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confeccionista ANO IX - Nº 45 -JAN/FEV 2018

WWW.OCONFECCIONISTA.COM.BR

impressão

editora

WORLD FASHION CONVENTION

Compliance e tecnologia são os pilares da confecção do futuro

SENAI/CETIQT

CRIA PROTÓTIPO DE CONFECÇÃO 4.0

Minas Trend

comemora 10 anos em prol da moda mineira

DESFILE CHOCKER

MERCADO

Produção e vendas de vestuário têm resultados positivos em 2017

INSPIRAMAIS TRAZ NOVIDADES PARA O VERÃO 19

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CARTA AO LEITOR

O que vale mesmo é uma boa impressão! Depois de muito tempo, vejo as confecções celebrando a volta das vendas e dos bons negócios e, o melhor, com grandes perspectivas para 2018. Infelizmente a crise causou estragos muito grandes na mídia impressa, com veículos tradicionais optando pelo sistema online e muitos outros simplesmente fechando as portas. Além disso, muitas feiras tradicionais deixaram de existir, o que é muito ruim para o setor. Hoje as empresas estão buscando alternativas para se comunicar com o mercado e a mídia on-line ganha espaço, uma vez que é muito barata e rápida. Os resultados, porém, são questionáveis. Os livros e revistas impressos tiveram um aumento de 7% em relação ao ano passado, enquanto um grande jornal de São Paulo fechou sua página no Facebook; os e-books que eram vendidos, agora são oferecidos de graça, uma vez que o Kindle e similares estão começando a encalhar. O grande problema na mídia online é a credibilidade. Segundo Martin Sorrell, fundador e presidente da WPP, a maior agência de publicidade do mundo, as empresas devem repensar a estratégia de deslocar aportes da mídia impressa para os canais on-line. “Os veículos tradicionais de mídia impressa são mais poderosos do que as pessoas vêm pensando”, afirmou Sorrell. E completou: “Pesquisas recentes mostram que a mídia tradicional pode ser mais engajadora, e que leitores tendem a registrar melhor a informação veiculada em revistas e jornais impressos do que a partir de conteúdo on-line e móvel”. Tenho certeza de que as revistas impressas vão voltar a ser um dos principais meios de comunicação, principalmente no trade marketing, pois a informação que elas divulgam tem credibilidade e dura muito tempo, sendo importante para pesquisas e orientação dos negócios dos leitores. A revista O Confeccionista continuará a ser impressa, embora tenha seus produtos on-line, e este ano volta a ser gratuita. Por isso, leitor, entre em nosso site (www.oconfeccionista.com.br) e faça sua assinatura grátis. Acredito que 2018 será um bom ano para o setor de confecções e queremos sempre ter você como leitor. Tenha uma boa leitura e faça grandes negócios. Um abraço

Júlio César Mello

Diretor-executivo Revista O Confeccionista juliocesar@oconfeccionista.com.br

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confeccionista

SUMÁRIO

ANO IX - Nº 45 -JAN/F EV 2018

WWW.OCONFECCION ISTA.COM.BR

WORLD FASHION CONVENTION

editora

SENAI/CETIQT

CRIA PROTÓTIPO DE CONFECÇÃO 4.0

Minas Trend

-2018

comemora 10 anos em prol da moda mineira

DESFILE CHOCKER

CAPA - FOTO: AGÊNCIA FOTOSITE

- ANO IX - Nº 45 - JAN/FEV

Ano IX- Número 45- jan/fev 2018

O CONFECCIONISTA

confeccionista

impressão

Compliance e tecnolog ia são os pilares da confecção do futuro

MERCADO

Produção e vendas de vestuário têm resultado s positivos em 2017

VERÃO 19 INSPIRAMAIS

INSPIRAMAIS

TRAZ NOVIDADES PARA O VERÃO 19

10 Moda atemporal, conectada e

capa 45.indd 1

sustentável

2/22/18 11:40 AM

EMPRESA EM DESTAQUE

ESPECIAL

14 Confecção 4.0 pelo Senai Cetiqt

MUNDO TÊXTIL/DENIM

MERCADO

20 Sinais de Recuperação em 2017 24 Confecções infantis em alta 30 World Fashion Convention PERFIL

28 Oito décadas na mesma empresa PASSARELA

46 Minas Trend - Outono/Inverno 18

confeccionista Diretor-Geral - Júlio César Mello juliocesar@oconfeccionista.com.br Diretora de Relações com o Mercado Bernadete Pelosini bernadete@oconfeccionista.com.br Editora de Arte - Marisa Ana Corazza marisacorazza@gmail.com Colaboraram nesta edição: Vera Campos (edição, reportagem e texto) – editora@oconfeccionista.com.br; Laura Enge de Wolf (artigo)

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44 ETAX, etiquetas termotransfer 56 Verão 2018/19 FEIRAS

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Internet - Mulisha rafael@mulisha.com.br Financeiro - Vanessa Mello financeiro@oconfeccionista.com.br Publicidade comercial@oconfeccionista.com.br Impressão - Gráfica Rotativa Distribuição Nacional O Confeccionista é uma publicação bimestral da Impressão Editora e Publicidade Ltda., distribuída aos empresários da indústria de confecção.

É vedada a reprodução total ou em parte das matérias desta revista sem a autorização prévia da editora. Todas opiniões e comentários dos articulistas e anunciantes são de responsabilidade dos mesmos. Impressão Editora e Publicidade Ltda Rua Alcides de Almeida, 184, Centro, S.Bernardo do Campo,SP. CEP: 09715-265 - Fone: 11 4127 3435

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EM DIA

EXPOPRINT LATIN AMERICA

A 45ª edição do SPFW será realizada de 22 a 26 de abril no Pavilhão das Culturas Brasileiras (Pavilhão Engenheiro Armando de Arruda Pereira), no Parque do Ibirapuera. Em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e o circuito de museus da cidade, outros 13 equipamentos serão disponibilizados para realização de desfiles externos, ampliando o movimento de ocupação da cidade promovido nos últimos anos pela semana de moda. Pavilhão das Culturas Brasileiras - Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Ibirapuera, São Paulo – SP

#ModaInfo 2018 ed.1

Acontece em 5 de abril, em São Paulo, o #ModaInfo 2018 ed.1, que discutirá tendências, comportamento e negócios. Promovido pelo Senac, o evento tem extensa programação a partir das 9H, com palestrantes discorrendo sobre tendências aplicadas (feminino, masculino, infantil e moda praia), e-commerce, construção de pesquisa para o desenvolvimento de produto de moda e diversidade, entre outros temas. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo telefone (11) 2185-9800 ou no dia, no local: Centro Cultural B_arco – Rua Dr.Virgílio de Carvalho Pinto, 426, Pinheiro, São Paulo – SP Inscrições pelo link https://www.sp.senac.br/login/ Login?destino= https://www. sp.senac.br/ecommerceFrontEnd/? vcw_unidade=40&vcw_ evento=9900098023&testeira= 453&idproduto=0&titulo=Senac 8

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

Explosão Criativa

Entre os dias 20 e 24 de março, São Paulo sediará o maior evento de impressão das Américas: a ExpoPrint Latin America. O evento reunirá grandes marcas da indústria impressão que atendem os segmentos de impressão comercial, editorial, têxtil e de embalagens. Um dos destaques é o Digital Textile Conference, um dia dedicado a debater o novo mundo da estamparia digital e todas as suas implicações. Ainda nesta área, a Ilha da Sublimação, parceria com a ComunidadeWeb e FESPA Brasil, apresentará palestras, workshop e showroom para mostrar que a sublimação pode ser uma oportunidade para quem deseja empreender. Inscrições no site www. expoprint.com.br/visite. Expo Center Norte, Pavilhões Azul e Branco. Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme, São Paulo - SP


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VERÃO 2019

INSPIRAMAIS Moda atemporal, conectada e sustentável

Inspiramais destaca o lançamento de novos materiais e soluções para fabricantes de calçados, tecidos e vestuário, e prenuncia fim da classificação das coleções como Verão e Inverno

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inal dos tempos: os lançamentos e tendências de moda deixam de seguir calendários (primavera/verão e outono/inverno), as confecções ganham ferramentas para ingressar na era da indústria 4.0 (veja matéria adiante) e a bus10

