Cadernos Pastorais 3 " Eu vi, ouvi, conheço e desci"

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Eu vi, ouvi, conhe莽o, desci

Ex 3, 7-8

Rede Marista RS | DF | Amaz么nia



ÊXODO 3, 7-8

vi muito bem a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu clamor contra seus opressores, e conheço os seus sofrimentos. Por isso, desci para Javé disse: “Eu

libertá-lo do poder dos egípcios e para fazê-lo subir dessa terra para uma terra fértil e espaçosa, terra onde corre leite e mel, o território dos cananeus, heteus, amorreus, ferezeus, heveus e jebuseus”.

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Apresentação EU VI... OUVI... CONHEÇO... E DESCI... Este Caderno Pastoral chega até você com a proposta de desafiá-lo a uma experiência, a um encontro profundo de escuta e olhar atento com e para os Montagnes de hoje. No encontro com Montagne, Champagnat fez a experiência de ver um jovem em condições precárias, ouvir suas angústias e desejos, conhecer a realidade de uma família e a situação que levou à morte prematura esse jovem. A partir dessa escuta atenta e olhar sensível, ‘desceu’ para a realidade em que estava inserido, ali na paróquia de La Valla. Do encontro com o jovem Montagne, surgiu a decisão de fundar o Instituto dos Irmãos Maristas. Portanto, o título/temática que este Caderno traz é mais que uma referência bíblica, é um método/convite para uma experiência profunda de encontro com os Montagnes atuais. Os Montagnes de hoje podem estar bem mais próximos de você do que imagina. Tenha um olhar atento e uma escuta sensível. Como Maristas que desejam contribuir para a formação humana e cristã das crianças, adolescentes, jovens e adultos, faz-se necessário conhecer, estudar, levar em conta a realidade em que estão inseridos/as e colocar-se em movimento, partir para a ação. É para isso que este subsídio apresenta um texto de referência, proposta para encontro de formação, de celebração e dicas de como abordar o assunto. Que a Boa Mãe e São Marcelino Champagnat nos acompanhem nesta experiência, neste encontro. 5



Sumário Texto referência

Uma experiência necessária

8

Encontro de formação

Experiencie

26

Celebração da Palavra

Tendas de acolhida e caminhos de encontros

32

Dicas

Músicas

44

Orações

54

Texto

58

Pesquisas

60

Livros

62

Vídeos

64

Filmes

65

7



Texto referência

Uma experiência necessária... Um sonho! A família1 de Marcelino Champagnat vivenciou de forma bastante próxima a Revolução Francesa, pelas consequências que o episódio trouxe para toda a França e também porque o seu pai, João Batista Champagnat, esteve muito atento a tudo o que estava acontecendo. Ele tinha consciência que deveria educar os/as filhos/as para a futura sociedade francesa que estava começando a se desenhar.


Texto referência

1. Cf. Lanfrey, André. Marcelino Champagnat e os Irmãos Maristas: professores, congreganistas no século XIX, p. 52-55. 2. Ibidem, p. 55-56.

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A história da alfabetização2 de Marcelino está de acordo com o que se podia encontrar na zona rural da França, nessa época. Entrou na escola tardiamente, pois o povoado de Rosey, onde vivia, era um local afastado. Teve uma experiência escolar bastante traumática. O método utilizado para a aprendizagem era o individual, em que cada estudante lia em voz alta a lição para o professor. Certo dia, ao ser chamado a ler, um estudante tomou o lugar de Marcelino e o professor lhe deu “uma grande bofetada”. Assustado com o fato, Marcelino recusou-se a voltar à escola, mas manteve o desejo de estudar. Prova disso é que em 1803, após receber um convite para entrar no seminário, não pensou duas vezes em responder sim.


No decorrer das etapas formativas no seminário3, continuou a pensar no fato que havia presenciado na escola. Isso foi alimentando o sonho de fazer algo em benefício da educação de crianças e jovens. Costumava dizer: “ficarei muito feliz em contribuir para que outros tenham as vantagens que eu mesmo não tive” (Lanfrey, 2013, p.60). Esse mesmo desejo fez com que se juntasse a um grupo de seminaristas4 que alimentava a ideia de encontrar um caminho para bem educar as crianças e jovens.

3. Ibidem, p. 56-59. 4. Ibidem, p. 59-60. 5. Ibidem, p. 64.

No dia 23 de julho de 1816, um dia após serem ordenados padres, esse mesmo grupo, ainda cheios de sonhos, dirigiu-se ao Santuário de Fourvière, em Lyon e, aos pés de Nossa Senhora, fez sua promessa de fundar a Sociedade de Maria.

Um acontecimento fundante! Pouco depois de ordenado padre, Champagnat foi nomeado coadjutor na paróquia de La Valla5, vilarejo com cerca de dois mil habitantes, pessoas boas, simples, sem instrução e com muita fé. Entre as suas atividades habituais, costumava visitar os doentes. O encontro de jovens moribundos com o padre era coisa relativamente comum e poderia produzir, na maior parte dos sacerdotes, não mais que a satisfação do dever cumprido. Em 28 de outubro de 1816, Marcelino Champagnat é chamado para atender um desses jovens: João Batista Montagne, em seu leito de morte. Surpreendeu-se ao ver que o rapaz de 16 anos ignorava a existência 11


Texto referência

de Deus. Pacientemente, expressou-lhe toda a solidariedade e preparou-o para morrer. Esse encontro, no entanto, gerou algo maior em Marcelino – ele percebera que não havia mais tempo a esperar, era preciso agir. Champagnat globalizou esse encontro, pois representava o mundo das crianças e jovens ameaçados de morte em plena juventude. Ele se reencontrou nesse jovem. Assim como o jovem Montagne, Marcelino também foi habitante de um povoado. Quando tinha a mesma idade do rapaz, um padre se apresentou para convidá-lo a ir ao seminário. Sofreu como esse jovem, pela ignorância, mas dela pôde escapar. Já o jovem não teve a mesma sorte. Habitante das montanhas afastadas, ele foi abandonado à “própria sorte”, o que para o padre Champagnat é a origem de morte simbólica, pela ignorância; de morte física, por falta de cuidados, e de morte espiritual, pelo desconhecimento das verdades necessárias à salvação. 12


No semblante desse jovem doente, Champagnat conseguiu enfim unificar em si mesmo dois sentimentos profundos: o de criança mal instruída (fracasso escolar) e o velho desejo de fazer algo em benefício das crianças e jovens.

6. Ibidem, p. 65. 7. Ibidem, p. 66-67.

O jovem Montagne6 fez o seu projeto tornar-se concreto. É seu irmão. Ambos têm histórias semelhantes7. E é também a mesma história de crianças, jovens e adultos abandonados à sua rudeza e à sua ignorância nas vilas, nos municípios, estados, países, no mundo. Lá onde muitos teriam visto um fato banal ou um problema concreto e urgente, Champagnat toma consciência de que não deve se ocupar, nesse momento, com aqueles que estão distante, em outro lugar, mas com a paróquia onde se encontra (CF Lanfrey, 2012, p.66-67). Por ser responsável por esse povo, que tem de agora em diante um rosto/ semblante, ele se julga no dever de agir imediatamente ali onde está, na paróquia de La Valla. Assim se estabelece em Champagnat um dos traços de seu projeto e de sua espiritualidade: ocupar-se dos mais pobres, dos mais rudes, de todos os que estão à margem, órfãos, mendigos, miseráveis..., pelos quais, mais tarde, fundaria um Instituto capaz de contribuir para dignificar suas vidas.

