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A VOCAÇÃO DE UMA INSTITUIÇÃO INOVADORA

O Ministério da Aeronáutica foi criado no auge da Segunda Grande Guerra, época marcada por grandes transformações, com o estimulante encargo de incorporar as asas da Aviação Militar e da Aviação Naval. Assim, sob a liderança do estadista Joaquim Pedro Salgado Filho, surgiu uma instituição que carrega, desde 20 de janeiro de 1941, um grande espírito de inovação.

A Instituição que surgia buscava conciliar as inovações trazidas pelo emprego do avião como arma de combate a uma estrutura administrativa que suportasse uma mudança de paradigmas propiciada pela nova capacidade. Desde então, tem sido veementemente comprovado o entendimento de que uma das características intrínsecas da arma aérea é a sua vocação de estar na vanguarda das inovações tecnológicas e doutrinárias.

Influenciada pelas ações de personalidades como Alberto Santos-Dumont, Marechal do Ar Eduardo Gomes, Marechal do Ar Casimiro Montenegro Filho e Brigadeiro do Ar Nero Moura, a nossa Força Aérea Brasileira foi forjada pelos ideais de coragem e pioneirismo, valores que devem balizar nossos esforços para que possamos honrar esse legado, mantendo nossa fome de futuro.

Nesses pouco mais de oitenta anos, destaco o desígnio da FAB em perseguir a evolução ao passo das potências ao redor do mundo, especialmente em relação aos componentes essenciais à soberania nacional num País de dimensões continentais. Assim, continuaremos com a atenção voltada para fortalecer o Poder Aeroespacial com vistas à defesa da nossa Pátria, considerando sobretudo os modernos cenários de defesa multidomínio.

A consecução dos planejamentos estratégicos e as adequações organizacionais dos últimos anos, tanto no campo operacional quanto na esfera administrativa, foram vitais para que a FAB se mantivesse contemporânea. Concito, pois, que todos nos espelhemos em nossos antecessores, no ideal de identificar as necessárias atualizações no tempo que o mundo atual requer.

O porvir descortina-se repleto de novidades nas diversas áreas temáticas do Comando da Aeronáutica. Entretanto, não nos esqueçamos que mesmo as boas novas devem evoluir em bases sólidas, atentando para os adequados processos e métodos em sua construção. Assim, como norte da nossa bússola, estará a governança institucional, calcada na gestão de risco, transparência, integridade e accountability

Convicto de que inovação, velocidade e adaptabilidade são atributos enaltecidos pelos homens e mulheres que doam o máximo de seus esforços para o cumprimento da nossa missão, compartilho com meus comandados algumas ações que devem permear nossos pensamentos em favor do contínuo aperfeiçoamento da Força Aérea:

- incrementar o foco na melhoria dos sistemas estruturantes gerenciados pelos diversos órgãos do Comando da Aeronáutica;

- dispensar a máxima atenção aos projetos sob responsabilidade da FAB com vistas às capacidades operacionais planejadas rumo ao futuro almejado;

- manter a priorização de recursos financeiros para a atividade-fim, sem prejudicar o fundamental apoio ao nosso efetivo, perseguindo a metodologia de um planejamento baseado em capacidades; e

- aperfeiçoar o potencial de visualizar os variados meios da Força Aérea de forma ampla, favorecendo a celeridade e a precisão nos processos decisórios.

Desse modo, orientados pelas premissas ora apresentadas, impulsiono os senhores e as senhoras a manterem-se firmes e resolutos, no limite de suas responsabilidades individuais, para que possamos dar continuidade ao processo de transformação, fortalecendo o ritmo e a consistência, de forma a preparar nossa Instituição para o seu centenário que se aproxima.