Revista comemorativa aos 40 anos do pame rj

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Parque de material DE eletrônicA DA AERONÁUTICA do Rio de janeiro PAME/RJ - 40 ANOS

Revista Comemorativa dos 40 Anos do PAME-RJ


Índice Editorial

Expediente

Missão, Visão e Valores

07

Descrição Heráldica do Emblema do PAME-RJ

08

PAME-RJ 40 Anos

09

Brigadeiro Paulo Victor: O pioneiro do PAME-RJ

16

Ilustres Funcionários

18

Assessoria de Controle Interno

22

Divisão Técnica

24

Subdivisão de Auxílios à Navegação

26

Subdivisão de Metrologia

34

Subdivisão de Engenharia

40

Núcleo do Centro de Gerenciamento Técnico

41

Subdivisão de Eletromecânica

42

Subdivisão de Meteorologia

44

Subdivisão de Suprimento

46

Efetivo do PAME-RJ

48

Subdivisão de Tecnologia da Informação Operacional 50

Diretor-Geral: Ten Brig Ar Rafael Rodrigues Filho Assessor de Comunicação Social e Editor: Paullo Esteves - Cel Av RF Coordenação: Vânia Regina Valente Vital - PAME-RJ Revisão: Telma Borba Penteado - ASCOM Guilherme de Sousa Neves - PAME-RJ Demerval Messias Ribeiro Franco - PAME-RJ João Machado Gomes Filho - PAME-RJ Luciano Rodrigues da Rocha - PAME-RJ Sérgio Martins - PAME-RJ Fotografia: Luiz Eduardo Perez - ASCOM SO R1 Sérgio Ricardo Dias Guimarães - PAME-RJ Ari Barbosa - PAME-RJ 1S Alexandro Pessanha Moreira - PAME-RJ Júlio César Moura Albuquerque - PAME-RJ Projeto gráfico, diagramação e ilustrações: Filipe Bastos - ASCOM Contatos: Home page: www.decea.gov.br Intraer: www.decea.intraer contato@decea.gov.br Endereço: Av. General Justo, 160 - Centro - CEP 20021-130 Rio de Janeiro/RJ

Subdivisão de Radiodeterminação

53

Subdivisão de Telecomunicação

60

Telefone: (21) 2123-6585

Divisão de Publicações Aeronáuticas

64

Fax: (21) 2262-1691

Divisão Administrativa

68

Projeto Cajuzinho

70

Seção de Instrução e Atualização Técnica

72

Biblioteca

74

Homenagem aos "Amigos do PAME"

86

Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro - PAME/RJ Comandante: Cel Eng Dalmo José Braga Paim Contatos: Home page: www.pame.aer.mil.br Telefone: (21) 2117-7503 - (21) 2117-7225 dscs@pamerj.gov.br Editado em Junho/2014 Fotolitos e Impressão: PAME/RJ Revista Comemorativa do 40º Aniversário do PAME/RJ Produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA


Parque de material de eletrônicA DA AERONÁUTICA do Rio de janeiro PAME/RJ - 40 ANOS

Revista Comemorativa dos 40 Anos do PAME-RJ


Palavras do Diretor-Geral do DECEA Tenente-Brigadeiro do Ar Rafael RODRIGUES FILHO

Meus companheiros : Um Sistema com a complexidade técnica e operacional do SISCEAB ( Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro) não pode prescindir de uma organização logística de grande porte para sustentar e subsidiar providências e soluções que apóiem e garantam nossa operacionalidade. Idealizado como estrutura master de apoio ao SISCEAB, de grande latitude e longitude, o Parque de Material de Eletrônica do Rio de Janeiro ( PAME-RJ) trilhou uma formidável e profícua trajetória de conquistas ao longo das últimas quatro décadas. Congregando, organizando e gerenciando muitos ativos de suporte logístico, todos de muita importância e grande relevância, o PAME-RJ está , definitivamente , na base de tudo aquilo que o DECEA ( Departamento de Controle do Espaço Aéreo) logra realizar, porque instala, afere, mantém, apóia e assiste a todas as nossas Organizações atomizadas pelo Território Nacional. Organização Militar de escol, o PAME-RJ na verdade vive de desafios desde sua criação e tem mantido ao longo de muitos anos um permanente estado de aperfeiçoamento e

elevação de nível tecnológico graças à qualidade do elemento humano que abriga e é a estes que gostaria como Diretor Geral do DECEA dirigir-me agora: Caros Militares e Civis , Homens e Mulheres, elementos técnicos, administrativos e operacionais do PAME-RJ : Tudo o que foi construído neste Parque, da evolução técnica aos modernos processos operativos de última geração, da nossa premiada e reconhecida área de publicações, dos mecanismos administrativos apurados e precisos, que a tudo permeia, tudo isto, se deve ao esforço e dedicação de cada um de vocês. Sem entrega e abnegação, sem entusiasmo e alegria, sem método e disciplina nenhuma Organização pode levar a cabo com êxito sua missão. Assim, parabenizo a todos os integrantes do PAME-RJ nesta celebração que com muito orgulho comemora o sucesso e a reputação de profissionalismo e competência que , afinal, são sinônimos desta Organização. Felicidades a todos e o reconhecimento do DECEA ao PAME-RJ pelos seus 40 anos de existência. Muito obrigado


Palavras do Chefe do Subdepartamento Técnico (SDTE) Brigadeiro Engenheiro FERNANDO Cesar Pereira Santos

O Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ) completa quatro décadas de sucesso na condução das atividades de suporte logístico aos equipamentos e sistemas técnicos de uma das redes mais avançadas da administração pública brasileira. Parabenizar por suas conquistas significa reconhecer a sua imensa importância para que os serviços prestados à navegação aérea brasileira venham ocorrendo em nível de segurança condizente com as necessidades das operações. Cada aeronave que cruza o céu brasileiro faz uso, em grande medida, das ações tomadas pelo Órgão Central de Manutenção do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), para que os serviços lhes sejam oferecidos com a qualidade preconizada por padrões internacionais. As tão intensas mudanças observadas nas novas tecnologias disponíveis às máquinas e sistemas computacionais alocados ao Controle do Espaço Aéreo, provocam a necessidade de um constante ajustamento no oferecimento dos serviços desenvolvidos pelo Parque ou por ele gerenciados. Novas bancadas e cadeias de teste foram implantadas nos últimos anos e ao pessoal técnico oferecido atualizações teóricas e práticas compatíveis com as intervenções realizadas. Também nesse sentido, o PAME-RJ contabilizou alguns contratos de suporte logístico junto a empresas com capacidade reconhecida para complementar seus esforços na logística oferecida aos meios empregados pelo SISCEAB. Tais parcerias vêm se apresentando extremamente exitosas e se projetam como alternativa positiva num cenário cada vez mais real de demanda de pessoal para a condução das tarefas de manutenção da crescente quantidade de complexos sistemas técnicos implantados.

Com a criação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) - situando-o como órgão regulador do SISCEAB - o PAME-RJ recebeu várias atribuições que outrora eram cumpridas pela extinta Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo (DEPV). Sua capacidade de ajustamento à nova realidade consolidou a Organização em seu real posicionamento gerencial, sendo assim reconhecido por todos os elos do SISCEAB. A gerência da logística de projetos estratégicos para a Força Aérea Brasileira (FAB) e os serviços prestados a diversas Organizações do Comando da Aeronáutica (COMAER) também têm projetado o nome do Parque num reconhecimento cada vez maior de suas capacidades. Contudo, os desafios impostos no passado se renovam em face das perspectivas de atualização tecnológica e de acompanhamento aproximado da qualidade dos serviços prestados pelos meios técnicos. Assim, o DECEA houve por bem instruir a criação de um Centro de Gerenciamento Técnico (CGTEC), que irá monitorar em tempo real as condições de operação dos sistemas de suporte, viabilizando as intervenções oportunas e o planejamento estratégico das ações decorrentes. Não haveria melhor lugar do que o PAMERJ para sediar o Núcleo do CGTEC, o que foi efetivado com extrema fluidez, principalmente pela aproximação com a própria missão da Organização. No alvorecer de sua existência, muitos desafios foram impostos ao PAME-RJ pela evolução tecnológica que a rede de radares e telecomunicações implantada no Brasil demandava. Mas tais desafios foram vencidos com pleno êxito, por intermédio da determinação de profissionais que labutaram e labutam incessantemente por amor ao que fazem. Assim, ofereço meus sinceros parabéns a esses homens e mulheres que, ao longo desses 40 anos, construíram essa história de orgulho para todos nós da FAB, em específico do SISCEAB. E desejo que o PAME-RJ continue sempre a brilhar em sua inequívoca jornada de superação e de sucesso!


Palavras do Diretor do PAME-RJ Coronel Engenheiro Dalmo José Braga PAIM

Como Diretor do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), no ano do seu quadragésimo aniversário, tenho a honra e o compromisso de mostrar o importante trabalho que esta Organização realiza para o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). Nesses quarenta anos de existência, o aumento da demanda e a complexidade do tráfego aéreo criaram um grande desafio para o PAME-RJ, no sentido de se atualizar para proporcionar o suporte logístico necessário aos sistemas e equipamentos vitais para o controle de tráfego e defesa do espaço aéreo brasileiro. O PAME-RJ executa atividades de suporte logístico de sistemas de telecomunicações, sistemas de detecção radar, sistemas de auxílios à navegação aérea, meteorologia, metrologia, informática administrativa e informática operacional, bem como a impressão e distribuição de publicações aeronáuticas. Recentemente, o PAME-RJ assumiu o gerenciamento e a execução das atividades relacionadas com a infraestrutura e serviços de telemática e a manutenção da rede de telecomunicações do Comando da Aeronáutica (COMAER), funções atribuídas ao Destacamento de Controle do Espaço Aéreo e Telemática (DTCEATM) e o gerenciamento do estado técnico e operacional dos diversos sistemas, equipamentos e redes do SISCEAB, função realizada pelo Núcleo do Centro de Gerenciamento Técnico (NuCGTEC). Nos últimos anos, além do apoio permanente ao SISCEAB e ao COMAER, o PAME-RJ tem proporcionado, com sucesso,

suporte técnico e logístico a eventos de grande repercussão de âmbito nacional e internacional, como: RIO +20, Copa das Confederações FIFA Brasil 2013 e Jornada Mundial da Juventude 2013. A Copa do Mundo FIFA 2014 foi o evento de grande expressão, realizado recentemente, com a participação efetiva do PAME-RJ. Coube a nossa Organização garantir o alto nível de disponibilidade dos equipamentos de radar, telecomunicações, meteorologia, tecnologia da informação operacional e auxílios à navegação aérea, necessário para a segurança em voo no espaço aéreo brasileiro. A demanda e a complexidade do tráfego aéreo continuarão crescendo, o que torna contínuo o nosso desafio de melhoria do suporte logístico e de capacitação dos nossos técnicos. Tenho certeza que o PAME-RJ estará sempre pronto para acompanhar e atender, com eficácia, as evoluções técnicas futuras, permanecendo como uma Organização de excelência no apoio ao COMAER e ao SISCEAB. Destaco a dedicação, o comprometimento e o carinho com que os integrantes e ex-integrantes, militares e civis, da Organização, atuaram durante todos esses anos, expressados na qualidade do seu trabalho, o que os tornam merecedores do meu mais sincero agradecimento e respeito. Que Deus abençoe a todos no cumprimento de nossa relevante missão em prol da segurança da navegação aérea. Parabéns PAME-RJ!


Missão, Visão e Valores

Missão Executar as atividades relacionadas com o suprimento e a manutenção de equipamentos de controle do espaço aéreo, de equipamentos de detecção de defesa aérea e controle de tráfego aéreo, de gerência de configuração e manutenção de software e hardware dos sistemas de tecnologia da informação operacional e de equipamentos de telecomunicações do COMAER, bem como a impressão e a distribuição de publicações aeronáuticas, de acordo com as normas estabelecidas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

Visão Tornar-se uma organização de excelência no apoio ao COMAER e ao Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), nas áreas de manutenção, suprimento, tecnologia

da informação operacional e impressão de publicações aeronáuticas, por meio do desenvolvimento e aprimoramento contínuo de sua estrutura e de seus profissionais.

Valores Com objetivo de contribuir cada vez mais para manutenção dos auxílios e sistemas que apóiam o voo seguro, o PAME-RJ tem como valores: a) aprimorar continuamente as técnicas e tecnologias empregadas aos seus processos; b) respeitar o homem e os valores éticos; c) honrar os compromissos assumidos com nossos clientes; d) privilegiar a qualidade de vida do seu efetivo; e e) usar de maneira sustentável os recursos naturais disponíveis para o desenvolvimento das suas atividades.


Descrição Heráldica do Emblema do PAME-RJ Escudo Português, com o chefe em blau (azul ultramar), onde se localiza a sua destra o gládio alado em jaine (amarelo ), simbolo da Força Aérea Brasileira. Campo em blau (azul cerúleo), tendo no coração uma tela de radar estilizado em prata (branco), simbolo do rádio-determinação. Envolvendo a mesma aparece a representação do átomo em sable (preto) caracterizando a Engenharia Eletrônica. Destaca-se , ainda, um raio em goles (vermelho), representando as telecomunicações e uma engrenagem em sable significando o suprimento e a manutenção. No interior desta e sobreposto aos outros atributos, aparece o mapa do Brasil em jalne, definindo a extensão territorial apoiada e, ainda uma estrela em sable, identificando o estado, sede da Organização. Brocante sobre o todo, destaca-se a figura de um vetor em prata, representando a aeronave apoiada pelo Sistema Controle do Espaço Aéreo, cujo órgão central de suprimento e manutenção é o PAME-RJ. Esta sigla que aparece em chefe a sinistra do gládio alado em prata. Contorna o escudo um filete em jaine que simboliza a Direção em nível de Oficial Superior (Cel.)


