Pilar Nº 27

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ANO XI | Nº 27 | NOVEMBRO 2012

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

O PILAR JORNAL DO NÚCLEO DE ESTUDANTES DE ENGENHARIA CIVIL DA AAC

INAUGURAÇÃO DA SALA 24H PÁG. 6

UC UNIDA CONTRA OS CORTES PÁG. 7

RECEÇÃO AO CALOIRO PÁG. 8 e 9

FESTA DAS LATAS E IMPOSIÇÃO DE INSÍGNIAS PÁG. 10

RESULTADO DAS CANDIDATURAS AO MIEC ENTREVISTA AO PROF. ALMEIDA E SOUSA PÁG. 4 e 5

O BETÃO COM BACTÉRIAS QUE SE AUTO-REPARA PÁG. 14

JORNADAS PEDAGÓGICAS PÁG. 15

COM O APOIO:

ACIV - ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA ENGENHARIA CIVIL


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EDITORIAL O PILAR

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E eis que chega mais um novo ano de trabalho... PELOURO DA INFORMAÇÃO DO NEEC/AAC

FICHA TÉCNICA: Direção: Joana Fernandes Melissa Pereira Edição & Revisão: Carolina Silva Joana Fernandes Melissa Pereira Design & Grafismo: Joana Fernandes Redação: André Santos Carolina Silva Catarina Agreira Filipe Teles Joana Fernandes João Gonçalves João Santos Melissa Pereira Sara Dias Agradecimentos: Prof. Doutor Almeida e Sousa Diogo Santo João Costa João Teles Jorge Graça Tiragem: 250 exemplares Impressão: ACIV - Associação para o Desenvolvimento da Engenharia Civil Este jornal foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. NEEC/AAC Departamento de Eng. Civil Rua Luís Reis Santos Pólo II da Universidade 3030-788 Coimbra PORTUGAL E-mail: neecivil@gmail.com URL: http://neecaac.com/

Com o início de mais um ano letivo, surge mais uma edição do jornal O PILAR, o jornal de estudantes para estudantes, que conta já com onze anos de existência. É com muito orgulho que o atual Pelouro da Informação do NEEC/ AAC assume o compromisso de dar continuidade ao excelente trabalho que tem sido desenvolvido desde a sua criação, apresentando assim a 27ª Edição, fruto do trabalho de uma equipa empenhada em fazer mais e melhor. Este jornal tem o objetivo de divulgar aos estudantes de Engenharia Civil os acontecimentos mais recentes do DEC e da Universidade de Coimbra, informar sobre algumas novidades no domínio da construção civil e abordar outras temáticas não menos importantes, mas também, especialmente nesta primeira edição, de dar as boas-vindas aos mais recém-chegados a esta instituição: os caloiros de Engenharia Civil. Esta edição apresenta algumas mudanças. O PILAR conta agora com um novo grafismo e com novas secções intituladas “Palavras do Presidente” e “O Cantinho do

Laboratório”, que se irão manter nas próximas edições. A primeira rubrica referida trata-se de um espaço reservado ao Presidente do NEEC onde irá fazer uma retrospetiva sobre as atividades desenvolvidas durante o semestre, entre outros assuntos relacionados com o Núcleo. Por outro lado, a segunda rubrica tem como principal objetivo informar os estudantes de Engenharia Civil sobre o trabalho desenvolvido nos vários laboratórios do nosso departamento, por vezes alheio a muitos de nós. Algum artigo e/ou secção que aches relevante e interessante que seja divulgado à comunidade estudantil, não hesites em contactar-nos. Comparece no NEEC e partilha as tuas ideias. O Pelouro de Informação conta com a tua opinião! Por fim, agradeço a toda a equipa o trabalho realizado, bem como a todos os envolvidos nesta edição. Sem a colaboração de todos, nada do trabalho que aqui apresentamos seria possível. Melissa Pereira Coordenadora-Geral do Pelouro da Informação do NEEC/AAC


opinião O PILAR

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PALAVRAS DO PRESIDENTE Com o início de um novo ano letivo retornam sempre velhos hábitos: o acordar antes do sol se levantar, o deitar tarde e a más horas a braços com inúmeros trabalhos e compromissos, voar de uma aula para outra, pensarmos que o almoço não é uma refeição assim tão importante dado o pouco tempo que temos para o fazer. É certo que há muitos velhos hábitos que não morrem e que retomamos com um sorriso no rosto apesar de alguns deles serem bastante cansativos. No entanto este é um ano letivo que por várias razões ameaça ser bastante diferente de outros. Como devem saber, em Julho deste ano entrou em vigor um novo regime de prescrições que ameaça colocar cerca de 2000 estudantes fora da UC no próximo ano. O NEEC/AAC, bem como outros Núcleos de Estudantes, não se conformou com esta realidade e tudo fez para aumentar o período de transição para este novo regime. Ainda nada é público mas, graças à pressão dos Núcleos, é possível que este período para os estudantes regularizarem a sua situação de prescrição venha aumentar de um para dois anos, não querendo isto dizer que a corda que subitamente nos

foi colocada ao pescoço tenha desaparecido, porque este regime veio para ficar, é necessário que nos apliquemos verdadeiramente enquanto estudantes. No entanto nem tudo são “boas” notícias, a falta de financiamento no Ensino Superior é cada vez mais uma constante nos sucessivos Orçamentos de Estado e o de 2013 não foi exceção. Felizmente a ação conjunta dos Reitores do CRUP e das Associações Académicas conseguiu, pelo menos para já, fazer com que o corte perspetivado de 57 milhões para o próximo ano não se realize, no entanto a realidade é que entre 2005 e 2013 assistimos a uma redução de 20% no financiamento do ES. Todos sabemos que o país passa por um momento difícil e é necessário fazer reduções em vários setores mas deixar o Ensino Superior à sua sorte não me parece de modo algum o caminho de avançar rumo a um futuro. Ao acabar com a única fonte de conhecimento altamente especializado de um país, acabamos ao mesmo tempo com as possibilidades de este ter um futuro risonho e desenvolvido. Apesar de considerar que é um dever do estudante a sua par-

ticipação em ações reivindicativas do Ensino Superior, acho fundamental que este o faça de um modo informado e elucidado mas acima de tudo que o faça em consciência de estar a lutar por aquilo que é seu de direito: o Futuro. Por fim e não menos importante resta-me dirigir uma enorme palavra de apreço à nova equipa do Pilar que tudo fez para corresponder a todas as críticas construtivas que nos foram enviadas desde o ano passado. É um Pilar que se apresenta de cara lavada e disposto a satisfazer as exigências da comunidade estudantil do DEC. Os meus mais sinceros Parabéns a quem se esforçou não só para levar este projeto a bom porto como também para o melhorar. Despeço-me assim desde modo, com um desejo de um ótimo ano letivo com as maiores realizações pessoais e estudantis. Um Abraço! Jorge Graça Presidente do NEEC/AAC


