NEWSLETTER O LYCEU N06

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Make-A-Wish vai à escola Testemunhos Alexandra Silva

Bênção das Capas 2021

Cidadania e ambiente

O QUE TE APETECE DIZER?





Editorial Chegados ao terceiro número da Newsletter, e depois de um ano letivo marcado por inevitáveis constrangimentos e desafios a que todos tivemos de dar uma resposta conjunta e assertiva, fica-nos a certeza de termos conseguido materializar as metas a que nos propusemos, fruto da congregação de esforços e vontades, no sentido de criar sentimentos de identidade e pertença, mantendo a identidade própria da nossa escola. Neste terceiro e último número cumpre-nos colocar a negrito e sublinhado três condições “sine qua non” para o sucesso deste projeto editorial, designadamente o trabalho colaborativo, naturalmente em parceria com o empenho individual, a conjugação de recursos humanos e materiais, todas elas naturalmente operacionalizadas dentro de uma lógica pedagógica de articulação vertical e horizontal. Destacamos, neste final de percurso letivo, de forma muito particular, o elevado grau de compromisso registado ao nível da gestão e coordenação, departamentos, grupos disciplinares e direções de turma, em prol da formação dos nossos alunos, enquanto pessoas e cidadãos cada vez mais cultos, autónomos, responsáveis, solidários e democraticamente comprometidos na construção de um destino comum e de uma sociedade melhor. Assiste-nos, é certo, a plena consciência de estarmos a empreender uma tarefa simultaneamente modesta e ambiciosa. Modesta, porque somos cientes das nossas limitações, da necessidade de retificarmos processos, de assumirmos lacunas e reconhecermos a legitimidade da crítica construtiva; ambiciosa, porque queremos estimular a cooperação e a corresponsabilidade de toda a comunidade educativa em iniciativas que não se restrinjam ao espaço escolar, mas que façam o seu caminho, encontrando eco e projeção na Comunidade envolvente, de acordo com a matriz de base do projeto editorial. As perspetivas atuais, neste enquadramento, apontam para “aprender a cooperar e a viver no espaço público”, como principais desafios para a construção de uma sociedade de futuro responsável. Assim sendo, a ideia que subjaz ao projeto aglutinador de Cidadania e Desenvolvimento, de que todos os projetos ligados aos Direitos Humanos dão testemunho neste novo número da nossa Newsletter, desde o tratamento e reflexão sobre temas como a Saúde, riscos e prevenção, segurança, a igualdade de género, o desenvolvimento sustentável, a consciência ecológica, a interculturalidade, o voluntariado, a reflexão sobre os estigmas que ainda incidem sobre o autismo, o papel cultural da dança e das artes, enquanto espelho das diferentes etapas do desenvolvimento dos povos, a reabilitação dos espaços verdes, todos eles, sem exceção, deverão ter como denominador-comum e primeiro intuito desenvolver nos nossos alunos oportunidades reais e efetivas de aprender a construir um mundo sustentado no exercício consciente de uma cidadania ativa. Não será, pois, demais realçar a necessidade de adotar práticas educativas e pedagógicas mais assertivas, onde a cooperação se assuma como modo de agir privilegiado, contrariando algumas derivas de discursos para a educação e práticas quotidianas que realçam a competição e o trabalho individual como elementos estruturantes. Nesta ordem de ideias, “A abordagem ao Conhecimento do Mundo implica também o desenvolvimento de atitudes positivas na relação com os outros, nos cuidados consigo próprio, e a criação de hábitos de respeito pelo ambiente e pela cultura, evidenciando-se assim a sua inter-relação com a área de Formação Pessoal e Social.” (ME, 2016, p. 85) Para finalizar, gostaríamos de deixar à reflexão o testemunho de Morin, segundo o qual “O ensino deve levar a uma antropo-ética pela consciência de uma condição humana que é a de ser em simultâneo indivíduo, sociedade e espécie”, argumentação que se nos afigura mais que imperativa e urgente quando visamos investir muito seriamente no compromisso ético de levar as novas gerações a intervirem, criticarem, opinarem e participarem na vida coletiva, agindo sobre o mundo que as rodeia e construindo hoje os valores de respeito e sustentabilidade que permitam a todos os seres vivos partilharem um melhor amanhã. A todos o nosso agradecimento!





Foto - Carlos Rodrigues


Fi­cha Téc­ni­ca

Di­re­tora: Ana Isabel Freitas

Agradecimentos:

Nº 06

Co­or­de­na­do­res:

Ao Conselho Executivo, bem co­mo a to­dos quan­tos

dezembro de 2021

An­tó­nio Frei­tas - Gru­po 520

Es­co­la Se­cun­dá­ria Jai­me Mo­niz Lar­go Jai­me Mo­niz 9064 - 503 Fun­chal Te­lef.: 291202280 Fax: 291230544 email: geral@jaimemoniz.com

designinformacaoemultimedia@jaimemoniz.com

Carlos Rodrigues - Gru­po 600 Jo­sé Gou­veia - Gru­po 600 Van­da Gou­veia - Gru­po 300 Supervi­são de conteúdos: Ana Isabel Freitas Re­vi­são: Van­da Gou­veia e João Abel Fernandes Ar­ran­jo e edição grá­fi­ca: José Gouveia Edição de imagem: José Gouveia

contribuí­ram pa­ra que es­te pro­je­to se re­a­lizasse. Foto da capa - Oficina de Multimédia B do 12.º20 Todos os artigos e imagens são da responsabilidade dos autores.


Índice

Make-A-Wish vai à escola

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Bênção das Capas 2021

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Testemunhos - Alexandra Silva

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Cidadania e ambiente - O que te apetece dizer?

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Abordagem à fotografia de retrato

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Make-A-Wish vai à escola CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO 12º53

Connect ♥Art - Let’s Change the World é um Projeto desenvolvido pela turma 12º53 do Curso Profissional Técnico de Turismo, da Escola Secundária Jaime Moniz, no âmbito do Projeto de Cidadania e Desenvolvimento. A turma, em parceria com a associação Make-A-Wish, tem como principal objetivo a divulgação do Projeto, dentro e fora, da escola para que todos possam ajudar na angariação de fundos. Com o dinheiro angariado, iremos ajudar a realizar os sonhos das crianças dos 3 aos 17 anos, em todo o território nacional, com doenças graves, degenerativas, ou malignas, proporcionando-lhes um

Neste projeto todos os alunos desempenharam uma função específica, todas elas importantes para a realização deste projeto.

momento de força, alegria e esperança! Primeiramente, a turma teve a oportunidade de fazer uma vídeo chamada com a Dra. Marta Antunes, onde nos foi explicado detalhadamente como funciona esta organização, bem como tudo o que fazem para poderem realizar os desejos destas crianças. De seguida, a turma dividiu-se em vários grupos onde cada um tinha uma função específica. A equipa de comunicação ficou responsável pela divulgação do projeto nas turmas e por toda a comunidade escolar dentro da escola. Já a equipa do spot publicitário, ficou encarregue de elaborar um pequeno vídeo onde explicam em que consiste este Projeto de Cidadania e Desenvolvimento. A equipa dos crachás, concebeu crachás para todos os elementos da turma e para todos os professores envolvidos. Por fim, a equipa dos flyers criou cartazes onde, mais uma vez, explicitam este projeto.


Foto - 12º53

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Clique para ver o vídeo

A equipa de comunicação começou por redigir um guião de entrevista para ser feita à Dra. Ana Isabel Freitas, Presidente do Conselho Executivo, que continha algumas questões de como poderia ser feita a divulgação deste projeto. A Dra. Isabel Freitas deu-nos autorização para a montagem de uma pequena barraca junto ao bar dos alunos com o objetivo de venda de 250 estrelas de Natal enviadas pela associação Make- A- Wish, em que todo o dinheiro angariado servirá para a realização de desejos das crianças. Após a montagem da barraca, a equipa foi de sala em sala divulgar o projeto da turma. Posteriormente, a turma/escola decidiu concorrer ao Concurso de Decoração de Natal da Make-A-Wish, “Make-A-Wish vai à escola”, decorando uma árvore de Natal com estrelas, luzes e ainda com presentes embrulhados à volta da árvore. Pedimos também um placard para poder ser colocado o trabalho desenvolvido pela turma ao longo deste último mês, os flyers, cartazes e ainda algumas estrelas. Neste projeto todos os alunos desempenharam uma função específica, todas elas importantes para a realização deste projeto. Foi um prazer trabalhar com esta associação e poder contribuir para a felicidade de milhares de crianças.


