Jornal Moto News - 5ª Edição

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COLECIONÁVEL

Goiânia, Maio de 2013 Motoclubes

Cityclub Avant Motos

Ano I - Edição 05 - Especial Musa da Moto

Víviam Lima Fotos: Hely Rodrigues Maquiagem: Paula Aires Figurino: Lorena Cantanhede e Guilherme Santos Agradecimentos: Max Arantes (Duas Rodas Motos) Clube Social da Polícia Federal

Criado em 2012, o motoclube conta com cerca de 25 integrantes, em sua maioria, proprietários da marca Dafra. Paixão por motos, viagens e amizade os uniram.

Moto e Rock

Banda Ramona

Com a proposta inicial de fazer cover da banda Raimundos, eles também tocam de Ramonas a Sepultura e garantem uma festa legal entre a galera motociclista.

Mototurismo

Roteiros de Goiás Quem nunca experimentou viajar em uma moto, especialmente, na companhia de amigos também motociclistas, não conhece o verdadeiro espírito motociclista e não faz ideia do agradável sabor do vento na cara.

YAMAHA

XT 660R

A off-road mais querida do país é leve e ágil


Maio de 2013

Editorial Em primeiro lugar, gostaria de dizer que sinto-me aliviado por estar chegando à quinta edição, mesmo sob tantos obstáculos que vão aparecendo pelo caminho. Alguns deles nos fazem até pensar em largar tudo e tentar a sorte em algum lugar no Sahara. Para mim, só se for pelo Paris-Dakar. Desistir, jamais! E obrigado aos amigos e amigas que, de alguma forma, deram força para que o Moto News seguisse seu caminho. E esse caminho vem com novidades, a começar, pela quantidade de páginas: agora, são 12. Mais informação, mais espaço para crescer. Nesta edição especial, vamos conhecer um motoclube que nasceu sem muitas pretensões, mas que está ganhando a estrada gradativamente. O Cityclub Avant Motos é formado, principalmente, por proprietários de modelos Dafra que, antes desacreditada, acabou por cair na preferência de muita gente no país inteiro. E, em Goiânia, isso não é diferente, graças, também, ao pessoal amigo da C&D Avant Motos, concessionária da marca. Damos início, também, a duas novas colunas: Mototurismo, que trará, mensalmente, informações sobre os melhores lugares para se passear de moto em Goiás e outros estados; e Moto&Rock, que traz entrevistas, dados e curiosidades sobre as bandas de rock goianas que se apresentam em encontros motociclísticos, entre outros. Na matéria de capa, como vimos, a Yamaha XT 660R 2013, uma off-road média que está sendo considerada a mais querida pelos motociclistas da categoria. Saiba o porquê nas páginas centrais desta edição. De carona com essa máquina, outra, também muito bela: Víviam Lima, a segunda garota selecionada no concurso Musa da Moto, e que também é musa do Atlético Clube Goianiense. Não deixe de ler, também, as dicas de Charles Saedt sobre peças substitutas para duas Yamahas, a XT-600 e a Virago 250. Para proprietários destes modelos, é de grande valia, dada a economia que se tem, no final. Motoabraço! Mozart J. Fialho www.jornalmotonews.blogspot. com www.facebook.com/jornalmotonews

Rapidinhas

Marcas mais valiosas de 2012

A Harley-Davidson apareceu no Top 100 das marcas mais valiosas de 2012, entre os mais variados segmentos e não só o de motos, em relatório divulgado pela consultoria de gestão de marcas Interbrand. Em 2012, o valor da fabricante de motocicletas norte-americana é de 3,857 bilhões de dólares, um aumento de 10% em relação a 2011, que fez com que a marca subisse para o 96º lugar, contra o 100º. registrado no ano anterior.

PRF/GO vai de HarleyDavidson

A Polícia Rodoviária Federal de Goiás recebeu, no dia 03 de maio, um lote com 8 motocicletas Road King, versão Police, da marca Harley-Davidson. Isso é apenas uma parte do lote de 208

Motovelocidade 2013 agita Autódromo Ayrton Senna

O Campeonato 2013 de Motovelocidade tem levado mais pessoas ao Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia. Isso mostra o quanto nossos pilotos estão cada vez melhores e conseguindo surpreender seu público. A FMG informa que o campeonato sofrerá uma parada, até o início de junho, para reformas. Em novembro, dia 16, receberá a final do Campeonato Brasileiro.

