Embaraçada

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Isabel era um adolescente como tantas outras. Tinha uma vida normal para uma rapariga de dezasseis anos. Amigos, preocupações, até mesmo aquelas dúvidas que surgem neste idade. Namorava com Paulo à cerca de um ano e sentia-se bastante feliz com a relação.


Paulo sentia que era o momento de dar o próximo passo. - E que tal amanhã em minha casa? Os meus pais não vão lá estar, ficamos mais à vontade… - propôs Paulo. - Não sei se estou preparada. – disse, receosa, Isabel. Mas depois de uma longa conversa, cheia de elogios, Isabel decide aceitar a proposta, principalmente porque não queria perder o seu namorado. O que diriam as suas amigas?


No dia seguinte, Isabel vai, então, até casa do seu namorado e, aí, têm a primeira relação sexual, sem uso de qualquer contraceção.


Passado algum tempo, Isabel começa a sentir-se indisposta regularmente e, o pior de tudo, a menstruação teimava em não aparecer. Resolve, então falar com as suas melhores amigas, Sara e Lúcia que, de certeza que iriam aconselhá-la. - Não sei o que se passa. Será que estou grávida? – perguntou Isabel. - Claro que não! Foi a vossa primeira vez. Deve ser só um atraso. – disse Lúcia. - É melhor fazeres o teste! – aconselhou Sara.


Isabel, para tirar todas as dúvidas, resolve seguir o conselho de Sara. Vai à farmácia com as suas amigas e compra o teste de gravidez. Já em sua casa, faz o teste e, surpresa, o resultado foi positivo. […]


1. Qual é a tua opinião relativamente às atitudes deste casal de adolescentes? 2. Como poderiam ter evitado a gravidez? 3.Qual é a tua opinião relativamente à interrupção voluntaria da gravidez? 4.Qual seria, para ti, a decisão que Isabel deveria tomar?


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Foram precipitados. Não deveriam ter tido relações sexuais desprotegidas. Se a rapariga não estivesse preparada não deveria ter cedido só com medo de perder o namorado. Usando métodos contracetivos. Sabendo que que ia começar a sua vida sexual, a rapariga poderia ter começado a tomar a pílula. Acho que não correto matar uma criança inocente. Em caso de crime sexual acho que é uma “boa” solução. Se não houver condições para criar uma criança o aborto deve ser uma opção. Só em casos excecionais.



Tendo em conta as respostas dos inquiridos, o final da história deveria ser assim‌


[…] A caminho de casa, Isabel começa a pensar na melhor maneira de contar aquilo aos pais. Chegada a casa, Isabel, respira fundo e conta sem rodeios que estava grávida. Apesar, de ter sido repreendida, os pais disseram que a apoiariam em qualquer decisão que tomasse. Com algum alívio, Isabel pensa: - A próxima etapa é contar ao Paulo.


No dia seguinte, na escola, Isabel conversa com Paulo e conta-lhe a novidade. - Como é que foi possível isto acontecer! Foi a nossa primeira vez! – disse Paulo. - Não sei o que fazer… Estou desesperada! - Isto vai-me estragar a vida! A melhor solução é o aborto. – aconselhou. - Não sei … mas, se calhar é a melhor solução para todos.


Foram, então, a um consulta e, depois de uma longa conversa com o seu médico de família, Isabel, e com o consentimento dos seus pais, toma a decisão final.

- Vou abortar!


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