7ª Edição | Outubro/Novembro

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Ano I • Número 7 • outubro/Novembro2011 www.peloproximo.com.br

Pêlo Próximo organiza campanha e festa do Dia das Crianças para os pacientes do Abrigo Betel em Duque de Caxias Tem um cachorro hiperativo? Veja as dicas da comportamentalista Elaine Natal.

Gatos e cachorros também desenvolvem doenças cardíacas.

Cães ajudam crianças na alfabetização.

Exposição Momentos O Olhar em 4 Patas este mês na Galeria Jean Boghici

Treinamento ensina cegos a aproveitar ajuda do cão-guia

Asinoterapia – o burro como terapia

Carol Camanho


Editorial

Ano I • Número 7 • outubro/Novembro2011 www.peloproximo.com.br

A edição desse mês vem cheia de novidades. Além do registro das visitas mensais dos cães terapeutas, trouxemos para essa edição as famosas dicas comportamentais da nossa adestradora Elaine Natal, que fala esse mês sobre a hiperatividade dos cães. Na seção saúde pet conheça as doenças cardíacas que atingem cães e gatos. Você também irá saber o que é Asinoterapia, uma terapia muito usada na Inglaterra, França, Suíça, Itália, Estados Unidos e que usa o burro como co-terapeuta no tratamento de doenças. Irá conhecer os animais que ajudam na recuperação de pacientes que estão em tratamento médico,descobrir o cão “certo” para quem está doente, conhecer o primeiro cão terapeuta a entrar no Tribunal de Nova York e as novidades da medicina de ponta para os pets. Você sabe reconhecer quando seu animal está sentindo dor? Não? Então descubra na matéria especial dessa edição. Você conhece a técnica de caudectomia? Então não deixe de ler essa matéria. Tem um animal de estimação? Conheça todos os seus direitos no condomínio. Uma boa leitura a todos vocês. Roberta Araujo Coordenadora Geral do Projeto Pêlo Próximo

Editorial ROBERTA ARAÚJO - COORDENADORA DO PROJETO PÊLO PRÓXIMO

Expediente Diretora Executiva - Roberta Araújo Divulgação e Textos: House Clipping Email: peloproximo@gmail.com Tel: (21) 9622-8392 Colaboradores: Renata Leivas - veterinária Elaine Natal - Comportamentalista Andrea Lambert - Veterinária Luciana Pellagaggi - Terapeuta Ocupacional Luciana Botelho - Fotógrafa Designer e Diagramação: Fernanda Bitencourt

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Coluna Comportamento animal com Elaine Natal

Tenho um cachorro hiperativo, o que fazer? Eles são assim: Elétricos, espevitados que não conseguem parar quietos por um minuto sequer deixando qualquer um maluco e a casa de pernas pro ar. Quando se tem um cão muito agitado, a primeira coisa que devemos fazer é observar se realmente é um caso de hiperatividade. Sim, porque muitas vezes esse cãozinho julgado hiperativo está somente precisando gastar energia normalmente. Quando um cão não exercita e não gasta a energia física e mental vai extravasar de alguma forma e geralmente nessa hora fazem um monte de besteiras. Algumas causas da hiperatividade: Cães com distúrbio de déficit de atenção e hiperatividade costumam ter dificuldade de se concentrar apenas em um estímulo, dando a impressão de estar prestando atenção em tudo ao mesmo tempo. De maneira semelhante ao que ocorre com crianças com o mesmo diagnóstico O hipertiroidismo e o aumento dos níveis de estrógeno também podem ser as causas de hiperatividade. Exames de sangue podem ser úteis para o diagnóstico do problema. Abaixo algumas dicas para lidar com a hiperatividade: - Um cão que passa muito tempo sozinho pode destruir móveis, latir demasiadamente, pegar chinelos, carteiras e suas coisas pessoais para chamar a atenção. Passeie com ele por no mínimo duas vezes por dia e se não puder, contrate um passeador de confiança para manter seu cachorro sempre com a energia baixa e menos ansioso. - Compre brinquedos interessantes. Existem hoje no mercado variedades de brinquedos inteligentes que estimulam a mente e o físico dos cães. Você encontra em pet shop ou em lojas virtuais. - Coloque seu cão numa creche canina. Isso é uma grande ferramenta para socializar seu cão e ainda também uma forma de gastar a energia acumulada que ele tem. - Castre seu cão! O macho pode sentir o cheiro da fêmea no cio a quilômetros de distância e isso o deixará extremamente agitado e ansioso. - Uma boa ferramenta para os casos mais críticos é o uso dos florais. Eles tem tido um excelente resultado nos casos de ansiedade. *Consulte o veterinário. - Mantenha seu peludo ocupado! Esconda petiscos ou brinquedos pela casa, Estimule-o a fazer a “busca” para que ele tenha o que fazer. - Se você tem uma esteira de exercícios, vai ser muito bom seu cão usá-la também. Com o seu peludo com fome, coloque-o em cima da esteira desligada. Ligue na velocidade mínima e com uma das mãos a frente dele, estimule-o a pegar petiscos na sua mão. Conforme ele for se acostumando, aumente gradativamente a velocidade, sempre supervisionando e use coleira comum, nunca enforcador.

- Compre uma Mochila para cães. A maioria dos problemas de comportamento dos cães está ligada a falta de exercícios tanto metal quanto físico. Com a mochila, o cão passará a ter um “trabalho” a executar que será carregar nas costas algo que não é rotineiro para ele. A partir daí ele irá aprender a se concentrar para andar com o apetrecho novo, a mochila. - Agora a dica mais difícil para o dono: Não ache graça nos comportamentos errados. Se você mostrar para seu cão que isso é engraçado e não corrigir, como ele vai entender o que pode e o que não pode? - Caso você não consiga lidar com esse furacãode pelos chame um adestrador para auxiliar a educação do seu cão. - E por fim, muuuuuita paciência! Não esqueça que cães normalmente precisam de exercícios, p r i n c i p a l m e n te s e o c ã o a p r e s e n t a r hiperatividade. Caminhe, jogue bolinha, esconda petiscos, nunca esquecendo que 10 min podem ser suficientes para você, mas não para seu cão. * No caso da mochila, as raças que NÃO podem usar são: Cães idosos, filhotes, raças com o dorso longo [Basset hound, Daschshund], pois se o cão tiver algum problema de coluna pode agravar o quadro. Cães com displasia, cães com focinho curto ou cães que tenham algum problema de saúde. Sempre consulte o veterinário antes de aplicar este acessório.

Qualquer dúvida envie um email que terei prazer em responder. Elaine Natal Adestradora especialista em comportamento canino Tel: (21) 9786-1220 / 8045-6820 www.clubedaspatinhas.com.br

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Gatos e cachorros também desenvolvem doenças cardíacas Conheça os problemas e os sintomas mais comuns e ajude a cuidar do peito do seu bicho por GABRIELA LOUREIRO

Embora os males cardíacos atormentem mais a cachorrada — um em cada dez cães sofre do coração —, os gatos não são poupados dessas enfermidades que comprometem a qualidade de vida do animal. O aparecimento e a frequência dos problemas dependem de fatores como raça e idade. "Os bichos desenvolvem cardiopatias, em média, aos 9 anos, mas elas podem surgir bem antes, ainda na barriga da mãe ou no primeiro mês de vida", explica o veterinário Aparecido Camacho, professor da Universidade Estadual Paulista, em Jaboticabal, no interior de São Paulo. Até 80% dos cães cardíacos são vítimas de uma degeneração da válvula mitral. Essa estrutura, que separa as câmaras do coração, se enfraquece e pode permitir que o sangue volte sem querer para os pulmões, causando um edema. Parasitas também ameaçam o peito canino. O verme Dirofilaria immitis, transmitido pela picada de mosquitos dos gêneros Culex e Aedes, é capaz de viajar até o coração e atacá-lo. Já entre os gatos, a enfermidade mais frequente leva o nome de cardiomiopatia hipertrófi ca, marcada por um inchaço no músculo cardíaco. "O felino apresenta uma difi culdade repentina para respirar", descreve Camacho. "O problema aparece especialmente em gatos de raças asiáticas", completa. Por falar em raças, saiba que elas influem na propensão a males do peito inclusive entre os cães. Cockers spaniel sofrem mais facilmente de dilatações do músculo cardíaco, enquanto os boxers costumam portar arritmias. "E cachorros de raça pequena, sobretudo poodle, pincher e yorkshire, têm uma tendência maior em desenvolver uma degeneração na válvula cardíaca", conta o veterinário Luciano Foloni, do Hospital Veterinário Rebouças, na capital paulista.

Sinais do peito Confira os indícios de que o coração do seu bicho não anda bem ›› CANSAÇO: o animal parece abatido, fica quietinho demais. Alguns pets também perdem o apetite e emagrecem. ›› SEDE: o corpo do bicho retém líquido e ele acaba bebendo mais água do que o normal, mas não urina na mesma proporção. ›› TOSSE: ela é típica nos cães cardiopatas. E note que, no caso, o ataque não vem acompanhado de catarro. O cachorro também sente dificuldade para respirar. Fonte: Portal Saúde

Com tantos perigos espreitando o coração do seu amigo, vale ficar atento aos sintomas e levá-lo a um checkup no veterinário de tempos em tempos (veja o quadro abaixo). "A visita se torna ainda mais importante com o avanço da idade. Mas, mesmo para animais jovens, o ideal é pedir exames de sangue e da função cardíaca", diz Camacho. O especialista ainda pode solicitar exames de raios X, ultrassom e eletrocardiograma. Tudo isso para que, se detectado algum problema, seja possível traçar um tratamento quanto antes — e o coração do seu pet continue batendo forte por muito tempo.

