Nós em Rede | Valores que nos movem

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PUBLICAÇÃO SEMESTRAL DA COORDENAÇÃO DE PASTORAL DA PROVÍNCIA MARISTA DO RS – ANO 4 – Nº 5 – 2012

PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA COORDENAÇÃO DE PASTORAL DA PROVÍNCIA MARISTA DO RS – ANO 2 – Nº 4 – 2011

Nósem rede

Valores que nos movem Conheça os valores institucionais que guiam os rumos da Província e inspiram o nosso caminhar Páginas 5 a 9

grupos de voluntariado e a vivência da solidariedade

OS JOVENS E OS VALORES DA MÍSTICA DA PJM

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COORDENAÇÃO DE PASTORAL

Valores que inspiram o nosso caminhar Você tem em suas mãos a primeira edição deste ano do Nós em Rede que, em 2012, passa a circular semestralmente. Trazemos como tema central os valores institucionais da Província Marista do Rio Grande do Sul, que, a partir de distintos olhares, inspiram todos os demais assuntos desta edição. Definidos no fim de 2011, com o novo Plano Estratégico da Província, os valores institucionais são uma síntese do que tradicionalmente temos vivido e buscado como maristas. O nosso desafio é vivenciá-los e disseminá-los nos espaços onde atuamos. Na editoria Pastoral nas unidades você vai conhecer detalhes dos projetos de voluntariado realizados no Hospital São Lucas e no Colégio Marista Rosário. O voluntariado é uma forma de inspirar e de certa forma concretizar a vivência dos valores. Na editoria de Missão, Ir. Geandir Luis Wermann conta um pouco das experiências que vivenciou na África, como missionário marista. A Pastoral Juvenil Marista apresenta os valores que busca desenvolver através das vivências grupais. Na página sobre as Diretrizes, o assessor de pastoral Marcos Broc aborda o tema da formação como expressão de cuidado com as pessoas, fundamental para a compreensão da Missão que partilhamos e do engajamento à causa marista. Desenvolver e vivenciar valores é missão daqueles que se comprometem com uma formação integral, que, além da qualidade acadêmica, prezam a formação humana, em vista da construção de um mundo justo, fraterno, digno. É missão daqueles que optaram por seguir o Mestre, que quer “vida, e vida em abundância” (Jo 10,10). Ir. Deivis Fischer Gerente da Coordenação de Pastoral

EXPEDIENTE Informativo da Coordenação de Pastoral da Província Marista do Rio Grande do Sul Porto Alegre - RS Ano 4 - Nº 5 - 2012

Colaboraram nesta edição: Aline Cunha, Karen Silva, Jaqueline Debastiani, José Jair Ribeiro, Maria Lucia Machado, Marcos J. Broc, Miriam Quarti da Silveira.

Coordenador: Ir. Deivis Fischer

Produção: Comunicação Corporativa

Textos: Letícia de Castilhos e Lidiane Amorim

Edição: Lidiane Amorim e Rosângela Florczak

Fotos: Arquivo Coordenação de Pastoral, Unidades Maristas e Assessoria de Comunicação da PUCRS.

Diagramação: Roberto Winck

Revisão: Ir. Salvador Durante Jornalista Responsável: Rosângela Florczak (DRT 4862/94) pastoral.pmrs@maristas.org.br

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Novos rumos da Província: o que mudou na Pastoral? Em agosto de 2011, a Província Marista do Rio Grande do Sul (PMRS) assumiu um novo modelo organizacional e de governança, que significou mudanças na sua estrutura, criação de novos setores, novas nomenclaturas, mas fundamentalmente novos modos de liderar e gerir os processos da Província. No lugar da Assessoria de Pastoral, a Asdepas, nasce a Coordenação de Pastoral. Não se trata apenas de uma mudança de nome, mas sim, da abrangência da nossa atuação. Nossa missão passa a ser de impulsionar, orientar, acompanhar e avaliar a ação evangelizadora em toda a Província. Sendo assim, Colégios, Unidades Sociais, Universidade e Hospital passam a caminhar juntos também no que diz respeito à ação pastoral. Quando falamos de ação evangelizadora, é importante lembrar que estamos tratando do sentido de evangelizar expresso na Encíclica Evangelii Nuntiandi, n. 19: Chegar a atingir e como que modificar pela força do Evangelho os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade. Isso significa inspirar-se nos valores e critérios que o Evangelho propõe e é nessa perspectiva que caminha a missão marista. Para impulsionar esse processo, estamos sistematizando uma série de programas que buscam proporcionar experiências diversificadas para o desenvolvimento e vivências dos valores maristas. Também realizamos o acompanhamento sistemático das unidades, em todas as frentes de atuação da Província, orientando e direcionando os processos pastorais. Além disso, oferecemos conteúdos e formação aos pastoralistas e buscamos espaços de formação e participação de crianças, jovens e adultos. Cada pessoa envolvida com a missão é convidada a se engajar nesse processo e caminhar conosco, evangelizando por meio da sua atuação, do seu exemplo e da vivência dos valores maristas. * Encíclia escrita pelo Papa Paulo VI, em dezembro de 1975, sobre a evangelização no mundo contemporâneo.


sumário

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Pastoral nas unidades / Dois exemplos de grupos de voluntariado que transformam a realidade de bebês, crianças, idosos e famílias inteiras.

