NEWSLETTER O LYCEU N03

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#03 dezembro 2020

Uma Escola diferente, mas segura e confiante! Maria Zita Carvalho

COVID19

O que os nosso alunos dizem Como os nossos alunos a veem

Testemunhos Bruno Perneta

A pandemia Carmo Granito


A newsletter “O Lyceu” pretende ser uma publicação interativa. Neste sentido, aqui ficam algumas informações sobre a sua leitura. Se clicarmos • nos títulos da capa, somos encaminhados para o respetivo artigo; • nos diferentes títulos dos artigos ou números de página do índice, acedemos ao respetivo conteúdo; • no ícone ao índice;

que se encontra na parte inferior direita das páginas, voltamos

• na imagem à direita desta página, podemos visitar a exposição virtual; • nos círculos numerados da página 44, no artigo sobre o Núcleo Museológico “O Lyceu”, podemos ver fotografias 360º do mesmo; • nas palavras da página 46 para se inscrever; • nos ícones da página 47, no artigo sobre o grupo de teatro O Moniz Carlos Varela, podemos aceder aos contactos e redes sociais. Boas leituras|


EXPOSIÇÃO ARTES

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Editorial Volvidos três meses do tão desejado e desejável regresso ao regime de aulas presenciais, e ainda “a braços” com um crescendo do número de infetados pela Pandemia, a Escola, à semelhança das restantes instituições, ainda se vê diante de um cenário que exige redobrados cuidados, disciplina, rigor e articulação na aplicação de medidas preventivas e de contingência para garantir a baixa taxa de transmissão da doença, não apenas nos seus limites físicos, mas igualmente no seu muito mais lato entorno. A esta luz, afigura-se-nos claro e pacífico que afrouxar os apelos à responsabilização e consciência individual de todos ou relaxar o cumprimento das regras e dos normativos legais não é, definitivamente, opção. Recorde-se que desde os primeiros meses da crise sanitária a nossa Escola viu-se comprometida e envolvida numa vertiginosa e exigente corrida contra o tempo, no sentido de equipar-se fisicamente e organizar-se estrategicamente para dar resposta a um sem número de exigências, recomendações, desafios e mudanças estruturais urgentes e incontornáveis. Reconhecendo-se inteiramente o quão justo é louvar o modo resiliente e, na maioria dos casos, exemplar como as escolas, desde os seus conselhos executivos, docentes, alunos, assistentes técnicos e operacionais têm reagido aos reptos, restrições e constrangimentos que o novo vírus veio inevitavelmente trazer, não será igualmente de menor justeza reforçar a convicção de que não é avisado ou sequer razoável descurar as dificuldades pelas quais a Educação passa, e que perdurarão num futuro próximo, designadamente no que toca aos impactos na saúde emocional, paulatinamente degradada diante das ansiedades e receios provocados pela ameaça da doença, pelas incertezas que a acompanham e pelas novas formas de socialização, mais distanciadas e frias, impostas pela pandemia a toda a Comunidade Educativa, sem exceção. Em três meses de ensino presencial, a Escola tem dado a resposta possível, reforçando meios, recursos humanos e materiais para oferecer um ensino de qualidade, tudo fazendo para que o bem-estar e sucesso educativos ocorram na observância das desejáveis condições de segurança, de aposta na prevenção e no desenvolvimento de uma consciência cívica que a todos envolva, imbuída da convicção de que o embate ainda exige tenacidade, vigilância, regularidade e responsabilidade cívica. No presente número figuram testemunhos escritos e fotográficos de alunos dos vários níveis de ensino/ áreas vocacionais, bem como contributos de colegas e funcionários, em termos da sua visão sobre a forma como estão a viver e a lidar com a pandemia e com o cancelamento da tradicional Bênção das Capas, o impacto que assume nas suas vidas e, muito em particular, na Escola. Incluem-se artigos sobre a Implementação do Plano de Contingência na Escola, da autoria da colega Zita Carvalho (vice-presidente do Conselho Executivo), da colega Rosário Martins e da colega Gilda Gama, docentes do grupo 300, da colega Lília Castanha, a propósito do Núcleo Museológico, da Voz do aluno, do Grupo de Teatro O Moniz, Carlos Varela, do Grupo de Alemão, da Exposição Artes, da D. Carmo (Encarregada Operacional), da D. Mónica Jardim (antiga aluna e atual assistente operacional), da colega Carmo Granito (assessora jurídica da Escola) e de um antigo aluno, Bruno Perneta, Médico Odontologista, bem como um texto de homenagem póstuma à colega Fátima Menezes, docente do grupo 410, em nome de toda a Escola, em reconhecimento do seu profissionalismo, competência, qualidades humanas e relacionais de excelência. Agradecemos a todos os que colaboraram, direta ou indiretamente, na composição de mais este número da Newsletter da nossa escola, bem como a todos os que nos derem a honra e o privilégio da leitura de um trabalho colaborativo que procurou envolver a diversidade de vozes do Liceu, nas suas diferentes perspetivas e sensibilidades. Obrigado a todos! A equipa do projeto DIM


Fi­cha Téc­ni­ca Nº 03 dezembro de 2020 Es­co­la Se­cun­dá­ria Jai­me Mo­niz Lar­go Jai­me Mo­niz 9064 - 503 Fun­chal Te­lef.: 291202280 Fax: 291230544 E.mail: geral@jaimemoniz.com Di­re­tora: Ana Isabel Freitas

Co­or­de­na­do­res António Costa - Gru­po 600 An­tó­nio Frei­tas - Gru­po 520 Carlos Rodrigues - Gru­po 600 Jo­sé Gou­veia - Gru­po 600 Van­da Gou­veia - Gru­po 300 Supervi­são de conteúdos; Ana Isabel Freitas Re­vi­são: Van­da Gou­veia e João Abel Fernandes Fo­to­gra­fia: Carlos Rodrigues Ar­ran­jo e edição grá­fic­ a: José Gouveia Edição de imagem: Carlos Rodrigues e José Gouveia

designinformacaoemultimedia@jaimemoniz.com

Agradecimentos Ao Conselho Executivo, bem co­mo a to­dos quan­tos contribuí­ram pa­ra que es­te pro­je­to se re­a­lizasse. Foto da capa - Júlia Silva - CEF52 Postal de natal - Carlos Rodrigues


Índice Uma Escola diferente, mas segura e confiante! - Maria Zita Carvalho

01

Braços que se multiplicam no silêncio para deixar a Escola asseada e segura - Maria do Carmo Macedo e Rosa

03

Deixem passar os Heróis - Rosário Martins Silva

05

O antes e o depois - Gilda Gama

06

A pandemia - Carmo Granito

07

Testemunhos - Ana Mónica Pereira de Sousa

09

Testemunhos - Bruno Perneta

10

Protocolo de Cooperação com a “Sorriso Vital, Clínica Médica e Dentária

11

Fátima - A luz que sempre irradiaste - João Abel Torres Fernandes

12

COVID - Opinião dos alunos

13

Liceu com Memória - Núcleo Museológico “O Lyceu”

43

A voz do aluno - Um projeto solidário

45

O Moniz Carlos Varela - Outro formato, o mesmo legado

47

O natal em alemão

49

COVID - Um olhar dos alunos

51

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Uma Escola diferente, mas segura e confiante!

Maria Zita Carvalho Vice-Presidente do Conselho Executivo Foto - Cristina Lucas - CEF52

A Escola representa uma comunidade dinâmica, cujos autores desenvolvem, num ambiente saudável, a concretização do objetivo a que se propõe, o sucesso da comunidade educativa. Ao falarmos da Escola, referimo-nos aos alunos, professores, assistentes técnicos e operacionais, às famílias e à restante comunidade envolvente e não apenas ao espaço físico propriamente dito. Sendo a Escola o local de eleição da partilha de saberes e um dos grandes pilares da sociedade, é também inquestionável, que se depara hoje com o maior desafio de sempre, a pandemia provocada pelo Covid-19. No presente ano letivo, seguindo as orientações das Autoridades de Saúde, e tendo presente o Plano de Contingência, a Escola acolheu os seus alunos num clima de segurança, de responsabilidade, de alegria e de felicidade, pois o papel da Escola extravasa o seu lado formal, é muito mais, é um suporte emocional onde os alunos desenvolvem competências sociais, onde aprendem a lidar com sentimentos e situações que serão vivenciadas ao longo da vida. Sendo a Escola também responsável pela higiene sanitária do espaço físico, foi desde

logo implementado um conjunto de novas regras de higiene e segurança definidas pelas Autoridades de Saúde, por forma a minimizar os riscos de contágio em contexto escolar, uma vez que só um ambiente seguro capacita os nossos alunos a aprender e a partilhar saberes. Entre as principais normas, foi estabelecido o uso obrigatório de máscara, a definição de circuitos de circulação no interior do recinto por forma a evitar o cruzamento de alunos, a higienização das mãos e dos espaços, os horários desfasados e alargados, entre outros procedimentos que todos os dias a Escola define e adequa a situações imprevisíveis que surgem e que urge dar resposta. Não foi fácil, nem sempre foi compreendido, mas com a colaboração de toda a comunidade educativa, o ano letivo decorre com a normalidade possível e exigida num quadro histórico excecional, marcado pela incerteza mundial. Não restam dúvidas de que a Escola nunca mais será igual, mas seguramente será mais humanista e consciente da responsabilidade e do papel preponderante que tem na sociedade, sem descurar o processo de ensino-aprendizagem e a busca do

conhecimento científico inerente às diferentes áreas disciplinares, seja presencial ou à distância. Os professores continuarão a ser essenciais no desenvolvimento e implementação do sistema educativo. A nossa caminhada ainda agora começou. Os professores, conscientes da sua responsabilidade e perante uma gigantesca adversidade que marca a conjuntura atual, estão disponíveis para cumprir a sua nobre missão. Os assistentes operacionais, os assistentes técnicos, o órgão de gestão e toda a comunidade educativa estão envolvidos, comprometidos e implicados no sucesso de toda a comunidade escolar. Em suma, em tempos tão singulares como os que vivemos, a Escola abre corajosamente as portas e acolhe, com a alma dorida mas com um sorriso franco, toda a comunidade, fazendo diariamente o exercício de superar-se na tribulação, dando confiança a todos os que a procuram e mostrando que é possível continuar a construir o futuro, porque o ensino continua sempre a acontecer e a fazer História.



Braços que se multiplicam no silêncio para deixar a Escola asseada e segura

Texto: Maria do Carmo Macedo e Rosa Chefe dos Assistentes Operacionais Foto: Matilda Wormwood, Pexels

O ano letivo 2020/2021 será, sem dúvida, diferente para assistentes operacionais, professores, alunos e toda a comunidade educativa que vai experienciando uma escola mudada em relação aos anos anteriores. Os tempos em que vivemos assim o exigem e foi necessário, quase de um dia a outro, estar em linha com as autoridades que zelam pela saúde pública. Assim, um conjunto de novas regras e normas de funcionamento definidas pelo Ministério da Educação e pela Direção-Geral da Saúde (DGS) foram implementadas, desde a primeira hora, para manter a nossa Escola aberta e em segurança. Na Escola, aprendemos cedo a ser cumpridores e a zelar pelo bem comum. Como assistente operacional, posso testemunhar que a nossa tarefa nem sempre tem sido fácil, num ano marcado pela pandemia Covid -19, que coloca tantos desafios e regras de funcionamento a toda a comunidade escolar. Estamos conscientes de que o nosso papel na Escola é de grande pertinência, ainda que nem sempre valorizado. No entanto, nestes tempos, sentimos que a nossa

ação tem vindo a ser reconhecida como indispensável para a implementação de um conjunto de tarefas que a Escola em tempo de pandemia exige. A necessidade de reorgani-

Somos “formiguinhas” a correr para que todos entrem e saiam em segurança. zação obrigou a um enorme envolvimento e um compromisso de todos os que fazem parte de uma grande equipa, os assistentes operacionais, para levar a cabo, em tão pouco tempo, um conjunto de tarefas e procedimentos resultantes da implementação de horários desfasados e do alargamento do período escolar, o que implicou a reorganização dos recursos humanos e espaços. A realidade tem-nos obrigado a multiplicar os nossos braços e olhares para cumprir exigências em nome da segurança. Desdobramo-nos por salas e corredores do silêncio, sob o peso da responsabilidade de cumprir e não colocar em risco ninguém. Somos “formiguinhas” a correr para que todos entrem e saiam em

segurança. Nem sempre a tarefa do Assistente Operacional é compreendida, mas estamos confiantes de que a nossa Escola é um espaço físico seguro, porque cumpre as regras sanitárias exigidas pela Direção Geral de Saúde. Limpar e desinfetar passou a ser a nossa rotina. As salas de aula, por exemplo, são limpas e desinfetadas com grande frequência. Mas não só. A nossa ação alarga-se aos refeitórios, às casas de banho, aos espaços de uso comum, corrimões e maçanetas, tantas tarefas invisíveis, mas que são repetidas diariamente com a frequência que a pandemia assim o exige. Um trabalho extenuante e contínuo para que a nossa Escola seja um espaço seguro para a vivência de experiências saudáveis. Tudo vale a pena se o bem-estar de todos fica salvaguardado e se todos forem felizes na Escola.



