Escola de Redes

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inclua nesse mapa as conexões reais e as potenciais, aquelas que poderiam acontecer em virtude de fatores que não são representáveis graficamente, como o conhecimento e a amizade no caso das redes sociais e/ou pela existência de um meio de comunicação fisicamente estabelecido, como uma linha telefônica ou um cabo de fibra ótica de uma rede local de computadores. O problema é que a utilização do recurso dos grafos, não raro, leva a uma estática de redes e não a uma dinâmica, restringindo, assim, o poder da análise dos fenômenos que ocorrem em redes muito complexas, como as redes sociais. É claro que nem toda rede é uma rede social. Existem muitos tipos de redes, entre os quais os mais conhecidos e citados são as redes biológicas (a rede neural, por exemplo, que conecta os neurônios no cérebro dos animais, ou a teia da vida que assegura a sustentabilidade dos ecossistemas, conectando microorganismos, plantas e animais e outros elementos naturais) e a rede social (embora existam também redes de máquinas – como a rede mundial de computadores, a Internet – que são redes sociais, visto que conectam pessoas). Há uma homologia entre esses diversos padrões organizativos, de sorte que, estudando-os, pode-se iluminar a compreensão do multiverso das conexões ocultas que configuram o que é chamado de social.

Redes sociais Existe uma confusão muito comum na literatura sobre redes sociais. As pessoas chamam de rede tanto uma forma ou um tipo de organização voluntariamente construída para cumprir uma finalidade, em geral, de natureza social, quanto a rede social que existe como fenômeno objetivo, independentemente de esforços feitos por algum sujeito para tecê-la ou articulá-la. Por variadas e complexas razões de ordem social e tecnológica, a sociedade humana está se conformando, cada vez mais, como 42


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