PAME-RJ 40 ANOS Localizado no tradicional bairro do Caju (zona portuária e industrial da cidade do Rio de Janeiro) – que abriga a Casa de Banho de Dom João VI e o Arsenal de Guerra do Rio (AGR), organização do Exército Brasileiro – o Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ) é o órgão central de apoio logístico de suprimento e manutenção do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e de impressão de publicações aeronáuticas. Para conhecer e entender o que é o PAME-RJ, primeiramente é necessário saber de sua história. A localidade onde está o Parque, foi primeiramente habitada pelo rico comerciante luso Joze de Gouveia Freire. Essas terras que na época eram denominadas "Ponta do Caju", foram doadas em 1815 à Família Real para os banhos medicinais de D. João VI, que havia sido ferido por um carrapato. A doação das terras foi feita pelo comerciante conforme trecho extraído da escritura: "Escritura de doação de terras no lugar denominado a Ponta do Caju que fazem Luis Joze de Gouveia Freire e sua mulher a Augusta Pesoa de S.A.R. o Princepe Regente Nosso Senhor - Saibão quantos este Pco. Instrumento de escritura

de doação ou como em direito milhor nome e lugar tenha virem que no anno do Nassimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil oitocentos e quinze aos quatorze de Junho nesta cidade do Rio de Janeiro em cazas de Rezidencia do Conselheiro Intendente Geral da Policia Paulo Fernandes Vianna onde eu Tabelião fui vindo e sendo ahi prezentes o do. Conselheiro e juntamente Luis Joze de Gouveia Freire e sua mulher D. Anna Josefa Elias dos Santos, pesoas reconhecidas por mim Tabelião pelos proprios do que dou fe," A Quinta onde o Rei tomava banho encontra-se preservada e é chamada hoje de Casa de Banhos de D. João VI onde abriga atualmente o Museu da COMLURB, constituindo-se em um dos singulares espaços históricos da cidade do Rio de Janeiro. A região tornou-se a primeira região de banho de mar da cidade, sendo frequentado por toda a família real até D. Pedro II. Segundo o cronista C. J. Dunlop, do Rio Antigo: “era uma região belíssima, de praias com areias branquinhas e água cristalina, onde não era rara a visão do fundo da Baía, tendo como habitantes comuns os camarões, cavalos-marinhos, sardinhas, e até mesmo baleias”. PAME-RJ 40 ANOS

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Em 1946 por ocasião da Segunda Guerra Mundial, o terreno situado na então Quinta do Caju, doado à Coroa no século XIX, foi cedido ao Ministério da Aeronáutica. Na época, a Diretoria de Rotas Aéreas (DR), atual Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), decidiu instituir o “Projeto Caju”, que culminaria na concepção, criação e efetivação de uma unidade destinada ao apoio à infraestrutura de proteção ao voo, em franca expansão, sobretudo após o boom no crescimento do tráfego aéreo no pósguerra. No ano de 1957, foi instituído o Comando da Área Militar do Caju com a designação do então Major Aviador Engenheiro Paulo Victor da Silva para o exercício das funções de comandante e em 1959, surgia então a Oficina Central Especializada da Diretoria de Rotas Aéreas (OCEDRA). Por cerca de uma década, essa organização incorporou

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e ampliou suas atividades. Ativou e aprimorou as oficinas técnicas e implantou, dentre outras instalações, um eficiente Laboratório de Aferição de Instrumentos - embrião da atual Subdivisão de Metrologia. O crescente desenvolvimento da organização, porém, levou à aprovação, por parte do Governo, de um decreto que lhe concedia autonomia administrativa em 1963. Com um comando próprio, descentralizada da Diretoria de Rotas, o órgão passa a se chamar Núcleo de Parque de Eletrônica (NUPEL), uma vez que as instalações já haviam sido concluídas, atendendo aos objetivos preconizados pelo Projeto Caju. Esta condição de autonomia, no entanto, só perdurou até 1972. Na ocasião, foram instituídos os parques de eletrônica - subordinados diretamente à Diretoria Eletrônica de Proteção ao Voo (DEPV), órgão central do SISCEAB, que à época,


substituiria a DR. Agora, como Parque de Eletrônica do Rio de Janeiro (PERJ), o órgão passava também a imprimir cartas aeronáuticas e outros documentos necessários à navegação aérea e ao sistema de telecomunicações da FAB. Em 26 de julho de 1974, através do decreto no. 74325, foi aprovado o regulamento dos Parques de Material de Eletrônica da Aeronáutica, passando estes a ter um caráter de órgão industrial do Ministério da Aeronáutica. Já em 1982, rebatizado como Parque de Material de Eletrônica do Rio de Janeiro, o PAME-RJ, passa a ser uma unidade industrial para o apoio logístico às atividades de Proteção ao Voo e de Telecomunicações do Ministério da Aeronáutica, redefinindo com isso novos conceitos e atribuições do órgão. Foi através da portaria no. 565/GM3 de 19 de junho de 1987, que foi aprovado o novo regulamento do PAME, que mantém as suas obrigações quanto ao apoio de suprimento,

manutenção, aferição e impressão de cartas do Sistema de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (SISDACTA), bem como continua responsável pelo treinamento, atualização e aperfeiçoamento de pessoas que executa as atividades logísticas a cargo do SISDACTA, mas o PAME perde seu caráter industrial. Finalmente, a portaria 26 GM3 de 13 de janeiro de 1997 ratifica as atribuições anteriores do PAME e associa o apoio ao Sistema de Proteção ao Voo ao controle da DEPV através dos Planos e Programas elaborados por aquela Diretoria. O Parque volta a ser uma Organização de caráter industrial. Hoje o PAME-RJ conta com engenheiros e pessoal técnico de alto nível de especialização, prestando atendimento às demandas, sempre crescentes e desafiadoras, da imprensa técnica e da manutenção do acervo de equipamentos que sustentam o SISCEAB.

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Galeria dos Diretores

Ten Cel Av Eng Paulo Vitor 20 Maio 51 à 03 Jan 63

Cel Av Eiser 03 Jan 63 à 09 Jun 67

Cel Av Chaves 09 Jun 67 à 30 Dez 70

Cel Av Alcântara 30 Dez 70 à 11 Jan 73

Cel Av Mendonça 11 Jan 73 à 14 Mar 75

Cel Av Max Alvim 14 Mar 75 à 26 Maio 77

Cel Av Novelino 26 Maio 77 à 15 Fev 79

Cel Av Ion 15 Fev 79 à 13 Maio 80

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Cel Av Nascimento 13 Maio de 80 à 09 Jun 82

Cel Av Albuquerque 30 Jan 89 à 31 Jan 91

Cel Av Peres 07 Fev 96 à 28 Jan 98

Cel Av Fonseca 09 Jun 82 à 27 Dez 84

Cel Av Alves 27 Dez 84 à 30 Jan 87

Cel Av Rodrigues Neto 31 Jan 91 à 29 Jan 93

Cel Eng Borges Neto 29 Jan 93 à 27 Jan 95

Cel Av Vivianni 28 Jan 98 à 25 Jan 01

Cel Av Pierantoni 25 Jan 01 à 16 Jan 03

Cel Av Araújo 30 Jan 87 à 30 Jan 89

Cel Av Armando 27 Jan 95 à 07 Fev 96

Cel Av Júlio César 16 Jan 03 à 26 Jan 05

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Cel Av Conti 26 Jan 05 à 23 Jan 07

Cel Av Silva Lemos 01 Nov 2011 até 10 Jan 2014

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Cel Eng Fernando 23 Jan 07 À 23 Jan 09

Cel Eng Yuan 23 Jan 09 à 01 Fev 11

Cel Av Fernando 01 Fev 11 à 01 Nov 11


Hino do PAME Música: SO MUS Walter Francisco Bragança Letra: 1S MUS Silas Perciliano Montes

O PAME é pra Força Aérea Um suporte na comunicação Suprindo ou aferindo o radar Pra aviação em paz operar Avança na eletrônica Para o contato ou a interceptação No pouso e decolagem Está implícita a unidade De eletrônica e manutenção No terceiro ou quarto escalão Garantindo a manutenção Na informática do ar Tem o homem capaz Pra fazê-la operar Com vontade no coração Trabalhando com união Nossa missão nos faz vibrar Dando ao nosso piloto O prazer de voar PAME-RJ 40 ANOS 15


BRIGADEIRO PAULO VICTOR:

O PIONEIRO DO PAME-RJ

Hoje estamos vivendo um momento histórico, e história lembra tradição. Esta nos reporta ao passado cultural da nossa Organização Militar - o Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), daí nos vem a memória pessoas, fatos e coisas. Impossível falar de história do PAME-RJ sem citar a pessoa do Brigadeiro Paulo Victor, que foi o pioneiro deste Parque. Quando ele aqui chegou, a região era muito precária, e permanece assim até os dias de hoje, onde na época destacavam-se as favelas do Caju, o Buraco da Lacraia, Manilha, além de uma comunidade de pescadores. Era o conjunto chamado "Ponta do Caju". Na região ainda haviam vagões estacionados, pois na época, havia sido uma fábrica de vagões que era controlada pela Diretoria de Material, a qual possuía nesta localidade uma garagem. O local onde está o PAME, era um galpão com viaturas e o Depósito Central Especializado (DCE), ficava em Manguinhos, onde funcionou durante 16 PAME-RJ 40 ANOS

algum tempo o reembolsável da Aeronáutica, sendo depois transferido para o Parque. Em 1956, Paulo Victor havia participado de um movimento político contra o governo, chamado de Revolta de Jacareacanga, onde participaram militares antigetu-


listas, ligados à União Democrática Nacional (UDN) e liderados pelos ministros Eduardo Gomes, da Aeronáutica, e Amorim do Vale, da Marinha. Houve anos depois, em 1959, uma nova Revolta denominada "Revolta de Aragarças", que apesar da anistia concedida por Juscelino Kubitschek aos militares envolvidos na Revolta anterior, o clima de insatisfação e de conspiração contra o governo continuou. Foi então, que Paulo Victor foi detido, apesar de não ter nada com o caso, mas por sua participação no anterior, foi exilado na Bolívia e retornou com a anistia onde foi classificado na Diretoria de Rotas Aéreas (DR), hoje Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). O Diretor na época era o Coronel Hélio Costa, que chamou Paulo Victor para assumir o Projeto A55-PE16 A55 é a menção ao ano, e o projeto especial de ordem 16 - também chamado Projeto Caju.

Inicialmente, a sua cogitação seria para o Projeto Tubiacanga, numa área também pertencente ao Ministério da Aeronáutica, na Ilha do Governador, próximo ao atual Aeroporto Internacional, cuja finalidade era instalar um grande campo de transmissão e recepção que acabou sendo feito em Manguinhos. Por designação do Coronel Hélio Costa, Paulo Victor assumiu a direção do projeto Caju, onde passou seis anos, de 56 a 62. Quando ele aqui chegou, já encontrou as obras de construção do Parque com um encarregado e um engenheiro contratado, tendo que posteriormente contratar também um arquiteto. Assim nasceu o PAME-RJ com períodos nítidos de evolução bem demarcadas em denominações que variaram do Projeto A55-PE16 até o atual, passando por Área Militar do Caju, OCEDRA, NUPEL, PERJ, PAMEAER, PAMERJ, PAME e novamente PAME-RJ.