Deixem passar os Heróis Texto: Rosário Martins Silva - Grupo 300 Foto - Bruna Saturnino - CEF52

A pandemia chegou silenciosa mas avassaladora. Varreu as nossas certezas e abalou as estruturas de um mundo que fazia gala da sua modernidade, capitalizada à conta da mais sofisticada tecnologia. Eis que, num segundo, caíram por terra vaidades à escala mundial e autoritarismos imperiais. Passámos todos de sábios a aprendizes de um vírus invisível que nos quer esmagar e ensinar a começar de novo. Recolhemo-nos, protegemo-nos, tapamos o que de mais belo temos, o rosto e as expressões, e carregamos na alma o peso de uma pandemia que tanto tem feito sangrar o mundo, sine die. Chegados a este ponto, procuramos as armas para esta guerra e, após todos os olhares, falta-nos o instrumento mais eficaz, o bisturi certo para erradicar o inimigo que voou de tão longe e quer fazer morada em todo o planeta, num ato de contrição pungente. Mas eis que, ainda sem cantar vitória, este estado de guerra viral fez trazer à superfície o Heroísmo de uma humanidade ferida e sofrida. Nunca imaginava conhecer

tantos Heróis de carne e osso. Falo de um povo que arrisca sair de casa diariamente para buscar na Eucaristia a força para existir com alegria. Falo dos alunos que calam a dor no coração e se sentam nas escolas para cumprir o dever de aprender. Falo dos professores que dão todos os dias provas de resiliência e de esperança, ensinando com a pior das mordaças, falo das direções e funcionários escolares que passaram a ser exímios profissionais do trapézio e da acrobacia, adaptando e ajustando regra atrás de regra em nome do bem-estar comum e falo também dos últimos, daqueles que ninguém conhece, que tentam seguir com normalidade na anormalidade, chorando em silêncio as sequelas do contágio e a morte dos familiares. Eu já sabia que a Humanidade é Grande. Mas só agora compreendi que estou rodeada de Heróis.


O antes e o depois Texto: Gilda Gama - Grupo 300

Escrevo este texto, mas simultaneamente envio toda a minha solidariedade, respeito e compaixão por todos os seres humanos que sofreram e ainda sofrem as consequências desta pandemia. Fui medir a tensão e a moça que me atendeu, uma ex-aluna minha, pergunta: - Então sra. professora, como tem passado com toda esta situação? - Ai, deixe-me dizer-lhe uma coisa em segredo: para mim foi uma bênção. Finalmente, consegui ter a minha família reunida em casa. A minha filha que de há quatro anos a esta parte, só a via dez dias, de três em três meses, ficou em casa a conviver comigo seis meses seguidos. Foi uma partilha completa, desde aniversários celebrados em família a reuniões familiares num convívio salutar e alegre. Tenho cinco filhos, sabe, e consegui reuni-los e estar-

mos todos juntos, em família. Antes da pandemia nos convívios, faltava sempre alguém ou porque estava a trabalhar ou porque estava fora a estudar, sei lá, havia sempre um motivo para uma ausência e era impossível a comparência de alguém. Com a pandemia não, todos estavam presentes, quando era preciso. Mas sempre respeitando as normas da convivência, claro. Percebe agora porque é uma bênção? Resposta pronta da rapariga. - Graças a Deus que oiço uma resposta dessas. Finalmente, ouço alguém que não se queixa. Toda a gente se lamenta, diz mal, adoeceu, ficou depressivo, a tensão subiu… Já estou cansada de só ouvir dizer mal de tudo. As pessoas passam a vida a queixar-se e ouvir essa resposta, olhe, obrigada, também foi uma bênção.


Texto: Carmo Granito - Grupo 430 Foto - Miguel A Padrinan - Pexels

Pandemia era para nós, uma palavra assustadora aprendida nos bancos da escola e vislumbrada em filmes que “falavam” do antigamente. Nós, plenos da arrogância de quem cresceu num mundo pejado de ciência e tecnologia, tínhamos a certeza que era uma coisa do passado, ainda que os cientistas mais avisados nos garantissem que, qualquer dia, num instante de distração ela, a pandemia, chegaria inevitavelmente. Diziam eles que de cem em cem anos havia uma pandemia e, nós, na sobrançaria de quem acha que o mundo mudou, que para o Homem tudo é possível, desde ir à lua, a ultrapassar a velocidade da som, achamos que não, que desta vez seria diferente, que desta vez olharíamos para a senhora pandemia, olhos nos olhos, e a nossa ciência a derrubaria num ápice, antes que ela conseguisse viajar de continente em continente, de ilha em ilha, de terra em terra. Não, desta vez, seria tudo

diferente e muito menos assustador. Até que um dia, quase transposto um quarto do século XXI, eis que ela, a pandemia, aparece numa cidade chinesa, do outro lado do mundo, e caminha à velocidade dos nossos dias, deixando um rastro de morte, dor e desalento. De repente, nós, quase deuses, nós que aumentamos a esperança de vida em dezenas de anos, nós que passeamos pelo espaço, nós que planeamos colonizar Marte, ficamos paralisados por uma “coisinha” invisível aos nossos olhos. De uma forma repentina e incrédula, o mundo quase parou. Os milhares de aviões que cruzavam os céus todos os dias ficaram em terra e os milhões de pessoas que diariamente viajavam para lugares distantes ficaram em casa. Num sopro de segundos, o mundo mudou, as esplanadas ficaram vazias, as estradas já não levavam a lugar algum e milhares de milhões de pessoas recolheram a casa. Ditaduras e

democracias ordenaram, de forma mais musculada ou mais suave, que ficássemos em casa. E o povo assistiu da janela do século XXI – a televisão – às vagas devastadoras do coronavírus Sars-coV-2 e percebeu que, embora possamos brincar aos deuses, não somos Deus. Julgo que percebemos que não podemos destruir a nossa primeira e única “habitação”, com a certeza que uma dúzia de cabeças superdotadas, os cientistas, tudo resolverão. A pandemia vem de cem em cem anos e, possivelmente, continuará a vir para nos lembrarmos da nossa pequenez. A pandemia vem para “baixarmos a crista”, como diriam os mais velhos. A pandemia vem e virá sempre para destapar o manto de cores garridas e mostrar o negro, o cinza e o ocre das sociedades. A pandemia virá sempre para mostrar o belo e o feio do ser humano. A pandemia de 2020 mostrou que há seres humanos maravilho-


sos, capazes de arriscar a vida para salvar vidas mas, também deixou em evidência, um grupo mais ao menos alargado de alimárias incapazes de ter empatia pelo outro, pessoas egoístas e incapazes de proteger os mais frágeis, pessoas incapazes de se incomodar em nome do bem comum, pessoas incapazes de se autodisciplinarem e que só respondem à “lei do chicote”. Em suma, pessoas que ainda não chegaram ao estádio de desenvolvimento que lhes permita estar aptas para viver em democracia. Recordo-me hoje, como se tivesse sido ontem, os meus tempos de faculdade e lembro-me bem de uma frase dita por um dos meus ilustres professores, que na altura me pareceu espantosa, dizia ele que “nem todos os povos estavam preparados para viver em democracia”. É claro que ele tinha razão e eu, ao olhar o mundo nestes dias, da minha janela eletrónica, pensei, muitas vezes, que

nem todas as pessoas estão preparadas para viverem em democracia. Saber viver em democracia não é ser subserviente, é respeitar a lei e a ordem, é perceber que há mais mundo para lá de si próprio, e perceber que se tem de respeitar o outro que viaja na mesma estrada da vida, é obedecer a quem sabe mais, é perceber que numa comunidade de homens e mulheres há quem mande e quem obedeça. A pandemia veio mostrar que, quando os cidadãos têm uma formação tendente para valores como o respeito pela vida humana, a empatia, o respeito pela lei, a solidariedade, a gratidão, a amizade, entre outros, não só produzem sociedades mais equilibradas, mas também, mais seguras e felizes. Neste momento, para que muitos dos nossos concidadãos possam ter mais Natais, é necessário seguir os conselhos da DGS: usar máscara, cumprir a etiqueta respiratória, manter o

distanciamento físico e ficar em casa. Educar é urgente e necessário e cabe à escola e à família fazê-lo. Educar implica a obrigação de mostrar, desde muito cedo, que viver em sociedade traz inúmeros benefícios que um eremita não teria mas, também implica responsabilidades e deveres para com os outros e para com a comunidade que faz o favor de nos receber. Cabe, também, à escola, como instituição que prepara os jovens para serem Homens, prepará-los para ser gente que sente, que tem alma e coração; gente que prima pelo respeito pela vida humana, que respeita os mais velhos, que sente empatia pelo outro que caminha ao seu lado; gente capaz de dar a mão aos que caem e que sabe distinguir o certo do errado e o bem do mal; gente que fica do lado certo da estrada, ainda que isso lhe cause alguns incómodos.


Como foi ser colocada nesta escola? A minha colocação nesta escola resultou do procedimento concursal atribuído pelo Governo Regional da Madeira, para o preenchimento de vagas do quadro como assistente operacional. Foi com muita satisfação que quando consultei a lista de nomes aprovados, o meu nome constava desta.

Qual a diferença entre condição de aluna e de funcionária. Eu frequentei esta escola entre 2005 e 2008. São anos que recordo com alguma nostalgia. Na altura, as “coisas” eram um pouco diferentes, não só as regras, bem como algumas características pedagógicas e funcionais da escola. Atualmente, o cenário é outro e a responsabilidade é acrescida. Valorizo muito o meu trabalho e por ter sido aluna desta escola, dedico-me a 110%. Foram-me incutidos muito bons valores nesta escola.

O que significa para si ser funcionária desta escola? Para mim ser funcionária desta escola é um orgulho. Poucas pessoas podem afirmar que estudaram nesta escola e que aqui laboram. Portanto, é algo que me deixa feliz.

Como foi recebida e quais as maiores dificuldades na sua integração, especialmente atendendo à situação actual de contingência (COVID)? Acho que fui muito bem recebida, quer pelos colegas, quer pelos demais funcionários e professores. É certo que na altura em que comecei a desempenhar funções a pressão esta instalada. Retomar o ensino em tempos de Pandemia não é algo que se faz de ânimo leve. Contudo, o espírito e vontade para que tudo corresse e funcionasse como o previsto eram superiores às adversidades, assim a abertura do Ano Letivo correu de forma positiva.

Quais as suas aspirações para o futuro? Relativamente, a aspirações futuras mantenho-me positiva, mas também estou convicta que levará muito tempo até que o Mundo venha a ser como antes, se é que voltará à normalidade. Profissionalmente, aspiro ser reconhecida pelo meu trabalho. Presentemente, sinto-me satisfeita, futuramente creio que algo de bom surgirá.

Ana Mónica Pereira de Sousa - Assistente operacional da ESJM Foto - Cottonbro - Pexels


Dr. Bruno Perneta Médico Dentista, Diretor Clínico

Há quase 25 anos, em plena adolescência, e com sonho em seguir a área médica, tomava a decisão de frequentar o ensino secundário no histórico Liceu Jaime Moniz. E que boa decisão foi, deixem-me que vos diga sem falsa modéstia. Tanto a nível académico como a nível pessoal. A nível de ensino a preparação dada pelos vários professores com quem partilhei a sala de aula foi de excelência. Todos importantes, mas alguns mais marcados na memória de tempos idos, como a Prof Maria Amélia, cujo grau de exigência que tantos detestavam vim a agradecer quando bio matemática / bioestatística teve que ser feita na chegada a Coimbra. Ou como as professoras Águeda Lima e Daniela, com o seu imenso saber, nos prepararam de forma exemplar para as específicas de Biologia e Química. Ou expressões de alguns como “José Rafael para o que der e vier” ficaram marcadas e que de facto cumpriam com os seus métodos menos ortodoxos mas talvez até mais eficazes. Momentos marcantes vivi nesta instituição. Um pátio com imensos alunos onde foram feitas amizades que perduram até hoje, os intervalos na árvore grande ou no Raiz Quadrada, onde se trocavam impressões sobre aulas, amigos(as), namoradas e todas as questões existenciais características da adolescência que hoje em dia nos puxam gargalhadas ao relembrar a importância dada às mesmas. O desfile das capas e a coragem necessária para convidar o par para o desfile e baile. O orgulho dos pais ao nos verem de capa negra aos ombros, prontos para novos desafios. Enfim, momentos que marcaram e fizeram crescer para abraçar o desafio de forma mais consciente ao chegar a Coimbra para estudar Medicina Dentária. A vontade de aprender sempre e crescer continuou a ser alimentada, as bases estavam bem alicerçadas e, anos mais tarde, permitiu que abrisse a minha clínica, a Sorriso Vital, com a qual agora temos um protocolo com o Liceu e que vos permitirá um acesso mais facilitado a uma boa saúde oral. É um retornar às origens e um fechar de ciclo bonito, uma forma de agradecimento a tudo o que esta instituição histórica me proporcionou. Que a vossa geração aproveite da mesma ou melhor forma os ensinamentos e experiências nesta escola e vos prepare para este mundo em mudança e que tanta adaptabilidade nos exige. Espero por vós no Edifício Anadia, 5º andar e desejo-vos a melhor sorte nas vossas vidas.