O sistema de freios antitravamento (ABS) será obrigatório nas motocicletas da Europa a partir de 2016, sendo um dos equipamentos básicos da moto, segundo a Bosch, o que evitará um em cada quatro acidentes graves. O ABS será aplicado a todos os modelos superiores a 125 cc e que forem homologados após o dia 1º de janeiro de 2016. A partir de janeiro de 2017, a medida será estendida a todas as motocicletas recém-registradas. No Brasil, existe um Projeto de Lei do Senado (PLS 195/2012), de autoria do Senador Cyro Miranda, que altera a Lei nº 9.503, de

Mozart Jesus Fialho (62)

expediente

unidades da mesma moto que o Governo Federal está adquirindo para propiciar melhores condições no policiamento das BR’s que cortam o país. Além das Harleys, foram adquiridas também as Hondas XRE 300, que serão usadas em treinamentos e patrulhamentos em perímetros urbanos, e NCX 700, vencedora de uma acirrada disputa para saber qual moto será empregada em escoltas.

ABS obrigatório em 2016 na Europa

Diretor Geral

5ª Edição - Ano I - Maio de 2013

23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro) para tornar obrigatório o uso de sistema ABS nos veículos automotores e também nas motocicletas de todo o país, conforme resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) que obriga as diversas categorias de automóveis terem freio ABS até dezembro de 2014.

Foto: Bill Guerra/AGMais

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Allysson Maia (revisão)

9361-9456

Direção de Arte Argus Wolf

Colaboradores Charles “Chuck” Saedt

Departamento Comercial Karla Cristina Costa

(62)

9188-4042

Mozart J Fialho

(62)

8126-4058

(dicas de mecânica)

Impresso por:

João Gabriel Brito

Gráfica Conceito Ltda.

Apoio:

(charges)

Redação Alameda dos Buritis, 520 - F. 3941-5485 - Goiânia - GO www.jmotonews.wix.com/motonews - www.facebook.com/JornalMotoNews Distribuição gratuita na grande Goiânia e cidades do entorno.

Tiragem: 3500 exemplares


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Motoclubes - Parte II

Cityclub Avant Motos Reportagem: Mozart J. Fialho Fotos: acervo Dr. Sérgio Aguiar

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riado em 2012, tendo como integrantes originais o odontólogo Sérgio Aguiar, Sadala (co-fundador e ex-integrante do RPM Motoclube), Daniel Costa e Lauderson Contini (um dos proprietários da concessionária Dafra em Goiânia), o Cityclub Avant Motos conta, hoje, com cerca de 25 integrantes, cuja paixão em comum, claro, é o motociclismo e os passeios sobre duas rodas. É um grupo formado por empresários, médicos, dentistas, corretores de imóveis, programadores de softwares e, até mesmo, piloto de avião. Como se vê, a moto é um instrumento que tem a capacidade unir diferentes idealistas e transformá-los em um só corpo, neste caso, um grupo de pessoas que possuem, também, um ideal em comum. E, normalmente, esse ideal não vê profissão, não vê classe social,

o estilo das saídas: agora, planejam um fim de semana específico para saírem em suas incursões, o que está dando mais resultado em relação à presença dos integrantes. Pirenópolis, Corumbá, Cidade de Goiás, Piracanjuba, Itumbiara, entre outras cidades do interior, assim como Brasília-DF, já fazem parte dos roteiros dos “avantes”. Restaurantes de beira de estrada estão se tornando também ótimos roteiros de fim de semana para os motociclistas. E, entre Goiânia e Brasília, pode-se contar, com pelo menos, três ótimos pontos para comer bem e bater papo com amigos. Inusitado? Talvez, sim. Mas essa é a grande oportunidade para muitos poderem descansar de uma semana intensa de trabalho e estresse no trânsito das cidades. Como todo motoclube, o Avante Motos tem também seus projetos futuros, em relação a roteiros de viagem. E viagens mais longas requerem maior preparo, pois exigem do piloto, especialmente, se isso passa de 600 km. Segundo o doutor Sérgio, “temos nos testado, aos poucos, em distâncias maiores e temos um grande desafio que será agora, em maio de 2013, uma viagem de 2.500 quilômetros (ida e volta) a Pedro Juan Caballero, no Para-

Daniel, Sadala e Deigles: diferentes profissionais com ideais em comum.

