Plano Arquidiocesano de Pastoral 2019

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Arquidiocese de São Salvador da Bahia Coordenação Arquidiocesana de Pastoral

Plano de Pastoral 2015 – 2019 Ano 2019

“A vivência dos Círculos Bíblicos”


Plano de Pastoral 2015 – 2019 Ano 2019

Arquidiocese de São Salvador da Bahia

Av. Leovigildo Filgueiras, 270 – Garcia 40100-000 Salvador – BA Fone (71) 4009-6666 / 4009-6606 – Fax (71) 4009-6635 www.arquidiocesesalvador.org.br

Editoração eletrônica: José Valmeci de Souza (Atta) attajvs@yahoo.com.br blogdoatta.blogspot.com.br (48) 3342-3733 / 9-9967-3647

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A PALAVRA DO ARCEBISPO

Cultivar a presença de Cristo Jesus nos deu um imenso poder: o de criar a sua presença em nosso meio: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mt 18,20). Para ter Jesus em nosso meio, há somente uma exigência: reunir-nos em seu nome. Ele, então, iluminará nossa vida com sua Palavra, nos dará sua força e nos levará ao encontro de irmãos e irmãs que, sob mil rostos, têm o seu rosto. A Arquidiocese de São Salvador da Bahia, em sua Assembleia de Pastoral de 2018, decidiu dar novo vigor aos grupos bíblicos. É preciso que isso aconteça: afinal, tais grupos são um extraordinário espaço de evangelização, num mundo que é cada vez mais urbano e que tende a isolar as pessoas em um individualismo nada evangélico. A vocês, animadores e animadoras desses grupos, minha palavra de incentivo. Vocês são o coração desses grupos! Eles sobreviverão se vocês forem perseverantes em sua missão e responsabilidade. –3–


Aos párocos e às diversas lideranças arquidiocesanas, aos responsáveis pelos movimentos, pastorais, associações, irmandades etc., um pedido: deem um total apoio aos grupos de reflexão; façam o que estiver a seu alcance para que eles se multipliquem em nossa Arquidiocese, a partir da realidade em que vocês mesmos vivem e atuam. A vida cristã tem necessidade de grandes celebrações, em que todos experimentem a alegria de pertencer a uma família que tem as dimensões do mundo. Mas necessita, também, de experiências que só uma pequena comunidade pode lhe dar. Cada qual, então, poderá fazer sua a descoberta do Salmista: “Como é bom, como é agradável, os irmãos viverem juntos” (Sl 133/132,1). Dom Murilo S.R. Krieger, scj Arcebispo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia

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OBJETIVO GERAL DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL

EVANGELIZAR, a partir de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária, profética e misericordiosa, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo (CNBB – DGAE – 2015-2019).

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APRESENTAÇÃO

Os Círculos Bíblicos e a Pastoral de Conjunto “O Sínodo [de 2008] convidou a um esforço pastoral particular para que a palavra de Deus apareça em lugar central na vida da Igreja, recomendando que ‘se incremente a pastoral bíblica, não em justaposição com outras formas da pastoral, mas como animação bíblica da pastoral inteira’” (Bento XVI – Verbum Domini, n. 73).

O Conselho Arquidiocesano de Pastoral escolheu “a vivência dos círculos bíblicos” como tema da Assembleia Arquidiocesana de Pastoral do dia 25 de agosto de 2018. Essa Assembleia, por sua vez, escolheu os círculos bíblicos como prioridade para o ano de 2019, reconhecendo que há uma correlação entre eles e as cinco urgências do plano pastoral, a saber: Igreja em estado permanente de missão; Igreja: casa de iniciação à vida cristã; Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral; Igreja: comunidade de comunidades; e Igreja a serviço da vida plena para todos. –6–


Na Arquidiocese de São Salvador da Bahia, diversos grupos, pastorais, movimentos, associações e comunidades já promovem encontros com a essência e a natureza dos círculos bíblicos (encontros em torno da Palavra de Deus); os nomes são diversos, mas as propostas seguem, basicamente, os mesmos passos: preparação e formação bíblica para as lideranças (evangelizadores), planejamento dos momentos de encontro e vivência dos encontros que possuem a seguinte estrutura: leitura da Palavra de Deus, oração, partilha de vida, reflexões, cantos, gesto concreto, bênção e partilha do pão. A Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, a partir da reflexão dos dezessete grupos (Foranias, Pastorais, CAMEC, Novas Comunidades, COIDE e Ação Missionária), aprovou diversas propostas. Algumas levam em conta que, em diversas comunidades, a experiência dos círculos bíblicos já está avançada; em outras, é necessário começar ou retomá-los. Daí a ênfase na capacitação de lideranças, para que possam animar e apoiar a existência destas comunidades bíblicas e a criação de cursos introdutórios ao uso da Bíblia, no incentivo à prática da Lectio Divina e nas oficinas de Leitura Orante. Fomentar a articulação dos círculos bíblicos ajudará a superar a tentação que leva alguns a pensar que os círculos bíblicos já não seriam mais importantes. Nossa Assembleia lembrou que os círculos bíblicos possibilitam um encontro especial com Cristo e incentivam a “Igreja –7–


