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Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |

DIÁRIO NACIONAL

Ano CXLVI | N.º 118

Segunda-feira, 12 de maio de 2014

SEGURO DIZ QUE PORTUGAL PRECISA DE MUDAR O RUMO

GOVERNO L!MPO

n O líder do PS elevou o tom das críticas à coligação da maioria PSD/CDS, acusando o executivo de fazer um ataque “despudorado” a jovens e pensionistas. “Precisamos de um Governo sério e de um Governo limpo. Podemos discordar ou concordar, mas queremos acreditar na palavra de quem nos governa. A política só é nobre se corresponder às expetativas dos portugueses”, destacou António José Seguro, no discruso proferido na Amarante...

PORTO

CDU e PSD juntos nas críticas a Rui Moreira: “Tem sido uma desilusão e uma deceção”

EUROPEIAS

Passos pede aos portugueses que condenem nas eleições a “demagogia e o facilitismo”

EDP

Menos 10 mil famílias com direito a tarifa social


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local porto

Segunda-feira, 12 de Maio de 2014

Hermínio Loureiro revela pedido do Governo à AMP

Campanha do PS para as Europeias

Preponderância em termos de exportações O presidente do Conselho Metropolitano do Porto (CmP) revelou hoje que o Governo desafiou a Área Metropolitana do Porto (AMP) a envolver-se enquanto agente ativo na estratégia para a cooperação portuguesa. “A AMP tem uma enorme preponderância em termos de exportações, em particular para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste”, começou por referir Hermínio Loureiro. Segundo o autarca de Oliveira de Azeméis, a ideia é que os 17 municípios da AMP trabalhem até ao final do ano, em conjunto com o Governo e com o Instituto Camões, na preparação de uma missão internacional que permita potenciar as relações de Portugal com os PALOP e TimorLeste. “Vamos, desde já, iniciar os trabalhos de levantamento e identificação dos pontos fortes de cada município. Depois, então, preparar uma missão, mas

HERMÍNIO LOUREIRO. O presidente do CmP diz que a AMP tem “uma enorme preponderância em termos de exportações”, em particular para os PALOP com dimensão, feita com todos os municípios de forma integrada”, sustentou Hermínio Loureiro, referindo-se às conclusões da reunião, na sexta-feira, entre o CmP e o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Luís Campos Ferreira. Hermínio Loureiro destacou o facto de os PALOP e TimorLeste representarem atualmente “250 milhões de pessoas, espalhadas por quatro continentes, cuja influência económica representa aproximadamente 4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial”.

O presidente do CmP vai levar este assunto à próxima reunião ordinária, salientando que para essa missão, além de ser necessário definir quais os representantes de cada um dos municípios, é preciso “indicar empresas que já tenham uma vocação exportadora e que trabalhem com o mercado internacional”. Na reunião do CmP com o governante, Campos Ferreira destacou que os municípios “podem assumir um papel chave na nova arquitetura da cooperação”, desempenhando um “importante papel na formação e na capaci-

tação institucional de entidades congéneres”. Luís Campos Ferreira, destacando o Conceito Estratégico de Cooperação portuguesa 20142020, que se constitui como a resposta nacional em matéria de cooperação para o desenvolvimento, afirmou ainda esperar que “o encontro seja o pontapé de saída para um maior envolvimento dos municípios nos PALOP e Timor-Leste, permitindo a Portugal ter mais músculo, mais visibilidade e melhores oportunidades de internacionalização noutras geografias do globo”.

Pedro Carvalho quer ver resolvidos problemas de mobilidade

Acessos na zona de Francos devem ser concluídos com urgência O vereador da CDU na Câmara do Porto defende a conclusão, “com urgência”, dos acessos que ligam a zona de Francos à rotunda do Bessa, afirmando que resolveria problemas de mobilidade e de insalubridade. “São cerca de 150 metros [de acessos] que permitiriam resolver o problema da ligação do bairro de Francos à rotunda, mas também permitiria requalificar aquela zona, amplamente degradada e onde existe a céu aberto um problema de dro-

ga”, afirmou Pedro Carvalho, que de manhã se reuniu com a Associação de Moradores de Francos (Bairro Verde). O comunista apresentou em fevereiro de 2013 uma proposta de recomendação ao anterior executivo, liderado por Rui Rio, em que pedia a empreitada, por forma a melhorar a circulação de trânsito e eliminar dos destroços da demolida ilha do Mesquita o “tráfico e consumo de droga”, mas nada aconteceu até então, estan-

do a zona suja e degradada. “Na próxima reunião de câmara vou recordar esta proposta para tentar perceber porque é que nada foi feito e tentar perceber quais são as intenções deste executivo”, adiantou. O autarca, para quem esta ligação “completava o eixo fundamental da rotunda do Bessa”, destacou ainda as “dificuldades financeiras” que a associação de moradores tem atualmente para “fazer o seu trabalho”.

A associação é proprietária de todos os 44 fogos – moradias unifamiliares de tipologia T3 – e a requalificação das mesmas torna-se difícil face aos atuais problemas financeiros. “Em tempos, a associação conseguiu uma isenção do IMI. A ideia é ver se a Câmara tem vontade política para prorrogar esta isenção, o que permitiria algum encaixe financeiro para avançar com a requalificação”, concluiu.

Comício do Porto marcado para dia 18

O PS vai realizar o comício do Porto da campanha para as eleições europeias no próximo dia 18, um dia depois da Convenção Novo Rumo, regressando à segunda cidade do país no penúltimo dia de campanha, no dia 22. Este calendário foi anunciado pelo líder da Federação do Porto do PS, José Luís Carneiro, num discurso que abriu o almoço comício de Amarante, terra natal do cabeça de lista socialista às eleições europeias, Francisco Assis, que tem também a presença do secretário-geral do PS, António José Seguro, e que juntou mais de mil apoiantes. Na sua breve intervenção, o líder do PS/Porto apelou à mobilização de todos os socialistas do seu distrito para a campanha das eleições europeias, destacando em particular o comício de dia 18. No dia 22, a campanha socialista regressa à segunda cidade do país, estando previstas diversas ações de rua. Discursando antes de Manuela de Melo (independente, ex-deputada e mandatária no Porto da lista do PS), Francisco Assis e António José Seguro, José Luís Carneiro sustentou que existe uma diferença de fundo entre o modelo de desenvolvimento do PS e o das forças do atual Governo PSD/CDS. “As forças do atual Governo acreditam que o país tem de empobrecer para se posicionar no mundo e ser competitivo”, defendeu o presidente do PS/Porto. CDU e PSD de acordo

Rui Moreira tem sido “uma desilusão”

A CDU considera que o presidente da Câmara do Porto tem sido “uma desilusão e uma deceção” e o PSD diz que a autarquia “está parada”, críticas que vão fazer na Assembleia Municipal agendada para hoje. O social-democrata Luís Artur diz que o executivo “nem sequer tem projetos” e acrescentou que Rui Rio (anterior presidente) deixou a Câmara Municipal com uma “situação financeira equilibrada”. “Devíamos estar a assistir a um novo ciclo porque a estrutura financeira camarária permite isso”, insistiu Luís Artur, destacando, por outro lado, a tese de que o “executivo tem uma estrutura dominada pelo PS”, partido que, referiu, “não recebeu mandato eleitoral para liderar a Câmara”.