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ca pela sustentabilidade acelera o desenvolvimento de produtos biodegradáveis. Esses foram os principais destaques da última edição do Inspiramais, realizada nos dias 16 e 17 de janeiro, em São Paulo, com a presença dos principais players de moda, varejo e indústria, grifes e estilistas,


Projeto +Estampa: desenhos e cores desenvolvidos para a temporada

e o lançamento de 900 novos materiais e soluções para o mercado de calçados e de vestuário. O evento, bianual, é promovido pela Assintecal, ByBrasil – Components and Chemicals, ABIT, TexBrasil, CICB, BrazilianLeather e Apex-Brasil. Coordenador do Núcleo de Design da Assintecal, Walter Rodrigues justificou a atemporalidade dos lançamentos e tendências: “O Inspiramais projeta a moda do futuro e, diante disso, acreditamos que não precisamos mais colocar carimbo de Inverno e Verão nos lançamentos, sobretudo porque vivemos em um país que tem todas as estações o ano inteiro”. Ele defende que, nas próximas estações, a moda esteja mais conectada à percepção de que o produto permanecerá por mais tempo nas coleções das marcas que produzem insumos de moda. Dessa forma, os próximos salões do Inspiramais passarão a ter o ano de referência seguido por I e II, e não mais Verão e Inverno (este, que seria o Verão 2019, ficou sendo Inspiramais 2019 I. O próximo, que acontecerá em 17 e 18 de julho, será o Inspiramais 2019 II - antigo Inverno 2019). Responsável pelas pesquisas do Projeto Conexão Inspiramais, Rodrigues explicou em sua palestra que o Verão 2019 terá “Re-

Look com zero resíduos criado pela estilista Renata Buzzo para a Lunelli

sistência” como palavra chave. “Resistência é uma resposta a todos os movimentos de intolerância com raça, cor, gênero ou qualquer outra diferença”, explicou. Segundo ele, vários episódios pelo mundo desencadearam a resistência nas artes e expressões como moda, design e arquitetura no comportamento para o Verão 2019. A “Resistência” veio acompanhada da “Permanência”, ou seja, valores que exaltam o que é amado, cultivado culturalmente por gerações, raças e gêneros.

Tecnologia e Sustentabilidade

Uma planta-modelo de Confecção 4.0 foi posta em funcionamento pelo SENAI Cetiqt, do Rio de Janeiro, que desenvolveu o protótipo durante o ano de 2017, com apoio da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção). O projeto integra os espaços virtuais e físicos, interligando consumidor, produtos, máquinas, softwares, sistemas produtivos e a cadeia de suprimentos e distribuição (veja matéria adiante).

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VERÃO 2019 Outro destaque foi o Espaço Sustentabilidade, onde os visitantes puderam conhecer os fios Amni Soul Eco - o primeiro de poliamida biodegradável do mundo, produzido pela Rhodia, e o Stahl Evo Piñatex®, desenvolvido com a fibra do abacaxi pela indústria química Stahl. A Cofrag trouxe tecidos biodegradáveis, destinados ao mercado de confecção e calçados e a ITM expôs o Ecofio produzido com aparas de algodão. “Esse foi um espaço de empresas protagonistas que entenderam que a sustentabilidade é o próximo nível na busca de competitividade e qualidade no mercado, e um processo natural para agregar valor aos produtos, avaliou Flávia Vanelli, designer do núcleo de pesquisa da Assintecal e curadora da mostra do Espaço Sustentabilidade. O Espaço Sustentabilidade ofereceu também palestras gratuítas, onde a pauta foram soluções inovadoras em iniciativas e materiais sustentáveis no mercado de moda brasileiro, promovidas pela ABVTEX – Associação Brasileira do Varejo Têxtil. Entre os palestrantes estiveram Rozalia Del Gaudio, Gerente Sênior de Comunicação e Sustentabilidade da C&A; Daniel PhilipiKnop, responsável pela comunicação da FHH - Fundação Hermann Hering (Cia.Hering); Eduardo MöllerFerlauto, Gerente de Ecoeficiência da Lojas Renner e porta-vozes da ABVTEX, Abit, OIT, Instituto C&A e Instituto Reos.

Moda

No Salão, os expositores apresentaram em seus estandes mais de 900 lançamentos conectados às inspirações da temporada, entre elas as etiquetas com realidade aumentada da TecnoBlu, a coleção Flor&Cultura da Lunelli, a Cartela Especial Beachwear da Britânnia Têxtil, a coleção de laminados inspirada no Sul da França pela Cipatex para o Verão 2019, que trouxe cores quentes e destaque para franjas elásticas e rígidas, apliques com pingentes, pompons e tranças para a estação mais quente do próximo ano.

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PREVIEW DO COURO Durante o evento, foi apresentados ainda o projeto “Preview do Couro, Referências Brasileiras” que antecipa a edição 2019 II do Inspiramais. Realizado pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), o Preview do Couro é resultado de uma detalhada pesquisa de inspirações e cartela de cores, desenvolvida sob a orientação dos designers Walter Rodrigues e Marnei Carminatti, do Núcleo de Design da Assintecal Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos. Sob o conceito “Alquimia”, os curtumes desenvolveram couros com aspecto molhado, plastificado, com brilhos. Em termos de cores, as apostas são em dez tonalidades, entre elas vermelho, verde e roxo. O curtume RhomaPelles apresentou o couro verniz. Outro destaque foi a coleção desenvolvida pelo Curtume Natur, inspirada em referências de Walt Disney. Tons pastéis, terrosos e efeito metalizado (com dourado dando lugar ao prata e rosados) estiveram presentes .


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ESPECIAL/CONFECÇÃO 4.0

Revolução na indústria

FOTOS: TIAGO AUGUSTO/SENAI CETIQT

O consumidor se posiciona em frente a um espelho virtual, seleciona e customiza a peça que deseja comprar

SENAI Cetiqt desenvolve projeto piloto da confecção que produz peças customizadas pelo cliente com base em realidade virtual, automação de processos e conectividade entre toda a toda a cadeia de produção por Vera Campos

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epresentantes de empresas e de entidades do setor têxtil e de confecção que participaram da 33ª IAF World Fashion Convention em outubro, no Rio de Janeiro, e visitantes do Inspiramais em São Paulo, em janeiro deste ano, puderam ver de perto o funcionamento do projeto piloto que integra consumidor, varejo, confecção e seus fornecedores, e 14

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que, como resultado, produz e entrega peças de vestuário sob medida e customizadas pelo cliente em questão de minutos. E tudo isso praticamente sem a necessidade de mão de obra. Desenvolvida pelo Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do SENAI CETIQT, a planta da “confecção do futuro” foi lançada oficialmente em 19 de outubro e está disponível para demonstração na unidade Riachuelo. ➤


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ESPECIAL/CONFECÇÃO 4.0

“Ainda não há nada parecido no mundo todo. Somos os pioneiros”, orgulha-se Robson Marcus Wanka, gerente de Educação e responsável pela materialização do projeto. O modelo concebido pelo SENAI CETIQT reúne todos os elementos que conceituam a indústria 4.0 e vão promover a 4ª Revolução Industrial: a conectividade entre consumidor, varejo, confecção e demais elos da cadeia de produção e a customização do produto para cada cliente. Isso será possível por meio da integração entre os espaços virtual e físico, envolvendo pessoas, produtos, máquinas, softwares, sistemas produtivos e a cadeia de fornecimento. Ainda que, na prática, a fábrica do futuro demande investimentos em modernos equipamentos, Wanka assegura que os ganhos com redução de mão de obra, do retrabalho e dos estoques, acrescidos do aumento da produtividade e da produção podem trazer um rápido retorno do valor investido, sem a necessidade de jogar o preço do produto final para o alto. “O objetivo é trazer maior agilidade às empresas brasileiras e capacitá-las para enfrentar melhor, num futuro próximo a concorrência no mercado internacional”, resume.

Como funciona, na prática

No modelo demonstrativo do SENAI/CETIQT, são oferecidas ao cliente calças nas versões legging, corsário, capri e short, confeccionadas a partir de tecidos com 80% de poliéster e 20% de elestano e antibacterianos. “São peças com indicação para uso tanto na academia como no trabalho”, esclarece o gerente.