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Especial / Que valores nos inspiram? Saiba mais sobre os valores institucionais e como eles são vividos no COTIDIANO.

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PJM / Tesouros que transbordam: jovens falam dos valores da mística da PJM.

Missão / Irmão Marista conta sua experiência como missionário na África.

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Diretrizes / Cuidar para não deformar. Artigo motiva reflexões sobre as dimensões do cuidado.

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Nós em rede / Confira imagens da ação pastoral nas unidades da Rede Marista. 3


Pastoral nas unidades

Quando os valores se transformam em ações Os valores institucionais, mais do que crenças e princípios de uma organização, devem também se revelar em ações, vivências, na atuação das pessoas que compõem a instituição. Nesta edição, trazemos dois exemplos de vivências do valor solidariedade, projetos que mostram a preocupação em ensinar e exercer o olhar ao próximo, a sensibilidade em relação à realidade dos outros. “Uma experiência inexplicável, que agrega muito valor para a minha vida” é assim que a estudante Geórgia, do Colégio Marista Rosário, descreve a sua experiência com o voluntariado. Ela faz parte do Grupo de Voluntariado do colégio, criado em 2008, que além de incentivar a comunidade escolar para o desenvolvimento de ações sociais, contribui para a transformação da realidade de crianças, jovens e adultos de hospitais, asilos e centros sociais de Porto Alegre. O Grupo iniciou com oito voluntários, no ano seguinte este número dobrou, e atualmente reúne mais de 60

estudantes, de 8ª série do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. A ideia inicial de visitar hospitais ganhou grande proporção e hoje o grupo realiza ações no Hospital Santo Antônio – Complexo Santa Casa, Asilo Padre Cacique e Serviço de Apoio Socioeducativo (Sase), no Centro Social Marista Ir. Antônio Bortolini. No início de cada ano letivo, os interessados em fazer parte do Grupo se inscrevem diretamente com a Prof.ª Greice Paula Menna Barreto, coordenadora do Grupo, e são divididos em grupos de trabalho. O grupo das bonecas oportu-

niza entretenimento com brinquedos aos quais normalmente os atendidos não têm acesso. O grupo da tatuagem se encarrega da pintura facial, e o grupo da pintura proporciona momentos de produção artística. Há também o grupo das manicures e o grupo da recreação. Cada um deles possui dois coordenadores, estudantes responsáveis em animar o grupo e envolvê-los nas dinâmicas, além de organizar as atividades para as entidades a serem visitadas. A dimensão do cuidado está presente tanto nos encontros internos da equipe, quanto nas ações realizadas nas organizações parceiras, desde o carinho com os idosos, a atenção para as crianças e o zelo com a natureza. O Grupo se reúne todas as sextas-feiras à tarde, turno inverso da aula dos voluntários, e a cada semana eles realizam uma ação diferente. Em cada visita, cerca de 40

Voluntários do Marista Rosário transformam a rotina dos idosos no Asilo Padre Cacique 4


Grupo de Voluntariado do Marista Rosário realiza visitas mensais às entidades parceiras

Estudantes aprendem na prática o valor da solidariedade

Voluntários da ABA ajudam na arrecadação de doações para as mães da UTI Neonatal

Arquivo Fotográfico/ASCOM/PUCRS

pessoas são atendidas pelos voluntários. A iniciativa já conquistou reconhecimento estadual. O Grupo foi premiado pelo Sindicato do Ensino Privado do RS (Sinepe/RS), em 2009, na categoria Responsabilidade Social – Participação Comunitária.

Cuidado e dedicação que salvam vidas Anualmente, são realizados no Hospital São Lucas (HSL), da PUCRS, mais de 3.600 partos, com atendimentos pelo SUS, convênios e particulares. Deste grupo, alguns bebês nascem prematuros, ou melhor, “apressados”, como carinhosamente são chamados no HSL. Amor e carinho são fundamentais para o desenvolvimento do bebê prematuro. Pensando nisso, o Coordenador da UTI Neonatal do HSL e Professor da Faculdade de Medicina da PUCRS, Dr. Renato Fiori, idealizou, juntamente com um grupo de voluntários o grupo de voluntariado Amigos dos Bebês Apressados (ABA), que atua na UTI Neonatal. A Presidente e Vice-presidente do ABA, Zaira e Luanda Luft, respectivamente, são responsáveis pelo apoio externo, doação mensal de fraldas e organização do brechó para arrecadar fundos. Há um grupo de voluntários que colabora por meio de doações, e outro com seis voluntários permanentes que atua no Hospital, possui contato direto com os pacientes e familiares, acolhe e possibilita às famílias maior permanência junto aos bebês. Para a Coordenadora do Grupo de Voluntários ABA, Prof.ª Iára Claudia, “comprovadamente é um momento muito delicado para a vida e futuro do bebê, então o vínculo que se estabelece entre a mamãe e o bebê prema-