Segunda-feira, 12 de Maio de 2014 Mesão Frio

Bombeiro ferido com gravidade

Um bombeiro dos Voluntá-

rios de Mesão Frio, distrito de Vila Real, sofreu ferimentos graves na sequência de uma queda de uma viatura, enquanto participava num exercício de formação, informou fonte da proteção civil. Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Vila Real, depois de transportado para o Hospital desta cidade, a vítima foi transferida para uma unidade hospitalar do Porto. O acidente ocorreu cerca das 10h45, quando elementos da corporação participavam num exercício de instrução, acrescentou.

Até ao dia 25 de maio

Museu de Lamego prolonga exposição

A exposição “A Sé de Lamego no Museu”, patente no Museu de Lamego desde 16 de março passado, “é prolongada até ao dia 25 de maio, pela crescente afluência de público, especialmente de turistas que começam a chegar à região do Douro”, anunciou a instituição. A exposição aborda cerca de 100 anos de História da Sé, apresentando “um conjunto de peças originalmente distribuídas pelas dependências da Sé, mas que a República viria a nacionalizar, motivo pelo qual fazem hoje parte do acervo do Museu de Lamego”, lê-se no mesmo comunicado. Entre as peças expostas destacam-se telas de Vasco Fernandes, conhecido como Grão Vasco, e também de André Reinoso. “Este núcleo constitui uma oportunidade de reflexão sobre a musealização do sagrado, resultado da Lei da Separação do Estado da Igreja”, afirma o museu. Segundo informação Diocese, o bispado de Lamego terá sido formalizado no ano de 570, por influência de S. Martinho de Dume, que a submeteu à província eclesiástica de Braga, à qual ainda hoje pertence. Na Diocese integram-se, atualmente, 14 arciprestados com 223 paróquias.

regiões

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Miguel Macedo anuncia mais verbas para os bombeiros

Novos equipamentos de comunicações O ministro da Administração Interna anunciou que o Governo vai entregar às corporações de bombeiros do país, até ao final de maio, 2600 novos equipamentos portáteis de comunicações, para reforçar a segurança no teatro das operações. “Estes terminais de comunicação são muito importantes do ponto de vista operacional e da segurança das operações”, disse Miguel Macedo. O governante falava em Amares, onde presidiu à sessão de entrega aos corpos de bombeiros dos cinco distritos do Norte dos primeiros 736 daqueles novos equipamentos portáteis, para operação na Rede SIRESP - Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal. Miguel Macedo destacou que, até ao final do ano, serão distribuí-

MIGUEL MACEDO. O ministro da Administração Interna diz que “os terminais de comunicação são muito importantes do ponto de vista operacional e da segurança” dos pelas corporações do país mais de 9000 terminais de comunicação, uns fixos, outros móveis. “Os bombeiros ficarão com uma capacidade de comunicação completamente diferente”, afirmou, sublinhando a importância daqueles equipamentos para a segurança dos bombeiros em ação no terreno. Também para o reforço da segurança, o ministro destacou o guia

de bolso elaborado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, com “regras básicas que todos devem seguir no teatro das operações”. A isto juntam-se, ainda, os equipamentos de proteção individual, que serão distribuídos até final do ano, no âmbito de um concurso público orçado em mais de 7 milhões de euros. “Em tempo de vacas magras, estamos a promover um investi-

mento no reforço da segurança dos bombeiros que não tem comparação com o passado”, vincou Miguel Macedo. Um conjunto “muito alargado” de treinos e o reforço da formação foram outras das iniciativas destacadas pelo ministro, que prometeu, também, a aplicação “efetiva” de coimas para quem não limpar as matas à volta das habitações.

CHAA condenado a pagar cerca de 43 mil euros mais juros

Anterior presidente indemnizado O Centro Hospitalar do Alto Ave (CHAA) foi condenado a pagar perto de 43 mil euros, mais juros, ao anterior presidente do Conselho de Administração, que foi substituído no cargo antes de terminar o seu mandato por decisão ministerial. A atual administração deste centro hospitalar que agrega as unidades de Guimarães e Fafe não comenta a decisão judicial, alegando que ainda não foi oficialmente notificada. “O Centro Hospitalar não foi notificado da decisão e, como tal, não vai fazer qualquer comentário”, disse hoje o responsável do gabinete de comunicação do CHAA, quando questionado sobre a eventual interposição de recurso.

A decisão, do Tribunal da Relação de Guimarães, que data de 03 de abril de 2014 e confirma a decisão da primeira instância, condenando o CHAA a pagar 42 906 euros, mais juros, ao anterior presidente do Conselho de Administração, António Barbosa, por ter sido destituído de funções um ano antes do prazo previsto. António Barbosa foi nomeado através de despacho de 26 de março de 2010 para o triénio de 2010/2012, auferindo a remuneração mensal líquida de 5.465,43 euros, posteriormente reduzida para 4.672,94 euros. Segundo esse despacho, o Conselho de Administração seria composto por um presidente e quatro vogais, mas desde 31 de março de 2011 que a

composição daquele órgão estava reduzida a dois elementos, pelo facto de os restantes terem apresentado pedidos de renúncia aos respetivos cargos. Face a esta situação, os ministros de Estado e das Finanças e da Saúde entenderam “repor a legalidade” e nomear novo Conselho de Administração. António Barbosa viu, assim, o seu mandato terminado um ano antes do previsto e recorreu para tribunal, reclamando uma indemnização correspondente ao vencimento de base que auferiria até ao final do mesmo. O CHAA alegou que a indemnização deveria ser suportada não por si mas pelos ministérios que decretaram a cessação das suas

funções, mas o tribunal não lhe deu razão. Para a Relação, o fundamento invocado para destituir António Barbosa “configura uma demissão por mera conveniência, passível de indemnização ao gestor demitido”. Segundo o mesmo tribunal, em causa está uma relação jurídica “bifacial” entre, por um lado, o Estado e a empresa, e, por outro, o gestor público, que consubstancia um contrato de mandato. Pode, por isso, “ser exigível a referida indemnização à empresa mandante, a quem o gestor prestou serviços, independentemente de o ato de cessação de funções ter advindo de outra entidade estatal, no caso, a entidade nomeante”.


