NF#Fevereiro_2011

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Mensário da Junta de Freguesia FEVEREIRO#2011 Ano VII Edição N.º 74 Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte Distribuição gratuita noticiasdafreguesia.blogspot.com

, m a p l e pa m a toc r, a e s s s e a p qu m s a o x ã i e M d alam b a d m a e n ar se o s n a Que r a o air sh p a g e n u Lo sa q i r b cos u o Como r se o t s a ,b r s, s o o o g c t i u n r o le p Sons rados sem tro, aos u en r Murm tam de d om fervo c on Desp ntido mas Últ. e s Sem ixão a p om c os s d i o t d n ora s se o m h a n n o E s rão e o s d z n e a Cruz turo, talv vividos. fu só P4 Num eres num s Dois

Direitos Reservados

Agradecidos

Censos 2011 Está aí a mega operação estatística em Portugal P5 Maestro Paulo Branco “Existe talento” no Souto, mas... P3 Festival na Casa Paroquial “Quem não arrisca, não petisca” P4 Souto da Carpalhosa Petizes em acção de solidariedade Últ.


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opinião

Purgatório! Manhã clara, de neve terna, doce, branca e fria recorda murmúrios do tempo quando a minha alma sofria! Repousa hoje, mais calma rejeitada por apupos dos palhaços sem abrigo sem circo, sem graça e sem palma! Onde vou eu procurar abrigo, de brando amor?! Povo, meu povo que fizeste da pobreza salutar? Agora, já nada existe nem abrigo nem sombra que salve numa aflição que aconteça, não há ordem que distinga… e a mansidão compareça!... Ergue-te… e pergunta ao sol do nascente, - porque razão me revolto ao ver enganar minha gente?! - porque será que rejeito os falsos palhaços de agora?... riem fingidos, mas não sabem fazer rir, como os de outrora! Lino

As palavras do senhor prior Padre José Baptista

Gente pensante Vasculhando a mente tentando encontrar um fio por onde pegar e começar a desenrolar a meada de alguma coisa que me parecesse ser importante partilhar com os leitores, aguardava sentado num sofá branco, como todo o ambiente ali à volta, que chegasse o meu momento de mostrar às máquinas como estava o coração a funcionar. De computador aberto sobre os joelhos, aproveitava para escrever umas palavras necessárias para um trabalho a apresentar nessa tarde. Tinha-me alheado do resto das pessoas que, pacientemente, esperavam, isolando-me em mim mesmo e nas minhas coisas, tentando encontrar a calma necessária. Permite-nos a beleza da mente humana que nos concentremos apenas no que queremos ouvir, filtrando tudo o que acontece à margem disso. À espera de ouvir o meu nome, concentrava-me no que estava a fazer e na voz das funcionárias que por ali giravam, cada uma nos seus afazeres. Uma voz mais alta, por trás de uma porta, fazia perceber descontentamento por parte de alguém. Duas funcionárias

Miúdos & Graúdos

A abundância A Joana depois de ter dado uma dentada na maçã vermelhinha, que a mãe lhe tinha mandado para o lanche, deitou-a fora enquanto dizia. - Não quero ouvir falar mais de ti! - Isso é comigo?, perguntou o irmão. - Não maninho, falava com a maçã que não estava nada apetecer comer.

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(des)conversavam sobre um programa de computador para marcar consultas e fazer outras coisas mais. “A mim só me ensinaram a marcar consultas, eu sei lá o que é… ou… Não sei, e mais, não quero saber” protestava uma delas. Deduzi que barafustava por ter sido “programada” para marcar as ditas consultas e que agora se lhe estaria a pedir um pouco mais, além disso. Uma saiu e a conversa terminou. Voltei a querer concentrar-me nas minhas coisas mas aquela tão banal conversa ficou-me pendurada no pensamento. Ainda sentado no sofá branco, comecei a escrever as palavras que pensei e que, agora, partilho convosco. “Só me ensinaram a… não quero saber” O computador que tinha sobre os joelhos e no qual escrevia, fora preparado para determinadas funções e o que delas passasse ele não o faria, não tem cérebro. Pareceume estar a proceder como uma máquina a senhora que assim falava. Mas a verdade é que ela não é uma máquina com um chip programado para… é um ser humano com capacidade para mais, com um cérebro que quer sempre mais que o que já tem, precisamente porque está “programado” para se desenvolver sempre mais e mais. Corremos sérios riscos de que as máquinas, desenvolvidas pelo cérebro humano, nos levem a um “emburrecimento” se deixamos que elas tudo façam por nós e nos limitamos à atitude do “não

- Eu também, não acabei o meu lanche e deitei-o fora. - Acho que não adianta guardar comida, os peixes do rio ficam todos contentes. E assim foram conversando até a casa. Chegaram a casa, pousaram as mochilas e dedicaram-se aos seus trabalhos, enquanto a mãe fazia o jantar e os ajudava nas suas dúvidas. -Têm fome?, perguntou a mãe. -Não!, responderam os dois. Atirámos ao rio o pão e a maçã que já não nos apetecia comer. A D. Sofia ficou preocupada com atitude dos filhos. Então, teve uma ideia. -Querem jogar ao Faz de Conta? -Sim, mas… Fazer de conta o

quero saber”. A atitude do “não quero saber” enraíza-se e transmite-se àqueles que nos são mais próximos, particularmente aos mais maleáveis, as crianças. Vive-se, consciente ou inconscientemente, e manifesta-se nos mais insuspeitados gestos. Não queremos saber se há um concerto musical na sede de um rancho e por isso muitas das cadeiras ficam vazias; queremos lá saber se há uma qualquer festa num lugar aqui próximo! Aliás, se estivermos na da nossa terra pode já parecer um acto de espantar. As comunidades são o resultado de nós mesmos e o individualismo torna-se “marca registada” intensificando-se o vão que nos separa em igrejas e associações que quase não se conhecem. Creio que é esse sentido do “não quero saber” que faz com que uma proposta de colaboração feita por este jornal, no sentido de levar a um pouco de criatividade, só consiga a atenção de 4 pessoas, até este momento, ao que me consta. Nem todos teremos grande veia poética, mas não haveria um pouco mais para dar? Por mim falo, consciente do quanto sei onde me lanço e do quanto deixo passar ao lado. Quando, há dias passei, para deixar umas palavras num site da internet onde se pedia que nos manifestássemos quanto às limitações a que o Notícias da Freguesia se vê forçado em questões de apresentação gráfica, o meu olhar deixou-se atrair por uma