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A peça é impressa por sublimação e colorida no tecido, que segue para a máquina de corte automática

O consumidor se posiciona em frente a um “espelho virtual” e seleciona a peça e a cor de seu interesse, apenas apontando em direção ao visor. Pode ainda selecionar estampas e locais para a sua colocação. Ali mesmo tem suas medidas corporais captadas por meio de uma câmera. “Se o cliente autorizar, um robô tocará nas coxas dele e sensores medirão o tônus muscular, a fim de fazer o ajuste perfeito no tamanho da peça”, completa Wanka. Feito isso, o cliente dá o Ok da compra tocando no espelho. “O consumidor é seu próprio designer”, destaca o gerente.” A decisão se viabiliza por meio de inteligência artificial, num sistema de realidade virtual”, explica. Escolhidos o modelo, as cores e estampas, os dados sobre a peça são enviados remotamente para uma impressora de papel sublimático, que imprime tudo isso. O papel segue numa esteira para uma ca- ➤


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ESPECIAL/CONFECÇÃO 4.0

Robô entrega a peça embalada ao cliente, no balcão

landra, a fim de que seja transferida a tinta do papel para o tecido (o modelo do Cetiqt utiliza apenas de tecido branco pronto para tingir, o que reduz o uso de insumos). De lá, o tecido vai em outra esteira para o corte, também automatizado. Até aqui, todo o processo ocorre sem intervenção humana. A costura é feita pelo modo convencional, mas a peça cortada chega com um QRCode, um código de barras bimensional para ser escaneado pela costureira, que exibe a sequência de montagem por meio de realidade aumentada. Uma vez costurada, a peça segue para uma máquina que a dobra e ensaca. Um robô pega o pacote e o guarda no estoque intermediário. Por e-mail, o consumidor recebe uma foto do produto com o respectivo QR Code. O produto é entregue ao cliente no balcão pelo robô. “O processo não leva mais que 25 minutos”, comemora o gerente do SENAI CETIQT. Os fornecedores também estão conectados. Quando, por exemplo, o tecido estiver prestes a acabar, a cadeia de fornecimento é acionada automaticamente para providenciar o abastecimento. “O futuro é a Indústria 4.0, em que o consumidor tem participação ativa no processo de produção e a conectividade é o grande diferencial. Será uma nova etapa para a indústria têxtil e de confecção, e também para o consumidor, de customização e democratização da moda, dentro de um modelo de confecção e consumo bem diferente do que existe hoje”, finaliza. 18

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MBI em Confecção 4.0 Além da planta piloto, o SENAI CETIQT, por meio de sua Faculdade, está lançando, para início em março de 2018, o Master In Business Innovation (MBI) em Confecção 4.0. Trata-se de um curso de pós-graduação à distância destinado a diretores, gerentes, supervisores industriais e/ou interessados, que tem como objetivo formar profissionais capazes de elaborar projetos de implantação nas empresas e indústrias do setor confecção, vestuário e têxtil. A carga horária total é de 360 horas, das quais 72 horas presenciais. “No decorrer do Curso teremos seis encontros presenciais no Rio de Janeiro, um por mês, a partir de março de 2018”, esclarece Robson Marcus Wanka, gerente de Educação do SENAI CETIQT. Os encontros vão ocorrer às sextas (das 18h às 22h) e aos sábados (das 9h às 18h). Os alunos serão hospedados em um Hotel (com todas as refeições inclusas). O curso todo terá custo de R$ 33 mil, que podem ser divididos em 24 parcelas de R$ 1.375,00. As inscrições online vão até 18/02/2018. Ao término, caso haja ao menos 10 alunos interessados, será programada uma viagem para a Alemanha, onde a Indústria 4.0 já está avançada.

FOTOS: TIAGO AUGUSTO/SENAI CETIQT

Costureira recebe a peça cortada e as indicações, via QR Code, de como montá-la


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MERCADO

Sinais de recuperação Produção de vestuário cresce em 2017, mas importações voltam a ganhar fôlego

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ados preliminares apresentados em dezembro pela Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção revelam que a produção e vendas de vestuário no varejo brasileiro começam a dar sinais de recuperação e crescem após pelo menos dois anos seguidos de queda. As estimativas indicam que foram confeccionadas no Brasil 5,9 bilhões de peças em 2017, volume esse 3,5% superior ao do ano anterior. No varejo de vestuário, o volume de vendas deve ser 6,5% superior ao de 2016, chegando a 6,71 bilhões de peças vendidas, praticamente os mesmos níveis de 2015.

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O aumento nos níveis de emprego também sugere uma recuperação: em 2017 foram gerados 3,5 mil postos de trabalho nos setores têxtil e de confecção, após seis anos sucessivos de queda. Para se ter uma ideia, em 2015 foram fechados 100 mil postos de trabalho e em 2016 outros 30 mil. Os investimentos também foram reforçados, passando de R$ 1,6 bilhão em 2016 para R$ 1,9 bilhão. O presidente da Abit, Fernando Pimentel, ressalta que os indícios de melhora no desempenho do setor foram observados já no segundo semestre de 2016, impulsionados pela leve recuperação do consumo e ➤


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MERCADO forte substituição de importações, devido ao câmbio depreciado. No entanto, com a desvalorização do Real no ano passado, a importação de vestuário, que havia retrocedido quase 38% em volume em 2016, teve um acréscimo de 62% no ano que passou. Só em 2017 foram trazidas de fora 920 milhões de peças e pagos US$ 1,72 bilhão a confecções de outros países, sobretudo para a China, que faturou US$ 835 milhões (dados de jan-nov 2017). “Um dado que nos preocupa, sem dúvida nenhuma, é o forte crescimento das importações em 2017, ao contrário de 2016. Sobretudo, as importações no vestuário. Justamente por ser o último elo da cadeia de produção, portanto, quando você importa roupa, está matando todos os elos antecedentes. É um efeito muito negativo”, afirma Pimentel.

Perspectivas para 2018

Neste ano, o fantasma das importações deve continuar assombrando as confecções brasileiras. A expectativa da Abit é a de quem em 2018, as compras no mercado externo sejam 10% maiores em volume e 15% em valores."Vamos observar a volta das importações absorvendo parte do consumo interno", lamenta Pimentel. A expectativa é que o setor continue na trajetória de crescimento, com aumento de 2,5% na produção de vestuário e de 5% no varejo. Ou seja, a um ritmo menor em relação a 2017. As exportações devem crescer 5% tanto em quantidade quanto em valores. Com isso, o faturamento de têxteis e confecções pode atingir os R$ 152 bilhões, ante R$ 144 bilhões em 2017. Os investimentos devem girar em torno de R$ 2,25 milhões. Cerca de 20 mil postos de trabalho devem ser criados. Isso tudo levando-se

um cenário em que o dólar será cotado a R$ 3,29, em media, durante o ano. “Essa previsão merecerá análises frequentes, porque ninguém sabe como será a corrida eleitoral. As eleições terão um impacto muito grande depois de toda essa recessão”, finaliza o executivo.

MERCADO ILÍCITO GANHA FÔLEGO Em 2016, o mercado ilícito de vestuário no Estado de São Paulo faturou R$ 504,04 milhões, valor esse que corresponde a 2,7% das vendas do setor, de acordo com a Abit. Com isso, R$ 160,28 milhões deixaram de ser gerados em renda para os trabalhadores e 9,8 mil empregos formais poderiam ter sido criados. Cerca de R$ 202,60 milhões em impostos deixaram de ser recolhidos, que poderiam custear a construção de 82 hospitais, por exemplo, ou a contratação de mais de 10 mil agentes da Receita Federal. Os dados são do Anuário 2017, lançado em dezembro, pela FIESP, em São Paulo. Entre os produtos considerados pelo estudo estão peças de roupa íntima, camisas, camisetas, bermudas, calças, meias, jalecos, vestidos, saias, etc. Em geral, são imitações de marcas consagradas.

