9ª Edição | Abril 2012

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Número 9 - abril 2012 www.peloproximo.com.br

Pêlo Próximo na Comemoração do Dia Internacional de Conscientização do Autismo No dia 02 de abril, a equipe multidisciplinar do Pêlo Próximo marcou presença, a convite da Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Nova Iguaçu, na Comemoração do Dia Internacional de Conscientização do Autismo. O evento realizado na Casa de Cultura contou com a palestra de vários profissionais e depoimentos de mães de crianças autistas e com a presença da nossa equipe com alguns dos nossos co-terapeutas.

Documentário “Almas Caninas” mostra cães co-terapeutas usados na reabilitação de pessoas especiais e idosos

Você sabe o que é PetDagogia?

Animais em bibliotecas: uma realidade possível

Visita do Pêlo Próximo no Emilien LacayCruzada do Menor

Cão de terapia ajuda jovens vítimas de abuso

Terapia com cachorro pode ajudar esquizofrênicos


Queridos leitores,

Editorial ROBERTA ARAÚJO - COORDENADORA DO PROJETO PÊLO PRÓXIMO Expediente Diretora Executiva - Roberta Araújo Divulgação e Textos: House Clipping Sugestões, pautas e críticas: peloproximo@gmail.com Tel: (21) 9622-8392 Colaboradores: Renata Leivas - veterinária Elaine Natal - Comportamentalista Carla Rodrigues - fisioterapeuta Luciana Botelho - Fotógrafa Designer e Diagramação: Fernanda Bitencourt

Editorial

A edição de Abril da nossa revista eletrônica está repleta de matérias interessantes. Esse ano queremos estreitar o contato com todos vocês, não deixem de enviar sugestões e críticas para o nosso email de contato, para que possamos a cada edição melhorar o nosso informativo. Nessa edição colocamos como destaque a participação do Projeto Pêlo Próximo no evento em Comemoração ao Dia da Conscientização do Autismo, realizado pela Secretaria Nova Iguaçu Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Nova Iguaçu. Além dessa matéria, vocês também ficarão por dentro das visitas realizadas pelos nossos cães nas Instituições, dicas de leitura, notícias sobre Pet Terapia, crônicas, dicas de saúde, comportamento animal e muito mais. Esperamos que todos vocês gostem. Um beijo no coração de todos.

Roberta Araújo Coordenadora Geral do Projeto Pêlo Próximo


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Crianças surdas recebem ajuda de cães guia na Grã-Bretanha Uma instituição de caridade britânica iniciou um projeto piloto para fornecer cães guia para crianças com problemas de audição. No último ano, a instituição Cães Guia para Surdos deu 12 destes cães para crianças. Uma delas foi James Cheung, um menino de 11 anos com dificuldades de audição. O cão de James é o labrador Kurt, que o alerta quando ele precisa acordar de manhã, quando sua mãe o chama e em situações de perigo, como quando um alarme de incêndio dispara. Kurt foi treinado para responder a certos sons e ordens. Segundo a família de James, seu comportamento mudou após a chegada

Menor Yorkshire do mundo entra no Guinness por trabalho voluntário Lucy, uma Yorkshire que vive em Nova Jersey, nos EUA, é uma das mais recentes celebridades do mundo animal: ela entrou para o Guiness World Records por ser o menor cão do mundo a trabalhar – e, no caso, a profissão da cadelinha é pra lá de nobre. Ela atua como cão terapeuta no Estado. Com 14,5 cm de comprimento e pouco menos de 1 kg, Lucy tem três anos de idade e trabalha há um no projeto Leashes of Love*, junto com sua dona, Sally Montufar. A iniciativa promove visitas com animais em hospitais, casas de repouso e escolas especiais da cidade de Cherry Hill, em Nova Jersey,

do animal. Ele está mais independente e confiante e desenvolveu um ótimo relacionamento com o cão. Fonte: BBC Brasil

para levar um pouco de alegria àqueles que vivem nesses locais. E o mais bacana é que Lucy, que realiza trabalho voluntário, só chegou onde está hoje porque também foi “abençoada” com uma atitude de solidariedade de sua dona, Sally. A cadelinha, ainda filhote, foi levada com seus irmãos, ao pet shop onde Sally trabalhava, por uma mulher que dizia não poder ficar com eles e que, portanto, os levaria para um abrigo público. Por ser a menorzinha da ninhada, Lucy chamou a atenção de Sally que, então, adotou-a e levou-a para trabalhar no Leashes of Love, no maior estilo corrente do bem. O segundo lugar do ranking dos menores cães do mundo que trabalham ficou com Momo, um Chihuahua de pouco menos de 3 kg que mora no Japão e auxilia a polícia do país na busca e resgate de vítimas de acidentes.

Imagem: Divulgação/Guiness World Records

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Avaliação veterinária mensal e controle parasitário dos cães co-terapeutas No dia 1ª de abril, os cães co-terapeutas do Projeto Pêlo Próximo passaram pela avaliação da Dra. Renata Leivas, veterinária voluntária do Pêlo Próximo, na Escola Elza Campos, na Tijuca. Todos os cães que participaram da socialização foram vermifugados com Drontal Plus e receberam aplicação de Max 3 para o controle de ecoparasitas. Agradecimentos especiais a Bayer e Nova Praxedes pela parceria na prevenção e qualidade de vida de nossos pets terapeutas.


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Um giro pelo mundo dos animais

Fotógrafo registra amizade entre cão e raposa Raposa órfã se tornou companheira inseparável de cachorro da raça Jack Russell Terrier Um fotógrafo britânico que resgatou uma raposa órfã após sua mãe ter sido atropelada se surpreendeu ao ver o animal se tornar companheiro inseparável de seu cão da raça Jack Russell Terrier. A raposa Anuska, atualmente com oito meses de idade, foi encontrada por um fazendeiro no condado de Berdfordshire com outros oito filhotes poucos dias após seu nascimento. O fotógrafo Brian Bevan, de 61 anos, levou-a então para casa, onde já vivia com sua Jack Russell

Resgate arriscado de cavalo emociona Austrália O acidente, ocorrido na semana passada, tocou os australianos não só porque acabou bem, como pela dedicação da dona do cavalo ‘Astro’ que, durante todo o tempo em que o animal ficou preso nas areias, se pôs ao seu lado, tentando acalmá-lo. Nicole Graham não descansou para se certificar que a cabeça de ‘Astro’ se mantinha à tona, ao passo que uma equipa de resgate teve de sedar o animal de cerca de meia tonelada de peso até conseguir retirá-lo do espaço movediço. Ao ‘The Sun’, a australiana explicou que estava a fazer um passeio na praia com a filha, ambas montadas a cavalo, quando Nicole teve de deixar o seu animal para resgatar a filha, que também viu o seu equídeo parcialmente soterrado.

Aniversariantes Voluntária Cris Chaym - 14 de abril Giannina Cimino - 16 de abril Juliana Estabille - 17 de maio Vilma Carvalho - 20 de maio Alessandra Fabro - 20 de maio

Cão terapeuta

Depois de resolvido esse problema, Nicole percebeu que ‘Astro’ também estava em risco. “Fiquei tão aliviada quando vi os bombeiros a chegar. Estava a começar a ficar muito cansada”, contou ao mesmo jornal. Foi preciso um trator de uma quinta vizinha para conseguir extrair ‘Astro’. Apesar de desidratado, o animal de 18 anos sobreviveu sem complicações de maior.

Kitty

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Meu animal está com câncer, e agora? Os avanços na medicina veterinária tem possibilitado, cada vez mais, uma efetiva melhoria na prevenção, diagnóstico e na cura das doenças. Assim, de forma similar ao que ocorre aos seres humanos, têm-se observado, nos últimos anos, o aumento na lon-

exemplo) ou ainda, invadir outros órgãos e tecidos (processo conhecido como metástase).

gevidade e na qualidade de vida de nossos animais de estimação. Porém, com aumento da longevidade tem se tornado cada vez mais comum, a ocorrência de câncer. Estudos realizados pela Morris Animal Fundation (http://www.morrisanimalfoundation.org) apontam que 25% dos animais de estimação acabam morrendo de câncer, elevando-se este índice para 50% nos animais com mais de 10 anos. Mas o que é um câncer? As células que compõem nosso corpo e o dos nossos animais estão em constante divisão. Este processo é importante, por exemplo, para a reposição de células que morrem, permitem também o crescimento dos indivíduos, sendo, portanto um processo natural e rigidamente controlado pelo nosso organismo. Quando falamos de câncer, estamos tratando de um grupo de doenças que se caracterizam pela perda do controle desta divisão em uma determinada célula. Esta divisão descontrolada leva à perda da funcionalidade ou a mudanças no funcionamento de órgãos, causar a compressão de estruturas importantes no organismo (com o cérebro, por

etem os animais domésticos (claro, vou dedicar ainda algumas postagens a alguns tipos específicos mais comuns), porém, há alguns sintomas que podem ser indicativos de câncer em animais de estimação. Ressalto que estes sintomas são comuns a várias doenças, não sendo, necessariamente indicativo que seu animal esteja com câncer, somente seu veterinário poderá fazer o diagnóstico adequado: - Surgimento de nódulos, “massas” ou “caroços” em qualquer parte do corpo do seu animal; - Mudança no tamanho ou forma de algum nódulo já pré-existente; - Ferimentos que não cicatrizam; - Dificuldade de comer/engolir; - Aumento do volume abdominal; - Corrimento nasal, especialmente se houver sangue; - Dificuldade de urinar, urina com sangue (também muito comum com infecções do trato urinário); - Esforço para defecar ou ainda fezes “finas” ou ainda em forma de fita; - Vômitos e diarréias persistentes (comuns em várias outras doenças); - Claudicação (o animal fica mancando) ou ainda pode ocorrer alterações

