13/04 Boletim da Letras

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CALENDÁRIO 13/04 Plenária sobre cotas 12h e 18h, em frente ao prédio 14/04 Paralisação do SINTUSP

26//04 Segunda reunião aberta sobre métodos 12h e 18h, em frente ao prédio.

Mês da Resisência: 08/04 CINECLUBE: O dia que durou 21 anos - BRASIL (2013) 15h, sala 107 15/04 CINECLUBE: Tatuagem - BRASIL (2013) 15h, sala 107 22/04 CINECLUBE: O que é isso, companheiro? - BRASIL (1997) 15h, sala 107 23/04 Memória, Verdade e Justiça  Tania Celestino de Macedo (USP)  Ricardo Koba (Asessor Estadual da Comissão da Verdade)  Renan Quinalha (Advogado e membro da Comissão Estadual da Verdade) Debate sobre a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva (CVRP), que investigou apurou crimes da ditadura. O relatório da CVRP foi lançado oficialmente no ano passado, mas o trabalho continua até hoje. 18h, na frente do prédio. 29/04 CINECLUBE: Batismo de Sangue - BRASIL (2007) 15h, sala 107 30/04 Democratização da Mídia  Mídia Ninja  Coletivo Intervozes  Mães de Maio (a confirmar) 18h, em frente ao prédio.

Informação e mobilização dos estudantes - Abril/2015

15/04 Possível paralisação do SINTUSP


importante debate e nos fortalecermos para a paralisação do dia 14/04, dia em que o CO novamente pautará a questão do acesso à universidade. Venham todos!

NASCE O COLETIVO DE DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO DA LETRAS!

DISCUTIR COTAS JÁ! Na última terça-feira, 07, houve uma reunião do Conselho Universitário (CO). Um dos pontos de pauta seria a reforma do estatuto da USP, e um dos pontos dessa reforma será obrigatoriamente formas alternativas de acesso. Portanto, estudantes negros, de dentro e de fora da USP, pleiteavam acompanhar a reunião, na esperança de ao menos ouvir da burocracia que dirige a universidade um posicionamento sobre o assunto. Como a reitoria reagiu diante de uma reivindicação tão simples? Com muita truculência e descaso, como de praxe. Primeiro, exigiu uma lista com os nomes das pessoas negras que desejavam entrar, para em seguida ignorá-la. Também se recusou a enviar um representante para dialogar com os estudantes negros, acionando viaturas da polícia com o claro intuito de intimidar as pessoas ali presentes. Como se não bastasse, a segurança foi ordenada a trancar a porta da antiga reitoria enquanto os companheiros discutiam o que fazer, o que efetivamente prendeu dois estudantes dentro do prédio. Prender duas pessoas negras dentro da reitoria foi a gota d’água. A revolta, que já estava à flor da pele, passou a tomar corpo. A pressão dos estudantes negros, gritando palavras de ordem ao som de alfaias, fez com que a segurança cedesse e abrisse a porta. Aos poucos, estudantes de cursos próximos, como FFLCH e ECA chegaram para prestar apoio. Decididos, mesmo sob ameaças e agressões, os estudantes negros tomaram a recepção e o corredor. E então os RDs deram a notícia: acuado pela mobilização, o próprio Zago decidira implodir a reunião do conselho. Depois da grande demonstração de força dos estudantes negros, precisamos ter a questão das cotas como pauta do dia de todo o conjunto de estudantes. Basta de uma universidade elitista, racista e fechada à população que a sustenta. E os estudantes de Letras, curso cuja diversidade difere e muito do restante da universidade, devem ser linha de frente dessa discussão. Precisamos estabelecer um debate muito qualificado sobre cotas no curso para, junto do movimento negro organizado da universidade, pressionarmos a reitoria e os governos. Chamamos a todos para uma Plenária Sobre Cotas no dia 13/04, às 12h e às 18h, na frente do prédio de Letras, para dar início a esse

Estudantes de letras estão se organizando para combater a opressão, dar luz ao conjunto de estudantes, aprofundar o conhecimento sobre diversidade sexual e de gênero, que é uma realidade tão presente dentro e fora do nosso curso. Por isso nasce e se organiza o Coletivo de Diversidade Sexual e de Gênero da Letras, que reflete a importância da organização das pessoas oprimidas no momento em que vivemos e para que possamos nos organizar contra a opressão dentro e fora do nosso curso. Na última quarta-feira, dia 8 de abril, a câmara de Deputados aprovou o PL 4330, que permite a terceirização de todas as profissões, o que com relação a trabalhadores efetivos, corresponde em média a um salário 27% menor, jornada de trabalho com mais horas, semanais, perda de direitos, divisão na representação sindical, além de uma alta rotatividade no trabalho. Isso está ligado diretamente à luta das pessoas não-heterocissexuais, uma vez que essas são as que mais sofrem da exploração e da precarização dos cargos e postos de trabalhos. Consequentemente isso cria uma grande possibilidade para as pessoas, que já são oprimidas pela sociedade, sejam ainda mais oprimidas - desde assédios até mesmo demissões por justa causa sem motivo aparente. É só observarmos os cargos mais precarizados, como telemarketing e serviços de limpeza, e perceber que a suma maioria é ocupada por pessoas de setores oprimidos: não só aqueles fora do padrão heterocissexual, mas também mulheres, pessoas negras e pessoas com deficiência, que também são vítimas da superexploração. Vivemos num país onde ocorre o maior número de assassinatos por crime de ódio contra minorias sexuais e de gênero, onde essas pessoas são expulsas de suas casas e só lhes resta a precariedade de um trabalho superexplorador; são impedidas de estudar e, mesmo depois de superar o vestibular, um filtro social - e as que conseguem superar a burocracia de ingresso devido a dificuldade para conseguir seu nome social reconhecido - tem que suportar situações vexatórias e opressoras em seu ambiente de estudo. Esses são alguns dos muitos motivos pra existir uma mobilização e organização por parte das pessoas que estudam hoje na Letras. Devemos e vamos nos unir para lutar contra a opressão e exploração de sexualidade e gêneros fora do padrão heterocissexual. Venham lutar e construir conosco o Coletivo de Diversidade Sexual e de Gênero da Letras.


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