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Ilustres funcionários Falar sobre o Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ) é fazer uma viagem no tempo e lembrar de pessoas que fizeram parte da história desta organização. É lembrar de Délio Pinto Ribeiro, Osvaldo Alves Martins e Geci Samuel dos Santos. O Suboficial Délio foi o primeiro graduado do Parque. Ingressou na Força Aérea Brasileira (FAB) em 1958 e em agosto de 1960 foi transferido para o PAME-RJ, onde começou a trabalhar no antigo Depósito Central Especializado (DCE) que possuía apenas três civis trabalhando e ele, na época, como Sargento. Lá ficou até 1964, indo trabalhar depois na recém criada Oficina de Equipamentos 18 PAME-RJ 40 ANOS

Eletrônicos (OEE), onde exerceu a função de técnico de eletrônica por 16 anos. Conversando com Délio, ele falou sobre a Seção que havia sido criada para prestar auxílio a navegação onde trabalhou, e lembrou de pessoas que trabalharam nessa época e que ainda fazem parte do PAME-RJ, como o Tenente Coronel Luciano e Major Sérgio. Délio foi para a reserva em 1986, foram 22 anos servindo ao Parque e dentro de suas lembranças ele fala a respeito da precariedade da região quando aqui chegou. “A região aqui era tão ruim, mas tão ruim, que os colegas diziam que aqui era Nazaré dos tempos antigos,


de tão pobre e tão miserável. Porque em Nazaré nem estrada tinha, porque os Romanos não fizeram e aqui era a mesma coisa. Mas eu disse para eles: os milagres se realizam nas coisas invisíveis aos olhos dos homens e o Parque foi criado nesta região e hoje é o que é, uma das maiores Organizações da FABA, comenta Délio. Outra figura ilustre do PAME é Osvaldo Alves Martins, mais conhecido como “Passarinho”, que começou na FAB como soldado em 1956 e em 1964 veio trabalhar nesta Organização como civil, é o mais antigo funcionário. Na época o comandante era o Coronel Eiser da Costa Felippe, que foi o segundo Diretor do Parque. Passarinho

trabalhou como engraxate, fez serviços de pagamentos, trabalhou cerca de trinta anos no Cassino dos Oficiais e depois ficou como estafeta, onde está até hoje. Uma vida dedicada ao PAME-RJ, Passarinho não esconde seu amor e orgulho pela Organização que para ele é sua segunda casa. “Eu me aposentei em 1997 e estou aqui até hoje! São 15 anos de aposentado e se eu não tivesse amor ao PAME, tinha ido embora. Eu sou PAME-RJ legítimo!” Outro amor em sua vida é o seu time. Qual? O Flamengo. E ele veste a camisa vermelha e preta, que é sua marca registrada. Com uma simpatia enorme, Passarinho relembra os anos

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de Parque com satisfação, contando que uma certa vez estava ocorrendo uma reunião e na época o Diretor era o Coronel Engenheiro Fernando, hoje Brigadeiro. Pediram então, para que ele pronunciasse algumas palavras, e sem maldade alguma falou: “peguei todos os diretores deste Parque”. Ele conta que foi a maior alegria e que todos riram com suas explicações. Quanto ao apelido “Passarinho”, ele explica que veio pelo fato de ele cantar nas festas do Parque. Osvaldo Alves Martins ninguém conhece, mas o Passarinho, esse não tem quem não conheça! Para compor o quadro de funcionários ilustres que fa-

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zem parte da história desta Organização, temos que falar também do Civil Santos que trabalha no Parque desde 1967 na Subdivisão de Eletromecânica (TMEM). Ele começou a trabalhar aqui na gestão do Coronel Aviador Frederico Weiis Chaves, como enrolador de transformadores. Em 2009, ele se aposentou como estatutário e ficou afastado do PAME-RJ apenas por um ano. A pedido do Capitão Roberlei, chefe da TMEM, ele foi chamado para retornar, pois precisavam de uma pessoa que soubesse trabalhar com o transformador de um dos radares. Com 75 anos de idade, Santos demonstra amor na-


quilo que faz. “Até hoje sinto satisfação em vir trabalhar”, comenta. E essa satisfação é notada por todos que falam a respeito dele com carinho. “Ele é uma pessoa excelente, principalmente no trato com as pessoas. É um excelente técnico, é prestativo, não falta e nem chega atrasado. Sempre que precisamos dele, ele está pronto a ajudar”, declara o Capitão Roberlei, chefe da TMEM.

São pessoas como SO Délio, Passarinho e Santos que ajudaram esta Organização a se transformar no que é hoje. Eles são a memória viva da história deste grande Parque. Do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro, PAME-RJ!

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Assessoria de Controle Interno À Assessoria de Controle Interno, enquanto órgão de apoio da Direção do PAME-RJ, incumbe o assessoramento ao Diretor, no sentido de comprovar sob a luz da legislação em vigor, a formalidade, a legalidade, a correção contábil e a veracidade dos controles existentes. Em sintonia com a tendência irreversível e fundamental para que a Administração cumpra sua finalidade precípua, qual seja, atender ao interesse público, o Controle Interno zela pela devida transparência na gestão dos recursos públicos sob responsabilidade do PAME-RJ. A atitude pró-ativa por parte do DACI é uma constante e importante ação no sentido de conferir aos procedimentos administrativos a eficiência necessária e tão exigida no âmbito de uma Administração Pública con22 PAME-RJ 40 ANOS

temporânea. Nesse sentido, esta Assessoria, sempre que necessário, orienta os diversos gestores no sentido de promover uma adequada execução orçamentária, financeira e patrimonial. As constantes mudanças legais e regulamentares, exigem uma adequada disseminação, e o Controle Interno é o principal responsável por isto, mantendo os diversos setores informados das mais recentes atualizações dessas normas e dirimindo dúvidas que sejam suscitadas. Embora o incômodo ao ser fiscalizado seja algo inerente ao próprio ser humano, o controle exercido por esta Assessoria funciona como um escudo para os gestores, resguardando-os de possíveis inconsistências que venham passar despercebidas nas atribuições diárias.


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Divisão Técnica A Divisão Técnica (DT) possui a função de atender e suportar logisticamente as organizações envolvidas com o gerenciamento do tráfego aéreo no Brasil, servindo como unidade delineadora de procedimentos de manutenção e suprimento técnico, e primando pela qualidade e eficiência dos serviços prestados, de forma a cumprir as normas estabelecidas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). 24 PAME-RJ 40 ANOS

É responsabilidade desta Divisão adquirir, manter e calibrar equipamentos, tendo como pilar a qualidade dos serviços e, como objetivo principal, a segurança do espaço aéreo. Não obstante as missões atuais, a DT também se encontra atualizada com as evoluções tecnológicas exigidas pelo dinâmico ramo da engenharia. Desde sua criação, diversas alterações de cunho estrutural foram implementadas a fim de tornar a DT ainda mais


eficiente, moldando-a de acordo com as necessidades requeridas pelos Órgãos Regionais e seus Destacamentos. A Divisão Técnica é composta por doze Subdivisões: Telecomunicações, Radiodeterminação, Auxílios à Navegação, Eletromecânica, Meteorologia, Metrologia, Suprimento, Informática, Engenharia, Planejamento, Controle e Tecnologia de Informação Operacional, com um efetivo de duzentos e

quarenta militares e cem civis. As atividades desenvolvidas pelas Subdivisões colaboram, cada uma dentro de sua área, e em conjunto, para a melhor qualidade no cumprimento das missões e para um funcionamento harmonioso do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

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Subdivisão de Auxílios à Navegação A Subdivisão de Auxílios à Navegação (TMNV), do PAMERJ, atua na área de equipamentos que proporcionam apoio às aeronaves em sua navegação em rota, em áreas de controle terminal (TMA) e em manobras de pouso e decolagem. Cabe à Subdivisão de Auxílios à Navegação (TMNV) do PAME-RJ, dentre outras atribuições: • gerir e realizar a manutenção de nível parque dos equipamentos e sistemas de auxílios eletrônicos e visuais; • participar de instalações dos equipamentos sob sua responsabilidade; • fornecer capacitação aos técnicos do SISCEAB para o exercício das atividades de manutenção; • efetuar a fiscalização das normas relacionadas com a implantação, manutenção e desativação de equipamentos e sistemas sob a responsabilidade da TMNV; e • gerenciar a aquisição de sobressalentes para os auxílios eletrônicos e visuais. 26 PAME-RJ 40 ANOS

Realizações de destaque da TMNV - Auxílios à Navegação instalados no aeroporto de São Gonçalo do Amarante, Natal-RN A Subdivisão de Auxílios à Navegação do PAME, participou das várias etapas previstas para a homologação dos Auxílios instalados no Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, atendendo as solicitações do DECEA. Entre elas: • pré-Site para instalação; • verificação da correta instalação dos equipamentos e recebimento técnico do ILS, do DVOR, do PAPI e do ALS; e • suporte técnico aos voos de homologação. - Substituição dos cabos da Antena End-fire do ILS de Foz do Iguaçu - PR A TMNV desenvolveu uma solução para o pronto restabelecimento do ILS do aeroporto de Foz do Iguaçu, que consistiu na substituição de aproximadamente 400m de cabos, que interligavam a antena com o Glide do ILS.


- Revitalização da Antena do Localizer do ILS de Anápolis-GO A TMNV foi responsável pela manutenção/revitalização de um conjunto de antenas do Sistema “Localizer” (ILS), no DTCEA-AN. Os danos causados a estas antenas, ocorreram em virtude de infiltrações e da proliferação de insetos, em seus conjuntos irradiantes, causando uma degradação dos lóbulos de irradiação, o que tornava o ILS inoperante e impossibilitava o uso do Auxílio para o pouso. - Irradiação da capacitação técnica referente aos equipamentos DVOR 432, DME 435 e ILS 420 Foram realizados no PAME-RJ, cursos de capacitação técnica referentes à manutenção de equipamentos do fabricante THALES. Participaram integrantes das diversas organizações do DECEA e de técnicos de empresas privadas. Estes cursos foram elaborados com intuito de habilitar técnicos responsáveis pela manutenção de auxílios em diversos aeródromos do Brasil.

Auxílios Eletrônicos e Visuais

Auxílios Eletrônicos Os auxílios à navegação são eletrônicos quando emitem ondas eletromagnéticas. As informações recebidas pelos equipamentos de bordo das aeronaves, possibilitam aos pilotos realizarem a navegação, o pouso e a decolagem com segurança. Os principais auxílios eletrônicos são: • NDB (Non Directional Beacon) • DME (Distance Measuring Equipament) • VOR (Very High Frequency Omnidirectional Range) • DVOR (Doppler VOR) • ILS (Instrument Landing System)

Auxílios Visuais Os auxílios à navegação são visuais quando possibilitam ao piloto a orientação e(ou) posicionamento da aeronave utilizando os sinais luminosos emitidos. Os principais auxílios visuais são: • PAPI /VASIS (Indicador Rampa de Aproximação)‫‏‬ • ALS/MALSR (Sistema de Luzes de Aproximação)

Os equipamentos são subdivididos em auxílios eletrônicos e auxílios visuais de aproximação e pouso. PAME-RJ 40 ANOS 27


Sistema de Luzes de Aproximação (ALS) O Sistema de Luzes de Aproximação (ALS) é uma configuração de luzes dispostas no eixo central da pista, começando na cabeceira e estendendose no sentido de seu prolongamento. Este sistema fornece informação visual de alinhamento de pista, percepção de altura, orientação para nivelamento de asas e referências horizontais. Destina-se a melhorar a capacidade operacional e a segurança das aeronaves durante a operação de aproximação e pouso, particularmente durante os períodos noturnos e/ou de visibilidade reduzida.

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VASIS - PAPI O Sistema Indicador de Rampa de Aproximação Visual (VASIS) e o Sistema Indicador de Rampa de Aproximação de Precisão (PAPI) são dispositivos de solo que utilizam luzes brancas e vermelhas para definir a rampa de aproximação visual para uma pista de pouso. O auxílio é instalado ao lado do ponto de toque das pistas para assegurar que o piloto em uma aproximação na mais baixa altura (MEHT), vendo a indicação de "na rampa", tenha clearance de trem de pouso sobre a cabeceira da pista. A visualização de luz branca ou vermelha permite ao piloto corrigir a rampa de descida da aeronave.

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DVOR - DME VHF Omnidirecional Range - Distance Measuring Equipment O VHF Omnidirectional Range (VOR) compreende o equipamento de transmissão de solo e o receptor a bordo da aeronave. Provê indicação de curso entre as antenas de solo e de bordo em qualquer azimute selecionado pelo piloto. O Distance Measuring Equipament (DME) é uma evolução das técnicas de radar secundário, onde a distância é determinada pela conversão do tempo de ida e volta de pulsos (sinais) de RF entre dois pontos para milhas náuticas. Provê a indicação de distância entre a aeronave e a estação DME interrogadora. Esses dois auxílios, operando integrados, formam o Sistema RHO/ THETA de Navegação Aérea, com o DME provendo informação de distância (RHO) e o VOR, informação de azimute (THETA).

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NDB Non-Directional Beacon Também conhecido como Rádio Farol, de baixa e de média frequência, transmite sinais não direcionais, por meio dos quais o piloto de uma aeronave, adequadamente equipada com uma antena direcional e com um receptor, pode determinar seu rumo para este auxílio e navegar em sua direção.

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ILS O Instrument Landing System (ILS), Sistema de Pouso por Instrumento, é um dispositivo que fornece ao piloto duas informações essenciais: o eixo da pista e a rampa ideal de planeio. O sistema auxilia o piloto no pouso sob condições de teto e visibilidade restritas, cujos parâmetros são previamente definidos pela categoria do ILS. Há três categorias de ILS: • Cat I: Altura de decisão (mínima): 60 m / Visibilidade: Entre 800 e 550 m • Cat II: Altura de decisão (mínima): 30 m / Visibilidade: Não menos que 300 m • Cat III: o A: Altura de decisão (mínima): 30 m / Visibilidade: 175 m o B: Altura de decisão (mínima): 15 m / Visibilidade: 175 m o C: Teto ZERO / Visibilidade ZERO

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Subdivisão de Metrologia Acreditação junto ao INMETRO A Subdivisão de Metrologia do PAME-RJ (TTME) é o órgão central de metrologia do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), responsável pela manutenção e calibração de todos os padrões de referência e dos instrumentos de medição do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). A TTME é responsável também pela aquisição de instrumentos, bem como por treinamentos, auditorias e consultorias em todos os laboratórios elos do SISCEAB, localizados nos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA), Grupo Especial 34 PAME-RJ 40 ANOS

de Inspeção em Voo (GEIV), Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP) e em todas as Unidades por eles apoiadas. Assim, a TTME é a referência técnica para instrumentos de medição dentro do DECEA, pois garante a rastreabilidade e a disseminação metrológica aos laboratórios Setoriais. Em dezembro de 2010, a Subdivisão de Metrologia do PAME-RJ teve parte dos serviços de calibração acreditados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) na área de multímetros Analógi-


cos e Digitais de 3 ½, 4 ½ e 5 ½ dígitos, o que engloba também os Alicates Amperímetros e Megômetros, tornando-se, assim, o primeiro laboratório de Metrologia Elétrica a ser acreditado no âmbito do Comando da Aeronáutica. Atualmente, a Subdivisão de Metrologia do PAME-RJ faz parte de uma lista seleta de laboratórios pertencentes à Rede Brasileira de Calibração (RBC) acreditados pelo INMETRO, os quais congregam competência técnica e capacitações vinculadas às indústrias, universidades e instituições tecnológicas, habilitando-os à realização de serviços de calibração.

