Edição de Junho de 2012

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Mensário da Junta de Freguesia Junho#2012 Ano VII Edição N.º 88 Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte DISTRIBUIÇÃO GRATUITA noticiasdafreguesia.blogspot.com noticiasdafreguesia@gmail.com

800 anos Feira Antiga “arrasou” P5

DIREITOS RESERVADOS

Quinta Alves de Matos Oferta de turismo rural nasce nos Conqueiros Últ.

800 anos Motociclos “invadem” as Várzeas e batem recorde P4

Fotografias e vídeos em facebook.com/noticiasdafreguesia

ÂNGELA DUARTE

PEDRO JERÓNIMO

800 anos Seniores “roubam” lugares aos deputados na AR P4


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opinião notíciasdafreguesiadejunhode2012

Abertura

As palavras do senhor prior Padre José Baptista

Sujos de terra Já lá vai bem longe o tempo. O tempo em que depois da escola íamos, pequenitos ainda, ajudar os pais nas lides do campo. Enquanto a água, guiada por pés descalços ou por uma enxada rasa, a sachola lá entre nós, se espraiava na terra e chegava a cada pé de milho, dedicávamos o tempo, se o houvesse disponível, brincadeiras que a imaginação grande criava de um para outro momento. Por vezes mais distanciados, no meio dos silvados a colher e comer amoras à ordem de quem regava e deixava de ter água, lá acorríamos indo milho adentro ver onde a água “se perdeu” ou onde as “tropeiras (toupeiras) a estão a beber” toda. Era entretenimento comum, no tempo em que os garotos eram felizes distraindo-se em brincadeiras de risco, debruçarmo-nos nos muros dos poços abertos para vermos os rostinhos felizes espelhados na água. Pequenos, mas verdadeiros narcisos que tiveram a felicidade de não ter o mesmo fim do “pai do narcisismo”. O cuspo que depois nos saía dos lábios e caía na água, formava

Espaço sáude Dr. Gustavo Desouzart*

Como a Acupuntura entrou no Ocidente? Depois de milénios, a acupuntura convence cada vez mais e ganha adeptos. Em 1972, a China ainda era uma nação fechada para o mundo quando o então presidente americano Richard Nixon fez uma visita histórica ao país, acompanhado por um batalhão de jornalistas. Entre eles estava o repórter James Reston, correspondente do jornal The New York Times, que durante a visita teve a sorte de sofrer uma crise de apendicite e precisou de ser operado de urgência. Sim, sorte. Tudo bem, ser operado num país distante e desconhecido é dureza, ainda mais quando, em vez de analgésicos, os médicos resolvem tratar

ondas circulares que deformavam as imagens e “esfeiavam” os rostinhos, enquanto se afastavam para as bermas e permitiam alguma tranquilidade à água na qual se refazia a beleza infantil. Sim, são belos, muito belos, os rostos alegres, ainda que sujos da terra, os rostos das crianças, sobretudo se os cabelos andarem bem despenteados, a condizer. Tornavam-se mais imperfeitas as imagens espelhadas quando eram duas ou mais as boquitas que torpedeavam a água com cuspo, só mais tarde aprendemos a chamar-lhe saliva, porque as ondinhas se sobrepunham umas às outros, tornando mais difícil o acalmar do espelho refletor de rostos alegres. Brotaram-me na memória estas imagens infantis, e de infância, quando revolvia pensamentos e reflexões sobre o modo como à nossa volta, com uma quase ritmada frequência, se levantam ondas que muitas vezes não chegam à costa, mas que no seu passar remexem vidas turvando-as de lodo e deixando um sabor amargo no olhar de quem vive a seriedade e dignidade que lhe compete no cuidar de seus filhos, e seu trabalho e de sua vida. Ondas de lama que não param e não permitem o refazer de imagens e de vidas, por não serem saliva de criança, mas veneno de adulto injetado com a força de maquiavélicas intenções e não um cerrar de

lábios infantis que deixavam saliva cair tranquilamente nas águas, enquanto os olhos arregalados aguardavam que caísse no ponto exato em que se queria. É visível que estamos numa terra, numa freguesia, em transformação, movida por sinergias várias que, com mais ou menos coordenação, produzem ação, dão vida. Parar, ficar estancado, cria sarro e traz artroses. Só o movimento coordenado de todas as peças de uma engrenagem mantém o trabalhar certo e silencioso porque cada uma, única na sua função, tudo, e só, faz para o bom desempenho do todo. Um ruído é sinal de alerta, como o é a dor no nosso corpo. Não é rentável nem sinal de inteligência substituir peças só porque por falta de óleo não funcionam corretamente. Corrigir erros, olear engrenagens acreditando que é preciosa a mais reentrância é como dar valor a cada pessoa que pode mais nada poder fazer, mas que nos encanta com um simples sorriso e um “estou aqui se for preciso”. Como há crianças e adultos, águas saborosas e salobres, poços que guardam o precioso líquido mas que são também bocas e gargantas fundas que matam quem por descuido, ou vontade, nelas cai, há também gente que erra e sabe que o faz e gente que erra e se julga perfeita. Precisa-se de gente

de costas largas para trabalhar e aguentar, porque só esses podem chegar ao fim e saborear o gosto doce da vitória, quando tudo se fez envolto na confiança de se conseguir. Sim, o fazer para “fazer ver” traz o gostinho amargo da solidão e não o doce sabor da partilha, porque se fica só, quando sozinho tudo se faz por não se acreditar na bondade das palavras, das ações, e do olhar dos outros. É belo o rosto de uma criança suja pela terra como é feio o rosto sorridente envolto na hipocrisia de um beijo que se dá a quem não se estima. É deliciosa a voz da criança quando mentindo diz “a minha mãe disse-me baixinho para eu dizer que ela não está”, deliciosa porque lhe sai do íntimo toda a verdade de quem é cheio de encanto e não aprendeu a dureza do mal. Com elas aprendamos a olhar os outros com olhares claros e transparentes, a escutá-los com ouvido afinado para entendermos o que realmente dizem, a tocá-los com mãos carinhosas para que nos sintam como apoio e não como tropeço. Em tempos de celebração de uma longa história de 8 séculos aprendamos com o passado a acalmar ondas para sermos reflexo de gente simples, mas cheia de vida, de bons sentimentos e valores, gente que com pecados, é imagem também do Criador.

a dor espetando agulhas pelo corpo, durante a cirurgia e no pós-operatório. Mas, se não fosse pela doença (que afinal aparecia de um jeito ou de outro) Reston não teria descolado a melhor história da sua viagem à China. O relato do misterioso tratamento ocupou a primeira página do jornal nova-iorquino e despertou a atenção de milhões de americanos para a acupuntura, que era pouco conhecida no Ocidente. (Sussman – o que é acupuntura) Infelizmente, isso ilustra o quão recente é a acupuntura e medicina chinesa no ocidente e como ela é mal interpretada. A ciência ainda está longe de comprovar todos mecanismos e o alcance da medicina chinesa que tem como prática principal a acupuntura. Mesmo assim, só para se ter uma ideia, a sua eficácia no tratamento de dor crónica é de 50% a 85%, comparável à de drogas potentes como a morfina, que dá certo em 70% dos casos. Com a vantagem de que as agulhinhas não são tóxicas e não causam dependência. No entanto, como tanta gente ainda fica com o cabelo espetado pela ideia de ser agulhado.

