)discutirem as características do texto jornalístico veiculado no rádio e na TV. Trabalhar com eles o gênero oral. Mostrar algumas manchetes e solicitar que tragam alguma manchete que viram na TV ou ouviram no rádio. Assistir a um jornal televisivo com os alunos e discutir, por exemplo, alguns marcadores de textos orais, como o uso do: “A seguir”, “dentro de instantes”, “veja em nossa reportagem”, “vamos ouvir”. Organizar os registros das frases dos grupos na lousa e no caderno de registro dos alunos. Conduzir uma votação para escolha da melhor manchete, que será utilizada para simular uma entrevista para ser veiculada em rádio ou TV na escola. Dividir a sala em dois grupos para preparar uma entrevista de rádio ou TV sobre a temática dos resíduos sólidos em sua cidade. Um grupo organiza a pauta do entrevistador e outro organiza o perfil dos entrevistados. O grupo que entrevistará deverá preparar perguntas para os seguintes atores sociais: uma dona de casa, um empresário da indústria de reciclagem e um catador de rua. O grupo que construirá os personagens a serem entrevistados escolherá quem representará esses personagens e qual seria sua postura em relação à reciclagem. Encerrar com a apresentação da entrevista e discussão das performances. Para finalizar, organizar a turma para gravar entrevistas reais a serem veiculadas em formato de simulação em rádio ou TV na escola. Se a opção for a rádio do recreio, é preciso ter uma mesa de som e microfones para as entrevistas ao vivo. Se o formato for jornal de televisão, as entrevistas podem ser filmadas e retransmitidas para a classe ou para a escola. Em ambos os casos, seria importante o debate dos alunos sobre as questões que envolvem o lixo na comunidade. Caso não seja possível o apoio tecnológico, a finalização pode ser um debate em torno da simulação realizada em sala de aula. Etapa 3: Na trilha do lixo Nesta atividade, vamos realizar uma observação rápida do entorno da escola ou do bairro sobre o descarte de lixo nas ruas ou nas dependências da escola para realizar uma estimativa de quantidade e tipologia dos resíduos descartados de forma indevida. • Reunir os alunos em pequenos grupos e distribuir uma ficha de observação, conforme modelo abaixo, e o Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 93

3. Projeto LIXO URBANO | língua portuguesa e biologia

Língua Portuguesa e Biologia | O papel social e pedagógico do estudo dos resíduos sólidos no ambiente urbano


3. Projeto LIXO URBANO | língua portuguesa e biologia

Língua Portuguesa e Biologia | O papel social e pedagógico do estudo dos resíduos sólidos no ambiente urbano

roteiro que irão fazer no entorno da escola. Esta atividade pode ser realizada em parceria com o professor de Biologia e Química. Durante o percurso, os alunos deverão preencher o quadro a seguir. O professor também deve preencher o seu quadro-controle. Tipos de resíduos descartados no percurso e quantidades Material descartado

Plástico

Papel

Metal

Vidro

Orgânico

Produto químico

Comida Madeira Frasco de refrigerante Caixa de papel Vidro Papel de embalagem

• Cada grupo deve preencher o tipo de resíduo observado e anotar a quantidade encontrada. • Na sala de aula, analisar juntamente com os alunos as quantidades e a qualidade dos resíduos descartados de modo indevido. Questionar o grupo sobre experiências com reciclagem e reutilização que conhecem em sua comunidade. Anote na lousa os relatos dos alunos. • Discutir a ficha, a partir da seguinte questão: O que podemos fazer em nossa escola para educar nossa comunidade sobre a importância da reciclagem e reutilização de resíduos? Etapa 4: Sobrevivência do ser humano – Visitando Cooperativas de Catadores de Lixo Nesta etapa do projeto, a intenção é conhecer alternativas sociais em curso na comunidade. Para isso, os alunos que já aprenderam a organizar entrevistas na Etapa 1 devem, em grupo, propor um rol de questões que gostariam de conhecer sobre o papel social e ambiental dos catadores de lixo. Para aquecer a turma, colocar as seguintes questões: • O que fazer com todo o lixo produzido nas zonas urbanas? • Qual a composição do lixo produzido nas cidades? • Qual o problema de produzir tanto lixo? 94 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


• Quais os destinos dados ao lixo urbano? • Como o conhecimento científico e tecnológico e as atitudes individuais e coletivas podem contribuir para minimizar os impactos socioambientais causados pelo lixo urbano? Inicialmente, deixar que os alunos formulem suas hipóteses para essas peguntas. Em seguida, orientar a pesquisa sugerindo fontes de pesquisa em bibliotecas, internet, etc. Após esse aprofundamento, organizar com os alunos um roteiro de visita a uma cooperativa de catadores. Caso não seja possível a visita in loco, convidar um catador para ser entrevistado pelos alunos. Para finalizar o projeto, divulgar o que os alunos estudaram, utilizando diferentes mídias audiovisuais.

Fontes de pesquisa Vídeo: Filme: Ilha das Flores: http://www.youtube.com/watch?v=KAzhAXjUG28

(acesso em 11/04/11)

Textos: Manual de redação e estilo. Organizado e editado por Eduardo Martins. São Paulo, 1990. NOVO MINIDICIONÁRIO HOUAISS, desenvolvido pelo Instituto Antonio Houaiss e editado pela Editora Objetiva, é divulgado, distribuído e comercializado com exclusividade pela Editora Moderna.

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 95

3. Projeto LIXO URBANO | língua portuguesa e biologia

Língua Portuguesa e Biologia | O papel social e pedagógico do estudo dos resíduos sólidos no ambiente urbano


3. Projeto LIXO URBANO | Física

Física

Lixo Urbano - Fonte de energia Produto final: Painel sobre a utilização do biogás Duração: 8 aulas Objetivos: • Estudar o comportamento físico de um sistema exposto a interações térmicas. • Obter uma relação que descreva as interações térmicas entre corpos: equilíbrio térmico. Estabelecer relações entre a 1ª Lei da Termodinâmica e a utilização de biocombustível que tem como fonte o lixo urbano. Conteúdos: • Comportamento de sistemas • 1ª Lei da Termodinâmica • Lixo urbano • Leitura de textos • Experimentação Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Calorímetro • Corpo de prova alumínio • Termômetro • Proveta graduada • Agitador • Cronômetro • Calculadora • Planilha de dados • Flanela

96 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Utilizando uma exposição de slides de diferentes situações que envolvem o lixo urbano, conversar com os alunos numa roda coletiva sobre o lixo, que, além de ser um problema ambiental no Brasil, pode ser considerado um problema econômico. O simples ato de jogar um pedaço papel na rua acarreta a contratação de centenas de garis, produção de milhões de quilos de lixo e riscos à saúde humana. Mas será que o lixo pode ser reutilizado? Levantar as hipóteses que os alunos têm para a solução do problema do lixo. Em seguida, apresentar a proposta do projeto de estudar a energia contida no lixo. 2. A questão do lixo no mundo contemporâneo Fazer uma leitura compartilhada de um texto que trate da questão do reaproveitamento do lixo como fonte de energia (ver nos sites indicados). Comentar que algumas cidades estão adotando fornos de incineração de lixo, permitindo reduzir o volume desse material. Tal procedimento, porém, gera a poluição do ar pelas emissões gasosas, além de elevar a taxa de emissão de CO2, contribuindo assim para o aumento do efeito estufa. Organizar uma exposição dialogada sobre projetos inovadores como o dos biocombustíveis que são obtidos a partir da produção de gases, como o metano, advindos dos aterros sanitários urbanos. Esta é uma das possibilidades de aproveitamento do lixo, transformando parte de um problema em uma solução. Esse também será um dos assuntos investigados aqui. Como ocorre a transformação do lixo em energia? Como podemos estudar os fenômenos que envolvem o calor enquanto uma forma de energia e alguns de seus impactos diretos para o lixo urbano? O calor produzido pelo lixo pode ser usado como fonte de energia? Pode-se usar o calor para realizar trabalho útil? Citar como exemplo algum projeto que utiliza o lixo urbano como fonte de energia e algumas aplicações (ver nos sites indicados). 3. A primeira e segunda Lei da Termodinâmica, o trabalho termodinâmico e a energia interna de um sistema Organizar uma exposição dialogada sobre esses conteúdos e associar as aplicações da Lei na transformação da energia. Solicitar aos alunos que pesquisem e produzam um cartaz sobre Máquinas Térmicas. Organizar um mural com as pesquisas para que todos possam conhecer esses usos da energia térmica. Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 97

3. Projeto LIXO URBANO | Física

Física | Lixo Urbano - Fonte de energia


3. Projeto LIXO URBANO | Física

Física | Lixo Urbano - Fonte de energia

4. Experiências simples sobre calor como forma de energia Nesta etapa, sugerimos a vivência em processos experimentais. Sugerimos experiências simples em que os alunos possam observar, registrar, analisar dados, concluir sobre processos. Experiência 1 – Recipiente (calorímetro) Prof. Luiz Ferraz Netto Fonte: http://www.feiradeciencias.com.br/sala08/08_32.asp (acessado em 15 de abril de 2011) Experiência 2 – Produção de Biogás Você poderá desenvolver essa atividade de forma experimental, se sua escola possui laboratório adequado. Ou pode visitar uma usina de biogás próxima à sua escola ou localidade. Consulte o link www.seplan.go.gov.br/sepin/pub/conj/conj12/artigo03.pdf para ter referências de como encaminhar o experimento (acesso em 15/04/2011).

Fontes de pesquisa Artigos: Alonso, M. & Finn, E. J., Física, Addison-Wesley Interamericana, USA, 1995. Artigo: Contribuições da recuperação do biogás de aterro sanitário: uma análise para Goiânia www.seplan.go.gov.br/sepin/pub/conj/conj12/artigo03.pdf (acesso em 11/04/11) CARVALHO NETO, C. Z. (et all) Física Vivencial. São Paulo: Laborciencia, 1998. G.R.E.F., Física Térmica e Óptica, Ed. da USP, 5. Paulo, 1993. Physical Science Study Commitee (PSSC), vols. 1,2 e 3, EDART, S. Paulo, 1971. Young, H.D., Freedman, R.A., Física, vol. 4, Addison Wesley, SP, 2004. Sites: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reciclagem_de_lixo http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_a_diesel

(acesso em 11/04/11)

(acesso em 11/04/11)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_de_combustão_interna

98 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

(acesso em 11/04/11)


4. projeto DROGAS A problemática das drogas é tratada no contexto social, por meio de debates que procuram elucidar questões como vício e doença. Os alunos são levados a refletir sobre os malefícios do consumo e estimulados à tomada de atitudes nas dimensões individual e coletiva, como integrantes de uma sociedade participativa. No plano histórico, é resgatado o uso primitivo das drogas para a cura de enfermidades e a consequente passagem para a dependência psicoquímica. São estudadas as diferentes classes de substâncias existentes na atualidade, suas composições químicas, estruturas orgânicas e efeitos no corpo humano, ao provocar alterações na temperatura e no sistema nervoso. Os estudantes também aprendem a tratar do tema do ponto de vista estatístico. Adquirem conhecimentos sobre pesquisas de campo e amostragem de dados e colocam esse aprendizado em prática, produzindo tabelas e gráficos.

99 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 99


4. Projeto DROGAS | matemática

mateMÁtica

Construção de informação sobre uso de drogas lícitas Produto final: Painel para exposição em mural Duração: 6 aulas Objetivos: • Conhecer noções básicas de estatística e suas aplicações em pesquisa de campo. • Construir tabelas e gráficos estatísticos a partir de dados primários de campo. • Desenvolver pensamento crítico sobre consumo de drogas. Conteúdos: • Drogas lícitas • Gráficos • Amostragem de dados • Questionário de pesquisa quantitativa e qualitativa • Leitura de artigos científicos Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Papel sulfite • Caneta, cópias dos textos • Cartolina ou papel marmorizado • Caderno para anotações • Gravador • Computador com acesso à internet

100 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Reunir os alunos numa roda de conversa e apresentar para eles um pequeno levantamento que fale sobre drogas e que contenha dados estatísticos sobre o assunto. Por exemplo:

Achados Relevantes - E.A. Carlini, 2002 1. (...)19,4% da população pesquisada já fez uso na vida de drogas, exceto tabaco e álcool, o que corresponde a uma população de 9.109.000 pessoas. Em pesquisa idêntica realizada nos EUA, essa porcentagem atingiu 38,9% e, no Chile, 17,1% (...). 2. (...) O uso na vida de maconha aparece em primeiro lugar entre as drogas ilícitas, com 6,9% dos entrevistados. Comparando-se esse resultado a outros estudos, pode-se verificar que ele é bem menor do que em países como EUA (34,2%), Reino Unido (25,0%), Dinamarca (24,3%), Espanha (22,2%) e Chile (16,6%). Superior, porém, à Bélgica (5,8%) e à Colômbia (5,4%). 3. A segunda droga com maior uso na vida (exceto tabaco e álcool) foi solventes (5,8%), porcentagem bastante próxima à encontrada nos EUA (7,5%) e superior à encontrada em países como Espanha (4,0%), Bélgica (3,0%) e Colômbia (1,4%)(...). Fonte: http://www.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/levantamento_brasil/parte_2.pdf (página 37 - acesso em 11/04/11)

A partir desses dados, entregar aos alunos o mesmo texto sem os dados estatísticos e solicitar que falem se entenderiam do que se trata sem esses dados. Comentar que é comum vermos pessoas fazendo entrevistas e pesquisas de campo nas ruas sobre vários assuntos, inclusive sobre uso e consumo de drogas. Colocar, então, para os alunos as seguintes questões para sondar o seu conhecimento sobre: • Vocês sabem como se fazem essas estatísticas? • Vocês sabem para que servem as entrevistas? • Já participou de alguma pesquisa? Como foi? Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 101

4. Projeto DROGAS | matemática

Matemática | Construção de informação sobre uso de drogas lícitas


4. Projeto DROGAS | matemática

Matemática | Construção de informação sobre uso de drogas lícitas

Anotar os comentários dos alunos na lousa e comentar que essas pesquisas são conhecidas como levantamento de dados estatísticos, que podem ter vários objetivos, tais como medir a densidade demográfica de uma região, o PIB de um país, sondar em quem os eleitores vão votar nas próximas eleições, entre outras informações importantes. Mas também podem servir para medir as preferências de um determinado público com relação a um produto ou marca e assim por diante. Colocar outro conjunto de perguntas ainda como sondagem inicial: • Será que todos os dados que são colhidos por essas pesquisas são fidedignos? • Será que os entrevistados são sinceros em suas respostas? • Como montar um questionário em que se limitem as margens para respostas evasivas e se incentive a sinceridade nas respostas? • Como o conhecimento gerado em uma pesquisa, pela Estatística, pode ajudar um dependente de droga a refletir sobre o caminho em que está vivendo e buscar ajuda para uma vida saudável? • Como a Estatística pode auxiliar a polícia e demais órgãos de segurança pública no combate às drogas? Ouvir os comentários dos alunos e discutir com eles o projeto que irão realizar, que vai ajudar a compreender estatisticamente esse problema em sua comunidade. Esse é o contexto em que irão trabalhar, isto é, investigar fatos e tratar dados, para produzir conhecimento confiável. 2. Problematização inicial Organizar uma apresentação de dados estatísticos em diferentes formatos de gráficos e tabelas e propor aos alunos as seguintes questões: Como é possível, por meio da Estatística, produzir conhecimento a respeito de algo? O que são dados estatísticos? Em grupos, os alunos devem responder a essas questões e cada grupo deve buscar na internet exemplos de dados estatísticos sobre drogas lícitas e ilícitas. Após a busca, os grupos devem apresentar oralmente para a turma o que encontraram na internet. Orientar para que tragam o endereço do site. 3. Preparação para a pesquisa de campo Conversar com a turma sobre este momento. Eles irão realizar uma pesquisa em campo de dados sobre consumo de drogas lícitas na comunidade. Caso não saibam distinguir o que é droga lícita e ilícita, or102 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


ganizar uma aula sobre o assunto ou convidar um colega de Ciências ou Química para expor sobre esse assunto. Nossa sugestão é trabalhar o consumo de tabaco. Sugerimos esse tipo de droga por não envolver os adolescentes em situação de risco na própria comunidade. O objetivo não é identificar quem usa drogas na comunidade e sim abordar estatisticamente o assunto do consumo de drogas e aprender as metodologias matemáticas desse tipo de avaliação e sua importância para a sociedade. Organizar com os alunos uma lista de perguntas que seriam possíveis num questionário para esse tipo de pesquisa. Que dados seriam pesquisados? Quais perguntas são quantitativas e quais qualitativas? Após a construção espontânea com a turma, encaminhar os grupos para uma pesquisa de modelos de questionários existentes em órgãos governamentais que trabalham com estatísticas. Entrar em sites oficiais como o do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), etc. Orientar os grupos para discutirem qual tipo de questionário é mais adequado para se utilizar em uma pesquisa sobre drogas. 4. Orientar os grupos na elaboração de um questionário para pesquisa de campo para as drogas e seu consumo. Levar em consideração os seguintes pontos: • Como limitar as respostas do pesquisado? • Organização das questões de forma a facilitar a futura estruturação desses dados em tabelas e gráficos. • Como transformar os dados colhidos em dados estatísticos? 5. Levantamento de campo Organizar uma aula sobre amostragem e levantamento de dados. Mostrar como algumas pesquisas são construídas a partir de questionários. Se possível, selecionar trechos de artigos que contam como construíram os dados em sua metodologia. Comentar que geralmente essas informações são encontradas em artigos científicos no item “Material e Métodos”. Veja um exemplo:

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 103

4. Projeto DROGAS | matemática

Matemática | Construção de informação sobre uso de drogas lícitas


4. Projeto DROGAS | matemática

Matemática | Construção de informação sobre uso de drogas lícitas

(...) Objetivo: Descrever as alterações na tomografia computadorizada de tórax de casos comprovados de infecção pelo novo vírus influenza A (H1N1). Materiais e métodos: Três observadores avaliaram, em consenso, nove tomografias computadorizadas de pacientes com infecção pelo vírus influenza A (H1N1) comprovada laboratorialmente. A idade dos pacientes variou de 14 a 64 anos (média de 40 anos), sendo cinco do sexo masculino e quatro do sexo feminino. Quatro pacientes eram previamente hígidos, quatro eram transplantados renais e uma era gestante à época do diagnóstico. Foram avaliadas a presença, a extensão e a distribuição de: a) opacidades em vidro fosco; b) nódulos centrolobulares; c) consolidações; d) espessamento de septos interlobulares; e) derrame pleural; f) linfonodomegalias. Resultados: As alterações mais frequentemente encontradas foram opacidades em vidro fosco, nódulos centrolobulares e consolidações, presentes em nove (100%), cinco (55%) e quatro (44%) dos casos, respectivamente. Derrames pleurais e linfonodomegalias foram menos comuns, ocorrendo em apenas dois (22%) dos casos estudados. Conclusão: Os achados mais comuns nos casos de infecção pelo novo vírus influenza A (H1N1) foram opacidades em vidro fosco, nódulos centrolobulares e consolidações. Estas alterações não são típicas ou únicas a este agente, podendo ocorrer também em outras infecções virais ou bacterianas. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-39842009000600005&script=sci_arttext (acesso em 15/04/2011) Revista de Radiologia Brasileira Vol. 42, nº6 São Paulo: nov/dez 2009 Autores: Carlos Gustavo Yuji Verrastro; Luiz de Abreu Junior, Diego Ziotti Hitomi; Emerson Pelarigo Antonio; Rodrigo Azambuja Neves; Giuseppe D’Ippolito

Fornecer para os alunos outros dados para que eles possam treinar a construção de gráficos. Utilizando os dados estatísticos, construir modelos de gráficos para tabelas de dados. Discutir com o grupo o melhor modelo de gráfico para a pesquisa que vão realizar e quais variáveis serão utilizadas no seu levantamento de campo sobre o consumo de tabaco. Organizar os questionários e revisar todas as perguntas juntamente com os alunos na sala de aula. Após o levantamento, orientar a construção dos gráficos. Fazer comparações das tabelas e gráficos da turma para verificar qual tem informações mais fáceis de compreender. Lembrar aos alunos a fidedignidade das 104 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


respostas, colocando as seguintes questões: será que os dados colhidos pela pesquisa de seu grupo estão todos de acordo com a realidade? Para que serve a margem de erro nas pesquisas? Elas são úteis? Quanto seria a margem de erro de sua pesquisa? Com os dados obtidos, reunir os grupos para discutirem a melhor forma de construir uma tabela de dados estatísticos e apresentá-la num painel no mural da escola.