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Texto referência

8. Serve para complemento desta reflexão o que consta em Cadernos Pastorais 1: Juventudes. Ano 2013, p. 7-15. 9. IBGE 2010. 10. Todos os dados que seguem foram retirados da Agenda Juventude Brasil: pesquisa nacional sobre o perfil e opinião dos jovens brasileiros em 2013, acessado no dia 30 de outubro, http:// participatorio. juventude.gov. br/bookmarks/ view/219096/ agenda-juventudebrasil-pesquisanacional-sobreper%EF%AC%81le-opiniaodos-jovensbrasileiros-2013

Os Montagnes de hoje!8 1. Perfil dos/as jovens brasileiros/as: O Brasil nunca antes teve tantos jovens. Segundo o Senso de 20109, a população jovem no Brasil, compreendida na faixa de 15 a 29 anos, era de cerca de 51,3 milhões, correspondendo a 1/4 da população total do País (15 a 17 anos, 20%; 18 a 24, 47%; 25 a 29, 33%)10.

20%

15 a 17 anos

47% 33%

18 a 24 anos

25 a 29 anos

Confira alguns dados sobre o perfil dos/as jovens: • Distribuição entre homens e mulheres:

14

49,6%

Homens

50,4%

Mulheres


• Quanto à cor: seis em cada dez entrevistados declarou-se de cor parda (45%) ou preta (15%); 1/3 de cor branca (34%);

45% 15%

Parda

Preta

34%

Branca

• Quanto à religião:

56% 27% 16% 1%

Católicos

Evangélicos

Sem religião

Ateus

• Situação de domicílio entre campo e cidade:

84,8% 15,2%

Cidade

Campo

15


Texto referência

• Situação familiar: a maior parte é solteiro/a (66%) e vive com os pais (61%); 32% são casados ou vivem com seus cônjuges; 40% são os que têm filhos/as, mas essa condição varia profundamente segundo o sexo: enquanto pouco mais de um quarto (28%) dos homens são pais, mais da metade das mulheres (54%) vive a condição de maternidade;

66%

Solteiro

Vive com os pais São casados ou vivem com seus cônjuges

61%

32%

40% 28%

Têm filhos/as

Homens são pais

54%

Mulheres são mães

• Situação socioeconômica: considerando a renda domiciliar per capita, 28% estão nos estratos baixos (até R$ 290,00/mês), 50% nos médios e 11% nos estratos altos (acima de R$ 1.018,00/ mês);

28%

Estratos baixos

50% 11% 16

Estratos altos

Estratos médios


• Condição de atividade: normalmente se percebe os/as jovens apenas na sua condição de estudante. Mas quando se observa o conjunto da população juvenil brasileira, em relação à sua condição de atividade, nota-se que ela está mais presente no mundo do trabalho (74%, sendo que 53% trabalha e 21% procura trabalho) do que na escola (37%). É importante anotar, também, que mais de um 1/5 desses jovens vivem conjuntamente os dois mundos, ao conciliar escola e trabalho (14%) ou ao procurar trabalho enquanto estuda (8%), ou seja, o trabalho faz ou fez parte da experiência de vida de quatro em cada cinco jovens brasileiros;

53% 21% 14%

Trabalha

Procura trabalho

Concilia escola e trabalho

8% Procura trabalho enquanto estuda

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• Situação escolar: 25% têm sua escolaridade limitada ao Ensino Fundamental (completo ou incompleto), ou seja, um em cada quatro jovens ainda não atingiu o nível mais fundamental do ensino; 59% têm sua escolaridade localizada no Ensino Médio (39% já concluídos); 13% chegaram ao Ensino Superior;

25%

Ensino Fundamental

59% 39% 13%

Ensino Médio

Ensino Médio já concluído

Ensino Superior

• Relação com as tecnologias de comunicação e informação: todas as pesquisas recentes apontam a velocidade com que as novas gerações absorvem o uso das novas tecnologias de informação e comunicação: 83% citam a TV aberta como principal meio para se informar “sobre o Brasil e o mundo”; 56% dizem ser a internet, que é citada duas vezes mais que jornais (23%) e revistas impressos (5%);

83% 56% 23% 5% 18

Jornais

Jornais

Internet

TV


• Segurança e violência: 51% já perderam alguém próximo (amigos/as, tios/as ou irmãos/ãs... ou seja, companheiro/a de geração) de forma violenta por acidente de carro ou homicídio; 49% nunca perderam nenhum parente. A taxa de homicídios juvenis, que era de 42,4 por 100 mil jovens, foi para 53,4; a taxa de mortes em acidentes de transporte, que era de 24,7 passou para 27,7; os suicídios passaram de 4,9 para 6,111 .

51%

11. Sobre a morte de jovens no Brasil, recomendamos consultar Mapa da Violência – homicídios e juventudes no Brasil 2014 http:// mapadaviolencia. org.br/pdf2014/ Mapa2014_ JovensBrasil.pdf .

Perderam alguém próximo

nunca perderam nenhum parente de homicídios juvenis, 42,4% taxa por 100 mil jovens de homicídios juvenis, por 53,4% taxa 100 mil jovens atualmente

49%

27,7% 6,1%

taxa de mortes em acidentes de transporte atualmente

suicídios atualmente

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Texto referência

2. Algumas dimensões da condição juvenil no Brasil Desejando contribuir para a formação humana das juventudes que se encontram nas Unidades Maristas, faz-se necessário levar em conta a realidade onde estão inseridos/as. Uma das formas é buscar os dados específicos que podem ampliar o conhecimento e a compreensão de sua realidade. É por meio dessas compreensões que podemos reorientar nossas imagens, visões e formas de lidar com os/as jovens educandos/estudantes com os quais convivemos. Daí a importância de conhecer algumas dimensões que são fundamentais da condição juvenil no Brasil, esperando que sirvam de possíveis chaves de análise para aprofundar a compreensão em torno das juventudes:

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• Culturas juvenis12 : a partir da década de 1990, assistimos a uma nova forma de visibilidade dos/as jovens em que a dimensão simbólica e expressiva é cada vez mais utilizada como forma de comunicação, expressa nos comportamentos e atitudes pelos quais se posicionam diante de si mesmos e da sociedade – música, dança, vídeo, corpo e visual, dentre outras linguagens culturais, demarcando uma identidade juvenil. Os grupos culturais constituem o meio privilegiado para que se introduzam na esfera pública e é um dos poucos espaços de construção da autoestima, possibilitando-lhes identidades positivas. Querem ser reconhecidos, querem visibilidade, enfim, querem ser alguém em contextos que, comumente, os tornam invisíveis, ninguéns na multidão. É importante ressaltar que as práticas culturais juvenis não são homogêneas.