Embora isso seja praticado no oriente há mais de 3 mil anos acupuntura (“punção com agulhas”, em latim) é um dos componentes da medicina tradicional chinesa, junto de tratamento com ervas, dieta alimentar equilibrada, prática de massagens (TuiNá) e exercícios respiratórios chamados chi gong. Por ser uma prática preventiva os resultados da acupuntura são muito mais rápidos e intensos quando o paciente se submete a um tratamento global e muda seu estilo de vida, adotando uma alimentação saudável e aderindo à prática de exercício. Os chineses acreditam como os aquimista e xamans de todos os tempos que o homem saudável é o que está em equilíbrio com o universo inteiro.

lor, vivem sem esforço. Cada pessoa tem em si um Sol, representado pelo coração que produz alegria e irradia calor humano através dos sentimentos.

Mantenha-se saudável no Verão No Verão, a energia vital é exuberante como o sol do meio-dia, irradiando o seu calor em todas as direcções. A semente que se tornou planta na Primavera começa a ter botões, flores e frutos. Tal como as plantas, também as pessoas desabrocham nesta época: vestem pouca roupa, mostram-se, desfrutam do ca-

Sobre o Ambiente Tudo o que é solar beneficia o Fogo, principalmente apanhar sol antes das 11 horas e depois das 15 horas. As flores dentro de casa são presenças solares. O fogo aceso também. Deve-se contemplar o nascer e o pôr-do-sol. Na aurora e no crepúsculo o sol não fere os olhos e a mentalização da luz solar a espalhar-se no centro do peito ajuda a aquecer o coração. No Verão é bom estar perto da água e das sombras para moderar o Fogo. Deve-se evitar o vento e procurar lugares tranquilos que acalmem o espírito. “Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes.” (Carlos Drummond de Andrade) Saúde e Paz para Todos! Fonte: OMS – Organização Mundial de Saúde

Acupunctura Tradicional Chinesa

José Carlos Gomes

Unidade Para a Junta de Freguesia, enquanto uma das entidades organizadoras das comemorações dos 800 anos da nossa freguesia e paróquia, tem sido muito gratificante verificar que a sua população se encontra unida em torno desta efeméride, participando ativamente nos eventos que se vão realizando. Para confirmar o que acabo de referir, basta ver o que se passou no passado dia 24 de junho com a recriação da Feira Antiga. Foi de facto um momento alto destas comemorações de que todos nos devemos orgulhar. E digo isto porque não foi a Junta ou a Igreja que fez a feira. Fomos todos nós que não quisemos ficar em casa e viemos colaborar na sua realização, uns sendo figurantes, outros fazendo demonstrações de artes e ofícios que se vão perdendo no tempo, outros que trouxeram produtos para venda, outros que recriaram passatempos antigos, etc., etc., etc.. Foi, de facto, um dia hilariante que a muitos de nós fez recuar no tempo e trouxe à memória muitas das brincadeiras que nos preenchiam o tempo de garotos. Foi uma feira que não se ficou pelos limites da freguesia e da paróquia. A alegria vivida e estampada nos rostos de todos os que nela participaram e visitaram, percorreu o concelho porque, de muitos e de muitos lados, chegaram elogios e felicitações pelo êxito alcançado. E este êxito não posso deixar de o distribuir por todos vós. Obrigado! Como todos sabem, as comemorações vão até ao final deste ano e contamos com a presença de todos porque, sem a mesma, as comemorações não têm o mesmo brilho. Só para recordar, durante o mês de julho, aos sábados e domingos, irá decorrer no pavilhão o Torneio de Futsal Inter-associações. Dia 15 de julho vai também haver mais um Encontro de Ex-combatentes, cujo programa está divulgado. Em setembro teremos, enquadrada também nas comemorações, a Festa das Coletividades e Tasquinhas à qual não podemos faltar. No fecho desse mês, no dia 30, iremos comemorar o Dia da Freguesia. Continuamos a contar convosco.


sociedade, cultura & opinião notíciasdafreguesiadejunhode2012

Freguesia Vacinação antirrábica e identificação eletrónica em julho A vacinação antirrábica e identificação eletrónica decorre na freguesia de Souto da Carpalhosa, no dia 23 de julho, com os seguintes horários: Conqueiros Largo Principal, pelas 09h00 Vale da Pedra Largo Principal, pelas 10h00 Souto da Carpalhosa Junto à farmácia, pelas 11h00 Os caninos que, por qualquer motivo justificado não sejam apresentados nos locais de concentração acima indicados podem ainda ser vacinados mediante a cobrança da taxa N e identificados eletronicamente mediante cobrança da taxa única. Deverão os detentores dos cães, com três meses ou mais de idade, relativamente aos quais não se prove que tenham sido vacinados há menos de um ano, promover que os mesmos sejam apresentados no dia, hora e local designados a fim de serem vacinados pelo Médico Veterinário Municipal, ou fazer com que estes sejam vacinados por médico veterinário à sua escolha.

Para além da data indicada, a vacinação poderá ser efetuada no Canil Municipal de Leiria, todas as terças-feiras, pelas 10h30, exceto feriados, férias ou outro motivo justificável. A identificação eletrónica de cães é obrigatória para todos os cães nascidos após 1 de julho de 2008, sendo, para os cães nascidos antes dessa data, obrigatória para todos os pertencentes às seguintes categorias: - cães perigosos e potencialmente perigosos conforme definido em legislação especial; - cães utilizados em ato venatório; - cães em exposição para fins comerciais ou lucrativos, em estabelecimentos de venda, locais de criação, feiras e concursos, provas funcionais, publicidade ou fins similares. Por forma a tornar esta medida mais acessível aos detentores dos canídeos alvo desta obrigatoriedade, determinou-se a possibilidade da identificação eletrónica ser executada durante a campanha de vacinação antirrábica.