Escola Secundária Jaime Moniz “Sorriso Vital”

A Escola Secundária Jaime Moniz assinou hoje um Protocolo de Cooperação com a “Sorriso Vital, Clínica Médica e Dentária”. Unta iniciativa que representa urna aposta na saúde oral da comunidade celebra protocolo educativa desta instituição escolar. de Cooperação com a clínica dentária O protocolo foi rubricado pela presidente do Conselho Executivo da ESJM, Ana Isabel Freitas, e Bruno Perneta, Diretor Clínico da “Sorriso Vital”. Texto: Rosário Martins Silva - Grupo 300 Fotos - António Costa - Grupo 600 Através desta parceria, fica assegurada a disponibilização e a prestação de serviços da citada Clínica Médica e Dentária, em condições preferenciais, aos destinatários do Protocolo, ou seja, todos os docentes trabalhadores não docentes e alunos da ESJM e familiares diretos. Com base no cartão identificativo da ligação efetiva à ESJM, os beneficiários terão acesso a uma primeira consulta e radiografia panorâmica, diagnóstico da saúde oral e destartarização oral pelo valor de 30 euros. Numa segunda fase, o protocolo define a disponibilização de um conjunto de descontos na tabela de, em média, 35% nos variados tratamentos dentários. Em contrapartida, compete à ESJM distribuir/divulgar/ disponibilizar, junto dos seus docentes, trabalhadores não docentes e alunos, todas as informações e atualizações enviadas pela “Sorriso Vital”, designadamente novos serviços/produtos. Serão também divulgadas junto da comunidade educativa as campanhas dos serviços/produtos prestados ou comercializados. Por fim, os outorgantes comprometem-se a colaborar no sentido de fomentar as potencialidades de ambas as instituições, com vista a desenvolver uma cooperação institucional que explore e promova sinergias, contribuindo para a partilha de conhecimento e para o desenvolvimento de ambas as partes.


João Abel Torres Fernandes

Querida Amiga Fátima, é esta a imagem que os teus amigos guardam de ti. A tua presença tão cheia de vida, de energia, de alegria, de ternura, de atenção ao outro, de amor à profissão e aos valores e princípios fizeram de ti uma pessoa inesquecível nas vidas de quem te conheceu, admirou e amou. És uma Amiga que desejo reencontrar quando também eu partir. Como todos os grandes e verdadeiros Amigos, sempre estiveste tão presente nos momentos felizes como nos tempestuosos e agrestes. Tenho-os todos gravados no coração e na memória. Nem distância nem silêncio os farão esmorecer no tempo. A luz que sempre irradiaste era, e será sempre, a do brilho de uma estrela na noite dos que protegeste e amaste com tanta dedicação e carinho. Nunca um vislumbre no teu rosto da sombra de um queixume. Pelo contrário, os olhos de sol procurando esperança, atraindo esperança. Os teus Amigos, aqueles que sempre o foram e o serão sempre, sabem como foste tão poderosa e discretamente essa luz de conforto e farol de abrigo para a tua família e para os teus amigos. De ti ficou a força da voz firme mas tão repleta de amor, de ânimo e de fé para todos os que amavas sem reservas nem rendição. De ti ficou o amor pela beleza e fragilidade das flores de que falavas com tanto desvelo. Partilhavas com elas a beleza e o modo tão teu de atrair o sol, redistribuindo a sua luz à tua volta. Obrigado pela parte de luz que me coube. Muitos, como eu, familiares, amigos e alunos sentiram o teu toque contagiante na franqueza e apoio das palavras animadoras ou de sábio aconselhamento e incentivo, na largueza e pureza do teu sorriso. Muitos, como eu, têm para ti na alma lugar cativo lembrando a delicadeza, nobreza moral e ética, a graciosidade do teu modo de ser e estar, a generosidade imensa de que eras capaz, mesmo quando sofrias ingratidão. É, com toda a justeza, numa passadeira vermelha que recordaremos o chão dos teus passos, brilhante e bela como uma estrela caída do céu, com o sorriso encantador que todos te admirávamos e agradecemos ter feito parte das nossas vidas. É, assim, devolvendo-te o sorriso, que os nossos corações, feridos de saudade, mas gratos por teres vindo enriquecer e iluminar as nossas vidas, te guardarão. Adeus é, tão-só, até que Deus nos reúna, Querida Amiga!


Opinião dos nossos

alunos Foto Ketut Subiyanto, Pexels

Confinar ou desconfinar é algo de que muito se fala atualmente devido aos inúmeros casos de Covid-19 que aparecem diariamente em Portugal, precisamente devido ao facto de haver poucos cuidados por parte da população ou pelo difícil controlo do vírus. A meu ver, há muitas pessoas que não respeitam as normas de segurança, designadamente usar máscara, desinfetar as mãos, manter o distanciamento social e não frequentar espaços com demasiadas pessoas, o que acaba por agravar a situação, pois não há tanto controlo e prevenção por parte das pessoas no sentido de não serem infetadas pelo vírus e, consequentemente, infetarem outras pessoas através do incumprimento das normas de segurança. É de registar que, quando ocorreu o primeiro confinamento devido à pandemia da Covid-19 houve várias pessoas descontentes, mas grande parte delas sabia que essa medida era necessária para evitar grande contaminação pelo vírus. Com efeito, o confinamento veio agravar a situação económica do país, pelo que os governantes até já afirmaram que, caso houvesse outro confinamento, a economia do país não iria aguentar-se.

Além disso, o pior é que agora estão a surgir cada vez mais casos diariamente, também por culpa das pessoas, da falta de preocupação e cuidado, como referi anteriormente, sendo que a possibilidade de haver um novo confinamento começa a ser uma hipótese cada vez mais provável, caso o número de casos que aparecem não sejam controlados e não houver melhoramentos significativos em relação à prevenção. Para concluir, creio que o confinamento só será uma boa medida a ser tomada quando se verificar que a situação, relativamente ao número de casos que aparecem continuar a aumentar, e não houver outra hipótese para além dessa, pois com um novo confinamento a economia do país irá piorar, e bastante, e o desemprego provavelmente aumentará, mas, se essa for a única solução para que a população se mantenha de boa saúde que seja, pois, se não houver uma população saudável, não haverá uma economia igualmente saudável.

André Jardim - 12º08


Confinar ou “desconfinar”

Confinar ou desconfinar, eis a questão

Eis a questão. Qual a mais sábia ação que podemos tomar? Sofrermos dos casos diários de infetados descuidados ou opormo-nos a esta corrente de calamidades, pondo-lhes um fim com necessárias medidas? A meu ver, se os nossos líderes optarem por descartar a possibilidade de haver mais um confinamento estarão a colocar a saúde do país nas mãos de uma sociedade que provou ser incapaz de tomar conta de si própria. A ignorância e descuido em que uma significativa parte do povo português caiu servem como exemplos que demonstram como este necessita de um novo “enclausuramento”. Efetivamente, nos dias de hoje, é raro o momento em que saia de casa e não “dê de caras” com alguém que não esteja com a máscara posta. Para além disso, ainda há quem acredite que entrar num novo confinamento é uma má ideia, em razão de poder afetar a economia do país. Pois bem, esse facto não deveria ser um obstáculo. Para ilustrar o meu ponto de vista, apresento a seguinte premissa: se o governo optar por não realizar um novo confinamento, chegar-se-á a uma altura em que não haverá ninguém saudável para proteger a tão prezada economia do vírus. Em suma, corremos o risco de precisar de um novo confinamento, visto que uma parte da população continua a não ter os devidos cuidados, sendo certo que, apesar de corrermos o risco de haver uma crise económica, é necessário colocarmos a saúde à frente do dinheiro. É, pois, necessário “confinarmos”.

Confinar ou desconfinar, dois termos que atualmente ganham destaque na sociedade. Duas expressões que passaram a fazer parte do nosso dia a dia e, de certa forma, condicionam a liberdade que conhecíamos. Será que confinar ou desconfinar vieram para ficar? Assim sendo, que impacto trouxeram e trarão às nossas vidas? Pessoalmente, acredito que o confinamento veio para ficar, pois, sem uma vacina para conter o vírus, é muito difícil, senão mesmo impossível, evitar que este se propague. No entanto, após encontrarem uma vacina, julgo que a situação pandémica irá manter-se pois o vírus não estará erradicado, sendo provável que sofra mutações, o que pode fazer com que a vacina não tinha muita eficácia e seja necessário fabricar muitas outras. Por um lado, o confinamento ajudou-nos, por exemplo, a evitar a multiplicação do vírus, mas também nos ajudou a minimizar os níveis de poluição, temos mais tempo e disponibilidade para a nossa família e para cuidarmos mais uns dos outros. Por outro lado, os números de casos de pessoas com depressão e vítimas de violência doméstica aumentaram, o desenvolvimento do país diminuiu e o desemprego aumentou, o que afetou substancialmente as famílias e a economia. Em suma, julgo que o confinamento é uma boa solução pois se não tivermos uma população saudável que contribua para o desenvolvimento do país, o número de pobres e de pessoas com baixa qualidade vida aumentará exponencialmente.

Nuno Gouveia - 12º08

João Pedro - 12º08


Inegavelmente, o tema do recurso ao confinamento como forma de combater a propagação da atual pandemia tem sido o mais debatido e explorado deste ano. Na realidade, tendo o tema em análise implicações surreais sobre o futuro de toda a civilização humana, a dimensão da sua exploração não é surpreendente. A título pessoal, devo salientar que acredito que, tendo em conta a progressão que a pandemia tem vindo a tomar, o confinamento é a melhor medida de proteção a adotar. Com efeito, como os últimos meses têm vindo a demonstrar, o confinamento foi a medida adotada que melhor travou o aumento exponencial do número de novos infetados. A título ilustrativo, a progressão que a pandemia tem vindo a registar desde o início do desconfinamento, tanto em termos de novos casos como em número de mortes, é incomparavelmente superior à verificada durante o confinamento, sendo que estes valores continuam a aumentar consideravelmente. Por outro lado, tendo em conta que a propagação deste vírus está intrinsecamente relacionada com as interações sociais, somente o confinamento permite impedir que cidadãos exemplares sejam infetados ou até mesmo mortos em consequência do incumprimento das medidas de prevenção por parte de terceiros. Podemos referir o caso dos transportes públicos que, por serem espaços fechados, capazes de transportar um grande número de passageiros, suscitam o incumprimento das medidas de prevenção por parte de alguns indivíduos inconscientes, o que poderá levar ao contágio de dezenas de outros. Concluindo, conquanto o confinamento apresente consequências devastadoras para a economia portuguesa, tais como o aumento da pobreza e do desemprego, grande parte da população não está suficientemente preparada, educada nem consciencializada para desconfinar, razão pela qual muitos indivíduos exemplares têm sido devastadora e irremediavelmente prejudicados por outros que não cumprem as medidas de prevenção.

Susana Carreira - 12º08

Foto - Carlos Rdrigues


“O Impacto da pandemia nas nossas vidas” Em finais do ano passado, começávamos a ouvir falar da COVID-19, mas não lhe demos muita importância. Hoje é o destaque de todos os telejornais. E não é para menos. Cada dia surgem mais e mais casos… 402 … 1516… 4224… números firmados em gráficos, que não são apenas algarismos. São pessoas. Um ser invisível traz um novo desafio à Humanidade. E aprendemos que existem situações fora do nosso alcance, que não conseguimos controlar. Que a única coisa que podemos controlar, são as nossas próprias ações. Que somos todos iguais, porque este vírus não escolhe os ricos ou os pobres, as “melhores” ou as “piores” pessoas. Felizmente, não pude “sentir na pele” o que muitos sentiram. Pude ficar em casa, preocupada, mas, no fundo, descansada, por saber que tinha pouca probabilidade de ser contagiada. E sinto-me muito grata por isso. Muitas pessoas não dão valor por não terem sido infetadas, por não experimentarem a agonia de ver um familiar ou um amigo mal, mas mesmo mal, por causa da doença. Não devemos esquecer todos os esforços incontestáveis dos profissionais de diversos setores para “tentar” resolver, ou melhor, conter esta problemática e as suas consequências. Esta pandemia mudou algo em todos nós (ou pelo menos deveria). Pude refletir, conviver mais “comigo mesma”, e com aqueles com quem vivo todos os dias. Por outro lado, não foi fácil chegar a uma escola nova com todas estas limitações. Não por certos pormenores, como o uso da máscara (ao qual, por sorte, me habituei facilmente) ou de desinfetar constantemente as mãos, mas sim pelo afastamento significativo daqueles que já conhecíamos, e daqueles que viríamos a conhecer. Enfim, não podemos “deitar esta experiência a perder”. Preocupemo-nos primeiro com o presente, e posteriormente com o quem vier depois. Afastemo-nos uns dos outros para nos aproximarmos do objetivo comum, que é ultrapassar esta situação. Este é, e será, por algum tempo ainda, um problema global. Todos temos um papel valoroso na (re)construção de uma nova sociedade.

Ana Maria Barros - 10º50

Foto - Bruna Saturnino - CEF52


Este flagelo demonstra-nos que podemos tirar ilações do passado, pois, se repararmos em acontecimentos anteriores, este sentimento de impotência e de receio face ao desconhecido já foi vivenciado por outras gerações. Atualmente, estamos mais preparados para enfrentar esta “guerra” devido ao desenvolvimento da tecnologia e da medicina. Apesar disso, o “mostrengo” intimida-nos e condiciona as nossas vivências, as nossas pequenas ações.