Atividades como o Mont Tricot são ensinadas às mães e familiares que passam pela UTI Neonatal

turo é determinante no desenvolvimento da criança”. A solidariedade e o cuidado permeiam todas as ações do ABA, que têm como objetivo auxiliar no fortalecimento da mulher/mãe, para que ela consiga permanecer junto à incubadora, para amamentar e dar carinho ao seu bebê. O grupo também orienta os familiares sobre os cuidados com os recém-nascidos durante a internação e após a alta hospitalar. Além disso, conseguem doações de fraldas descartáveis, roupas, enxovais, materiais de higiene e leites especiais. O ABA atua na maternidade do São Lucas há oito anos e desenvolve inúmeros projetos. Um deles é o Projeto Ouvir, que garante o acolhimento das mães e atendimento em parceria com o Serviço Social e Psicologia. Já o Projeto Maninho proporciona atividades aos irmãos dos bebês internados, e o Mont Tricot, uma

arte manual, realizada com novelos de lã é ensinada a mães e familiares. As pessoas que aprendem esta técnica assumem o compromisso de passar este conhecimento adiante, atitude denominada pela Prof.ª Iara de “moeda da solidariedade”. Para fazer parte do ABA os voluntários devem ter de 18 a 70 anos e ter cadastro na Avesol (Associação do Voluntariado e da Solidariedade). Organizados em grupos, os voluntários interessados participam de um primeiro encontro, em que são explicados os procedimentos e regras de conduta para o voluntariado na saúde. Na segunda etapa, eles começam a atuar no projeto, acompanhados do “anjo”, voluntário mais experiente, responsável em auxiliar os novatos. Mesmo que cada voluntário atue nos dias e horários negociados com o HSL, eles recebem formação periódica e acompanhamento da Coordenação de Voluntariado do hospital. 5


ESPECIAL

Valores institucionais: nosso jeit viver o carisma e realizar a m O que diferencia o nosso modo de ser como instituição? O que inspira a nossa atuação, o nosso modo de ser marista e realizar a missão em todas as suas dimensões? O que há em comum entre Irmãos, Leigos, Educadores, Colaboradores, todos aqueles que hoje são responsáveis pela obra de São Marcelino Champagnat? Junto ao carisma e à espiritualidade, os valores institucionais dizem para a sociedade quais são os princípios que norteiam o nosso modo de atuar no mundo, o nosso jeito de ser congregação, de ser escola, hospital, unidade social, universidade, editora. Eles pautam as prioridades e atitudes diante dos desafios e inspirar comportamentos não só da instituição, mas de todos nós, que fazemos parte dela. Você já deve ter ouvido falar nos sete valores provinciais, que começaram a ser divulgados no início de 2012, junto ao novo Plano Estratégico da Província Marista do RS. Talvez você tenha se perguntado por que estes foram os escolhidos? Não foi uma tarefa fácil eleger os valores de uma instituição que, ao longo de sua história, foi sendo reconhecida por uma série de características e princípios tão próprios. No entanto, assim como outras organizações o fazem, é necessário eleger aqueles que irão inspirar os nossos posicionamentos e darão sentido a todas as nossas ações.

Plano Estratégico para 2012-2022, o Conselho Provincial optou por revisar os valores institucionais. Irmão Roque Salet, que participou de todo o processo, conta que de uma lista inicial de 27 valores elencados, foram selecionados os sete que possuíam uma ligação mais genuína com a nossa origem e com a história e trajetória de Champagnat. “Temos que manter presentes os valores que vêm da raiz, das origens da congregação. O amor ao trabalho, a simplicidade, a humildade, o amor a Maria, a presença, são características que estão presentes desde a origem do Instituto. O outro critério foi a atualidade. Que valores, dentre esses que estão enraizados em nós, somos chamados a praticar nos dias de hoje?”. A audácia e a solidariedade são exemplo de valores que claramente conseguimos identificar na trajetória do fundador, porém por muito tempo não estiveram em evidência nos escritos sobre Champagnat. Por outro lado, são valores de grande importância para o contexto em que vivemos. “Esses dois valores receberam uma expressão mais marcante, a partir dessa escolha. A audácia só começou a aparecer nos estudos há uns 20 anos. No entanto, sabemos hoje que Champagnat foi um homem extremamente audaz diante de tudo que enfrentou na época da criação da congregação”, ressalta Ir. Roque. O Diretor do Secretariado Irmãos Hoje*, Ir. César Augusto Rojas Carvajal, da Colombia, acredita que os valores escolhidos são a essência da espiritualidade e do carisma marista e continuam sendo atuais e necessários para a vida em sociedade. “Diante da difícil situação pela qual o mundo passa nos dias de hoje, valores como amor ao trabalho, espírito de família, simplicidade, audácia e os demais escolhidos, são um verdadeiro chamado a recriar o mundo com um novo estilo de vida, que permita fomentar os sentimentos de fraternidade e vida feliz entre todos nós”.

Somos chamados a viver os valores assim como o fez Champagnat

O processo de escolha: fidelidade às origens O movimento de definição dos valores provinciais coincidiu com um importante momento de transformações na gestão e nos processos da Província. “Tudo começou com o 3° Capítulo Provincial, celebrado em dezembro de 2009, que elegeu o Conselho Provincial e recomendou-lhe que levasse em frente as seis prioridades estabelecidas naquela assembleia. Entre elas está a reformulação e implantação gradativa da estrutura organizacional da Província. Entendemos que, à luz do 21° Capítulo Geral, deveríamos caminhar rumo a uma nova terra”. Concomitantemente ao processo de reestruturação, citado no relato acima, do Provincial Ir. Inacio Etges, e da elaboração do 6


eito de missão *O Secretariado Irmãos Hoje integra o programa de animação e governo do Conselho Geral do Instituto, e tem como objetivo dinamizar e promover, a partir de várias frentes, tudo o que se relaciona com a vida e a consagração do Irmão Marista. Saiba mais em: www.champagnat.org

