Relatório de cumprimento do objeto

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ANEXO IX – RELATÓRIO DO CUMPRIMENTO DO OBJETO UNIDADE CONVENENTE: ARGONAUTAS AMBIENTALISTAS DA AMAZÔNIA

CONVÊNIO Nº. 389/2007 MINC-FNC

RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL


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SUMÁRIO

Prolegômenos.....................................................................................................2 O Estado da Arte.................................................................................................3 Planejamento da Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil e I Fórum Paraense dos Pontos de Cultura......................................................................9 Articulação da Rede.........................................................................................16 Pólos e Facilitadores da Rede.........................................................................16 Portal................................................................................................................21 Vídeo Vozes Jovens da Amazônia..................................................................24 II Fórum Paraense dos Pontos de Cultura.....................................................25 Nivelamento em Desenvolvimento Local Amazônico para os Facilitadores do projeto................................................................................................................26 Fundamentos e Pressupostos.........................................................................26 Metodologia Passo a Passo............................................................................32 CNPdC e TEIA 2008..........................................................................................35 Oficina de Capacitação em Desenvolvimento Local Amazônico e Curso de Formação Sociopolítica da Juventude...........................................................36 Fórum Social Mundial 2009 em Belém...........................................................43 Oficinas de Comunicação Comunitária..........................................................47 Oficina nos Pólos.............................................................................................47 Ações Complementares..................................................................................47 Ampliação da Rede para Novos Parceiros.....................................................48 Desdobramentos da Capacitação...................................................................49 Informações Gerais.........................................................................................50 Dificuldades Encontradas................................................................................54 Síntese dos Objetivos Cumpridos..................................................................56 Síntese das Atividades Realizadas.................................................................60

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Eu mesmo, só por mim, já sou um ponto de cultura Em mim, os vários eus se encontram Uns dançam, outros cantam e outros fazem poesia Uns em cena, teatram Outros nas rodas, discutem Outros circulam por aí tecendo, tecendo, tecendo redes de afetos Outros defecam e me mostram onde a luz ainda não se propagou Em mim mesmo, só dentro de mim já é suficiente para que meus sinônimos, antônimos e heterônimos, convirjam em pontos estratégicos de acupuntura social. Zhumar Dantas, em poema declamado durante o Seminário de Planejamento do Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil (15/05/2008).

1.

PROLEGÔMENOS Em julho de 2007, o Ministério da Cultura por meio do Programa Cultura Viva

anuncia edital de seleção para criação de Pontões de Cultura e Pontões de Cultura Digital. A ong Argonautas Ambientalistas da Amazônia, a partir de sua vasta experiência e do relacionamento com os demais Pontos de Cultura no Pará, resolve empreender na elaboração de um projeto de pontão de articulação dos pontos de cultura do Pará e Amapá. Neste mesmo ano, nos dias 18 a 19 de agosto, véspera do prazo final para envio de projetos, realizou-se em Belém o Encontro Regional Norte dos Pontos de Cultura, promovido pela Representação Norte do Ministério da Cultura-MinC. O Encontro, realizado no auditório do CEFET-PA, contou com a presença do secretário Célio Turino, titular da então Secretaria de Programas e Projetos Culturais – SPPC (atual SCC – Secretaria de Cidadania Cultural). Neste evento, os Argonautas Ambientalistas da Amazônia apresentaram a minuta do projeto de pontão que vinham articulando e ampliaram as ações de sensibilização junto a outros Pontos de 3


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Cultura e às entidades governamentais do Estado sobre a importância de serem signatários deste projeto. No dia 20 de agosto de 2007, ultimo dia para enviar o projeto ao Ministério da Cultura, durante reunião realizada na Fundação Curro Velho, foi consolidada a parceria com nove Pontos de Cultura e mais duas entidades governamentais (Instituto de Artes do Pará e Fundação Curro Velho), onde assinaram a carta de anuência de parceria com o Projeto Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil.

2.

O ESTADO DA ARTE Em 11 de Outubro de 2007, foi publicada no Diário Oficial da União, a Portaria

nº 9, com o resultado da seleção de pré-projetos para a criação de Pontões de Cultura do Programa Cultura Viva - Ministério da Cultura, selecionando 22 projetos enviados de todas as partes do Brasil, entre eles o de criação da Rede Amazônia de Protagonismo Juvenil, cujo objetivo principal consistia, num primeiro momento, interligar os 15 Pontos de Cultura do Pará e Amapá, promovendo oportunidades para a juventude, a partir de um processo de gestão compartilhada. O projeto ficou em sétima posição e obteve 9,5 pontos. Em outubro de 2007, foi dado inicio um processo de sensibilização, aproximação e comunicação com os parceiros da Rede, através de um blog (http://pontaoredejuvenil.spaces.live.com) e no dia 24 de janeiro de 2008 foi criada a lista de discussão Pontão Rede Juvenil (redejuvenil@grupos.com.br), hoje um dos principais instrumentos de comunicação, mobilização e interação entre os Pontos de Cultura do Pará. Nos dias 3 e 4 de janeiro de 2008, durante visita do Secretário da SPPC do Ministério da Cultura, Célio Turino, para apresentação do Programa Mais Cultura Pará e o anúncio do edital de criação dos novos sessenta Pontos de Cultura no Pará, os Argonautas Ambientalistas da Amazônia foram convidados para apresentar os objetivos e metas do projeto Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil aos participantes deste evento.

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Este foi um ano promissor, pois alguns pontos de cultura foram aprovados, outros receberam sua primeira parcela de recursos, o que contribuiu para que a meta de Pontos de Cultura na Rede, a priori, estabelecida em apenas 15 Pontos de Cultura, aumentasse para 17. Assim, o projeto conseguiu cumprir, inclusive superar sua meta inicial de articulação de pontos para a rede. A missão da Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil foi de articular e aproximar os Pontos de Cultura contribuindo, dessa forma, para que os mesmos conseguissem

desenvolver-se

local

e

regionalmente,

garantindo

sua

sustentabilidade e reconhecimento. Como fruto dos avanços na aproximação desses pontos de cultura, podemos citar a aprovação de dois projetos no Edital Ponto-aPonto; a institucionalização da Comissão Paraense dos Pontos de Cultura, a realização de dois encontros do Fórum Paraense dos Pontos de Cultura (FPPC) com apoio da Rede; a grande circulação de informação através do portal Pontão de Cultura Rede Juvenil (www.redejuvenil.com.br), atualmente com 311 colaboradores no Pará e em outras regiões do Brasil; e da lista de discussão que possui atualmente com 324 participantes (do Pará e também de outras regiões); e a consolidação, em 2008, da maior delegação paraense em todas as edições da TEIA, ação possível graças a parceria entre o Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil e a Comissão Paraense dos Pontos de Cultura-CPPC. O uso da estratégia do desenvolvimento local na Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil constituiu a socialização de conhecimentos, uma nova visão de sustentabilidade e novos laços democráticos, uma vez que traz em sua essência a formação de redes e a construção de ambientes favoráveis para todos. A metodologia DELA – Desenvolvimento Local Amazônico é capaz de ser incorporada por qualquer organização – em especial nos Pontos de Cultura – e possui plenas possibilidades de contribuir para o desenvolvimento cultural local, envolvendo todos os atores governamentais, não-governamentais e empresariais, como parceiros em iniciativas empreendedoras. Assim, a Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil não apenas utilizou esta metodologia, como também a transferiu aos seus signatários e demais parceiros. De posse da tecnologia social DELA, os atores sociais possuem os mais diversificados caminhos, no entanto, a partir do exercício da Comunicação 5


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Comunitária, que novas oportunidades e capacidades emergirão, pois além do acesso à informação, a comunidade terá a possibilidade de informar e comunicar suas realidades locais para a rede e para o mundo através da Internet. Nesta perspectiva, foram executadas cinco oficinas de Comunicação Comunitária nos Pólos Regionais, onde após capacitação técnica e dinâmica de convivência sócioculturais, foram produzidas mídias digitais nessas oficinas que passaram a constituir o

acervo

colaborativo

(www.redejuvenil.com.br)

que

alimentam

e

o

o

portal

portal

de de

conteúdo

do

projeto

relacionamentos

http://redeamazoniajuvenil.ning.com.

O pontão Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, também contribuiu para aproximar os Pontos de Cultura aos parceiros estratégicos do Governo do Pará, como a Secretaria de Estado de Cultura (SECULT), a Fundação Curro Velho (FCV) e o Instituto de Artes do Pará (IAP), assim como aos projetos e programas de interesse para os Pontos de Cultura, a exemplo do programa de inclusão Digital NAVEGAPARÁ, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (SEDECT) e a Rádio Nacional da Amazônia, através do programa Revista Amazônica. Não podemos deixar de relatar, também, a parceria deste projeto com a Representação Regional Norte do Ministério da Cultura, que foi de fundamental importância para os resultados alcançados. Fruto deste protagonismo, a coordenação do pontão Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil e a Comissão Paraense dos Pontos de Cultura, articulou parceria junto ao programa de inclusão digital NAVEGAPARÁ para a instalação de modernos infocentros conectados à Internet para todos os Pontos de Cultura do Pará, o que tem representado uma ampliação das ações necessárias para a concretização da política de cultura digital, um dos objetivos da Rede. A articulação com as diversas redes sociais constitui um dos objetivos do Projeto Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil. Assim participamos das oficinas sobre o acesso à informação junto ao Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável-FBOMS, cujo tema foi: “Fortalecer o Acesso à Informação Ambiental e à Participação da Sociedade Civil em tomada de Decisões”, realizado no início de 2009, em Brasília/DF. 6


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O estado da arte demonstra os canais eletrônicos de acesso à informação ambiental e dos órgãos colegiados com participação social no Brasil, assim como recomendações para fortalecer esse acesso e qualificar a incidência da sociedade civil na definição das políticas ambientais. Reconhecemos que o acesso à informação e a participação social em tomadas de decisão são dois fatores fundamentais para a conquista da justiça social e ambiental. A informação é necessária não apenas para a produção de novos conhecimentos, mas também para que a participação social tenha qualidade e capacidade real de incidir sobre a realidade, influenciar políticas públicas e avançar rumo a uma sociedade democrática e sustentável. A Agenda 21 é um dos resultados da Rio-92, quando a conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento reuniu diretrizes, princípios, estratégias e propostas de políticas, programas e ações para transformação do desenvolvimento na direção apontada pelas idéias associadas à sustentabilidade ambiental do planeta. Contribuíram para sua formulação milhares de pessoas e organizações em um processo que reuniu governos, empresas e entidades da sociedade civil. Documento composto de 40 capítulos e aceito por 179 países. Constitui-se como uma tecnologia social capaz de impulsionar o processo de desenvolvimento gerando ambientes favoráveis para melhoria da qualidade de vida da população local. Cumprindo um dos objetivos do pontão, tivemos participação ativa na Rede Brasileira de Agendas 21 Locais - REBAL, contribuindo para seu fortalecimento e, também, para realização do encontro da Rede, em Fortaleza, onde tivemos a oportunidade de apresentar o projeto e os Pontos de Cultura como instrumentos para a promoção do desenvolvimento local através das expressões culturais. Também participamos ativamente da conferência nacional de meio ambiente, momento singular de participação da sociedade civil. A nível local, mapeamos e articulamos as agendas 21 municipais, com o objetivo de fortalecimento da rede regional, gerando sustentabilidade para as ações locais, em interface com o projeto, esse será um desafio permanente para o Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, levando em consideração o fomento ao desenvolvimento local e sustentável. O Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil sempre 7


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interagiu muito bem com a Comissão Paraense dos Pontos de Cultura e, juntas, foi possível gerar ambiente favorável para articular representantes para acompanhar as discussões para formatação do edital estadual dos novos pontos de cultura no Pará, bem como a participar do processo de avaliação do mérito dos pré-projetos para novos Pontos de Cultura. Ademais, o Pontão Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil articulou-se com outros Pontões de Cultura do Brasil, como o Pontão de Cultura Digital do Tapajós, o Pontão de Cultura Brasil Memória em Rede, o Pontão de Cultura CUCA da UNE, o Pontão de Cultura de Convivência e Cultura de Paz, o Pontão de Cultura Frutos do Brasil e o Pontão de Cultura Caravana Arco-íris, Pontão de Cultura Instituto Paulo Freire, desenvolvendo ações colaborativas de interesse mútuo. No dia 18 de outubro de 2008, das 8 as 11h no Instituto de Artes do Pará, realizamos em parceria com o Pontão de Cultura de Convivência e cultura de Paz – Instituto Pólis, a roda de conversa e ausculta sócio-cultural com jovens do coletivo jovem dos Argonautas e de movimentos sociais parceiros, tais como movimento negro, movimento de reggae, movimento feminista, skatistas, e de pontos de cultura do Pará. A dinâmica contribui para o diálogo intercultural, a troca de experiências e saberes, a compreensão, o respeito e a tolerância entre os jovens e a sociedade, promovendo a convivência e a cultura de paz. Temas como sustentabilidade ambiental, diversidade cultural, cidadania, direitos humanos, e tolerância social, com foco na realidade amazônica, foram abordados. A água foi escolhida como símbolo da roda de convivência. Consolidamos a parceria com o Pontão de Cultura Brasil Memória em Rede e a inserimos a temática sobre Patrimônio e Memória Social nas atividades do Pontão Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil. As oficinas de memória foram realizadas durantes as oficinas de Comunicação Comunitária realizadas nos pólos da Rede. Participamos em São Paulo, de 10 a 14 de agosto de 2008, do II Forum do Brasil Memória em Rede, onde tivemos a oportunidade de interagir e trocar experiências com outros Pontos de Cultura e movimentos socioculturais do Brasil que atuam com as temáticas de memória com jovens e para o desenvolvimento 8


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local, focos de atuação de nosso projeto. Também participamos de oficina de formação na metodologia de coleta e registro de historias de vida, metodologia difundida pelo Museu da Pessoa. A partir dessa capacitação, realizamos oficinas de formação de Agentes de Memória e Desenvolvimento Local, onde de forma inovadora, conciliamos a metodologia do Museu da Pessoa com a os principios da metodologia DELA. Hoje, nas oficinas de Comunicação Comunitária do Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, os participantes aprendem a fazer uma entrevista de historia de vida e como utilizar este registro para a preservação do patrimônio imaterial e a memória social de suas comunidades, assim como, utilizá-las em projetos de desenvolvimento sociocultural. Recentemente, em abril de 2009, realizamos em Belém a exposição da “Expedição do Redescobrimento”, projeto realizado pelo Brasil Memória em Rede – BMR nos anos de 2007 e 2008, onde a parceria com o Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil foi de suma importância para sua viabilidade, assim como para a criação de um Pólo do BMR no Estado do Pará. Em agosto participamos, em São Paulo, do III Forum do BMR, onde expusemos as ações realizadas e os resultados alcançados pelos Pontos de Cultura advindo desta parceria. O Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil participa também da rede de apoio estadual ao projeto Vidas Paralelas. Esta é uma proposta de ação compartilhada nas áreas de saúde e cultura para o trabalhador e trabalhadora realizada pelos Ministérios da Saúde e Ministério da Cultura, em parceria com universidades publicas, centrais sindicais, educadores populares, órgãos de assistência e saúde do trabalhador, e pontos de cultura. O Pontão Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil é responsável por capacitar e apoiar os participantes do projeto no uso de multimídias para a produção de conteúdos digitais que alimentará um site, visando contribuir para a reflexão critica das classes trabalhadoras sobre sua realidade. O Pontão de Cultura realizou, em parceria com a Escola de Cinema Darcy Ribeiro (RJ), uma oficina de audiovisual, que possuiu como objetivo estimular o debate sobre cinema e permitir àqueles que não são da área uma compreensão do processo necessário para fazer um filme. 9


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Em resumo, pode-se concluir pelo relato das atividades acima, que o projeto, por meio da cooperação e da gestão compartilhada, conseguiu atingir seus principais objetivos e metas, tais como a articulação em rede, a ampliação do projeto para outras organizações e iniciativas, a formação política dos pontos de cultura, a capacitação em comunicação comunitária, o fomento ao desenvolvimento local, a realização de encontros para intercâmbio e troca de experiências, a promoção de ações integradas com outras ações governamentais e não-governamentais, o fomento a criação de novos pontos de cultura e a criação de ambiente webcolaborativo para circulação de informação e interação entre os Pontos de Cultura.