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ENTREVISTA O PILAR

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RESULTADO DAS CANDIDATURAS AO MIEC 2012/2013 ENTREVISTA AO PROFESSOR JORGE ALMEIDA E SOUSA Por Melissa Pereira Uma vez mais, após a divulgação dos resultados de acesso ao Ensino Superior, nomeadamente das colocações referentes ao Mestrado Integrado em Engenharia Civil, surgiram os primeiros comentários. Pelo segundo ano consecutivo, o curso de Engenharia Civil da prestigiada Universidade de Coimbra não preencheu as vagas disponíveis em concurso nacional. As baixas médias de colocação, como aliás se têm vindo a verificar nos últimos anos, foram também tema de conversa entre os nossos estudantes. Fomos surpreendidos na 1ª fase de candidaturas com um número muito reduzido de colocações, equivalente ao preenchimento de apenas 1/4 das vagas disponíveis, não sendo este o cenário esperado pela Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra. Relativamente à 2ª fase, contámos com um número maior do que o que é habitual, não tendo este grande relevância se tivermos em conta as novas

condições de acesso ao ensino superior que vigoraram este ano. Há bem pouco tempo, o curso de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra figurou pela segunda vez consecutiva no ranking das melhores do mundo no QS World University Rankigs. A inclusão do nosso departamento naquele que é considerado o ranking de educação mais repu-

tado do mundo foi motivo de orgulho para os estudantes de Engenharia Civil da FCTUC, constituindo mais uma prova da crescente qualidade do ensino. Face à situação verificada este ano, contraditória, tendo em conta as metas que o nosso departamento tem alcançado, é de extrema relevância procurar saber o que poderá estar na origem do decréscimo de colocações ao MIEC, comprometendo o prestígio do DEC. Estará a crise financeira do país associada a este sucedido? Será falta de divulgação do nosso curso? Ou será resultado da dita “construção parada” de que toda a gente fala? Certamente que todos estes fatores tiveram a sua contribuição. Para obter uma explicação mais conhecedora sobre o assunto, a equipa d’O PILAR conversou com o Prof. Doutor Almeida e Sousa que nos deu o seu parecer relativamente a este assunto.

“Quando se fala em crise, a imprensa tem-na associado desde há muito tempo às obras públicas e à construção civil, e o português, no meu ponto de vista, reage de maneira imediatista.”

O PILAR: Sendo este o segundo ano consecutivo que o MIEC não preenche as vagas, quais os motivos que terão levado a esta situação?


ENTREVISTA O PILAR

Prof. AS: Acho que a situação é diferente em relação à do ano anterior. A situação este ano foi mais grave, embora o problema se tenha começado a sentir já à uns anos, não se resumindo apenas aos últimos dois anos. A redução de candidatos aos cursos tecnológicos de Engenharias é um problema global, não só português, mas da própria Europa. No ano passado e no presente ano, fundamentalmente em Portugal, a queda foi assustadora. Na 1ª fase de colocações, o número total de candidatos ao nível nacional a todos os cursos de Engenharia Civil de 1ª opção foi apenas de 300. Um número extraordinariamente baixo. Se pensarmos que o IST oferecia 185 lugares e a FEUP 165 lugares, temos um total de 300 vagas que apenas estas duas instituições ofereciam. Com estas contas é bem visível que o número de candidatos que na realidade queria ir para Engenharia Civil era menor que o número de vagas que o Porto e Lisboa tinham disponíveis. Como é lógico, isso teve consequências em todos os cursos, e o desastre foi completo.

“É evidente que há muita coisa a fazer e que nunca se fez porque também nunca houve necessidade.” Foi um problema do país inteiro, assim como o que aconteceu no ano passado em que o número também tinha sido bastante mais

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reduzido. Quando se fala em crise, a imprensa tem-na associado desde há muito tempo às obras públicas e à construção civil, e o português, no meu ponto de vista, reage de maneira imediatista. Não tenho dúvidas nenhumas que o curso de Engenharia Civil é, sem dúvida, dos que melhor prepara as pessoas para a vida. Acredito que continua a ter uma grande empregabilidade, isto se pensarmos ao nível do Norte da Europa, Países da América Latina, Angola e Moçambique. O que se passa é que o típico português responde de imediato face ao que houve falar, não arriscando envergar por esta área neste momento. Em suma, acredito que a falta de alunos em Engenharia Civil tem indiscutivelmente a ver com a redução de emprego em Portugal, aliada à publicidade de que a crise estará associada à construção das obras públicas e à construção civil. O PILAR: A Direção do DEC já pensou em medidas para que esta situação não se verifique novamente no próximo ano letivo? Prof. AS: É evidente que há muita coisa a fazer e que nunca se fez porque também nunca houve necessidade. No meu ponto de vista, a responsabilidade não é tanto do DEC mas talvez mais da Faculdade e da própria Universidade. Este ano, face ao número reduzido de colocações é preciso agir. Não quer dizer que se resolva o problema, mas não

custa tentar. Há que efetivamente publicitar o DEC e mostrar que tem valor. É preciso visitar escolas e mostar o que nós somos. Este trabalho já começou a ser desenvolvido com a participação na Universidade de Verão para os estudantes do ensino secundário, em Julho. Este ano vamos tentar

“Há que efetivamente publicitar o DEC e mostrar que tem valor. É preciso visitar escolas e mostrar o que nós somos.” fazer mais. Se conseguimos alguma coisa? Não sei, mas acredito que conseguimos ser atraentes para as pessoas da zona Centro. Um aluno que queira ir para Engenharia Civil que resida perto de Coimbra, é muito provável que queira vir estudar para o nosso departamento. Não nos podemos esquecer é que Coimbra não tem assim tantos habitantes e que o país está cada vez mais concentrado em Lisboa e no Porto, daí o número de colocações ter sido também maior comparativamente a Coimbra. Esta eventual crise de procura pelo MIEC surge como uma oportunidade para incentivar a criação de um espírito coletivo de orgulho de pertencer à nossa Escola. Se não formos nós a promover a qualidade do que somos e do que fazemos, não podemos esperar que alguém o faça por nós!