Para além das molduras e das violetas Quem visitar a Sede Provincial irá se deparar com os quadros que retratam a Missão, Visão e os sete valores provinciais escolhidos: amor ao trabalho, audácia, espírito de família, espiritualidade, presença, simplicidade e solidariedade. Talvez você já tenha recebido a violeta dos valores que traz o significado de cada um deles. São subsídios criados para que lembremos o sentido e a importância de tais palavras, no entanto, compartilhamos o desafio de transcender o papel. É preciso fazer com que os valores não se limitem à moldura e às violetas, ou aos discursos que emitimos, mas brotem do nosso fazer e inspirem-no constantemente. “Eles representam o pensamento, o coração, as virtudes congregacionais e institucionais. Por isso devem ser vividos do ponto de vista canônico, pelos Irmãos, individualmente e em comunidade, e também do ponto de vista institucional e jurídico, e inspirar o comportamento de todos os colaboradores, de todas as nossas unidades”, afirma Ir. Roque. Somos chamados a viver os valores assim como o fez Champagnat. A amar o trabalho como ele amava evangelizar pela educação; a enfrentar os desafios com disposição e audácia; a zelar pelo espírito de família, acolhendo o diferente, mantendo um ambiente de trabalho afetivo e saudável; a cultivar e viver a espiritualidade, tendo Maria, Jesus e Champagnat como inspiração; a sermos presença significativa e transformadora, que, com simplicidade, suscita o que há de melhor nas pessoas e, finalmente, a sermos solidários, sensíveis aos demais, especialmente aos empobrecidos. 7


ESPECIAL

Valores para serem vividos Como você pode ver, os valores não foram criados arbitrariamente, e por estarem presentes desde a origem da congregação e manterem-se vivos com o passar do tempo, não é raro encontrar, nas nossas unidades, pessoas cujas práticas são visivelmente inspiradas por eles. Veja o relato de Irmãos, Leigos e Colaboradores que mesmo antes dos valores serem oficializados, já os traziam no seu fazer diário, na sua postura, no seu modo de dar sentido à missão e realizá-la na sua comunidade.

SIMPLICIDADE SOLIDARIEDADE

PRESENÇA

Somos sensíveis às necessidades dos outros. Damos atenção especial aos pobres e excluídos. Buscamos auxiliar as pessoas por meio da partilha de dons pessoais e de bens materiais, promovendo a paz, a justiça e a vida, como sinal de esperança ao mundo.

Buscamos criar um clima de harmonia, cuidado e respeito, por meio da presença atenta e disponível nos ambientes onde se desenvolve a nossa missão. Como um elemento importante da pedagogia marista, empenhamo-nos em estar próximos das pessoas, cultivando uma relação de confiança.

A solidariedade é um valor que não se adquire do nada, necessita de experiências para ser incorporado, para ser partilhado. É um valor que não existe na individualidade e só se concretiza na coletividade, na relação com o outro e por ele. Pressupõe ação e fé espontânea em servir, dar água, comida, o ombro, sem esperar nada em troca, apenas a sensação, no caso dos cristãos, de estar revelando ao próximo a face do Cristo Ressuscitado. Unir-se em solidariedade é externar o amor individual, abrir-se em prol do senso de justiça e de Paz, onde a vida é gestada e cuidada.

Ser presença é estar presente e atuar com coerência em relação a este valor. Está sempre presente aquele que ama o que faz, e com isso transforma, seja qual for a área de atuação. Sabe-se que o afeto estabelece um clima de diálogo, confiança e sinceridade, favorecendo o desenvolvimento pessoal e coletivo, sendo responsável também pelo estabelecimento de um bom clima na Instituição. É a presença que leva ao acolhimento, à atenção e ao fortalecimento dos vínculos afetivos, tão necessários para todo e qualquer empreendimento humano.

Ir. Miguel Antônio Orlandi Coordenador da Avesol

Alexandre Dias Lopes, Diretor do Colégio Marista Santa Maria

Adotamos um estilo de vida simples em nível pessoal e institucional. Procuramos ser autênticos, reconhecendo nossas potencialidades e limitações. Tratamos a todos com respeito, suscitando o que há de melhor em seus corações.

A simplicidade é um dos valores que precisa ser cultivado todos os dias. Ser simples significa não complicar o que pode ser expresso ou vivido de forma natural, espontânea, intuitiva, aceitando com humildade os fatos cotidianos e as pessoas que nos rodeiam. Assim, temos a oportunidade de nos tornarmos melhores, reconhecendo nossas potencialidades e superando nossas limitações. A simplicidade pode estar presente em qualquer ação: uma palavra gentil, um estender a mão, um olhar afetuoso, um gesto fraterno, um ouvir atento, atitudes simples que, simultaneamente à sua realização, também educam pelo exemplo, o que nos permite contribuir para a construção de uma sociedade justa e ética. esperança ao mundo. Prof.ª Drª. Valéria Lamb Corbellini, Coordenadora de Integração Ensino-Serviço na Saúde (CIESS)/Prograd/PUCRS e Prof.ª da Faculdade de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia

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ESPIRITUALIDADE Procuramos viver de acordo com o evangelho, tendo maria e são marcelino champagnat como inspiradores do nosso jeito de ser e atuar. A espiritualidade é a força propulsora que dá sentido e harmonia às nossas vidas. Ela ilumina a nossa compreensão do mundo e orienta o nosso relacionamento com deus, conosco, com as pessoas e com a natureza.