12. Cf. DAYRELL, Juarez & CARRANO, Paulo & MAIA, Carla Linhares (orgs.). Diálogo, sujeitos, currículos, p. 115117.

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Texto referência

13. Ibidem, p. 117118.

• Sociabilidade13: se desenvolve nos grupos de pares, nos espaços e tempos do lazer e da diversão, mas também está presente nos espaços institucionais como na escola, universidade, trabalho. Os amigos do grupo constituem o espelho de sua própria identidade, um meio pelo qual fixam similitudes e diferenças em relação aos outros, enfim, um espaço de afinidades e afetividades; é com quem fazem os programas, trocam ideias, buscam formas de se afirmar diante de outros grupos juvenis e do mundo adulto, criando o eu e um nós distintos. Através da socialização, procuram romper com tudo aquilo que os prendem ao mundo infantil, buscando outros referenciais para a construção da sua identidade fora da família. É o momento privilegiado de se descobrirem como indivíduos e sujeitos, de experimentações, de descobertas e testes das próprias potencialidades e de demandas de autonomia que se 22


efetivam no exercício de escolhas, buscando um sentido para a existência individual. A sociabilidade parece responder às suas necessidades de comunicação, de solidariedade, de democracia, de autonomia, de trocas afetivas e, principalmente, de identidade.

14. Ibidem, p. 122126.

• Construção das identidades14: quando falamos em identidade não estamos nos referindo a um eu interior natural, mas à elaboração que cada um faz por meio das relações que estabelece com o mundo e com os outros a partir do grupo social a que pertence, do contexto familiar, das experiências individuais e de acordo com os valores, ideias e normas que organizam sua visão de mundo. A identidade é uma relação social e, sobretudo, interação, carregando consigo uma tensão entre autorreconhecimento e heterreconhecimento. É um processo permeado por descobertas, emoções, ambivalências e conflitos que os jovens se defrontam com perguntas como: quem sou eu? Para onde vou? Qual rumo devo dar à minha vida? Questões cruciais que remetem à formação da identidade e ao projeto de vida.

23


Texto referência

15. Ibidem, p. 135149.

• Projetos de vida15: a juventude é um momento privilegiado para dar um sentido para a vida. A busca por sentido está marcando essa geração. Em qualquer reflexão com maior profundidade sobre o que está acontecendo com os jovens é possível perceber que, na maioria das vezes, eles não encontram sentido nem para suas vidas, nem para tudo o que está acontecendo na sociedade. Diante disso, reagem de muitas formas: desistindo de sonhos, da escola, da universidade, do trabalho. É preciso ajudar os jovens a pensarem em suas vidas , a refletir sobre si mesmo e sobre o contexto onde vivem, circulam, estudam, trabalham. Provocar a reflexão, ajudar na elaboração das perguntas e incentivar para buscarem as respostas é fundamental nesse mundo de muitas incertezas. Muitos dos problemas que os educadores/professores enfrentam no dia a dia do ato educativo são decorrentes de incompreensões sobre os contextos, os cotidianos e as histórias de vida dos jovens. É preciso conhecer suas trajetórias não escolares, suas experiências e seus espaços e tempos por meio dos quais constroem seus modos de vida. Propiciar espaçotempos educativos e promover processos de aprendizagem para que – os/as jovens educandos/estudantes – reconheçam a si mesmos e aos outros, deveria ser meta prioritária das Unidades Maristas.

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Para ref letir 1. Como fazer com que os/as adolescentes e jovens sejam sujeitos de suas próprias vidas e, assim, promotores da democracia? 2. Que educandos/estudantes as Unidades Maristas estão ajudando a construir? 3. Que experiências somos desafiados/as a viver com os/as Montagnes de hoje?

Bibliografia: • AGENDA JUVENTUDE BRASIL. Pesquisa nacional sobre o perfil e opinião dos jovens brasileiros em 2013. Brasília: Participatório, 2013. • DAMON, William. O que o jovem quer da vida? Como pais e professores podem orientar e motivar os adolescentes. São Paulo: Summus editorial, 2009. • DAYRELL, Juarez & CARRANO, Paulo & MAIA, Carla Linhares (orgs.). Diálogo, sujeitos, currículos - juventudes e Ensino Médio: sujeitos e currículos em diálogo. Belo Horizonte: editora UFMG, 2014. • LANFREY, André. Marcelino Champagnat e os Irmãos Maristas: professores, congreganistas no século XIX. Brasília: UMBRASIL, 2013. • WAISELFISZ, Julio Jacobo. Homicídios e juventude no Brasil mapa da violência. Brasília: Centro Brasileiro de estudos Latino-Americanos e Flacso Brasil, 2013.

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Encontro de formação

Experiencie Apresentação Esta é uma proposta aberta e adaptável para o planejamento, preparação e execução do encontro. Os interlocutores são as crianças, adolescentes, jovens e adultos.


Encontro de formação

Preparação Solicitar anteriormente (pelo menos dois dias antes): que cada participante traga para o encontro uma foto, quadro, manchete de notícia que traduza a seguinte ideia: o que você viu nestes últimos dias e acha que “todas as pessoas do mundo deveriam fazer o mesmo”? Pode-se estimular que perguntem a familiares também. O importante é trazer algo para que todos possam visualizar. Ambiente: espaço que possibilite sentar-se em círculo, acomode o grupo e permita o uso dos recursos necessários para o encontro. Colocar ao centro do circulo um tecido branco ou organizar um varal para que as imagens sejam dispostas para a visualização. Se optar pelo varal, faça-o de forma que fique no centro do círculo. Materiais: fotos, quadros, manchetes de notícias, vela, bíblia, cartolina ou papel pardo, pincéis atômicos, violão, livro de cantos Cantando.

Desenvolvimento 1. Antes de entrar no ambiente, pedir que cada participante coloque o que trouxe no espaço preparado (sobre o tecido ou varal) e, ao entrar, cantar ou escutar a música O que é o que é (Toquinho) ou Aquarela.

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2. Quando estiverem em círculo, convidar para contar como foi a tarefa de buscar imagens, solicitar a alguém, o que chamou a atenção, aonde buscou, que dificuldades teve, o que descobriu, etc. Cuidar para não utilizar todo o tempo do encontro com isso. 3. Ao finalizar essa primeira partilha, enquanto acende-se uma vela colocada entre as imagens, entoar um refrão que evoque a presença do Espírito Santo, ou outro. 4. Convidar para visualizar as imagens com calma, em silêncio, procurando ver detalhes, descobrir algum segredo. Não é necessário que se veja todas, mas que se permita ser tocado/a por aquilo que se vê. Enquanto isso, pode-se ouvir uma música calma. 5. Motivar para descrever o que cada um trouxe e, quando terminar o relato, pedir para evidenciar “o que deve ser feito por todas as pessoas do mundo” a partir da imagem apresentada. A cada “coisa a ser feita” escrever em um papel pardo/cartolina ou outro local que possa ser visualizado por todas as pessoas presentes.