em saída”, capaz de se fazer presente nos mais diversos ambientes: hospitais, escolas, instituições etc. A Assembleia, em vista do ano de 2019, procurou destacar a importância dos grupos bíblicos, que devem ser pequenos, para se criar um ambiente fraterno e familiar, e permanentes. Pe. Ricardo Henrique Oliveira Santana Coordenador Arquidiocesano de Pastoral

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PRIORIDADES PASTORAIS PARA O ANO DE 2019

Eixos que deverão ser trabalhados durante o ano • Espiritual – proporcionar momentos orantes com a Palavra de Deus, que devem ter como base a leitura orante da Bíblia. As lideranças precisam incentivar a leitura da Palavra de Deus antes de pessoas ou grupos saírem para os locais de missão. • Formativo – As lideranças devem buscar uma formação bíblica consistente e profunda, porque ninguém transborda do que não está cheio. É necessário investir na formação bíblica dos evangelizadores e animadores dos círculos bíblicos. • Missionário – O círculo bíblico é essencialmente missionário. Ele não deve acontecer apenas dentro dos ambientes da Igreja, mas também nos locais de missão, nas casas, nos locais de trabalho, nos condomínios, nas praças, nas ruas etc.

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INDICAÇÕES PRIORITÁRIAS

Síntese da Assembleia Arquidiocesana de Pastoral – 2018 Espiritual • Oferecer retiros paroquiais aos leigos para que, a partir de um momento forte de espiritualidade, como o retiro, possam formar os círculos bíblicos (constata-se uma diminuição significativa desta prática espiritual); • Fortalecer os círculos bíblicos já existentes, uma vez que possuem grandes potencialidades nas paróquias. Motivar a dinâmica da leitura orante a partir da Sagrada Escritura e aplicar uma metodologia existencial, para que os membros sejam motivados a conhecer e dar continuidade à formação de novos grupos missionários; • “A Palavra de Deus como lugar central da vida”. Trabalhar os círculos bíblicos, sem criar novas estruturas, a partir do que já se tem de ações evangelizadoras (movimentos, pastorais, preparação para os sacramentos, comunidades, etc). – 10 –


Formativo • Promover, na Arquidiocese, formações para líderes e animadores de Círculos Bíblicos, oferecendo elementos para a realização do trabalho com linguagem simples e direta, com incentivo na missão da Evangelização; • Incentivar a escola bíblica em nível de Forania, com um curso técnico, para que os fiéis aprendam o básico sobre as Escrituras Sagradas; • Realizar a formação para Ministros da Palavra com um conteúdo voltado para: a) Bíblia, b) Sacramentos; c) Mariologia; d) Ecumenismo; e) Identidade missionaria. Missionário • Fazer, nas Paróquias, um mapeamento dos diversos lugares onde acontecem os círculos bíblicos, para que se possa tornar conhecido o que já existe, e iniciar a formação de grupos bíblicos nos lugares onde não existem; • Visitar as casas das pessoas que se encontram afastadas da vida comunitária para, a partir da leitura da Palavra de Deus, criar vínculos e propor os encontros para aprofundamento dos conhecimentos sobre a Sagrada Escritura; – 11 –


• Montar círculos bíblicos nos diversos lugares onde se possa fazer uma experiência concreta do Evangelho, bem como promover, com maior ênfase, em nossas paróquias e em nossa Arquidiocese, o mês da Bíblia com atividades expressivas (Celebrar o dia da Bíblia).

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EQUIPE DE SUBSÍDIOS

No ano de 2019, a equipe de subsídios, composta por cinco pessoas, terá como função principal elaborar subsídios que contribuam para missão e vivência dos Círculos Bíblicos e encontros para reflexão nas comunidades, valorizando o uso da Palavra de Deus, a partir dos meses temáticos. A subcomissão de Formação, criada no contexto do Ano do laicato, contribuirá com a equipe.

Periodicidade das reuniões: Toda 1ª sextafeira do mês, às 15h, no Centro de Pastoral.