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Make-A-Wish



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Foto - Carlos Rodrigues


Bênção das capas O meu dia das capas, pelo qual tanto ansiava, começou bem cedo, com algum nervosismo, mas muito entusiasmo. Almoçámos e logo começámos a preparação, cada um com a roupa criteriosamente escolhida para o momento. Eu, claro, com o traje tradicional, smoking preto, sapato engraxado, laço e fita a condizer. A capa, a peça principal, herdada da minha mãe, carregada de simbolismo e orgulho. Após a chegada ao Liceu e o encontro com os colegas, que habitualmente vestem roupas simples e práticas, todos no seu melhor, lá fomos nós com os nossos pares, para o grande desfile. Muita família, amigos, fotógrafos, completavam o cenário. Passámos, então, ao momento da verdadeira bênção das capas, durante a missa, na grande Sé Catedral. Depois juntámo-nos outra vez à família, para um jantar delicioso e acolhedor, seguido de muitas fotos à mistura para mais tarde recordar. Finalmente, o momento alto da noite, o tão esperado baile, com entrada à Hollywood, mais fotos, muita animação, música do melhor e diversão pela noite dentro. Simplesmente inesquecível!.

Afonso Camões - 12º11


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Ser finalista é olhar para trás e perceber que a vida passa rápido. Contudo, é também olhar para a frente e ver um futuro à nossa espera e sentir a enorme felicidade de ser entregue ao mundo. É estar preparado para percorrer novos caminhos, sair da zona de conforto e encontrar aquilo que preenche a nossa alma. Ser finalista é sentir que se superou todos os obstáculos com sucesso e sentir na pele o medo dos que ainda virão para serem superados

Maria Jorge - 12º09


O dia das

Capas

Desde 1889, com a publicação do Despacho de 09/12, foi autorizado pelo Ministério do Reino, o uso da capa e batina aos estudantes do Liceu. Esta é uma secular tradição, pioneira no território nacional. Durante dezenas de anos, o traje das capas na RAM foi uma tradição exclusiva do nosso “velho Liceu”. Por isso, a cerimónia da Bênção das Capas, institucionalmente realizada no dia 30 de novembro, reverte-se da maior importância, quer para a Escola quer para os alunos finalistas. Este evento é o culminar de uma etapa escolar, atualmente de três anos, após os quais os nossos finalistas orientarão a sua caminhada futura: o ingresso no Ensino Superior ou no mercado de trabalho. A Bênção das Capas é para a maioria dos finalistas um dia memorável. Os preparativos da indumentária a rigor iniciam-se semanas antes, já que a cerimónia exige cuidados e pormenores acrescidos. O célebre dia chega. Os alunos aglomeram-se na entrada principal do Liceu, onde, com os familiares e amigos, se captam as melhores imagens para mais tarde recordar. Segue-se o desfile com a madrinha e o presidente da comissão de finalistas a liderar o cortejo. O percurso até à Sé não é longo, mas é moroso. O Sr. Bispo abrilhantará a cerimónia. Este é o momento para ser-se feliz, uma vez que o futuro está bem presente no espírito de todos aqueles jovens, protagonistas deste evento. É tempo para refletir sobre o caminho percorrido: as experiências adquiridas, as influências quer de professores quer de colegas, as amizades conquistadas, as mudanças provocadas dentro de cada um, enfim todo um enriquecimento da sua personalidade.

Francisco Estêvão de Sousa - Vice-Presidente do Conselho Executivo


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SER FINALISTA Em todos os anos da minha vida académica, quando finalizava um ano letivo, sabia que no ano seguinte iria retomar a escola, mas, desta vez, não existe ano seguinte. Pela primeira vez, não tenho a «obrigação» de comparecer na escola e é assustador, de certa forma, não ter um caminho definido. Claro que estou a tentar aproveitar ao máximo este meu último ano, porém há sempre uma parte de mim que pensa na incerteza do que aí vem. Foram doze duros anos, mas, de certa forma, foram os melhores da minha vida, pois levo comigo todo o tipo de recordações e amizades eternas. Por isso, estou imensamente grato ao que o ensino secundário me ofereceu. O meu sincero obrigado!

Artur Teles - 12°11


SER FINALISTA Este ano letivo sou finalista e sinto um enorme orgulho em sê-lo, devido ao que lutei que desenvolvi em anos anteriores para poder chegar até aqui sem quaisquer problemas. Neste momento sinto-me mais realizado e, de certa maneira, aliviado por estar tão perto de “acabar” um grande capítulo da minha vida, do qual tenho imensas memórias, boas ou más. Regozijo-me de ter feito muitas amizades, até com professores, e só tenho a agradecer às pessoas que fizeram parte da minha jornada enquanto aluno e à escola em si, pois fizeram-me ser quem sou hoje. Creio que estou preparado e, ao mesmo tempo, ansioso pelo que a vida me reserva. Por fim, apraz-me sublinhar que, por mais dura que a vida estudantil tenha sido ou venha ainda a revelar-se, ao olhar para trás, sinto-me honrado por ter passado por ela e, muito sinceramente, não imagino como seria a minha vida sem a escola quer em termos intelectuais, quer sociais.

Pedro Freitas - 12º11


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O dia das capas é sempre um dia bastante importante e alegre para todos os alunos finalistas do 12º ano da Escola Secundária Jaime Moniz, e este ano não foi diferente. Este dia é sempre bastante esperado por quase todos os membros da comunidade educativa quer sejam alunos, quer sejam pais ou mesmo os professores que acompanham as suas turmas neste momento que marca o final de um percurso de muito trabalho, dedicação, emoção e deixa a pairar um possível início de outro para o qual trabalhámos todos estes anos. A cerimónia iniciou-se às 13h30, com a receção dos alunos, encarregados de educação e docentes, no largo da escola. Pelas 14h30 recebemos a nossa madrinha, a Dra. Rita Andrade, e, trajados a rigor, demos assim início ao desfile pela baixa do Funchal, a caminho da Sé Catedral. No decorrer da missa, os alunos finalistas só pensavam, ansiosamente, no momento em que iriam colocar a sua capa previamente benzida pelo Bispo da Diocese do Funchal. Pela minha experiência, posso dizer que a sensação de ajudar a colocar a capa ao nosso par, e este ajudar-nos a fazer o mesmo, é fantástico e deixou--me nostálgico, pois, ao fim de tantos anos, vemo-nos a atingir uma meta que resulta desta longa e árdua caminhada. Depois da missa procede-se ao tradicional jantar de família, no qual somos felicitados e sentimos o apoio e carinho de todos os presentes. Posteriormente, vamos ao tão esperado baile de finalistas no qual podemos desfrutar do nosso dia especial com as pessoas que mais gostamos e que nos acompanharam e ajudaram estes anos todos, criando assim um espírito de camaradagem. Para alguns, a noite acaba bem, para outros nem por isso devido a alguns abusos, mas no fundo a noite é bastante divertida para todos. Posto isto, na minha opinião, e acho que esta opinião é partilhada por todos os finalistas deste ano, este dia foi um dos mais importantes e emocionantes do nosso percurso escolar, razão pela qual perdurará para sempre na nossa memória como uma das datas mais importantes para todos nós.

Leonardo Ferreira - 12º11


SER FINALISTA

Ser finalista é uma etapa, de certo modo natural, na qual finalizamos um ciclo que durou a nossa infância e adolescência. É o início da fase adulta, em que nos tornamos mais independentes e com outro olhar sobre a vida. Por um lado, além da responsabilidade, ser finalista traz-nos indecisões e escolhas sobre o nosso futuro, curso, profissão … Por outro, também nos traz muita diversão e a possibilidade de festejar esta etapa, algo que nos tempos atuais é complicado, sobretudo devido à situação pandémica. Em suma, ser finalista é algo único na nossa vida que deve ser fruído ao máximo, dentro dos possíveis, uma vez que constitui o culminar de vários anos de trabalho e, porventura, a melhor altura das nossas vidas! Assim sendo, não a desperdicem. Sintam o intenso pulsar do sangue jovem e livre como nunca a correr-vos nas veias

João Afonso - 12º11


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Hoje em dia vivemos numa sociedade cuja empregabilidade está diretamente dependente do grau de ensino de cada individuo, sendo a finalização do secundário um pré-requisito para qualquer emprego em qualquer área de serviço, ou seja, ser finalista é um marco deveras importante e significativo. Primeiramente, é o aglomerado de todos as relações, diversões, brigas e ensinamentos que nos foram proporcionados no decorrer de doze anos de escolaridade. Por um longo período de tempo esta foi a única realidade e, embora existindo algumas discrepâncias de uns anos para outros, o ensino manteve (mais ou menos) o mesmo regime/modelo, sendo esta uma fase de aumento da responsabilidade e autonomia. No fundo, uma fase de mudança de ponto de vista relativamente à vida em si. Em contrapartida, esta também é uma fase de separação para uma elevada percentagem dos alunos. Ou porque vão estudar para uma universidade fora da localidade, ou porque os amigos vão estudar para uma universidade fora da localidade, ou até mesmo porque não vão estudar de todo e vão trabalhar. Em todos os cenários apresentados existe uma similaridade: regeneração de laços/relacionamentos. Em suma, ser finalista, tal como tudo nesta vida, tem os seus pontos bons e maus, mas, acima de tudo, é o fim de uma etapa da vida que nos abre uma porta para o mundo como não o conhecemos.