A trajetória de alguns anos de aprendizagem sobre o Patrimônio Espiritual Marista e a vivência na Rede de Espiritualidade da América Latina e da Comissão de Espiritualidade do Brasil e da Província fizeram com que meu entendimento, minha consciência e a compreensão do que é espiritualidade mudasse por completo o modo de ver e de sentir o universo, as coisas, os acontecimentos, a história e de modo especial, a minha vida pessoal, a vocação marista e a missão. Abriu os meus olhos para “ver Deus em todas as coisas e todas as coisas em Deus”. Meu olhar, antes inquieto, ansioso e julgador, agora pousa terna e demoradamente sobre todas as maravilhas que me cercam. Despertei minha mente para compreender e discernir os sinais de Deus, os acontecimentos da minha história e da história da humanidade. A vivência da espiritualidade, para mim, se revela no despertar diário enamorado de um Deus que nos beija a fronte ao dar-nos as boas-vindas em um novo dia. Hoje, espiritualidade é rezar a vida e viver a oração. Uma oração encarnada, pessoal e comunitária, que faz de tudo e de todos tema de conversa com Deus e sujeito de sua ação salvadora. Uma oração que abre cada recanto de nossa vida à luz iluminadora da Palavra lida a partir do povo: desafio e fonte de energia. Que contempla a presença libertadora de Deus no cotidiano, enquanto vai escrevendo sua Palavra hoje, em nosso dia a dia. Viver em Deus e com Deus. Viver na companhia de alguém é compartilhar a vida, convidando-o a estar com a gente durante todo o dia e em todas as tarefas diárias, seja ao acordar, trabalhar, almoçar, passear, comprar, estudar, enfim, tudo o que fizer, fazer na companhia de Deus, de Maria, de Champagnat.

AUDÁCIA Agimos com espírito empreendedor, atentos aos sinais dos tempos, tomando, quando necessário, decisões inéditas e corajosas para enfrentar o novo, explorar novas possibilidades e promover mudanças.

Falar de audácia é falar de coragem, persistência em viver cotidianamente o que se acredita, o que faz sentido na constante lapidação de ser humano. Lapidação que inicia em minha própria pedra bruta, permeada pelas relações, e que ocorre também quando aceito e vivo experiências que me mostram, apontam, desacomodam. Meu trabalho tenta colaborar com estes processos nas instâncias individual e coletiva, quando apresento as pessoas para elas próprias, mas compete a cada uma ter a coragem, a audácia, de querer conhecer-se, descobrir o que está encoberto, acordar para o adormecido e, assim, mudar e ver novas possibilidades na própria vida. O inédito está sempre se apresentando, porém, precisamos ser audaciosos para aceitá-lo. Em minha prática, no Cesmar, se a audácia não estiver por perto, ficará difícil o trabalho de mostrar as muitas possibilidades dentro de um quadro social tão desfavorecido no qual essa comunidade está inserida. Só acreditando, só sendo corajosa, só sendo audaciosa, só fazendo sentido. Ana Luiza Amaral Ruiz, Psicóloga Social Comunitária do Centro Social Marista de Porto Alegre

Ir. Genuíno Benini, Diretor do Colégio Marista Conceição

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Gilson Oliveira/ASCOM/PUCRS

ESPECIAL

AMOR AO TRABALHO Realizamos o trabalho com disposição e espírito cooperativo, desenvolvendo talentos e colocando-os a serviço do bem comum. Por meio do trabalho cumprimos a nossa missão e participamos da obra da criação, como protagonistas na construção de uma sociedade justa e fraterna.

O ambiente da Universidade é um espaço multidisciplinar de construção de conhecimentos, de formação de pessoas, de troca de saberes e de inovação, que me motiva para trabalhar com muito amor e dedicação. Esta demonstração de afeição ao trabalho começa durante o trajeto de vinda à Universidade, quando suscito o pensamento de que se faça sempre a vontade de Deus, e que aceite sempre o que Deus quiser. Por esse motivo, sempre irradio a minha chegada com múltiplos bons-dias, breves diálogos e o encontro alegre com os colaboradores. O amor que sinto pelo que faço ajuda a tentar sempre realizar o melhor, propiciando o estar bem comigo e com os outros, sentindo-me mais próximo de estar cumprindo a minha missão. João Dornelles Júnior, Pró-Reitor de Extensão da PUCRS

ESPÍRITO DE FAMÍLIA Afirmamos nossa pertença a uma família onde se irradia o amor, a entreajuda e a alegria. Buscamos estabelecer um ambiente de aconchego e proximidade. Acolhemos o pluralismo e a diversidade, aceitando-nos diferentes e complementares. Colocamos os interesses comuns acima dos pessoais.