Bárbara Rocha - 12º06

Em tempos em que o otimismo é o que me faz ter esperança em um futuro promissor, relembro o confinamento como uma diferente forma de passar o tempo com os meus pais e criar novas memórias, mesmo que limitadas. E, apesar de ter sido um estado de calamidade, foi-me proporcionada uma maior possibilidade de relaxar, sendo que as preocupações relacionadas com o cumprimento de prazos e/ou horários foram minimizadas consideravelmente. Em suma, embora a covid-19 tenha trazido consigo um montante de adversidades, também nos foi dada a possibilidade de nos reconectarmos com as pessoas que nos são mais próximas.

Cláudia Freitas - 12º06

Tudo começou no que parecia ser um dia como os outros, quinta-feira 13 de março. Estava tudo prestes a mudar. Todos os dias as notícias eram iguais: “Surgem mais 20 casos no norte”, “A situação está cada vez mais descontrolada”. Contudo, nesse dia a notícia foi outra: “Estado de emergência declarado em Portugal” e foi aí que tudo se tornou mesmo real! De repente, todos se viram trancados em casa, numa realidade verdadeiramente apocalíptica.

Josefina Reinolds - 12º06

A forma como somos bombardeados por novas informações exige-nos sentido crítico, pois muitas destas podem levar à descredibilização do vírus. Apercebi-me que notícias com conteúdo sem nexo e “fake news” começaram a influenciar muitas pessoas, como os idosos, que ao estarem mais isolados, eram mais fáceis de persuadir. A existência de pensamentos divergentes na sociedade, que resultam do conflito entre informações fidedignas e duvidosas, é notória. Disto resulta, infelizmente, a precaução e respeito de uns e a irresponsabilidade de outros.

Lúcia Rodrigues - 12º06


A arte tornou-se uma parte fundamental do meu dia-a-dia, seja na forma de filmes, música ou pintura. Marcaram presença todos os dias de quarentena e mesmo depois desse período, percebi que se tornaram uma constante na minha vida e nunca lhes dei tanto valor como agora. Para além disso, aprendi a me conhecer melhor, a me descobrir. Ao estar tanto tempo “sozinha”, pude me ouvir, as necessidades do meu corpo e da minha mente e por isso encontrei maneiras de ocupar tanto um como o outro e mantê-los saudáveis. Cozinhar, meditar, fazer bainhas na roupa ou até mesmo limpar a casa foram atividades cruciais nesse meu objetivo. Assim, tenho esperança de que tudo fique bem e vamos todos ultrapassar esta situação e entretanto tentar tirar proveito do que pudermos apesar das circunstâncias.

Atualmente, numa sociedade muito assente no tema da diferença, a pandemia tem sido, de facto, esclarecedora: independentemente da situação económica/ posição social de cada indivíduo, a sua raça e religião, apenas com esforço comum seríamos capazes de ultrapassar esta situação ou, no mínimo, diminuir as suas consequências. É de louvar o esforço e perseverança de cada um que possa ter abdicado de uma saída, um convívio, ou até mesmo de uma viagem, para que o bem-estar individual e, sobretudo, o coletivo, pudesse ser assegurado. Lembrou-nos que, independentemente de onde vivemos e que língua falamos, não somos assim tão diferentes. Um dia, olharemos para trás, para o que a Humanidade passou, as lições que ficaram e a forma como, unidos, ultrapassámos esta pandemia.

Mariana Coelho - 12º06

Rodrigo Camacho - 12º06

Tenho aprendido muito, e vejo agora tudo com uma perspetiva diferente. Prezo mais as coisas que achava que tinha como “garantidas”. Além disso, terei histórias intrigantes para contar às gerações futuras acerca da minha adolescência incomum e conturbada durante a tão famosa “pandemia do Covid-19”.

Inês Freitas - 12º06

Dada a nova realidade em que nos encontramos, se antes uma demonstração de carinho e respeito passava por cumprimentar alguém com um beijo, agora trata-se de não se aproximar mais de 2m dessa mesma pessoa. Desta forma é que estamos efetivamente a respeitar, proteger e a cuidar dos outros nos dias correntes. Esta foi para mim, uma das maiores limitações durante o período da quarentena em que não podia visitar a minha avó, que vive sozinha, com medo que um simples contacto fosse a causa de um mal que poderia ser fatal.

Maria Beatriz Brasão - 12º06


Foto - Catarina Vieira - CEF52


Este ano estamos a viver uma experiência infeliz e muito incomum. Assistir a uma pandemia “na primeira fila” é algo verdadeiramente assustador. A nossa geração viu-se obrigada a lidar com situações de pânico e, no início do ano, mais especificamente em março, fomos todos forçado a permanecer em casa, confinados, acontecimento que mudou substancialmente as nossas vidas e a nossa maneira de estar. Como já é dito há muitos anos, o ser humano é um ser de fácil adaptação. Pessoalmente, a quarentena afetou-me mais pelo facto de ter de estar sozinha e não poder ver a minha família ou amigos, chegando mesmo ao ponto de ter de passar o meu aniversário completamente isolada em casa. Felizmente, as circunstâncias melhoraram minimamente e a situação encontra-se mais controlada, mas o que mais espero é que tudo acabe muito em breve.

Ana Sofia - 12º44

Covid, covid, covid, é a palavra que mais temos escutado ao longo deste ano. É o vírus que afetou e revirou as nossas vidas. A doença que alterou os nossos planos e nos trancou em casa durante quase dois meses. Na verdade, a Covid mudou não só a convivência social como também a vida pessoal de cada um de nós. No meu caso, esta doença transformou o dia do meu aniversário num dia normal e até deprimente, pois não o pude celebrar rodeada pelos meus familiares e amigos. Além disso, impediu-me ainda de viajar nas férias, uma das coisas que mais ilumina a minha vida. Contudo, nem tudo foi negativo. Este vírus desafiou-nos a ser criativos e a procurar novas formas de interagir e manter contacto com os outros. Ensinou-me que a distância não é o fim e que a esperança é a última a morrer.

Lara - 12º31

Em março de 2020, devido a uma pandemia, todos os alunos foram enviados para casa de modo a garantir a segurança do país e impedir a propagação do vírus da Covid 19. Uma vez que as aulas presenciais não eram possíveis, os professores tiveram de optar pelo ensino à distância. Na minha opinião, as aulas online foram a maneira mais viável de garantir que os alunos aprendiam a matéria uma vez que sair de casa não era opção. No entanto, devido às imensas distrações tornou-se difícil prestar atenção às aulas, embora os professores fizessem o seu melhor para nos ensinar. Concluindo, a quarentena não me impediu de aprender, mas possibilitou que eu ficasse mais tempo sem realizar atividade física e sem contacto com os meus amigos fazendo-me sentir estranha porque não havia uma rotina como aquela que era habitual nas aulas presenciais.

Margarida Lopes - 11º01


A pandemia entrou na nossa vida sem pedir licença. Alterou rotinas e comportamentos. Atitudes e gestos enraizados no íntimo de cada um deram lugar a cuidados especiais. O distanciamento social é ordem a cumprir para que o individualismo não danifique a sociedade. Os jovens sentem-se inquietos, os idosos preocupados. Os governantes multiplicam esforços, mantendo em equilíbrio a saúde e a economia. O mundo inteiro anseia por uma vacina que demora em aparecer. As máscaras ganharam lugar na indumentária quotidiana, escondendo medos e aflições. O álcool das festas transformouse em gel para as mãos. Festas canceladas, eventos adiados, o convívio familiar ganhou outra dimensão. O estado de emergência retirou direitos há muito tempo garantidos. Pelos quatro cantos do mundo surgem manifestações e revoltas por quem se encontra ameaçado pelo desemprego e pela fome. E um dia, quando a pandemia for passado, certamente ficarão as mazelas da crise que, sorrateiramente, vai entrando sem pedir licença.

Nuno Corte - 12º31

A Covid e as suas mudanças trágicas no quotidiano Após o aparecimento da Covid nas nossas vidas, vários foram os fatores que mudaram, tanto a nível das mentalidades, como da sociabilidade e dos comportamentos. Estas mudanças tiveram, como tudo, aspetos positivos e negativos. De forma a nos focarmos nos aspetos positivos, uma vez que os negativos, como a depressão, são diariamente falados nas televisões e jornais, gostaria de realçar o facto de que, com a pandemia e o isolamento, muitas das pessoas conseguiram ter tempo para si próprias, algo que já não acontecia há muito tempo, podendo fazer atividades que adoram e até se autoconhecerem melhor. Com o encerramento das escolas e a ida para casa de muitos trabalhadores, ocorreram aprendizagens a nível tecnológico, como as aulas à distância e o teletrabalho, que possibilitaram a inovação e novas formas alternativas de vida. Em suma, posso afirmar que, ainda que a pandemia que ocorre atualmente tenha os seus efeitos negativos, devemos sentir-nos motivados, optando sempre por ver o lado positivo das coisas.

Catarina Santo - 12º44


Foto - Gonçalo Rodrigues - CEF52


Vivência da Pandemia Durante estes sete meses de pandemia, os seres humanos foram obrigados a mudar os seus hábitos e rotinas, em particular o seu relacionamento com os outros. Embora esta seja a nossa triste realidade, temos de nos familiarizar com as novas regras. Na minha opinião, o afastamento social revelou que os pequenos gestos, toques e momentos com os outros, afinal, não são assim tão insignificantes como se pensava ser. Por outro lado, tirar a liberdade a um ser livre por natureza foi a situação mais incómoda para os Homens e, por isso, estes não cumprem devidamente as regras impostas para o bem da comunidade. Em suma, a Pandemia ficará assinalada para sempre na história da humanidade, mas também graças a ela consciencializamo-nos da importância do nosso relacionamento com os outros e que os pequenos gestos diários nos fazem imensa falta.

Esta pandemia em que vivemos é um tempo crítico para a sobrevivência de todos nós. Todavia, no meio de toda esta confusão, entre desinfetantes e máscaras, podemos recolher alguns momentos e experiências positivas. No meu caso, a quarentena foi uma fase de muita rotina e até um certo ponto aborrecida. Porém, os momentos em que toda a família se reunia tornava os dias menos aborrecidos e únicos. Também ganhei novos hobbies, pratiquei desporto, adquiri novas competências e até fiz obras em casa. E quando começaram as aulas online foi outro desafio interessante com muitos momentos engraçados, outros com menos graça e também momentos de muito trabalho. Espero que, no futuro não muito distante, tudo volte ao normal para que possamos andar sem máscaras e não nos preocupemos com o distanciamento social. Só assim poderemos voltar a ser uma comunidade unida novamente.

Uma nova realidade O covid veio para ficar, e com ele trouxe uma série de consequências. Muitos de nós tiveram de ficar fechados em casa durante meses, a trabalhar e a estudar, outros ficaram sem trabalho e alguns de nós experimentaram pela primeira vez a solidão. Esta solidão é a que muitos idosos já estão habituados, infelizmente, e que nos fez ver a sua triste realidade. Com o Covid veio também a perceção de responsabilidade. Tivemos de perceber como é que os nossos atos influenciam a nossa vida e, também, perceber que estes têm consequências, boas ou más, por isso temos de ser responsáveis. Assim, viver estes tempos pode ser difícil, mas no fim ficará tudo bem e veremos que o nosso esforço valeu a pena.

Natacha Sofia Aguiar - 11º01

Afonso Rodrigues - 11º01

Marta Silva - 12º01


A inexorabilidade de nos protegermos contra as circunstâncias que fugiram ao nosso controlo provocou inúmeras vicissitudes no nosso quotidiano. Assim que nos apercebemos de que poderíamos estar separados de um ente querido, rodeados por tempos de solidão, decidimos agir como um povo unido e tornar coletivos não só os medos, como também as preocupações. Uma das consequências mais relevantes do cerrar das portas foi a consciencialização e o crescimento, tanto a nível comportamental, como psíquico. Ainda que acarrete uma série de efeitos devastadores, a pandemia foi o meio pelo qual conseguimos demonstrar resiliência face às adversidades e compaixão para com o próximo, fazendo-nos progredir, tornando-nos mais auspiciosos. De facto, a situação que estamos a experienciar atualmente alterou de diversas formas o modo como agimos e, apesar dos danos nefastos, impactou positivamente a maneira como encaramos as contrariedades.

Ana Catarina Gerardo - 12º01


Entre as muitas pessoas às quais a covid-19 já afetou as ambições, destaco os finalistas de 2019 e os de 2020 pelo que já perderam. Devido a esta pandemia já fomos privados das Capas, do baile e da viagem de finalistas. Estes eventos são já esperados há anos e, mesmo depois de passar o vírus, são acontecimentos que jamais poderão voltar. Muitos outros sofreram esta mesma frustração, pois o que tanto ambiciosamente sonharam foi bruscamente retirado. O coronavírus não só causou mortes! Também impossibilitou objetivos e sonhos, por isso está a deixar marcas a nível físico e psicológico nas pessoas.