quê? Mostrou-lhe no planisfério os países de África, da América do Sul e da Ásia. -Quem são os meninos daqui? Ficou combinado que o jogo começaria no dia seguinte. Pela manhã, chegaram à mesa e viram que nas suas taças estava papa de mandioca! Intrigados perguntaram: Mas… isto é o pequeno-almoço? -Sim, vamos fazer de conta que estamos na América do Sul, onde há milhares de meninos a comer uma refeição por dia, se houver. Engoliram com dificuldade e lá foram para a escola. Nunca ansiaram tanto a hora de almoço, pensavam nos petiscos que a mãe mandava, mas… encontraram um bilhete que di-

ideia ali expressa, e que me fez amarelar um sorrir, não pelo que diz, mas pelo que manifesta. Mesmo à distância parece não conseguirmos deixar de ver as comunidades e as pessoas com um olhar tão redutor que elas, e tudo o resto, se tornam aceitáveis para nós apenas se estiverem a concordar com o nosso, por vezes tacanho, modo de ver o mundo. Perante o “não quero saber” pode irse bem mais longe quando pugnamos por ideais que assentam na separação das pessoas seja por lugares, por ideias políticas ou religiosas. Poderá, porventura, uma comunidade chegar a algum lado se as pessoas não são olhadas com um mesmo olhar ou se se impõem limites à participação, quando essa participação se nota já tão acanhada? Parece um olhar pessimista aquele com que estou a olhar algumas coisas, mas não, continuo a acreditar nas pessoas que na sua terra, aquela onde nasceram e aprenderam a conhecer cada coisa, continuam a ser semente e a tudo fazer para que se note algum crescimento humano, social, comunitário. “Não quero saber” se concordam comigo ou não, quero, isso sim, acreditar que as gentes naturais desta terra, a que chamamos de freguesia, são gente disposta a sentila como sua e a fazerem sempre mais para que seja simpático nela viver.

zia: Meus filhos, hoje estamos na China. - Só uma tacinha de arroz – gemeu o João. -Se ao menos tivesse a maçãzinha que deitei fora – suspirou a Joana. Quantas não são as vezes que deitamos comida fora, que comemos até não podermos mais, enquanto há tanta gente a passar fome? Claro está que é muito difícil combatermos esta realidade. E não é só nestes países, pode ser alguém muito próximo de nós. É bom estarmos atentos e porque não comer apenas para saciar a fome e não para satisfazer a gula? Por MilsorrisJs!


cultura, social

Souto Filarmónica Ilhense dá concerto

Dulce Domingues

Na noite de 5 de Fevereiro, a Filarmónica Ilhense apresentou um concerto na sede do Rancho Folclórico e Etnográfico de Souto da Carpalhosa. Ao som de músicas como a banda sonora do filme “Piratas das Caraíbas”, entre muitas outras bem conhecidas, os músicos encheram a sala de som vibrante, fazendo esquecer o frio que se sentia naquela noite gélida de Inverno. Em palco, cerca de cinquenta elementos, muitos

deles, da freguesia, sob a orientação do maestro Paulo Branco, também ele da freguesia, mais concretamente, das Várzeas. Parte da beleza desta noite deveu-se também ao mérito da voz feminina que acompanhou a banda em três músicas do reportório apresentado. Carla Cruz, natural do Souto da Carpalhosa, cantou e encantou dando voz a músicas como “Cantigas da Rua”. Uma noite a repetir.

Paulo Branco, o maestro cá de casa

“Existe talento” mas também “falta de bairrismo e de cultura associativa na freguesia” Maestro da Banda Filarmónica Ilhense há 13 anos, Paulo Branco, reside no lugar de Várzeas e é um dos principais rostos desta banda. Hoje damos-lhe a conhecer um pouco quem é Paulo Branco. Há quanto tempo é maestro e dirige a Banda Filarmónica Ilhense? Sou maestro da Banda Filarmónica Ilhense há 13 anos e iniciei a minha carreira de maestro aqui, embora tenha feito outros trabalhos em direcção musical com outras filarmónicas. É esta a sua única actividade profissional? Não. Para além da direcção musical da banda, tenho a direcção da escola de música da Filarmónica Ilhense a meu cargo. Sou também chefe de Fanfarra nos Bombeiros Voluntários de Pombal e ainda colaborador na Biblioteca Municipal de Pombal, onde desenvolvo alguns projectos da promoção do livro e da leitura através da música para as crianças. Como surge esta paixão pela mú-

sica e, em particular, pela direcção de uma banda filarmónica? Iniciei os meus estudos musicais aos 8 anos, na Filarmónica de Monte Redondo, aliciado por um familiar responsável na referida filarmónica, na altura. A partir do momento em que comecei a ter os primeiros contactos com a música, a direcção musical foi uma “paixão à primeira vista”. Fascinava-me a forma como uma pessoa, com a sua mestria musical, podia dirigir um grupo de músicos, levando-os a todos a interpretar a música da mesma forma. Em Portugal, dá para se viver da música? Em Portugal, e na música, como em todas as áreas de arte, é difícil viver delas. No entanto, quem tem habilitações musicais e talento consegue sobreviver da música, mas com várias actividades em simultâneo. Felizmente, as escolas de música oficiais duplicaram, o programa das Actividades Extra Curriculares no primeiro ciclo veio aumentar a procura dos profissionais da música. As filarmónicas e as

suas escolas continuam a dar trabalho a muitos professores e maestros e, já noutra elite, as orquestras sinfónicas espalhadas pelo país são outra área a dar trabalho. Além do maestro, na Banda Filarmónica Ilhense existem vários elementos que são da freguesia do Souto. Podemos dizer que o Souto tem talento? Na freguesia Souto da Carpalhosa existem músicos que fizeram, e fazem, parte da Banda Filarmónica Ilhense e de outras bandas. Nesta freguesia existe talento, como em qualquer outra parte do mundo. No entanto, esse talento não é visível na freguesia por falta de bairrismo e de cultura associativa na freguesia, e em especial no lugar do Souto da Carpalhosa, e isso reflecte-se fora da freguesia. Esta falta de união viu-se nas pessoas que estavam presentes na sede do Rancho no concerto da Filarmónica. Foram enviados quatro mil convites por correio e foi desolador a quantidade de público presente no espectáculo.