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nacional

Segunda-feira, 12 de Maio de 2014

Seguro acusa maioria de fazer ataque “despudorado” a jovens e pensionistas

“Governo limpo e sério” O secretário-geral do PS elevou o tom das críticas à coligação PSD/ CDS, dizendo que Portugal precisa de um Governo “limpo” e “sério” e acusando o executivo de fazer um ataque “despudorado” a jovens e pensionistas.

António José Seguro falava no final de uma série de discursos no almoço comício do PS em Amarante, terra natal do cabeça de lista socialista às eleições europeias, Francisco Assis, que juntou mais de mil apoiantes. O secretário-geral do PS defendeu a tese de que no próximo dia 25 tem de haver um voto de “censura” ao atual executivo PSD/CDS. “Precisamos de dizer basta e de mudar a forma de fazer política em Portugal. É impensável que um grande povo, como o povo português, possa ser liderado por gente que hoje diz uma coisa e amanhã outra completamente diferente”, começou por apontar Seguro. De acordo com o secretário-geral do PS, o executivo PSD/CDS “faz do engano a sua atuação”. “Precisamos de um Governo sério e de um Governo limpo. Podemos discordar ou concordar, mas queremos acreditar na palavra

SEGURO. O líder do PS diz que Portugal precisa “de um Governo sério e de um Governo limpo”, porque os portugueses querem “acreditar na palavra de quem nos governa”… de quem nos governa. A política só é nobre se corresponder às expetativas dos portugueses”, afirmou. Na parte inicial do seu discurso, o líder socialista acusou o Governo de ter “insensibilidade social” e de revelar “incompetência” ao incentivar os jovens à emigração, contrapondo que quem está a mais no país “é o executivo de Pedro Passos Coelho”. No mesmo contexto, António José Seguro acusou o Governo de fazer um ataque “despudorado” aos pensionistas e reformados. “Para este Governo, as pensões são um privilégio, para o PS as pensões são um direito”, disse. No plano europeu, Seguro criticou a prioridade que se atribuiu ao sistema bancário, contrapondo que, para o PS, “acima de tudo estão as pessoas”. Relativamente às Europeias, o líder do PS traçou um cenário de bipolarização, defendendo que quanto mais votos tiverem os socialistas maior será a derrota do Governo PSD/CDS. Numa intervenção antecedida por um fado de Menita Rocha, de Rio Tinto, que

pôs muitas centenas de socialistas a cantar, o secretário-geral do PS advertiu que apenas os socialistas estão em condições de derrotar as forças que apoiam o atual executivo PSD/CDS: “Quanto mais votos tiver o PS, maior será a derrotada das forças do Governo”, sustentou. Traçando um cenário de bipolarização face ao significado nacional que terá o ato eleitoral do próximo dia 25, António José Seguro defendeu que é preciso “uma clarificação”. “A derrota do Governo tem de ser clara e só o PS - nenhum outro partido - pode estar em condições de infligir essa derrota. Por isso, todos aqueles que consideram que o país precisa de dizer não a esta política de cortes, não à política de empobrecimento e que basta de enganar os portugueses, todos os que querem uma mudança que coloque o país num horizonte de esperança, pois bem esse é o voto no PS”, argumentou o líder socialista. Depois de fazer um rasgado elogio sobre as qualidades cívicas e intelec-

tuais do seu cabeça de lista, Francisco Assis, Seguro, ainda numa lógica de puxar pelo voto útil no PS, colocou um outro cenário dual sobre o que está em causa nas eleições para o Parlamento Europeu. “No dia 25 de maio a opção é simples: Quem considera, tal como [o primeiro-ministro] Pedro Passos Coelho e os seus candidatos, que o país está agora melhor do que há três anos, então só tem uma opção, que é votar no Governo; mas aqueles que consideram que, infelizmente, Portugal está pior e os portugueses estão mais pobres, então só têm uma possibilidade para derrotar o Governo, que é votar no PS, o único partido que pode derrotar a coligação PSD/CDS”, disse. Sem se referir ao PCP ou ao Bloco de Esquerda, Seguro procurou estabelecer uma linha de demarcação face às restantes forças de oposição ao Governo, advogando que os socialistas assumem um projeto de “mudança com responsabilidade”. “Podemos perder votos, mas aqui ninguém promete tudo a todos”, concluiu.

Passos pede aos portugueses para condenarem “facilitismo”

“Agenda populista e demagógica” O presidente do PSD e primeiroministro pediu aos portugueses para condenarem nas eleições europeias a demagogia e o facilitismo, que apontou como marcas do discurso da oposição e alegou quase terem destruído Portugal. Durante um almoço de campanha da coligação PSD/CDS-PP, numa escola secundária em Macedo de Cavaleiros, Passos Coelho manifestou-se preocupado “com alguma agenda populista e demagógica” na política nacional e considerou que quem ouve a oposição “fica com a ideia de que tudo se resolveria sem sacrifício, se a Europa quisesse”. “Estas eleições são importantes para que as portuguesas e portugueses possam condenar, recusar esta mentalidade que ia destruindo

Portugal e ia pondo em causa o euro e a Europa. Nós precisamos do voto das portuguesas e dos portugueses para recusar essa demagogia, para recusar esse facilitismo”, acrescentou o chefe do executivo PSD/CDS-PP. Passos Coelho começou a sua intervenção lembrando os tempos do anterior executivo do PS, que acusou de ter governado com “irresponsabilidade” deixando “os cofres vazios de dinheiro, mas cheios de dívidas” e o Estado social “à beira de não poder assumir as suas responsabilidades”. Segundo o presidente do PSD, os socialistas lançaram “muitos projetos que não faziam sentido”, promoveram “o protecionismo dentro do país” e “o privilégio, o distribuir os recursos por meia dúzia”, por exemplo, na reabili-

tação de escolas. “Não foi por acaso que a Parque Escolar gastou tanto dinheiro, mais do que devia, a recuperar escolas: é porque essas decisões eram sempre voltadas para meia dúzia, para garantir rendimento a meia dúzia, não era para que todos pudessem concorrer e apresentar preços mais baixos, porque teríamos reabilitado muito mais escolas se isso tivesse sido assim”, sustentou. “A minha função não é recordar o que é negativo, é ter a certeza de que essa parte da nossa memória não seja reescrita por aqueles que entendem que o que se passou nestes três anos no nosso país não teve uma origem e uma causa. Teve, e foi grave”, justificou Passos Coelho. Depois, o primeiro-ministro de-

fendeu que é preciso combater a “agenda populista e demagógica” segundo a qual “tudo funcionará bem em Portugal se mudarmos a Europa, e se a Europa nos pagar todos os problemas que nós tivermos”. “É fácil fazer política assim: na nossa terra prometemos tudo, desde que os outros nos resolvam os problemas”, criticou, argumentando que “só pode haver solidariedade onde há responsabilidade, onde cada um trata dos seus problemas e ajuda a resolver os problemas dos outros”. Passos Coelho não respondeu a questões dos jornalistas à entrada nem à saída deste almoço de campanha, em que discursou a seguir aos candidatos da coligação Aliança Portugal Paulo Rangel e Nuno Melo.