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Encontro de formação

6. Quando forem concluídos os relatos, ler tudo o que foi coletado para identificar se não há “coisas a serem feitas” que são iguais. Conduzir a reflexão para criar um consenso sobre quais são as “coisas que todas as pessoas do mundo deveriam fazer” a partir do que foi registrado. O grupo deverá pensar como publicar esse consenso, divulgando lembretes nos espaços físicos da própria Unidade, criando grupo no Facebook, criando matéria para o site da Unidade, entre outras opções. Não se esquecer de definir responsabilidades e marcar datas, se necessário. 7. Depois dessa ação do grupo/turma, provocar um compromisso pessoal. Cada pessoa deverá escolher uma das “coisas que todas as pessoas do mundo deveriam fazer” e fazer. Então, conduza para que cada participante faça a sua escolha, dê tempo para isso e, em seguida, convide para que pense sobre como irá realizar a ação, com quem, que coisas estão envolvidas. Nesse momento, pode-se colocar de fundo a música Comece do Jorge Trevisol ou Dias melhores do Jota Quest.

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8. Quando sentir que cada um definiu minimamente os passos a serem dados, proponha que, após realizar a experiência/prática sobre algo que “todas as pessoas do mundo deveriam fazer o mesmo”, a pessoa deverá encontrar-se com alguém que você percebe que não realiza que o você fez e conte como foi a sua experiência. Também pode optar pela mesma pessoa que você procurou para pedir a imagem antes do encontro. Não siga adiante se alguém tiver dúvida em relação a estes passos. 9. Num gesto que conduz para a conclusão do encontro, apresentar a Bíblia cantando um refrão e ler o texto do Êxodo 3, 7-10. 10. Reserve tempo para meditação do texto lido e proponha a seguinte pergunta: que fatos/situações ao meu redor eu preciso VER, OUVIR e CONHECER? 11. Convidar para partilha da pergunta meditada. 12. Para finalizar, cantar Quando encontro um menino nº 182 ou Alma missionária nº 163 do livro Cantando. 31



Celebração da Palavra

Tendas de acolhida e caminhos de encontro Apresentação Está é uma sugestão de Celebração da Palavra, inspirada na Leitura Orante. Pode e deve ser adaptada conforme a realidade de cada Unidade, considerando interlocutores, espaço físico, hora do dia, etc. O importante é que se mantenha o aspecto vivencial da proposta.


Celebração da Palavra

AMBIENTE Ambientar o espaço com uma tenda, de preferência que ela seja colorida. Pode ser também uma tenda para cada parte do rito, para que cada uma seja percorrida na mística do caminho. No centro do espaço celebrativo/tenda, pode ser desenhado um caminho e nele fotos ou elementos que identifiquem as crianças, adolescentes e jovens da missão Marista. Escolher música instrumental ou outra que contribua na harmonização das pessoas com o espaço preparado para celebrar. O espaço deve proporcionar que as pessoas fiquem em círculos ou semicírculos.

SIMBOLOGIA • A tenda como sinal da acolhida e relacionamento, de adaptação aos novos tempos, do movimento que é necessário fazer constantemente para a missão, pois a tenda é itinerante. • O caminho, tanto de Champagnat ao encontro do jovem Montagne, como os nossos caminhos pessoais, que fazemos ao encontro das crianças, adolescentes e jovens, Montagnes de hoje, nos desafiam.

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REFRÃO MEDITATIVO Sugestão de canto Seja bendito quem chega, seja bendito quem chega, Trazendo paz, trazendo paz, trazendo a paz do Senhor.

A tenda da acolhida e sensibilização Animador/a: O reconhecimento da necessidade do outro fez de Jesus e Champagnat pessoas abertas às realidades de seus povos e espaços onde estavam inseridos. O encontro com o jovem Montagne foi uma experiência que marcou profundamente a vida de São Marcelino Champagnat e, deste fato, as juventudes tornaram-se o lugar fundante para realizar a missão Marista. Inspirados por Jesus de Nazaré e nosso fundador, também somos desafiados a caminhar ao encontro dos Montagnes de hoje, lá onde se encontram. Com a atenção necessária deste “ir”, para o “como” e ao “desde onde”. No desafio de olhar o mundo com os olhos das crianças, adolescentes e jovens pobres, vamos caminhar descobrindo Deus no rosto, na palavra e na vida deles.

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Celebração da Palavra

SUGESTÃO DE CANTO Nº 338, Anunciação, do livro Cantando.

Animador/a: Para melhor entender o que Deus quer nos dizer com Sua Palavra, vamos seguir os passos da Leitura Orante. Eles nos convidarão a colocar o ouvido e o coração em escuta. Vamos para a primeira tenda:

Tenda da escuta (Acender uma vela, convidar alguém para apresentar a Palavra de Deus, enquanto canta-se o refrão Pela palavra de Deus, saberemos por onde andar ou outro apropriado. Terminando, o/a leitor/a proclama o texto de Lc 7, 11- 17. Ao concluir, pode-se cantar novamente o refrão anterior) Obs.: importante disponibilizar o texto em bíblias uma para cada pessoa. Caso não tiver uma bíblia por pessoa, se optarem por projeção, fazê-la somente após a proclamação feita pelo leitor/a.

Animador/a: Este é o espaçotempo para que cada um retome a leitura proclamada para responder à seguinte pergunta: O que o texto diz? Não é hora, ainda, da interpretação e nem de se preocupar com aquilo que entendi do texto. O importante agora é saber objetivamente o que o texto diz, de que fato se trata, quem são os personagens, 36


onde acontece, quais são os detalhes da narração. Meditemos, então, sobre o que o texto diz. (Pode-se utilizar uma música instrumental).

Animador/a: Conclui o momento de meditação da primeira tenda entoando o refrão Vem, vamos embora, que esperar não é saber... e segue para a segunda tenda.

Tenda do discernimento Neste momento, para melhor compreensão e interpretação do texto, sugere-se fazer a “tradução” do texto bíblico, dando elementos para que cada participante construa mensagens sobre o que o texto guns pontos são indicados:

lhes diz. Al-

• Em Lucas 7, 11-17 narra-se a caminhada fúnebre de um jovem. Sua mãe está ali. Ele, o jovem, está presente, mas não mais existe, está morto. O jovem morto na narração, segundo a comunidade de Lucas, era filho único. A dor de uma mãe que perde o único filho não deve ser nada fácil. Perder o que temos de único significa muito. Significa perder muito. Muitas vezes, toma proporções que o sentimento é de ter perdido tudo. • Naim (em hebraico significa Aldeia da consolação) significa aconchego, tranquilidade, calma, o que nos leva a crer que aquele era um bom lugar de se viver. Está localizada no sopé do monte Tabor, sendo uma 37


Celebração da Palavra

vila muito pobre, formada por pequenos agricultores que viviam das plantações de oliveira, cultivo do trigo, plantações de uvas, figos e criação de animais nas encostas da montanha. Naim não está distante da cidade de Cafarnaum, apenas um dia de caminhada, ou Tiberíades, capital da província, ou Nazaré e outras cidades da região. • Ser mulher (segundo o texto, uma mulher chorava a morte do filho, não fala de um pai) é muito difícil, mesmo em nossos dias. Ser mulher israelita no tempo de Jesus, era ser alvo de grande discriminação imposta pelas tradições Judaicas e Lei escrita nos livros sagrados, porque a constituição familiar era de estrutura patriarcal. O sustento da casa era trazido pelo trabalho do marido. As mulheres, dentro do mundo Judaico, raramente saíam à rua antes do seu casamento e mesmo depois de casadas, quando saíam, tapavam o rosto com um véu, como hoje ainda os muçulmanos radicais preservam. • A viúva, se não tivesse pelo menos um filho que pudesse herdar as terras de seu pai, continuava de certa maneira ligada ao seu falecido marido e deveria esperar que algum dos seus cunhados a tomasse como mais uma de suas mulheres em respeito à memória de seu irmão (chamada Lei do Levirato). Só depois dos seus cunhados a rejeitarem e depois de cumpridos os rituais que constam é que ela poderia tentar novo casamento. Assim, a expressão que aparece no texto é “viúva pobre” levando-nos a imaginar uma viúva que não tivesse mais filhos, nem cunhados que a recebessem, nem quaisquer meios de subsistência.

