Edição nº29 Jornal "O Pilar"

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ANO XIi | Nº 29 | ABRIL 2013

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

O PILAR JORNAL DO NÚCLEO DE ESTUDANTES DE ENGENHARIA CIVIL DA AAC

despacho pára o país

MEMBROS DA AAC E NÚCLEOS PROTESTAM EM LISBOA

conferências@dec MAIS UMA EDIÇÃO DE SUCESSO PÁG. 7

SALA24H ABRE EM HORÁRIO EXTRAORDINÁRIO

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sala para refeições abre no dec PÁG. 8

DURANTE ÉPOCA DE EXAMES PÁG. 9

gala dos 40 anos do curso PÁG. 8

AS PME’S DO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL ENTREVISTA A LINA FERNANDES E CARLOS COSTA PÁG. 4 a 6 daniel oliveira - a vida de um Comissário da queima das fitas PÁG. 13

COM O APOIO:

ACIV - ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA ENGENHARIA CIVIL


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EDITORIAL O PILAR

ABRIL 2013

PELOURO DA INFORMAÇÃO DO NEEC/AAC

FICHA TÉCNICA: Direção: Joana Fernandes Edição & Revisão: Carolina Silva Joana Fernandes Melissa Pereira Design & Grafismo: Joana Fernandes Redação: Carolina Silva Joana Fernandes João Santos João Gonçalves Melissa Pereira Agradecimentos: Catarina Agreira Eng. Carlos Costa Daniel Oliveira Diogo Santo Francisca Antunes João Balsa João Alvarinhas Jorge Graça Eng. Lina Fernandes Luís Coimbra D. Maria José Virgílio Ferreira Tiragem: 250 exemplares Impressão: ACIV - Associação para o Desenvolvimento da Engenharia Civil Este jornal foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. NEEC/AAC Departamento de Eng. Civil Rua Luís Reis Santos Pólo II da Universidade 3030-788 Coimbra PORTUGAL E-mail: neecivil@gmail.com URL: http://neecaac.com/

Começou um novo semestre e já estamos de volta em força à correria dos trabalhos e das frequências. Mas vida de estudante é mesmo assim, e é no meio de tudo isto que o Pelouro da Informação e os membros do Núcleo apresentam mais uma edição do PILAR. É verdade que já nos ambientamos à lista de tarefas que o PILAR traz consigo, mas para não deixar todos os agradecimentos para o fim com medo que não os consiga incluir todos, o meu mais sincero obrigado a todos aqueles que encontraram tempo e disponibilidade para participar neste projeto. Nesta 29ª publicação do PILAR fomos ao encontro das PME’s do setor da construção, procurando saber um pouco da realidade que estas enfrentam atualmente. Incluímos ainda um separador Especial sobre uma ação levada a cabo por membros da DG com o intuito de contestar o Despacho que colocaria em risco as cantinas dos SASUC e sobre a 9ª edição das Conferências@DEC que, como já tem sido hábito, foi um verdadeiro sucesso.

Há espaço ainda para as habituais notícias da atualidade e novidades da Engenharia Civil, assim como o Cantinho do Laboratório que falará sobre Construções, Estruturas e Mecânica Estrutural. Para terminar, damos ainda destaque ao Daniel Oliveira, aluno do 3º ano do MIEC que é este ano Comissário da Queima das Fitas, para sabermos mais sobre o trabalho que tem vindo a desenvolver. Resta-me apenas esperar que o PILAR reforce novamente a confiança que tem sido nele depositada ao longo deste ano, como meio informativo sobre as atividades do Núcleo e eventos importantes do Departamento, da Academia e da cidade. Desejo a todos muito empenho e boa sorte na maré de deveres académicos que nos tem acompanhado e claro, uma ótima Queima das Fitas! Até à próxima! Joana Fernandes Coordenadora-Geral do Pelouro da Informação do NEEC/AAC


opinião O PILAR

3 ABRIL 2013

PALAVRAS DO PRESIDENTE Mais um mês passou, e este está a ser literalmente um Abril de Águas Mil.

Ensino Superior. Deste Fórum saíram várias atividades planeadas no âmbito acima referido:

E se águas foram mil, novidades não foram menos.

• 9 e 10 de Abril – Petição “Pelo fim da exclusão no direito à bolsa por motivos familiares” nas faculdades e cantinas;

No rescaldo das Conferências@ DEC resta-me agradecer não só a toda a organização, a todos os oradores e intervenientes como também a todos os alunos que participaram nelas e que ajudaram esta edição a ser o sucesso que foi e pelo facto de pela primeira vez termos conseguido contar com um orador de renome internacional. Continuando com as novidades, teve lugar no passado fim de semana de 6 e 7 de Abril o Fórum AAC 2013, que se realizou no Departamento de Informática da FCTUC, no qual os 26 Núcleos se reuniram com a Direção Geral da AAC para definir as linhas orientadoras da estratégia política da Associação Académica de Coimbra para o presente ano civil. Este Fórum focou-se essencialmente em temas de cariz político e de Ensino Superior como o Processo de Bolonha, o Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), Ação Social e o Financiamento das Instituições do

• 10 de Abril – Assembleia Magna; • 11 de Abril – Entrega da Petição da Assembleia de República; Comunicado à imprensa; • 17 de Abril (44 anos da Crise Académica de 1969) – Pedir a palavra nas aulas. Muitos têm sido aqueles que nos têm abordado relativamente à Aplicação do Novo Regime de Prescrições da UC que entrou em vigor este ano letivo e sobre aquilo que temos feito relativamente ao mesmo. A situação atual é a seguinte: O NEEC/AAC em conjunto com outros Núcleos que representam Mestrados Integrados realizaram um sobre o número de alunos que, a manter-se o período transitório para o novo regime, haviam prescrito apenas no 1º semestre do ano letivo 2012/2013 sendo que esse número rondava os 300 alunos. Com base neste números elabo-

rou-se um documento que pedia a atribuição de mais um ano de transição para o novo regime o qual foi apresentado ao Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra em reunião de Conselho Geral. Tendo tomado conhecimento do mesmo o Reitor comprometeu-se a dar uma resposta, sendo que até ao momento ainda não chegou qualquer feedback aos Núcleos de Estudantes por parte deste. Mal tenhamos notícias serão devidamente publicadas. Quaisquer informações que necessites sobre esta questão não hesites em enviar-nos email para neecivil@gmail.com ou entrar em contacto com Catarina Agreira (913148608), Jorge Graça (912332654) ou Luís Coimbra (918516941). Sem mais nada por agora despeço-me com o desejo de Boa Sorte para as mais variadas avaliações e também o desejo de que esta que se avizinha seja uma ótima Queima das Fitas e que a possam disfrutar com a devida moderação. Jorge Graça Presidente do NEEC/AAC


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ENTREVISTA O PILAR

ABRIL 2013

AS PME’S DO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL

ENTREVISTA A LINA FERNANDES E CARLOS COSTA Por Joana Fernandes As Pequenas e Médias Empresas representam 99,7% do tecido empresarial do País, oferecendo 72,5% do emprego em Portugal. No setor da construção ascendem às 48 000, o que as torna um espelho permanente do estado da Construção Civil. Para percebermos em primeira mão como a crise tem afetado as PME’s contatamos dois administradores de duas empresas com áreas de intervenção distintas:

Lina Fernandes tem 46 anos e fundou à 23 anos a empresa Aplitinta, com sede em Leiria. Posicionada na área da Reabilitação e Protecção de Betão em obras como Reservatórios de Água Potável, ETAR’s e ETAS, realiza obras em todo o país, destacando-se como uma das poucas empresas com valências técnicas para a realização destes trabalhos.

