NOTAER - Dezembro de 2014

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www.fab.mil.br Ano XXXVII

Nº 12 Dezembro, 2014

ISSN 1518-8558

A conquista do topo do Brasil

SGT REZENDE / CECOMSAER

Saiba como é a jornada dos guerreiros que realizam a troca da Bandeira Nacional no Pico da Neblina

Promoção de Oficiais-Generais

Comando da Aeronáutica

Promoção de Oficiais-Generais 25 de novembro de 2014 Págs. 4 e 5

Lançamento de mísseis

Mudanças na carreira

Pilotos dos três esquadrões de caça que operam o F-5EM participaram do exercício de lançamento de míssil real, na Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul. Pela primeira vez, foi lançado o Python 4. Os mísseis atingiram alvos que voavam sobre o mar. Pág. 7

Saiba quais foram as alterações na seleção interna para Soldados e quais os critérios são levados em consideração na evolução da carreira. As novas regras valorizam o profissional de bom comportamento e que se dedica aos estudos. Pág. 10


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CARTA AO LEITOR FOTO: CAP ANDRÉ ALVES (1º/14º GAV)

Expediente

Ações operacionais e sociais A edição do NOTAER deste mês traz uma matéria especial sobre a troca da Bandeira Nacional no ponto mais alto do Brasil: o Pico da Neblina. Você vai conhecer o trabalho dos militares da FAB para realizar essa missão que apresenta diversos desafios. Você vai saber, ainda, como foi a missão de lançamento de mísseis reais, realizada durante o Exercício Operacional BVR3, na Base Aérea de Canoas. Pela primeira vez, um piloto brasileiro realizou o lançamento do míssil Python 4. Ao total, foram lançados três tipos de mísseis. É a Força Aérea

aumentando, cada vez mais, a sua capacidade operacional. Mas a Força Aérea Brasileira não executa somente ações operacionais. Você vai conhecer, também, os diversos trabalhos realizados pela FAB junto à população civil. Seja no transporte de órgãos para transplantes; seja nas missões de misericórdia, transportando vítimas; ou até mesmo as diversas Acisos, que ocorrem em todas as regiões do país. É a FAB realizando seu trabalho social. Este mês você acompanha, ainda, as mudanças na seleção interna para Soldados. O

Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel Aviador Max Luiz da Silva Barreto

Chefe da Seção de Divulgação: Major Aviador Bruno Pedra

processo não conta mais com provas; agora, as Praças são avaliadas de forma integral, por meio de diversos critérios, incluindo análise de currículo e do trabalho desempenhado nas Organizações Militares. A

FAB, também, criou um novo Quadro de Sargentos, que vai preencher a necessidade temporária de profissionais em algumas áreas de apoio. Brig Ar Pedro Luís Farcic Chefe do CECOMSAER

Chefe da Seção de Produção: Major Aviador Bruno Perrut Gomes Garcez dos Reis Chefe da Agência Força Aérea: Tenente Jornalista Humberto Leite Editor: Tenente Jornalista João Elias (Registro Profissional nº 8933 / RS)

Dispositivos Suspeitos: Smartphone de exploração os métodos de exploração dos equipamentos descritos anteriormente. Estes são os smartphones de exploração. Um smartphone de exploração, ou tablet de exploração, é um dispositivo móvel que possui um sistema operacional customizado para desenvolver testes de penetração em redes, computadores ou páginas de internet. Este sistema operacional customizado conta com uma coletânea de softwares e aplicativos próprios para exploração e teste de segurança. Estes dispositivos possuem características de hardware que os transformam na máquina ideal de exploração: wireless, conexão 3G/4G, GPS, câmera, entrada micro-USB, memória de armazenamento e processadores potentes. Uma vez instalado o sistema de exploração, o smartphone

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic

Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação: Coronel Aviador André Luís Ferreira Grandis

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

Nos últimos três artigos sobre dispositivos suspeitos, aprendemos sobre keyloggers, pendrives maliciosos e ETAPs (Evil Twin Access Point). Todos eles tinham funcionalidades que permitiam que um atacante pudesse explorar vulnerabilidades nos sistemas alvos. Porém, existe um dispositivo que possui quase todos

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) direcionado ao público interno.

ou tablet será capaz de realizar diversos tipos de ataque, como por exemplo: - Inserção automática de comandos de teclado via porta USB; - Dispositivo de rede virtual via porta USB; - Ponto de acesso sem fio malicioso; - Análise e quebra de senhas de rede sem fio; - Análise, monitoramento e modificação de tráfego de rede. Como os celulares são dispositivos de uso cotidiano, os smartphones de exploração são discretos e passam despercebidos. O atacante pode permanecer nas proximidades das redes sem fio que pretende invadir com o celular no bolso e não será notado. Quando o atacante tiver intenção de realizar um ataque via USB, ele poderá

solicitar uma porta (USB) do computador alvo para que possa efetuar o carregamento da bateria do celular. As medidas de proteção contra os ataques desferidos por este tipo de dispositivo são semelhantes às descritas para os pendrives maliciosos e ETAPs. É necessário que haja um monitoramento em busca de redes sem fio irregulares e uma política rígida no uso de portas USB. Smartphones são computadores portáteis que podem abrigar uma miríade de aplicativos de exploração e ataque, exigindo das equipes de proteção cibernética uma atenção redobrada. Informe imediatamente ao oficial de inteligência da sua organização se perceber o uso de smartphones de exploração. (Centro de Inteligência da Aeronáutica)

Repórteres: Ten JOR Humberto Leite, Ten JOR Flávio Nishimori e Ten JOR Jussara Peccini, Ten REP Jéssica Martins, Ten JOR Evellyn Abelha, Ten JOR Iris Vasconcelos e Asp JOR Cynthia Fernandes. Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via Sistema Kataná. Diagramação e Arte: Ten FOT José Mauricio Brum de Mello, Sargento Emerson Guilherme Rocha Linares, Sargento Santiago Moraes Moreira, Sargento Marcella Cristina Mendonça dos Santos e Cabo Pedro Henrique Sousa Bezerra. Tiragem: 30.000 exemplares Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser enviados para: redacao@fab.mil.br Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