Cruz Vermelha divulga projectos sociais A delegação de Leiria da Cruz Vermelha Portuguesa vem divulgar os seus projectos que visam dar respostas sociais a quem mais precisa. Assim, esta mesma delegação apresenta a “Loja Social”, a funcionar às terças e quintas-feiras, das 14h00 às 17h30, e onde se encontram

artigos disponíveis que vão desde roupa, calçado, brinquedos e até mesmo mobiliário e electrodomésticos. “Conforto Solidário” é outro dos projectos a decorrer na Cruz Vermelha, e tem por objectivo o empréstimo temporário de equipamentos e acessórios de ajudas técnicas,

como, por exemplo, camas articuladas, andarilhos, canadianas, cadeiras de rodas, cadeiras de banho… Mais se informa que o atendimento do Gabinete de Respostas Sociais funciona às terças e quintas-feiras das 9h00 às 12h30 nas instalações da nossa Delegação.

Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Leiria Rua Tenente Valadim 2410-190 – Leiria Email: dleiriacruzvermelha @sapo.pt Telefone: 244 823 725

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Trabalhos da Junta Como de hábito, deixamos aqui a relação de alguns trabalhos levados pela Junta de Freguesia no mês de Fevereiro. - Execução de valeta na Moita da Roda; - Limpeza de estrada que liga o Souto a Assenha e espalhamento de tout-venant; - Espalhamento de toutvenant na estrada de São Miguel-Arroteia; - Elaboração de caixas e desvio de águas junto ao armazém da junta; - Transporte de massa asfáltica e execução de trabalho com a mesma; - Execução de valeta no Souto da Carpalhosa; - Transporte de tubos, montagem, elaboração de caixas e espalhamento de tout-venant no Vale da Pedra; - Limpeza de valas no Vale da Pedra; - Tapamento de buracos na estrada do Estremadouro; - Limpeza de estrada, valetas e grelhas na Carpalhosa; - Execução de aqueduto em São Bento e trabalhos de limpeza no mesmo lugar; - Fornecimento de lenha a escolas, nomeadamente, Vale da Pedra e Chã da Laranjeira; - Realização de pequenos trabalhos na Escola de Chã da Laranjeira – arranjo da rede; - Abertura de valeta na Camarneira; - Trabalhos na escola da Moita da Roda, nomeadamente, desentupimento de calhas; - Espalhamento de toutvenant na estrada principal da Moita da Roda; - Trabalhos de limpeza por vários lugares da freguesia – São Bento, Jã da Rua e Vale da Pedra.

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necrologia, social, festividades

Necrologia

Arménio da Silva Santos, de 44 anos, faleceu dia 4 de Fevereiro. Residia em Moita de Roda e era casado com Benilde Crespo Santos. Foi a sepultar no cemitério de moita da Roda. Maria Ana de Jesus, 86 anos, faleceu no dia 15 de Fevereiro. Residia em Jã da Rua e era casada com José da Costa Agostinho. Foi a sepultar no cemitério de Vale da Pedra.

Maria da Silva, de 91 anos, faleceu no dia 16 de Fevereiro. Residia em Sargaçal e era casada com Manuel dos Santos. Foi a sepultar no cemitério de Vale da Pedra.

Visita Pastoral D. António Marto em quatro dias de muitos encontros “Nesta Visita não venho como turista, nem como médico, venho como peregrino”, disse D. António Marto, ao saudar a comunidade, aquando a sua visita à paróquia do Souto da Carpalhosa. A Visita Pastoral, que decorreu de 10 a 13 de Fevereiro, e contou com muitos encontros, com diferentes faixas etárias, gente de todos os lugares, e em que se pode viver verdadeiros momentos de uma comunidade cristã. Aqui deixamos algumas palavras e fotos que marcaram estes momentos. Poderá ver mais registos fotográficos nas páginas online do jornal – blogue e facebook. Palavras de quem acompanhou a visita... Rosa Serrada, Moita da Roda “Gostei muito desta visita. É uma oportunidade para estar mais próxima do Sr. Bispo. (…) Também a missa no lugar [Moita da Roda] foi muito bonita,

com a igreja cheia. Só Deus sabe se voltaremos a ter esta oportunidade de novo”. Maria Emília, Casal Telheiro “Estou a gostar muito. Acho muito importante esta visita. Para os idosos e doentes achei muito importante esta celebração [referindo-se à missa com os idosos]. As pessoas até tiraram aquela ideia errada que têm sobre o que é a Santa Unção, porque o Sr. Bispo também explicou”. Maria Oliveira e marido, São Miguel “Vim a correr do hospital para conseguir vir e acompanhar a Visita do Sr. Bispo. Adorei. Nós estamos a precisar de outro ritmo, no que toca à nossa fé. Estou a adorar a Visita e adoro estar com o Sr. Bispo.” E o que diz o pároco... Foram dias intensos, não apenas pelo programa em si, mas também pelo acontecimento. Talvez há mais de 30 anos tenha acontecido uma visita pastoral, com o Sr. D. Alberto, mas não nestes moldes.