DADOS DO SETOR Produção Vestuário 2015

2016

2017

2018

-5,7% (5,8 bi peças) -1,72% (5,7 bi peças) +3,5% (5,9 bi peças) +2,5% (6,05 bi peças)

Varejo de Vestuário 2015

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2017

-5,6% (6,7 bi peças) -6% (6,3 bi peças) +6,5% (6,71 bi peças) Fonte: Abit

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2018 +5% (7,05 bi peças)


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MERCADO

Consumo em alta

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Após temporada de queda, produção e vendas de roupas para bebês, crianças e jovens cresce em 2017

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e as projeções se confirmarem, as confecções que atuam no segmento de moda infantil e bebê (para a idade de até 12 anos) finalizaram 2017 com resultados positivos: crescimento de 6,2% em

relação ao ano anterior, atingindo R$ R$ 23,3 bilhões, e aumento de 3% no volume de vendas, que deve chegar a 1,5 bilhão de peças, segundo dados do IEMI – Inteligência de Mercado . O varejo de vestuário infantil e bebê também segue em ascensão, com projeção de aumento de 3% em volume de vendas (1,4 bilhão de peças), de acordo com o IEMI. A receita nas vendas do varejo, em valores nominais, deve crescer 7,3%, atingindo R$ 38,4 bilhões. “O mercado para crianças e bebês se mostrou estável nos últimos anos e a demanda não esteve tão reprimida como a do vestuário adulto”, analisa o diretor do IEMI Marcelo Prado. E destaca: num período de crise, quando a produção cai, os artigos mais elaborados, com maior valor agregado, tendem a ganhar participação no mercado e a elevar o preço por peça na indústria.

FIT 016

“Não temos dúvidas de que o mercado está se recuperando e ficamos satisfeitos em servir como palco de negócios para o segmento”, declarou Cassiano Facchinetti, diretor geral da Koelnmesse Brasil, organizadora da FIT 0/16 – Feira Internacional do Setor Infantojuvenil, Teen e Bebê, que completou 50 edições em novembro e atraiu mais de 3.500 visitantes nos três dias de evento. Focada no Inverno 2018 e realizada no inicio daquele mês, a feira reuniu um número de visitantes 9% maior que a edição de verão, que aconteceu em maio e

Artigos mais elaborados ganham participação no mercado

que, por sua vez, já havia atraído um público 43% superior à do outono-inverno de 2017 (realizada há um ano). “Não poderíamos esperar resultado melhor agora que a FIT 0/16 completa 25 anos. Atingimos o nosso objetivo de reforçar a posição da feira como o evento referência da moda infantil”, ressaltou. Sediada na Alemanha, a Koelnmesse é uma das promotoras líderes no mundo na organização de feiras para as áreas de mobiliário, design, bem-estar e estilo e, no Brasil, promove seis feiras anualmente. “A cada edição da FIT 0/16 temos renovado os clientes e este ano devemos manter o crescimento de 60% nas vendas", revelou Livia Marassi Martins Moraes, diretora criativa da marca Mini Lady. A expansão dos negócios também foi atingida no evento pela Marthiê, que confecciona roupas infantis e as reproduz em bonecas. Segundo Renata Zundt, diretora criativa, essa estrategia tem dado bons resultados, atraindo clientes da marca para o estande. O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018

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MERCADO Expectativa de aumento de 6,2% no faturamento das confecções do ramo em 2017

Sustentabilidade e Inovação

Mesmo as confecções que atendem o público infantojuvenil já perceberam que a tecnologia pode ajudá-las a se diferenciar no mercado e a atrair mais consumidores. É o caso da Jardim Mágico, que levou à FIT 0/16 a coleção Constelação, de calças, coletes e casacos para a linha infantil e bebê com peças feitas com tecido de matéria prima reutilizada, o Reciclato® Eco3, da Pettenati. De acordo com a marca, todas as etapas de cada processo de produção do tecido minimizam os impactos ambientais. O consumo de energia e de água são rigorosamente gerenciados, bem como a energia térmica dos efluentes e dos equipamentos de alto rendimento é reaproveitada. Mesmo não participando de feiras, a Marisol está atenta a inovações. Para este verão, uma das novidades são as camisetas básicas e bodies com tratamento à base de citronela, repelente natural que protege contra picadas de insetos. O produto é aplicado no processo de acabamento da malha e o efeito anti repelente dura até dez lavagens. Outro destaque da marca para a temporada é o lançamento da blusa unissex de proteção com tratamento anti UV 50+, nas cores pink, marinho, amarelo e laranja, nos tamanhos 1 ao 16.

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Verão Marisol: camisetas básicas e bodies com tratamento à base do repelente natural citronela


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PERFIL

80 anos

de sucesso

Walter Orthmann, gerente de vendas da RenauxView, completa oito décadas de trabalho na mesma empresa

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m 17 de janeiro de 1938, aos 16 anos de idade, Walter Orthmann assinava, em Brusque (SC) aquela que seria sua primeira e única ficha de admissão profissional. Dava início assim a uma trajetória que já dura 80 anos na tecelagem RenauxView (antiga Indústrias Renaux S.A.) e que pode garantir a ele o reconhecimento do Guinness World Records como o homem de maior tempo em uma mesma empresa no mundo. Mas não é só. Há dez anos, ele conquistou o recorde brasileiro ao completar 70 anos de trabalho na mesma empresa. Esse título foi renovado em 2013, aos 75, ambos reconhecidos pelo instituto RankBrasil (equivalente nacional do Guinness). No início de sua trajetória profissional como office boy e utilizando a bicicleta como meio de transporte, Orthmann ficou encarregado de buscar correspondências e também por receber os salários dos funcionários da fábrica uma vez por mês, exercendo essa função por dez anos. Nos anos 1950 passou a ser o representante de vendas da tecelagem e, durante muitos anos, foi o único responsável na empresa a exercer essa função. Sua habilidade em vender permitiu a ele viajar aos grandes centros compradores

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da época: Rio de Janeiro e São Paulo. Com os bons resultados, as viagens ficaram mais frequentes, os destinos mais longínquos e o lento percurso de ônibus trocado por rotas aéreas. Sua longa carreira na área comercial o tornou testemunha viva dos avanços da aviação comercial brasileira e possibilitou a ele acumular mais de 7,5 mil horas de voo. Atuando hoje como gerente de vendas, Orthmann cuida da alimentação e mantém uma rotina de exercícios. Preocupar-se com o futuro não faz parte de sua rotina. “Temos que cuidar e melhorar o presente, pois é aqui que estamos”, filosofa. Quando questionado sobre de que maneira o título afeta sua vida, ele responde: "Completar 80 anos de empresa me deixa tão entusiasmado quanto no meu primeiro dia de trabalho. Mas minha rotina não muda. Vou continuar a viver como sempre fiz. Amanhã é mais um dia. Irei acordar, levantar, trabalhar e viver a vida. Simples assim. E tem dado certo". O que não encontra lugar nesse rico e longo histórico profissional é a quebra da palavra ou de seu amor pelo trabalho, patente na frase que já virou seu bordão e que ele profere sempre que percebe que a situação está encaminhada ou o assunto resolvido: "Então, vamos trabalhar!”


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MERCADO WORLD FASHION CONVENTION

Conformidade e Tecnologia (*)

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Realizada pela primeira vez no Brasil, World Fashion Convention discutiu os rumos da indústria e varejo de vestuário para os próximos anos

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‘C

ompliance’ e tecnologia são os pilares de mudanças já em curso na economia mundial, tanto nas formas de fazer negócios como na produção. A integração, a conectividade entre consumidor, varejo, indústria e seus fornecedores para a produção de peças sob medida e customizadas tendem a se fortalecer nos próximos anos, assim como a tendência de fabricá-las de forma sustentável e ética. Esses temas foram a tônica da World Fashion Convention, convenção da moda mundial que, em sua 33ª edição, reuniu em outubro, no Rio de Janeiro, empresários e executivos das principais empresas da indústria e do varejo têxtil nacional e internacional, entidades, autoridades, criadores, academia, estudantes e pesquisadores. Promovido anualmente pela International Apparel Federation (IAF) – Federação Internacional do Vestuário, o evento aconteceu pela primeira vez no Brasil, sob o tema: “Conformidade e Tecnologia: Fatores-chave para a Indústria e Varejo”. A Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção foi a responsável pela realização evento que contou vários patrocinadores: ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico

e Social), Senai Cetiqt, MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) e apoio institucional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), TexBrasil e Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

Desafios e competitividade

Os temas abordados nos painéis do Congresso retrataram o quadro atual do setor e miraram a tendência que aponta para a 4ª. Revolução Industrial (veja BOX), onde a tecnologia digital, a internet das coisas e inteligência artificial se unem para criar um novo modelo de negócio, elevando a indústria a um novo patamar de produção. Outro assunto recorrente foi ‘compliance’. O termo, derivado do verbo inglês ‘to comply’, significa “agir de acordo com uma regra, uma instituição, um comando”. Ou seja, estar em conformidade com leis, ética e regulamentos. Práticas que o setor tem de adotar diante da necessidade de uma produção menos poluidora e sem exploração da mão-de-obra. Na abertura do evento, o presidente da IAF Han Bekke ressaltou os desafios da indústria de vestuário no Brasil e no mundo, mencionando a desaceleração desde 2009 e as incertezas, mudanças e desafios que o setor ainda enfrentou em 2017. “A transparência vai aumentar em nossa cadeia de produção. Estamos unidos ➤ O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018

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MERCADO WORLD FASHION CONVENTION

e trabalhando em uma indústria boa, enfrentando os desafios, oferecendo empregos e novos produtos. Vamos levar isso conosco e aos nossos clientes. Sabemos da importância desse evento, pois o compliance e a tecnologia são fundamentais para o Brasil”, ressaltou.