Máquina Indiscreta (III) A fonte da Laranjeira, em Moita da Roda, situada sensivelmente no centro da aldeia, ao fundo da Rua da Venda e muito próxima das habitações, faz parte da memória da nossa infância e guarda os segredos do nosso imaginário. Era ali, quando crianças, que passávamos parte do nosso tempo acompanhando as mães enquanto lavavam a roupa ou cuidavam dos campos próximos, ora chapinhando na água, ora calcorreando o vale e a ribeira da fonte de baixo, à procura dos ninhos naquelas, para nós, densas e intermináveis florestas. Ao fim da tarde dos domingos, era o ponto de encontro dos namoricos. As raparigas, com o pretexto de terem água em casa, faziam um corrupio para a fonte de cântaro à cabeça na expectativa de um bom encontro. Ainda hoje, muitos emigrantes quando vêm de férias, não deixam de fazer uma visita ao fontanário talvez para reviver memórias de um tempo passado. Outras fontes existiam na aldeia, entre elas recordo a do Salgueiral, que poucos anos depois de inter-

Taxas - Taxa N (Normal) – 5 euros por cada cão vacinado contra a raiva nas datas marcadas e para os que atinjam posteriormente os três meses de idade, bem como para aqueles que, por motivo justificado, não foram presentes à vacinação nas datas próprias e ainda para os gatos que se apresentem para vacinação em qualquer data. - Taxa E (Especial) – 10 euros por cada cão vacinado contra a raiva fora das datas marcadas, com exceção dos casos justificados e referidos no ponto anterior. - Vacinação grátis – Para os cães de guia, cães de guarda de estabelecimentos dos Estado, de Corpos Administrativos, de Instituições de Beneficência e Utilidade Pública, dos Serviços de Caça do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e aqueles das Autoridades Militares, Militarizadas e Policiais sem assistência clínica privativa. - Boletim Sanitário de Cães e Gatos – 1 euro - Identificação Eletrónica – 13 euros.

vencionada para construção do lavadouro, a água deixou de correr e hoje está posta ao abandono. Existia uma outra nas Barrocas cujo local já é difícil identificar. A fonte da Laranjeira vai resistindo à erosão do tempo e à penúria da água que teima em não cair o suficiente para abastecer as nascentes. Com o aparecimento da luz elétrica e a invasão das máquinas de lavar roupa, a fonte perdeu a sua função de lavadouro, mas hoje, na conjuntura complexa que se vive, a fonte parece recuperar da tradição e são cada vez mais as pessoas que aproveitam aquele espaço para lavar roupa. A “máquina indiscreta” registou o lugar e partilha neste jornal o estado deplorável da mesma e reforça a necessidade urgente de uma intervenção, ao nível do acesso, telhado, paredes e da recuperação de águas perdidas. Sendo a única fonte natural de Moita da Roda, por tudo o que a mesma encerra e simboliza na memória coletiva da aldeia, é urgente que se preserve aquele espaço dando-lhe uma imagem mais condigna. Fonte da Laranjeira

Luiz Ginja

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Associação de Regantes com eleição para órgãos sociais Avisam-se os senhores associados da Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Lis que se irá realizar a eleição dos órgãos sociais para o triénio 2012-2015, nos termos de Decreto Regulamentar n.º84/82, de 04 de novembro, no próximo dia 20 de julho de 2012, na sede desta associação, em Quinta do Picoto, Monte Real, pelas 18h00. A apresentação das listas candidatas decorre até ao dia 13 de julho de 2012, no mesmo local.

Trabalhos da Junta Durante o mês de junho, foram executados vários trabalhos pela Junta de Freguesia. Assim, e como de hábito, deixamos aqui a relação de boa parte deles: - Limpeza de valetas no lugar de Conqueiros; - Entrega de materiais/ expositores nas instalações da Câmara Municipal de Leiria; - Corte de canas na freguesia; - Espalhamento de herbicida por vários lugares da freguesia e cemitério do Souto da Carpalhosa; - Limpeza de ruas no lugar de S. Miguel; - Limpeza de ruas no lugar do Penedo; - Trabalhos de limpeza na Carpalhosa; - Tapamento de buracos em S. Bento, Vale da Pedra e Relvinhas; - Colocação de espelhos parabólicos por vários lugares; - Trabalhos de preparação da Feira Antiga; - Trabalhos de limpeza nos cemitérios do Souto da Carpalhosa, Moita da Roda, Vale da Pedra; - Espalhamento de herbicida em Moita da Roda, Picoto e S. Miguel; - Trabalhos de limpeza no lugar de Picoto.


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Nos termos do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra incêndios, estabelecido pelo Decreto-Lei n.º124/ 2006, de 28 de junho, com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º17/2009, de 14 de janeiro, no ano de 2012 o período crítico, definido pela Portaria n.º196/2012, de 22 de junho, vigora de 1 de julho a 30 de setembro, durante o qual vigoram medidas e ações especiais de prevenção contra incêndios florestais, algumas das quais se apresentam no anexo ao presente aviso. Em todos os espaços rurais, durante o período crítico, não é permitido: a) Realizar fogueiras para recreio ou lazer e para confeção de alimentos, bem como utilizar equipamentos de queima e de combustão destinados à iluminação ou à confeção de alimentos; b) Queimar matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração. Em todos os espaços rurais, fora do período crítico e desde que se verifique o índice de risco temporal de incêndio e níveis muito elevado e máximo, mantêm-se as restrições referidas no número anterior. A infração constitui contra-ordenação punível com coima de 140 a 5.000 euros, no caso de pessoa singular, e de 800 a 60.000 euros, no caso de pessoas coletivas.

800 anos Seniores visitam Assembleia da República e Oceanário de Lisboa

No dia 15 de junho, três autocarros levaram cerca de 150 seniores da freguesia rumo à capital. Era dia de ir passear. A saída aconteceu bem cedo para chegar a horas de visitar o palco de todas as decisões nacionais: o Parlamento. Recebidos pela deputada leiriense Laura Esperança, também presidente de Junta de Freguesia da cidade do Lis, seguiu-se uma visita ao Palácio de S. Bento. Sempre bem acompanhados, iam surgindo as explicações da deputada sobre o antigo mosteiro que emana história e que antes de acolher o Parlamento serviu de prisão, de hospedaria, de refúgio, de

Academia Militar e até de sepultura de estranhos. Já na Sala do Senado, todos se sentaram nos lugares que compõem aquele enorme semi-círculo sentido, por breves momentos, o lugar de ser deputado. Nesta sala Laura Esperança continuou a explicar a história do edifício e o trabalho diário dos deputados. Aqui, juntou-se a esta a deputada, também de Leiria, Odete João. Numa fugida dos trabalhos do dia – era dia de debate quinzenal – a deputada socialista quis também receber a freguesia do Souto da Carpalhosa, e enfatizou o gosto que tinha em receber pessoas da sua cidade. Depois das explicações e

da visita, o momento por que mais se esperava: assistir ao debate com o com o Governo. Como já foi referido, decorria o debate quinzenal, e esta era a oportunidade que muitos tiveram para ver, presencialmente, o Primeiro-ministro, acompanhado de outros membros do Governo, e a oposição, no seu devido papel, a debater, discutir e votar várias decisões que, posteriormente, nos regem a cada dia. Seguiu-se o almoço, tranquilo, a encerrar com uma fatia de bolo alusivo às comemorações dos 800 anos. O dia já ia a bem mais de meio, mas ainda faltava parte da visita: o Oceanário. O dia de sol apelava ao passeio no

Parque das Nações, mas, no lugar dos bancos de jardim, o destino era mesmo o Oceanário. Um edifício que surpreende no exterior, mas ainda mais quando se visita. Com a sensação de estar dentro de um aquário, o Oceanário dá a conhecer a fauna e flora dos mares e, claro está, foi uma visita muito agradável para os nossos seniores. Hora de regressar a casa. Boa disposição contínua nos autocarros, no meio de cantorias e anedotas, foi assim que terminou mais um Passeio Sénior da freguesia do Souto da Carpalhosa. Quem sabe, talvez para o ano haja mais. Deste, fica a lembrança e os registos fotográficos.