Subdivisão de Metrologia Capacita Técnicos do SISCEAB A qualificação técnica do efetivo do SISCEAB, tanto dos laboratórios de Metrologia quanto dos Destacamentos do DECEA, é uma preocupação constante da Subdivisão de Metrologia. Anualmente, são realizados cursos de calibração dos instrumentos de medidas (CAL001) e de Operação de Instrumentos de Medidas (CAL002) voltados para os técnicos de bancada dos laboratórios de metrologia regionais e setoriais, e para os técnicos de campo de todo o SISCEAB, respectivamente. Assim, os técnicos da Subdivisão de Metrologia do PAME-RJ disseminam conhecimentos e experiências adquiridas, ao longo dos anos, para todo o Sistema. Todas as atividades mencionadas contribuem de formas diferentes, mas coordenadas, para que as calibrações sejam realizadas com a maior exatidão e confiabilidade, garantindo a credibilidade do SISCEAB. Onde houver uma estação meteorológica ou um radar em operação, seja na interceptação ou na detecção, em cada movimento de aeronaves ou nas comunicações, estará presente, invisível aos olhos, a Metrologia do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro.


Sistema de Calibração Automática - LAICA A Calibração é um procedimento de comparação de instrumentos de medida com um Padrão de Referência metrológico. Um procedimento de calibração completo pode conter centenas de pontos de medições e exige que se repitam, no mínimo, três vezes para cada ponto. Toda essa carga de trabalho, acrescida da quantidade de diferentes modelos de instrumentos, torna a atividade de calibração um grande desafio. A Subdivisão de Metrologia (TTME) do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ) busca constantemente o aperfeiçoamento dos processos de calibração o que a levou ao desenvolvimento 36 PAME-RJ 40 ANOS

de um sistema de calibração automática denominado LAICA (Laboratório de Instrumentos - Calibração Automática). Várias tentativas, anteriormente, foram iniciadas com intuito de automatizar o laboratório da TTME, mas as arquiteturas propostas não eram flexíveis a fim de atender a toda demanda de instrumentos. Alguns fabricantes chegaram a oferecer os seus produtos, porém eles seriam restritos apenas aos seus modelos e necessitariam de aquisição de licenças individuais e que teriam que ser renovadas anualmente. Basicamente, o LAICA divide o processo de calibração em duas tarefas: • desenvolvimento dos procedimentos de calibração - os


procedimentos de calibração são elaborados a partir de planilhas que podem ser editadas em programas de uso comum como Microsoft Excel ou até mesmo o bloco de notas; e • desenvolvimento da arquitetura - desenvolvida em linguagem LabVIEW da National Instruments, constitui a base do sistema. O LAICA foi totalmente desenvolvido por engenheiros e técnicos do PAME-RJ para a realização das tarefas de calibração, de acordo com as necessidades do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). Assim, o LAICA possui diversas vantagens: • pode ser aplicado a qualquer procedimento de calibração, independente do fabricante do instrumento; • a implementação desse Sistema permite que o técnico possa, efetivamente, percorrer todos os pontos previstos no manual do fabricante do equipamento, reduzindo o tempo de calibração e a suscetibilidade a erros no registro dos dados; • as alterações nos procedimentos de calibração podem ser realizadas facilmente dentro do sistema, a partir de informações recebidas por mensagens eletrônicas(e-mail); • a atualização da arquitetura é independente da atualização das rotinas de calibração; • a manutenção do LAICA é realizada pelo próprio efetivo da TTME; • todos os conhecimentos pertencem ao PAME-RJ; e • o PAME-RJ é o detentor dos direitos do programa, sem custos adicionais para os Laboratórios. O LAICA permite, ainda, a elaboração de novos procedimentos de calibração automática, na medida em que forem

comprados novos modelos de padrões e instrumentos, e tudo isso sem custo adicional, uma vez que se trata de um aplicativo desenvolvido pelos engenheiros do Laboratório de Metrologia do PAME-RJ. O Sistema foi implementado com êxito nos Laboratórios Setoriais de Calibração (LSC) dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA 1, 2 e 4), Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP) e Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), para um pacote básico de instrumentos. A implementação no LSC-RF (CINDACTA 3) está prevista para final de Julho de 2014. O LAICA permite que os LSC otimizem o tempo dos serviços e calibrem instrumentos que antes eram de exclusiva competência do PAME-RJ. Atualmente, novos procedimentos de calibração para outros pacotes de instrumentos estão sendo desenvolvidos para futuras implementações. O PAME-RJ, através da Subdivisão de Metrologia, registrou o Sistema LAICA no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). O objetivo é assegurar a titularidade do programa, o que dará maior segurança jurídica ao PAME-RJ na eventualidade de um questionamento na esfera judicial. O número do pedido é o BR 51 2013 0005019, registrado em 29/05/2013. “Planejar, Fazer e Avaliar são fases, mas Medir é sempre uma necessidade.” A Metrologia abrange todos os aspectos técnicos relativos às medições, quaisquer que sejam os campos da ciência ou da tecnologia. É a base física da qualidade e fundamental para a competitividade.


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Subdivisão de Engenharia A Subdivisão de Engenharia, subordinada à Divisão Técnica, por orientação do DECEA, vem trabalhando para aprimorar o controle da disponibilidade dos equipamentos de defesa aérea e de controle do tráfego aéreo. Entende-se por aprimoramento do controle, proporcionar maior visibilidade, rastreabilidade e confiabilidade das informações advindas dos indicadores de performance dos equipamentos que compõem o Sistema de Con­trole do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). Foram desenvolvidas pela Subdivisão de Engenharia, como parte do Sistema Integrado de Lo­gística de Materiais e de Serviços (SILOMS), duas grandes funcionalidades, de fundamental importância para a gestão logística do 40 PAME-RJ 40 ANOS

SISCEAB - O planejamento e controle das manutenções preventivas e o controle de indispo­nibilidade dos equipamentos. Para intervenções de caráter preventivo, são planejadas manutenções com periodicidades pré-definidas, especi­ ficações de tarefas, durações, pessoal técnico, ferramental e equipamentos de apoio. Para aquelas de caráter corretivo, são realizados os controles das inoperâncias dos equipamentos que compõem o SISCEAB, através do SILOMS, com as informações dos técnicos responsáveis pela execução das manutenções, em tempo real, assim como para intervenções a respeito do restabelecimento das funcionalidades dos equipamentos.


Núcleo do Centro de Gerenciamento Técnico O Gerenciamento Técnico do SISCEAB visa à otimização técnica e operacional dos sistemas, equipamentos e redes componentes do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), bem como permitir o acompanhamento e controle da implantação da infraestrutura dos futuros Sistemas de Comunicação, Navegação, Vigilância/Gerenciamento de Tráfego Aéreo (CNS/ATM) dentro do Conceito Operacional ATM Global. Em 2011, o PAME-RJ recebeu a atribuição de implantar o gerenciamento técnico do SISCEAB, com as seguintes atribuições: • monitoramento contínuo da funcionalidade dos sistemas, equipamentos e redes componentes do SISCEAB, em tempo real; • coordenação das ações técnicas dos Órgãos Regionais, locais ou de empresas de suporte logístico contratadas; • fornecimento de dados para apoio à decisão do SDTE, CGNA, PAME-RJ, CINDACTA, SRPV-SP, CODA, GEIV, e da INFRAERO; • realização de intervenções remotas (Telecomandos) nos ativos de rede da INTRAER, de acordo com viabilidade técnica; • gerenciamento de repositório de software, de controle de configuração, de atendimento ao usuário (helpdesk) e de segurança para os sistemas de TI; e • fornecimento de indicadores ao planejamento para permitir a análise de desempenho e suporte logístico Em 11/11/2011, foi inaugurado o Núcleo do Centro de Gerenciamento Técnico (NuCGTEC), instalado nas dependências do Laboratório Central de Eletrônica (LCE) do PAME-RJ. O NuCGTEC monitora, atualmente: • RCMS (Remote Control Monitoring System) dos equipamentos radares THALES; • gerenciamento da rede de ativos (swi-

tches e roteadores) que compõem o backbone da Rede INTRAER, utilizando a ferramenta OPNET; • Sistema de Monitoramento Remoto (RCSI) dos auxílios à navegação de fabricação THALES; • ILS de Guarulhos; e • Sistema de Monitoramento das Torres de Controle (ACAMS). O NuCGTEC já monitora, em tempo real, grande parte dos radares instalados no SISCEAB e a totalidade dos equipamentos do backbone da INTRAER. A equipe técnica do NuCGTEC desenvolveu uma interface, com a plataforma ARDUINO, para proporcionar a conversação de sistemas com protocolos proprietários e o Simple Network Management Protocol (SNMP), visualizável pelo OPNET. Esta solução irá permitir, por exemplo, que equipamentos não projetados para envio de dados de telecomando e telessupervisão forneçam dados em tempo real tratáveis pelo Sistema OPNET. A equipe técnica do NuCGTEC, composta por técnicos altamente qualificados, está constantemente aprimorando as técnicas utilizadas, com o objetivo de, em um futuro próximo, possibilitar o monitoramento de todos os equipamentos, redes e demais sistemas do SISCEAB.

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Subdivisão de Eletromecânica A Subdivisão de Eletromecânica (TMEM) é a responsável pela realização das manutenções preventivas e corretivas nos equipamentos de climatização e elétricos, pintura e estruturas metálicas existentes no âmbito do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). A Seção de Climatização realiza manutenções preventivas e corretivas nos equipamentos de climatização (Self Contained, Condicionadores de Ar de Janela, Splits, Chillers 42 PAME-RJ 40 ANOS

e Câmeras Frigoríficas, entre outros) e, como o PAME-RJ é referência no SISCEAB em manutenções deste porte realiza, também, atividades externas, tais como consultoria e apoio técnico nos sistemas de climatização em diversas Unidades. A Seção de Eletricidade executa manutenções preventivas e corretivas nos equipamentos elétricos, a saber, Suprimento Ininterrupto de Energia - UPS, Grupos Geradores, Unidades Retificadoras, Aterramento Elétrico e Sistema de


Proteção Contra Descargas Atmosféricas - SPDA, entre outros. A Seção de Estruturas Metálicas (TMEE) e a Seção de Pintura (TMEP) atuam na área de proteção ao voo, realizando manutenção nas mais diferentes estruturas existentes no SISCEAB. A TMEE é composta por profissionais das áreas de Metalurgia, Estruturas Métalicas, Usinagem, Serralheria e Soldagem. Os trabalhos executados são caracterizados pelas manutenções corretivas e preventivas de estruturas metálicas de torres treliçadas estaiadas e auto-suportáveis; confecção de telas de isolamento para antenas Telesat; recuperação de estruturas sujeitas às ações das intempéries; revitalização de antenas de torres de antena VHF, UHF e HF, antenas Log Periódicas e Espirais Cônicas; confecção de Planos-Terra de antenas de NDB; e manutenção dos equipamentos metálicos do PAME – RJ, entre outros serviços. A TMEP tem como responsabilidade o serviço de proteção anticorrosiva e pintura de radares e auxílios à navegação aérea pertencentes ao SISCEAB, com o intuito de reduzir a parada de equipamentos devido à deterioração prematura, e melhorar a estética dos mesmos. É de sua responsabilidade, também, a confecção de embalagens para acondicionar os diversos equipamentos do SISCEAB e a recuperação interna de Shelters VOR / DME. Existem, na TMEM, dois setores que não aparecem efetivamente nas manutenções executadas no SISCEAB, mas que, sem eles, os trabalhos desta Subdivisão não ocorreriam: Seção de Almoxarifado e Ferramentaria. O Almoxarifado da Subdivisão de Eletromecânica exerce a função de estoque e fornecimento de materiais aos diversos setores, visando atender à manutenção dos equipamen-

tos do SISCEAB e aos serviços pertinentes à infraestrutura do PAME - RJ. Diversas modificações realizadas no Almoxarifado otimizaram o fornecimento de materiais para o desempenho das funções dos setores e a observância dos procedimentos de segurança estabelecidos nas normas pertinentes. Dentre elas, podemos citar a modernização das fichas de fornecimento de materiais, que adequaram a realidade do setor e o armazenamento de material inflamável em local adequado, ou seja, em depósito apropriado, seguindo normas de segurança que trouxeram maior segurança para o exercício da função. O Almoxarifado da Subdivisão de Eletromecânica possui ainda um procedimento, por eles desenvolvido e adotado, voltado ao arquivamento de toda a documentação relacionada à aquisição e consumo de materiais e que oferece maior eficiência à atividade de fiscalização e controle contábil. A Seção de Ferramentaria desenvolve atividades voltadas ao fornecimento de ferramentas, máquinas e equipamentos aos diversos setores da TMEM. Dentre as principais atividades realizadas, podemos citar: a reestruturação do sistema de identificação e acondicionamento dos materiais supracitados, melhorando a preservação e integridade física, e facilitando a dinâmica e a confiabilidade no recebimento, controle e distribuição às oficinas e unidades apoiadas; o inventário geral, promovendo acertos e mantendo compatibilidade com os saldos do estoque físico e com os relatórios do SISPAT e SIAFI, em conjunto com a Seção de Registro do PAME-RJ; e o aprimoramento do arquivo de documentação, facilitando a localização e tramitação, em tempo hábil, dos processos relativos ao ressuprimento, inclusão, transferência, descarga e reparos de máquinas e equipamentos.

