PET/UFC Farmácia Universidade Federal do Ceará
Ano 9: Jun/2017 – Número: 55 Distribuição Gratuita
VENHA PARTICIPAR!
O revolucionário método criado no Brasil para tratar queimaduras graves com pele de tilápia
Entrevista com Gabriela Pereira de Salles, do 5º semestre de Farmácia, vencedora do melhor trabalho cientifico apresentado na VII JOFAR .
Seção Partiu Atualizar: Veja os eventos em destaque nesse período. Não fique de fora!
O Jornal Tarja Preta chega a mais uma edição, dessa vez, a de número 55! Como de costume, o jornal vem trazendo notícias sempre atualizadas e de interesse de discentes e docentes da Universidade Federal do Ceará. A 55ª edição traz uma brilhante reportagem sobre o uso de pele de tilápia usada no tratamento de queimaduras, uma entrevista com a graduanda em Farmácia, Gabriela Salles, vencedora do melhor trabalho científico da VII JOFAR . Na seção Partiu Atualizar, você ficará por dentro dos mais recentes eventos acadêmicos que ocorrerão no País.
Pensou que tinha acabado? Olhe só o que espera por você na nossa seção “Fala aí, estudante!”. Comentários de alunos da Farmácia sobre temas variados, como a graduação, e demais assuntos de interesse estudantil. E que tal dar uma lida nas nossas dicas sobre filmes e livros que estão em evidência no momento? Não perca a oportunidade de ficar por dentro desses mundos maravilhosos ! Por fim, confira o nosso mural para saber sobre o novo projeto do PET/UFC-Farmácia e descobrir como você poderá contribuir voluntariamente com essa atividade! Está esperando o que para começar a ler essa edição? Vire a página e boa leitura!
O revolucionário método criado no Brasil para tratar queimaduras graves com pele de tilápia Grelhada, frita ou no vapor. Há dezenas de receitas para o preparo da tilápia, um peixe de água doce que se reproduz com grande velocidade. Mas além de ser saboroso e rico em proteínas, o peixe tem um potencial único no campo da medicina, especificamente para o tratamento de queimaduras de pele de segundo e terceiro graus. O método, pioneiro no mundo, foi desenvolvido por médicos no Ceará. "No Brasil, para tratar queimaduras, usamos normalmente um creme com efeito de 24 horas. Todos os dias, é preciso trocar o curativo, tirar o creme, enxaguar a área queimada, colocar o creme novamente e fazer um novo curativo", explica Edmar Maciel, cirurgião plástico e presidente do Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ), que desenvolveu o procedimento. "Isso acaba sendo muito trabalhoso, custoso e doloroso", acrescenta ele. O método oferece muitos benefícios. Como permanece sobre a queimadura durante vários dias, em função da gravidade do ferimento, a pele do peixe evita as dores que resultam na necessidade da troca do curativo. Em outros países, é usada a pele de outros animais, principalmente de porco. Mas uma grande vantagem de usar a tilápia é que "sabemos que esses peixes tem menos possibilidades de transmitir doenças do que os terrestres", assinala Maciel. Por outro lado, tem uma maior quantidade de uma proteína chamada colágeno tipo 1, uma melhor resistência (similar à pele humana) e um grau adequado de umidade que ajuda na cicatrização.
Por sua boa aderência, a pele evita a contaminação externa e limita a perda de proteína e plasma, o que pode gerar desidratação e, em última instância, causar a morte do paciente. Antes de ser utilizada, a pele do peixe é submetida a um processo de limpeza em que são retirados as escamas, o tecido muscular, as toxinas e o odor característico do peixe. Depois, é estirada em uma prensa e cortada em tiras de 10 cm por 20 cm. O resultado é um tecido flexível, similar à pele humana. As tiras de pele são armazenadas em um congelador a uma temperatura entre 2 e 4 graus Celsius por no máximo dois anos. O trabalho dos pesquisadores foi premiado várias vezes no Brasil. Agora, a equipe analisa a possibilidade de usar a pele de tilápia em outras áreas da medicina, como, por exemplo, no campo da ginecologia, na atresia vaginal ou para uso em endoscopia. Também será feito um estudo comparativo para avaliar as diferenças no tratamento das queimaduras entre a pele do porco, do
cachorro, humana e da tilápia.
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/geral-40199099
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“Nessa edição a entrevista foi com a graduanda Gabriela Pereira de Salles, do 5º semestre de Farmácia, vencedora do melhor trabalho cientifico apresentado na VII JOFAR .”
Gabriela Pereira com seu orientador Rodrigo Siqueira
PET: Você pode nos falar um pouco sobre sua trajetória acadêmica no curso de Farmácia? Gabriela: Bem, na verdade, o curso de Farmácia não era a minha primeira escolha quando fiz vestibular, o meu objetivo era cursar medicina. Como eu morava em outra cidade, e sabia do renome da UFC eu decidi apostar minhas “fichas no curso”, e também por ser um curso da saúde que é realmente nessa área que eu gostaria de trabalhar futuramente. Com o decorrer dos semestres eu percebi que tinha uma visão muito diminuta sobre a função do farmacêutico na sociedade, e seus campos de atuação, e hoje em dia eu tenho plena consciência de que o curso de Farmácia pode me levar a alcançar minhas realizações profissionais.