800 anos Recorde de participantes passeio de motociclos das Várzeas O quarto passeio de motociclos organizado pela ACDR das Várzeas reuniu, este ano, o número recorde de 250 motociclos, depois dos 173 do ano passado. As ruas encheram-se de fumo e desde as Várzeas passando pelo Pedrogão e pela Vieira, a banda sonora que se ouvia era o barulho dos escapes. “Isto vale muito pelo ótimo ambiente e espírito de camaradagem”, dizia Lígia ao ajudar nas tarefas da associação enquanto os motoqueiros se passeavam. Na cozinha, o senhor Valdemar era o cozinheiro de serviço. E, diga-se,

sempre muito atento à dobrada que sentou três centenas de pessoas à mesa. Também na cozinha Maria Aleixo, do Souto da Carpalhosa, ajudava na preparação das loiças e mesas numa tarde em que ainda ia participar numa atuação do rancho. Dentro da associação, uma voz afirmou que “Várzeas sem o passeio das motos, já não é as Várzeas”. E parece que assim é. O passeio de motociclos decorreu no dia 17 de junho, este ano inserido nas comemorações dos 800 anos da freguesia e paróquia do Souto da Carpalhosa.

Fotos: PEDRO JERÓNIMO

Queimadas Período crítico até 30 de setembro

Fotos: ÂNGELA DUARTE

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necrologia, cultura & sociedade


sociedade & cultura notíciasdafreguesiadejunhode2012

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800 anos Feira Antiga surpreende tudo e todos ao pião, atirar latas ao chão com bolas de trapos... muitas brincadeiras sem o cheiro da tecnologia por perto. E no dia de S. João, as marchas não poderiam faltar nesta recriação de momentos sociais e culturais. Alunos, pais e professores da EB1 da Chã da Laranjeira animaram a feira como marchantes que, a preceito, encantavam com os seus arcos, coreografia e música alusiva às comemorações dos oito séculos do Souto da Carpalhosa. Também outras escolas marcaram presença com a venda de produtos e trabalhos manuais elaborados pelos alunos, professores e educadores. O Rancho Folclórico Juventude Amiga de Conqueiros também animou a Feira Antiga com umas modas e cativou o público incentivando-o a entrar na roda da dança. Para além das gentes locais, um grupo de ciclistas, de Santa Catarina da Serra passeou-se nas suas “pasteleiras”, recordando os antigos passeios de bicicleta. Esta foi uma iniciativa única na freguesia, plena de sucesso e que, certamente, ficará na memória do Souto da Carpalhosa. Para o presi-

Marcha da EB1 da Chã da Laranjeira Cá vamos nós da escola Da Chã da Laranjeira. Cantamos e dançamos De forma muito ordeira. Durante o ano estudamos Mas hoje é uma exceção, Aqui agora estamos a marchar o São João. Cá vai a escola da Chã da Laranjeira A marchar no dia da sua freguesia. Alegria que é festa, mesmo não tendo balão Aqui vamos nós a dançar o São João! A freguesia comemora Neste ano especial Oito séculos de história Que não está nada mal! Estamos de parabéns habitantes e vizinhos, somos todos de bem e cantamos afinadinhos! Refrão

dente da Junta de Freguesia “o sucesso alcançado deve-se à dedicação e união de todos, o que reflete este desejo de repetir a iniciativa”. Também o Pe. José Baptista afirmou que “esta é a prova de que é possível fazer sempre mais”. No fim, ficou a alegria espalhada num pedido generalizado: que se repita o evento. Ângela Duarte

Opiniões recolhidas na feira “Isto está a ser um espetáculo. Tudo muito bonito e estou a gostar bastante. Estou a ler um livro sobre a Rainha Isabel e D. Dinis, e no meio de tudo isto estou a viajar para lá… De quem foi a ideia só posso dizer, os meus parabéns.”, Manuel Pereira, S. Miguel. “Está tudo muito fixe. As recriações do dia-a-dia… Estou a gostar muito”, Abílio, S. Miguel.

Fotos: PEDRO JERÓNIMO

“Um espetáculo”, “uma iniciativa que deve ser repetida”. Foi o que mais se ouviu das opiniões de quem participou e visitou a Feira Antiga que se realizou no domingo, dia 24. Com trajes a lembrar o passado, quem quis vender alguns dos seus produtos, pôde fazê-lo neste dia. Foram convidados também alguns antigos ou atuais profissionais, que puderam mostrar as suas artes, hoje menos em voga. Largamente ultrapassada pelas expectativas iniciais, a feira decorreu no adro da Igreja paroquial e espaços envolventes, sempre com muitos visitantes, vida e animação. Iniciou pelas 10h00, e desde logo se viam e ouviam os vendedores a apregoar o que tinham para oferecer. Que o diga o presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro, que marcou presença no certame desde o primeiro momento. A missa paroquial também teve um toque de antiguidade, com os fiéis vestindo-se ao jeito da época, principalmente as senhoras usando o véu na cabeça, e o pároco com paramentos romanos. E num dia em que o calor se fez sentir, nada melhor do que o almoço à sombra do pinhal – também muito convidativo para uma sesta. Sopa na panela de ferro ao lume, sardinha a pingar na broa com um copo de tinto, ou uns torresmos, eram algumas das iguarias que se podiam encontrar. E, diga-se, os aromas que se sentiam no ar, fizeram viajar aos tempos de juventude e mocidade de muitos os que ali passavam. Os mais novos receberam nesta feira verdadeiras lições ao verem artes e ofícios que lhes eram desconhecidos. Um ferreiro a malhar o ferro, o alfaiate a transformar um pedaço de tecido numas calças, ou o oleiro a dar forma ao barro, entre outras representações, despertavam a curiosidade dos mais pequenos. Além das profissões, as brincadeiras dos tempos dos seus avós foram, para muitos, uma verdadeira descoberta. Correr com um carrinho de madeira, jogar

“Esta feira está muito bonita e muito composta. No fundo, está verdadeiramente uma feira antiga. Hoje estou a recordar coisas de que me lembro de garoto. Estão de parabéns”, Alfredo Robeiro, Vieira de Leiria. “Estamos a gostar bastante. Não me lembro de ver por aqui tanto carro e tanto povo. Nota-se que as pessoas estão a gostar. Há muita coisa aqui que é mesmo das feiras típicas”, Agostinho e Laurinda, Picoto. “Nunca imaginei que a feira iria ser assim. Estamos a gostar mesmo muito. Desde os trajes, os comes e bebes… está tudo muito bem organizado e era, sem dúvida, para repetir. E nos pormenores nota-se que tudo foi muito bem pensado. Só o ferreiro ali na forja… é um pormenor brilhante. Acabamos por passar aqui uma tarde, e passa-se muito bem, sem se dar por ela. Divulga a freguesia.”, Fernanda e Jorge Serra, S. Miguel. “Podem fazer mais vezes! Estou a adorar! Isto é um espetáculo. Está muito bem organizado, está muita gente e há muito convívio com todos. É pena se para o ano não repetem. Está mais gente que em muitos dias de festas.”, Claudia, Souto da Carpalhosa. “Parabéns por esta iniciativa espetacular. Faz muita falta este tipo de iniciativas para a freguesia. Para primeira vez, acho que está um verdadeiro sucesso. Todas as bancadas, espaços… está tudo muito bem dinamizado. A repetir!”, Prof. Helena Leal, EB1 Chã da Laranjeira. “Acho isto muito bonito. Vejo aqui uma tradição gira que, por exemplo, os meus filhos nem conhecem. Gostei.”, Lurdes, Conqueiros.