raça ou marca de motos. Apesar de ter iniciado com integrantes proprietários de motos da marca Da-

fra, o clube, hoje, não se restringe a marcas. Há, também, pessoas do Cityclub Avant Motos que possuem motos Suzuki

e Honda. Mas, segundo o odontólogo Sérgio Aguiar, “por questão de comodidade, afinidade e proximidade, a maioria é de proprietários da marca.” O Cityclub Avant Motos não tem, no entanto, nenhum vínculo e nem é controlado pela Dafra, apesar de haver, sim, uma certa ligação, devido, especialmente, à participação dos sócios Contini e Deigles, proprietários da C&D Avant Motos, concessionária Dafra em Goiânia - mas, essa ligação é pessoal e proveniente de uma amizade de tempos. “Não temos nenhum vínculo direto e nem sofremos qualquer tipo controle direto ou indireto da mesma. Apenas, por uma iniciativa particular do Contini e do Deigles, que são os dois sócios da C & D Avant Motos, nós os membros do clube gozamos de um desconto em sua oficina que é uma forma que eles encontraram de incentivar e Deigles, Dr. Sérgio (os dois da esquerda) com outros ajudar a promover o nosso mo- integrantes do Cityclub, em Pirenópolis. toclube”, observa Sérgio. Quando se monta um motoclube, o objetivo central está em, principalmente, guai, via Campo Grande (MS). Temos viajar de moto. Se não todos juntos, ao projeto para o passeio que nenhum momenos boa parte dos integrantes compar- toclube deve deixar de fora de sua meta, tilhar as estradas em grupo, formando o que será no ano que vem: uma viagem à chamado “trem”, normalmente, organi- Serra do Rio do Rastro, no sul do país”. O motoclubismo no país tem crescizado e preventivo. Se os vários fatores permitirem, quanto mais viagens, melhor. do de forma vertiginosa e os motoclubes, Mas, nem sempre isso acontece e é vá- de um jeito ou de outro, têm sintetizado lido a todos os motoclubes: quem faz muito bem o conceito, por criarem reguparte de um, sabe o quanto é difícil reunir lamentos e regras que acabam nortean100% dos integrantes para uma viagem do seus integrantes, tornando-os pessoas em que todos possam ir. A ideia original com objetivos concretos em relação à do Cityclub era essa: viajar, mesmo que socialização que acaba acontecendo. As para locais mais próximos, todos os fins amizades provenientes do motociclismo de semana. Contudo, devido à impossibi- são como as mais longas e melhores eslidade de alguns, já compromissados com tradas para viajar, onde as motos acabam seus trabalhos ou família, pois a maioria se tornando parte da paisagem, assim é também casada, tiveram que mudar como, seus pilotos.


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Maio de 2013

Eventos

Parada Obrigatória 2013

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ralmente, no mês de março, celebrou, este ano, sua 9ª edição, que, mesmo sob chuva, foi de grande sucesso. Entre os Tomada aérea do local do evento, no domingo pela manhã. Hora da saída para muitos. dias 26 e 31 de março, as caravanas (ou trens, diversas regiões, em sua maioria, do mais notoriedade a cada nova na linguagem estradeira) iam che- integrantes de motoclubes, que edição. gando de todos os lugares e lo- aparecem em grupos, bandeiras Voos panorâmicos tando cada espaço disponível no e motos pra lá de interessantes. A ideia de se ter voos panorâparque de exposições da cidade, Contudo, o público em geral tem, local escolhido para a realização também, acesso a estes eventos, micos em um evento como este que determinam horários específi- foi sensacional. Tanto motocido evento. Na programação, passeios de cos para a visitação. Diversas são clistas quanto público presente grupos organizados pela cidade as pessoas pessoas que aparecem aproveitou bem o ensejo para de Morrinhos, bandas de rock nestes eventos por curiosidade. voar. Caso queira contratar essa todos os dias - dentre as atrações Afinal, são muitas motocicletas atração, entre em contato com o principais, destacaram-se Cree- diferentes que são vistas nestes Cmdte. Ricardo Magalhães, pelos dence Cover e a nacionalmente encontros e isso acaba desper- fones (62) 8126-3953 ou 8141conhecida Biquini Cavadão, que tando, mesmo, a curiosidade de 0262, como também pelo e-mail ricardo.750@hotmail.com. fez muito motociclista dançar e muitos. O Jornal Moto News agradece Este ano, o evento contou com relembrar velhos tempos. ao comandante pelo proveitoso um veículo, digamos, inusitado Normalmente, esses eventos voo e parabeniza Rui Leite por ocorrem, claro, para promover o em seu pátio: um helicóptero. mais esta edição do evento. encontro entre os motociclistas de De propriedade do Comandante Ricardo Magalhães, a aeronave, um Robson R44, era utilizada em voos panorâmicos, num acordo entre organização do evento e a empresa do comandante Ricardo. Nada mais bacana do que voar baixo com sua moto e, no evento, voar alto pra ver todas elas lá de cima. Grande ideia da organização, e que tenhamos outros eventos com esta proposta, também. O sucesso de qualquer evento está na lista de contatos do responsável, mas, principalmente, na organização que este evento vai mostrando, a cada vez que é realizado. Pelo que se vê, Rui Leite tem sido bastante racional neste sentido, fazendo com que Rui Leite (de boné camuflado, à esquerda) acredita no evento e trabalha para melhorá-lo a o Parada Obrigatória vá ganhan- Nos eventos, já é comum, além dos motocada edição. Resultado? Amigos de e por toda parte. Foto: Mozart J. Fialho