PET: Você pode nos falar um pouco sobre seu projeto de pesquisa?
Gabriela: O título do meu trabalho é “ Efeito do tratamento com alfa-bisabolol na resposta pulmonar alérgica induzida por ovalbumina”. Pensou-se nessa linha de pesquisa, devido ao fato de o alfa-bisabolol ser uma molécula que tem suas ações terapêuticas já confirmadas, como a de ser antioxidante e antiinflamatório, então nós queríamos visualizar o efeito dessa molécula ao agir diretamente no sítio de ação de uma resposta pulmonar alérgica. Então, fezse primeiramente uma injeção de Ovalbumina (1mg, i.p.), em todos os animais que iriam ser analisados. Esperou-se 13 dias até o dia do experimento, esse tempo que foi esperado é o tempo necessário que os animais precisam para produzir anticorpos contra aquele antígeno que está sendo apresentado a eles. No início do experimento, todos os animais foram sensibilizados, ou seja, acondicionados naquele sistema. Posteriormente eles foram separados em dois grupos, um que foi tratado somente com salina, o grupo controle, e outro que foi o grupo desafiado, que foi tratado com bisabolol (1mg/mL, v.i.). Então esses dois grupos foram expostos novamente a duas doses de ovalbumina, uma de 1mg/mL e outra de 5mg/mL, com um espaço de 15 minutos entre as duas, e os animais foram observados. Para fazer a análise dos resultados foi feita a contagem de citocinas pró-inflamatórias, como TNF-alfa e IL-1, atividade da mieloperoxidase
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(MPO), e foi retirada uma amostra de sangue do plexo orbital dos animais para a contagem de células. Os animais que não foram tratados com bisabolol apresentaram diminuição significativa da MPO, indicador do recrutamento de neutrófilos, células muito importantes no processo inflamatório. Os animais também apresentaram diminuição na presença de células da linhagem branca e diminuição na produção de citocinas próinflamatórias. Portanto, foi possível concluir que com a administração de bisabolol por via inalatória, diretamente no sítio de ação da reação inflamatória, é possível se obter uma diminuição dessa resposta.
PET: Existem mais bolsistas engajados no projeto? Gabriela: Não somente eu estava com o projeto, alguns professores e pós-graduandos me auxiliaram no encaminhamento dos experimentos e pesquisa.
PET: Você encontra dificuldades no seu projeto? Gabriela: Sim, é inevitável encontrar alguns obstáculos, como a morte de alguns animais durante o tratamento, ou mesmo durante o experimento não conseguir obter os resultados esperados. Porém, isso faz parte do trabalho experimental, e com cada erro é possível aprimorar a técnica para conseguir atingir seus objetivos.
PET: Você desenvolve outras atividades na UFC? Gabriela: No ano de 2016, fui monitora da disciplina de Biologia Celular Geral, tendo como orientadora a Profa. Dra. Isolda Munguba. Atualmente, trabalho como IC, gosto muito do que faço, acho que a UFC tem muitas oportunidades para oferecer aos alunos dos cursos da saúde, basta ter interesse e vontade de ter novas experiências.
PET: Como funciona o laboratório em que você está desenvolvendo o seu projeto e quais as linhas de pesquisa? Gabriela: O laboratório de fisiologia e farmacologia cardiovascular tem como coordenadores Prof. Dr. Rodrigo José Bezerra de Siqueira e Prof. Dr. Mohammed Saad Lahlou. Dentro do laboratório atualmente têmse trabalhado com modelos experimentais de hipertensão arterial sistêmica e hipertensão arterial pulmonar, onde se analisam determinados parâmetros como a contratilidade vascular (in vitro), o débito cardíaco, a pressão arterial média (in vivo), e por meio desses parâmetros observa-se alterações fisiológicas em animais (ratos wistar), quando os mesmos são tratados com alguns tipos de fármacos, verificando se determinada molécula consegue reverter determinados quadros patológicos.