Carlos Costa de 52 anos é Gerente, Projetista e Diretor de Produção da Mesaco, sediada em Penacova e com escritórios em Coimbra. Esta empresa dedica-se a projetos de construção civil e construção de interiores com SCPGL (Sistemas Construtivos com Placas de Gesso Laminado), sobretudo para habitação e serviços, nos concelhos limítrofes da sede e instalação homologada dos produtos da marca de PGL que representam no distrito.

Atualmente, quais os principais entraves ao sucesso das PME’s na Área da Construção Civil? L.F.: A falta de obras, devido á construção em massa que se deu nos últimos anos, agregada à crise económica em geral, que fez diminuir a procura e o investimento em quase, senão mesmo, em todos os setores, fizeram-se

repercutir fortemente na construção civil. Sendo as PME´S os “ Pilares” da economia do país está a ser difícil “aguentar”, mas mesmo assim estou convencida que serão estas que terão mais hipóteses de sobrevivência, por-

que normalmente são empresas de menor dimensão e com custos fixos reduzidos, o que lhes confere uma posição com maior margem de manobra para lidar com a diminuição de trabalho e rendimentos.

C.C.: A saturação e quase completa estagnação do mercado da construção civil, por um lado pela existência de um parque edificado em excesso e que não tem escoamento, por outro lado, pela saturação da oferta de sistemas construtivos, de marcas todas

elas com necessidade colocar os seus produtos e, por fim, pela oferta excessiva de empresas ou instaladores desses sistemas e produtos que fazem com que não haja hipótese de competir em termos de preços por forma a conseguir obter rendimento

líquido do trabalho executado. Essa falta de rendimento das empresas é, na minha opinião, o grande entrave ao sucesso delas. Isto só se pode alterar quando, depois de estabilizada a quebra da procura, se desenvolva o mercado da tão falada recuperação e


ENTREVISTA O PILAR conservação do património, que tem, mais ano menos ano, de ser a alternativa e a solução para o sucesso das PME´s, juntamente

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com a procura de sistemas e soluções com alguma exclusividade ou com a necessidade de alguma especificidade ou domínio de téc-

nicas especiais que faça com que possamos todos atingir o objetivo de conseguir criar e distribuir riqueza.

A crise que presentemente vivemos afetou indubitávelmente e sem exceção o mercado da construção civil. Quais as principais mudanças, positivas e negativas, que esta situação trouxe à sua empresa? L.F.: Sinceramente, neste momento as mudanças são mais as positivas do que as negativas, mas também porque a empresa se posicionou atempadamente num setor da construção não saturado e com espaço para evoluir. Esta situação permite-nos neste

momento efetuar trabalho em áreas com pouca concorrência, e quando esta existe corresponde a empresas de maior volume e com áreas de ação mais diversificadas, o que as torna menos competitivas em relação á Aplitinta. As negativas situam-se obvia-

C.C.: Obviamente que afetou. As mudanças foram radicais, começando pelo redimensionamento da estrutura e um “down sising” de que se ouviu falar há alguns anos, levado quase aos limites, que foi uma decisão sensata tomada ao longo dos anos e que se afigurou como positiva, mas que por outro lado baixou drasticamente quer o volume de negócio,

quer a margem de comercialização, sendo este o fator negativo. É evidente que face às margens de lucro praticadas no setor da construção civil, só mesmo empresas com poucos encargos, instaladas no mercado e sem necessidade de grandes investimentos, seja no que for, é que têm alguma hipótese de sobrevivência, esperemos, até a crise passar.

mente na diminuição do volume de obras, fazendo com que tenhamos de ser mais cuidadosos nas análises de propostas e até mesmo na redução de margens de lucro.

Que apoios/incentivos fazem falta às PME’s portuguesas? L.F.: A Aplitinta considera-se uma empresa privilegiada a nível de apoios, tanto da banca como estatais, através do lançamento de linhas de crédito com benefícios em encargos mais reduzidos,

permitindo assim fazer face a situações pontuais de tesouraria. Neste campo convém frisar que a Aplitinta é uma empresa com 23 anos, sendo isso um fator de confiança. No entanto é óbvio

que para a maioria das empresas o corte no apoio bancário é hoje o principal entreve mas o apoio mais importante seria a abertura de mercado de trabalho que não havendo obras novas, se deveria centrar na reabilitação.

C.C.: Os chavões de sempre, apoio bancário, com crédito facilitado e juros baixos quer às empresas quer à economia, mas isso seria mais do mesmo. Esperemos que “a crise” seja depuradora e que as empresas sãs possam so-

breviver e, a estas, há necessidade absoluta de apoiar, desde logo com coisas simples, como a desburocratização de todo o setor com todas a carga que lhe está associada. Uma simplificação de processos, de licenciamentos de

obras para não fazer com que o mercado da reabilitação não se desmotive com a enormidade dos entraves burocráticos em termos de licenciamentos, de execução de obras de direção, de fiscalização, coisas que em obras de


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ENTREVISTA O PILAR

abril 2013 pequena dimensão têm de ser, obrigatoriamente revistas, sob pena de ser mais caro o projeto, o licenciamento, a direção, a fisca-

lização e toda a carga burocrática, que a obra propriamente dita. Isso já era um bom contributo. Depois, em relação às empresas

maiores, um apoio que permita a internacionalização para que os seus quadros possam usufruir de oportunidades que por cá vão escasseando.

Como prevê que a situação evolua nos próximos anos, a curto e a longo prazo?

C.C.: Não posso ser pessimista, tenho de ser otimista, não só por mim, mas também pelos funcionários, pois temos de ter resiliência suficiente para conseguir cumprir com aquilo que efetivamente pesa pelos ombros

L.F.: A evolução será muito lenta pois o Estado não tem verbas para lançar obras e os particulares têm receio de fazer investimentos, nunca nos esquecendo que a área da construção civil habitacional “rebentou” e dificilmente se voltará a construir habitação para venda da forma desenfreada que marcou a década de 90. Em termos de infra-estru-

turas a situação é equivalente, o que resta virar o mercado para a reabilitação. A gestão em tempos de crise levará a que as empresas estejam mais preparadas para abraçar os novos desafios da construção civil e agarrar o mercado, sendo esta a minha esperança para a Aplitinta em particular.

das pequenas empresas que é no fundo a substituição do estado na responsabilidade social. Sem este espírito de sacrifício, não conseguimos ultrapassar os próximos um/dois anos na esperança da retoma espectável. A esperança

é que passado este deserto, as empresas que tenham conseguido consolidar a sua posição no mercado tenham vantagem de reiniciar a retoma e o caminho da normalidade, isto é, trabalhar, produzir e criar riqueza.