Jerónimo de Sousa alerta para o “perigo de entendimento” à direita

“Juntar forças para continuar política”

O secretário-geral do PCP alerta para o “perigo de entendimento” entre PSD, CDS/PP e PS, que estarão dispostos a sacrificar a alternância e “juntar as forças” para prosseguir com uma “política de direita”. “Já não lhes chega, de facto, a alternância. O agora governas tu, ora agora governo eu. Já não chega. Vão ter de juntar as forças para impedir que o povo português se liberte da política de direita”, afirmou o líder comunista, após um almoço em Grândola, no Alentejo. Este “quadro” é, de acordo com Jerónimo de Sousa, apoiado por “várias vozes”, como a União Europeia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, face à perda de “base social de apoio” dos partidos no Governo. “Ou seja, não vai lá com dois, vão com três, deixando cair a alternância, o rotativismo, para impedir que o povo português se liberte da política de direita”, disse o secretário-geral do PCP. O primeiro-ministro e líder do PSD e o secretário-geral do PS já admitiram acordos governamentais. Passos Coelho disse que “o país deve ser governado no quadro da maior estabilidade possível” e lembrou que o PSD “já esteve no Governo com o PS e com o CDS-PP”. António José Seguro lembrou que já pediu a maioria absoluta aos portugueses em abril do ano passado e que a sua responsabilidade “é dar razão aos portugueses para que o PS a mereça” nas legislativas de 2015. Contudo, o líder do PS não descartou acordos de governo. “Não descartarei acordos de incidência governamental e procurarei acordos de incidência parlamentar”, disse. Para Jerónimo de Sousa, a intenção do PS é “continuar a ação da política de direita”, motivo pelo qual os seus responsáveis “não prometem nada”. O líder dos comunistas instou, por isso, os socialistas a dizerem o que pretendem fazer “em relação àquilo que foi roubado aos trabalhadores e aos reformados”, se estão dispostos a “defender os serviços públicos essenciais”, as funções sociais do Estado e o direito à saúde e à edução, e se consideram que há ou não necessidade de renegociar a dívida.


economia

Segunda-feira, 12 de Maio de 2014 Com mais de 1600 militares

GNR fiscaliza condições técnicas dos veículos

Um total de 1607 militares da GNR participa, entre hoje e domingo, em operações de fiscalização intensiva às condições técnicas dos veículos e aos materiais transportados, anunciou aquela força de segurança. Nas 881 ações previstas, direcionadas para as vias onde se verifica maior tráfego rodoviário, os militares da GNR vão estar atentos às infrações de natureza fiscal, aduaneira e ambiental, bem como a quaisquer indícios da prática de ilícitos de natureza criminal. Os 1607 militares convocados para a operação pertencem aos comandos territoriais, à Unidade Nacional de Trânsito, ao Serviço da Proteção da Natureza e ao Ambiente e da Unidade de Ação Fiscal. Segundo a GNR, a operação foi desenvolvida no âmbito do plano definido pelo Euro Controle Route (ECR), grupo de serviços de comando nas estradas europeias que colabora para melhorar a segurança rodoviária e promover a concorrência leal neste setor. “Em pelo menos 5%”

Sogrape quer aumentar faturação

A Sogrape Vinhos tem como objetivo aumentar a sua faturação este ano em “pelo menos 5%”, face aos 138 milhões registados em 2013, disse o presidente executivo da empresa. Em declarações depois de a Sogrape Vinhos ter sido distinguida, na última semana, na 20.ª edição do ‘Concours Mondial de Bruxelles’, por ser a produtora mais medalhada ao longo da história deste concurso internacional, António Oliveira Bessa ressalvou, no entanto, que ainda “é muito cedo” para avançar com expectativas em relação às vendas da empresa este ano. “O nosso negócio está muito influenciado pelo verão, com os vinhos verdes, e no Natal, pelos vinhos do Porto”, explicou o presidente executivo, adiantando que no primeiro trimestre as vendas ficaram estáveis, “com um ligeiro crescimento que não chega a 1%”. No entanto, “o objetivo [para este ano] é conseguirmos aumentar as vendas, não queremos pensar em cenários que não sejam de crescimento”, concluiu.

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Contas do BPN eram usadas para alavancar fundos imobiliários

Perdas nunca foram registadas As contas de investimento do BPN eram usadas para alavancar os fundos imobiliários da SLN e BPN SGPS, e as perdas, de 31,2 milhões de euros, nunca foram registadas nas contas do banco, o que originou o processo contraordenacional do BdP. Nesse processo, o Banco de Portugal (BdP) condenou, em setembro último, 12 arguidos a contraordenações da ordem dos 2 milhões de euros, no total, tendo-se iniciado na semana passada no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, em Santarém, o julgamento do recurso interposto por nove dos visados. Na primeira sessão do julgamento, realizada na segunda-feira, dia 05, o representante legal do Banco BIC Português (que absorveu parte dos ativos do BPN – Banco Português de Negócios), Carlos Traguelho, afirmou que, de acordo com o que conseguiu apurar, quer através da acusação deduzida pelo BdP quer por testemunhos recolhidos, as contas de investimento eram usadas

Segundo Carlos Traguelho, os fundos financiaram operações que “dificilmente” seriam financiadas pelo banco, pois não passariam na análise de risco e os resultados que os investimentos podiam ter eram ocultados. “Desintermediavam para não ficarem nas contas do banco”, afirmou. O diferencial de 31,2 milhões de euros entre os rendimentos assegurados aos clientes e a valorização média anual desses rendimentos detetado pelo BdP (no período entre 1999 e 2008) era “essencialmente suportado pelo veículo domiciliado no Banco Insular, pertencente à SLN”, o Saer, afirmou o responsável do Banco BIC Português, sublinhando que os quatro fundos imobiliários tinham uma rentabilidade negativa.