Impressão e Acabamento: Log & Print Gráfica e Logística S.A


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PALAVRAS DO COMANDANTE

2014: um ano inspirador Boa parte dos brasileiros ainda aproveitava as férias de fim de ano quando na madrugada do dia 4 de janeiro de 2014, às 3h30 da manhã daquele sábado, uma tripulação de sete homens do Esquadrão Pelicano salvou a vida de um civil no Pantanal Sul-Matogrossense. A missão envolveu o uso de óculos de visão noturna e, principalmente, a presteza, eficiência e dedicação daqueles militares. Eles mostraram que a Força Aérea Brasileira está presente na vida dos brasileiros sempre, incansavelmente. Foi isso o que vimos ao longo de todo o ano. Nossas tripulações de helicópteros realizaram inúmeros resgates. Já

a Aviação de Transporte esteve sempre pronta para as mais diversas missões operacionais, do transporte de provas do ENEM às urnas eletrônicas. Da alimentação à população do Acre aos profissionais do programa Mais Médicos. Enquanto isso, nossos pilotos de caça garantiram a soberania do País e nossos patrulheiros nos protegeram pelo mar. A Copa do Mundo de 2014 também foi um marco histórico para a Força Aérea Brasileira. Além do extraordinário desempenho de todas as tripulações envolvidas nas missões de defesa e de apoio, nosso sistema de controle de tráfego aéreo se superou. Recordes fo-

ram batidos e os passageiros, fossem eles brasileiros ou estrangeiros, se beneficiaram de um serviço bem prestado. Passada a metade do ano, direcionamos as ações para exercícios operacionais: Transportex, Sabre, BVR2, BVR3, CSAR, Salitre, Cachimbo e Fraterno. Nossas aeronaves rmotamente pilotadas, também, participaram dos exercícios, inclusive o Hermes RQ-900, recebido este ano. Os militares da FAB mostraram estar prontos para o cumprimento do dever com a mais alta proficiência. E, em outubro, mês do aviador e da Força Aérea Brasileira, alcançamos duas metas históricas. No dia 21, foi

Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito Comandante da Aeronáutica apresentado ao mundo o KC390, nossa futura aeronave de transporte. Apenas 72 horas depois, assinamos o contrato de aquisição dos caças Gripen NG, aeronave que alçará a Aviação de Caça brasileira ao status de a mais moderna da América Latina.

O ano de 2014, meus comandados, foi inspirador. Que as realizações e a dedicação das senhoras e dos senhores sirvam de exemplo para o futuro. Um feliz Natal e um próspero ano novo para todos.


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Novembro - 2014

Tenente-Brigadeiro do Ar Antônio Carlos Moretti Bermudez Natural de Santo Ângelo (RS). Praça de 15/02/1975, tendo sido declarado Aspirante em 12/12/1978. Principais cargos: Chefe da Seção de Relações Públicas e Instrutor de Voo do 1°/4° GAV; Comandante do EC e do EP na BAAN; Chefe da Subseção de Pesquisa Operacional, Chefe da Subseção de Controle e Instrutor de Voo no 1° GDA; Chefe da Divisão de Relações Públicas e Chefe da Divisão de Pesquisa e Planejamento do CECOMSAER; Chefe da Seção de Análise e Projeções da Secretaria da Comissão de Promoção de Oficiais da Aeronáutica; Comandante do 1°/16° GAV; Comandante

da BABR; Chefe da Subdivisão de Planejamento e Chefe do Curso de Política e Estratégia Aeroespaciais na ECEMAR; Adido de Defesa e Aeronáutico junto à Embaixada do Brasil na França e na Bélgica; Chefe do CECOMSAER; Comandante da III FAE; Vice-Diretor de Ensino da Aeronáutica; Comandante do VI COMAR; Presidente do Clube de Aeronáutica de Brasília; e Chefe do Estado-Maior do COMGAR. Horas de Voo: Possui aproximadamente 4000 horas de voo. Principais condecorações: Ordem do Mérito Aeronáutico (Grau Comendador); Mérito Militar (Grau Comendador); Mérito Forças Armadas; Mérito Naval (Grau Comenda-

dor); Ordem Rio Branco (Grau de Oficial); Medalha Militar de Ouro; Medalha Mérito Santos-Dumont; Medalha do Pacificador; Medalha Mérito Tamandaré; Medalha Mérito Operacional Nero Moura; Medalha da Inconfidência Mineira (Grau Grande Medalha); Medalha da Vitória; Ordem do Mérito de Defesa (Grau Comendador); Ordem do Mérito Judiciário Militar (Alta Distinção); Ordem do Mérito Ministério Público Militar (Distinção); Ordem do Mérito Alferes Joaquim José da Silva (Grã-Cruz) – GDF; Medalha Tributo à Batalha de Montese; e Medalha Mérito Cívico Militar. Cargo designado: Chefe de Logística do EMCFA - MD (CHELOG).

Major-Brigadeiro Intendente Vilmar Gargalhone Corrêa Natural do Rio de Janeiro (RJ). Praça de 03/03/1974, tendo sido declarado Aspirante em 10/12/1980. Principais cargos: Agente de Combustíveis e Lubrificantes BASC; Chefe da Seção de Assuntos de Inativos da DIRINT; Chefe da Seção de Suporte de Sistemas Computacionais da DIRINT; Chefe da Seção de Sistemas de Aplicação da DIRINT; Chefe da Seção de Pessoal Militar da DIRINT; Chefe da Seção Auxiliar da SDPP da DIRINT; Chefe da Seção de Patrimônio da

BABE; Chefe da Seção de Registros da BABE; Chefe da Seção de Finanças da BABE; Chefe da Seção de Subsistência da BABE; Chefe da Seção de Comando e Controle da BABE; Chefe da Seção de Inclusão Orçamentária da SEFA; Chefe da Divisão de Acompanhamento Orçamentário da SEFA; Chefe da Divisão de Informática da SEFA; Chefe da Seção de Descentralização de Créditos da SEFA; Chefe da Seção de Créditos da SEFA e Chefe da Quinta Subchefia do EMAER.

