EDIÇÃO 100, MARÇO 2010
Pará+ chega 06 Nossa à centésima edição
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www.paramais.com.br revista@paramais.com.br
Parabéns Pará+
Alberto Taveira, o 14 Dom novo arcebispo de Belém
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Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil
Vida e economia no cooperativismo
contra gripe 24 Vacinação pandêmica A (H1N1)
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O Dia Mundial da Água
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Como elas se destacam no mercado de trabalho
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Considerações sobre a Mulher nos tempos atuais
DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES: Acyr Castro, Aline Monteiro, Airton Faleiro, Camillo M. Vianna, Celeste Proença, Edivaldo Del Grande, Garibaldi Parente, Renato Grinberg, Renata Biondi, Ricardo Jordão Magalhães, Sergio Pandolfo, Sônia Machado Jardim Yvana Crizanto; FOTOGRAFIAS: Arquivo MS, Adauto Rodrigues, Cláudio Santos, Carlos Moioli, David Alves, Claudio Santos, Eliseu Dias, Eunice Pinto,Tamara Saré/Ag.Pá, Marcelo Martins, Max Alencar/Ascom Cosanpa, Nádia Souza, Rodrigo Lima/TCE e Vival S. Bentes; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES
ANATEC ASSOCIAÇÃO DE PUBLICAÇÕES
PA-538
44 A Nova Adutora do Utinga 48 Os 360 anos da Santa Casa
Capa: Fac- sím
ile das primeir
as 100 capas
da Pará+
Nossa Pará + chega à centésima edição lgumas edições antes da nº 88, em plena crise econômica mundial, que nos serviu de inspiração e oportunidade para que a revista fosse repensada, resolvemos, após intensos momentos de reflexões, adotar ainda mais, como nosso foco principal – o Jornalismo cultural, na contemporaneidade. Nesse ínterim, recebemos a informação da transferência do nosso querido Amigo, Dom Orani João Tempesta, para a Arquidiocese do Rio de Janeiro. Como não poderia deixar de ser, resolvemos lhe homenagear com um “Especial Dom Orani”. Precisávamos de outra motivação. Uma extra, que fosse notada por todos, de imediato... Era o momento – único e oportuno: Resolvemos duplicar o tamanho da revista. Nº 1 - A primeira edição Após algumas providências, a partir da edição nº 89, nossa Pará+ duplicou. De 15,50 x 21,50 cm passou para 20,50 x 27,50 cm.
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Nº 88 - A última em tamanho pequeno
Centésima edição! É uma vitória chegar até aqui. Sendo uma revista independente, procuramos veicular matérias de todos os segmentos que interessem e sejam importantes à população paraense, sem quaisquer distinções. Foi uma caminhada árdua, para informar e divulgar nossas coisas, nossas gentes. Pretendemos continuar, desbravando esses caminhos com você, querido leitor, anunciante, colaborador, parceiro... Mensalmente vamos às ruas, para deixar nossos leitores bem informados do que ocorre no Pará e alhures... Por nossas páginas passam de tudo um pouco: cultura, entretenimento, cinema, serviços, política, economia, negócios, turismo, ecologia, meio ambiente, sustentabilidade, marketing, propaganda, jornalismo..., enfim, comunicação em todas as suas formas de expressão, em todas as suas instâncias. Procuramos aprender com nossos erros e acertos. Por tudo isso, essa edição é mais que especial. Ela é a prova de que procuramos estar cumprindo nossos papéis. E, otimistas que somos, afirmamos com toda certeza que ao longo do tempo nos tornamos melhores, e com qualidade editorial superior a cada número. Findado o período que poderíamos considerar como aprendizagem, partimos agora para uma fase, mais adulta,muitomaisatentos... Por vezes, não agradamos a alguns, mas não é sempre que se pode satisfazer a todos, afinal, já dizia Nelson Rodrigues “toda unanimidade é burra”. Sendo assim, as críticas só nos fortalecem e os elogios nos impulsionam a buscar sempre a perfeição. Muito obrigado a todos. Vocês são os responsáveis por tudo que somos hoje. E que venham mais outras 100 edições. P Nº 89 - A primeira tamanho grande
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Nº 100 - A centésima paramais.com.br
Mensagem da Governadora "Meus parabéns à equipe, leitoras e leitores da Revista Pará + que chega à centésima edição – uma longa caminhada, em termos editoriais e que merece votos de sucesso. Em especial a revista Pará + que está sempre evidenciando o que o valente e trabalhador povo do Pará produz. Vida longa à Para +". Uma longa caminhada que merece votos de sucesso
Números de Sucesso e Perseverança Uma das atividades que sempre me agradou quando servia como Arcebispo em Belém do Pará foi acompanhar com mensagens, em nome da Arquidiocese, as publicações da Revista Pará +! As coberturas dos Círios com fotografias e história fazem-na uma fonte de consulta para conhecer a vida e a alma desse estado e, em especial, das cidades que têm a tradição marcante do Círio de Nazaré. Faz um ano que fui transferido de Arcebispo da querida Arquidiocese de Belém do Pará para a também querida Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Durante a minha permanência, abençoada e feliz, em Belém do Pará, pude constatar quantos benefícios essa revista tem empreendido em favor da cultura, das artes, da religião, da justiça e da paz nesse Dom Orani João Tempesta, Arcebispo Metropolitano querido Estado do Pará e, particularmente, na sua sempre bela de São Sebastião do Rio de Janeiro e acolhedora capital, Belém, portal de entrada de todas asAmazônias. Chegar ao décimo ano de circulação (10º) e ao seu centésimo número (100º) é uma grande façanha – inédita para o Norte e para a Amazônia – que assim consolida a revista Pará + como uma das mais agradáveis e desejáveis leituras do povo do Pará, promovendo a cultura paraense. Abraço seus idealizadores que com empenho continuam levando adiante tão importante publicação. Desejo que a história vivida e vencida possa inspirar ainda mais o futuro na missão que um dia iniciaram. Este número comemorativo, o centésimo, é publicado justamente na data em que inicia seu ministério episcopal o meu sucessor na centenária Arquidiocese da quase “quatrocentona” Belém, o caríssimo irmão e amigo, Dom Alberto Taveira Corrêa. Peço-lhes que o mesmo carinho, amizade, consideração, respeito que me distinguiram nos felizes quase cinco anos de minha permanência nesta bonita região amazônica sejam tributados a Dom Alberto que, nascido em Minas, tendo trabalhado em Brasília, e por fim tendo fundado e instalado a Arquidiocese de Palmas, agora vem para Belém para, sob o signo da proteção da Virgem Maria, ser a presença do próprio Cristo Jesus abençoando o povo de Deus do Pará. Aproveito este espaço para abraçar e desejar, como paraense que sou, as boas vindas a Dom Alberto: que o Senhor o ilumine com a luz do Espírito e com o amparo da Virgem de Nazaré conduza esse amado povo ao encontro do Pai. Que os discípulos missionários de Jesus sejam sempre transformadores com a sua presença das realidades injustas do nosso tempo. Que a Senhora de Belém ampare o seu pastoreio que, tenho certeza, será profícuo. Por fim, a todos os leitores e amigos da Revista Pará + deixo o meu cumprimento vivamente pela marca considerável desta publicação, certo de que a Revista continuará trabalhando por uma sociedade paraense sempre comprometida com a vida e com os valores do Evangelho. Rio de Janeiro, março de 2010
+ Orani João Tempesta, O. Cist. Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ paramais.com.br
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Garibaldi PARENTE
Fotos: Marcelo Martins
Parabéns Pará+
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revista Pará+ está de aniversário. Nós estamos alegres O colorido dinamiza os textos e felizes por este grande evento feito de vida plena por e nos conduz céleres para a dez anos e cem edições publicadas sem nenhuma percepção mais apurada dos interrupção. Nós leitores nutrimos em profundo eventos históricos, sociais e sentimento de gratidão por tamanha envergadura. culturais. Formas que se Lemos e escrevemos por uma necessidade substancialmente espiritual, abraçam protagonizando engajada no organismo cultural de nossas vidas. nossas vidas de modo Os editores da revista Pará+ sabem que a leitura é um sublime em um só cosmo processo interativo e com esse detalhe procuram criar uma revista aliado de todas as paragens abrangente, sem segmentações, ou seja, sem demandas direcionadas a d o s v i a j e i r o s determinado grupo especifico. O foco é o publico em geral. Sabem universalizantes. também que ao leitor muito apraz ler seu próprio mundo. Este é um bem Porquanto o de raiz que facilita a percepção e as reações de desvendamento crítico estilo espacial da revista através do diálogo mais criativo traçado com os elementos textuais e o Pa r á + , s u m a m e n t e conhecimento particular, visão de mundo, de cada um. Através da humanista, não estimula Camilo Viana, defensor incondicional releitura do próprio mundo projetamos nossas vivências no interior do tensões conflitantes. Sua da preservação do ambiente Amazônico texto e chegamos ao mais interessante. Ao compreender o que lemos por sensibilidade assenta em reconhecer e perscrutar, o mundo amazônico certo incutimos novos sentimentos, criamos um novo texto advindo de com amplitude e inteligência gerando reflexos e ressonâncias no intuito nossa capacidade de imaginar. Aqui completa-se o de manter cada vez vivos o imaginário amazônico e o êxito da leitura. Elevamos nossa auto-estima, nos costumeiro o modo de viver dos paraenses. Vida e incluímos nas lidas das lides e sobra liberdade ambiente sem distanciamento para exaltar e animar motivacional para vislumbrar e crescer com nosso entusiasmo nativista e a dignidade nacionalista. consciência de alçar em concretudes nossas Posto e dito. Os textos, de qualquer natureza, veiculados perspectivas de vida saudável em sociedade. na revista proporcionam a todos nós o conhecimento de A visibilidade da revista Pará+ nós mesmos. As nuances do nosso ser social, os encanta. A fotografia bem trabalhada e finamente aspectos do nosso olhar, os matizes do nosso pensar, o colorida é um recurso que participa urdidamente despertar do nosso ego, méritos capazes de animar nos interstícios dos sentidos almejados, na nossa razão no cenário emocional das letras, sejam elas densidade das interações veiculadas. O colorido jornalísticas, informativas, históricas e literárias. O aspira dizer algo oscilante sob profunda interação detalhe natural é manter o natural com originalidade, com o que dizem as palavras, as frases, os marco de encontro entre o ser e o tempo sedimentados parágrafos. Esta flexibilidade cromática sugere em Garibaldi Nicola Parente: Lemos e escrevemos na memória cultural e combinadas ordenadamente com uma necessidade substancialmente nós, na nossa mente e na nossa estrutura por o repertorio fotográfico, relevante signo em movimento espiritual, engajada no organismo cultural somática uma motivação asada para de nossas vidas processual de cambiantes significados. continuarmos lendo e palmilhando caminhos gentis nas veredas Escrever é uma tarefa árdua. A revista Pará+ proporciona armadas na transparência de com muita relevância divulgar, autores paraenses. Leio frequentemente Sérgio Pandolfo tem o viço ciriano contraste, na luminosidades das em suas páginas escritores novos e autores já consagrados tais como: de cultivar a Língua Portuguesa saturações, no maneio das Camilo Viana, Sérgio Pandolfo, Acyr Castro. Fato para todos refrações. Nesse mundo de especialmente gratificante. Concordo com o dizer da minha amiga Eunice matizes revelam-se posturas Ferreira, professora de Letras da UFPA: “Escritores e escritoras intuitivas e o mundo fica mais sobrevivem e se projetam a medida que suas obras são estudadas e vizinho de nós, por conta mais lidas.” Em Camilo Viana, considero-o defensor incondicional da fascinante nessa liberdade preservação do ambiente Amazônico, ou melhor, defensor “ in natura” da sinuosa de veradimirar sentindo. natureza, da pujante vegetação arbórea, desde o paricá, passando pela Em síntese, o visual capta de sumaumeira até a sublime macacaúba. Nas suas andanças e viajanças forma abarcante a atmosfera sempre encontra uma história singular dos fatos caboclos e feitos hileiana e seus movimentos cá e preservacionistas e, porca miséria, de inúmeras apressões á lá, nas ilhargas do aqui e do acolá sustentabilidade. É evidente que nesta postura está inserido o grande da beira do rio, nas mãos das primado da razão. A natureza tem sempre uma infalível resposta. Ela nos águas e nas palmas do farfalhar. responde continuadamente sem pestanejar e nos insistimos em