Quais os sintomas? Seria uma grande pretensão minha aqui querer falar em uma única postagem sobre os diversos tipos de câncer que acom-

no andar; - Mau hálito, salivação excessiva, “movimento” ou amolecimento dos dentes; - Secreção ou odores nas orelhas (também comuns em casos de infecções otites); - Aumento na ingestão de água; - Falta de apetite, fraqueza; - Perda de peso. Estes são apenas alguns sintomas, muitos outros podem ocorrer, conforme o tipo e localização do câncer. Como tratar câncer em um animal de estimação? O tratamento do câncer varia conforme uma série de fatores que envolvem, o tamanho e localização da lesão, o tipo de câncer, a idade do animal, a ocorrência ou não de metástases. De um modo geral, pode-se optar pela remoção cirúrgica, quimioterapia ou ainda, em alguns centros especializados, radioterapia. Como prevenir? A prevenção dos diferentes tipos de câncer passam por uma série de ações/hábitos simples: - A esterilização de fêmeas ou a castração dos machos são ótimas formas de prevenir uma grande variedade de cânceres. Evite ao máximo o uso de anticoncepcionais - Forneça para seu animal uma alimentação saudável (consulte seu veterinário), evite “comida de panela”, procure fornecer ração de qualidade


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e controle o peso de seu animal - Se você usar produtos químicos para limpar o chão, fertilizantes químicos em suas plantas, ou ainda herbicidas para matar ervas daninhas em seu jardim, há uma boa chance de seu animal de estimação tenha contato com estes produtos ou com as áreas em que foram aplicados;

Os benefícios que animais de estimação podem trazer aos donos

- Procure manter seu animal com a boca sempre limpa, faça escovação frequente e solicite, sempre que necessário, a remoção de tártaro de seu animal . - Não fume próximo a seu animal, a superfície nasal, em especial dos cães, é um verdadeiro atrativo para substâncias cancerígenas no ar, e o cigarro é uma importante fonte destas substâncias; - Faça, você mesmo, um exame mensal em seu animal. Toque com as mãos todo o corpo do seu animal, procure por caroços e nódulos. Preste também atenção aos sintomas listados anteriormente; - Visitas frequentes ao seu veterinário também são importantes, possibilitando o diagnóstico precoce não apenas de câncer, mas de várias outras doenças (para saber mais, clique aqui). Com atenção, carinho e cuidado seu amigão vai ter uma vida longa e saudável. Em caso de dúvidas, consulte um veterinário de sua confiança.

Acredita-se que a terapia com animais é uma forte aliada contra a depressão e pressão alta, além de trazer felicidade e esperança para os doentes. Ela vem sendo estudada pela ciência e recentemente outro efeito que os pequenos companheiros trazem para a saúde humana foi publicado no American Journal of Cardiology. Doenças causadas por estilo de vida, como diabetes tipo 2, hipertensão e algumas cardíacas, foram estudadas em um grupo de 191 pacientes entre 69 e 80 anos. O estudo queria saber se a vida de donos de animais de estimação é diferente daqueles que não possuem um bichinho. Entre os pacientes com doença arterial coronariana que tinham animais de estimação, a taxa de sobrevivência foi de um ano a mais do que aqueles que não possuíam um animal companheiro. Os motivos para tais resultados não são claros, mas cientistas opinam que

o fato de possuir um cachorro ou gato reduz os níveis de estresse e dão apoio social para as pessoas. De acordo com a INATAA (Instituto Nacional de Ações e Terapia Assistidas por Animais), após 20 minutos de interação entre homem e animal a sensação de felicidade é potencializada, a incidência de pressão alta diminui, os processos cognitivos são estimulados e a pessoa é mais apta a aceitar a reabilitação que necessita. Através de uma pesquisa realizada na África do Sul por Odendaal, esses benefícios ocorrem pelos efeitos emocionais que levam a liberação dos neurotransmissores (endorfina, dopamina e feniletalamina) e dos hormônios (prolactina, oxicitocina) que reduzem o estresse e o cortisol. Fonte: Blog da Saúde

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Cães terapeutas do Pêlo Próximo visitam idosas deficientes visuais Os cães co-terapeutas do Pêlo Próximo visitaram nesse sábado (17) em parceria com o E-Solidário, a Sodalícia Sacra Família, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro. A instituição abriga e cuida de 44 de idosas com deficiência visual. A visita ao Abrigo teve como objetivo a estimulação tátil das idosas, trabalhando a motricidade fina, a sensibilização nas pontas dos dedos (já que com a idade os idosos perdem a sensibilidade nas extremidades), a criatividade e a imaginação das idosas. Por se tratarem de deficientes visuais, todo o trabalho foi direcionado aos outros sentidos: tato, olfato e audição. Dois cães usaram coletes especiais para atender as necessidades dos exercícios a serem aplicados. Os coletes criados exclusivamente para essa atividade possuem diversos compartimentos com graus diferentes de dificuldade para estimular o interesse e a curiosidades das idosas, com diversos materiais de texturas e de formas diferentes. - “Foi muito gratificante ver a interação entre essas idosas e os cães co-terapeutas. Elas foram altamente receptivas e realizaram as atividades desenvolvidas, com os coletes, com alegria e descontração. Tais atividades se destinaram a estimular desde o tato até o olfato das idosas, já que são deficientes visuais e ne-

cessitam fazer uso desses sentidos para se darem conta do odor, das formas, texturas e tamanho dos objetos. Com isso elas buscam na memória a definição dos materiais encontrados pendurados ou nos bolsos desses coletes”.- finaliza Roberta Araújo, coordenadora do Projeto Pêlo Próximo. Para conhecer o trabalho dos cães coterapeutas, visite o site www.peloproximo.com.br.


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Cão de terapia ajuda jovens vítimas de abuso O membro mais novo do Centro de Will County Children’s Advocacy Center ,tem um nariz molhado e pele macia. Jackson, um labrador de 3 anos de idade, recebe as crianças que chegam ao centro vítimas de violência. As crianças que visitam são supostas vítimas de abuso sexual ou físico, e eles estão lá para conversar com um entrevistador sobre o alegado abuso, enquanto investigadores gravar a conversa. Durante anos, crianças aguardavam a entrevista em uma sala com brinquedos e decorada com pinturas alegres. A partir de agora Jackson também participa ao lado da criança. “As crianças acariciam e esfregam suas orelhas. Jackson é um cão perfeito para isso “, afirma a Diretora Executiva Sue Bloch, acrescentando que ele ajuda as crianças a esquecerem o porque de estarem no Centro de Reabilitação. “A criança centra-se no cão. É uma distração maravilhosa”.

Jackson é o primeiro animal a participar de Will Paws,programa de terapia animal de estimação, que começou cerca de duas semanas. Jim Glasgow, procurador do Estado, espera encontrar outros donos de cães de terapia que queiram participar do programa de assistência. O programa foi inspirado em programas de terapia do animal de estimação em hospitais como Provena Saint Joseph Medical Center, em Joliet e Hospital Edward em Naperville. Jackson, um cão de terapia certificado, e pertence a Cheri Johnson, membro da equipe de Jim Glasgow. O cão foi treinado desde pequeno para ser cão guia para cegos, mas ultimamente andava bastante distraído. Ele é, no entanto, infinitamente paciente, calmo e amoroso - um ajuste perfeito para o centro de defesa, disse Bloch. Para a criança participar do Programa com o cão, seus familiares são consultados e após aprovação o cão é inserido no processo de entrevista da criança. Atualmente Jackson, partici-

pa da reabilitação de oito crianças do Centro. Glasgow abriu centro em 1995, depois de ver o quanto era difícil julgar casos de abuso infantil porque muitas das declarações eram inconsistentes. Agora, crianças entre 3 e 17 anos que são vítimas de abuso, vêm do centro e reune-se com um entrevistador em uma sala com um espelho de duas faces. O entrevistador entrevista as crianças e do outro lado do espelho os investigadores assistem e gravam toda a entrevista. O centro realiza entre 300 e 350 entrevistas em cada ano, entre seis e oito por semana, disse Bloch. “Jackson é fantástico. Eu nunca conheci um cão que é tão bem comportado. Agora entendo como a presença de um animal pode ajudar a descontrair e relaxar.” - disse Glasgow Quando o cão não está no centro de defesa, ele participa do programa de terapia animal de estimação em Provena Saint Joseph Medical Center.