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Cães ajudam crianças na alfabetização Um estudo norte-americano mostrou que os cachorros podem ajudar no aprendizado da leitura Ana Paula Pontes e Fernanda Carpegiani Que o envolvimento entre criança e cachorro é muito especial você já sabe. Mas essa relação vai muito além do carinho e do companheirismo: ela pode ajudar na alfabetização dos pequenos. Um estudo realizado pela Universidade Davis School de Medicina Veterinária e a Fundação Tony La Russa de Resgate de Animais de Walnut Creek, na Califórnia, mostrou que os cães ajudam as crianças a habilidade de leitura. Os estudiosos analisaram o comportamento de crianças de 8 a 9 anos que já participavam de um programa de terapia assistida com animais chamado All Ears Reading Program (Programa Todo os Ouvidos para a Leitura, em tradução livre). Durante 10 semanas, os estudantes leram em voz alta para três cachorros da Fundação uma vez por semana, por 15 a 20 minutos. O resultado foi positivo: a fluência na leitura melhorou 12% em estudantes regulares e 30% em crianças que estudam em casa, enquanto a velocidade aumentou cerca de 30 palavras por minuto. E 75% dos pais dos participantes notaram que seus filhos estavam lendo em voz alta com mais frequência e confiança. Os benefícios dos cachorros no processo de leitura ficou evidente. Mas, por que eles são tão bons parceiros neste aprendizado? Com eles, a criança sente segurança de não ser criticada se falar alguma palavra errada. “Esse conforto deve-se ao fato de ela poder mostrar para 'alguém' que não tem essa habilidade o que pode fazer. Ela testa algo que não domina com 'quem' também não sabe”, diz Rita Callegari, psicóloga infantil do Hospital São Camilo (SP). Um dos participantes do estudo norteamericano disse aos pesquisadores: "Os cachorros não ligam se eu ler muito, muito mal, então eu simplesmente continuo lendo". Porém, mais importante que isso, ressalta Rita, é a relação ímpar e o amor incondicional que o cachorro pode ter com a criança. “Quando os pequenos estão aprendendo coisas novas, em especial na etapa de alfabetização, é fundamental que tenham alguém amoroso ao lado, sem olhar feio se errar. E o máximo que o cão pode fazer é abanar o rabo ou querer comer um pedaço do livro”, diz. Fonte: Crescer

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Asinoterapia – o burro como terapia

A Asinoterapia ou Terapia Assistida por Asininos é uma prática equestre que utiliza o burro como instrumento terapêutico. Esta prática equestre recorre a um conjunto de técnicas de educação e de reeducação do indivíduo, com o objetivo de fazer com este ultrapasse, na medida do possível, danos sensoriais, motores, cognitivos, afetivos e/ou comportamentais. Esta terapia alternativa tem sido desenvolvida desde a década de 70, em diversos países, como Inglaterra, França, Suíça, Itália, Estados Unidos da América.Vários estudos nestes países evidenciam os benefícios associados e a eficácia no tratamento de pessoas com problemas físicos e mentais. A Asinoterapia possui 3 componentes chave. São eles: o terapeuta, o paciente e o burro, como animal co-terapeuta. A Terapia Assistida por Asininos engloba a técnica de Equitação Terapêutica, bem como a técnica de “Portage”, ambas abordadas em pormenor mais à frente neste texto. O burro é atualmente um animal muito utilizado como co-terapeuta, graças às qualidades que possui, tais como: temperamento dócil, animal pacientes, atentos, curiosos, inteligentes, dotados de uma excelente memória, fisicamente robusto, estável a nível físico e emocional, movimentos lentos e seguros, nomeando apenas algumas qualidades do animal. a) Objetivo da técnica de Asinoterapia Proporcionar às pessoas com necessidades especiais um espaço de enriquecimento sensorial, de ocupação terapêutica e pedagógica do tempo livre.

b) Procedimentos em Asinoterapia Existem questões importantes a ter em conta no processo de Asinoterapia. - É fundamental conhecer os problemas específicos de cada criança com que se trabalha. Igualmente, é essencial conhecer profundamente o animal facilitador da relação reabilitadora, o burro, em todos os seus aspectos físicos e comportamentais. A confiança depositada no animal com que se trabalha deve ser total. É de salientar que entre os animais, tal como entre os humanos, não existem dois seres iguais, com o mesmo modo de se comportar, com a mesma percepção do meio envolvente, com a mesma forma de reagir aos estímulos externos, com capacidades iguais e as mesmas necessidades de atenção física e emocional, pelo que é importante que se aprenda a conhecer e a interagir com cada animal individualmente. - Os exercícios práticos e dinâmicos devem favorecer: 1) A linguagem e a organização do processo de comunicação; 2) O melhoramento e aumento da comunicação verbal e especialmente não verbal; 3) O enriquecimento do vocabulário; 4) A construção correta de frases; 5)O treino na articulação das palavras. - A aquisição e/ou aprofundamento dos níveis de concentração e uma correta canalização da atenção nas pessoas com necessidades especiais, faz-se em grande medida através da aposta em novas valências. Isto é, através do ensino e aquisição de novas aprendizagens, que no caso da Asinoterapia podem ser:

1) aprender os cuidados a ter com o animal; 2) aprender a reconhecer o animal pelas suas c a r a c te r í s t i c a s ex te r n a s , e . g . , p ê l o comprido/curto, castanho/preto, orelhas compridas, etc; 3) aprender a observar o comportamento do animal e a identificar algumas das suas emoções e estado físico, e.g., contente, triste, zangado, cansado, doente, etc.; 4) colaborar nas tarefas de maneio e higiene do burro; 5) reconhecer e aprender a utilizar os utensílios e acessórios que se utilizam no diaa-dia com o burro, e.g., a cabeçada, a rédea, a escova, etc. Existe a necessidade de incluir a noção de responsabilidade, bem como, motivar a interação social. Há que ter atenção especial em dois pontos fundamentais: 1) aumento da capacidade e do desejo de relacionamento e de interação nas atividades de grupo; 2) estimular a criação de relações de amizade e o aumento das vivências afetivas. - Como já se disse anteriormente, a Asinoterapia deve ser acompanhada por um terapeuta e/ou um psicólogo, que ajudará a integrar e a extrapolar para o cotidiano os momentos vividos pelo paciente. Na relação triangular que se estabelece entre o terapeuta, o paciente e o burro, procura-se desenvolver a expressividade relativa aos processos emotivos, cognitivos, relacionais e corporais que caracterizam a evolução global do indivíduo. Equitação terapêutica A Equitação Terapêutica baseia-se na implementação de uma série de atividades terapêuticas que usam o cavalo, e mais recentemente também o burro, numa abordagem interdisciplinar, >>

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em áreas tão diversas como a saúde, a educação e a equitação. Tanto o cavalo como o burro tem o poder de influenciar, através dos seus movimentos, o d e s e n v o l v i m e n t o m o t o r, c o g n i t i v o , psicológico e social nos praticantes desta modalidade. a) Objetivos da Equitação Terapêutica O principal objetivo da Equitação Terapêutica é promover os desenvolvimentos biológicos, psicológicos e sociais nas pessoas com necessidades especiais, ou seja, melhorar as suas funções neurológicas e sensoriais. Nesta modalidade, o ensino das técnicas de equitação específicas, não é contemplado como um objetivo em si. É importante que os pacientes aprendam a perceber as suas potencialidades, pois isto permitir-lhes encarar as suas deficiências de forma mais positiva, fazendo com que vivam menos preocupados e mais felizes.

b) Destinatários da Equitação terapêutica A Equitação Terapêutica revela-se um complemento terapêutico eficaz no tratamento de portadores das seguintes condições: - Atrasos gerais no desenvolvimento neuropsicomotor. - Atrasos mentais. - Autismo. - Desordens emocionais, que podem englobar, transtornos alimentares, toxicomanias, sociopatias e psicomanias. - Dificuldades de atenção, da fala, de aprendizagem e de comunicação. - Distrofia muscular. - Distúrbios visuais e/ou auditivos. - Epilepsia. - Esclerose múltipla. - Espinha bífida. - Hiperatividade. - Paralisias, hemiplegias e amputações. - Perda de mobilidade pela ocorrência de um AVC. - Problemas de adaptação social. - Reabilitação de acidentes. - Reabilitação de estados de ansiedade, stress, e doenças psicossomáticas

c) Benefícios da Equitação Terapêutica Confiança – a Equitação Terapêutica permite o desenvolvimento de sentimentos de confiança, e consequentemente o aumento da auto-estima, relativamente às próprias habilidades de interação e relacionamento afetivo com o animal. Em situação de equitação ou passeio permite a partilhar com o animal a superação dos obstáculos e das dificuldades sentidas. Força – esta técnica permite o fortalecimento do tônus muscular, maior sensibilidade, relaxamento e flexibilidade muscular. Equilíbrio – a Equitação Terapêutica contribui para corrigir a postura do corpo, permitindo o aumento do equilíbrio; conduz igualmente a uma tomada de consciência sobre o posicionamento do corpo no espaço. Coordenação, Atenção e Memória – durante uma sessão de Equitação Terapêutica o paciente tem necessidade de aplicar o que já aprendeu e de se concentrar em múltiplos aspectos, entre eles: 1) a posição do corpo; 2) o balanço do corpo; 3) o controlo das rédeas; 4) a condução do animal; 5) o piso onde o animal se move, etc. Por estas e outras razões, esta técnica permite o aumento do domínio sobre o próprio corpo. Mobilidade – com a prática e o devido acompanhamento, o paciente passa a gozar de movimentos mais rápidos, livres e independentes e simultaneamente assiste-se a uma redução dos padrões anormais de movimento. Prazer – a Equitação Terapêutica proporciona um contato muito especial com o burro e a espontaneidade está sempre presente. Durante as sessões surgem com frequência momentos de grande ternura e diversão. Os benefícios desta técnica terapêutica traduzem-se no paciente, numa diminuição da pressão arterial, diminuição da frequência cardíaca, relaxamento muscular, sentimento de realização, etc., ou seja, a essência de algo que se pode traduzir simplesmente por um sentimento de grande prazer. d) Limitações da Equitação Terapêutica Qualquer candidato a praticante de Equitação Terapêutica deverá primeiro ser avaliado por uma equipe de especialistas a fim de se definir a terapia mais adequada a cada situação. No caso da Equitação Terapêutica há que ter em conta que este tipo de terapia não é indicado para males tais como:

1) coluna instável; 2) tumor na coluna; 3) deslocamento do quadril ou das primeiras vértebras do pescoço; 4) vertigens; 5) medo incontornável; entre outros males. A técnica de “Portage” A técnica de “Portage” vem do francês “être portée”, traduzida como, “Deixar-se levar”. Através desta técnica pretende-se criar o ambiente e as condições ideais para o participante se deixar levar pelas suas sensações e emoções. É uma técnica muito utilizada por asinoterapeutas franceses, que recorrem a ela para induzir momentos de grande intimidade com o burro, que levam a uma sensação de relaxamento profundo no paciente. a) Procedimentos da técnica de “Portage” Dois monitores colocam o paciente em cima do burro. Uma vez no dorso do animal, o paciente experimenta, com a ajuda dos monitores, diferentes posições, que lhe permitem um contacto muito próximo com este. Criam-se assim momentos singularmente íntimos, que permitem ao paciente atingir um elevado grau de descontração e entrar num estado de consciência em que é mais fácil a compreensão de si mesmo. O corpo do paciente, em contato com o corpo do animal, é massageado, embalado e aconchegado, através do calor que o animal emana das suas movimentações corporais. Vale ressaltar que quando os paciente são deficientes severos esta técnica permite que estes recebam os estímulos sensorialmente, através do contato com o corpo do animal, em que o calor emanado funciona como o principal canal de estimulação.

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Animais que ajudam na recuperação de pacientes em tratamentos médicos Coelhos, cães, gatos, tartarugas e até peixes estão entrando na receita médica. Especialistas revelam que a convivência com esses animais ajuda na recuperação de pacientes Por: Regina Pereira – Conteúdo do site SAÚDE Ninguém nega: animais de estimação são ótimos companheiros. Por isso reforçam a saúde de seu dono. Esse poder terapêutico está chamando a atenção dos cientistas. É o caso de pesquisadores da Universidade de Warwick, na Inglaterra, que acompanharam 70 mulheres vítimas de câncer de mama. A convivência com bichos lhes trouxe conforto emocional, ajudando no tratamento. A psicóloga e veterinária alemã Hannelore Fuchs, radicada em São Paulo, acredita piamente nesse efeito. Tanto que teve a idéia de recrutar coelhos, tartarugas e cães para visitar crianças doentes. Daí surgiu o projeto Pet Smile, uma terapia mediada por animais. Desde 1997 a iniciativa tem acelerado a recuperação de garotos internados na ala pediátrica do Hospital Nossa Senhora de Lourdes, na capital paulista. “Os bichos deixam o ambiente descontraído”, nota Hannelore. Especialidades médicas Os cachorros são excelentes contra problemas cardiovasculares. Um estudo da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, prova que conviver com eles abaixa a pressão arterial. O cardiologista Elias Knobel, de São Paulo, confirma: “Seu dono fica mais feliz e assim os hormônios do estresse não ameaçam tanto as artérias”. Há outro detalhe: grande ou pequeno, todo cão precisa passear. E a saúde de quem o segue segurando a coleira sai ganhando. Já os gatos são bem-vindos contra a solidão. “Para os idosos, cuidar de um pequeno animal pode ser um estímulo cognitivo”, opina o geriatria Flávio Chaimowickz, de Minas Gerais. A visão de um aquário cheio de peixes e dos passos lentos da tartaruga são boas pedidas para quem quer relaxar.”Esta última também é aliada em trabalhos com crianças que têm dificuldade de locomoção e concentração”, conta Hannelore.

Dicas de Leitura

DICAS DE LEITURA

Nesta edição, selecionamos três livros que podem ajudá-los a entender melhor a sua relação com os animais de estimação. Cleo, de Helen Brown, da Editora Agir É a história da gata Cleo, que resgatou a autora da depressão. Helen era casada com Steve, mãe de Sam e Rob e vivia um casamento fragilizado. Sam sofreu um acidente de carro e morreu na frente do Rob. A gata chega ao novo lar e encontra a família devastada pela dor, mas rouba a atenção de todos, fazendo com que voltem a viver o presente e a pensar no futuro. Preço R$ 29,90 Minha Vida com Boris, de Thays Martinez, da Editora Nossa Cultura Nesse audiolivro, a autora, deficiente visual, conta a sua profunda amizade com Boris, seu cão-guia que morreu em 2009. Boris gostava de dormir coberto e com travesseiro, tirar tampas de garrafa, correr e beber água de coco. Sua única supertição era, a cada refeição, deixar um grão de ração sobrando em sua vasilha. Preço: R$ 16,91 A Sabedoria dos cães, de Gotham Chopra com Deepak Chopra, da Editora Lua de Papel Os autores (pai e filho) analisam qual o papel canino nas relações humanas e como suas qualidades e valores são aprendizados para o homem, seu melhor amigo. A obra surgiu do convívio da família Chopra com Nicholas, um cão que mostrou lições de lealdade e respeito, valores que Deepak, debateu durante anos em seus livros e palestras. Preço: R$ 23,90

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Cães deficientes são fotografados A renomada fotógrafa norte-americana Carli Davidson, conhecida por fazer fotos emocionantes de animais, preparou um ensaio com cãezinhos especiais. As fotografias mostram cachorros com algum tipo de deficiência, mas que, com muito amor, vivem felizes. Confira a galeria de fotos.

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Cão Terapeuta atua em Tribunal de Nova York Novo auxílio é prestado por cães de serviço e veio ao conhecimento do público durante um julgamento no qual atuou Rosie, uma cadela Golden Retriever com 11 anos de idade. Sua função foi de suporte emocional para que uma menina de 15 anos, violentada pelo pai, testemunhasse. Rosie entrava em ação quando a adolescente fraquejava e relutava em falar. Nesses momentos, estabelecia contato físico ao roçar o focinho na testemunha, para que essa sentisse apoio e recuperasse forças para continuar. Nesse caso, como nas outras situações com elevado impacto emocional, a presença de animal terapeuta pode ser determinante para a sentença. Essa foi a primeira vez que um cão recebe autorização para participar de julgamento em Nova York, porém em outros estados dos EUA (Arizona, Havaí e Indiana) a presença de cães terapeutas em tribunais já foi permitida. Rosie continuará atuando como apoio à outras vítimas, no caso de duas garotas de cinco e onze anos que testemunharão contra o assassino de sua mãe. O uso de cães terapeutas em julgamentos tem provocado controvérsias, os advogados de defesa argumentam que a presença de uma figura que provoca empatia pode sugestionar o júri a favor da suposta vítima e isto, inclusive, se estiver mentindo sob juramento. Stephen L. Greller, juiz desse caso, justificou a presença do animal pelo fato da adolescente estar traumatizada sentindose ameaçada pelo réu. O júri decretou pela condenação do réu e os advogados de defesa ingressaram com recurso contestando a presença de Rosie no tribunal. O desenrolar desse recurso poderá determinar a continuidade do uso de animais terapeutas como apoio às testemunhas.