O mercado estrangeiro tem sido uma aposta das empresas portuguesas. Considera a hipótese da internacionalização da sua empresa? Quais os motivos para essa escolha? L.F.: A Aplitinta tem uma área de atuação definida e que pretende levar a efeito no decorrer dos próximos anos. Na área da reabilitação de obras hidráuli-

cas ainda existe muito por fazer, pelo que não passa pelos planos da Aplitinta uma internacionalização definitiva a não ser em situações pontuais, como uma

que está a acontecer agora, onde ponderamos executar uma obra no estrangeiro que poderá sozinha atingir 50% da faturação anual da empresa.

C.C.: É uma hipótese sempre em aberto. Aliás, tem sido a forma como quase todos os nossos ex-funcionários têm ultrapassado a crise, tendo o orgulho de os ter espalhados por vários países europeus. A mais-valia de uma empresa como a Mesaco está na qualidade da formação da mão-de-obra que utiliza na execução

de obras de interiores nos SCPGL. Tal qualidade é revelada pela excelente aceitação que os ex-funcionários têm no exterior, pela qualidade do trabalho executado, sendo esta uma porta sempre aberta quer para mercados tradicionais, quer em mercados emergentes em que a necessidade de mão-de-obra qualificada é uma

realidade. Este é também um dos desafios a nível dos quadros, seja para direção, fiscalização, formação de equipas ou mesmo a implementação de redes comerciais inexistentes nesses países dos produtos e sistemas em que a PGL é a base e que são uma oportunidade no caso de se tornar incomportável o mercado nacional.


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especial O PILAR

abril2013

DESPACHO DO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS PÁRA PORTUGAL

Por Luís Coimbra

No passado dia 9 de Abril, o Ministro das Finanças Vitor Gaspar lançou um Despacho onde aprovou que nenhuma instituição pública, incluindo as universidades, poderia realizar despesas sem ter a autorização oficial do Ministério das Finanças. A consequência mais direta e gravosa da situação seria o fecho das cantinas dos SASUC, pois não poderiam fazer encomendas nem pagamentos, resultando numa rotura de stock de alimentos, tendo sido anunciado o fecho das cantinas na semana de 15 a 20 de Abril. Outra consequência seria o congelamento do pagamento de Bolsas de Estudo. Assim, após aprovação da ação na Assembleia Magna, de 10 de Abril, um conjunto de membros da Direção Geral da AAC e também dos Núcleos, partiu para Lisboa na madrugada de dia 11, decididos a ficar

à porta do Ministério das Finanças até a situação estar revertida. Chegados ao destino, os membros da delegação com quase 50 pessoas, perduraram na rua em frente do Ministério, até que receberam a garantia, dada pelas bancadas parlamentares dos vários partidos, que as Cantinas e as Bolsas, entre outras despesas públicas de educação seriam garantidas. A resposta foi dada após a entrega de uma petição subscrita por todas as Academias do País contra a regra no regulamento de atribuição de

bolsas, que descarta um estudante cujo agregado familiar tenha dívidas ao fisco, do direito de bolsa. Apesar, da (pequena) vitória, não é altura de baixar os braços, pois com os cortes orçamentais, não há dúvida que o financiamento ao ensino vai ser, mais uma vez, diminuído. Na situação atual, há que tomar consciência que neste momento as instituições de Ensino Superior estão demasiado perto da linha de rotura económica, e não podem, nem devem, ter de suportar mais cortes.

nheiros à frente da internacionalização das suas empresas, foram desmistificados e esclarecidos alguns dogmas sobre os mercados internacionais e o papel das empresas e dos engenheiros portugueses nos empreendimentos em países como Angola, Brasil e Moçambique. As palestras sobre a importância da reabilitação na candidatura da Alta e da Ruda da Sofia à UNESCO e sobre a ponte 4 de Abril, vencedora do Prémio Secil 2011, foram também apontadas pelos presentes como de grande interesse. No evento PortugalSteel foram abordadas diversas questões sobre estruturas metálicas, desde a sua aplicação, proteção e

uso diversificado. Um ponto forte deste edição foi a participação do Prof. Doutor Malcom Bolton, director do Schofield Centre da Universidade de Cambridge e orador da Rankine Lecture 2012 que abordou os novos desafios da Engenharia Civil numa palestra intitulada “Civil Engineering: embracing change”.

CONFERÊNCIAS@DEC

Por Joana Fernandes

As Conferências@DEC, que há largos anos acrescem o percurso académico dos alunos do MIEC, tiveram este ano lugar nos dias 27 de Fevereiro e 6 de Março, neste último em conjunto com o PortugalSteel, evento promovido pela CMM. Uma vez mais, o cartaz de oradores cativou e encheu o Auditório Laginha Serafim. A nona edição deste evento marcou o tema: “A Internacionalização da Engenharia Civil” e tentou alertar para o futuro que nos pode aguardar e elucidar como sermos melhores, mais competitivos e mais preparados para o panorama atual. Pela voz da experiência de enge-


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atualidade O PILAR

ABRIL 2013

GALA DOS 40 ANOS DO CURSO JUNTA PROFESSORES E ALUNOS

Por Melissa Pereira

No passado dia 21 de Dezembro, o Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil organizou um Jantar de Gala para comemorar os 40 anos de Engenharia Civil na FCTUC. O evento decorreu no Hotel D. Luís e contou com a presença de inúmeros alunos, ex-alunos e professores da instituição.

ambiente familiar. Por entre discursos, fotografias, música ambiente e uma ementa recheada, não faltou a boa disposição dos

presentes. O convívio prolongou-se noite dentro no Theatrix.

Vestidos a rigor, como exigia a ocasião, a noite permaneceu em

VENDA ANTECIPADA DOS VOUCHERS DA QUEIMA DAS FITAS Por João Santos

No passado dia 6 de Fevereiro, a Comissão Organizadora da Queima das Fitas (COQF) 2013 abriu portas para a venda dos primeiros 1000 vouchers para a próxima Queima a um preço mais reduzido que o habitual. A adesão foi imediata e muitos foram aqueles que se deslocaram até ao edifício da Associação Académica de Coimbra e fizeram parte da longa fila de espera para adquirir o

seu voucher a 39 €. Mais campanhas de venda de vouchers decorreram no Facebook oficial da COQF e no dia 1 de Março no Fórum Coimbra, tendo sido vendidos um total de 1176 vouchers a 39€. Durante o mês de Março estiveram à venda 2500 vouchers ao preço de 45€, sendo que após estes, o bilhete das noites de parque passará a ter o valor final de 49€.