Tirinhas engraçadas

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Pêlo Próximo invade a praia da TV Globinho No dia 25 de fevereiro, as pets terapeutas Babi e Queen, estiveram no estúdio da TV Globinho para gravar a matéria sobre cães de terapia. Durante a gravação, nossas voluntárias de quatro patas, brincaram de bolinha com os apresentadores e receberam muitos afagos dos produtores. Todos queriam brincar e agarrar essas fofuras. Ao final da gravação, a pet terapeuta Babi, ainda brincou de bolinha com a atriz Aracy Balabanian e recebeu um carinho do ator Thiago Lacerda.


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Terapia com cachorro pode ajudar esquizofrênicos A presença de cachorros em sessões de terapia pode ajudar no tratamento de esquizofrenia, de acordo com um estudo do Instituto Technion de Tecnologia, de Israel. Segundo o estudo, a companhia dos animais ajuda os pacientes a se sentirem menos apáticos e mais motivados.A conclusão é baseada na observação do comportamento de pacientes em sessões com e sem os cachorros. A pesquisa se concentrou na anedônia, a inabilidade de sentir prazer em experiências geralmente prazerosas, uma das maiores causas da esquizo-

quizofrenia que foram submetidos a sessões de terapia com cachorros com outros dez que foram a sessões convencionais, sem os animais. Ao longo de dez semanas, eles analisaram os sintomas clínicos dos pacientes, suas visões subjetivas da qualidade de vida e a sua capacidade de tirar prazer de determinadas experiências. O grupo que participou das sessões

O diretor de Comunicação da ONG especializada em problemas mentais Rethink, Paul Corry, elogiou o estudo, que disse ser importante para entender as causas da esquizofrenia e possíveis formas de tratá-la. Corry disse, no entanto, que serão necessários mais estudos para saber se e como a descoberta pode ajuda pacientes da doença numa maior escala.

frenia. Uma mulher anedônica não tira prazer do nascimento do seu bebê, e um jogador de futebol com o mesmo problema não fica feliz quando o seu time ganha, entre outros exemplos. Mais prazer No experimento, os pesquisadores compararam dez pacientes de es-

com cachorros tiveram uma melhora significativa na capacidade de sentir prazer, comparado com o segundo grupo. Os cientistas também observaram que pacientes acompanhados de cachorros passaram a usar melhor o seu tempo livre e a se sentir mais motivados.

Fonte: BBC Brasil

Tirinhas engraçadas

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Pet Delícia e Pêlo Próximo – uma parceria boa pra cachorro Desde o mês de Janeiro, os cães coterapeutas do Projeto Pêlo Próximo, estão desfrutando das gostosuras da loja Pet Delícia. Todo mês os cães terapeutas visitam a loja e recebem além de uma bandeja nos sabores frango, carne ou cordeiro, desfrutam de uma degustação pra lá de especial na loja. Nossa aniversariante do mês de janeiro, a fox paulistinha Teka, foi a primeira a receber o presente. Pelas fotos, dá para notar que ela adorou. “ Vivenciamos momentos de grande alegria com nossas princesinhas no Pet Delícia, enquanto Teka degustava, ou melhor dizendo,comeu rapidamente sua delíca de frango, Roberta nos acolheu muito bem com sua simpatia”- declarou a voluntária Vilma Carvalho. Conheça um pouco mais da Pet Delícia A Pet Delícia é um centro de degustação canina, localizado no bairro de Copacabana, na Rua Anita Garibaldi 60 A. As refeições do Pet Delícia são formulados com orientação de Zootecnistas e Médicos Veterinários qualificados em nutrição animal. Os alimentos são encontrados de duas formas: frescos e congelados. Os alimentos frescos devem ser consumidos em até três dias. Os congelados, após abertos, devem ser consumidos em até três dias e podem ser armazenados em freezer por até seis meses.


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Artigo do mês

Os animais domésticos vão para o céu quando morrem? Os teosofistas acreditam no Anima mundi, ou seja, na alma universal que está presente em todos os lugares. A alma significa “um poder invisível, como um ser distinto, parte de nosso ser vivente, manifestando-se através dos atos, pensamentos e idéias”. Ela também é representada como uma substância luminosa, sob a forma de uma chama ou de um pássaro. Na literatura teológica, encontramos a palavra pneuma; o sopro puramente espiritual que se dirige às ABC News & Beliefnet onde 47% dos regiões celestes. Mas, será que de- entrevistados acreditam que seus pois da morte de um animal de es- animais vão para um plano superior timação, sua alma retornaria ao local depois que morrem. A pesquisa foi de origem? De certa maneira, os ani- feita por telefone com 1.018 adultos. mais domésticos são diferentes dos Há inúmeras identificações e correanimais que não recebem afeto, que spondências entre os homens e os vivem na natureza. A individualização animais, arquétipos que representam entre os animais e seus donos é mais as camadas mais profundas do inconpossível com cães e gatos. sciente e do instinto. Contudo, apesar De acordo com a Revista Dog Fancy, de seres irracionais, a maioria dos “os animais de estimação vão para animais vivenciam a fraternidade, o céu e isto depende de como o convivendo harmoniosamente com animal se comportou aqui na Terra. os seres humanos. Com os seus corSuas atitudes determinam sua bên- pos, os animais expressam emoções. ção divina”, declarou rabino Gershon O instinto da preservação da espécie Winckler. A especialista em vida ani- é notada em praticamente todos os mal Mary Buddemeyer Poter acredita animais. que “todos os animais vão para o céu Perpetuar a própria espécie é o injá que são seres inocentes e livres do stinto mais forte na natureza animal. pecado”. “Não importa como agiram Os zoólogos também relatam casos na Terra, eles vão para o paraíso”, diz de adoção, onde as fêmeas costuo professor de Teologia da Universi- mam tomar conta de algum filhote dade de Nottingham, na Inglaterra. abandonado. Na Bíblia, os animais Segundo Brian Mc Sweenewy, vice- foram apresentados à Adão e agruchanceler da arquidiocese de Nova pados por espécies. Como o homem York (EUA), “eles vão para o céu devi- está associado ao processo de criação do a ligação que seus donos tem com - descrito por Moisés, estes recebem os mesmos, já que o céu foi criado proteção divina e em nome da solipara os humanos”. Em agosto de dariedade das espécies, Deus proibiu 2001 foi realizada uma pesquisa na o sofrimento inútil dos bichos.

Os animais aparecem em diversas religiões como guardiões dos templos. No Egito, a zoolatria era levada a sério. Um egípcio era capaz de deixar sua casa ser queimada por um incêndio pelo dever em socorrer seu gato. Várias múmias de gatos foram encontradas nos sepulcros egípcios. Para Shiva (divindade indiana) toda a forma de vida é sagrada e não existem diferenças entre os homens e animais. O interesse que o homem sente pelos animais, considerandoo como materialização dos próprios complexos psíquicos e simbólicos, percebe-se nos dias atuais com o zelo dos animais domésticos. Fonte: Portal Terra Monica Buonfiglio

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Coluna Comportamento animal

O azar de nascer Pit Bull Quando há 12 anos atrás comecei a trabalhar com cães, meu primeiro aluno foi um Pit Bull de cinco anos e digo a vocês que foi um grande aprendizado. Eu na época, assim como muitos que estão lendo esse texto tinha uma imagem formada da raça e tive que lutar e aprender a ver

retriever, o Pit vem com a genética aguçada para ser um cão de temperamento forte. Quando vejo matérias sobre ataques de Pit bulls, observo que ninguém, digo, ninguém mesmo procura saber dos fatos por trás da notícia. O Pit Bull não é um cão agressivo,

o cão por trás da raça. Descobri no meu aluno um cão mimado e acostumado a mostrar os dentes para conseguir tudo que queria. Claro, existem inúmeros casos assim pelo mundo todo! A diferença é que não se pode comparar a mordida de um Pit Bull com a mordida de um Poodle, York, etc. Mas antes de qualquer coisa, vamos entender de onde veio o Pit Bull. Existem várias versões da origem da raça, a mais encontrada é que o Pit Bull é o resultado da cruza do antigo BullDog com alguns terriers. Na Inglaterra, os BullDogs antigos não eram o que nós conhecemos hoje. Participavam comumente de esportes sangrentos contra touros e ursos. Percebendo que o BullDog tinha vantagem em massa corporal mas não tinha tanta agilidade, iniciaram as cruzas com alguns terriers, nascendo assim cães menores, resistentes, ágeis e valentes. Assim surgiu o Pit Bull. Então como percebem, assim como o labrador vem geneticamente carregado de informações para ser um

não é um cão assassino, ele não é o problema. Tudo começa com os criadores sem escrúpulos que cruzam seus cães indiscriminadamente sem se preocupar se os pais apresentam alguma agressividade ou desvio de comportamento e muito menos se preocupam que tipo de pessoa está comprando. Se uma família permissiva leva para casa um cão com temperamento forte, significa que os problemas são certos. Qualquer cão pode nascer com tendências a ser dominante, isso não é um privilégio dos Pits, porém, as raças fortes, tem maior facilidade de intimidar [Rotweiller, Bull Mastiffe, Fila, Doberman, Pit Bull, etc]. Se todo criador se preocupasse com a saúde física e mental dos cães, jamais iria deixar nascer uma ninhada de cães agressivos ou inseguros, pois esses distúrbios são transmitidos geneticamente. O caráter e a personalidade do cão dependem 20% da genética e 80% do ambiente. A maneira como é criado e as experiências sociais moldam seu temperamento e definem sua maneira de agir”, afirma a Dra. Rubia