3.

PLANEJAMENTO DA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

E I FÓRUM PARAENSE DOS PONTOS DE CULTURA No dia 15 de maio de 2008, de 9h até 21h, doze Pontos de Cultura do Pará (Ponto Ananin; Música e Artesanato Marajoara; Mestre Cambota; Cultura de Ouro; Galpão de Artes de Marabá; Ponto da OCA; Ponto de Cultura Ribeirinha; Ponto de Cultura Reconquistanto a Arte, a Cultura e a Cidadania Marajoara; Ponto no Xingu; Olhos de Ver Belém; IAÇÁ; e Ponto Amazônico), além da Representação Norte do Ministério da Cultura, Secretaria de Estado de Cultura, Instituto de Artes do Pará, Fundação Curro Velho, e organizações da sociedade civil como o Fórum Paraense de Economia Solidária e o Instituto Cafuzo, reuniram-se no auditório Computer Hall, em Belém, para o planejamento do Projeto Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil. Este momento teve como objetivo apresentar o projeto, o plano de trabalho e o orçamento aos membros da rede, bem como planejar, coletivamente, a realização das ações durante o período de execução. Neste dia realizou-se, ainda, o I Fórum Paraense dos Pontos de Cultura, que elegeu os representantes para a Comissão Estadual e para a Comissão Nacional de Pontos de Cultura. O planejamento foi importante para confirmar o objetivo de tornar a gestão do projeto compartilhada e ainda contribuir para aproximar a relação entre os Pontos de Cultura, fortalecendo a articulação entre os mesmos. Neste mesmo dia, os Pontos 10


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de Cultura relataram os ativos (pontos fortes) e os passivos (pontos fracos) e as necessidades dos seus projetos, constituindo-se um primeiro diagnóstico da rede, que segue abaixo: Ponto de Cultura Olhos de Ver-Belém (Belém) O Ponto de Cultura Olhos de Ver Belém, é um projeto da Associação Fotoativa (em convênio com o IPHAN) que desenvolve trabalho de registro fotográfico no centro histórico de Belém. Faz um trabalho de sensibilização dos agentes e atores sociais que interagem no centro histórico, para os problemas da degradação no espaço. O público alvo é bastante eclético em termos geracionais, todavia, desenvolvem e já desenvolveram dezenas de trabalhos com a juventude. Possuem sede própria no centro histórico de Belém e por isso, estreitaram relação com alguns atores sociais da área como taxistas, moradores, público do vero-peso (pescadores, erveiras). A partir desta relação diagnosticou-se que este público não visualiza os turistas com bons olhos, em especial os pescadores, pois não há compra de mercadoria. Neste sentido, estudam um modo de garantir a sustentabilidade desses pescadores, a partir da venda de aventais e camisetas com estampas de fotografias estilizadas do mercado. O ponto de cultura Olhos de Ver Belém, é um projeto cujo tempo de duração do convênio é de apenas um ano. Tem como ponto forte o trabalho com a imagem, fotografia e edição. O Ponto fraco identificado é a não experiência na gestão de mercado, para aplicar com os vendedores do ver-o-peso, para a venda das peças estilizadas que serão produzidas. Ponto de Cultura Reconquistando a Arte, a Cultura e a Cidadania no Marajó (Soure) A organização proponente deste Ponto de Cultura desenvolve trabalhos desde 1995. A priori, iniciaram suas atividades a partir da doação de brinquedos para as crianças carentes durante o natal. O assistencialismo social foi acumulandose e com isto conseguiram um carro estilo van para fazer o transporte de pessoas enfermas até o hospital local. O objetivo deste projeto Ponto de Cultura é promover a integração da 11


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juventude através da arte e cultura, possibilitando a inclusão social. Para isto desenvolveram, no plano de trabalho, quatro oficinas, quais sejam, inclusão digital, onde foi instalado um telecentro e capacitaram 60 jovens; oficina de couro, levando em consideração que o município hoje possui um milhão de cabeças de búfalos, onde qualificaram 30 jovens; a realização da primeira feira de manifestações artísticas e culturais; uma oficina de artesanato, a partir da arte da cerâmica marajoara, onde identificaram a necessidade do resgate; e também oficina de dança. Considera como pontos fortes, a especialidade em artesanato em couro, a cerâmica e a dança, e como ponto fraco a dependência do repasse de recursos da parte do Ministério da Cultura, pois já realizaram a prestação de contas, no entanto, até o presente momento não repassaram a última parcela. Ponto de Cultura Museu do Marajó (Cachoeira do Ararí) O foco deste Ponto de Cultura está centrado na música, na cerâmica marajoara, nas manifestações religiosas, no folclore e nas folias do Marajó. Criaram a Escolhinha de Música Giovanni Gallo e pretendem, através deste projeto, realizar diversas oficinas de música em Cachoeira do Ararí. Pondera como especialidade (ponto forte) do Ponto a música, as manifestações culturais e religiosas do Marajó. Não identificaram nenhum ponto fraco. Mas pela nossa observação, apontamos como ponto fraco a rotatividade dos coordenadores dos ponto. Ponto de Cultura no Xingu (Vitória do Xingu) O projeto explora o trabalho com a cultura popular em consonância com a educação ambiental. O projeto tem base no município de Vitória do Xingu, mas desenvolve atividades ao longo da micro-região do Transxingu, no qual compõem sete municípios e sua estratégia utilizada é a partir da educomunicação. Assim, este ponto possui outros projetos integrados, como o Coletivo Educadores Ambientais e a Sala Verde. O Ponto forte deste projeto é a educação ambiental e suas dificuldades (ponto fraco) compreendem o acesso a internet no município base, a ausência de qualificação profissional e a geração de renda. 12


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Ponto de Cultura Mestre Cambota (Abaetetuba) Possuem como pontos fortes um ótimo espaço físico (ligado a igreja local) para a realização de suas atividades e as pessoas que trabalham no centro comercial que são aproveitadas para atuarem no ponto de cultura. Dentre as dificuldades, a prestação de contas do projeto encontra-se em primeiro lugar, assim como o atraso no repasse dos recursos. Como pontos fracos, apontam não saberem o caminho para comercializar, expandir e escoar a produção dos jovens e senhoras atendidos pelo Ponto de Cultura, assim como a descrença e a desvalorização da cultura local por parte dos jovens do município na produção artesanato em miriti, marca do município. Ponto de Cultura IAÇÁ (Belém) O Núcleo de Capacitação Popular – NUCAP, organização proponente do projeto Ponto de Cultura IAÇÁ, tem ações voltadas à produção cultural artística, principalmente no bairro da Pedreira e em alguns outros bairros vizinhos, com um público-alvo de jovens de 15 a 28 anos. Dentre as atividades, o Ponto de Cultura IAÇÁ desenvolve a dança, a música, o teatro, as lendas e a poesia. Como fruto, este ponto produziu um cd a partir das rodas de carimbó realizadas dentro do espaço do Ponto. Dentre as metas a serem alcançadas por este projeto, podem ser destacadas a formação em música, dança, teatro, produção artesanal, produção de shows artísticos, produção e gravação de CDs e DVDs. As dificuldades (pontos fracos) identificadas por este Ponto são referentes a divulgação, edição de vídeo, ausência de segurança e a comunicação com o Ministério da Cultura. Ponto de Cultura Ribeirinha (Santarém) O projeto abrange cinco comunidades e, através da mobilização social dessas comunidades, construíram a sede própria. Realizaram um mapeamento histórico que será divulgado em uma cartilha, com considerações a respeito das práticas de educação ambiental e economia solidária.

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Este projeto possui algumas parcerias locais, especialmente com o Projeto Saúde e Alegria. Como ponto forte consideram o artesanato em cuias e dentre as dificuldades citam a ausência de energia elétrica, pois ainda não conseguiram um sistema solar compatível com o kit multimídia. Outra dificuldade diz respeito à sustentabilidade do projeto e a prestação de contas. Ponto de Cultura da OCA (Santarém) O Ponto de Cultura da OCA desenvolve, dentre suas atividades, oficinas de artesanato e dança. Possuem uma biblioteca comunitária com um acervo bem diversificado de livros e DVDs. Identifica como pontos fortes a comunicação comunitária local, a partir da publicação de um fanzine chamado ALÔ COMUNIDADE. Dentre seus pontos fracos, apontam o preconceito da comunidade com a ONG, pois as pessoas que dirigem a organização são de outros estados. Identificam, ainda, que os formandos não valorizam o que aprendem e que a equipe do projeto é composta por voluntários. Ponto de Cultura GAM (Marabá) O GAM – Galpão de Artes de Marabá existe há dez anos e tem como objetivo o fomento ao desenvolvimento de redes socioculturais para envolver em ações na linha da formação e aperfeiçoamento artístico. A sede possui uma galeria de artes onde são realizadas constantes exposições e oficinas, por isto, há um sentimento coletivo de que o GAM é um Pontão, pois conseguem agregar vários grupos locais, articulam os artistas (associação dos artistas plásticos, fotógrafos, músicos e poetas, ambos sediados no GAM), bem como possuem parceiros estratégicos para realizar atividades no âmbito da cidadania, como o Ministério Público e o Conselho Tutelar. As dificuldades apontadas por este ponto de cultura dizem respeito ao número reduzido de pessoas que trabalham na organização comparada à demanda da sociedade, a manutenção do espaço físico e os poucos recursos alocados para despesas administrativas. No entanto, muitos dos jovens que iniciaram suas atividades artísticas no Galpão estão expondo nos diversos salões do Brasil e do Mundo. 14


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Ponto de Cultura “Cultura de Ouro” (Itaituba) A

Associação

dos

Grupos

Folclóricos

e

Culturais

de

Itaituba

ASGRUFOCITA, conveniou-se recentemente com o Ministério da Cultura para execução das ações do Ponto Cultura de Ouro no município de Itaituba. Surge com objetivo de organizar o festival cultural de dezembro, no município, pois agrega mais de doze grupos folclóricos. Assim, foi construído o Ateliê para dar suporte aos grupos da região e há um interessante dado no que tange a violência e marginalização, pois, desde que foi fundada

a

associação,

os

índices

de

violência

no

município

reduziram

substancialmente. Este Ponto tem interesse no registro histórico das pessoas que conhecem o processo cultural e folclórico no município, porém, ainda não possuem um técnico em audiovisual, para poderem captar imagens. O foco deste Ponto são os grupos folclóricos e de dança e dentre as dificuldades, destacam a captação de recursos para o desenvolvimento de ações e motivação para os brincantes. Ponto de Cultura: Ananin (Ananindeua) O Projeto Ponto de Cultura Ananin tem como foco a potencialização da cultura local, o incentivo a prática do empreendedorismo e o protagonismo da comunidade. Os objetivos são desenvolver processos de produção e disseminação cultural; fazer inclusão social e digital; valorizar e resgatar expressões culturais populares locais; promover educação ambiental e popular; defender a vida, a cidadania e a preservação ambiental. O projeto é executado por uma rede de entidades e instituições parceiras, organizadas em formato de consórcio cultural. A estratégia para sua consolidação é o desenvolvimento local integrado e sustentável, fundamentado no fazer da própria comunidade. Este privilegia várias ações, formatadas em diversas oficinas e eventos. O projeto destaca como ponto forte a metodologia participativa de desenvolvimento local, o que leva ao empoderamento dos parceiros. Entre os pontos fracos, destaca a pouca experiência das organizações parceiras de atuarem 15


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coletivamente em rede, o que gera alternância de momentos de grande participação coletiva com momentos de esvaziamento. O Ponto de Cultura Ananin já realizou as oficinas de Inclusão Digital; Elaboração de Projetos e Captação de Recursos; Campanha e Ações Mobilizadoras; e Comunicação Comunitária. O plano de trabalho prevê ainda a realização das oficinas de Fundação e Gestão de OSCIP; Empreendedorismo Comunitário; Teatro; Produção audiovisual; Serigrafia; Dança; Grafitagem; e Interpretação do patrimônio artístico, cultural e natural. Ainda no seminário de planejamento os participantes decidiram os critérios de seleção dos pólos: 1) territorialidade regional (Marajó; Sul/Sudeste; Oeste/Tapajós; Metropolitatano/Nordeste e estado do Amapá); 2) representatividade de pontos no Pólo (adesão); 3) ampliação da rede para outros empreendimentos juvenis; 4) projeto inovador; 5) empreendedorismo (articulação de novas parcerias e captação de recursos, comprovação de capacidade de realização); 6) ter experiência reconhecida em ação com a juventude; 7) articulação de áreas temáticas dentro da rede; 8) estratégia de comunicação e mobilização em rede. Ao final do planejamento, os participantes elegeram a Comissão Paraense dos Pontos de Cultura, constituída pelos Pontos de Cultura Ananin, IAÇÁ, GAM, Cultura de Ouro, Museu do Marajó e Ponto no Xingu. Foram eleitos, também, os representantes do Pará na Comissão Nacional dos Pontos de Cultura, sendo eleitos Nilton Silva, do Ponto de Cultura Ananin (titular) e Jonilson Oliveira, do Ponto de Cultura “Cultura de Ouro” (suplente).

4.