Com esta iniciativa de venda antecipada, a Organização conta arrecadar verbas para formalizar protocolos e contratos.

SALA PARA REFEIÇÕES CASEIRAS ABRE NO DEC Por Melissa Pereira

No passado mês de Janeiro, o Departamento de Engenharia Civil disponibilizou um novo espaço destinado ao consumo de refeições caseiras para os docentes, funcionários e alunos. Localizada na sala CE 3.2 do 3º Piso, a TASCA (Trás Algo Saudável Contigo e Alimenta-te) do DEC está aberta de segunda a sexta-feira, das 8h15 às 16h45, dispondo de frigorífico, micro-ondas e lava-loiça para conser-

vação, aquecimento e consumo da própria alimentação. Este espaço veio assim evitar as habituais complicações de filas e horários e proporcionar a prática de uma alimentação mais saudável e também mais económica. A adesão por parte dos alunos tem sido considerável, havendo já vários grupos de pessoas que combinam com antecedência um dia da semana para “visitarem a TASCA”.


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atualidade O PILAR

ABRIL 2013

CURSO UNIDO NO MEGA-JANTAR DE ENGENHARIA CIVIL

Por Carolina Silva

Na noite de 21 de Fevereiro decorreu no restaurante “Liga dos Combatentes” o já tradicional Mega Jantar de Engenharia Civil. Este ano o evento contou com a participação de 180 pessoas, e foi organizado pelos carros “Eng. Ulisses” e “T.O.P. – Trepa-me o Pilar” em colaboração com o NEEC.

Este evento é realizado todos os anos com o intuito de proporcionar o convívio e a interação entre alunos de diferentes anos e assim reforçar a união entre os estudantes do curso. E, como não poderia deixar de ser, foi um verdadeiro sucesso!

SALA 24H EM HORÁRIO EXTRAÓRDINARIO DURANTE OS EXAMES Por Luís Coimbra Na passada época de exames, por proposta do NEEC e do NEEA, a sala de estudo do DEC funcionou em horário extraordinário graças a um regime de vigilantes, que asseguraram a abertura e manutenção do espaço desde as 20h às 4h, colmatando assim os problemas técnicos que impossibilitaram a abertura em horário previsto.

Durante o período de aulas a sala está aberta das 8h às 20h, mas a necessidade de espaços de estudo na época de exames justificou o prolongamento deste serviço, que inicialmente se fez durante a semana mas atendendo ao sucesso e ao pedido dos alunos se estendeu também ao fim-de-semana.

ca de 30 alunos por dia, sendo a maioria de Civil e Ambiente, mas também teve uma adesão significativa de estudantes de outros cursos, não só do Pólo 2, como de toda a Universidade de Coimbra e IPC.

Em média a sala contou com cer-

Neste momento, está a ser planeado a utilização do espaço fora de horas, no período letivo de aulas, mediante um sistema de requisição: basta que um grupo se mostre interessado e contacte o NEEC ou o NEEA e que se destaque um responsável que ficará com um cartão para abrir a sala. A manutenção da sala ficará a cargo do responsável nomeado, que deverá garantir sempre uma utilização regrada e sustentável do espaço.

mento do curso e é de extrema importância para a garantia de qualidade do Ensino Superior português e a sua inserção no sistema europeu. Consistiu numa avaliação interna e externa, onde foram ouvidos alunos, professores e funcionários sobre questões

pedagógicas e de funcionamento do Departamento e dos cursos. Alguns elementos do NEEC participaram no painel de avaliação, incidindo o seu contributo na avaliação das acividades extracurriculares oferecidas, das competências do Núcleo e de exames e avaliações contínuas

Os elementos dos núcleos revezaram-se entre si para assegurar os turnos da noite e tinham como responsabilidade a abertura e fecho da sala, assim como a manutenção de um ambiente de estudo apropriado. Para maior conforto dos utilizadores, o Núcleo disponibilizou serviços de café para auxiliar o estudo.

A3ES

Por Joana Fernandes

Nos dias 2 a 5 de Abril, o Departamento de Engenharia Civil recebeu a A3ES (Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior) para uma avaliação ao MIEC e PDEC. Esta auditoria obrigatória de 5 em 5 anos, estabelece um parecer vinculativo ao funciona-


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cantinho do laboratório O PILAR

ABRIL 2013

CONSTRUÇÕES, ESTRUTURAS E MECÂNICA ESTRUTURAL Nesta edição o PILAR dá a conhecer, como já é habitual na secção do “Cantinho do Laboratório”, as teses e trabalhos desenvolvidos pelos alunos dos laboratório de Construções, Estruturas e Mecânica Estrutural. Este espaço laboratorial partilhado pelas áreas científicas de Construções, Estruturas e Mecânica Estrutural está preparado para a execução de diversos tipos de ensaios no âmbito de trabalhos de investigação e de aulas laboratoriais. O conjunto de equipamentos de que dispõe é composto por máquinas universais, prensa de compressão, pórticos, equipamento de carga e equipamento para preparação e montagem de provetes a testar, possibilitando assim a realização de trabalhos experimentais de investigação, de ensaios estáticos e dinâmicos,

de resistência ao fogo, de controlo de qualidade de materiais e sistemas de construção. É detentor de um espaço destinado à realização de testes de higrotérmica e dispõe ainda de duas câmaras acústicas reverberantes que permitem analisar o isolamento acústico a sons aéreos de elementos de separação verticais, determinar a absorção sonora de revestimentos e ainda trabalhos experimentais em isolamentos a sons de percussão ou ensaios não destrutivos, com recurso a um equipamento de ultra-sons.

ÁREA CIENTÍFICA DE CONSTRUÇÕES “Isolamento Acústico conferido por Divisórias Leves”, de Virgílio Ferreira No parque edificado nacional é muito frequente o uso de soluções pesadas a exercer funções de compartimentação (lajes em betão e paredes em alvenaria). O objetivo principal da tese que aqui apresentamos é avaliar o isolamento sonoro conferido por divisórias leves, tanto em construção nova como em reforço de soluções pré-existentes. Assim, são analisadas soluções com painéis de gesso cartonado, painéis Viroc, envidraçados e divisórias em aglomerados de madeira para as paredes, e para os pavimentos, soluções de madeira (soalhos) e betão contendo várias melhorias ao nível construtivo. Para o seu desenvolvimento irá recorrer-se a um programa de previsão de isolamento sonoro Acoubat Sound, para estudar a influência de outros fatores no desempenho global de uma solução de isolamento acústico, como a volumetria dos espaços e

Coordenador do Laboratório: Prof. Doutor Sérgio Manuel Rodrigues Lopes Coordenador da Área Científica de Construções: Prof. Doutor António José Barreto Tadeu Coordenador da Área Científica de Estruturas: Prof. Doutor Luís Miguel Cruz Simões Coordenador da Área Científica de Mecânica Estrutural: Prof. Doutor Luís Simões da Silva


cantinho do laboratório O PILAR

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influência de transmissões marginais. O programa tem por base as normas 12354-1 e 12354-2, respeitantes a isolamento acústico a sons aéreos e a sons de percussão. Estas normas desenvolvem metodologias de cálculo mais detalhado que não entram apenas com a contribuição do elemento separador entre os espaços a isolar, mas também com a contribuição das soluções construtivas dos espaços adjacentes, importantes nas transmissões marginais e secundárias. As principais conclusões a apresentar deverão passar por mostrar que há benefícios em utilizar soluções leves em detrimento de soluções pesadas, sendo a mais flagrante ao nível da redução da sobrecarga introduzida na estrutura, não comprometendo o desempenho acústico da solução global. Outra conclusão a citar será que não basta escolher uma divisória com um desempenho acústico muito bom, sendo necessário atuar também nas restantes soluções construtivas dos compartimentos, nomeadamente ao nível das lajes de piso, das lajes de teto e das restantes paredes.