Burnier, Veterinária Solidária da ARCA Brasil, que há mais 15 anos pesquisa a agressividade canina. Donos irresponsáveis também são grandes culpados pela “fama de mau” do Pit Bull. São donos que não se preocupam em educar seu cão e acham lindo o cão que rosne desde filhote quando tentam tirar algo dele ou fazem dele seu espelho como companheiros de brigas e atitudes violentas. Muitas vezes vi casos de cães criados acorrentados sem ser socializados porque na cabeça desse dono, o cão tem que ser criado assim para atacar quem entra no seu quintal. Bem, é fácil imaginar o que aconteceria se esse cão se soltasse e encontrasse uma criança correndo, certo? Outro problema também é que muitos donos só conseguem pensar com o coração. Cães com temperamento forte tem que ter liderança desde cedo. Não basta apenas você dar carinho sem nenhum limite. Cães são seres que necessitam de liderança. Tratar seu cão como humano é a forma mais cruel de faltar com respeito a ele. A idéia de que Labradores e Goldens são mansos e Pits e Rottweiler são agressivos é totalmente errônea. Existem inúmeros Rotts e Dobermans extremamente dóceis e Goldens e Shitzus agressivos, portanto as Leis de extermínio da raça Pit Bull para mim não tem sentido. Deveria sim


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se criar uma Lei para supervisionar a compra de cães, permitindo somente canis com proprietários responsáveis e mais, que a educação do filhote e do dono fosse obrigatória e até mesma paga pelo governo. Isso sim seria uma forma de controlar os criadores de fundo de quintal e conseqüentemente, evitar a criação de cães com problemas comportamentais. Para quem pensa em adquirir qualquer cão, algumas dicas: - Pesquise sobre a raça: Você tem certeza que pode oferecer o que o cão precisa? - Adestre: Com o adestramento você terá um cão controlado e obediente. - Socialize: A socialização é o melhor caminho para que seu cão cresça equilibrado e feliz Eduque-se: Não ache graça em comportamentos indesejáveis desde cedo. Lembre-se que o cão vai te dar exatamente o que receber. Coloque limites. Todo ser merece ser respeitado. Todo ser merece uma educação e saber o que a sociedade espera dele. Porque tem que ser diferente com os Pit Bulls? Claro, é muito mais fácil culpar a raça do que enxergar a verdade dos fatos. Fato: Nós somos responsáveis pela chegada dos cães à nossa civilização. Fato: Se você criar qualquer ser sem respeitar suas necessidades e sem oferecer o que ele precisa para crescer mentalmente saudável, este ser terá problemas sociais e psicológicos. Fato: Violência não é uma forma de comunicação, e sim falta de argumento. Fato: Se todos os seres humanos fossem conscientes, existiria um critério

para compra de filhotes, principalmente as que têm tendência a temperamento forte. Fato: A raça influencia em alguns aspectos físicos e tendências, mas não determina o temperamento do cão. Agora te faço uma proposta: Antes de formar sua opinião sobre qualquer raça, não se limite a ver noticias de jornais ou TV. Faça como eu, abra sua mente e tente ver além do que lhe é mostrado.

Elaine Natal Adestradora especialista em comportamento canino Tel: (21) 9786-1220 / 8045-6820 www.clubedaspatinhas.com.br


Documentário “Almas Caninas” mostra cães co-terapeutas usados na reabilitação de pessoas especiais e idosos Com lançamento previsto para o início do segundo semestre, Almas Caninas é o terceiro filme do diretor Ricardo Bruini, morador de Ribeirão Pires. O longa-metragem, com cerca de uma hora e 20 minutos de duração é uma mistura de documentário com produção cinematográfica. Ricardo Bruini diz que o trabalho foge da cultura de documentários, que no Brasil tendem a ser feitos sem planejamento e com linguagem de “jornalismo de rua”. “A abordagem do filme é mais poética, apesar das características jornalísticas”, explica. As câmeras DSLRs usadas ajudam a dar um toque de cinema à imagem em alta definição do filme. As principais mensagens que o filme pretende passar abordam guarda responsável de cães e relação homem-animal, que na opinião do diretor, é unilateral. “Até que ponto o homem retribui o amor incondicional dos cães? Acho que o homem está de déficit com os caninos”, comenta. Conforme Bruni, para fazer uma produção comercial do porte seria necessário um orçamento de cerca de R$ 70 mil. O patrocínio que a produção conseguiu, porém, é de R$ 10 mil. “A verba não cobre os custos da produção, mas estamos tentando fazer um filme com este orçamento e arcando com custos que passam disso”, afirma. A empresa Engenho da Imagem assumiu alguns custos além

dos R$ 10 mil. Nikita A narrativa baseada em fatos reais conta a história da cadela Nikita, abandonada na porta da casa de Bruni num dia de chuva. A história é contada do ponto de vista da cadela, que analisa cientificamente o relacionamento com o homem. Segundo Bruni, é como se a cadela tivesse mais razão do que o homem. A parte documental da produção fica por conta de entrevistas com profissionais da área e tutores de cães, como profissionais da ONG voltada para o abandono dos animais, Clube dos Vira-Latas e da Escola de Cinotecnia Brazilian Canine, ambas de Ribeirão Pires. São treinadores e profissionais da área de cinoterapia, na qual os cães participam da reabilitação psíquica e emocional de pessoas com necessidades especiais e idosos. Bruini atua na área há 10 anos Ricardo Bruini conta que tem preferência em fazer imagens e entrevistar pessoas da região de Ribeirão Pires. “Sempre que possível faço produções regionais, porque acho o regionalismo importante”, considera. O diretor trabalha na área há 10 anos e o seu primeiro trabalho saiu em 2007. Denominado Ciclus, o documentário tratou do ciclo da água e

serviu de alerta para a escassez da água no mundo. O trabalho foi filmado quase todo em rios, represas e riachos do ABC. Em 2009, Bruini lançou Consumo: qual o limite?, que estabelece uma linha entre o consumo necessário e o irresponsável, e passar a mensagem de que por meio do consumo responsável é possível mudar o quadro de destruição ambiental cometida pelas indústrias. Distribuídos pela Nittas Video, Ciclus e Consumo: qual o limite? podem ser encontrados por meio do portal da Livraria Cultura – www.livrariacultura. com.br ( Colaborou Nathalia Blanco)


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Displasia coxofemoral canina: conheça e previna! A displasia coxofemoral é um problema ortopédico, de caráter hereditário, que acomete a articulação do “osso da coxa” (fêmur) e a cavidade do quadril em que ele se encaixa (acetábulo), levando a uma sobrecarga e degeneração desta articulação. Pode ser uni ou bilateral, se ocorre em uma ou em ambas articulações. Esta doença pode acometer todas as raças, porém sua ocorrência é mais comum em animais de raças de rápido crescimento (Pastor-Alemão, Rotweiller, Labrador, São Bernardo etc). Pode ser classificada em cinco categorias: “A”, são animais normais, sem displasia, “B”animais com articulações próximas da normalidade, “C” displasia leve, “D”, displasia moderada e “E”, displasia grave. Os sintomas geralmente começam a se manifestar já no primeiro ano de vida, a partir de 4 meses, porém, em alguns animais, estes podem surgir de forma mais tardia. as queixas mais comumente relatadas pelos proprietários e/ou observados são: - Redução na atividade física (passa a ficar um maior período de tempo deitado); - Dificuldade para se levantar; - Resistência a atividade física (saltar, correr, subir escadas etc); - Claudicação (coxeadura); - Marcha saltitante; - Dor; - Atrofia do músculo da coxa. Animais aparentemente saudáveis, e que não apresentem nenhum sintoma de displasia podem possuir esta doença em grau menos grave, e mesmo animais saudáveis, que não são displásicos podem ser portadores

de genes determinantes de displasia coxofemoral. O diagnóstico, apesar de ser possível uma boa avaliação clínica conforme a gravidade, é dado por meio de um raio-x específico denominado “exame de displasia”. O tratamento da displasia coxofemoral pode conservativo (clínico), com uso de analgésicos complementados por exercícios de baixo impacto (especialmente natação), fisioterapia, acupuntura, ou não conservativo (cirúrgico). No caso de procedimentos cirúrgicos há inúmeras técnicas que podem ir desde a remoção ou reposicionamento da cabeça do fêmur, e, em casos muito severos, colocação de próteses, dentre outra possibilidades cirúrgicas. Algumas atitudes são importantes para se reduzir as complicações e as manifestações clínicas da displasia: - Controle do peso (para saber mais clique aqui); - Evitar pisos lisos e/ou escorregadios; - Evitar exercícios exagerados e/ou iniciados de forma precoce; - Prevenir traumas e esforços exag-

erados. Dado o seu caráter hereditário a prevenção deve se basear no controle reprodutivo, evitando-se que animais displásicos se reproduzam. Ao se adquirir um filhote, solicite sempre que possível a radiografia e o laudo de displasia dos pais do filhote. Não adquira animais cujo um dos pais seja categorizados como “D” ou “E”. E não custa nunca repetir: em caso de dúvidas, procure um veterinário de sua confiança. Juracir Bezerra Pinho Médico Veterinário