Rodrigo Spínola Moura - 12°11


Como foi ser colocada nesta escola? Esta oportunidade surgiu há cerca de 2 anos atrás, quando abriu um procedimento concursal para preencher vagas para o quadro de várias escolas, na carreira e categoria de assistente operacional. Foi uma enorme honra quando soube que existiria a possibilidade de ficar cá na escola a exercer funções. Confesso que das minhas escolhas, esta escola foi a primeira, porque é uma escola que me trás muitas recordações. Qual a diferença entre condição de aluna e de funcionária. Ao longo destes 6 meses, fiquei a conhecer a escola como funciona, pois, apesar de já conhecer as instalações (o que me facilitou imenso nas tarefas), por ter sido aluna da mesma entre o ano 2012 e 2016, tinha a visão como aluna e não como assistente operacional, o que me permitiu dar ainda mais valor ao trabalho que um assistente operacional realiza, pois são estes que estão todos os dias presentes para acompanhar os alunos e a comunidade educativa em geral. Confesso que senti alguma dificuldade em aprender a lidar com os alunos, e ainda considero que por vezes não é nada fácil, mas não é impossível, porque quando comecei a interagir com os mesmos lembrei o meu tempo como aluna e foi essa empatia que me ajudou a conseguir sensibilizá-los para respeitar as diretrizes da escola. O que significa para si ser funcionária desta escola? Para mim ser funcionária desta escola é um enorme orgulho, uma enorme honra e uma enorme alegria. Tive o privilégio de estudar nesta escola na qual fui muito feliz e bem instruída e que hoje tenho a enorme honra de exercer funções. Como foi recebida e quais as maiores dificuldades na sua integração, especialmente atendendo à situação actual de contingência (COVID)? Fui muito bem-recebida por todos os membros da comunidade educativa. Quanto às minhas maiores dificuldades atendendo à situação atual, confesso que ao início senti um pouco de insegurança, pois esta é uma nova realidade, na qual temos que nos habituar, contudo, com o apoio de todos, o empenho e a vontade para que tudo corresse da melhor maneira, consegui acabar por superar as dificuldades e tudo ficou mais fácil e leve. Quais as suas aspirações para o futuro? Quanto ao Mundo, acredito que ainda irá demorar imenso tempo para que tudo possa voltar a ser como antes, isto é, se alguma vez voltará, mas acredito que coisas melhores estarão por vir, é necessário acreditar e ter esperança que tudo irá ficar bem. Profissionalmente, espero continuar a ser bem integrada e executar cada vez melhor as minhas tarefas.

Diana Alexandra Santos Silva - Assistente operacional da ESJM


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Foto - Carlos Rodrigues



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Foto - Carlos Rodrigues


Cidadania e ambiente

O QUE TE APETECE DIZER?

Imagem https://alamedashopping.pt/art-spot/maio/

Omar Figueira publica, em 2019, no Concurso Columbia, um “cartoon” que representa, em primeiro plano, um personagem conhecido, o Principezinho, aparentemente preocupado com a poluição que o rodeia, a segurar uma vassoura, sentado no seu asteróide, de onde sai muito lixo de uma das suas crateras. Em segundo plano, é possível observar estrelas e planetas. Por outro lado, é publicada, no site “sapo.pt”, em 2005, uma fotografia de um prédio com uma imagem afixada. Nesta está representada uma cidade onde aconteceu uma inundação e, em primeiro plano, um homem com uma criança ao seu colo, a tentar escapar desse desastre natural. Quer o “cartoon”, quer a imagem, têm o objetivo de sensibilizar a população acerca deste tema tão atual: a poluição e as suas consequências. No “cartoon” do Principezinho, representa-se o grande problema da poluição terrestre, estando o cometa a simbolizar o próprio planeta Terra. Já a foto da inundação representa as consequências da poluição no nosso planeta. Como é do nosso conhecimento, uma das razões das inundações é o sobreaquecimento, que derrete os glaciares, aumentando o nível da água. E é exatamente esse acontecimento que está representado, com o objetivo de consciencializar os leitores para as consequências dos seus atos. Assim sendo, é da minha opinião que, quer o “cartoon”, quer a imagem, cumprem objetivamente a sua função crítica, na medida em que qualquer pessoa que os observe, é capaz de compreender a forte crítica subjacente. Concluindo, uma vez que o consumismo está a aumentar e que o planeta está cada vez mais poluído, é importante sensibilizar a população para estas questões através destes meios, tal como o fizeram os autores das imagens apresentadas.

Leonor Monteiro - 12º12


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O “cartoon”, criado por Omar Figueira, e a foto, publicada no site sapo.pt em 2005, tocam num assunto da sociedade atual: o impacto dos seres humanos no meio ambiente. Enquanto que, na imagem A, é-nos apresentado o asteróide da obra de Saint Exupéry, no centro da imagem, envolto num saco de lixo e o próprio Principezinho a tentar limpar o planeta, na imagem B, conseguimos observar em grande plano e, à esquerda da imagem, um filho ao colo do seu pai. Ao fundo, observamos uma gigantesca inundação, à qual várias pessoas tentam sobreviver. A ideia que é passada através do “cartoon” é que todo o nosso planeta está cheio de lixo e que, se só uma pessoa ou uma pequena parte da população tentar prevenir ou, neste caso, remediar esta situação, esses esforços não serão suficientes para contrariar este problema. Alguns exemplos acerca da enorme quantidade de lixo a nível mundial são a famosa ilha de lixo no Oceano Pacífico e as praias moçambicanas completamente ocupadas por resíduos sólidos. Já a foto da inundação parece estar relacionada com o aquecimento global. Como consequência da industrialização e da queima de combustíveis fósseis, cidades de países mais pobres e ilhas do Oceano Pacífico sofrem de inundações constantes e do aumento do nível das águas do mar, podendo causar um grande número de mortos, feridos e desalojados nessas regiões. Ambas as imagens cumprem de forma excelente o seu papel crítico, visto que abordam um tema presente no mundo atual, o das consequências da poluição do nosso planeta. Concluindo, estas duas imagens servem para criticar a maneira totalmente errada e absurda como os seres humanos tratam a sua própria casa e, também, servem para influenciar as pessoas a mudar os seus hábitos em benefício do planeta.

João Guilherme Correia - 12º12

Foto - “GEOGRAFIKESJAP (sapo.pt)”, 2005


A realidade dos acontecimentos que afetam o nosso planeta é nos transmitida de diversos formas, seja por meio de imagens, texto ou vídeo. No caso particular, tal é feito através de um “cartoon” e de uma foto. Na imagem “A” (“cartoon”) é visível a figura do Principezinho a varrer sobre um saco do lixo gigante, no seu limite de romper. A meu ver, esta figura mostra a poluição do ecossistema e representa o esforço de uma minoria evidenciada pelo Principezinho para travar essa poluição. Apesar de existir uma minoria empenhada em tornar o planeta saudável, não é apenas com vassouras que o podemos mudar. A imagem “B” (foto) exibe o mesmo tema, o da poluição, só que, neste caso particular, representa as suas consequências devastadoras para a humanidade do sobreaquecimento do nosso planeta. É-nos apresentado um prédio de pelo menos nove andares, com um poster centrado. Em cada um dos andares existe pelo menos uma unidade de ar condicionado. Na minha maneira de ver, este prédio é esteticamente feio, pois, apesar de ter um poster centralizado, tem também as unidades de resfriamento em cima do poster. O cartaz da imagem “B” simboliza, pois, as consequências para o ambiente do excesso de equipamentos que há na sociedade moderna, como os aparelhos de ar condicionado, que acabam por destruir a camada de ozono e assim sobreaquecer a nossa atmosfera, causando fortes inundações. É visível uma aldeia completamente inundada com vários membros da aldeia aterrados. Em plano de destaque é possível ver um homem apavorado com o seu filho ao colo. Em jeito de conclusão, considero que nós, os habitantes da Terra, devemos cuidar do nosso planeta. Não sabemos o dia de amanhã, porém uma certeza que temos é que, depois dos nossos recursos chegarem ao limite, não há volta a dar.