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Luciana Botelho

Luciana Botelho

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Treinamento ensina cegos a aproveitar ajuda do cão-guia Curso de 200 horas capacita o deficiente visual a usar o animal como mecanismo de apoio à locomoção A utilização do cão-guia como um instrumento de promoção da acessibilidade dos cegos. Esse foi o objetivo da demonstração ocorrida ontem, durante Curso de Orientação e Mobilidade promovido pela Associação de Cegos do Estado do Ceará (Acec), em parceria com a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS). Nas principais metrópoles do País, como São Paulo e Brasília, a prática do cão-guia já ganha força, funcionando como mecanismo de apoio à locomoção do cego, que visa obter sua autonomia com maior segurança, inclusive, evitando sofrer acidentes. No Ceará, essa utilização ainda está se iniciando. No início da noite de ontem, frequentadores e orientadores do curso de orientação e mobilização (deficientes visuais, pais, professores e representantes da comunidade) participaram da experiência de utilizarem o cãoguia, no trajeto da sede da Acec, nas proximidades do início da Av. Bezerra de Menezes até o North Shopping. Os professores Flávio Duarte e Josué Felício, ambos deficientes visuais, comandaram treinamento para os demais integrantes do curso. Flávio Duarte veio de São Paulo especificamente para participar do curso na Acec. Possuidor de larga experiência no trato com cão-guia, afirmou que existem raças de cães, como labrador, poodle e pastor alemão que são preferenciais, no entanto, o cão mestiço (nosso comum vira-lata) também pode ser usado como cão-guia. Em sua opinião, hoje, o custo de um cão-guia pronto para a prática atinge à faixa dos R$ 25 a R$30 mil. Segundo ele, para que um cão possa estar apto a ser um guia, é necessário um trabalho em fases que demanda cerca de um ano e meio. "Existe uma série de fatores que influem no processo de formação do cão-guia. Primeiro, a escolha do animal. O cachorro tem de possuir características apropriadas à função que vai desempenhar. Não pode ser medroso e curioso, deve ter o equilíbrio entre esses fatores. Não temer barulho e surpresas. Após a fase de socialização e convívio, ele é ainda submetido a avaliação, se realmente pode se tornar guia para cego. E, no último estágio, ele se submeterá à adaptação com o cego que conduzirá. Aí entra a compatibilidade com o futuro usuário", explicou. "Cada cão tem o seu perfil. Um é farejador, outro, de guarda e outro guia", acrescentou Flávio Duarte. Com relação ao elevado custo para formar um cão-guia, o professor diz que o problema não está no poder aquisitivo, mas, sim, na cultura do povo. "As empresas recebem incentivos de isenção por parte do Governo, para aquisição e promoção de treinamentos de animais que >>

Independência Já o técnico educacional do Projeto Garantindo a Acessibilidade, concebido pela STDS e o qual o curso está inserido, Josué Felício de Oliveira, falou da importância dessa iniciativa em promover o curso e também a demonstração com o cão-guia. "Uma iniciativa valiosa, em que mais uma alternativa é mostrada para os cegos busquem suas autonomias. O cego ainda está preso ao uso da bengala e precisa de novas opções. A alternativa do cão-guia é importante também como instrumento d e independência", acrescentou. Curso

servirão para este fim. Entretanto, é preciso conscientizar a empresa de que o papel que ela está prestando não é simplesmente propiciar um treinamento de um cachorro, mas sim, oferecer a oportunidade para um cego conseguir sua autonomia, ter uma vida mais independente e ser incluído socialmente", finalizou. Independência Já o técnico educacional do Projeto Garantindo a Acessibilidade, concebido pela STDS e o qual o curso está inserido, Josué Felício de Oliveira, falou da importância dessa iniciativa em promover o curso e também a demonstração com o cão-guia. "Uma iniciativa valiosa, em que mais uma alternativa é mostrada para os cegos busquem suas autonomias. O cego ainda está preso ao uso da bengala e precisa de novas opções. A alternativa do cão-guia é importante também como instrumento d e independência", acrescentou. Curso A Acec iniciou o curso de orientação e mobilização, ministrado em sua sede, no último dia 17 de setembro e com término previsto para 17 de novembro. Com relação ao elevado custo para formar um cão-guia, o professor diz que o problema não está no poder aquisitivo, mas, sim, na cultura do povo. "As empresas recebem incentivos de isenção por parte do Governo, para aquisição e promoção de treinamentos de animais que servirão para este fim. Entretanto, é preciso conscientizar a empresa de que o papel que ela está prestando não é simplesmente propiciar um treinamento de um cachorro, mas sim,oferecer a oportunidade para um cego conseguir sua autonomia, ter uma vida mais independente e ser incluído socialmente", finalizou.

A Acec iniciou o curso de orientação e mobilização, ministrado em sua sede, no último dia 17 de setembro e com término previsto para 17 de novembro. O curso é constituído de 200 horas/aula e é destinado a cegos, pais e professores. São 16 integrantes que recebem ensinamentos sobre técnicas de locomoção interna (casa) e externa (rua) e acesso a determinados ambientes e como ultrapassar obstáculos. A STDS desenvolve o projeto "Garantindo a Acessibilidade", que é o responsável pelo apoio à realização do curso da Acec. O objetivo do programa é contribuir para consolidar a política de geração de emprego, trabalho e renda do Governo do Estado, especialmente para o programa Ceará Acessível, que engloba várias ações na questão da acessibilidade. O projeto é articulado com outras políticas públicas, com a perspectiva de fortalecer a cidadania e a ampliação das oportunidades de inserção dos cidadãos com deficiência, em situação de vulnerabilidade social e econômica no mercado de trabalho informal e formal. Com base no modelo de gestão compartilhada entre os poderes Estadual e Municipal, o projeto conta com a participação de instituições públicas e privadas e entidades e para pessoas com deficiência, capazes de responder às transformações no mundo do trabalho e às peculiaridades da força de trabalho deste público. Duração e Custo 18 Meses é o período estimado de duração para que um cachorro possa se tornar um cão-guia. É preciso o cão ser treinado em quatro fases até que ele fique adequado a seu usuário 30 MIL Reais é o valor aproximado que se deve gastar para obter um cão-guia. Incentivos fiscais fazem parte da parceria público-privada para viabilizar o treinamento. Fonte: Diário do Nordeste-CE

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Cães-terapeutas são destaque no I Encontro de Pet Terapia Satine, Serena, Freud, Lea e Lumpy têm em comum uma “profissão” especial: são cãesterapeutas hospitalares. Todos estavam presentes no I Encontro Regional de Pet Terapia Hospitalar do Complexo de Saúde Irmã Dulce de Praia Grande, ocorrida no dia 04 de outubro ao lado de seus donos - pessoas que acreditam na interação homem e animal como sinônimo de saúde. Pet terapia, também chamada de zooterapia existe no Irmã Dulce desde 2009. Realizado exatamente no dia em que se comemora o Dia Mundial dos Animais e de são Francisco de Assis, o evento reuniu cerca de 100 pessoas no anfiteatro do hospital. Profissionais de saúde e segurança, voluntários, pacientes, funcionários e interessados em saber mais sobre o tema marcaram presença. A abertura foi feita pelo secretário de Saúde de Praia Grande, Adriano Springmann Bechara. A presença dos cães deixou evidente o quanto eles contribuem com sua alegria para humanização no atendimento. Para quem ainda tinha dúvidas sobre os resultados positivos da pet terapia, o médico pediatra Paulo Sérgio Baldin, um dos palestrantes, citou estudo publicado pelo American Journal of Critical Care, em que se avaliou 75 pacientes de Terapia Intensiva. O grupo que interagiu com animais por 12 minutos apresentou índices clínicos melhores que o que não interagiu. Baldin foi o percussor da pet terapia na região, ao levar o labrador Nanquim ao Hospital Guilherme Álvaro (HGA), em Santos. Ele falou dessa experiência, relatando que observou bom resultado em psiquiatria. Hoje, a pet no HGA está a cargo da organização nãogovernamental Dr. Au Au, conduzida pela jornalista Victória Girardelli, presente no encontro com seu schnauzer Freud. Pouco antes da abertura, os cães Freud e Victória circularam pelas alas e visitaram a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto. “Estivemos na UTI e foi emocionante. Fomos conhecer o hospital, roubando a vaga da Satine, brincou a jornalista.” Para os pacientes – crianças e adultos, a visita do cão traz bem-estar e alegria, ajudando a fortalecer a imunidade, proporcionando calma, estimulando a interação social e colaborando para equilibrar a pressão arterial. “Estudos mostram que eles são capazes de auxiliar no tratamento de vários tipos de doenças, psíquicas e físicas”, afirmou Victória.

Para a médica Lessina Coelho Reis e Silva, ao lado do poodle Lumpy e da golden retriever Lea, o animal reduz o estresse no trabalho hospitalar: “A melhora não é só para o paciente, mas para funcionários e acompanhantes, que também relaxam”, disse. A idéia de promover um encontro regional partiu da fonoaudióloga Eliane Blanco, proprietária da golden retriever Satine e responsável pela pet terapia no Irmã Dulce, com o apoio da Comissão de Humanização. Em seu relato, Eliane contou como funciona o projeto, a colaboração do Canil da Guarda Civil Municipal e os desafios de como ampliar o atendimento com novos cães e transformar o projeto em programa. A participação do Canil da Guarda Civil Municipal de Praia Grande despertou o interesse de corporações de Santos e São Vicente, que prestigiaram o encontro. Com a border collie Serena, o inspetor Wagner Geraldo da Silva falou sobre a atividade, citando que buscou aprimorá-la fazendo curso em Pirassununga, promovido pela Faculdade de Veterinária da USP. Dicas sobre perfil de animais para a pet terapia e como o dono deve agir, foram dadas pela veterinária Maria Fernanda Gonçalves, que responde pela Divisão de Controle de Zoonoses da Sesap. Entender o animal, respeitar seus limites, demonstrar agrado e cuidar da sua saúde foram alguns conselhos. E, como todo profissional, ter descanso e momentos de descontração. “O animal p r e c i s a f a z e r o q u e q u e r, a g i n d o espontaneamente”, concluiu a veterinária. Pet terapia - o outro lado da Guarda Civil Incentivadas pelo inspetor Wagner Geraldo da Silva, as brincadeiras de Serena ajudam pacientes infantis e adultos a enfrentar o p r o c e s s o d e i n te r n a ç ã o c o m m a i s tranquilidade, revelando que segurança e saúde podem caminhar juntas. Nos momentos de visita da mascote, que atua no projeto Pet Terapia (ou terapia assistida com animais) do Irmã Dulce, surge um lado da guarda pouco conhecido da comunidade. No I Encontro Regional de Pet Terapia Hospitalar do Complexo de Saúde Irmã Dulce, realizado na última terça-feira (4) no anfiteatro do hospital, o inspetor contou sobre a participação do Canil da GCM na pet terapia, inicialmente com o labrador Chocolate, atualmente com Serena.