Principais condecorações: Medalha da Ordem do Mérito Aeronáutico – Grau de Comendador; Medalha da Ordem do Mérito Naval – Grau de Comendador; Medalha da Ordem do Mérito Militar – Grau de Comendador; Medalha da Vitória (MD); Medalha Militar de Ouro com Passador de Platina (40 anos); Medalha Mérito Santos-Dumont; Medalha Mérito Tamandaré; e Medalha do Pacificador – Exército Brasileiro. Cargo designado: Diretor de Intendência.


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Natural de Belém (PA). Praça de 05/03/1975, tendo sido declarado Aspirante em 10/12/1983. Principais cargos: Todas as funções de Intendência no Parque de Material Aeronáutico de Belém; Chefe da Seção de Licitações, Gestor de Finanças, Gestor de Material do Serviço Regional de Proteção ao Voo de Belém; Chefe da Seção de Licitações, Gestor de Finanças, Gestor de Subsistência, Gestor de Material, Chefe da Se-

ção de Faturamento e Chefe da Divisão Administrativa do Hospital de Força Aérea de Brasília; Agente de Controle Interno do Grupamento de Apoio de Brasília; Chefe da Divisão de Intendência do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo; Chefe da Divisão Administrativa do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo; Agente de Controle Interno do Hospital de Força Aérea do Galeão; Prefeito de Aeronáutica do

Galeão; Chefe do Grupamento de Apoio do Rio de Janeiro; Chefe de Gabinete do Terceiro Comando Aéreo Regional e Subdiretor de Administração Logística da DIRMAB. Principais condecorações: Medalha Mérito Santos-Dumont; Medalha Militar de Ouro; Medalha Mérito Militar Desportivo; Ordem do Mérito Aeronáutico Grau Oficial; e Medalha do Pacificador. Cargo designado: Subdiretor de Abastecimento.

Brigadeiro de Infantaria Augusto Cesar Amaral Natural de Petrópolis (RJ). Praça de 05/03/1979, tendo sido declarado Aspirante em 12/12/1985. Principais cargos: Comandante de Companhia do BINFA da UNIFA; Adjunto da Divisão de Educação Física Militar e da Divisão Administrativa da CDA; Comandante do Esquadrão de Alunos na EEAR; Subcomandante do BINFA da EEAR; Comandante da Companhia de Infantaria da Aeronáutica Isolada do PAMAGL; Chefe da Subdivisão de

Recursos Humanos do PAMAGL; Chefe da Subdivisão de Pessoal da UNIFA; Adjunto da Seção de Logística do Centro de Operações Terrestres do COMGAR; Comandante do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial dos Afonsos (BINFAE-AF); Chefe da Seção de Inteligência da Segunda Força Aérea (II FAE) – 2ª Seção do Estado-Maior; Oficial Adjunto da Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB); Gerente do Programa “Forças no Esporte”

no Ministério da Defesa (PROFESP-CDMB); e Chefe da Divisão de Admissão e de Seleção do DEPENS. Principais condecorações: Medalha da Ordem do Mérito Aeronáutico Grau Oficial; Medalha do Mérito Desportivo Militar; Medalha da Vitória; Medalha Militar de Ouro; Medalha do Mérito Santos-Dumont; e Medalha do Mérito Almirante Tamandaré. Cargo designado: Chefe da Subchefia de Segurança e Defesa do COMGAR.

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Brigadeiro Intendente José Jorge de Medeiros Garcia


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ACONTECE

SGT REZENDE / CECOMSAER

Campanha Institucional 2015

Inscrições para o Concurso EAOF 2015

A Força Aérea Brasileira está sempre pensando no amanhã. Para 2015, será lançada a Campanha Institucional “Construindo o Futuro”, com inúmeras iniciativas que vão fazer a diferença na vida dos brasileiros e do Brasil. Os projetos estratégicos da FAB, fundamentais para “manter a soberania do espaço aéreo nacional com vistas à defesa da pátria”, vão estar expostos em calendários, agendas, cadernos e outros itens.

Foi realizado de 9 a 12 de dezembro, em São José dos Campos (SP), o 6º Encontro de Usuários de Sensoriamento Remoto das Forças Armadas – SERFA 2014, com o tema “A Utilização de Novas Tecnologias de Sensoriamento Remoto para a Defesa”. Um dos destaques da programação foi um painel sobre Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs), também conhecidas por Vants.

SGT JOHNSON / CECOMSAER

Sensoriamento Remoto em debate

Até às 15 horas do dia 9 de dezembro podem ser realizadas as inscrições para o exame de seleção ao Estágio de Adaptação ao Oficialato (EAOF 2015). São oferecidas, ao total, 140 vagas, em 16 especialidades. As Instruções Específicas do exame e o Formulário de Solicitação de Inscrição estão disponíveis nos endereços eletrônicos: www.portal.intraer ou www.ciaar.intraer.

ANIVERSÁRIO Centro de Computação de Aeronáutica de Brasília - CCA BR 01/12 - 31 anos

Segundo Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicação e Controle 2º/1º GCC 01/12 - 58 anos

Prefeitura de Aeronáutica de Florianópolis PAFL 02/12 - 57 anos

Diretoria de Administração de Pessoal DIRAP 02/12 - 73 anos

Diretoria de Saúde da Aeronáutica DIRSA 02/12 - 73 anos

Base Aérea dos Afonsos BAAF

Base Aérea de Brasília BABR

04/12 - 57 anos

04/12 - 51 anos

Quinto Comando Aéreo Regional V COMAR 04/12 - 73 anos

Sexto Comando Aéreo Regional VI COMAR 04/12 - 38 anos

Grupamento de Apoio Logístico GAL 05/12 - 2 anos

Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação - 2º/10º GAv 06/12 - 57 anos

Segundo Comando Aéreo Regional II COMAR 08/12 - 73 anos

Grupo de Apoio e Controle na Embraer GAC-Embraer 11/12 - 29 anos

Comissão de Aeroportos da Região Amazônica COMARA 12/12 - 58 anos

Prefeitura de Aeronáutica de Barbacena PABQ 17/12 - 57 anos

Primeiro Grupo de Aviação de Caça 1º GAV AC 18/12 - 71 anos

Odontoclínica de Aeronáutica de Brasília OABR 18/12 - 30 anos

Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicação e Controle 1º GCC 19/12 - 64 anos

Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico DIRMAB 26/12 - 12 anos

Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação 7º/8º GAV 26/12 - 28 anos


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OPERACIONAL

IMAGENS: DCTA

FAB realiza lançamento real de mísseis

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Força Aérea Brasileira realizou, durante o Exercício Operacional BVR 3, o lançamento de 17 mísseis reais. A missão ocorreu na Base Aérea de Canoas (BACO), no Rio Grande do Sul. O objetivo foi treinar o combate aéreo e preparar os militares para o lançamento de armamento real.