ARTICULAÇÃO DA REDE

4.1

PÓLOS E FACILITADORES DA REDE Com objetivo de dinamizar e descentralizar as ações da rede nas regiões

aonde estão os Pontos de Cultura, o projeto Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil implementou duas ações previstas no projeto: a contratação de facilitadores e a instalação de pólos regionais. Após uma seleção pública, os facilitadores do projeto – cuja atribuição 16


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correspondia ao acompanhamento e auxílio das ações nos pólos – passaram a desempenhar suas funções no mês de julho, mobilizando e contribuindo para elaboração dos projetos dos pólos regionais. Cada pólo regional necessitou elaborar um plano de ação com objetivos e metas, correspondendo às macro-ações da rede, na região de abrangência dos pontos de cultura. O principal objetivo desses pólos regionais era de articular, em rede, os pontos de cultura e outros empreendimentos juvenis num dado território; executar projetos sócioculturais, com base nas macro-ações do Pontão, que dessem respostas aos desafios e necessidades sociais e culturais no local; bem como desenvolver ações de protagonismo juvenil. Foram selecionados quatro projetos de pólo regional: Pólo Trans-Xingu-Tapajós (Pontos de Cultura da OCA; Cultura Ribeirinha; Cultura de Ouro; e Ponto no Xingu), Pólo Marajó (Pontos de Cultura Música e Artesanato Marajoara; Reconquistando a Arte, a Cultura e a Cidadania no Marajó; e Encantamento do Boi-Bumbá), Pólo Metropolitano (Pontos de Cultura Ananin; Amazônico de Cultura Viva; Ampliarte; Mestre Cambota; IAÇÁ/NUCAP; Olhos de Ver Belém; Arraial do Saber; e Sementes do Umari) e Pólo Sul-Sudeste do Pará (Pontos de Cultura COMVIDA; e Galpão de Artes de Marabá). Os pólos regionais, cujos critérios de regionalização foram definidos no Seminário de Planejamento Estratégico, tiveram papel preponderante nas atividades de articulação da Rede, especialmente na mobilização e organização para o Fórum Social Mundial, das Oficinas de Comunicação Comunitárias, Seminários de Sensibilização em DELA e demais atividades realizadas nos quatro pólos da Rede. O Pólo-Trans-Xingu-Tapajós realizou no dia 30 de junho de 2008, na vila de Alter do Chão, em Santarém, a reunião de articulação e planejamento deste Pólo. Estiveram presentes os pontos de cultura da OCA (Santarém), do Xingu (Vitória do Xingu), Cultura Ribeirinha (Santarém) e Cultura de Ouro (Itaituba), além do representante da coordenação do Projeto Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, representante do Projeto Puraqué (Santarém) e algumas lideranças e artistas da comunidade de Vila de Alter do Chão. Alguns Pontos de Cultura, apesar da proximidade territorial, ainda não haviam se encontrado e discutido presencialmente. Assim, os participantes avaliaram aquele 17


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momento como um espaço importante para aproximações e articulação. O perfil das entidades deste Pólo consiste eminentemente na educação ambiental, na cultura popular e digital. Este perfil foi definido como o norte das ações a serem desenvolvidas pelo Pólo, com base numa metodologia de trabalho fundamentada nos princípios da gestão compartilhada, tendo o jovem como protagonista em todos os aspectos da gestão. Como estratégia, o Pólo Trans-Xingu-Tapajós definiu os encontros presenciais de formação, para os quais convergirão as reuniões de planejamento e gestão, a articulação e mobilização, a rede virtual e os eventos de compartilhamento comunitário. Para que os jovens participantes possam aprofundar sua ação protagônica e assim ampliar sua autonomia identitária, o Pólo Trans-Xingu-Tapajós estabeleceu como ações quatro dimensões: gestão compartilhada, formação continuada, encontros para troca de experiências, articulação em rede; presentes nas atividades desenvolvidas pelo Pólo, de forma integrada e integradora dos aspectos envolvidos, alinhadas à dinâmica das macro-ações do Pontão. O Pólo Marajó, diante da realidade da ilha do Marajó, com suas grandes distâncias, imensa precariedade em comunicação (telefonia e internet) e praticamente ausência total de transporte intermunicipal, os três Pontos de Cultura da ilha acordaram num projeto que proporcionasse o encontro e o diálogo entre jovens atores culturais dos três municípios através de um circuito de mostras e oficinas dos saberes e fazeres dos grupos participantes. Ao mesmo tempo, os quatorze jovens protagonistas desta expedição tiveram a oportunidade de conhecer municípios vizinhos, tão parecidos, porém desconhecidos até então para eles. O calendário foi montado de acordo com horários de barcos, navios e lanchas, e pretendia culminar com a realização da Oficina de Comunicação Comunitária do Pontão na cidade de Soure, após o término do projeto do Pólo, com os participantes das equipes e outros tantos jovens dos três municípios - dessa forma esperava-se contribuir para a construção da Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil a partir das relações interpessoais em construção nesses quinze dias intensos de viagens e trabalho. No entanto, com o rigor do inverno marajoara este ano – que deixou a estrada para Cachoeira no fundo ainda no final de março – aliado à impossibilidade de 18


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realização da oficina de comunicação comunitária em Soure, pela falta de telecentro equipado com software livre, nossa meta não foi plenamente alcançada, embora possamos calcular em mais de quinhentos os jovens envolvidos nas atividades do projeto, entre instrutores, alunos e o público presente nas apresentações. Assim, se a proposta do Pólo Marajó foi a de provocar o diálogo e integração entre jovens atores culturais através dos Pontos de Cultura, em parceria com outras instituições nos municípios envolvidos, podemos dizer que o resultado do projeto é positivo e extremamente satisfatório para a coordenação. Para os participantes, instrutores e alunos, a realização das ações projetadas pelos grupos durante esses quinze dias irá mostrar o acerto, ou não, da premissa em que nos baseamos – o Marajó precisa se conhecer, e isso será possível através de ações de uma juventude protagonista de sua própria história, consciente de suas tradições e de sua cultura, e com o conhecimento e domínio das novas tecnologias de comunicação. Os Pontos de Cultura do Pólo Metropolitano não percebiam as possibilidades de compartilharem suas experiências e de construir parcerias para um melhor desempenho em suas atividades individuais. Mesmo com uma relativa aproximação territorial, os encontros na formulação e na execução de novas propostas entre esses projetos eram infreqüentes. A partir da Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, o pólo decidiu adotar como estratégia o compartilhamento de experiências e conhecimentos, com vistas a gerar novas possibilidades e empreendimentos, além de aproximar os Pontos de Cultura desta região. Diversos encontros foram realizados, com vistas no aperfeiçoamento dos projetos e atividades culturais coletivas para potencializar e difundir os produtos dos Pontos de Cultura. Com

o

Pontão,

abriram-se

oportunidades

de

complementaridade

e

aproximações de ações similares, até então desconhecidas, desconectadas. A exemplo dos infocentros do NAVEGAPARÁ e as Oficinas de Comunicação Comunitária, contribuindo para a expansão das riquezas culturais, antes isoladas apenas nos Pontos de Cultura. O Pólo Metropolitano, também coordenou as atividades na Maloca Sociocultural da Juventude, durante o Fórum Social Mundial, que foi o ponto de 19


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encontro entre todos os membros e parceiros do Projeto. Apoiado no diagnóstico do Mapas da Rede, em que apontava como uma das principais demandas dos Pontos de Cultura a necessidade de um maior conhecimento na utilização de software livre para a produção em audiovisual, o Pólo Metropolitano, em parceria com o Coletivo Puraqué, realizou duas atividades para suprir essa demanda: A Jornada de Software Livre e a Oficina de Edição em Cinelerra e Kino. A disponibilidade da Agenda foi publicada nos meios de comunicação da Rede (portal, lista, e-mail e telefonemas dirigidos), sendo demandado atividades por dois pontos de cultura (Olhos de Ver-Belém e Ponto de Cultura Ampliarte (distrito de Mosqueiro) e pela rede Mocambos. No Ponto de Cultura Olhos de Ver-Belém, da Associação Fotoativa, foi feita uma palestra de sensibilização e esclarecimentos sobre a filosofia e aplicabilidades do software livre nos pontos de Cultura. Experimentalmente, um dos computadores deste Ponto de Cultura foi formatado e instalado o sistema operacional Linux e o pacote de aplicativos Ubuntu, ao mesmo tempo em que eram repassadas instruções sobre como fazer instalação de software livre. No dia seguinte a delegação deslocou-se para a ilha de Mosqueiro para atender a demanda do Ponto de Cultura Ampliarte. Lá também foi feita palestra de sensibilização e esclarecimentos sobre a filosofia e aplicabilidades do software livre em pontos de Cultura. Lá foi ealizada uma oficina de Meta-reciclagem e instalado o sistema operacional Linux e o pacote de aplicativos Ubuntu em alguns computadores. Seguindo a mesma metodologia, também foram repassadas instruções sobre como fazer instalação de software livre. A jornada durou o dia inteiro e contou com a participação, além dos coordenadores e oficineiros do Ponto de Cultura, dos participantes das oficinas ministradas pelo ponto, composta por jovens e adultos. Pólo Sul-Sudeste do Pará O Pólo Sul-Sudeste, composta pelos Pontos de Cultura Galpão de Artes de Marabá e pelo Ponto de Cultura COMVIDA, de Rondon do Pará, realizaram um 20


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projeto apoiado em diálogos socioculturais tendo como tema as redes culturais e sobre juventude que reuniram dezenas de grupos e instituições culturais da região, articulados pelos dois pontos de cultura. Além de levantar o perfil, as experiências e as expectativas futuras desses grupos, os diálogos serviram para articular parcerias entre esses grupos. Um dos resultados mais visíveis foi a intensa colaboração experimentada entre os bairros marabaenses do Cabelo Seco, Liberdade e São Félix. Essa colaboração se estendeu para os municípios de Parauapebas, Eldorado do Carajás e Canaã do Carajás, criando um corredor cultural que teve como uma das suas expressões mais recentes a realização do projeto Rios de Encontros – Fórum Carajás de Cultura Solidária. O projeto foi premiado pelo Edital Areté – Eventos em Rede, apresentado pelo GAM com a anuência de vários parceiros da Rede. A realização mobilizou milhares de pessoas e vários parceiros sociais e institucionais, inclusive de outros municípios além dos quatro que se integram como “corredor cultural”.

Vários frutos já estão sendo colhidos, inclusive com a

apresentação e seleção de projetos em editais públicos. Sensibilizado com a concepção de pontos de cultura, a Prefeitura de Parauapebas, através da Secretaria de Cultura, está implantando mais 9 pontos de Cultura em um formato novo, em parceria direta com comunidades dos bairros desse município. A colaboração em Rede permitiu a realização da Oficina de Formação Agentes de Memória Local (usando a metodologia do Museu da Pessoa/Brasil Memória em Rede), uma importante articulação que ampliou as ações de memória para Sul e Sudeste do Pará e também a capacitação de agentes culturais na região para elaboração de projetos culturais, visando a elaboração de projetos para o edital estadual de pontos de cultura. Em Rondon do Pará, foi realizado uma campanha de sensibilização para montagem dos fóruns juvenis voltados para a participação da juventude como formuladora e beneficiária das políticas públicas. Essa campanha contou com um spot de rádio veiculado na única rádio comunitária gerida por um ponto de cultura no Pará, a Rádio FM COMVIDA de Rondon do Pará.

4.2

PORTAL 21


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Layout O layout do portal foi desenvolvido com o propósito de transmitir a informação de forma ágil e elegante, facilitando os elos de ligação com o usuário, numa linguagem condizente com os objetivos do portal, em ser uma ferramenta de comunicação em rede voltada para a juventude, seguindo os padrões dos grandes portais: colaborativo, funcional e de fácil navegabilidade e usabilidade. O layout foi pensado em cinco partes: cadastro e acesso a documentos; conteúdos multimídia; produção da rede (projetos, rádio, tv e galeria de fotos); Noticias e colaboradores; e relacionamentos da rede (fórum, chat, enquete, blog, parceiros, etc). Ao abrir o portal, o internauta visualiza, de imediato, campos para login ou cadastro. A nevegação no portal é livre, mas algumas poucas funcionalidades, como postagem de conteúdos, são exclusivas à usuários logados. São também visualizadas as logomarcas da Rede Juvenil, dos Argonautas, a logo da rede de Pontos de Cultura, do Fundo Nacional de Cultura, do Programa Cultura Viva e do Ministério da Cultura. As abas “página inicial”, “eventos”, “capacitação”, “download” e “fale conosco” aparecem de forma discreta, pois são destinadas para usuários mais cativos. Cada usuário cadastrado no portal pode participar de fóruns, visualizar, postar, comentar e votar em conteúdos, exercitando a característica colaborativa do portal. Logo de início tem uma área de destaque (Rede Juvenil – Destaque) com as quatro funções mais utilizadas pelos usuários: foto, áudio, vídeo e texto. Essas áreas são integradas com a rádio web e webtv e os spots e vídeos selecionados pelos administradores são disponibilizados em podcasting para acesso e download. A exibição destes conteúdos é feita de quatro maneiras: por destaque, +recentes, +votados, +comentadas. A produção da rede tem quatro áreas específicas: A Rádio e TV Juventude são áreas moderadas pelos administradores da rede que selecionam os conteúdos publicados nas áreas de livre postagem por usuários logados. O campo “Projetos em Rede”, um importante banco de projetos da Rede que também pode ser visualizado por destaque, +recentes, +votados, +comentados. 22


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A área de notícia foi formatada para que os usuários possam para publicar notícias no portal. A área de notícia é moderada pelos administradores da Rede que elegem o que fica em destaque. Quem posta recebe uma mensagem de que a notícia será analisada pelos administradores da rede. Enquanto não é liberado, o post fica visível no perfil de cada usuário com o status “aguardando publicação”. Logo abaixo da tarja de notícia fica a tarjeta de “colaboradores” com área para acesso e cadastro. Os últimos colaboradores cadastrados aparecem em destaque. No link +Colaboradores pode ser visualizados todos os colaboradores cadastrados. Os conteúdos publicados ficam disponíveis no campo “Meu Perfil”, área restrita de cada colaborador onde o mesmo pode fazer edição e exclusão de conteúdos. Com base no número de comentários registrados por cada usuário, o sistema é capaz de listar aqueles que são os mais participativos. Na área de relacionamentos da rede são disponibilizados ferramentas de fórum, chat e enquete onde os usuários podem se relacionar. As características técnicas do fórum incluem a participação livre da sociedade, apesar de requerer o registro dos participantes. A moderação orienta o debate dentro de regras préestabelecidas e a administração trata da gestão dos usuários, sejam eles moderadores ou não. Os administradores podem criar webconferência, solução que permite o contacto visual e sonoro entre pessoas que estão em lugares diferentes, dando a sensação de que os interlocutores encontram-se no mesmo local. Permite não só a comunicação entre um grupo, mas também a comunicação pessoa-a-pessoa. Também pode ser acessada a lista completa de todos os blogues de usuários e a lista completa dos pontos de cultura do Pará. Administração e gerenciamento de conteúdo O sistema de administração é composto por um conjunto de ferramentas e recursos através dos quais pessoas autorizadas poderão administrar o conteúdo do portal, bem como os módulos que o compõe. Este sistema é restrito a usuários com perfil de administrador e somente é acessado através de autenticação realizada por meio de senhas. As senhas são, por

23


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razões de segurança, armazenadas e criptografadas no banco de dados. Mas a inserção, alteração e remoção de conteúdo são realizadas de forma simples e ágil, dispensando a necessidade de mão-de-obra especializada ou conhecimentos técnicos de programação. Módulo de informações institucionais História: Relatos históricos, galeria de fotos, áudio e vídeos; Documentos públicos: Notas oficiais, resoluções, notas públicas, relatórios técnicos e demais documento de interesse público; Documentos internos: Comunicados, convocações, ofícios, resoluções orgânicas, planejamento estratégico, estatísticas e demais documento; Material para download: Manuais, papéis de parede, vinhetas e aberturas para produção de programas, programas produzidos, fotos em alta resolução para uso em jornais, revistas, logomarcas, entre outros. Módulo de Links Seção de divulgação de sites relacionados às suas atividades, produtos e serviços de interesse da Rede. Relatórios Relatórios mensais, ou quando solicitado, com informações detalhadas sobre o tráfego do portal e as iniciativas de marketing através de gráficos.