Algumas das igrejas da paróquia nunca tinham sido visitadas por um bispo. Valeu por muitos aspectos, mas valeu sobretudo pela distância que se encurtou, no que se refere à imagem quase irreal que, habitualmente, se tem do Bispo Diocesano. O Sr. D. António mostrou ser um homem próximo, sensível às alegrias e, particularmente, aos sofrimentos do ser humano. O tempo gasto e a afectividade com que se dirigiu aos mais pequeninos, mas sobretudo aos doentes e idosos, demonstra bem o valor que dá à dimensão caritativa como concretização do ser cristão. O programa elaborado não foi para atrair multidões, foi pensado para ser momento de encontro entre aqueles que se sentem motivados a viver a fé. Agora importa pensar que este foi um momento de retomar folgo e que é preciso fazer sempre mais para que a comunhão seja sempre maior.

Fotos: Pedro Jerónimo/O Mensageiro

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“Senti-me verdadeiramente em casa e de casa” Nos quatro dias da Visita Pastoral à comunidade de Souto da Carpalhosa, senti-me verdadeiramente em casa e de casa. Isto é, em família, como irmão entre os irmãos. Quero pois agradecer a todos a hospitalidade e o afecto fraternos com que me receberam em todos os lugares, bem como o testemunho de fé e de dedicação generosa que me transmitiram. A Visita Pastoral foi feita de muitos e variados encontros, todos eles muito bem preparados e organizados. Foram momentos muito gratificantes que me permitiram conhecer de perto e ao vivo a riqueza da comunidade, a saber: muita gente de fé viva, com desejo de renovação espiritual; muitas pessoas dedicadas e empenhadas nos diversos sectores da vida eclesial com a necessidade de reforçarem mais a comunhão entre os diversos lugares da paróquia; uma comunidade que vive com brio a sua fé, mas chamada a ser mais missionária e a atrair os que andam afastados. Pude verificar também o bom trabalho pastoral que o Pe. José Baptista está a fazer. Um desafio urgente, e comum a várias comunidades, é a transmissão da fé aos mais jovens e as iniciativas de formação permanente na fé para os adultos. Em síntese, trata-se de um balanço positivo e, por isso, deixo uma palavra de parabéns! † António Marto, Bispo de Leiria-Fátima

RVCC Pro Acção Educativa

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O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) tem abertas inscrições para o processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), na área de Acção Educativa. Esta formação permite obter grau de formação de nível 2, equivalente ao 9º ano escolaridade, para acompanhantes de crianças, e de nível 3, equivalente ao 12.º ano de escolaridade, para técni-

cos de acção educativa. Como requisito, os formandos devem ter experiência comprovada na área de acção educativa. O processo de RVCC Pro – Acção Educativa tem como público-alvo adultos com idade superior ou igual a 18 anos; possuidores de, pelo menos, um ano de experiência na área em instituição; empregados em creches, ATL, Jardim-de-Infância ou outros; desempregados.

Para mais informações, os interessados devem contactar o Centro de Formação Profissional de Leiria. Contactos Centro de Formação Profissional de Leiria Rua de S. Francisco, n.º32, 1.º Dto. 2400-30 Leiria Telefone: 244 849 870 Fax: 244 849 871


social

Como se pode verificar pelas últimas edições, o NOTÍCIAS DA FREGUESIA reapareceu a preto e branco, tal como no passado, por razões estratégicas. O seu interesse pelo jornal mudou? O que acha das alterações que o NF apresentou? Que sugestões nos quer deixar? Para podermos ser mais e melhor, precisamos de si. Colabore connosco.

vi, e não é por ser a preto e branco que a qualidade diminui! Já agora, queria destacar o artigo de opinião do nosso presidente [edição de Dezembro 2010], muito bom!!! Nildo Vindeirinho

Realmente

a capa não tem cor. Mas o conteúdo é cor-de-rosa. Muito bom a nova paginação. Gastão Crespo

Está

bom assim. Não se gasta tanta tinta e isso é bom para o ambiente. Graci Sobreira

Que

o NOTÍCIAS DA FREGUESIA reapareceu em preto e branco, não me faz diferença. Só quero é que notícias reais sejam ditas no jornal. Mas sobre a Freguesia do que a Paróquia. Porque para mim a Freguesia do Souto da Carpalhosa é mais importante do que a Paróquia, que eles façam um jornal só para a Paróquia. Chantal Silva

Pode

dizer-se que se foi a cor, mas que fique o “sabor”. Tornar-se-ia mais atractivo se fosse colorido, mas creio que a maior atracção que pode ter é dizer aquilo que é nosso, que diz respeito às pessoas da terra, sejam quem forem e estejam onde estiverem. Quem tem gosto pelo jornal, não o guarda por ter mais cor, mas por o sentir próximo. Só se pode fazer o possível e, esse sim, é bom que seja feito. Força. José Baptista

Na

sociedade em que vivemos, em que a “cor” vem muitas vezes camuflar a realidade, torna-se interessante voltar às origens e perceber que o que realmente é bom e interessa não necessita de ser colorido! Joana Correia

Censos 2011 Prepare-se para a maior operação estatística A partir de 7 de Março começa a maior operação estatística realizada em Portugal. Falamos dos Censos 2011, o XV recenseamento geral da população e o V recenseamento geral da habitação, realizados pelo INE – Instituto Nacional de Estatística. Realizam-se de 10 em 10 anos e são muito importantes, pois permitem ficar a conhecer com rigor as características da população e da habitação. Este ano, com a particularidade de também se poder responder via online. Os censos permitem que se faça uma “radiografia” ao país, para que se conheça tal e qual ele é. Ficaremos a saber: quantos somos; onde vivemos; que estudos temos; onde trabalhamos. Os rencenseadores do INE vão percorrer o país e distribuir a documentação. Peça aos seus familiares para colaborarem e receberem os questionários, bem como o envelope com os códigos de acesso para resposta pela Internet. E-Censos: Fácil, rápido e seguro A novidade dos Censos 2011 prende-se com a possibilidade de respostas pela Internet. E, na verdade, este é o processo mais fácil, rápido e seguro de responder.