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A DESPEDIDA DE LUIZ GOES, VOZ DO FADO DE COIMBRA

Por Carolina Silva

O cantor Luiz Goes, reconhecida voz do fado de Coimbra, faleceu no passado dia 18 de Setembro, aos 79 anos.

Luiz Fernando de Sousa Pires de Goes, nascido a 5 de Janeiro de 1933, em Coimbra, licenciou-se em Medicina e trabalhou como dentista. Foi na música que encontrou a verdadeira realização pessoal e por isso, durante muitos anos, exerceu a profissão de dentista em paralelo com a carreira artística. Iniciou-se no fado por influência do tio paterno e gravou o álbum “Serenata de Coimbra” que ainda hoje é o disco português mais vendido. Escreveu 25 fados e 18 baladas, dos quais se destacam “Fado da Despedida”, “Toada Beira”, “Balada da Distância”, “Canção do Regresso”, “Homem Só”,

“Meu Irmão”, “Romagem à Lapa” e “É Preciso Acreditar”. Homenageado por muitos em mais de 50 anos de carreira, Luiz Goes foi um dos principais dinamizadores de um movimento que quis renovar a música coimbrã, sem nunca ofender a tradição. A sua intenção era criar uma maior ligação ao quotidiano e mais consciência cívica de luta pela liberdade. Será sempre lembrado, pelo seu talento, como um dos maiores fadistas do Fado de Coimbra. Em sinal de respeito, Coimbra e a Academia estiveram de luto.

INAUGURAÇÃO DA SALA 24 HORAS

Por André Santos

Na manhã do dia 26 de Setembro, no Departamento de Engenharia Civil da FCTUC, foi inaugurada a Sala 24 Horas. Esta cerimónia contou com a presença da Direção do DEC; do Diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Prof. Doutor Luís Neves; do Presidente do Conselho de Administração da empresa Ramos Catarino, Eng.º Vítor Catarino e do Presidente da Direção da ACIV, Prof. Doutor Rui Simões, entre outros convidados. A Sala 24h foi criada pela Direção do DEC e tem como objetivo proporcionar aos estudantes do Departamento de Engenharia Civil um local onde possam desenvolver qualidades e/ou atividades

de estudo e investigação, num ambiente adequado. A grande carência que os estudantes sentiam por um espaço onde pudessem desenvolver os seus trabalhos fora do horário normal de funcionamento dos serviços que se destinam para essas atividades, como a Biblioteca do DEC, foi o grande motivo que levou à criação desta sala. A principal novidade deste espaço é o facto do controlo de entradas e saídas ser efetuado por meio de um sistema eletrónico que entrará, em breve, em funcionamento, embora estejam a ser finalizados outros recursos para a normal atividade durante

o dia e a noite. Enquanto não estiverem concluídos estes recursos, a sala terá um funcionamento das 8h00 até às 20h00.


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EXPOSIÇÃO SOBRE A CANDIDATURA DA UNIVERSIDADE A PATRIMÓNIO MUNDIAL DA HUMANIDADE DA UNESCO Por Melissa Pereira No âmbito da candidatura da Universidade, Alta e Rua da Sofia a Património Mundial da Humanidade da Unesco, uma amostra desta pode ser visitada no Colégio de São Bento, no antigo Departamento de Antropologia. Trata-se de uma exposição interativa que pretende dar a conhecer os passos que fizeram parte deste processo.

tende-se também pela cidade em quase três dezenas de edifícios, assinalados com pendões que ostentam a imagem da candidatura.

O objetivo da exposição é aproximar a cidade a este projeto, com cerca de uma década, e do qual se saberá o veredito em 2013, sensibilizando não só os turistas, mas também os habitantes, trabalhadores e estudantes de Coimbra. Para além desta exposição em permanência, o Colégio de São Bento recebe também um gabinete para apreciação de projetos de valorização patrimonial também no âmbito da candidatura.

No local encontram-se maquetas, projetos, imagens e suportes multimédia mas a exposição es-

UC UNIDA CONTRA OS CORTES

Por Melissa Pereira

No passado dia 9 de Novembro, a Universidade de Coimbra suspendeu os seus serviços entre as 11h e as 13h para ouvir uma comunicação do reitor sobre a grave situação orçamental para 2013, proferida no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV). João Gabriel Silva explicou à comunidade universitária as implicações dramáticas dos cortes anunciados para o Ensino Superior, em geral, e para a Universidade de Coimbra em particular, em conjunto com os diretores das

oito faculdades e o presidente da Direcção-Geral da Associação Académica. Em causa está um corte de 31% no financiamento público à UC, só nos últimos dois anos. A suspensão da atividade da UC, durante duas horas, garantindo apenas os serviços mínimos, foi justificada pela Reitoria como a forma de permitir a todos a presença nesta sessão onde foi esclarecida a situação financeira da instituição. O Reitor enunciou ainda, tal como aconteceu em simultâneo em todas as outras universidades públicas portuguesas, uma declaração dos reitores sobre os cortes anunciados para o Ensino Superior. Propôs que “todos, por e-mail, telefone, redes sociais,

correio (…) digam aos deputados que chega”. A UC “não vai parar ao fim de 722 anos de história”, mesmo que “aquilo que o Governo está a preparar possa ir nesse sentido”, assegurou. No final, um grupo de estudantes pediu a palavra e apelou à combatividade da academia coimbrã, sugerindo a participação na greve geral de 14 de Novembro, convocada pela CGTP.