4.3

VÍDEO VOZES JOVENS DA AMAZÔNIA O vídeo Vozes jovens da Amazônia tem por objetivo registrar e documentar a

vida e o cotidiano de jovens de diferentes realidades nesse grande e diverso território que é a Amazônia. A partir da fala e da história de vida de cada jovem entrevistado, tenta desvelar os anseios, desejos, medos, tristezas, alegrias, conflitos, particularidades, significados e resignificados da juventude amazônica. Conversa-se com jovens ribeirinhos, quilombolas, indígenas, do campo, da cidade, trabalhadores, estudantes, missionários, infratores, rapers, rockeiros, bregueiros ... onde o fio 24


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condutor dessa conversa é um entrelaçados de memórias e oralidades que convergem para uma interrogação: O que precisa mudar na minha cidade para a vida melhorar de verdade? Com este documentário pretende-se mostrar a força de vontade e a sagacidade da juventude em sempre buscar um futuro melhor para você e sua família. Também traz a tona para o Brasil traços marcantes da identidade e da diversidade cultural amazônica. O vídeo foi realizado por jovens paraenses através de oficinas de Comunicação Comunitária (COMCOM) ministrada pelo Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil (ou Rede Juvenil), onde os mesmos participaram de todo o processo de produção do vídeo, entrevistando outros jovens de diferentes regiões do Pará e da Amazônia. O documentário mostra cenas da vida e do cotidiano de jovens que vivem na região amazônica. Estes relatos e oralidades, coletados através de entrevistas e/ou dinâmicas de grupo realizadas nas oficinas de COMCOM conhecidas como Círculos de Histórias de Vidas, nos permite ter uma visão sobre a grande diversidade cultural que compõe a chamada identidade regional amazônica. Foram registradas histórias de luta, de vitórias, de derrotas, de busca da liberdade, de ostracismo social, de violência, de paz, de abusos, de justiça, de omissões, de atitude, de protagonismo. As diversas formas de falar, de se expressar artística e politicamente, de crenças, de preferências, de ideologias de vida serão mostradas a todo o país e ao mundo. Não emitimos juízos de valores, ou mesmo julgamos atitudes como certo ou o errado, evitando qualquer concepção maniqueísta, e sim trazer a tona a discussão sobre a situação de exclusão social que a maior parte da população jovem da Amazônia se encontra hoje, que não é muito diferente do contexto nacional, todavia, existe algo que é inerente ao “espírito jovem” que precisa ser mostrado, que é força de vontade e o desejo de mudança. Assim, buscamos relatos de atitude, participação e protagonismo juvenil que nos tragam alguma reflexão social, pois acreditamos que uma história de vida pode mudar sua forma de ver o mundo. Dessa forma, o vídeo interage com princípios de Memória e Identidade Cultural, Protagonismo e Empreendedorismo Social, Comunicação, Inclusão Digital e Novas Mídias, Liberdade e Expressão Artística, Articulação em Rede, Participação e Desenvolvimento Local. 25


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O processo de distribuição e exibição do vídeo se dará principalmente através da parceria com vários Pontos de Cultura espalhados pelo Estado do Pará e do Brasil, movimentos e entidades estudantis e juvenis (como UNE, CUCA’s, DCE’s, Grêmios estudantis ,cine-clubes, etc), e de festivais de cinema e vídeo nacionais e internacionais.

5.

II FÓRUM PARAENSE DOS PONTOS DE CULTURA Nos dias 17 e 18 de outubro de 2008, os 17 Pontos de Cultura do Pará se

reuniram em Belém, no II Fórum Paraense dos Pontos de Cultura, que foi coordenado pela Comissão Paraense dos Pontos de Cultura e pelo Pontão Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, contou com o apoio do Ministério da Cultura e da Secretaria de Cultura do Pará.Este Fórum possuiu como objetivo, subsidiar as discussões do Pará na TEIA 2008 e teve como resoluções. Um dos assuntos que teve bastante destaque foi o da ESTADUALIZAÇÃO DOS PONTOS DE CULTURA. Foi discutido que estado e os municípios precisam viabilizar a execução do censo das manifestações culturais, através dos Agentes de Saúde, Pontos de Cultura, Associações, Igrejas e Entidades públicas para se fazer a distribuição mais justa de Pontos de Cultura nas regiões; Buscar parcerias e comunicações entre governos e ministérios para operacionalizações mais eficazes; Maior assessoramento para a prestação de contas dos Pontos; Incluir os pontos conveniados ao MinC na rede de Pontos do Pará, gerida pela SECULT; Discussão sobre a criação da lei estadual para o Cultura Viva e os Pontos de Cultura; Acrescentar na proposta de reformulação do edital, garantir no mínimo 6 (seis) vagas cativas para população quilombolas e indígena; Maior envolvimento dos Pontos e outras organizações sociais na mobilização de grupos e iniciativas culturais para participarem do processo de seleção para Editais e Controle Social dos recursos; Criação e distribuição de Cartilha para orientação na construção do projeto e definição das diretrizes do Cultura Viva/Mais Cultura pela SECULT no novo edital à exemplo do que o MinC fez; Criação da Associação dos Pontos de Cultura do Estado do Pará; Aumento do orçamento para a cultura no estado e nação; Garantir a Gestão Compartilhada na pactuação federativa (União/Estado/Municípios) e 26


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Sociedade; Campanha permanente de sensibilização ao governo e sociedade civil à transversalidade da Cultura nas várias dimensões da vida e da atividade humana. Ao final do II Fórum Paraense de Pontos de Cultura, os presentes votaram pela continuação dos representantes Nilton Silva (Ponto Ananin) e Jonilson Oliveira (Cultura de Ouro) na Comissão Nacional dos Pontos de Cultura, assim como a Carta de Belém para a TEIA 2008.

6.

NIVELAMENTO EM DESENVOLVIMENTO LOCAL AMAZÔNICO PARA OS

FACILITADORES Fundamentos e Pressupostos: No dia 20 de outubro de 2008, na Sede dos Argonautas Ambientalistas da Amazônia, foi realizado a oficina de Nivelamento dos facilitadores da Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, para que estes desenvolvessem as atividades nos pólos estabelecidos da Rede Juvenil. Inicialmente abordamos os fundamentos e pressupostos da metodologia do Desenvolvimento Local Amazônico-DELA, enfocando os seguintes aspectos: Ter uma visão geral sobre as teorias do desenvolvimento, tendo os objetivos da capacitação voltados para a uma nova formação política focada na participação e na consolidação da democracia. O uso dessa estratégia do desenvolvimento local na Rede Juvenil constitui a socialização de conhecimentos, uma nova visão de sustentabilidade, novos laços democráticos, uma vez que traz em sua essência a formação de redes sua ampliação para boa convivência e construção de ambientes favoráveis para todos. O resultado do protagonismo da Rede Juvenil a partir da estratégia desenvolvimento local amazônico será de uma nova arquitetura capaz de construir um novo paradigma de políticas públicas para região, gerado pelo sistema de convivência entre pessoas livres e iguais num processo de conversação permanente a partir de projetos em comum, instituído pela trama dessa rede.  COOPERAÇÃO-Capital

Social: A essência da cooperação para o 27


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desenvolvimento Aplicada ao desenvolvimento, a cooperação é a ação conjunta de agentes autônomos para atingir objetivos convergentes. Sua essência é a valorização do outro como complementar. Abrir-se para o diferente é que possibilita a comunhão desveladora das complementaridades, que agregam ao outro o que falta a cada um. Exercitando a pluralidade, a cooperação mobiliza os tesouros da diversidade. Por outro lado, a comunhão com outro pressupõe autonomia de cada um. Em vez de dissolver a identidade das partes, a cooperação a reforça. Ela requer identidades potentes, que só existem se baseadas na autonomia de cada agente. Portanto autonomia é requisito para a cooperação. Autonomia capaz de resistir a todas as investidas heteronômicas, externas ou internas, sejam elas advindas dos poderes, das ideologias ou das próprias ilusões. Cooperar significa respeito a si e ao outro; ver-se e ver o outro, ter auto e heteroestima. Neste sentido, a cooperação se dá em relações entre pessoas e/ou grupos diferentes, que tenham autonomia e interesses convergentes. Só ocorre se estas condições forem sentidas, compreendidas e respeitadas permanentemente por todos os envolvidos em seu processo. Os cooperantes não tem que ter necessariamente todos os seus interesses em comum. Vários deles podem ser divergentes. Basta que seja percebida a convergência de alguns interesses para que se crie a base sobre a qual se dará a cooperação. Neste tipo de relação não é indispensável o consenso; o consenso é suficiente. Na cooperação para o desenvolvimento, a horizontalidade é requisito, independentemente dos graus diversos de poder que os cooperantes possam ter fora dela. Se, por qualquer razão, a verticalidade se intromete na relação, a cooperação se interrompe ou se deforma. Por ocorrer apenas nas interfaces e interseções dos agentes, a cooperação para o desenvolvimento não viola suas identidades. É isso que a torna possível, por exemplo, entre adversários políticos, concorrentes políticos e países soberanos. Cooperação para o desenvolvimento não é o mesmo que colaboração, 28


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solidariedade ou fraternidade. Pode contê-las, mas as transcende. Enfim a cooperação para o desenvolvimento é uma relação que se estabelece entre agentes individuais e/ou coletivos, de identidades diferentes, com interesses próprios, alguns divergentes e outros convergentes, cujas ações beneficiam todas as partes que cooperam e o todo no qual estão inseridos os cooperantes. Além de colágeno social, a cooperação é também energético econômico. Cooperação na concepção de desenvolvimento A cooperação interage com a democracia, o empreendedorismo e atuação em redes em uma dinâmica que se assemelha à que mantém e desenvolve os seres vivos: gera e é gerada, nutre e é nutrida, organiza e é organizada, regula e é regulada. A cooperação promove e requer modos de regulação democráticos nas relações que estabelece entre diferentes; horizontalidade de seu funcionamento cria padrões de organização redes e é fortalecida por eles e, na ação, potencializada pelo espírito empreendedor de agentes conscientes de sua autonomia. Esta dinâmica pode gerar as energias alimentadoras de uma nova cultura, capaz de promover a transformação sistêmica que leve ao desenvolvimento humano, social e sustentável.  EMPREENDEDORISMO-Capital Humano

A cada dia que passa mais e mais pessoas se convencem de que o capital humano é dos principais fatores do desenvolvimento. E que um dos principais elementos do capital humano é a capacidade das pessoas de fazer coisas novas, exercitando a sua imaginação criadora – o seu desejo, o sonho e visão- e se mobilizando para adquirir os conhecimentos necessários, capazes de permitir a materialização do desejo, a realização do sonho e a viabilização da visão. Isso tem um nome chama-se empreendedorismo. Empreendedorismo está sempre ligado a inovação e depende da liberdade das pessoas para criar e da sua ousadia de inventar. Empreendedorismo é uma noção que nasceu no meio empresarial. Mas hoje já estão sendo tratados outros tipos de empreendedorismo, como o governamental e 29


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o social. Também já é considerado o intra empreendedorismo, aquele tipo exercitado por membros da organização no sentido de renová-las ou reinventá-las. Fala-se também de empreendedorismo cívico, como aquele que articula sinergias entre as três esferas da realidade social – o Mercado, o Estado e a Sociedade Civil – atuando nas interseções entre as esferas, promovendo articulações, parcerias e, às vezes, até simbioses entre iniciativas oriundas de setores distintos. Até agora, entretanto, faltava considerar um outro tipo de empreendedorismo sem o qual, a rigor, nenhuma mudança pode ser feita em sistemas complexos composta por agentes diversos, com opiniões e interesses diferentes, que interagem em termos de competição e colaboração – sistemas que tanto podem ser organizações quanto sociedades. Esse novo tipo de empreendedorismo, que se refere ao modo como as pessoas se organizam e regulam os conflitos decorrentes do entrechoques de opiniões e interesses, podemos chamar de empreendedorismo político. O empreendedorismo político diz respeito ao poder, mas não se realiza como ação instrumental para conquistar e manter o poder. Uma vez que o empreendedorismo tem a ver com inovação, ele não se presta a conservação do status quo e sim sua mudança. Inovação política é sempre uma mudança no padrão de organização e no modo de regulação. Sem empreendedorismo político não pode haver desenvolvimento, porque desenvolvimento implica sempre mudança nas relações entre pessoas de uma organização ou de uma sociedade. O empreendedorismo político é um movimento para criar condições favoráveis à realização de um projeto. Mas o projeto que resulta desse movimento nunca é, exatamente aquele que estava na cabeça do empreendedor político e sim o resultado de múltiplas interações do seu projeto com os demais projetos dos outros agente do sistema. O desafio do empreendedor político é fazer com que a resultante da interação de todas as opiniões e interesses presentes no sistema aponte para uma direção que se aproxime daquela para o qual aponta o seu projeto- fruto do seu desejo, do seu sonho e da sua visão. 30


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 REDES-Padrão de Organização

O Brasil, muito recentemente, tem descoberto a potencialidade da rede como forma ou estrutura de organização capaz de reunir pessoas instituições em torno de objetivos comuns. A rede é um padrão de organização que prima pela flexibilidade e pelo dinamismo de sua estrutura; pela democracia e descentralização na tomada de decisão; pelo alto grau de autonomia de seus membros; pela horizontalidade das relações entre seus elementos. Ao contrário dos tipos tradicionais de organização social ( cujo organograma é sempre uma variação da forma da pirâmide) nos quais o poder está sempre concentrado em apenas um ou alguns poucos pontos, a rede opera por um processo de radical desconcentração do poder. “A morfologia da rede (...) é uma fonte de drástica reorganização das relações de poder”, afirma Manuel Castells. O binômio desconcentração do poder/rede tem implicações diretas no debate sobre desenvolvimento local integrado e sustentável, uma vez que não se acredita que um processo de desenvolvimento possa ser sustentável no longo prazo se não houver horizontalidade no processo e empoderamento dos atores responsáveis por conduzi-lo. A idéia do “empoderamento” é a base do conceito de capital social. Este pressupõe a capacidade dos atores de agenciar processos de autonomia individual e coletiva e de estabelecer articulações de natureza política. Certamente de nada adianta – para fins de desenvolvimento humano e social, de caráter includente e emancipatório – se essa capacidade estiver concentrada nas mãos de um só agente. Para ser includente e emancipatório, um processo de desenvolvimento necessita disseminar a capacidade de fazer política, quer precisa democratizar a política e o poder. É preciso, assim, ampliar a base dos agentes decisores, multiplicar o número de agentes capazes de poder e manter essa base em ritmo contínuo de expansão. O que faz da arquitetura de rede uma rede é seu modo de funcionamento. No caso nos importa aqui: um modo de operar que contemple, pressuponha e atualize a autonomia dos membros da rede; que faça da horizontalidade, da descentralização, do “empoderamento” e da democracia uma ética de operação. Redes são uma forma de organização que implica um conteúdo de natureza 31


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emancipatória e não outro. Redes são a tradução, na forma de desenho organizacional, de uma política de emancipação. Não pode haver distinção entre os fins dessa política e os meios para empreendê-la.  DEMOCRACIA- Padrão de Regulação:

A Democracia é um conceito historicamente construído, quer dizer, vem acumulando,

ao

longo

dos

tempos,

diversas

significações.