O BIC recorreu da coima de 400 mil euros decretada no processo de contraordenação do BdP, o mesmo acontecendo com os arguidos BPN SGPS (150 mil euros), SLNS SGPS, atual Galilei SGPS (400 mil euros), António Coelho Marinho (40 mil euros), Armando Pinto (35 mil euros), Francisco Sanches (180 mil euros), José Augusto Oliveira e Costa, filho do então presidente (85 mil euros), Luís Caprichoso (200 mil euros) e Teófilo Carreira (45 mil euros). José Oliveira e Costa (300 mil euros), Abdool Karim Vakil (25 mil euros) e António Alves Franco (100 mil euros) não recorreram. No processo que levou à aplicação das contraordenações, o BdP acusa os arguidos de inobservância de regras contabilísticas, o que terá “prejudicado gravemente o conhecimento da situação patrimonial e financeira da sociedade”, situação “dolosamente planeada e executada” por membros do conselho de administração e imputável também ao BPN. Na sua contestação, o BIC acusa o BdP e o regulador do mercado, CMVM, de terem usado ações de supervisão como subterfúgio para recolha de prova (através do arguido), violando o direito à não auto-incriminação, alega a prescrição do processo e ainda o facto de o acordo quadro estabelecido aquando da reprivatização do BPN estipular que seria o Estado o responsável pelos processos judiciais ou coimas decorrentes de atos anteriores a essa data (30 de março de 2012).

no parlamento que o Governo está a trabalhar na definição das regras para encontrar o grupo de 500 mil famílias que vão passar a usufruir de tarifas sociais na eletricidade. Relativamente aos cortes, a EDP retirou, no ano passado, o abastecimento de eletricidade a 285 mil famílias que não pagaram a conta da luz, cerca de 5% do total de clientes da empresa. O número de cortes por falta de pagamento manteve-se “estável” nos primeiros nove meses do ano passado, face ao mesmo período de 2012, representando cerca de 5% dos 5,7 milhões de contratos de abastecimento com a EDP, revelou fonte da elétrica. “Os comercializadores do Grupo EDP (EDP Serviço Universal e EDP Comercial) têm acompanhado, ao longo dos últimos meses, com o cuidado que a

situação merece, a situação dos clientes com dívidas em atraso sendo que, em termos globais, a situação se tem mantido relativamente estável”, afirma a empresa. O processo de corte por incumprimento de pagamento, ressalva a mesma fonte, é um procedimento “de último recurso”, que ocorre apenas após um pré-aviso de várias semanas, e que, “na esmagadora maioria dos casos”, é seguido de uma operação de religação. A empresa não divulga o montante de pagamentos em dívida pelos clientes, informando apenas que, entre setembro de 2012 e o mesmo mês do ano passado, os clientes residenciais aumentaram em 15% a dívida corrente, enquanto os clientes empresariais registaram uma “redução significativa” dessas dívidas.

BPN. O julgamento prossegue hoje, tendo sessões marcadas, este mês, para os dias 15, 19 e 26 para subscrever unidades de participação de quatro fundos imobiliários fechados. Esses fundos, disse, eram o de Ricardo Oliveira, o Imomarinas, dos irmãos Cavaco, que visava financiar a marina de Albufeira, o Imoreal, de Neves Santos, e o Real Estate, de Luís Filipe Vieira, todos acionistas da SLN – Sociedade Lusa de Negócios. À exceção de Luís Filipe Vieira, todos os outros tinham também “uma posição de relevo na SLN Valores, que controlava a SLN” (Ricardo Oliveira tinha 15%, os irmãos Cavaco 5% e Neves Santos 18%). Essas unidades de participação envolviam ainda um fundo de fundos e o Sicav, um fundo mobiliário da Rothschild, no Luxemburgo, afirmou.

Clientes da EDP com direito a tarifa social

Menos 10 mil famílias O número de clientes residenciais da EDP com direito à tarifa social, que oferece descontos aos mais carenciados, baixou em 10 mil no ano passado, totalizando 60 mil, segundo a empresa. Em setembro de 2012, cerca de 70 mil clientes da EDP beneficiavam da tarifa social e, um ano depois, em setembro do ano passado, a empresa registava 60 mil. A mudança de fornecedor de eletricidade ou o não preenchimento dos requisitos exigidos aos beneficiários da tarifa social podem estar na origem desta quebra. A tarifa social resulta da aplicação de um desconto na tarifa de acesso às redes de eletricidade em baixa tensão, que compõe o preço final faturado ao cliente. Só têm direito a esta tarifa os clien-

tes de eletricidade que se encontrem numa situação de carência socioeconómica, comprovada pelo sistema de Segurança Social. Outra exigência para a tarifa social é ser beneficiário de uma das cinco prestações sociais: complemento solidário para idosos; Rendimento Social de Inserção; subsídio social de desemprego; 1.º escalão do abono de família; pensão social de invalidez. São os próprios comercializadores de eletricidade que, a pedido do cliente, verificam junto das instituições de segurança social a atribuição daquelas prestações sociais. A manutenção da aplicação da tarifa social também é verificada e confirmada todos os anos pelos comercializadores de eletricidade. No dia 07 de maio, o ministro da Energia, Jorge Moreira da Silva, disse


desporto

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Segunda-feira, 12 de Maio de 2014

Sporting fecha campeonato com derrota caseira

II Liga de futebol

Moreirense campeão

Canarinhos festejam em Alvalade Um golo de Evandro deu a vitória ao Estoril-Praia diante do Sporting (1-0), em encontro da 30.ª jornada da I Liga de futebol, marcado pela estreia do “leão” Shikabala e dos “canarinhos” Luiz Phellype e João Coimbra.