Megatendências

Empresa francesa com atuação mundial em soluções de tecnologia integrada (software, equipamentos de corte automatizado e serviços associados), a Lectra mapeou quatro grandes tendências no mercado de moda que já estão impactando nas decisões de negócios das empresas e dos clientes: a geração Millennials (dos nascidos entre 1980 e 1995), a digitalização dos processos, a indústria 4.0 e a China.

Han Bekke, presidente da IAF

e a inteligência artificial a unir todos os esses pontos, permitindo a economia de recursos e a autonomia dos sistemas. A terceira tendência focaliza a 4ª Revolução Industrial e a indústria 4.0 (veja BOX). Já o quarto aspecto a ser levado em conta pelos empreendedores, segundo Adriana Oliveira, é o fator China, que está saindo de um modelo de volume para uma produção de qualidade.

Manufatura 4.0

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Adriana Oliveira, gerente de Contas da Lectra

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“Os Millennials são um grupo de consumidores conectados e impacientes, interessados mais no compartilhamento que na aquisição de bens, que se sentem únicos e valorizam a customização”, diz Adriana Oliveira, gerente de Contas da Lectra. Segundo ela, esse grupo reúne mais de 2 bilhões de consumidores e representa a maior geração trabalhadora da história. A tendência digitalização reporta às mudanças na comunicação, trazidas pelo fator nuvem, pelos smartphones, a internet das coisas conectando pessoas com máquinas, O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018

O CEO da TC2, Mike Fralix, trouxe à mesa de debates o desafio de efetivar a transição da manufatura para a indústria automatizada, integrando o ser humano durante o processo, mudança esta que já está em curso. Como exemplo dessa nova indústria, Fralix citou as mesas de costura que permitem o movimento das peças de roupas entre elas, sem a interferência humana. Essa tecnologia já pode ser vista no setor têxtil e de confecção dos Estados Unidos e da Ásia. “Nós precisamos ser disruptivos para fazer mudanças. Além disso, temos que pensar na melhor qualidade dos produtos e na expansão dos negócios, fazendo com que as pessoas estejam incluídas nesse processo”, ressaltou. As previsões dos especialistas presentes nas conferências apontaram para a utilização de robôs e programas computadorizados para auxiliar a fabricação das peças. Pode parecer um tanto utópico mas, segundo eles, com a evolução para a tecnologia 4.0 (veja Box), não só novos investimentos por parte da indústria serão necessários, como também a requalificação dos profissionais que atuam no setor. Isso, no entanto, não se configura como uma ameaça aos empregos, num futuro próximo, avaliam. ➤


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MERCADO WORLD FASHION CONVENTION

Valorização dos colaboradores

Para John Cheh, vice-presidente do Grupo Esquel, um dos maiores fabricantes de vestuário do mundo (só em camisetas de algodão produz 100 milhões de peças ao ano), a valorização dos colaboradores é um ponto essencial para o sucesso das confecções. “A automação pode trazer consistência e desempenho, pois nossos robôs economizam trabalho maçante. Mas a mão de obra humana é muito importante. Por isso, estamos reduzindo as horas de trabalho dos nossos funcionários, enquanto o pagamento aumenta e melhoramos a competitividade de custos por meio da eficiência”, relatou. Cheh enfatizou a importância de qualificar os profissionais para que estes tragam melhores resultados e seja construída uma imagem sólida da empresa. “Precisamos de suporte digital. Entretanto, temos que conceber que isso tem a ver com a inteligência humana e essa é a mudança. Não pense em pagar pouco a essas pessoas. Temos de mudar essa mentalidade.”, afirmou.

FOTO: DIVULGAÇÃO

Qualificação de pessoal

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Joachim Hensch, diretor geral da marca de moda alemã Hugo Boss, avaliou que as mudanças que o setor de vestuário vem passando são um caminho sem volta. “Todo mundo está indo para todos os lugares. Isso muda os princípios de como as empresas estão sendo operadas. Temos que ser mais ágeis, ter nova abordagem de operação de fábrica, estar mais digitalizados. Informação é importante, reduzir relatórios, entender o cliente”. Sobre a participação humana, Hensch acredita que este é um momento de transição e não de disrupção. “Quais empregos serão extintos? Quando computadores passaram a ser usados, imaginava-se que secretárias perderiam o emprego, mas isso não aconteceu exatamente assim. Precisamos de engenheiro para progressos e profissionais qualificados nessa indústria. Isso

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Joachim Hensch, diretor geral da marca Hugo Boss

é apenas uma transição, talvez alguns não tenham um emprego padrão, mas terão outros tipos de trabalho, acho que isso é algo lento”.

Digitalizar ou morrer?

Na visão de Anton Schumann, consultor sênior da Gherzi, empresa global de Consultoria e Engenharia de Gestão sediada na Suíça, responsável pelo desenvolvimento estratégico e expansão de empresas na indústria têxtil, o lema deveria ser ‘digitalizar ou morrer”. “A digitalização já está acontecendo. Não temos como parar as mudanças. Não é uma disruptura, é uma mudança de um modelo que já existe há 200 anos. Na verdade, o que mudou nos últimos anos foram os clientes. Então você não digitaliza, vai perder o negócio. A digitalização é uma questão de consciência. implica mudar a mentalidade da empresa inteira. Faz parte do empreendedorismo e da filosofia da empresa”, alertou. O consultor destacou que, no entanto, é preciso saber como trabalhar os dados, mudar processos. “Isso tudo pode levar a modelos de negócios totalmente novos”, alertou. “A digitalização dos processos é algo muito importante. Entretanto, trata-se de um facilitador; isso não significa que a situação de uma fábrica será melhorada com essa mudança”, alertou Saskia Hedrich, sênior expert da consultoria McKinsey.

Têxteis técnicos

Durante o evento, o coordenador de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do SENAI CETIQT, Ricardo Cecci, destacou que 70% do mercado têxtil se dá com base na utilização de fibras químicas, e reforçou a tendência de mudança dos têxteis tradicionais para os técnicos. Segundo ele, a expectativa é de que o negócio desse segmento atinja U$ 315 bilhões em 2020. ➤


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MERCADO WORLD FASHION CONVENTION Nos Estados Unidos, o laboratório de desenvolvimento de tecnologias têxteis na Cornell University trabalha firme nesse sentido, sobretudo com os nanolayers (camadas de microelementos químicos em dimensão nano, adicionados à fibra, especialmente algodão). O resultado são roupas que mudam de cor em função do tamanho e proximidade de partículas (tanto na forma de moléculas, quanto em átomos inseridos na trama do algodão). Uma camiseta poderá, por exemplo, enviar informações para o médico, avisando, inclusive, que você está prestes a sofrer um ataque cardíaco! Tenistas da França estão testando bolas que mudam de cor conforme a trajetória e força empregada, alertando o atleta onde ele deve melhorar; as bandanas têm sua cor alterada quando o suor aponta desidratação ou nível baixo de sódio. E mais: transistores nas roupas, camadas químicas cronológicas que liberam inseticida conforme a programação, tramas que filtram ou capturam gases poluentes, tudo utilizando elementos químicos e processos à base de água. Todas essas pesquisas foram comentadas pelo cientista e professor Juan Hinestroza, coordenador do laboratório na Cornell University.

Algodão

A importância do algodão para a indústria têxtil brasileira também mereceu destaque entre os temas discutidos na 33ª World Fashion Convention Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo Moura, “hoje, 81% dos produtores são certificados ABR, e 71% BSCI”, sendo que o BSCI é uma certificação internacional e o ABR é de âmbito nacional, e 30% de todo o algodão BSCI do mundo sai do Brasil. (O BSCI é o sistema Europeu de monitoramento social para origens éticas, iniciado pela Associação de Comércio Exterior, com sede em Bruxelas). Baseia-se nas normas trabalhistas da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e apoia a melhoria contínua do desempenho social dos fornecedores.

