Boletim da Letras - 10/05

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CALENDÁRIO

13/05 ATO COTAS SIM! REDUÇÃO-TERCEIRIZAÇÃOGENOCÍDIO NÃO! 15h – concentração dos estudantes da USP no vão da História e Geografia 16h – saída em ato até o Largo da Batata 17h – saída do ato do Largo da Batata 14/05 PARALISAÇÃO DO SINTUSP E ATO UNIFICADO DAS ESTADUAIS PAULISTAS Negociação do CRUESP (Conselho de Reitores da Universidades Estaduais de São Paulo) com o Fórum das Seis – ato unificado de trabalhadores e estudantes contra o arrocho salarial e o desmonte da Universidade 12h – concentração dos estudantes na Praça dos Ciclistas (Consolação), com saída em marcha até o MASP 14h – saída do ato do MASP em direção ao CRUESP, na Rua Itapeva ATIVIDADES NO CRUSP SOBRE PERMANÊNCIA À noite – no CRUSP 15/05 LETREIA DESVAIRADA 22h – na Letras 19/05 ASSEMBLEIA GERAL DOS ESTUDANTES DA USP 18h - FAU

Venha construir o próximo Boletim! As reuniões são abertas! Próxima reunião: 20/05, 18h, em frente ao prédio da Letras

Textos, críticas, sugestões, letrasmobilizada@gmail.com

dúvidas:

Comissão de Mobilização da Letras – n 7 – Maio/2015 letrasmobilizada@gmail.com

14/05,

A LETRAS QUER COTAS JÁ! | MEU LATTES! NINGUÉM SAI!

12/05 ASSEMBLEIA DA LETRAS Pauta: Indicativo de paralisação dia conjuntura da USP e cotas raciais 12h e 18h - em frente ao prédio da Letras


A LETRAS QUER COTAS JÁ! No dia 30/04, o curso de Letras paralisou totalmente as suas atividades e se incorporou à paralisação estudantil tirada em assembleia geral em defesa da implementação imediata de COTAS RACIAIS NA USP. No período da manhã, estudantes conseguiram articular com alguns professores um debate sobre cotas no Auditório da História, que ficou lotado. Durante cerca de 3 horas dezenas de estudantes da Letras debateram a importância das cotas raciais, o desmonte da universidade, a crise na educação que assola o país e como o movimento estudantil deve responder a isso. No período da noite, o curso de Letras se incorporou, à atividade chamada pela Ocupação Preta e pelo DCE no vão da Hist/Geo. Ao final da noite, o cadeiraço foi desmontado pelos estudantes, garantindo que as aulas da segundafeira ocorressem normalmente, como combinado. Com essa vitoriosa paralisação, podemos afirmar que a Letras, maior curso do Brasil, é a favor das cotas raciais e tem muito o que falar a respeito do desmonte da universidade que nos atinge a todos e existe para fortalecer um projeto de educação que em nada nos beneficia. Uma nova paralisação acontecerá na universidade no dia 14/05, chamada pelo SINTUSP e pelos trabalhadores das demais estaduais paulistas como forma de pressionar a reitoria e o governo contra o arrocho salarial e o desmonte da universidade. Não podemos perder o espírito do dia 30/04: precisamos fortalecer ainda mais a mobilização na Letras e avançar no debate, em aliança com os trabalhadores e em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Todos ao ato do dia 13/05, COTAS SIM! Redução-terceirização-genocídio NÃO!, e ao ato do dia 14/05, Contra o arrocho salarial e o desmonte das universidades paulistas.

MEU LATTES! NINGUÉM SAI!

Aqui, o que não dá lucro é submetido ao que dá. Na medida em que se aprofunda a privatização, menor se torna a relativa autonomia de pesquisa e ensino. Somos cada vez mais pré-enquadrados nos cursos ou trabalhos de pesquisa, no ritmo de desenvolvimento (financiamento de projeto a curto prazo) e mesmo na forma de exposição (pelas exigências crescentes). Nossa criatividade científica é assimilada em uma revista indexada, ou universidade, quantificando a produtividade teórica e o impacto na comunidade científica pelas citações em publicações. Assim, se um pesquisador publicou “n” vezes e é citado “n” vezes, tem atribuído um "índice n” que permite a ele competir com os demais, mesmo que seu trabalho só seja realizável social e abstratamente. Com essas ferramentas, obtemos tendencialmente todo o “saber-trabalho” existente e sua produtividade de valor baseado nos princípios de compra e venda de cada unidade de sua produção. A universidade, assim, consegue ao mesmo tempo reproduzir a ideologia dominante, cooptar seus colaboradores menos abastados (pagando a quem pensar como ela quer), e reproduzindo força de trabalho qualificada. Se na Letras não geramos patenteamentos, otimizamos sua produção, cumprindo um importante papel de controle, regulação, vigilância e regulação (diretas ou não) da sociedade como ela é. O conhecimento não é um bem manufaturado, como nenhum trabalho o é, assim como o trabalhador intelectual não é em si mesmo e isolado, produtor de lucro. Não o é, como qualquer outro trabalhador que se incorpora, segundo as diferentes modalidades da produção em geral. Mas os interesses do desenvolvimento do capital monopolista terminam por impor-se igualmente no setor de formação de mão-de-obra, que forma os membros da classe trabalhadora, explorada em sua totalidade. Para garantir que essa instituição permaneça sendo exatamente o que é, ou que se aprofunde em seu caminho como desejam os governos e empresários, é só continuar observando. Há professores tratando de silenciar os contrários. Mas se quisermos que nosso diploma transforme a realidade, mesmo a nossa individualmente, a paralisação do dia 30 tem muito a nos ensinar.


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