Quando penso no meu trabalho, educar crianças e jovens, agradeço a Deus por fazer parte da construção do sonho sonhado por Champagnat e construído diariamente por cada um de nós. Um sonho que nos une, nos identifica e nos compromete como família. Temos um jeito próprio de fazer educação, fazemos com amor, com brandura, acolhemos com simpatia aqueles que chegam às nossas unidades e muitas vezes ao longo do dia dirigimos nossas preces à Boa Mãe, caminho seguro para tornar seu filho, Jesus Cristo, conhecido e amado. Neste espírito de família construímos a nossa prática. Pensando desta forma acordo feliz todas as manhãs, em poder contribuir com o meu trabalho para que o sonho se torne realidade. Ângela Maria de Abreu, Coordenadora de Pastoral do Colégio Marista Champagnat

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Por mais de três anos, Ir. Geandir exerceu sua missão em cidades angolanas

MISSÃO

Viver a missão em terras africanas Ir. Geandir Luis Wermann Tornar-se marista é estar a serviço do Reino de Deus do jeito de Maria. Durante o meu juvenato e o postulado (etapas de formação dos Irmãos Maristas) convivi com os Irmãos Inácio Gregory e Nelson Feix que fizeram uma rica experiência de missão no continente africano, e a partir dessas experiências relatadas, incutiram em mim esse sonho. Depois de meses de preparação de documentos para o visto, fui para Angola no dia 23 de junho de 2008. Cheguei na cidade de Luanda (capital do país) e compus comunidade com os Irmãos dessa comunidade por uma semana. Após, fui para a comunidade dos Irmãos em Kuito, Província Bié. Lá desempenhei minha missão até o dia 15 de novembro de 2011, data do meu retorno ao Brasil. Foram mais de três anos de vivência intensa, atuando em diversas frentes.

Desenvolvi momentos de formação humana com os alunos da nossa Escola de Formação de Professores, atuei como professor de informática e na reparação de computadores da escola e organismos do governo, participei da coordenação do projeto de Educação a Distância, juntamente com o Ir. Odilmar Fachi, que visava à formação dos professores das aldeias para qualificação profissional, além de também auxiliar na comunidade eclesial com momentos de formação para jovens, entre outras atividades. A tendência era querer que as coisas acontecessem como era aqui no Rio Grande do Sul, do nosso jeito, mas precisei me adaptar a outra realidade, a outra cultura, a outro modo de vida. Isso me motivou a rever conceitos e paradigmas e possibilitou um crescimento pessoal ímpar. Pude fazer a experiência de me

despojar de tudo que tenho e o que era, até então, para aderir ao novo. Fiz a experiência de me afastar dos meus pais, do meu irmão e de meus amigos pelo seguimento de Cristo, a exemplo de Maria, em terras distantes. Pude aprender muito mais do que ensinar, de modo especial a valorizar a vida como dom de Deus. Aprendi com eles o valor da pedagogia da presença de São Marcelino, e pude exercê-la na prática. Dar-se o tempo de estar ao lado das crianças, jovens e adultos para ouvi-los, partilhar sua vida e a Palavra com eles. Valorizar a outra pessoa pelo que ela é, pelo seu jeito de ser, valorizar suas qualidades com gratuidade e ser valorizado pelo seu testemunho de vida. Ser presença discreta, porém significativa. Neste ano estou na comunidade de Santo Ângelo, atuando como animador vocacional nessa diocese e cursando Teologia no Instituto Missioneiro de Teologia. Uma oportunidade de estar junto às crianças e jovens e com eles partilhar o carisma marista e tudo que aprendi em solo africano. Como forma de agradecimento a Deus, à Congregação e as Províncias do RS e da África Austral pela rica experiência, digo Twapandula! (muito obrigado em Umbundo, uma das línguas nativas angolanas). 11


DIRETRIZES

Cuidar para não deformar Marcos J. Broc Assessor de Pastoral

Como tratar de modo respeitoso, coerente e o mais plural possível o tema do cuidado? Será que sabemos cuidar? Pode alguém cuidar de outros sem cuidar de si? O que poderia devolver o cuidado a uma pessoa? Sem admitir-se inconclusa, pode uma pessoa lançar-se na responsabilidade de cuidar de outras pessoas? Para refletir sobre o cuidado e a formação permanente, precisamos respirar fundo três ou quatro vezes e buscar em nossas experiências aquelas que nos dão força para difundir que o cuidado é algo essencial para a transformação das relações e conteúdo focal da formação permanente. Na seara do cuidado, não cabe reducionismo e ideias fechadas. O cuidado, por si só, é abrangente e plural. Não se conhece religião que não precisa desenvolver o cuidado para realizar com originalidade a sua missão. Nenhum grande líder positivo alcançou êxito em seus feitos sem uma vida de cuidado pleno consigo e com outras pessoas (“Ama o próximo como a ti mesmo”, exige primeiro um “como a ti mesmo”, cf. Mt 19, 19) . Aquilo que nos compõe enquanto seres humanos, se deixado de lado, nos embrutece. “Não temos cuidado. Somos cuidado.” O cuidado “é um modo-de-ser singular do homem e da mulher. Sem cuidado deixamos de ser humanos” escreve Leonardo Boff. (Saber cuidar, p. 89). Nas Diretrizes da Ação Evangelizadora da PMRS, nós evangelizadores, temos o convite de cuidar da formação continuada (Prioridade 5, p. 62). Seria desconfortável saber, em nossa rede, de alguém que se propõe a evangelizar pela educação e pensa estar pronto, sem precisar refazer-se, atualizar-se, aprofundar, cultivar e ampliar seus conhecimentos e sabedoria. Não me refiro aqui a acumular um número o quanto maior possível de informações, mas sim de experiências intensas, qualitativas, significativas e significantes para a vida. No momento em que nos colocamos a caminho com outras pessoas e com elas estamos dispostos a continuar no caminho, assumimos a ideia da “formação permanente ou será frustração permanente” (A.Cencini. O respiro da vida, p. 26). A formação permanente pode ser um meio garantidor de que vivamos a vida sendo cuidado. Se uma pessoa acha que já sabe tudo, cabe a ela a atribuição de que é alguém que cuida? Para podermos pensar o nosso jeitão, o nosso modus vivendi, busco inspiração na carta que Paulo escreve aos cristãos de Corinto em I