ÁREA CIENTÍFICA DE ESTRUTURAS “Elementos Destrutivos e não Destrutivos de Elementos Retangulares de Madeira de Pinho Bravo”, de João Pedro Balsa A madeira maciça para aplicações estruturais pode ser classificada recorrendo a duas abordagens distintas: classificação visual e classificação mecânica. O desenvolvimento deste trabalho tem como principal objetivo o estudo dos processos e parâmetros envolvidos na classificação visual e mecânica de elementos de madeira de Pinho Bravo.


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CANTINHO DO LABORATÓRIO

abril 2013

O PILAR

Neste trabalho irá ser selecionada uma amostra de secções estruturais de madeira, a qual vai ser classificada visualmente seguindo as indicações da NP 4305 e da EN 1310. Após essa classificação será realizada uma avaliação mecânica usando o módulo de elasticidade dinâmico, determinado recorrendo a métodos envolvendo vibração longitudinal. Finalizados estes processos, todas as peças serão sujeitas a ensaios estáticos não destrutivos para determinação de módulo de elasticidade e destrutivos para determinação de resistência à flexão. Os resultados obtidos serão posteriormente analisados nomeadamente através do cálculo de correlações simples e múltiplas entre as diferentes propriedades e parâmetros medidos. Com base nesta análise serão avaliados os processos e respetivos parâmetros que melhor permitem estimar as propriedades de rigidez e resistência desta madeira.

ÁREA CIENTÍFICA DE MECÂNICA ESTRUTURAL “Caracterização do comportamento de ligações assimétricas”, de Francisca Antunes Na regulamentação existente não dispomos de nenhuma formulação para determinar o comportamento de ligações metálicas assimétricas entre elementos estruturais. A tese que aqui apresentamos surge no âmbito de uma outra tese de doutoramento anteriormente desenvolvida que tratava o caso específico de ligações metálicas soldadas em nó interno. Tendo como base o estudo da tese de doutoramento citada, o objectivo do presente trabalho será o de obter o maior número de soluções possíveis com diferentes relações entre alturas das vigas presentes nas ligações metálicas soldadas do tipo viga-pilar, de modo a que se crie um padrão que possa ser adaptado para a regulamentação. No seu desenvolvimento irá recorrer-se ao programa Abaqus, programa de elementos finitos, possibilitando modelar as ligações e procedendo a uma análise das tensões e deformações das secções. Estando numa etapa inicial de execução, as conclusões obtidas são ainda generalizadas, sendo necessária uma repetida análise do comportamento local e global das secções em questão de modo a obter conclusões específicas.


DESTAQUE O PILAR

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A VIDA DE UM COMISSÁRIO DA QUEIMA Por Carolina Silva

O Comissário da Queima das Fitas eleito pela Faculdade de Ciências e Tecnologia é de Engenharia Civil, chama-se Daniel e frequenta o 3º ano. O PILAR aproveitou esta oportunidade para descobrir o que faz esta comissão, como funciona e como nos proporciona a maior festa académica do país. O PILAR: Como surgiu a oportunidade de concorrer a Comissário da Queima das Fitas? Daniel: Nada planeado, fruto duma conversa ocasional que “escorregou” para o facto de estarem a decorrer as inscrições para as eleições deste cargo. Rapidamente fiquei entusiasmado com a possibilidade de puder fazer parte da organização da mais antiga, tradicional e conhecida Queima das Fitas do País. Expus a ideia perante os meus pais, dos quais obtive imediatamente a aprovação, e dos meus amigos que logo se prontificaram em apoiar. O PILAR: Qual a importância real da figura de Comissário? Daniel: É de salientar que, só em Coimbra é que este cargo existe, marcando assim pela diferença. A Figura de Comissário tem como objetivo a representação da sua faculdade, inerente à responsabilidade de idealizar e executar todas as atividades respetivas ao pelouro pelo qual ficou responsável. Como tal existem sete Pelouros diferentes: Infraestruturas, Cultura, Tradição, Desporto, Produção, Relações Institucionais, Tesouraria e Bailes. O PILAR: Como funciona a Comissão Organizadora da Queima? Daniel: A Comissão Organizadora da Queima das Fitas (COQF) é constituída pelo Conselho Geral (cinco elementos), por mim e mais sete Comissários que constituímos a Comissão Central (um de cada faculdade), pelo Secretário-geral e Secretariados (dez, escolhidos pelo Secretário Geral). O Secretário-geral tem como principais funções: coordenar os secretariados e suas atividades, e

colaborar com a Comissão Central na escolha e organização das suas tarefas. Tais tarefas carecem sempre duma aprovação prévia, pelos membros do Conselho Geral, e duma colaboração na sua execução por parte dos Secretariados. O PILAR: Quais as funções gerais que te competem? Tens alguma equipa que te apoie no desempenho das tuas tarefas? Daniel: Nesta Comissão sou responsável pelo Pelouro das Infraestruturas, no qual tenho como tarefa principal a elaboração das Noites do Parque, sendo assim o responsável pela escolha e organização das infraestruturas necessárias. O objetivo principal é tornar o espaço o mais seguro, acolhedor e diversificado para que todos nós estudantes possamos aproveitar esta Semana Académica o melhor possível. Para este ano tenho ainda como meta a atingir, fazer com que os estudantes se desloquem mais cedo para o recinto, como tal, juntamente com alguns membros da COQF’2013, estou a tentar desenvolver uma ideia nova, que a seu tempo será divulgada. Como seria de esperar, todo este trabalho não é feito exclusivamente por mim, por isso temos ainda a possibilidade de formar uma equipa para nos ajudar na execução das tarefas, para além de, como já referi, todo o apoio prestado pelos restantes membros da COQF. O PILAR: O fato de teres optado pelo Pelouro das Infraestruturas esteve relacionado com o fato de frequentares o curso de Engenharia Civil?