Fontes de pesquisa Sites: http://chasqueweb.ufrgs.br/~paul.fisher/exerc/plan_graficos/index.htm Introdução à Estatística: http://www.somatematica.com.br/estat/basica/pagina1.php Estatísticas IBGE: http://www.ibge.gov.br/home/

(acesso em 15/04/11)

(acesso em 15/04/11)

(acesso em 15/04/11)

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 105

4. Projeto DROGAS | matemática

Matemática | Construção de informação sobre uso de drogas lícitas


4. Projeto DROGAS | língua portuguesa

Língua Portuguesa

As drogas no contexto social Produto final: Artigo de divulgação com o título: ”Sexo, saúde e rock-and-roll” Duração: 6 aulas Objetivos: • Interpretar texto científico e buscar informações qualificadas na internet. • Compreender a prática do discurso. • Desenvolver visão de mundo sobre problemas sociais. • Interpretar, analisar, descrever figuras. • Problematizar as drogas em nossa sociedade e a necessidade de tomada de atitudes em dimensão individual e coletiva. • Promover debate sobre a problemática: vício X doença X relacionamento. Conteúdos: • Texto de divulgação • Análise textual • Produção de texto • Debate Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Papel e caneta para anotações • Cópias de artigos científicos • Caneta, caderno para anotações • Computador com acesso à internet • Vídeos [Drogas e Surrealismo] • Vídeo do Programa Hermes e Renato – MTV (Notícia Sativa) • Diário de um adolescente, letra da música “Passe em casa – CD Tribalistas”

106 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Colocar na lousa ou em datashow o texto abaixo e solicitar que os alunos pensem por alguns minutos na sua mensagem. As drogas, historicamente, sempre foram usadas com o intuito de curar, enquanto remédios. No entanto, a liberação desses “remédios”, por vezes sem uma pesquisa avançada e sem critérios de uso, geralmente produzindo dependência psicoquímica, pôs em xeque seu consumo. • Qual é o problema das drogas? • Por que é importante discutir esse assunto entre os jovens? 2. Exibição de vídeo para debate Reunir os alunos em grupos e solicitar que indiquem situações imaginárias do cotidiano em que a droga está presente. Pedir para que cada grupo liste na lousa essas situações. Convidar os alunos agora a assistir a um trecho do filme “Diário de um adolescente” (The Basketball Diaries), de 1995, dirigido por Scott Kalvert, em que um jovem interpretado por Leonardo Di Caprio é um atleta promissor e se envolve com drogas. Duração: 101 minutos. Assistir ao filme antes e planejar o momento para interromper o filme e formular uma pergunta. Por exemplo: Por que a droga entra na vida do jovem? Criar um momento de acolhimento das falas dos alunos, comentando que as drogas fazem parte de nosso cotidiano: lícitas ou ilícitas; naturais ou sintéticas; na medicina; na culinária; no lazer; nas práticas sociais; etc. Sistematizar as opiniões dos alunos. Em outro momento, convidá-los para assistirem ao filme completo. Explicar que, durante o projeto, serão questionados os diversos pontos de vista acerca desse assunto. 3. Leitura de texto e problematização Iniciar com as seguintes questões antes de ler: • Por que a arte aparece em algumas situações associada ao uso de drogas? • Quais são os perigos que se escondem na idolatria? • Qual é o limite saudável de ser um fã?

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 107

4. Projeto DROGAS | língua portuguesa

Língua Portuguesa | As drogas no contexto social


4. Projeto DROGAS | língua portuguesa

Língua Portuguesa | As drogas no contexto social

• Como selecionar as influências psicossociais geradas por um ídolo? • Você julga a questão das drogas um meio de controle social? • Como se constrói uma personalidade? Após as discussões, realizar um debate coletivo, comentando como as figuras de poder e admiração, tais como atores, cantores, empresários, escritores, etc., influenciam o seu comportamento. No entanto, eles podem ser modelos de conduta que nem sempre devem ser seguidos. Só quem é muito fã de alguém sabe dizer o que isso significa: usar roupas idênticas, o mesmo modelo de penteado, agir da mesma forma, etc. Ser fã é ficar parecido com seu ídolo. Mas e quando deparamos com um ídolo que vive alcoolizado, drogado pelas ruas? Às vezes, espancado por sabe lá quem, em total decadência? Será que o fã continua, mesmo assim, admirando e idolatrando o seu ídolo? Por pior que seja, a resposta é, na maioria das vezes, sim. Se o ídolo tem atitudes como se embriagar, se drogar ou arrumar confusão, pode estar exercendo uma influência perigosa sobre os fãs, que seguem quase sempre suas atitudes. E, como consequência desses atos, o ídolo não só prejudica a sua vida e saúde, mas a de uma legião de fãs. Ler o seguinte texto com os alunos e conversar sobre a relação usuário de drogas e traficante de drogas.

A relação dos artistas com as drogas Quem usa drogas? Quem não usa? A resposta pode estar nas letras das músicas. Por: Thiago Bronzatto e Fabiana Faria - Revista Gloss http://gloss.abril.com.br/gente/conteudo/relacao-artistas-drogas-404090.shtml?pagina=2

(acesso em 12/04/11)

No último mês de outubro, o líder dos Detonautas Tico Santa Cruz admitiu, em entrevista à revista M..., que já usou drogas. Entretanto, ele afirma que faz um ano que não consome nada ilícito, só toma bebida alcoólica. Ele disse ainda que uma vez foi parado numa blitz e deu R$ 50,00 ao policial, já que não tinha dinheiro e estava com o IPVA atrasado. As declarações geraram certa repercussão, já que o vocalista é conhecido por abraçar algumas causas sociais. Mas a relação de músicos com drogas é antiga e muitos adoram deixar isso claro em suas músicas (…)

108 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


O que você pensa sobre isso? Conhece músicas que falam de uso de drogas? Solicitar aos alunos que tragam músicas para que sejam ouvidas e discutidas na turma. Para concluir o estudo, convidar os alunos para escrever um texto com o título do projeto.

Fontes de pesquisa Sites: http://www.slideshare.net/gestarfazerepensar/debate-regrado-apresentao

(acesso em 12/04/11)

http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&rlz=1C1SKPC_enBR339BR343&defl=pt&q=define: Leitura&ei=prhhS_3SKcqJuAfF75SvAw&sa=X&oi=glossary_definition&ct=title&ved=0CAcQkAE (acesso em 12/04/11)

hhttp://picpedagogia.blogspot.com/2008/06/leitura-o-que-leitura-o-que-ler.html (acesso em 12/04/11)

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070218085935AAte2bm (acesso em 12/04/11) Drogas e Surrealismo: http://www.angelfire.com/pa/genesis4/surrealismo.html Passe em casa – letra: http://letras.terra.com.br/tribalistas/64147/

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

Buscar no Youtube por: - Drogas e surrealismo - Vídeo do Programa Hermes e Renato – MTV (Notícia Sativa) - Surrealismo http://pt.wikipedia.org/wiki/Ídolo

(acesso em 12/04/11)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Idolatria

(acesso em 12/04/11)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jimi_Hendrix

(acesso em 12/04/11)

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 109

4. Projeto DROGAS | língua portuguesa

Língua Portuguesa | As drogas no contexto social


4. Projeto DROGAS | Biologia

Biologia

Efeitos de drogas no corpo humano Produto final: Produção de artigo científico Duração: 6 aulas Objetivos: • Identificar os efeitos do consumo de drogas no corpo humano, partindo das mudanças físicas e psicológicas. • Analisar diferentes tipos de drogas lícitas e ilícitas e seus efeitos no sistema nervoso. • Compreender aspectos diversos sobre o consumo do álcool e seus impactos na saúde e na integridade moral. Conteúdos: • Sistema nervoso (neurotransmissores) • Genética (hereditariedade) • Drogas lícitas e ilícitas • Leitura de artigos científicos • Pesquisa na internet Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Papel e caneta para anotações • Cópias de artigos científicos • Caneta, caderno para anotações • Computador com acesso à internet, vídeos, corpo humano, multimídia, simulações do LabVirt (http://www.labvirt.fe.usp.br) (acesso em 11/04/11)

110 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Reunir os alunos num grande círculo e ler uma notícia de jornal sobre fato envolvendo o uso de drogas. Após a leitura, comentar que estamos habituados a ver e ouvir em praticamente todos os meios de comunicação propagandas ou advertências com relação a vários tipos de substâncias que causam alterações físicas e psicológicas nos usuários. Perguntar quais advertências conhecem ou já ouviram falar. Solicitar que tragam para a próxima aula exemplos dessas advertências publicadas na mídia impressa ou apresentadas na programação da televisão. Discutir que tipo de mensagem essas advertências pretendem transmitir. Em seguida, apresentar algumas informações preliminares, tais como: a OMS (Organização Mundial da Saúde), em relatório de 2007, atribuiu ao consumo de bebidas alcoólicas a morte de pelo menos 2,3 milhões de pessoas no mundo a cada ano. Essas mortes seriam causadas por problemas diversos relacionados ao consumo excessivo dessas bebidas. Acidentes de trânsito, queimaduras, afogamentos e quedas são fatalidades comumente ligadas ao consumo de bebidas alcoólicas. “Doenças cardiovasculares, cirrose hepática e diversos tipos de câncer também estão relacionados ao consumo desse tipo de bebida. Além das mortes, o consumo exagerado do álcool foi responsável no ano de 2002, por exemplo, por um prejuízo de US$ 665 bilhões aos cofres do mundo todo. Entre 2002 a 2009, investimentos do Ministério da Saúde na política de saúde aumentaram em 142%, saltando de R$ 619,2 milhões para R$ 1, 5 bilhão ao ano. Os gastos hospitalares representaram 32,4% desse orçamento. Recursos da ordem de R$ 490 milhões são utilizados no financiamento de 2,5 mil leitos específicos para internação de dependentes químicos em hospitais gerais. Maus tratos infantis e violência doméstica são outros problemas sociais muitas vezes associados ao álcool.” Colocar inicialmente as seguintes questões: Como se sabe que as drogas fazem mal à saúde? Que males são esses? E você: como encara e trata esse assunto em sua vida? Em seguida, apresentar a proposta de estudo, colocando o título e o objetivo do projeto na lousa. Enumerar as hipóteses dos alunos sobre os efeitos das drogas no corpo humano. http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11637 Autor desconhecido (acesso em 12/04/11) Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 111

4. Projeto DROGAS | biologia

Biologia | Efeitos de drogas no corpo humano


4. Projeto DROGAS | biologia

Biologia | Efeitos de drogas no corpo humano

2. Pesquisa sobre efeitos das drogas Fazer um levantamento coletivo das perguntas que os alunos gostariam de ver respondidas sobre os efeitos das drogas no sistema nervoso. Colocar essas perguntas num cartaz visível para todos os alunos. Numa outra lista, relacionar as drogas que serão investigadas pelos alunos. Não se esquecer de incluir os anabolizantes e outras drogas menos conhecidas. Organizar um seminário em que os alunos possam expor o que descobriram na pesquisa. 3. Atividades Introduzir vídeos, palestras (com especialistas) e debates sobre as perguntas que forem surgindo. Manter um clima de intensa curiosidade. 4. Exposição dialogada sobre Sistema Nervoso e Genética Preparar uma exposição que relacione as questões investigadas pelos alunos e aprofundar os conhecimentos sobre como as substâncias contidas nas drogas provocam danos ao sistema nervoso. 5. Produção de artigos científicos na forma escrita e digital (página da escola ou revista científica) Reunir os alunos em grupos e fornecer um conjunto de artigos científicos sobre os assuntos estudados (veja sugestões de periódicos eletrônicos na bibliografia). Orientar os alunos para que observem como o artigo está organizado. Destacar o que se escreve na introdução, na seção material e métodos, resultados e análise de resultados. A partir dessa exploração, organizar juntamente com os alunos o conjunto de temas que comporão os artigos da revista que vão criar. 6. Produção de evento Para conclusão do projeto, organizar um evento em formato de seminário a partir da apresentação dos artigos.

112 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Fontes de pesquisa Sites: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1621679-EI298,00.html (acesso em 12/04/11) http://www.labvirtq.fe.usp.br/simulacoes/quimica/sim_qui_alcoolismo.htm (acesso em 12/04/11) http://www.labvirtq.fe.usp.br/simulacoes/quimica/sim_qui_bafometro.htm (acesso em 12/04/11) http://www.labvirtq.fe.usp.br/simulacoes/quimica/sim_qui_efeitodoalcool.htm (acesso em 12/04/11) http://www.brasilescola.com/drogas/alcool.htm (acesso em 12/04/11) http://wiki.bemsimples.com/pages/viewpage.action?pageId=75202753 (acesso em 12/04/11) www.Corenes.com.br (acesso em 12/04/11)

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 113

4. Projeto DROGAS | biologia

Biologia | Efeitos de drogas no corpo humano


4. Projeto DROGAS | física

Física

Efeitos das drogas na temperatura corporal Produto final: Produção de artigo científico Duração: 6 aulas Objetivos: • Compreender os efeitos do consumo de drogas no corpo humano, partindo das mudanças de temperatura. • Conhecer os conceitos de propagação de calor e 1ª Lei da Termodinâmica. • Reconhecer conceitos de Termometria, qualificando e quantificando a dilatação térmica. • Identificar os tipos de propagação de calor e construir o conceito da 1ª Lei da Termodinâmica, por meio de experimentos voltados a algumas aplicações no organismo humano. Conteúdos: • Termometria • Leis da Termodinâmica • Escalas de temperatura • Drogas lícitas • Leitura e produção de artigos científicos Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Textos sobre o assunto • Termômetros • Materiais para construção do calorímetro e do termômetro • Computador com acesso à internet • Papel, caneta, lápis

114 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Para iniciar a conversa com os alunos, exibir imagens ou vídeos que mostrem as advertências da mídia em relação ao uso de drogas. Sugerimos os alertas contra o uso do cigarro e também de medicações. Após as exibições, comentar como estamos habituados a ver e ouvir em praticamente todos os meios de comunicação algumas propagandas ou advertências com relação aos vários tipos de substâncias que podem causar dependência. Prosseguir com uma exposição sobre as diferentes temperaturas, seja de um ser humano seja de um objeto qualquer. Comentar que a temperatura depende de alguns fatores como pressão e composição do material e que diferentes corpos reagem de forma diversa quando expostos a situações de temperatura e pressão que alteram desde seu volume e estado físico até sua composição química. Se possível, fazer algum experimento demonstrando esse fato. Mas o que realmente acontece ao nosso corpo quando usamos algumas dessas substâncias? Conversar com a turma que, neste projeto, vamos tratar de uma consequência perigosa para o corpo humano: o aumento da temperatura corporal sob o efeito de drogas. Informar que você vai tratar das diferentes formas de propagação de calor e suas principais leis e introduzir os conceitos fundamentais da 1ª Lei da Termodinâmica. 2. Estudo da temperatura e a 1ª Lei da Termodinâmica Para começar, organizar uma exposição dialogada sobre como a 1ª Lei da Termodinâmica está presente nos organismos. Pode-se dizer que, sem ela, simplesmente não existiria qualquer forma de vida. Neste momento, convidar os alunos para uma atividade prática: construir um termômetro em sala para discutir o que acontece com as coisas que nos cercam sob diferentes situações de temperatura e pressão. Durante o experimento, percorrer os grupos e comentar que, quando tratamos da dilatação de um líquido em um termômetro, podemos ter uma ideia do que acontece em nossos corpos quando temos febre ou quando estamos sob a influência de certas substâncias. Partindo do termômetro criado, questionar os alunos sobre: como quantificar a dilatação de um líquido? Quais os riscos que o organismo humano corre diante de variações intensas e/ou bruscas de temperatuSistematização Jovem Cientista - Anexos • 115

4. Projeto DROGAS | física

Física | Efeitos das drogas na temperatura corporal


4. Projeto DROGAS | física

Física | Efeitos das drogas na temperatura corporal

ra? Quais são os efeitos térmicos que determinadas drogas, como o LSD, o ecstasy e a heroína, podem provocar no organismo humano? Os grupos discutem e socializam suas hipóteses no final. Em seguida, orientar a pesquisa em fontes indicadas a respeito das seguintes questões: • Quando um sistema é aquecido, ao receber determinada quantidade de calor, o que ocorre com o estado térmico de suas partículas? • Dito de outro modo, o que ocorre com a mecânica interna das partículas e que implicações isso tem para o que se chama de 1ª Lei da Termodinâmica? • Que implicações tem para o organismo humano a 1ª Lei da Termodinâmica? Após a pesquisa, organizar outra aula expositiva sobre a 1ª Lei da Termodinâmica e associar ao estudo pesquisado. 3. Construção do artigo científico Descrever matematicamente a 1ª Lei da Termodinâmica e sua modelagem física para os alunos. Orientar uma pesquisa sobre artigos científicos que tratam da temperatura sob efeito de drogas no corpo humano. Investigar quais são os principais processos do organismo humano que dependem da 1ª Lei da Termodinâmica. Discutir com os alunos a estrutura de artigos científicos. Organizar uma busca nos bancos de artigos acadêmicos na internet. Analisar como poderia ser um artigo sobre o assunto que estudaram. Se necessário, organizar uma parceria com o professor de Língua Portuguesa. Publicar artigo preliminar referente ao tema deste conjunto de estudos numa revista científica da turma.

116 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Fontes de pesquisa Livro: PUCCI, L. F. S. Física Vivencial: uma aventura do conhecimento. São Paulo: MEC, 2009 Sites: http://fisicaressurp.wordpress.com/2009/08/24/a-maquina-a-vapor/ http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/maconha/ciencia.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_Krebs

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/8509

(acesso em 12/04/11)

http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/2579

(acesso em 12/04/11)

http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/3653

(acesso em 12/04/11)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cânabis

(acesso em 12/04/11)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cocaína

(acesso em 12/04/11)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Crack

(acesso em 12/04/11))

http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0708/g15_morfina/efeitos_adversos.htm (acesso em 12/04/11)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Heroína

(acesso em 12/04/11)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dietilamida_do_ácido_lisérgico http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecstasy

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

http://www.ufsm.br/direito/artigos/penal/politica-drogas.htm http://www.cebrid.epm.br/index.php

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

http://www.brasilescola.com/drogas/lsd.htm

(acesso em 12/04/11)

http://www.psicosite.com.br/tra/drg/ecstasy.htm

(acesso em 12/04/11)

http://www.brasilescola.com/drogas/heroina.htm

(acesso em 12/04/11)

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 117

4. Projeto DROGAS | física

Física | Efeitos das drogas na temperatura corporal


4. Projeto DROGAS | química

Química

Folder para campanha contra o uso de drogas Produto final: Produção de artigo científico Duração: 6 aulas Objetivos: • Identificar as diferentes classes de drogas existentes. • Conhecer suas reações no organismo. • Conhecer as composições químicas e as estruturas orgânicas presentes. Conteúdos: • Funções orgânicas • Interações bioquímicas das drogas no organismo Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Papel e caneta para anotações • Cópias de artigos científicos • Computador com acesso à internet, vídeos

118 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Reunidos num grande grupo, iniciar o projeto comentando que as drogas têm causado grandes distúrbios sociais, uma vez que alteram substancialmente o estado físico e psicológico de quem faz uso delas. Colocar uma questão geral para ouvir a opinião dos alunos. Por exemplo: Quais são os diferentes grupos de drogas existentes? Como cada grupo atua em nosso organismo? Como identificar algumas funções orgânicas presentes em sua composição? Escutar as hipóteses dos alunos e registrar na lousa uma síntese das opiniões. Em seguida, apresentar os objetivos do projeto. 2. Exibição de vídeo Há na internet alguns vídeos que podem ilustrar como uma pessoa se comporta sob uso das drogas. Sugerimos: Driving under the Influence of Drugs ou Conduzir sob efeito Drogas. (http://www.youtube. com/watch?v=ksODDHLQL-Y&feature=fvsr) (acesso em 12/04/11) Após a exibição, os alunos serão instigados a debater sobre o que observaram nas diferentes utilizações das drogas mostradas no vídeo. Com a interferência do professor, os alunos começarão a observar que diferentes tipos de drogas causam diferentes tipos de alterações psíquicas. Com essa observação, o professor fará a diferenciação dos grupos de classificação de drogas e seus principais efeitos no organismo. 3. Pesquisa sobre as drogas mais consumidas no contexto social frequentado pelos alunos Este levantamento será subjetivo apenas. Cada aluno faz uma lista sem revelar seu nome, e o professor sintetiza na lousa. Dessa forma, preserva-se a privacidade e mantém-se uma atitude de respeito. Feito o levantamento, o professor detalhará como as drogas atuam no organismo, enfatizando o poder de dependência que cada uma tem. Em seguida, os alunos pesquisam na internet sobre o consumo de drogas no contexto social do Brasil ou da sua região. Organizam um painel com os dados e fatos para o mural da classe.

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 119

4. Projeto DROGAS | química

Química | Folder para campanha contra o uso de drogas


4. Projeto DROGAS | química

Química | Folder para campanha contra o uso de drogas

4. Estudo dos grupos funcionais presentes nas drogas Nesta etapa da atividade, o professor demonstrará a estrutura molecular dos princípios ativos das drogas listadas. Os alunos, utilizando kits de modelagem atômica, montarão as estruturas, destacando os grupos funcionais presentes em cada uma delas.