Assim, pede-se aos mais jovens que ajudem amigos e familiares a responderem por esta via. É simples. Basta aceder a www.censos2011.ine.pt e digitar os códigos entregues pelo recenseador em envelope fechado. Depois é só responder, sempre com verdade. Ninguém fica a saber o que foi dito, tanto nos questionários em papel, como online, porque todas as respostas são confidenciais. Importa ainda referir para que cada um não se esqueça do dia 21 de Março. Trata-se do dia censitário e todas as respostas deverão reflectir a realidade desse dia, mesmo que não corresponda ao dia de preenchimento dos questionários. Abra a sua porta, colabore e não se esqueça de que a resposta aos censos é obrigatória e confidencial. Calendário 7 a 20 de Março – Distribuição dos questionários Os recenseadores do INE irão entregar em sua casa os questionários em papel e um envelope fechado com os códigos de acesso para resposta pela Internet. 21 a 27 de Março – Resposta pela Internet Motive e ajude os seus

familiares a responderem pela Internet. Com toda a comodidade e segurança aceda a www.censos2011.ine.pt e responda sempre com verdade. 28 de Março a 10 de Abril – Resposta pela Internet e início da recolha dos questionários em papel Nesta fase, ainda é possível responder pela Internet. Se em sua responderam em papel, então devem aguardar pela visita do recenseador que irá recolher os questionários preenchidos. 11 a 24 de Abril – Últimos dias para responder aos questionários em papel Agora só se pode responder aos Censos 2011 preenchendo os questionários em papel, que deverão ser entregues ao recenseador quando este passar por sua casa. A partir de 24 de Abril, se a sua família não tiver sido contactada deve ligar para a linha de apoio ou dirigir-se à Junta de Freguesia. Para mais esclarecimentos Linha de apoio: 800 22 20 11 (chamada grátis, dias úteis das 9h00 às 20h00) Mais informações também na Câmara Municipal ou na Junta da Freguesia.

Caçadores em busca de raposas Foi no passado dia 20 de Fevereiro que os caçadores da freguesia se reuniram para a Batida às Raposas. A manhã de domingo, soalheira e fresca, adivinhava um bom dia para a caminhada. Pouco passava das 8h30, e já com os estômagos bem forrados, depois de um pequeno-almoço bem reforçado, cerca de 30 caçadores da Associação de Caça e Pesca rumaram a pontos estratégicos esperando que as raposas mais astutas lhes atravessassem o caminho. O NOTÍCIAS DA FREGUESIA acompanhou esta batida, e, juntamente com uma caçadora – a única mulher no meio dos caçadores – foi para a porta que lhe calhou em sorte. Porta, entenda-se, é o lugar de-

Ângela Duarte

Facebookérito

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finido para que fique o caçador, por forma a saber-se onde cada um está. Pouco tempo depois de estar na porta, já se ouviam os gritos, as buzinas, os chocalhos e tudo o que servia de “arma” para quem fazia a batida fazer barulho e espantar as raposas. Depois de uma manhã de batida, a caçada resultou em duas raposas. No fim, foi hora

de caçar no prato, nas novas instalações da sede da Associação de Caça e Pesca. Ah, resta dizer que, parece que também uma raposa passou pelo NOTÍCIAS DA FREGUESIA... mas passou...

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opinião Uma crónica de vez em quando... Orlando Cardoso

Aqui fica uma ideia A grande riqueza das nossas aldeias assenta, como se sabe, na sua relação privilegiada com a natureza, com a pureza, muitas vezes intacta, do ambiente, com as relações sociais que sofrem constantemente transformações acentuadas. A sobrevivência das nossas aldeias é uma questão de manutenção e valorização do património existente, seja ele natural, construído e cultural. Os esforços, em muitos locais desenvolvidos para a sua preservação, vão no sentido de manter bem viva a memória colectiva dos povos. Não é por acaso que se afirma que um povo sem memória dificilmente sobreviverá. Poderá, naturalmente, aculturar-se, isto é, assumir como seus valores culturais que lhe são estranhos e assim manterse indefinidamente. O Souto da Carpalhosa, com os seus sete séculos

DaTerra

Carlos Duarte

Defendo valores, trabalho e honra. Quem se apercebe dos erros que outros cometem, não consegue identificálos sem parecer arrogante, mas que o seja quem tiver valor. Chega de meias palavras, de meias verdades. Chega de intenções. Apesar das apregoadas boas notícias que o governo divulga todos os dias, os financiadores interna-

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de história, tem muito para contar aos que nele nasceram, vivem e aos vindouros. Ou, pelo contrário, são os seus habitantes que têm muito para lembrar, rebuscando nos cantinhos muitas vezes esquecidos da memória os saberes que aí permanecem escondidos, como se estivessem numa caixa de surpresas? Atrevo-me a deixar nas páginas acolhedoras do “Notícias” uma sugestão. Não poderíamos, tendo como pólos aglutinadores a Junta e o jornal, deitar mãos à obra e construirmos um roteiro da freguesia que possa dá-la a conhecer e a descobrir as suas riquezas patrimoniais como, por exemplo, a Charneca do Nicho, a paradisíaca nascente da ribeira do Souto, a igreja matriz, as capelas e as suas imagens, as fontes, as lendas, as tradições e tantas coisas mais? É verdade que o caminho se faz caminhando e esta humilde sugestão não passa, apenas, disso mesmo. É, simplesmente, uma ideia. Pela minha parte teria muito gosto em colaborar. orlandocardososter @gmail.com

cionais continuam a pressionar para que Portugal seja intervencionado pelo FMI. Mas porquê?! Porque o desemprego continua a aumentar? Porque as boas notícias nas finanças são só o aumento dos impostos e a não diminuição da despesa corrente do Estado? Porque este governo continua a gerar uma crise que está a destruir Portugal? Porque Sócrates “secou” o Partido Socialista e vai continuar sem oposição interna? Porque os partidos da oposição não se entendem para provocar eleições? Porque nós desistimos de lutar e deixamos que maus políticos nos governem. Este fim-de-semana fiquei estupefacto porque ouvi o Procurador-Geral da República dizer que era uma vitória para a justiça que alguns dirigentes do futebol tenham sido acusados, mesmo que não se consigam condenações