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pestanejar infortunadamente. Vale lutar. Posso dizer que Camilo Viana age como a sumaumeira: “Da sumaumeira as painas plena de paz sementam sementes.” Sérgio Pandolfo tem o viço ciriano de cultivar a Língua Portuguesa em suas ordenações simbólicas. Sempre de atalaia não perde nenhum petisco lexical degusta-o com empatia flamante e sabor levemente adocicado. Combina o ledo lume de revisitá-la para ligar uma nova revelação – a lucidez vernácula e a elegância gramatical. A parte isso, em algum teto de algures o céu se pinta de multicores e fecundas Ronaldo Hühn e Rodrigo Hühn procuram criar uma revista abrangente, sem segmentações, ou seja, sem demandas direcionadas a determinado eçagarretianas novidades. No corpo sagaz das parauaras brotam as grupo especifico. O foco é o publico em geral cordas da esperança em mãos argutas pela luz de velas na grande procissão dos afortunados leitores nascidos neste mar rotundamente desígnios de alçar latitudes e longitudes terreanas como diria Sérgio comunicante. Pandolfo ou para sentir o celestial girassol como disse Para Acyr Castro o mundo não vai, nós é que vamos Cruz e Sousa. A alma é a contrição sem pecados, Parabéns! no mundo. Dia de sol, noite de lua caminhamos além das pronta para desdobrar-se em amplexos reiventivos e cidades, além dos rios, além dos vales, além das Parabenizo-os, e não só a eles, a todos os funcionários sedimentar-se nas entranhas de cada leitor, na montanhas, além dos desertos... intimidade dos seus anseios e segredos. Acyr Castro doma as palavras no lombo de um cavalo da Editora Círios, Afinal leio na partitura sonora da Revista alado e vai pouco a pouco desvendando o mundo com digitadores, diagramadores, Pará+ a expressão “ tutto da capo”, e retorno do presteza visionária e profundeza ígnea. Funde-se o ilustradores... Todos estão princípio ao fim. Posso, então, dizer peremptoriamente magma para cratalizar-se em semente na flor da terra... e de parabéns e que esses que tudo depende da distinta ousadia de dois cérebros o grão manifesta-se em linguagem livre. O prosador feitos continuem por muitos criativos e em consonantes pensamentos Ronaldo consciente sabe e muitos anos. Hühn e Rodrigo Hühn. São grandes empreendedores de Acyr Castro doma muito bem que notável capacidade de superação das dificuldades para edição de cada as palavras no lombo a novidade move o mundo e o de um cavalo alado número da revista. Em dez anos de luta e dedicação já amealharam 100 tempo cava no vento o verso impecáveis edições, o que já constitui um riquíssimo patrimônio literário, sempre presente, imerso no histórico e social do povo paraense. Parabenizo-os, e não só a eles, a sentimento ecumênico, na todos os funcionários da Editora Círios, digitadores, diagramadores, realidade do ser que existe em ilustradores... Todos estão de parabéns e que esses feitos continuem por cada ser. Tem corpo e alma a muitos e muitos anos. palavra em constante (*) movimento. O corpo abriga o * Escritor
Agradecimentos Nossos agradecimentos especiais a todos que participaram de alguma maneira em nossas primeiras 100 edições: Leitores, parceiros e servidores, colaboradores, anunciantes, incentivadores e até mesmo aos eventuais secadores... Sem cada um de vocês não chegaríamos até aqui. Muitíssimo Obrigado! paramais.com.br
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Sérgio PANDOLFO
DEZ ANOS DE PARÁ +
CENTÉSIMA EDIÇÃO
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revista Pará + vem de dar à população paraense, neste mês de março, a sua centésima edição, com feição e características especiais alusivas à especial efeméride. Durante uma década a publicação da Editora Círios saiu, regular e ininterruptamente, trazendo à população informação confiável e cultura de qualidade. Temos imensa satisfação em dizer que participamos de sua vida editorial desde os seus primórdios, eis que o pranteado colega, amigo fraterno e depois confrade na Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – Sobrames, recentemente elevado ao plano celestial, Dr. Hélio Rodrigues Titan, ao apresentar-nos o número
“CAMINHOS ALCATIFADOS,
FLORIDOS, NÃO PODEM LEVAR À GLÓRIA. OS CAMINHOS DA GLÓRIA HÃO QUE SER, NECESSARIAMENTE, PEDREGOSOS, QUASE ÍNVIOS”. SerPan
inaugural do novel periódico trouxe-nos também o gentil convite do amigo comum, Ronaldo Hühn, para integrarmos o corpo editorial da revista como colaborador. Aquiescemos de imediato, máxime pela boa impressão que o exemplar nos causara, e da segunda edição até esta centésima temos tido o ensejo de participar como “colaborador permanente da Revista Pará + há dez anos, consecutivos e ininterruptos, através de matérias de notória qualidade, sendo seus textos de elevado interesse de nossos leitores”, a redizer, com suas próprias palavras, o Diretor e Produtor da supradita publicação, Rodrigo Hühn, tornando-nos, destarte, o mais antigo e assíduo integrante de seu quadro de redatores colaboradores. Nesses dez anos de existência a revista só fez crescer em qualidade gráfica, conteúdo de matérias e tiragem, com grande penetração em todo o Estado do Pará, várias outras unidades da Federação (nós mesmos a enviamos a diversos colegas sobramistas, parentes e amigos residentes em diferentes estados deste torrão brasílico), ademais de países outros componentes da comunidade lusofônica, tais como Portugal (onde possui inclusive membro correspondente, com assídua e gostosa participação textual sobre coisas, gentes e histórias daquela nação irmã), Angola e outros. Sua excelência gráfica é notória, assim no que tange às matérias expendidas como no farto e magnífico acrescento iconográfico, o que faz aumentar, sem ponta de dúvida,
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internacional. Nós mesmos, frequentemente, fizemos inserir nas páginas acolhedoras e prestigiosas da revista dos Hühn artigos ligados à história e/ou literatura nacional ou mundial. Sempre gozamos de inteira liberdade para a escolha de nossos temas ou proposições, assim em prosa como em versos, tendo oportunidade, portanto, de expressar nossos pensamentos, opiniões e pontos de vista acerca de assuntos assaz diversos, fazendo-os chegar aos inúmeros leitores habituais desse ótimo periódico, o que nos traz gratificante e plena compensação. Temos absoluta certeza que Pará+ seguirá sua ascendente e prestimosa trajetória e, logo, logo, estaremos a comemorar sua ducentésima edição, para gáudio e deleite de seus fiéis leitores. (*) Médico e escritor. SOBRAMES/ABRAMES www.sergiopandolfo.com serpan@amazon.com.br
o interesse de seus incontáveis leitores. Até a edição de número 89 (especial do Círio) a revista saía no formato menor de 14 x 22 cm e 52 páginas, inteiramente em policromia; a partir dessa, motivada por absoluta necessidade de mais amplo espaço editorial passou ao formato “tablóide” (21x27cm), com o mesmo número de páginas e iconografia policromática, que obviamente lhe deu maior realce e prestígio, figurando hoje entre as melhores a circular entre nós. Aponte-se, igualmente, como a merecer remarque especial, sua regularidade e longevidade, coisas incomuns nesse ramo de atividade, sabido como é o árduo trabalho e imensas dificuldades a enfrentar para manter uma publicação desse jaez em circulação, o que só nos orgulhece e faz robustecer nossos arraigados laivos de parauarismo. Pará +, até pelo título que ostenta, aborda preferentemente assuntos ligados às coisas, aos fatos, às gentes e ao modus vivendi da capital e demais localidades de nosso setentrião parauara, conquanto, claro está, também dá guarida a matérias que abordam assuntos de interesse nacional e mesmo
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Camillo VIANNA
Enriquecendo o patrimônio cultural da Amazônia
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o retornar de estágio no Hospital dos Servidores do estado do falada e, posteriormente televisada, e com as seguintes parcerias: Rio de Janeiro, na década de cinquenta, o autor substituiu o Universidade Federal do Pará, através o Centro Rural Universitário de catedrático de Clinica Médica, Affonso Rodrigues Filho que Treinamento e Ação Comunitária – CRUTAC, Delegacia Federal do passara à condição de diretor da Faculdade de Medicina e Ministério da agricultura no Pará e Amapá, Movimento Brasileiro de Cirurgia do Pará, na coordenação da Enfermaria São Francisco da Santa Alfabetização - MOBRAL, Federação Educacional Infanto Juvenil – FEIJ, Casa de Misericórdia do Pará. Secretarias do Meio Ambiente e Educação da Amazônia Oriental e Na ocasião foram instituídos Comandos Médicos Rodoviários Ocidental; da então Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, Museu Emilio para os universitários, concluintes e voluntários, que atuavam na Goeldi, Sociedade dos Amigos de Belém entre outros. Enfermaria, onde recebiam do novo coordenador Atualmente, a SOPREN conta com o apoio da informações sobre Meio Ambiente e Ecologia, que revista PARÁ+, especializada na divulgação da repassavam aos pacientes, a maioria oriundos do interior problemática amazônica, com a publicação de crônicas do Pará e de outros estados da região de variados autores que é encaminhada às Secretarias Os Comandos Médicos eram realizados nas de Educação e Meio Ambiente de diferentes Unidades Residências do então Departamento de Estradas de Federativas do Brasil, para deputados federais, Rodagem (DER-PA) em Castanhal, Taciateua no município senadores e outras autoridades constituídas. de Santa Maria do Pará, Capanema e Igarapé-Açu, para Por intermédio da Embaixada do Brasil em atendimento de funcionários, seus familiares e Portugal a PARA+ é distribuída para 8 países de língua comunitários, com participação de Assistente Sociail, portuguesa. dentistas, médicos e guardas-de-saúde do local. Estes Superando dificuldades a família Hühn, eram funcionários do Departamento, treinados em criadores da revista, comemora a sua 100ª edição, Ambulatórios, Banco de Sangue e Enfermarias da Santa contando com o apoio de colaboradores operacionais e Casa. culturais. A revista PARÁ+ é também um marco Por essas alturas, dentro do processo de no acervo cultural, que está sendo legado A revista, cuidadosamente elaborada, trás Integração da Amazônia já era possível ouvir, ao passar para gerações do presente e do futuro informações sobre assuntos importantes que vem nas rodovias o crepitar das matas pegando fogo e a fumaceira invadindo ocorrendo na Amazônia e fora dela, que interessem à região. comunidades e estradas, assim como cursos de água poluídos, sendo o Valorizada pela excelente impressão, a revista, de publicação primeiro deles o rio Peixe-Boi, em Capanema, em consequência dos mensal, é encontrada em aeroportos das principais capitais, com tiragem rejeitos oriundos de fábrica de cimento recém-construída no local. de 50.000 exemplares, por edição. Dando um grande corte nesse registro cita-se a Sociedade de Com relação à SOPREN, a PARÁ+ foi à verdadeira porta aberta Preservação aos Recursos Naturais e Culturais da Amazônia – SOPREN, para divulgação das atividades da entidade, através de crônicas onde são entidade conservacionista fundada em 1968, em Belém, com atuação em registrados, também vários aspectos fotográficos, documentais e outros. toda a Amazônia Clássica, em gigantesca rede de atividades, o que A PARA+ está deixando referência histórica principalmente para inspirou o repasse de informações aos participantes dos a região, onde fatos importantes vem sendo muitas vezes ignorados pelo Comandos Médicos rodoviários, e comunitários a resto do país e do mundo. todos os níveis. A revista PARÁ+ é também um marco no acervo A SOPREN contou, desde sua cultural, que está sendo legado para gerações do presente e criação com o apoio da imprensa escrita, do futuro. (*) *SOPREN/SOBRAMES
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Acyr CASTRO
Felizes edições