Os mísseis utilizados foram: Python 4, Python 3 e MAA-1 Piranha. Em uma operação de guerra, os mísseis são utilizados para atingir aeronaves, mas, no treinamento, eles foram usados para atingir um alvo incandescente que voava sobre o mar. Todos eles têm

o mesmo guiamento por infravermelho, mas possuem tecnologias distintas. Eles se diferenciam na forma como podem ser lançados, na distância do alvo e nos ângulos formados durante a trajetória para atingir o alvo. Esta foi a primeira vez que foi realizado, no Brasil, o lança-

mento do míssil Python 4. De acordo com os especialistas, em relação aos outros mísseis lançados, ele apresenta alta manobrabilidade e confiabilidade, além de sistemas mais desenvolvidos, que têm maior eficácia para atingir o alvo. O primeiro míssil Python 4 foi lançado, da aerona-

Operação demanda o trabalho de diversos esquadrões

FOTO: CAP ANDRÉ ALVES (1º/14º GAV)

Para que ocorra uma operação como essa, é necessária a participação de várias unidades da Força Aérea. Além das oito aeronaves F-5EM e do trabalho dos profissionais especialistas em mecânica de aeronaves e em armamentos, foram necessárias, também, outras aeronaves e profis-

sionais de outros esquadrões para que não ocorressem problemas durante a missão. Um helicóptero H-60 Black Hawk, do Esquadrão Pantera (5°/8° GAV), estava a postos para fazer o resgate, caso fosse necessário. Uma aeronave P-95 Bandeirante fez a patrulha da área onde ocorreram os lançamentos

para verificar a existência de embarcações no local. Já a aeronave E-99 apoiava a missão, verificando o posicionamento do F-5EM e o posicionamento de onde estava o alvo para que ocorresse o lançamento do míssil. De acordo com o Comandante da III FAE, Brigadeiro do Ar Mário Luís da Silva

Jordão, operações como essa tornam a FAB cada vez com maior capacidade operacional. “A cada dia que isso acontece, nós estamos em uma condição melhor de combate. Esse é o nosso trabalho e faz parte da história da evolução da Força Aérea”, conclui o Oficial-General.

ve F-5EM, pelo piloto de caça do Esquadrão Pampa (1°/14°GAV), Major Leonardo dos Passos Araújo. “A oportunidade de lançar um míssil real é resultado do trabalho que se faz durante toda uma vida operacional, consolidando os treinamentos em que são empregados os equipamentos simulados”, ressalta o piloto. Trabalho em solo Para que o míssil seja lançado, o trabalho começa bem antes da decolagem. Inicialmente, é feita a preparação da aeronave com a análise de diversos itens. “Nós verificamos o relatório de voo e fazemos uma inspeção completa em todos os sistemas da aeronave, tais como o sistema hidráulico, a estrutura e, também, os pneus”, afirma o Mecânico de Aeronaves, Sargento Adriano Ferraz da Silva. Logo depois, a aeronave é levada para a cabeceira da pista de decolagem, onde é feita a instalação do míssil. O Especialista em Armamento é o último profissional a mexer no avião antes que ela seja entregue ao piloto. “Nesse momento, é testado todo o sistema de armamento para que o piloto tenha total sucesso quando for empregar o míssil”, diz o Especialista em Armamento, Capitão Augusto Cesar Salvino.


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PICO DA NEBLINA

A troca da bandeira no ponto mais alto do Brasil Missão demonstra preparo, profissionalismo e coragem dos militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Manaus

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oram quatro dias de caminhada em terreno difícil, que varia de lama a pedras soltas, subidas íngremes, calor, frio e uma mochila de pelo menos 20kg nas costas. Mas os 13 militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Manaus (BINFAE-MN), Batalhão Uiruuete, cumpriram a missão de trocar a bandeira do Brasil no Pico da Neblina, o ponto mais alto do País, no Amazonas. Mais que trocar a bandeira, a missão é considerada um treinamento de alto nível. “É uma oportunidade de treinar tudo. Aqui tem montanha, selva, frio, calor”, explica o Comandante

do BINFAE-MN, Coronel de Infantaria Alexandre Okada. A missão é realizada desde 2001, no dia 19 de novembro, quando é celebrado o Dia da Bandeira. O pico tem 2.994 metros de altura e está localizado no Parque Nacional do Pico Neblina, área que incide em terra Yanomami. A jornada inicia em Maturacá, onde está um dos cerca de 40 Pelotões de Fronteira do Exército na região amazônica. O local fica a 800 km (em linha reta) de Manaus, na fronteira com a Venezuela. O primeiro trecho da missão é feito em voadeiras, tipo de barco com motor de popa muito comum na região. São

quatro horas navegando por igarapés e afluentes que desembocam no Rio Negro. Quem indica o caminho é o soldado do Exército Brasileiro Florêncio Cruz Figueiredo, índio da etnia Yanomami da comunidade Hiariabu, uma das mais antigas do Brasil onde vivem 800 índios. A caminhada começa no lugar chamado de Foz do Tucano. Até o local de pernoite, na Cachoeira do Tucano foram 4 horas de trilhas. A temperatura na selva ultrapassa os 40 graus, a umidade é alta, no chão há lama, galhos caídos e raízes lisas. Além disso, há os mosquitos, cobras venenosas e o risco de encon-

trar com onças. “O primeiro dia é a fase de adaptação na mata. A gente sente um pouco mais”, avalia o soldado Geovane Cavalcante. A cada 50 minutos de marcha, pelo menos 10 minutos de descanso. Mas nem sempre esse tempo é seguido à risca. “Dependendo do terreno, tem que parar antes”, explica o Tenente de InfantariaThiago Souza, líder do grupo pelo segundo ano consecutivo. A regra é: parou, senta e bebe água. “A gente desidrata e nem percebe. Tem que estar sempre reidratando, mesmo se não estiver com sede”, comenta o Sargento Douglas de Moraes.