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Você sabe o que é PetDagogia? Conheça mais sobre um trabalho inovador com o uso de animais que está sendo desenvolvido em São Paulo O animal é incondicionalmente fa-

cação favorecida, uma vez que pode

vorável na área educacional. A função

se expressar relatando suas vivências

da Petdagogia é incluir um programa

pessoais em conjunto com as experiên-

de atendimento especializado nas es-

cias vividas no contato com os animais.

colas e também na educação especial.

Os animais, no contexto educativo, po-

Entende-se por programa especiali-

dem ser considerados co-educadores e,

zado, um conjunto de recursos e ações

com base na relação que estabelecem

educativas destinadas à promoção do

com as crianças mobilizam uma ação

desenvolvimento integral e apoio ao

conscientizadora, permitindo que a cri-

processo educativo dos alunos com

ança se eduque ao mesmo tempo em

dificuldades na aprendizagem. Seria

que desenvolve uma atitude de res-

mais uma disciplina dentro do currículo

peito por todos os seres vivos.

pedagógico.

Convém destacar que a intervenção

A interação das crianças com os ani-

pedagógica com animais mostra-se

mais na escola representa um fator de

como uma possível ferramenta de

motivação significativo para a aprendizagem, na qual o aluno através do conhecimento sobre os animais, seus hábitos, alimentação e comportamentos estimulam a vontade de aprender e catalisam situações educativas onde a criança fortalece sua auto-confiança, socializa e favorece principalmente a comunicação através da expressão e oportunidade aos estudantes relatarem suas vivências pessoais em conjunto com as experiências vividas no contato com os animais. O animal pode servir como base de apoio constante para a criança, oferecendo-lhe consolo e aceitação incondicionais, desviando a pressão que possa estar sentindo na aprendizagem. A presença do cão nos possibilita trabalhar outras estratégias, ampliando assim as possibilidades de recursos didáticos.

O cão propicia com facilidade uma das necessidades básicas da criança, o afeto. O animal se torna muitas vezes como um confidente, uma vez que era sabido pelas crianças que mantinha segredo. Essa interação com os animais, no contexto escolar, representa um fator de motivação significativo para a aprendizagem, uma vez que a partir do momento em que a criança entra em contato com o animal passa a conhecer mais sobre ele, seus hábitos, alimentação e comportamentos, fatores que estimulam a vontade de aprender e catalisam situações educativas. O animal torna-se o elo entre a vivência pessoal e a aprendizagem, fortalecendo sua autoconfiança e ao mesmo tempo ampliando sua capacidade de socialização. À medida que isso acontece, tem sua capacidade de comuni-

apoio com potencial para evidenciar habilidades e modificar comportamentos em grupos infantis, especialmente no que se refere ao interesse demonstrado pelas tarefas. A comunicação entre os membros do grupo, a cooperação e espírito de iniciativa elevam a auto-estima e a segurança atingindo primeiramente o aspecto afetivo-emocional,

tornando-se

às

vezes até desnecessária a intervenção psicopedagógica. Além disso, a intervenção com animais utiliza a realidade da criança, com o que ela tem vontade de aprender, envolvendo-a num clima descontraído e ativo. Conheça o belo trabalho desenvolvido por Carol Haddad 1. Qual é a sua formação e como você chegou ao projeto da Petdagogia? Tem alguma coisa curiosa sobre a escolha? Vc trabalha sozinha ou pos-


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medo de animais, agora esperando ansiosamente pelas aulas, ou mesmo um aluno dizendo que quando crescer será o “tio da Petdagogia”. Não tem como não se emocionar. 7. Como tem sido a aceitação das escolas e dos pais? E as crianças? sui uma equipe com mais gente para

tivas. O animal torna-se o elo entre a

A aceitação é total, a escola me dá todo

dar retaguarda?

vivência pessoal e a aprendizagem,

o apoio e suporte que preciso, os pais

Sou formada em Pedagogia e já no

fortalecendo sua autoconfiança e ao

adoram a proposta, pois podem ver no

meu primeiro ano de faculdade, tive

mesmo tempo ampliando sua capaci-

dia a dia a evolução das crianças que

que fazer a monografia. Com isso

dade de socialização. Á medida que

aprendem mais facilmente, de forma

tentei unir a pedagogia com uma

isso acontece, a criança tem sua ca-

alegre e diferenciada com os animais.

grande paixão, animais. A única coisa

pacidade de comunicação favorecida,

8. Que tipo de atividade vocês de-

que encontrei nesta área foi a equoter-

uma vez que pode se expressar rela-

senvolvem nas escolas?

apia, uma atividade que utiliza o cav-

tando suas vivências pessoais em con-

As atividades são diversas, mas no iní-

alo como instrumento terapêutico,com

junto com as experiências vividas com

cio o mais importante é respeitar os

a participação de pedagoga. E a Pet-

os animais.

limites e proporcionar uma interação

dagogia surgiu, quando tive que fazer

4. Há algum curso específico para

de forma leve, cuidadosa e gradativa.

meu TCC (trabalho de conclusão de cur-

formação de profissionais para atuar

Geralmente as crianças curtem muito o

so), como na ocasião não tinha cavalo,

neste segmento?

contato com os animais e o que faço é

adaptei o que eu tinha, o cão.

Bom, a pedagogia é a base mais im-

deixar ainda mais agradável este con-

2. Quais são os animais utilizados no

portante, pois com ela aprendemos

tato trazendo até a criança momentos

seu projeto? Quais são as caracterís-

as principais técnicas do ensino. Para

intensos de alegria e aprendizado. As

ticas fundamentais que os animais

utilizar animais é importante ter vivido

atividades variam em função de mui-

devem ter para participar do Petda-

um bom tempo em contato com eles.

tos aspectos tais como idade das crian-

gogia?

No meu caso, tenho canil a mais de 15

ças, espaço disponível, etc.

Na Petdagogia, utilizo cães, aves, co-

anos, amo os animais e sempre me

9. Você também tem vários animais

elhos, porquinhos da índia, hamsters,

interessei pelo aspecto comportamen-

em casa e 2 filhas pequenas que

tartarugas, peixes e todo animal que

tal deles. Ter uma experiência de con-

sempre conviveram com animais.

me possibilitam trabalhar. Todos os

vívio com várias raças e várias espécies

Em que esse fato facilitou ou não o

animais que utilizo em meu trabalho

animais é fundamental para que você

início deste projeto?

são testados a exaustão por um lon-

possa ser este elo entre eles e as cri-

Tudo foi facilitado, como disse a con-

go período. Animais que apresentem

anças

vivência é muito importante, pois tra-

qualquer dúvida ligada ao caráter são

5. Quais seriam os requisitos funda-

balho com animais que são “testados”

descartados desta atividade.

mentais para alguém trabalhar com

pelas minhas filhas 24 horas por dia e

3. Qual o objetivo principal do Pro-

crianças e animais?

olha que elas são muito competentes

jeto da Petdagogia?

Amor ao que faz, vivência pedagógica,

nesta tarefa e como se não bastasse,

A interação da criança com os animais,

convivência com os animais e uma

sou esposa de um fotografo de animais

no contexto escola, representa um fa-

dose de criatividade.

com o qual aprendi muito sobre psico-

tor de motivação significativo para a

6. Nestes primeiros meses de projeto,

logia e comportamento animal.

aprendizagem, uma vez que, a partir

quais foram as “ilusões perdidas” e

10. Basta gostar de cães para partici-

do momento em que a criança passa a

quais foram as “gratas surpresas”?

par deste projeto?

conhecer melhor sobre ele, seus hábi-

Imagine você trabalhar com crianças e

Como disse anteriormente, tinha aluno

tos, alimentação e comportamentos,

animais, só pode trazer muita alegria

que morria de medo de qualquer ani-

fatores que estimulam a vontade de

e surpresas agradáveis. É emocionan-

aprender, catalisam situações educa-

te ver uma criança que sempre teve

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mal, inclusive cão, e agora espera pelas aulas, pois o

Pesquisa encontra substância que pode prever evolução do Alzheimer

próprio animal, fez com que essa criança aprendesse a

Níveis mais elevados da proteína VILIP-1 podem indicar uma deterioração mais rápida da capacidade mental de pacientes

amálo e respeitá-lo.