Maria Inês Gouveia - 12º01

Foto - Carlos Rodrigues


COVID e sonhos frustrados 2020, “o ano dos carros voadores”, o ano em que pusemos tanta esperança e positividade! De repente virado do avesso devido a um mero vírus. Sonhos frustrados, famílias separadas, um caos autêntico. Os sonhos perdidos de que mais se falam são a perda da bênção das capas, do baile e, principalmente, da viagem de finalistas. No entanto, estes são apenas os mais superficiais. O COVID trouxe uma avassaladora onda de tristeza e desistência. Falta o apoio e carinho daqueles que infelizmente não vivem no mesmo território que nós, falta a motivação para continuar a depositar empenho nas aulas, falta a diversão e diversidade de coisas que se fazia em altura antes-covid, ou como os jovens costumam dizer a.c. Para não falar do quanto perdemos com as aulas online! Era impossível ganhar motivação para aprender de tal forma, trabalhos em excesso e, para piorar, não recebemos nenhuma recompensa pelas horas perdidas em frente ao computador a fazer as dezenas de trabalhos que tínhamos por semana! Acredito que muitos alunos como eu precisassem do terceiro período para subir as notas menos boas, o que infelizmente não aconteceu, afetando a média generalizada. Devem-se estar a questionar como tal será possível, se as médias de entrada aumentaram todas. Pois claro, os que estavam no 12º no ano passado conseguiram boas notas nos exames e, possivelmente, já tinham a média interna de que necessitavam. Os de 11º apesar de terem, na generalidade, conseguido boas notas nos exames, tais não correspondem à nota interna. Assim, com um pingo de revolta, pretendo explicar o sonho mais frustrado de muitos de nós: a média para entrar na universidade este ano. Temos todos objetivos e universidades ideais na nossa cabeça, muitos vão perdê-los, tal como eu acredito que também vá.

Em tempo de pandemia, como o que nos encontramos em pleno século XXI, apontam os médicos que “ficar em casa” é o mais importante. O que é na realidade uma verdade, mas que chocou muitas pessoas. O coronavírus atropelou os sonhos de qualquer um, devorou a sensação de domínio próprio sobre os atos e planos individuais. Esta sensação de impotência, de finitude, de poucas certezas tem o seu lado bom também. Porque nos põe no lugar e nos impõe o tamanho que devemos ter. Somos aquilo que a vida nos deixa ser. Por outro lado, causa uma intensa frustração no jovem por não poder realizar aquilo que talvez já planeava e idealizava há muito tempo. Esta frustração, de certa forma, leva o ser humano a se tornar revoltado e egoísta. Por almejar tanto uma coisa, tenta, de alguma forma, alcançar aquilo que pretendia para o ano de 2020, passando por cima de quem for necessário. A união neste momento terrível em que nos encontramos talvez seja a resposta para uma rápida solução deste problema que nos trouxe tanto transtorno e dor.

Lara Fabiana - 12º01 Inês Villaverde - 12º01


Como sabemos, a pandemia veio mudar o nosso estilo de vida no que toca aos nossos hábitos, à nossa maneira de ser e até na maneira como vemos o mundo. Muitas famílias passaram e até hoje passam dificuldades a nível financeiro e consequentemente a nível emocional devido ao COVID-19. Mas foi também devido a ele que percebemos a importância do que tínhamos, já que não podemos usufruir de liberdades Nos dias que de correm, como festas família, enfrentamos com umasamigos, das mais reencontros festas letais pandemias que tradicionais, entredeoutras há conhecimento. A nossa festividades que até hoje não sociedade, nos faziam repleta falta. de avanços da medicina daas Aa nível meu ver, fez com eque tecnologia, comdeo pessoas se deparou-se aproximassem inesperado e paraprecisam o qual não quem realmente e tinha, nem uma solução amam e as tem, fez lembrar que imediata e permanente. de um momento para outro A meu ver,perder e pelotudo que pude podemos aquilo observar meu redor, que víamosaocomo garantido e houve uma adaptação quase que achávamos que teríamos instantânea às condições incondicionalmente, fazendo-nos impostas pela quarentena e então entender que devemos confinamento a que fomos aproveitar ao máximo o que obrigados a cumprir, bem como temos, agradecer sempre a uma sensibilização das pessoas nossa sorte não esquecer de em geral o seu dizer “eu com te amo” aosbem-estar nossos e o dos seus semelhantes. entes queridos.

Ana MafaldaTeixeira Brazão- -12º09 11º01 Catarina

Nos dias que correm, enfrentamos umas das mais letais pandemias de que há conhecimento. A nossa sociedade, repleta de avanços a nível da medicina e da tecnologia, deparou-se com o inesperado e para o qual não tinha, nem tem, uma solução imediata e permanente. A meu ver, e pelo que pude observar ao meu redor, houve uma adaptação quase instantânea às condições impostas pela quarentena e confinamento a que fomos obrigados a cumprir, bem como uma sensibilização das pessoas em geral com o seu bem-estar e o dos seus semelhantes.

Ana Mafalda Brazão - 11º01

Foto - Carlos Rodrigues


Covid e sonhos frustrados A pandemia do novo coronavírus trouxe diversas incertezas, frustrações e consequências a nível socioeconómico. Entre elas temos, por exemplo, a crescente dificuldade sentida por recémlicenciados em encontrar trabalho, o aumento exponencial do desemprego, o cancelamento de eventos (como espetáculos, viagens, casamentos e celebrações no geral), entre muitas outras. Pessoalmente, a Covid-19 afetou-me face ao adiamento ou suspensão de certos acontecimentos. Entre eles está, por exemplo, uma viagem planeada para o verão passado que, em consequência da pandemia, teve de ser adiada até que a situação melhorasse (o que não parece estar para breve). Mas também diversas comemorações, como a Bênção das Capas, temporariamente cancelada, pelo menos, até ser sujeita a uma reavaliação de situação. Apesar de tudo, tenho perfeita consciência de que estas medidas foram tomadas porque eram necessárias e que estas pequenas inconveniências, em comparação com as consequências (a nível da saúde e não só) da Covid-19, acabam por ser irrelevantes.

Carolina Mendes - 12º01

Tudo começou em novembro de 2019, quando na China apareceu uma pessoa infetada com o atual vírus denominado COVID-19. Este vírus tem afetado a vida de muitas pessoas e causado também várias mortes. Esta pandemia que vivemos atualmente fez-nos mudar algumas das nossas rotinas e tivemos de abdicar de várias coisas, chegando até a ficarmos em casa de quarentena durante o estado de emergência. Apesar de termos tido um tempo para descansar e estarmos com as nossas famílias, tivemos que parar as nossas vidas e nos afastarmos fisicamente das pessoas, passamos a usar máscara e a desinfetar as mãos regularmente a fim de conter este vírus e regressarmos à normalidade.

Face a esta pandemia abdicámos dos ajuntamentos quer familiares quer com amigos e deixamos de poder cumprimentar as pessoas como normalmente fazíamos, evitámos comportamentos que nos ponham em risco e às outras pessoas, deixámos de celebrar festas de aniversário ou outras quaisquer festividades de modo a com ter ao máximo o Covid-19. As pessoas que praticam desporto, tiveram que fazer uma pausa na prática das suas atividades, entre muitas outras coisas que perdemos. Concluindo, esta pandemia devido ao COVID-19, provocounos várias desvantagens e situações negativas com que estamos a lidar da melhor forma possível.

Ana Margarida Lucas - 12º09


O mundo parou Começou em finais de dezembro, muito longe, lá pelos lados da Ásia. Uma doença, uma gripe, algo que nos parecia estranho e distante. Nunca, naquela altura imaginámos que este vírus atravessaria continentes e oceanos e em poucos meses havia de afetar tudo e todos. Cidades-fantasma, pelas ruas das grandes metrópoles era raro encontrar-se vivalma. As fábricas pararam, as bolsas encerraram, os hotéis fecharam e, enquanto isto, os hospitais encheram. Foi verdadeiramente estranho sentir-se no ar a frieza e a solidão que algo tão pequeno mas com tão grandes danos havia trazido. Um tal de Covid-19. Primeiro foram as escolas, nós, alunos e professores, fomos mandados para casa, obrigados a adaptar-nos repentinamente a uma nova realidade. Ensino à distância, foi assim que lhe chamaram. Tantas dores de cabeça deu, por assim dizer, este novo método. Os professores, que já pelos seus professores haviam sido ensinados a educar, não só através da fala mas também do movimento, do toque e até do sentimento, tiveram de aprender a fazê-lo por um máquina, esperando que os alunos – estes também conhecedores algo inexperientes de tais métodos – conseguissem compreender e adquirir novos conhecimentos. Foi complicado, sujeitámonos, como se diz na gíria, e lá tentámos, do conforto da nossa casa, aprender. A verdade? Não se aprendeu muito. Os professores deram o seu melhor mas, do outro lado, com alunos desatentos e desmotivados, conto pelos dedos os professores que ouvi dizerem ter gostado da experiência, e os alunos que realmente aprenderam.Mas nem tudo foi mau, claro, se nos esquecermos das máscaras e dos desinfetantes, dos testes covid e do isolamento social que nos afastou daqueles que nos são queridos. Porém, no meio de tudo isto, algo acabou por correr bem. Sinceramente, acredito eu, o planeta talvez nos tenha agradecido por termos parado. O buraco na camada do ozono, que já há muito vinha afetando a nossa saúde e sobrevivência, encolheu muito. Em certas partes chegou mesmo a fechar. Penso que o planeta e sentiu bem, pelas autoestradas que ficaram desertas, pelas altíssimas chaminés que deixaram de deitar fumo e


pelas florestas que deixaram de ser estragadas. Atenuou-se a nuvem de poluição que pairava sobre a Ásia e, na capital Indiana, por exemplo, viu-se pela primeira vez, em muitos anos, o céu azul. Os glaciares e icebergs dos pólos gelados interromperam a tendência do degelo e, desta feita, em vez de perderem, ganharam volume. A verdade é que a pandemia pode ter sido muito má mas, em relação a isto, não foi mau de todo. Em conclusão, choraram-se muitas mortes de entes queridos, muitos abalos na economia e, claro, mesmo aqueles que beneficiaram desta situação preferiam tê-lo feito de outra maneira, mas talvez tenha sido necessário. Há males que vêm por bem, diz-se por aí. Talvez este tenha sido um desses casos, talvez o mundo precisasse de uma pausa, de um tempo para respirar. As pessoas, também precisavam de refletir sobre a vida e o planeta. Desta vez, o mundo parou e tiveram tempo para isso.

Manuel António Rodrigues - 11º15

Foto - Carlos Rodrigues


A pandemia – qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência Todos nós, por alguma razão extraterrena, previmos, com toda a certeza, que 2020 ia ser “o” ano. Penso que essa realidade tenha origem na beleza do número 2020, na sua simetria e harmonia dos algarismos. Como humanidade, num todo, estávamos inteiramente equivocados. Nada, para além do ordinário, se passou em Portugal até o mês de março. Mês em que o caos foi instituído. De início não passava de mais uma daquelas famosas citações anónimas, que o são pelo constrangimento da sua incoerência: “Ah, acontece aos outros mas a mim não” (sim, todas as frases portuguesas de descrença começam com aquele “ah” acompanhado pela famosa careta e, com sorte, alguma gesticulação). Passadas semanas ou meses, se formos arriscar no calendário temporal, a este ponto não muito fiável, o pânico instalou-se quando foram anunciados os primeiros casos em Portugal e, posteriormente, nos Arquipélagos da Madeira e Açores. E, assim, teve início o “The Walking Death” português, no qual os mais dramáticos encheram as dispensas de enlatados e papel higiénico. Desculpem a minha falta de instinto preventivo mas, numa altura como esta, o menor dos meus problemas era o “stock” de papel higiénico na despensa. O mesmo se verificaria com o álcool em gel, que passou a ser um “must” nas listas de supermercado. Com as escolas e grande parte dos postos de trabalho fechados, as famílias precisaram de aprender a conviver por longos meses juntas. De uma perspetiva pessoal, as primeiras semanas foram até relaxantes e serviram para repor a conexão familiar perdida em função dos longos dias de escola e trabalho. No entanto, à medida que os dias passavam, a rotina “sala, cozinha, terraço, sala, etc., tornou-se prejudicial, Foto - Carlos Rodrigues


apresentando substancial impacto negativo na sanidade mental e, consequentemente, no convívio familiar. Dias, que eram antes serenos, tornaram-se repletos de ansiedade e conversas inacabáveis acerca da pandemia COVID-19 que nos trancava a sete chaves nas nossas casas. E assim passei os dias a tentar arranjar motivação para ser produtiva, uma vez que ainda tinha de enfrentar com determinação um período escolar e dois exaustivos exames que realizaria em poucos meses. É caso para dizer que a atual pandemia atrasara a minha facilidade na aprendizagem de novos conteúdos, bem como na consolidação dos mais antigos, tornando também ineficazes todas as minhas tentativas de foco. Apesar de tudo, dei o meu melhor e superei tais dificuldades da forma que pude. Quando as férias bateram à porta, não senti aquele alívio descomunal pelo qual esperei. Todos aqueles meses em casa tornaram o sentimento de não fazer nada um completo inferno. Sendo assim, a pessoa caseira que sempre fui passou a aproveitar cada oportunidade que tinha para sair e caminhar sobre outros solos que não fossem os que vira por longos meses. Comecei a participar em mais caminhadas e a aproveitar com outra vontade os passeios em família. Sair à rua parecia algo ilegal. Não via a hora em que um polícia fardado me iria abordar em plena rua e questionar sobre o motivo pelo qual eu saíra dos meus aposentos. Será que os meus motivos para sair eram suficientes? Poderia eu ir presa? Pensamentos sem qualquer nexo… porquê tanto receio, quando tal ato era já perfeitamente comum? Tudo aparentava ser estranho, irreconhecível até. Nada mudou, mas a privação de sensações antes desprezadas, como o barulho da registadora do supermercado, o balanço do autocarro e as súbitas mudanças temporais do centro do Funchal pareciam ter ganho tamanha dimensão e valor.