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opinião & sociedade notíciasdafreguesiadejunhode2012

Uma crónica de vez em quando... Orlando Cardoso

O exemplo de Cristiano Ronaldo Um dos mais importantes pensadores europeus dos princípios do século XX escreveu um dia que “as águias podem voar à altura das galinhas, mas as galinhas não conseguem voar à altura das águias”. O autor utilizava esta frase para lembrar uma importante lição: os homens que são grandes e brilhantes no seu ofício podem, em dias infelizes, estar ao nível

Opinião

Gastão Crespo

Coisas antigas que fazem poupar A feira antiga brilhantemente recriada no Souto da Carpalhosa permitiu trazer à lembrança inúmeras formas de poupança. Além disso, deu vida a várias práticas tradicionais que possibilitam a melhoria das condições de vida, de forma simples e eficaz. E digo mais, estas estão mesmo à nossa disposição. Vejamos de seguida algumas dessas práticas: - Na SAÚDE - o uso de chás

DaTerra

Carlos Duarte

Números Desde novo que gostava de números, principalmente quanto um número descrevia uma quantidade, e servia para contar. Eram naturais. Depois vieram os números inteiros, em que já existiam quantidades negativas... Está bem, dizem-nos os que falta ou deixou de existir. Depois vieram os racionais... Certo, podemos dividir uma maçã por um grupo e alimentar mais gente. Mas agora chega, já não gosto dos números. Apareceram os números

dos medíocres. Contudo, estes nunca conseguirão alcançar o brilho e a grandeza dos melhores. Vem isto a propósito da prestação de Cristiano Ronaldo nos jogos do campeonato europeu de futebol, que se disputou na Polónia e na Ucrânia. A seguir ao primeiro jogo, com a Alemanha, a frustração de um jogo menos conseguido levou, como de costume, muitos a considerarem que o capitão da seleção estava arrumado. Uma vez mais dava-se razão ao treinador Artur Jorge quando afirmava que, no futebol, “passa-se de bestial a besta num instante”. Essa parecia ser, também, a sina do jogador. Felizmente para o futebol português, não esquecendo que não passa apenas de um jogo, o jogador encontrou um método válido para tudo. Não

armou em “piegas”, palavra com que o primeiro-ministro mimoseou os desempregados e famintos deste país, e lançouse ao trabalho com um vigor e uma eficácia notáveis, como nunca conseguira ao serviço da seleção. E arrancou, com todos os seus companheiros, para uma campanha a todos os títulos notável, independentemente do resultado final, não se podendo, igualmente, esquecer a pertinácia do selecionador Paulo Bento. Num país pequeno, como o nosso, sofre-se daquilo que, na leitura da sina, se chama “mal de inveja”. Os medíocres que predominam por todo o lado e que dominam, com os resultados que temos à vista, o país, invejam aqueles que sobressaem pela sua qualidade e competência. Daí que quando alguém sobressai pelo seu tra-

balho, e atinge o topo, terá de se haver com o combate que lhe será movido por aqueles que esperam o seu deslize. A seleção deu uma grande lição, provando que só se consegue sucesso trabalhando bem e sem desfalecimentos. Explicou que só se consegue aprender quando se trabalha com humildade, dignidade, competência, eficácia e solidariedade. Neste caso todos ganhariam. E termino como comecei, com a fábula das águias e das galinhas. Cristiano Ronaldo é uma águia que, volta e meia, voa à altura das galinhas. Mas nenhuma galinha, por muito que cacareje, conseguirá, alguma vez, voar à altura das águias.

previne algumas doenças e ajuda a beber mais água. Existe chá para tudo e alguma coisa, por exemplo o chá de limão, o chá de laranjeira, o chá de hortelã, o chá de nêsperas, o chá de folha de oliveira, etc. - Na EDUCAÇÃO - o uso de uma pedra de ardósia, na escola, para pequenos apontamentos e contas, é também uma forma de poupar papel e, consequentemente árvores, na minha opinião deviam ser obrigatórias em todas as escolas. - Na AGRICULTURA – a realização de pequenas hortas domésticas isentas de pesticidas e ricas em fertilizante natural, fruto da compostagem, garantem uma produção de produtos biológicos muito mais saudáveis; - Na ALIMENTAÇÃO – o aumento da ingestão de legumes através de sopas ou de saladas, bem como de

carnes brancas provenientes de animais criados em casa como galinhas, patos ou perus, e ainda o consumo de fruta variada da época oferecem grandes benefícios para a sua saúde – a propósito, recordo os frutos silvestres como as amoras e as framboesas que podem ser apanhados na mata, bem como os frutos das árvores completamente abandonadas e carregadas de bonitos frutos que nunca foram tratados e que estão prontinhos a ser consumidos, como é o caso dos limões, as das laranjas, das ameixas, dos figos, das nêsperas, etc. - Nos TRANSPORTES - a utilização da bicicleta ou andar a pé permitem uma elevada poupança e ao mesmo tempo ajudam o aumento da massa muscular; - Nos JOGOS – a opção pelos jogos tradicionais como a bola de trapos, o pião ou jogar à macaca, são excelentes

formas de ocupar as crianças e ao mesmo tempo de exercitá-las. - Na FEIRA - a ida à feira uma vez por mês ou mesmo uma vez por ano (Souto da Carpalhosa), poderá ajudar a encontrar produtos úteis e mais em conta; - No EXERCÍCIO FÍSICO – a realização de caminhadas, corridas ou até a utilização de elementos da casa, como escadas, cadeiras, garrafas de água para fazer pesos, podem constituir ferramentas para fazer exercício de forma económica. Estas são algumas ideias simples e eficazes que se usadas podem ajudar a poupar muitos euros no presente e principalmente no futuro. Seja feliz! Faça alguém feliz e, já agora, tire fotografias “La Minuta”.