O

conceito

contemporâneo de Democracia deriva de três grandes tradições do pensamento político: •

O pensamento grego, onde tem origem a teoria clássica das formas de governo, distinguindo a Democracia (governo do povo, da maioria) da Aristocracia (governo de poucos) e da Monarquia (governo de um);

O pensamento romano, onde tem origem a teoria da soberania popular, estabelecendo a premissa de que todo poder emana do povo e em seu nome é exercido;

O pensamento político moderno do ocidente, inaugurado por Maquiavel, que distingue as formas de governo entre Monarquia (ou principado) e República, associando o conceito de Democracia à concepção de República Popular

A Democracia é imprescindível para distribuição do conhecimento e do poder, que, por sua vez, são fatores constitutivos do processo de desenvolvimento. Sem Democracia, prevalece a cultura adversarial, onde a política é uma arena de competição permanente pela derrota e eliminação definitiva do “outro”. Sem Democracia, não existe a possibilidade de convivência entre diferentes, não existe tolerância, não existe respeito ao pluralismo e à diversidade. Sem Democracia, não existe a possibilidade de concertamento entre interesses, da construção de consensos, da negociação de acordos, pactos e alianças. Tudo isso resulta em elevados custos de transação, em baixos níveis de confiança e cooperação. Sem Democracia, não existe a possibilidade de crescimento do Capital Humano e do Capital Social. Portanto, sem Democracia, não pode haver Desenvolvimento Humano, Social e Sustentável. 32


RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO - PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

METODOLOGIA PASSO A PASSO: •

1º PASSO: SENSIBILIZAR PARA CONQUISTAR O processo de mobilização dos diversos protagonistas começa com a

sensibilização das lideranças locais, especialmente aqueles que lideram organizações sociais (associações, sindicatos, cooperativas, grupos culturais, juvenis, igrejas etc), os agentes públicos (coordenadores de programas ou políticas públicas, gestores de secretarias municipais, vereadores, prefeito e vice-prefeito, diretores e coordenadores escolares etc) e os formadores de opinião (líderes informais, produtores culturais, antigos moradores, jovens que se destacam etc). •

2º PASSO: OFICINA DE PACTUAÇÃO DA “VISÃO DE FUTURO” O primeiro desafio da Rede de Protagonismo Local será realizar a

Oficina para pactuação de uma “Visão de Futuro”, coordenada pelo grupo de facilitação. Nessa oficina os participantes serão estimulados a sonhar um futuro desejado para a localidade tendo como horizonte estratégico o prazo de 10 anos. Essa Oficina tem grande relevância para nosso objetivo de fazer da Rede de Protagonismo Local uma “comunidade de projeto”, ou seja, num grupo que incide diretamente sobre a transformação da comunidade. Nenhuma comunidade se forma sem recontar (ou reinterpretar) o seu passado. A leitura que uma coletividade qualquer faz do seu passado é determinante para indicar se essa coletividade atingiu ou não o status de uma “comunidade de projeto”. Em outras palavras, o passado deve ser (re)visto de uma determinada forma para produzir o futuro almejado (um futuro alternativo à repetição do passado no presente). Nele devem ser plantadas as sementes da alternativa que queremos ver florescer no futuro. •

3º PASSO: REALIZAR O DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO LOCAL A realização do Diagnóstico Participativo Local é um momento muito

33


RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO - PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

rico para o processo de promoção do protagonismo, pois permite o (re)conhecimento

das

potencialidades

e

das

dificuldades

para

o

desenvolvimento da comunidade. O momento de realização do Diagnóstico Participativo Local é também o momento de romper com a visão de muitos que acreditam que um diagnóstico é dado pela colagem de um grande número de dados e informações obtidos de forma pontual por um pequeno grupo de pessoas, ou então por aqueles que acreditam que o diagnóstico deve ser feito por uma equipe técnica de especialistas. •

4º PASSO: ELABORAR O PLANO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL A escolha da Vocação ou Eixo orientador do Plano Esse é um momento decisivo para a comunidade, pois aqui estarão

sendo definidos os passos para concretização do futuro, ou seja, as ações a serem implementadas para superação dos obstáculos e aproveitamento das oportunidades identificadas no Diagnóstico. Tais ações devem ser baseadas, fundamentalmente, na utilização dos próprios ativos, ou seja, aquelas que a comunidade poderá executar com recursos próprios ou buscando parcerias com outros atores com quem se relaciona. O objetivo estratégico será atingir a Visão de Futuro da comunidade e o horizonte temporal para o Plano será de 10 anos. •

5º PASSO: PACTUAÇÃO DE UMA AGENDA DE PRIORIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL A implementação do Plano de Desenvolvimento Local deve ser

buscada permanentemente, mas é necessário garantir os passos iniciais para isso. A Agenda de Prioridades é um instrumento de hierarquização das ações do Plano e de sistematização de mecanismos para sua execução a partir de um pacto entre os diversos atores integrantes da Rede de Protagonismo Local. •

6º PASSO: ANDANDO COM AS PRÓPRIAS PERNAS

34


RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO - PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

Para que o Plano de Desenvolvimento Local não seja um documento meramente referencial, que termine na gaveta ou no rol de boas idéias das instituições e das pessoas, mas para que seja factível e mobilize de fato a comunidade para sua implementação, a Rede de Protagonismo Local deve executar a primeira ação do Plano. Essa ação deverá ser escolhida dentre as “prioritárias” pactuadas anteriormente e deve ser possível sua implementação com recursos próprios da comunidade através dos diversos parceiros e membros da Rede. Ou seja, não deve ser uma ação para a qual se necessita da ajuda de atores externos. Com a formação estabelecida em dois eixos norteadores: fundamentos e pressupostos e a metodologia passo a passo, os facilitadores tiveram a iniciação com a estratégia do desenvolvimento local amazônico, na qual puderam desenvolver melhor suas aptidões ao decorrer do projeto Rede Juvenil.

7.

CNPdC E TEIA 2008 O Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, através dos

Argonautas, sempre foi protagonista no apoio à organização da representação dos pontos de cultura do Pará junto aos órgãos colegiados da rede de pontos de cultura, como na Comissão Nacional de Pontos de Cultura (CNPdC) e no Fórum Nacional de Pontos de Cultura, que se reúne durante a Teia. Por dois mandatos consecutivos, representamos o Pará na CNPdC através do gestor Institucional dos Argonautas, Nilton Silva. Na Teia 2008, realizada de 12 a 16 de novembro de 2008, a primeira que foi organizada pelos pontos de cultura, através da Comissão, tivemos um ação decisiva na organização da delegação do Pará. Organizamos, em conjunto com a Comissão Paraense de Pontos de Cultura (CPPC), o II Fórum dos Pontos de Cultura do Pará; mobilizamos e orientamos a inscrição dos pontos e validamos a lista de delegados. Pela primeira vez todos os pontos e pontões de cultura garantiram inscrição na Teia, superando as repetidas desarticulações das teias anteriores e que deixavam muitos pontos de cultura de fora da Teia por falta de informação e passagens.

35


RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO - PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

Na Teia2008 participamos dos debates dos GTs e tivemos mais dois representantes de pontos de cultura do Pará eleitos para a CNPdC (os efetivos nos GT Rádio Comunitárias e GT Pontões e Redes, sendo neste representado pelo Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil), além da reeleição dos dois representantes que já tínhamis na CNPdC (representação do Pará GT Amazônico), totalizando três membros do Pará ligados ao Pontão Rede Juvenil. Acompanhamos a elaboração do edital e a seleção dos novos pontos de cultura do Pará. A CPPC indicou um representante e o representante do Pará na CNPC também foi convidado para participar da Comissão de Seleção do Mérito que selecionou mais 60 pontos de cultura.

8.

OFICINA

DE

CAPACITAÇÃO

EM

DESENVOLVIMENTO

LOCAL

AMAZÔNICO E CURSO DE FORMAÇÃO SOCIOPOLÍTICA DA JUVENTUDE No período de 14 a 16 de janeiro de 2009, os Pontos de Cultura, entidades governamentais e parceiros, foram convocados à participarem de duas atividades do Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, sendo a Oficina de capacitação na metodologia DELA – Desenvolvimento Local Amazônico, que possuía como objetivo a transferência desta tecnologia para aplicação nas ações dos Pontos de Cultura e, também, o curso de formação sociopolítica da juventude, levando em consideração que o projeto tem como principal objetivo articular os Pontos de Cultura. Na abertura oficial do dia 14 de janeiro de 2009, participaram da mesa as seguintes autoridades: Delson Cruz (Representação Norte do Ministério da Cultura), Carlos Henrique (Secretaria Estadual de Cultura – SECULT), Margareth Godin (Fundação de Cultura Curro Velho), João Cláudio Arroyo (Fórum Paraense de Economia Solidária) e Nilton Silva (Argonautas Ambientalistas da Amazônia). Após solenidade de abertura, dentro da programação do curso de formação sociopolítica da juventude, os convidados assistiram à palestra do cientista político Dr. Edir Veiga, que expôs a formação do Estado, do sistema democrático, do poder do voto, da representação, desde a Grécia antiga, tudo para ilustrar o momento

36


RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO - PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

contemporâneo e onde as organizações não-governamentais e os Pontos de Cultura encontram-se. O debate contribuiu para enfatizar a posição destas organizações frente à sociedade e como é necessária a articulação entre esses grupos organizados para a construção de uma nova sociedade. Entendendo que os Pontos de Cultura são instrumentos para a efetivação do processo de reconstrução do sistema democrático brasileiro, neste sentido, faz-se de extrema importância a formação do diálogo entre estes atores sobre esses temas. Durante esses dias de atividade, o especialista em dinâmicas de grupo Abel Lins, contribuiu para sensibilizar os participantes, de forma lúdica, sobre os assuntos tratados após as exposições. A parte da tarde do primeiro dia de curso e oficina teve com ponto de destaque a apresentação do Estado da Arte da Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, entendendo o Estado da Arte como a contextualização da rede em suas mais variadas formas de expressão e integração. Para o expositor Luã Gabriel, o objetivo final da rede é articular, em rede, os 17 Pontos de Cultura do Pará a partir de ações de protagonismo juvenil e empreendedorismo social, visando desenvolvimento local. Essas ações estratégicas devem se dar através de quatro pólos regionais. (Metropolitano, Sul-Sudeste, Marajó, Transxingu-Tapajós). Uma ação estratégica é o empoderamento de jovens para que sejam protagonistas de processos sócio-políticos e construam o desenvolvimento sustentável em sua localidade, contando com parcerias pública e/ou privadas, mas, principalmente,

com entidades e movimentos sociais

organizados no ambiente social. A

rede

tem

como

metodologia

norteadora

a

tecnologia

DELA

-

Desenvolvimento Local Amazônico, onde a rede é a grande fomentadora da formação e informação dos jovens protagonistas da Amazônia. Nesses 8 meses de atuação a rede consolidou algumas ações entre as quais: a articulação da rede em si; a construção de uma relação institucional com parceiros estratégicos da sociedade civil e do governo; criação e consolidação dos pólos: Metropolitano, Transxingu-Tapajós, Sul-Sudeste e Marajó; a realização do I e II Fórum Paraense dos Pontos de Cultura, a participação na TEIA 2008, a instauração 37


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do Portal e a criação da lista de comunicação virtual da rede e ainda há a preparação da participação dos Pontos de Cultura no Fórum Social Mundial 2009, onde se pretende utilizar um ambiente próprio para as manifestações dos pontos do Pará e de outros estados. Para este primeiro semestre foram previstas as Oficinas de Comunicação Comunitária, entre fevereiro e abril de 2009, a conclusão do diagnóstico dos movimentos, redes, pontos, grupos e empreendimentos de juventude nos pólos de atuação dos pontos de cultura e a realização do curso avançado em Software Livre. Exposto o Estado da Arte da rede, os agentes participaram com perguntas e informações com a finalidade de tornar mais claro o norte da rede. As expectativas se mostraram muito positivas diante do desafio de se fortalecer a rede amazônica de protagonismo juvenil em direção ao desenvolvimento local, sustentável e amazônico. No segundo dia de atividades, o especialista em Desenvolvimento Local, Carlos Eduardo de Souza Siqueira, expôs palestra com o título Uma Nova Concepção de Desenvolvimento, onde muitos conceitos inovadores e com um novo escopo paradigmático foram apresentados, entre eles o da construção de “redes sociais”, redes onde pessoas a pessoas se animam e promovem a sua realidade social. Mostrou que as raízes do capital social estão claras no pensamento do francês Alex Touqueville (1827). Outra autora que sistematizou claramente essa tese e expôs no livro “Morte e vida nas Grandes Cidades Americanas”, foi Jane Jacobs (1861). A mesma ótica de desenvolvimento teve maior profundidade em Robert Putman (1996), que levou para os círculos acadêmicos a discussão sobre poder civil e a capacidade existirem em redes pessoa/pessoa cujas realizações se equiparam ao poder local de transformar a sociedade. A teoria ganhou terreno fértil no Brasil a partir do arcabouço paradigmático de Augusto de Franco, que também aprofundou conceitos importantes para uma nova concepção de desenvolvimento, o desenvolvimento humano, social e sustentável. Ele formulou as bases dessa nova concepção a partir de três pilares: •

Capital social (grupo com potencialidades locais para mudar sua realidade) 38


RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO - PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

Democracia participativa, onde se aceita a legitimidade do outro.

Redes – modo de organização horizontal, sem que ninguém mandar em alguém, sem hierarquia. Mas que influencia a partir das idéias e formulações em conjunto.