Ao inquirir o meu filho de 11 anos de quantos bois é constituída uma junta ele respondeu que não sabia. Depois de lhe explicar que se tratava da junção de, pelo menos, duas vacas que se ajudam mutuamente para puxar um carro de madeira ou uma alfaia agrícola, ele respondeu: “Já sei. Vi na televisão.” Por fim questionou-me: “Oh pai, se são duas vacas, por que se diz uma junta de bois?” Fiquei sem resposta… A propósito desta conversa, dei por mim a reflectir sobre o estado actual da nossa agricultura. A tão propalada CRISE abre caminho para a prática da agricultura. Afinal de contas, os bens alimentares, incluindo os legumes e os cereais, estão cada vez mais caros. Os legumes ou as frutas são fundamentais para uma saudável alimentação e os cereais, como o

milho ou o centeio, são imprescindíveis para fazer as farinhas e, posteriormente, o tão querido e saboroso: PÃO, que é o mesmo que dizer papo-seco ou broa. E, nós podemos cultiva-los nos nossos terrenos! Pergunto, por isso, para quem quiser responder: “Por que existem tantos terrenos agrícolas ao abandono?” Tendo em conta que a disponibilidade de muitas pessoas aumentou, uma vez que, infelizmente, o desemprego continua em franco crescimento, questiono-me se seria uma boa ideia voltar a cultivar. Deste modo, a ocupação do tempo seria lucrativa. Quem diz que pouco vale cultivar hoje, visto que não compensa o trabalho de dá, estará correcto ou enganado? Na minha humilde opinião, que vale o que vale, eu defendo que se fizerem contas, a verdade é que cultivar compensa. Os ganhos vão desde a saúde física e mental até à económica. Vamos deixar de estar tão dependentes dos outros. O dinheiro nem sempre chega para tudo. E quem paga as contas não são outros. Esta CRISE pode levar-nos a encontrar formas tradicionais de obter os alimentos. A vergonha e a tão grande preocupa-

ção sobre o que os outros poderão eventualmente pensar é um obstáculo minúsculo que deve ser ultrapassado. Voltar a cultivar tem inúmeras vantagens. Podemos garantir sempre alimentos frescos na nossa mesa. A título de exemplo, em minha casa tenho num pequeno espaço vários recipientes de metro quadrado com terra. Neles semeio: alfaces, espinafres, tomates, couves, chás, ervas aromáticas, entre outros. Desta forma, garanto comida biológica e não me esqueço dos ensinamentos agrícolas ministrados pelos meus pais. Aliás, aproveito a oportunidade para agradecer à Junta de Freguesia a oferta do compostor doméstico. Este é um precioso apoio para a minha horta. Com os restos de alguns alimentos e algumas folhas secas produzo adubo orgânico. Fundamental para a minha pequena agricultura biológica. A CRISE é uma oportunidade, lanço o desafio, quem tiver um compostor doméstico utilize a compostagem como fertilizante para, pelo menos, cinco culturas diferentes. Seja feliz! Faça alguém feliz e, já agora, colha o que semeou!

porque “fazer prova em tribunal é muito difícil”. Ainda estamos a viver o pós-25 de Abril, em que, com receio de nova PIDEDGS, os legisladores permitiram múltiplas defesas ao acusado, motivo por que muitos criminosos ficam impunes, é minha convicção. Enquanto não houver meia centena de políticos na prisão, não se perderá a noção de impunidade para os crimes de colarinho branco. Como disse Salgueiro Maia na madrugada de 25 de Abril de 74, “Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados socialistas, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos!” Continua a haver quem não esteja acomodado, e esteja incomodado. São os jovens que estão cansados de nada fazer, cansados de não ter rendimentos, cansados de ter que viver

com os pais, porque o trabalho precário que conseguem não lhes permite ter uma casa própria. Temos cada vez mais formação, produzimos cada vez menos. Temos de produzir mais e comprar menos. Os jovens que querem produzir (a que vamos chamar empresários) têm que ter acesso aos meios de produção (que se compram com dinheiro) e capacidade de gestão para criar postos de trabalho e necessitam de produzir artigos que possam ser vendidos. Ao nível da economia, o Estado tem que diminuir porque, quanto menos forem, menos estragam, e para melhorar as nossas contas públicas temos que cortar gorduras do Estado, que é: extinguir fundações, direcções… Para extinguir é necessário que os partidos elejam líderes honestos e não dependentes do aparelho do Estado. Pessoalmente, a minha ideia é que qualquer gover-

nante não possa concorrer a dois mandatos consecutivos, mas apenas possa concorrer ao cargo imediatamente superior. Este condicionalismo faria com que qualquer político cumprisse o seu papel o melhor possível, sem eleitoralismos, sem clientelas. Por outro lado, acho que a Constituição devia impedir governos minoritários, seja ao nível central, ou nas autarquias, o anterior fica em gestão e, após 15 dias, para haver acordo entre partidos, marcar novas eleições em 15 dias. Criada uma maioria, cumprirá o mandato com maior autonomia. Se as coisas correrem mal, um qualquer partido pode sempre propor uma moção de censura... Mas só os idiotas exprimem as suas ideias. Não o seja também, concretize as suas ideias!

Opinião Gastão Crespo c/ Simão João (ilustração)

Quantos bois tem uma junta?


desporto, opinião

Futebol Resultados A.C.D. Santa Bárbara Santa Bárbara x Arnal (1-5)

Santa Bárbara x Regueira de Pontes (2-1)

Santa Bárbara x Instituto D. João V (5-2)

Realizou-se no Pavilhão do Souto da Carpalhosa o jogo da primeira eliminatória da Taça Distrital de Infantis. Foi um jogo muito equilibrado, durante os primeiros quinze minutos, com as marcações muito certinhas de ambas as equipas, mas uma falha do guardaredes da Santa Bárbara alterou o jogo, que viria a piorar depois de uma jogada de um para guarda-redes, que resultou no dois a zero. A Santa Bárbara ainda reduziu antes do intervalo, mas na segunda parte caiu muito de qualidade de jogo, com os jogadores a entrarem muito na finta e a tentarem fazer tudo sozinhos. O Arnal soube aproveitar esse facto, marcando por mais três vezes quando a Santa Bárbara estava desequilibrada na defesa.