Para fazer a terapia assistida, os cães passam por uma avaliação prévia que verifica que correspondem ao perfil necessário, tendo que ser dóceis e obedientes. A próxima etapa é passar por treinamento. Estando com a saúde perfeita, vacinados e vermifugados, eles tomam banho e têm as patas higienizadas antes de entrar no hospital. Os cães que fazem pet no Hospital Guilherme Álvaro (HGA), como a golden retriever Lea, também presente no encontro, usam até sapatos especiais. CURSO - A convite da fonoaudióloga Eliane Selma do Valle Blanco, responsável pela pet terapia no Hospital Irmã Dulce, o Canil da GCM aceitou ser parceiro e demonstrou, na pessoa do inspetor Geraldo, interesse em aperfeiçoar a ação, participando de curso sobre zooterapia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, em Pirassununga (SP). Outra iniciativa foi uma mudança visual. Para se apresentar de forma mais leve às crianças, a guarda inovou com uma camiseta azul clara com a inscrição “Canil” ao invés da tradicional farda escura, que permanece na calça e coturnos. Quem observa o inspetor Wagner Geraldo da Silva interagindo com crianças internadas na Pediatria do Hospital Municipal Irmã Dulce, ao lado da border collie Serena, não o associa ao setor de segurança pública, mas ele trabalha na Guarda Civil Municipal (GCM) de Praia Grande. Triste pela morte do rottweiler Blade na semana anterior, cão da guarda que ficou nacionalmente conhecido por aparecer num programa de televisão, o inspetor Geraldo citou momentos marcantes em suas visitas com Serena ao Irmã Dulce. “Lembro de uma senhora idosa que chorou quando viu a Serena porque se lembrou do animal que ela teve, emocionou-se ao reviver um momento da vida dela”, citou. “E de um amigo bombeiro internado aqui, um homem forte, que reagiu com tanta alegria quando viu o animal que quase pulou da cama.”

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A médica Lessina Coelho Reis e Silva, que levou a golder Lea e o poodle Lumpy, ambos cães-terapeutas no HGA, observou que o animal tem o poder de fazer emergir a espontaneidade das pessoas, inclusive de profissionais que vivenciam momentos difíceis. Contou que certa vez chorou com uma criança que chorava por querer ficar com o cão. “Ficamos frios diante de algumas situações”, pontuou. “Não conseguia me lembrar da última vez que havia chorado. Aquela criança chorava de forma tão límpida que eu tive oportunidade de voltar a sentir coisas que já não conseguia sentir por conta do trabalho.” Representantes das Guardas Civis de Praia Grande, Santos e São Vicente compareceram ao I Encontro Regional de Pet Terapia Hospitalar do Irmã Dulce, promovido pela Comissão de Humanização do complexo, com o objetivo de chamar atenção para a importância terapêutica da pet terapia hospitalar, já que no Irmã Dulce os resultados com a Satine e a Serena são excelentes, avaliou a coordenadora da comissão, Nádia Regina Almeida Manzon. (Fonte: Decom/PMPG - fotos: Decom/PMPG e Maitê Morelatto)

Cães terapeutas ajudam soldados com trauma de guerra Estresse e trauma fazem parte da vida de soldados que arriscam suas vidas em zonas de guerra. Para amenizar as consequências e causar menos sofrimento, eles passam por diversas terapias. Uma, no entanto, é adorada pelos combatentes. Cães treinados ajudam na recuperação dos soldados. A terapia com cachorros vem sendo praticada desde a guerra do Iraque em 2007 e até hoje, no Afeganistão, mostra benefícios psicológicos. Zeke, o labrador de 5 anos de idade da foto acima, tem até patente militar e foi designado para servir na área médica de combate ao estresse em Kandahar, segundo informações da Agência AFP. (Foto: Romeo Gacad/AFP)

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Medicina de ponta para os pets Desde que tornaram-se parte da vida de muitas pessoas e até mesmo famílias inteiras, os cães e gatos de estimação passaram a ter inúmeras regalias, o que fez crescer o mercado de pet shops por todo o país. No esteio deste crescimento, veio também a evolução na medicina veterinária, que, atualmente, acompanha de perto o nível da medicina praticada em humanos. Desde tomografias computadorizadas, passando por tratamentos de hemodiálise e de diabetes, com aplicação de insulina, procedimentos que são conhecidos de uma forma geral por serem destinados aos seres humanos, atualmente encontram-se disponíveis para quem queira dar os devidos cuidados médicos ao seu cão ou gato de estimação. Também é possível prevenir muitas doenças com tratamentos e alimentação especializada, de uma forma muito parecida com a que são feitas para homens e mulheres de qualquer parte do mundo. Rações para cães com predisposição para problemas renais, em especial as que são indicadas para o tratamento de insuficiência do órgão, estão entre os mais vendidos, seja para cães ou gatos. Para o cão obeso, há alimentação 'light' e acompanhamento especializado, com direito a uma dieta específica e tudo mais. Estes são apenas alguns exemplos do crescimento do mercado pet em associação com a medicina veterinária nos últimos 20 anos. Considerado um mercado promissor nas duas áreas, a capital potiguar vem recebendo seguidos investimentos no setor de cuidados aos animais de estimação, mas ainda encontra-se atrasado em relação a muitas cidades. 'Vim para cá sabendo que é um mercado que promete bastante. Mas, vejo que, por exemplo, Natal ainda está uns 10 anos atrás de Porto Alegre, que eu conheço bem', afirma a médica veterinária Débora Pinto, que há quase 20 anos trabalha no cuidados dos pequenos animais, dos quais sete em terras potiguares. Com a constante e cada vez mais crescente procura por animais, que por muitas vezes servem para suprir a carência nas relações sociais, o cuidado inspirado aos companheiros cresce. A procura por veterinários, espalhados em pet shops por toda a cidade, vem nessa leva. 'Realizo vários atendimentos, seja para tratamentos ou para acompanhamentos, como dietas. E isso tem um custo alto, não é todo mundo que pode pagar, infelizmente', explica Débora, formada em veterinária no Rio Grande do Sul em 1992. Para tratamento de insuficiência renal, por exemplo, há rações destinadas a cães de pequeno porte que podem ultrapassar o custo de R$ 70 por cada quilo. Mais comuns entre cães e gatos idosos, a insuficiência renal nos pets aflige donos e veterinários. A percepção dos sintomas, no entanto, é fácil para quem acompanha de perto seu companheiro. 'O dono que está próximo do animal, que o conhece, irá perceber que o animal está doente. Ficar quieto, sozinho pelos cantos, sem comer são fortes indicativos de que o animal está doente', comenta a veterinária.

Mas não é só a idade que influencia na facilidade dos animais para adquirirem certas doenças. Ser de uma determinada raça ou até mesmo o tamanho do pelo dos gatos, por exemplo, favorece a aparição de doenças. 'A raça shih tzu tem uma imensa facilidade de sofrer com problemas nos rins. Já o boxer adquire tumores com maior incidência do que as outras raças. E gatos de pelo longo tem muitos problemas de pele, especialmente com a aparição de fungos, enquanto que os de raça persa também sofrem bastante com insuficiência renal, chegando a atingir o patamar de 70% dos animais', exemplifica a especialista, que é proprietária de um gato e dois cães. Segundo ela, a incidência de boa parte destas doenças vem por meio de transmissão genética, o que complica a prevenção. 'A solução seria afastar os animais com problemas, não deixando que eles se reproduzam. Mas, é muito difícil que as pessoas façam isso, ninguém quer isolar seu animal', comenta a veterinária. As pesquisas sobre as doenças nos animais seguem em ritmo acelerado, tal qual as pesquisas com humanos. Na área das célulastronco, por exemplo, já existem estudos sobre como utilizá-las com animais. Em algumas cidades do Brasil já se fazem cirurgias bariátricas (diminuição de estômago) para cães e gatos obesos. Cada vez mais rápido, cães, gatos e o homem tornam-se mais próximos, em todos os sentidos. Fonte: Diário de Natal

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Curiosidades do mundo pet Montanhista encontra cachorro no topo do Kilimanjaro Um montanhista viu um cachorro vivo no topo do Kilimanjaro, a montanha mais alta da África, a mais de 5,7 mil metros de altitude e a vários graus abaixo de zero, publicou nesta quarta-feira (31/8) a Agência EFE. “Estava urinando quando vi o cachorro deitado a um metro da rocha onde eu estava”, declarou John Messe, um turista que subiu com outros três amigos e fez uma foto do animal com o celular. O cume, o pico Uhuru (“Liberdade”, em suaíli), tem quase 6 mil metros de altitude e uma temperatura que pode chegar a 15 graus negativos. Pelo intenso frio que faz nessa altitude, vários cientistas se questionaram como o animal conseguiu subir e sobreviver. Na opinião do veterinário Wilfred Marealle, é normal um cachorro resistir em condições ambientais de frio extremo, mas “é pouco comum que suba ao cume do Kilimanjaro”, no norte da Tanzânia, e avisou futuros montanhistas que encontrarem o cachorro que tenham cuidado, já que o animal pode ter raiva. O diretor de marketing da empresa que organizou a subida dos montanhistas ao Kilimanjaro garantiu que há dez anos viu outro cachorro em um acampamento a 3.960 metros acima do nível do mar. O fato lembra o livro As neves do Kilimanjaro, de Ernest Hemingway, em que o autor americano fala da descoberta do esqueleto seco e congelado de um leopardo e afirma que ninguém conseguiu explicar o que o felino procurava naquelas alturas. Fonte : Planeta Bicho