No segundo e terceiro dia foram pelo menos sete horas de caminhada cada. Quando o dia clareia já é o momento de começar a marcha, isso porque o horário ideal de chegada no ponto de pernoite é entre 14h e 15h. É o melhor horário para levantar acampamento, fazer fogo, lavar uniforme e cuidar do corpo, uma das leis da selva mais importantes. O terceiro pernoite é na base do Pico da Neblina, no local chamado de Garimpo da Pepita. É desse local que o grupo parte para o último e mais árduo dia da jornada. Serão 15 horas, total de caminhada para subir e descer a montanha mais alta do Brasil.


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400 soldados. É um privilégio estar aqui”, diz o Soldado Márcio de Souza Fernandes Com as condições climáticas adversas do local, o grupo passou apenas 30 minutos no topo do Pico da Neblina. Lá, incineraram a bandeira antiga e hastearam uma nova. “Senti-me muito honrado. Essa missão é diferente de todos os cursos que eu já fiz”, afirma o Suboficial Armando Leão Teixeira. A descida é acompanhada de chuva o tempo todo e não demora as cachoeiras se formarem na encosta. A chegada ao acampamento só ocorre às 20h, depois de 1h30 andando novamente no escuro, apenas com a iluminação das lanternas. A missão só é finalizada no dia seguinte, depois de o grupo ser resgatado pelo H-60 Black Hawk. Apoio - A tarefa contou com o apoio do Esquadrão Harpia (7°/8° GAV), que opera o helicóptero H-60 Black Hawk; Esquadrão Arara (1º/9º GAV), que opera o C-105 Amazonas, da Unidade Celular de Intendência (UCI) de Manaus, além do Pelotão Especial de Fronteira de Maturacá (Exército), localizado na fronteira com a Venezuela.

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FOTOS: SGT REZENDE / CECOMSAER

A alvorada começa às 4h da manhã. Uma hora e 20 minutos depois, o grupo enumera (técnica utilizada para saber se todos estão prontos) e a marcha começa no escuro. Pelo GPS, que calcula a distância em linha reta, são apenas 3,6 km de subida. Na prática essa distância é quintuplicada pelas inúmeras descidas, subidas e contornos dos morros. A vegetação muda de acordo com a altitude. Aos poucos, a densa vegetação amazônica sucumbe às pedras e a algumas bromélias. A subida reserva dez lepars, técnica que usa corda como apoio, sendo que um deles com cinco metros de altura. A vista é encoberta pelo forte nevoeiro causado pela inversão térmica, chamado de aru na região amazônica. Só por volta das 10 da manhã uma rajada de vento permite ver por poucos minutos o imenso vale no alto da Serra do Imeri e a imensidão de pedras que ainda faltam ser escaladas para atingir o Pico da Neblina. Participaram apenas militares com excelente preparo físico e cursos como sobrevivência na selva, operações ribeirinhas, busca e salvamento, guerra na selva e operações especiais. “Eu fui escolhido entre

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Parque Nacional do Pico da Neblina Amazonas - AM

1 - “Wa Hui Totihioma”, seja bem-vindo no idioma Yanomami. A placa na entrada do 5º Pelotão Especial de Fronteira de Maturacá, onde fica a pista de pouso mais próxima do Pico da Neblina. 2 - Antes de partir, os líderes da comunidade Hiariabu alertam o grupo sobre os perigos do percurso para chegar aos 2,994m de altitude. O local fica na Serra do Imeri, dentro da área que incide em terra Yanomami. 3 - Primeira parte do percurso é realizada em voadeiras, barcos com motor de popa muito comuns na região. Foram cerca de 4 horas até a chegada à Foz do Tucano, onde o grupo iniciou a caminhada. 4 - Lama, água, pedras, raízes e galhos fazem parte de todo o percurso. 5 - Militares que integram o grupo são formados em cursos de guerra na selva, operações ribeirinhas, busca e salvamento, além de contar com a experiência de atuar na região amazônica e missão de paz. 6 - O nevoeiro encobre a vista da região na maior parte do dia. O grupo segue. 7 - A chegada ao topo da montanha mais alta do Brasil também simboliza uma vitória pessoal. 8 - Antiga bandeira é incinerada. 9 - Uma jornada árdua de quatro dias de caminhada para cumprir a missão de hastear a bandeira no local mais alto do território.


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CARREIRA

FAB altera processo seletivo interno para Soldados

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Pessoal (COMGEP) a responsabilidade do planejamento das instruções e normas do processo, que inclui uma nova legislação. Entre as principais mudanças, o órgão agora define as turmas que podem participar do certame, assim como extinguiu as provas antes realizadas. A seleção agora é definida, principalmente, pelos seguintes critérios: Acompanhamento do Desempenho Profissional (ADP), Nível de Escolaridade (NE), Inspeção de Saúde (INSPSAU) e Teste de Avaliação do Condicionamento Físico (TACF). Tais

fatores são compilados por intermédio de uma Ficha de Seleção de Soldados (FSSD), que gera uma pontuação final para cada militar, determinando a classificação do mesmo. O trabalho desempenhado, o comportamento e a iniciativa do Soldado são decisivos no processo de seleção. Já as punições disciplinares têm peso negativo no resultado final. O processo seletivo é coordenado pelos Comandos Aéreos Regionais (COMAR) e deve ocorrer em todo o País, uma vez ao ano, com início no mês de agosto e matrícula no mês de novembro. O número de va-