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A 42ª edição do Congresso Anual da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) será realizada na Costa do Sauípe, Bahia, entre os dias 2 e 6 de outubro de 2017. Ela terá o tema Imunologia de Mucosas, que tem ganhado espaço no meio científico devido às recentes descobertas relacionadas aos efeitos da Microbiota e dos componentes da Dieta no sistema imune e nas doenças humanas. Informações: http://sbicongressos.com/immuno2017/
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) tem uma boa notícia para esse início de semana: está no ar o site do congresso mais esperado deste ano pela categoria farmacêutica, o I Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas, que será realizado de 15 a 18 de novembro, em Foz do Iguaçu (PR). Com o tema central “Farmacêutico das Américas: cuidar, inovar e educar”, o evento, é o primeiro com a marca do CFF. Inscrições abertas! Vagas limitadas. Maiores informações: http://www.congressobrasileiro.org.br/
I Reunião Brasileira em Tecnologias para a Produção e Regulamentação de Biofármacos – TECBIO. O evento está sendo organizado pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e ocorrerá entre os dias 20 a 22 de julho de 2017. A TECBIO será dividida em 2 áreas: tecnologias inovadoras a produção de biofármacos e regulamentação destes medicamentos biológicos no Brasil e no mundo. Inscrições ate dia 13/07. Maiores informações: www.tecbio2017.com.br
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“Aspectos como uma melhor estrutura de ensino e pesquisa, são temas corriqueiros nas Universidades Federais de todo o Brasil. No meu Curso não é diferente. Fora a ideia de inclusão que caminha devagar, temos que lidar com uma carga exorbitante de conteúdo técnico-científico, que na maioria das vezes é perdido, porque simplesmente é mal direcionado, ainda temos que lidar também com a negligência de alguns professores em simplesmente dar uma boa aula. Acho que todos aqui sabem a realidade de algumas disciplinas do curso, seja pela repetição de conteúdo. O que a elaboração de uma melhor ementa da disciplina não poderia fazer? Seja também pela busca de mostrar coisas novas, visto todas as aulas feitas no tempo de Galeno que são dadas todo o semestre e não são sequer atualizadas, seja pelos bilhões de professores que dão aquela aula em disciplinas como farmacologia (geral e clínica) entre outras, onde por mais que você tente ler o livro ou se aproximar da vivência profissional, a resposta da questão vai estar em um roda pé de slide. Reintero que não podemos generalizar, visto que, muitos professores buscam sempre dispor do melhor conteúdo na transferência de conhecimentos, seja propondo coisas novas, buscando realmente melhorar a disciplina, e isso talvez seja uma motivação decorrente do não aprisionamento naquela nova, porém velha grade curricular de 2005. “ João Antônio do 6º semestre
“Por nossa formação ser generalista, exige uma carga horária pesada que às vezes nos impossibilita de realizar outras atividades extracurriculares que igualmente contribuiriam para o nosso crescimento acadêmico. Sem falar que a própria disposição de disciplinas em alguns semestres (8 no sexto e 7 no terceiro, por exemplo) não favorece o aproveitamento das mesmas por nós, alunos. Creio que uma melhor estruturação de nossa grade curricular contribuiria, de certa forma, para o melhoramento do nosso aprendizado e rendimento acadêmico.” Pedro Nonato do 6º semestre
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FILME
GUARDIÕES DA GALÁXIA 2 Os Guardiões têm que lutar para manter sua recém-descoberta família unida enquanto desvendam o mistério da real ascendência de Peter Quill. Antigos inimigos se tornam aliados e os personagens favoritos dos fãs das clássicas histórias em quadrinhos virão para ajudar nossos heróis à medida que o Universo Cinematográfico da Marvel continua a se expandir. Data de lançamento: 27 de abril de 2017 Duração: 2h e 16min Gênero: Ação/Ficção Científica Direção: James Gunn Roteiro: James Gunn
LIVRO
DO AMOR E OUTROS DEMÔNIOS Em 1949, o então jovem repórter Gabriel García Márquez acompanha a remoção das criptas do convento histórico de Santa Clara, e o túmulo de uma menina o faz lembrar as lendas contadas por sua avó. Segundo ela, no Caribe, havia uma marquesinha que tinha uma “cabeleira que se arrastava como a cauda de um vestido de noiva”. Venerada por seus milagres, ela foi mordida por um cachorro e morreu de raiva. Seria ela ali enterrada? García Márquez conta a história da filha única de um marquês, criada no convívio de escravos e orixás, e um padre incumbido de exorcizar os demônios que se acredita terem possuído a pequena, cujos cabelos só seriam cortados em seu casamento. Editora: Record. Autora: Gabriel García Márquez. Ano da Edição: 1994 Preço: R$ 39,90
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Equipe PET/UFC-Farmácia
Acompanhamento farmacoterapêutico
VENHA PARTICIPAR!
Em breve a equipe do PET/UFC Farmácia dará início ao projeto de extensão ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE IDOSOS RESIDENTES EM UMA CASA DE ABRIGO LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA.. O abrigo está localizado na rua Joaquim Pimenta, 297- Montese. As ações têm o objetivo de contribuir para um tratamento farmacológico seguro e eficaz, melhorando a qualidade de vida dos pacientes idosos, o que é importante por conta da visualização de casos de Reações Adversas a Medicamentos (RAMs) e possível intervenção em casos que assim forem necessários. Caso você tenha interesse em participar, entre em contato com algum petiano, será um prazer Em breve a equipe do PET/UFC Farmácia desenvolverá um projeto de recebe-lo! extensão de acompanhamento farmacoterapêutico em idosos no Lar Três Irmãs. O abrigo está localizado na rua Joaquim Pimenta, 297- Montese. As ações têm o objetivo de contribuir para um tratamento farmacológico seguro e eficaz, melhorando a qualidade de vida dos pacientes idosos, o que é importante por conta da visualização de casos de Reações Adversas a Medicamentos (RAMs) e possível intervenção em casos que assim forem necessários. Caso você tenha interesse em contribuir com o andamento do projeto, entre em contato com algum petiano, será um prazer recebe-lo!
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