Após exposição de Carlos Siqueira, o também especialista em Desenvolvimento Local, Fidelis Paixão, tratou de apresentar o passo a passo da metodologia de Desenvolvimento Local Amazônico. Considerando os Pontos de Cultura um agente de desenvolvimento local, Fidélis fez uma comparação com um jogo de futebol, onde existem vários jogadores em busca do gol, ou seja o desenvolvimento, mas que o ator social (jogador) precisa tocar a bola com outros parceiros para atingir seus objetivos. Os Pontos de Cultura podem ajudar a organizar o jogo na busca do desenvolvimento a partir de um plano tático e estratégico. O plano é o mapa do caminho para o desenvolvimento, sendo a metodologia o caminho que se deve percorrer para atender o outro. Fidelis Paixão falou da preparação da oficina DELA, e explicou que o início do ano foi escolhido o momento propício para reunir os Pontos de Cultura. O ano anterior foi eleitoral e dificilmente teria a mobilização esperada. Em janeiro/2009 as prefeituras já estão com seus gestores renovados ou reeleitos, e potencialmente são parceiras dos Pontos de Cultura, podendo firmar convênios e interagir de forma mais consolidada no processo de construção do desenvolvimento. Fidelis Paixão resgatou a história dos Argonautas enquanto protagonistas do processo de desenvolvimento local sustentável, quando em 1992 fundaram a Ong numa universidade pública com o objetivo de unir conhecimento técnico + práticas sociais. Foi assim que pontuou algumas ações da Ong, como em 1996, quando Belém teve sua primeira agenda 21 local com a contribuição dos Argonautas. Em

2001,

em

parceria

com

o

Governo

Federal/AED,

o

DLIS

Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável – os Argonautas se transformaram

39


RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO - PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

em agentes de desenvolvimento, realizando oficinas e capacitações em 17 municípios do interior do Pará. Pontuou ainda que o Ponto de Cultura de Rondon do Pará (COMVIDA) já nasceu com o olhar de ator protagonista de desenvolvimento local, integrado em uma agenda de prioridades, a partir da qual já implementou algumas ações. O animador de Rede Abel Lins exercitou através de uma rápida dinâmica a Visão de Futuro dos agentes a partir das realidades de seus pontos de cultura. Após fazer algumas comparações e metáforas de com deve ser uma visão de futuro, o animador exercitou a participação dos agentes, que se reuniram em grupos e falaram das possibilidades do futuro nos próximos 10 anos. Foram divididos em grupos por pólos e cada agente contribuiu para construir uma visão de futuro onde o desenvolvimento sustentável estava presente em ações e realizações. Os grupos foram orientados no sentido de sonhar acordados com coisas que podem ser reais, que possam ser construídas a partir de intervenções e ações dos Pontos de Cultura. Dando seqüência nas atividades do dia, o expositor Fidelis Paixão apresentou a missão da rede amazônica, segundo o qual é contribuir com o desenvolvimento da comunidade, utilizando a cultura local como instrumento de transformação e criando oportunidades para a participação da juventude nas políticas públicas. A meta da rede é criar uma Rede de Protagonismo Local, integrada pelos diversos protagonistas da comunidade que se disponham a executar ações de empreendedorismo comunitário e que envolva pelo menos 1% da população, no horizonte de 1 ano após a constituição da Rede. A partir dessa delimitação, o expositor passou a apresentar o passo a passo da metodologia, de maneira detalhada, a fim de que os agentes de desenvolvimento absorvessem a metodologia, de forma que pudessem replicar em seus locais de atuação, agora em conjunto com os demais pólos parceiros da rede. O expositor abordou os seguintes passos: 1º passo: sensibilizar para 40


RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO - PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

conquistar; 2º passo: oficina de pactuação da visão de futuro; 3º passo: realizar o diagnostico participativo local; 4º passo: elaborar o plano de desenvolvimento local; 5º passo: pactuação para uma agenda prioridades; 6º passo: andando com as próprias pernas. Para que o Plano de Desenvolvimento Local não seja um documento meramente referencial, que termine na gaveta ou no rol de boas idéias das instituições e das pessoas, mas para que seja factível e mobilize de fato a comunidade para sua implementação, a Rede de Protagonismo Local deve executar a primeira ação do Plano, demonstrando que é possível e que a comunidade pode perceber e entender a possibilidade do fazer. Essa ação deverá ser escolhida dentre as “prioritárias” pactuadas anteriormente e deve ser possível sua implementação com recursos próprios da comunidade através dos diversos parceiros e membros da Rede. Ou seja, não deve ser uma ação para a qual se necessita da ajuda de atores externos. A Rede deve planejar previamente, prevendo as atividades, responsáveis, prazos e origem dos recursos para sua execução. E essa execução deve ser “sumária”, ou seja, realizada rapidamente, como demonstração de que a comunidade é capaz, com seus próprios esforços, protagonizar a transformação de que necessidade para se tornar um lugar desenvolvimento e feliz para se viver. Os participantes deram suas contribuições falando de experiências, de aspectos negativos que podem influir no processo, identificando erros, como o de buscar o desenvolvimento com interesse econômico financeiro somente. Assim, é necessário colocar valores, idealismo, estórias de vida, para que o fórum possa ter pernas próprias e caminhe seguro de seus princípios. Carlos Eduardo faz uma reflexão do conteúdo abordado durante a oficina e o curso de formação política. Ele falou da necessidade de se continuar o processo de preparação e capacitação, da socialização das informações e da necessidade de aplicação da tecnologia social nas localidades dos pontos. O terceiro dia começou com uma atividade integrativa, uma vivência para explorar o potencial do grupo, pondo em destaque as fraquezas e potencialidades,

41


RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO - PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

serviu para mostrar com o grupo pode e deve agir em diversos momentos. A atividade consistia em uma formação de roda, onde os participantes deveriam passar o bambolê na roda (passar o corpo por dentro), sem soltar as mãos e sem perder a sintonia, de forma rápida e integrativa.

Com o avançar da

velocidade do grupo foi proposto um novo desafio: ao invés do bambolê, foi colocado um fio em forma de círculo, como um bambolê flexível, onde as dificuldades eram muito maiores. A dinâmica explorou a capacidade do grupo de se relacionar, interagir e cooperar, deixando claro que para cada situação poderá haver um rearranjo e uma nova forma de enfrentar os desafios e prosseguir em busca das metas e objetivos traçados. A vivência serviu para harmonizar o grupo e estabeleceu novos paradigmas de com agir melhor conjuntamente. O terceiro e último dia serviu para tirar alguma dúvida remanescente sobre os assuntos tratados durante dos dois primeiros dias e também para a reunião dos Pólos Regionais, com o objetivo de tratarem sobre os resultados das ações desenvolvidas individualmente por cada Ponto de Cultura, bem como daquelas ações que ainda seriam desenvolvidas. Cada representante de ponto de cultura expôs o estado de arte de seu ponto e também trocaram informações com outros pontos por pólo. Falaram Das possibilidades e ações estratégicas que estão sendo planejadas e gestionadas junto com os pontos. Cada pólo, a partir de seus representantes de Pontos, falou de suas dificuldades e avanços. Durante os três dias de encontro foram feitas reuniões dos pólos da Redes com a participação dos cordenadores e representantes dee pontos de cultura, potencializando assim os recursos de passagens e hospedagem. As atividades foram encerradas, com todos os participantes satisfeitos, pois uma avaliação coletiva foi feita, onde foram elogiados os esforços da ONG Argonautas em contribuir para a articulação e aproximação de todos os Pontos de Cultura do Pará. A oficina de capacitação em agentes multiplicadores em DELA formou 33 pessoas da 40 previstas no,Plano de Trabalho, pois os recursos previstos impediram a participação de mais pessoas. Diante dessa dificuldade, foi priorizado a participação dos representantes de Pontos de Cultura. Entretanto, entendendo esta 42


RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO - PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

ser uma formação continuada de fundamental importância para a Rede, ficou pactuado que durante as Oficinas de Comunicação Comunitária seriam realizados os Seminários de Nivelamento em Desenvolvimento Local Amazônico. Essa ação foi realizada e formou mais 122 pessoas na metodologia DELA.

9.

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL 2009 EM BELÉM O Fórum Social Mundial (27 de janeiro a 01 de fevereiro de 2009) representou

um marco para todos os povos da Amazônia, seus movimentos e organizações. Os Pontos de Cultura do Pará foram protagonistas nesta construção, a partir da Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, que compôs a coordenação da Comissão Organizadora do Acampamento Intercontinental da Juventude e o Grupo Facilitador do FSM. O ponto de partida para esta missão deu-se durante a TEIA 2008, quando os Pontos de Cultura do Pará assumiram o compromisso de organizar, mobilizar e receber seus pares em Belém. A Rede articulou, também, a apresentação dos Pontos de Cultura na programação cultural do FSM e do Acampamento da Juventude. No dia 9 de janeiro de 2009, houve uma reunião virtual no portal do Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, com a participação de sete pontos de cultura e outros parceiros da rede, com objetivo de aprofundar de que forma seria a intervenção do Pontão no Fórum Social Mundial. Nesta reunião definiu-se que o espaço onde o Pontão deveria realizar suas intervenções seria no Acampamento Intercontinental da Juventude. Nesta reunião os coordenadores do projeto apresentaram um panorama geral e ratificado que uma reunião presencial anterior a esta havia ocorrido durante o Seminário do Plano Nacional de Cultura, no Hotel Beira Rio, com a presença de alguns Pontos de Cultura e parceiros como a Fundação Curro Velho. Nesta reunião fora definido que os Pontos deveriam organizar uma agenda de atividades dentro do Fórum, no entanto, por conta do tempo não seria possível organizar as mesmas dentro do território onde concentram-se as atividades do Fórum Social Mundial, ou 43


RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO - PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

seja, dentro da UFPA. A solução, então, para este problema foi o território do Acampamento Intercontinental da Juventude, que será na UFRA. Feito este relato, então fora explicado aos participantes da reunião virtual como estava sendo articulado a intervenção dos membros da rede no Acampamento da Juventude. Atualmente os Argonautas Ambientalistas da Amazônia, organização proponente e coordenadora do projeto Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, compõe a coordenação da COA – Comissão Organizadora do Acampamento Intercontinental

da

Juventude

e

está

contribuindo

na

organização

deste

acampamento. Dessa forma, torna-se mais fácil de articular o espaço da rede e seus parceiros neste território. Nesta reunião foi informado de que forma o acampamento se organizaria e de que maneira poder-se-ia organizar um espaço dos pontos de cultura, onde, por meio de uma tenda de 10x5m, concentrariam atividades políticas e artístico-culturais autogestionadas dos membros da rede e seus parceiros locais, nacionais e internacionais, sendo outros pontos de cultura, organizações que possuem algum vínculo com a rede ou os pontos de cultura. Desta forma, por meio da lista de discussão e do portal do Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, os diversos pontos de cultura do Pará e de outras partes do Brasil puderam inscrever atividades diversas na Maloca Sociocultural da Juventude. Assim, no Acampamento da Juventude, o Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil construiu, dentro da Aldeia da Paz (Pontão de Cultura Caravana Arco-íris), a Maloca Sociocultural da Juventude, espaço destinado para realização de atividades políticas e apresentações culturais dos membros da rede. Ao todo foram inscritas 21 atividades na programação desta maloca. Ao todo foram inscritas 22 atividades auto-gestionadas das organizações: Projeto Software Livre Brasil; Caravana de Comunição e Juventudes; Sitio Refazenda; Fotoativa - Ponto de Cultura Olhos de Ver Belem; Associação Grupo de Cultura Regional IAÇÁ – Ponto de Cultura IAÇÁ; Movimento de Olho na Justiça e Argonautas; Alquimia da Luz; Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas;

44


RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO - PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

Associação Grupo de Cultura Regional IAÇÁ; Grupo de Educadores em defesa do Software Livre; Escola de Redes; MESCLE; Fundação Tocaia - Ponto no Xingu; Associação Pau e Lata Ponto de Cultura; Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, Argonautas e ComVida; Enthusiasmo Cultural; Instituto intercidadania, Arganautas, Caravana Arcoiris Pela Paz, Ministério da Cutura; Associação Projeto Cultural Ananin Dance; Instituto Arraial do Pavulagem - Ponto de Cultura Arraial do Saber; ABRA, IDEA, GAM; GT de Cultura do AIJ/2009 Na tarde de 31 de janeiro de 2009, os pontos de cultura presentes no FSM encontraram-se na Maloca Sociocultura da Juventude, para atividade Pontos de Cultura na construção de outro mundo possível, que reuniu cerca de 20 pontos e 10 pontões. Esta atividade foi importante para a troca de experiências sobre as dificuldades encontradas na gestão dos Pontos. Este encontro ainda serviu para aproximar cada vez mais os pontos, contribuindo para o fortalecimento da tessitura de articulações locais e nacionais, bem como para discutirem estratégias de sustentabilidade para a continuação dos projetos. A Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil apoiou, ainda, o lançamento do livro-documentário “João Batista martir da luta pela Reforma Agrária", que denuncia o assassinato do deputado João Carlos Batista, há 20 anos, crime que continua impune. O livro denuncia que o latifúndio, acostumado com a proteção do regime militar, aplica sua tática histórica: a violência para proteger seu capital e o roubo de terras públicas com balas e corrupção. Para os trabalhadores e seus líderes, a violência física das armas. Para se proteger da lei e do estado, a corrupção. E com seu

dinheiro

sujo

tratam

de

comprar

autoridades

de

todo

tipo:

juízes,

desembargadores, policiais, políticos, e também colunistas de jornais. O livro foi lançado no Parque da Residência, antiga residência do governador, há poucos metros do local do assassinato, e onde aconteceu uma festa poucas horas depois do assassinato do deputado com a presença de políticos ligados aos mandantes do crime. O lançamento do livro aconteceu no dia 28 de janeiro de 2009. No dia 30 de janeiro de 2009 o livro serviu de base para o debate “Os desafios do desenvolvimento agrário na Amazônia”, no campus da UFPA. As duas atividades 45


RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO - PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

fizeram parte do Fórum Social Mundial – FSM 2009, evento que faz parte do plano de trabalho do projeto Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil. Um dos desdobramento dessas atividades foi a posterior organização do MUJOS-PA (Movimento de Olho na Justiça), núcleo estadual do MOJUS nacional. PROGRAMAÇÃO DA MALOCA SOCIOCULTURAL DA JUVENTUDE NOME DA ATIVIDADE Porque querem controlar a internet? Protagonismo Juvenil

NOME DA ORGANIZAÇÃO Projeto Software Livre Brasil Caravana de Comunição e Juventudes - PE - BA

CIDADE, ESTADO, PAÍS

DATA

HORARIO

28/01/2009

08:30 - 11:30

28/01/2009

12:00 - 15:00

Roda Permacultural

Sitio Refazenda

Santa Isabel, Pará, Brasil

28/01/2009

15:30 - 18:30

Caixa Mágica

Fotoativa - Ponto de Cultura Olhos de Ver Belem

Belem, Para, Brasil

28/01/2009

19:00 - 20:30

Associação Grupo de Cultura Regional IAÇÁ

Belém, Pará, Brasil

28/01/2009

20:30 - 22:00

Movimento de Olho na Justiça e Argonautas

Belém, Pará, Brasil

29/01/2009

08:30 - 11:30

Alquimia da Luz

Fortaleza, Ceará, Brasil

29/01/2009

12:00 - 15:00

29/01/2009

15:30 - 18:30

29/01/2009

19:00 - 20:30

30/01/2009

08:30 - 11:30

30/01/2009

12:00 - 15:00

30/01/2009

15:30 - 18:30

Show Musical LATINO AMAZÔNICO - Déia Palheta vai cantar com banda, músicas de todos os rítmos que formam a história da américa latina. O show mostra também uma retrospectiva da musicalidade da autora, que também é instrumentista e arranjadora. Revolução no campo e os mártires da luta Divulgação do Forno Solar Aproveitamento da luz solar para o preparo de alimentos Participação juvenil e a construção do espaço p˙publico na América do Sul: contribuições e olhares Show Despertar das Lendas O uso do Software Livre na educação. Encontro Presencial do Nodo Pará da Escola de Redes no FSM Capoeira para Todos Cia Papo Show com o espetaculo cantos encantos e desencantos da transxingu. 8 componentes SINFERIA EM TRÊS MOVIMENTOS

Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas Associação Grupo de Cultura Regional IAÇÁ Grupo de Educadores em defesa do Software Livre. Escola de Redes

Belém, Pará, Brasil

Belém, Pará, Brasil

MESCLE Fundação Tocaia

Altamira, Pará, Brasil

30/01/2009

19:00 - 20:30

Associação Pau e Lata

Natal, Rio Grande do Norte, Brasil

30/01/2009

20:30 - 22:00

Oficina de capacitação em estratégia de Desenvolvimento Local Amazônico (DELA).

Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, Argonautas e ComVida

Belém, Pará, Brasil

31/01/2009

8:30 - 11:30

Crie Futuro: Criando Futuros Desejaveis

Enthusiasmo Cultural

31/01/2009

12:00 - 15:00

Pontos de Cultura na Construção de Um Outro Mundo Possível

Instituto intercidadania, Arganautas, Caravana Arcoiris Pela Paz, Ministério da Cutura

31/01/2009

15:30 - 18:30

46


RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO - PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

Fazer uma apresentação do nosso corpo coreográfico. Exposição do Arraial do Pavulagem Viva a diversidade viva Abraçando as artes de transformação Homenagem ao Mestre Verequete

10.

Associação Projeto Cultural Ananin Dance

Belém, Pará, Brasil

31/01/2009

19:00 - 20:30

Instituto Arraial do Pavulagem

Belém, Pará, Brasil

01/02/2009

08:30 - 11:30

ABRA, IDEA, GAM

Marabá, Pará, Brasil

01/02/2009

15:30 - 18:30

GT de Cultura do AIJ/2009

Belém, Pará, Brasil

01/02/2009

19:00 - 20:30

OFICINAS DE COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA As Oficinas de Comunicação Comunitária – ComCom tem entre seus

objetivos capacitar jovens, colaboradores de pontos de cultura e de movimentos e organizações juvenis a usar software livre para produzir conteúdos audiovisuais para publicação na internet e outras mídias digitais; promover a comunicação comunitária como iniciativa de mídia livre em oposição ao monopólio da comunicação; construir uma nova imagem da comunidade tendo como foco o envolvimento de cidadãos e comunidade no reconhecimento de si mesmos e do seu mundo como agentes de um processo permanente de comunicação; e fortalecer vínculos comunitários. Oficinas nos Pólos As oficinas de ComCom foram realizadas nos quatro pólos da Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil. Os municípios-sedes foram Marituba (Pólo Metropolitano); Santarém (Pólo Trans-Xingu-Tapajós); Soure/Belém (Pólo Marajó); Marabá e Rondon (Pólo Sul-Sudeste). Parcerias locais foram feitas pelos pontos de cultura coordenadores dos pólos da Rede, o que viabilizou a realização das oficinas com os poucos recursos previstos no projeto. Uma das diretrizes das oficinas foi que as mesmas fossem realizadas em telecentros públicos do GESAC ou Infocentros do Navegapará (programa de inclusão digital do Governo do Estado). Essa diretriz foi cumprida em quatro das cinco oficinas realizadas, com exceção do Marajó, região que ainda não tem esse tipo de equipamento público. Por isso a oficina foi deslocada pra Belém, sendo realizada na sede do Pontão. Ações Complementares Articuladas com as oficinas de ComCom foram realizadas outras atividades 47


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complementares ao plano de ação da Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil como: As Oficinas de Nivelamento Metodológico em Desenvolvimento Local Amazônico – DELA, a capacitação na metodologia de memória social através do relato oral de história, inclusive com uma oficina específica de dois dias em Marabá, a jornada de “Caravana Digital: Juventude Conectada pela Cidadania” e a Oficina “Linguagem e Processos de criação em Cinema”. Também foram coletados depoimentos para o videodocumentário “Vozes Jovens da Amazônia”, uma das atividades da Rede. Um dos objetivos desta ação é estimular os jovens a fazer narrativas de vida usando a plataforma virtual do Museu da Pessoa www.museudapessoa.net/facaparte/

Ampliação da Rede para Novos Parceiros Parceria em Audiovisual: A capacitação da Rede Amazônica de protagonismo juvenil foi ampliada para mais duas outras iniciativas em audiovisual que fotaleceram a rede: o projeto “Caravana Digital: Juventude Conectada pela Cidadania” e a Oficina “Linguagem e Processos de criação em Cinema”. O projeto “Caravana Digital: Juventude Conectada pela Cidadania” tem como objetivo capacitar 160 jovens através de uma Oficina de Inclusão Digital e três Oficinas de Comunicação Comunitária, utilizando a rede de Infocentros do programa Navegapará para produção de peças de comunicação e produtos culturais pautados na realidade dos jovens com foco na comunidade, nas seis escolas e três movimentos envolvidos no projeto. Os jovens capacitados passam a integrar uma rede de comunicadores comunitários, usando como suporte de divulgação o portal da Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil e outros portais da rede de cultura digital ligadas aos pontos. A oficina “Linguagem e Processos de criação em Cinema: produção, roteiro, direção, montagem e pós-produção” foi feita em parceria com a Escola de Cinema Darcy Ribeiro – RJ. A parceria objetiva articular em rede pontos de cultura, organizações não-governamentais, governamentais e movimentos socioculturais do Pará que tenham interesse em audiovisual com vistas à formulação de projetos e

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políticas públicas para este setor. A iniciativa foi apoiada pela Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil e pelo Instituto de Artes do Pará, um dos parceiros da Rede. A rede é atualmente composta por mais de 60 parceiros, entre eles os 17 pontos de cultura e os dois outros pontões de cultura do Pará.

Desdobramentos da Capacitação No geral foram capacitados 136 pessoas, 16 além da meta prevista no projeto de 120 pessoas. As inscrições foram feitas através dos pontos de cultura e organizações parceiras da Rede, tendo como suporte o portal da Rede que disponibilizou informações, links e formulários eletrônicos para inscrição para cada oficina. O número de inscritos foi muito maior que o número previsto de vagas. O portal www.redejuvenil.com.br serviu como laboratório de experimentação e suporte para a publicação dos áudios, vídeos, fotos, gráficos e textos produzidos pelos participantes durante as oficinas. Uma das metas é que as pessoas capacitadas continuem alimentando o portal com novos conteúdos. Um desdobramento de sustentabilidade dessa ação é articulação de uma rede de comunicadores comunitários (Redecom), agora ampliada para os participantes do projeto “Caravana Digital: Juventude Conectada pela Cidadania”. A Redecom está sendo animada pelas organizações e grupos que participaram das oficinas na lógica do empreendedorismo e protagonismo local nos moldes da metodologia de Desenvolvimento Local Amazônico - DELA.

Formação de Agentes de Memória e Desenvolvimento Local Durante as oficinas de Formação de Agentes de Memória Local e de Desenvolvimento Local Amazônico, capacitamos pessoas (jovens e adultos) a realizarem o registro de historias de vidas, buscando nas memórias da comunidade formas singulares de entender e refletir sobre questões e problemáticas locais, buscando com isso, facilitar um processo de planejamento e pactuação de demandas sociais, que se tornarão projetos e ações que subsidiarão a realização de 49


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políticas públicas com o foco no desenvolvimento local. Esta metodologia surge da integração da metodologia de registro de historia de vida difundida pelo Museu da Pessoa com a os valores e princípios do Desenvolvimento Local utilizados pela metodologia do Pontão Rede Juvenil. Iniciamos com a proposta do Brasil Memória em Rede – BMR, em seguida a apresentação e comentários sobre a metodologia mostrando a proposta do vídeodoc “Vozes Jovens da Amazônia” como um primeiro resultado desse processo. Foram realizadas, ao longo da oficina, entrevistas individuais de coleta de historias de vidas e círculos de histórias onde são pontuadas, a partir da memória social, problemáticas sócio-ambientais que afligem as comunidades amazônicas. Posteriormente, em rodas de conversas iniciamos um processo de reflexão sobre as causas desses problemas e as possibilidades de articulação para as resoluções. Uma pergunta é norteadora durante o dialogo: O que precisa mudar na minha cidade para a vida melhorar de verdade ? As problemáticas socioambientais mais levantadas durantes as oficinas foram: desmatamento da floresta amazônica, conflitos agrários, desrespeito as direitos

humanos,

intolerância

sociocultural,

insegurança

pública,

falta

de

saneamento básico, etc. Como potencialidades para as resoluções de tais problemas, foram citadas a diversidade cultural amazônica, organização em rede dos movimentos sociais da região,

gestão

compartilhada

de

políticas

publicas, o

protagonismo

e

o

empreendedorismo social das ongs, centros comunitários e pontos de cultura nesse processo. Informações Gerais Público-alvo prioritário: jovem de 16 a 24 com iniciação básica em informática Tempo Previsto: 3 dias (12 horas dia x 3 dias = 36 horas). Como as oficinas se desdobram em oficinas realizadas simultaneamente, isso eleva a carga horária das oficinas para 60 (sessenta) horas-aulas. Quantidade de participantes por oficina: 30 a 40 pessoas. 50


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Horário de atividades: 8 às 20h com intervalo para almoço. Local Indicado: Infocentro, telecentro ou laboratório de informática conectado à Internet banda larga com plataforma Linux

rodando pacotes de aplicativos em

software livre.

CONTEÚDO E PROGRAMA DAS OFICINAS DE COMCOM MÓDULO 1 – Abertura e nivelamento teórico e metodológico Atividades: Acolhimento e credenciamento de participantes da oficina; mesa de abertura composta por parceiros convidados; dinâmica de apresentação dos participantes. Duração: 1,5 horas Dinâmica: Palestras de 15 minutos por cada tema seguidas de debate com os presentes. 1) Monopólio das comunicações x comunicação comunitária; 2) Cultura digital e mídias livres como ferramenta de transformação social; 3) Comunicação Comunitária e Desenvolvimento Local; Duração: 1,5 horas Seminário de Nivelamento na Metodologia de Desenvolvimento Local Amazônico – DELA Duração: 2 horas

MÓDULO 2 – Introdução à Comunicação Comunitária e Planejamento Editorial 1) Cadastro de participantes: checagem da listagem dos participantes na oficina: ficha de cadastro online na oficina e cadastro no portal www.redejuvenil.com.br para viabilizar a postagem de conteúdos. 2) Noções gerais da comunicação comunitária: carro-som como rádio volante; boca51


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ferro; webradio; webtv; blog; jornal mural; tv de rua; reuniões na comunidade; 3) Planejamento editorial e definição de funções nas equipes da oficina; 4) Roteiro, pautas e script na comunicação comunitária; 5) Cronogramas de execução; 6) Definição das equipes da oficina (em plenário); reunião separada das equipes para definir funções e planejar o conteúdo editorial do produto de cada oficina. Duração: 4 horas Duração: 1 hora de uso livre do Infocentro/telecentro pela equipe para pesquisa e atividades das oficinas.

MÓDULO 3 – Gráficos Conteúdo: Panfleto, jornalzinho e folheto. Atividades: Ensaio prático sobre a linguagem visual; planejamento da publicação visual gráfica; escolha de formatos e de meios de publicação; noções de projeto visual gráfico; estrutura do texto na comunicação comunitária impressa; usando software livre para edição de impressos; publicando impressos na internet através do portal www.redejuvenil.com.br Duração: 10 horas (simultâneas as outras oficinas) Duração: 2 horas de uso livre do Infocentro/telecentro pela equipe para pesquisa e atividades das oficinas.

MÓDULO 4 – Criando Blogs em web 2.0 – a Internet Colaborativa Conteúdo: noções básicas de blog como ferramenta de comunicação de web 2.0; wordpress como ferramenta livre colaborativa; criando blog individuais e um blog coletivo. Atividades: visitas a blogs já publicados na Internet; teste do wordpress criando 52


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blogs individuais; planejamento do blog coletivo da equipe; coleta de dados, edição e publicação do blog no portal www.redejuvenil.com.br Duração: 10 horas (simultâneas as outras oficinas) Duração: 2 horas de uso livre do Infocentro pela equipe para pesquisa e atividades das oficinas.

MÓDULO 5 – Criando áudios e programas de rádio Conteúdo: Linguagem de rádio; texto para rádio; boletim falado de radiojornalismo comunitário; radioweb; publicação de áudios na internet e mídias digitais. Atividades: ensaio prático sobre a linguagem do rádio; montando um script de radiojornalismo comunitário; planejando e executando um boletim falado no rádio; editando áudios usando software livre; publicando áudios na internet e na radioweb do portal www.redejuvenil.com.br. Duração: 10 horas (simultâneas as outras oficinas) Duração: 2 horas de uso livre do Infocentro pela equipe para pesquisa e atividades das oficinas.

MÓDULO 6 – Criando vídeos Conteúdo: Noções básicas de vídeo e videodocumentário; noticiário de TV; roteiro básico de vídeo. Atividades: ensaio prático sobre a linguagem da TV; montagem de um roteiro de videojornalismo comunitário; captura de imagens; edição e finalização de vídeo; postando vídeo na Internet e na webtv do portal www.redejuvenil.com.br. Produzindo um programa de vídeotv: 16 horas (simultâneas as outras oficinas) Encerramento: apresentação dos trabalhos da equipe e avaliação coletiva. Todas as equipes apresentam e comentam os trabalhos produzidos. Ao final é feita uma avaliação coletiva. 53


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Duração: 2 horas. Duração: 2 horas de uso livre do Infocentro pelas equipes para pesquisa e atividades das oficinas.

MÓDULO 7 – Narrando histórias de vida como metodologia de memória Narrando Histórias de Vidas: Palestra e exercício prático de registro de memória. Após o exercício, os jovens são orientados a fazer cada um a sua narrativa de histórias de vida na plataforma virtual do Museu da Pessoa. Duração: 4 horas Duração: 2 horas de uso livre do Infocentro/telecentro pela equipe para pesquisa e atividades das oficinas.

MÓDULO 8 – Pondo em prática o aprendizado para fazer jus ao certificado Conteúdo: Trabalho de Conclusão de Oficina - TCO Atividades: Cada participante terá que publicar no prazo de 30 dias no portal www.redejuvenil.com.br

(obrigatoriamente) ou em outros sites (opcionalmente) pelo menos um conteúdo de um dos quatro módulos centrais da oficina para poder receber o certificado de conclusão da oficina.

11.