FOTOS: CB V. SANTOS / CECOMSAER

om o objetivo de valorizar os militares que têm bom desempenho na carreira e apostam nos estudos, o Comando da Aeronáutica (COMAER) alterou o processo de seleção interna para os Soldados. As mudanças já foram implementadas para as turmas do Curso de Especialização de Soldados (CESD) e Curso de Formação de Cabos (CFC), que se formam no dia 15 de dezembro deste ano. A nova sistemática foi definida pelo Alto-Comando da Aeronáutica, que designou ao Comando-Geral do

gas para cada localidade é fixado de acordo com a Tabela de Lotação de Pessoal (TLP) das Organizações Militares (OM). Até o ano de 2013, o Soldado precisava, inicialmente, ser bem-sucedido nas provas de português e de matemática. Os classificados, dentro do número de vagas, eram matriculados no CESD ou no CFC, sendo promovidos a Soldado de 1ª Classe ou a Cabo, ao término dos referidos cursos. “Um processo que perdurou por, aproximadamente, 20 anos precisava de reformulações”, declara o chefe da Divisão de Legislação (DLE) do COMGEP, Coronel Júlio Cezar Pontes. Para o Comandante do COMGEP, Tenente-Brigadeiro do Ar Luiz Carlos Terciotti, o presente processo seletivo tem como objetivo melhor aproveitar os Soldados do COMAER. “É um ganho para a Aeronáutica como também para o nosso soldado. Precisamos aproveitar o militar que está dando certo e cumprindo o seu papel. Agora, o Soldado tem mais motivação e incentivo para progredir”, declara.

Mudança aprovada As mudanças agradaram ao Soldado Murilo de Oliveira Ferreira, de 21 anos, que concluiu a faculdade de Análise de Sistemas. O bom aproveitamento profissional e o curso superior foram determinantes para que o militar se classificasse em 9º lugar, entre 332 concorrentes em Brasília. “Antes, a prova forçava apenas a parte intelectual. Com a mudança, vários critérios são avaliados e tudo isso me motiva a ser um militar melhor”, ressalta.

Novo quadro de Sargentos temporários é inaugurado

A

mudança do Rio de Janeiro para Brasília tem um bom motivo para Rayanne de Freitas Porto, de 20 anos. A jovem é uma das selecionadas para ingressar no Quadro de Sargentos da Reserva de 2ª Classe Convocados (QSCon), realizado pelo Sexto Comando Aéreo Regional (VI COMAR). “A minha experiência profissional na área administrativa fez a diferença para eu conseguir minha vaga”, garante.

Pela primeira vez, o COMAER realizou uma seleção para contratar Sargentos temporários. Com base em análise curricular, o processo é regido por um Aviso de Convocação, cuja execução é de responsabilidade dos Comandos Aéreos Regionais (COMAR) e OM jurisdicionadas. Os cursos técnicos disponibilizados foram nas áreas de Administração, Arrumador, Eletricidade, Eletrônica,

Enfermagem, Informática, Laboratório, Manutenção de Aeronaves, Motorista, Obras, Pavimentação, Radiologia e Topografia. Trata-se de uma necessidade operacional para o Quadro de Sargentos, com possibilidade de atuar na FAB por até oito anos e, por isso, não haverá promoções para os integrantes selecionados. Os selecionados passam por um Estágio de Adaptação para Praças (EAP) com o ob-

jetivo de preparar os incorporados às condições peculiares do Serviço Militar Temporário

e ao exercício das demais atividades militares específicas das áreas disponibilizadas.


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SOCIAL

“Agradeço à Força Aérea Brasileira e à Tenente Médica Thaís Rodrigues. Eles chegaram muito rápido, o que ajudou bastante”. Esse é o depoimento de um paciente que foi resgatado pela FAB após sofrer um acidente na comunidade Palmeiras do Javari (AM), localizada na fronteira com o Peru. Ações como essa são executadas todos os dias por diversos esquadrões da FAB. Os Núcleos de Serviço Social (NUSESO) são os principais responsáveis pela aproximação da FAB com os civis. Projetos como Forças no Esporte, Solda-

do Cidadão, Ação Cívico-Social (ACISO), entre outros, são executados pelos núcleos, que se localizam nos Comandos Aéreos Regionais (COMAR) em todas as regiões do País. A Base Aérea de Fortaleza (BAFZ) foi uma das unidades que levou todos os tipos de serviços para a comunidade durante a Ação Cívico-Social promovida pela Organização Militar. A costureira Maria Eliete de Oliveira aproveitou para resolver várias pendências. “Em um único lugar, consegui atendimento médico, odontológico e aproveitei

FOTO: SGT REZENDE / CECOMSAER

Ações sociais aproximam a FAB do dia a dia da população brasileira para tirar a identidade dos meus dois filhos”, disse. O Programa Forças no Esporte é realizado por mais de 20 unidades da FAB, oferecendo prática esportiva, reforço escolar, atendimento médico-odontológico, transporte e alimentação a crianças de 7 a 14 anos das escolas públicas de ensino. Já o Projeto Soldado Cidadão qualificou mais de 13 mil militares no País, nos dez anos de existência. Desta forma, a Força Aérea Brasileira está cada vez mais presente no dia a dia dos brasileiros.

Missões de ajuda humanitária e de misericórdia Este ano, a FAB empregou, também, meios aéreos para remoção de pacientes e vítimas em todas as regiões, como o caso do indígena picado por cobra no extremo norte do Pará. “Conversei com um dos índios e ele me disse que o paciente não tinha tomado medicação alguma. Eles não tinham o que fazer; a aldeia é muito isolada”, explica o médico da tripulação da FAB, Tenente Hugo Henrique Coutinho Lima. Já no Centro-Oeste, o Esquadrão Pelicano resgatou Bruno Sorrilha, de 60 anos, com traumatismo craniano após uma queda de cavalo. A vítima estava em uma fazenda no interior de Mato Grosso do Sul, na região do Pantanal, e foi socorrida a tempo, graças à utilização dos óculos de visão noturna (NVG). “Se não houvesse o NVG, teríamos que esperar o sol nascer e talvez a vítima não resistisse”, conta o Tenente Marcel Felippe Garcia, comandante da missão.