Daniel: A verdade é que sim. Uma vez que, como já tive a oportunidade de confirmar, na nossa área o planeamento e organização tem grande importância em qualquer obra que se desenvolva, achei que poderia ter uma primeira aproximação dessa realidade aqui mesmo. Tornando, assim, uma mais-valia para que num futuro próximo (espero eu!) possa vir a aplicar os conhecimentos que adquirir durante esta experiência. O PILAR: O que podes adiantar sobre esta edição da Queima das Fitas? Daniel: Para adiantar ainda não existe nada em concreto, apenas que nesta Queima das Fitas temos como lema de trabalho “FAZER MAIS, COM MENOS”, por isso estamos a trabalhar no sentido de conseguir proporcionar a nós, estudantes, uma das melhores Queima das Fitas dos últimos tempos. Gostaria ainda de sublinhar que a Queima Das Fitas de Coimbra começa 50 dias antes do cortejo e termina 30 dias depois, estando a decorrer durante estes dias as atividades desportivas e culturais.


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NOVIDADES DA ENGENHARIA O PILAR

abril 2013

SMART HIGHWAY - A ESTRADA INTELIGENTE Por João Gonçalves

O projeto de estradas inteligentes Smart Highway, que será posto em prática ainda este ano, é um marco inovador nas infraestruturas rodoviárias sendo prova disso o recentemente prémio Best Future Concept que recebeu. O projeto foi desenvolvido pelo Studio Roosegaarde e será implementado numa estrada em Barbant, na Holanda, que servirá como cobaia deste piso da próxima geração, com a ajuda da Heij-

man, uma empresa holandesa. Na base do projeto está um pó fluorescente inovador que define as linhas da estrada e elementos gráficos que avisam os condutores, por exemplo, das condições climatéricas, aparecendo o símbolo da neve pintado na plataforma rodoviária quando as temperaturas são baixas e o piso está escorregadio. Todos estes elementos de iluminação são alimentados por turbinas eólicas

que se ligam com a aproximação do veículo. Numa segunda fase, o projeto pretende implementar nas mesmas estradas um método de carregamento das baterias dos carros elétricos. Deste modo, com este tipo de iluminação sustentável, os municípios e governos podem reduzir o investimento em energia e oferecer maior segurança aos condutores.

ARRANHA-CÉUS SUSTENTÁVEL COM VENTILAÇÃO NATURAL Por João Gonçalves

No ano 2015 está prevista a construção da Torre PNC Plaza, em Pittsburg (EUA), edifício que servirá de sede a uma das maiores e mais antigas instituições financeiras do mundo, o Grupo PNC. Terá 33 pisos, 170 m de altura e área bruta de cerca de 800 mil m2 e pretende ser um símbolo de sustentabilidade em edifícios de grande porte, utilizando tecnologias construtivas inovadoras que permitem um controlo ambiental interior de elevada eficiência energética. Uma das principais características deste projeto será o revolucionário sistema de ventilação passiva através de elementos móveis nas fachadas.

A Torre PNC Plaza foi orientada de forma a maximizar a exposição solar e a sua fachada foi parcialmente automatizada, disposta em dupla camada de modo a que permita a ventilação natural da totalidade do edifício. Para que o ar exterior circule em toda a altura através do espaço existente entre as duas camadas da fachada, existem pequenas janelas de abertura regulável, por onde o ar fresco do exterior penetra. O ar quente do fluxo ventilatório é expelido pela cobertura. Para além deste sistema de ventilação, possui um outro para armazenamento de água da chuva, reutilização da água e sistemas de retenção.

Para a execução deste projeto serão necessários mais de 2500 trabalhadores e o custo de construção rondará os 240 milhões de dólares (cerca de 184 milhões de euros)


NEEC/AAC O PILAR

15 ABRIL 2013

ATIVIDADES DO NÚCLEO Tarde de Fados Com o começo de um novo semestre, o Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil realizou no dia 20 Fevereiro mais uma febrada cultural no DEC, onde não faltaram as típicas febras e finos a preços convidativos. A animação do evento ficou a

cargo das Mondeguinas, Tuna Feminina da Universidade de Coimbra, que atuaram para uma plateia entusiasta. O principal objetivo das atividades realizadas foi proporcionar um ambiente de união e convívio entre os alunos do Departamento.

Visita Técnica à Barragem do Baixo Sabor No dia 14 de Dezembro o NEEC/ AAC proporcionou uma visita técnica patrocinada pela ACIV à Barragem do Baixo Sabor, distrito de Bragança, no âmbito do Perfil de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente. Este aproveitamento hídrico que deverá produzir energia a partir de 2014 e está equipado de forma a possibilitar uma melhor gestão da produção

e otimizar a produção de toda a cascata do Douro a jusante. Os participantes guiados pelo Eng. Vitor Afonso da EDP puderam visitar o escalão de jusante e montante, os canais hidráulicos e o poço do gerador, numa visitarinfelizmente marcada pela chuva o que impossibilitou o acesso a algumas partes.

Feira de Informação Escolar e Profissional A Escola Secundário Jaime Cortesão, em parceria com a Associa-

ção Académica de Coimbra, realizou, no dia 1 de Março, uma feira de cursos que contemplava não só cursos universitários como também cursos profissionais, proporcionando um contacto entre os alunos e os seus cursos de preferência. Esta exposição, direcionada maioritariamente para alunos

Feira do Livro Técnico Entre os dias 18 e 20 de Janeiro realizou-se no Departamento de Engenharia Mecânica, a Feira do Livro Técnico. Resultado de uma parceria do Núcleo de Mecânica e do NEEC, teve como objetivo tornar mais acessíveis aos alunos os livros técnicos indispensáveis

às unidades curriculares de cada curso. Esta iniciativa contou com o apoio da Livraria Almedina, que atendeu aos pedidos de livros mais específicos, que nem sempre são fáceis de encontrar, e a preços convidativos.

do 12º ano, contou com a participação do curso de Engenharia Civil da FCTUC, representado por membros do NEEC. Ao que apurámos, a banca de exposição do nosso curso não teve a adesão esperada, devido, provavelmente, à situação atual da Construção Civil.


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CRÓNICA O PILAR

abril 2013

POZINHOS DE ESQUECER Caro Leitor, esta é já a nossa segunda obra e a primeira com a qual concorremos ao prémio Pullitzer. Sentimos que já somos capazes de tal feito considerando o feedback e todos os escrutínios de que foi alvo a nossa última crónica. Temos perfeita noção que o nosso caminho foi erróneo e vimos humildemente pedir desculpa aos produtores de azeite por termos provocado a quebra de negócio no sector, de 0,4% só no mês de Janeiro. Desta feita optámos por dissertar acerca da temática do conflito de gerações. “ah que redação entediante” diz o leitor mais atento que tem a mania que possui algum vocabulário e intelecto. Estimo bem que se quilhem, vão para a última página que tem lá sudokus e palavras cruzadas (e quem tiver 10 anos também pode ver as imagens e descobrir as diferenças). Desde já damos os nossos parabéns a quem tem 10 anos e anda na universidade. Vá, tratando de assuntos sérios. Que nos dizem os nossos colegas acerca de que o ouvinte mais interventivo e atento de um evento da importância das Conferências@DEC seja um engenheiro com 84 anos enquanto que o futuro da Engenharia Civil mostra uma enorme inércia em se afastar dos bolinhos do coffee break? Há que dar mérito ao senhor, que não cede ao peso da idade e vai bombar para o convívio na discoteca depois da Gala dos 40 anos de Engenharia Civil (evento que lamentavelmente coincidiu com um jantar de um perfil do MIEC). Ainda no tema da porrada gera-