Quando a escola começou, já tudo regressara ao normal. Na verdade, quase tudo. O ponto de alteridade sobrevoava os pedaços de tecido agarrados ao nosso rosto, como que a cobrir a nossa identidade, deixando apenas exposta a janela para a nossa alma - os olhos. Estes panos, aos quais chamamos de máscaras, passaram a ser obrigatórios desde o momento em que abandonamos o nosso lar. Muitos, incluindo eu mesma, precavemo-nos, também, carregando connosco um frasco com a poção não deglutível da saúde, o álcool em gel. Apesar dos tempos difíceis que todos passámos no começo, penso que já ninguém considera esta situação anormal. É uma realidade à qual teremos de nos habituar e lidar por, pelo menos, alguns anos. À semelhança de outras perigosas doenças virais, morreram muitas pessoas inocentes. Como diria Darwin, a seleção natural é algo inevitável. Os mais fortes sobrevivem. Os mais fracos não. A natureza é mais poderosa do que o ser humano e, se esta decidir que já está na hora de fazer uma limpeza geral, como já o fez outras cinco vezes (extinções em massa), quem somos nós para sequer tentar impedi-la? Somos míseros parasitas hospedados temporariamente num planeta autossustentável e perfeito na sua integridade, planeta este que exploramos como se fosse nossa propriedade. Concluindo, esta é uma situação que não estávamos, nem física nem psicologicamente, preparados para enfrentar. Tendo em linha de conta os recentes acontecimentos, dispomos apenas de uma conclusão lógica que resume a lição de vida que a pandemia nos permitiu interiorizar. A vida é algo que temos por garantido, apenas e só, até que algo ou alguém possua e demonstre o poder de a colocar em risco .

Lara Araújo - 12º08


A Covid_19 é o nome de uma doença provocada pelo novo coronavírus SARS-COV-2, surgido no princípio de 2020, que tem vindo a afetar profundamente todo o mundo. Os meses de março e abril foram os mais críticos, no sentido do pânico generalizado, nas quarentenas ao redor do mundo e no grande número de infetados (que neste momento voltou a subir). Na Madeira não foi diferente e, durante cerca de 3 meses, ficámos enclausurados em casa. Foi no início de março que fecharam as escolas e fomos mandados para casa. Ao princípio, foi, de facto, muito assustador porque não sabíamos o que iria acontecer a seguir, pisávamos em terreno desconhecido. Ao longo das semanas, adaptámo-nos à situação e o tédio substituiu o medo. Quem diria que o ócio seria tão desesperador: já não havia rotinas, nem compromissos; todas as linhas imaginárias que delimitavam o nosso dia a dia desvairaram-se. O único desejo era descongelar o tempo e voltar à normalidade. Então, num piscar de olhos de dias iguais, passaram-se dois meses. O nosso mundo despertou finalmente: primeiro as obras, depois o comércio, a praia e os cafés reabriram como que por magia. O sentimento de alívio era indiscutível, parecia que tudo tinha acabado simplesmente, que fora apenas um pesadelo e agora a humanidade acordava para mais um dia ensolarado. Com tudo isto, começou a euforia de fazer tudo ao mesmo tempo, viver a vida ao máximo, recuperar ou esquecer os meses perdidos. Fomos a cafés, a bares, à praia, à casa de amigos, organizámos festas.

Contudo, pouco a pouco, a realidade caiu pesada aos nossos pés: máscaras “para cima e para baixo”, desinfetante “aos montes”, restrições asfixiantes. Mas então já não passamos o perigo e agora já não podemos retomar as nossas vidas?! Esta falsa sensação, claramente, não durou muito: o verão ia a meio e já ouvíamos falar numa segunda vaga. A dúvida instalouse com esta nova ameaça: “gripezinha” ou doença grave? Uma 2º vaga e acabou, ou uma 2ª vaga de muitas? E a vacina? E, nisto, chegamos ao presente. Habituamo-nos da maneira que podemos, utilizando sempre a máscara e evitando lugares cheios. Porém, a falta de medo (acho que antes tínhamos pecado por excesso) é preocupante; e lá estão os números de infetados a aumentar muito mais do que antes da quarentena. Mesmo assim, pensando bem, concluímos que, para além de todos os malefícios da quarentena, ainda podemos encontrar nela algumas vantagens. A prática generalizada do exercício físico foi um delas e o facto de passarmos a valorizar mais os laços com a família e amigos também, porque já não os podíamos ver com tanta frequência. Para além disso, tivemos todos mais tempo para a reflexão e para hobbys como ler ou pintar.

Sofia Mendonça - 12º45


Foto - Carlos Rodrigues

Como é que a pandemia nos afetou e quais são as rotinas frequentes nesta altura? A pandemia, acontecimento que abalou 2020, foi um desequilíbrio na balança da nossa existência. De uma maneira geral, a pandemia constituiu um indicador de que a nossa sobrevivência (ou pelo menos a de alguns) depende imenso da responsabilidade coletiva, da ética e da cultura dos povos e das nações. Na verdade, o facto de este vírus ter sido iniciado num comportamento relacionado com uma determinada cultura vem provar que devemos conhecer as consequências do nosso próprio desenvolvimento em sociedade e, a essa luz, adaptarmos o nosso estilo de vida para que uma mudança positiva nos abarque e reanime de situações desesperadas. Por isso, é essencial que cada um aumente os seus níveis de alerta e preocupação, cumprindo todas as medidas possíveis para que o vírus não ganhe esta batalha. Para o efeito, devem ser alteradas as rotinas, tornando-as mais reservadas, menos carregadas de contacto social (só para o que é necessário) e somente as indicadas para a conservação da sanidade psicológica de cada um, pois é sabido que tempos de calamidade trazem o pânico e o desespero, que em nada ajudarão a controlar a preocupação intensa que se sente todos os dias. Carolina Mendonça - 12º09


Devido a esta pandemia, há muito desemprego e, claro, grandes problemas financeiros para a maioria das famílias. Por isso, temos de controlar todos os gastos em casa para evitar as despesas supérfluas. Quanto a mim, na rua agora mantenho-me longe de todos, mesmo tendo a máscara colocada. A minha rotina pessoal e familiar? Essa não foi muito afetada em comparação com o meu dia a dia escolar: acordo todos os dias de manhã cedo e vou para a escola porque tenho aulas, sobretudo no turno da manhã. O pior são as tardes, quando regresso a casa, pois venho tão cansado física e psicologicamente que, mesmo nos dias em quando não tenho aulas no turno da tarde, chego a casa e vou logo dormir, pois não tenho ânimo nem forças para mais nada.

forma de ensino, acredito que há muitos alunos que não entenderam essas matérias. A meu ver, ponto mais negativo resultante desta pandemia foi o isolamento social e distanciamento social, pois levou a que não víssemos ou falássemos com os nossos amigos tão frequentemente quanto desejaríamos. Por outro lado, a pandemia trouxe alguns aspetos positivos, designadamente o fortalecimento das relações com os nossos familiares, a abertura de novos postos de emprego e a higienização de espaços comerciais e de transporte. Em jeito de conclusão, para além da pandemia ter sido algo inesperado nas nossas vidas, levou a que muitas pessoas dessem o verdadeiro valor à vida, protegendo-se deste vírus, tendo maior higiene quer pessoalmente, quer em estabelecimentos comerciais, levando também à união de milhões de pessoas ao redor do mundo contra este novo vírus com que nos confrontamos até hoje.

Francisco Henriques - 11º16

Nos dias em que tenho aulas nos dois turnos (manhã e tarde), para o meu almoço levo sempre comida de casa já que a cantina da escola e os restaurantes não respeitam o distanciamento físico. Ao mínimo contacto com o material e outras superfícies, agora há que ter maior cuidado porque não sabemos quem esteve lá antes de nós e tocou nos mesmos, por isso uso constantemente o álcool-gel. Tenho consciência de que esta pandemia trouxe várias mudanças à minha vida, às quais ainda me estou a adaptar.

Guilherme Jardim - 11º13

Foto - Carlos Rodrigues

No início deste ano de 2020, recebemos a notícia de que, na China, um surto de um vírus apelidado de Covid-19 ter-se-ia propagado por várias cidades e terras. Este vírus, no início, não foi levado a sério, mas com a sua capacidade de se espalhar depressa, pouco depois, acionou o alarme em todos os países do mundo. Passados três meses desde o início do ano, as escolas fecharam e aí começou o período de confinamento que durou vários meses. A meu ver, a pandemia de Covid-19 veio trazer à população vários aspetos negativos. Um dos pontos negativos foi estar durante pelo menos duas semanas em casa, sem poder sair, levando ao lockdown de muitas empresas, hotéis e estabelecimentos de comércio. Consequentemente, as pessoas começaram a perder os seus trabalhos, as suas formas de sustento, tendo que esperar pelo apoio do Estado. Outro ponto negativo, neste caso para os estudantes, foi o encerramento das escolas, o que levou a que houvesse aulas virtuais, o que, na minha opinião, foi muito estranho. Para além de os professores se terem esforçado bastante para que os alunos percebessem as matérias dadas, com essa


A minha vida, como estudante e pessoa, antes da pandemia já era difícil. Mas, sendo aluna, dedico grande parte da minha vida e rotina pessoal à escola. Como a maioria dos alunos, apliquei-me nos estudos, preparando-me o melhor possível para realizar os exames nacionais que, antes da pandemia, eram obrigatórios. Como pessoa, cidadã e filha de pais desempregados, tenho enfrentado algumas dificuldades, mas, com o confinamento e a crise que se gerou, tudo ficou mais complicado, sobretudo financeiramente. A minha mãe perdeu os part-times que ainda fazia e o meu pai, por muito que procurasse, não conseguia trabalho. Felizmente, a minha família candidatou-se ao apoio que a ação social estava a disponibilizar devido à pandemia e conseguiu essa pequena ajuda. Mesmo assim, era pouco dinheiro para nos sustentar, ainda por cima avariou-se um eletrodoméstico que tivemos de substituir.

Enquanto estudante, a minha rotina na quarentena foi semelhante à dos outros alunos: em casa, a assistir às aulas na televisão e online. Na minha opinião, foi muito difícil aprender com o ensino à distância e as aulas de 30 minutos por videoconferência foram pouco produtivas: muitas das vezes, a net ia “abaixo” e a reunião “caía”; outras vezes tinha dificuldade em ligar o sistema, demorava a entrar na conferência (Zoom) e lá perdia novamente o tempo de aula. Mas nem tudo foi mau. Por exemplo, os exames nacionais. Estes deixaram de ser obrigatórios e as cotações mudaram a nosso favor. Assim, consegui focar-me no exame que queria fazer para tirar uma boa nota e futuramente poder concorrer ao Ensino Superior .

Beatriz Camacho de Sousa - 12º45


Hoje encontro-me num mundo completamente diferente, num mundo onde somos obrigados a estar “longe” de todos. Todos os dias sou obrigada a andar com uma máscara com o objetivo de me proteger a mim e aos outros, máscara essa que, supostamente, impede a entrada da covid_19 no nosso corpo, um novo acessório utilizado por todos que nos esconde a boca e o nariz e, deste modo, nos condiciona o respirar e oculta os nossos estados de alma. Ele anda por aí, mas não sabemos onde. Espia-nos para nos apanhar desprevenidos… Cuidado! A verdade é que a situação no nosso país, como também na nossa ilha, é cada vez mais grave. Então, é da minha responsabilidade fazer o melhor que posso para que este mundo não piore ainda mais. Na escola, é o uso constante da máscara; à entrada do recinto escolar, a desinfeção das mãos; e, dentro e fora das salas, o manter tanto quanto possível o distanciamento físico. Tudo tão simples, mas para a maioria de nós, jovens, tão complicado de cumprir…. Cada um deveria ter a consciência de que um pequeno ato pode fazer a maior diferença na vida de todos no nosso combate desigual a este vírus invisível. Nestes tempos difíceis é necessário fazermos por nós, fazermos por TODOS!

Leandro Abreu - 12º40

Vitória Vieira - 11º13

Foto - Carlos Rodrigues

O vírus mudou a forma como víamos o mundo. É impressionante ver como uma coisa tão minúscula, só observável ao microscópio, conseguiu parar um planeta inteiro: indústrias, escolas, espaços de lazer, tudo suspenso para tentar combater este vírus que, apesar de não ser tão mortífero à partida, tem uma propagação exponencial. Vivemos um pesadelo que pensámos nunca ser possível, mas enganámo-nos e agora parece estar para ficar. Dias e dias em casa, com a mesma rotina, sem ver amigos, familiares bem distantes, foram verdadeiramente momentos em que a saúde mental foi posta à prova. Infelizmente muitos cederam por não aguentarem a solidão. Apesar de tudo, consegui resistir, mas posso dizer que sou um privilegiado, pois nunca me faltou nada; já outras pessoas não podem dizer o mesmo. Quantas famílias sofreram com esta paragem, quantos trabalhadores foram mandados para casa e os seus rendimentos familiares postos em causa? Quantas crianças viram a sua principal fonte de alimentos suspensa? As escolas são mais importantes do que pensamos. Tanto aconteceu e, quando já se julgava a situação quase controlada, tudo volta a piorar devido a certos ignorantes que se recusam a usar a devida proteção e a seguir as orientações governamentais. Aqui andamos a lutar contra este vírus tão pequeno, contudo tão poderoso! Infelizmente, nem todos pensam assim, talvez por serem inconscientes ou simplesmente porque ainda não sentiram as consequências da pandemia. Uma coisa eu sei: o mundo não está preparado para mais um confinamento geral.