“Ações humanitárias como essas fazem com que todo nosso trabalho valha a pena”. É essa a sensação do Tenente Bruno Ferreira Hossel, do Esquadrão Carajá (4° ETA), depois de realizar uma missão, no feriado de 7 de setembro, em que transportou dois rins e um fígado. Até novembro, somente o Esquadrão Carajá, localizado em Guarulhos (SP), realizou 17 missões de transporte de órgãos. O Esquadrão mantém tripulações de sobreaviso 24 horas por dia. Além do Carajá, outros esquadrões, também, executam esse tipo de ação humanitária na FAB.

FOTO: SGT JOHNSON / CECOMSAER

e incêndios. No Chile, a aeronave Hércules do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) realizou lançamentos de água para combater os incêndios florestais na província de Biobío. WELLINGTON SIMO

A Força Aérea Brasileira realiza, durante todo o ano, missões de ajuda humanitária, inclusive fora do País, em que atende aos chamados em casos de necessidade, como enchentes, catástrofes

Transportando órgãos, salvando vidas O Esquadrão Pioneiro (3° ETA), localizado na Base Aérea do Galeão (BAGL), realizou oito missões de transporte de órgãos este ano. No Brasil, mais de 38 mil pessoas estão na fila à espera por um órgão para ser transplantado, segundo dados do Ministério da Saúde. E a agilidade no transporte é fundamental para o sucesso do transplante. De acordo com os especialistas, um coração tem que sair do peito do doador e bater dentro do transplantado em quatro horas. O transporte de órgãos fez a FAB receber, em setembro de 2013, o Prêmio Destaque na Promoção da Doação de Órgãos e Tecidos do ano.


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AÇÕES Curso SAR 2014 forma 26 novos resgateiros

FOTO: 1º GDAAE

O Primeiro Grupo de Defesa Anti aérea (1° GDAAE), realizou, na Base Aérea de Santa Maria (RS), o Exercício Antiaérea I. O objetivo foi aperfeiçoar as técnicas e táticas empregadas em conjunto com as unidades de caça, de helicóptero e de reconhecimento. Participaram da operação as aeronaves A-1, do Esquadrão Poker (1°/10° GAV) e do Esquadrão Centauro (3°/10° GAV); H-60 Black Hawk, do Esquadrão Pantera (5°/8° GAV); RQ-450, do Esquadrão Hórus (1°/12° GAV); e A-29 Super Tuca-

no, do Esquadrão Flecha (3°/3° GAV). Os militares treinaram os subsistemas de comunicações, de alerta antecipado, de armas e logístico. Eles também receberam instruções sobre novas táticas e técnicas de ataque ar-solo, infiltração e reconhecimento. “É por meio desse tipo de exercício que o efetivo atinge o nível desejado para realizar a defesa de pontos de importância para a manutenção da soberania do espaço aéreo nacional”, ressaltou o Comandante do 1° GDAAE, Major de Infantaria Luis Marcelo Sotoriva.

e, também, cinco dias na selva. De acordo com o Comandante do Esquadrão, Major de Infantaria Eduardo Gomes Nogueira, desde a década de 90 o curso vem sendo aperfeiçoado. “Possuímos uma equipe de instrução de alto nível e, além disso, contamos com um bom suporte logístico. Com esses diferenciais, proporcionamos aos alunos a bagagem necessária para que eles possam cumprir as missões de busca e salvamento”, ressalta.

Militares participam de curso de combate a incêndio O Curso de Combate a Incêndio Florestal foi realizado pelo Parque de Material

Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA-LS), localizado em Minas Gerais. No total, recebe-

ram treinamento 60 militares do PAMA-LS e do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR). Eles foram capacitados na prevenção e combate a incêndios, visando proteger a vida, o patrimônio e o meio ambiente. Na parte prática do curso, os militares aprenderam desde a construção de aceiros até as técnicas de abafamento e resfriamento, utilizando abafador e mochila, equipamento ideal para realizar o resfriamento na linha de ataque.

Pilotos da FAB treinam no Gripen pela primeira vez Os Capitães Gustavo de Oliveira Pascotto e Ramon Santos Fórneas voaram durante 50 minutos em aviões Gripen D, em uma área de instrução sobre a Suécia e o Mar Báltico, acompanhados por pilotos da Força Aérea da Suécia. Os dois aviadores treinam para dominar todos os sistemas dos caças. Eles vão passar seis meses em treinamento no país e se tor-

narão os primeiros brasileiros instrutores de Gripen. O Brasil comprou 36 caças Gripen NG, que chegarão a partir de

2019, e o contrato inclui transferências de tecnologia à indústria brasileira nos próximos 10 anos.

FOTO: FAB

Antiaérea da FAB realiza exercício com diversas aeronaves

um sonho que já persistia por 10 anos. “Sempre quis fazer parte de uma equipe de resgate, mas por motivos pessoais tive que adiar essa meta várias vezes. Finalmente este ano consegui. O trabalho como homem de resgate traz uma satisfação pessoal muito grande”, avalia o militar. Os alunos participaram de diversas atividades, como escalada do Pico das Agulhas Negras, testes de sobrevivência, no qual permaneceram três dias em um bote no mar

FOTO: SD OTTO / PAMA-LS

SGT BATISTA / CECOMSAER

O Curso Sar 2014, ministrado pelo Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS), também conhecido como PARA-SAR, formou no final de outubro 26 militares especializados na atividade de busca e salvamento. Eles passaram por três meses de treinamentos em ambientes de montanha, mar e selva. Para o Sargento Francisco Wilter da Silva Ramos, do efetivo da Academia da Força Aérea (AFA), a conclusão do curso foi a realização de