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Subdivisão de Meteorologia A Subdivisão de Meteorologia do PAME-RJ é responsável pelas manutenções preventivas e corretivas, nível Parque, em quatro segmentos distintos: • Estações Meteorológicas de Altitude (EMA); • Estações Meteorológicas de Superfície (EMS); • Geradores de Hidrogênio; e • calibração dos padrões meteorológicos, responsáveis pelas informações de pressão, temperatura, umidade rela44 PAME-RJ 40 ANOS

tiva e outros. Ademais, está no escopo das atividades desta Subdivisão a instalação de Torres Anemométricas de Contingência (TAC), bem como a capacitação dos técnicos que atuam na manutenção dos equipamentos pertencentes ao Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). Em termos quantitativos no SISCEAB, sob responsabilidade do DECEA, existem atualmente instalados aproximadamente 45


EMS, 28 EMA, 22 Geradores de Hidrogênio e 20 TAC. A medição de parâmetros meteorológicos para fins aeronáuticos é uma atividade crítica para a segurança do tráfego aéreo. Portanto, compreende-se a necessidade de enfocar na confiabilidade das medições, com a disponibilização de informações meteorológicas confiáveis, recebidas de sensores calibrados. A Subdivisão de Meteorologia tem como objetivo alcançar a disponibilidade total e contínua dos equipamentos, bem como a obtenção da máxima confiabilidade metrológica dos dados coletados. Para atingir estas metas, tão importantes quanto à instalação, aquisição e manutenção dos sistemas, continuamente as equipes de manutenção são treinadas e atualizadas tecnologicamente, pois o conhecimento é, seguramente, o fator relevante do sucesso das atividades.

Torres Anemométricas de Contingência (TAC) Os aeroportos necessitam de informações meteorológicas de superfície nas proximidades das cabeceiras principal e secundária onde ocorrem operações de pousos e decolagens. Com o objetivo de atender aos requisitos de segurança e proteção ao voo do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) foi identificada a necessidade, em 2010, da revitalização das Estações Meteorológicas de Superfície (EMS), visando a redundância das informações meteorológicas de superfície, que são imprescindíveis para as operações aéreas nos aeródromos de maior impacto operacional. O Subdepartamento Técnico (SDTE) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) coordenou, em fevereiro de 2010, reuniões para definição de diretrizes para a implantação de Torres Anemométricas de Contingência (TAC), uma vez que foi verificada a falta da redundância de sensores de direção e velocidade do vento, temperatura ambiente e umidade relativa nas cabeceiras principais e secundárias dos aeroportos, o que pode inviabilizar o pouso e a decolagem em caso de falha de algum sensor.

As TAC são compostas, adicionalmente aos sensores, de sistema de energia (painel solar/banco de baterias) e de comunicação (link de rádio frequência), o que torna seu funcionamento independente em relação às Estações Meteorológicas de Superfície (EMS) já existentes nas cabeceiras de pistas. O Subdepartamento de Operações (SDOP) realizou um estudo sobre a demanda e impacto operacional das informações meteorológicas de cabeceira de pista nos aeroportos brasileiros de grande relevância e priorizou 31 cabeceiras principais para a instalação das TAC, visando prepará-los e capacitá-los com informações meteorológicas, seguras e redundantes, para os eventos da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Em caso de eventual interrupção no funcionamento da EMS localizada na cabeceira da pista em uso para pouso e decolagem, a TAC, lá instalada, fornecerá as informações meteorológicas necessárias aos órgãos de controle de tráfego aéreo e de meteorologia dos aeroportos, sem a necessidade de alterar a cabeceira em uso. Adicionalmente, as TAC proporcionam que as intervenções para manutenção preventiva e corretiva, de sensores da Estação Principal, sejam realizadas sem interrupção do fornecimento das informações meteorológicas. Coube à Subdivisão de Meteorologia do PAME-RJ realizar a especificação técnica do sistema, o projeto básico da infraestrutura da base das TAC e a aquisição dos sistemas. O PAME-RJ já instalou 20 TAC, que estão em operação, com previsão de instalação de mais 11, até o final de 2015.

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Subdivisão de Suprimento Suprir é fundamental para que o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) mantenha em nível adequado o correto funcionamento de seus equipamentos. O fornecimento de materiais para as manutenções programadas ou mesmo emergenciais dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle do Espaço Aéreo (CINDACTA), dos Grupos de Comunicação e Controle (GCC), do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP), e de cada Destacamento de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA), onde quer que estejam localizados no Brasil, é essencial para manter o alto grau de disponibilidade esperado para os equipamentos e sistemas do SISCEAB. O Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), único Parque subordinado ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), através da Subdivisão de Suprimento (TSUP), não mede esforços para o recebimento, armazenagem e envio de materiais, em tempo hábil e adequado, para qualquer local do país ou exterior. Para que a TSUP possa atingir os seus objetivos é fundamental o efetivo controle dos itens em estoque. Anualmente, é realizado um grande inventário físico geral com o qual se busca a correta identificação dos materiais, a contagem 46 PAME-RJ 40 ANOS

dos itens, a verificação da integridade das embalagens, a correta descrição das etiquetas, a atualização da base de dados do Sistema Integrado de Logística de Materiais e Serviços (SILOMS) e a geração do Relatório de Discrepâncias. No Relatório de Discrepâncias são anotadas as não conformidades verificadas entre as informações existentes no SILOMS e a constatação “in loco” dos materiais. No último inventário, verificou-se aproximadamente 27.000 “Part Number” (PN) e 1.100.000 itens armazenados e implantados no suprimento do PAME-RJ. Para se ter uma noção de atividades realizadas anualmente, em 2013 foram recebidos 80.113 itens,podendo ser novos ou reparáveis; armazenados 70.955 itens e expedidos 151.068 itens para as oficinas e órgãos regionais. A TSUP mobiliza-se, com todo o seu efetivo militar e civil, na busca incansável do sucesso da missão que lhe é designada, usando de todos os meios disponíveis, como o transporte aéreo e terrestre, civil e militar, para fazer chegar às oficinas e órgãos regionais os materiais necessários à manutenção dos diversos equipamentos e sistemas do SISCEAB. Em silêncio, com eficiência e eficácia, oferecendo apoio irrestrito e imediato, a TSUP garante a logística para a segurança do espaço aéreo brasileiro


GEIV 40 ANOS

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Efetivo do


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o PAME-RJ


Subdivisão de Tecnologia da Informação Operacional A Subdivisão de Tecnologia da Informação Operacional (TIOP) do PAME-RJ é responsável pelo suporte logístico e manutenção dos sistemas de TI Operacional para controle do espaço brasileiro. Os principais sistemas e aplicações geridos pela TIOP são: • Sistemas de Tratamento e Visualização de Dados (STVD) utilizados para controle do tráfego aéreo (X-4000 e SAGITARIO) e para Defesa Aérea (DA/COM); 50 PAME-RJ 40 ANOS

• Sistemas de Comutação de Mensagens de Aeronáutica (CCAM e AMHS); • Sistema de Estatística de Movimentos de Tráfego Aéreo (SETA); • Banco de Dados Meteorológicos (OPMET); • Sistema de Informações aos Pilotos (SISNOTAM e Portal AIS); • Simulador de Operações Militares do ICEA (SOpM);


• Sistema Integrado de Torre de Controle (SITC); e • Sistema de Gerenciamento de Torre de Controle (TATIC). Além do suporte e manutenção citados, a TIOP tem como responsabilidade acompanhar e supervisionar os contratos de suporte logístico com as empresas ATECH, ATC Systems (ACAMS) e Saipher. Adicionalmente, realiza o acompanhamento da implantação dos novos sistemas para controle do tráfego aéreo em apoio à Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA). Os anos de 2013 e de 2014 foram anos de muitos desafios e responsabilidades para a TIOP, principalmente, devido aos eventos de grande vulto mundial realizados no Brasil, a Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo FIFA 2014, surgiu a necessidade de implantação de sistemas de contingência, Células de Operações Locais (COL), para o controle de tráfego aéreo brasileiro e para o sistema de defesa aérea nas 12 (doze) cidades-sede dos eventos. Nessas localidades, foi realizada a integração de radares a essas Células. A instalação, a montagem, os testes e a integração das COL foram realizados com a efetiva participação da TIOP.

Redimensionamento das FIR e RDA brasileiras No projeto de Redimensionamento das Regiões de Informação de Voo (FIR) e Regiões de Defesa Aérea (RDA) brasileiras foram realizadas a alteração e a redistribuição dessas regiões, de modo a conectar a fronteira da FIR Amazônica com a FIR Curitiba, e a fronteira da FIR Curitiba com a FIR Recife, bem como a consequente redistribuição da carga de voos da FIR Brasília. Assim, algumas localidades foram remanejadas, passando a pertencer a outra região de voo. Como consequência desse redimensionamento, os sistemas de TI Operacional necessitaram de adaptações para essas novas configurações. A TIOP teve uma participação técnica fundamental no cumprimento das orientações contidas no Plano de Transição Técnica para o Redimensionamento das FIR, documento do DECEA. As alterações foram amplamente testadas nos sistemas utilizados para controle do tráfego aéreo e nos sistemas de defesa aérea e com a participação dos Regionais todas as comunicações e interfa-

ces entre os sistemas foram testadas. A missão foi considerada um sucesso e atualmente o SISCEAB está operando com essa nova configuração.

PBN – Navegação Baseada em Desempenho A Navegação Baseada em Desempenho (PBN) redesenha e aperfeiçoa a estrutura dos trajetos de navegação aérea. Se antes as rotas se restringiam aos trajetos delimitados por auxílios instalados no solo, com esse procedimento amplia-se o número de alternativas, uma vez que o recurso viabiliza procedimentos de navegação orientados também por satélites. Desse modo, as aerovias passam, progressivamente, por uma grande reformulação. As rotas consideram a navegação ponto a ponto e não a interceptação de radiais. Com rotas mais precisas e distâncias encurtadas, o PBN viabiliza uma redução significativa no gastos com combustível, na emissão de gases poluentes e mesmo nos ruídos das aeronaves, uma vez que estas se aproximam para pouso em descida contínua e velocidade mais constante. Com apoio da TIOP, foram realizados testes nas novas bases de dados dos sistemas controle do tráfego aéreo das localidades envolvidas e a integração desses sistemas na nova configuração. Em 12 de dezembro de 2013, a PBN passou a ser utilizada nas duas maiores terminais aéreas da América do Sul: TMA São Paulo e TMA Rio de Janeiro para proporcionar um aproveitamento do espaço aéreo extremamente significativo nessas regiões.

Ferramentas SASS-C e RAPS-3 O Surveillance Analysis Support System for ATC-Centre (SASS-C) é uma ferramenta/sistema desenvolvida e homologada, pelo EUROCONTROL, para análise de desempenho de radares e sistemas de rastreamento de controle de tráfego aéreo. Com o SASS-C é possível verificar a probabilidade de detecção de radares, cobertura multirradar, erros no posicionamento das pistas dos rastreadores, valores de erros sistêmicos, entre outros. É uma ferramenta de extrema PAME-RJ 40 ANOS 51


importância para avaliação dos sistemas de tratamento e visualização de dados para controle do tráfego aéreo e para defesa aérea. Além disso, com a implantação do novo sistema SAGITARIO, as informações de rastreamento (pistas/ plotes) recebidas dos radares podem ser analisadas com o SASS-C, certificando que o desempenho está dentro dos padrões internacionais. Visando suprir a demanda por capacitação de pessoal no SASS-C, a TIOP do PAME-RJ organizou e realizou treinamento nos Regionais e no 1º GCC para as equipes locais. Os treinamentos ocorreram nos Regionais, no início de 2013, e no 3º/1º GCC, em outubro de 2012.

Laboratório de TI operacional do PAME-RJ

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O Recording Analysis Playback and Simulation System for Surveillance Data (RAPS-3) é uma ferramenta desenvolvida para análise de protocolos radar, em especial do protocolo ASTERIX, com a finalidade de testar, avaliar e certificar os dados de vigilância. Com esta ferramenta, é possível realizar várias atividades concernentes à avaliação de sensores e de sistemas de rastreamento, como os STVD. O RAPS-3 é utilizado como produto de referência de testes do protocolo radar ASTERIX, para realizar a análise e a validação de dados, além de possibilitar a implementação de funções de visualização de dados radar online e offline, editar, modificar e simular esses dados.