Um novo marcador (substância que aju-

11. É possível adaptar a

Em pesquisa anterior, Tarawneh e outros

da a identificar a presença de uma doen-

Petdagogia para atuar em

cientistas já haviam mostrado que indi-

ça) pode prever a velocidade com que a

qualquer escola ou situ-

víduos saudáveis, mas com altos níveis de

Doença de Alzheimer comprometerá a

ação? Quais seriam as con-

VILIP-1, tiveram maior propensão do que a

memória e outras habilidades mentais

tra-indicações?

média da população a desenvolver deterio-

de um paciente. O estudo, publicado na

Sim, a Petdagogia é adap-

ração cognitiva e doença de Alzheimer no

revista Neurology, foi realizado na Escola

tável, a qualquer escola, pois

período de dois a três anos seguintes. Agora,

de Medicina da Universidade de Wash-

trabalho com animais de

os cientistas da Universidade de Washington

ington em St. Louis, nos Estados Unidos.

vários tamanhos e em várias

estão trabalhando para tentar padronizar os

Os cientistas acompanharam 60 porta-

atividades.

testes de medição de VILIP-1 para uso am-

dores de Alzheimer e observaram que

12. O que mais você gos-

pliado em pesquisas.

níveis elevados da proteína VILIP-1 no

taria de dizer sobre a Pet-

líquido cefalorraquidiano – localizado en-

dagogia?

tre o crânio e o córtex cerebral – estavam

A Petdagogia é um projeto

fortemente ligados a uma deterioração

feito com muito estudo, tem

mais rápida da capacidade mental dess-

a Deus no comando, e busca

es pacientes com o passar dos anos.

levar as crianças a apren-

Os pesquisadores consideram necessário

derem de uma forma mais

Nessa área, a intenção dos especialistas é

confirmar os resultados com estudos

prazerosa. O amor pela Pet-

identificar quem são as pessoas com maior

clínicos mais amplos, mas os novos da-

dagogia ensina a acolher, tra-

risco de desenvolver a doença. Muitas pes-

dos já sugerem que o VILIP-1 pode ser

balhar, lutar e defender, pois

quisas têm trabalhado nisso.

superior aos marcadores usados atual-

é através das conquistas de

O estudo da Universidade de Washington é

mente. “O VILIP-1 parece ser um indi-

cada aluno que aprendemos

importante porque identificou um marcador

cador muito bom do dano causado pela

a vencer limites, a sonhar e

do Alzheimer, o que pode ajudar a identi-

doença de Alzheimer”, disse Rawan

nunca desistir.

ficar essas pessoas, antes mesmo que elas

Tarawneh, principal autora da pesquisa.

Sei que um dia muitas es-

apresentem uma manifestação clínica da

Para o estudo, os pesquisadores mediram

colas estarão se utilizando

doença. Estimamos que ela comece a se de-

inicialmente os níveis de VILIP-10 dos

desta técnica pois o sucesso

senvolver em um indivíduo entre 10 e 15

pacientes com Alzheimer leve ou muito

que estamos experimentan-

anos antes de qualquer sintoma aparecer.

leve, além de avaliarem as suas habili-

do nesta área vai aos poucos

Mas é importante esclarecer que a VILIP-1

dades mentais com uma complexa lista

conquistando seu espaço.

não é um biomarcador, ou seja, ela não vai

de testes, que foram repetidos anual-

Veja mais informações no

dizer se a pessoa tem ou vai ter Alzheimer

mente. “Memória e outras habilidades

site www.petdagogia.com.br

com certeza, mas apenas indica aqueles

mentais declinaram mais rapidamente

Fontes:

que possuem mais chance de desenvolver

em pacientes com os mais altos níveis

Petdagogia/Dog Times

a doença.

de VILIP-1”, afirmou Tarawneh.

Fonte: Veja

Opinião do especialista Ivan Okamoto neurologista do Hospital Albert Einstein (SP)


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Dicas de Leitura 1) A Desencarnação dos Animais

livro podemos dizer que os leitores não

hecer que eles também têm direito

Muitos livros têm sido escritos sobre

serão mais leigos em homeopatia e terão

à vida, à integridade física e à satis-

os animais. Nenhum deles, porém,

um conhecimento relativamente grande

fação de necessidades biológicas, in-

elucida com tanta clareza e detalhes

a respeito. Esperamos que este manual

dividuais e sociais. Por isso, devemos

sobre o desencarne e socorro espir-

seja útil e que ajude a salvar vidas.

estender aos animais o respeito e

itual a esses irmãozinhos indefesos.

Editora: Mundo Maior

tratamento que merecem enquanto

Esta obra é, portanto, de um valor

Preço Sugerido: R$ 19,50

sujeitos de vidas individuais.

inestimável para aqueles que ainda

Em todo o livro, seguimos o autor nas

não se conscientizaram que matar

difíceis indagações que o inquietaram

os animais, além de um ato extre-

pessoalmente - desde uma juventude

mamente cruel, é abreviar o ciclo

de completa inconsciência das horro-

evolutivo desse reino, do qual já fize-

rosas realidades vividas pelos animais

mos parte um dia. Tamanho: 14.00 x

explorados para diferentes benefícios

21.00 Páginas: 104

humanos - e que o transformaram em

Editora: Conhecimento

ativista dos direitos animais.

Preço Sugerido: R$ 25,50

O autor também analisa cuidadosamente alguns mitos, por exemplo, a retórica fraudulenta do “tratamento humanitário” comumente adotada pela indústria de exploração de animais, as leis que podem funcionar para legitimar a crueldade institucional e a imagem negativa que a mídia 3) Livro Jaulas Vazias

de massa cria indistintamente sobre

Tom Regan é reconhecido mundialmente

todos os ativistas dos direitos animais.

como um dos “papas” da teoria dos dire-

Escrito de forma elegantemente sim-

itos animais e do movimento em defesa

ples, o livro cobre um amplo leque de

desses direitos.

tópicos de forma acessível e envol-

Jaulas Vazias - seu primeiro livro pub-

vente. Já nasce como um clássico.

licado no Brasil - é sua mais recente,

Editora: Lugano

2) Curando Animais com a Homeo-

completa, original e iluminadora defesa

Preço Sugerido: R$ 40,00

patia

dos direitos animais. Com calma e luci-

Curando Animais com a homeopatia,

dez, como em uma conversa franca e di-

livro de Marcel Benedeti trazendo

reta com o leitor, Tom Regan nos conduz

um pouco sobre a história da ho-

primeiro pelo território conceitual da éti-

meopatia, e como ela começou no

ca humana e do valor moral independ-

Brasil. Uma espécie de manual de

ente de cada vida humana individual.

ajuda quando se pretende tratar os

Examinando as razões fundamentais dos

animais de casa ou complementar

direitos humanos, e as supostas diferen-

os tratamentos que já estão fazendo

ças essenciais dos animais não-humanos,

com acompanhamento veterinário.

Regan nos revela uma surpreendente

Com as informações obtidas neste

conseqüência lógica: devemos recon-

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Pêlo Próximo seleciona novos cães co-terapeutas para sua equipe Após a inscrição de cerca de 30 cães voluntários, a equipe do Projeto Pêlo Próximo iniciou seu processo de seleção anual. Durante o mês de março, foram selecionados 20 cães para passarem pelos testes de avaliação. Na 1ª fase da avaliação foram realizados testes específicos coordenados pela comportamentalista Elaine Natal, a coordenadora Roberta Araújo e as voluntárias Carla Bello e Denise Azevedo. Os cães passaram pelos testes com cadeira de rodas, bolas, barulhos, afagos e controle do dono sobre o animal. Dos cães avaliados, apenas 9 passaram para a segunda fase da seleção. Na 2ª fase, os cães foram introduzidos na matilha do projeto, para se observar a reação dos novos cães com os cães de terapia do Pêlo Próximo e alguns passaram por outros testes de avaliação com a equipe avaliadora. Para que um cão possa trabalhar em terapia, é necessário observar alguns itens muito importantes, que relacionamos abaixo. 1 - Chamar (Atração por pessoas) Indica: sociabilidade, treinabilidade. 2 - Acompanhar (Seguir a liderança humana) Indica: independência, interação com humanos, treinabilidade. 3 - Restrição (Facilidade de controle sob domínio físico) Indica: submissão, treinabilidade. 4 - Acariciar (Facilidade de controle pelo carinho) Indica: independência, dominância, aceitação de proximidade de

9 - Perseguir (Reação a algo que se move)

pessoas, treinabilidade.