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BEM-VINDOS CALOIROS(AS)! Por Melissa Pereira e João Santos

Com o início de mais um ano letivo, chegaram também os novos caloiros. Para que os recém-chegados se ambientassem da melhor maneira a esta que irá ser a sua nova casa, os doutores prepararam uma calorosa receção. Vestiram a Capa e Batina e organizaram diversas atividades para que os caloiros tivessem oportunidade de conhecer os seus novos colegas, assim como a cidade que irá acolhê-los nos próximos anos. É neste contexto que a Praxe Académica assume uma grande importância, no sentido de contribuir para uma melhor adaptação e integração.

Diário da Receção ao Caloiro 2012 Dia 17| Segunda-feira Esperados pelos doutores à saída das salas de aula, a caloirada foi encaminhada para a cantina, onde o espírito de Civil não faltou entre os cânticos que iam sendo aprendidos. De tarde, houve os habituais jogos e brincadeiras que fizeram rir caloiros, doutores e quem ia assistindo à Praxe nas escadas do DEC. No final do dia realizou-se a Aula Fantasma. Inicialmente, os caloiros estavam com o humor bem apurado, até que foram surpreendidos pela segunda parte da aula - momento em que veio outro “professor” e aí o “receio” tomou conta deles. No final tudo se revelou uma grande e organizada partida, já tradicional neste primeiro dia.

Dia 18| Terça-feira Como já vem sendo hábito, realizou-se a abertura oficial do ano letivo. A cerimónia contou com uma pequena palestra referente aos dois cursos lecionados no DEC (MIEC e MIEA) proferida pelos respetivos diretores. Estiveram ainda presentes os presidentes dos núcleos de estudantes, Jorge Graça (NEEC/AAC) e Renata Ataíde (NEEA/AAC) para dar as boas-vindas aos caloiros. No final da palestra, o núcleo entregou aos recém-chegados um “kit do caloiro”, seguindo-se uma pequena visita aos laboratórios do departamento. De tarde, caloiros e doutores rumaram à Alta para uma visita aos locais mais emblemáticos da cidade: as Escadas Monumentais, a “Cabra”, a Sé Nova, a Sé Velha e as várias Faculdades. Houve ainda tempo para conhecer os Jardins da AAC e as várias tascas típicas da Cidade. Estas atividades foram apenas culturais já que a Praxe esteve suspensa devido ao falecimento de Luiz Goes, figura de renome e importância da cidade. Dia 19|Quarta-feira Realizou-se a Mega Febrada do Pólo 2, onde os caloiros tiveram algumas atividades como: mini-jogos BeerOlympics, Pillow Fi-

ght, Matraquilhos Humanos e ainda a oportunidade de apreciar uma exposição de carros clássicos. Contámos ainda com a atuação da Quantuna nas escadas do DEC, que animaram o início de tarde.

Dia 20|Quinta-feira E para não quebrar a tradição de início de aulas para a caloirada, realizou-se mais uma vez o Mega


atualidade O PILAR Convívio do Pólo 2 encerrando a semana de receção. Este ano o Pólo 2 recebeu: Coisas Lindas e Cheirinhos, Paracetamole e os Dj’s Mr. Fresh e Cazkit, animando todos os presentes até de manhã. Um evento que marca o início académico em Coimbra e que é da organização conjunta dos Núcleos do Pólo II.

NOVEMBRO 2012 Dia 24| Quarta-feira Após mais uma tarde de Praxe, os caloiros foram levados pelos doutores até às cantinas do Pólo I para jantar, seguindo-se uma Praxe noturna no espaço entre a Faculdade de Letras e a Biblioteca Geral. Durante cerca de 1h os caloiros permaneceram em silêncio, de cabeça baixas, gerando-se um clima de tensão.

Cortejo da Latada 2012 O tão aguardado Cortejo da Latada ocorreu na terça-feira, dia 16 de Outubro. Como é habitual, o cortejo passou pelas ruas da cidade, desde o Largo Dom Dinis até à Beira Rio, onde se fez sentir o estremecer dos “carrinhos de compras” e se pôde ouvir os cânticos dos vários cursos. Foi este o primeiro momento alto dos caloiros estudantes de Coimbra, vestidos das mais diversas formas com as cores da sua faculdade. Os nossos estudantes de Engenharia Civil da Universidade de Coimbra também não faltaram e

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fizeram ouvir-se bem alto ao longo de todo o desfile. A caloirada esteve vestida a rigor, desde imitações da banda musical LMFAO aos desenhos animados Smurfs, entre muitos outros temas que se fizeram ilustrar. Durante a tarde fizeram-se os habituais churrascos entre os grupos de estudantes, findando o cortejo com o batismo dos caloiros junto à margem do rio Mondego. Toda a cerimónia decorreu com muita animação e com o espírito académico que a ocasião requer.

Era então o momento ideal para dar início a mais uma Missa de Praxe. Face aos acontecimentos teatrais que foram decorrendo, foram notórias as expressões de surpresa e de algum receio na face dos caloiros. No final, e depois de esclarecida toda a situação, não faltaram sorrisos de alívio.


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FESTA DAS LATAS E IMPOSIÇÃO DE INSÍGNIAS 2012 Por Carolina Silva De 11 a 17 de Outubro, Coimbra recebeu novamente um dos mais importantes festejos académicos, a Festa das Latas e Imposição de Insígnias, ou mais vulgarmente conhecida como Latada. Esta é a primeira grande festa dos estudantes de Coimbra que marca o início do ano escolar, servindo de boas-vindas aos novos estudantes e proporcionando-lhes um admirável espírito académico. Esta tradição, que teve início nos anos 50/60, consiste não só nas sete noites de parque como também num cortejo alegórico onde os caloiros, vestidos pelos seus padrinhos com as cores da sua fa-

Scissor Sisters

Rui Veloso

Blasted Mechanism

Crookers

Os Azeitonas

culdade, desfilam ruidosamente pela cidade e angariam dinheiro para cumprir um ritual há muito existente: pagar-lhes o jantar. No final do cortejo, os caloiros são batizados pelos respetivos padrinhos e/ou madrinhas no rio Mondego. E qual a melhor maneira de começar a Latada? Com um jantar entre amigos e conhecidos, seguindo-se a tradicional Serenata no Largo da Sé Nova, onde os estudantes sentiram o soar das cordas da guitarra portuguesa, ao som da canção de Coimbra. Este ano, e como já é costume, o cartaz da Latada contou com diversos artistas nacionais e internacionais, de nomes conhecidos, entre os quais: Azeitonas, Rui Veloso, Quim Barreiros, Scissor Sisters, Blasted Mechanism e Crookers. Estas noites tiveram ainda a presença das várias Tunas, que representam outro grande ícone da Academia Coimbrã. No entanto, não é apenas destes grandes concertos que se alimenta a tradição! Até porque o que realmente é especial nesta festa é a tenda onde cada núcleo da Associação Académica de Coimbra tem a sua barraca. Mais uma vez, o Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil teve no recinto a sua habitual banca, onde o Brandy e a decoração imponente da barraca fizeram furor!