Gatos que brilham no escuro podem ajudar na descoberta para cura da aids Nos Estados Unidos, cientistas modificaram o DNA de gatos domésticos, obtendo como resultado animais que brilham em exposição à luz violeta e são mais resistentes às doenças, incluindo a imunodeficiência felina, ou FIV, a versão do HIV nos gatos. Os animais tiveram o DNA modificado por uma proteína natural, a mesma que impede o desenvolvimento da aids em macacos, e por um gene presente em uma água-viva fluorescente, o que determinou o brilho verde dos felinos. Segundo o jornal britânico Daily Mail, os criadores dos gatos geneticamente modificados garantem que a pesquisa irá acelerar a busca de vacinas e tratamentos contra o HIV, vírus que já matou mais de 30 milhões de pessoas ao redor do mundo. Porém, críticos se opõem às pesquisas alegando um alto preço para o bem-estar dos animais envolvidos nos experimentos. Os cientistas realizaram 22 duas tentativas de fertilização para o nascimento de cinco filhotes, dos quais apenas três sobreviveram. Dois eram saudáveis, mas um sofreu problemas de saúde, embora os pesquisadores não acreditem que isso esteja ligado à manipulação genética. Dois dos gatos modificados geneticamente transmitiram os novos genes aos seus filhotes. Fonte : Planeta Canino

Cão toca teclado e vira hit na internet Chocoholic é um pequeno cão do Japão que possui uma habilidade surpreendente. O cãozinho é capaz de tocar teclado. As patas do vira-lata deslizam sobre o instrumento de brinquedo. E a melodia apesar de desafinada é original. Tanto que Chocoholic está se tornando um hit animal da internet. E o sucesso não é à toa, além do “dom” musical, o cachorro capricha no visual. A gravata de lantejoulas amarela, por exemplo, se destaca em meio ao rosa de blusa. Mas ao que tudo indica, o pequeno vira-lata precisa de um pouquinho a mais de ensaio. Os 58 segundos do vídeo parecem ser muito para o cãozinho, que esgotado descansa a cabeça sobre o teclado. Foto: Reprodução The Sun

Melhores amigas: macaca e gatinha criam amizade inusitada Jaeda, uma jovem macaca de um ano de idade, fez uma inusitada amiga, a gatinha Lily, que tem apenas duas semanas de vida. A macaca, em constantes demonstrações de carinho, envolve a pequena filhote com seus braços protetores em demorados abraços. A adorável dupla de amigas pertence a Connie Tibbs. A americana, que possui mais quatro macacos, se encanta com o lado maternal de Jaeda, que se estende aos seus companheiros. “Ela adora carregá-los no colo e beijá-los. Ela os trata como bebês, é o equivalente a uma pequena menina com bonecas”, afirma. Connie. (Fotos: Barcroft USA)

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Pêlo Próximo visita APAE de Nova Iguaçu

No dia 08/10, o Projeto Pêlo próximo visitou a Escola de Educação Especial da Apae de Nova Iguaçu Professora Sheila Gama, no bairro Jardim Margarida, na Baixada Fluminense do Rio. A visita, promovida em parceria com a Prefeitura, teve como objetivo chamar a atenção para a importância do trabalho de pet terapia, que utiliza o contato com animais para fins terapêuticos. A secretária municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Daniela Marques, explicou que o trabalho realizado pelo Projeto Pêlo Próximo é fundamental para auxiliar diversas atividades dos alunos. “O convívio com os animais ajuda a desenvolver a afetividade, psicomotricidade, autoestima e senso de responsabilidade, entre outros benefícios”, concluiu a secretária. A proposta é levar o Projeto Pêlo Próximo à Escola Municipal Paul Harris e ao Ciesp Castorina Faria Lima.

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A microempresária Roberta Araújo é uma das coordenadoras do Projeto Pêlo Próximo. Ela explicou que a iniciativa surgiu da vontade de um grupo de pessoas em mostra os benefícios do contato com os animais. “Fizemos pesquisas e cur sos para montarmos as equipes com os cães. Quero destacar que é fundamental que as pessoas tratem bem os animais, alimentando-os e mantendo-os sempre limpos. As crianças adoram cachorros e interagem muito bem com eles nos nossos trabalhos”, disse Roberta, acrescentando que a equipe conta com 35 voluntários de diversas áreas e 30 animais. Adestradora do Projeto Pêlo Próximo, Elaine Natal, enfatizou que é feita uma avaliação com os cães para testar a agressividade deles com brinquedos, pessoas e outros animais. A outra etapa é ensinar o cachorro a ficar “insensível” a diversos fatores como gritos e barulhos de cadeira de rodas, por exemplo. “Esse trabalho leva em torno de dois meses, mas é gratificante saber que podemos ajudar na recuperação das pessoas. Isso não tem preço”, resumiu, enquanto observava os voluntários na quadra com os cachorros e alunos. A estudante Nayara Chaves, 12 anos, deixou a mãe Silvanete Ferreira, 34, sentada na cadeira e foi brincar com os cães. Silvanete disse que gostou da iniciativa da Prefeitura em trazer o Projeto Pêlo Próximo para interagir com as crianças. “A Nayara adora cachorros. Ela tem um, o Snoopy, e brinca muito com ele”, disse a mãe, observando a filha deitada na barriga de um dos cães do projeto. Andando de um lado para o outro na quadra, Amanda Gonçalves Rocha, 6, não parou um só minuto de brincar com os cachorros. Observada de perto pela mãe Miriam Gonçalves, 32, a menina alisou o pêlo e abraçou os cães. “A Amanda adora bichos. Ela é hiperativa. Compramos um cachorro e percebemos que ao interagir com o cão ela ficou mais calma”, contou Miriam. Ao final do evento, a presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Nova Iguaçu, Maria Leonor de Almeida Esteves, e o diretor da Escola de Educação Especial da Apae de Nova Iguaçu Professora Sheila Gama, Wanderley Sabino, concederam moções de honraria aos integrantes do Projeto Pêlo Próximo.

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Pêlo Próximo organiza campanha e festa do Dia das Crianças para os pacientes do Abrigo Betel em Duque de Caxias No ultimo dia 23 de Outubro, voluntários e cães do Projeto Pêlo Próximo, organizaram a festa de Dia das Crianças para os pacientes da Casa Abrigo Betel, localizada em Nova Campina, Duque de Caxias. Durante todo o mês, os voluntários arrecadaram doações para a instituição, que atende cerca de 45 pacientes com patologias que vão de síndrome de Down, esquizofrenia e paralisia cerebral. Foram doados 100 k gs de nhoque, alimentos não perecíveis, roupas e material de higiene. As crianças e adultos do Abrigo tiveram a oportunidade de interagir com os animais, e alguns ainda realizaram exercícios lúdicos com pernas e pés, c o o r d e n a d o s p e l o s vo l u n t á r i o s , exercícios com arco e alguns cães puxaram as cadeira de rodas, levando os cadeirantes para um passeio. “Os voluntários que participaram dessa visita ficaram emocionados. Foi um grande aprendizado, uma lição de amor, solidariedade e respeito ao próximo. Levamos muita alegria para essas pessoas tão especiais. Em Dezembro, pretendemos voltar e proporcionar a eles uma grande festa de Natal” – finaliza Roberta Araújo, coordenadora geral do Projeto Pêlo Próximo.

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Conheça a Casa Abrigo Betel Implantado em 2000, a Casa Abrigo Betel, atende as pessoas com deficiências, sem discriminar o tipo de deficiência, com o fato de que sejam acamadas ou não, sexo ou idade. Todos os abrigados, na época, foram encaminhados pela FIA – Fundação da Infância e Adolescência, começando assim um trabalho árduo e bastante difícil. Ao passar do tempo atendemos todas as exigências da FIA e dos órgãos competentes dentro do município. Passamos também a receber pessoas com deficiência encaminhados pelo Conselho tutelar e do Juizado de Duque de Caxias. Para ajudar o Abrigo acesse: http://www.abrigobetel.com.br/home.htm

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Campanha global incentiva a vacinação de cães e gatos contra a raiva

Presente em 156 países, a World Society for the Protection of Animals (WSPA) decidiu apostar em uma campanha global para incentivar a vacinação de cães e gatos como melhor forma de prevenir a raiva. Segundo dados divulgados pela ONG, mais de 55 mil pessoas morrem no mundo, por ano, em decorrência da doença. Além disso, 38 animais são mortos a cada minuto na

Denominada “Coleiras Vermelhas”, a campanha é um apelo aos governantes dos mais diversos países para que invistam em programas de vacinação de bichinhos em massa. “Um mundo sem raiva não necessariamente é um mundo sem cães”, explica Ray Mitchell, diretor da WSPA para campanhas internacionais. Apesar de ainda enfrentar problemas com a raiva animal, o Brasil se destaca no controle da doença há mais de três décadas. “Desde 1973, o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Controle da Raiva (PNCR), vacina cães e gatos em massa gratuitamente”, afirma Rosangela Ribeiro, gerente de programas veterinários da WSPA Brasil. Para atingir seu objetivo, a “Coleiras Vermelhas” propõe a formalização de parcerias entre organizações voltadas ao bemestar animal e agências governamentais nas áreas de saúde, educação e saúde publica. Foto: Divulgação WSPA