(*) com informações da Abit

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As Revoluções Industriais 1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (SÉCULO XVII E XIX) A utilização de máquinas a vapor para a produção e de linhas férreas para a distribuição de bens de consumo trouxe uma mudança drástica na produção mundial e deu início a uma nova era, a da mecanização do trabalho, em detrimento da produção manual. 2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (SÉCULO XIX E INÍCIO DO XX): A eletricidade e a linha de montagem conhecida como fordismo elevaram as fábricas a um novo paradigma de produção. Foi o grande momento da difusão da produção em massa e da padronização dos bens de consumo. 3ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (2ª METADE SÉC. XX EM DIANTE) O processo industrial pautado no conhecimento e na pesquisa. Todos os conhecimentos gerados em pesquisas foram repassados rapidamente para o desenvolvimento industrial e focavam produtos de alto valor agregado. As atividades estão vinculadas à produção de computadores, softwares, microeletrônica, chips, transistores, circuitos eletrônicos, além da robótica com grande aceitação nas indústrias, telecomunicações, informática em geral. Destaca-se ainda a expansão de transmissores de rádio e televisão, telefonia fixa, móvel e internet, indústria aeroespacial, biotecnologia e muitas outras inovações. 4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Será a era das “fábricas inteligentes”. Mais que automatização pura e simples, a quarta revolução, já em andamento, tem como tendência a automatização total das fábricas. Isso acontecerá por meio de sistemas ciberfísicos, apoiados na internet das coisas e na computação na nuvem.


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MERCADO WORLD FASHION CONVENTION

Brasil tem desafios a superar Presidente da Abit afirma que o País está alinhado com o que há de melhor em termos de inovação no setor têxtil e de confecção, mas há desafios a serem superados

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pós a realização da 33ª. World Fashion Conference no Rio de Janeiro, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) Fernando Pimentel conversou com O CONFECCIONISTA sobre o evento e as perspectivas da indústria. Aqui um resumo da entrevista à editora Vera Campos: A compliance e a tecnologia digital estão mudando a economia mundial, a maneira de as empresas fazerem negócios. “Não se trata de automação, apenas”, ressalta Pimentel. “Os modelos de negócio, até então baseados no modo analógico, estão se tornando digitais, o que favorece os processos de compra e negociação online e muda as relações de produção e da cadeia de fornecimento”, diz. O presidente da Abit aponta que, em âmbito mundial, a indústria têxtil está crescendo, com destaque para a expansão dos têxteis técnicos. E a compliance hoje é uma necessidade. “O mercado (leia-se a geração millenials) pede maior transparência e quer valorizar as confecções responsáveis pela confecção dos produtos”. Pimentel reconhece que os países no mundo estão em diferentes níveis de desenvolvimento, mas ressalta que as pressões dos movimentos pela ética e responsabilidade na produção estão cada vez maiores. “É uma bandeira da Abit que os modos de produção sejam cada vez mais globais, sem a criação de barreiras artificiais. Existem níveis de evolução, mas as nações terão de se ajustar a padrões cada vez mais globais”.

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Sobre a Indústria 4.0, Fernando Pimentel, afirma que não se pode permitir a extinção de empregos. “Ainda vamos empregar muito mais gente por muito tempo, mas precisamos estar com nossas atenções voltadas para aquilo que pode nos tornar mais competitivos e mais capazes”. Ele destaca que nem todas as empresas precisarão chegar ao marco 4.0. “O importante é caminhar rumo a ele. E, para isso, existem etapas que podem auxiliar os empresários. Afinal, antes de se chegar ao 4.0, há muita coisa para se fazer”, reconhece. Lembrando que o Brasil é o quarto maior produtor de confeccionados do mundo, o quinto maior fabricante têxtil e o detentor da maior cadeia produtiva integrada do ocidente. O mundo está evoluindo para ser mais competitivo e, de acordo com Pimentel, o Brasil está alinhado com o que há de melhor no mundo. “Se seremos capazes de avançar, esse será nosso desafio. Os estrangeiros que participaram do evento ficaram impressionados com o ambiente de inovação brasileiro. O Brasil é a 10ª economia do mundo, mas o 125º em termos de melhor ambiente para a produção. Não estamos atrasados, podemos até nos considerar avançados. Mas se a China consegue planejar bem e executar bem, no Brasil planejamos mal e executamos pior ainda. Nossa capacidade de investimentos depende também do ambiente macroeconômico do País. Falta ainda um sistema tributário eficiente para que a economia possa voltar a crescer”, finaliza.


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DICA DO ESPECIALISTA GESTÃO

Compliance estratégico: prevenindo ativos para não remediar passivos LAURA ENGE DE WOLF é advogada do escritório Novoa Prado Consultoria Jurídica.

'Compliance' significa atuar em conformidade com regras e procedimentos, a fim de disseminar boas práticas na empresa Atualmente, o Brasil passa por uma significativa crise de credibilidade, a qual impactou, impacta e ainda impactará diversas empresas que depositaram em nosso País a confiança para aqui instalarem os seus negócios. Os episódios recentemente vivenciados pelos brasileiros trouxeram à discussão um assunto antigo, mas, até então, pouco falado e aplicado no Brasil: o famigerado compliance . A palavra compliance é derivada do verbo inglês “to comply”, que significa atuar em conformidade com as regras e procedimentos. Sua função está ligada ao fortalecimento dos controles internos definidos por uma instituição, com o objetivo de pulverizar as boas práticas da empresa e mitigar os riscos. Mas afinal, qual é a importância da estruturação de um programa de compliance para as empresas? Em sua essência, o compliance empresarial pode ser considerado o reflexo dos princípios e valores de uma empresa. A sua estruturação deverá possuir um papel educacional com o objetivo de fomentar as boas práticas da companhia, que deverão ser conhecidas, cultivadas e prezadas por todos os seus funcionários e colaboradores, incluindo diretoria e presidência. As atribuições do programa de compliance buscam, portanto: implementar princípios éticos e normas de condutas na empresa; certificar e monitorar o seu

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conhecimento, cumprimento e aderência pelos respectivos colaboradores; promover a conscientização sobre a importância do cumprimento das políticas e controles internos da empresa; atualizar normas, procedimentos e regulamentos internos para prevenir futuros dissabores legais e/ou administrativos; evitar impactos no fluxo de caixa da empresa que sejam oriundos de atos fraudulentos e/ou ilegais. Tais medidas trazem maior segurança nas tomadas de decisão, reduzem os riscos de danos à imagem e à reputação da empresa e mitigam a ocorrência fraudes, tudo com a intenção de preservar a receita e a atratividade da empresa perante seu mercado atuante. É relevante pontuarmos, por fim, que ao lidar com a estruturação de um programa de compliance não há um padrão pré-definido nem um número mínimo de colaboradores para sua instituição, pois cada empresa possui suas próprias peculiaridades, que devem ser tratadas especificamente pelos agentes do compliance. Metas, planos de ação, estratégias e resultados são constantemente delegados aos funcionários das organizações, os quais devem envidar os maiores esforços para atingi-los. Mas, o que significa envidar seus maiores esforços quando lidamos com ativos e passivos de empresas? Sob o contexto particular de cada colaborador há um limite, seja jurídico ou pessoal, de até onde se pode ir. Isso é delicado, pois a saúde financeira da empresa depende do cumprimento de metas e da apresentação de resultados; logo, há uma cinzenta zona entre a prática do correto e do “quase correto” quando os trâmites operacionais refletem lucros ou prejuízos à empresa.


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ESTANTE

MODA SOB MEDIDA: Guia Prático de Moda para a vida real

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Autor: Danielle Ferraz e Penha Moraes Editora: Senac Preço: $ 69,00 Saber reconhecer o próprio estilo nem sempre é tarefa fácil. Neste livro, a jornalista e consultora de moda Danielle Ferraz e a jornalista Penha Moraes discutem detalhes importantes e muito práticos do que é estar na moda a partir do reconhecimento e da aceitação do próprio corpo e estilo. Afinal, é preciso considerar que a roupa que nos veste não só nos cobre, mas nos revela. A intenção é que o livro possa colaborar para revelar quem você é pelas roupas que usa.