Foto: acervo de Rui Leite

ventos motociclísticos de grande porte em Goiás estão cada vez mais escassos, disso todo mundo sabe. A não ser quando um motoclube conhecido faz aniversário ou inaugura sua nova sede, é muito difícil ter reunidos motoclubes de todo o território nacional e, em alguns casos, até mesmo motociclistas estrangeiros prestigiando nosso chão. Já é notório que, quando um bom evento acontece, ele é capaz de reunir aqueles rostos e motos já conhecidos por nós, motociclistas acostumados com o trecho Goiânia-Brasília, principalmente. Isso é sinal que a galera gosta desses eventos, pois curte muito viajar até o destino e, ainda mais, reencontrar velhas amizades. Então, é mais do que conveniente mantermos viva essa chama, não deixar nossos eventos esmoecerem ou serem diminuídos. Organizado pelo gestor Rui Leite, o Parada Obrigatória, realizado em Morrinhos-GO, ge-

ciclistas, a presença de famílias e curiosos.

Foto: Mozart J. Fialho

Realizado em Morrinhos, Goiás, o evento comemora sua 9ª edição com festa que trouxe motociclistas de todo o Brasil e também de países vi-zinhos. Mesmo sob chuva insistente, a galera que lá compareceu, e não foi pouco motociclista, não deixou de curtir muito rock, cerveja gelada, churrasco e a companhia dos irmãos de estrada.


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Mototurismo

Por: Argus Wolf

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m nossa estreante sessão sobre turismo em duas rodas, quero apenas fazer um apanhado geral do que é rodar de moto por esse chão goiano. Quem nunca experimentou viajar em uma moto, especialmente, na companhia de amigos também motociclistas, não conhece o verdadeiro espírito motociclista e não faz ideia do agradável sabor do vento na cara. Desde o momento em que você confirma sua participação na viagem, tudo começa a correr, ou a seu favor, ou contra você. Parece que o tempo é curto demais para que você arrume suas coisas e parta estrada afora. Mas, quem disse que você tem que arrumar muita coisa? A não ser, claro, o cuidado com a prevenção, como verificação de corrente (se for o caso de sua moto), óleo do motor (válido para qualquer modelo), condições gerais da motocicleta, com certeza, você tem que levar apenas seu espírito aventureiro e pouca roupa. Afinal, você não está mudando de casa, e sim, em uma viagem para arrancar fora o estresse que a vida urbana traz. Goiás é um estado muito rico, no âmbito do turismo. Saindo de Goiânia, o motociclista tem diversas opções, todas elas próximas: natureza, cidades históricas, restaurantes de beira de estrada, a capital do país etc. E, como tem acontecido, são vários os motociclistas que, em grupo,

saem da capital goiana para pequenas cidades do interior, num bate-e-volta que já é o suficiente para descansar a cabeça e curtir o dia de uma forma diferente, cercado de amigos e pessoas com o mesmo objetivo. Pirenópolis, por exemplo, além da história que a cidade traz consigo, com seus casarões antigos, oferece ao visitante opções diversas, como: ótimas cachoeiras para um perfeito relax; restaurantes de primeira, onde podemos nos deleitar com a tradicional e deliciosa comida goiana; as Cavalhadas, que é uma festa tradicional na região; confortáveis pousadas, além de um ar muito positivo. A cidade de Goiás, outro importante pólo turístico do Estado e, assim como Pirenópolis, a apenas 130 km de Goiânia, também oferece tradição, boa comida, ótimas pousadas, mas não oferece tantas cachoeiras quanto a primeira. Mas, Goiás tem o Fica, já famoso festival de cinema ambiental, além de festival gastronômico, que acontece todo ano. Um pouco mais distante, mas também contando com caprichos da Mãe Natureza, está Alto Paraíso e São Jorge, na Chapada dos Veadeiros. A cerca de 410 km de Goiânia, sentido Brasília - Formosa, Alto Paraíso e São Jorge (mais 62 km) ficam em uma região de serras, riquíssima em lindas e portentosas cachoeiras, rios de águas escuras, mas muito limpas e frias, misticismo (para quem curte o tema, é o melhor lugar para assuntos e acontecimentos místicos),

Para os fãs da Natureza, várias são as cidades que oferecem riachos e cachoeiras para o relax. Esse é um dos ribeirões que cortam Pirenópolis e um dos bons lugares para se descansar.