Foi o jogo da nona jornada do Campeonato de Infantis que se realizou no Pavilhão do Souto da Carpalhosa. O jogo talvez menos conseguido da Santa Bárbara em casa, pelo menos em termos de eficácia na finalização, pois criaram muitas situações que não foram transformadas em golo. A nível defensivo, apesar de terem sofrido um golo ainda cedo, a equipa manteve-se sólida e com o adversário mais ou menos controlado. A Santa Bárbara ainda empatou antes do intervalo e, na segunda parte, a toada de jogo continuou com a Santa Bárbara a pressionar o adversário e a procurar o golo, mas a tentar fazer tudo muito depressa e acabavam por perder a bola ou falhar na finalização, mas o golo acabou por surgir já na parte final do jogo que terminou assim em 2-1.

Sábado, dia 19 de Fevereiro, realizou-se mais uma jornada do Campeonato Distrital de Infantis no pavilhão do Souto da Carpalhosa, perante uma excelente moldura humana que assistiu a um jogo de futsal muito bem disputado. Um jogo equilibrado, entre duas equipas muito parecidas na forma de jogar, mas em que foi a Santa Bárbara a marcar primeiro, numa boa jogada de ataque aos seis minutos de jogo. Mas, o Instituto D. João V empatou aos doze num ataque rápido com finalização no segundo poste.Com o jogo muito rápido a Santa Bárbara ainda marcou mesmo antes do intervalo após um remate de insistência. Já na segunda parte, o Instituto empatou aos cinco minutos, numa boa combinação ofensiva, e aos sete a Santa Bárbara voltou para a frente do marcador num bom remate de fora de área. A partir daí a Santa Bárbara aproveitou o facto de o Instituto nunca ter desistido do jogo e de ter procurado o golo com alguma ansiedade, contribuindo para que a Santa Bárbara marcasse mais dois golos quando o adversário se desequilibrou na defesa.

Espaço sáude Dr. Gustavo Desouzart

A fibriomialgia Hoje iremos falar sobre um problema que afecta cerca de 5% da população mundial, a Fibromialgia. Esta é mais frequente no sexo feminino, que corresponde a 80% dos casos. Em média, a idade do seu início varia entre 29 e 37 anos, sendo a idade de seu diagnóstico entre 34 e 57 anos. Fibromialgia é uma desordem que causa dor muscular e fadiga. Pessoas com fibromialgia têm “pontos sensíveis” no corpo, que são lugares específicos no pescoço, ombros, costas, braços, quadril e pernas. Estes pontos doem quando pressionados. Por outras palavras, fibromialgia caracteriza-se por dor muscular e tendínea difusa crónica em pontos dolorosos de localização anatómica específica. Actualmente, sabe-se que a fibromialgia é uma

forma de reumatismo associada à sensibilidade do indivíduo em resposta a um estímulo doloroso. O termo reumatismo pode ser justificado pelo facto de a fibromialgia envolver músculos, tendões e ligamentos. O que não quer dizer que ocorra deformidade física ou outros tipos de sequela. No entanto, a fibromialgia pode prejudicar a qualidade de vida e o desempenho profissional. Como não existem exames complementares que por si só confirmem o diagnóstico, a experiência clínica do profissional que avalia o paciente com fibromialgia é fundamental para o sucesso do tratamento. Pessoas com fibromialgia têm sintomas como: Fadiga (cansaço); Problemas para dormir (sono superficial e não reparador – desperta cansado); Falta de flexibilidade pela manhã; Dor de cabeça (pode ser enxaqueca); Ciclos menstruais dolorosos; Formigueiro ou falta de sensibilidade nas mãos e pés (dormência dos pés e das mãos); Depressão psíquica; Ansiedade; Dor abdominal

com períodos de prisão de ventre intercalados com diarreia; Problemas de raciocínio e memória. Em nenhum momento haverá inflamação ou deformidade nas articulações e os movimentos não estão limitados. As causas da fibromialgia ainda não são totalmente conhecidas. A causa e os mecanismos que provocam fibromialgia não estão perfeitamente esclarecidos. Não há nenhuma evidência concreta de que possa ser transmitida nem se verifica maior prevalência em familiares. Diferentes factores, isolados ou combinados, podem favorecer as manifestações da fibromialgia, dentre eles doenças graves, traumas emocionais ou físicos e mudanças hormonais. Sabe-se ainda, que a diminuição de serotonina e outros neurotransmissores provocam maior sensibilidade aos estímulos dolorosos e podem estar implicados na diminuição do fluxo de sangue que ocorre nos músculos e tecidos superficiais encon-

trados na fibromialgia. Por ser um excelente antioxidante vascular natural, estudos têm apontado as sementes de uva em cápsulas como um componente importante na prevenção e até mesmo no tratamento da fibromialgia. Sabe-se que as sementes de uva em cápsulas são excelentes na prevenção de derrames, isquemias, problemas do coração, problemas circulatórios, trombose, entre outros. A semente de uva em cápsulas regula a pressão sanguínea e inibe processos inflamatórios musculares. Fibromialgia também pode acontecer por si mesma. Alguns cientistas acreditam que um gene, ou genes, poderiam ter envolvimento sobre a fibromialgia. Os genes poderiam fazer a pessoa reagir fortemente a coisas que outros poderiam não achar doloroso. A fibromialgia tem despertado o crescente interesse da classe médica nas suas diferentes especialidades. Isso é muito bom, pois as manifestações observadas na fibromialgia também podem estar

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Intercâmbio “Holidays in Europe”