Cocaína

Etanol

Maconha

5. Pesquisa de aprofundamento para elaboração de um folder para campanha antidrogas na escola Com o término das atividades propostas para a aula, os alunos deverão complementar o estudo com uma pesquisa sobre os efeitos em longo prazo que as drogas em questão provocam ao organismo. Levar para a classe alguns folders de campanhas de saúde como exemplo e reservar um tempo didático para que os alunos pensem como desejam realizar a campanha na escola.

Fontes de pesquisa Sites: http://www.faac.unesp.br/pesquisa/nos/olho_vivo/drogas/tip_drog.htm http://saude.hsw.uol.com.br/alcool5.htm

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

https://sharepoint.cisat.jmu.edu/isat/klevicca/Web/Isat351/NeuroWeb/marijuana/MJ%20 Molecular%20picture.jpg (acesso em 12/04/11) http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/images/medicinal/cocaina.gif http://eltamiz.com/images/etanol.png

120 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)


5. projeto TERRA As aulas conduzem a uma maior compreensão dos fatores que vêm colocando em risco a vida na Terra, estimulando a reflexão sobre o que pode ser feito, em termos de políticas locais e globais de sustentabilidade, para salvar o planeta. As atividades envolvem a identificação dos principais problemas que afetam o meio ambiente e as alternativas para a sua superação. A evolução dos seres vivos é estudada a partir das teorias sobre a formação do universo e do sistema solar, incluindo a Teoria do Big Bang, enquanto a sociedade atual é vista pela ótica das desigualdades entre países ricos e pobres e dos indicadores ambientais de excesso de consumo. Os alunos aprendem a aplicar o conceito de pegada ecológica, que considera as quantidades de terra e água necessárias para manter as gerações atuais, tendo em vista os recursos materiais e energéticos gastos por uma determinada população, e avaliam como as energias alternativas podem ser exploradas. São orientados ainda a aplicar conhecimentos geométricos para a construção de protótipos direcionados a garantir a sustentabilidade da Terra.

121 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 121


5. PROJETO TERRA | matemática

Matemática

Um só lugar no universo Produto final: Exposição sobre como a Matemática auxilia na conservação do planeta Duração: 9 aulas Objetivos: • Compreender a funcionalidade e usabilidade das teorias geométricas e suas abordagens. • Aplicar os conhecimentos geométricos à construção de um forno solar, abrindo oportunidades para discussões a respeito da sustentabilidade. Conteúdos: • Leitura e interpretação de textos e imagens • Teorias geométricas • Forno solar • Pesquisa na internet • Problemas matemáticos associados à conservação Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Computador com acesso à internet • Tesoura • 2 caixas e uma folha de papelão • Jornal • Papel alumínio

122 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Sequência de Atividades 1. Início de conversa Organizar a turma em grupos e distribuir para cada grupo um portador de notícias (jornal e revistas). Solicitar que encontrem notícias ou outra referência que estejam associadas com a sustentabilidade, fontes renováveis de energia, crimes contra o meio ambiente. Após a busca, cada grupo relata o que descobriu. Comentar que, ao abrir um jornal, uma página da internet ou ligar a televisão, podem-se encontrar notícias relacionadas a temas como sustentabilidade do planeta, fontes renováveis de energia, crimes contra o meio ambiente, catástrofes geradas pela imprudência do homem. São assuntos que estão em grande evidência na mídia nos últimos anos. A partir desse momento, colocar uma questão para iniciar novo debate: por que a sustentabilidade virou notícia? 2. Significado dos termos e o papel da Matemática Colocar para os alunos em grupos o seguinte conjunto de questões: • O que significam os termos sustentabilidade, conservação ambiental, crimes ambientais? • Por que se tem falado tanto sobre esses assuntos? Comentar que a situação do nosso lar, chamado Terra, tem se agravado bruscamente. Afinal, nós utilizamos seus recursos sem pudor e respeito algum. Esquecemo-nos de que somos hóspedes neste maravilhoso lar. E, apesar de todo o destaque que a mídia tem dado a esse tema, o que realmente tem sido feito para resolver tais problemas? Aliás, que atitude você já tomou para ajudar a resolver esses problemas? A aula que se segue busca a construção de conjecturas através de ferramentas matemáticas (geometria) para a criação de hipóteses e construção de protótipos que busquem manter a sustentabilidade do planeta. Quais alternativas podem ser seguidas na Matemática? Organizar a turma para pesquisar dados estatísticos, a partir das seguintes questões: • Como a Matemática pode auxiliar na preservação do nosso planeta? • Quais os tipos de energias “alternativas” podemos utilizar para melhoria da saúde de nosso planeta?

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 123

5. PROJETO TERRA | matemática

Matemática | Um só lugar no universo


5. PROJETO TERRA | matemática

Matemática | Um só lugar no universo

3. Organização de um experimento Para preparar a exposição e propiciar uma atividade experimental em Matemática, organizar a sala em grupos para discutir as seguintes questões: • Discuta com o seu grupo, utilizando o material disponível no referencial teórico, as vantagens de utilizar a energia solar. • Com seu grupo, pesquise informações sobre um forno solar, quais os modelos existentes, como montá-lo e quais os materiais necessários. • Quais as vantagens de um forno solar em relação a um forno elétrico? É válida sua utilização na cidade? • Qual o conhecimento matemático utilizado para a construção de um forno solar? • Teste seu forno solar. Tente esquentar uma panela com água nele e escreva o que você pode observar com esse fenômeno. • No final das atividades, organize uma exposição de como a Matemática nos ajuda a entender a sustentabilidade.

Fontes de pesquisa Sites: Introdução à Óptica Geométrica: http://www.algosobre.com.br/fisica/fisica-optica-geometrica.html

(acesso em 12/04/11)

Forno solar: http://www.searadaciencia.ufc.br/tintim/fisica/fornosolar/fornosolar01.htm Meio Ambiente: Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_renov%C3%A1vel

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/energia/energia-desenvolvimento-e-problemasambientais.php (acesso em 12/04/11) http://www.comciencia.br/reportagens/energiaeletrica/energia12.htm

124 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

(acesso em 12/04/11)


Terra, um só lugar no universo Produto final: Construção de texto argumentativo Duração: 9 aulas Objetivos: • Saber apresentar propostas de soluções para os principais problemas identificados para caminhar em direção à sustentabilidade do planeta Terra. • Conhecer as condições de origem e sustentabilidade do planeta Terra, que vão desde a origem do universo (Teoria do Big Bang) até as previsões mundiais para o ano 2050. • Compreender as teorias sobre a formação do universo e do sistema solar, localizando a Terra. Conteúdos: • Leitura e interpretação de textos e imagens • Participação em situação de debates • Pesquisa na internet • Sustentabilidade • Problemas econômicos do mundo atual Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Computador com acesso à internet • Vídeos e cópias de texto

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 125

5. PROJETO TERRA | Língua portuguesa

Língua Portuguesa


5. PROJETO TERRA | Língua portuguesa

Língua Portuguesa | Terra, um só lugar no universo

Sequência de Atividades 1. Início de conversa Exibir uma sequência de imagens do mundo contemporâneo. Se possível, um pequeno trecho do filme Koyaanisqatsi: Life out of Balance. Esse filme (disponível na internet em video.google.com e também em videolocadoras) é uma crítica ao modo como estamos interferindo no planeta. Passar um trecho do filme ou imagens e comentar que nossa geração tem testemunhado um crescimento econômico e um progresso tecnológico sem precedentes, os quais, ao mesmo tempo em que trouxeram benefícios para muitas pessoas, produziram também sérias consequências ambientais e sociais. A seguir, está listada uma sequência de sites que podem ser utilizados para início do estudo. As desigualdades entre pobres e ricos nos países e entre países estão crescendo e há evidências de crescente deterioração do meio ambiente, numa escala mundial. Essas condições, embora primariamente causadas por um número relativamente pequeno de países, afetam a humanidade (FREIRE, 1995, p. 58-59). A partir dessa primeira imersão, colocar a seguinte questão para os alunos: Como podemos estudar este assunto utilizando o recurso da imagem e da linguagem cinematográfica?

Sites na internet: http://www.ifi.unicamp.br/~ghtc/Universo/cap01.html

(acesso em 12/04/11)

http://www.meetaravindra.com/meeta/mantras/apostila/1origem/origem.htm

(acesso em 12/04/11)

http://www.notapositiva.com/trab_professores/textos_apoio/historia/mitossobrecriacaomundo.htm (acesso em 12/04/11)

2. Cinema na sala de aula Reunir os alunos em grupos e distribuir uma pequena síntese do filme a que vão assistir, com informações sobre quando foi produzido, seu diretor, etc. Antecipar um pouco sobre o que o filme tratará, aguçando a curiosidade dos alunos. Comentar que ao assistirmos ao filme Wall-E, da Disney/Pixar, direção de Andrew Stanton, vamos refletir sobre os caminhos que a humanidade traçou até hoje e um possível momento a que poderemos chegar. Deixar que assistam ao filme todo e, em seguida, propor as seguintes questões para discussão em grupos de 5 alunos: 126 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


• Quais suas considerações sobre o filme? • O que lhe chamou mais a atenção? • Como podemos relacioná-lo com as propostas de sustentabilidade e a nossa feira de ciências? Buscar o entendimento de que o cuidado com o planeta Terra não se restringe ao ambiente físico e biológico, mas inclui as relações sociais, econômicas e culturais de um povo, que educar para a cidadania é também educar ecologicamente. 3. Mundo vasto mundo... Conversar inicialmente com os alunos sobre o que mais os impressiona no mundo contemporâneo. Abordar questões como as tecnologias que utilizamos e que não eram utilizadas no passado, como vivemos e como viviam as pessoas há 3 décadas. Para ativar o conhecimento prévio dos alunos, colocar na lousa as seguintes questões: Em sua opinião: • Qual foi o maior invento da humanidade? • Qual é a pior consequência que você sofre por conta dele? Distribuir aos alunos algumas imagens de inventos antigos e atuais sem nomeá-los para que eles procurem descobrir que inventos são esses. Procurar estimulá-los a pensar as funções dos inventos, sua origem, a que se destinam, o período que representam e as mudanças que ocorreram no mundo a partir desses inventos. Selecionar alguns inventos bem variados para a exploração inicial da temática. A partir de um invento qualquer, solicitar que descrevam o objeto. Essa descrição pode ocorrer anteriormente à discussão proposta acima. Concluir esta etapa exploratória, comentando que a humanidade traçou os caminhos que levaram ao mundo em que vivemos hoje. Que os inventos são produções humanas coletivas. Que um invento possibilitou a criação de outros. Que todos os inventos utilizam recursos da natureza e foram criados para resolver problemas. Questionar os alunos sobre os problemas que os inventos procuraram resolver. 4. Construção de propostas para solucionar problemas Após a discussão do filme e do questionamento proposto no encontro anterior, solicitar aos grupos que identifiquem um problema para o qual gostariam de propor uma solução. Orientar os alunos para que identifiquem problemas do seu cotidiano e que envolvam aspectos econômicos e ambientais. O objetivo Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 127

5. PROJETO TERRA | Língua portuguesa

Língua Portuguesa | Terra, um só lugar no universo


5. PROJETO TERRA | Língua portuguesa

Língua Portuguesa | Terra, um só lugar no universo

é buscar a proposição de soluções que visem à preservação do planeta Terra e sua sustentabilidade a longo prazo. Além disso, é missão das equipes de trabalho o desenvolvimento de um produto para a feira de conhecimentos da escola. Para isso, colocar na lousa o seguinte problema geral da pesquisa e construção de soluções que farão:

Problema • Pautando-se nos fatos que hoje colocam em risco a vida no planeta Terra, a médio e longo prazo, quais as ações e intervenções necessárias para a criação de uma política global e local de sustentabilidade? O que estaria ao nosso alcance realizar? • Nossas atitudes nos levam a pensar em como se apresentam as condições de origem do planeta para a sustentabilidade da vida na Terra na atualidade. Que condições são essas? O que está bem? O que está precisando ser alterado imediatamente? E no longo prazo? • Essas primeiras proposições devem auxiliar os alunos a definir um problema e procedimentos para busca de soluções.

Em seguida, convidar os alunos a elaborar um texto expositivo, apresentando as ideias do grupo. A partir dessas ideias, organizar alguns passos para que os alunos possam delinear bem o problema que vão estudar e as soluções que vão propor. Combinar com os alunos a forma como será apresentada a solução. 5. Comparando dados A partir dos problemas identificados pelos alunos, elaborar subsídios teóricos e práticos que possam auxiliar cada um a desenvolver a percepção do ambiente em que vive. Fazer exposição dialogada sobre o que vem a ser “sustentabilidade” no mundo contemporâneo. Selecionar juntamente com os alunos um dos problemas identificados em campo ou na internet para uma vivência sobre como cuidar desse problema. Analisar e contrapor cenários globais e cenários locais que contextualizem o problema indicado. 6. Aprofundamento pela leitura de textos Convidar os alunos a analisar alguns textos previamente selecionados sobre os problemas que estão es128 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


tudando para buscar soluções. Organizar a turma para que façam entrevistas na comunidade local para saber o que as pessoas pensam sobre os problemas que eles estão apontando. Orientar cada grupo a produzir um relatório sobre essas entrevistas e a organizar suas propostas de soluções. 7. Socialização Terminada a produção do que ficou combinado para a feira de conhecimentos, é hora de socializar com apresentações que podem ser preparadas utilizando PowerPoint ou outra mídia. 8. Síntese Colocar uma questão: quais as possíveis relações entre as soluções que estamos propondo e a sustentabilidade do planeta? Por fim, orientar os alunos para que elaborem um texto argumentativo com base nas reflexões feitas durante as aulas e nas apresentações dos grupos.

Avaliação Observação, registro e análise: • Dos conhecimentos que o aluno já possui sobre leitura de textos e suas características. • Dos conhecimentos ambientais já estudados em outras séries, buscando saber se associam os fatos novos aos já conhecidos. • De como o aluno procede enquanto realiza atividades de leitura de textos. • Avaliação da participação e disposição dos alunos nas diferentes atividades realizadas. • Registro de observação utilizando pautas individualizadas, contendo itens relacionados com as expectativas de aprendizagem, por exemplo, com que grau de dificuldade lê e produz textos.

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 129

5. PROJETO TERRA | Língua portuguesa

Língua Portuguesa | Terra, um só lugar no universo


5. PROJETO TERRA | Língua portuguesa

Língua Portuguesa | Terra, um só lugar no universo

Fontes de pesquisa Sites: Mitos e Teorias da Criação (acessos em 12/04/11) http://www.ifi.unicamp.br/~ghtc/Universo/cap01.html” http://www.meetaravindra.com/meeta/mantras/apostila/1origem/origem.htm http://www.notapositiva.com/trab_professores/textos_apoio/historia/mitossobrecriacaomundo.htm O que é Cosmogonia? http://pt.wikipedia.org/wiki/Cosmogonia

(acesso em 12/04/11)

No princípio: como interpretar Gênesis 1? http://www.scb.org.br/artigos/FC53_NoprincipioComoInterp.asp

130 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

(acesso em 12/04/11)


Trabalhando indicadores ambientais Produto final: A pegada ecológica da nossa escola Duração: 8 aulas Objetivos: • Identificar aspectos do comportamento das pessoas para consumo. • Reconhecer que existem padrões distintos de consumo na sociedade e que não podemos generalizar. • Identificar parâmetros para indicadores ambientais de excesso de consumo – consumismo. • Pesquisar sobre consumo. • Analisar charges sobre consumo. • Desenhar charges sobre consumo. • Analisar dados e construir tabelas. Conteúdos: • Indicadores de sustentabilidade: Pegada Ecológica (footprint) • Medida de consumo individual e coletivo de recursos • Leitura de charges • Leitura de gráficos • Produção de texto Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Computador com acesso à internet, vídeos do YouTube, imagens do Google Earth • Cópias de texto

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 131

5. PROJETO TERRA | biologia e química

Biologia e Química


5. PROJETO TERRA | biologia e química

Biologia e Química | Trabalhando indicadores ambientais

Sequência de Atividades 1. Início de conversa Iniciar o trabalho com uma conversa com os alunos comentando que, nos últimos anos, houve alguns avanços na forma de pensar e agir das pessoas. Perguntar para eles se percebem entre os seus colegas mudanças de atitudes em relação ao meio ambiente, a partir dos assuntos estudados na escola. Anotar o que forem dizendo na lousa para uma breve síntese inicial do estudo. Ao final, colocar a frase do autor do texto que será lido nesta primeira aula: “O grande desafio é influenciar e modificar o pensamento das pessoas em relação ao consumo”, diz Pedro Jacobi*. Na sequência, ler coletivamente o texto desse professor (abaixo). Se preferir, organizar uma leitura pausada, com levantamento de perguntas ou dúvidas. Ao final, explicar que podemos hoje medir como está nosso consumo através de uma avaliação de nosso comportamento e apresentar os objetivos do projeto e seus conteúdos.

O planeta está chegando num ponto cada vez mais crítico, observando-se que não pode ser mantida a lógica prevalecente de aumento constante do consumo. Já se verificam os seus impactos no plano ecológico global. Sabemos que se trata de um tema muito complexo, pois as possibilidades de fixar limites são politicamente problemáticas, em qualquer parte do planeta. Será que estamos numa encruzilhada? O caminho existente é mais do que problemático em termos ecológicos, quase sem saída pelos métodos convencionais. A exploração crescente dos recursos naturais coloca em risco as condições físicas de vida na Terra, uma vez que a economia capitalista exige um nível e tipo de produção e consumo que são ambientalmente insustentáveis. O que significa, portanto, promover uma política de consumo sustentável que leve em conta três eixos: a realidade dos limites ecológicos da Terra, de um lado, e, de outro, que promova justiça social e seja politicamente viável? (...) (...) A existência de um consumo desigual reflete a atual estrutura injusta, quer interna aos países – entre ricos e pobres – quer entre nações, revelando de um lado o subconsumo estrutural de vastas parcelas da

132 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


população mundial e, de outro, o “consumismo”, que é um forte adjetivo associado a parcela significativa da população que vive na sua grande maioria nos países do Norte. Existem dois caminhos que a sociedade tem utilizado como referência para abordar a problemática da transformação de uma lógica que influencie mudanças no consumo – as dimensões da eficiência e do uso final. (...) (...) Ao concluir, não se pode escamotear o fato que, apesar dos estimulantes e importantes avanços por grupos sociais e governos, em escala local e em alguns casos de países, o Consumo Sustentável continua fora das discussões mundiais e ainda não foi tratado na sua complexidade pela sociedade planetária. O que se argumenta é que o tema deva estar mais presente nos debates sobre Governança Global e que o papel das sociedades é de consolidar instituições que formulem, promovam e disseminem práticas que transcendam a ecoeficiência e ampliem a compreensão dos cidadãos sobre os limites do planeta e suas responsabilidades para com os habitantes do futuro. * Artigo originalmente publicado no Mercado Ético. Pedro Roberto Jacobi é professor titular da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da USP, coordenador do Teia – USP – Laboratório de Educação e Ambiente. http://www.akatu.org.br/temas/consumo-consciente/posts/consumo-e-sustentabilidade (acesso em 12/04/11)

Atividade 1: Caixinha de surpresas - Desenvolvimento: 1ª Etapa: Para construir o caminho inicial da sequência, propor um jogo. Antes de iniciar o jogo, os alunos escrevem em papeizinhos várias tarefas divertidas (veja as sugestões a seguir). Colocar as tarefas dentro de uma caixa. Tocar uma música (sugestão de música: “Fome”, do CD Palavra Cantada). Sentados em círculo, a caixinha irá circular de mão em mão, até a música parar. Quem estiver com a caixinha na mão no momento em que a música parar deverá tirar um papel da caixinha e executar a tarefa. Continuar até acabarem os papéis. Se o número de alunos é grande, organizar a turma em grupos. Um representante do grupo retira sua tarefa e chama um membro de seu grupo para executá-la. Devemos ter no máximo cinco tarefas para não tomar todo tempo da aula. Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 133

5. PROJETO TERRA | biologia e química

Biologia e Química | Trabalhando indicadores ambientais


5. PROJETO TERRA | biologia e química

Biologia e Química | Trabalhando indicadores ambientais

Sugestão de tarefas divertidas: Imagine que... • Vocês são uma família de cidade pequena chegando pela primeira vez num grande shopping center de cidade grande. Ficam encantados com o “templo da mercadoria” e desejam comprar tudo o que veem. • Vocês são uma família de cidade grande visitando uma fazenda de gado. São convidados para preparar o café da manhã. • Vocês devem produzir um diálogo num supermercado. São ecologistas e querem comprar produtos da agricultura orgânica, não levar sacolinhas de plástico para casa, comprar lâmpadas que economizem energia e precisam para isso da ajuda de um funcionário que consiga orientá-los e atendê-los. • Vocês são crianças numa loja de brinquedos querendo comprar tudo o que veem. Saem correndo, querem brincar na loja e pedem para seus pais comprarem, comprarem, comprarem. • Vocês são turistas que ganharam uma estadia num hotel de luxo na Europa ou outro local e vão conhecer pela primeira vez esse lugar. Apesar de saber que tudo custa muito caro, fingem que podem comprar e pagar. • Vocês querem cuidar do meio ambiente. O que fariam?