DESTAQUE O PILAR

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COMEMORAÇÃO DOS 40 ANOS DE ENGENHARIA CIVIL NA UC Por Sara Dias O nosso curso está de Parabéns! No presente ano faz 40 anos que o curso de que tanto nos orgulhamos foi criado na Universidade de Coimbra. Na sua criação (1972), o curso de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra foi desde logo orientado para os tradicionais campos de atividade da Engenharia Civil: Estruturas, Hidráulica, Aproveitamentos Hidráulicos, Planeamento de Edifícios e Habitações, Fundações e Obras Subterrâneas, Energias e Transportes. O curso, organizado como o conhecemos hoje, sofreu algumas alterações desde que foi criado. A evolução do funcionamento pedagógico do curso e a contratação de docentes com a adequada preparação e experiência no campo da Engenharia Civil permite, nos anos subsequentes, alterações ao plano de estudos com vista a uma melhor preparação dos alunos.

Em 1984/1985 foi instituído o regime de unidades de crédito mantendo-se, no entanto, a estrutura curricular anterior. No ano letivo de 1990/1991 procedeu-se a uma reestruturação significativa do plano de estudos. As disciplinas voltaram a ser, em regra, semestrais. O plano de estudos passa a ser composto por um total de 44 disciplinas obrigatórias. No ano letivo de 1993/1994 foram postas à disposição dos alunos 16 disciplinas de opção. Em 1999/2000, o plano de estudos passou a contemplar seis perfis de especialização no quinto ano, correspondentes às áreas temáticas de Construções, Estruturas, Geotecnia e Fundações, Hidráulica e Recursos Hídricos, Mecânica Estrutural e Urbanismo, Ordenamento do Território, Transportes e Vias de Comunicação. O Mestrado Integrado em Engenharia Civil (MIEC) do DEC-FCTUC

entrou em funcionamento no ano letivo de 2007/2008, substituindo a anterior licenciatura em Engenharia Civil. Esta alteração foi suscitada pela necessidade de adaptação do curso de Engenharia Civil a um novo formato compatível com as orientações definidas pelo Protocolo de Bolonha. Esta evolução ao longo dos anos teve a contribuição de alunos e docentes e resultou como sabemos e se reconhece, num curso de excelência, que oferece uma formação de qualidade e bases para o desenvolvimento da Engenharia Civil ao mais alto nível. É com orgulho que fazemos parte desta casa e afirmamos: “Nós construímos o futuro!”

AINDA TENS DÚVIDAS SOBRE O NOVO REGIME DE PRESCRIÇÕES? Por Catarina Agreira e Jorge Graça

Na verdade, muito se tem falado sobre este assunto, mas nem sempre de forma clara e concisa. Para os mais distraídos, deixamos aqui alguns esclarecimentos.

Um estudante prescreve quando: - Tendo 3 matrículas não tem 60 ECTS realizados; - Tendo 4 matrículas não tem 120 ECTS realizados; - Tendo 5 matrículas não tem 180 ECTS realizados; - Tendo 6 matrículas não tem 240 ECTS realizados.

É de salientar que apenas são contabilizados os ECTS relativos às cadeiras de Licenciatura, ou seja, cadeiras até ao 3º ano, inclusive. Um aluno no final da sua 5ª matrícula deverá ter feito TODAS as cadeiras até ao 3º ano, ou seja, a Licenciatura concluída de modo a não prescrever. Após a mesma estar concluída, o estudante deixa de estar sujeito a prescrição! Irá ser aplicado um ano de transição, onde quem tivesse em condição de prescrever este ano, ou seja, estudantes que realizam a 6ª

matrícula ou mais sem ter a licenciatura concluída, vão ter tolerância, podendo inscrever-se, desde que terminem o 1º ciclo nesse ano. No próximo ano letivo este regulamento já estará totalmente em funcionamento, abrangendo todos os estudantes da UC. Poderás obter mais informações sobre este e outros assuntos pedagógicos no endereço: htt p : / / w w w. m e d i a f i re. com/ view/?zd479b99ritq2sd, uma rubrica com a assinatura dos Pelouros de Pedagogia do Pólo II.


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CANTINHO DO LABORATÓRIO O PILAR

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LABORATÓRIO DE GEOTECNIA O PILAR apresenta pela primeira vez o “Cantinho do Laboratório”, um espaço destinado à divulgação do trabalho realizado pelos laboratórios do DEC, em investigação e projetos de tese dos alunos do MIEC. Nesta primeira edição apontamos o foco ao Laboratório de Geotecnia. O Laboratório de Geotecnia está capacitado para a preparação e execução de diversos tipos de ensaios, em solos e em rochas, no âmbito de trabalhos de investigação com componente experimental, aulas laboratoriais e prestação de serviços de apoio ao exterior. O espaço laboratorial é composto por diferentes áreas como câmara húmida, sala de preparação de amostras, sala com temperatura e humidade controlada e sala de edómetros. A área da Geotecnia desenvolve investigações relativas à análise da estabilidade estática e dinâmica de obras geotécnicas (nomeadamente em túneis, funda-

ções e estruturas de suporte), melhoramento e reforço de solos, aterros sobre solos moles e caracterização de maciços. A melhoria das capacidades mecânicas dos solos com a inerente abertura de novos horizontes à prática da construção tem fomentado a curiosidade de muitos investigadores, pelo que ao longo das últimas décadas têm-se desenvolvido várias técnicas tentando dar resposta aos problemas que vão surgindo. Muitos processos de estabilização de solos têm-se desenvolvido ao longo dos tempos, mas nunca as exigências tanto a nível económico como ambiental foram tão relevantes como na atualidade.