No âmbito do Projecto Comenius, intitulado “Holidays in Europe”, do qual a Escola E.B. 2,3 Rainha Santa Isabel, Carreira faz parte, as alunas Joana Fonseca do 8.ºA, Ana Ferreira do 8.ºB e Luana Bento do 8.ºC estiveram em Ede, na Holanda, de 5 a 11 de Fevereiro a representar a escola. Em conjunto com mais alunos de seis países - Alemanha, Holanda, Finlândia, Itália, Polónia e Eslováquia foram apresentados na Escola Marnix College, em Ede, os trabalhos da disciplina de Área de Projecto subordinados ao tema do projecto que as turmas desenvolveram até à data. presentes noutras doenças. Portanto, se uma pessoa apresentar queixas de dor muscular por um período maior que três meses consecutivos, aconselha-se que esta procure o seu médico para que o diagnóstico correcto seja estabelecido. Critérios para classificação da doença: 1) Presença de dor difusa pelo corpo definida como dor acima, abaixo ou em ambos os lados da cintura, com pelo menos três meses de duração, e comprometimento de pelo menos um segmento da coluna; 2) Presença de pelo menos 11 dos 18 tender points (9 pares, um de cada lado). “O único homem que está isento de erros, é aquele que não arrisca acertar.” - Albert Einstein Saúde e Paz para Todos! Acupunctura Tradicional Chinesa

FEV 2011


“Nuvem passageira” vence passatempo Durante o mês de Fevereiro decorreu um passatempo de poesia alusivo ao Dia dos Namorados. Apesar da pouca adesão, no que respeita ao número de participantes, evidenciou-se a qualidade poética. Partilhamos consigo o poema seleccionado. O(a) vencedor(a), que assina como “Nuvem Passageira”, recebeu um fio, feito à mão, da marca “Bijuteria com Significado” – www.bijuteriacomsignif icado.com

Dois seres, uma ilusão Namorados são duas gotas De orvalho numa manhã. Um papel com duas notas, Duas sementes de romã. Olhos fechados, teimosos, Querendo esconder a ilusão, Fugindo dos curiosos, Amam-se na escuridão. Lábios quentes a arder Que se tocam de fugida, Misturados no querer A esmagar-se sem ferida. Braços fortes que se estendem E corpos quentes percorrem Em sentimentos que pendem E em vontades que morrem. Mãos que se tocam e palpam, Que nada deixam passar, Longas horas se embalam Como brisa que paira no ar

Souto Petizes solidários Os alunos da Pré e do 1º Ciclo da Escola de Souto da Carpalhosa aderiram à campanha “Tampinhas e Companhia”, recolhendo tampas de garrafas, garrafões e detergentes. Com esta campanha pretendem ajudar a Ana Júlia, menina de 5 anos, portadora de uma doença degenerativa que necessita de uma cadeirinha adaptada para viajar de carro. Vamos todos ajudar a Ana Júlia a sorrir. Entregue as suas tampas na Junta de Freguesia ou na Escola do 1º Ciclo de Souto da Carpalhosa.

Direitos Reservados

FEV’11

O mundo recompensa com mais frequência as aparências do mérito do que o próprio mérito. François La Rochefoucauld, escritor francês, 1613-1680

Bombeiros da Ortigosa dão música Com o objectivo de projectar e inserir novas bandas no mercado musical nacional, os Bombeiros Voluntários de Ortigosa, organizadores do festival rock Flashover vão proporcionar a todos os interessados a inscrição no Concurso de Bandas de Garagem. Este irá proporcionar oportunidades aos jovens com talento na área musical, conferindo a possibilidade de dar uma ajuda no lançamento dos seus projectos musicais, estimular a formação e o trabalho desenvolvido pelas

bandas de garagem e oferecer um evento caracterizado por diferentes estilos musicais, realizado em diferentes espaços e tempos com a vontade de desenvolver, inovar, rentabilizar, promover o Festival Flashover, estimular a criação artística dos jovens e incentivar novos talentos. O Concurso de Bandas de Garagem tem também como objectivos tornar pública a produção musical das bandas, estimular a criação artística dos jovens e promover o intercâmbio sociocultural.

Este concurso destina-se a todas as bandas portuguesas, ou não, que até à data do Festival rock Flashover 2011 se tenham organizado para actuarem como banda musical, promovendo novas bandas não profissionais, bem como estimular a produção musical. A próxima sessão de apresentações será no próximo dia 11 e 12 de Março 2011, na Ortigosa, junto ao quartel dos Bombeiros. Team Flashover, Bombeiros Ortigosa

Sons lentos, bastos e roucos Murmurados sem rigor Despontam de dentro, aos poucos, Sem sentido mas com fervor Enamorados com paixão Cruzando sonhos sentidos Num futuro, talvez serão Dois seres num só vividos. Nuvem passageira

Baile em São Miguel Dia 19 de Março, a partir das 21h00, haverá baile em São Miguel, com Vergílio Pereira e Manuel Ribeiro. A entrada tem um custo de 2,50 euros. Venha divertir-se e traga amigos.

FICHA TÉCNICA | Notícias da Freguesia de Souto da Carpalhosa | Título anotado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) | Depósito Legal 282840/08 | Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte Colaboradores Albino de Jesus Silva, André Reis Duarte, Carlos Duarte, Cidalina Reis, Eulália Crespo, Elisa Duarte, Gastão Crespo, Guilherme Domingues, Gustavo Desouzarte, Hugo Duarte, José Baptista (Pe.), Luisa Duarte, Márcio Santos, Mário Duarte, Orlando Cardoso, Simão João, Associações e Escolas da Freguesia Propriedade Junta de Freguesia, Largo Santíssimo Salvador, nº 448, 2425-522 Souto da Carpalhosa Telefone 244 613 198 Fax 244 613 751 E-mail noticiasdafreguesia@gmail.com Website noticiasdafreguesia.blogspot.com Tiragem 1000 exemplares Periodicidade Mensal Distribuição Gratuita Projecto gráfico 3do3.blogspot.com Impressão OFFSETLIS, Marrazes, Leiria (244 859 900, www.offsetlis.pt)


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