A mãe exdrúxula

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A Mãe Exdrúxula Pedro Proença

waf BooKS


A Mãe © Pedro Proença 2017 © Waf Books 2017


Exdrúxula uma novela pseudo-gráfica de Pedro Proença waf BooKS



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o infortúnio de andar às voltas com as águarelas encontrou alguns parágrafos que denotavam anomia, linguas estranhas e corrompidas que imploravam um lugar de destaque. O imitador de falso autor teve em conta as onomatopeias que vagavam à margem das palhaçadas literárias. Fazia livros por desplantes e falta de carreira.

S

e por acaso se referia a mamilos de uma circunspecta Marina, era por candura de operário das letras — o dedicado marialvismo não vinha assumido, mas jorrava da torneira do autor consagrado (inconvenientemente anglicizado) que lhe empinava a verve. “Podes pedir mais esparregado para as esparrelas”, acrescentou a circunspecta madrasta. E os leitores sabiam as manhas implicitas nos lançamentos de livros e nos concílios literários.



T

inham-lhe dito que pagariam o Poema, mesmo sendo rasca, ou geracionalmente atilado. Piadolas era com ele. Linhas rasteiras que levavam ao êngodo. Cabriolices para exagetas pimpões aprimorarem os louros de identificarem citações contrabandeadas em bordeis, e latins retirados da latrina, como soi doer na carnoca, badocha ou magricelas.

A

língua chicoteia a língua, e no antro das letras dava beliscões ao indizível, feito verdadeiro safardanas do não dizer nada, ou muito pouco. A línguagem é uma verdadeira rotunda à qual lhe apetecem eternos retornos de barafustações e redundâncias. Só o ruído a safa. Qual é a tua língua agorinha, ó poeta da mula ruça? Identificas ou andas a fuçar para uma glória pateta?



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s gorduras sexuais encaminhavam a neurose. Ouviam-se os trémolos da Edith Piaf e umas guitarradas assanhadas. Passavam comédias com sotaque gaulês no écran. A irritabilidade e a coceira formam o estilo do estiloso que ainda para mais montava a sua própria memória como uma má paródia do Cão Andaluz. Remeniscências pop de surrealismos empinados nos cabelos em pé. Metáforas abomináveis e uma certa ambivalência de paquiderme.



E

m jovem (muito jovem) tinha publicado para si e só para si a magazine neo-dadaísta (com acne e um ingénuo machismo) chamada a Escória Mamalhuda onde sossobravam frases tiradas do chapéu como “branca e macia, inexcedível espanhola”. Era aspirante a arquitecto arguto, com travo poético, mais enamorado dos palácios renascentistas, com grotescos e piadolas, do que dos que porlongavam a linhagem de Gropius y sus muchachos.

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eferir-se a uma Anã Branca com batatas fritas de astrofísica não o impedia de vêr uma inversão da branca de neve rodeada pelos sete Gigantones, lastro alquímico de uma obra supérflua, mas os últimos atentados por toda a Europa davam no mínimo razão às notícias. O verdadeiro complot começa nas compotas da informação, meu cabrão.



A

última fuga dos pinguins do oceanário percepitara tudo e remetia-nos para uma mitologia pessoal açaimada na cólera romanesca. A morte de um pinguim no fim de uma novela com putas, piratas e bicos de papagaio, fora o grito do Ipiranga. Nenhuma dieta à base de produtos soi-disant de baixas calorias os ia reter ali, mesmo que se tratasse de peixe magro carente em omega 3. O crime perfeito, mas sensaborão, desde há muito eram as belas-artes, como refere a bibliografia em falta.

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oenças graves e linguagens exdrúxulas, eis a concomitância em queda, e a receita xaroposa. Requesitava turistas que aspiravam a ser pedintes em Lisboa (depois de reformados) para frequentarem de borla a sopa doa pobres na Mitra. Os infortúnios começam poer se acentuar nas primeiras sílabas.



A

lguns amigos do partido ainda se referiam, como muita coisa não tivesse passado entretanto, à esquerda caviar. O estimado autor, versado em línguas mais do que mortas, traduzia poemas Kaviar, directamente do inglês a fingir sânscrito. Gramáticas que suspiram de amor. Corações pífios, a precisarem de ligaduras e dos espectros que percorrem a Europa em busca de um nome forte que dê cabo do tal capitalismo de rastos. Golpes de mesericórdia bem merecidos a condizer com o que vem anunciado nos astros.