No Laboratório de Geotecnia do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Coimbra têm sido desenvolvidos alguns trabalhos onde se pretende testar a influência de novos componentes que se adicionam ao solo ao invés do uso de materiais tradicionais. Do ponto de vista económico, estas soluções alternativas conduzem a uma redução de custos comparativamente ao que seria necessário investir usando os ditos “materiais convencionais”. Coordenador: Prof. Doutor Paulo José da Venda Oliveira

“Reforço de solos através da utilização de fibras”, de João Teles O solo, visto como material de construção, tem comportamento muito pobre quando sujeito a esforços de tração. Para atenuar essa fragilidade, sempre que são realizadas escavações e é necessário estabilizar o lado não escavado, recorrem-se a estruturas provisórias de contenção ou cravam-se armaduras (perfis metálicos) no solo reforçado, sendo penalizador do ponto de vista económico. Assim, para otimizar o custo de obra, um aluno do nosso departa- Solo reforçado com fibras mento, João Teles, está a desenvolver na sua tese o reforço de um solo mole do Baixo Mondego com ligante constituído por cimento, cal e escória. O convencional Método de Mistura Profunda, também denominado DeepMixing, utiliza trados misturadores verticais que vertem ligante,


cantinho do laboratório O PILAR

água e fibras (metálicas ou de propileno), sendo estas responsáveis pelo aumento da resistência à tração. Os trados possuem eixos misturadores rotativos que ajudam a remexer o solo em profundidade e libertam o ligante com as referidas fibras. Quando o trado é retirado a mistura ganha presa, verificando-se um aumento de resistência. As fibras adicionadas por toda a massa de solo reforçado permitem que se possa substituir a convencional utilização de perfis metálicos para estabilidade de taludes.

“Reforço de solos através da adição de microrganismos”, de João Costa Uma das técnicas mais recentes de melhoria das propriedades dos solos foi também desenvolvida no Laboratório de Geotecnia do DEC, desta vez em parceria com o Laboratório de Microbiologia da FCTUC. Um dos processos desenvolvidos foi realizado por João Costa, um ex-aluno do Departamento de Engenharia Civil, aliando a Biotecnologia à Engenharia Civil no qual utilizou os produtos de reação de organismos vivos na melhoria da resistência mecânica do solo. O processo é denominado de Bioestabilização e consiste em adicionar-lhe microrganismos vivos juntamente com nutrientes que lhes servem de alimento. Os microrganismos alimentam-se dos nutrientes e vão libertar uns compostos cristalinos, como o carbonato de cálcio (CaCO3), que preenchem os vazios do solo promovendo a sua estabilização. Os valores de resistência mecânica ganhos relativamente à compressão e à tração foram aferidos respetivamente através de Ensaios de Compressão Simples (UCS) e Ensaios de Compressão Diâmetral (ou Ensaio Brasileiro). Toda a investigação desenvolvida em volta deste novo bioprocesso de estabilização começou durante a realização do mestrado deste jovem engenheiro. Numa primeira fase utilizou um microrganismo denominado Sporosarcina pasteurii, tendo como primeiro objetivo encontrar um meio de reforço que fosse uma alternativa ao tradicional processo com recurso ao uso de cimento. Em 2011 foi convidado para trabalhar como investigador na Universidade de Coimbra de modo a poder dar um maior desenvolvimento ao seu estudo. Desde então tem trabalhado com outro microrganismo, denominado Idiomarina insulisalsae, descoberto recentemente na Ilha do Sal, em Cabo Verde, e que torna a sua técnica ainda mais eficaz.

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novidades da engenharia O PILAR

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BIOBETÃO, O BETÃO COM BACTÉRIAS QUE SE AUTO-REPARA

Por Melissa Pereira

de vida das estruturas de betão, reduzindo assim os custos de manutenção.

O Biobetão é mais uma inovação da construção civil. Este betão que contém na sua constituição bactérias produtoras de calcite, capazes de conferir ao material propriedades de auto-reparação, está a ser desenvolvido pelos Investigadores da Universidade Técnica de Delft, na Holanda. Prevê-se que esta nova tecnologia tenha a capacidade de aumentar exponencialmente o tempo

Ao surgirem fissuras numa estrutura constituída por este tipo de betão, as bactérias alcalifílicas existentes no seu interior ficam expostas a um meio ácido, que desencadeia a produção de calcite. Este material vai encher as cavidades de dentro para fora, selando lentamente qualquer fissura através dos quais os agentes atmosféricos possam penetrar e originar a degradação do aço das armaduras ou do próprio betão. É obtido através da adição de bactérias e nutrientes (lactato de cálcio) à argamassa. As bactérias permanecem em estado laten-

te durante a mistura e durante grande parte da vida de serviço da estrutura de betão, sendo apenas ativadas na presença de água, quando, por exemplo, a água da chuva penetra através de fissuras. Esta capacidade de auto-reparação é especialmente importante em estruturas de betão armado enterradas ou de difícil acesso. Este betão inovador foi criado em 2009 pelo Microbiólogo Henk Jonkers e pelo Engenheiro Especialista em materiais de construção, Eric Schlangen e tem sido estudado e melhorado desde então. O processo de comercialização deverá ter início dentro de 2 a 3 anos.

WALL OF WIND

Por João Gonçalves

Denominado de “Muro de Vento”, este novo equipamento tem como principal objetivo avaliar o comportamento de estruturas e de materiais de construção sujeitos à ocorrência de ciclones. É composto por 12 ventiladores gigantes, capazes de recriar a intensidade de um ciclone de categoria 5, simulando ventos com velocidade superior a 250 Km/hora. O WOW (Wall of Wind) foi construído pela Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos e está a ser desenvolvido na Universidade Internacional da Flórida. O Muro de Vento, além de ser usado para estudar casos mais drásti-

cos, pode ainda ser utilizado com ventos moderados para estudar a resistência de estruturas sobre o teto dos edifícios, assim como trocadores de calor de sistemas de ar-condicionado e painéis solares. Esta versatilidade de utilização deve-se ao facto do mesmo possuir um sistema capaz de ser regulado consoante o estudo em curso.