2ª Etapa: Ao final da brincadeira, colocar o tema da sequência didática na lousa (datashow) e a frase de Albert Einstein. Ler a frase em voz alta e deixar o grupo falar um pouco sobre suas expectativas em relação ao trabalho. Organizar as falas dos alunos em uma síntese em papel pardo e colocar em local visível. Discutir os objetivos das aulas que se seguirão e fazer a ligação com os assuntos que vêm sendo tratados no livro didático e em aulas anteriores sobre as Desigualdades sociais e o Desenvolvimento do Brasil e em sua cidade. Lembrar que as sínteses não devem ocupar a maior parte do tempo da atividade. Ocupar no máximo 10 minutos para fechar a atividade. Frase grande na lousa ou datashow Coloque como pano de fundo a “carinha” de Einstein mostrando a língua.

A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original. Albert Einstein, 1879-1955 134 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


3ª Etapa: Exibir uma propaganda gravada da televisão sobre a venda de automóveis a preços bem baratos (Feirão da Ford, Volkswagen, Fiat, etc.). Discutir com o grupo as seguintes questões: 1. Por que tanta propaganda de carros? 2. Em seguida, colocar a mesma pergunta de outro modo: por que precisamos trocar de carro? 3. Assistindo a propagandas de automóveis, você acha que as pessoas ficam com vontade de comprar ou trocar de carro? Comprar ou trocar de moto? Comprar ou trocar qualquer outra coisa? 4. Você já sentiu vontade de ter algo vendo propagandas? 5. O que você desejou? Registrar na lousa as respostas dos alunos e convidá-los para, na próxima aula, responderem a uma pergunta que colocará suas mentes em movimento: aonde chegamos com nosso consumo? Observações: Na primeira etapa, sugerimos a brincadeira, pois é importante nessa faixa etária uma descontração. As brincadeiras podem fazer parte das situações de aprendizagem numa sequência didática. Não como atividades lúdicas descontextualizadas. Quando então? Sempre que desejarmos trabalhar comportamentos e a imersão nos perfis que nos permitem ver o eu e o outro. Alguns estudiosos (como Prof. Lino Macedo, do IP –USP) vêm se dedicando ao estudo da atividade lúdica, e é consenso afirmar que não só a criança e o jovem, mas também o adulto, precisa da brincadeira e de alguma forma de jogo para viver. No adulto, criatividade e humor expressam a forma lúdica de lidar com seus próprios pensamentos; na criança, a brincadeira expressa uma das formas com que ela interage com o mundo que a cerca, organizando, destruindo e reconstruindo, buscando compreender o mundo dos adultos e construindo seus conhecimentos a partir das experiências que vive. Também pelo jogo é capaz de expressar suas fantasias, desejos, sentimentos e medos. Geralmente, o brincar é relacionado apenas à obtenção de prazer, mas as atividades lúdicas não se restringem a isso. Brincar pressupõe imaginação e regras. A imaginação é uma atividade mental que propicia a interação entre a realidade e os interesses e as necessidades da criança. Nenhuma brincadeira prescinde de regras, e elas são levadas muito a sério. As regras desempenham o papel de determinar aquilo que vale no faz de conta. Brincando, a criança representa o que lhe é externo e interioriza, construindo seu próprio pensamento. Lembrar também que dinâmicas soltas não cumprem esses objetivos pedagógicos. Na 2ª etapa, temos uma reflexão sobre o desejo de consumo que fará parte do exercício para discutir a produção de mercadorias e o consumo. Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 135

5. PROJETO TERRA | biologia e química

Biologia e Química | Trabalhando indicadores ambientais


5. PROJETO TERRA | biologia e química

Biologia e Química | Trabalhando indicadores ambientais

4ª Etapa: Colocar a questão-título da sequência na lousa e fazer uma leitura coletiva de um texto sobre o assunto. Ver as sugestões. 5ª Etapa: Organizar uma aula expositiva e dialogada sobre o tema Crescimento Econômico, Concentração de Riquezas e Consumo. 6ª Etapa: Propor aos alunos um trabalho com indicadores ambientais. Explicar que vamos medir como é a nossa vida em diferentes aspectos do consumo. Vamos medir como estamos em relação ao consumo de recursos naturais. 7ª Etapa: Distribuir para os grupos cópias de charges sobre o consumo. Fazer trocas entre as charges de modo que todos leiam todas as charges. Em seguida, colocar as seguintes questões para a turma: Qual é a piada? O que os cartunistas pretendiam ironizar nas charges? Você gosta de ler charges? 8ª Etapa: Orientar os alunos para realização de uma pesquisa sobre o consumo e o consumismo. Lembrar que, para uma pesquisa, é necessário ter perguntas a responder. Organizar as perguntas a partir das charges. Exemplo: por que não pode ser considerada bem-sucedida uma pessoa que compra um automóvel nos dias de hoje? Quais questões ambientais estão relacionadas com a compra intensa de automóveis? Para uma pesquisa ser bem-sucedida, é importante orientar fontes confiáveis de biblioteca e/ou internet. Ver no final algumas boas fontes para esse assunto na internet. 9ª Etapa: A partir das informações da pesquisa, organizar uma roda de conversa sobre o que encontraram para socializar com a classe. Em grupos, organizar um primeiro plano de troca de informações sobre a pesquisa em que cada aluno comenta o que encontrou com os colegas. Em seguida, um relator apresenta para a classe. Os materiais coletados podem ser fixados num mural da sala de aula. Quem quiser continuar trazendo complementações de informações para o mural pode fazê-lo até o final deste estudo. 10ª Etapa: Para encerrar esta etapa, solicitar que cada aluno faça uma charge sobre consumo. Expor os desenhos também no mural.

136 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Observações: Para a segunda etapa deste trabalho, ler o texto de suporte que colocamos no Para Saber Mais, em que uma pesquisadora discute este tipo de texto – verbal e não verbal –, que permite a realização de diversas atividades, além de ser um material interessante para os alunos, a fim de torná-los cada vez mais capazes de construir os possíveis sentidos do texto. 11ª Etapa: Explicar para os alunos o que é Pegada Ecológica (veja na página 138) e falar um pouco sobre sua história. Colocar na lousa a seguinte questão: Quantos planetas você precisa para viver? Organizar os alunos em grupos e distribuir a ficha para o cálculo da Pegada Ecológica individual. Consultar a turma para saber quem já conhece esse cálculo. Quem já fez. Explicar brevemente esse conceito e como faremos para calcular a Pegada Ecológica individual e da escola. Distribuir a ficha-questionário para ser preenchida pelos alunos. Cada aluno deve responder o seu questionário e calcular o valor de sua pegada com apoio do professor. A partir do valor de sua pegada, ele lê a interpretação fornecida sobre ela. Calcular a pegada por grupo, por meio de uma média simples das pegadas individuais no grupo. Cada grupo deve ficar encarregado de recolher as fichas do seu grupo e contabilizar na ficha geral exposta em uma tabela na lousa. O professor auxilia para que os cálculos individuais e coletivos sejam organizados. Após o cálculo, comparar o valor de cada grupo com o valor da pegada ecológica de alguns países expostos em transparência. Verificar que países temos representados em cada grupo. Encerrar discutindo o significado do hábito individual de consumo e a importância dos comportamentos individuais e o consumo consciente ou responsável. Sugerir aos alunos que façam a pegada ecológica de seus familiares. Fornecer o endereço de alguns sites em que os alunos podem calcular suas pegadas. Veja o site: http://www.earthday.org, acesse footprint e localize o Brasil no mapa (acesso em 12/04/11). 12ª Etapa: Proposta de ação coletiva Organizar a turma para medir a pegada ecológica dos professores, alunos e funcionários da escola.

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5. PROJETO TERRA | biologia e química

Biologia e Química | Trabalhando indicadores ambientais


5. PROJETO TERRA | biologia e química

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O alienado A pessoa alienada perde a compreensão do mundo em que vive e torna-se alheia a segmentos importantes da realidade em que se acha inserida. Alienar é transferir para outro o que é seu. Se a Revolução Industrial promoveu a separação entre produtor e produto, determinando a alienação ante o trabalho, também fez nascer, durante o século XIX, um grupo intermediário numeroso, que chamamos de classe média, que veio acompanhado pelo aumento do individualismo, por maior interesse pela vida privada e, portanto, pela diminuição do envolvimento pessoal com as questões públicas e políticas. Isso acontece porque é em casa que a pessoa se sente como “ser humano”, é esse o espaço onde sua presença e suas decisões são importantes, ao contrário da situação vivida no trabalho, em que é apenas uma peça de uma engrenagem sobre a qual não tem controle ou poder de decisão. A alienação passa a ser percebida na vida social do indivíduo, com a formação da “sociedade de consumo”, expressão que carrega uma conotação negativa, pois esse consumo não depende mais da decisão consciente de cada indivíduo, baseada em suas necessidades e seus gostos, mas se torna fruto de necessidades artificialmente estimuladas. Fica claro que o papel dos meios de comunicação nisso é fundamental. Então, a culpa é dos meios de comunicação? (…) Fonte: [http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=681 ] (Autor desconhecido - acesso em 12/04/11)

Pegada Ecológica A expressão Pegada Ecológica é uma tradução do Inglês ecological footprint e refere-se, em termos de divulgação ecológica, à quantidade de terra e água que seria necessária para sustentar as gerações atuais, tendo em conta todos os recursos materiais e energéticos gastos por uma determinada população. O termo foi primeiramente usado em 1992 por William Rees, um ecologista e professor canadense da Universidade de Colúmbia Britânica. Em 1995, Rees e o coautor Mathis Wackernagel publicaram o livro Our Ecological Footprint: Reducing Human Impact on the Earth. A pegada ecológica é atualmente usada ao redor do globo como um indicador de sustentabilidade ambiental. Pode ser utilizada para medir e gerenciar o uso de recursos através da economia. (…) Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pegada_ecológica

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(acesso em 12/04/11)


Qualidade de vida Qualidade de vida – “É o conjunto de condições objetivas presentes em uma determinada área e da atitude subjetiva dos indivíduos moradores nessa área, frente a essas condições.” (Hornback et alli, 1974). Qualidade de vida – “São aqueles aspectos que se referem às condições gerais da vida individual e coletiva: habitação, saúde, educação, cultura, lazer, alimentação, etc. O conceito se refere, principalmente, aos aspectos de bem-estar social que podem ser instrumentados mediante o desenvolvimento da infraestrutura e do equipamento dos centros de população, isto é, dos suportes materiais do bem-estar.” (SAHOP, 1978). Qualidade de vida – “É a resultante da saúde de uma pessoa (avaliada objetiva ou intersubjetivamente) e do sentimento (subjetivo) da satisfação. A saúde depende dos processos internos de uma pessoa e do grau de cobertura de suas necessidades, e a satisfação depende dos processos internos e do grau de cobertura dos desejos e aspirações.” (Gallopin, 1981). Qualidade de vida – “O conceito de qualidade de vida compreende uma série de variáveis, tais como a satisfação adequada das necessidades biológicas, a conservação de seu equilíbrio (saúde), a manutenção de um ambiente propício à segurança pessoal, a possibilidade de desenvolvimento cultural, e, em último lugar, o ambiente social que propicia a comunicação entre os seres humanos, como base da estabilidade psicológica e da criatividade.” (Maya, 1984). Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidade_de_vida

(acesso em 12/04/11)

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 139

5. PROJETO TERRA | biologia e química

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5. PROJETO TERRA | biologia e química

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A charge em sala de aula Introdução Esta pesquisa apresenta uma proposta do uso da charge e das tiras humorísticas em sala de aula, já que esse tipo de texto – verbal e não verbal – permite que diversas atividades sejam realizadas, além de ser um material interessante para os alunos, a fim de torná-los cada vez mais capazes de construir os possíveis sentidos do texto. Tais atividades envolvem a compreensão e interpretação da charge e das tiras, visando ao desenvolvimento da criatividade do aluno, a partir das inferências que ele pode realizar de acordo com seu conhecimento de mundo.(...) (...)Outro aspecto importante na utilização de tais recursos é a sua proximidade com o cotidiano, pois esses são geralmente encontrados em jornais e revistas, tratando temas atuais, atemporais, divertindo e marcando épocas. Além disso, permitem que o aluno passe a entender a imagem como discurso, atribuindo-lhe sentidos sociais e ideológicos. Na linguagem humana, destacamos dois aspectos: a língua e o discurso.(...)

Linguagem verbal

Linguagem não verbal

A linguagem verbal é um código que utiliza palavras faladas ou escritas.

O tipo de linguagem, cujo código não é a palavra, denomina-se linguagem não verbal, isto é, usamse outros códigos (o desenho, a dança, os sons, os gestos, a expressão fisionômica, as cores).

Para compreender o pensamento verbal, Vygotski, psicólogo russo, identifica que essa unidade é o significado das palavras, que é o seu aspecto essencial. Para ele, apesar de a natureza do significado não ser clara ainda, sua certeza é a de que, no significado da palavra, o pensamento e a fala se unem em pensamento verbal. No significado, também, estão as respostas às questões sobre a relação entre pensamento e fala.(...)

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As pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os elementos não verbais da comunicação. Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e de época para época.


A charge O que é a charge? O termo charge é proveniente do Francês “charger” (carregar, exagerar). Sendo fundamentalmente uma espécie de crônica humorística, a charge tem o caráter de crítica, provocando o hilário, cujo efeito é conseguido por meio do exagero. Ela se caracteriza por ser um texto visual humorístico e opinativo, que critica um personagem ou fato específico.(...) Em relação à intertextualidade: ...a intertextualidade diz respeito aos modos como a produção e recepção de um texto dependem do conhecimento que se tenha de outros textos com os quais ele, de alguma forma, se relaciona. (KOCH, 2000)(...) O que são as tiras humorísticas? É a arte de contar uma história por meio de sequências de imagens, desenhos ou figuras impressos. Os diálogos entre os personagens, seus medos e inseguranças, suas vitórias e derrotas, enganos e acertos, seus pensamentos e a narração do próprio personagem aparecem sob a forma de legendas ou dentro de espaços irregulares delimitados, que são chamados de balões.(...) A utilização da charge na sala de aula É evidente que existem maneiras interessantes e inteligentes de aprender e que, se desenvolvidas em sala de aula para turmas de qualquer idade ou série, seja qual conteúdo for, podem sem dúvida gerar uma aprendizagem agradável, interessante e principalmente dar ao aluno a possibilidade de utilizar

tal conteúdo em outras atividades, sejam estas do seu próprio cotidiano ou de outra disciplina.(...) A proposta da utilização da charge e das histórias em quadrinhos vem para conseguir unir conceitos, conteúdos e normas ao conhecimento de mundo do discente, para que dessa forma o aprendizado não seja passageiro, que se mantenha e evolua conforme as novas informações que o aluno for recebendo ao longo de sua formação acadêmica. Assim como outros métodos lúdicos, mas informativos e muito proveitosos, bem como as famosas músicas que os professores inventam para a memorização de um conteúdo desejado ou os jogos e dinâmicas, a charge é aquela que une a imagem ao texto e às normas, fazendo com que o aluno consiga entender o que se passa e não tenha que decorar ou repetir as normas e os padrões que estão sendo ensinados.(...) Conclusão Pode-se concluir que o uso da charge em sala de aula é um poderoso aliado dos professores, não só da disciplina de Língua Portuguesa, mas também de outras disciplinas do currículo escolar, promovendo ainda uma interação entre essas matérias. A charge tem um grande aproveitamento, pois, além de fazer uma higiene mental no estudante, ainda faz com que se interesse pelo conteúdo que está sendo passado. Dessa forma, o professor encontra mais facilidade de atuar com os alunos, pois várias questões serão levantadas e colocadas em debate, dinamizando a aula.

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 141

5. PROJETO TERRA | biologia e química

Biologia e Química | Trabalhando indicadores ambientais


5. PROJETO TERRA | biologia e química

Biologia e Química | Trabalhando indicadores ambientais

Fontes de pesquisa Livros: Brait, Beth. Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2005. CAMPOS, E. N.; CURY, M. Z. F. Fontes primárias: saberes em movimento. Revista da Faculdade de Educação da USP [on-line] Jan./Dez. 1997, vol. 23. no. 1-2. Disponível em http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551997000100016&Ing=en&nrm=iso (acesso em 12/04/11). Corrêa, Manoel Luiz Gonçalves. Linguagem & comunicação social; visões da linguística moderna. São Paulo: Parábola, 2002. Cunha, Celso. Nova gramática do português contemporâneo, 3ª ed. rev. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. Orlandi, Eni P. Análise de discurso. 6ª ed. São Paulo: Pontes, 2005. KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto, 2000. Lacan, Jacques. O estádio do espelho como formador da função do eu. In: Zizek, Slavoj. Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996. Ribeiro, Manuel P. Nova gramática aplicada da Língua Portuguesa. 13ª ed. Rio de Janeiro: Metáfora, 2003. Pretti, Dino. Sociolinguística: Os níveis de fala. São Paulo: Edusp, 2003. RABAÇA, C. A. & BARBOSA, G. Dicionário de Comunicação. Codecri, 1978. Vygotski, Lev Semenovich. Linguagem e pensamento. São Paulo: M. Fontes, 1993. Sites: www.educacional.com.br

(acesso em 12/04/11)

http://logoshp.6te.net/SEIdic5.htm

(acesso em 12/04/11)

Glossário de termos gramaticais, filosóficos e teológicos, 2005. http://www.akatu.org.br/temas/consumo-consciente/posts/consumo-e-sustentabilidade (acesso em 12/04/11)

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=681 http://pt.wikipedia.org/wiki/Pegada_ecológica

(acesso em 12/04/11)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidade_de_vida http://www.filologia.org.br/ixcnlf/12/01.htm www.fabricarica.2it.com.br

142 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

(acesso em 12/04/11) (acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)


Um só mundo no universo Produto final: Exposição sobre o Universo e a Terra – modelagem física Duração: 6 aulas Objetivos: • Compreender as teorias sobre a formação do universo e do sistema solar, localizando a Terra. • Caracterizar o atual modelo do Big Bang. • Conhecer o que são estrelas e como elas funcionam. • Compreender a Terra como planeta dependente do Sol (fonte de radiações). • Caracterizar alguns problemas decorrentes da ação humana sobre o planeta. Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Conteúdos: • Noção de Universo • Modelo Big Bang • Modelagem do sistema solar • Leitura de textos científicos Materiais: • Computador com acesso à internet, vídeos do YouTube, imagens do Google Earth • Cópias de texto • Modelos de laboratório a critério da escola

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 143

5. PROJETO TERRA | física

Física


5. PROJETO TERRA | física

Física | Um só mundo no universo

Sequência de Atividades 1. Início de conversa Organizar a turma num grande círculo para conversar sobre a imagem do universo que os alunos têm e suas hipóteses sobre a formação do universo. Registrar na lousa as hipóteses que surgirem e fazer uma aula expositiva dialogada sobre a história das ideias a respeito da origem da Terra. Finalizar com a leitura coletiva do poema de Fernando Pessoa.

Da minha aldeia http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fernando-pessoa/da-minha-aldeia.php Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)

(acesso em 12/04/11)

(...) Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo...

Acordo de noite http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fernando-pessoa/acordo-de-noite.php Alberto Caeiro (Fernando Pessoa) Acordo de noite subitamente. E o meu relógio ocupa a noite toda. Não sinto a Natureza lá fora, O meu quarto é uma coisa escura com paredes vagamente brancas.(...) (...) Quase que me perco a pensar o que isto significa, Mas estaco, e sinto-me sorrir na noite com os cantos da boca, Porque a única coisa que o meu relógio simboliza ou significa É a curiosa sensação de encher a noite enorme Com a sua pequenez...