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EMPRESA EM DESTAQUE

ETAX

Processo produtivo

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

Fabricante catarinense de etiquetas termotransfer se consolida no mercado com ética, agilidade e produtos inovadores


Aplicação da etiqueta com prensa automática

Controle de qualidade segue normas e padrões internacionais

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uando Wigando Schmidt, em 1945, fundou uma pequena gráfica no município de Joinville, em SC, a 180 km da capital, não imaginaria que o negócio teria continuidade por décadas pelas mãos de seus familiares. Após três gerações seguindo no ramo gráfico, identificou-se uma forte tendência de mercado e o know how adquirido foi empregado para o desenvolvimento de etiquetas termotransferíveis. Assim surgiu a ETAX ETIQUETAS. Sob o comando de Wivian von der Weyhe Schmidt, a ETAX busca desenvolver produtos alinhados à evolução tecnológica e à demanda do mercado. As etiquetas termotransfer produzidas em rolos proporcionam ganhos de produtividade quase duas vezes superiores em relação ao antigo sistema de aplicação em peças cortadas. Esse tipo de aplicação pode ser feito em qualquer material tecido por meio uma pequena prensa térmica, inclusive em Jeans e neoprene. Pelo método, o material impresso recebe pressão e calor com uso da prensa e se funde ao tecido, resultando em uma aplicação de alta durabilidade, beleza e conforto. A gestão ética e a produção de qualidade nesses 17 anos de existência levaram a ETAX a conquistar o selo de Qualidade ABVTEX – Associação Brasileira de Varejo

Etiqueta em rolo e suas aplicações

Têxtil, a homologação da FAMA Licensing e de marcas esportivas como Adidas, Puma e Under Amour, entre outras. A ETAX oferece soluções de termotransfers para identificação de tamanho e composição, técnica também conhecida como etiqueta ‘’toque zero’’, ou então para fins decorativos. A utilização de efeitos 3D, texturizados ou então refletivos são alternativas de acabamento muito utilizadas para agregar valor nas aplicações em logos das grandes marcas. Por meio de representantes, a empresa atende os principais polos de confecção do Brasil, mas a conquista de mercados internacionais também faz parte de sua estratégia de crescimento. A agilidade na entrega e dólar favorável permitiram a competitividade no mercado externo. As exportações começaram há cerca de três anos, mas tendem a se ampliar. Como a tecnologia termotransfer já é largamente utilizada no mundo todo, a expectativa é que novos clientes passem a utilizá-la, o que tem ajudado a impulsionar os negócios da ETAX, mesmo diante do cenário de retração na venda de confeccionados nos últimos anos. O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018

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PASSARELA MINAS TREND OUTONO-INVERNO 2018

Tradição e modernidade

“Uma homenagem a Minas e a todas as mulheres mineiras”. Foi dessa forma que o stylist Paulo Martinez, diretor do desfile comemorativo da 21ª. edição do Minas Trend, resumiu a apresentação de abertura que reuniu 100 marcas mineiras. Ele apostou fortemente na religiosidade, nas tradições e nas 46

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referências culturais mineiras, refletidas na cor vermelha, dominante na composição dos looks, e em elementos que remetiam ao barroco, aos personagens históricos como Chica da Silva, a literatura (Hilda Furacão) e, principalmente, à força da mulher através das trabalhadoras rurais.

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Desfile comemorativo do 21º Minas Trend aborda as tradições mineiras para mostrar a modernidade e tecnologia de sua indústria de moda


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PASSARELA MINAS TREND OUTONO-INVERNO 2018 As tradições e a modernidade se refletiram nos looks, que partiram de aparências artesanais e passaram, na parte final do desfile, para um visual tecnológico e contemporâneo. “Uma grande homenagem a todas essas ‘Marias’ ressaltadas no final do desfile pela música ´Maria, Maria´ de Fernando Brant”, finaliza Paulo Martinez. No fundo da passarela, um imenso Ipê amarelo, feito com flores de tecido, completava o cenário.

Completando 10 anos em 2017, o Minas Trend, realizado pelo Sistema FIEMG - Federação das Indústrias de Minas Gerais, se consolida como um dos maiores salões de negócios da moda da América Latina e como plataforma de lançamento de novos talentos para o setor. Ao fazer o balanço de uma década do salão de negócios, o presidente do Sistema FIEMG, Olavo Machado Junior, avaliou que o Minas Trend projetou nacionalmente a indústria mineira de confecções, calçados e bijuterias e estimulou a realização de bons negócios. O 21º MW reuniu 220 expositores e atraiu cerca de 7 mil visitantes, aí incluídos 3,75 mil compradores, 563 jornalistas e 286 influenciadores digitais.

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Dez anos de bons negócios


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Nos desfiles, destaque para peças com modelagem ampla e uma mistura de brilhos e texturas. Fios metalizados, couro, recortes de tecidos e plumas dividem espaço com paetês, aplicações 3 D. Isso sem falar nos bordados manuais, marca das confecções de Minas Gerais, do tricô, crochê e das rendas. Além dos tecidos lisos e sóbrios, de cores cinzentas e do preto, há estampas de desenhos e grafismos, além de florais e aquarelas. O moletom também marcou presença na edição. 50

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MUNDO TÊXTIL DENIM VERÃO 18/19

Conforto & praticidade

FOTOS: DIVULGAÇÃO

As principais tecelagens de denim apresentam o preview para a temporada mais quente de 2019. Confira algumas das novidades

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Os lançamentos da Santista são direcionados pelos temas Retrô Resort, True Blue e Street Bling

Santista Jeanswear A coleção Summer 19 da Santista Jeanswear está conectada à nova cultura de consumo, que preza inovação, sustentabilidade e conforto. Para isso, alia criatividade a tecnologias como LYCRA® BEAUTY e TRI-BLEND®, que ampliam os limites do stretch, valorizam as curvas e suavizam a silhueta. Os lançamentos são direcionados por três temas inspiradores: Retrô Resort, True Blue e Street Bling. Confira os principais lançamentos de cada família da marca:

ICON

• Com tecnologia Upcycle (na confecção do fio são reaproveitadas sobras de tecidos e de algodão geradas em seu próprio processo industrial de fabricação do denim): um tecido100% algodão (Upcycle Ind) e com stretch (Upcycle Now), com o visual do original denim e confortáveis. Destaque para o tecido Jennie.

FREE

• Iris: com tecnologia TRI-BLEND®, de azul intenso e bastante stretch. • Jennie: denim em tons de azul mais claro, típicos do verão, com alto stretch para aliar conforto e movimento. • Browie: tecido com stretch, na cor black blue intenso.

DENIM CULTURE

• Nowa: se vale da versatilidade e de tecnologia que proporciona azul mais intenso no tecido. O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018

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MUNDO TÊXTIL Cores variam do baby blue ao black

Santana Textiles A coleção Verão 18/19 da Santana Textiles é composta de 47 artigos entre denim rígidos e elastizados. Os elastizados vêm com 25% a 55% de stretch, com a proposta de agregar conforto e elasticidade. Os grupos de cores escolhidos para a estação são Baby Blue, Blue, Black Blue, Black e Especial. • Santorini - Tecido elastizado de 8oz com cor diferenciada proporcionada pelo tingimento baby blue. Indicado para beneficiamentos em tons mais claros. • Azzurro: denim do grupo de cor especial, com 8oz de gramatura e 2% de elastano. O fundo escuro possibilita mais contrastes nos beneficiamentos de lavanderia.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

• Grace Dark: com 9,5oz e construção sarja 3x1, é mais um artigo elastizado no grupo de cor Especial, destinado a facilitar os beneficiamentos de lavanderia, garantindo modernos contrastes, além de diminuir o consumo de água, produtos químicos e tempo de máquina.

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• Pollux Black : trata-se da versão black do Pollux, com largura de 1,48m, que proporciona melhor aproveitamento no encaixe. Gramatura de 8oz e composição O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018

com elastano. O tingimento black intenso do lançamento é indicado para lavagens mais escuras. • Nero: tecido elastizado preto superintenso que agrega os valores do brim e do denim em um só artigo. Tem características de brim quando amaciado e variações de cores do denim nas lavagens mais agressivas podendo chegar até o cinza. Nos desfiles de apresentação da coleção também marcaram presença os denim campeões de vendas da Santana Textiles: Motive, Dommy, Grace, Texas Power e Texas Dark.