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Animador/a: Vamos voltar à pergunta dessa tenda e no silêncio de nossa meditação vamos reponder: o que o texto me diz?

Concluir o tempo de permanência nesta tenda com o refrão meditativo Estes lábios meus vem abrir, Senhor! Cante esta minha boca sempre o teu louvor! (e caminha-se para a terceira tenda)

Tenda da partilha Diante do texto bíblico e de alguns dados sobre o contexto da época, qual a nossa interpretação, o que podemos falar sobre o que ouvimos? O que o texto

me faz dizer?

Dar tempo para que cada qual busque as suas repostas. Uma música instrumental pode ajudar na meditação. Quando o tempo propício chegar, convidar para que as pessoas partilhem as respostas sobre o que o texto me faz dizer.

Animador/a: Conclui as partilhas entoando o refrão Tua palavra é lâmpada para meus pés e segue para a quarta tenda.

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Celebração da Palavra

TENDA DA SOLIDARIEDADE Leitura do texto: O encontro de Champagnat com o jovem Montagne. Sugestão de uso do texto. Página 119, do livro Caminho de Educação e amadurecimento na fé. A Mística da Pastoral Juvenil Marista ou Página 14, do livro Champagnat, Um jeito de ser. A partir do texto bíblico, que retoma o encontro de Jesus com o jovem da cidade de Naim, e Champagnat, com o Jovem Montagne, o quarto passo da leitura orante nos propõe a responder à seguinte pergunta: O que o texto

me faz fazer? Que gesto concreto, individualmente ou como Unidade, se pode fazer para suscitar caminhos de encontros e tendas de solidariedade? Esse gesto concreto pode ser partilhado em duplas, ou como Unidade, um diálogo aberto.

E que esse compromisso seja registrado em algo que possa ser colocado no caminho que está disposto no centro da tenda.

SALMO Após o gesto concreto, que o compromisso possa ser reafirmado com o cântico do Salmo 143 (142), como sugestão, canção do Ofício Divino da Juventude. O Salmo também pode ser declamado em forma de poesia.

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Um canto novo ao Senhor eu vou cantar! Na minha viola o meu Deus quero louvar! Bendito seja o Senhor, que conduz a história. Que fortalece seu povo, e sustenta sua luta. O seu nome é rochedo, que salva e liberta. Nele a esperança da vida, escudo e certeza de nossa vitória. Quem somos nós criaturas pra tanto carinho? O ser humano é tão frágil qual sombra que passa. Olhe pra nossa pobreza nos livre e guarde Das ondas turvas da morte, das mãos do opressor e do falso caminho. Que esta nação cresça livre em pleno vigor. Gente irradiando a beleza da arte divina. Nossas colheitas transbordem de toda fartura! Feliz o povo fraterno. Que vive a justiça e pertence ao Senhor.

SUGESTÃO DE ENVIO Pode ser uma dança circular ou uma grande ciranda, em que se possa fazer memória do que foi celebrado, vivenciado, acalentado no coração de cada um/a e dos caminhos que serão feitos aos encontros dos Montagnes de hoje! Caminhamos pela luz de Deus, Caminhamos pela luz de Deus, Caminhamos, sempre, caminhamos, ôô Caminhamos pela luz de Deus.

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Na Área do Pastoralista (maristas.org.br/pastoral) você encontra os materiais colocados como sugestão, pode fazer downloads das letras e áudios das músicas e orações e ter acesso aos links dos vídeos e às pesquisas colocadas como sugestão para aprofundamento.


Dicas

Músicas Amém Compositor: Fernando Anitelli Pelo retrovisor enxergamos tudo ao contrário Letras, lados, lestes O relógio de pulso pula de uma mão para outra e na verdade... nada muda A criança que me pediu dez centavos é um homem de idade no meu retrovisor A menina debruçando favores toda suja É mãe de filhos que não conhece Vendeu-os por açúcar Prendas de quermesse A placa do carro da frente se inverte quando passo por ele E nesse tráfego acelero o que posso Acho que não ultrapasso e quando o faço nem noto O farol fecha... Outras flores e carros surgem

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em meu retrovisor Retrovisor é passado É de vez em quando... do meu lado Nunca é na frente É o segundo mais tarde... próximo... seguinte É o que passou e muitas vezes ninguém viu Retrovisor nos mostra o que ficou; o que partiu O que agora só ficou no pensamento Retrovisor é mesmice em dia de trânsito lento Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas Mostra as ruas que escolhi... calçadas e avenidas Deixa explícito que se vou pra frente Coisas ficam para trás A gente só nunca sabe... que coisas são essas


Direitos e deveres Compositor: Toquinho Crianças, iguais são seus deveres e direitos. Crianças, viver sem preconceito é bem melhor. Crianças, a infância não demora, logo, logo vai passar, Vamos todos juntos brincar.

Crianças, a vida tem virtudes e defeitos. Crianças, viver em harmonia é bem melhor. Crianças, a infância não demora, logo, logo vai passar, Vamos todos juntos brincar.

Meninos e meninas, Não olhem cor, nem religião, nem raça. Chamem os quem não têm mamãe, Que o papai tá lá no céu, E os que dormem lá na praça.

Meninos e meninas, O futuro ninguém adivinha. Chamem os quem não têm ninguém, Pois criança é também O menino trombadinha. Meninos e meninas, Não olhem cor nem raça ou religião. Bons amigos valem ouro, A amizade é um tesouro Guardado no coração.

Meninos e meninas, Não olhem raça, religião nem cor. Chamem os filhos do bombeiro, Os dois gêmeos do padeiro E o caçula do doutor.

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Esquadros Compositor: Belchior Eu ando pelo mundo Prestando atenção em cores Que eu não sei o nome Cores de Almodóvar Cores de Frida Kahlo Cores! Passeio pelo escuro Eu presto muita atenção No que meu irmão ouve E como uma segunda pele Um calo, uma casca Uma cápsula protetora Ai, Eu quero chegar antes Pra sinalizar O estar de cada coisa Filtrar seus graus Eu ando pelo mundo Divertindo gente Chorando ao telefone E vendo doer a fome Nos meninos que têm fome Pela janela do quarto Pela janela do carro Pela tela, pela janela Quem é ela? Quem é ela?