Paulo Alves - 12º12

As duas imagens apresentadas são da autoria de diferentes pessoas. A imagem A foi feita por Omar Figueira, publicada em “Concurso Columbia” no ano 2019. Por outro lado, a imagem B não especifica o autor, e esta foi publicada em 2005 no site “GEOGRAFIKESJAP (sapo.pt)”. A imagem A caracteriza-se como sendo um “cartoon”. Este desenho mostra o asteróide do Principezinho, personagem principal da obra de Saint Exupéry, com estrelas e outros astros à sua volta. Neste planeta, surge o pequeno príncipe a varrer, o solo, ele próprio desenhado em forma de saco de lixo preto. O varredor aparenta ser o único ser vivo daquele lugar, já que as árvores estão mortas, dois vulcões podem estar a entrar em erupção, e a rosa tem a sua vida por um fio. A imagem B é uma fotografia que apresenta um cartaz exposto num edifício. A imagem do cartaz mostra uma grave inundação, onde as pessoas, especialmente o pai e filho, em destaque na imagem, parecem estar desesperados por se salvar. É evidente que há uma relação entre as duas imagens, e podemos, também, relacioná-las com o estado preocupante do nosso próprio planeta. Nos últimos anos, a situação ambiental foi se agravando progressivamente, com a chegada de tornados, inundações, sismos e incêndios. Apesar da recente pandemia ter ajudado a diminuir os efeitos da poluição, a sociedade continua a abusar violentamente, o que está a pôr em risco a vida de todos. Tal como no “cartoon”, apesar da humanidade se pasmar com os estragos, continua a fazer o mínimo para ajudar, por isso, é preciso apresentar uma fotografia chocante, como a imagem B, para as pessoas se mentalizarem do que está a acontecer. Ambas as imagens cumprem eficazmente a sua função crítica, de modo a que é possível compreender a mensagem que querem transmitir, e relacioná-las com a nossa cruel realidade. Concluindo, as imagens conseguem causar um enorme impacto na nossa forma de pensar, e mostram que é necessário agir para, ao menos, conseguirmos controlar a situação.

Mariana Jesus - 12º12


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Estaremos próximos

do fim?

O “cartoon” da autoria de Mahboobeh Pakdel não dispõe de um título, mas este poderia ser intitulado de “Aquecimento Global”. Esta artista é proveniente do Irão, tendo recebido uma menção honrosa, no PortoCartoon XVIII, em 2016. Em primeiro plano, a imagem mostra um conjunto de chaminés a expelirem imenso fumo negro e denso, que representa a poluição do meio ambiente. Em segundo plano, surge um pinguim, com um ar triste e solitário, como se fosse o último habitante à face da terra, sobre um cubinho de gelo que poderá já ter sido um glaciar gigantesco, sugerindo a extinção dos pinguins, pelo facto de estarmos a destruir os “habitats” destes. Num plano mais recuado, em fundo, observa-se um conjunto de nuvens espessas e cerradas, diferentes das que observamos habitualmente, pois apresentam uma cor alaranjada transmissora da ideia de excessivo calor. Efetivamente, esta imagem tem um papel fundamental para todos nós, enquanto grito de alerta para o facto de estarmos muito próximos do abismo, pois se nada fizermos pelo nosso planeta a consequência será cairmos, irreversivelmente, na tragédia de levarmos à extinção espécies marinhas, terrestres ou mesmo aéreas. É, pois, urgente o Homem acordar para a realidade e tomar urgentes medidas para acabar ou, se possível, atenuar o aquecimento global, uma vez que só se está a prejudicar a si próprio e a todos os que habitam o planeta. Em suma, é importante atuarmos rapidamente e preservarmos o planeta, que é a casa de todos nós, para que as gerações futuras possam ter uma vida com qualidade e, tal como nós, possam dispor da oportunidade de apreciar e fruir um mundo saudável e cheio de cor, ainda povoado pelas diversas espécies incríveis e maravilhosas que hoje conhecemos.

Leonardo Ferreira - 12º11

Imagem http://tabrizcartoon.com/en/results/4807-selection-ofthe-18th-international-worldfestival-portocartoon,2016category-cartoon.html


Imagem h t t p s : / / w w w. c a r t o o n i n g f o r p e a c e . o r g / e n / d e s s i n a t e u r s / rodrigo/

O “cartoon” da iraniana Mahboobeh Pakdel alertanos para uma gravíssima realidade dos nossos dias: o planeta está doente e nós, os humanos, em razão de muitas das atividades que desenvolvemos, somos os principais responsáveis. O desenvolvimento é aparentemente benéfico, mas a verdade é que, desde a Revolução industrial, não parámos de poluir o nosso planeta a um ritmo deveras preocupante. Os efeitos já estão à vista de todos, com a poluição atmosférica a matar anualmente quase meio milhão de pessoas, isto só na Europa e, iniludivelmente, um pouco por todo o mundo, já se sentem os resultados devastadores da poluição. Com efeito, o aquecimento global é uma realidade, sendo notório que as alterações climáticas são a grande preocupação para o futuro, com muitas regiões do globo ameaçadas pela subida do nível das águas do mar, bem como espécies animais e vegetais em risco, como ilustra a imagem, com a ocorrência de temporais e ondas de calor, entre muitos outros gritantes problemas à escala planetária. Por isso mesmo, estiveram reunidos em Glasgow os líderes mundiais para tentarem chegar a um acordo sobre medidas tendentes a combater as alterações climáticas. Como se esperava, infelizmente, nem todos os países estão dispostos a contribuir para salvar o nosso planeta. Resta pensar que, também nós, nas nossas casas e no nosso dia a dia, podemos fazer alguma coisa para ajudar, pois só com a colaboração de todos poderemos ter esperança num futuro melhor.

Artur Teles - 12º11

O “cartoon” apresentado, da autoria de Mahboobeh Pakdel, pode ser perfeitamente interpretado como uma crítica social à forma como utilizamos os nossos recursos, enfatizando o modo como este excesso de utilização afeta diferentes aspetos do meio envolvente. Primeiramente, no que toca à descrição objetiva do “cartoon”, são-nos apresentados três planos. O primeiro plano é composto por uma série de chaminés a emitirem quantidades avassaladoras de fumo, o que é manifestamente representativo do uso descontrolado dos nossos recursos. Em segundo plano, o fumo oriundo das chaminés acaba por se transformar num oceano (aparentemente antártico/ártico, dada a presença de vastos corpos gelados), no qual apenas sobrevive um ser vivo, um pinguim. Este ser aparenta tristeza e melancolia, muito possivelmente devido à destruição do seu “habitat”, o que é bem representativo dos danos da sobreexploração dos recursos humanos. Finalmente, no terceiro plano, deparamo-nos apenas com o horizonte, mais especificamente com o céu e as nuvens. Na minha perspetiva, este “cartoon” é um excelente alerta para a população mundial, uma vez que a sobreexploração dos recursos, como é praticada atualmente, não só afeta a espécie humana, mas igualmente uma rede extremamente vasta e diversificada de espécies, o que poderá muito bem vir a constituir, a breve trecho, a razão para a nossa inevitável extinção. Em suma, o “cartoon” de Mahboobeh Pakdel funciona como uma excelente crítica social, na medida em que tenta alertar a “inconsciência” mundial para o dano, porventura irreparável, que se está a causar às presentes e futuras gerações.

Rodrigo Spínola - 12º11


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Unidos lutamos,

unidos destruimos! O “cartoon” apresentado reflete, embora de maneira suave, o problema que mais ameaça o futuro da humanidade e mais atormenta a atualidade. Podemos observar uma espécie de supermercado debaixo de água, no qual o cliente e o trabalhador são seres marinhos. O operador de caixa, representado por um tubarão, apela ao cliente, representado por uma tartaruga, perguntando-lhe se desejaria um saco de plástico para colocar as suas compras, no entanto, o cliente recusa afirmando que já era portador de um que está na sua cabeça, involuntariamente, mesmo que no “cartoon” não o pareça. É inegável a gravidade da mensagem transmitida pela imagem em análise. Embora na mesma observemos um ambiente pacífico e feliz, não é de todo o espelho do que realmente se passa no mundo, na chamada nossa casa. A destruição da Terra, o desrespeito pela natureza e pelos seus ecossistemas, a completa humilhação do ambiente pelo Homem, o desprezo pelo ar, a frieza para com os seres vivos, que consideramos não racionais, o complexo de superioridade que vive com o Homem há demasiado tempo. Estará o Homem condenado a repetir a História vezes e vezes sem conta? É isso que o define? É de louvar a suposta racionalidade do Homem, a facilidade que tem em destruir o planeta, em ignorar os vários alertas, em duvidar do aquecimento global e dos seus efeitos, a perspicácia que tem em criar desculpas para não nada fazer quanto a isso. Somos, sem dúvida, os seres mais inteligentes e racionais, mas será que o provamos?