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taxista breve desfez-se da cigarreira manca. Sacudiu a mãe do seu menino e a lamechice franca. O retorno esgatanhado dos versos à memória roçava a pindériquice. Queijinhos da serra e enchidos regionais rodeavam as Odes de Píndaro numa edição recente. Seria uma boa ideia tentar mais uma vez, como diz no desenho ao lado, lançar-se na Odisseia de ler uma ode em Seia? Dilemas que acalentava a mordiscar mais uma sandocha na bomba de gasolina no pé da Serra.



E

mbirrava em últimas instâncias com tudo o que dizia respeito ao futebol, ronaldos inclusivé. Meteu-se na carripana e foi para as montanhas ver as vistas sinólogas com uma amiga que se metera ao barulho com uma barriga de aluguer. A realidade transcende as ficções e sobrepõe-se com a sua factualidade traiçoeira e quiçá desonesta às aspirações puristas ao divino (com côro eclesiástico).



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I

mplicações que se enforcavam de antemão no espólio do escritor desusado.

endo a mãe da obra estava em obras consideráveis na época estival.

A

morte da obra ainda não tinha sido aceite pelos que asseveravam a morte do autor, do homem ou de deus, mas esta era a primeira instância de um longo processo de desautorizações que paradoxalmente tinham um soporte biográfico e aulas de gastronomia on-line.



J

uras falsas nas conversas dos casais. Traições ao rubro. Insistências desconexas. Insinuações escalfadas. O ritmo de afiançar liberdades à beira de saír da prisa. Tudo em busca de uma enésima hipótese de recuperação, quer do prestígio, quer dos salários. O fandango da carestia e da precariedade. Será que a amas ou ela te ama? O bigode é uma garantia desconexa da aprovação das clemências sexuais. As tuas frases abusam da falta de sentido, meu querido. E agradeço-te mentalmente o teu falho interesse na nossa vida sexual. Até breve. Não te faltarão pulgas e carcassas com bolor.

U

ma jovialidade jarreta que atacava os comentadores e os anacoretas



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ispuseste-te a fazer um flash-back que te levou ao tempo das insónias, e dos sofrimentos que surfavam nessa onda com fraldas e biberons. Cães, bebés, ampulhetas, avós com patilhas, revelações bombásticas. Perdi-me querida no teu assombro de antanho. Mais uma vez não em vão.

Mantendo-se agarrado aos travessões e ao travesseiro, ignorante o conspurcado babelês que se palrava nas avenidas mais cosmopolitas: No fundo um empurrão bastava.



N

a autobiografia insistia na conexão evidente entre os programas de televisão Viver no Campo e TV Rural, como o rastilho da obsolescência de um país que não imaginava que as larvas da desertificação o irião minar em breve. Um monte de palha soalheiro era bem melhor do que as cidades tristes que se acinzentavam com os escapes automobilísticos. Foi aí que não deste conta que o aborto era uma banalidade arregimentada, e que o Salazar, finalmente, aprendera a morrer, da sua confortável cátedra ensimesmada.

Sínodos de banalidades a que aquiesciam as teralogias — a metalinguagem rói as ironias, e estas vingam-se lambendo ornamentos.



C

uecas estendidas nas janelas não davam conta da lenta libertação da mulher em curso. As patilhas vigentes referiam-se com veemência à palavra foder e outras dessa larva. O que podes estar aqui a insinuar, neste criticismo âmbulatório em modos de pescadinha de rabo na bôca, é que a mudança de léxico (inculcada na tua memória) correspondia no mínimo a uma ampliação sexuada do próprio tamanho do mundo. O mundo mesquinho e bem arrumado fora substituído por uma barulheira também léxical que aspirava a mais mundo do que o que vem simplificado na palavra infinito.

Estava na mesa a teoria, bastante idiota, da influência do azulejo sobre o fado, mas que no fundo batia certa.