cional, há uma coisa que nos irrita profundamente: A frase muito proferida em verborreias correntes, (ler em voz rouca e esforçada) “ah e tal, isto é tudo uma vergonha, no meu tempo é que era bom!”. Mas qual é o critério?! Antigamente, a brincadeira corrente dos putos era andar à pedrada aos miúdos do bairro rival. Nós tínhamos gameboys. Havia um rabo de sardinha para 7 irmãos! Nós temos o Macdonalds. (sobre isto fica uma questão para uma próxima: Se nos bares há a regra que não se pode vender bebidas alcoólicas a pessoas visivelmente embriagadas, porque não há a mesma regra no “Mac” só que aplicável a obesos?). Havia um regime de censura em que ninguém podia dizer nada. Nós não conseguimos calar a Teresa Guilherme. Antigamente estava um indivíduo todo embriagado na taverna a dizer que não pagava a dízima ao rei porque o filho tinha fugido para as cruzadas, agora paga-se 1000 euros por ano (mais despesas de educação, festas académicas, alojamentos e lanches no Sr. Fernando) para faltar às aulas. –“Oh Diogo, eu só faltei daquela vez porque adormeci e moro longe”. Até parece que agora as pessoas vivem a vida como um jogo de encontrar as 7 diferenças. Só que para reclamar! São os Indiana Jones de encontrar defeitos e gralhas. Repare-se agora no seguinte: O nível de exigência das disciplinas do ano subsequente ao do verboso, é mais fácil. O ano seguinte, é mais fácil ainda. Então mas se seguirmos esta lógica o curso

atualmente não se deveria chamar Workshop Integrado em Engenharia Civil? Nós antigamente entrávamos com Matemática e Físico-química e no futuro entrar-se-á com meia temporada da Dora, a exploradora e um certificado de MS Paint. Esta ideologia é claramente exacerbada por aqueles que sofrem da Síndrome da Cadeira Feita, cujo principal sintoma é que após bater um 9,45 no NONIO a unidade curricular correspondente torna-se mais fácil do que encontrar um carro estacionado no passeio adjacente ao alçado principal do Departamento. Nem que esse 9,45 tenha sido assegurado apanhando umas folhas que caíram curiosamente ao chão ou então demonstrando algumas skills em PowerPoint. Note-se ainda que há 4 anos tínhamos de nos candidatar ao ensino superior e agora parece que metades dos candidatos se esqueceram de meter os papéis. Mais ainda os que entraram, estão-se a esquecer de estudar. É normal visto que hoje em dia se come muito queijo. Mas espera lá! O queijo faz esquecer?! O que o queijo faz é engordar! Por um fatia de 40g de queijo flamengo existem 68kcal e 0g de pozinhos de esquecer. Avisamos desde já que como temos recebido muito boas críticas, a próxima crónica vai ser uma edição especial que irá conter apenas farpas em forma de tabela sem nenhuma conexão textual. Diogo L. Santo e Luís Coimbra


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AGENDA CULTURAL O PILAR

ABRIL 2013

Por Carolina Silva

MÚSICA Pensão Flôr

Este projeto de “música contra a tristeza e o tom cinzento que têm impregnado as nossas vidas” é feito pelos sete artistas que ocupam a Pensão Flor. Depois do concerto de dia 27 de Abril ter esgotado, surge outro a 28 de abril, às 21h30, onde “O caso da Pensão Flor” será explicado a todos os muitos que, certamente, fazem questão de acolher o novo projeto musical de Coimbra ao vivo, no Auditório do Conservatório de Música de Coimbra.

TEATRO

Gonger: um triângulo de imagem, som e palavra Gonger, cujos autores são Gonçalo Barros e José Geraldo, é um novíssimo projeto que alia a voz humana à música eletroacústica. O espetáculo, inserido no âmbito da XV Semana Cultural de Universidade de Coimbra, estará dividido em duas partes: “Memórias das cheias do Mondego em Coimbra” e “Ser de água no Google”. Realizar-se-ão exibições nos dias 18 (23h30) e 29 de Abril (18h30), no TAGV, com um custo de 3€.

DANÇA

A Sagração da Primavera No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Dança, Mónica Calle apresenta, em estreia absoluta, um espetáculo criado a partir do libreto e da música de Igor Stravinsky e da coreografia de Nijisky. É possível assistir a este espetáculo, no dia 29 de Abril, às 21h30, na Sala Principal TAGV, a um custo de 1€.

CINEMA E se vivêssemos todos juntos? O filme conta a história de Annie, Jean, Claude, Albert e Jeanne, ligados por uma forte amizade que dura há mais de 40 anos. Assim, quando a memória falha, a velhice mostra sua força e o fantasma da casa de repouso vem assombrá-los. Eles decidem viver juntos. O projeto parece loucura, mas a Hunger

convivência traz velhas lembranças, novas perspetivas e um novo desafio: viver em república com mais de 75 anos! Esta comédia estará em exibição no TAGV no dia 22 de Abril, às 21h30 e terá um custo de cerca de 3€.

Hunger é um drama que retrata não só parte da História como também faz um relato realista do que se passou na Prisão de Maze (Irlanda do Norte) em volta da greve de fome da IRA, em 1981, liderada por Bobby Sands. Com um olho épico para os detalhes, o filme explora o que acontece quando a mente e o corpo são

puxados até ao último limite. Este filme, que já recebeu diversas nomeações e prémios, encontra-se integrado no Ciclo de Cinema de Primeiras Obras organizado pela República Baco a decorrer no dia 23 de Abril às 21h30, nesse mesmo espaço.


P 12. D I J K 13. 18 PASSATEMPOSN 14. C A abril 2013 15. T R E 16. P E R C O L 17. A T E PALAVRAS CRUZADAS 11.

O S O L L A R

Z T R C I Ç R

O R M A Ç Ã O

L Â N I C O A A L R I O A O

O PILAR CARTOON

Por Ricardo J. Rodrigues

1. 2. 3. 4. 5. 6.

DESCOBRE AS 8 DIFERENÇAS

7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17.

17.

SOLUÇÕES

15. 13.

DIFERENÇAS

14. 12. 11.

10. 9. 8. 7. 6. 5. 4. 3. 2. 16.

PALAVRAS CRUZADAS

1.

Z T R C I Ç R

11. P O 12. D I J K S 13. N O 14. C A L 15. T R E L P E R C O L A 17. A T E R

8. V I 9. R O T U N 10. F O R M A Ç Ã O

I R L E A O G

1. P R E C 2. D E S C A R 3. T A Y 4. T 5. C P R E 7.

6.