Um triunfo que mantém invicto o treinador Marco Silva diante dos “leões”. Desde que assumiu o comando técnico do Estoril-Praia, em 2011/12, somou, com o jogo de hoje, três triunfos e dois empates. Num encontro apenas para cumprir calendário - Sporting tinha já garantido o segundo lugar e o Estoril-Praia o quarto -, os comandados de Marco Silva mostraram desde cedo que se tinham deslocado ao Estádio de Alvalade para conquistar os três pontos. Assente no habitual “4-2-3-1”, o Estoril-Praia chegou ao golo logo aos cinco minutos, quando Evandro converteu uma grande penalidade a castigar falta de Rojo sobre Bruno Lopes. O Sporting, disposto em “4-3-3”, conseguiu ter maior domínio de bola, mas, no último terço do terreno, surgia algo apático, motivo pelo qual o treinador Leonardo Jardim retirou Carrillo (saiu debaixo de um coro de assobios), aos 38 minutos, e colocou em campo Carlos Mané, para dar maior velocidade nos flancos. O “baixinho” André Martins assumiu a batuta do jogo, foi dos pés dele que saíram as melhores ocasiões de golo no primeiro tempo, e por intermédio dele que aconteceu o caso do encontro. Aos 19 minutos, numa disputa de bola com Tiago Gomes, atirou-se para o chão, enganando o árbitro bracarense Jorge Ferreira, que assinalou castigo máximo. Na cobrança, o guarda-redes Vagner defendeu o remate de Adrien Silva. O guardião estorilista voltou a estar em destaque pouco depois, aos 30 minutos, quando André Martins, de fora da área, o obrigou a uma defesa a dois tempos. Ao intervalo, disposto a tudo, Leonardo Jardim, tirou William Carvalho e aumentou poder de fogo do Sporting, ao colocar na frente de ataque Slimani. Uma alteração que mexeu positivamente com o rendimento dos “leões”, que surgiram com maior perigo no último terço dos “canarinhos” e que obrigou Marco Silva a pedir maior contenção à equipa, apostando no ataque rápido em detrimento do organizado.

ALVALADE. Um golo de Evandro deu a vitória ao Estoril-Praia em casa do Sporting na última jornada da I Liga de futebol Aos 61 minutos, Slimani quase empatou o encontro. O argelino fugiu pela direita e cruzou de pé esquerdo à procura de Montero, a bola sai muito torta e bateu na trave. Antes, aos 53, tinha sido Jefferson, de livre direto, a rematar ligeiramente ao lado do poste direito de Vagner. A entrada, aos 77 minutos, para o lugar de Capel, do egípcio Shikabala, que fez a estreia na I Liga, parecia ser a mola galvanizadora que faltava aos “leões”, já que a primeira vez que tocou na bola fez tremer a defensiva “canarinha” passando a bola Jefferson, que cruzou para o cabeceamento perigoso de Montero, mas acabou por não ser aquilo que o Sporting precisava para garantir pontos na última jornada do campeonato. Em dia de estreias, Marco Silva também aproveitou para meter em campo Luiz Phellype e João Coimbra, que fizeram os primeiros minutos da época com a camisola do Estoril-Praia na I Liga. Resultados completos da última jornada da I Liga de futebol: Belenenses – Arouca, 1-0; Paços de Ferreira – Académica, 2-4; Vitória de Setúbal – Olhanense, 3-1; Vitória de Guimarães – Sporting de Braga, 1-0; FC Porto – Benfica, 2-1; Sporting – Estoril-Praia, 0-1; Gil Vicente – Nacional, 1-0; Marítimo – Rio Ave, 1-0. Ficha de jogo

Jogo no Estádio José Alvalade, em Lisboa. Ao intervalo: 0-1. Marcador: 0-1, Evandro, 05 minutos (grande penalidade). Sporting: Rui Patrício, Cedric Soares, Maurício, Rojo, Jefferson, William Carvalho (Slimani, 46), Adrien Silva, André Martins, Carrillo (Carlos Mané, 38), Capel (Shikabala, 77) e Montero. (Suplentes: Marcelo, Shikabala, Slimani, Gerson Magrão, Eric Dier, Heldon e Carlos Mané). Treinador: Leonardo Jardim. Estoril-Praia: Vagner, Mano, Yohan Tavares, Rúben Fernandes, Tiago Gomes, Diogo Amado, Gonçalo Santos, Balboa, Evandro (João Coimbra, 88), Carlitos

(João Pedro Galvão, 77) e Bruno Lopes (Luiz Phellype, 86). (Suplentes: João Manuel, Filipe Gonçalves, Gerso, João Pedro Galvão, João Coimbra, Luiz Phellype e Babanco). Treinador: Marco Silva. Árbitro: Jorge Ferreira (Braga). Ação disciplinar: cartão amarelo para Tiago Gomes (41), Capel (45+1), Gonçalo Santos (47), Carlitos (52), Montero (72) e Adrien Silva (90+3). Assistência: 36 964 espetadores. Opinião técnica

Leonardo Jardim (treinador do Sporting): “Não queríamos fechar com uma derrota, pois era nossa intenção homenagear os nossos adeptos, que esta época estiveram sempre com a equipa, em casa e fora. Depois de termos conseguido o objetivo - acesso direto à ‘Champions’ -, nestes últimos dois jogos não conseguimos ser a equipa que tínhamos sido antes: mais compacta e agressiva na pressão. Nem com o Nacional, nem com o Estoril. O Estoril fez o que competia, gerindo bem a partida e a vantagem, pausando como quis. E o Sporting não teve capacidade para contrariar, mesmo colocando uma equipa com cariz muito ofensivo, sobretudo no segundo tempo. Carrillo não é regular em relação ao que produz, porque se fosse já estava há muito noutros patamares. Temos que conseguir viver com isso. Hoje não estava a conseguir, o William Carvalho também não. A totalidade da equipa baixou a intensidade e o foco de muitos jogadores está nas seleções e no futuro. Shikabala chegou ao Sporting sem ritmo competitivo, de um campeonato diferente do europeu. Tem trabalho e evoluído em termos de condição física e de jogo. Hoje teve a sua estreia na equipa principal. O Sporting é instituição que trabalha em conjunto e o futuro será também trabalhado dessa forma: em prol de novas conquistas. É isso que vamos começar a fazer. Já tomámos algumas decisões”. Rui Patrício (jogador do Sporting): “Com o objetivo atingido, nos últimos dois jogos não estivemos bem. Hoje perdemos e é prova disso. Mas estamos de

parabéns pelo campeonato que fizemos. Peço já o apoio dos adeptos para o próximo ano. Em cada época queremos dar o nosso melhor. Nunca sabemos o futuro. Agora é descansar e entrar em estágio para o Mundial”. Marco Silva (treinador do EstorilPraia): “[Triunfo em Alvalade que nenhuma equipa tinha conseguido na época que acabou] Queria, primeiro, dedicar esta vitória ao Bruno Miguel e mandar-lhe um abraço pela perda familiar. Foi a melhor forma de selar a época. Era um prémio ganhar aqui. Nada melhor que festejar na casa de um clube grande a boa época que fizemos. Conseguimos 54 pontos, o que no passado deu acesso ao “play-off” da Liga dos Campeões. Este ano não, porque os três grandes estiveram bem. Hoje (ontem), tivemos oportunidades e o jogo sempre controlado. Não me lembro de grandes oportunidades do Sporting. Poder acabar com a melhor defesa do campeonato a par do Benfica é fantástico para esta equipa. Época brilhante e desgastante para todo o grupo. Quarto lugar é justo. Os três grandes estiveram muito bem. É algo que vou ter que decidir. Vou ter uma conversa com o presidente, olhar para a minha carreira, mas sem descurar o futuro do Estoril. É uma altura de decisão”. Vagner (jogador do Estoril): “Estamos solidários com o Bruno Miguel, a passar problema familiar. Queremos dedicar-lhe esta vitória. Foi mais uma vez um grande jogo nosso. [Ganhar em Alvalade] É a cereja no topo do bolo. Há que manter esta dinâmica na próxima época. O maior mérito é do grupo de trabalho e do nosso treinador, sempre do nosso lado. Este é um prémio para todos os jogadores. Não tenho dúvidas que muitos vão estar em palcos maiores. [Penálti defendido] Seguimos o nosso instinto. Isso demonstra trabalho e que a equipa está bem servida de guarda-redes, já que meus colegas também já defenderam penáltis este ano. Para a semana reúno com o meu empresário e tenho mais um ano de trabalho. Vamos ver o que é melhor para mim e para o Estoril”.