Subdivisão de Radiodeterminação A Subdivisão de Radiodeterminação (TRAD), composta pelas seções de Eletrônica Radar (TRER), de Sistemas de Determinação Automática (TRDA) e de Mecânica Radar (TRMR), tem por principal função realizar as manutenções de nível parque dos diversos radares sob a responsabilidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). De acordo com a Diretriz do Comando da Aeronáutica 66-1 de 2008 (DCA 66-1/2008), “manutenção de nível parque é o serviço de manutenção caracterizado por intervenções de alto grau de complexidade técnica. Compreendem os serviços de manutenção que necessitam de pessoal técnico de reconhecida especialização”. A TRAD é composta por um corpo de técnicos e engenheiros altamente capacitados e com grande experiência na área de mecânica e eletrônica de radares. Realizou, ao

longo dos anos, inúmeras atividades técnicas e gerenciais de forma a prover ao DECEA serviços de comprovada qualidade, como as manutenções corretivas e preventivas de nível parque e estudos técnicos de assessoramento ao DECEA para importantes “tomada de decisão”, além de negociar e gerenciar um considerável número de contratos de suporte logístico para os radares do SISCEAB. A realização de manutenções eletrônicas de nível parque remonta aos anos 80, quando tinha como base a manutenção “in circuit” de placas, módulos, fontes de alimentação, etc. Ao longo desses 30 anos, ocorreu uma mudança significativa de seu “modus operandi”, principalmente pelo avanço tecnológico, de novas concepções de projeto e de análise de desempenho dos parâmetros técnicos relacionados às tecnologias envolvidas. PAME-RJ 40 ANOS 53


Diante desse novo cenário e dando continuidade aos serviços que o PAME-RJ sempre prestou ao SISCEAB, a TRAD executou durante o último ano um número significativo de intervenções de nível parque. A seguir são destacadas algumas importantes atividades realizadas pela TRAD.

Manutenção corretiva do sistema radar de São Gabriel da Cachoeira-AM

vação, com dispositivo especial (pórtico), do rolamento de 600kg, para a medição de folga e lubrificação de suas partes mecânicas. A manutenção eletrônica consistiu na recuperação de cabos danificados e a substituição dos processadores. Os radares foram restabelecidos, garantindo a vigilância e o controle do espaço aéreo naquela região.

Manutenção corretiva do mecanismo de giro da antena do TA10SST/RSM970S do DTCEA-CT, em Curitiba-PR

O sistema radar de São Gabriel da Cachoeira, instalado no DTCEA-UA, é composto do radar primário LP23SST e do radar secundário RSM970S. Na ocasião, Carnaval de 2014, o sistema radar apresentava ruído anormal no seu mecanismo de giro, além de problemas no processador dos radares primário e secundário. Assim, uma equipe da TRAD deslocou-se, em caráter de urgência para restabelecer ambos os equipamentos. Essa missão foi de extrema importância, pois São Gabriel da Cachoeira-AM está situada na região amazônica, próxima à fronteira com a Venezuela e a Colômbia, conhecida como “cabeça do cachorro” e a cobertura radar é essencial para a segurança de voo. Com apoio logístico do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), a equipe da TRAD, composta de especialistas em mecânica e eletrônica de radares, realizou o reparo do sistema.. A manutenção mecânica foi realizada no rolamento principal do mecanismo de giro da antena, que requer a ele54 PAME-RJ 40 ANOS

O sistema radar de Curitiba-PR é composto do radar primário TA10SST e do radar secundário RSM970S. Na ocasião, abril de 2014, o sistema apresentava problemas de imprecisão de posição dos alvos mostrados nas consoles de visualização, impactando diretamente no controle do tráfego aéreo na região. O Órgão de controle de tráfego aéreo, por segurança, aumentou a separação em voo entre as aeronaves, o que provocou diversos atrasos em voos comerciais. A equipe de manutenção da TRAD se deslocou para Curitiba, em regime de emergência, com o intuito de solucionar, no menor tempo possível, essa inoperância. Após detalhada pesquisa das possíveis causas do problema, incluindo ensaios com diferentes configurações de juntas


rotativas, acoplamentos e codificadores de azimut (codeur), ficou constatado que a pane estava no acoplamento, que transmitia vibração para o codeur, provocando informações discrepantes de azimute e imprecisão na posição dos alvos. A solução do problema foi obtida com a substituição do acoplamento e do codeur e o sistema radar voltou a operar corretamente, permitindo restabelecer o fluxo aéreo da região à sua normalidade.

Validação dos procedimentos previstos nos boletins técnicos dos radares LP23SST e RSM970S do DTCEA-MN

Manutenção Mecânica Preventiva Nível Parque do Radar STAR2000 de Campinas-SP

O sistema radar de Campinas é composto do radar primário STAR2000 e do radar secundário RSM970S. Consolidando a transferência de tecnologia iniciada em Acordos Offset, que previam a capacitação da equipe de manutenção mecânica da TRAD, foi realizada a primeira manutenção mecânica de nível parque do sistema de giro da antena do radar STAR2000 de Campinas, após 10 anos de operação. A manutenção foi concluída com sucesso e a irradiação do conhecimento será realizada através de cursos de capacitação, já inclusos no Programa de Atividade de Ensino e Atualização Técnica (PAEAT) do DECEA.

Com a evolução tecnológica das últimas décadas, o DECEA investiu na renovação de seu parque de equipamentos de controle e defesa do espaço aéreo brasileiro. Diante desse novo cenário, os equipamentos evoluíram de circuitos eletrônicos discretos para circuitos altamente integrados, compactos e complexos e com multiprocessamento. Na mesma linha, os softwares aplicativos e funcionalidades desses equipamentos também evoluíram para plataformas complexas, o que demanda um grande estudo para sua utilização e, principalmente, maximização de seus novos recursos. A manutenção desses sistemas exigiu uma nova metodologia de atuação para adaptar-se à nova demanda e evoluir a manutenção nível parque de uma intervenção em circuitos eletrônicos para uma intervenção em nível sistêmico. Assim, a TRAD tem se voltado ao estudo, na área de eletrônica radar, das principais ferramentas de análise de desempenho e adaptado essa nova concepção a sua missão dentro do DECEA. Seguindo essa linha de ação, a Seção de Eletrônica Radar realizou, em abril deste ano, a validação dos procedimentos e da duração das atividades previstas no novo modelo de Boletim Técnico da Manutenção Preventiva Nível Parque de Eletrônica dos Radares LP23SST e RSM970S, com o objetivo de avaliar o desempenho dos equipamentos e propor PAME-RJ 40 ANOS 55


modificações que permitam maximizá-lo, antecipando-se a uma possível degradação de algum subsistema específico, o que poderia levar a uma pane total do radar.

Instalação do radar transportável INDRA no 2º/1º GCC em Canoas-RS Essa missão surgiu da necessidade de prover redundância de cobertura Radar no centro de controle de aproximação do aeroporto Salgado Filho, Porto Alegre-RS, garantindo maior segurança quanto à disponibilidade de informa-

desmontagem, carregamento, movimentação da cidade de Tanabi-SP até 2º/1º GCC, localizado em Canoas-RS, instalação e integração do Radar Secundário transportável INDRA IRS-20M/PS ao Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA2).

Manutenção em Bancada Apesar da evolução tecnológica dos radares, é importante ressaltar que a TRAD ainda executa reparos em bancada, onde cartas e módulos eletrônicos defeituosos, que chegam ao PAME-RJ, são reparados por nossas equipes técnicas

ções ao sistema de controle do espaço aéreo na região, durante o período de realização da Copa do Mundo FIFA 2014. Demandou grandes esforços da equipe da TRAD durante o período de 12/05/2014 a 06/06/2014, pois incluiu fases de 56 PAME-RJ 40 ANOS

e validados em cadeias reduzidas, que são equipamentos similares aos radares em operação e são utilizadas para treinamento e validação das manutenções realizadas.


As atividades desenvolvidas diariamente pela equipe da TRAD são complexas e desafiadoras. A correta definição das melhores práticas e procedimentos de manutenção garantem a máxima operacionalidade, confiabilidade e disponibilidade dos radares.

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História da Mecânica Radar Em janeiro de 1990, nascia a Mecânica de Radar do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ). A equipe, constituída na época por: Cap Rodrigo, Ten Iwase, Eng. Mauro, Eng. José Roberto, Eng. José Carlos e pelos técnicos 2S Benedito e 3S Sandro, contou com a colaboração da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) em seus primeiros trabalhos, da qual obtiveram apoio para a elaboração da documentação de manutenção mecânica de nível parque dos radares TA10M, LP23M, TRS2230 e PAR2310, via Contrato de Suporte Logístico. Com muito estudo, pesquisa e dedicação, esta pequena equipe começou a enfrentar os desafios iniciais de manutenção e de instalação de equipamentos mecânicos dos radares, contribuindo então para a construção de uma sólida base de conhecimentos e experiências ao longo do 58 PAME-RJ 40 ANOS

tempo. Todo esse esforço permitiu à Mecânica de Radar ser um centro de excelência em manutenção para o SISCEAB, mantendo-se o alto nível de qualidade e eficiência/eficácia dos serviços prestados. É difícil acreditar que foram inúmeras as dificuldades enfrentadas pela Mecânica de Radar no início de suas atividades se analisarmos somente seu histórico recente. Toda a infraestrutura de oficina, documentação e aparato logístico foi pensada e viabilizada partindo-se do zero. Pode-se dizer que cada mínimo passo dado foi uma grande descoberta realizada. Somado à competência da equipe técnica, o apoio irrestrito conferido pela então Subdiretoria Técnica (SDT) e pelo PAME-RJ, a Mecânica de Radar evoluiu de modo a se tornar tecnicamente independente dos fabricantes dos equipamentos mecânicos dos radares existentes. Vale lembrar al-


gumas datas importantes nessa caminhada de sucesso: em 1991, houve a contratação de apoio técnico para gerar a documentação de manutenção nível Parque; em 1994, ocorreu a primeira manutenção nível Parque do Radar TRS-2230; em 1996, a primeira manutenção no Radar LP-23, com a primeira usinagem da base deste Radar realizada no mundo, em São Gabriel da Cachoeira, e a instalação do primeiro radome no Radar TRS-2230, no Destacamento de Morro da Igreja; e, em 2011, foram elaborados os primeiros cursos de mecânica dos radares TRS-2230 e RMT-0100D. Para os próximos anos, pretende-se trabalhar pela continuidade da excelência das atividades de manutenção focando, cada vez mais, em treinamento com a elaboração de novos cursos, e no planejamento de aquisição de materiais e serviços, visando os grandes eventos que acontecerão no país, como as Olimpíadas. Assim, enquanto existirem radares no Brasil, estará presente a Mecânica de Radar do PAME-RJ para apoiar o Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, garantindo a operacionalidade dos equipamentos de defesa e de segurança aérea do país.

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Subdivisão de Telecomunicação A Subdivisão de Telecomunicações (TMTC) tem como objetivo gerenciar e executar a manutenção de nível parque, que possui maior complexidade, nos sistemas de telecomunicações do Comando da Aeronáutica (COMAER), envolvendo também atualizações de equipamentos e capacitação de pessoal. A missão da TMTC visa a melhoria continua das comunicações de controle de tráfego aéreo e defesa aérea, comunicações do serviço de busca e salvamento e telecomunicações do Comando da Aeronáutica. Para tal, são adquiridos materiais sobressalentes para realização das manutenções (mercado nacional e exterior) e utiliza-se ainda de Contratos para fornecimento de telefonia fixa e móvel. Os serviços de manutenção abrangem enlaces (TELESAT, Radioenlaces, MPLS, Fibras Ópticas), equipamentos de telecomunicações (VHF, UHF, HF, Centrais de Áudio, Gravadores 60 PAME-RJ 40 ANOS

de Áudio, etc.) e, ainda, a Gerência do Espectro de Frequências, operacionais e administrativas, utilizadas no COMAER.

SISTEMA TELESAT O Sistema TELESAT, telecomunicações por satélite, apresenta um elevado grau de importância por estar presente nos Regionais e em praticamente todos os Destacamentos do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). É utilizado para comunicações administrativas e operacionais, como VHF e UHF terra-ar. Está presente em localidades de difícil acesso, onde não há disponibilidade de serviços de telecomunicações de concessionárias, servindo como uma possibilidade viável de comunicação principal. A TMTC gerencia o banco de dados de portadoras do segmento espacial de comunicação via satélite, totalizando 108 MHz, disponibilizados através de Contrato, necessários


à comunicação entre as 110 Estações TELESAT do Comando da Aeronáutica. A TMTC coordena e realiza as manutenções corretivas e preventivas.

SISTEMA VHF/UHF Os sistemas de comunicações VHF (Very High Frequency) e UHF (Ultra High Frequency) são utilizados para comunicação terra-ar entre os controladores de tráfego aéreo e os pilotos das aeronaves. Tais sistemas são de extrema importância já que propiciam a comunicação de voz com troca de informações essenciais para controle do tráfego aéreo.