P E O O U R O

D D U L A A R A O I G R D D T L

L I O R O A N D A Ç Ã O Â N I C O O A L F

L I T O L A N D O

T A Ç Ã O A D O R

cular, em torno da qual é estabelecido um sentido único de circulação; 10. Estrutura responsável por transmitir as solicitações das construções ao solo; 11. Cimento que contém pozolanas na sua composição; 12. Algoritmo que soluciona o problema do caminho mais curto, concebido em 1956 por um holandês com o mesmo nome; 13. Distribuição da estatística que descreve uma série de fenómenos, também conhecida como distribuição de Gauss; 14. Rocha sedimentar que contem minerais de carbonato de cálcio em quantidades acima de 30%; 15. Sistema triangular de barras onde estas apenas estão sujeitas a esforços axiais; 16. Movimento e filtragem de fluidos por materiais porosos; 17. Porção de terra ou entulho com que se nivela ou alteia um terreno.

16.

1. Fenómeno meteorológico relacionado com a queda de água do céu; 2. Elemento hidráulico para escoamento do excedente de água na albufeira de uma barragem; 3. Expansão de uma série de funções ao redor de um ponto; 4. Instrumento ótico utilizado na topografia para medir ângulos verticais e horizontais; 5. Volume de fluido que atravessa uma dada área por unidade de tempo; 6. Tipo de cimento mais utilizado em construção, cujo nome é uma homenagem à ilha britânica homónima; 7. As curvas de_______ traduzem o andamento da superfície livre em canais que transportam caudal constante; 8. Substância inorgânica, amorfa e fisicamente homogénea; Material cerâmico à base de sílica; 9. Tipo de interseção caraterizado pela convergência de diversos ramos, numa praça central de forma geralmente cir-


AVISOS O PILAR

19 ABRIL 2013

A eliminatória de Eng. Civil da 2ª edição do Beerolympics do Polo II irá decorrer dia 24 de Abril. Junta-te a um amigo e participa, poderás ganhar na fase de eliminatória 2 Bilhetes Pontuais e na Final (dia 30 de Abril) um Bilhete Geral de Parque para a Queima das Fitas.

Durante os dias 8 a 30 de Abril irá decorrer uma recolha de alimentos organizada pelo Pelouro da Intervenção Cívica e Ambiente da DG/AAC. O NEEC e o NEEA associaram-se a esta iniciativa, pelo que irá haver um ponto de recolha no DEC! Traz um pacote de massa ou outro alimento não perecível e ajuda esta causa. Os alimentos serão distribuídos por várias instituições de apoio a pessoas carenciadas.

Para mais informações ou esclarecimento de dúvidas dirige-te ao NEEC/AAC ou contacta-nos através do e-mail neecivil@gmail.com Acompanha as novidades em facebook.com/neecaac ou no site do NEEC (www.neecaac.com)


MAPA DE EXAMES - Mestrado Integrado em Engenharia Civil (ano lectivo 2012-2013) MAPA DE EXAMES - Mestrado Integrado em Engenharia Civil (ano lectivo 2012-2013)

2º Semestre - Época Normal 2ºDia Semestre - Época Normal 1º ANO Dia

03/6 03/6 04/6 04/6 05/6 05/6 06/6 06/6 07/6 07/6

11/6 11/6 12/6 12/6

13/6 13/6 14/6 14/6

2º ANO

1º ANO

2º ANO

Geologia da Engª

Geologia da Engª

9:30

9:30

Betão Armado I

Betão Armado I

An. Matemática II 9:00 An. Matemática II 9:00

4º ANO

14:30

Dir.G.Fisc.Obras

Impactes Ambient.. 9:30

Impactes Ambient.. 9:30

Hidr.Rec. Hídricos 14:30

Hidr.Rec. Hídricos 14:30

Mecânica Mecânica II

9:30 9:30

Mec. Solos 14:30 Mec. dosdos Solos II II14:30

Estrut.Metálicas14:3014:30 Estrut.Metálicas

Res.Materiais MateriaisI I 14:30 14:30 Res. Mét.Estatísticos Mét.Estatísticos

14:30 14:30

Vias Comunic. Vias Comunic. I I 9:309:30 HidráulicaGeral GeralI I 9:30 9:30 Hidráulica

Física Geral Geral II Física

Fundações 14:3014:30 Fundações

9:30 9:30 Projeto Urbano. Projeto Urbano.14:3014:30

20/6 20/6 21/6 21/6

Topografia Topografia

Dia Dia 24/6 24/6 25/6 25/6 26/6 26/6 27/6 27/6 28/6 28/6

1º ANO 1º ANO An. Matemática II An. Matemática II

14:30 14:30

T. T. Estruturas I I 9:309:30 Estruturas

Semestre--Época Época de de Recurso 2º2ºSemestre Recurso

05/7 05/7

Dir.G.Fisc.Obras 14:30 14:30

5º ANO

14:30

19/6 19/6

01/7 01/7 02/7 02/7 03/7 03/7

5º ANO

4º ANO

Sistemas de Engª 14:30

Sistemas de Engª 14:30

17/6 17/6 18/6 18/6

3º ANO

3º ANO

9:00

9:00

Mecânica I Mecânica I

9:30

Física Geral II Física Geral II

9:30

9:30 9:30

Mat.Construção Mat.Construção 14:30 14:30 2º ANO

Mét.Estatísticos

14:30

14:30

4º ANO 3º ANO 4º ANO Betão Armado I 14:30 Dir.G.Fisc.Obras 9:30 Betão Armado I 14:30 Dir.G.Fisc.Obras 9:30 Geologia da Engª 9:30 Impactes Ambient. 14:30 Geologia da Engª 9:30 Impactes Ambient. 14:30 Hidr.Rec. Hídricos 14:30 Hidr.Rec. Hídricos 14:30 Sistemas de Engª 9:30 Estrut. Metálicas 14:30 Sistemas de Engª 9:30 Estrut. Metálicas 14:30 Mec. dos Solos II 14:30 Mec. dos Solos II 14:30

Res.Materiais I

9:30

9:30

Hidráulica Geral I

9:30

9:00

Mat.Construção

14:30

9:00

Mat.Construção

Hidráulica Geral I

Topografia Topografia

3º ANO

2º ANO

Res.Materiais I Mét.Estatísticos

Gest. Empreendim Gest. Empreendim9:30 9:30

Vias Comunic. I

Vias Comunic. I

9:30

9:30

9:30

14:30

Fundações

14:30

Projeto Urbano

14:30

Fundações

Projeto Urbano

T. Estruturas I

T. Estruturas I

9:30

9:30

14:30 14:30

Gest. Empreend.

14:30 Gest. Empreend. 14:30

Nota: As provas assinaladas a cinzento são realizadas nos Departamentos responsáveis pelas unidades curriculares.

Nota: As provas assinaladas a cinzento são realizadas nos Departamentos responsáveis pelas unidades curriculares.

5º ANO

5º ANO


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