irracionais, apareceram os números imaginários, apareceram os números complexos. A matemática deixou de ser concreta, só tem aplicação em coisas complicadas, e que não estão dentro do entendimento do homem comum. Pior, aproveitando esta ideia de que a matemática dá para tudo, aparecem números de toda a parte, sobre a adesão às greves, sobre o desemprego, sobre a riqueza do Estado (ou da pobreza), e não dão certezas. São postos em causa, dependem de conceitos, pareceres... Chega! Cada um de nós pode ignorar estas trapalhadas, ou pode tentar ajudar a obter números certos. Participei na última Assembleia Municipal, que decorreu no salão paroquial da Bajouca, que foi integrada nos festejos dos 40 anos da criação

da freguesia. Parabéns! No passado dia 24 comemoraram-se os 500 anos da freguesia de Reguengo do Fetal. Parabéns! Decorrem na nossa freguesia as comemorações do 800 anos da freguesia e da paróquia do Souto da Carpalhosa. Parabéns! Obrigado aos que tiveram a iniciativa de programar estas atividades. Obrigado às gentes que aderem a cada uma dessas atividades nelas participando como atores, júri ou público. Cada uma melhor que a anterior. Estes são números naturais, representam uma quantidade maior que zero, inteira e certa, ou não… Também aqui querem discutir se são mesmo 800 anos, ou serão já 801, ou serão apenas 799. Parece-me irrelevante. A Junta de Freguesia e a Paróquia entenderam ser este

o ano para celebrar os oito séculos de história e essa tomada de posição é o suficiente para estimular o orgulho numa terra cujas gentes souberam merecer tal distinção. São poucas as terras cuja história tem raízes no tempo da reconquista. Naquela época, todo o território ao sul do Tejo estava ainda com uma ocupação muito precária, com avanços e recuos conforme a alteração das forças em combate. Por iniciativa da Junta de Freguesia, está em curso um trabalho de recolha de informações sobre a freguesia. Esperamos que traga algum esclarecimento sobre lendas que todos ouvimos contar, separando o que tem rigor histórico das histórias de encantar. Bem hajam!

necrologia

Joaquina do Carril, 86 anos, faleceu no dia 02 de Junho. Residia na Moita da Roda. Foi a sepultar no cemitério da Moita da Roda.

orlandocardososter @gmail.com

Emília Maria, 82 anos, faleceu dia 21 de Junho. Residia na Chã da Laranjeira - Souto da Carpalhosa. Era viúva de Manuel Rodrigues. Foi a sepultar no cemitério do Souto da Carpalhosa.

Fernando da Silva Costa, 65 anos, faleceu dia 24 de junho. Residia na Assenha e era viúvo de Teresa de Jesus Pereira. Foi a sepultar no cemitério do Souto da Carpalhosa.

Judo Dia 2 de junho, os nossos pequenos campeões de judo portaram-se lindamente , tendo arrematado excelentes exibições, neste convívio que decorreu nas Caldas da Rainha (prova distrital de encerramento da Associação Distrital de Leiria). Resultados: 1.º Lugar: Alexandre Sousa (-26 kg, 7 anos), Inês Cruz (-30 kg, 11 anos); 2.º Lugar: David Silva (-18 kg, 5 anos), Matilde Silva (-18 kg, 5 anos), Mariana Santos (-38 kg, 8 anos), Adriana Sousa (-50 kg, 11 anos); 3.º Lugar: Rúben Moreira (-34 kg, 8 anos), Miguel Silva (-42 kg, 11 anos) e Pedro Ferreira (-28 kg, 9 anos).


opinião & desporto notíciasdafreguesiadejunhode2012

Fragmentos de História (II) Na reunião da junta da paróquia do dia 21 de Outubro de 1857, para além do presidente, Pe. Luíz Pedrosa Castanho dos Santos, Luíz Francisco Mindo, Miguel António e Manuel Duarte, esteve também o regedor da freguesia (i). O assunto a discutir era delicado e não reunia o consenso da junta da paróquia. Depois de ouvido o voto consultivo do regedor, os vogais da junta Joaquim José Pereira e Luiz Francisco Mindo manifestaram-se favoráveis a criação da instrução primária na Ortigosa. Defendiam eles que na Ortigosa a escola traria mais vantagem “por ser um dos pontos mais populosos e distante da freguesia e onde os meninos daqueles sítios podem encontrar com mais facilidade de, afim como os logares de Riba d’Aves, Lameira e Monte Agudo, afim também como os dos Conqueiros e Várzeas que ficam quase em igual distancia, com pequenas diferenças, dos pontos Souto e Ortigosa.” No entanto o presidente, Pe. Luíz Pedrosa Castanho dos Santos e os restantes membros da junta Manuel Duarte e Miguel António não estavam de acordo e defendiam que a cadeira de instrução primária fosse instalada no lugar de Souto, porque “não convinha ao bem geral da Freguesia o ser colocada na Ortigosa por ser uma extremidade da mesma freguesia e ficar muito fora de jeito para se poder aproveitar toda a mocidade da mesma Freguesia, o qual foi o fim da concessão da mesma Cadeira e que esta colocada no Souto junto da Igreja fica no ponto central circulado por todos os lados em pequenas distancias de logares populosos de um pequeno quarto de légua (ii) como são as povoações dos Conqueiros, São Miguel e Arroteia, Várzeas e Ortigosa, distando esta mais um pouco, ao qual ponto podem concorrer com mais facilidade os meninos dos mencionados logares, como também d’outros muitos logares (iii) da freguesia” e concluíam que as mesmas crianças já estavam habituadas a dirigirem-se Igreja “desde a tenra idade”. Pela leitura atenta das atas da época não fica claro que a primeira escola de instrução primária da freguesia do Souto tenha sido instalada junto à Igreja conforme decisão da presente ata. De acordo com outros registos recolhidos, ela teria sido criada “no círculo da capela de Santo Amaro”, no lugar de Ortigosa por ser o lugar mais populoso. Tanto mais que na

ata de 13 de Julho de 1876, quando se debate a necessidade da criação da segunda cadeira de instrução se faz referencia à impossibilidade de “a mocidade frequentar a cadeira existente na Ortigosa desta freguesia” Alguns anos mais tarde, ainda como presidente o Pe. Luiz Pedrosa Castanho mas com os novos vogais Luiz José Alves, Manuel Alves Ferreira e António de Sousa, são feitos insistentes petições “junto do Inspector das escolas” para que fosse criada a segunda cadeira de instrução primária. É admissível que a junta da paróquia naquela época tenha estado sobre pressão das populações, tanto mais que nas sessões dos dias 28 de Fevereiro e 9 de Abril de 1864 o assunto foi debatido e nesta última assembleia participaram muitos cidadãos do lugar de São Miguel que reclamavam a criação da escola no referido lugar. Entre eles constam os nomes de José Pereira Sebastião, Luíz Pereira Sebastião, José de Oliveira, João Domingues Ferreira, Luíz Bouço (ou Boução), Joaquim Lopes Cattarino, Manuel Pereira Carrapeiro, José Domingues e António Domingues. Propõem-se mesmo arranjar “casa e utensílios necessários para a referida escola”. Naquela época o pároco Pe. Luíz Pedrosa Castanho dos Santos esteve doente e era substituído pelo regedor Joaquim José Pereira como presidente substituto. Não se sabe ao certo a data do seu falecimento mas sabe-se que o dia 21 de Outubro do ano de 1872 foi a ultima sessão presidida por ele. Num próximo apontamento, voltarei a abordar o falecimento do Pe. Luíz Pedrosa, nomeadamente sobre um legado deixado aos herdeiros. No ano de 1876, já sob a presidência do padre Manuel Correa da Silva e dos vogais Joaquim da Silva Ginja e António de Sousa é debatida a urgente necessidade de ser criada a 2ª cadeira de instrução primária no Souto de Baixo. Argumentam que nem mesmo “três cadeiras seriam suficientes para o derramamento da instrução elementar por toda a mocidade desta freguesia” e para servir “os meninos que habitam nos logares de São Miguel, Chã da Laranjeira, Souto de Cima, Conqueiros, Várzeas, Arroteia e Moita da Roda”(iv). Segundo os registos transcritos para a ata de 13 de Julho desse ano, existiam na freguesia 775 “fogos” (casas) e 2.738 “almas”. Nessa sessão foi deci-