DIFICULDADES ENCONTRADAS O projeto Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, ao

longo de suas atividades neste período de doze meses, conseguiu alcançar excelentes resultados de difusão, articulação e capacitação. Contudo, algumas dificuldades foram encontradas, conforme relataremos neste momento. A Amazônia ocupa 60% do território nacional, onde o estado do Pará, em termos territoriais, é o segundo maior do Brasil. Esta é uma região plural em 54


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aspectos culturais, étnicos e ambientais. São índios, ribeirinhos, quilombolas, caboclos, camponeses, urbanos, que se misturam às características dos diversos ecossistemas desta região. Desta forma, avalia-se que as dimensões continentais do Pará, aliado ao montante de recursos disponíveis para a execução deste projeto foi uma dificuldade. Levando em consideração que existem pontos de cultura em regiões diversas e afastadas da capital, para a efetivação de algumas atividades tornava-se necessário o deslocamento dos representantes destes Pontos de Cultura até a capital, todavia, por conta da geografia natural de nosso estado, formada por imensos rios, a única forma de garantir a participação desses representantes era por meio de deslocamento aéreo. Desta maneira, consideramos como dificuldade, em razão dos problemas de deslocamento por conta das dimensões territoriais do Pará e do montante de recursos disponíveis que se tornaram insuficientes diante das especificidades da região amazônica. Avalia-se, também, como obstáculo o fator temporalidade, onde os doze meses para cumprimento de objeto, considerando o tamanho do projeto e das realidades amazônicas, acabaram tornando-se demasiado curto. O recomendável para o melhor desenvolvimento de um projeto como este seria de no mínimo três anos e com maior aporte de recursos. Foram encontradas dificuldades em articular, mobilizar e comunicar com os dois Pontos de Cultura do Amapá. Não houve retorno dos Pontos do Amapá demonstrando interesse em fazer parte deste projeto. Posteriormente, em reunião com Otizete Alencar (ponto e pontão Navegar Amazônia e represente do Amapá na Comissão Nacional de Pontos de Cultura), tivemos conhecimento que os projetos foram desarticulados com o encerramento das atividades, no estado do Amapá, da entidade proponente legal dos projetos. Mesmo com a ausência dos dois Pontos de Cultura do Amapá, o projeto conseguiu cumprir, inclusive superar sua meta em número de Pontos de Cultura. Onde antes eram previstos no plano de trabalho 15 (quinze) Pontos de Cultura do

55


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Pará e Amapá, o número de pontos que participaram do projeto foi de 17 (dezessete), em razão da aprovação de alguns novos Pontos no Pará. Por conta de o projeto ter iniciado em meados de 2008, algumas ações do projeto foram interrompidas por causa das eleições municipais, pois alguns parceiros estratégicos, inclusive Pontos de Cultura, encontravam-se impossibilitados de articular e mobilizar ações locais. Por este motivo, a aprovação dos projetos dos pólos regionais deu-se apenas no dia 25 de novembro de 2008. Mas a sua articulação já vinha sendo gestada através das ações de sensibilização e mobilização promovidas pela coordenação do projeto e pelos facilitadores.

12.

SÍNTESE DOS OBJETIVOS CUMPRIDOS

12.1.

ARTICULAÇÃO

12.1.1 - Articular os 16 pontos de cultura dos estados do Pará e Amapá em ações de protagonismo juvenil e empreendedorismo social na perspectiva do Desenvolvimento Local. O objetivo, definido anteriormente em 16 Pontos de Cultura do Pará e Amapá foi alcançado. Foram articulados 17 Pontos de Cultura do Pará, pois os dois Pontos de Cultura do Amapá encontravam-se com problemas. Neste sentido, apesar do déficit dos dois Pontos de Cultura do Amapá, o projeto conseguiu superar numericamente a meta articulação dos Pontos de Cultura. 12.1.2 - Levantar as redes, entidades e iniciativas culturais da juventude no Pará e Amapá, a fim de estimular a sua participação nos diversos pontos de cultura da região. O Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil procurou em todas as atividades inserir as mais diversas redes, organizações, grupos e movimentos de juventude, para que essas organizações pudessem atuar conjuntamente, nos pólos regionais, com os Pontos de Cultura realizando ações afins. A rede é composta atualmente por mais de 50 parceiros entre entidades, movimentos, grupos e instituições culturais que tem interagidos com os 17 pontos de cultura da Rede. Muitos desses grupos apresentaram projetos e foram aprovados no edital estadual de pontos de cultura. 56


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12.1.3 - Realizar encontros regionais para o intercâmbio e troca de experiências das ações desenvolvidas por parte dos pontos de cultura para os jovens. Os encontros regionais foram realizados com sucesso durante as oficinas de Comunicação Comunitária, encontro de planejamento e reuniões dos pólos regionais. Também foram realizados encontros reunindo os pontos de cultura em diversas ocasiões (Foruns Paraense de Pontos de Cultura, Conferências de Cultura e de Comunicação, Fórum Social Mundial, entre outros). 12.1.4 - Promover ações integradas através da rede do GESAC, Escolas, Programas Governamentais, Telecentros apoiados pelo SEBRAE e ações em execução por organizações da sociedade civil, voltados para juventude, envolvendo os governos estaduais, municipais e empresas como parceiros do Pontão para a sustentabilidade futura do projeto. Considerando a importância da participação das organizações estatais no desenvolvimento deste projeto, o Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil fez questão de aproximar em todos os seus momentos o Estado e Sociedade Civil. Nesta perspectiva de aproximação foi estabelecido parcerias estratégicas para os Pontos de Cultura, como a implementação dos Infocentros NAVEGAPARÁ em todos os Pontos do Pará, programa gerido pelo SEDECT – Secretaria de Desenvolvimento, Cinência e Tecnologia do Pará; Secretaria de Cultura do Pará; Fundação Cultural Curro Velho, Instituto de Artes do Pará; Fundação Cultural de Ananinindeua e várias escolas estaduais e programas governamentais no plano municipal e estadual que contribuiram para a realização do projeto. 12.1.5 - Fomentar a implantação de 40 novos Pontos de Cultura, a partir de pactuação com ações em execução pelo MinC e pelo Governo do Estado. A partir desta aproximação com os órgãos governamentais e o engajamento do Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, juntamente com a Comissão Paraense dos Pontos de Cultura, pôde fomentar a implantação de 60 novos Pontos para o estado do Pará. Apresentamos propostas na formulação do edital, muitas delas acatadas pela Secretaria de Cultura, em especial a regionalização do edital que garantiu uma quantidade mínima pontos de cultura para cada uma das 12 regiões de integração do Pará. Os coordenadores do projeto

57


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atuaram na mobilização e capacitação em elaboração de projetos para parceiros da rede e entidades da sociedade civil, muitos dos quais foram aprovados.

12.2.

DIFUSÃO

12.2.1 - Construir o Diagnóstico dos Pontos de Cultura do Pará e Amapá com foco nas ações voltadas e realizadas por jovens, com o intuito de identificar os diversos projetos desenvolvidos para o público juvenil com vistas à integração dos mesmos. O diagnóstico foi feito com base na situação sociopolítica dos jovens na Amazônia e suas vulnerabilidades, levando em consideração a atuação dos Pontos de Cultura como potencializadores do desenvolvimento local e do protagonismo juvenil. 12.2.2 - Publicar o Relatório da situação sociopolítica e cultural "das Juventudes", apoiadas nos pontos de cultura, redes e grupos de Jovens nos estados participantes da Rede. O relatório foi publicado conforme descrito no item acima, revelando a situação sociopolítica da juventude na Amazônia. 12.2.3 - Realizar o vídeodocumentário "Vozes Jovens da Amazônia", tendo como base o Relatório da situação sociopolítica e cultural "das Juventudes", a história de vida e a memória social de vários jovens de diferentes localidades, construído por eles mesmos em oficinas ministradas pelo Pontão da Juventude nos pólos. A partir de todos os momentos presenciais do Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, buscou-se registrar relatos orais de histórias de vida dos jovens em vídeo, que contribuíram para a construção do vídeodocumentário Vozes Jovens da Amazônia. 12.2.4 - Criar o Portal em ambiente web colaborativo, garantido aos Pontos de Cultura e parceiros da Rede, a publicação de informações, notícias, relatos de experiências, produções culturais locais, criação de chats, fóruns, blogs, 58


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enquetes e espaço para web-conferências. O portal será atualizado pelos jovens participantes do Pontão. O Portal foi criado (www.redejuvenil.com.br) em ambiente web colaborativo, onde todos os atores tem oportunidade de publicar textos, notícias, vídeos, áudios e fotos e demais funcionalidades acima descritos como estratégia de difusão dos produtos dos Pontos de Cultura, das diversas organizações que compõem o projeto e das atividades do Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil. O portal registra atualmente mais de 300 colaboradores e um rico acervo de conteúdos produzidos pelos pontos de cultura e parceiros da rede. 12.2.5 - Criar e gerenciar um banco de projeto culturais da juventude e das melhores práticas, acessível a todos os pontos de através do Portal. O banco de projetos culturais está disponível no portal do projeto Pontão de Cultura Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil, onde pode ser visualizado pelos colaboradores e visitantes deste portal, contribuindo para a colaboração em rede. 12.3. CAPACITAÇÃO 12.3.1 - Promover a formação sociopolítica e cultural da juventude dos pontos da Rede, com enfoque especial nos aspectos étnico-raciais (negros, indígenas e quilombolas). A formação sociopolítica e cultural da juventude foi realizada em curso no período de 14 a 16 de janeiro de 2009, em Belém e teve continuidade através de uma cartilha que foi impressa e distribuida aos pontos de cultura. Essa cartilha serve de orientação para o debate do desevolvimento local numa pespectiva do protagonismo dos jovens. 12.3.2 - Promover a capacitação dos membros da Rede em Comunicação Comunitária Multimídia pautados em texto, imagem, som e mídias alternativas.

59


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Foram realizadas cinco oficinas de Comunicação Comunitária em todos os pólos regionais em oito módulos, capacitando ao todo 184 pessoas, 64 a mais da meta prevista. 12.3.3 - Promover a formação de especialistas em Software Livre (níveis intermediário e avançado), visando disseminar o uso de plataforma livres. Foram realizadas jornadas de software livre visando capacitar jovens dos pontos de cultura e parceiros da rede no uso das plataformas livres. Foi iniciado um curso avançado em software livre de 100 horas-aulas que está capacitando jovens a dar suporte aos telecentros e infocentros dos pontos de cultura. 12.3.4 - Fomentar o Desenvolvimento Sustentável Local com foco no protagonismo juvenil, através da metodologia da Agenda 21. O Desenvolvimento Sustentável Local, que representa para este projeto a metodologia base, foi fomentado em todos os momentos, especialmente nas capacitações na metodologia do projeto, DELA – Desenvolvimento Local Amazônico e nas oficinas de Comunicação Comunitária. 12.3.5 -

Promover

a

capacitação

pedagógica

destinada

à

tutores

e

coordenadores dos Pontos de Cultura, visando aprimorar a gestão da Rede. Esta capacitação foi realizada no mesmo período da capacitação em Desenvolvimento Local Amazônico, no período de 14 a 16 de janeiro de 2009, em Belém.

APLICAÇÃO DA CONTRAPARTIDA A contrapartida foi feita em forma de serviços, tendo como instrumentos que de comprovação declarações de cessão de serviços e relatórios. Convem ressaltar que todos os itens citados no projeto têm como natureza de despesa somente custeio.

DIVULGAÇÃO O projeto foi divulgado através de midias livres, listas de e-mail, cartas, 60


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comunicados, oficinas, plenárias e reuniões e das peças de comunicação elencadas no projeto (camisa, banner, cartilhas, vídeos, spot, relatórios, manuais, apostilas, cartaz, folder e DVD). O portal do projeto www.redejuvenil.com.br é também um ótimo espaço de divulgação do projeto, sendo muito acessado pelos pontos de cultura, somando atualmente quase 11.000 acessos e 311 colaboradores individuais e institucionais cadastrados. Em todos esses meios foi efetivado crédito ao Ministério da Cultura sob a chancela patrocínio ou apoio. Também foi feita divulgação através de entrevistas em rádios e televisões. Os entrevistados sempre foram orientados e citaram o apoio/patrocínio ao projeto pelo Ministério da Cultura. Nos jornais a chancela de apoio/patrocínio não é controlável, mas houve também citações. RECURSOS RECEBIDOS O Ministério da Cultura repassou R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) e os Argonautas Ambientalistas da Amazônia ofereceram contrapartida de R$ 100.000,00 (cem mil reais) ao projeto em forma de serviços de custeio. Apesar das ações terem sido plenamente realizadas, não foram aplicados todos os recursos, havendo saldo de recursos a devolver ao Ministério da Cultura referentes a custeio e também a bens de capital, assim como de rendimentos de aplicação. As contrapartidas foram todas executadas. Assim, tecnicamente falando, o projeto foi parcialmente cumprido. PROCEDIMENTOS ANÁLOGOS À LICITAÇÃO Foram adotados procedimentos análogos a licitação, sendo que as compras foram realizadas através de carta-convite, consultas de preços e somente em poucos casos foram feitas dispensa de licitação. Os processos de compras estão devidamente fundamentados , em conformidade com a Lei Federal nº. 8.666/93 e suas alterações e regulamentações.

61


RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO - PROJETO PONTÃO DE CULTURA REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL

13.

TABELA SÍNTESE DAS ATIVIDADES REALIZADAS Atividade realizada

Planejamento da Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil e I Fórum Paraense dos Pontos de Cultura II Fórum Paraense dos Pontos de Cultura ASCULTA SOCIOCULTURAL ARGONAUTAS Nivelamento em DELA Desenvolvimento Local Amazônico (facilitadores coordenadores do Pontão) TEIA 2008 Oficina de capacitação em Desenvolvimento Local Amazônico/Curso de formação Sociopolítica da Juventude Fórum Social Mundial Oficina de Comunicação Comunitária Pólo Metropolitano Oficina de ComCom Pólo Trans-Xingu-Tapajós Oficina de Comunicação Comunitária Pólo Marajó Oficina de Comunicação Comunitária Pólo SulSudeste (Marabá) Oficina de Comunicação Comunitária Pólo SulSudeste (Parauapebas, Eldorado e Marabá) Nivelamento em DELA Pólo Metropolitano Nivelamento em DELA Pólo Transxingutapajós Nivelamento em DELA Pólo Marajó Nivelamento em DELA Pólo Sul-Sudeste Reunião Pólo Transxingutapajós Seminário Planej. Estratégico “Caravana Digital” Diálogo Público “Cultura Marabá Hoje” Oficina de Formação de Agentes de Memória Local Oficina de Inclusão Digital "Caravana Digital" Diálogo Público "Culturas Juvenis e Espaços Alternativos" Conferência Municipal de Educação de Marituba Roda de Conversa "Caravana Digital" Diálogos Cineclubistas Jornada de Edição em Software Livre Reunião de Avaliação do Pontão

Data/Período

Cargahorária

15/05/2008

12h

32

17 e 18/10/2008 18 de outubro de 2009

20h

32

05

15

20/10/2008

8h

10

12 a 16/11/2008

50h

25

14 a 16/01/2009

30h

34

27/01 a 01/02/2009 6 a 8 de março de 2009 20 a 22 de março de 2009 10 a 12 de abril de 2009 20 a 23 de abril de 2009 22 a 25 de setembro 2009 6 de março 2009 20 de março 2009 10 de abril 2009 20 de abril 2009 19 de março 2009 26 de março 2009 17 de abril 2009 18 de abril 2009 7 e 8 de maio de 2009

60h

40

60h

32

60h

47

60h

09

60h

36

60h

59

04h 04h 04h 04h 03h 10h 05h 20h

32 47 10 33 09 20 33 30

20h

16

22 de maio 2009

05h

15

4 e 5 de junho 2009

20h

26

25 de junho 2009

04h

05

30h

13

10h

07

04h

10

632 h/a

677

17 a 19 de agosto 2009 20 de setembro 2009 25 de setembro 2009

TOTAL

Público atingido Direto

Indireto

Belém, 04 de dezembro de 2009 UNIDADE CONVENENTE

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO

Antonio Nilton Rodrigues Silva – Gestor Institucional dos Argonautas Art. 40 Decreto 93.872/86

Luã Gabriel dos Santos – Coordenador Geral do Projeto Art. 40 Decreto 93.872/86 62


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