Foto: Mozart J. Fialho

Roteiros de Goiás

Para quem curte edificações antigas e igrejas, o interior de Goiás está repleto delas, como esta, em Corumbá, próximo a Pirenópolis.

e também a tradicional comida goiana como prato principal. Caso você já prefira uma viagem mais urbana e ainda não visitou com tempo a capital brasileira, chegar ali, em Brasília, além de cômodo, é também um passeio muito bom para um dia de domingo. Você pode fazer belas fotos, com sua moto e sua companhia na Esplanada dos Ministérios, ou em frente aos Palácios do Governo Federal, em frente ao Congresso Nacional ou no Memorial JK, entre vários outros pontos considerados tu-

rísticos. O Parque de Brasília é também uma ótima opção de passeio. Em edições futuras, vamos aprofundar mais nos locais onde vale a pena rodar em Goiás. Queremos, também, sua colaboração. Caso tenha ido a algum lugar que valha a pena descrever, escreva pra nós, que publicaremos sua aventura. Envie fotos, também. O endereço para isso é: jmotonews@gmail.com. Aguardamos e contamos com sua participação e/ou de seu motoclube. Motoabraço e até a próxima.


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Capa

Yamaha Das “fora-de-estradas” atualmente disponíveis no Brasil, ela é a queridinha da maioria. Com tantos adjetivos, não é à toa que está forte entre as trails médias

H

á razões diversas para se afirmar - e comprovar - que a Yamaha XT 660R é, atualmente, a queridinha entre grande parte dos motociclistas brasileiros. Primeiro, as condições de nossas ruas, avenidas e estradas, que não são lá tão ideais para motos estradeiras ou mesmo esportivas. As big trails têm sido, então, alvo de preferência de vários motociclistas, especialmente, aqueles que curtem pegar a estrada, de norte a sul do país, sem distinção de terrenos. As trails foram feitas - ou nem tanto, dependendo do modelo da moto - para isso, e o consumidor brasileiro anda cada vez mais exigente (e autoadaptativo, por assim dizer, também). O segundo fator que desponta a XT 660R no páreo

entre as big trails é o preço. As demais motocicletas da categoria (trails médias), geralmente, importadas, apesar de valerem o que pesam, acabam, também, por pesar no bolso de grande parte dos mortais. E não é só comprar a moto; há que se somar os gastos com as posteriores e necessárias manutenções, que não são pequenos. No final, o que se procura é uma motocicleta que segure o tranco, que tenha manutenção a preços viáveis e que faça o que as outras também fazem: levar seu condutor e, ocasionalmente, alguém na garupa - para onde quer que o piloto queira ir. Um final de semana em Pirenópolis, ou uma boa esticada até Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros, por exemplo, é fichinha para a XT 660R.

Em 2013, a XT 660R veio nas cores branca e preta, como esta.

Motor e transmissão

Lançada em 2004, na Europa, começou a ser comercializada no Brasil em 2005, a fim de substituir a também ótima XT 6 0 0 E , o q u e conseguiu fazer no melhor estilo. A XT 660R é dotada de motor monocilíndrico OHC de 660 cm3, 4 válvulas, alimentado por injeção eletrônica, cárter seco e com refrigeração líquida. Gera potência de 48 cv a 6000 rpm; seu torque máximo é de 5,95 Kgfm a 5.250 rpm, o que lhe dá uma considerável força aliada a potência. Tanto em trechos urbanos como em viagens, a XT 660R garante boa rodagem, sem ficar para trás, em relação a outras motocicletas da mesma faixa de cilindrada, como a Suzuki V-Strom 650, Kawasaki Versys 650 e a Honda Transalp 700. Estas últimas contam com potências maiores, contudo, nas finais, não passam vexame na Yamaha. Com a boa relação entre os sistemas de injeção e ignição, a XT 660R oferece uma confiável e eficiente performance, seja no terreno

que estiver, dentro ou fora da cidade. É uma moto econômica, também. Seu consumo gira em torno de 20,7 km/l - não exatamente, mas a média geral obtida na média horária de 100 km/h, sem garupa. Contando com a capacidade do tanque, que é de 15 litros, sua autonomia fica em torno de 310 quilômetros. Câmbio

Bastante preciso e de mudanças rápidas, só pede um pouco mais de atenção em suas mudanças, para evitar aqueles erros que deixam alguns pilotos de cara vermelha. A embreagem é leve, resistente e de acionamento rápido. Possui câmbio manual com 5 velocidades. A transmissão final é por corrente - selada com anéis de borracha. Possui comprimento de 2.240 mm e largura de 845 mm. Sua altura é de 1.230 mm, com distância mínima do solo a 210 mm. Uma motocicleta com respeitável