144 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

(acesso em 12/04/11)


2. Exibição de vídeo Selecionar algumas imagens de vídeo veiculadas no YouTube ou outras fontes e organizar uma sessão de discussão sobre a dimensão e origem do Universo. Durante a exposição questionar os alunos com perguntas, como: onde estamos? Qual o tamanho de nossa pequenez? Apresentar alguns avanços tecnológicos na nossa capacidade de observação e entendimento da formação do Universo. Para isso, utilizar sites como o da NASA. Conversar sobre a vastidão e posicionar a Terra como um pequeno planeta no sistema solar. Mostrar imagens da Terra e de suas singularidades ecossistêmicas e comentar que é neste planeta que vivemos, e a vida aqui só é possível devido a uma sutil combinação de fatores. Apresentar em aula expositiva alguns desses fatores, por exemplo, a importância da radiação solar. Após a exposição, colocar as seguintes questões para os alunos discutirem em grupos: • Como entender o que é o Universo e sua evolução? • Como a Terra se encaixa nesse panorama e como a vida é frágil? Deixar que os alunos discutam em grupo e abrir para as sínteses no final da aula. 3. Relacionando escalas Nesta etapa, selecionar alguns textos científicos para leitura sobre como se formou a complexidade cósmica. Após a leitura dos textos, os alunos devem ser capazes de responder às seguintes questões: • O que são estrelas, como funcionam e como elas se encaixam num modelo de evolução do Universo? • Onde tudo começou? O que é o modelo do Big Bang? Como a Terra, o Sol e a Lua se relacionam para sustentar a vida no planeta? 4. Preparando uma exposição A partir dos estudos, construir com os alunos uma bela exposição sobre o frágil planeta Terra na imensidão do universo. No laboratório, auxiliar a turma a construir modelagens do universo e do planeta Terra. Não esquecer de modelos para ver a Terra do espaço e também da própria Terra. Orientar os alunos a navegarem nos sites da NASA e Google Earth para ver a Terra em diferentes aproximações. Se possível, fazer uma parceria com o professor de Geografia para construção de maquetes para ver a Terra em diferentes escalas.

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 145

5. PROJETO TERRA | física

Física | Um só mundo no universo


5. PROJETO TERRA | física

Física | Um só mundo no universo

Fontes de pesquisa Sites: http://www.youtube.com/watch?v=aEwmX8yerWQ http://www.nasa.gov/

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

BIG BANG – UOL – Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/big-bang.htm

(acesso em 12/04/11)

History Channel: Além do Big Bang (documentário) fonte: http://www.youtube.com/watch?v=26PXD8stPqI (acesso em 12/04/11) Google Earth e Nasa World Wind – Fonte: http://worldwind.arc.nasa.gov/java/ (acesso em 12/04/11) http://earth.google.com/intl/pt/

(acesso em 12/04/11)

Entrevista com Marcelo Gleiser – Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/marcelo-gleiser-ciencia-se-tornafascinante-quando-voce-nao-fica-so-teoria-425973.shtml (acesso em 12/04/11) http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fernando-pessoa/acordo-de-noite.php (acesso em 12/04/11)

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fernando-pessoa/da-minha-aldeia.php (acesso em 12/04/11)

146 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


6. projeto Alimentação As aulas abordam a influência da alimentação na saúde e na beleza, questionando o que se costuma convencionar como belo, de acordo com os estereótipos da publicidade e do mundo atual. Em atividades práticas, como o sarau literário, discute-se ainda o padrão de beleza de outras épocas. A variedade dos alimentos e seus nutrientes são avaliados na composição de uma alimentação balanceada. Os estudantes aprendem a nomenclatura científica dos ingredientes e a diferenciar carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas e sais minerais, tornando-se capazes de compreender a tabela nutricional dos rótulos de alimentos. Também são estudados a energia dos alimentos e os princípios de conservação, além de reações vitais para o organismo como a combustão e a queima da glicose. Os alunos aprendem a calcular taxas metabólicas e o volume de calorias ingerido e gasto diariamente, o que lhes permite elaborar um cardápio mais equilibrado para a própria alimentação, levando em conta fatores como faixa etária, gênero e nível de atividade.

147 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 147


6. PROJETO ALImentação | matemática

Matemática

Alimentação: hábitos refletidos na aparência Produto final: Manual de cálculos para bons hábitos alimentares que refletem em nossa aparência Duração: 8 aulas Objetivo: • Estabelecer relações proporcionais entre seus hábitos alimentares e sua aparência. Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Conteúdos: • Proporcionalidade entre hábitos alimentares • Proporção como forma de argumentação para validar pensamentos e conjecturas Materiais: • Caderno de anotações • Computador com acesso a internet • Vídeo • Caneta, lápis, borracha • Textos e dados utilizados no roteiro de projeto

148 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Sequência de Atividades 1. Inicio de conversa Exibir um vídeo sobre alimentação (ver sugestões na bibliografia). Ao terminar o vídeo solicitar aos alunos que escrevam duas palavras num papel que reflitam um bom e um mau hábito alimentar. Peça que fixem na lousa as palavras. Leia para todos a seleção de bons e maus hábitos na visão dos alunos. Questione-os como se sentiram ao escrever sobre o que consideram bom e mau hábito alimentar. Faça comentários gerais considerando que a nossa alimentação é a fonte do combustível para o nosso corpo, e por isso devemos tomar bastante cuidado com o que comemos. Argumente como sabemos que a alimentação está diretamente relacionada a algumas doenças, como anemia, osteoporose, etc. A medicina em geral tem buscado na alimentação a prevenção de doenças como câncer, Alzheimer, entre outras. Além disto, pondere com os alunos que o grande mal do século XXI, que é a correria do dia a dia, que não nos permite muitas vezes manter um cardápio balanceado. Muitos cientistas têm se preocupado demasiadamente com esta situação, pois é comum vermos pessoas obesas na rua e tudo isso é consequência de uma alimentação inadequada. A escolha dos alimentos corretos, da quantidade de calorias que devem ser ingeridas e de como se prevenir de doenças exige um conhecimento prévio. Para terminar essa primeira conversa informe que vamos ver neste projeto como a Matemática pode nos auxiliar a praticarmos uma boa alimentação. 2. Leitura de imagens Desenvolvimento Organizar uma exposição com várias imagens mostrando diferentes situações de alimentação, tais como almoço em família, festa de casamento, batizado, bares e restaurantes, lanches na escola entre outros. A partir das imagens coloque a seguinte questão: O que nos alimentos nos sustenta? Serão as calorias? Reúna os alunos em grupos para discutirem esta questão, depois abra a discussão para toda a classe e coloque na lousa uma síntese. 3. Como calcular calorias Desenvolvimento Organize a turma em grupos e oriente para que realizem a atividade. Solicite que façam uma tabela com duas colunas, onde na primeira os alunos devem anotar tudo o que comeram durante um dia. Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 149

6. PROJETO ALImentação | matemática

Matemática | Alimentação: hábitos refletidos na aparência


6. PROJETO ALImentação | matemática

Matemática | Alimentação: hábitos refletidos na aparência

Com a tabela pronta e com base numa tabela de calorias, calcule as calorias ingeridas. Faça uma tabela com suas atividades físicas diárias e, com base na tabela de gastos calóricos, calcule os seus gastos diários. Com base no cardápio ideal (calorias ingeridas X calorias gastas) reelabore o cardápio, levando em conta os dados da tabela calórica e dos gastos enérgicos. A partir dos dados convide os alunos para uma pesquisa sobre como os alimentos influenciam nossa aparência. Considere aspectos mais simples, por exemplo, a pele, os cabelos, as gorduras localizadas. Faça esse levantamento da aparência, sem cair em estereótipos preconceituosos. Considere que ser magro ou gordo não é sinal de saúde. Evite polarizar positivo-negativo, melhor-pior. Conduza de forma isenta como pesquisa científica. Para isso, procure sites e fontes acadêmicas para esses assuntos.

Fontes de pesquisa Sites: http://carlos.homepage.vilabol.uol.com.br/calorias.html http://www.birafitness.com/tabela_calorica.htm

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

http://www.reservaer.com.br/biblioteca/e-books/emagrecer/4-dieta-alimentar.html (acesso em 12/04/11)

http://vilamulher.terra.com.br/doencas-causadas-pela-ma-alimentacao-11-1-70-52.html (acesso em 12/04/11)

http://www.bancodealimentos.org.br/por/educacao/index.htm

(acesso em 12/04/11)

http://www.parana-online.com.br/canal/vida-e-saude/news/391221/?noticia=DESPERDICIO+DE +ALIMENTOS+E+PREOCUPANTE+NO+BRASIL (acesso em 12/04/11)

150 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Alimentação saudável Produto final: Sarau literário Duração: 8 aulas Objetivo: • Conhecer como a alimentação influencia o padrão de beleza. Conteúdos: • O modo diacrônico da oferta de comida e o hábito alimentar • Padrão de beleza retratado nas descrições presentes em obras literárias • Obras literárias Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Papel e caneta para anotações • Cópias de artigos científicos • Caneta, caderno para anotações • Computador com acesso a internet • Vídeos, corpo humano, multimídia

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 151

6. PROJETO ALImentação | língua portuguesa

Língua Portuguesa


6. PROJETO ALImentação | língua portuguesa

Língua Portuguesa | Alimentação saudável

Sequência de Atividades 1. Exploração de ideias e conhecimentos prévios Inicie a exploração de ideias previas dos alunos com uma exposição de imagens de artistas e modelos bem variadas. Solicitar que a partir das imagens os alunos falem sobre o que é beleza, segundo o seu ponto de vista. Em seguida colocar que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a beleza e a estética. Vivemos um modelo onde o apelo da imagem leva a todos a pensarem se o seu corpo é “certo ou errado”. Neste momento pergunte: Existe um corpo certo ou errado? Discutir que na verdade o mercado e a propaganda impõem padrões de beleza que mexem com o imaginário das pessoas. Coloquem numa transparência ou na lousa os seguintes dados: (…) Pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência sobre o mercado da cirurgia plástica no Brasil para o XI Simpósio Internacional de Cirurgia Plástica — apontou que foram feitas 645.464 cirurgias plásticas em 2009 no Brasil. Desse total, 443.145 foram cirurgias estéticas (69%), e 202.319 cirurgias reparadoras (31%), o que representa 1.788 cirurgias plásticas por dia. As mulheres são as que mais se submetem à cirurgia (82%) num total de 526.247 intervenções, sendo que as cirurgias de lipoaspiração correspondem a 29% e de mama 19%. As cirurgias de face mostram os seguintes dados: pálpebras (12%), plástica de face em geral (10%), nariz (8%), orelhas (5%), pescoço (3%) e implante capilar (1%). A pesquisa constatou que em 2009 os homens realizaram 119.217 cirurgias plásticas no país, o que corresponde a 18% dos procedimentos. As cirurgias mais realizadas pelo sexo masculino são: pálpebras (16%), lipoaspiração (13%), face em geral (13%), nariz (13%), orelha (11%), e implante capilar (7%) (…) Autor: Leonardo Araujo e Araujo http://Itconsultorios.com.br/index.php?option=com_content&view=article=30:2-ibope-1700cirurgias-por-dia (acesso em 12/04/11)

Comentar que neste grande número de intervenções incluem-se as realmente reparadoras e necessárias, mas também um grande número de intervenções cirúrgicas em jovens e adultos que procuram seguir um padrão de beleza.E cada vez mais surgem tratamentos estéticos para cuidar da beleza e manter a ilusão de juventude eterna. Na verdade a beleza sempre foi tema de inquietação humana.Abra uma discussão coletiva a partir das seguintes questões: 152 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


• O que é ser belo? • Conforme já dizia o poeta Vinícius de Moraes “Me desculpem as feias, mas beleza é fundamental”. Qual beleza se refere o poeta? • Qual beleza é fundamental? Registre na lousa e peça como tarefa que cada aluno escreva um texto com o título: Para mim a beleza fundamental é... Guarde as produções para o Sarau.Apresente então a proposta do projeto: Vamos estudar neste projeto como a literatura e seus autores viram e retrataram a ideia de beleza. 2. Vendo e ouvindo Desenvolvimento Reúna os alunos num círculo e ao som de uma bela música clássica (sugerimos Mozart ao piano) leia pausadamente uma poesia que fale da beleza em sentido mais simbólico. Enquanto escutam a leitura e a música projete na lousa imagens da beleza de diferentes épocas.

Madrigal Melancólico Manuel Bandeira (1920) O que eu adoro em ti Não é sua beleza A beleza é em nós que existe A beleza é um conceito E a beleza é triste Não é triste em si Mas pelo que há nela De fragilidade e incerteza O que eu adoro em ti Não é a tua inteligência Mas é o espírito sutil Tão ágil e tão luminoso Ave solta no céu matinal da montanha Nem é tua ciência(...) http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/manuel-bandeira/madrigal-melancolico.php

(acesso em 12/04/11)

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 153

6. PROJETO ALImentação | língua portuguesa

Língua Portuguesa | Alimentação saudável


6. PROJETO ALImentação | língua portuguesa

Língua Portuguesa | Alimentação saudável

Ao terminar a música e a leitura da poesia coloque a pergunta: O que é ser belo na visão deste poeta? Deixe que cada aluno pense por alguns minutos e seguida peça para que escrevam uma frase para o mural.Para ficar bem bonito distribua papeis coloridos e canetas hidrocor para que escrevam sua frase sobre o que pensam ser belo.Solicite que alguns alunos leiam as frases em voz alta para os colegas.Não é necessário ler todas as frases, mas sim mostrar a diversidade de conceitos da turma. Avalie com a turma esse momento. Aproveite também para comentar a biografia e solicitar que investiguem sobre Manuel Bandeira e seus poemas, inquietaçõesa e obras. Neste momento apresente uma nova rodada de questões para uma conversar coletiva: • Há consenso sobre o que é belo? • A beleza reflete a saúde? • A alimentação influencia na saúde? • Para manter seu padrão de beleza, você considera a saúde na determinação de sua dieta? Orientar os alunos para que em grupos pesquisem sobre a beleza e a alimentação em diferentes épocas. Conversar com um professor de História de sua escola para selecionar uma periodização interessante do ponto de vista dos hábitos de consumo. Reservar um tempo didático para que os alunos apresentem oralmente ou na forma de cartazes sobre os resultados de sua pesquisa. 3. Lendo sobre a beleza em outras épocas Após as conversas coletivas e as pesquisas realizadas reapresente o objetivo do projeto que irão desenvolver sobre a beleza na literatura. Cada aluno deverá pesquisar um autor da literatura brasileira ou universal e selecionar uma crônica, um poema ou um trecho de livro para preparar uma leitura que deverá ser apresentada no sarau de literatura sobre o que é ser belo. Para o sarau cada texto lido poderá ser acompanhado de trechos de músicas ou imagens, a critério dos alunos. Organize o dia do sarau para que demais colegas possam saborear este banquete diferente!

154 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Fontes de pesquisa Sites: http://3.bp.blogspot.com/__-RiDRH53Ss/Sh7buApmJnI/AAAAAAAAJjc/nMoy1zznezI/s400/ sheila+carvalho.jpg (acesso em12/04/11) http://www.pensador.info/frase/MjIzNzEx/

(acesso em12/04/11)

http://nutricao.saude.gov.br/teste_alimentacao.php (Ministério da Saúde) (acesso em12/04/11)

http://www.tuasaude.com/alimentacao-e-saude/

(acesso em12/04/11)

http://www.webartigos.com/articles/2447/1/Beleza-X-Magreza/pagina1.html

(acesso em12/04/11)

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/manuel-bandeira/madrigal-melancolico.php (acesso em12/04/11)

http://www.sissaude.com.br/sissaude/inicial.php?case=2&idnot=6419 (acesso em12/04/11)

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 155

6. PROJETO ALImentação | língua portuguesa

Língua Portuguesa | Alimentação saudável


6. PROJETO ALImentação | biologia

Biologia

Vamos ter uma boa alimentação? Produto final: Guia da boa alimentação em casa e na escola Duração: 8 aulas Objetivos: • Questionar cientificamente as relações entre a variedade de alimentos e seus nutrientes. • Valorizar a alimentação nutritiva e adequada. • Observar experimentalmente propriedades dos alimentos. Conteúdos: • Nomenclatura científica • Composição dos alimentos: carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas e sais minerais • Observação, experimentação e leituras científicas • Reconhecimento dos papéis básicos que os grupos de nutrientes exercem no organismo humano • Comparação entre alimentos do cotidiano, consultando um referencial de alimentação • Registros de hipóteses e resultados de experimentos em quadros de dupla entrada Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Papel e caneta para anotações • Cópias de artigos científicos • Caneta, caderno para anotações • Computador com acesso à internet, vídeos, torso humano, multimídia • Simulações do LabVirt (http://www.labvirt.fe.usp.br)

156 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Sequência de Atividades 1. Exploração de rótulos de alimentos Hoje a mídia apresenta um forte apelo em direções antagônicas. Em casa, pela TV ou em anos anteriores na escola, muito provavelmente os alunos já devem saber que é necessário comer frutas e verduras, que as balas e os doces engordam mais que outros alimentos, e podem até mesmo saber do valor da alimentação variada para a manutenção da saúde. Portanto, nessa etapa de estudos, é preciso planejar uma Sequência que vá além desses conhecimentos que os alunos já possuem. Desenvolvimento Em roda de conversa inicial, promover um debate sobre alimentos e nutrientes, lançando várias questões. Por exemplo: Por que precisamos nos alimentar todos os dias? A água existente em nosso corpo vem só da ingestão de água ou também dos sucos que tomamos? Alimentos e nutrientes são a mesma coisa? É importante conferir as suposições dos alunos e fazer um registro coletivo sobre as ideias apresentadas. A seguir recomenda-se a leitura de rótulos de alguns alimentos ingeridos pelos alunos. Solicitar que tragam embalagens variadas para esta aula. • Com antecedência será preciso solicitar aos alunos que tragam para a escola rótulos de alimentos industrializados. A leitura prévia dos rótulos deverá ser feita pelo professor, antes de propor a atividade. Os rótulos fornecem várias informações: os ingredientes que foram usados na preparação do alimento; a data de validade; a tabela nutricional onde são registradas as quantidades de nutrientes por porção. • A leitura de rótulos apresenta uma linguagem científica presente em suportes para o cotidiano; aguçar a curiosidade na leitura dessa linguagem pode resolver muitas dúvidas que poderão surgir durante a discussão do que comer, quando e quanto comer; • Mostrar que a observação da data de validade é importante para garantir ao consumidor a segurança para ingerir alimentos em bom estado. Há outras informações muito úteis ao cidadão que também devem ser exploradas, tais como se a embalagem é reciclável, origem da fabricação, como guardar o alimento para não perder suas características, além do apelo publicitário que toda embalagem possui. Após a realização da leitura de rótulos de embalagens, organizar uma roda de conversa sobre o que os alunos encontraram nos rótulos. Cada aluno deverá ter um rótulo em mãos. Inicialmente, poderão ser explorados os alimentos de origem vegetal e os alimentos de origem animal, ou alimentos combinados, considerando os ingredientes. Escolher uma amostra significativa dos rótulos reunidos pela classe para Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 157

6. PROJETO ALImentação | biologia

Biologia | Vamos ter uma boa alimentação?


6. PROJETO ALImentação | biologia

Biologia | Vamos ter uma boa alimentação?

fazer a leitura, verificando quais são os alimentos representados. Registrar em um quadro simples os dados sobre os alimentos apresentados nos rótulos, com as listas de cada categoria: Origem vegetal

Origem animal

Alimento combinado

Arroz

Sardinha em lata

Chocolate ao Leite

Feijão

Leite em pó

...

...

Localizar com os alunos a “tabela nutricional” nos rótulos. Diversas crianças poderão ler a tabela nutricional. Depois de lerem vários rótulos, os alunos poderão perceber que os nutrientes da tabela são os mesmos, mas os alimentos possuem nutrientes diferentes. Poderão identificar os nomes dos nutrientes: carboidratos (ou açúcares), proteínas (ou protídeos), lipídios e vários nomes que correspondem a vitaminas (ácido fólico, vitamina C etc.) e sais minerais (cálcio, ferro etc.). Registrar as descobertas em textos coletivos. Organizar aulas sobre esses nutrientes e como atuam em nosso corpo fornecendo energia e base para o funcionamento de vários sistemas do nosso organismo. • O mais importante é os alunos perceberem que os nomes científicos dos nutrientes estão presentes nos diversos alimentos, portanto, alimentos são fontes de nutrientes. Os seres humanos precisam de todos os nutrientes, mas os alimentos não os fornecem nas mesmas quantidades ou proporções. Por isso os alimentos são diferentes em seu valor nutricional. Assim, é possível dizer ainda, que alimento e nutriente são coisas diferentes. 2. Estudos sobre um referencial de alimentação Organizar os alunos em grupos e oriente para que pesquisem o “GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA”. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira.pdf (acesso em 12/04/11). Esse material é sugerido nessa atividade porque traz recomendações adequadas à realidade do Brasil, e também por isso é considerado melhor do que o Guia da Pirâmide, criado por nutricionistas norte americanos na década de 1980. O Guia da Pirâmide tem sido bastante criticado, atualmente, em seu país de origem. Desenvolvimento A atividade anterior sensibilizou os alunos para a existência de nutrientes diversos e os fundamentos de uma alimentação saudável. Agora será o momento de discutir: 158 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


• qual é o papel dos nutrientes em nosso corpo? • em quais os alimentos esses nutrientes são encontrados? Verificar as hipóteses dos alunos sobre o papel dos nutrientes no corpo humano. Realizar uma leitura compartilhada do “Guia Alimentar para a população brasileira”, buscando respostas para as questões colocadas. Anotar frases e palavras-chave para cada tópico. • As questões atitudinais mencionadas nas Diretrizes 1 e Especiais 1 e 2 também deverão ser discutidas com os alunos, de forma dialogada, pois a linguagem, do Guia foi projetada para um público adulto. Sugerimos que os alunos organizem seminários sobre a parte 2 do guia (Parte 2 O Guia Alimentar para a População Brasileira: seus Princípios e suas Diretrizes e os Atributos da Alimentação Saudável).