Para não falar da rapidez com que o Homem fecha os olhos ao presenciar certos vídeos ou certas imagens de coisas completamente chocantes, como a fome em países não desenvolvidos, como a morte violenta e desumana dos animais, que, desde o seu nascimento até à sua morte, foram controlados por empresas que só se importam com lucro. São gozados, agredidos e humilhados nos matadouros, que foram construídos pela queima de vários hectares de floresta, destruindo o lar de demasiados seres. A clara hipocrisia em que todos vivemos, o mundo que ensina as pessoas desde crianças a preservarem espaços verdes e a respeitarem os direitos dos animais é o mesmo mundo que faz completamente o oposto. Todos nós temos perfeita noção do que nos rodeia e, apesar da complexidade da inadiável missão “Salvar a Terra”, a verdade é que o Homem só não o soluciona porque vive no orgulho e na ignorância, razão pela qual continuamos a poluir, a destruir, a matar, e a viver as nossas vidas perfeitas porque não somos nós que estamos a sofrer as consequências dos nossos próprios atos, por enquanto. Contudo, o momento em que tudo nos será retirado vai chegar, e a razão pela qual as gerações futuras não poderão desfrutar de um bom ambiente somos nós. Em suma, o problema que o “cartoon” pretende transmitir ao público é a poluição, a destruição catastrófica do ambiente, algo que nós, juntos, criámos, e só nós, juntos, podemos solucionar. A seriedade deste problema não deve, pois, ser suavizada e, muito menos, ignorada.

Verónica Medina - 12º11



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Foto - Carlos Rodrigues


Cidadania e ambiente

Educação ambiental

Nos dias de hoje, com o desenvolvimento dos grandes setores industriais e o crescimento das grandes cidades, o estado do planeta Terra tem vindo a piorar muito significativamente. Por estes motivos, a sociedade está a incutir a educação ambiental de forma a não comprometer o bem-estar e saúde da população atual e futura. A verdade é que ao educarmos, sobretudo os jovens e crianças sobre como devemos preservar o nosso habitat, estamos a contribuir para uma diminuição de resíduos, poluição atmosférica e, consequentemente, para uma redução na taxa de doenças provocadas pelos mesmos. Um exemplo ilustrativo deste esforço de preservação é a conversão de automóveis a gasóleo/gasolina em elétricos. Evidentemente que problemas respiratórios causados pelos mesmos diminuirão. Por outro lado, e na minha opinião, o nosso estado de espírito relaciona-se maioritariamente com o tipo de espaço social em que vivemos ou lidamos diariamente. É importante referir que já foi comprovado cientificamente que os indivíduos que vivem em locais urbanos são mais infelizes que aqueles que frequentam ambientes verdes (campos, parques, serra…). Por isso, o papel da educação ambiental neste aspeto é relevante, pois sensibiliza as pessoas a frequentarem ou construírem locais verdejantes por exemplo, cooperando para o seu bem-estar e purificação do ar. Concluindo, num mundo tão modificado e urbanizado como o nosso, é necessária uma fuga à “casa artística” de Alberto Caeiro, bem como uma aprendizagem no sentido de saber como preservar aquilo que um dia deixará de ser nosso, a Natureza.

Diana Gonçalves - 12º09

Todos sabemos que a nossa fonte de vida é a natureza, é ela a nossa mãe, é ela que nos dá o oxigénio do qual todos precisamos diariamente. Ela dá-nos tudo e o que lhe damos em troca? Será que cuidamos tão bem dela como ela de nós? Por um lado, e a meu ver se todos tivermos bem entendido nas nossas cabeças que podemos fazer a diferença ao reciclar, que em vez de deitar uma garrafa de plástico no lixo indiferenciado se a deitarmos no plástico estaremos a ajudar o ambiente e a nós próprios, pois se o ambiente estiver poluído ou contaminado nós, seres humanos, acabamos por ficar contaminados. Mas a culpa não é do ambiente, mas sim dos humanos que o poluem ao pensarem que a sua atitude não faz a diferença. Por exemplo se os humanos jogarem o lixo para o chão ele muito provavelmente acabará no mar sendo comido por um peixe que os homens acabarão por comer, acabando os mesmos por comer plástico. Infelizmente, hoje em dia, o que mais vemos no mar é lixo que põe em risco os seres vivos marinhos e os humanos, pois os plásticos demoram muitos anos a degradarem-se. Por outro lado, se cada um de nós fizer nas suas casas a separação do lixo corretamente, se não jogar lixo para o chão ou até reutilizar, a percentagem de lixo no mar e do bem-estar populacional serão muito melhores. Se os gases expelidos para a atmosfera forem menores também conseguimos arranjar uma alternativa para tentar expelir menos gases ou até combater as fugas de líquidos tóxicas seria muito melhor, pois tanto os gases como os líquidos tóxicos poluem o ambiente e põe em causa a nossa saúde. Em suma, se todos nós nos informarmos e contribuímos o ambiente agradecerá e, para isso, é necessário incutir os valores de reciclar e reutilizar as crianças mais pequenas para que cresçam a crer ajudar o ambiente e a nossa saúde e bem-estar.

Leonor Correia - 12º09


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Foto - Carlos Rodrigues


Foto - Carlos Rodrigues


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A educação ambiental é essencial para a evolução da vida humana. A vida das nossas gerações futuras está nas nossas mãos e, se não agirmos depressa, essas gerações vão ter problemas, dos quais não têm culpa, mas sim a geração anterior e atual. Na verdade, e a meu ver, o ambiente está cada vez mais devastado, e todos nós temos de fazer alguma coisa para mudar. Para o efeito, temos de remar todos para o mesmo lado e, principalmente, todos unidos. Assim sendo, temos de mostrar que queremos mudar, manifestando-nos nas ruas e influenciando outras pessoas a praticar o que é do interesse e bem comuns, ou seja, salvar o mundo. Gretha, jovem ativista de um partido do ambiente, influenciou milhares de estudantes a salvar o mundo, indo para casa mostrar à família o que se devia fazer para minimizar esta difícil situação. Com efeito, outra forma de proteger o ambiente é mostrar às crianças e aos jovens como o podemos fazer, dando-lhes benefício de duas formas. Na prática, ao educar um jovem sobre como proteger o ambiente, além de este ter influência na sua própria família, quando crescer, irá ensinar os filhos e, assim, sucessivamente. Nesta perspetiva educativa, existem várias organizações que estão a visitar milhares de escolas pelo mundo e a fazer palestras sobre os seus planos de como acabar com a destruição do planeta. Concluindo, creio que é com gestos no nosso dia a dia que podemos mudar o mundo, sendo certo que a educação ambiental tem de vir de casa, pois os jovens veem os pais como exemplo e estes quererão, com certeza, um mundo melhor para os seus filhos.

Tomás Andrade Ferreira - 12º09

Nos dias que correm, a educação ambiental é um tópico muito falado tanto nas notícias como na internet. Este refere-se a comportamentos que devemos adotar perante os objetos, o lixo ou também sobre o uso de combustíveis fósseis, entre muitos outros. Atualmente, muitas pessoas seguem as regras estabelecidas para melhorar o ambiente, mas muitas outras não as seguem. Por um lado, e a meu ver, a educação ambiental é uma parte importante da nossa saúde. Ultimamente muitos lugares e elementos da natureza estão poluídos de tal maneira que só aí estar nos faz sentir indispostos. A título de exemplo, uma cidade da China está tão poluída do fumo de combustíveis fósseis que as pessoas devem usar máscaras de gás para poder sair à rua. Há mares cheios até o topo de lixo, do lixo que não reciclamos, como garrafas, sacos de plástico palhinhas, entre muitos outros. Assim sendo, se nós não tivermos a mínima educação ambiental nas nossas vidas, viveremos num local poluído no qual não se poderá subsistir saudavelmente. Por outro lado, e na minha opinião, temos de procurar alternativas para produtos que compramos no nosso dia a dia e deixarmos de comprar aqueles que agravam o estado já muito fragilizado do ambiente, o que faria com que os produtos que poluem fossem fabricados numa menor escala. Se estes produtos já não fossem fabricados, como por exemplo, sacos de plástico, diminuir-se-ia substancialmente a poluição dos oceanos. O oceano, embora não o tenhamos muito em conta, é importante para a nossa saúde já que muitos produtos que consumimos são dele oriundos, como por exemplo, o peixe. Um excelente exemplo das más práticas é a quantidade de microplásticos proveniente do mar que está presente na comida. Podemos, pois, concluir que se não começarmos a reciclar, a usar menos plástico, a usar mais o transporte público, a comprar produtos “ecofriendly”, o lugar onde todos nós (incluindo os animais) vivemos, deixará de ser um lugar onde possamos respirar sem a preocupação de adoecer ou de reduzirmos cada vez mais a nossa esperança de vida.