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porte e que mostra presença por onde passa. Ciclística e nova cor

Desde o lançamento, a Ya m a h a n ã o f e z g r a n d e s mudanças técnicas na XT 660R, a não ser nas cores. Para 2013, ela veio também na cor branca, mantendo seu visual agressivo e, ao mesmo tempo, minimalista, em se tratando do conjunto óptico (faróis e setas). No entanto, ciclisticamente falando, a XT privilegia a agilidade ao conforto, portanto, pode propiciar um certo cansaço ao condutor, especialmente, em percursos maiores. Dotada de um guidão amplo, banco reto com espuma densa, o piloto fica com seus braços abertos e o corpo ereto, o que ocasiona maior arrasto, devido à resistência do ar contra seu

peito. Mesmo assim, é fácil suportar 700 km em um só dia, antes de parar em um hotel ou pousada pra passar a noite, antes de prosseguir a estrada. Mas, de uma coisa, o piloto da XT 660R não vai precisar se preocupar tanto: buracos. A suspensão dianteira da Yamaha XT 660R é do tipo garfo telescópico hidráulico, sem ajuste, com curso de 225 mm. A traseira é dotada de um braço oscilante e monoamortecida, oferecendo curso de 200 mm. As rodas são de alumínio e raiadas, sendo de 21 polegadas a dianteira e 17 polegadas a traseira. O pneu dianteiro mede 90/90-21 M/C 54 S e o traseiro 130/80-17 M/C 65 S, ambos com câmara. Freios a disco, tanto na dianteira, como na traseira, garantem maior segurança na hora de parar a motocicleta. Na frente, a XT é dotada de disco único flutuante e ventilado de 298 mm, sugurado por uma pinça de 2 pistões; atrás, disco simples ventilado de 245 mm, segurado por uma pinça de 1 pistão. Preço

Como falamos no início da matéria, a Yamaha XT 660R tem, como diferencial

Foto: Hely Rodrigues

XT 660 em relação a outras motos de sua categoria e cilindrada, o preço. Está sendo encontrada, nova, em torno de R$ 26.880,00, que é o preço sugerido pela fábrica. Para

motos que fazem nossas ruas parecerem somente tapetes mal cuidados, por este preço vale a pena fazer uma economia, não? Porque, no final, sai mais em conta.


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Moto e Rock

Ramona, entre o deboche e o rock bem tocado

Com a proposta inicial de fazer cover da banda Raimundos, eles também tocam de Ramonas a Sepultura e garantem uma festa legal entre a galera motociclista

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Weyner, Leletti, Caio, Darlan e Hugo: a Banda Ramona já é parte da estrada.

MN - Quem da banda, além do Caio, é motociclista ou curte o movimento? Na Ramona apenas eu (Caio) sou motociclista e Forasteiro com muito orgulho. Os demais, com certeza, pela convivência com outros motoclubes, além do que faço parte, também curtem. Acho que posso falar por eles. MN - A Banda Ramona se dedica ao cover dos Raimundos. Vocês tocam, também, músicas de outras bandas em suas apresentações, além dos Raimundos? Sim, tocamos Ramones, Rage Against the Machine, Sepultura, Pearl Jam, Legião Urbana e vários outros. MN - Vocês já têm canções próprias? Já as tocam nos shows? Há uma ou mais que o público já conhece? Como o projeto nasceu da ideia de fazer cover de Raimundos, nunca nos preocupamos em compor. Essa ideia é nova, mas estamos em estúdio preparando trabalho autoral. MN - Toda banda, evidentemente, tem planos para o futuro. Quais são os planos da Ramona? Pensam em gravar um disco? Com certeza, pensamos em produzir um EP ainda este ano com nossas músicas. Temos, inclusive,

parcerias com outros músicos, até mesmo com um rapper amigo nosso, o MC Comparsa, que promete uma mistura bem pesada. MN - Quando gravarem, será por selo independente ou tentarão algo mais comercial? Selo independente, internet e boca a boca com a galera... MN - Como a Ramona vê o cenário rock de Goiânia e de Goiás, em geral? O rock ainda tem espaço no cerrado? A opinião da banda é unânime: o rock em Goiás ainda é muito fraco e mal visto, mas este cenário vem mudando aos poucos, bem devagar