Guia Alimentar para a População Brasileira Anexo D – Síntese das Diretrizes Diretriz 1 – Os alimentos saudáveis e as refeições • Refeições são saudáveis quando preparadas com alimentos variados, com tipos e quantidades adequadas às fases do curso da vida, compondo refeições coloridas e saborosas que incluem alimentos tanto de origem vegetal como animal. • Para garantir a saúde, faça, pelo menos, três refeições por dia (café da manhã, almoço e jantar), intercaladas por pequenos lanches. • A alimentação saudável tem início com a prática do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade e complementar até pelo menos os 2 anos e se prolonga pela vida com adoção de bons hábitos alimentares. Diretriz 2 – Cereais, tubérculos e raízes • Arroz, milho e trigo, alimentos como pães e massas, preferencialmente na forma integral; tubérculos como as batatas; raízes como a mandioca devem ser a mais importante fonte de energia e o principal componente da maioria das refeições. Diretriz 3 – Frutas, legumes e verduras • Frutas, legumes e verduras são ricos em vitaminas, minerais e fibras e devem estar presentes diariamente nas refeições, pois contribuem para a proteção à saúde e diminuição do risco de ocorrência de várias doenças. Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 159

6. PROJETO ALImentação | biologia

Biologia | Vamos ter uma boa alimentação?


6. PROJETO ALImentação | biologia

Biologia | Vamos ter uma boa alimentação?

Diretriz 4 – Feijões e outros alimentos vegetais ricos em proteínas • As leguminosas, como os feijões, e as oleaginosas, como as castanhas e sementes, são alimentos fundamentais para a saúde. • A preparação típica brasileira feijão com arroz é uma combinação alimentar saudável e completa em proteínas. Diretriz 5 – Leite e derivados, carnes e ovos • Leite e derivados, principais fontes de cálcio na alimentação, e carnes, aves, peixes e ovos fazem parte de uma alimentação nutritiva que contribui para a saúde e para o crescimento saudável. • Os tipos e as quantidades desses alimentos devem ser adequados às diferentes fases do curso da vida. Leites e derivados devem ser preferencialmente desnatados, para os adultos, e integrais para crianças, adolescentes e gestantes. Diretriz 6 – Gorduras, açúcares e sal • As gorduras e os açúcares são fontes de energia. • O consumo freqüente e em grande quantidade de gorduras, açúcar e sal aumenta o risco de doenças como obesidade, hipertensão arterial, diabetes e doenças do coração. • Utilize sempre o sal fortificado com iodo (sal iodado). Diretriz 7 – Água • A água é um alimento indispensável ao funcionamento adequado do organismo. • Toda água que você beber deve ser tratado, filtrada ou fervida. Diretriz Especial 1 – Atividade física • A alimentação saudável e a atividade física regular são aliadas fundamentais para a manutenção do peso saudável, redução do risco de doenças e melhoria da qualidade de vida. Diretriz Especial 2 – Qualidade sanitária dos alimentos • A garantia da qualidade sanitária dos alimentos implica a adoção de medidas preventivas e de controle em toda a cadeia produtiva, desde sua origem até o consumo do alimento no domicílio. A manipulação dos alimentos segundo as boas práticas de higiene é essencial para redução dos riscos de doenças transmitidas pelos alimentos. Para ver o texto completo: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira.pdf 160 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

(acesso em 12/04/11).


3. Produção do “Guia da Boa Alimentação da Classe”, por grupos - Desenvolvimento Organizados em grupos os alunos produzirão o seu Guia, usando as mesmas diretrizes do “Guia Alimentar da População Brasileira”, contudo, criarão as próprias ilustrações e colarão os rótulos de alimentos. 4. Exploração da química dos nutrientes Realizando atividades experimentais será possível reforçar o conceito trabalhado na observação dos rótulos: os mesmos nutrientes estão presentes em alimentos muito diferentes. Desenvolvimento • Reunir amostras de alimentos diversos, conforme citados ao lado. Os alunos poderão contribuir trazendo uma ou outra amostra. Serão pequenas porções as utilizadas nessa sequência de atividade. • Trabalhar primeiro na forma de demonstração: o professor fará um teste, mostrando o procedimento. • Escrever uma lista dos alimentos que serão testados. Os alunos registram a lista em uma tabela (ver tabela abaixo). • Levantar a hipóteses sobre presença de amido em cada um dos alimentos. Cada aluno poderá apresentar a sua própria hipótese. • Distribuir os materiais para os alunos: cada grupo receberá um vidrinho com conta-gotas e iodo diluído e prato com pequenas amostras de alimentos. • Em grupo, os alunos realização os testes com os diversos alimentos. • Completarão a sua tabela com os resultados. Um exemplo de quadro para anotar hipóteses e resultados. Usar tantas linhas quantos forem os alimentos testados. Alimento

Tem amido? (Hipótese)

Tem amido? (Resultado do teste)

Sal

Não

Não

Banana

Não

Sim

• Discutir coletivamente os resultados. • Confrontar as hipóteses com resultados, discutindo como foram pensadas as diferentes hipóteses. • Buscar construir uma generalização: pães, massas, farinhas têm muito amido. • Voltar ao “Guia Alimentar para a População Brasileira” para verificar a categoria onde estão classificados os alimentos com amido: no grupo dos que fornecem bastante energia. Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 161

6. PROJETO ALImentação | biologia

Biologia | Vamos ter uma boa alimentação?


6. PROJETO ALImentação | biologia

Biologia | Vamos ter uma boa alimentação?

Teste de presença de amido usando iodo diluído O amido é um nutriente do grupo dos carboidratos ou açúcares. Ele está presente nos pães, macarrão, cereais, batata e outros tubérculos e suas farinhas. Nunca aparece nos alimentos de origem animal. Para esse experimento, será preciso juntar vários alimentos com ou sem amido. Poderão ser utilizadas amostras pequenas de variados tipos de alimentos. O professor solicitará aos alunos para trazerem os alimentos de casa, ou pedirá à merendeira para fornecer algumas amostras de batatas (ricas em amido), legumes (alguns têm pouco amido), frutas (algumas têm pouco amido), farinhas (puro amido), açúcar (não tem amido), arroz cozido (muito amido), ovo cozido (nenhum amido) e sal. Colocar iodo (de farmácia) e água, meio a meio, dentro de um vidrinho de remédio com conta-gotas. As amostras de alimentos serão arrumadas em uma bandeja, e será solicitado aos alunos para apresentarem as suas hipóteses. Pedir-se-á também que anotem, individualmente, um exemplo de experimento para ser proposto para a classe. Depois de serem apresentadas as hipóteses dos alunos, serão realizados os testes. Se o amido estiver presente no alimento, ao se pingar iodo (amarelo), ele se tornará roxo, pois o iodo reage quimicamente com o amido. Se o laboratório da escola tiver outros recursos organize outros experimentos.

Fontes de pesquisa Sites: http://www.webciencia.com/11_22digestao.htm

(acesso em 12/04/11)

http://www.webciencia.com/11_22doencas.htm

(acesso em 12/04/11)

http://www.ebah.com.br/bioquimica-fisiologica-digestao-pdf-a25817.html http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/24663

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira.pdf (acesso em 12/04/11)

162 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


A energia dos alimentos Produto final: Guia de orientação para utilizar bem a energia dos alimentos. Duração: 8 aulas Objetivo: • Proceder a um estudo geral da Energia, suas formas, transformações e Princípio de Conservação. Conteúdos: • Energia e Conservação • Processos de Transformação de Energia • Energia Térmica Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Embalagens de produtos (achocolatado em pó; bolacha de Maisena; leite condensado; refrigerante) • Computador • Calculadoras • Caderno e material para anotações

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 163

6. PROJETO ALImentação | física

Física


6. PROJETO ALImentação | física

Física | A energia dos alimentos

Sequência de Atividades 1. Exploração de embalagens de alimentos Sabemos que nosso organismo necessita de energia para a realização de inúmeras tarefas: andar de bicicleta ou a pé, fazer a digestão de alimentos, realizar as funções fisiológicas, etc. É comum ouvirmos dizer que nosso organismo “queima gordura”, “queima açúcar”. De onde vem essa expressão? Esta é a primeira pergunta que sugerimos para iniciar com a turma uma conversa sobre a relação entre energia e os alimentos. Coloque a questão central na lousa e anote as hipóteses dos alunos na lousa. A seguir exponha várias imagens de atividades humanas e comente que no organismo dos seres vivos ocorrem inúmeras reações de combustão. Coloque então esta questão: O que é combustão e anotar novamente na lousa as hipóteses dos alunos. Faça uma apresentação sobre combustão e explique que essa reação é responsável pelas transformações químicas dos constituintes dos alimentos em substâncias necessárias aos vários processos responsáveis pela manutenção da vida. Relembre alguns conhecimentos da biologia, tais como a queima da glicose. A queima da glicose (um açúcar) é um dos principais meios de fornecimento de energia para o nosso organismo. Demonstre como isso ocorre no organismo. Diferentemente de uma reação de queima feita no laboratório, a queima da glicose no organismo ocorre em uma seqüência de cerca de 30 diferentes reações. A energia, então, é liberada em pequenas quantidades, mais adequadas ao aproveitamento pelo nosso corpo, do que se fosse liberada em uma única transformação, o que levaria à destruição das células. Da mesma forma que os combustíveis fornecem diferentes quantidades de energia, os alimentos, por terem constituintes diferentes, ao serem “queimados”, também fornecem diferentes quantidades de energia. Após essa introdução organize a turma em grupos e distribua algumas embalagens previamente examinadas por você e proponha a seguinte sequência de atividades. Desenvolvimento • Distribuir embalagens para os alunos e solicitar que identifiquem quais componentes estariam ligados a fontes de energia e por quê? • Solicitar pesquisa em fontes de internet (indicar os sites) sobre o papel destes componentes na fisiologia do corpo humano. • Apresentar um painel sobre cada componente para discussão coletiva. 164 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


• Em grupos discutir sobre a energia e os alimentos, lançando algumas questões. Por exemplo: Quais os aspectos que interligam a alimentação com a energia? O que é o Princípio de Conservação de Energia e o que ele propõe? • Indicar ao menos três formas de energia presentes ou em transformação no corpo humano, e comentar suas finalidades para a manutenção da vida. 2. Calculando calorias Neste momento inicie a contextualização dos conceitos físicos de Energia e relacione as suas transformações com o consumo diário de alimentos, a partir da exploração feita anteriormente das embalagens dos produtos. Agora o objetivo é aprofundar o conceito de valores energéticos para determinadas quantidades destes alimentos, projetando o total fornecido de energia em função da quantidade total do produto especificado nas embalagens. Introduzir as transformações de energia, por exemplo: Energia Potencial Gravitacional e Energia Cinética. Para análise qualitativa trabalhe os cálculos necessários em uma planilha eletrônica projetada coletivamente com os alunos ou manualmente com o uso de calculadoras. Desenvolvimento • Coloque na lousa bem grande a seguinte questão: a quanto corresponde 1 cal (uma caloria) em J (joule)? • A seguir recomenda-se a (re)leitura de rótulos de alguns alimentos ingeridos pelos alunos. Utilizar embalagens variadas para esta aula. • Organizar os alunos em grupos e solicitar que examinem uma tabela da composição de alguns alimentos e a energia que este fornece.

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 165

6. PROJETO ALImentação | física

Física | A energia dos alimentos


6. PROJETO ALImentação | física

Física | A energia dos alimentos

Informação Nutricional de Cereal (flocos de milho) Porção de 30g (3/4 de xícara) Componente

Em 30 g

% VD(*)

Em 100 g

% VD(*)

Carboidratos

26 g

9%

89 g

11%

Açúcares

12 g

**

41 g

**

Amidos

14 g

**

48 g

**

Proteínas

1,2 g

2%

4g

7%

Gordura Total

0

0%

0

0%

Gordura Trans

0

**

0

**

Colesterol

0

**

0 mg

**

0,6 g

**

2,1 g

2

0

**

0

**

Sódio

182 mg

8%

2,1 g

11%

Ferro

3,4 mg

24%

11 mg

24%

Zinco

1,8 mg

26%

6,0 mg

36%

Vitamina A

144 μg

24%

480 μg

37%

Vitamina C

11 mg

24%

36 mg

24%

Vitamina B1

0,29 mg

24%

1 mg

30%

Vitamina B2

0,31 mg

24%

1 mg

36%

Vitamina B6

0,31 mg

24%

1,0 mg

24%

Vitamina B 12

0,57 μg

24%

1,9 μg

43%

Niacina

3,8 mg

24%

13 mg

24%

Ácido Fólico

58 μg

24%

192μg

27%

Fibra Alimentar total Fibra solúvel

(*) %VD – Valores diários com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8.400 kj. ** %VD não estabelecido

166 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


• Solicitar que pesquisem na internet ou no livro didático a quantidade média de energia que diferentes pessoas necessitam diariamente (considerar a faixa etária, a atividade, ao gênero, entre outros). • Calcular a energia em calorias que cada aluno ingere num dia. Discutir qual seria o ideal, se estão abaixo ou acima do esperado para sua faixa etária e atividade. • Os alunos devem apresentar os dados e conversar nos grupos. Uma conclusão importante que deve emergir deste momento é que a alimentação inadequada não é capaz de fornecer quantidade de energia suficiente e pode levar a um retardamento no desenvolvimento das crianças, à subnutrição e à desnutrição. Outra conclusão é que muitas viroses e outras doenças podem advir da baixa resistência e justamente de uma alimentação pobre e fraca em energia. Segundo as Nações Unidas, um índice menor que 2400 calorias diárias (para a pessoa em idade adulta) pode resultar em desnutrição. • Discuta com os alunos no grupo maior os resultados desta análise e anote as principais opiniões dos alunos a respeito do assunto. • Se surgir novas questões encaminhe nova pesquisa e nova rodada de aprofundamento. 3. Guia de orientação para utilizar bem a energia dos alimentos - Desenvolvimento • De posse das informações determinar com os alunos os valores totais de energia fornecido pelos alimentos e questioná-lo sobre os valores obtidos, com relação a sua coerência ou não. Nesta fase, relacionará o valor número obtido, com a Energia Potencial Gravitacional de uma pessoa com massa igual a 70 kg. Comparar com o peso de cada aluno fazendo os mesmos cálculos. • Explicar aos alunos questões que envolvem o rendimento destes alimentos aos serem absorvidos pelo organismo humano e mostrar que o aproveitamento esta em torno de 10% a 20%. • Organizar uma aula sobre o metabolismo do corpo humano em parceria com o professor de Biologia e Química. • Para elaborar o guia fornecer exemplos de quanto o organismo humano consome de energia em função de determinadas atividades, por exemplo, o homem andando consome 300 Joules por segundo, um pacote de bolacha de maizena de 400 gramas, proporcionaria em energia 1600 kcal ou 6.688 kJ, mas como o rendimento máximo é de 20%, utilizamos apenas 1338 kJ, isto equivale então a dizer que para “queimar” esta energia, este homem necessitará de aproximados 74 minutos. Outros exemplos poderão ser utilizados. • Pesquisar alguns modelos de guias e disponibilizar para os alunos. • Construir com eles uma proposta de guia considerando as atividades que representam os modos vivendi da turma. Por exemplo, pessoas que fazem pouca atividade física e pessoas que fazem atividade física. Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 167

6. PROJETO ALImentação | física

Física | A energia dos alimentos


6. PROJETO ALImentação | física

Física | A energia dos alimentos

• Para concluir o guia deve conter perguntas e respostas que uma pessoa deve conhecer para seguir. Por exemplo: 1. Por que aproveitamos apenas 10% a 20% da energia fornecida pelos alimentos? 2. Como os organismos armazenam os excessos de energia? 3. Por que o metabolismo pode ser mais ou menos intenso? Observação: Estas atividades relacionam dados que não são usualmente abordados em aulas de física, por isso todo o conhecimento possível sobre o assunto o ajudará a conseguir os objetivos de relacionar a energia com o cotidiano dos alunos.

Determinação do Índice ou Taxa Metabólica Basal (Equações de Harris e Benedict) Homem

TMB = 66 + (13.7 X Peso em kg ) X (5 X Altura em cm) - (6,8 X idade)

Mulher

TMB = 65,5 + (9,6 X Peso em kg ) X (1,7 X Altura em cm) – (4,7 X idade)

Necessidades de Energia Adultos Calorias Basais

Peso ideal (PI) em Kg X 21

Exemplo: se temos um peso ideal de 58 Kg, multiplicar por 21 (58 X 21 = 1.218), o que nos dá 1.218 calorias/dia

Necessidades calóricas se há atividade ou circunstância física adicional: Exercício sedentário: PI (kg) X 6 120 X 10 = 1.200 120 X 3 = 360 kcal/dia = 1.560; Exercício moderado: PI (kg) X 10 120 X 10 = 1.200 120 X 5 = 600 kcal/dia = 1.800; Exercício extremo: PI (kg) X 21 120 X 10 = 1.200 120 X 10 = 1.200 kcal/dia = 2.400. Para ganhar peso: Adicionar 300 calorias diárias. Gravidez: Adicionar 500 calorias/dia. Perder Peso: Subtrair 500 calorias. Crianças e Fase da Puberdade Crianças em Geral: A fórmula para calcular as necessidades calóricas é 1000 (calorias) + 100 (calorias) por ano de idade/dia. Durante a Puberdade: Sexo Feminino: 2.400 a 2.800 calorias/dia. Sexo Masculino: 2.600 a 3.400 calorias/dia. Podemos consultar a tabela das necessidades calóricas, segundo as recomendações dietéticas RDA USA 1996, estimadas para praticamente toda a humanidade sã. A tabela inclui informação sobre o aumento do consumo de calorias no caso de gravidez ou lactação.

168 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Atividade Física “Se em vez de estar em repouso absoluto desenvolvemos alguma atividade física, as nossas necessidades energéticas aumentam. Este fator denomina-se por “energia consumida pelo trabalho físico”, e em situações extremas pode atingir valores até cinqüenta vezes superiores aos do consumo em repouso. A tabela da Variação da Taxa de Metabolismo Basal com o Exercício dá-nos uma idéia aproximada da variação da energia consumida, relativamente à taxa de metabolismo basal, em função da atividade física que realizemos. ” Fonte: http://web.if.usp.br/ifusp (acesso em 12/04/11). Tabela da Variação da Taxa de Metabolismo Basal com o Exercício - Tipo de Atividade - Coeficiente de Variação Kcal./Hora Exemplos de Atividades Físicas Representativas (Homem médio) Repouso TMB x 165 - Durante o sono, estendido (na condição de beneficiar de uma temperatura agradável). Muito ligeira TMB x 1,598. Sentado ou de pé (pintar, jogar cartas, tocar um instrumento, trabalhar com computador, etc.). Ligeira TMB x 2,5163 - Caminhar em terreno plano a 4-5 km/h, trabalhar numa oficina, jogar golfe, arrumar Quartos, etc. Moderada TMB x 5325. Marchar a 6 km/h, tratar de jardins, andar de bicicleta a 18 km/h, jogar tênis, dançar, etc. Intensa TMB x 7455 - Correr a 12 km/h, trabalhar numa mina de carvão, jogar futebol, fazer escaladas, etc. Muito pesadaTMB x 151000Subir escadas em correria, praticar atletismo de alta competição, etc. A tabela apresenta valores médios, devendo-se ter em conta o fato de que cada pessoa faz uso diferente dos nutrientes que ingere, com maior aproveitamento nuns casos e pior noutros, pelo que haverá sempre variações individuais, relativamente às calorias indicadas. Também devemos considerar que estas necessidades energéticas de alimentos podem aumentar ou diminuir, em situações como a enfermidade ou estresse. Manutenção da Temperatura Corporal “Um último fator seria a energia requerida para a manutenção da temperatura corporal. Nesta concepção, consume-se a maior parte da taxa de metabolismo basal, e qualquer variação da temperatura externa influi notavelmente nas nossas necessidades energéticas. Calcula-se que nos trópicos, onde as temperaturas médias são superiores a 25º, o metabolismo basal diminui aproximadamente uns 10%.” (http://web.if.usp.br/ifusp/) Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 169

6. PROJETO ALImentação | física

Física | A energia dos alimentos


6. PROJETO ALImentação | física

Física | A energia dos alimentos

Índice Geral a) T.M.B. = Taxa de Metabolismo Basal. Cálculo baseado em equações da FAO, com arredondamento. b) No intervalo de atividade ligeira a moderada, o coeficiente de variação é de 20%. “Os valores foram arredondados. Deve se levar em consideração que as quantidades indicadas para ingestão diária contínua destinam-se a cobrir as variações individuais da maioria das pessoas normais em situação de stress ambiental, e foram calculadas para os americanos. Elas são igualmente válidas para as pessoas de qualquer parte do mundo. As dietas deverão ser variadas, com o fim de proporcionar todos os nutrientes necessários para suprir as exigências biológicas humanas. Os pesos e alturas referidos para os adultos são valores médios reais para a população dos Estados Unidos, com a idade indicada, segundo o comunicado da NHANES II. As médias dos pesos e das alturas para os indivíduos menores de 19 anos de idade foram tirados de Hamils e Cols (1979). O uso destes valores não implica que as relações entre alturas e pesos sejam ideais”. http://web.if.usp.br/ifusp

Fontes de pesquisa Sites: http://www.cienciamao.if.usp.br/dados/pru/_conservacaodeenergiaemovimento54088.apostila.pdf (acesso em 12/04/11)

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-cadeia-alimentar/fluxo-de-energia.php (acesso em 12/04/11)

http://web.if.usp.br/ifusp/node/13

170 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

(acesso em 12/04/11)


7. projeto ASTRONOMIA O projeto enfoca o tema a partir do discurso científico e literário, ilustrado por meio de modalizadores – elementos linguísticos que funcionam como indicadores das intenções, sentimentos e atitudes do locutor. Após a análise de textos e tendo como base os modalizadores de discurso, os alunos são orientados a organizar um sarau de leituras sobre astronomia, disseminando o aprendizado junto ao grupo. No âmbito científico, os estudantes adquirem conhecimentos sobre as concepções de astronomia, constelação e corpos celestes, aprendendo a identificar esses elementos em mapas celestes. Também são orientados a pesquisar astros que podem ser observados no céu noturno, como Órion, Cruzeiro do Sul, as Plêiades e a constelação de Escorpião. Ao analisarem a relação da luz solar com a vida, conseguem identificar os elementos necessários para a realização da fotossíntese, relacionando a energia luminosa a esse fenômeno. Complementa o programa o estudo das unidades de grandeza, esfera científica que permite ao homem elaborar cálculos de alta complexidade, como o da distância entre a Terra e outros planetas.