F

oi devidamente convidado para mais um festival literário onde sabia que se iria aborrecer de morte, se não fosse a hipótese, talvez remota, de novas amizades, e os malévolos rumores que circulavam romanescamente entre escritores frustrados, à espera da oportunidade para uma queca macilenta e rápida que confirmasse o desastre sexual vindouro, propenso para recordações de espectros anatómicos.

Uma maravilhosa Vénus ao alcance de qualquer nacionalismo.



T

ens curtido confrontando-me com vorazes questionários, e eu deixei-me embalar na beleza das tuas perguntas. Como consequência tenho ensurdecido dado ao humor e ao amor, assim como à preferência de palavras curtas para dizer o essêncial. As compridas engasgam, minha cara, ou ficam tartamudeadas com restos de coelho desfiado. Mas no fundo gosto de rodriguinhos verbais e de dons rodrigos que em nada desajudam os diabetes.

É aqui que o caso mal se empina e logo muge. O amor tem destas coisas, sobretudo nos dividendos a retirar dos ovários. O cançonetismo, nacional ou internacional dá uma ajudinha.



E

m mim o arrependimento tinha-se oficializado enquanto a minha prole tocava Bach ora a favor ora contra a sua vontade. Encontrava no fundo das arcas informáticas velhos devaneios psicadélicos, por empatia, evidentemente. Um ar concertadamente infantil retirava-me o mérito para uns, ou acedia à simpatia para outros. A compustura perdera-a since the begining, como diria o papa Pound. Neste caso não era um erro, mas uma vocação, com palitos de la Reine e verve psicanalítica.

Convém macaquear o velho refrão: “em play-back é que tu és bom/ em play-back sem saír do tom”.



T

odos regressam, é a lei da vida. Seja à terra seja ao lar, ou ao nada que nos antecede e sucede. Não é preciso ser um espertalhão da auto-ajuda para insistir na questão essêncial: que fazer com esta dolorosa dádiva? Havia-os com os olhos fitos num além demasiado hipotético, pesem os deuses de diversa índole, unos ou aos molhos, ou o rufar dos espíritos exílados da natureza mas no fundo em conluio com ela. E depois, o que fazer com esta memória enquinada neste corpo? É um surto maravilhoso, ou é uma máquina de nos condicionar para as mazelas preferidas?

Todos se ausentam, é a lei da morte. E convém não esquecer as sardinhas para assar nas brasas do inferno.



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inda que o eco seja um recurso sobretudo barroco, na educação da prole tornara-se um personagem que reagia à transformação da realidade num reality-show. O cúmulo constatara-o uns anos mais tarde quando numa vígilia pascal se sucederam em catadupa batismos, primeiras comunhões e crismas, nalguns casos do mesmo neófito. O padre absorvera as técnicas dos programas matutinos e adequara-se aos tabus miméticos do mundo post-moderno. E com o dedo no ar a criança questionava se a Primavera Árabe era o prelúdio de rápidos verões, outonos e invernos. Já rufam os tambores e as bombas!

Há em cada um de nós um grandessíssimo camelo à espera de daer umas voltas ao bilhar grande.



Não desvalorizar o peuguísmo histórico (ainda que revisitado), ou outros leitmotivs ridículos das vanguardas.

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puzzle era a sua metáfora favorita para as relações amorosas, fosse ou não fosse banal. Ou encaixa ou não encaixa. Por vezes encaixa mal. Outras deixa de encaixar. Vidas a meias. Meias que se perdem nas máquinas, ou que ficam rotas. Rotas para itinerários diferentes. O regresso ao lar de idosos. Aguenta-te nos teus galanteios existênciais. As coisas rentes, rasas e rasteiras andam no teu encalço. Opulências de morfogéneses com figurinos de estilo. É pá, és tão descontinuo que até metes nojo!



A

satisfação bate em todos. É porreiríssima. Tendo em conta que o dar conta dos enredos que nos sucedem é essencial, como é que vamos pôr a narrativa autobiográfica e existêncial sobre rodas? A nossa sanidade repousa na pessoal multiplicidade de pontos de vista, herdada maliciosamente do cubismo e por regionalismo cultural das neurastenias do Fernando Pessoa. Ao sermos tão plurais como os pluriversos acabamos por pecar em estilo fragmentário e desonesto, mesmo na franquesa mais absoluta da memória? São confidências em catadupa com moscas e amplificadores (?).