Indica: potencial para perseguir pessoas, animais e objetos em

5 - Elevação (Facilidade de controle em situação de risco)

movimento, bem como sensibilidade visual.

Indica: dominância, medo.

10 - Pegar de surpresa (Reação a situação inesperada)

6 - Buscar (Vontade de fazer algo pelo dono)

Indica: estabilidade, equilíbrio.

Indica: treinabilidade, interação com humanos, obediência. 7 - Pressão na pata (Resistência à dor) Indica: sensibilidade à dor. 8 - Barulho forte (Reação a sons) Indica: sensibilidade a ruído, medo.

Conheça agora nossos novos pets terapeutas 1 - Maya (Collie) 2 - Carlota (Corgie) 3 - Sol (Pinsher) 4 - Paquita (Daushound) 5 - Kaos (SRD)

6 - Nega (SRD) 7 - Bibiah (SRD) 8 - Ralph (PUG) 9 - Shine (Golden Retriever)


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Animais em bibliotecas: uma realidade possível A educação assistida por animais (EAA) corresponde à introdução de animais num ambiente educacional, visando melhorar a comunicação, leitura e desempenho acadêmico dos alunos. Também pode ser realizada em outros locais, além da escola propriamente dita, desde que haja um cunho educacional, a exemplo das bibliotecas. Encontrar pela frente um cão numa biblioteca é uma inesperada surpresa, que vem se disseminando por diversas cidades e universidades da América do Norte. Um exemplo de sucesso ocorre na Biblioteca Pública de Oshkosh, em Wisconsin, na qual é desenvolvido o programa “Read to a Dog”, traduzido como “lendo para o cão”. Nesse programa crianças de todas as idades podem ler para os amigos de quatro patas ao invés de terem que encarar a ansiedade e nervosismo da leitura na frente de humanos adultos. Desta forma, têm se mostrado mais confiantes, se esquecendo de suas limitações e aumentando, desta forma, sua fluência na leitura. Os cães do projeto são treinados pelo programa Reading Education Assistance Dogs - READ, podendo ser traduzido como programa de cães de assistência na educação pela leitura. Outras bibliotecas de escolas e universidades dos Estados Unidos também abraçaram essa idéia disponibilizando cães de terapia durante o período dos exames finais para reduzir o stress dos alunos, a exemplo da Universidade de Connecticut, M.I.T., Yale Law School e Universidade de San Diego. Os alunos

podem ler, fazer atividades assistidas, ou apenas abraçar e fazer carinho nos cães de terapia. Essas atividades têm gerado bons resultados nas notas dos exames finais dos alunos submetidos à interação com os cães no período de provas, em comparação aos alunos que não participam do programa. Cães de terapia em bibliotecas são não só uma realidade possível, mas também um exemplo de sucesso a ser seguido por bibliotecas de escolas, universidades e unidades educacionais em todo o Mundo. Carla Rodrigues Voluntária do Projeto Pêlo Próximo e Docente de Ensino Superior

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I Simpósio Internacional de Atividades/Terapia/Educação Assistida por Animais em São Paulo A cidade de São Paulo será sede do 1º

Valores

Simpósio Internacional de Atividades/

Profissional até 15/07/2012 -

Terapia/Educação Assistida por Ani-

R$ 200

mais (SINTAA), que acontecerá no Instituto de Psicologia da USP, de 06 a 09

Profissional após 15/07/2012 - R$

de setembro.

270

O evento tem por objetivo propiciar um fórum para apresentação e discussão dos resultados de estudos de pesquisa em desenvolvimento e relatos de experiência dos praticantes de TAA/AAA/ EAA no país e exterior, especialmente aqueles que vislumbram o aspecto multi e interdisciplinar, discutir perspectivas, deficiências e desafios para a prática de TAA/AAA/EAA no país, bem como as possibilidades de intervenção e abordagem, orientar o público-alvo quanto aos recursos e instrumentos disponíveis para mensuração e monitoramento dos parâmetros e variáveis de relevância clínica e comportamental e viabilizar a criação de rede integrada de TAA/AAA/EAA no país e de grupos de estudo e pesquisa vinculados. O Simpósio contará também com a participação de pesquisadores internacionais, entre eles, Dr. Karine Silva, PHD da Universidade do Porto, que apresentará os resultados mais recentes de sua pesquisa sobre Empatia Interespecífica. As inscrições estão abertas no site do SINTAA (www.sintaa.com.br). O evento contará ainda, com a Mostra Fotográfica Momentos – O olhar em 4

patas, que retrata a interação dos co-

Estudante* - R$ 170

terapeutas e pacientes. A exposição, organizada pelo Projeto Pêlo Próximo

*Somente estudantes atualmente

no final de 2011, no Rio de Janeiro, e

matriculados em instituição regular

foi sucesso de crítica e público.

de ensino poderão se habilitar ao

O SINTAA conta com o apoio Instituto

desconto. Para tanto, deverão enviar

de Psicologia da USP, Projeto Pêlo

comprovante de sua elegibilidade ao

Próximo, INATAA e Costa Leivas Dis-

desconto no momento da inscrição

tribuidora.

no simpósio.


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Crônica do mês: O Viralata...

Mistura de muitas raças, de porte grande, médio ou pequeno, pelagem longa ou curta, pretos, brancos, amarelos, cinza, pintados, tigrados, eis o viralata, um cão forte, saudável, amigo. Hoje chamado sem raça definida, ou seja SRD, o viralata é um cão formidável, que nada fica a dever aos cães de raça pura. A mistura de raças favorece o fortalecimento desse tipo de animal, ao contrário daqueles de raça que muitas vezes carregam hereditariamente algumas características que os tornam sensíveis a determinados fatores ambientais ou genéticos como propensão a doenças de pele, olhos, alergias etc. Do ponto de vista do temperamento os viralatas em geral são cães alegres e sociáveis. Os de porte pequeno são ótimos cães de companhia, os de porte médio ou

grande cumprem com galhardia a tarefa de guardiões de propriedades. Podem ser adestrados tal qual os cães de raça e, como são inteligentes, aprendem com facilidade o que lhes ensinam. Alguns nasceram em casa, outros na rua. Outros ainda, são frutos de cruzamentos de animais de raça e assim sugem eles, os mestiços, que não deixam de ser viralatas. Na maioria das vezes desprezados por não terem “pedigree”, que é o atestado de pureza de raça, eles sofrem muitas injustiças principalmente porque não têm valor de mercado ou não correspondem à vaidade de certas pessoas que gostam de ostentar seu cão “raçudo.” Independente de quaisquer conside rações, o viralata é uma presença constante em nossas vidas. Muitos deles são conhecidos em todo o mundo porque se tornaram astros

do cinema, outros pertencem à comunidade e são tratados pelos moradores de determinada rua, muitos são companheiros de pessoas infortunadas que vivem pelas ruas e outros ainda vivem em companhia de famílias que os adoram e são tratados a pão-de-ló. Ser viralata não é problema. O triste é ser cão abandonado (e muitos de raça o são), passar fome e frio, não ter carinho, receber pontapés e pedradas. O importante é ser bem tratado. Afinal de contas ser viralata é ser como nós, povo brasileiro, mistura de muitas raças. Autor Desconhecido

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Cão é anfitrião de passageiros no Aeroporto Internacional de Miami Casey tem 3 anos, é da raça Golden Retriever e trabalha duas vezes por semana como voluntária no Aeroporto Internacional de Miami. Sua missão é simples: receber e dar carinho, e amenizar o tempo e a tensão natural dos passageiros nos portões de embarque – nacional e internacional. Casey e Liz Miller, sua dona, passeiam pelos saguões todas segundas e quintas, orientando os passageiros com dúvidas ou aqueles que estão só precisando de um agrado ou uma lambida. “Queremos ter certeza que todos estão tendo um dia agradável”, diz Miller. E de fato, Casey alegrou o dia da brasileira Carem Monteiro, que adorou a surpresa no portão de embarque, onde aguardava o voo de volta à Brasília. “A ideia é muito legal pra descontrair”, disse Carem, que visitava Miami pela primeira vez com o noivo, Victor Mendes Sutarelli. Miller já participava do programa de voluntários do aeroporto há um ano quando resolveu dois meses atrás inscrever Casey, que se tornou o primeiro cachorro a se juntar a esse grupo seleto de 80 pessoas que auxilia os passageiros. A cadela é treinada e certificada como cão de terapia. “Nosso objetivo como voluntário é tornar o tempo do passageiro no aeroporto o mais agradável possível e ajudá-lo como podemos”, diz Mill-

er. “Então pensei, por que não trazer Casey? No minuto que ela entra, as pessoas ficam mais leves, alegres, começam a conversar. Quebra o gelo completamente”. Os passageiros – adultos e crianças – batem o olho na adorável cadela e o sorriso é imediato. Liz conta que, recentemente, se emocionou quando uma senhora veio ao encontro de Casey, sentou-se no chão, colocou os braços na cadela e disse, “tive um dia péssimo. Esse cão fez a diferença”. A passageira era veterinária e tudo que ela precisava naquele momento era estar junto de um cachorro para tranquilizá-la enquanto esperava seu voo. E não é diferente com os comissários de bordo.