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PROPOSTA DE MATERIAL

Propomos que os subsídios arquidiocesanos sejam oferecidos nos meses que não têm temas específicos, refletindo sempre o evangelho dos domingos do ano litúrgico: janeiro, fevereiro, abril, maio, junho, julho, agosto e novembro. Lembramos os subsídios que já são produzidos: março/abril: CF – Subsídio do Regional Nordeste 3 – CNBB; setembro: Subsídio do Mês da Bíblia / Regional Nordeste 3 – CNBB; outubro: Subsídios do Mês Missionário – Pontifícias Obras Missionárias (POM); dezembro: Subsídio de Natal / Regional Nordeste 3 – CNBB. A equipe de subsídios se esforçará por valorizar os círculos bíblicos, a partir de meses temáticos e apoiada no plano de pastoral da Arquidiocese.

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COORDENAÇÃO ARQUIDIOCESANA

No dia 15 de setembro de 2018, o Conselho Arquidiocesano de Pastoral deliberou a necessidade de eleger uma equipe arquidiocesana para organizar, orientar e dar continuidade aos trabalhos. Informamos, aqui, a lista dos que vão compor esta equipe: Coordenação de Pastoral, uma pessoa da Equipe de Subsídios, uma pessoa das Oficinas de Oração e Vida, uma pessoa da Pastoral Catequética Arquidiocesana e uma pessoa da Ação Missionária Arquidiocesana.

Periodicidade das reuniões: Toda 1ª terça-feira de cada mês, às 16h, no Centro de Pastoral.

Atividades Arquidiocesanas É missão da Coordenação Arquidiocesana, se reunir para articular, planejar e executar os encontros. Estão previstos, três grandes atividades para o ano de 2019, a saber: – 15 –


• 16/03 (Sábado) – Palavra fonte de Vida – 8h às 17h – Auditório Dom Geraldo; • 31/05, 01 e 02/06 (Sexta, Sábado e Domingo) – Lectionautas – CTL em Salvador; (O projeto Lectionautas busca capacitar jovens católicos a ler a Bíblia com o método de oração contemplativa chamado Lectio Divina) • 21 e 22/09 (Sábado e Domingo) – Congresso Bíblico Arquidiocesano. A prioridade pastoral para o ano de 2019, é a efetivação de uma das indicações da terceira urgência das DGAE. Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral. Portanto, é uma ação missionária que poderá favorecer o contato, a escuta, a vivência e o anúncio da Palavra de Deus para muitos e uma proposta concreta de evangelização para atingir aqueles que ainda não conhecem o Evangelho da Salvação, como vem nos motivando o Papa Francisco. “Cada cristão e cada comunidade há-de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (EG nº 20).

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“A VIVÊNCIA DOS CÍRCULOS BÍBLICOS”

1. Orientações para implantação dos Círculos Bíblicos: (Subsídio pastoral № 2 – Círculos Bíblicos: Indicações para Implantação e Desenvolvimento, 2014.)

Paróquias, Foranias e Serviços Arquidiocesanos a) Aproveitar as experiências que já existem, fazendo as adaptações ou atualizações necessárias, conforme as indicações apresentadas, os apelos e/ou necessidades locais e atuais; b) 1º Passo: fazer um processo de mapeamento da paróquia, realidade ou lugar onde os grupos serão criados, evidenciando os lugares onde os encontros serão realizados; c) 2º Passo: Preparar os animadores apresentando as prioridades pastorais e as indicações prioritárias para o ano de 2019 (Cf. p. 09-12). Motivá-los sobre – 17 –


a importância desta ação evangelizadora; oferecer orientações básicas sobre o manuseio da Bíblia e valorizar o subsídio preparado pela Arquidiocese;

Obs.: Para facilitar a participação de todos, os encontros deverão acontecer no território da própria paróquia;

d) O início dos Círculos Bíblicos: estão previstos para acontecer no mês de janeiro, porém deve-se observar a orientação da proposta de material, na página 14; e) Cada Paróquia deve planejar uma celebração de envio dos animadores, antes do início das atividades; f) Em cada paróquia ou outra instância responsável, deve ser definida a forma de estruturação, organização e acompanhamento dos Círculos Bíblicos e programar missas, momentos de confraternização e lazer com os membros dos Círculos Bíblicos; g) Planejar e realizar mutirões de visitas com o objetivo de implantar os Círculos Bíblicos.