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uriosa coincidência. A revista mais bonita do Brasil, a ultrapassar as fronteiras da Amazônia e do País, chega à sua centésima edição exatamente no mês em que a minha mãe querida, Neuza Cecília Paiva de Castro, a amada Neucília, completaria 98 anos de idade. Gostaria, a nossa família, de desejar à família Hühn toda a felicidade do mundo, sabedor e por isso agradecido, como todo paraense, dos serviços prestados por essas duas criaturas maravilhosas que são Ronaldo e Rodrigo, pelos relevantes serviços à Cultura e às artes como a toda indústria do lazer e do entretenimento. Todos os meses nossos lares recebem uma multiplicidade de informação, a verdade sobre todos os assuntos, desvendando o que temos de mais belo e ao mesmo tempo de mais simples no dia-a-dia da realidade regional. A publicação é tão boa que transpira perfume, o gosto do açaí, do tacacá, do pato no tucupi, da tapioca, da maniçoba, da manga e assim vai. Não é fácil chegar a 100 edições quando se tem 10 anos de existência, caso da "Pará +", e sem interrupções, uma novidade para editores inclusive a nível internacional. E é uma alegria e uma satisfação que nos invade o coração por estarmos colaborando para esse feito notável, inédito a que eu saiba, com todos os problemas e dificuldades de quem escreve e quem edita necessariamente tem no trabalho para colocar na rua a revista e atender às necessidades da população disso tão carente. E a revista é um luxo só, papel fino e de classe, o que dificulta por demais a luta pela saída de uma publicação tão bela e de excelente qualidade tanto no material usado como na arte final. E, entretanto, uma ironia da História, março traz amargas recordações pessoais para mim com a perda de minha mãe no dia 15 de 2003 como politicamente a lembrar o célebre golpe de Estado de 1964. Mas deixemos a tristeza para traz, que a vida continua e mais do que nunca é preciso cantar como diz o poeta. Parabéns pelas 100 edições. E até abril, se Deus e Nossa Senhora o permitirem. Bom dia, boa tarde, boa noite e boa sorte. (*) Jornalista e escritor
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Capa da 100ª edição: Não é fácil chegar a 100 edições, sem interrupções
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Dom Alberto Taveira, o novo arcebispo de BelĂŠm
Dom Alberto, com a imagem original de Nossa Senhora de NazarĂŠ
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Fotos: David Alves/Ag Pa
governadora Ana Júlia Carepa visitou o novo arcebispo metropolitano de Belém, dom Alberto Ta v e i r a C o r r ê a , n a residência episcopal. Após a saída de dom Orani João Tempesta para assumir a Arquidiocese do Rio de Janeiro, há oito
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meses, dom Alberto Taveira se transformou no 10° arcebispo de Belém. Ana Júlia Carepa disse que seu governo tem um relacionamento muito próximo com os ensinamentos cristãos, cuidando de todos, mas com especial atenção àqueles que mais precisam. Ela citou obras e ações de êxito de sua gestão, como
o Programa Bolsa Trabalho, a construção de residências populares, o novo planejamento para o trânsito, o atendimento aos municípios do interior, e a inclusão digital e social por meio do programa NavegaPará e seus Infocentros. "De todos os inscritos, 17 mil jovens conseguiram trabalho com carteira
Dom Vicente Zico, Ana Júlia Carepa, dom Alberto Taveira e o secretário de Governo, Edilson Sousa, durante o encontro na residência episcopal
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Dom Alberto Taveira manifestou suas expectativas em relação ao trabalho que realizará em Belém, e em especial quanto ao Círio de Nazaré
sensibilização de novos fiéis para a Igreja Católica e projetos em parceria com órgãos estaduais. A expectativa maior é quanto ao Círio de Nazaré. "Neste ano irei presidir a festa e conhecê-la, ao mesmo tempo", disse dom Taveira. A governadora apontou como um dos maiores desafios de sua gestão a integração de um Estado de dimensões continentais, que concentra na capital apenas 20% da população, enquanto os 80% restantes estão distribuídos pelos 142 municípios. "Temos outros Estados brasileiros mais populosos que o Pará, mas nenhum com essa característica de maior concentração populacional no interior, e ainda com o diferencial de que não se atravessa por todo o Estado de carro, por exemplo, como acontece em Minas Gerais", disse Ana Júlia Carepa, citando o Estado de origem do novo arcebispo metropolitano de Belém. Ela encerrou a visita desejando a dom
Alberto que faça um bom trabalho pelos fiéis paraenses, e reforçou que o governo do Estado estará sempre presente para realizar ações conjuntas com a Igreja Católica em benefício dos mais carentes. Acompanharam a governadora o monsenhor Raimundo Possidônio da Mata, administrador da Arquidiocese de Belém nos últimos oito meses; dom Vicente Zico, arcebispo Emérito de Belém, e Pe. Ronaldo Menezes, chanceler daArquidiocese. Dom Alberto Taveira, 59 anos, foi nomeado arcebispo metropolitano de Belém pelo papa Bento XVI no dia 30 de dezembro de 2009, e assumirá a Arquidiocese no próximo dia 25 de março. Foi ordenado padre aos 23 anos e, em seguida, foi pároco em Minas Gerais por cinco anos. Em 1996, foi nomeado pelo papa João Paulo II o primeiro arcebispo de Palmas, capital do Tocantins, cargo que ocupou nos últimos 14 anos. P
assinada durante os dois anos do programa Bolsa Trabalho no Pará", informou a governadora. "Estamos levando os Infocentros do NavegaPará para áreas onde a comunidade jamais poderia sonhar em ter um computador, muito menos com acesso à internet. E hoje isso já é realidade em 86 lugares, como associações de bairros, centros comunitários, creches e igrejas, onde crianças, jovens e adultos podem acessar a internet, buscar informações e se profissionalizar através dos cursos de informática básica oferecidos pelo NavegaPará", completou.
Expectativa Em pouco mais de meia hora de conversa, o arcebispo falou sobre suas expectativas para Belém nas áreas sociais, destacando a
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A governadora Ana Júlia Carepa explicou a dom Alberto Taveira os projetos desenvolvidos em sua gestão que beneficiam a população mais carente
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Dom Alberto Taveira Corrêa Dom Alberto Taveira Corrêa nasceu em Nova Lima MG no dia 26 de maio de 1950, filho de Alberto Corrêa e Maria da Conceição Taveira Corrêa. Em Nova Lima fez os estudos primários, concluídos em 1960. Em 1961 entrou para o Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus. Ainda como seminarista da Arquidiocese de Belo Horizonte concluiu Cursos de Filosofia e Teologia na PUC-MG. Recebeu a ordenação sacerdotal no dia 15 de agosto de 1973 das mãos de Dom João Resende Costa, na Matriz de Nossa Senhora do Pilar de Nova Lima, onde permaneceu como pároco até dezembro de 1977. De setembro de 1976 a abril de 1977, fez o Curso de Espiritualidade Sacerdotal do Movimento dos Focolares em Roma. De 1978 a 1984 foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Em 1985 foi nomeado Pároco da Paróquia de São Geraldo e responsável pela comunidade dos Diáconos da Arquidiocese. Durante o ano de 1988 foi orientador do Seminário Menor São José. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral, coordenador da Pastoral vocacional e dos Cursos de Canto Pastoral e da Comissão de Liturgia e Professor de Liturgia na PUC-MG. No dia 24 de abril de 1991, quando era Pároco do Senhor Bom Jesus de Bonfim e de Santo Antônio de Vargem Alegre e Vigário Forâneo da Forania São Caetano, foi nomeado Bispo Auxiliar de Brasília, sendo ordenado no dia 6 de julho de 1991, na cidade de Nova Lima. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das
diversas atividades de Bispo Auxiliar, especialmente as visitas pastorais, conselho Arquidiocesano de Pastoral e acompanhamento dos Seminários, Pastoral Vocacional, Comissão de Juventude, Pastoral Familiar e Campanha da Fraternidade. Desde a instalação da Rádio Nova Aliança, teve um programa diário “Palavra de vida eterna”, com o qual se estabeleceu uma grande rede de contatos com os diversos segmentos da vida de Brasília. A partir de 1991, tem acompanhado em nome da Arquidiocese de Brasília o Grupo Parlamentar Católico do Congresso Nacional. Por mandato da CNBB, foi indicado Bispo Assistente Nacional para a Renovação Carismática Católica permanecendo até “2000”. Foi membro da Comissão Episcopal de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latino-Americano - CELAM. No dia 27 de março de 1996, o Santo Padre o Papa João Paulo II criou a Arquidiocese de Palmas e a Província Eclesiástica que tem como sufragância as Dioceses de Porto Nacional, Miracema do Tocantins e Tocantinópolis e a Prelazia de Cristalândia. Dom Alberto Foi Nomeado Primeiro Arcebispo Metropolitano de Palmas. Outras Atividades Vice-Presidente do Conselho Administrativo da Fundação Populorum Progressio - Organismo criado pelo Santo Padre João Paulo II para ajuda à Igreja na América Latina Membro da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos Atual Arcebispo Metropolitano de Belém, nomeado pelo Papa Bento XVI em 30 de dezembro de 2009. Dom Alberto Taveira manifestou suas expectativas em relação ao trabalho que realizará em Belém, e em especial quanto ao Círio de Nazaré
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Recordando
Carlos Moioli
Em 21janeiro de 2000, os bispos, Dom Alberto Taveira, de Palmas, e Dom Luiz Azcona, do Marajó, foram palestrantes do Retiro Nacional para Seminaristas da RCC (Renasem), realizado na diocese paulista de São José do Rio Preto, na época, governada por Dom Orani João Tempesta
Antes da posse canônica em Belém, dom Alberto Taveira fez uma visita fraterna ao seu antecessor, dom Orani João Tempesta, no Rio de Janeiro
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“Vida e economia” no coop
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cooperativismo inicia o ano de 2010 com vigor renovado pelo tema da C a m p a n h a d a Fraternidade Ecumênica (CFE) 2010, “Vida e Economia”. O documento escrito pelo Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), que traduz o lema, objetivos e estratégias da campanha que se estenderá por todo o ano, é uma defesa da economia solidária, com distribuição de renda justa e valorização da pessoa. Em boa parte, a CFE traduz a atividade cooperativista. Não é de hoje que expoentes da Igreja defendem formas de organização econômica que em muito se assemelham ao cooperativismo. Em 1891, sensibilizado pelas más condições dos trabalhadores, o Papa Leão XIII publicou a Encíclica Rerum Novarum, motivado pelo fato de que a Igreja, defensora da dignidade e integridade da vida, não poderia mais ignorar as relações de trabalho desumanas. O documento propunha a reforma do capitalismo, tornando-o mais humano pela harmonização do capital/trabalho, ao mesmo tempo em que defendia a propriedade privada. Essa encíclica suscitou a produção de novos estudos, fazendo a questão social figurar definitivamente entre as preocupações eclesiais. Em 1931, o Papa Pio XI escreveu a encíclica Quadragesimo Anno; em 1961, João XXIII publicou a Mater et Magistra e, em 1991, o Papa João Paulo II, considerado um dos mais populares da história, divulgou a encíclica Centesimus Annus. Esses documentos, somados ao texto de Leão XIII, levaram à chamada Doutrina Social da Igreja, que determina a postura da instituição frente aos desequilíbrios e injustiças sociais. A Campanha da Fraternidade 2010 é a
O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é maior em municípios que contam com a atuação de cooperativas
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por Nelson Valente
Comissão de frente, a incorrigível alegria da nossa gente
confirmação do posicionamento das igrejas cristãs, condenando a desigualdade social, a predominância do lucro sobre o trabalho. É o chamado para a urgência de encontrarmos o modelo que permita o crescimento sustentável do país, criando oportunidades de desenvolvimento para todos. É nesse contexto de convergência que o cooperativismo se apresenta. O documento produzido pelo Conic traz três itens sob o tópico “estratégias”: 1) “Denunciar a perversidade de todo modelo econômico que vise em primeiro lugar ao lucro, sem se importar com a desigualdade, miséria, fome e morte”; 2)
“Educar para a prática de uma economia de solidariedade, de cuidado com a criação e valorização da vida como o bem mais precioso”; e 3) Conclamar as igrejas, as religiões e toda a sociedade para ações sociais e políticas que levem à implantação de um modelo econômico de solidariedade e justiça para todos. Independentemente de preceitos religiosos, o fato é que a essência dessa proposta em muito se identifica com os princípios do cooperativismo, que tem seu modelo econômico baseado no trabalho cooperado, na distribuição de renda mais justa e no desenvolvimento social de seus membros e, por consequência, da paramais.com.br