Eu acho que a maioria dos alunos, ou melhor, a maioria das pessoas ainda não “aceitou” que estamos a viver uma pandemia. Poucas respeitam as normas implementadas pelo governo e preferem viver como se nada tivesse acontecido. Desta forma, a nossa situação face ao vírus está a piorar, a cada dia que passa multiplica-se o número de infetados, e disparam os surtos da doença por todo o lado. Temos de pensar nas consequências dos nossos atos porque até uma simples saída à noite pode pôr em causa a vida de muitos. Não estou só a falar da nossa vida, das nossas rotinas, do nosso dia a dia, mas também da nossa saúde física e mental. Parecendo que não, viver com este vírus não é nada fácil. Apesar de termos todo o cuidado, e mesmo cumprindo todas as medidas recomendadas, podemos ser infetados. É caso para dizer “todo o cuidado é pouco”, daí ser importante salvaguardarmo-nos e protegermos os que nos são queridos. O vírus está “a ganhar terreno” e a atingir injustamente os mais indefesos, os idosos, ou até mesmo os profissionais de saúde que estão “na linha da frente”, como é o caso cada vez mais frequente dos médicos e enfermeiros que, apesar de estarem a trabalhar com toda a proteção possível (fato, luvas e até mesmo com mais do que uma máscara), acabam por testar positivo à Covid 19. Somos todos responsáveis pela propagação da doença, daí ser necessário alterarmos os nossos comportamentos se quisermos travar a pandemia.

A situação atual é muito preocupante, mesmo na Madeira. Em quase todas as escolas já há casos de Covid-19, tudo por descuido dos alunos, mas não só. Se isto continuar, a determinada altura, as escolas vão novamente fechar e vamos voltar ao ensino à distância. Não sou fã do ensino à distância. No ano letivo passado não foi nada bom! Nem os professores, nem os alunos estavam preparados para o que aconteceu e foram tempos difíceis e cansativos. Eram trabalhos atrás de trabalhos, aulas e mais aulas, e o facto de estarmos “trancados” em casa não ajudou nada, principalmente a nossa saúde mental. Esta pandemia mudou imensa coisa e, mesmo que tudo isto acabe, nunca vamos voltar ao normal. Atualmente, os convívios tanto com os amigos como com a família fazem falta; os nossos amados arraiais fazem falta; tudo faz falta! Mas, de certa maneira, também existe uma coisa boa: viver esta pandemia e perder a nossa liberdade fizeram-me perceber que todos os momentos importam, que as pequenas coisas fazem a diferença e que não podemos dar nada por garantido.

Maria Teles - 11º13


De certo modo, vimos o mundo mais unido do que nunca, todos a desejar o bem-estar de todos, a recomendar formas de manter os filhos ocupados, a partilhar receitas e maneiras para nos mantermos sãos. Essa é a natureza da humanidade e a razão da sua beleza. Quando algo acontece, que nos abala todos, vamos buscar forças uns aos outros, como forma de conforto e de saber, porque nunca estamos sós seja qual for a situação que nos assombra. Apesar de todas as lições já mencionadas que tirei desta pandemia, a mais importante é a de que nunca podemos achar que o nosso planeta é previsível, pois ele não o é. Sairmos da escola sem sabermos quando voltar é possível, perdermos o nosso emprego de um dia para o outro é possível, perdermos um familiar repentinamente passou a ser muito mais possível, não termos comida em casa é agora uma realidade bem concreta para muitas famílias. Concluindo, é urgente passar a dar valor ao que temos por garantido, porque, mais uma vez, a mãe Natureza provou-nos que as horas são apenas dois ponteiros no nosso pulso, e a vida é uma oportunidade que nos pode escorregar da mão como uma gota de desinfetante nos nossos dedos cansados.

Clara Figueiredo - 12º40

Foto - Gonçalo Aguiar - CEF52

No início do ano de 2020, o mundo foi surpreendido por um vírus, que, mesmo sem vida visível, veio mudar a de todos nós. Eventos cancelados, escolas fechadas, bares, cafés e restaurantes encerrados e aeroportos sem movimento são alguns exemplos das grandes mudanças ocorridas. Num mundo em que as horas estão contadas e tudo é dado por garantido, uma paragem imediata de tudo e de todos leva algum tempo a ser “digerida”. Na minha experiência pessoal, o tempo de quarentena foi um sinal, um aviso para abrandar o ritmo do dia a dia e apreciar as pequenas coisas que temos todos os dias, mas que não têm o valor merecido. Acordar, tomar café, abrir o computador, verificar o e-mail e carregar num link para aderir a uma aula passaram a ser a minha rotina, da qual não tive coragem de reclamar. Tentei valorizar todo o trabalho que estava a ser feito para que uma pandemia mundial fosse o mais “normal” possível, e o resultado foi excelente. Passados alguns meses, olhar para o mar era o novo intervalo das aulas, as varandas transformaram-se em palcos, os jogos de família eram um hábito, as janelas eram os novos “chats” de conversa, e o papel higiénico ganhou inúmeros usos.


Desde que o Covid começou a vida mudou completamente e tivemos de nos adaptar às medidas e regras que nos impuseram. Felizmente os meus pais não perderam o trabalho e conseguimos aguentar tudo, mas está a ser um ano difícil, pois tudo está a ser afetado e até acho que os alunos não conseguem ser os mesmos nas aulas: estar com máscara não é bom e também ficarmos muito tempo sem aulas presenciais. Para mim, aulas on-line é a mesma coisa que nada, pois a concentração é mais difícil e para aprendermos temos de estar a interagir com o professor e é nisso que sinto que foi o pior, porque toda a matéria que os meus professores deram nas aulas on-line, eu não consegui aprender convenientemente, nem me aplicar como me aplicava nas aulas presenciais. A escola não é, de todo, o lugar mais seguro para nós adolescentes estarmos, mas se voltarmos a aulas on-line, vai ser um ano perdido novamente e eu não quero isso. Estarmos a viver uma pandemia e termos de tentar viver uma vida normal não é fácil, até percebermos que os professores também não estão confortáveis para nos dar a matéria e nós alunos para aprendermos.

Laura - 10º14

Se pensarmos bem, esta pandemia até é interessante por dois motivos: primeiro, pôs- -nos à prova, ou seja, trata-se de um desafio que temos de enfrentar todos os dias; por outro lado, o vírus mostrou-nos o quão pequenos somos em comparação com o que ainda podemos vir a descobrir. Todas as pessoas sentiram as consequências desta pandemia: ou porque foram infetadas, ou porque sentiram e viram as grandes mudanças implementadas, que vieram abalar a “vidinha” que achávamos garantida. No meu caso, não fiquei fisicamente doente pela Covid_19, pois não fui contaminada, mas psicologicamente o vírus fez grandes estragos. Falando das minhas rotinas, muitas mudanças aconteceram, por exemplo nos meios coletivos de transportes de passageiros. Para ir para a escola, apanho o autocarro; acontece que agora há limites de lotação; algumas viagens foram suprimidas e os horários também sofreram mudanças, para pior na minha opinião. Outra mudança: as aulas que decorreram online a partir do 2º período no ano letivo passado. Na minha modesta opinião, não serviram de muito e foram um verdadeiro tortura. Pelas conversas com os meus colegas, sei que muitos consideram este ensino à distância uma prisão, pois não podíamos sair de casa e estávamos sempre agarrados ao computador e ao telemóvel. No início até estávamos motivados, mas depois, com o passar do tempo, sentimos um grande cansaço, saturação e desinteresse. Sendo realista, não me importo de apanhar o vírus porque mesmo com todo o cuidado tal pode vir a acontecer. A minha preocupação é ser infetada, mesmo que assintomática, e passar o vírus a alguém da minha família. É verdade: sempre tive esta mania de pensar nos outros primeiros … Caso “apanhe” a Covid_19, paciência, mas se algum familiar meu ficar doente, sobretudo por minha causa, para mim será uma grande desgraça

Ana Isabel Camacho - 12º45


Quando nos apercebemos que uma situação impactante e fora do habitual está a contribuir para algumas mudanças drásticas no nosso quotidiano, nos nossos comportamentos, pensamentos e na visão que temos da realidade ao nosso redor, é essencial que reflitamos a respeito de como e porquê esta situação nos está a afetar. E foi isso exatamente o que eu fiz quando a pandemia começou a afetar a minha vida. Cada vez que eu ligava a televisão, depois do almoço, era uma nova notícia sobre a Covid-19. Receava cada vez mais o quão rápido esta doença se desenvolvia e quantas vidas ela tirava todos os dias. É desesperador pensar quantas pessoas lutam bravamente contra esta doença e tantas outras que, infelizmente, já perderam a batalha. Famílias desestabilizadas, pessoas a perderem os seus empregos e sustentos de vida, além de tantas outras que desenvolveram depressões devido à tamanha desgraça que esta pandemia trouxe. É importante evidenciar também que, mesmo sabendo que tantas pessoas são afetadas negativamente por esta doença, ainda existem muitas outras que não respeitam as regras de prevenção. É triste saber que enquanto existem médicos, enfermeiros e cientistas a darem o seu melhor para acabarem com o sofrimento de milhares das pessoas infetadas, nem todos têm consciência e respeito suficientes pelos outros. Por outro lado, a pandemia refletiu alguns aspetos positivos no meio ambiente, visto que, por alguns meses, certas instalações estavam em quarentena, razão pela qual muitas pessoas não utilizavam tanto o carro, contribuindo assim para a redução da poluição na atmosfera, assim como para a diminuição do lixo nas ruas e do número de incêndios.

Ao longo do ano, a medicina tem evoluído mais rapidamente, uma vez que existe um grande número de pessoas que se dedicam todos os dias, com o objetivo de descobrir uma vacina eficaz na prevenção destra doença. Por fim, as consequências da pandemia no mundo mostraram-me que tenho de ser mais agradecida e consciente. Se eu agir incorretamente, sei que não serei a única a sofrer. Pelo contrário, a minha mãe, os meus avós e outras pessoas poderão não estar seguros também. Por isso, esforço-me por cumprir as recomendações, tal como devemos todos fazer.

Laura Ornelas - 10º06

No começo da quarentena não foi tão ruim, eu fiquei com a minha família em casa, tinha a minha irmã da minha idade, então a gente se divertia e como eu tinha acabado de me mudar do Brasil para Portugal, não tinha amigos para sair e me encontrar, então foi tranquilo. Mas depois que as coisas começaram a voltar ao normal, foi estranho ter que ficar saindo de máscara e eu também não pude viajar nas férias, para ver meu pai e minha irmã, o que me deixou muito triste, pois sinto muita falta deles.

Isabel Vitória - 10º14

Foto - Gonçalo Rodrigues - CEF52


Este espaço pode ser seu! Envie-nos os seus trabalhos! designinformacaoemultimedia@jaimemoniz.com


Liceu com Memória Núcleo Mu seológico “O Lyceu”

Texto: Lília Castanha Fotos 360o - António Freitas

A ideia da criação do Núcleo Museológico Escolar “O Lyceu” surgiu da necessidade de reunir, preservar e dar a conhecer o valioso legado desta instituição, criada em 1837. Este projeto ganhou forma com a candidatura ao Orçamento Participativo da Câmara Municipal do Funchal de 2014/15, tendo sido um dos projetos vencedores. O Núcleo Museológico “O Lyceu” ocupa um espaço “nobre” do edifício, designado “Largo do Museu”. Pretende-se, de acordo com os meios possíveis, preservar a identidade da instituição, compreender o seu percurso através do estudo e conservação do seu património material, imaterial e natural, valorizar o património educativo e científico e promover a sua divulgação, dando assim a conhecer a história do ensino liceal na Madeira, entre os séculos XIX e XX. Para a concretização desses objetivos a médio e a longo prazo, revelou-se em primeiro lugar necessário proceder ao estudo e inventariação das peças expostas na exposição permanente no Largo do Museu. No entanto, verificou-

se igualmente a existência de um número elevado de peças de valor museológico espalhadas pela escola que necessitam de ser inventariadas e catalogadas, assim como a necessidade de reunilas num só espaço, de maneira a facilitar o seu estudo, a sua preservação e inventariação. O Núcleo Museológico prepara uma base de dados para informatizar o inventário já realizado até a data e a inserção de futuros dados. Em simultâneo com a inventariação, a equipa deste departamento já realizou algumas exposições temporárias, um vídeo informativo a assinalar o primeiro dia de aulas da instituição (10 de outubro de 1837) e tem em vista a preparação de visitas virtuais, a apresentação da peça em destaque, assim como a elaboração de roteiros temáticos, consoante os recursos disponíveis. A exposição permanente apresenta espaços temáticos de acordo com as diferentes áreas do conhecimento, tais como a história, a biologia, a física, a geografia, o desporto e o teatro, além do material audiovisual utilizado nas aulas e no cinema, documentando assim a atividade educativa

desenvolvida ao longo dos séculos XIX e XX. Este espaço museológico encontra-se em processo de construção, constituindo o seu maior acervo os objetos utilizados para o ensino/aprendizagem das Ciências Naturais e das Ciências Físico-Químicas; de referir que os seus laboratórios são um exemplo do património arquitetónico e histórico que retratam a didática destas áreas do conhecimento em épocas passadas. A obra de Max Römer, pintor alemão, está também presente no Liceu Jaime Moniz. A destacar, a execução em 1943 do conjunto mural para a cantina, constituído por um friso com figuras típicas madeirenses. De salientar ainda a integração no Arquivo Regional da Madeira do acervo do antigo arquivo documental do Liceu (desde o século XIX aos anos 70 do século XX), encontrando-se ainda muito por explorar. É só com a preservação dos objetos desta instituição, as provas materiais, que podemos contar a sua história e conferir força e coesão à sua memória.