2. Onde os Círculos Bíblicos devem ser realizados? a) Nas casas das ruas, edifícios, condomínios de cada setor da paróquia, dando prioridade àquelas que até o momento não foram atingidas e às famílias que não participam da comunidade; – 18 –


b) Na casa de amigos por afinidade ou na própria residência reunindo os familiares e vizinhos; c) Nas escolas e universidades, hospitais, asilos, presídios, etc; d) No ambiente de trabalho em um momento conveniente que não interfira no desempenho do trabalho. Ex.: Hora do descanso; e) Em um espaço coletivo de um conjunto residencial ou condomínio (salas, salões, quiosques, etc.); f) Em um local fixo, conforme a conveniência para o encontro; g) Outros, conforme a necessidade e os apelos pastorais.

Obs.: É preciso lembrar que não se pode perder a perspectiva missionária, realizando o encontro apenas no local mais cômodo. Devemos priorizar as famílias e as pessoas que estão afastadas da comunidade, as ruas, os ambientes, os grupos humanos, as categorias sociais, os condomínios e outros que estão desassistidos ou ainda não conseguimos atingir.

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3. Outras indicações necessárias para favorecer a boa organização e bom desenvolvimento dos Círculos Bíblicos: a) Programar encontros de formação específica para os animadores dos círculos bíblicos, em cada paróquia ou na forania; b) Motivar e definir os meios ou recursos, para que todos tenham uma Bíblia na mão; c) Criar um tipo de adesivo para que indique os locais fixos onde o Círculo Bíblico acontece; d) Utilizar as redes sociais para divulgar e criar os círculos bíblicos, motivar a participação dos integrantes e facilitar a comunicação entre os integrantes; e) Aproveitar a experiência dos grupos, das pastorais e dos movimentos que fazem visitas às famílias; f) Sensibilizar os membros dos movimentos, pastorais, grupos, equipes já existentes na paróquia e todas as pessoas que exercem ministérios, prestam algum serviço na paróquia e/ou nas suas comunidades, todos os leigos engajados e as pessoas que participam das missas dominicais; g) Divulgar nas missas os locais onde os Círculos Bíblicos acontecem e motivar sempre a criação de novos grupos e sempre levar os símbolos de – 20 –


acordo com o tempo e preparar uma ambientação própria para cada tempo; h) Atuar para o cotidiano das comunidades, realidades locais, ligando fé e vida e respeitando as diferentes crenças, religiosidade popular, utilizando os subsídios propostos sem descartar a Bíblia; i) Realizar avaliações periódicas, encontros de formação, celebrações e confraternização para integrar os diversos grupos da paróquia; j) Promover um dia de convivência com os participantes dos encontros, encerrando com a celebração eucarística; k) Realizar missas campais nos locais que possam reunir os membros de diversos círculos Bíblicos; l) Aproveitar as estruturas já existentes nas paróquias, comunidades e capelanias, sem descuidar de uma revisão e ampliação das já existentes.

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TRABALHO QUE DEVE SER CONTINUADO

No ano de 2019, a Coordenação Pastoral continuará acompanhando algumas equipes que atuam diretamente no processo formativo, com a colaboração dos membros das diversas pastorais e dos serviços arquidiocesanos. Em comunhão com o plano de pastoral, buscaremos manter os seguintes trabalhos: Formação Permanente para os Leigos – A Subcomissão de Formação, criada no contexto do Ano do laicato, continuará dando encaminhamento ao programa formativo que vem contribuindo na caminhada pastoral das foranias, paróquias e serviços arquidiocesanos. Pastoral da Escuta – A meta é fazer um levantamento dos sinais deste serviço já existentes na Arquidiocese, buscando ampliar o trabalho, atendendo à necessidade de uma formação adequada para as pessoas que atuam nesta área, seja nas paróquias, pastorais e movimentos. Os agentes deverão receber formação específica.

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CONCLUSÃO

Na ação pastoral, cada setor tem sua área específica e seu planejamento particular, porém há um planejamento maior, que é de todos. Somos chamados a tornar o Reino de Deus presente nos areópagos modernos de nossa Arquidiocese, que nos convida, insistentemente a anunciar a Palavra de Deus. A vivência dos Círculos Bíblicos é um caminho para nos ajudar a redescobrir a presença misteriosa do Senhor em meio às vicissitudes da nossa caminhada. É um convite a fazermos a experiência dos discípulos de Emaús; e deixarmos o nosso coração arder de amor ao meditar a palavra do Mestre, que renova a nossa vida e dá um novo rumo a nossa história. De fato, precisamos permitir que a Palavra de Deus ilumine todas as dimensões da vida de nossa Igreja e, assim, perceber que o Senhor é o nosso companheiro nesta jornada. Verdadeiramente, “Tua Palavra é lâmpada para os meus passos e luz no meu caminho” (Sl 199,105). Deste modo, os encontros dos Círculos Bíblicos devem suscitar, em nossas comunidades, uma autêntica experiência com o – 23 –