erativismo comunidade onde estão inseridos. Pesquisa da USP de Ribeirão Preto indica que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é maior em municípios que contam com a atuação de cooperativas. O cooperativismo brasileiro é uma experiência vitoriosa, mas conhecida por poucos. Situação diferente ocorre em países desenvolvidos, onde o cooperativismo tem grande importância nas relações econômicas e sociais, como é o caso do Canadá, da Itália, Alemanha, Estados Unidos. Por isso, um dos maiores desafios do setor cooperativista brasileiro é se tornar conhecido e respeitado e, com isso, permitir que mais e mais pessoas possam usufruir de seus benefícios. A Campanha da Fraternidade é, sem dúvida, um impulso importante para sensibilizar um maior número de pessoas para essas questões, que há 166 anos são a “alma” do cooperativismo. P
Oração da Campanha da Fraternidade 2010 Ó Deus criador, do qual tudo nos vem, nós te louvamos pela beleza e perfeição de tudo que existe como dádiva gratuita para a vida. Nesta Campanha da Fraternidade Ecumênica, acolhemos a graça da unidade e da convivência fraterna, aprendendo a ser fiéis ao Evangelho. Ilumina, ó Deus, nossas mentes para compreender que a boa nova que vem de ti é amor, compromisso e partilha entre todos nós, teus filhos e filhas. Reconhecemos nossos pecados de omissão diante das injustiças que causam exclusão social e miséria. Pedimos por todas as pessoas que trabalham na promoção do bem comum e na condução de uma economia a serviço da vida. Guiados pelo teu Espírito, queremos viver o serviço e a comunhão, promovendo uma economia fraterna e solidária, para que a nossa sociedade acolha a vinda do teu reino. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
(*) Presidente da Organização das Cooperativas do estado de São Paulo (Ocesp)
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Energia: Faleiro comemora boas notícias para a região da Transamazônica e Xingu
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deputado estadual Aírton Faleiro, líder do Governo na Assembléia Legislativa, esteve presente em recente reunião em que o Comitê Gestor do Programa Luz Para Todos anunciou a decisão da Eletrobrás e Eletronorte de antecipar a execução do Luz Para Todos nos 11 municípios no entorno de Belo Monte e da travessia para o Assurini. O parlamentar fez questão de ressaltar as boas noticias em discurso no plenário do Poder Legislativo. O início da obra da travessia da energia para o Assuruni é uma boa notícia para a população local, pois mais de 5 mil famílias serão beneficiadas com energia em suas casas. A obra já havia sido aprovada mas não tinha calendário definido. Faleiro teve importante participação nesta vitória, uma antiga reivindicação das comunidades da região doAssurini, na medida em que atuou como um dos articuladores neste processo e também acompanha o programa desde sua criação. Faleiro teve importante participação nesta vitória
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déficit de energia nestes municípios. Municípios situados no entorno do projeto de Belo Monte: Novo Repartimento, Pacajá, Anapu, Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio, Porto de Moz e Gurupá. P
“Esta foi a melhor notícia que recebi na reunião do comitê gestor. Quero dividir essa minha alegria, com as famílias beneficiadas, com o governo do presidente Lula, da ministra Dilma Rousseff, da governadora Ana Júlia, com a nossa bancada federal pelos deputados Zé Geraldo, Paulo Rocha e Beto Faro, e com todos os demais que lutaram por esta conquista”, disse faleiro.
Projeto Especial 11 municípios no entorno de Belo Monte serão contemplados num projeto especial, ou seja, sem precisar de aprovação pelo comitê gestor e obedecer o calendário de etapas de execução. Com isso, já está sendo feito um levantamento nestes municípios com famílias a serem contempladas. O deputado Aírton Faleiro parabeniza os governos do presidente Lula e da governadora Ana Júlia, que com este projeto para região da Transamazônica e Xingu superam o
Faleiro comemora com a Pará+, 10 anos de circulação da revista O deputado estadual Aírton Faleiro, está comemorando junto com a equipe da Pará+, os 10 anos de circulação ininterrupta desta revista que é um dos melhores veículos da região amazônica. “A Pará + está de parabéns pela data e também pelas belas edições que trazem matérias de interesse da nossa sociedade, com informações não só de política, mas também de economia, cultura e entretenimento, esporte, comportamento, entre outros temas. A equipe está de parabéns por estes 10 anos circulando sem interrupção”.
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TCE-PA realiza “Diálogo com o 3º Setor” fotos Rodrigo Lima/TCE
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ando continuidade a meta estabelecida no seu Planejamento Estratégico, que prevê uma aproximação da instituição cada vez maior com sociedade, e com os seus jurisdicionados, o Tribunal de Contas do Estado promoveu, no dia 10 de fevereiro, o primeiro “Diálogo com o 3º Setor”. Dirigentes de 79 ONGs compareceram ao evento que surgiu de uma proposição dos deputados estaduais presentes ao “Primeiro Encontro TCE/ALEPA”, no qual estiveram presentes a Presidente da Corte de Contas Conselheira Lourdes Lima e os Conselheiros Cipriano Sabino, Ivan Cunha, Nelson Chaves, Lauro Sabbá e Edílson Oliveira e Silva. Durante a realização do evento, foram proferidas as palestras “Celebração de Convênios”, “Prestação de Contas de Convênios” e a oficina “Modelo de Prestação de Contas”. Ministradas pelas servidoras Andréa Cavalcante e Márcia Tereza Assis da Costa, as duas palestras e a oficina visaram esclarecer sobre questões básicas referentes a celebração de convênios junto ao Estado. Divulgar os procedimentos que devem ser adotados na apresentação das prestações de contas de convênios junto ao TCE-PA, apresentar os modelos demonstrativos de prestação de contas de convênios ao Tribunal; cada etapa da celebração de convênios; as diferenças entre
Palestra da Drª Andréa Cavalcante, com participação do Público
entre outras questões relevantes ao universo dos convênios. Perguntado sobre a importância do encontro, o presidente da Associação Luz e Vida, de Marituba, Luiz Oliveira afirmou que: “este 'Diálogo' representa um divisor de águas na relação entre o TCE e as ONGs. Antigamente, a gente passava por aqui e tinha receio de consultar algum servidor a respeito de dúvidas que surgiam, dada a nossa própria timidez e a simplicidade das nossas associações e dos nossos respectivos hábitos de trabalho. Neste momento, o Tribunal nos convida a vir até aqui, recebe a todos com deferência e respeito, dá oportunidade para perguntarmos, fornece
Mesa Oficial no Encontro com o 3º Setor
contratos e convênios, conceituações básicas, formalidades e demais situações previstas na execução das parcerias, foram temas apresentados na primeira apresentação. Em seguida, durante a palestra “Prestação de Contas”, e na Oficina “Modelo de Prestação de Contas”, foram apresentados aspectos, deveres, obrigações, modelos, fundamentações legais, abrangências, prazos, principais falhas observadas, Palestra da Drª Márcia Costa
material didático e, ainda, se coloca à nossa disposição. Isso tudo é muito importante e nos motiva a sempre nos atualizarmos e prestarmos as nossas contas corretamente e dentro dos prazos”, finalizou o dirigente.
Abertura do “Diálogo com o 3º Setor” recebe autoridades Ao lado dos Conselheiros Nelson Chaves, autor da proposição aprovada em Plenário que originou o “Diálogo”, do Conselheiro vice-presidente do TCE, Cipriano Sabino (coordenador do evento) e do Conselheiro Substituto Edílson Oliveira e Silva, a Conselheira Lourdes Lima, Presidente da Corte de Contas, abriu os trabalhos do “Diálogo com o 3º Setor”. Representando o Ministério Público de Contas junto ao TCE, compareceu ao evento o Procurador Antonio Maria Cavalcante. O TCM-PA foi representado pelo Conselheiro César Colares. A Auditora Geral do Estado, Tereza
Cordovil, a Procuradora Chefe de Contas do Ministério Público junto ao TCM, Elizabeth Salame e o representante da ALEPA, Deputado Luiz Cunha, também fizeram parte das autoridades presentes ao encontro. Unânimes, todos os presentes celebraram a iniciativa como um exemplo de ação orientadora, educadora, preventiva e de grande valia para os jurisdicionados. A Presidente do TCE, Conselheira Lourdes Lima acrescentou que: “o 'Diálogo com 3º Setor' representa a continuidade do cumprimento de cada meta estabelecida no Plano Estratégico do TCE-PA, bem como da sua missão constitucional, que é exercer o Controle Externo em benefício da sociedade, orientando, acompanhando e fiscalizando a efetiva e regular gestão dos recursos estaduais”. A Presidente lembrou a origem do “Diálogo”, durante o “1º Encontro TCE/ALEPA” ocasião da solicitação dos deputados estaduais. Coordenador do “Diálogo com 3º Setor”, o Vicep r e s i d e n t e d o TC E , Cons.Cipriano Sabino Conselheiro Cipriano Sabino, disse estar satisfeito com a primeira edição do “Diálogo” e, tal qual todos os demais participantes, considerou que a sua realização atingiu os objetivos pretendidos, e se mostrou um sucesso. Ele disse também que o encontro “foi uma oportunidade para que cada dirigente de ONG interagisse, perguntasse, questionasse, de modo a tornar cada vez mais clara a utilização e prestação de contas dos recursos públicos estaduais”. O Conselheiro Nelson Chaves disse que acredita ser inédito um evento desse formato no Estado, e afirmou que o “Diálogo”, “é o primeiro passo numa linha que precisa ser construída efetivamente, no sentido de P aproximar o 3º setor do TCE-PA”. Auditório do TCE-PA lotado
vacinação contra gripe pandêmica A (H1N1) omeçou oficialmente a campanha de vacinação contra a Gripe A (H1N1), incluindo as mulheres grávidas, que, por ser considerado um grupo de alto risco, receberão a vacina durante todo o período da campanha, de 8 de março a 21 de maio. Até o dia 19 de março serão vacinados ainda todos os profissionais de saúde, e na sequência os demais grupos prioritários( ver anexo) definidos pelo Ministério da Saúde, que em Belém executa a ação através da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). O secretário municipal de Saúde, Sérgio Pimentel, esclareceu que somente as gestantes terão a vacina disponível durante toda a campanha. Em relação aos demais grupos, ele ressalta que inicialmente só podem ser vacinadas as pessoas que se encontram no grupo prioritário de vacinação, e que cada
C
30 a 39 anos, que será o último grupo vacinado, de 10 a 21 de maio. A diretora do Departamento de Vigilância à Saúde (Devs) da Sesma, Carlene Castro, reforça que somente o grupo das gestantes será vacinado durante toda a campanha. “Essa medida foi tomada porque as gestantes são consideradas um grupo de muito risco emcontrairadoença”,explica. Ela ressalta que é importante que as pessoas observem o prazo de cada vacina, e só tomem a vacina destinada ao seu Vacinação de idososde 24/04 a 07/05
As crianças de 6 meses a menores de 2 anos devem receber meia dose da vacina e, depois de 21 dias, poderão tomar a outra meia dose
pessoa deve respeitar o período de vacinação referente ao grupo em que se encontra, pois as doses das vacinas são específicas para cada grupo. Além do cronograma divulgado inicialmente, o Ministério da Saúde determinou a entrada de mais um grupo na campanha de vacinação. São os adultos de 30 a 39 anos, que devem ser vacinados entre os dias 10 e 21 de maio, o último grupo a ser vacinado. Os demais grupos são os doentes crônicos, as crianças de 6 meses a dois anos, os idosos acima de 60 anos e os adultos dividos em dois grupos, de 20 a 29 anos e de 24
grupo, por conta de possíveis efeitos colaterais, que estão sendo monitorados pelo Ministério da Saúde, através das Secretarias Municipais de Saúde, por meio de um sistema permanente de monitoramento de eventos adversos possivelmente associados à vacinação, que possam acontecer, em especial os já observados em outros países, como a Síndrome de Guillain Barre, que é um tipo de disfunção neurológica. A vacina também é contra indicada a pessoas alérgicas a ovo. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% da população brasileira durante o período da campanha. Terá direito à vacinação influenza pandêmica (H1N1), oferecida pelo SUS apenas pacientes que se enquadrem no público-alvo definido P pelo Ministério da Saúde.