Fábio de Andrade - 12º09


Ambiente

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meio ambiente pode ser designado como um ecossistema que é composto por recursos naturais e fenómenos físicos universais que por sua vez não possuem um limite claro, como o ar, a água, e clima, assim como a energia, a radiação, a descarga elétrica e o magnetismo, que não são originados pela atividade do ser humano. Segundo a SOER 2020 (avaliação ambiental realizada na Europa) a Europa já realizou progressos significativos nas últimas duas décadas em termos de mitigação das alterações climáticas, reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa, combatendo a poluição do ar e da água e introduzindo novas políticas para fazer face aos resíduos de plástico e reforçar a adaptação às alterações climáticas e à economia circular. No entanto, como já sabemos, este ecossistema está se desequilibrando pela poluição causada pelo ser humano, que consequentemente está causando indiretamente a contaminação do ambiente. Embora, como já foi referido no parágrafo anterior, os resultados sejam significativos, não alcançarão a visão de sustentabilidade “vivendo bem dentro dos limites do planeta deixando recursos para as gerações futuras”, se continuarmos a promover o crescimento económico e procurar gerir impactos ambientais e sociais. Os danos que causamos ao ambiente são irreversíveis, a Terra está perdendo, de forma rápida, a sua biodiversidade, sendo que cada vez mais as espécies que nos restam estão ameaçadas de extinção. É possível registar também mudanças climáticas que são extremamente prejudicais para o ambiente. Assim, o ser humano terá de tomar consciência de si e começar a comportar-se com atos que preservam o ambiente, usando os recursos naturais sem ultrapassar os limites impostos, para que os mesmos sejam sustentáveis para as gerações futuras. Um dos vários atos seria a separação correta de resíduos.

Ana Raquel - CEF61 Webgrafia https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambiente https://www.eea.europa.eu/soer/2020/at-a-glance https://www.eea.europa.eu/pt/highlights/o-estadodo-ambiente-na https://pt.slideshare.net/marisan22/apresentao-meioambiente

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rimeiramente, seria interessante rever o conceito de ambiente. A palavra provém do latim ambiens/ambientis e refere-se ao conjunto de fatores físicos, biológicos e químicos que cerca os seres vivos, influenciando-os e sendo influenciado por eles. Pode ser entendido também como o conjunto das substâncias, circunstâncias e condições que permitem abrigar e reger a vida em todas as suas formas (ecossistemas que existem na Terra). Este termo tem significados especializados em diferentes contextos, no entanto, neste caso, o único que nos interessa é o meio ambiente. Em biologia, inclui tudo o que afeta diretamente o metabolismo ou o comportamento de um ser vivo ou de uma espécie, incluindo a luz, o ar, a água, o solo ou os outros seres vivos que com ele coabitam. Temos vindo, gradualmente, a tornar este assunto foco e tema de discussão, pois cada vez mais é notória a importância da consciencialização acerca das problemáticas associadas ao ambiente. A pressa e ambição de tirar proveito e desenvolver este setor chega a ser assustadora, visto que muitas vezes é esquecida a necessidade urgente de desacelerar este processo e ir em busca de novas alternativas, para que as próximas gerações possam usufruir também do “nosso” planeta. Escrevo a palavra “nosso” com aspas, dado que não há dúvidas de que o planeta não está na nossa posse, nós sim estamos na dele! Se a nossa espécie desaparecesse neste momento, muitos dos danos causados por nós talvez fossem consertados, daí ser inadiável começar a mudar ou até mesmo implementar novos hábitos, acredito que com pequenos atos diários, chegaremos lá. É deveras importante não esquecer que o planeta consegue sobreviver sem nós, o ser humano é quem necessita dele! É hora de parar e refletir.

Liliana Jesus - CEF61


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Vamos fazer do “Meio Ambiente” o nosso “Meio de Vida

O

ambiente, ou também mais conhecido como meio ambiente, é um sistema formado por elementos naturais e artificiais que se relacionam entre si e que são muitas vezes alterados pela ação do homem. Este é constituído pela atmosfera, a biosfera, a litosfera e, também, pela hidrosfera. O lugar a qual chamamos meio ambiente é o sítio onde se desenvolve a vida na Terra, ou seja, é a natureza a interrelacionar-se com todos os seres vivos e não vivos que nela habitam, formando uma certa dependência uma da outra. O nosso ecossistema é o conjunto de elementos físicos, químicos, biológicos como também sociais, que podem vir a causar efeitos diretos ou indiretos sobre os seres vivos e nas atividades humanas. Felizmente, em Portugal e noutros países já existem diversas iniciativas para a preservação do meio ambiente, as quais são apresentadas nas escolas com o intuito de educar e consciencializar crianças e jovens, para que cresçam com essa sabedoria e saibam agir corretamente perante uma situação que envolva o seu habitat, ou seja, o seu ambiente. Podemos afirmar que o meio ambiente inclui diversos fatores dos quais temos os fatores físicos, como o clima e a geologia; fatores biológicos, como a população humana, a flora em sintonia com a fauna e a água e, por fim, fatores socioeconómicos como a atividade laboral, a urbanização e os conflitos. Em suma, o meio ambiente engloba todos os elementos vivos e não-vivos que estão relacionados com a vida na Terra. Engloba tudo aquilo que nos cerca, como a água, o solo, a vegetação, o clima, os animais, os seres humanos, entre outros. Preservar a natureza é a chave para manter o equilíbrio ambiental. É fundamental preservá-lo para que haja o desenvolvimento sustentável das gerações atuais e futuras. Segundo Johann Goethe, “o meio ambiente é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas”, se for preservado teremos um futuro assegurado, por isso, vamos contribuir para que ele nunca deixe de perder o seu valor, pois se o perder, todos nós iremos sofrer com isso. A perda da vida da natureza é o término da espécie humana, pois sem os recursos que a natureza nos oferece, não vamos a lado nenhum.

Léana Lopes - CEF61

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oje em dia, dá-se muita importância ao meio ambiente e à proteção do mesmo, mas os estragos já estão feitos. A população é alertada diariamente para os problemas ambientais, como as alterações climáticas, poluição dos mares, entre outros. Não será já tarde para começar a pensar nestes assuntos? Um estudo recente da “Business Insider” afirma que, em 2050, existirá no mar mais peso em plástico do que peixe. Isto só demostra que as coisas já estão muito más e pode ser tarde demais para reverter os danos feitos ao ambiente, através da poluição provocada pelo Homem. Também deve-se ter em conta a mudança de mentalidades que tem ocorrido, e que há pessoas que continuam a não promover ações menos poluentes e melhores para o ambiente, desta forma chegaremos a um ponto de não retorno. Em suma, penso que o ambiente está a sofrer muito com os estragos humanos e poderemos estar já numa fase muito avançada. Devemos alterar os comportamentos, com muita urgência, para tentar minimizar o que de pior possa acontecer.

Francisco Teixeira - CEF61

O

meio ambiente refere-se ao conjunto de fatores físicos, biológicos e químicos que cerca os seres vivos, influenciando-os e sendo influenciado por eles. Pode ser entendido também como o conjunto de condições que permitem abrigar e reger a vida em todas as suas formas - os ecossistemas que existem na Terra.

João Miguel - CEF61



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Salvar o planeta

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o nosso dia a dia, é cada vez mais frequente vermos programas, anúncios e pedidos de ajuda para salvar o Ambiente. Mas mesmo apelando por ajuda para o nosso próprio bem e do planeta em geral, existe uma grande quantidade de pessoas que consegue levar este assunto de ânimo leve, não mostrando qualquer tipo de preocupação ou interesse para mudar as suas ações, que acabam por prejudicar a nossa própria “casa”. Nós, seres humanos, temos o péssimo hábito de sermos egoístas, apenas querendo saber de nós próprios e de mais ninguém, a mesma situação acaba por acontecer com o Ambiente, uma grande parte da população não liga para a sua preservação e seu bem-estar, mesmo sabendo que o planeta é o nosso lar e que deveríamos zelar por ele, visto que o planeta em si acaba por garantir a nossa existência. Mas, para isso, não basta apenas falarmos e depois ficarmos de “braços quietos”, é preciso agir, visto que mesmo, um pequeno gesto acaba por fazer total diferença, pois é a partir dessas humildes ações que começa a despertar o interesse para socorrer o mundo. Qualquer um de nós pode auxiliar o nosso planeta, desde apanhar o lixo que alguém possa ter deitado para o chão ou mesmo nós que tenhamos deixado cair sem nos apercebermos, começarmos a separar o lixo para depois não acabar em pilhas amontoadas, poupar os nossos preciosos recursos e começar a usar mais as energias renováveis em vez do petróleo, carvão, gás natural, entre outras… até a organização de eventos que promovem a solidariedade para com o planeta. Existem muitas mais maneiras de ajudarmos o ambiente e de melhorar a nossa vida no planeta Terra, mas a ideia mais importante para salvarmos a nossa “casa” é simplesmente que não necessitamos de fazer poluição para vivermos melhor, muito pelo contrário as pessoas já deveriam ter percebido que a poluição só causa destruição e morte para todos os seres vivos, enquanto dependermos da ideia que precisamos de fazer poluição para termos aquilo que queremos, vamos acabar concluindo que no final não valeu a pena, pois o nosso planeta acabou por morrer e nós caminharemos para o mesmo destino.