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BUSCA E SALVAMENTO

Simpósio debate operações em plataformas de petróleo

O

Aumento das operações aéreas nas plataformas marítimas

FOTO: CINDACTA II

s principais desafios das operações de busca e salvamento nas bacias petrolíferas do Brasil. Esse foi o tema central do Primeiro Simpósio de Busca e Salvamento - Incidentes Offshore, realizado no Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), em Curitiba (PR). Com o crescente movimento aéreo nas plataformas marítimas do litoral brasileiro, o objetivo é garantir a segurança dessas operações. “A FAB já presta o serviço SAR nessa região há muito tempo, mas com o Pré-Sal, sabemos que a logística para a exploração do petróleo irá crescer bastante. Nós, enquanto nação, precisamos crescer juntos, buscando

sempre a excelência nesse serviço em respeito à salvaguarda da vida humana”, afirmou o coordenador do simpósio, Capitão Bruno Olimpio de Morais Strafacci. O evento promovido pelo Departamento de Contro-

le do Espaço Aéreo (DECEA) levantou questões relativas à logística da exploração do petróleo em águas profundas, às operações de resgate em massa e de busca e salvamento fora da costa, além dos incidentes sobre o mar e

Em 2013, mais de um milhão e trezentos mil passageiros usaram o transporte aéreo para acessar as plataformas marítimas de exploração de petróleo e gás no litoral brasileiro. Localizadas a cerca de 300 km da costa, a quantidade de plataformas deverá aumentar nos próximos anos com a exploração da camada Pré-Sal, que abrange uma área de 144 mil km². Cabe ao sistema de busca e salvamento aeronáutico garantir a salvaguarda das tripulações que operam na região marítima envolvidas na logística da exploração do petróleo. o futuro da atividade SAR. Profissionais do Brasil e do mundo que atuam na área participaram do debate. “É um momento importante para a troca de ideias, essencial para o espírito de decisão colaborativa. Nós nos sentimos honra-

dos por sediar este evento e gratos pelo apoio do Subdepartamento de Operações do órgão central, que é o setor responsável pela gestão da atividade no País”, ressaltou o Comandante do CINDACTA II, Coronel José Vagner Vital.

PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO

Como gerenciar o risco de fauna em aeródromo militar A maior parte das colisões entre aeronaves e animais acontece no aeródromo ou dentro da Área de Segurança Aeroportuária (ASA). Por conta disso, operadores de aeródromos exclusivamente militares devem executar ações preventivas dentro da área sob sua responsabilidade para reduzir a probabilidade e a severidade de colisões com fauna. Aeródromos militares devem elaborar seu Programa de Gerenciamento de Risco de Fauna (PGRF) Todo aeródromo deve possuir um programa que descreva as ações de gerenciamento necessárias à redução do risco de fauna. O PGRF é o resulta-

do do trabalho desenvolvido por profissional qualificado e treinado para o controle de fauna nesse ambiente. Aeródromos militares devem designar pessoal para receber treinamento para a execução das atividades do PGRF O gerenciamento de fauna nos aeródromos é uma tarefa complexa, que envolve aspectos legais, técnicos e sociais. A maioria dos grandes aeroportos precisa de biólogo em tempo integral, enquanto em aeródromos militares a supervisão da equipe de militares por biólogo é suficiente. Tolerância zero para animais terrestres de grande porte e aves aquáticas den-

tro da área patrimonial do aeródromo militar Colisões entre aeronaves e animais terrestres de grande porte representam risco muito elevado. Assim, o cercamento do aeródromo deve ser adequado. Espécies que ainda ocupem a área interna devem ser capturadas e translocadas com a devida autorização ambiental. Aves aquáticas de grande porte com tendência a formar bandos, como patos e marrecas, também oferecem risco concreto. Tolerância zero para fontes de alimento para animais dentro do aeródromo Banir fontes de alimento, como lixo e entulho, dentro

dos limites do aeródromo é atribuição fundamental de todo operador de aeródromo civil ou militar. O processo de zoneamento de áreas no entorno de aeródromo militar deve ser acompanhado pelo operador local As áreas próximas devem ser coerentes com os esforços dispendidos para reduzir a presença de animais no aeródromo militar. O operador deve se opor quando da tentativa de instalação de atividades atrativas em sua vizinhança imediata, bem como coletar dados dos focos atrativos dentro de sua Área de Segurança Aeroportuária (ASA).

Reporte continuamente as colisões, quase colisões e avistamentos de fauna Tais reportes fornecem dados valiosos aos responsáveis pelo PGRF. Tripulações, equipes de solo, de manutenção e de segurança de voo nos aeródromos militares devem reportar esses eventos em www.cenipa.aer.mil.br. A Assessoria de Gerenciamento de Risco de Fauna do Cenipa está à disposição para auxiliar no estabelecimento de processos para implantação do PGRF em aeródromo militar, pelo e-mail riscoaviario@ cenipa.aer.mil.br. (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)


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MÍDIAS SAÚDE DA FAB Veja os destaques publicados em nossas mídias sociais:

Acompanhe os canais oficiais de informação da Força Aérea Brasileira e saiba tudo em primeira mão. Veja aqui: Sintonize a rádio Força Aérea FM no seu computador. Ouça músicas para embalar o seu dia e fique por dentro das notícias envolvendo a FAB.

Flickr/portalfab - Uma nova imagem no papel de parede do seu computador?! Imagens em alta resolução de aeronaves, operações e missões da FAB para você baixar.

Youtube/portalfab - Toda semana um novo vídeo é publicado para você acompanhar o trabalho da Força Aérea Brasileira. Aproveite e confira.

Esta foto da Campanha #janeladomeuescritório, usada como #imagemdodia no nosso Facebook, foi uma das 84 postadas na rede social.

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No canal da FAB no Youtube, foram postados 14 vídeos durante o mês. A homenagem à Amazônia, realizada pelo 1º/9º Grupo de Aviação (Esquadrão Arara), foi um dos destaques.

Foram publicadas 83 imagens no nosso Instagram. Um dos destaques foi a chamada para o programa Conexão FAB.

Confira no Blog Oficial da Força Aérea os principais destaques do mês e deixe a sua opinião.


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ENTRETENIMENTO

SGT JOHNSON / CECOMSAER

Jogo dos sete erros

Encontre abaixo a sigla de algumas unidades da FAB:

Confira o resultado da edição anterior:



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