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Cronograma de Vacinação
Mais informações: www.vacinacaoinfluenza.com.br
Grupos Prioritários Trabalhadores da rede de atenção à saúde e profissionais envolvidos na resposta à pandemia: (médicos, enfermeiros, recepcionistas, pessoal de limpeza e segurança, motoristas de ambulância, equipes de laboratório e profissionais que atuam na investigação epidemiológica). Indígenas (A vacinação dos indígenas abrangerá a totalidade da população que vive em aldeias e será realizada em parceria com a Fundação Nacional de Saúde - Funasa). Gestantes: (As gestantes devem a ser vacinadas por todo o período da vacinação e em qualquer idade gestacional).
Período da Vacinação
08/03 a 19/03
Todo o período de vacinação
Doentes crônicos: Obesidade grau 3 - antiga obesidade mórbida (crianças, adolescentes e adultos); Doenças respiratórias crônicas desde a infância (exemplos: fibrose cística, displasia broncopulmonar); Asmáticos (formas graves); Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória; Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular); Imunodeprimidos (exemplos: pacientes em tratamento para AIDS e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico); Diabetes mellitus; Doença hepática (exemplos: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral); Doença renal (exemplo: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise); Doença hematológica (hemoglobinopatias); Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (exemplos: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki); Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca; Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (exemplos: hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular).
22/03 a 02/04
Crianças de seis meses a menores de dois anos: (As crianças de 6 meses a menores de 2 anos) devem receber meia dose da vacina e, depois de 21 dias, poderão tomar a outra meia dose).
22/03 a 02/04
População de 20 a 29 anos
05/04 a 23/04
População com mais de 60 anos - com doenças crônicas: (serão vacinados com a influenza sazonal, como todos os anos. Se tiverem doenças crônicas, receberão também a vacina contra a gripe pandêmica).
24/04 a 07/05
Adultos de 30 a 39 anos
10/05 a 21/05
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A
razão dessa comemoração, é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema. No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água. Mas como devemos comemorar esta importante data?
O Dia Mundial
da Água Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.
Declaração Universal dos Direitos da Água Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos. Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o
Comissão de frente, a incorrigível alegria da nossa gente
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O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU Organização das Nações Unidas, no dia 22 de março de 1992. É destinada a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural
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clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem. Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia. Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a
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continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam. Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras. Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear
Um bem natural que deve ser preservado
em qualquer região do mundo. Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis. Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado. Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e P social.
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A importância da água para a vida
A
água é fundamental para o planeta. Nela, surgiram as primeiras formas de vida, e a partir dessas, originaram-se todas as outras as quais somente conseguiram sobreviver na medida em que puderam desenvolver mecanismos fisiológicos que lhes permitiram retirar água do meio ambiente e retê-la em seus próprios organismos. A evolução dos seres vivos sempre foi dependente dela. A água é, provavelmente, o único recurso natural que tem a ver com todos os aspectos da civilização humana, desde o desenvolvimento agrícola e industrial aos valores culturais e religiosos arraigados na sociedade. É um recurso natural
essencial, seja como componente bioquímico de seres vivos, como meio de vida de várias espécies vegetais e animais, como elemento representativo de valores sociais e culturais, e até como fator de produção de vários bens de consumo. Existe uma falsa idéia de que os recursos hídricos são infinitos. Realmente há muita água no planeta, mas menos de 3% da água do mundo é doce, sendo que desse total 99% apresentam-se congelados nas regiões polares ou em rios e lagos subterrâneos, o que dificulta sua utilização pelo homem.
Veja quanto você tem de água no corpo
A água é o principal componente do corpo humano
Cérebro - 75%
A água é o mais crítico e importante elemento para a vida humana. Compõe de 60% a 70% do nosso peso corporal, regula a nossa temperatura interna e é essencial para todas as funções orgânicas. Em média, no mínimo, nosso organismo precisa de 4 litros de água por dia. Além
Pulmões - 86% Figado - 86% Músculos - 75% Coração - 75% Rins - 83%
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disso, a água também é usada na preparação de mamadeiras, de comidas e sucos. Por isso temos que garantir uma água segura, com qualidade, pura e cristalina. P
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Como elas se destacam no mercado de trabalho por Renato Grinberg
A
idéia de que existem profissões exclusivamente femininas ou masculinas caiu por terra já há algum tempo. Hoje, o que vemos é que, cada vez mais, as características mais fortes em um gênero ou no outro são necessárias a todas as profissões. E, nessa idéia de que as competências comportamentais são imprescindíveis, as qualidades femininas vêm se destacando como fundamentais num mundo corporativo ainda predominantemente masculino. Um caso bem interessante para essa análise é o mercado da construção civil. Se antes os empregadores viam na força de trabalho dos homens a sua única opção, atualmente este cenário vem mudando.
Geralmente, empresas geridas por elas têm canais de comunicação mais abertos
Agora, gestores perceberam que as mulheres têm um olho mais atento para os detalhes e que também possuem uma maneira mais sutil de lidar com os profissionais das obras. Em termos de resultados, isso pode significar menores gastos com desperdício de matéria-prima e menor turnover de funcionários, o que obviamente também gera economias. Um dos principais benefícios de ser liderado por uma mulher, então, reside justamente nesta proximidade que elas permitem durante o cotidiano. Geralmente, empresas geridas por elas têm canais de comunicação mais abertos, em que os colaboradores sentem-se mais instigados a participar. Isso, contudo, não é uma regra. 32
A mulher, hoje, mostra que não precisa se igualar ao homem para alcançar o sucesso
Aliás, este é outro ponto a se pensar: desconfie de estudos e de gurus que buscam a unanimidade. Afinal, muitas pessoas conhecem um homem que é sensível ou então uma mulher mais racional. O ponto dessa reflexão é reconhecer as diferenças e as características próprias de cada gênero, buscando assim criar equilíbrio no ambiente de trabalho, da mesma maneira que buscamos esse equilíbrio em nossos lares. Voltando à atenção maior dedicada aos detalhes por parte das profissionais, creio que esta seja uma qualidade que conta pontos a favor da mulher já durante a entrevista de emprego. Naquele momento tão importante para a tomada de decisão do gestor de RH, é mais fácil para elas perceberem o clima organizacional e o que a empresa procura no futuro colaborador. O uso da percepção, que
As mulheres têm um olho mais atento para os detalhes
Suas características próprias passaram a ser valorizadas e não mais julgadas como “menores”
algumas pessoas costumam chamar de intuição ou até mesmo sexto sentido, é algo que tem atraído a atenção do mercado quando se fala nos rumos que as empresas devem tomar. A mulher, hoje, mostra que não precisa se igualar ao homem para alcançar o sucesso. Suas características próprias passaram a ser valorizadas e não mais julgadas como “menores”. Complementaridade passou a ser a palavra de ordem para a formação de equipes competentes e, com certeza, a presença das características femininas são essenciais para qualquer equipe de P sucesso. (*) Diretor Geral do portal de empregos Trabalhando.com.br e especialista em carreiras e mercado de trabalho, é pósgraduado em Marketing pela University of California - Los Angeles e formado em música e filosofia pela FAAM
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Considerações sobre a Mulher nos tempos atuais por Celeste Proença
os tempos atuais há uma palavra que exprime confiança, capacidade de trabalho, inteligência, e sobretudo amor. E essa PA L AV R A , m a r a v i l h o s a m e n t e encantadora, é a palavra – MULHER! Palavra simples e subjetiva, plena de ação, na conscientização dos seus sentimentos. E se parece com a lua, em suas fases distintas. É ser NOVA, quando o coração começa a conhecer o amor. É ser CRESCENTE, quando o coração começa a querer transbordar de amor. SER CHEIA quando o coração está p l e n o e r i s o n h o d e a m o r. É MINGUANTE quando esse amor vai embora. E a tudo isso ela resiste sem falar a ninguém. Ser mulher é ser princesa aos 20, Imperatriz aos 40 e especialmente a vida toda, porque possui, dentro de si a grandeza e o mila gre da MATERNIDADE. Isso a faz rica e poderosa, sob todos os aspectos. Ao criar um filho é fazê-lo consciente do século pelo qual está passando, a fim de se tornar digno de si próprio . A mulher deve ser criteriosa e educada. Ser super-homem quando o dia amanhece. É virar CINDERELA quando a noite chega de mansinho... Que hospeda, no ventre, uma vida, que ela já ama, sem saber quem é como será e se será sempre seu, sempre sua...
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Família, óleo sobre tela de Tarsila do Amaral
O homem é egoísta por natureza, pela simples razão de ser o primeiro. Mas se ele é o mandão, ela é a razão dessa força, porque é a sua maior concorrente. Hoje ela representa a base estrutural da família. Sabe de tudo um pouco e de tudo entende. Hoje ela e a dama da CULTURA. Sim. Porque cultura é ser gente. GENTE que
dialoga, que tem idéias definidas, que tem objetivos certos e técnicos de aprendizagem elevada. É chegada a hora em que todo o ser humano tem o direito e o dever de não ignorar o que se passa ao seu redor, a fim de ser concretizada a conscientização da PAZ! P
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Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, em Belém Segunda edição amplia participação de professores e estudantes. Meta é atingir 80 mil escolas de 5.450 municípios do país. Inscrições vão até 14 de maio.