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FEIRAS

Rebatendo a crise com tecnologia Maquintex, Signs Nordeste e Femicc atraem público qualificado e comprovam que inovação tecnológica e informação de qualidade são fundamentais para fortalecer empresas e negócios por Vera Campos

B

ons negócios e visitação qualificada marcaram as três feiras que ocorreram simultaneamente em Fortaleza, no início de outubro: Maquintex, Signs Nordeste e Femicc. O evento reuniu 487 marcas e registrou a emissão de 12.848 credenciais. Durante quatro dias, empresas de todo o Brasil e da região apresentaram seus principais lançamentos em produtos, má-

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quinas, equipamentos, serviço e as mais recentes tecnologias. A visitação foi intensa, sobretudo aos estandes de empresas de impressão gráfica, segmento explodiu nos últimos anos. Mas é consenso entre os expositores, em geral, que o mercado de confecção tende a reverter a tendência de queda registrada nos últimos anos. “Está havendo melhora considerável no desempenho da


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FEIRAS indústria brasileira. Estabilizamos, não estamos caindo mais”, ressaltou Hélvio Roberto Pompeo Madeira, diretor-presidente do FCEM|Febratex Group, organizador e promotor dos eventos. “Ficamos satisfeitos com os resultados das feiras em Fortaleza e animados com o otimismo dos empresários em relação ao último trimestre de 2017e a 2018”. A programação paralela contou com eventos como Febratex Week Tour, Denim Meeting Fortaleza, Semana de Tecnologia Gráfica, IV FÓRUM ACRILICO - INDAC e a seletiva regional do CAMBEA, entre outros. Ao final do eventro, o diretor-presidente do FCEM|Febratex Group informou que cerca de 50% do espaço para a Maquintex e a Signs Nordeste 2019, a serem realizadas de 10 a 13 de setembro de 2019, já foram reservados. Já a FEMICC - Feira de Equipamentos e Máquinas para a Indústria Coureiro-Calçadista será transferida para a cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, e ocorrerá simultaneamente à Fetecc Fashion - Feira de Calçados e Acessórios da Região Nordeste, entre 1 e 3 de agosto de 2018, no Pavilhão de Feiras do SEBRAE.

Natium eostiscid qui rerum ut et porerum sum ratur,Vendit,

Novidades e Destaques Várias foram as novidades apresentadas pelos expositores das três feiras, mas pinçamos algumas para o leitor de O CONFECCIONISTA. Confira.

J-TECK

A empresa italiana tem como principal foco a tecnologia da sublimação digital e de tintas sublimáticas digitais da marca. Na Maquintex, um dos destaques em seu estande foi a impressora E-Jet v05, de 1,60m de área de impressão e cabeça 51.13 precision core, mais rápida que outras do mercado e de custo benefício compensador, afirmou o diretor Fabricio Christoff. Em tintas, a J-TECK trouxe um lançamento dedicado a impressoras sublimáticas com cabeças Epson, que deverá chegar ao mercado em dezembro. “Essa tinta gasta menos onde há necessidade de maior intensidade de cor, o que reduz custos”, completou o diretor.

SILMAQ

Distribuidora no Brasil de um extenso leque de marcas de máquinas e equipamentos para costura, bordado, estamparia e corte a laser, entre outros, a Silmaq apresentou na feira o Wizard e o Detoner, destinados à lavanderia, segmento em que começou a atuar 62

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FEIRAS

recentemente. Outra novidade, também para jeans, é uma máquina de costura para cós anatômico. Empenhada em atender todas as áreas de uma confecção, a Silmaq assumiu recentemente a distribuição de produtos da Optitex, de modelagem tridimensional, e do Polytropon, sistema automático de encaixe de moldes de vestuário. “Queremos oferecer o que há de melhor no mundo da costura”, resume o coordenador de Marketing Anderson Lourenço, otimista em relação ao reaquecimento do mercado nos próximos dois anos.

MICROJET

Participando pela primeira vez da feira, a empresa apresentou a impressora EP 1601s. Com velocidade de impressão de até 30 m2/h, o equipamento utiliza tecnologia de ponto variável, que, segundo a Microjet, possibilita ao usuário maior controle e melhor resultado de acordo com a necessidade da imagem a ser impressa. 64

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“Essa é uma impressora de pequeno porte, de entrada, mas temos mais de 10 modelos em linha, chegando até 3,20 de largura de papel, para aplicações utilizando sublimação de padrão industrial ou outras”, conta o diretor comercial Emerson Pereira.

SUN SPECIAL

Com uma linha vasta de equipamentos nas áreas de costura, bordado e impressão, a Sun Special ocupou uma grande área de exposição. No segmento Costura, demonstrou o funcionamento do motor direct drive, que proporciona, de acordo com a empresa, economia de 60% a 80% em gasto de energia e, entre outros benefícios, aumenta a produtividade em 30% a 50% e “pode ser acoplado nas máquinas já em uso pelas confecções (reta, galoneira, overloque e zig zag), transformando-as em semi eletrônicas”, destacou Marta Chaves, responsável pela área de vendas de máquinas de costura da filial Fortaleza.


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FEIRAS

FERROS CONTINENTAL Pela primeira vez na Maquintex, a empresa paulistana apresentou sua linha de produtos para potenciais clientes no mercado nordestino. Expôs ferros a vapor industriais e mesa de passar, de produção própria, e vaporizadores Steamer, importados dos EUA. A Ferros Continental está sediada na capital paulista, atende todo o Brasil e está ampliando a participação nos estados do Norte-Nordeste , informou um dos sócios, Lincoln Y. Onoe.

BOTÔES GUAÍRA

A região Nordeste e o estado do Ceará são mercados fortes para a Indústria de Botões Guaíra, localizada no interior de São Paulo. Tradicional expositora na Maquintex, trouxe a público os destaques da marca: botões de poliéster e plaquinhas com formatos, tamanhos e cores diferentes para vários tipos de aplicação. “Em nosso mostruário temos mais de 5 mil modelos”, informou o diretor gerente Fernando Albuquerque Landim.

TORENT

A empresa de Blumenau (SC) trouxe para a feira a linha de fios para etiquetas bordadas, fitas para a produção de etiquetas e ribbons, todos importados. No mercado de fios desde 2004, a Torent começou a atuar no ramo de etiquetas em 2012. Vende material pronto para o cliente imprimir ou bordar. A partir de 2015 a distribuição dos produtos, antes restrita aos estados do Sudeste, começou a chegar ao centro-Oeste e em seguida ao Norte-Nordeste, informou Dario Tomaselli Neto, um dos sócios.

HEADSIGN

Empresa do Maranhão, a Headsign oferece equipamentos e suprimentos sign voltados para a comunicação visual 66

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e sublimação. É distribuidor autorizado da marca Glitter (digital) nos estados do Maranhão, Piauí e Ceará. Um dos destaques na feira foi a impressora New Glitter Start de 1,90m, com uso de solvente ou para sublimação. “Trata-se de uma máquina robusta, para alta produção e com preço razoável”, diz o diretor Antonio Waldecy, que comemorou novos contatos e negócios na feira.

HYOSUNG

Os elastanos da marca Creora, pertencente ao grupo coreano Hyosung, são vendidos no Brasil há mais de 20 anos, mas a produção local do fio H350, um de seus carros-chefes, se deu só a partir de 2012. Desde então, a participação da marca no mercado brasileiro só faz crescer: saltou de 35% para 60%-65% nos últimos cinco anos. Um dos lançamentos recentes é o fio tingível H350A, direcionado a artigos de poliamida (fitness, sobretudo), que reduz o brilho do elastano nos tecidos. Outra novidade é o Fresh, que retém os odores se suor produzidos pelas bactérias. “A aplicação desse fio pode ser feita em meias e roupas esportivas de algodão”, explica o gerente técnico Franklin Weise.

SHOPPING VIDA

Participando pela primeira vez da feira, o Shopping Vida é um importador de tecidos e fabricante de malhas focado em venda por atacado e pronta entrega. Em sua mega loja de 8 mil m2 sediada em São João do Meriti, à beira da rodovia Presidente Dutra, além de oferecer tecidos profissionais, jeans, malhas e aviamentos, mantém uma equipe especializada em desenvolvimento de produto e tendências de moda, com a tarefa de desenvolver coleções exclusivas.


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