Cor 12, 4-26. Nela Paulo inaugura uma teologia do corpo como metáfora para deixar clara a sua mensagem. Uso a expressão uma, porque há muitas teologias do corpo. A utilizada aqui não pretende esgotar tudo o que implica esse tema, mas refletir a partir de alguns aspectos. O primeiro é de que Paulo envia a carta quando estava em visita a Éfeso, por volta do ano 55 ou 56. E nós temos o nosso contexto. Ele escreve para recordar alguns pontos essenciais da prática de vida cristã a fim de, com isso, restabelecer a unidade. Talvez o aspecto mais forte da carta seja a capacidade de desenvolver relações baseadas no acolhimento das diferenças e na valorização de cada qual como merecedores de igual cuidado. Corinto era uma cidade muito rica, com comércio forte e cerca de 500 mil habitantes que garantiam o progresso de suas divisas. Numa realidade assim, nem tudo são flores, e brigas entre grupos eram comuns. Os cristãos, por vezes, também se deixavam seduzir pela lógica do mercado. E o lado perverso de uma sociedade baseada puramente e tão somente no consumo mercadológico se revela quando o seu objetivo “só pode ser obtido e desfrutado expulsando ou rebaixando-se outros seres humanos, mas particularmente aqueles que se preocupam e/ou podem precisar de cuidados”. (Z. Bauman. A arte da vida. 2009, p. 142) Um modo de vida deste tipo origina divisões e escândalos que, do ponto de vista cristão, não combinam em hipótese alguma. Viver de modo cristão, para Paulo, significava tratar com maior honra os membros tidos como menos nobres para não haver divisão no corpo, e sim um igual cuidado de uns para com os outros (I Cor 12, 24-25). O que garantiria a unidade em nossos dias? Ou ainda, seria possível pensar em unidade? Desse modo, nos colocando perguntas fundamentais e prestando atenção no dia a dia de nossas relações, seria possível trazer à consciência que o cuidado em si e a busca pelo desenvolvimento da formação permanente “não pode existir em um período da vida, como uma revisão de um período da vida; não se pode considerá-la um luxo para alguns e privilégio para outros; ela é, isto sim, a estrutura básica sobre a qual se joga para a vida ou para a morte. Eis a formação como respiro. Não respirar significa morrer; não ter a formação significa ser ‘deformados’”. (A.Cencini. O respiro da vida, p. 9)

Na seara do cuidado, não cabe reducionismo e ideias fechadas. O cuidado, por si só, é abrangente e plural.

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Valores que transbordam Já que o tema desta edição são os valores provinciais, que tal pararmos para pensar sobre os valores nos quais a PJM acredita? Aqueles que caracterizam a nossa mística, o nosso modo de viver, a nossa trajetória, aqueles que nos tornam jovens com algo em comum. “Uma pessoa tem mística quando é vaso cheio que transborda o tesouro que carrega em si”*, assim os valores podem ser pensados como sendo esse tesouro que transborda e que nos torna presença marcante e transformadora no mundo. Elencamos alguns deles e pedimos que jovens da PJM falassem sobre o seu significado. Dá uma olhada no que eles pensam e aproveita para levar esse tema para o teu grupo!

“Vem, mergulhe de cabeça! Deixe que aconteça!” Maria Lúcia Dutra Machado – Equipe Provincial da PJM Os valores da mística da PJM estão intimamente ligados com o momento que os adolescentes e jovens estão passando. A acolhida e confiança referem-se ao momento da descoberta do caminho comunitário; amizade e partilha – descoberta do grupo; sensibilidade, determinação e alegria – descoberta da comunidade; compromisso e despojamento – descoberta da questão social e humildade, simplicidade e modéstia;- despertar da vocação e amadurecimento de projeto de vida. Conforme ouvi certa vez do Ir. Manuir “essa proposta de formação nasce do sonho de ver, ter e ser uma juventude que vive e experimenta uma espiritualidade pautada em valores, com o jeito marista de ser”.

*Trecho do documento Caminho da educação e amadurecimento na fé – A mística da Pastoral Juvenil Marista, lembra? Tá lá na página 26.

Confiança – “Eu preciso de você, você precisa de mim” Sensibilidade – “Meu coração sei que alguém tocou” Diego Farias – PJM do CESMAR - Porto Alegre Numa época em que cifrões e bens de consumo valem mais do que qualquer sentimento ou relação que temos, a juventude articulada ousa semear atitudes que vão ao encontro do projeto de Deus. Ser PJM é ser jardineiro desses valores, é ter uma estrela-guia que ajuda no caminho da acolhida e confiança, é ter um coração cheio de paixão pela causa da juventude e ser sensível às reais necessidades, tendo a Boa Mãe como inspiradora e companheira de caminhada. É compreender que a cruz é sinal de vida nova e compromisso com uma causa que não é apenas nossa, cultivando as três violetas com muita humildade, sendo simples no pensar e modestos no agir. Para fazer valer... É o que costumo dizer à gurizada, que sempre devem dar sentido à vida em grupo e assumir a PJM como projeto e estilo de vida.