SISTEMA HF O sistema HF (High Frequency) é utilizado para comunicações administrativas e operacionais além da linha de visada, através da reflexão ionosférica. Destaca-se como aplicação do sistema HF a comunicação com aeronaves em

voos transoceânicos (SMA). Além disso, também é utilizado, no âmbito do comando da aeronáutica, para: comunicação alternativa entre os comandos (rede RACAER); busca e salvamento (SALVAERO); comunicação com canteiros de obras e rebocadores na região Amazônica (COMARA) e comunicação das Bases Aéreas com aeronaves militares (TATICA).

SISTEMA MPLS O sistema MPLS (Multi Protocol Label Switching) é um protocolo de roteamento baseado em pacotes rotulados, onde cada rótulo representa um índice na tabela de roteamento do próximo roteador. O objetivo de uma rede MPLS é o transporte de pacotes entre pontos de entrada e saída. As concessionárias de telecomunicações, através de contratos, são responsáveis pelo fornecimento desse serviço. Esse sistema pode ser utilizado como meio principal de transporte das aplicações existentes, atendendo, por exemplo: INTRAER, SILOMS, SIGPES, dados radar; como comple-

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mento aos canais existentes de comunicação de dados e, também, para atender às novas demandas específicas que estão sendo geradas com a modernização dos Sistemas de Comunicação do SISCEAB.

CENTRAIS DE ÁUDIO As Centrais de Áudio são as ferramentas principais do controle de tráfego aéreo, pois permitem aos controladores de tráfego aéreo selecionar, através de um simples toque, a frequência que será utilizada para comunicação com as aeronaves, bem como proporcionar a comunicação telefônica com outros Órgãos operacionais e administrativos. As Centrais de Áudio estão instaladas nos Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA), no Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP) nos Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) e no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA ) para os simuladores de controle de tráfego aéreo. O PAME-RJ possui uma cadeia reduzida da Central de Áu62 PAME-RJ 40 ANOS

dio M600, de fabricação SITTI, que são equipamentos similares àquelas em operação e são utilizadas para treinamento e validação do funcionamento de cartões e módulos.

COSPAS-SARSAT O programa COSPAS-SARSAT foi criado, em 1982, por um consórcio entre EUA, Rússia, França e Canadá. O Brasil aderiu ao programa em 1992, com o objetivo de: • captar sinais de emergência por meio da utilização de satélites de baixa órbita (LEOSAR) ou geoestacionários (GEOSAR); • determinar a posição de origem dos sinais de emergência; e • distribuir as informações para os órgãos de busca e salvamento (SAR) responsáveis. Os dados recebidos pelas estações baixa orbita (LEOLUT), orbita geoestacionária (GEOLUT) e media orbita (MEOLUT) são processados e visualizados nos centros de controle chamados Operational Control Console (OCC), cuja


unidade principal localiza-se em Brasília, no Brazilian Mission Control Center (BRMCC), e a unidade backup está em Recife. O PAME-RJ possui contrato de serviços de suporte técnico e operacional, que é fundamental para manter toda a estrutura de equipamentos do segmento provedor terrestre brasileiro nos padrões internacionais estabelecidos pelo programa COSPAS-SARSAT.

GERÊNCIA DO ESPECTRO DE FREQUÊNCIAS AERONÁUTICAS O gerenciamento do espectro de frequências aeronáuticas consiste na distribuição de frequências dentro da faixa alocada pela ANATEL para o SISCEAB. É realizado seguindo

as legislações pertinentes, com a finalidade de manter, em níveis internacionais, a segurança no Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. Compete ao PAME-RJ elaborar, atualizar e fiscalizar o cumprimento das normas e instruções UIT/ICAO/ANATEL relativas a gerências das frequências do espectro eletromagnético de interesse do COMAER. Com o objetivo de agilizar os processos de ativação das canalizações, a TMTC disponibiliza, mensalmente, no site do PAME-RJ, a diagonal de canalização contendo as demandas de canalizações terrestres e satelitais a serem ativadas pelos Regionais e PAME-RJ.

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Divisão de Publicações Aeronáuticas A Divisão de Publicações Aeronáuticas do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), está em constante modernização para atingir a excelência na prestação de serviços aos seus clientes. E para atingir este objetivo, foram realizadas várias adequações nos setores de Corte, Acabamento, Escaninho, Depósito, Expedição, banheiros masculino e feminino. Essas melhorias somadas à aquisição de modernos equipamentos gráficos, visam adequar as instalações da DPA para atender à crescente demanda de impressão das publicações aeronáuticas, Com a aquisição, em 2007, da impressora Off-set de grande porte Heidelberg, modelo Speedmaster 102, de quatro 64 PAME-RJ 40 ANOS

cores com reversão, a DPA deu um grande salto tecnológico e passou a produzir, com rapidez e menor custo de produção, publicações aeronáuticas de alta qualidade atendendo ao padrão recomendado pela Or­ganização Internacional da Aviação Civil (OACI). Foi de fundamental importância para a melhoria do processo produtivo a aquisição de duas modernas gui­lhotinas com largura de corte de 1210 mm e controle computadorizado e duas dobradeiras da marca Sthal Heidelberg, com sistema de alimentação contínua de papel. Com a operação efetiva destes equipamentos foram eliminadas todas as dificuldades existentes nos seto­res de corte e dobragem.


Com o objetivo de eliminar uma das etapas do processo produtivo que ainda não estava automatizada, começaram a operar, no início de 2012, no setor de minigráfica, três impressoras digitais multifuncionais de grande capacidade da marca Ricoh, sendo duas coloridas modelo Pro 901 e uma monocromática modelo EX 1357. Esses equipamentos permitem a impressão, de manuais completos e diminui consideravelmente o tempo de produção de alguns produtos, como por exemplo, o ROTAER (896pg.), AIP-BRASIL (1290pg.) e AIP-MAP (2576pg.), tornando mais ágil, preciso e econômico o processo de produção destas publicações. A implantação do software de gestão gráfica, no início de 2013, foi outro importante avanço para o planejamento e controle da produção de publicações aeronáuticas. Através

dos módulos de or­çamento, estoque e produção é possível ter uma visão de todas as etapas do processo produtivo o qual vem contribuindo, sobremaneira, para a tomada de decisão e melhorando a qualidade dos serviços prestados pela Divisão. Visando à modernização de seus processos e a melhoria contínua da qualidade dos servi­ços de impressão e expedição das publicações, a DPA iniciou processos para aquisição de novos equipamentos no ano de 2012, tais como : Máquinas de furar e máquinas de arquear para os setores de acabamento e expedição, expansão da capacidade da máquina de alceamento (passando de 12 bolsas para 18 bolsas), dentre ou­tros. Tudo isso para atender de forma cada vez mais efi­ciente os usuários das publicações aeronáuticas. PAME-RJ 40 ANOS 65


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Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade da DPA

A implantação e a certificação de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) na Divisão de Publicações Aeronáuticas iniciaram com a Portaria nº 115/DGCEA, de 26/08/2011 do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que criou a Comissão Intersetorial de Implantação do SGQ do DECEA, com o objetivo de coordenar a implantação do SGQ nas atividades do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). A mensagem nº 92, de 31/10/2011, do DECEA, determinou, no que concerne ao PAME-RJ, que é a impressão, a distribuição e a venda de Publicação de Informação Aeronáutica (AIP), este deveria desenvolver as atividades necessárias para aplicação da Norma ISO 9001:2008 aos serviços prestado, considerando o recebimento dos originais do Instituto Cartografia Aeronáutica (ICA), indo até a entrega do produto ao cliente. O desenvolvimento das atividades necessárias à implantação do SGQ na Divisão de Publicações Aeronáuticas, viabilizando soluções e ações para o atendimento aos requisitos da NBR ISO 9001:2008 até a certificação, foi realizado durante 18 meses, obedecendo as seguintes etapas: 1. responsabilização e sensibilização do pessoal envolvido; 2. determinação do escopo; 3. definição do Comitê da Qualidade;

4. mapeamento dos processos; 5. definição da política e objetivos da qualidade; 6. estruturação do sistema documental; 7. treinamento; 8. implantação; 9. auditoria interna; e 10. auditoria de certificação Em 20/12/2013, o PAME-RJ recebeu o Certificado NBR ISO 9001:2008 e o Certificate Management System ISO 9001:2008, da International Certificate Network (IQNET). Durante o processo de certificação foram identificados vários problemas nos procedimentos de impressão e atendimento aos clientes, que impactavam em atrasos na entrega das publicações, bem como na conformidade dos produtos impressos. Em 2013, a DPA chegou a acumular um número expressivo de reclamações de clientes, por atraso na entrega de produtos. Após a implantação do SGQ, foi possível identificar as falhas dos processos e as causas das reclamações. Como consequência, já em fevereiro de 2014, os benefícios foram evidenciados, dentre eles, os mais importantes foram a redução do número de reclamações por parte dos clientes, redução do tempo de entrega e melhoria do processo produtivo. A remodelagem do Setor de Atendimento ao Cliente, visando estreitar o relacionamento com os usuários, resultou na melhoria dos processos e dos procedimentos, o que certamente melhorará a satisfação dos clientes. Isto não significa que o processo terminou. Sabedores que o gerenciamento pela qualidade é dinâmico e contínuo, o PAME-RJ prossegue na busca pela excelência dos produtos oferecidos e pela satisfação de seus clientes.


Divisão Administrativa A Administração Pública vem sofrendo importantes transformações nas últimas décadas. O grande desafio ainda é o de realmente tornar-se mais eficiente e fazer com que seus agentes exerçam suas atribuições com maior comprometimento, a fim de que a sociedade possa ter seus anseios atendidos e respeitados. Nesse contexto, a Divisão Administrativa (DA) do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), apoiada pela sua laboriosa Secretaria (ASEC) e agindo em estrita consonância com as missões da Divisão Técnica (DT) e da Divisão de Publicações Aero68 PAME-RJ 40 ANOS

náuticas (DPA), orgulha-se em atingir seu objetivo maior: apoiar o homem, desenvolvendo as atividades-meio como suporte às atividades-fim da OM, que por sua vez atenderão não só à Força Aérea Brasileira (FAB), mas também à população do nosso país. A moderna Administração do PAME-RJ mantém a excelência na coordenação dos processos administrativos e na condução dos certames e dos contratos que tramitam pela OM, fruto da dedicação e comprometimento dos profissionais da Subdivisão de Licitações (ALIC), em especial das Seções de Compras (LCOP) e de Contratos (LCOT).


Incluem-se nessa lista contratos internacionais e acordos de compensação, destacando o PAME-RJ como dotado de vocação para conduzi-los e elevando a unidade a um patamar de destaque entre as Organizações do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). Zelando pelas edificações e pela manutenção da salutar aparência e funcionamento da estrutura física do Parque, bem como realizando o transporte de nosso pessoal e de materiais do Parque, a Subdivisão de Infraestrutura (AINE) lança-se numa luta incessante por conservar e propor melhorias às construções do PAME-RJ, conduzindo, por meio da Seção de Engenharia (IEEN), obras ou serviços, fiscalizando os contratos que lhe são afetos, resguardando nosso patrimônio, por intermédio da Seção de Patrimônio (IEPA), e nossa frota de viaturas, com o auxílio da Seção de Transportes (IETR). Por seu turno, a Subdivisão de Saúde (ASAU) assegura a assistência médica-odontológica do efetivo e de seus dependentes, apoiando com carinho e coragem, promovendo atendimento e orientação médica, bem como cuidando do sorriso de nossos profissionais, e realizando, também, assistência cívico-social à comunidade do Bairro do Caju. Não podemos nos esquecer da atuação silenciosa, mas de grande importância, da nossa Subdivisão de Recursos Humanos (ARHU), que mantém a rotina administrativa de pessoal em dia e em ordem, realizando papel de elo entre o homem e os órgãos de RH da FAB, seja do nosso pessoal civil (RHPC), seja do nosso pessoal militar (RHPM), conduzindo os processos administrativos dessa área com maestria e sabedoria, organizando as publicações, os diversos requerimentos e tantos outros assuntos correlatos. Também é de relevância o papel de nossa assistência social, que por intermédio de Seção própria (RHAS) desenvolve atividades voltadas para o atendimento às necessidades do efetivo. Na condução dos programas de treinamento do efetivo e planejando as atividades de ensino, a Seção de Instrução e Atualização Técnica (SIAT) destaca-se pela otimização dos recursos que lhe são disponibilizados para o cumprimento da missão e na seriedade com que são

tratados os Diversos Grupos de Trabalho que são capitaneados pelo PAME-RJ. A Subdivisão de Intendência (AINT) fecha o circuito das atividades administrativas, reunindo tarefas inerentes à Seção de Finanças (INFI), que prioriza o pagamento do pessoal e de fornecedores no SIAFI, bem como mantém a contabilidade pública em dia e executa as publicações financeiras, mostrando-se eficiente e moderna; de Material de Intendência (INMI), que administra brilhantemente todo o Material de Intendência da Unidade, mantendo os estoques em locais e em níveis compatíveis, além de desenvolver com muita propriedade as atividades de liquidação das despesas no SIAFI; de Subsistência (INSU), que presta apoio fundamental no fornecimento da alimentação da tropa e na organização de eventos, para que as demais atividades transcorram com naturalidade; de Serviços Especiais (INSE), que gerencia brilhantemente as atividades de alojamentos, vestiários, cassinos, barbearia; e, por último, de Registro (INRE), que efetua com destaque e profissionalismo as reavaliações e atualizações dos valores dos bens patrimoniais da OM. Nesse cenário, as atividades administrativas desenvolvidas pela DA se entrelaçam e se confundem com as atividades técnicas, gerando a sinergia que culmina com o excelente planejamento e a correta execução do orçamento que é destinado ao PAME-RJ, destacando-se ano a ano como aliada fundamental nas políticas de gestão das atividades relacionadas ao suprimento e a manutenção de equipamentos de controle do espaço aéreo, de equipamentos de detecção de defesa aérea e controle de tráfego aéreo, de gerência de configuração e manutenção de software e hardware dos sistemas de tecnologia da informação operacional e de equipamentos de telecomunicações do Comando da Aeronáutica (COMAER), bem como a impressão e a distribuição de publicações aeronáuticas, de acordo com as normas estabelecidas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), nossa nobre missão.