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Ministério da Educação e a Fundação Itaú Social lançaram em Belém, a edição 2010 da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro para os estados do Pará, Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins. Participaram do lançamento regional do programa a diretora da Fundação Itaú Social, Ana Beatriz Patricio, o diretor de Políticas Públicas de Formação, materiais didáticos e de tecnologias da Educação
Ana Beatriz Patricio, diretora da Fundação Itaú Social, lançando a edição 2010 da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro
Básica do MEC, Professor Marcelo Soares, e a gerente de Projetos Sociais do Centro de Estudos e Pesquisa de Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), Estela Bergamin. Na primeira edição da Olimpíada, em 2008, o Pará teve 2.239 escolas inscritas (20,46% do total naquele estado); o Acre teve 399 escolas inscritas (25,48% do total); o Amazonas teve 631 inscritas (12,85% do total); Amapá teve 119 escolas inscritas (18,25% do total); Rondônia teve 626 escolas inscritas (43,02%); Roraima teve 157 escolas inscritas (25,08% do total); e Tocantins teve 872 escolas inscritas (49,97% do total). A Olimpíada deu nova dimensão ao Escrevendo o Futuro, criado em 2002 pela Fundação Itaú Social e pelo Centro de 34
Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), o Canal Futura e transformado em política pública do governo federal em 2008. O programa tem como objetivo ampliar as competências de leitura e escrita entre alunos de diferentes níveis de escolaridade a partir da formação de professores. Contribui assim para o
dos professores é um elemento essencial para que os alunos sejam estimulados a escrever mais e melhor. “A Olimpíada busca propiciar aos professores participantes qualificação para o ensino do idioma e levar os alunos ao aprimoramento na competência da escrita. É sem dúvida uma iniciativa importante, que se soma a outras, para a formação de docentes nessa área”, diz. Segundo o vice-presidente da Fundação Itaú Social, Antonio Matias, o programa é inovador justamente porque não se resume a um concurso de redação e contribui para a aproximação de crianças e jovens da língua materna. “A capacidade de expressão por meio da leitura e da escrita é instrumento fundamental para garantir o direito de aprender a crianças, jovens e adolescentes, pois a língua influi diretamente na capacidade de absorver os conteúdos das demais disciplinas”, afirma.
aperfeiçoamento didático de docentes da rede pública. A meta em 2010 é a participação de 80 mil escolas e 300 mil inscrições de professores de 5.450 municípios de todo o país. Cerca de nove milhões de estudantes de escolas públicas devem ser envolvidos nas oficinas de leitura e produção de texto que serão desenvolvidas entre março e agosto. Ao longo do ano, haverá cinco etapas de triagem: escolar, municipal, estadual, regional e, finalmente, a nacional, no mês de novembro, em Brasília. Para o ministro da Educação, Durante o lançamento da Olimpíada de Fernando Haddad, a formação Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro
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Quem participa
Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a formação dos professores é um elemento essencial para que os alunos sejam estimulados a escrever mais e melhor
Podem participar professores e alunos dos seguintes anos escolares: 5º, 6º, 7º, 8º e 9º do Ensino Fundamental e 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio. Os alunos de 5º e 6º anos participam no gênero Poema, os alunos de 7º e 8º anos desenvolvem textos do gênero Memórias e os de 2º e 3º anos do Ensino Médio trabalham com o gênero Artigo de Opinião. Além deles, foi incorporado, neste ano, o gênero Crônica, destinado aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do 1º ano do Ensino Médio.
Inscrições Para participar da Olimpíada, o primeiro passo é a adesão da rede de ensino, que será feita on line, pelos sites do Ministério da Educação (www.mec.gov.br), da Fundação Itaú Social (www.fundacao itausocial.org.br), do Cenpec (www. cenpec.org.br) e da Olimpíada (www. escrevendoofuturo.org.br).No caso das escolas municipais, o secretário municipal de Educação deve fazer a adesão . No caso das estaduais, a adesão fica a cargo do secretário estadual de Educação. Após a adesão da rede, os
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professores podem se inscrever nos mesmos sites indicados.
Premiação Os 500 alunos e professores semifinalistas receberão medalhas de bronze e coleção de livros. Os 152 professores e alunos finalistas serão premiados com medalhas de prata e aparelhos microsystem, e suas respectivas escolas receberão uma placa de homenagem. Aos 20 vencedores da etapa nacional, alunos e professores, serão entregues medalhas de ouro, computa-
dores e impressoras. As escolas nas quais estudam os 20 selecionados serão contempladas com laboratórios de informática, compostos por dez microcomputadores e uma impressora, além de livros para a biblioteca. Para avaliar os trabalhos, serão formadas comissões julgadoras específicas para cada etapa. Educadores, especialistas de universidades, representantes da Undime, do Consed, Cenpec, Ministério da Educação, da equipe da Fundação Itaú Social, de pais das comunidadesfarãopartedascomissões. P
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Governo do Pará e Banco da Amazônia selam nova parceria por Renata Biondi fotos David Alves e Tamara Saré / Ag. Pará
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governadora Ana Júlia Carepa e o presidente do Banco da Amazônia, Abidias José de Sousa J ú n i o r, a s s i n a r a m , recentemente o Protocolo de Intenções para a execução dos recursos do Banco, destinados ao estado do Pará. O Protocolo serve de instrumento norteador para a destinação e repasse dos recursos, onde estão explicitados os principais projetos de investimentos de interesse para o estado paraense. Com os recursos na ordem de R$ 1,3 bi, o governo estadual recebe aporte e incentivos para alavancar os setores produtivos, seja voltado para a agricultura familiar, ou para as micro, pequenas, médias e grandes empresas, ou ainda para o setor da cultura, turismo, reflorestamento e tantas outras atividades sustentáveis da Região Amazônica, como fruticultura, pesca, aquicultura, grãos e artesanato. Valdecir Tose, superintendente regional do Banco daAmazônia acredita que o Pará e a instituição bancária terão um grande desafio para 2010, com o propósito, em especial, de superar os problemas que um estado com dimensões territoriais continentais possui. Segundo o superintendente, em 2009, as linhas de crédito do Banco da Amazônia foram executadas em todos os 143 municípios do Pará, onde grande parte do volume aplicado tem como origem o Fundo
Governadora Ana Júlia Carepa assina Protocolo de Intenções para a execução dos recursos do Banco da Amazônia
Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). "Em 2009, chegamos aos 143. Em 2010, chegaremos aos 144 municípios e com mais investimentos para todos. Para este sucesso, contamos com o governo do Pará e da ação de diversos parceiros", disse Tose. Os recursos para o Pará têm como origem o FNO, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e Orçamento Geral da União (OGU), além de recursos próprios do Banco da Amazônia. Mas o presidente do Banco da
Amazônia, Abidias José de Sousa Júnior, anuncia que também serão disponibilizados recursos do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) e Fundo da Marinha Mercante (FMM), cujas dotações em 2010 para aplicação na Amazônia são de, respectivamente, R$ 1 bilhão e R$ 150 milhões. "O estado do Pará está vivendo um momento ímpar. São várias oportunidades de desenvolvimento, obras, sobretudo de projetos estruturantes do governo federal, que vão alavancar este estado", comemora o presidente do banco. A aplicação dos Presentes a solenidade de assinatura do Protocolo de Intenções
O deputado federal, Paulo Rocha, assinou como testemunha, o Protocolo de Intenções
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recursos terá como prioridade de investimento nos arranjos produtivos locais dos setores da aquicultura, pesca, fruticultura, madeira e móveis, grãos e turismo e artesanato. Entretanto, assegura o presidente, que não estão excluídas a possibilidade de atendimento de outros arranjos, cadeias produtivas e outras formas de organização do setor produtivo, desde que pautadas nos princípios do desenvolvimento sustentável.
Parceria A governadora Ana Júlia agradeceu ao Banco da Amazônia por reconhecer os Valdecir Tose, superintendente regional do Banco da Amazônia
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esforços feitos pelo governo do estado com o intuito de fazer com que o desenvolvimento efetivamente chegue a todos os 144 municípios paraenses e ainda enumerou uma série de projetos e ações do governo estadual que encontrou no Banco daAmazônia um parceiro. Os investimentos do Banco em projetos do governo estadual não se concentram apenas na área produtiva. A parceria firmada entre o Banco da Amazônia e governo para o pagamento das bolsas dos monitores do programa NavegaPará, que está levando internet gratuita para as pessoas mais carentes no estado do Pará, rendeu à instituição bancária o prêmio TOP Social 2009 da ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil). "Já inauguramos mais de 90 infocentros e, até o final deste ano, chegaremos à meta de 150 infocentros instalados e em funcionamento. Já temos mais de 500 escolas públicas, entre estaduais e municipais, ligadas à internet. Além das 17 cidades digitais no Pará, que são áreas públicas de internet livre para acesso ilimitado", disse a governadora. Ana Júlia ainda reconheceu que a parceria com o Banco a encorajou para tomar uma
Segundo Abidias José de Sousa Júnior, presidente do Banco da Amazônia: “O estado do Pará está vivendo um momento ímpar. São várias oportunidades de desenvolvimento, obras, sobretudo de projetos estruturantes do governo federal, que vão alavancar este estado”
decisão, histórica, na administração pública do estado, quando da definição em repassar patrulhas mecanizadas para 120, dos 143 municípios oficializados do Pará. "Há tempos que não se fazia uma ação tão importante e de uma forma tão ampla. Porque não estou dando benefícios para meia dúzia de prefeitos, e sim para quase 100% dos municípios do Pará". "Nossos esforços para atrair investimentos externos para o estado começam a surtir efeito. A Alpa (Alumínios do Pará) irá gerar mais de 20 mil novos postos de trabalho, isso tudo antes do funcionamento da siderúrgica,
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Cultura de feijão Caupi em área de agricultura familiar no município de Itaituba
Eclusas, vamos iniciar a construção da hidrovia AraguaiaTocantins, com custos de 500 milhões de reais, que vai permitir a navegabilidade do Tocantins até o Porto de Vila do Conde", arrematou. Por fim, a governadora parabenizou o Banco pelos números apresentados e por ter apostado no Governo Popular como um ente público que toma ações responsáveis e realistas, em prol do desenvolvimento igualitário em todo o Pará. A Cadeia do maracujá do arranjo produtivo local (APL) de fruticultura na comunidade de Boa Fé
com as obras de edificações, em Marabá. Um investimento que vai movimentar mais de R$ 3,7 bilhões de dólares", disse Ana Júlia, durante seu discurso. E ainda lembrou dos investimentos feitos para a construção das eclusas de Tucuruí, uma obra sonhada há tantos anos e que será inaugurada em 2010. "Além das
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Estiveram presentes na solenidade de assinatura do Protocolo de Intenções, os secretários de Estado Marcílio Monteiro, de Planejamento Estratégico (Sepe) e Maurílio Monteiro, de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect); Jorge Yared, diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor); deputado federal Paulo Rocha; os deputados estaduais Miriquinho Batista (PT), Bernadete Ten Caten (PT), Gabriel Guerreiro (PV) e Bosco Gabriel (PSDB); diretores e funcionários do Banco da Amazônia; José Maria Mendonça, presidente da siderúrgica Copala, representantes do setor produtivo, P além de empresários.
Há 67 anos no mercado, o Banco da Amazônia, só no estado do Pará, possui 37 agências e ainda prevê aumento de 25% do atendimento a partir da construção de uma nova agência em Belém, Jacundá, Marabá, Canaã dos Carajás, Xinguara e Dom Eliseu. Na Região Amazônia Legal, o Banco tem 104 unidades em funcionamento e terá outras 21 novas até o final de 2010.
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A 14ª edição da Feira do Livro Homenagem à África que fala Português XIV Feira Pan-Amazônica do Livro terá como tema “África que fala Português”, homenageará Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe – países do continente africano. Será realizada de 27 de agosto a 05 de setembro no Hangar Centro de Convenções e Feiras daAmazônia. A 14ª edição da Feira do Livro, dessa maneira irá ressaltar a importância dos países que falam e tem o português como língua oficial, no processo de formação da cultura brasileira.