dido dirigir um requerimento a sua majestade o rei D. Luíz I (v) “implorando a graça de conceder a creação da aludida cadeira com sede no referido lugar por ficar no centro dos mais, contendo 50 meninos de 7 a 14 anos e na distancia de 2 kilómetros podendo por tanto bem frequentar a aula e desde já se obriga a mesma junta fornecer casa, mobília e utensílios para a referida escola, caso venha a ser creada”. Não existem dados disponíveis que nos leve a afirmar a data correta da criação da escola no Souto, mas afigurase correto afirmar que seria no ano de 1877, dado que no mês de Maio desse ano foi disponibilizada uma casa à junta para a mesma, conforme se transcreve da ata do dia 3 de maio de 1877 onde esteve presente Theotónio Pereira (vi) “proprietário e mulher Joaquina de Jesus, moradores no logar de Souto de Baixo desta mesma freguesia, os quais cederam a esta junta não só uma casa que possuem junto àquela que habitam para n’ella se estabelecer a aula de Instrução Primária pelo tempo de quinze anos, como mostram por documentos authentico, mas também a mobília e utensílios necessários para a mesma aula, e pelo mesmo tempo; o que tudo isto a referida junta aceitou, e se obriga dentro deste espaço de tempo, quando mais conveniente, apresentar casa, mobília e utensílios para substituir aquela”. (continua)

Luiz Ginja (i) O regedor era um agente de autoridade na freguesia, nomeado pelo presidente da câmara em cada freguesia. Era incumbido de zelar pela ordem e tranquilidade públicas, de cumprir e fazer cumprir as ordens e deliberações da Câmara e os regulamentos de polícia. Podia levantar autos de transgressão, auxiliava a polícia sempre que necessário. Devia assegurar o cumprimento do regulamento dos funerais e convocar as populações em caso de incêndios. Com a Constituição da República de 1976, acabou com essa figura de representação da autoridade. (ii) Légua, segundo o dicionário de português provem do latim “leuca ae”. Era uma medida itinerária dos Gauleses cujo valor se situava entre os 4 e os 7 quilómetros. Este valor era variável de acordo com as épocas ou países. Considerando as distâncias dos lugares mais populosos da freguesia, podemos considerar que um quarto de légua seria cerca de 1.800 metros de distância. (iii) Foi respeitada a grafia. Hoje escreve-se lugares ou povoações. (iv) Acta de 13 de Julho de 1877. (v) O rei D. Luiz I foi o 32º rei de Portugal o apelido de Popular, era filho de D. Maria II e de D. Fernando. Nasceu em Lisboa no ano de 1838 e casou com D. Maria de Sabóia que era filha do rei de Itália, Victor Manuel. Foi aclamado rei no ano de 1861 e esteve no poder até 1889 (ver História de Portugal). (vi) Na acta de 14 de Setembro de 1873 aparece o registo da presença de um Theotónio Pereira Serrano que se supõe vser a mesma pessoa.

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VII Torneio de Futsal Interassociações do Souto da Carpalhosa Os fins-de-semana de julho estão todos apontados para o Pavilhão Desportivo Municipal do Souto da Carpalhosa. A cada sábado e domingo, dez equipas masculinas e quatro femininas cruzam-se em campo para o VII Torneio de Futsal Interassociações da freguesia. Este ano, a ACD Santa Bárbara toma as rédeas na organização desta “competição” desportiva que, todos os anos, junta a freguesia tanto dentro das linhas de campo, como nas bancadas de apoio. Calendário de jogos e grupos: R. Conqueiros, ACD Santa Bárbara, Picoto, Arroteia e Junta de Freguesia (A), R. Souto, ACDR Várzeas, Arcusa, Moita da Roda e Ass. Caça e Pesca (B). Dia 7 de julho 16h00 – R. Conqueiros x A.C.D. Santa Bárbara 17h15 – R. Souto x A.C.D.R. Várzeas 18h30 – Femininos: S. Miguel x Santa Bárbara 19h45 – Picoto x Arroteia 21h00 – Arcusa x Moita da Roda Dia 8 de julho 16h00 – Junta do Souto x R. Conqueiros 17h15 – Ass. Caça e Pesca x R. Souto 18h30 – Picoto x A.C.D. Santa Bárbara 19h45 – Arcusa x A.C.D.R. Várzeas Dia 14 de julho 16h00 – R. Conqueiros x Picoto 17h15 – R. Souto x Arcusa 18h30 – Femininos: M. Roda x Várzeas 19h45 – Arroteia x Junta do Souto 21h00 – Moita da Roda x Ass. Caça e Pesca Dia 15 de julho 16h00 – Arroteia x R. Conqueiros 17h15 – Moita da Roda x R. Souto 18h30 – Junta do Souto x A.C.D. Santa Bárbara 19h45 – Ass. Caça e Pesca x A.C.D.R. Várzeas Dia 21 de julho 16h00 – A.C.D. Santa Bárbara x Arroteia 17h15 – A.C.D.R. Várzeas x Moita da Roda 18h30 – Femininos: Santa Bárbara x Moita da Roda 19h45 – Picoto x Junta do Souto 21h00 – Arcusa x Ass. Caça e Pesca Dia 22 de julho 16h00 – 1.º Grupo A x 2.º Grupo B 17h15 – 2.º Grupo A x 1.º Grupo B 18h00 – Femininos: S. Miguel x Várzeas 19h45 – 5.º Grupo A x 5.º Grupo B Dia 28 de julho 16h00 – 4.º Grupo A x 4.º Grupo B 17h15 – Femininos: S. Miguel x Moita da Roda 18h30 – 3.º Grupo A x 3.º Grupo B Dia 29 de julho 16h00 – Apuramento 3.º e 4.º classificados 17h15 – Femininos: Santa Bárbara x Várzeas 18h30 – Final Entrega de Prémios e lanche-convívio