Um golo de Pires, ainda na primeira parte, bastou ao Moreirense para vencer em casa o Tondela, em encontro da 42.ª e última jornada, e garantir o título de campeão da II Liga em futebol. Depois de ter assegurado a subida ao principal escalão do futebol português a três jornadas do final do campeonato, faltava ao Moreirense conquistar o título de campeão e, para isso, a equipa vimaranense só dependia de si própria. O Moreirense começou melhor a partida, mais dominador e mais focado no ataque, perante um Tondela a quem este jogo apenas servia para cumprir calendário. Resultados da última jornada: Trofense – Desportivo de Chaves, 0-0; Desportivo das Aves – Académico de Viseu, 4-2; Sporting de Braga B – Sporting B, 0-1; Portimonense – Oliveirense, 1-0; Leixões – União da Madeira, 1-1; Atlético - FC Porto B, 0-1; Beira-Mar – Farense, 2-1; Penafiel – Feirense, 1-1; Moreirense – Tondela, 1-0; Benfica B – Marítimo B, 2-1; Santa Clara – Sporting de Covilhã, 1-1. Liga inglesa

City conquista título

O Manchester City conquistou o quarto título de campeão inglês de futebol. A equipa este ano treinada pelo chileno Manuel Pellegrini resgatou o “cetro” aos rivais e vizinhos do United, que esta época estiveram muito abaixo do desempenho a que habituaram os adeptos espalhados pelo Mundo, falhando, inclusive, o apuramento para uma taça europeia. Além do valor desportivo e óbvio desta vitória, a conquista dois títulos em três anos ajuda a comprovar a estratégia vencedora do proprietário do clube: Khaldoon Al Mubarak, empresário nascido nos Emirados Árabes Unidos, e que preside os destinos dos “citizens” desde 2009.


Segunda-feira, 12 de Maio de 2014

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O Primeiro de Janeiro | 7


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POLÍTICA ABUTRE Aprendi a detestar os aproveitamentos de natureza política. Uma coisa é equacionar situações e posicionar-se de forma elevada, outra, é voar ao sabor dos ventos na tentativa de comer qualquer coisinha. A política não pode ser um espaço de mediocridades e de frases assassinas que nada acrescentam. Há pessoas que, politicamente, não cresceram, apenas copiam André Escórcio* os péssimos exemplos do “chefe” regional. Obviamente que os recentes acontecimentos na Câmara do Funchal merecem uma séria reflexão, sendo legítimo, por parte da oposição que esse enquadramento seja feito. O CDS/PP, e muito bem, reuniu com o presidente da Câmara, equacionou, debateu a situação e posicionou-se de uma forma elevada. Isto é, não quer pertencer ao executivo, mas deseja que a governabilidade aconteça. Poderia ter aproveitado o momento para saltar para o executivo, mas não, perdeu as eleições, deseja manter o estatuto de oposição e mais do que isso, manifestou o desejo que a Câmara continue o seu trabalho. O PSD, não, foi para o confronto rasteiro com frases deste tipo: “avisei durante a campanha eleitoral e durante estes sete meses de governação da coligação que esta era uma amálgama, um conjunto difuso de interesses e agendas, não havendo consistência, cimento, argamassa que juntasse todos estes vereadores” (…) a lista da coligação ‘Mudança’ está “feita para a oposição e não para governar a cidade”. Esqueceram-se os autarcas eleitos pelo PSD que pior que esta grave situação de desinteligência entre o grupo “MUDANÇA” foi o que aconteceu em 1994, sete meses depois das eleições de 1993. Deveriam ter presente que o presidente eleito, Professor Virgílio Pereira (PSD), se demitiu porque o governo (PSD) não garantia o financiamento “prometido” face à então preocupante situação financeira da Câmara deixada pelo Senhor João Dantas (PSD). Comparada com a dívida de hoje, cerca de 94 milhões de euros, em 1994, um presidente eleito demitiu-se por uns trocos. No actual caso, que qualquer pessoa de bom senso não desejaria que acontecesse, não está em causa a demissão de um presidente (que deveria, em 1994, ter levado a novas eleições), mas uma retirada de confiança política a um vereador. Não discuto aqui, se bem, se mal, pois o que sei é muito pouco, não indo além do que a comunicação social recolheu. Cinjo-me, apenas, aos comportamentos políticos da oposição. Passaram-se vinte anos, tempo mais do que suficiente para qualquer político ter atingido a maioridade no debate e nos posicionamentos. Alguns conseguiram, outros não. Estão amarrados à cartilha dos interesses e ao que o “chefe” determina: fogo neles, dirá! Ora, se pensam que é por aí que se credibilizam, estão enganados. Há um histórico de situações que me permite dizer que a população está farta e deseja que a “MUDANÇA” aconteça. Obviamente, sem perturbações, sem arrogâncias, sem peitos cheios de ar, sobretudo, com humildade, qualidade e respeito pelos munícipes que confiaram o voto. Até porque os mandatos devem ser cumpridos do primeiro ao último dia. Sendo assim, POLÍTICA DE ABUTRE, não! www.comqueentao.blogspot.com

Presidente do SINAPOL acusa ministro de tentar “silenciar” sindicato

Miguel Macedo recorre a “ataques pessoais”