O inevitável disparate do costume é agravado pela displicência ortográfica que tanto irrita o zeloso leitor.



O

Sol e a Lua seguem na sua carripana de erres por estradas em que os caracois se apressam. A vacilação política encontra comentadores desportivos alucinados, capazes de prédicas inflamadas. Tu tens uma memória que ladra. Ladra a tua maneira de esparramares em palavras. Ladra a história ridícula do teu país (os esbirros do tempo da Maria Pia, os deveres escrupulosos de Silva Pais). Algo conspira e está um belo dia. Não é agora que vamos perder por ti a consideração.

A constituição dos arredores é mais uma vontade política do que uma necessidade urbanística. Agrava-a o horror às alturas das ordens dos arquitectos.



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ara seres preciso na alfaiataria da linguagem asseveras que o divino (e a felicidade, consequentemente) se encontra na arte de bem talhar. Antes das artimanhas da montagem cinematográfica, o que está a mais (com vacas a ordenhar) deve ser destruído pela bela tesoura. Cônscias auto-censuras. Ao que te levam! Livra-te do peso do merdoso. Todas as palavras estão a mais, abafa o místico. Ou então dizes que Deus é a face e o Diabo o cú; mas que o corpo, senhores e senhoras, é o mesmo. Metáforas que te desnudam, que insinuam uma relação franca entre a alta costura, que deverá realçar a face e ocultar o cú. Arranjos de jarras e jarretas.

A despropositada componente pornográfica, apenas insinuada, induzia a precepícios de papel onde o capitalismo de origami se precepitava.



A

campava nos méritos do carnaval, com doutrinas em parte influênciados pelo travestismo, o mesmo que é dizer, transsexualidade episódica para ser acompanhada por olho alheio. Os trocadilhos que o atacavam referiam-se a velhas cerimónias hebreias, e não herbais (o Purim, meus caros), e a albuns de bê-dê clássica, francobelga (neste caso, como é óbvio, Carvão no Porão do Tintin, uma alusão ao tráfico de humanos, se não me equivoco, a pretexto de idas a Meca). Tratava-se ainda de asseverar, gnósticamente, o erro geral de tudo, do mundo como errata de outro mundo, mas a precisar de mais uma errata fora deste mundo. É, no entanto, um mundo onde se pode acampar e brincar aos massacres de cow-boys e índios.

Rebocos de campismo com lições religiosas e pedófilas tão habituais no escuteirismo. As crianças dormem, e os insuspeitos espreitam. O que faz parte da paisagem como alegoria agoirenta de mais outra revolução.



F

oi, precisamente, esse o tempo de uma novela indefenidamente inconclusa que mais tarde se veio a chamar, Palmeiras, Barrocos, Canibais. Uma prosa onde os gatos iam para desfiles amorosos em países bárbaros (em Bruxelas, Munique, Berlim, Innsbruck). O escritor tentava, com desconfiança, uma emigração em alto estilo para países do centro da Europa. Mas o clima e os idiomas eram deprimentes. Tinha saudades das toalhas de praia. A intuição estava certa. Havia que continuar preparado para o pior: para as dores, as crises, os actos nefandos, um caír em si mesmo, com exercícios adjacentes, gímnicos ou espirituais.

É reprovável fazer uma Apologia do Pina Manique? A pide nunca existiu? O políticamente correcto nunca te pôs erecto? Ah, falocrata de merda, vai para as Antilhas mamar conservas!



I

ncompatibilidades com o mundo dos aduladores vinham de longe e não ajudavam na carreira camionista. Num período em que a massa fluía dos cofres do estado e em que muitos se queixavam dos efeitos perniciosos do mercado, o escritor acantonou-se, meteu-se no seu cantinho de rato sem sequer dar à luz obras-primas. Ao menos fora o amor, ou os ossos do ofício compensassem. Conversas na cama sobre mealheiros? A obscuridade é uma rameira. Sabes fazer um bom pulau?

S

ubsídios para anamnéses. Roer o osso de Deus, na sua versão feita carne, e não em espelho ou enigmas. Agorinha, face a face. Despedindo entretanto os profetas.