Mesmo correndo, prontos para entrar no avião com destino `a Brasília, Marcos Lopes e Larissa Bruch, ambos há seis anos na TAM, não resistiram: pararam para ver Casey. Disseram que nunca tinham visto um cachorro como anfitrião em aeroportos. “As pessoas ficam nervosas para o voo normalmente e ajuda bastante ter um bichinho ao lado”, diz Lopes. Bruch concorda. “Eu adoro cachorro”, diz a gaúcha, que tem dois em sua casa no Rio Grande do Sul — uma Yorkie e um gigante Dogo Argentino. A dona diz que recebe centenas de visitas na página de Internet da Casey e muitos e-mails de passageiros agradecendo o carinho. Marc Henderson, assessor de imprensa do Aeroporto Internacional de Miami, disse que essa iniciativa de


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Projeto Pêlo Próximo lança campanha para ajudar abrigo de idosos em Duque Caxias Liz e Casey ajuda muito a amenizar a tensão da viagem e criar uma experiência positiva dos passageiros. “Eu acho que isso é muito importante em um aeroporto que já tem stress suficiente, desde encontrar um lugar para estacionar, check-in, segurança até o portão de embarque. Com todo esse stress, você vê esse peludão de quatro patas que vem a seu encontro, e sem a menor preocupação com nada, só quer lamber seu rosto”, diz ele, “é lindo”. Quem quiser se comunicar com Casey, é só mandar um e-mail para: casey@miami-airport.com . Mas lembre que ela só fala inglês. Fonte: CN10

O “Projeto Pêlo Próximo - Solidariedade em 4 patas”, está com uma campanha de arrecadação para ajudar cerca de 58 idosos carentes do Abrigo Getsemani, em Duque de Caxias. A campanha que segue até o final do mês de abril, conta com postos de coletas em vários bairros do Rio (Vila Isabel, Flamengo, Méier, Jacarepaguá, Niterói, Petrópolis, Santa Teresa, Tijuca, Centro e Barra da Tijuca) está recebendo doações de fraldas geriátricas, alimentos não perecíveis, roupas e material de higiene. Para ajudar basta enviar um email parapeloproximo@gmail.com ou ligar para (21) 8829-9026/8004-8721. Além da campanha, o projeto busca parceria com empresas e/ou pessoas que queiram ajudar no fornecimento dos lanches para os idosos durante a visita dos cães, que acontece no dia 05 de maio. Para conhecer o trabalho do Projeto Pêlo Próximo visite o site www.peloproximo.com.br

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Casa Emilien Lacay Cruzada do Menor recebe visita de cães terapeutas

O Projeto Pêlo Próximo promoveu no sábado(14) uma visita dos cães co-terapeutas na Casa Emilien Lacay –Cruzada do Menor, em Jacarepaguá. Para essa visita, foram selecionados 15 idosos com tipos de patologias diferenciados, entre elas, Alzheimer, Mal de Parkinson, seqüelas de AVC, depressão, isquemia e dificuldades de locomoção. Os voluntários do Projeto Pêlo Próximo, realizaram com os idosos, exercícios fisioterápicos estimulando os pés e mãos, como a massagem no cão e escovação de pelos. Já no outro grupo, serão 26 crianças (de 2 a 5 anos) com quadros de agressividade, dificuldades de interação e problemas de coordenação motora, foram realizadas atividades de contato com os animais e o pet health, onde elas puderam examinar os animais como se fossem médicos, luvas, e auscultaram o coração dos cães, participaram de leitura de livros infantis , atividades de agility e show

dog. Conheça a Casa Emilien Lacay – Cruzada do Menor Situada em Jacarepaguá, o programa social da Casa Emilien Lacay surgiu, há dezenove anos, de uma parceria da Cruzada com a Sociedade de Beneficência Francesa, que doou a casa por comodato para que nela fosse desenvolvido um projeto para idosos. Desde então, a casa abriga o Centro de Convivência, para 70 idosos, e também uma creche para 150 crianças na faixa etária de 2 anos a 5 anos e 11 meses. O principal objetivo do trabalho social realizado pela Cruzada do Menor é orientar e apoiar crianças, jovens, idosos e seus responsáveis no desenvolvimento de suas habilidades, para que sejam capazes de promover melhoria na qualidade de suas vidas e contribuir para promover transformações positivas em suas comunidades.

Com uma equipe de profissionais qualificados e metodologia consistente, a Cruzada do Menor realizou mais de dois milhões e meio de atendimentos nos últimos dez anos. Atualmente, atende a 607 crianças na faixa etária de 4 meses a 6 anos em quatro creches; oferece complementação educacional a cerca de 600 (até o final de 2010) jovens de 17 a 19 anos em duas unidades, além de manter dois centros de convivência que atendem 100 idosos acima de 65 anos. As famílias são beneficiadas com oficinas de capacitação, palestras e seminários.


Número 9 - abril 2012 www.peloproximo.com.br

Projeto Pêlo Próximo participa da Comemoração do Dia Mundial de Conscientização do Autismo em Nova Iguaçu No dia 02 de abril, a equipe multidisciplinar do Pêlo Próximo marcou presença, a convite da Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Nova Iguaçu, na Comemoração do Dia Internacional de Conscientização do Autismo. O evento realizado na Casa de Cultura contou com a palestra de vários profissionais e depoimentos de mães de crianças autistas e com a presença da nossa equipe com alguns dos nossos coterapeutas. Palestraram no evento a coordenadora geral Roberta Araújo, a comportamentalista Elaine Natal, a psicóloga Carla Bello e a fisioterapeuta Carla Rodrigues, que apresentou os resultados parciais de uma pesquisa realizada pela USP e as evidencias da eficácia da Terapia Assistida por Animais (TAA) no tratamento de crianças autistas. No final da palestra, as crianças tiveram a oportunidade de interagir com os cães através de exercícios “lúdicos”.

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Pelo Próximo grava para a Boa Vontade TV e Globonews No mês de abril, o Projeto Pêlo Próximo contou com a participação das equipes da Boa Vontade TV e Globonews nas visitas da Pousada Residencial para Idosas, no Grajaú. A matéria da Boa Vontade TV ( canal 23 da Sky) foi ao ar no programa Vida Plena. A matéria da Globonews, foi ao ar no Jornal da Globonews do dia 18. Veja algumas fotos.


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Vagas Abertas

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Projeto Pêlo Próximo?

envie um email e receba a ficha de cadastro. inscrições prorrogadas até o dia 30/04. venha ser mais um pêlo próximo!! precisamos também de voluntários na área de psicologia, terapia ocupacional, pedagogia, enfermagem, assistência social, fonoaudiologia e fisioterapia. email de contato: peloproximo@gmail.com

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Bocejo do cão pode dar pistas sobre o comportamento humano Um grupo de investigadoras do ICBAS descobriu que os cães são sensíveis ao bocejo dos seres humanos. Este estudo pode ser o ponto de partida para descobrir as particularidades do comportamento humano. Os bocejos dos donos ‘contagiam’ os cães. Esta é a conclusão de um estudo realizado por um grupo de investigadoras do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade do Porto/PT (ICBAS). A idéia surgiu numa tentativa de tentar passar para a prática alguns estudos que propõem que o cão é sensível às emoções dos seres humanos. Para testar a sensibilidade canina, as investigadoras deslocaram-se à casa de diversos voluntários e apresentaram aos cães gravações de bocejos humanos. Os resultados mostraram que os 29 cães analisados reagiam mais vezes aos bocejos que reconheciam como sendo dos donos do que aqueles reproduzidos por pessoas anônimas. Karine Silva, uma das investigadoras, explica que ‘o bocejo está relacionado com um estado de ativação de emoções no ser humano’ e que ‘o cão está sensível a isso’. As investigadoras põem agora em perspectiva a idéia de que os cães podem sentir empatia pelos seus donos. Karine Silva fundamenta esta hipótese na existência de estudos neurocientificos que explicam que os ciclos neuronais envolvidos na sensibilidade ao bocejo são os mesmos que atuam em reações de empatia. ‘Uma coisa poderá estar relacionada com a outra, mas são precisas mais investigações’, afirma a investigadora.

A vertente útil deste projeto depende das investigações que terão de ser realizadas no futuro. Este grupo de investigadoras pretende usar o exemplo dos cães para tentar ‘explicar como é que as características individuais’, como o temperamento, a comunidade em que se inserem e a raça, ‘poderão afetar a reação às restantes emoções’. A investigação que for desenvolvida a partir destes resultados poderá dar pistas sobre o comportamento humano, incluindo casos particulares de indivíduos que, muitas vezes, não são sensíveis às emoções dos outros, como, por exemplo, os autistas. Fonte: TV124


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