171 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 171


7. projeto astronomia | matemática

Matemática

Calculando o universo: discutindo Astronomia Produto final: Representando constelações Duração: 8 aulas Objetivos: • Utilizar adequadamente unidades de grandezas. • Perceber a importância de objetos matemáticos para a solução de problemas. Conteúdos: • Unidades de grandeza • Resolução de problemas Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Pote redondo com tampa (o pote deve possuir movimento circular fixado à tampa) • Canudo oco em formato cilíndrico reto (o buraco interno deve ter o diâmetro de forma que seja possível visualizar o outro lado) • Desenho de um transferidor (com os ângulos dispostos num círculo de diâmetro maior que o pote) que será confeccionado pelos alunos, ou um transferidor • Madeira ou papelão em que caiba a imagem do transferidor • Tabela da tangente • Cola • Arame de comprimento maior que o diâmetro do transferidor

172 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Iniciar o trabalho com um pequeno vídeo sobre Astronomia ou mostrar uma sequência de imagens instigantes sobre o universo. Comentar durante a exposição que, desde os tempos mais remotos, o universo é motivo de pesquisas e construções de teorias pelo homem. Em seguida, expor duas frases e solicitar que, em grupos, os alunos discutam sobre as dimensões do universo. “Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta.” Albert Einstein “O pensamento lógico pode levar você de A a B, mas a imaginação te leva a qualquer parte do universo.” Albert Einstein “Mede o que é mensurável e torna mensurável o que não o é.” Galileu Galilei Após a discussão, abrir uma conversa coletiva e anotar na lousa as hipóteses dos alunos, comentando que, ao buscar entender o universo, o ser humano ao longo de sua história estabeleceu relações entre os astros e os fenômenos naturais terrestres, como, por exemplo, a criação de calendários em diferentes culturas e os modelos da galáxia em que vivemos. A partir dessa premissa, convidar os alunos para construir um objeto matemático que ajudou a humanidade a mensurar distâncias astronômicas (o teodolito). Para concluir essa introdução, colocar uma questão para que os alunos pensem, sem consultar internet ou livros, e tragam hipóteses na próxima aula: como é possível saber a distância entre o Sol e a Terra, se o máximo percurso que percorremos foi até a Lua?

2. Aula conceitual sobre introdução a grandezas Distribuir para os alunos uma folha A4 e canetas coloridas para que escrevam as hipóteses que pensaram. Reunir os grupos para que troquem ideias sobre suas hipóteses e apresentem ao final. Expor na lousa as hipóteses. Organizar uma aula sobre medidas e grandezas, em que o foco seja a necessidade humana de estabelecer uma ordem de grandeza adequada para a comunicação, mas que demonstre que é possível representar uma distância de diferentes maneiras. Colocar o seguinte problema: você já pensou quantas folhas de sulfite são necessárias para chegar até a Lua? Fornecer as informações necessárias e solicitar aos alunos que calculem quantas folhas de sulfite são necessárias para estimar a distância entre a Terra e a Lua. Solicitar que os alunos representem os resultados em potência de base 10. Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 173

7. projeto astronomia | matemática

Matemática | Calculando o universo: discutindo Astronomia


7. projeto astronomia | matemática

Matemática | Calculando o universo: discutindo Astronomia

3. Cálculos com teodolito Para iniciar o exercício, solicitar aos alunos que façam uma pesquisa sobre o que é um teodolito.

Construir um teodolito caseiro Passo a passo para construir um transferidor (caso você opte por usar um artesanal): • Desenhar uma circunferência. • Passar uma reta pelo centro da circunferência. • Criar segmentos de extremos na intersecção reta/ circunferência • Esconder a reta, rotacionar o segmento de acordo com a precisão desejada (aconselhamos 5 em 5 graus). • Escolher o ângulo 0° e marcar os outros.

Passo a passo para montar o teodolito: • Recortar o transferidor e fixá-lo na madeira. • Furar a parte superior do pote com o arame e deixar aparecendo igualmente dos dois lados. • Colar o pote de cabeça para baixo no meio do transferidor. • Fixar o canudo paralelamente ao arame em cima do pote. Obs: Cada aluno pode customizar o pote da maneira que achar mais criativa.

174 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

Como utilizar: Posicionar o teodolito caseiro de modo que a sua base fique perpendicular ao objeto do qual se vá medir a altura. Medir a distância do objeto até o teodolito com uma fita métrica. Através do canudo, mirar o pico do objeto (o ponto mais alto). Com isso, o arame marcará um ângulo no transferidor. Com esse ângulo, utilizar a trigonometria para medir a altura [tangente do ângulo= cateto oposto (altura) / cateto adjacente (distância do objeto ao teodolito)].


Experimento: Colocar alunos de diferentes alturas a 1 metro de distância do prédio a ser medido. Convidar os alunos para observarem através do teodolito o ângulo dado para enxergar o pico desse prédio e, com a tabela das tangentes, fazer cada um deles calcular a altura do prédio. Os cálculos resultarão em alturas distintas, pois os ângulos não serão os mesmos devido à diferença entre as alturas dos alunos. Então, o professor pode questionar por que isso ocorre se estão medindo o mesmo prédio. O objetivo é fazer os alunos pensarem uma maneira (única) para calcular a altura do prédio. 4. Representando sistema solar Iniciar a aula com as seguintes questões: • Como o ser humano chegou à concepção do sistema solar? • O planeta em que vivemos realmente é esférico? Solicitar aos alunos que façam uma pesquisa referente ao diâmetro da Terra e organizar novos estudos sobre esses cálculos. Para concluir, organizar uma exposição dos trabalhos sobre o projeto Calculando o universo: discutindo Astronomia.

Fontes de pesquisa Sites: www.matinterativa.com.br

(acesso em 12/04/11)

http://educador.brasilescola.com/estrategias_ensino/matematica.htm

(acesso em 12/04/11)

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 175

7. projeto astronomia | matemática

Matemática | Calculando o universo: discutindo Astronomia


7. projeto astronomia | língua portuguesa

Língua Portuguesa

Astronomia e os discursos Produto final: Sarau de leituras sobre Astronomia Duração: 8 aulas Objetivos: • Introduzir a concepção de Astronomia como discurso científico e literário. • Ilustrar o uso dos modalizadores de discurso. • Introduzir a função referencial da linguagem. Conteúdos: • Modalizadores de discurso • Astronomia Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Cópias de textos • Datashow • Computadores com acesso à internet

176 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Retomar ou introduzir as noções de modalizadores de discurso, apresentando alguns exemplos de modalizadores como o conjunto dos elementos linguísticos ligados ao enunciado e que funcionam como indicadores das intenções, sentimentos e atitudes do locutor com relação ao seu discurso. Solicitar que os alunos identifiquem em textos variados esses elementos que caracterizam os tipos de atos de fala que se deseja desempenhar, o maior ou menor grau de comprometimento do falante com relação ao conteúdo veiculado, e se sugerem a conclusão para qual dos diversos enunciados podem servir de argumento. Veja exemplo abaixo:

Discurso texto literário: Onde está a estrela Polar? Na Astronomia de Amadores, há coisas que nós sabemos, outras que “pensamos que já sabemos” e outras que “não sabemos mesmo”. Mas esta história refere-se a uma coisa que eu “sabia mesmo”, sem qualquer dúvida.(...) (...) Nessa noite Júpiter surgia, imponente, mais ou menos a Sueste, já bem alto sobre o horizonte. Estava eu a ”mostrar” o planeta gigante através do telescópio, aos passeantes que se abeiravam de nós, quando ao meu lado alguém diz, apontando para Júpiter: – Aquela é a estrela polar! (...) O outro – O quê? Você quer-me ensinar, a mim, o que é a estrela Polar? Eu – Bem... eu não quero duvidar dos seus conhecimentos, por isso chamo a sua atenção para o fato de que, como deve saber, a estrela polar (como o nome indica) é visível sempre a Norte, na direção do Polo Norte Celeste. Aliás, lá está ela (dizia eu, apontando para a Polar). O outro – Nada disso. É aquela (e apontava para Júpiter), está sempre além (...) Alcaria Rego Coordenação: Guilherme de Almeida http://www.astrosurf.com/apaa/GA/Histor_2.pdf

(acesso em 04/04/2011)

Após a leitura deste texto e da fundamentação sobre os modalizadores de discurso, convidar os alunos para organizarem um sarau de leituras sobre Astronomia. Para isso, os alunos devem ser orientados a pesquisar na internet textos de vários gêneros em que identificam o uso dessa modalidade. Devem preparar Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 177

7. projeto astronomia | língua portuguesa

Língua Portuguesa | Astronomia e os discursos


7. projeto astronomia | língua portuguesa

Língua Portuguesa | Astronomia e os discursos

a leitura e, se possível, organizar um ambiente onde os leitores e ouvintes possam apreciar cada texto. Podem ilustrar, usar música ambiente, entre outros. Tudo para criar uma situação de apreciação de leituras e do uso dos discursos. Ao final ou no início de cada leitura, os alunos podem comentar as fontes, os autores e as motivações da escolha que fizeram. Vejam o belo Poema do Sol, feito para o Faraó Amenófis IV. Será que ele era um amante dos astros?

Poema ao Sol - Amenófis IV por Paulo Gomes Varella No início da década de 1970, em uma das programações do Planetário Municipal de São Paulo, cujo título era “Viagem ao Egito Antigo”, descrevíamos os aspectos mais relevantes da influência desta milenar cultura nos caminhos da Astronomia. Em certo ponto da programação, o Sol descrevia seu movimento diurno pelo céu e, ao som de “Adágio” de Albinoni, nosso colega Walter Augusto Sêvo declamava o “Poema ao Sol”, de autoria do Faraó Amenófis IV, cujo texto (fragmentos com tradução livre do francês) reproduzimos a seguir, conforme publicado, na época, pelo Planetário Municipal: “Tu és belo no céu... oh! Sol vivo! Quando te levantas a leste, enches todas as terras com tua beleza, porque és belo, és grande e brilhas acima da Terra. Teus raios beijam os povos e tuas criações. Tu és deus e nos seduziste a todos. Tu nos impuseste os liames de teu amor, e, ainda que longe, teus raios atingem a Terra e, ainda que alto, teus passos marcam o dia.(...)

Tu és deus, tu és Rá ! Estás longe, mas teus raios fertilizam o sulco do arado e germinam as plantas depois que beijas a terra. Tu nos deste o inverno refrescante e o verão que nos traz o fruto e a vida. E os camponeses, que colhem os alimentos dos homens, levantam as mãos para ti... rezam quando te levantas, ao deixares o leito noturno.”

(...)Sol, quando te levantas no céu em todas as manhãs em tua beleza incomparável acima da Terra, beijas com amor todos os povos que criaste.

http://ceuaustral.astrodatabase.net/poemaaosol.htm

178 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos

(acesso em 13/04/11)


2. Aula conceitual sobre introdução à Astronomia Após o sarau, organizar uma aula teórica para sistematizar os conhecimentos advindos da leitura. Discutir as ciências da Astronomia e Astrologia. Para concluir o projeto, orientar os alunos para que escrevam um texto de função referencial, utilizando os modalizadores discursivos para justificar e dar credibilidade às informações dadas. O tema será a Astronomia. Os textos podem ser expostos num varal cultural para toda a escola.

Fontes de pesquisa Sites: http://pt.wikipedia.org/wiki/Astronomia http://pt.wikipedia.org/wiki/Astrologia

(acesso em 04/04/11) (acesso em 04/04/11)

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u641102.shtml

(acesso em 04/04/11)

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091020/not_imp453368,0.php http://ceuaustral.astrodatabase.net/poemaaosol.htm

(acesso em 04/04/11)

(acesso em 13/04/11)

ASTRONAUTA - GABRIEL PENSADOR (o vídeo é de certa maneira uma propaganda antigoverno - PT. Tentemos fugir às discussões partidárias e fiquemos na proposta do projeto: pensamento universal) (acesso em 04/04/11)

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 179

7. projeto astronomia | língua portuguesa

Língua Portuguesa | Astronomia e os discursos


7. projeto astronomia | biologia e química

Biologia e Química

Uma só Terra no universo Produto final: Sarau de leituras sobre Astronomia Duração: 8 aulas Objetivos: • Conhecer um pouco sobre a história da Astronomia. • Compreender a influência da Astronomia na ciência e na humanidade ao longo dos séculos. • Discutir a relação da luz solar com a vida. • Identificar os elementos necessários para a realização da fotossíntese e relacionar a energia luminosa à fotossíntese. Conteúdos: • História da Astronomia • Luz solar e fotossíntese Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: • Vídeos citados nas atividades • Sementes de alpiste ou de mostarda • 5 vasos pequenos com terra vegetal adubada • 5 caixas de papelão • Papéis celofane nas cores azul, amarelo, vermelho, verde e transparente • Fita adesiva • Tesoura; régua • Computador com programa Excel

180 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Convidar os alunos para refletirem durante uma semana sobre a palavra astronomia. Durante esse período, eles devem trazer para as aulas notícias, objetos, sugestão de vídeos e filmes que acreditem ter relação com esta palavra. Se for possível, utilizar pelo menos os primeiros 10 minutos de três aulas para que eles falem sobre o que encontraram sobre o assunto. Após essa primeira imersão, ler para eles trechos de textos sobre Astronomia. Procurar pelo menos três momentos: um da idade antiga com os filósofos e suas teorias sobre o universo; outro do período da discussão sobre geocentrismo e heliocentrismo; e outro recente, abordando a discussão sobre se Plutão é ou não um planeta. A ideia é criar o ambiente de conjecturas e hipóteses que sempre povoaram as ideias e a ciência da Astronomia. Numa outra aula, ler e discutir uma lenda indígena sobre a criação das estrelas, levantando alguns pontos a respeito da origem do universo sob o olhar da ciência e da religião. (neste site há um livro muito bonito de Eduardo Galeano sobre vários mitos indígenas da America Latina: http://www.livrosdownload. com/2010/08/memoria-do-fogo-os-nascimentos-eduardo.html - acesso em 04/04/11). Neste momento, ainda de forma exploratória, procurar aguçar o interesse dos alunos para as cosmogonias dos povos indígenas. Após essa viagem exploratória nas ideias, apresentar o projeto de organização de uma exposição sobre o universo e a Terra como um planeta singular. 2. Exibição de vídeo 1 e discussão Comentar o vídeo a que os alunos irão assistir: “Poeira das Estrelas – parte 2” (http://www.youtube.com/ watch?v=sr3PPuKLEK4 - acesso em 13/04/11). Este vídeo discute a história das ideias sobre o universo e a influência dos valores religiosos e culturais nas cosmogonias. A partir do vídeo, colocar a seguinte pergunta: que ideia temos hoje do universo? Qual o papel da Terra neste sistema? Deixar que os alunos coloquem todas as ideias que têm sobre isso. Abrir uma discussão em grupos pequenos ou numa arena de discussão maior. Anotar na lousa as hipóteses e conjecturas dos alunos.

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 181

7. projeto astronomia | biologia e química

Biologia e Química | Uma só Terra no universo


7. projeto astronomia | biologia e química

Biologia e Química | Uma só Terra no universo

3. Exibição de vídeo 2 e discussão Comentar o segundo vídeo a que os alunos irão assistir: “Poeira das Estrelas – parte 12” (http://www.youtube.com/watch?v=hw2wUkrMsx4 - acesso em 13/04/11).

Esse vídeo discute se há vida extraterrestre e por que em nosso planeta a vida se organizou. A partir do vídeo, colocar a seguinte pergunta: por que há vida na Terra? E por que não há vida em outros planetas? Deixar que os alunos coloquem todas as ideias que têm sobre isso. Abrir uma discussão em grupos pequenos ou numa arena de discussão maior. Anotar na lousa as hipóteses e conjecturas dos alunos. 4. A energia do Sol e a vida na Terra Se a luz solar e a água parecem ter sido fundamentais para a ocorrência de vida na Terra, fazer neste momento um recorte para aprofundar esse conhecimento. Organizar uma aula teórica sobre “de onde vem a energia do Sol e o seu papel no desenvolvimento da vida”. Após a exposição, propor a leitura de um texto sobre o assunto (veja sugestão no subsídio abaixo). Como o texto é longo, é fundamental utilizar uma boa estratégia de leitura. Colocar o título do texto na lousa e levantar algumas hipóteses sobre o que o texto irá tratar. Ler o início com pausas e preparar algumas perguntas que gerem expectativas de descoberta pelos alunos. Deixar que reservem um tempo como tarefa de casa para ler com mais calma. Solicitar que grifem os trechos mais importantes e que procurem o significado das palavras desconhecidas. Em sala de aula, discutir a importância da luz solar para os seres vivos, solicitando aos alunos uma reflexão sobre o texto.

Subsídio para o Professor Vegetais “fabricam” seus próprios alimentos Maria Sílvia Abrão*

Antigamente, os cientistas dividiam a natureza em animais, vegetais e minerais. Mas os pesquisadores passaram a perceber que os animais e as plantas possuíam muitas características em comum. Os minerais, esses sim, eram um grupo totalmente diferente. Assim, no final do século XVIII, os componentes da natureza passaram a ser divididos em seres vivos e não vivos.

182 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Os vivos se destacam por algumas características: • Desenvolvem-se. • São formados por células (os vírus não possuem células, possuem apenas uma cápsula de proteína e o DNA, mas são considerados seres vivos, pois se desenvolvem). • Necessitam de alimento (novamente os vírus, eles não se alimentam. No processo de reprodução, utilizam-se de outras células, as quais farão todas as funções para ele).

Seres autótrofos e heterótrofos Os vegetais são classificados como seres autótrofos (auto = próprio), pois “fabricam” seu próprio alimento a partir de substâncias inorgânicas. Esses seres “montam” as moléculas de glicose, que serão utilizadas para construir e manter seus corpos. A energia luminosa é transformada em energia química no processo da fotossíntese. Há outros seres vivos considerados autótrofos que não fazem a fotossíntese. Certas bactérias retiram energia de reações químicas inorgânicas, a quimiossíntese.(...) (...) Fotossíntese: um fenômeno químico Fica fácil entender o significado da palavra fotossíntese quando a dividimos: • Foto = luz • Síntese = sintetizar Assim, a palavra fotossíntese significa compor substâncias com a participação da luz. Embora envolva uma série de reações complexas, podemos entendê-la de uma maneira simplificada. (...) No vegetal O vegetal absorve água e os sais minerais por meio dos pelos de suas raízes. Essa solução absorvida do solo é conhecida como seiva bruta. A seiva bruta chega à folha do vegetal pelos vasos lenhosos. O gás carbônico da atmosfera entra pela abertura dos estômatos, que são estruturas especializadas formadas por duas células.(...) (...)

Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 183

7. projeto astronomia | biologia e química

Biologia e Química | Uma só Terra no universo


7. projeto astronomia | biologia e química

Biologia e Química | Uma só Terra no universo

Cadeias alimentares Os seres que se alimentam exclusivamente dos produtores são chamados de herbívoros (herbi = erva; voros = comer) e são considerados consumidores primários. Os organismos que capturam presas são chamados de predadores. Estes podem ser até mesmo microorganismos. Quando os predadores capturam consumidores primários, passam a ser considerados consumidores secundários; se caçam consumidores secundários, são conhecidos como consumidores terciários e assim por diante.(...) (...) Para você pensar Pensando em tudo o que falamos anteriormente, procure responder à seguinte questão: de onde vem a energia utilizada pelos seres vivos em seus processos vitais?

*Maria Sílvia Abrão é bióloga, pós-graduada em fisiologia pela Universidade de São Paulo e professora de ciências da Escola Vera Cruz (Associação Universitária Interamericana). (http://educacao.uol.com.br/ciencias/ult1686u13.jhtm) (acesso em 04/04/11)

5. Experimento sobre como as plantas utilizam a luz solar1 Convidar os alunos para construírem um experimento de botânica. Mostrar a eles que sementes de plantas podem ter crescimentos diferenciados dependendo da cor da luz que incidirá sobre elas. Os dados podem ser tabulados e analisados em tabelas no computador. O objetivo do experimento é verificar se existe diferença de crescimento em plantas se forem iluminadas com luz de cor diferente e exercitar a coleta de dados com rigor científico. O crescimento das plantas está relacionado, além da absorção de nutrientes do solo, principalmente com o alimento que produzem no processo de fotossíntese. Para realizá-lo, pigmentos fotossintetizantes, como a clorofila, são responsáveis pela conversão da energia luminosa proveniente do Sol em energia química. A clorofila ocorre nos cloroplastos das células vegetais e é responsável pela cor verde das plantas, pois reflete a luz verde e absorve a luz azul e vermelha provenientes da luz branca do Sol. 184 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


O raio solar é uma mistura de radiações eletromagnéticas de diferentes comprimentos de onda, que são percebidos pelos nossos olhos como cores. Quando a luz branca incide em um prisma, por exemplo, ela é decomposta em cores, como as vistas em um arco-íris. Experimentos demonstraram que os pigmentos responsáveis pela absorção da luz na fotossíntese têm picos de absorção nas faixas de cor vermelha e de azul-arroxeado. Há ainda nas células vegetais e em algas e bactérias fotossintetizantes outros pigmentos que são considerados acessórios, como os carotenóides. Esses pigmentos absorvem luz com comprimentos de onda diferentes dos absorvidos pela clorofila, como a luz amarela ou laranja. A energia absorvida pelos carotenóides pode ser transferida para a clorofila. 1ª etapa do experimento – Problematização Começar contando aos alunos a história de um agricultor que, sem saber o motivo, percebia que, quando colocava um plástico de uma determinada cor na estufa onde cultivava rosas, estas ficavam com seus botões maiores. Questionar se isso pode ser mesmo verdade. Como poderíamos testar se essa informação do agricultor é verdadeira? Explicar para a turma que a afirmação do agricultor, feita com base em sua experiência, é uma hipótese e que ela pode ser testada com um experimento. Retomar com os alunos alguns princípios da ciência, lembrando que esse procedimento é feito comumente em uma investigação científica e deve ter as seguintes etapas: 1. Observação de um fenômeno. 2. Levantamento de hipóteses para explicar o fenômeno. 3. Realização de experimento para testar a hipótese. 4. Coleta e análise de dados para chegar a uma conclusão a respeito da hipótese levantada inicialmente. 2ª etapa – Montagem da experiência Propor aos alunos uma experiência levando em conta as ideias levantadas anteriormente por eles para testar a informação do agricultor. Deixar claro que, em um experimento científico, é importante isolar as variáveis. Neste caso, o objetivo será observar se a cor da luz que a planta recebe influencia seu cresci(1) Profs. Valdir Montanari e Paulo Cunha da Revista Nova Escola (http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/iluminacaodiferentes-cores-pode-influenciar-crescimento-plantas-474543.shtml, acessado em 13/04/11) Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 185

7. projeto astronomia | biologia e química

Biologia e Química | Uma só Terra no universo


7. projeto astronomia | biologia e química

Biologia e Química | Uma só Terra no universo

mento. Portanto, esta será a variável do experimento. As demais, como condições do solo, quantidade de água, posição em relação ao Sol, etc., devem ser as mesmas para todas as plantas. Pedir para a turma pegar cinco caixas de papelão e fazer pequenas aberturas em suas laterais para haver ventilação. Depois, eles devem retirar boa parte da tampa, deixando apenas o seu esqueleto, substituindoa por papel celofane duplo. Em seguida, a turma deve prender o celofane nas bordas da tampa com fita adesiva. Cada caixa deverá ter uma das cores de celofane e uma caixa com papel transparente (também de celofane), que servirá como controle do experimento. Em cada um dos cinco vasos, os alunos devem plantar seis sementes de alpiste ou de mostarda. Depois, cada vaso será colocado em uma caixa de cor diferente, em condições idênticas de iluminação. A ideia é que a luz incida no vaso através do celofane colorido. Os vasos deverão ser regados todos os dias, se possível também nos fins de semana, e mantidos nos mesmos lugares. 3ª etapa – Levantamento e registro de dados A partir do terceiro dia, é possível que já se perceba a germinação das sementes. Dentre as que germinaram, escolher aquela que parece mais vigorosa para fazer o seu acompanhamento. Caso a opção seja a de observar mais de uma planta por vaso, lembrar de manter o mesmo número de plantas para todos os vasos. Neste caso, na análise dos dados, terá que ser feita a opção, por exemplo, pela planta que cresceu mais em cada vaso. Comentar que na ciência é usual ter o grupo de controle. O próximo passo é acompanhar o crescimento das plantinhas, medindo o crescimento e registrando os resultados em tabelas. Inicialmente, é preciso construir uma planilha para o registro dos dados. Esse quadro pode ser construído diretamente no programa de computador Excel. Para isso, pedir aos alunos que realizem as seguintes etapas, em grupos de dois ou três: 1. Criar um novo documento e salvá-lo com o nome dos integrantes do grupo. 2. Digitar na célula A1: “Tabela de dados do crescimento de plantas sob cores diferentes”. 3. Digitar na célula A2: “Dia”; na B2: “Data”; na C2: “celofane transparente (cm)”; na D2: “celofane amarelo (cm)”; na E2: “celofane azul (cm)”; na F2: “celofane vermelho (cm)”, e na G2: “celofane verde (cm)”. 4. Digitar na célula A3: número 1; na A4: número 2, na A5: o número 3 e assim por diante, até pelo menos o número 21. 5. Uma dica para organizar a tabela: passar o mouse na linha superior onde aparecem as letras das colunas, na divisão entre as linhas. Ali o cursor aparecerá diferente. Nesse ponto, clicar no botão esquerdo 186 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


do mouse, segurando-o e arrastando a divisão da coluna para obter uma formatação mais adequada da tabela. Se quiser formatar a célula, clicar em cima dela com o botão direito e escolher a opção “formatar células”. A seguir, um exemplo de tabela formatada: Tabela de dados do crescimento de plantas sob cores diferentes Dia

Data

Celofane transp. (cm)

Celefone amarelo (cm)

Celofane azul (cm)

Celofane vermelho (cm)

Celofane verde (cm)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

A coleta dos dados deve ser feita no máximo de dias possíveis. Pedir para a turma medir a altura das plantas com uma régua, dia após dia. Detalhe: se o vegetal estiver envergado ou torto, será necessário levantá-lo com a mão para encontrar a medida correta. Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 187

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Para facilitar o trabalho, pedir para a classe imprimir a tabela. Assim, todos poderão preenchê-la à mão, dia após dia. Com todos os resultados prontos, é só passar a limpo no arquivo guardado no computador. Não esquecer de pedir para a turma fazer uma cópia do arquivo (em disquetes ou pen drives) para garantir que os dados não sejam perdidos. Com todos os dados tabulados, os alunos poderão construir gráficos para cada experimento (vaso), de modo que os dias fiquem no eixo x (abscissas) e as medidas das alturas das plantas no eixo y (ordenadas). Para isso, executar as seguintes etapas: 1. Selecione os dados para a construção do gráfico, por exemplo, clicando com o botão esquerdo do mouse na casa C3. Mantendo o botão apertado, desça até a célula do último dado coletado e solte o botão – você estará selecionando os dados de crescimento da planta da montagem com celofane transparente. 2. Na barra de ferramentas, clique em Inserir e depois escolha a opção Gráficos. 3. Na janela de gráficos que se abrirá, escolha a opção Linhas e clique em Avançar. 4. Na próxima janela, escolha a opção Série em colunas e o gráfico já deverá aparecer nessa janela. Clique então em Avançar. 5. Na janela seguinte, clique na aba Título e preencha-o. Defina as unidades do eixo X e Y e clique em Avançar nessa e na próxima janela. Pronto, o gráfico aparecerá na planilha de dados. 6. Repita o procedimento com os demais dados, construindo no final 5 gráficos. 4ª etapa – Análise dos dados A comparação do crescimento das plantas em condições de cor de luz diferentes poderá ser feita na própria tela do computador, ou em material impresso. É bem provável que o crescimento seja maior (valores mais altos de crescimento) e mais rápido (valores atingem o pico em menor número de dias) nas montagens com celofane vermelho e azul. Os alunos devem chegar a essa conclusão pela comparação direta dos dados nos gráficos. Variações possíveis: todo o experimento pode ser feito com uma ou mais plantas por caixa. Dessa forma, há mais dados para serem coletados e tabulados. Neste caso, pode-se introduzir o conceito de média aritmética, também possível no programa Excel (Ex.: média (A3 : A7). Para concluir o projeto, os alunos devem expor os experimentos e seus resultados num mural da escola. 188 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Fontes de pesquisa Sites: http://pordentrodaciencia.blogspot.com/2008_12_01_archive.html http://www.ufpe.br/grupofae/feiras/luzdosol.htm#INICIO

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fotossintese/historico-da-fotossintese.php (acesso em 12/04/11)

http://www.mundoeducacao.com.br/quimica/quimica-fotossintese.htm http://sites.google.com/site/jovensc34/home

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

http://super.abril.com.br/tecnologia/climas-outro-planeta-438628.shtml http://glauberh.sites.uol.com.br/Astronomia.htm

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

http://www.youtube.com/watch?v=r_eUSSBRsMs&feature=related (Poeira das Estrelas – Parte II) (acesso em 12/04/11) http://www.emsintese.com.br/tag/astronomia/ http://ufsc.br/~esilva/Lenda022.html

(acesso em 12/04/11)

(acesso em 12/04/11)

http://educacao.uol.com.br/ciencias/ult1686u13.jhtm

(acesso em 12/04/11)

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Física

O céu é um chapéu sobre nossas cabeças? Produto final: Representando constelações Duração: 8 aulas Objetivos: • Conhecer concepções de astronomia. • Estudar corpos celestes. • Conhecer a Lei de Wien ou Lei do deslocamento de Wien como método de determinação da temperatura das estrelas. • Observar espectros de emissão de diferentes elementos químicos por meio de ensaios de chama. • Relacionar o espectro de cada elemento químico com a cor da chama apresentada. Conteúdos: • Conceito de Astronomia • Conceito de constelação • Lei de Wien • Espectro da luz • Experimentos com fogo • Procedimentos investigativos Série: 2º ano do Ensino Médio (podendo ser adaptados para as demais séries) Materiais: Mapas das constelações, tabelas com dados necessários para montagem de móbiles, papel cartão (azul), papel sulfite (azul, branco, amarelo, laranja e vermelho) para confecção das estrelas, papel milimetrado A3, linha de costura, agulha de costura, fita crepe ou adesiva, régua, lápis, roteiro de experiência, vela, fósforo, espectrofotômetro, 25 sacos de lixo preto, 5 kits de Física de Óptica, óculos de proteção, álcool, 1 lanterna, 5 lâmpadas incandescentes de 12 V, 1 lâmpada mercúrio, 1 lâmpada de sódio, 2 CDs, computadores, solução de cloreto de bário, solução de cloreto de sódio e solução de nitrato de cobre. Sugere-se utilizar as dependências da copa da escola 190 • Sistematização Jovem Cientista - Anexos


Sequência de Atividades 1. Apresentação da proposta pelo professor Combinar com os alunos uma observação do céu noturno, utilizando o olho nu e, se possível, algum instrumento ótico (se a escola possuir, utilizar binóculos ou telescópio escolar). Antes da observação em campo, preparar os alunos colocando questões para identificar o que eles sabem sobre os astros e, também, aguçar o seu interesse para a aula noturna no pátio da escola. Para prepará-los, projetar uma imagem da carta celeste num slide em datashow ou retroprojetor. Diante da imagem, colocar as seguintes questões: quem já olhou para o céu e quis contar as estrelas? Quem já viu um eclipse através de uma fotografia de raio X? Quem já observou a “estrela Dalva”, que, na verdade, é o planeta Vênus ou leu que Vênus é o nome latino da deusa grega Afrodite? Registrar na lousa as respostas dos alunos e colocar então o tema do projeto e as seguintes questões para conversar: como observar o céu? Como reconhecer as constelações, localizar os planetas? Se possível, organizar a turma no pátio da escola para uma primeira apreciação coletiva do céu, durante o dia para ver o sol ou no fim da tarde para ver a lua. Para a observação noturna, veja algumas dicas do site: www.zenite.nu/02/8-ceu.php (acesso em 12/04/11). Dicas para observar o céu noturno: O meio mais fácil de reconhecer as constelações é descobrir duas ou três estrelas imediatamente reconhecíveis e usá-las para encontrar os demais grupamentos de estrelas do céu. As Três Marias são um bom começo. Esse famoso asterismo celeste forma a cintura do gigante caçador Órion, bem visível nas noites de verão do Brasil. E não se confunda com os planetas! Eles são astros errantes, ora ficam do lado de uma estrela, ora as abandonam e seguem seu caminho. Por estarem muito mais perto de nós que as estrelas, os planetas se movem noite após noite no céu estrelado. Para encontrá-los siga estas dicas: • Planetas não cintilam como estrelas, a menos que estejam próximos do horizonte ou sejam observados numa atmosfera turbulenta/poluída. Sistematização Jovem Cientista - Anexos • 191

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Física | O céu é um chapéu sobre nossas cabeças?


7. projeto astronomia | física

Física | O céu é um chapéu sobre nossas cabeças?

• Planetas seguem o mesmo caminho no céu por onde passaram o Sol e a Lua. Você nunca verá Marte, por exemplo, perto do Cruzeiro do Sul. • Planetas são objetos extensos quando vistos numa luneta com magnificação de pelo menos 40 vezes (as estrelas sempre aparecem como pontos). Com uma luneta, você distinguirá as fases de Vênus, o disco avermelhado de Marte, o sistema de satélites de Júpiter e os anéis de Saturno. • Imprima e use mapas celestes. Eles fornecem a posição atual dos planetas no céu. Assim, você não corre o risco de confundi-los com estrelas, especialmente se ainda não adquiriu experiência. • Não esqueça os planisférios celestes. Ao contrário das cartas, eles não fornecem a localização de um planeta, mas ajudarão você a se familiarizar cada vez mais com o céu noturno. Para outras dicas consulte o site indicado. Planisfério celeste Dica: organize esta atividade com pequenos grupos para que possa dar melhor assistência aos alunos. Convide os professores de Biologia e Geografia para desenvolver este projeto. http://www.if.ufrgs.br/cref/gttp/planisferio/cartas/cartasulcolor_edu.jpg

(acesso em 12/04/11)

2. Aula conceitual sobre introdução à Astronomia Utilizando imagens e outras informações fornecidas na bibliografia que sugerimos ao final, preparar uma aula sobre Astronomia. Um bom começo pode ser pelo significado da palavra astronomia, que etimologicamente significa “lei das estrelas”. É um campo científico que envolve diversas observações, procurando respostas aos fenômenos físicos que ocorrem dentro e fora da Terra, bem como em sua atmosfera. Estuda as origens, evolução e propriedades físicas e químicas de todos os objetos que podem ser observados no céu (e estão além da Terra), bem como todos os processos que os envolvem. Como os alunos observaram no céu, existe uma nomenclatura que se assemelha à da astrologia, pois a origem da astronomia está na antiga astrologia, praticada desde tempos muito antigos. Todos os povos desenvolveram, ao observar o céu, um ou outro tipo de calendário para medir as variações do clima no decorrer do ano. Neste momento, levar os alunos ao laboratório de informática para pesquisarem sobre a história da Astronomia.

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Você pode dividir a turma por séculos e solicitar que eles busquem conhecer astrônomos, instrumentos utilizados para conhecer o universo, atualidades. Após essa busca, organizar outra roda de conversa para que os grupos relatem o que descobriram sobre a história da Astronomia. Para aprofundar o estudo, solicitar que os alunos pesquisem sobre os astros que observaram no céu noturno, por exemplo Órion, Cruzeiro do Sul, as Plêiades, Constelação do Escorpião, etc. 3. Representando constelações Iniciar com nova sondagem da turma, lançando questões sobre o que os alunos entendem por constelação; do que é formada uma constelação; quais constelações os alunos conhecem. Na sequência, dividir a classe em grupos. Cada grupo será responsável pela confecção da maquete de uma constelação, elaborando o gráfico do sistema de coordenadas e posteriormente calculando a distância de cada estrela em relação à Terra. Lembrar que cada estrela deverá ser representada de acordo com o seu tipo espectral (ver como fazer no site: http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=aas&cod=_astronomiarepresentacaod) (acesso em 12/04/11). Para isso, colocar a seguinte questão na lousa: as estrelas que constituem uma dada constelação estão à mesma distância em relação ao planeta Terra? Por que algumas aparentam ser maiores e outras, menores? Organizar as hipóteses dos alunos na lousa e em seguida sistematizar numa única formulação. Por exemplo: as estrelas mais brilhantes estão mais próximas do nosso planeta, enquanto as menos brilhantes estão mais distantes. As estrelas apresentam apenas uma cor e todas possuem a mesma temperatura. Solicitar pesquisa on-line sobre as características de cada constelação, inclusive a distância em anos-luz, tipo espectral de cada estrela, por que cada uma possui cor característica Em grupos, os alunos elaboram o gráfico de distância em anos-luz, que precisa ser revisada. Orientar como elaborar o gráfico de sistema de coordenadas. Orientar a confecção de estrelas feitas com tiras de papel sulfite e revisar escalas de medida e montagem do móbile.

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Dica: para montar o móbile consulte o site: http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=aas&cod=_astronomiarepresentacaod (acesso em 12/04/11).

Após a montagem da constelação, expor para toda a escola. Autores: Ricardo A. Viana de LAcerda, Arthur R. Viana LAcerda, Eloiza H.W. Hieda, Geraldo Majela da Silva e Alexandre Cachone Pinto. 4. Experimento: Cor e luz nas estrelas Organizar uma aula teórica sobre a Lei de Wien e convidar os alunos para realizar um experimento sobre o espectro luminoso. Distribuir um roteiro do experimento para os alunos e fornecer as instruções para a sua realização. Explicar que as experiências com fogo e com espectrofotômetro têm o objetivo de observar o emissor que está a uma determinada temperatura e emite radiação eletromagnética, formando um espectro contínuo, visível no espectrofotômetro. Os alunos vão escolher a cor mais intensa e medir o desvio dessa cor em relação à fenda do espectrofotômetro. A partir dessa informação, os alunos vão colocar esses dados em uma planilha eletrônica e calcular o comprimento de onda dessa radiação e a temperatura, através da Lei de Wien. Os emissores que os alunos estudarão são: vela, lamparina, lâmpadas de sódio, lâmpadas de mercúrio, lâmpadas incandescentes e luz amarela do Sol. Teste de chama: após observarem a coloração da chama e o espectro no espectrofotômetro, os alunos vão relacionar o elemento com a sua cor característica apresentada na chama e as cores no espectro. Os íons utilizados serão sódio, cobre e bário. Discussão do experimento e reflexão sobre a importância da análise espectral para informações sobre os astros.

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Fontes de pesquisa Livros: Caruso, F. e Oguri V., Física Moderna – Origens Clássicas e Fundamentos Quânticos, Ed.Campus, Rio de Janeiro, 2006 Eisberg, R.M., Fundamentos da Física Moderna, Ed. Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 1979 Leite Lopes, J., A estrutura quântica da matéria, Ed. Erca, Rio de Janeiro, 1992 Alonso & Finn, FÍSICA um curso universitário Campos e Ondas, vol II, Ed. Edgard Blücher Ltda, São Paulo, 2002 Sites: http://www.on.br/ (acesso em 12/04/11) http://pt.wikipedia.org/wiki/Astronomia (acesso em 12/04/11) http://pt.wikipedia.org/wiki/Astrologia (acesso em 12/04/11) http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u641102.shtml (acesso em 12/04/11) http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091020/not_imp453368,0.php (acesso em 12/04/11) www.zenite.nu/02/8-ceu.php. (acesso em 12/04/11) http://profs.ccems.pt/PauloPortugal/CFQ/Fsica_Moderna/Espectros_atmicos.htm (acesso em 12/04/11)

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