Foto de arquivo - Banda Ramona

ando início a mais uma coluna nesta publicação, Moto e Rock, o Jornal Moto News quer trazer entrevistas e matérias com as bandas de rock, especialmente, as do trecho Goiânia-Brasília, que costumam participar dos eventos motociclísticos e estão sempre tocando em bares e outros eventos. Para começar, fizemos uma entrevista com a Banda Ramona, de Goiânia, que tem feito ótimos shows na capital e fora dela, também. MN - Quando surgiu a Ramona e qual banda mais os influenciou a tocar? Caio - A banda surgiu em setembro de 2009. Temos influência direta de Raimundos e Ramones. MN - Quem são os integrantes atuais? E o que vocês fazem, além da banda? Caio - Ramona é: eu, Caio, nos vocais; Darlan Ribeiro e Leleti nas guitarras; Hugo Chinelo no baixo e Weyner na bateria. MN - Houve alguma mudança de integrante desde que começaram? Essa é a formação atual e a mais constante desde a criação. Sendo que neste período mudamos algumas vezes de baterista apenas, buscando sempre o melhor som, mas, hoje temos o que queremos. MN - O que fazem, profissionalmente, os integrantes da banda? Sou tatuador profissional há mais de 6 anos. Darlan é Fisioterapeuta, atende no CRER e é professor na UniEvangélica, em Anápolis. Leleti é músico profissional e tem um projeto paralelo, chamado Projeto Cordas. Hugo trabalha numa empresa que presta assistência em ar condicionados; e o Weyner é o mais à toa, trabalha numa empresa de informática e não faz nada o dia todo, ganha dinheiro pra ficar no facebook (risos).

Canisso, da banda Raimundos, com Caio, durante visita do baixista a Goiânia, quando não só assistiu, como também participou de algumas músicas tocadas pela Ramona.

mesmo. Um fator decisivo em compor é justamente fazer parte desta mudança. Hoje, Goiânia conta com muitas bandas autorais e isto tem ajudado muito o rock do cerrado. MN - E como tem sido o show da Ramona? O público, evidentemente, curte muito, mas, e a Banda? Está satisfeita também com seu público? Nos preocupamos em fazer um setlist que agrade o máximo possível. Contamos com uma energia fenomenal no palco, e essa energia emana do público, sim, que tem sido cada vez maior e mais fiel. Tivemos shows memoráveis em todo o estado, e o mais lembrado foi o ultimo de 2010 em que contamos com a presença do baixista do Raimundos, o Canisso, que subiu no palco com a gente e tocou e cantou várias músicas, o público foi ao delírio e nós também evidentemente. MN - Como é tocar para uma galera motociclista? Difere-se muito do público fora do movimento? Não muito, a galera que anda de moto, geralmente, curte rock e essa é a nossa casa, a estrada também é a casa do músico, então rola uma identificação com tudo isso. MN - Qual o recado que gostariam de deixar para seu público e, especialmente, para o público motociclista? Sejamos conscientes, evite os desperdícios, não suje as estradas, não estrague o que é nosso, se beber por favor, não dirija, sua motocicleta se torna uma arma contra você mesmo e contra quem esta na sua frente. Evite os excessos, eles causam todas as merdas que vemos por aí. MN - Qual o telefone e e-mails de contato para quem quiser contratar a Ramona para show? Caio – 62-91718979 caiomiro@yahoo.com.br Leleti – 62-92112010 leletiguitar@gmail.com


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Banco da Moto

O local onde todo motociclista gosta de estar.

Peças substitutas para as Yamahas Virago 250 e XT 600 do óleo freio: DT/ XT 600 - Filtro óleo Fram: XT 600/ XV250/535 CH6005

Por Charles “Chuck” Saedt

Atendendo a pedidos, resolvi escrever sobre novas peças substitutas, a fim de baratear os custos e facilitar a saída do “prego” na beira da estrada. Nesta edição, vamos de Yamaha, falando da amada “Viraguinho” e da XT 600. Duas queridas que saíram de linha e, quando encontramos peças, alguns vendedores tentam “arrancar nosso coro”. Lembrando que a Virago (XV250) tem a base na LF 250, com um acabamento Yamaha. Então, as peças descritas servem nas Lifan LF250, Kasisnki Fúria 250 e Dafra Kansas 250. Exceto a pastilha, pois algumas versões da LF tem freio a disco, que usa pastilha da YBR/ Fazer/Twister. Virago 250

XT 600

- Olho de Gato: XTZ 125. - Cabo de Velocímetro: XT600 - Tampa reserv. freio: DT 200/ XT 600 - Pastilha Cobreq: DT 200/R/ XT 225/600 traseiro - Cabo velocímetro Scherer: XT600/E/VIRAGO 250 - Capa corrente: TENERE/ XT600/ DT200/ TDM - Diafragma do reservatório

•XT 600 E - O pinhão pode ser substituído pelo da XTZ (Tenere). A diferença é espantosa. •XT 600 - o fixador do eixo dianteiro da XR 200 custa R$ 8,00 e é praticamente igual ao da XT, que custa R$ 50,00. •XT 600