Os primeiros trabalhos com o Muro de Vento remetem para o estudo da resistência de painéis solares e de telhas especiais contra vento que são coladas de forma a que não sofram quaisquer deslocamentos aquando de uma tempestade.


neec/aac O PILAR

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ATIVIDADES DO NÚCLEO Peddy Tascas

Banca do Desabafo

Com o começo de mais um ano letivo, não poderia faltar o tradicional Peddy Tascas, iniciando o semestre de “copo cheio”.

No dia 4 de Outubro, o Pelouro da Pedagogia e do GAPE do NEEC/AAC realizou a “Banca do Desabafo”, um espaço que teve como objetivo providenciar aos estudantes do MIEC a oportunidade de salientar junto do núcleo as suas opiniões relativas aos mais variados assuntos, permitindo saber quais as áreas que necessitam de ser melhoradas e quais as que já têm um grau de satisfação elevado.

O Peddy Tascas realizou-se no passado dia 3 de Outubro e contou com a participação de cinco equipas constituídas por estudantes de Engenharia Civil e de Engenharia Química. Os participantes testaram os seus conhecimentos sobre a cidade de Coimbra num agradável percurso pelas zonas mais emblemáticas. Jornadas Pedagógicas A 14 de Novembro, pelas 14h30, teve lugar no Anfiteatro 3.3 uma iniciativa promovida Pelo Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil: as Jornadas Pedagógicas. Esta atividade contou com a presença dos docentes: Professor Paulo Coelho, Professor Almeida e Sousa e ainda, o Professor António Maranha. Os alunos tiveram oportunidade de expor os seus problemas relativamente ao ensino do MIEC, num espaço de

diálogo aberto entre estudantes e docentes, em ambiente informal. Desde avaliações ao sucesso escolar, os alunos presentes colocaram as suas dúvidas e deram as suas sugestões. Esta aproximação entre alunos e professores, unidos pela mesma causa, pode ser o caminho para a obtenção de melhores resultados no MIEC.

Magusto no DEC Na tarde de 14 de Novembro, como já vem sendo habitual na altura do S. Martinho, realizou-se mais um Magusto no Departamento de Engenharia Civil, onde não faltaram as tradicionais castanhas, a jeropiga e a boa disposição. Esta iniciativa, promovida pelo NEEC e NEEA, tem como objetivo preservar os usos e costumes as-

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sociados às tradições populares, assim como promover o convívio entre alunos, professores e funcionários do departamento. Nem mesmo o tempo frio que se fez sentir, impediu os nossos estudantes de permanecer nesta ocasião até ao cair do sol. Mais uma vez, e como estamos já habituados, este evento foi um sucesso!


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CRÓNICA O PILAR

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SER ACADÉMICA Durante anos ouvi esta expressão das bocas de novos e velhos, de pequenos e grandes e a todos perguntei o que para eles era realmente “Ser Académica”. Nunca recebi uma resposta concreta para além de um sorriso acompanhado de um misterioso “Um dia saberás”. Para ser muito honesto desde os tempos em que ainda pequeno passeava pelas bancadas do antigo Estádio Municipal que nunca tinha perdido cinco minutos a pensar naquelas duas palavras que aparentavam significar tanto para imensas pessoas. Para ser ainda mais honesto, mesmo caloiro pouca ideia fazia do que realmente seria “Ser Académica”, sentia orgulho na minha Universidade, sentia orgulho na minha Academia, sentia orgulho no meu curso mas nada mais. Não rejubilava aos saltos com as vitórias da “Preta” aos Domingos nem nada que se parecesse. Contudo, e porque na vida tudo acaba por fazer sentido mais cedo ou mais tarde, apenas recentemente comecei a ter uma pequena ideia do que poderia ser aquela paixão pelo “Ser Académica”. Confesso que nem sempre achei que este modo de viver, esta etapa da minha vida, fosse possível e cheguei a considerar inclusive todo o ideal Académico como um idealismo, uma utopia se assim o preferirem. Foi preciso dar comigo numa cidade que não a minha, a apoiar uma equipa que nem sempre foi a minha e dar comigo a gritar e a festejar mais por um golo dela do que por um campeonato daquele que considero o meu clube, a exigir por um Ensino Superior que nem sempre foi só o meu, a pedir por um futuro que gostaria

que fosse o meu, o daqueles que comigo lá estiveram, de todos aqueles que queriam estar e não puderam, e mesmo dos que lá não queriam estar que me comecei a aperceber da real magia desta cidade e tudo o que a envolve. “Ser Académica” é toda uma mística que se criou à volta de um sentimento de camaradagem sem igual, em defesa de um objetivo comum. Algo que transcende quaisquer barreiras pré estabelecidas sejam elas de que natureza forem. Não se trata de lutar pelo bem individual de alguns, ou de exigir mais ou melhor, trata-se tão-somente de exigir o justo e o justo só! É um modo demarcadamente único e irreverente de viver uma fase da vida que não volta mais, uma fase que apesar de efémera e fugaz deixa uma marca para toda a vida. Hoje percebo como pessoas, por vezes até bastante mais velhas, continuam a nutrir aquele carinho e aquela paixão por aquele losango preto e branco que com tanto orgulho ostentamos. É também incrível o modo entusiasmante como tantos anos depois continuavam a falar daquela maneira de estar, aquela maneira de “Ser Académica”. A mesma Académica que sobreviveu a mudanças de regime, de monarquias para repúblicas, de ditaduras para democracia, da repressão à liberdade, do desespero à alegria; a mesma Académica que em 1920 tomou a Bastilha e que em 1962 e 1969 contra tudo quanto se lhe opôs gritou por liberdade, por justiça e por uma educação igual para todos! É esta a Académica em que me revejo, uma Academia de causas que ao longo de gerações não baixou