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Eu vejo tudo enquadrado Remoto controle Eu ando pelo mundo E os automóveis correm Para quê? As crianças correm Para onde? Transito entre dois lados De um lado Eu gosto de opostos Exponho o meu modo Me mostro Eu canto para quem? Pela janela do quarto Pela janela do carro Pela tela, pela janela Quem é ela? Quem é ela? Eu vejo tudo enquadrado Remoto controle Eu ando pelo mundo E meus amigos, cadê? Minha alegria, meu cansaço Meu amor, cadê você? Eu acordei Não tem ninguém ao lado


Pela janela do quarto Pela janela do carro Pela tela, pela janela Quem é ela? Quem é ela? Eu vejo tudo enquadrado Remoto controle Eu ando pelo mundo E meus amigos, cadê? Minha alegria, meu cansaço Meu amor cadê você? Eu acordei Não tem ninguém ao lado Pela janela do quarto Pela janela do carro Pela tela, pela janela Quem é ela? Quem é ela? Eu vejo tudo enquadrado Remoto controle

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A juventude quer viver Letra: Wesley, PC, Jennifer, Jorge e Graça A juventude quer viver... Na luta contra o extermínio e a favor da vida A juventude quer viver... (é pela vida, a favor da vida) Não sou o seu futuro, somos todos o agora, Não quero ser mais um, eu quero é ver na história. O meu protagonismo somado com o seu E um outro mundo que é possível. Aconteceu! Sujeito de direito, sou assim como você Quero minha singularidade, você vai ver Não julgue, não critique, deixe eu me mostrar E com muita surpresa você vai se encantar. Me dizem que Eu posso mudar a sociedade Mas quando eu me revelo, não falam a verdade

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Eu quero é mais trabalho, saúde e educação E ter minha igualdade perante a Nação. Meu corpo não é objeto, eu tenho a noção E digo não ao consumismo que aumenta a erosão Respeito minha vida e a do meu país A terra, o vento a água eu quero é ser feliz. Sou jovem e sou pobre sou negro e sou feliz Às vezes também choro, assim é que eu me fiz Assumo o compromisso. Eu quero ser melhor, mas Não aceito a morte, e o extermínio! (Eu quero vida) Escutem o que eu digo, vamos participar, Um Não à violência, você pode falar, É com a gratidão que vamos revelar


Que a paz vence a ilusão da morte nos calar. Eu penso, Eu sonho, eu vivo e às vezes perco a fé Até acho que é o fim, mas não dobro e fico em pé Eu olho para trás e vejo o que consegui E volto a lutar pelo que é melhor pra mim. Formar, e educar, superar e acolher, Lutar em prol da vida aqui vamos viver, Em meio a essa guerra somos todos mais que irmãos Já temos a nossa tela pra pintar essa Nação. (a consciência). Vim, Senhor, aqui para oferecer

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Quando a fé ruge Compositor: Fernando Anitelli Se é na sutileza, Que reside a exuberância. Busco ressonância, ...nos ideais do amor. Liquidificaram, As relações da lida. Não há mais-valia Há agonia, há temor. Quem de pé ficará? Se a luta acomodar Diga quem nos dirá? Quem viver, provará! Nossa emancipação! Nossa emancipação! Parece que enferrujou, A bala perdida que me alcança A ferradura que me calça, A alça, a lança tranca, A resistência necessária

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Oxidou, A ponte, a fonte, A chance de fundir o que rachou E difundir pra gerações A demanda do mundo é amar! Quem de pé ficará? Se a luta acomodar Diga quem nos dirá? Quem viver, provará! Nossa emancipação! Nossa emancipação! Quando há ferrugem, no meu coração de lata! Quando há ferrugem, no meu coração de lata! É quando a fé ruge, e o meu coração dilata! É quando a fé ruge, e o meu coração dilata!


Pai Nosso dos Mártires Compositor: Cireneu Kuhn O, o, o, o, O, o, o, o Pai nosso, dos pobres marginalizados Pai nosso, dos mártires, dos torturados. Teu nome é santificado naqueles que morrem defendendo a vida, Teu nome é glorificado, quando a justiça é nossa medida Teu reino é de liberdade, de fraternidade, paz e comunhão Maldita toda a violência que devora a vida pela repressão. O, o, o, o, O, o, o, o Queremos fazer Tua vontade, és o verdadeiro Deus libertador, Não vamos seguir as doutrinas corrompidas pelo poder opressor.

Pedimos-Te o pão da vida, O pão da segurança, O pão das multidões. O pão que traz humanidade, Que constrói o homem em vez de canhões Perdoa-nos quando por medo ficamos calados diante da morte, Perdoa e destrói os reinos em que a corrupção é a lei mais forte. Protege-nos da crueldade, Do esquadrão da morte, Dos prevalecidos Pai nosso revolucionário, Parceiro dos pobres, Deus dos oprimidos Pai nosso, revolucionário, Parceiro dos pobres, Deus dos oprimidos O, o, o, o, O, o, o, o

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Mundo jovem Compositor: Negra Li Ei mundo jovem, mundo jovem, mundo jovem O futuro é de vocês Ei mundo jovem, mundo jovem, mundo jovem Vocês sabem viver Ei mundo jovem, mundo jovem, mundo jovem O mundo é de vocês Ei mundo jovem, mundo jovem Livre pra viver. Como pode o homem viver e esquecer o futuro? Sabe que ele planta hoje amanhã os jovens que colherão os frutos Visam o poder, fama, lucro, dinheiro sujo. É inútil. Sabedoria é bem melhor do que isso tudo. É o nosso escudo. Pra gente mudar o mundo é só estar junto não é pedir muito. Basta ceder um pouco, respeitar o outro, amarem todos, ser justo. Na lembrança a infância, inocência de criança é a esperança. É tempo de mudança, confiança. 52

Ei mundo jovem... Homens de pouca fé reclamam daquilo, disso. Se sentem sozinhos, mas nunca evitam fazer inimigos Dê exemplo aos seus filhos, a vida é como é. Ensine-os a não enfrentar e sim desviar dos conflitos. Todos têm dentro de si, um pouco de herói e um pouco de covarde Pra se desculpar enfim, é preciso de muita coragem Nunca é tarde, quem tem atitude e força de vontade faz sua parte, Não é um covarde! Ei mundo jovem... Quem não quer viver a liberdade de um jovem? Quem não quer viver sem preocupar-se com a morte? Então não ignore. O mundo chora quando chove só você não vê, e insiste em perder sua juventude Está dentro de você sua virtude, é poder escolher Então mude pelo bem, não seja rude.


Cidadão de papelão Compositor: Fernando Anitelli/Maíra Viana O cara que catava papelão pediu Um pingado quente, em maus lençóis, nem voz Nem terno, nem tampouco ternura À margem de toda rua, sem identificação, sei não Um homem de pedra, de pó, de pé no chão De pé na cova, sem vocação, sem convicção À margem de toda candura À margem de toda candura À margem de toda candura Um cara, um papo, um sopapo, um papelão Cria a dor, cria e atura Cria a dor, cria e atura Cria a dor, cria e atura

O cara que catava papelão pediu Um pingado quente, em maus lençóis, a sós Nem farda, nem tampouco fartura Sem papel, sem assinatura Se reciclando vai, se vai À margem de toda candura À margem de toda candura Homem de pedra, de pó, de pé no chão Não habita, se habitua Não habita, se habitua

Sugestões de cantos que estão no livro Cantando: • Quando encontro um menino – Número 182 • Um coração, uma missão – Número 185 • O mesmo rosto – Número 244

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Orações Pai Nosso, Pai de todos Pai Nosso, Pai de todos não és nosso, mas és de todos. Pai da vida, Pai do amor, por isso, as crianças, contigo são Deus. Pai Nosso que estás na terra, todos te vemos e cremos em ti quando juntos somos como uma só criança. Santificamos teu nome porque assim somos tu, e assim vivemos teu Reino em nós. Como vamos falar do teu Reino na terra se não a sentimos dentro de nós? Tua vontade a fazemos quando todas as meninas e todos os meninos, os chineses, os índios, os chiapanecos, os esquimós, os ucranianos, os pigmeus... os sentimos a todos em nosso coração.