Cláudio Santos - CEF61

A importância do Ambiente Hoje em dia a nossa geração do século XXI é conhecida por ter mais noção do que acontece ao nosso redor, principalmente no que se refere à natureza (a nossa “Mãe”). Efetivamente, o “meio ambiente” é de origem latina, o qual significa andar ao redor, cercar, rodear. Contudo, refere-se ao conjunto de fatores físicos, biológicos e químicos ou seres vivos, influenciando-os e sendo influenciado por eles. O ambiente pode ser entendido também como o conjunto de condições que permitem “abrigar” a vida em todas as suas formas como, por exemplo, os ecossistemas que existem na Terra. Ao meu ver, podemos acrescentar mais sobre este assunto: os recursos naturais e fenómenos físicos universais que não possuem um limite claro para o uso necessário da Terra ou do Homem, como o ar, a água, o clima, assim como energia, radiação, descarga elétrica e magnetismo, que não são originados por atividades humana. Em Portugal, o meio ambiente é definido pela Lei de Bases do Ambiente (Lei n.º 19/2014, de 14 de Abril e Lei n.º 11/87, de 07 de Abril) como “o conjunto dos sistemas físicos, químicos, biológicos e suas relações, e dos fatores económicos, sociais e culturais com efeito direto ou indireto, mediato ou imediato, sobre os seres vivos e a qualidade de vida do homem.”, como já foi referido anteriormente. Em síntese, a Terra e o seu Ambiente natural irá estar em causa no decorrer dos anos, pois a poluição na Natureza só tem vindo a aumentar consoante o tempo passa. Apesar de alguns seres humanos neste século terem mais consciência dos seus atos, não fará diferença por conta da sua ambição de querer mais e mais do nosso planeta e da “Mãe” Natureza.

Ana Milho - CEF61


A Importância do Ambiente

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uitos de nós, já sabemos o que nos vem à cabeça quando ouvimos a palavra ‘ambiente’, à partida ou trata-se do Meio Ambiente ou do Ambiente Social. Escreverei um pouco sobre ambos e qual a influência que estes tipos de ambientes carregam nas nossas vidas.

Confinamento

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Ambiente Social também é, sem dúvida, um dos mais importantes ambientes para a humanidade. Muitas pessoas estudam este ambiente porque envolve a relação e o contacto entre os seres humanos. Este ambiente visa zelar o bem-estar de todos nós, pois é importantíssimo para a formação e desenvolvimento do ser humano.

ormalmente, como sociedade do século XXI, estamos habituados a ter uma vida ativa, ou seja, é frequente passarmos por centenas de carros por dia, vermos dezenas de caras novas… por isso, a maior parte da população nem tem tempo para pensar no ambiente e nas dificuldades que este passa. Em 2019, surgiu a COVID-19 que teve e ainda tem um grande impacto mundial, levando à morte de milhares de pessoas. Assim, alguns governos, como por exemplo o português, decidiram fechar as pessoas em casa. Este feito teve uma enorme importância a nível ambiental, porque enquanto as pessoas estiveram em casa, para além de darem mais valor aos seus bens, também não puderam poluir, através dos carros e do lixo na rua, sendo que os animais selvagens começaram a aparecer nas cidades devido à sua tranquilidade. Diz-se que o planeta ganhou anos de vida durante os meses em que as pessoas por todo o mundo estiveram confinadas. Concluindo, apesar das consequências da pandemia e da maneira como surgiu, acho que exclusivamente a nível ambiental teve um impacto positivo e perguntome e entristeço-me sabendo que foi preciso uma pandemia mundial para haver melhorias no planeta.

Gonçalo Ferreira - CEF61

Artur Martins - CEF61

A influência do Meio Ambiente...

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Meio Ambiente é, com certeza, o ambiente mais importante para nós e para todos os outros seres vivos. Porquê? Porque é nele que estão os fatores biológicos, físicos e químicos que influenciam os seres vivos e nós, seres humanos, temos de perceber isso. Isso o quê? Menos egocentrismo e mais ecocentrismo. Só assim, respeitando o poderoso Meio-ambiente, é que nós enquanto humanos podemos viver melhor.

A influência do Ambiente Social...

O


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A

mbiente significa algo que envolve ou está à volta de alguma coisa, ou algo que é relativo ao meio físico e social circundante. Dentro do conceito de ambiente temos vários significados especializados diferentes que não se limitam somente ao ambiente em biologia. O ambiente pode ser legal, microgravitacional, tecnológico, de desenvolvimento integrado, de trabalho, virtual, entre outros. O ambiente biológico é o local onde se desenvolve a vida na Terra, ou seja, é a natureza com todos os seres vivos e não vivos que nela habitam e interagem. Atualmente, temos que lidar com diversos problemas ambientais, como, por exemplo, o da água. Sabemos que a água é um imenso recurso natural, do qual as sociedades humanas necessitam para sobreviver. De toda a água que existe no nosso planeta, cerca de 97.5% é salgada e apenas 2.5% é água doce, desses 2.5%, 68.9% encontram-se congeladas nas calotas polares, 29.9% localiza-se no subsolo (aquíferos 1% em outros reservatórios (nuvens), 0.3% apenas está disponível em rios e lagos e 0.9% outros reservatórios. É justamente desse pequeno percentual encontrado em lagos e rios que toda população mundial depende para sobreviver. Como sabemos, grande parte dessas fontes estão sendo destruídas pelo homem. Além disso, temos que lidar com queimadas, poluição do solo e do ar, chuva ácida, alterações climáticas, desflorestação, entre muitos outros problemas ambientais. Em 1972 durante a conferência das nações unidas, em Estocolmo, a ONU instituiu o dia mundial do ambiente, que passou a ser comemorado a

5 de junho. Esse dia tem como objetivo principal chamar a atenção de todas as esferas da população mundial para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais. Para colaborarmos com a sustentabilidade ambiental devemos colocar em prática os 5R’s, sendo eles: Repensar: avaliar a necessidade real de um produto e adquirir somente o indispensável. Recusar: recusar embalagens que podem gerar grande impacto na produção ou no descarte. Reduzir: essa prática está voltada para redução do consumo e do desperdício de recursos. Reutilizar: o objetivo é enviar o descarte de materiais e poder utilizá-lo em outras atividades, enviando o acúmulo de lixo com o descarte. Reciclar: a reciclagem é talvez o conceito mais conhecido dentro da política dos 5R’s. Nesse caso, os resíduos gerados são reaproveitados para se tornarem outro produto ou voltar a fazer parte do processo produtivo. Desenvolvimento sustentável é a capacidade de usar os recursos existentes na natureza sem comprometer a disponibilidade desses elementos para gerações futuras. Vimos então a importância de preservar o ambiente, é no ambiente que todos temos os recursos naturais necessários para a vida, tanto seres humanos como outros animais. Sem recursos naturais como sol, água e alimento, não sobrevivemos, visto que não existe tecnologia ou inovação que possa substituir esses itens básicos da nossa existência.

Maria Reinheimer - CEF61


“Plástica” O cartune apresentado tem como título “Plástica” e foi desenvolvido pelo cartunista Agim Sulaj. Neste cartune, é possível observar uma garrafa de plástico prestes a “devorar” o planeta Terra. Ironicamente, a garrafa assemelha-se a uma boca de crocodilo, simbolizando assim o perigo eminente que o plástico provoca no nosso planeta. O plástico é um dos materiais mais utilizados no nosso dia a dia, não só por ser relativamente acessível economicamente, mas também pelas suas inúmeras funcionalidades que, apesar de o tornarem mais apelativo, acabam por ser uma faca de dois gumes. Uma das suas vantagens é o facto de ser um material resistente, de difícil degradação, o que acaba por ser também uma desvantagem, uma vez que o plástico é extremamente descartável, acabando por inevitavelmente se infiltrar no nosso ecossistema, na nossa comida, na nossa vida. O elevado consumismo, característico da nossa era, está a provocar uma degradação cada vez mais veloz do planeta. Dia após dia, a imagem da Terra é mais semelhante à do fantástico cartune apresentado, perdendo assim cada vez mais as “cores” que a caracterizam, resultado da grande poluição provinda do intenso consumismo presente na nossa sociedade. Em suma, o plástico é um dos maiores inimigos do nosso bem estar e, se não agirmos correta e atempadamente, o nosso ecossistema será condenado a uma degradação lenta e cruel, tal como o criativo cartune acima apresentado induz de forma inteligente.

