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O Ribatejo 3 | Dezembro | 2010

santarém CRÍTICAS AO GIOVERNO POR ESQUECER AS BARREIRAS

A O orçamento municipal para 2011 prevê cortes em todas as áreas, à excepção da educação e da acção social.

Moita Flores aperta o cinto Austeridade ∑ Orçamento da Câmara de Santarém sofre corte de 10 milhões de euros Apesar de sofrer um corte de 10 milhões de euros, o plano e orçamento da Câmara Municipal de Santarém para 2011 inclui um conjunto de grandes obras comparticipadas em 80% pelos fundos comunitários. O orçamento e o plano de actividades da Câmara Municipal de Santarém para 2011 foram aprovados na sessão de segunda-feira passada, pelos vereadores do PSD, com os votos contra do PS. Para responder à crise, Moita Flores diz que “a Câmara tem de apertar mais o cinto, com um orçamento que espelha as exigências de rigor e o esforço de contenção que a crise impõe ao país”. O presidente da Câmara sublinha que “o orçamento para 2011 apresenta cortes de 10% em todas as áreas, à excepção da educação e da acção social, que aumenta 5% para dar resposta ao previsível aumento do desemprego e do número de pessoas em dificuldades

económicas; muito provavelmente vamos ter de abrir os refeitórios das escolas aos fins de semana, pois para muitas crianças a única refeição é a que comem na escola...” Apesar da crise, a Câmara de Santarém prevê iniciar uma série de obras de grande vulto no próximo ano. O presidente Moita Flores justifica a realização destas importantes obras com a oportunidade única de aproveitar o financiamento de 80 por cento

Vereadores do PS dizem que o orçamento está “empolado”

a fundo perdido pelos fundos comunitários. A vereadora das Finanças Catarina Maia afirmou que “o orçamento para 2011 é realista e equilibrado - as despesas correntes são suportadas pelas receitas correntes, questão que será fiscalizada, se o FMI entrar em Portugal”, disse a vereadora Catarina Maia. O vereador das obras municipais João Leite apresentou os principais investimentos previstos para 2011, todos comparti-

cipados em 80% a fundo perdido pelos fundos comunitários. Entre as obras a concluir em 2011, destaca-se o Centro Escolar do Jardim de Cima (2,5 milhões de euros), a adaptação do antigo matadouro municipal para Loja do Cidadão (455 mil euros), e a recuperação do Palácio João Afonso que vai receber o Conservatório de Música de Santarém (980 mil euros). Quanto às obras a lançar no primeiro semestre de 2011, destaca-

∑ Os vereadores do PS votaram contra o orçamento. António Carmo disse que “este orçamento para 2011 está empolado e é fictício”. Segundo afirma, “estão previstos 30,8 milhões de receitas, que incluem 13 milhões de euros de rendas da casa dos Sabores, 3 milhões de rendas do antigo Presídio Militar, cerca de 11,5 milhões de receitas previstas no âmbito do plano de acção do aeroporto Ota/ Alcochete”. O vereador do PS afirma que o orçamento ainda só teria asseguradas receitas no montante de 47,6 milhões de euros, valor distante dos 85 milhões deste orçamento”. O presidente Moita Flores respondeu que “o atraso nas transferências das verbas deve-se a problemas burocráticos; se quer esclarecimentos sobre estas verbas deve dirigir a pergunta ao Governo, com o qual a Câmara está a negociar e a cumprir os protocolos “.

se o pavilhão gimnodesportivo de Pernes (750 mil euros), o Centro Escolar do Sacapeito (2,6 milhões de euros). Prevê-se também o arranque da requalificação do Mercado Municipal (1,4 milhões de euros); o relvado sintético do campo de futebol da Moçarria (300 mil euros); a variante de Santos, freguesia de Tremez; a requalificação da Igreja de santa Cruz na Ribeira de Santarém, (284 mil euros); a requalificação da Rua 31 de Janeiro em Santarém (941 mil euros); e a requalificação do Palácio Landal, que custará 689 mil euros. No segundo semestre de 2011, serão lançadas as obras do Centro escolar de Santarém Norte (2,6 milhões de euros); o acesso norte a Santarém (3 milhões de euros); pavilhão gimnodesportivo de Alcanede; e a recuperação das igrejas da Alcáçova, de Santa Clara e da Sé. João Baptista joao.baptista@oribatejo.pt

“Depois de tudo negociado com o Governo e de assumido compromisso pelo secretário de Estado, é amoral ter-se retirado do Orçamento de Estado o investimento na consolidação das barreiras de Santarém”, disse o presidente Francisco Moita Flores. O autarca considera que “a instabilidade das barreiras é a pior das ameaças sobre a cidade e não se compreende como o PS não considera esta obra prioritária”. Segundo o presidente da Câmara, “o plano global de consolidação das barreiras de Santarém prevê um investimento de 30 milhões de euros, dos quais cerca de 80% deverá ser financiada pelos fundos comunitários, cabendo ao Governo uma comparticipação da ordem dos 5 milhões”. Recorde-se que na votação os deputados do PCP e do Bloco de Esquerda propuseram a alteração do PIDDAC para incluir o investimento nas barreiras de Santarém, mas as propostas foram chumbadas pelo PS, com as abstenções do PSD e do CDS/PP.

MANTER O SORRISO DA MADALENA O Grupo de dadores de Sangue de Pernes promove uma recolha de sangue no sábado, 4, no Centro de Ajuda Espiritual (antigas instalações do Lidl no Choupal), das 9h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h00. A recolha inserese na campanha “Manter o Sorriso da Madalena”, menina de Santarém, com 2 anos, internada no IPO com uma leucemia. A menina já está a fazer quimioterapia e precisa de sangue e plaquetas. O Instituto Português do Sangue vai fazer ainda mais 3 recolhas, dias 19 e 26 de Dezembro e 15 de Janeiro.


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