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a inóspita hospedaria onde tudo enlouquecia aproximava-se outro milénio. As dedicadas causas ressurgiam do lixo, assim como novas crianças. Há-de haver algo propício em tudo isto. O grande herói da guerrilha era agora uma espécie de anseolítico. E eu bem precisava, pois uma década antes tinha-me metido na causa com certos imbróglios à mistura. E pra mais havia os Guterres. Os Guterres de cá e os das antípodas. Ambos dão artigos de enciclopédias livres e pimenta na lingua. Há um mundo traumático, querida Karina, que ainda não ficou defenitivamente para trás.

A

balbúrdia acariciava o significante flutuante. O comentador desportivo teve mais um sobressalto lamecha (entre fintas e penaltis) e apoderou-se do corpinho mesmo à mão. Invectivas xaroposas, indelicadas, de má pinta, acompanhadas pelo sorriso nefando da cúmplice do costume.



R

egresso aos problemas literalmente epidérmicos. Não, não se trata de sarna, mas de um ressurgir cutâneo muito idêntico à alergia (violenta) que me provocou o sisal. Não sei se tudo provinha da influência (pagã) do Eduardo Batarda, se de um certo infantilismo (com papas e comida bem esmigalhadinha), se do excesso de citações do Finnegans Wake que polvilhavam as páginas como excrecências verbais, ou bonitos despropósitos. O clamoroso grito de Budonga, novela incipiente que aclimatizou práticas artísticas adjacentes, tornara-se um mito, tipo Utopia arqueológica, ruínas de uma civilização absurdamente demandada, mas que permitia figurações e especulações arquitectónicas.

O horror às multas faz parte do horror do automobilista à multiplicidade. O sujeito encerra-se nas couraças metálicas do seu carrito, e sente-se protegido dos desconfortos das massas e do caracter catastrófico da História.



S

endo uma novela que estamos destinados a escrever mal, com doenças venéreas ou geriátricas, é obrigatório referir Gauguin, aquele que de todas as maneiras quis dar o fora, evadir-se, explicar-se, saracotear-se, definhar em funestos exotismos. Ou todas as histórias com um fundo materno. Concluíndo: sabemos que a fuga aproxima mais que a demanda. E se esta for espiritual ainda mais para o torto dá. Sem cabriolices de essencialismos. Sem postas de pescada de filósofos. Também não é preciso meteres-te em canoas, ou desgastar-te (sim, é essa a palavra) em meditabundas meditações. Citando, como má finalização, para além de todas as paralogias, paroxismos, plágios, investiduras, paramentos: “itself is itself alone” (1) — nada de sumos ontológicos e outras iguarias!

(1) for Earl Hoovedsoon’s choosing and Huber and Harmen orhowwhen theeuponthus (chchch!) eyslt of binnoculises memostinmust egotum sabcunsciously senses upers the deprofundity of multimathematical immaterialities wherebejubers in the pancosmic urge the allimmanence of that which Itself is Itself alone (hear! Ó hear, Caller Errin!) exteriorises on this ourherenow plane in disunited solod likeward and gushious bodies with (science, say!) perilwhitened passionpanting pugnoplangent intuitions of reunited selfdom (murky whey, abstrew adim!) in the higherdimissional selfless Allself. (Joyce. Finnegans Wake, 394.32-95.02)


apanhado no bafo bacôco de frases nada insurrectas demos à sola do texto & procuramos nas evidências melífluas a peta que salvará tudo e todos


Este Livro, cujo impulso visual antecedeu o presente milénio (1998-1999?), foi terminado, finalizado, escrevinhado, paginado e acompanhado à guitarra nestes últimos dias de Maio de 2017 e composto em secretariado. Tenha o leitor a fineza de o treslêr a seu bom grado, de frente para trás, do meio para os ladods, a fazer o pino, a assoar o nariz, a empertigar-se com graçolas, a pedir esmola ou a morrer de tédio.


eis uma página gráficamente inútil quando o livro já não adianta mais nada


No jobs for the boys (Antรณnio Guterres)

And then. Be old. The next thing is. We are once amore as babes awondering in a wold made fresh where with the hen in the storyaboot we start from scratch.


Esta é a contracapa, amável (ou hipócrita, ou ainda benévolo) leitor. Confesso que não me meti em sarilhos por ela. Uma Mãe Exdrúxula vale bem a pena se a alma não é pequena.


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