Narciso Pereira -12º03


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A escola

como potência na sustentabilidade ambiental Nos dias que decorrem, temas circundantes à educação ambiental, que visam lutar por um mundo mais sustentável, são já convicções inerentes à nossa memória e ao nosso quotidiano. Cada vez mais, é relembrada a nossa missão, como habitantes deste planeta, que se encontra em situação de calamidade e de grande instabilidade. Assim sendo, cabe a cada um de nós dar continuidade a esta missão, passando o seu testemunho, de geração em geração. Para isto, é necessário que haja um mecanismo de transmissão, o que acaba por nos colocar ainda mais “à prova”. Será a escola o meio pioneiro que tanto procuramos? O plano político-social a que nós, cidadãos, estamos sujeitos, enuncia a lei que dita o começo do percurso escolar por parte do cidadão, no ensino pré-escolar, quando este já tem cinco anos de idade, e a continuação deste percurso, pelo menos até aos seus 18 anos de idade. Ora, visto que grande parte dos valores do ser humano é resultado da educação, é vantajoso usufruir de uma maior carga horária escolar. Deste modo, poderíamos estar a incentivar os alunos a serem melhores cidadãos. Do nosso ponto de vista, a escola, não deverá ser vista apenas como um meio para promover o conhecimento académico. Até porque somos sujeitos a um tipo de ensino, que nos “massacra” com conceitos, teorias e definições, que, na maior parte das vezes, são desvanecidas da nossa memória. Assim, ao recorrermos a métodos que situem os alunos em perspetivas reais, estamos, de certa forma, a estimular o espírito crítico do aluno. Estas atividades, podem ser, por exemplo: leitura de notícias da atualidade (aquecimento global, sustentabilidade ambiental, pegada ecológica) nas

aulas de português; visualização de documentários de promoção ambiental nas aulas de ciências naturais; visitas de estudo a cenários culturais; e aquela atividade que, na nossa opinião, pode ser o segredo para motivar o aluno: o debate. Criar um debate em contexto de sala de aula, sobre a sustentabilidade ambiental, abre portas, a todos os presentes, para perceberem de que forma o indivíduo se comporta em casa, e de que modo este “responde” aos problemas diários que envolvem o meio ambiente, nomeadamente a reciclagem, a reutilização, e a poupança de energia. Se o aluno tiver maus hábitos quotidianos, e que, de certa forma, prejudiquem o ambiente, este será certamente sensibilizado. Porque num debate, não interferem, apenas uma amostra de aspetos. Os participantes encaixam-se numa variada gama de costumes e hábitos. Esta heterogeneidade, dos costumes humanos, quase por si só, dá origem ao “famoso debate”, a que tanto adoramos assistir. À criança que possui lamentáveis hábitos de sustentabilidade ambiental ser-lhe-ão oferecidas novas perspetivas, a partir de outras crianças que possam ter hábitos sustentáveis. Em suma, aquilo que, enquanto grupo, pretendemos transmitir é que, apesar de a sustentabilidade ambiental ter que começar em casa, não é o que acontece em todos os casos. Assim, com recurso a métodos, como os já referidos, encorajamos e incentivamos as novas gerações a tornarem-se melhores cidadãos e, quem sabe, a mudarem o mundo!

André Capelo, João Afonso Rodrigues, Francisco Sousa, Hugo Vieira e Nélio Santos -11º13


Foto - Carlos Rodrigues

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A sustentabilidade ambiental começa na

escola?

Protegermos o ambiente e o planeta em que vivemos é um dever civil de todos nós e tem-se tornado cada vez mais urgente à medida que começamos a sentir na pele e ao nosso redor as consequências de um estilo de vida inconsciente e de decisões mal feitas. As crianças, sendo o futuro da sociedade, devem ser educadas segundo um estilo de vida mais sustentável, de modo a garantir que se continua a trabalhar para o melhoramento da situação ambiental, pelas seguintes gerações. Tendo isto em conta, a escola tem arranjado maneira de introduzir o tema da sustentabilidade e educar e alertar as crianças e adolescentes para os problemas ambientais, de maneira que todos tenham acesso a este tipo de informação, mesmo que o assunto não seja abordado em ambiente familiar. Sim, a sustentabilidade devia começar em ambiente familiar. É em casa que as crianças e adolescentes têm a oportunidade de praticar um estilo de vida mais sustentável. É a partir das pequenas e simples decisões que tomam no dia a dia na sua casa que conseguem contribuir em grande parte para a proteção do ambiente. Pequenas e simples decisões tais como separar os resíduos, poupar água, poupar eletricidade e reutilizar os sacos de supermercado fazem muita diferença. No entanto, visto que nem todos ou a grande maioria dos pais e responsáveis pelas famílias das crianças e adolescentes de hoje em dia não receberam educação sobre sustentabilidade e problemas ambientais durante o seu percurso de vida, é compreensível que adotar novos hábitos de vida ou falar aos seus filhos sobre algo que muitas vezes nem eles compreendem ou nunca ouviram falar seja difícil.

Por esta razão é que o papel da escola num estilo de vida mais sustentável por parte das novas gerações é tão importante. A escola não nos devia ensinar apenas matéria sobre disciplinas como matemática, biologia e história, mas dar-nos bases para uma vida adulta como bons cidadãos. Isto inclui a sustentabilidade ambiental, cujo conceito, muitas vezes, os alunos ouvem pela primeira vez em sala de aula e, consequentemente, levam o conceito para o ambiente familiar assim como as alternativas sustentáveis para a vida do dia a dia.

Carolina Freitas, Laura Simão e Madalena Abreu 11º13


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Foto - Carlos Rodrigues


O Homem e a

Natureza

N

esta bela fotografia, capturada por Fernanda Gama para o Global Science Opera da Escola Secundária Jaime Moniz, estão presentes três raparigas num espaço bucólico. Em primeiro plano, destacam-se as sorridentes meninas e quatro árvores de grande porte. Já no plano secundário, estão presentes mais elementos próprios do ambiente florestal, tais como árvores e vegetação rasteira. Quanto às cores, destaca-se o branco, presente nos vestidos das raparigas, podendo simbolizar não só a paz e a tranquilidade daquele espaço, mas também a comunhão e harmonia com a Natureza. Presente quase na íntegra da imagem, o verde é a cor característica deste meio envolvente. Ao capturar esta fotografia, a fotógrafa tinha a clara intenção de registar a inocência, a espontaneidade e a felicidade dos jovens, que parecem estar a observar atentamente a naturalidade da floresta. Tal como esta fotógrafa, Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa, assume a Natureza como o seu estilo de vida, captando-a e aprendendo com ela, mas através dos sentidos. Este é um pagão natural, que está em constante harmonia com o ambiente natural e que escreve os seus versos de forma espontânea, imitando a Natureza. É também um heterónimo caracterizado pela simplicidade e felicidade primordiais, que vive com tranquilidade o tempo presente.

Carlota Conte - 12º03 impressionante fotografia apresentada, captada por Fernanda Gama, apresenta três mulheres com um vestido branco, envolvidas pelo verde apaziguante da Natureza, e foi apresentada num evento relacionado com a Escola Secundária Jaime Moniz. Na extraordinária fotografia em questão, estão presentes três lindíssimas mulheres de vestido branco, simbolizando assim a pureza do ser humano e a sua sensibilidade. As três mulheres estão em harmonia com a Natureza e encontramse claramente a contemplar a mesma, observando assim a sua deslumbrante cor, sentindo a sua incrível textura e inalando o seu maravilhoso odor. Tendo em conta a poesia de Alberto Caeiro, é possível relacionar a fotografia em análise, uma vez que o Mestre é um grande poeta sensacionista, acabando por atribuir a máxima importância às sensações. O poeta nega o pensamento e deambula pela Natureza, tal como as três mulheres presentes na fotografia, retratando-a diversas vezes na sua poesia de uma forma impecável. Em suma, a fotografia apresentada retrata triunfantemente a relação primitiva entre o homem e a Natureza, a qual acaba por ser também pintada na impactante poesia de Alberto Caeiro, digna da nossa atenção e estudo.

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Narciso Pereira - 12º03


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Oficina Multimédia B 12º 20

“Marcas da Vida” Este conjunto de retratos são da autoria de Filipa Ribeiro do 12º 20 e foram desenvolvidos em Oficina Multimédia B. O conjunto intitulase “Marcas da Vida” e pretende representar as marcas acumuladas pelo acumular de experiências da vida.


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“O contacto com a Natureza”

Este conjunto de retratos são da autoria da Beatriz Santos do 12º 20. O tema escolhido foi “O contacto com a Natureza”. O propósito foi valorizar a proximidade com a Natureza, utilizando elementos vegetais como parte integrante do retrato.



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“A Máscara”

Este conjunto de retratos são da autoria da Mara Mendonça do 12 º20. O título é “A Máscara”. A aluna indica que pretende transmitir as emoções que são expressas por detrás da máscara, quando esta última é neutra.


Memoria Descrita: Título: Manifesto pelo planeta Na minha obra podemos observar um indivíduo de pele azulada que representa o planeta Terra. Este, agarra numa chaleira em que desta sai elementos representativos da poluição do mar tais como: sacos de plástico, garrafas, pacotes de sumo, tampas, entre outros. No fundo, atrás da personagem, podemos observar o sol, representando assim o sistema solar. Escolhi o azul e verde pois a personagem representa o planeta Terra e a sua veste é arroxeada e azulada pois representa as nebulosas que se encontram na Via Láctea. A técnica utilizada foi a de aguarela. Tatiana Vieira - 12º20


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Foto - Carlos Rodrigues






Este espaço pode ser seu! Envie-nos os seus trabalhos! designinformacaoemultimedia@jaimemoniz.com


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