– a válvula de agulha e sua sede (carburador) são iguais aos da CG. •XT 600 – a bobina de ignição pode ser substituída pela da CG / YBR. •XT 600 – A pastilha de freio traseira é a mesma da DT 200 e também da dianteira da Teneré. •XT 600 – Usa as mesmas escovas da partida da “7 Galo” (Honda CBX 750), ou do Santana, com uma pequena lixada. •XT 600 – Usa os discos de embreagem da RD350 (+1). Melhor marca: Fischer. •XT 600 – Abraçadeira do escape da Sahara. •XT 600 - a guarnição (retentor) da tampa de válvula da XL250R (82/83) é idêntica ao de vedação do motor de arranque da XT/Teneré/7Galo. •XT 600 – rolamentos da caixa de direção - Superior: marca Koyo, modelo 32005JR (R$

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35,00 – XLX 250/350). Inferior: marca Koyo , modelo 32006JR (R$ 45,00 – DT200/RD350). •XT600 – o filtro de óleo e a coroa são iguais aos da Virago 250. •Teneré (XTZ- E) - A cebolinha do neutro da Ténéré original é de metal, mas pode ser substituido pelo da YBR ou XTE, que é de nylon. •Teneré (XTE-E) – O cachimbo da vela é NGK código XD05F (R$ 8,00, contra R$ 116,00 do original). O cabo de vela azul custa uns R$ 8,00/metro e é apenas rosqueado na bobina. •Teneré – O diafragma do segundo estágio pode ser substituido pelo da Suzuki GS500. •XTZ750 – A corrente de comando é a mesma da CBX750. A Placa de Partida da XR200 tbm serve p as XT-E. Espero ter ajudado... Boa estrada a todos! Chuck *Charles Saedt é membro do Forasteiro’s M.C. e um especialista em motos. E-mail: chuckmt@ymail.com


10 Maio de 2013

Musa da Moto

Víviam Lima: Musa da Moto de maio Segunda candidata selecionada no concurso posa ao lado de uma das motos mais desejadas no Brasil

H

Fotos: Hely Rodrigues | https://www.facebook.com/Hely.Rodrigues

ely Rodrigues, fotógrafo profissional e um dos colaboradores do Moto News, ficou muito contente com a sessão feita com Víviam Lima, pelo desprendimento e facilidade com que a modelo trabalha. Os clicks foram feitos no Clube Social da Polícia Federal, em Goiânia, contando com uma equipe de produção - figurinos e maquiagem - talentosa. Agradecimentos: Hely Rodrigues (fotografia) Lorena Cantanhede (figurino) Guilherme Santos (figurino) Diogo Naske (figurino) Paula Aires (maquiagem) Rafalea Oliveira (making off) Fernando e Max Arantes (Duas Rodas Motos) Para ver mais fotos, acesse: www.jmotonews.wix.com/motonews As inscrições para o concurso ainda estão abertas. Veja regulamento em http://jmotonews.wix. com/motonews#!concmotomusa/ c1ti4

Yamaha lança edição limitada Crypton Penelope Charmosa Nova Yamaha Crypton Penelope Charmosa chega às lojas em maio e é resultado de um acordo inédito de licenciamento com a Warner Bros.

Fotos: Divulgação

I

nspirada em uma das motociclistas mais charmosas de todos os tempos, a nova Crypton Penelope Charmosa é o resultado de um acordo inédito de licenciamento com a Warner Bros. ConsumerProducts. Desenvolvida especialmente para o público feminino, o modelo ganhou cor e grafismo novos, que remetem ao estilo elegante e cheio de atitude da simpática loira. A cor rosa metálico se destaca entre as novidades, combinando com o desenho da silhueta da Penelope Charmosa na parte dianteira, que esbanja a sensação de liberdade e independência. O grafismo na parte traseira re-

mete ao movimento dos longos e volumosos cabelos da personagem e tem como detalhe as belas flores de sakura (flor de cerejeira que significa a beleza feminina e simboliza o amor, a felicidade e a renovação). Para esta edição limitada serão produzidas na fábrica da Yamaha, em Manaus, 1.500 unidades na versão ED, com a facilidade da partida elétrica e a segurança do freio a disco. O modelo estará disponível a partir de maio na Rede de Concessionárias Autorizadas Yamaha com preço público sugerido de R$ 5.550,00. O modelo tem motor monocilíndrico de 113,7 cm3 e é capaz de gerar até 8,2 cv a 7.500 r.p.m.

Fonte: www.yamaha-motor.com.br


Maio de 2013

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12 Maio de 2013


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