O presidente do Sindicato Nacional de Polícia (SINAPOL) acusa o ministro da Administração Interna (MAI) de “recorrer a ataques pessoais” e de devassar a sua vida privada, numa “clara tentativa de silenciar” o SINAPOL. A posição de Armando Ferreira consta de um documento enviado às redações depois de o ministro Miguel Macedo ter considerado “verdadeiramente lamentável” a iniciativa desenvolvida pelo SINAPOL nos aeroportos do país e acusar o responsável pela ação de ter “zero horas de trabalho policial” em 2013. “Eu acho esse tipo de ações verdadeiramente lamentável”, disse Miguel Macedo, aludindo à iniciativa do SINAPOL de distribuição de panfletos aos turistas nos aeroportos nacionais alertando que as dificuldades por que alegadamente passam os polícias podem fazer perigar a segurança do país. O presidente do SINAPOL contrapõe que os dados pessoais fornecidos pelo ministro “não correspondem inteiramente à verdade”, além de que são “assuntos da sua vida privada” e, “pior do que isso”, faz “uso de informação privilegiada que tecnicamente nunca poderia tornar pública”. “Quanto às zero horas de trabalho policial, o senhor (ministro) tem razão e ele até sabe o porquê, pois já lhe foi por mim pessoalmente comunicado de forma confidente, que devido à minha deficiência com um grau de 60%, dos quais 54% são resultan-

tes de um acidente ao serviço da PSP, estou impedido de fazer trabalho policial”, refere Armando Ferreira. O dirigente sindical adianta que esta situação o obriga muitas das vezes “a estar de baixa médica, devidamente comprovada e atestada”, pelo que, qualquer tentativa de tal ser usado contra si, “é altamente reprovável”. Armando Ferreira diz deixar ao “critério dos portugueses e em especial dos seus colegas (da PSP)” o facto de um ministro ter de “recorrer a ataques pessoais, devassando a vida privada, para se defender”, acrescentando: “Já me habituei ao longo dos últimos 10 anos de ser atacado, de todas as formas possíveis, sempre que o SINAPOL faz algo que incomoda, numa clara tentativa de me silenciar ou (a)o SINAPOL”. Quanto à ação do SINAPOL nos aeroportos nacionais, o presidente do sindicato alega que o ministro ainda não viu os folhetos, fazendo uso do “diz que disse” e baseando-se em “erradas informações quando acusa que o SINAPOL diz que Portugal não é seguro”. “Em parte alguma o SINAPOL diz que Portugal não é seguro, limita-se a dizer quanto ganha um polícia, quais o cortes de vencimento a que os polícias estão sujeitos, denuncia os péssimos serviços de saúde e salienta algo que é evidente: isto é, que os policias portugueses estão desmotivados”, observa

Armando Ferreira. Para Miguel Macedo, o alerta do SINAPOL nos aeroportos “não corresponde à verdade, porque, nos termos do relatório anual da Segurança Interna, os resultados da criminalidade em Portugal em 2013 foram os melhores da última década”. Para o ministro, a ação do SINAPOL é também lamentável porque “significa verdadeiramente um desprezo pelo trabalho dos milhares de homens e de mulheres das forças de segurança, que garantem a segurança do país e dos portugueses”. “Compreendo que tenha essa dimensão de desprezo por esse trabalho porque, no caso concreto - não quero deixar de dizer isto porque gosto de ser frontal nestas matérias - esse dirigente em causa, por exemplo, no ano passado, entre trabalho sindical, assistência à família e doenças teve de trabalho policial zero dias”, criticou. Em 2012, ainda de acordo com Miguel Macedo, foram 11 dias de trabalho policial. “Se todos os polícias fossem, coisa que não são, tão empenhados no trabalho policial como esse dirigente sindical, aí sim tínhamos razões para temer pela segurança do país. Felizmente, não é o caso”, rematou. Miguel Macedo falava em Amares, à margem de uma sessão de entrega às corporações de bombeiros do norte do país de equipamentos portáteis para operação na Rede SIRESP - Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal.

Catarina Martins insiste na reestruturação da dívida pública

“Acabar com a chantagem e criar emprego” A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda (BE) diz que a “única alternativa” que respeita Portugal é a reestruturação da dívida pública. Catarina Martins falava num almoço/ comício realizado num hotel do Funchal no âmbito da pré-campanha eleitoral para as eleições europeias de 25 de maio e que teve a presença da cabeça de lista, a eurodeputada Marisa Matias. “É por isso que o mote do BE a estas eleições é de pé, não podemos continuar subservientes a interesses que destroem o nosso país, temos de estar de pé, juntar forças pela única alternativa que respeita o nosso país e, essa alternativa, é restruturar a divida pública”, declarou. A líder nacional do BE manifestou-se contra o tratado orçamental e defendeu ser tempo de “acabar com a chantagem, ter

força, um país que se levanta e reestrutura a divida pública é um país que é justo e que protege o futuro”. “Reestruturaram-se pensões, reestruturaram-se salários, reestruturaram-se serviços públicos, reestruturaram-se setores inteiros da economia que foram à falência, reestruturou-se o emprego retirando direitos e a finança continua a lucrar”, lembrou. Para Catarina Martins, “está na altura de fazer a única reestruturação que conta para que exista futuro digno, para criar emprego, para proteger direitos de quem trabalha e de quem quer trabalhar e essa é a reestruturação da dívida publica”. A dirigente bloquista criticou ainda o candidato às europeias do PS, Francisco Assis: “Decidiu citar o primeiro-ministro

francês, François Hollande, e dizer, como dizia Hollande, que um país europeu não pode fazer grandes transformações. Isto não é mais do que a completa capitulação dos socialistas à finança, à Alemanha de Angela Merkel, ao sistema financeiro que está a ser salvo, resgatado à custa do sacrifício e do empobrecimento de quem trabalha”. “Não faltamos a nenhuma luta, não faltamos a nenhuma batalha, não capitulamos perante a finança e não seremos nunca subservientes na Europa, com o BE vamos às lutas que contam como reestruturar a dívida, ter uma alternativa, querer o pleno emprego no centro das políticas da Europa, respeitando os povos, querer um futuro digno e decente com gente dentro”, concluiu Catarina Martins.

Na Estrada Nacional 18 em Portalegre

Colisão provoca dois mortos

Uma colisão entre dois automóveis provocou, ontem à tarde, dois mortos e três feridos, na Estrada Nacional 18, no distrito de Portalegre, informou fonte dos bombeiros. As vítimas mortais são um homem de 65 anos e uma mulher de 60 anos, e entre os feridos encontra-se

uma criança de 3 anos, informou a mesma fonte, acrescentando que os outros dois feridos são um homem, de 40 anos, e uma mulher, de 30. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Portalegre adiantou que o acidente, cujo alerta foi

dado às 15h45, ocorreu entre Gavião e Nisa, junto ao cruzamento para a freguesia de Arez. No socorro às vítimas, estiveram envolvidos 35 bombeiros das corporações de Nisa e Gavião, apoiadas por 12 viaturas, além do helicóptero do INEM.


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