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Projeto Cajuzinho Disciplina, educação e respeito ao próximo estão entre os valores que cerca de 100 crianças e adolescentes, na faixa etária de 10 a 14 anos, dos bairros do Caju e São Cristovão, no Rio de Janeiro, estão aprendendo no contato com militares da Força Aérea Brasileira. O Projeto Cajuzinho, vinculado ao Programa Segundo Tempo - Forças no Esporte e desenvolvido por meio de parceria entre os Ministérios da Defesa, do Esporte e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, oferece novos caminhos para esses estudantes em situação de vulnerabilidade social de escolas próximas ao Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ). Nutricionista, assistente social, psicóloga, pedagogo, educador e professor de Educação Física estão entre os profissionais envolvidos no programa. Ao todo, 25 voluntários – militares e civis do efetivo – apoiam o projeto nas atividades 70 PAME-RJ 40 ANOS

administrativas, esportivas e socioeducativas. Desenvolvidas de segunda a sexta- -feira, as atividades acontecem sempre no contraturno escolar. A Unidade oferece aula de reforço escolar, duas refeições diárias e práticas esportivas, como futebol de campo, voleibol de areia, tênis de mesa e xadrez. Além disso, o PAME-RJ proporciona passeios culturais, palestras sobre promoção da saúde e bem-estar social, acompanhamento psicopedagógico e aulas de Educação Moral e Cívica. O PAME-RJ é a segunda organização militar subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) a aderir ao Programa Segundo Tempo – Forças no Esporte. O primeiro foi o CINDACTA III. Implantado em março de 2013, a iniciativa já apresenta resultados visíveis. A aluna Ana Clara Sabino, com 11 anos de idade, foi aprovada em 1o. lugar no grupo das escolas pú-


blicas dentro do processo de seleção para 2014 do Colégio Pedro II, tradicional instituição de ensino público federal, localizada na cidade do Rio de Janeiro. Fundado na época do período regencial brasileiro, é o terceiro mais antigo dentre os colégios em atividade no país. Outras duas alunas, Júlia do Carmo Muniz, com 11 anos de idade e Luane Pereira de Souza, 12 anos, também foram aprovadas no processo seletivo do Pedro II. Sem dúvida, o projeto está seguindo seu objetivo: minimizar situações de riscos sociais, estimular a prática de esportes e dar oportunidades para que esses pequenos cidadãos tenham uma nova e possível realidade.

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Secão de Instrução e Atualização Técnica A Seção de Instrução e Atualização Técnica (SIAT) tem atuação marcante no PAME-RJ desde o surgimento da Oficina Central Especializada da Diretoria de Rotas Aéreas (OCEDRA), criada em 1958. Naquela época, foram estabelecidos estágios e treinamentos especializados, visando atualizar os técnicos da Unidade e de outras Organizações Militares do país, os quais realizavam a manutenção de equipamentos que suportavam, de alguma forma, a Proteção ao Voo no Brasil. Funcionando, inicialmente, no prédio do atual Posto Médico, as atividades de ensino da SIAT eram tão numerosas e fundamentais para os equipamentos existentes na então Diretoria de Rotas Aéreas, que passou a ser conhecida no 72 PAME-RJ 40 ANOS

Sistema de Proteção ao Voo como “Escolinha do Caju”. Hoje, a SIAT desempenha um papel de destaque e grande responsabilidade junto ao PAME-RJ e aos Órgãos Regionais do Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Entre as suas principais competências, podemos destacar a elaboração e execução do Plano de Capacitação de Recursos Humanos e o gerenciamento do Sistema de Habilitação Técnica do SISCEAB. A capacitação dos Recursos Humanos do PAME-RJ visa treinar e manter atualizado o efetivo, entre civis e militares, de todas as Divisões e Assessorias da Organização. São proporcionados cursos de diversas modalidades nas áreas técnica e administrativa.


Na confecção e aplicação anual dos planos e programas relacionados ao pessoal técnico do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), a SIAT coordena, junto aos representantes dos Órgãos Regionais, a definição de necessidades de cursos, a distribuição das respectivas vagas, os locais de realização e a participação de coordenadores e instrutores. Dedica, ainda, atenção especial à atualização dos Planos de Unidades Didáticas (PUD), à execução de cursos programados para o PAME-RJ e ao início do processo de criação de novos cursos solicitados pela área técnica, propondo e coordenando Grupos de Trabalho. O Sistema de Habilitação Técnica (SHT) é uma realidade

em todo o SISCEAB. O SHT foi desenvolvido para automatizar o processo de concessão de licenças e certificados de habilitação técnica para os técnicos que executam manutenção em equipamentos e sistemas do SISCEAB. O desenvolvimento do módulo de avaliação tornou possível a realização de provas teóricas “on line”, via intraer, economizando tempo, recursos humanos e recursos financeiros. Nos últimos anos, a SIAT vem aprimorando seus processos. Seu efetivo, cada vez mais consciente de sua importante missão, vem se capacitando com o objetivo de acompanhar as evoluções tecnológicas e pedagógicas da formação do corpo técnico do SISCEAB.

Curso NAV 033 - Manutenção do ILS Thales 420

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Biblioteca Foi no ano de 1982, com um acervo de mais de 2.500 livros e ocupando uma área de 75m², que foi inaugurada a nossa Biblioteca. Em 1984, a Biblioteca tornou-se responsável pelo con­ trole e distribuição de toda a documentação técnica dos equipamentos de proteção ao voo. Foi automatizada no ano de 2000, assumindo as carac­ terísticas de Biblioteca Técnica e iniciando a interação com o SILOMS (Sistema Integrado de Logística de Ma­terial e Serviços), para auxílio no controle de publica­ções. No mesmo ano o Setor recebeu a 1a. Colocação no “Prêmio PAME de Qualidade (5S)”. Devido à modernização dos radares, em 2009, durante o Comando do Cel Ronaldo Yuan, o espaço físico da Biblioteca 74 PAME-RJ 40 ANOS

viu-se aumentado devido à obsolescência de muitas publicações que foram descartadas, o que pro­vocou, mais uma vez, uma reestruturação no Setor. A DSPA (Seção de Protocolo e Arquivo) uniu-se à Biblio­ teca, unificando os Setores em um moderno Centro de Documentação, integrado ao SILOMS. Como consequência natural, passou-se a utilizar o SIGA­ DAER (Sistema Informatizado de Gestão de Documentos da Aeronáutica) para execução dos controles de entrada e saída de documentos no PAME-RJ, o que representou um grande crescimento na importância do Setor para a Organização. O setor ganhou ainda maior dinamicidade a partir de uma nova equipe e rotinas de trabalho revisa­das, tornando-se o arquivo geral da Unidade.


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TMTI - Seção da Tecnologia da Informação

DSCS - Seção de Comunicação Social 76 PAME-RJ 40 ANOS


DSIJ - Seção de Investigação e Justiça

DINT- Seção de Inteligência PAME-RJ 40 ANOS 77


AINE - Subdivis達o de Infra-Estrutura

AINE - Subdivis達o de Infra-Estrutura 78 PAME-RJ 40 ANOS


AINE - Subdivisão de Infra-Estrutura

IETR- Seção de Transporte PAME-RJ 40 ANOS 79


ALIC - Subdivisão de Licitações

INFI - Seção de Finanças 80 PAME-RJ 40 ANOS


Rancho

INSU - Seção de Subsistência PAME-RJ 40 ANOS 81


DPVA- Seção de Prevenção de Acidentes / DAGQ - Acessoria de Gestão da Qualidade

ASAU - Seção de Saúde


RHPM - Seção de Pessoal Militar / ARHU - Subdivisão de Recursos Humanos

RHAS - Seção de Assistência Social PAME-RJ 40 ANOS 83


DSSD - Seção de Segurança e Defesa

DSSD - Seção de Segurança e Defesa 84 PAME-RJ 40 ANOS


Seção de Educação Física

Seção de Material Bélico PAME-RJ 40 ANOS 85


Homenagem aos "AMIGOS DO PAME" A ideia surgiu na década de oitenta e os encontros anuais de ex-servidores civis e militares com os atuais “moradores” do Parque vem ocorrendo, regularmente. Nessas oportunidades são trocadas informações, e até confidências que são reavivadas ao longo do tempo. Falar ou escrever sobre o clima que envolve esse evento é tentar descrever emoções que só a sensibilidade de um poeta seria capaz de fazê-lo com toda fidelidade. Assim sendo, resolvemos homenagear nossos queridos amigos através do seguinte texto: "Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho. Algumas o percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas 86 PAME-RJ 40 ANOS

passarem, mas outras vemos apenas entre um passo e outro. A todas elas chamamos de amigo. Há muitos tipos de amigos. Talvez cada folha de uma árvore caracterize um irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda a família de folhas a qual respeitamos e desejamos o bem. Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iriam cruzar o nosso caminho. Muitos desses denominamos amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz... Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez


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umas férias ou mesmo um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto. Falando em perto, não podemos esquecer os amigos distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra. O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas. Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais felizes é que as que cairão e continuam por perto, continuam alimentando a nossa raiz

com alegria. Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam o nosso caminho. Desejo à você, folha da minha árvore, Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade.... Hoje e sempre...simplesmente porque: Cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso".

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"Causo" "O Rádio do Brigadeiro Murilo Santos" Na época em que dirigi o Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), enfrentei os maiores problemas de minha carreira militar. E também um curioso fato que merece ficar registrado. Sabiamente foi criado, pelos meus antecessores, no Parque, a Seção Comercial que tinha como principal objetivo, além de obter recursos financeiros para a Aeronáutica, evitar o desvirtuamento das atividades da Divisão Técnica já abarrotada de sérios problemas com a manutenção dos equipamentos eletrônicos do Sistema de Proteção ao Voo. Na Seção Comercial eram realizados alguns serviços de considerável importância tanto econômica como no emprego de modernas tecnologias, mas também recebia algumas tarefas bastante simples e corriqueiras. Uma dessas tarefas sem aparente dificuldade foi a de reparar o antiquissimo rádio de estimação dos pais do então Comandante Geral de Apoio e ex-chefe de Gabinete do Ministro da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Murilo Santos. Eu esqueci temporariamente daquele serviço até o dia em que recebi o comunicado que o Comandante do COMGAP e uma grande comitiva iriam fazer uma visita de inspeção no Parque. Apressei-me a "cobrar" da Seção Comercial o serviço do citado rádio. Nessa oportunidade fui informado que já tinha havido inúmeras tentativas e todas sem sucesso. Era impossível reparar aquelas antigas válvulas queimadas e que já não existiam mais no mercado. Eu não podia admitir que a mais importante Unidade de Eletrônica, dotada dos mais modernos equipamentos, não fosse capaz de fazer esse serviço. O que o Comandante do COMGAP iria pensar do meu comando? Contrariando as normas existentes de não envolver a Divisão Técnica nesse tipo de atividade - afinal era o Comandante do COMGAP - , convoquei o Major Goulart, chefe da

Divisão, para discutirmos o assunto. Depois de muitas explicações e consultas a outros especialistas, o Goulart admitiu que não poderia executar o serviço. Era impossível. Não me dei por satisfeito e promovi uma reunião com alguns experientes engenheiros do Parque. Discutimos exaustivamente. Nada. Ninguém tinha uma solução para o problema. Certamente o Brigadeiro Murilo não iria acreditar que fizéramos tantos esforços. Evidentemente, muitas pessoas na Unidade ficaram sabendo das nossas preocupações. E foi assim que, um belo dia, um sargento que trabalhava na Divisão Técnica (o seu nome é segredo!) foi até a minha sala para informar que tinha achado uma solução, mas necessitava de minha autorização para executá-la. (Até hoje não sei por que motivo o Goulart não foi falar comigo.....ele sabia daquela possibilidade). Achei a idéia do companheiro sensasional. Satisfeito por ter "me livrado" daquela incômoda situação, dei logo autorização para iniciar o trabalho. Os dias se passaram, houve a inspeção e o Brigadeiro Murilo ficou super satisfeito com a recuperação do rádio de estimação de seus pais. Estava apenas um pouco curioso a respeito de como conseguimos fazer com que as antigas válvulas, que demoravam uma enormidade para esquentar, pudessem agora operar rapidamente, parecendo até que existia um moderno rádio transistorizado dentro da carcaça do antigo. Assim, vivemos felizes e continuamos amigos. Manoel J. C. de Albuquerque Filho Coronel Aviador da Reserva




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