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O Patrono da 14ª Feira do Livro O escritor Bruno de Menezes nasceu em Belém, filho de Dionísio Cavalcante de Menezes e Maria Balbino da Conceição Menezes. Publicou em 1920 seu primeiro livro de poesia, Crucifixo, em Belém. Na época, já era membro da Academia dos Poetas
Paraenses. Em 1923 fundou a revista literária Belém Nova, responsável pela divulgação da poesia modernista após a década de 20. Publicou, no ano seguinte, Bailado Lunar; seguiram-se Poesia (1931), Batuque (1939), Lua Sonâmbula (1953), Poema para Fortaleza (1957) e Onze Sonetos (1960). Nos anos seguintes escreveu peças teatrais juninas para o grupo Pirapema e, em 1950, publicou a novela Maria. Em 1944, se tornou membro da Academia Paraense de Letras Em 1954 tornou-se membro do Instituto Histórico e Geográfico do Pará e da Comissão Paraense de Folclore e lançou o romance Candunga, com o qual ganhou o Prêmio Estado do Pará. Foi presidente da Academia Paraense de Letras entre 1956 e 1957. Publicou diversos livros sobre folclore, em 1958 e 1959, entre os quais Boi Bumbá e Auto Popular. Bruno de Menezes pertence à segunda geração do modernismo brasileiro. Bruno de Menezes teve uma obra intimamente ligada ao africanismo e à cultura negra no Brasil. Surpresas e novidades na 14ª Feira do Livro
Bruno de Menezes
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A décima quarta edição da feira promete mais surpresas para o público, viajando pela riqueza cultural africana dos países que falam português. Além do aumento da meta de público, os organizadores pretendem ofertar uma programação de nível cada vez maior, qualificando ainda mais o público conquistado nas edições anteriores. Dentre as novidades prometidas para este ano, a coordenação geral da Feira
pretende trazer o cantor, compositor e exministro da cultura, Gilberto Gil, para apresentar o show de abertura, no dia 27 de agosto. “O Gilberto Gil é um ícone da cultura brasileira. E como o continente africano foi escolhido para representar a feira deste ano, nada mais justo do que o cantor abrir a programação, já que ele nunca negou sua 'negritude' e sempre lutou pelos direitos dos negros e dos demais cidadãos brasileiros'” externou Carlos Gonçalves, coordenador geral do evento. A programação vai ter o objetivo de divulgar não somente a literatura, mas a contribuição dos autores negros e africanos para o Brasil', completou o coordenador. Carlos ainda disse que Cesária Evora, cantora cabo-verdiana de maior reconhecimento internacional de toda a história da música popular, também é uma das atrações que a coordenação espera integrar na vasta programação cultural oferecida. P
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Vale e Faps abrem chamada de propostas para projetos de pesquisa
Apoio a pesquisas em mineração
studantes, pesquisadores e professores de Minas Gerais, Pará e São Paulo já podem consultar a chamada de propostas para o financiamento de pesquisas pelo convênio firmado entre a Vale e as Fundações de Amparo à Pesquisa dos três Estados. A divulgação foi realizada pela mineradora e pelas três fundações, e o material já está disponível aos interessados nos sites das entidades. As propostas podem ser apresentadas em duas modalidades: Individual ou em Rede de Pesquisa, e devem ser entregues à FAP do estado de residência do proponente. Nos estados do Pará e de Minas Gerais, as propostas devem ser enviadas, via Internet, por meio do Formulário de Submissão de Propostas Online. Em São Paulo, os projetos precisam ser
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Apoio a pesquisas em ecoeficiência
encaminhados em formulário impresso. O prazo para entrega das propostas de pesquisa é de 30 de março a 23 de junho. O resultado final será apresentado no dia 23 de novembro, nos sites das três Fundações. Serão destinados R$120 milhões a projetos nas áreas de Mineração, Energia, Ecoeficiência e Biodiversidade, e Produtos Ferrosos para Siderurgia. O convênio firmado entre a Vale e as Fundações prevê o financiamento de itens de custeio, de capital e todas as modalidades de bolsas pagas pelas FAPs envolvidas - iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Te r ã o m a i s c h a n c e d e s e r e m contemplados projetos que proponham o desenvolvimento de pesquisas em redes interestaduais, ou seja, uma universidade de um estado em parceria com uma
universidade de outro estado participante.
Parceria Para o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Mario Neto Borges, a parceria firmada com a Vale incentiva a articulação entre três elos - empresa privada, meio acadêmico e governo - que historicamente têm deficiências de comunicação. "Estamos quebrando paradigmas. O peso do nome Vale abre portas para que outras empresas se interessem em fazer parcerias", afirma. O diretor-científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa), Sanclayton Moreira, destaca as parcerias feitas entre a entidade e a mineradora no estado. " A Vale tem feito parcerias importantes com a Fapespa. Já
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tivemos um edital específico para bolsas de Mestrado e Doutorado, lançado em 2008, um outro Edital de Taxa de Bancada para apoio às bolsas concedidas, e agora esta grande chamada à comunidade científica", diz. A expectativa da entidade é que as pesquisas desenvolvidas
Apoio a pesquisas em biodiversidade
promovam inovação tecnológica nacional e desenvolvimento para o Estado do Pará. "Os desafios de pesquisa, nessas áreas, são relevantes, tanto para o desenvolvimento tecnológico e industrial, como para a acumulação de conhecimento necessário para aplicação em diversos campos pela sociedade brasileira", completa.
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Instituto de Tecnologia O convênio da Vale com as fundações foi assinado no último mês de dezembro, quando foi anunciado também pela Vale a criação do Instituto Tecnológico Vale (ITV), que contará com três grandes centros de pesquisa a serem implantados em Ouro Preto (MG), Belém (PA) e São José dos Campos (SP). O ITV foi concebido para coordenar as ações de ciência e tecnologia da empresa e para permitir maior ênfase em projetos de pesquisa de longo prazo, desenvolvidos em parceria com a comunidade acadêmica. Com a iniciativa, a Vale pretende fomentar a produção de pesquisas científicas, o desenvolvimento econômico de base tecnológica no país, além de gerar e difundir novos conhecimentos para o desenvolvimento socioeconômico, ambiental e para a cadeia da mineração sustentável no Brasil. O ITV é uma instituição sem fins lucrativos, de pesquisa e ensino de pósgraduação, voltada para a inovação em áreas estratégicas. A unidade a ser implantada pela Vale em Minas Gerais será especializada em temas de mineração; a unidade do Pará priorizará pesquisas em desenvolvimento sustentável e a de São Paulo, voltada para P as inovações na área de energia.
Pesquisas em produtos ferrosos para siderurgia
Para a FAPESP, as propostas deverão ser enviadas em formulários impressos, os quais serão disponibilizados no site da Fundação a partir de 30 de março de 2010. As propostas submetidas à FAPESP deverão ser apresentadas em papel (três vias) e acompanhadas de um CD contendo, em um único arquivo em formato PDF, todo o material descrito, seguindo-se as instruções descritas na chamada de propostas. As propostas, no caso da FAPESP, poderão ser entregues até o dia 23 de junho de 2010. Mais informações: www.fapesp.br/fffv
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Convênio com Ipea amplia rede de pesquisa sobre o Pará por Yvana Crizanto Fotos: David Alves/Ag Pa
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planejamento de políticas públicas com embasamento técnico foi o foco do ciclo de debates "Diálogos sobre desenvolvimento", no evento promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Estado do Pará (Idesp), marcado pela assinatura de convênio entre Governo do Estado e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para cooperação técnica. "A parceria com o Ipea fortalece ainda mais a participação da sociedade no
planejamento, pois representa o esforço do nosso governo em tornar participativas as políticas públicas", afirmou a governadora do Estado, Ana Júlia Carepa, que esteve presente no evento, acompanhada do secretário de Estado de Governo, Edilson Rodrigues. Para a governadora, a parceria demonstra um novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia, que instituiu o Planejamento Territorial Participativo e conselhos em diversos municípios paraenses, como um canal de diálogo com a sociedade. "Tivemos o compromisso de
Após a assinatura do convênio entre Governo do Estado e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para cooperação técnica
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“A parceria com o Ipea fortalece ainda mais a participação da sociedade no planejamento, pois representa o esforço do nosso governo em tornar participativas as políticas públicas", afirmou a governadora do Estado, Ana Júlia Carepa
recriar o Idesp, e o fizemos. Agora estamos fortalecendo sua atuação nessa parceria, que certamente ampliará a qualidade analítica e oferecerá indicadores para que possamos aplicar melhor os recursos públicos", afirma a governadora. O Ipea, entidade de pesquisa ligada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, irá repassar ao Idesp as metodologias de cálculo de indicadores como PIB potencial e Indicador de Sensibilidade Empresarial (Censor) e, a partir do convênio, a entidade estabelece a primeira representação regional fora da sede, em Brasília. Para o presidente do Ipea,
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Para José Raimundo Trindade, presidente do Idesp "É importante publicizar, socializar uma quantidade expressiva de informações sobre o Estado, nas mais diversas áreas, para o planejamento de políticas públicas e para sociedade em geral"
Márcio Pochmann, a entidade desenvolve atualmente um movimento de descentralização, ampliando sua atuação a fim de conhecer com mais profundidade a realidade local. "A criação e o fortalecimento do Idesp, após a retomada de suas atividades, nos motivou a realizar essa parceria. Partimos do pressuposto de que planejar o Brasil para as próximas gerações não pode se restringir à Brasília. Esta é uma página virada. Temos de r e a l i z a r a l g o n o v o " , a rg u m e n t a Pochmann. Na ocasião, o presidente do Idesp apresentou algumas das iniciativas da entidade de pesquisa na disponibilização de dados socioeconômicos e ambientais, como o Boletim de Conjuntura, divulgado Para Márcio Pochmann, presidente do Ipea, “A criação e o fortalecimento do Idesp, após a retomada de suas atividades, nos motivou a realizar essa parceria”
Durante a assinatura do Convênio IPEA / IDESP e instalação do Escritório Norte do IPEA que funcionará dentro do IDESP
mensalmente em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Conselho Regional de Economia (Corecon), assim como o Serviço de Informação do Estado (SIE), disponível via internet, para obtenção de dados específicos sobre os municípios paraenses, no endereço virtual www.sie.pa.gov.br. "É importante publicizar, socializar uma quantidade expressiva de informações sobre o Estado, nas mais diversas áreas, para o planejamento de políticas públicas e para sociedade em geral", afirma o presidente do Idesp, José Raimundo Trindade. A cerimônia de assinatura do convênio foi seguida de debate sobre "Políticas Públicas e Desenvolvimento Regional". P (*) IDESP
O auditório estava repleto ... paramais.com.br
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A Nova adutora do Utinga Fotos David Alves/Ag Pa e Max Alencar/Ascom/Cosanpa
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stamos substituindo uma adutora que tinha mais de 40 anos de uso, e que ocasionou somente em 2009 mais de 60 interrupções no abastecimento de água de Belém", frisou a governadora Ana Júlia Carepa ao entregar a nova adutora de água bruta da Companhia de Abastecimento do Pará (Cosanpa), que levará água do Lago Bolonha, no Utinga, até a Estação de Tratamento de São Brás. Na estação, a água será tratada e distribuída para 11 bairros de Belém, do Jurunas até parte da Pedreira. "Isto é levar qualidade de vida para à população; é cuidar das pessoas", completou a governadora. Ela informou que o governo também trocará a adutora que abastece o município de Ananindeua, melhorando a qualidade da água e dando capacidade para ampliar o abastecimento na Região Metropolitana de Belém. Ao todo, 60 mil residências, hospitais, colégios, instituições públicas, creches, supermercados, farmácias, centro comercial, shoppings e empresas em geral receberão água mais limpa, forte e sem interrupções no fornecimento do serviço, freqüentes na antiga adutora, que estava sendo desde a fundação da Cosanpa, em 1970. Na obra da adutora do Utinga/São Brás foram investidos R$ 7,8 milhões, recursos oriundos de uma parceria entre o governo federal, por meio da Caixa Econômica Federal, com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de
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Serviço) e do Tesouro estadual. Com 951 metros de extensão e tubulação de 1 metro de diâmetro, a nova adutora substitui a antiga, desgastada há décadas pelo uso. Em alguns pontos, as paredes da
antiga tubulação estavam bastante oxidadas e sua espessura foi reduzida a menos de 2 milímetros. De novembro de 2005 a novembro de 2009 foram retirados mais de 143 vazamentos da adutora, Ana Júlia Carepa aciona o funcionamento da nova adutora do Utinga, acabando com problemas no abastecimento em vários bairros de Belém
Com mais qualidade e sem vazamentos, a nova adutora se junta aos demais investimentos do Estado em abastecimento de água e saneamento
provocando 1.142 horas de paralisação e gasto de R$ 2,7 milhões em manutenção.