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O pão que cada dia nos dás, o agradecemos de verdade, quando nós vivemos para que o tenham todas as crianças porque igual como tu nos dás a nós, nós o damos a eles. Assim todos entendem isso que tu és um Deus bom, que nos perdoas todas as coisas que não fazemos como tu queres. No permitas que nos esqueçamos destas coisas, e que recordemos as que temos que viver sempre aqui na terra, igual que quando estamos contigo no céu. Amém. Pai Nosso, Pai de todos, não és nosso, mas és de todos. Pai da vida, Pai do amor, por isso, as crianças, contigo são Deus.


Oração da ousadia Livro: Dinâmicas para a vida em grupo Senhor, no despertar deste milênio, a juventude brasileira deseja ser uma semente de esperança, fazendo crescer o amor, o perdão e a verdade. Nos conflitos que nos envolvem, também no conflito de gerações, faze que saibamos redescobrir, sempre, nossos valores. Munidos pela fé em Ti, façamos do Teu Projeto uma obra concreta no meio juvenil. Infunde, Senhor, em toda a juventude espalhada pelos vários continentes a garra de denunciar tudo o que mata, a garra de anunciar a Boa Notícia, e a garra de aprender as lições de Teu Filho deixando em nós e em muitos pegadas que apontem o caminho, não deixando que se perca a nossa linda caminhada.

Acende em nossos corações a certeza de realizarmos os sonhos e anseios de nossa experiência bebida na fonte do Teu Evangelho. Que o fogo do Teu Espírito transforme a nossa vida. Senhor, ousando olhar para frente vislumbramos um futuro onde a juventude marcha como um elo de transformação social, unindo jovens de todas as cores e raças, de todos os credos e de todos os amores. Que a Tua graça e sabedoria nos acompanhe e nos leve, sempre a carregar, com o amor do Teu Filho, a bandeira de Tua justiça. Pedimos isso por meio de Maria Aparecida, Tua e nossa mãe. Amém.”

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É por Amor Autor: Zé Vicente É por amor! Sim, é por amor à vida que cantamos e tantas vezes choramos também. É por amor à vida que estamos lutando e vamos andando lentamente para buscar a luz e a liberdade das manhãs de sol! É por amor! Sim, é por amor à vida, evidentemente, que encaramos de frente essa imensa dor que se nos impõe nesse reinado amargo do ódio presente! É por amor à vida que estamos nas ruas, nas praças, nas estradas e gritamos palavras de ordem de uma nova ordem!

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Sim, é por amor É por amor à vida que marchamos nas madrugadas de lua nova levando nos braços a fúria das tempestades prontos a resgatar a terra que nos tomaram. Vamos replantar as flores e as sementes Que há séculos estão em cio! É por amor! Sim, é por amor à vida que profundamente doloridos recolhemos em nossos braços os que foram brutalmente feridos e quando já não podemos devolverlhes a respiração nós comungamos de seu sangue e os fazemos ressuscitar em milhares de vidas e sorrisos!


É por amor! Sim, é por amor à vida que escrevemos nas pedras os poemas da esperança rebelde que pichamos nos muros e nas portas as frases corajosas de um futuro novo que dançamos nas festas de sábado no batuque do carnaval de um povo livre! É por amor que nos abraçamos Que nos beijamos na esquina e já não tememos andar de braços dados seguindo a bandeira da paz e da ternura consequente! É por amor! Sim, é por amor à vida que desesperadamente amamos!

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Texto Solidão dos meninos Livro: Tempos urgentes Há aqui no meu corpo Dentro e fora de mim Um menino pequenino Ás vezes vibrante e sonhador Por vezes solitário Como o canário preso Na gaiola de Tota Meu irmão mais moço! Verdadeiro como qualquer menino Original e trapaceiro como qualquer garoto. Há momentos em que se perde Nos mais altos voos da fantasia e liberdade Há instantes em que soluça Por carinhos e carícias Que eu adulto Já não consigo entender e atender.

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Há, aqui, dentro e fora Destas ruas e praças do meu país Meninos e meninas Milhões até Aos quais nem mesmo se chamam: “Crianças” Mas “menores carentes”! Estão aí pra quem quiser ver e tocar Geniais como qualquer criança Explodindo em voos de rasante energia Porta-vozes dos recados do futuro... A qualquer hora deste nosso tempo Podem ser encontrado em soluços Jogados feito restos, no lixo Traídos, delinquentes de todos nós!


Antes de chegarem nas praças Viveram e tristemente ainda vivem Pelos campos Sujeitos a maus-tratos sem fim Feito burrinhos de carga Nesta amarga e indecifrável solidão Muitos já envelheceram antes dos dez Pra cada ano de fome e resistência Pode-se contar rugas em seus rostos De pele, osso e sonho. São os meninos da terra Deste meu Brasil! Psiu! Moço e moça! Ei, mulheres e homens! Dá pra cuidar com urgente carinho Desta criança solitária e linda Abandonada cá dentro da gruta de nosso peito?

Certamente ela vai desabrochar Em solidário abraço de amor Impetuoso amor Aos outros meninos e meninas Da terra, da rua e do coração Desta pátria! Eu juro Que o futuro sorrirá! E veremos com certeza e surpresa Os papéis da lei e dos estatutos Recortados, feito bandeirinhas Salpicados de letras mortas Enfeitando os caminhos e as praças No dia da Festa dos Meninos!

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Pesquisas Mapa da violência Mapa da Violência é uma série de estudos, sob responsabilidade do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, que aborda os dados da violência em relação aos jovens. A última pesquisa é Os Jovens do Brasil, panorama da evolução da violência dirigida contra os jovens no período compreendido entre 1980 e 2012.

Pesquisa Juventude levada em conta Pesquisa que teve como objetivo conhecer a demografia da população jovem hoje e ouvir as prioridades das juventudes para traçar a Agenda Jovem.

Relatório sobre a violência homofóbica no Brasil Dados oficiais sobre as violações de Direitos Humanos da população LGBT reportadas ao Poder Público Federal por meio do Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil, no ano de 2012. Os Dados demonstram que a grande maioria concentra-se na população jovem.

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Violência contra a juventude negra no Brasil (Pesquisa de opinião pública). Pesquisa inédita de opinião pública. Ela é parte do protocolo de intenções firmado entre o Senado Federal e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir/PR), no âmbito da campanha Igualdade Racial é Pra Valer.