Corte de cauda em cães: porque não fazer

Os profissionais do Hospital Veterinário Pet Care explicam como surgiu, os motivos que levaram os homens a fazer o corte da cauda de filhotes em algumas raças e porque a prática caiu em desuso. A técnica cirúrgica na qual parte da cauda de um animal é amputada é chamada de caudectomia. Essa prática, que é cada vez menos difundida, surgiu na antiguidade, quando os cães eram utilizados em batalhas e o corte da cauda e das orelhas se fazia necessário porque diminuía a área de contato com o atacante e também evitava ferimento, nos casos de animais que utilizavam armaduras. “Se atualmente a maior parte das 400 raças de cães existentes se enquadra na categoria “animais de companhia”, antigamente os animais eram destinados para um tipo específico de trabalho”, explica Dr. Marcelo Quinzani, diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care. Este é o caso também das raças especializadas em caça, que tinham a cauda amputada porque ela podia atrapalhar espantando presa ou dificultando a locomoção em alguns tipos de terreno, como é caso da raça Yorkshire terrier, desenvolvida para caça de ratos, ou Poodle, para caça na água. Hoje em dia a utilização de cães para trabalho fica restrita a um número pequeno de animais e a prática da caudectomia é considerada um recurso simplesmente estético, portanto desnecessário, salvo em alguns casos de doenças, conforme explica o veterinário. “Muitos donos que escolhem uma raça têm a imagem do adulto já com a cauda amputada como um padrão e ficam com medo de que o filhote fique feio quando crescer. É interessante como todos os que tomam a decisão de não amputar ficam satisfeitos, pois os cães eles continuam sendo lindos e, além de tudo, têm a possibilidade de melhor comunicação”, esclarece o doutor. Apesar de não aconselhada, a caudectomia ainda não é proibida no Brasil. “Na Europa, alguns países já aboliram e proíbem o corte de cauda. Um exemplo é a Alemanha, que inclusive impede a entrada em suas fronteiras de animais com a cauda cortada”, afirma. Mesmo sem a proibição, muitos veterinários brasileiros estão deixando de praticá-la e vários canis, clubes de raça e sociedades de cinofilia do país apoiam o desuso. [www.petcare.com.br] Blog: http://petcare.com.br/blog e redes sociais. Medicina Veterinária especializada -Fundado em 1990, o Hospital Veterinário Pet Care está situado no bairro do Morumbi, em São Paulo, funciona 24h e oferece a mais completa estrutura de atendimento clínico e cirúrgico, apoiado por diversos exames diagnósticos. Capitaneado por uma equipe clínica de inquestionável formação técnica – movida pela paixão aos animais de estimação – o Pet Care reúne serviços convencionais como consultas, vacinação, banho e tosa e pet shop, e especialidades como: acupuntura, fisioterapia, cardiologia, ortopedia, dermatologia odontologia, cirurgias, oncologia e homeopatia entre outras, para cães e gatos. Fonte: Fator Brasil

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Exposição Momentos O Olhar em 4 Patas na Galeria Jean Boghici Mostra fotográfica registra a interatividade entre animais e pacientes

A partir da próxima semana, o Projeto Pêlo Próximo, lança na Galeria Jean Boghici, em Ipanema, Rio de Janeiro, a 'Mostra Fotográfica “Momentos – O Olhar em quatro patas'. A mostra apresenta através de registros fotográficos, o trabalho voluntário de cães e aves terapeutas e o resgate de afeto nas visitas em cinco instituições que cuidam de crianças, portadores de necessidades especiais e idosos”. Desde o início do ano, cinco fotógrafos profissionais (Carol Camanho, Bruna Prado, Luciana Botelho, Raquel Lima e Leo Santos) acompanharam e registraram as visitas do grupo. O público terá a oportunidade de acompanhar o trabalho de TAA (Terapia Assistida por Animais) e AAA (Atividade Assistida por Animais) desenvolvido pelo Projeto Pêlo Próximo e conhecer de perto os benefícios da interação “homem–animal” proporcionados aos pacientes. A Mostra ainda dedica um espaço aos animais abandonados. A Mostra Coletiva 'Momentos – O olhar em 4 patas', será inaugurada no dia 10 de novembro e ficará aberta ao público de 11 de novembro a 10 de dezembro com entrada franca. Juntamente com a Mostra, o Projeto Pêlo Próximo lançará o calendário 2012, que terá como tema o nome da exposição. Parte da renda obtida com sua venda,será revertida para ajudar 250 animais abandonados do Abrigo João Rosa. A Mostra Coletiva Momentos - "O olhar em 4 patas" conta com o patrocínio exclusivo da Bayer.

Mostra Fotográfica Momentos – O Olhar em 4 Patas ENTRADA FRANCA 11 de Novembro à 10 de Dezembro – 14h às 20h Galeria Jean Boghici Rua Joana Angélica, 180 Ipanema

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Como escolher o cão certo para quem está doente Baseada em características como comportamento e tamanho, a compra ou adoção de um cachorro pode ajudar no tratamento de saúde Lívia Machado, iG São Paulo Quando o medicamento resolve a dor, mas não repõe sentimentos de felicidade e vontade de viver, a medicina cede lugar a métodos alternativos. Comprar ou adotar um cachorro compatível com as diferentes exigências impostas por doenças ou necessidades especiais pode revolucionar o quadro de quem é afetado por depressão e câncer, melhorar a qualidade de vida de cadeirantes e autistas, além de preencher o vazio dos solitários. Embora não exista uma raça específica para cada tipo de doença ou limitação, é possível selecionar o cão mais adequado combinando perfis. Terapeutas e veterinários ajudam no processo seletivo para que a companhia e a interação com o animal seja revertida em melhora da saúde. “Podemos indicar os mais habilitados, com perfis compatíveis às necessidades de cada paciente. Nem todo animal é capaz de exercer a função de terapeuta”, alerta Alberto David Cohen, veterinário e dono da clínica Pet Angels, em Ipanema, no Rio de Janeiro. A experiência dele no uso de animais de estimação como tratamento é consequência não apenas da rotina no consultório, mas reflete um pouco de sua história familiar. «Minha irmã é cadeirante e precisou de um cachorro que adequado às limitações físicas dela. O animal precisa pular no colo facilmente. Ele não pode ser estabanado e atrapalhar os movimentos do dono. Hoje, após ensinamentos e treinos, o cachorro é um facilitador, responde aos comados de voz, pega muitas coisas para ela, além de ser um grande companheiro.» O par perfeito Uma grande variedade de cães pode ser usada como coadjuvante no tratamento de doenças. Embora as diferentes raças deem pistas do comportamento do animal, o perfil não é universal, explica o veterinário. Cachorros disponíveis para adoção também são muito recomendados, pois o vira-latas é um bicho carente por natureza, disposto a dar atenção e a receber carinho. Além disso, o comportamento deles, no dia da escolha, já está definido. “Filhotes podem ser educados e treinados, mas cães já crescidos terão menos risco de alteração comportamental”, diz Cohen.

O especialista ensina: é fundamental combinar as características do bicho com as principais necessidades do paciente. Crianças em tratamento contra o câncer, por exemplo, precisam de animais alegres e companheiros, que estimulem a brincadeira e, ao mesmo tempo, demandem carinho e atenção. Nesse grupo, é possível escolher entre maltês, poodle, pug, cocker spaniel e fox paulistinha, sugere o especialista. “Raças pequenas ficam em vantagem quando a debilidade dos pacientes é um determinante. Animais maiores também podem ser animados e carinhosos, mas exigem, além de espaço, uma mobilidade que nem sempre o doente tem para dar.” O processo deve ser baseado em qualidades e na exclusão de certos “defeitos” do bicho, defende Ceres Faraco, terapeuta e veterinária, coordenadora do Programa de Terapia Mediada por Animais em algumas unidades dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da infância e adolescência, em Porto Alegre. "Ele precisa ser capaz de se apegar e ter bastante energia. É a interação com o animal que estimula o doente a sair do estado introspectivo e ser mais sociável. O cachorro também não pode ser agressivo, precisa compreender voz de comando e ter o latido controlado. Algumas raças tendem a desenvolver problemas de coluna, doenças de pele e degenerativas. Isso também deve ser analisado e excluído, pois pode ser prejudicial à relação com o paciente.” A médica usa os animais como ferramenta de trabalho. Os cães são selecionados de acordo com as características do grupo atendido. A escolha é baseada em temperamento, personalidade e, por último, raça. Hoje, Ceres tem como membros de sua equipe três animais: duas fêmeas (border collie e lhasa apso) e um macho (fox paulistinha). No trabalho desenvolvido pela especialista, o trio de cães é a pedagogia usada para tratar crianças com transtornos de desenvolvimento, autistas e portadores da síndrome de down. “Eles ajudam a melhorar a locomoção e estimulam a fala. É preciso que a criança fale para que o cachorro entenda comando de voz.”