Sem déficit Até o final de março, a Cosanpa espera inaugurar as obras da Estação de Tratamento Bolonha, ajudando a superar o déficit no setor de abastecimento de água da Região Metropolitana de Belém pelos próximos 20 anos. A estação duplicará a capacidade de produção, o que representa um salto no volume de distribuição de água de 3.200 litros por segundo, para 6.400 l/s. Atualmente são captados do Rio Guamá 5.300 l/s. Com o novo sistema, serão captados 9.000 litros de água a cada segundo. Para essas duas obras, foram destinados mais de R$ 56,6 milhões, sendo R$ 12,5 milhões do Tesouro estadual.
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Em janeiro, o governo do Estado conseguiu a licença para instalação da nova adutora na zona de expansão, que levará água tratada da Estação Bolonha para Ananindeua. Serão R$ 27 milhões para as obras de 14 mil metros de extensão, que levarão a água para o centro de Ananindeua e bairros Cidade Nova e Jaderlândia, beneficiando aproximadamente 10 mil famílias. As obras resultam da parceria entre a Cosanpa, Secretaria de Estado de
Operários substituem a adutora de aço do Utinga por uma outra de ferro fundido, para melhorar o abastecimento de água para 300 mil pessoas em Belém
Durante a inauguração da nova adutora do Utinga
Desenvolvimento Urbano e Regional (Sedurb), Companhia de Habitação (Cohab) e Prefeitura deAnanindeua. "Em todo o Pará, o sistema de Nestor Basto, gerente de Desenvolvimento Urbano da Caixa Econômica Federal
abastecimento de água e coleta é deficiente, e em muitos casos inexistente. Tínhamos 52% da população sem acesso à água potável, mas graças aos investimentos em saneamento o Pará vai sair desse atraso", afirmou o presidente da Cosanpa, Eduardo Ribeiro.
Recursos Recentemente a governadora Ana Júlia Carepa assinou convênios com quatro prefeituras (Jacundá, Faro, Cachoeira do Piriá e Soure), garantindo o repasse de R$ 13,3 milhões para as prefeituras
O representante da comunidade, Afonso Maria, esteve presente Eduardo Ribeiro informa detalhes da nova adutora que levará água até a Estação de Tratamento de São Brás
Eduardo Ribeiro, presidente da Cosanpa, explica à governadora a melhoria na capacidade de abastecimento da nova adutora
A nova adutora do Utinga vai melhorar o abastecimento de água em 11 bairros de Belém
investirem em abastecimento de água e tratamento de esgoto. Além das quatro prefeituras já beneficiadas, outros 13 municípios que possuem população entre
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50 e 100 mil habitantes serão atendidos pelos convênios. Na região das Ilhas de Belém, a governadora entregou, em julho de 2008, 54 microssistemas individuais de abastecimento de água, com captação de água da chuva, beneficiando cerca de 500 pessoas. Estão em execução mais 44 sistemas na ilha de Urubuoca. Em todo o Pará, as ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Saneamento estão levando abastecimento de água e coleta de esgoto a 5.920 famílias, considerando apenas os projetos executados pela Sedurb. O município de Marabá, no sudeste do Estado, receberá investimentos de R$ 160 milhões para duplicação da capacidade de vazão de água (de 1.500 para 3.000 metros cúbicos por hora). Santarém, no oeste, terá R$ 36 milhões para triplicar a capacidade de vazão de água tratada (de 1 mil para 3 mil metros cúbicos/hora), um incremento de 79 mil m³/hora de água na rede de distribuição atual. Já em Castanhal, no nordeste paraense, 15 mil novas ligações de água serão feitas. Os moradores do município ainda ganharão
Substituição de adutora na Avenida Almirante Barroso
32 quilômetros de rede coletora, que será instalada até o final deste ano. As obras ajudarão a prevenir doenças, melhorando a qualidade de vida dos moradores, e também a valorizar os imóveis da área. P
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Os 360 anos da Santa Casa Fotos: David Alves e Cláudio Santos/Ag Pa
o participar das comemorações dos 360 anos da Fundação Santa Casa de Misericórdia, a governadora Ana Júlia Carepa reiterou compromisso firmado junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que já estão assegurados, no Ministério da Saúde, R$ 40 milhões para a aquisição de equipamentos destinados à nova unidade materno-infantil, cujas obras civis serão concluídas em novembro deste ano. De acordo com a governadora, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, havia sinalizado apoiar a instituição com R$ 10 milhões, mas, ao apelar ao presidente
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Lula, ele determinou o empenho do valor pleiteado. O evento das comemorações de aniversário contou com a presença de profissionais da fundação, como médicos, enfermeiros e servidores administrativos, além de voluntários. A governadora foi recebida pelo presidente Maurício Bezerra e servidores. A programação constou da inauguração da galeria Memórias da Misericórdia, que conta um pouco da história da Santa Casa e retrata parte da rotina de trabalho dos servidores da instituição. A governadora também descerrou a placa de inauguração do Museu/Arquivo Histórico do Pará, que
Galeria Memória da Misericórdia, exposição em comemoração aos 360 anos da Santa Casa de Misericórdia do Pará
Apagando as velas dos 360 anos da Fundação Santa Casa de Misericórdia
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será coordenado pelo médico Alípio Bordalo, homenageado com a nominação do museu. A governadora citou ainda os investimentos que seu governo já fez na Santa Casa, como a duplicação da Unidade de Terapia Intensiva neonatal, a construção de uma UTI adulta, a implantação de uma clínica obstétrica e do Espaço Acolher, que recebe crianças que vêm do interior, precisam de tratamento diário, mas não precisam ficar internadas. A governadora entregou ainda 40 computadores (netebooks) que vão auxiliar as crianças no acesso à informação e evitar que elas percam o ano letivo. "Aqui, nós já investimos R$ 17 milhões, sem falar nos R$ 110 milhões que serão aplicados na nova Santa Casa. Mesmo assim, o prédio da Santa Casa continua em obras e vai receber novos equipamentos", asseverou a governadora. Ela discorreu ainda sobre uma nova característica da Santa Casa, que é formar profissionais e técnicos no interior, a exemplo da parceria firmada com a Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (Amam), que beneficiou os 16 municípios com cursos de capacitação para os profissionais de saúde. Para Ana Júlia, saúde é também evitar que as pessoas adoeçam, "ou seja, é tratar as pessoas o mais próximo de onde elas estão". Destacou também como política de revitalização da Santa Casa a implantação de Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs) no interior, a fim de desafogar o
A governadora Ana Júlia Carepa e o presidente da Santa Casa, Maurício Bezerra,na inauguração da galeria Memórias da Misericórdia paramais.com.br
atendimento na instituição centenária. "As UCIs vão atender crianças que não necessitam de uma UTI, mas de um tratamento intermediário. Agora, vamos tratá-las mais próximo de onde suas famílias vivem. Isso é cuidar das pessoas". São quatro UCIs, nos municípios de Bragança, Ananindeua, Castanhal e Marituba, mais uma unidade em Parauapebas e, posteriormente, em Icoaraci e Abaetetuba. O governo também adquiriu 13 incubadoras para transporte de crianças de forma adequada dos municípios que mais demandam a Santa Casa. O médico Maurício Bezerra lembrou que a Santa Casa é a maior instituição pública do Pará, que deu origem a todo processo de atendimento e assistência à saúde, mas também ao processo de ensino de profissionais da saúde. Para Bezerra, a instituição tem muito que comemorar. Segundo ele, a atenção que a Santa Casa tem recebido do governo estadual nos últimos três anos é muito expressiva. "Os investimentos não são só
O médico Alípio Bordalo não conseguiu se desligar da Santa Casa, obliterando o selo comemorativo
de reestruturação física, de paredes, mas reestruturamos toda a rede de equipamentos e fundamentalmente investimos em recursos humanos, com aplicação de 30% do que é aplicado na Santa Casa em capacitação e em recursos humanos". Ele elogiou ainda a iniciativa do governo de descentralizar o atendimento neonatal, com as UCIs. "São 60 leitos fora da Santa Casa, além dos 107 que temos atendendo a área de assistência neonatal no Pará". Aos 78 anos e já aposentado, o médico
Aqui, nós já investimos R$ 17 milhões, sem falar nos R$ 110 milhões que serão aplicados na nova Santa Casa
Alípio Bordalo não conseguiu se desligar da Santa Casa. Ele conta que há 23 anos teve a ideia de fundar o museu, por isso se sente alegre com a sua inauguração. Para Bordalo, a história da Santa Casa é bela e rica, e está inserida na história do Pará. O médico disse que muitos governos investiram na Santa Casa, mas nenhum contribuiu tanto como o de Ana Júlia. "Espero que a senhora continue assim", encorajou Bordalo. Na presença do diretor regional dos Correios, Carlos Alberto Hipólito, foi lançado o selo comemorativo dos 360 anos da Santa Casa. O prefeito de Portel, Pedro Barbosa, presidente da Amam, fez questão de participar do evento e, segundo ele, veio somar-se a todos que estão empenhados em fazer da Santa Casa uma referência em saúde no Pará. Participaram do evento o secretário de Segurança Pública, Geraldo Araújo, Pedro Barbosa, prefeito de Portel, Nelcy Colares, juiz da Infância e Juventude, os vereadores de Belém Alfredo Costa, Otávio Pinheiro, Jorge Wilson Tuma, representando o Conselho Regional de Medicina, e Emanoel Resque, representando o Sindicado dos Médicos.
Mutirão da Cidadania Depois da solenidade na Fundação Santa Casa de Misericórdia, a governadora Ana Júlia Carepa visitou os estandes do Mutirão da Cidadania, na praça Brasil. P
Na praça Brasil, no Mutirão da Cidadania
Documentos na hora paramais.com.br
Exame oftalmológico
Emissão de documentos no Mutirão da Cidadania
Coleta de sangue Atendimento odontológico
Governo e Caixa Econômica discutem novos investimentos em habitação por Renata Biondi fotos David Alves/Ag Pa
stamos vivendo um momento único no Pará. E o governo do Estado tem se destacado pelo empenho, em especial da governadora Ana Júlia, em focar suas ações para o benefício de um grande número de pessoas”, afirmou Evandro Narciso de Lima, superintendente regional da Caixa Econômica Federal, durante reunião com a governadora Ana Júlia Carepa e o presidente da Companhia de Habitação do
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Evandro Narciso de Lima, superintendente regional da Caixa Econômica Federal com a governadora Ana Júlia Carepa
Pará, Geraldo Bitar, no Palácio dos Despachos. Foram discutidas, entre o governo do Estado e a CEF as diretrizes dos programas Minha Casa, Minha Vida e Pró-Moradia, com a proposta de construir habitações no maior número de municípios possíveis. Na reunião também foi abordado o projeto habitacional projetado para a área da Pirelli, onde serão instalados os projetos habitacionais do Minha Casa, Minha Vida e do Pró-Moradia, permitindo a participação de um maior número de construtoras e criando mais alternativas para os moradores não só de Marituba, mas dos demais municípios da Região Metropolitana de Belém. Ana Júlia Carepa destacou a importância de o Pará acompanhar os esforços do governo federal nos investimentos em habitação, tanto para quem recebe até 10 salários mínimos mensais, como para a
Geraldo Bitar assegurou que o Pará cumprirá a meta de contratar, até o final de 2010, 50 mil habitações
população de baixa renda. Geraldo Bitar assegurou que o Pará cumprirá a meta de contratar, até o final de 2010, 50 mil habitações. Participaram ainda da reunião Pedro Baptista, da Gerência de Desenvolvimento Urbano da Caixa Econômica Federal, e Rogério Mendes, gerente de Engenharia e Trabalho Social da instituição. P
Companhia de Habitação do Estado do Pará
ISO 9001
Ana Júlia Carepa, Evandro Narciso de Lima, Pedro Baptista e Rogério Mendes da CEF e o presidente da Cohab, Geraldo Bitar, discutiram as diretrizes de programas habitacionais
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