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A VOZ DO ALUNO Um projeto solidário Responsável pelo Projeto: Drª. Fernanda Coelho Foto, Cottonbro, pexels Foto - Tomás Caires - CEF52

Este projeto tem como objetivo principal continuar a diagnosticar e identificar as verdadeiras necessidades da pessoa ou grupo que receberá a ação voluntária. Basicamente, o projeto toma como princípio que a Solidariedade é o ato de bondade com todas as pessoas à nossa volta, dando prioridade àquelas que se debatem com mais dificuldades alimentares, financeiras e físicas. Na prática, estas necessidades serão detetadas/ diagnosticadas através dos delegados e diretores de turmas, em contacto direto nas respetivas turmas, ou ainda na hora de atendimento pelo DT. Nesta medida, pretendemos continuar a (re)conhecer o perfil dos participantes, verificar a sensibilidade dos alunos e suas opiniões acerca da sua escola ideal, bem como identificar qual o tempo, trabalho e talento que os voluntários/alunos poderão colocar ao dispor do projeto, tendo em vista considerá-los posteriormente no plano de ação. É, pois, importante sermos conscientes de que a educação não passa apenas pela qualidade das aprendizagens, mas também, e sobretudo, pela formação para a cidadania. Para o efeito, a nossa Escola oferece um conjunto de atividades de enriquecimento e de complemento curricular que contemplam diversas iniciativas, projetos e clubes, razão pela qual estamos certos que este projeto, concretamente, constituirá uma mais-valia em termos da importância do voluntariado na Educação e na Cidadania Global. “Garantir uma formação integral, assegurando a todos os alunos uma plena integração e sucesso pessoal e profissional numa perspetiva de educação para a cidadania.” Jaime Moniz E.S. (2017).


Clique nas palavras em cima para se inscrever! Concurso de fotografia aberto a toda a comunidade educativa.



O MONIZ CARLOS VARELA Out r o f ormato, o mesmo legado Sem Teatro... o pensamento era só um espaço vazio. Pessoa seria só um, Shakespeare um escritor qualquer, Gil Vicente apenas um ourives, Baltazar Dias um invisual. As tragédias eram as almas descontentes. As comédias as vidas dos outros. Porque não havia Teatro, o tempo repetia-se ciclicamente como ponteiros dessincronizados que não ditavam as pancadas de Molière. As cortinas desalinhadas adornavam só as janelas. Éramos todos personagens sem autor pela vida fora. Nem arlequins ou colombinas nos faziam amar. A marionete apenas um boneco que vivia em nós na prateleira da vida quotidiana. Respeitando as condicionantes do plano de contingência COVID 19 e recusandonos a ser apenas mais um rosto de máscara, mudámos “o púlpito”, mas não o auditório. As sessões de trabalho do grupo O MONIZ - CARLOS VARELA acontecem atualmente online e prevê-se que o XXIX Festival Regional de Teatro Escolar Carlos Varela ocorra de 01 a 05 de março, através do recurso a meios telemáticos. Excecionalmente, na edição de 2021, cada grupo de teatro escolar deverá apresentar a concurso uma curta-metragem de 5 a 10 minutos, prevendo-se a introdução de uma nova categoria nos prémios a atribuir: “Melhor Produção Audiovisual”. O grupo de Teatro O MONIZ – CARLOS VARELA foi fundado em outubro de 1990 pelo

professor Carlos Varela, docente da escola Secundária Jaime Moniz, inicialmente com a designação “O Moniz”. O festival surgiu em 1993, procurando transpor para a RAM o “Encontro de Teatro Escolar (ETE)”, primeiramente designado “I Encontro de Grupos de Teatro Escolar da RAM”. A partir de 94, passou a denominar-se de “Festival Regional de Teatro Escolar (FRTE)”. Em 2001, em homenagem ao professor Carlos Varela, o festival passaria a designar-se “Festival Regional de Teatro Escolar – Carlos Varela” e o grupo organizador de “O Moniz – Carlos Varela”. Este projeto abrange duas vertentes: o trabalho com os alunos que constituem o grupo de teatro e a organização do Festival de Teatro Carlos Varela, que recebe, em média, dez grupos escolares participantes no concurso, dois a três grupos convidados (profissionais ou semiprofissionais), organiza conferências, workshops e a cerimónia de encerramento do evento (onde são atribuídos os Prémios de Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Produção Plástica, Melhor Sonoplastia, Melhor Encenação, Melhor Texto e o Prémio “Carlos Varela”). A equipa de coordenação é, ainda, responsável por toda a logística e divulgação do evento junto da comunicação social. O festival tem alcançado progressivo reconhecimento junto da comunidade escolar, na arte e cultura da RAM e junto de instituições e grupos profissionais e/ ou semiprofissionais, que incorporam o

evento. São parceiros do festival a SRE e a Câmara Municipal do Funchal (CMF), que celebrou um protocolo, em novembro de 2016, com a instituição responsável pelo projeto, de modo a que, em data definida anualmente, a peça agraciada com o “Prémio Carlos Varela” tenha a possibilidade de atuar no Teatro Municipal Baltazar Dias (TMBD). Com 28 anos de existência, o festival é uma das referências de cariz educativo, na arte e cultura juvenil, tendo sido amplamente propagado. Este evento funciona como uma exposição dos trabalhos desenvolvidos nas escolas e, pontualmente, nos grupos profissionais e/ou semiprofissionais. A função do festival é educar os diferentes públicos, potenciar a sensibilidade para as artes, permitir que os participantes possam partilhar experiências, melhorar conhecimentos nas artes do espetáculo, disponibilizar um espaço para que, com as condições adequadas, cada grupo possa apresentar um trabalho de qualidade e efetuar a ligação entre o púbico e a comunidade escolar. Sendo este projeto uma referência do trabalho escolar na RAM, não podíamos colocar apenas uma máscara e fazer parte dessa massa única, incolor, que caminha nas ruas no silêncio de risos que não chegarão a nascer. Com itinerários diferentes, o entreato será agora ao som de uma claquete.


BERLINER WEIHNACHTSMARKT Willkommen auf den Berliner Weihnachtsmärkten! Was könnte es in der Weihnachtszeit schöneres geben als gegen Abend über einen Weihnachtsmarkt zu schlendern, Spekulatius und gebrannte Mandeln zu knabbern und Glühwein zu trinken? Bem-vindo aos mercados de Natal de Berlim! O que poderia ser melhor na época do Natal do que passear por um mercado de Natal à noite, mordiscar biscoitos e amêndoas torradas e beber vinho quente?

DER ADVENTSKALENDER O CALENDÁRIO DO ADVENTO Am ersten Dezember bekommen die Kinder einen Adventskalender mit 24 Überraschungen. Jeden Tag finden die Kinder eine Überraschung in dem Kalender. Die letzte Überraschung bekommen die Kinder am vierunzwanzigsten Dezember. No dia 1 de dezembro, as crianças recebem um calendário do advento com 24 surpresas. Até ao dia 24 de dezembro as crianças encontram, em cada dia, uma surpresa no calendário.

DRESDNER WEIHNACHTSMARKT Weihnachten ist dank der vielen Lichter, der leckeren Gerüche und dem Zusammensein mit Freunden und Familie jedes Jahr ein besonderes Fest. Auch Dresden bietet dank seiner vielen wunderschönen Weihnachtsmärkte zu dieser Zeit eine einzigartige Atmosphäre. O Natal é uma celebração especial todos os anos, graças às muitas luzes, aos deliciosos aromas e ao estar junto com amigos e familiares. Dresden também oferece uma atmosfera única neste momento graças aos seus maravilhosos mercados de Natal.

DER NIKOLAUSTAG O DIA DE S. NICOLAU Am 6. Dezember ist Nikolaustag. Am 5. Dezember stellen die Kinder am Abend einen Teller oder einen Stiefel raus. In der Nacht kommt der Nikolaus und legt Äpfel, Nüsse und Schokolade für die braven Kinder auf den Teller oder in den Stiefel. Für die bösen Kinder bringt er eine Rute. O dia de S. Nicolau é no dia 6 de Dezembro. No dia 5 de Dezembro, à noite, as crianças colocam à entrada da casa um prato ou uma bota. Durante a noite, o S. Nicolau traz maçãs, nozes e chocolates para as crianças que se portam bem e um pauzinho para as que se portam mal.


Ohne Weihnachtsgebäck wäre Weihnachten nur halb so schön! No Natal fazem-se muitos BISCOITOS DE NATAL. Fazê-los nós próprios torna-os mais especiais. Zu Weihnachten bäckt man viele WEIHNACHTSPLÄTZCHEN. Backt selber Plätzchen, weil Selbstgebackenes einfach was Besonderes ist! Zutaten 500 Gramm Mehl 2 Teelöffel Backpulver 150 Gramm Zucker 1 Päckchen Vanillezucker 2 Eier Eigelb zum Bestreichen 250 Gramm Margarine Zubereitung Alle Zutaten in eine Schüssel geben. Mit den Händen zu einem Teig verarbeiten. Den Teig ausrollen und mit Plätzchenformen ausstechen. Die Kekse mit Eigelb bestreichen, und nach Wunsch, mit Mandeln, Nüβen, Schokolade oder Streuseln verzieren. Auf ein gefettetes Backblech legen. Im Backofen bei 200 Grad für 10 bis 15 Minuten backen. Ingredientes 500g de farinha 2 colheres de chá de fermento 150g de açúcar 1 pacotinho de açúcar baunilhado 2 ovos gema para cobrir 250g de margarina Modo de preparação Colocar todos os ingredientes numa taça. Amassá-los com as mãos. Estender a massa e cortá-la com formas de bolachas. Cobrir as bolachas com gema de ovo e enfeitá-las, a gosto, com amêndoas, nozes, chocolate e pepitas coloridas. Colocá-las num tabuleiro untado com margarina e levar ao forno a 200 graus durante 10 a 15 minutos.

WEIHNACHTSLIEDER Stille Nacht, heilige Nacht! Stille Nacht, heilige Nacht! Alles schläft, einsam wacht Nur das traute hochheilige Paar. Holder Knabe im lockigen Haar, Schlaf in himmlischer Ruh! Schlaf in himmlischer Ruh! Stille Nacht, heilige Nacht, Gottes Sohn, o wie lacht Lieb’ aus Deinem göttlichen Mund, Da uns schlägt die rettende Stund, Christ, in Deiner Geburt! Christ, in Deiner Geburt! Stille Nacht, heilige Nacht, Hirten erst kund gemacht! Durch der Engel Halleluja tönet es laut von fern und nah: Christ der Retter ist da! Christ der Retter ist da! Autor: Joseph Franz Mohr - er war ein österreichischer Priester und Dichter, der den Text des bekannten Weinachtsliedes „Stille Nacht, heilige Nacht“ (1816) zunächst als Gedicht verfasste. Er wurde am 11. Dezember 1792 in Salzburg in Österreich geboren und starb mit 55 Jahren alt am 4. Dezember 1848 in Wagrain (Pongau). 2020 jährt sich sein Geburtstag zum 228. Mal. Joseph Franz Mohr foi um sacerdote e poeta austríaco que escreveu o texto da famosa canção de Natal “Silent Night, Holy Night” (1816) como um poema. Ele nasceu a 11 de dezembro de 1792 em Salzburgo, Áustria, e morreu aos 55 anos de idade a 4 de dezembro de 1848 em Wagrain (Pongau). 2020 marca o seu 228º aniversário.

GRUPO 340 - ALEMÃO


Foto - Flávia Freitas - CEF52

Foto - Ana Beatriz - CEF52

CEF52 - Animação Sociocultural


Foto - Francisca Ferreira - CEF52

Foto - Francisca Ferreira - CEF52


Foto - Gonçalo Rodrigues - CEF52

Foto - Mariana Velosa - CEF52

Foto - Gonçalo Aguiar- CEF52


Foto -Bruna Saturnino - CEF52

Foto - César Velosa - CEF52

Foto - Cristina Lucas - CEF52


Foto - Sira Sow - CEF52

Foto - Maria Moniz - CEF52

Foto - Catarina Vieira - CEF52


Foto - Catarina Vieira - CEF52


Foto - Filipa Barreto- CEF52

Foto - Sira Sow - CEF52


Foto - Ricardo Sousa - CEF52

Foto - Francisco Aguiar - CEF52

Foto - Sara Gomes - CEF52


Foto - Sira Sow- CEF52

Foto - Sara Santos- CEF52

Foto - Sara Santos- CEF52


Foto - Francisca Ferreira- CEF52

Foto - Xavier Caleta- CEF52



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