Na alegria e na tristeza Em quadros de tristeza e depressão pesam outros critérios de escolha, principalmente quando o cão será companhia de idosos. Segundo Cohen, o golden retriver e o pug são duas raças muito apegadas ao ser humano. Fazem companhia sem incomodar e têm oscilações de humor similares ao quadro da doença no homem. “São muito indicadas para quem tem mobilidade diminuída por conta de depressão. Eles alternam períodos de grande agitação com calmaria extrema. Ajudam a colocar a pessoa em movimento, sem exigir demais.” Quando o objetivo não é aliviar os sintomas clássicos de quadros depressivos, apenas romper a solidão e combater o sedentarismo, o cachorro deve exigir do dono participação, interação, latir pouco e ser menos ativo: bulldog, chow-chow e o rusky siberiano são companheiros perfeitos. Simbiose A presença de animais em hospitais e clínicas não é uma estratégia nova. Usá-los como “cuidadores”, porém, é um recurso que vem ganhando força ao longo dos anos. No mundo ocidental, os queridinhos do homem – saudáveis ou enfermos – são os cachorros. “O cão é um facilitador. Ele transcende a função de ser bicho e representa esperança e o bem-querer. Consegue tirar o foco da dor, ou do estado de depressão", professa Hannelore Fuchs, psicóloga e veterinária. Pioneira em explorar o efeito medicinal dos animais, Hannelore insere os mais diversos bichos em leitos hospitalares há 13 anos. >>

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Ela é fundadora e coordenadora do Projeto Pet Smile – que agora será transformado em ONG – e recruta de cachorros a porquinhosda-índia para ajudar no tratamento de pacientes internados. Na visão da especialista, embora a interação seja extremamente benéfica para o homem e, de fato, ajude no processo de recuperação, a relação jamais deve ser prejudicial para uma das partes. “É preciso olhar para o doente, entender o que ele precisa e saber se o animal é capaz de oferecer tais benefícios de forma harmônica", diz a fundadora do Pet Smile. No conceito dela, os animais são preparados dentro de casa, pelos próprios donos, para trabalhar como “médicos” da ONG. Não existe adestramento, mas educação, afeto e cuidados. A psicóloga exige boas maneiras. Qualquer cão de trabalho voluntário, como ela define, precisa ser 'boa gente'. Na tradução, a expressão significa que o animal deve atender aos comandos, compreender dicas não verbais e saber se comportar no meio de outras pessoas e bichos. É preciso também que ele tenha noções de obediência básica e aceite, por exemplo, mãos desajeitadas de crianças com deficiência. “É um processo longo que só é possível se o dono tiver um bom relacionamento com o cachorro. A medicina animal funciona quando dono e pet ganham com tal interação.”

Japoneses criam cão-robô para guiar cegos com ajuda do Kinect Foi a japonesa NSK que tentou desenvolver um cão robótico com o objetivo de substituir os animais na tarefa de guiar deficientes visuais e o apresentou recentemente. Uma das principais novidades no protótipo é a implementação da plataforma Kinect para servir de olhos ao robô. Esse sistema garante velocidades de até 3,7 km/h em terrenos planos. Fazer curvas também é simples, graças ao mecanismo que permite rotacionar os membros em qualquer direção - esse, uma novidade da terceira versão. O cão-guia de metal apresentado em outubro ainda tem como destaques o sistema de reconhecimento de voz, para que o robô seja comandado pelo dono. "Coleira" mais comprida e sensores de impacto nas "patas", para evitar colisões. A implementação de orientação através de GPS e mapas online, por exemplo, viabilizaria ao deficiente visual "programar" o cão-guia robótico para, além de evitar obstáculos, indicar o caminho seguir e onde parar. Atualmente em sua versão final, o cão-guia robô estava em produção há anos, tanto que para chegar ao modelo atual, a NSK havia produzido outros dois protótipos por uma equipe de engenheiros recém-graduados pela Universidade de Eletrocomunicações, no Japão. Para 2020, os japoneses pretendem que o robô já seja vendável. Embora o robô seja algo desajeitado e nada parecido com um animal é um bom avanço na pesquisa de novas soluções para guiar os deficientes visuais.

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Projeto Pêlo Próximo visita a Casa Geriátrica Solar Vivendas da Terceira Idade Pela primeira vez os idosos do Solar Vivendas da Terceira Idade, receberam a visita dos cães terapeutas do projeto. Veja como foi a interação dos pacientes com os animais.

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Tem um animal de estimação? Conheça os seus direitos no condomínio SÃO PAULO – Manter um animal de

sossego, à saúde e segurança dos demais

Tamanho não importa O advogado lembra também que o tamanho do animal ou o fato de ele latir de vez em quando não basta para restringir a permanência do bicho de estimação e ainda que é anulável a decisão de assembleias cuja determinação é a circulação de animais no colo ou com focinheira nas dependências do condomínio. A exceção, quando se trata da focinheira, no estado de São Paulo, é para as raças pit bull, rotweiller e mastim napolitano, já que a lei estadual (11.531/03) determina o uso do acessório. Ao se tratar de qualquer outra raça, orienta Karpat, na hipótese de o animal ser obrigado a usar focinheira no condomínio ou mesmo ser carregado pelo dono, o proprietário do bichinho deve lavrar um boletim de ocorrência na delegacia de polícia mais próxima e ingressar com ação de natureza cível objetivando garantir seu direito de circular com seu animal, com guia, de forma respeitosa, no trânsito de sua unidade a rua, sem que para isso seja obrigado a passar por qualquer situação vexatória.

moradores do prédio.

Fonte: InfoMoney

estimação, sobretudo cachorros, em apartamentos é, muitas vezes, motivo de estresse e confusão. Isso porque em muitos condomínios a presença do animal não é bem-vinda, o que motiva discussões entre vizinhos, multas e até brigas na Justiça. Contudo, de acordo com o advogado especialista em direito imobiliário e administração condominial, Rodrigo Karpat, os animais só podem ser proibidos em condomínios, se causarem transtornos ao

Em outras palavras, a presença do animal no condomínio somente poderá ser questionada quando existir perigo aos demais condôminos. Justiça Ainda segundo Karpat, o artigo 1228 e seguintes do Código Civil dizem que manter animais em unidades condominiais é exercício regular do direito de propriedade, o qual não pode ser glosado ou restringido pelo condomínio, sendo que o limite ao exercício do direito de propriedade é o respeito ao direito alheio ou ao de vizinhança. Neste sentido, informa, em apelação julgada pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) na 1ª Câmara de Direito Privado, o relator desembargador Paulo Eduardo Razuk entendeu que, “quando se trata de animais domésticos não prejudiciais, não se justifica a proibição constante do regulamento ou da convenção de condomínio, que não podem nem devem contrariar a tendência inata no homem de domesticar alguns animais e de com eles conviver”.

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Como reconhecer dor em cães e gatos Nem sempre é fácil reconhecer a dor nos animais de estimação. Para perceber alguma diferença no animal é necessário conhecer o seu comportamento normal. A dor é uma experiência única e cada indivíduo terá o seu limiar para suportá-la. Portanto, a manifestação de sinais de dor poderá ou não ocorrer com maior ou menor intensidade e freqüência. Cães e gatos, quando sentem dor, assumem posturas características ou demonstram resistência à mudança de posição ou ao movimento. Como regra geral, há posturas corporais e comportamentos característicos de dor para cada espécie, tais como:

Características Cães

Gatos

Interação social reduzida

Atividade reduzida

Expressão de ansiedade

Perda de apetite

Comportamento submisso

Quieto/perda de curiosidade

Recusa em se movimentar

Esconder-se

Lamúria

Sibilo ou salivação

Uivo

Lambedura/cuidados excessivos

Rosnado

Postura/andadura rija

Comportamento de defesa

Comportamento de guarda

Agressão; mordida

Tentativas de fuga

Perda de apetite

Falta de cuidado com a pelagem

Automutilação

Movimentação intensa / contínua do rabo

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Projeto Pêlo Próximo grava para o Programa Especial, da TV Brasil na Obra Social Dona Meca O P r o j e to P ê l o P r ó x i m o promoveu no ultimo dia 28 de setembro a visita dos cães terapeutas do projeto com as crianças especiais da Obra Social Dona Meca, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro. As 20 crianças que participaram da visita tiveram a oportunidade de interagir com os animais através de várias atividades realizadas pelo grupo de voluntários, entre elas o contato com o animal, escovação de pelos e exercícios de tração com o cão, onde foi explorado o equilíbrio da criança. Além disso, alguns cães, ainda, puxaram a cadeira de rodas das crianças cadeirantes. “Sem dúvida, foi um dia de grande alegria para todos nós. Ver essas crianças interagindo de forma efetiva com os animais é maravilhoso. Elas adoraram a visita dos nossos cães terapeutas, abraçaram, acarinharam e receberam em troca muito amor dos animais. Nosso trabalho visa exatamente isso, levar amor a quem mais precisa”, afirma Roberta Araújo, coordenadora do projeto. A visita na Obra Social Dona Meca, contou com a participação da equipe do Programa Especial da TV Brasil, que acompanhou o trabalho do Projeto Pêlo Próximo. A repórter Fernanda Honorato, se encantou com nossos co-terapeutas e curtiu a visita junto com as crianças da Dona Meca. A matéria vai ao ar no final deste mês. A Obra Social Dona Meca, coordenada por Rosangela Chancon, é uma instituição filantrópica, dedicada ao atendimento de crianças com deficiência, atendendo gratuitamente mais de 200 crianças de famílias de baixa renda de comunidades de todo o Rio de Janeiro. Além da Obra, existe também, a Casa Lar Dona Meca, que acolhe crianças com deficiência, vitimas da orfandade ou em situação de vulnerabilidade.

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Calendário 2012 VENDAS PARA TODO BRASIL A partir do dia 11 de novembro em nosso site www.peloproximo.com.br

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