Cristo Ressuscitado, que transforma a morte em vida nova e o pranto em alegria. Aos párocos, vigários, religiosos, religiosas e demais lideranças dos diversos segmentos pastorais de nossa Arquidiocese, a nossa palavra de ânimo e encorajamento. É verdade que o dia a dia do nosso ministério pastoral é tantas vezes marcado pela experiência do cansaço e ausência de bons frutos; contudo, ainda uma vez, confiemos na Palavra do Salvador, avançando para as águas mais profundas da nossa realidade e laçando as nossas redes, a fim de descobrirmos o novo que Deus está preparando para a nossa Igreja e para o mundo. Enfim, que o Espírito Santo renove a nossa ação pastoral, para que, com alegria e coragem, possamos anunciar, com confiança, a Boa Nova do Evangelho de Jesus Cristo. Que a Virgem Maria, a Senhora da Imaculada Conceição, e o glorioso São José derramem copiosas bênçãos sobre todos nós e conceda-nos a perseverança necessária no exercício de nossa missão. Assim seja. Amém!

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APÊNDICE

Lectio Divina: Como praticar Santo Ambrósio de Milão escreve: “A Deus falamos quando oramos, a Deus escutamos quando lemos suas palavras.” (De Afficiius Ministrorum, 1,20,88). A lista de testemunhas sobre a Lectio Divina é extensa. Mas, na prática como se faz a Lectio Divina? De que é composta? Basicamente ela é composta de quatros elementos: leitura, meditação, oração e contemplação. E para cada elemento desses há uma pergunta cujo objetivo é faze-los bem, sem nenhum desvio. Primeiramente, é sempre bom no início invocar o Espírito visto ser uma leitura dos textos das Sagradas Escrituras. Logo entendemos, que não é qualquer livro, mas um livro especial que me/nos coloca diante do Sagrado. Por isso, sua leitura supõe fé. Segundamente, ter em mãos além da própria Bíblia e um material que te ajude na compreensão do texto escolhido. Munidos de tais ferramentas, vejamos cada passo. – 25 –


Leitura: Ler o texto, responder a pergunta: O que o texto diz? Nesse primeiro passo devemos ler o texto, saborear suas palavras, prestar atenção no que ele narra. Ao fazer isso, faça em seguida um resumo da leitura sem pôr ou tirar ainda uma ideia ou mensagem. Responda a pergunta central: o que o texto diz?

Meditação: Ler o texto, responder a pergunta: O que o texto diz para mim/para nós? Nesse segundo passo procuramos compreender o que o texto quer dizer e que mensagem podemos tirar para nós hoje. Nesse caso, é importante nos acercamos de alguns instrumentos (conteúdos) como já foi dito, e que nos mostre o contexto do texto. Situando-nos no seu tempo, seus autores, seus destinatários, etc. tudo isso ajuda a compreender o texto no seu contexto.

Oração: Responder a pergunta: O que o texto me faz/nos faz dizer a Deus? Nesse passo, voltamos ao texto perguntando-nos que tipo de oração ele nos inspira a fazer nesse momento. É o gesto orante. Conforme a provocação que o texto nos fez/nos faz podemos entoar, cantar um hino, ou até mesmo recitar um salmo, ou simplesmente um silencio adorante.

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Contemplação: Ler o texto e responder a pergunta: O que o texto me faz/nos faz enxergar de Deus? Chegamos ao passo final. Que não é o fim, mas o recomeçar de uma nova experiência. Ele consiste em silenciar e contemplar, observar mais, enxergar mais, e descobrir Deus na vida a partir das descobertas do texto. É uma experiência mistagógica. Uma palavra, um versículo, uma frase do texto ou até mesmo uma ideia poderá nortear esse momento. Com ela, você fará sua experiência contemplante até sua próxima Lectio Divina. Fonte: <http://bibliaecatequese.com/lectio-divina-ii-como-praticar/>.

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Siglas e Abreviaturas CAMEC

Conselho Arquidiocesano de Movimentos Eclesiais.

CF

Campanha da Fraternidade.

Cf.

Conferir, confira.

CNBB

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

COIDE

Comissão das Ordens Terceiras, Irmandades e Devoções.

CTL

Centro de Treinamento de Líderes.

DGAE

Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora.

EG

Evangelii Gaudium.

Mt 18,20

Mateus, Capítulo 18, Versículo 20.

POM

Pontifícias Obras Missionárias.

Sl 133/132,1

Salmos, Capítulo 133/132, Versículo 1.

Sl 199,105

Salmos, Capítulo 199, Versículo 105.

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