Agenda juventude Brasil: pesquisa nacional sobre perfil e opinião dos jovens brasileiros 2013 A Agenda Juventude Brasil tem explorado novas questões, cruzamentos de dados, percepções e opiniões dos jovens de modo a iluminar os interesses e comportamento da juventude brasileira.

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Livros O que o Jovem Quer da Vida ? Autor: William Damon Editora: Summus editorial Baseado em entrevistas, o autor desvenda a mente dos jovens desmotivados e expõe sua confusão e ansiedade a respeito do que deveriam fazer da vida, para uma vida plena em todos os sentidos.

Juventude e Ensino médio: Diálogo, sujeitos, currículos Organizadores: Juarez Dayrell, Paulo Carrano, Carla Linhares Maia. Editora: UFMG O livro trata do tema juventude e sua relação com o Ensino Médio. Traz reflexões sobre a realidade juvenil brasileira, as múltiplas dimensões da condição de ser jovem, assim como o debate em torno do currículo para o Ensino Médio, enfatizando questões como trabalho, cultura, ciência e tecnologia.

O tempo real dos jovens: juventude como experiência acumulada Autores: Paulo Cesar Pontes Fraga e Jorge Atilio Silva Iulianelli Editora: Letra capital Os autores apresentam alguns cenários que afetam os jovens nas cidades e no campo, chamando a atenção para a contribuição da juventude para a superação das desigualdades.

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Jovens em tempo real Autor: Paulo Cesar Pontes Fraga e Jorge Atilio Silva Iulianelli Editora: DP&A Embora não sendo possível cunhar uma definição única de juventude, por não se tratar de natureza única, os textos desta coletânea conservam certa homogeneidade temática: a dos males que afligem os jovens pobres brasileiros. As questões vão desde desemprego, preconceito racial, passando pela exploração sexual até as medidas judiciais severas.

Cibercultura, juventude e alteridade: aprendendo-ensinando com o outro no facebook Autor: Dilton Ribeiro do Couto Junior Editora: Paco Editorial A obra evidencia o que está sendo produzido nas interações estabelecidas nas redes sociais, descrevendo o fenômeno e imergindo na moda da cibercultura.

Mobilidade religiosa: linguagens, juventude e política Autor: Pedro Ribeiro de Oliveira e Geraldo de Mori Editora: Paulinas O lugar da religião e da espiritualidade nas juventudes e como os jovens se situam dentro desse processo de redesenho do panorama religioso nacional são alguns dos pontos abordados na publicação.

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Dicas

Vídeos Dia Montagne http://www.youtube.com/watch?v=mfCpXt-xtlA Vídeo, que através de desenhos, conta o encontro de Champagnat com o Jovem Montagne e nos ajuda a refletir e a celebrar o Bicentenário de Fundação do Instituto Marista.

Redução da maioridade penal? https://www.youtube.com/watch?v=axPD7tAbRhs#t=16 Marcelo Ribeiro Freixo, professor e político brasileiro, discorre sobre a temática da redução da maioridade penal, em que faz a analogia de em qual banco queremos que os adolescentes e jovens sentem. Nos bancos das escolas ou nos dos réus?

Direitos Humanos para Crianças http://www.youtube.com/watch?v=j33hoi_Cn7Y Desenho animado que trata da realidade de quatro crianças que intervêm em diferentes contextos socioculturais para defender e garantir os direitos humanos.

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Filmes Nome do Filme: Pro dia nascer feliz Duração: 89 minutos País/ano de produção: Brasil/2006 Classificação Indicativa: Livre Enfoque: Educação, desigualdade social, relações humanas, aprendizagem. Sinopse: Trata-se de um diário de observação da vida de adolescentes e jovens no Brasil em escolas públicas e particulares de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. O documentário flagra as angústias e inquietações dos estudantes e como eles se relacionam no ambiente fundamental para sua formação.

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Nome do Filme: Juízo Duração: 90 minutos País/ano de produção: Brasil/ 2007 Classificação indicativa: 16 anos Enfoque: Jovens pobres, menores, diante da lei, denúncia social. Sinopse: Juízo acompanha a trajetória de jovens com menos de 18 anos de idade diante da lei. Meninas e meninos pobres entre o instante da prisão e o do julgamento por roubo, tráfico, homicídio. Como a identificação de jovens infratores é vedada por lei, no filme eles são representados por jovens não infratores que vivem em condições sociais similares. Todos os demais personagens de Juízo - juízes, promotores, defensores são pessoas reais filmadas durante as audiências na II Vara da Justiça do Rio de Janeiro e durante visitas ao Instituto Padre Severino, local de reclusão dos menores infratores.

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Nome do Filme: Quando a casa é a rua Duração: 35 minutos País/ano de produção: Brasil - México/2012 Classificação indicativa: Livre Enfoque: Realidade de vida de crianças e adolescentes nas ruas, violação de direitos, contextos de vulnerabilidade. Sinopse: O documentário faz reflexões sobre o que leva crianças, adolescentes e jovens a viver nas ruas. E procura responder a essa e outras perguntas com depoimentos e imagens cotidianas de jovens que cresceram nas ruas da cidade do México e do Rio de Janeiro. Debate a implementação de políticas e práticas mais adequadas e efetivas para crianças e adolescentes em contextos de vulnerabilidade e violação de direitos.

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Dicas

Nome do Filme: Crianças invisíveis Duração: 116 minutos País/ano de produção: Itália/2005 Classificação indicativa: Livre Enfoque: Vulnerabilidade da população infantojuvenil. Sinopse: Formado por sete curtas realizados no Brasil, Itália, Inglaterra, África, Sérvia-Montenegro, EUA, China e Estados Unidos, o filme foi produzido para despertar a atenção ao sofrimento das crianças em situações difíceis por todo o mundo. Seja coletando sucata nas ruas de São Paulo ou roubando para viver em Nápoles e no interior da Sérvia, os filmes são protagonizados por personagens infantis que lidam com uma dura realidade, na qual crescer muito cedo acaba sendo a única saída.

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Nome do Filme: A invenção da infância Duração: 26 minutos País/ano de produção: Brasil/2000 Classificação indicativa: Livre Enfoque: Inclusão, infância, sociedade. Sinopse: Denunciando grandes diferenças sociais apresenta, alternadamente, realidades extremamente distintas. De um lado, famílias de baixo poder aquisitivo, onde o índice de mortalidade infantil é elevado. As crianças que sobrevivem são impelidas a trabalhar para obterem recursos, mesmo que mínimos, para subsistência. De outro lado, famílias com melhores condições financeiras exigem que suas crianças preencham seu tempo com atividades mais referidas aos ideais sociais.

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Expediente Cadernos Pastorais | “ Eu vi, ouvi, conheço e desci” | nº 3 | Ano 2015 Organização: Coordenação de Pastoral - Ir. Valdícer Fachi, Karen Theline Silva, Laura Aparicio, Jaqueline Debastiani, José Jair Ribeiro, Marcos José Broc. Produção: Assessoria de Comunicação Corporativa Projeto Gráfico: Design de Maria Fotos: Arquivo Coordenação de Pastoral e Portal do Instituto Marista Revisão: Ir. Salvador Durante Rede Marista RS | DF Rua Ir. José Otão, 11 – Bom Fim 90035-060 – Porto Alegre - RS

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