JUN’12 A ARC Valpedrense parece estar a voltar à vida depois quatro anos de abandono. Segundo Amílcar Domingues, novo presidente da associação, “estamos a proceder à limpeza, não só do parque, como do bar e balneários”, diz, relatando ainda o elevado grau de vandalização em que as infraestruras se encontravam. “Desde há três semanas que os trabalhos de limpeza têm sido intensivos, mas graças à ajuda de todos, tem sido possível dar um bom avanço, afirma, destacando ainda a presença importante dos jovens que têm dado muito incentivo a este trabalho de recuperação. Para o presidente, a culpa pelo estado a que a situação chegou, é repartida por todos. “Quando nos alheamos, todos somos culpados”, afirma. Agora “há uma necessidade de cortar com o passado e ir com novas ideias em frente. Vai ser difícil e a conjuntura não ajuda, mas acredito que vai ser possível”, diz. No fim, fica a esperança de voltar a ver, em breve, um parque e uma associação cheios de vida, e para tal, Amílcar deixa o repto para que a população continue a ser participativa neste trabalho. “Tem havido uma união entre as pessoas para voltar a dar vida a tudo isto. Só a presença, é um incentivo. Tentar limpar a casa e reunir esforços para ter presença nas tasquinhas deste ano, são as prioridades”, declarou o presidente. Presidente da Direcção Amílcar Domigues vice-presidente Marco Aurélio Secretário Adelino Ferreira Presidente da Assembleia David Ferreira

Conqueiros Quinta Alves de Matos abriu No dia 30 de junho, foi inaugurado o primeiro empreendimento turístico da freguesia. A Quinta Alves de Matos, nos Conqueiros, é um projeto atualmente classificado como Turismo de Habitação quer certamente irá trazer uma nova vida à região. O projeto trouxe a recuperação da casa da família Alves de Matos, ampliada no

Fotos: DIREITOS RESERVADOS

Valepedrense está de volta

O universo é o sonho de si mesmo. Fernando Pessoa, poeta português (1888-1935)

Junho com cheiro a festas e romarias Com o verão, intensificam-se os festejos pelas localidades de todo o país. Também na freguesia, e apesar de durante quase todo o ano haver festividades, com os dias de calor são mais os lugares em festa. Junho começou com os festejos nos Conqueiros, em honra de Santo Ildefonso e N.ª Sr.ª da Conceição, e na semana seguinte, a festa da cereja em S. Miguel. Aqui, conversámos com um membro da comissão de festas, Sílvia Ginja, que referiu que “apesar de as pessoas estarem um pouco mais retraídas no consumo e não investirem tanto, os festejos estão a ser muito bons. As pessoas estão mais motivadas em colaborar.” Também em S. Miguel, Sílvia afirmou que “este ano estava mais gente que no ano passado e, pela primeira vez, vi promessas feitas ao Santo António”. Para fechar em beleza, o mês de junho contou ainda com mais umas festividades, desta vez no Picoto, no dia 30, em honra do seu padroeiro, S. Pedro.

século XVIII, mas com o seu rés-do-chão construído, previsivelmente antes do século XV que, segundo especialistas, será de origem árabe ou mourisca. Foram recuperados os espaços envolventes, preservando o legado e transmitir às gerações vindouras o que a Quinta Alves de Matos e os seus habitantes represen-

Dia 15 de julho encontro de ex-combatentes No dia 15 de julho, e no âmbito das comemorações dos oito séculos do Souto da Carpalhosa, realizar-se-á um encontro de ex-combatentes da freguesia. O encontro começará com a missa dominical, pelas 11h30, seguindo-se a colocação de uma coroa de flores junto ao monumento ao combatente. O almoço, pelas 13h00, será na sede do rancho do Souto da Carpalhosa, e da ementa faz parte porco no espeto e arroz de feijão. Para participar neste encontro, é necessária inscrição prévia, que poderá ser feita na Junta de Freguesia ou junto dos excombatentes que estão a organizar este encontro, Manuel Barros (919119754) ou Joaquim Vindeirinho (916511438). Durante a tarde, haverá tempo e espaço para convívio. O encontro é extensível não só para ex-combatentes, mas como para amigos e familiares.

Homenagem aos combatentes de Leiria A Câmara Municipal de Leiria e o Núcleo de Leiria da Liga dos Combatentes, com o apoio do Regimento de Artilharia n.º 4, da Base Aérea n.º 5 e das Juntas de Freguesia do concelho, irão prestar uma Homenagem aos Combatentes do Concelho de Leiria no dia 23 de setembro, com o seguinte programa: 14h30 – Missa solene, na Sé Catedral de Leiria; 15h30 – Homenagem aos mortos e descerramento de placa alusiva à cerimónia; 16h00 – Cerimónia, com entrega de lembranças aos participantes, no Jardim Luís de Camões; 16h20 – Desfile de Combatentes e Militares, no Largo 5 de Outubro (frente ao Banco de Portugal); 17h00 – Lanche convívio com animação, no Regimento de Artilharia n.º 4. Para participação neste encontro, deverá efetuar inscrição, podendo fazê-lo na Junta de Freguesia.

taram durante séculos para os Conqueiros, o Souto da Carpalhosa e a comunidade em geral. Cerca de 250 pessoas marcaram presença na inauguração deste projeto, que, para já, oferece quatro unidades de alojamento, que se estenderão a onze com a recuperação dos edifícios contíguos.

Caça e Pesca promove Festival do Marisco No próximo sábado, dia 7 de julho, a Associação de Caça e Pesca do Souto da Carpalhosa irá promover o segundo Festival do Marisco. A partir das 20h30, marisco e cerveja reinarão na sede dos caçadores, Moita da Roda, e ao som de concertinas. Para esta mariscada é necessária reserva prévia, que pode ser feita para os seguintes contactos: 934391074; 913412877; 917521136.

Recolha de sangue No próximo dia 29 de julho haverá uma recolha de sangue na sede dos escuteiros, no período da manhã, das 09h00 às 13h00. Dê sangue, dê vida.

FICHA TÉCNICA | Notícias da Freguesia de Souto da Carpalhosa | Título anotado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) | Depósito Legal 282840/08 | Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte Colaboradores Albino de Jesus Silva, André Reis Duarte, Carlos Duarte, Cidalina Reis, Eulália Crespo, Elisa Duarte, Gastão Crespo, Guilherme Domingues, Gustavo Desouzarte, Hugo Duarte, José Baptista (Pe.), Luís Manuel, Luisa Duarte, Márcio Santos, Mário Duarte, Orlando Cardoso, Simão João, Associações e Escolas da Freguesia Propriedade Junta de Freguesia, Largo Santíssimo Salvador, nº 448, 2425-522 Souto da Carpalhosa Telefone 244 613 198 Fax 244 613 751 E-mail noticiasdafreguesia@gmail.com Website noticiasdafreguesia.blogspot.com Tiragem 1000 exemplares Periodicidade Mensal Distribuição Gratuita Projecto gráfico 3do3.blogspot.com Impressão OFFSETLIS, Marrazes, Leiria (244 859 900, www.offsetlis.pt)


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