Animadores da PJM Colégio Marista Aparecida Bento Gonçalves É a partir da confiança que se estabelece nos grupos da PJM, que vem a união e o sentir-se bem no grupo. A confiança que temos no outro e a confiança que recebemos gera maturidade e nos deixa a vontade para compartilhar opiniões, pensamentos, problemas, e outras questões.

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Amizade – “Quanto mais o tempo passa, mais cresce a nossa união” Jean Agertt PJM Comunidade Nossa Senhora de Fátima - Cruz Alta

Acolhida – “Se você vier, estaremos prontos pra te abraçar” Rodrigo Munhoz Santos PJM Colégio Marista São Francisco - Rio Grande A vida na PJM é uma vida cheia de alegrias, ela caracteriza o nosso jeito de acolher o outro e gera gratificação ao ver o outro feliz! O jovem que segue o caminho do bem, trilhado e guiado pela luz de Deus, reconhece neste caminho a alegria de viver e de ser bem acolhido no grupo.

Compromisso – “Acreditamos que a vida tem valor!”. Jaqueline Debastiani Coordenação de Pastoral Perceber uma realidade que vai além dos muros da Universidade. Esse foi o compromisso que assumi e melhor identifiquei quando participava do GUM – Grupo Universitário Marista, da PUCRS. Com a participação no grupo, a partir de vivências, da descoberta de novas possibilidades de encontro e formação dentro da Universidade, assumimos um compromisso com a construção de uma nova sociedade, balizada a partir de valores, conceitos e formas de “ver” a nossa sociedade com um olhar mais humano e também crítico. É um compromisso com a ousadia e com o protagonismo, na nossa realidade. 14

A amizade faz com que os jovens possam se conhecer e assim cultivar as relações fortes e intensas e, ao mesmo tempo, vivenciar as experiências enriquecedoras. Vemos que os jovens que têm entre si o valor da amizade aprendem o valor deste sentimento que vai além do fato de ter amigos e que significa ajudar, compartilhar, orientar e até mesmo mostrar os erros para o outro, sem limites e constrangimentos.

Os valores na prática: solidariedade “Vem que é agora a hora de mudar” Maria da Graça de Souza Rodrigues PJM do Marista Ipanema - Porto Alegre A formação integral de nossos jovens supõe uma sólida base de vivência intensa e valores que se traduzem em práticas de solidariedade. Apostando neste jeito de viver que a PJM do Marista Ipanema iniciou em 2011 um trabalho junto ao Centro de Apoio ao menor Casa Nazaré no bairro Cristal/Porto Alegre, que atende crianças, adolescentes, jovens e famílias em situação de risco pessoal e social. Nossos estudantes promovem atividades lúdicas, hora do conto, auxilio no lanche, e outras atividades. Sem dúvida é uma experiência riquíssima para a formação desses jovens, pois são protagonistas de construção da cultura da solidariedade. Educar para a solidariedade é fundamental para a formação do ser humano, e exige uma resposta que seja efetiva e afetiva de amor ao próximo.

Vamos pensar juntos? Leve essas reflexões para o seu grupo, motive alguns minutos de conversa sobre o sentido que os valores da nossa mística possuem na nossa vida e avaliem juntos se eles estão mesmo presentes no dia a dia. Depois, nos conte como foi! Pode ser no grupo do face ou por e-mail para postarmos no blog!


em rede

Confira ações pastorais que marcaram o primeiro semestre das unidades maristas Na Semana Pastoral, educandos da Escola de Educação Infantil Aparecida das Águas (Ilha Grande do Marinheiros, Porto Alegre/RS) participaram de atividades que incentivavam o cuidado com o próximo.

Representantes da PJM do Colégio Marista Imaculada (Canela/RS) visitaram o Hospital de Caridade de Canela, levando aos pacientes e funcionários música, histórias e alegria.

Manhã de formação do Colégio Marista Santo Ângelo (Santo Ângelo/ RS) integra e promove reflexões entre os estudantes do 3º ano do Ensino Médio.

A Semana Pastoral do Colégio Marista São Pedro (Porto Alegre/RS) envolveu os estudantes em atividades sobre a saúde pessoal e saúde pública, enfatizando o cuidado com a vida, dimensões da Campanha da Fraternidade 2012.

Realizado anualmente, o Ato Solidário envolve a comunidade escolar dos Colégios Maristas Pio XII e São Marcelino Champagnat (Novo Hamburgo/RS). Nesta edição, as arrecadações foram destinadas aos moradores do bairro Kephas.

Momentos de integração, reflexões e descontração marcaram o Encontrão da PJM do Colégio Marista Roque (Cachoeira do Sul/RS).

Abraços grátis foram distribuídos por estudantes e educadores do Colégio Marista São Luís (Santa Cruz do Sul/RS) na Semana Pastoral. 15


ENCONTRO DE JOVENS MARISTAS MARISTA CHAMPAGNAT | 20 de outubro 2012


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