os braços sempre que à sua frente se erguia a injustiça e a indiferença, não só contra os seus mas contra todo um país no geral; uma Academia que esteve sempre na vanguarda da mudança, não apenas da Universidade ou do Ensino mas de todo um país que sempre a viu como um dos berços da Democracia. Ela é a Académica dos “Briosos”, da Boémia, os Capas Negras, dos que são pela Praxe e dos que não são, é a Académica do Desporto e da Cultura, mas acima de tudo é, sempre foi e sempre será a Académica de todos quantos revemos nela um pouco de nós mesmos; a Académica que grita pelas suas massas sempre que a liberdade e o direito de um país são atacados de forma brutal e inconsequente. E agora, quando uma população se vê a braços com uma crise que mais que económica é uma crise social e de valores, ela lá está! A gritar não só pelos que não foram ouvidos, não só pelos que não se fizeram ouvir mas também por todos os outros que não se preocuparam em fazer ouvir! Porque assim é a Académica: para todos igual! Uma vez mais a Académica é chamada a intervir não só por uma educação melhor, não só por uma sociedade melhor: é chamada a intervir por um futuro! Dia 22 de Novembro, se sentes a Académica como eu a sinto e se tal como eu “És Académica” não faltes à chamada e junta-te a esta que é a nossa Académica na luta por aquilo que todos nós somos: O Futuro!

Jorge Graça


AGENDA CULTURAL O PILAR

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Por Filipe Teles

CINEMA

A Saga Twilight: Amanhecer - Parte 2 No seguimento de Amanhecer Parte 1, onde Bella quase morre e Edward consegue transformá-la em vampira, a personagem de Kristen Stewart desfruta agora da sua nova vida e dos seus novos poderes. Porém, a sua felicidade é ameaçada com o nascimento da sua filha Renesmee. Irina (do clã Denalli) acredita que uma criança

As Voltas da Vida

como Renesmee poderá desafiar o poder e a existência dos Volturi, associando-se a estes para destruir a potencial ameaça. Bella e os Cullen, juntamente com todos os seus aliados, preparam-se para uma batalha crucial para proteger a sua família. O filme que marca o fim da saga estreou nas salas de cinema dia 15 de Novembro. Gus Lobel foi um dos melhores batedores de basebol durante décadas e, apesar dos esforços para tentar escondê-lo, a idade começa a pesar-lhe. A única pessoa que o poderá ajudar é a pessoa a quem Gus nunca pediria ajuda: a sua filha Mickey. Contra a sua vontade e mesmo com as objeções de Gus, Mickey junta-se a ele na sua última viagem à Carolina do Norte, colocando em risco a sua própria

carreira para salvar a dele. Forçados a passarem tempo juntos pela primeira vez em anos, fazem-se descobertas e revelam-se verdades guardadas sobre o seu passado e presente que poderão mudar o futuro. Com a presença de Amy Adams, Clint Eastwood, John Goodman, Justin Timberlake, Robert Patrick e Scott Eastwood, o filme estreia nas salas de cinema no dia 22 de Novembro.

The Black Keys Uma das bandas mais solicitadas estreia-se finalmente ao vivo em Portugal no dia 27 de Novembro, no Pavilhão Atlântico. O estilo garage rock que os caracteriza começou a ganhar forma com o primeiro álbum “The Big Come Up” (2002) até ao mais recente “El Camino” (2011) e tem merecido o reconhecimento do público e da crítica. Preço dos bilhetes: 29€ a 39€

Swedish House Mafia Os Swedish House Mafia vão regressar a Portugal para um concerto a 18 de Dezembro, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa. Segundo a página oficial da banda, o trio sueco vai apresentar o novo álbum “Until Now”, editado no mês de Outubro, antes da separação definitiva. Preço dos bilhetes: 28€ a 39€

MÚSICA MIKA Com dois álbuns de originais editados e mais de 8 milhões de cópias vendidas, Mika está de volta com um novo disco e passa por Portugal dia 22 de Novembro, no Coliseu dos Recreios. Depois de “Life in Cartoon Motion” (2007) e “The Boy Who Knew Too Much” (2009), Mika lançou agora “The Origin of Love”. Preço dos bilhetes: 25€.


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1. Material frequentemente utilizado na Construção Civil composto maioritariamente por clínquer; 2. Função no Excel que devolve a Matriz Inversa (Inglês); 3. Rocha sedimentar composta de grãos muito finos de silicatos de alumínio associados a óxidos, usada como matéria-prima cerâmica; 4. Material composto por cimento, agregados, água e outros aditivos, de uso corrente em Engenharia Civil; 5. Alcunha do Presidente do NEEC/ AAC; 6. Participação repentina de uma área ou compartimento em chamas do piso ao teto, causada pela radiação térmica; 7. Engenheiro Austríaco reconhecido como o pai da Mecânica dos Solos e da Engenharia Geotécnica; 8. Estrutura matemática organizada na forma de tabela, utilizada na orga-

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nização de dados e informações e na resolução de sistemas de equações; 9. Engenheiro português internacionalmente famoso pelos seus conhecimentos e resolução de problemas no domínio das barragens, que dá nome ao Anfiteatro do DEC (Último Nome); 10. Molde para dar forma e garantir o confinamento do betão fluido até ao seu endurecimento e auto-sustentação; 11. Unidade SI de carga eléctrica; 12. Sin(x) é a ________ de cos(x); 13. Fenómeno originado em quedas repentinas de pressão, observado em sistemas hidráulicos; 14. Método de Integração Numérica que recorre ao uso de parábolas e se divide o intervalo de integração n vezes, com n par; 15. Plano inclinado que delimita um aterro.

SOPA DE LETRAS COIMBRA CONSTRUÇÕES ENGENHARIA ESTRUTURAS GEOTECNIA HIDRÁULICA PILAR URBANISMO

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AVISOS O PILAR

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HORÁRIO DE ATENDIMENTO DO NÚCLEO 2ª feira 10:00 10:30 11:00 11:30 12:00 12:30 13:00 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00 17:30 18:00 18:30 19:00

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3ª feira

4ª feira

Presidência

6ª feira

Relações Externas

Secretária Tesouraria

5ª feira

Informação Desporto

Saídas Profissionais

VicePresidência

Cultura Área Lúdica

Pedagogia VicePresidência Administração

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MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL EXAMES DO 1º SEMESTRE - ANO LETIVO 2012/2013 ÉPOCA NORMAL Dia

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EXAMES QUE PODEM SER REALIZADOS NO DEPARTAMENTO DE FÍSICA EXAMES QUE PODEM SER REALIZADOS NO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

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