Contos do mundo em português

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É tão vasto o mundo,composto por terras e povos tão diferentes, que nunca viveremos o suficiente para conhecer toda essa riqueza nas suas diferenças .Cada um destes povos, é claro, possui as suas histórias .É costume chamar-lhes histórias tradicionais alguém as inventou, é certo ,mas quase sempre , há tantos, tantos anos que quase nunca sabemos quem foi. Pertencem assim a todos e a ninguém em particular. Por vezes as historias galgaram fronteiras , foram escutadas por pessoas de otros países , e estes , a sua vez contaram-nas como se fossem suas. Como qualquer país , Portugal possui as suas historias tradicionais, os seus contos e lendas a semelhança de povos como Angola, Moçambique, , Guiné, Cabo verde ou Timor, que também se exprimem em portugués. Portanto ,nós decidimos fazer um percurso pelo mundo a través das lendas que ficaram nos povos , aos quais aqueles navegantes, levaram a língua e o modo de contar histórias.


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Valentina Palomo

Certo dia, um camponês que andava a apanhar lenha, apanhou uma mala cheia de jóias e moedas de ouro. Esta pertencia a um rico cavaleiro que a deixou cair. O camponês tinha uma mulher muito esparvoada, e com medo que ala falasse traçou um plano para se defender. Primeiro caçou uma lebre e disse que tinha sido o galo depois foi comprar chouriços e pendurou-os na figueira. O homem rico queixou-se e o camponês foi a tribunal. O juiz interrogou o camponês e a mulher mas não descobriu a verdade e o camponês ficou com a riqueza.

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Segundo a tradição, o príncipe dos mares vivia apaixonado por uma linda princesa de cabelos louros que vivia próximo aos seus domínios. A princesa, entretanto, não correspondia aos seus amores por já se encontrar apaixonada por outro príncipe. O senhor dos mares vivia consumido por ciúmes que muitas vezes o levavam à violência, e decidiu chamar uma fada ao seu reino marinho, com o objectivo de mudar o rumo aos acontecimentos. A fada veio e tentou durante bastante tempo que a princesa desistisse do seu amor e se apaixonasse pelo Senhor do Mar. Fez magias e quebrantos e exerceu todas as suas influências, mas sem nada conseguir devido ao profundo amor da princesa pelo seu príncipe. Furioso, o senhor dos mares acabou por expulsar a fada dos seus domínios. Um dia, os dois apaixonados, que até ali tinham vivido só da troca de olhares trocaram o primeiro beijo e foi escutado pelo senhor e príncipe dos mares. " Cego pelo ciúme e pela raiva, este ordenou-lhe em tom de ódio: "Correi, fada, fulminai o príncipe que roubou minha amada. Rapidamente, a fada se precipitou sobre o par enamorado, fazendo um encanto: o príncipe ficou transformado num grande monte (o Monte Brasil) A princesa recusou-se a abandonar o seu apaixonado e ficou junto a ele. Com o passar os milénios, transformou-se na baía e na cidade deAngra do Heroísmo.


º Um dia um pescador viu uma sereia junto ao farol. Eles apaixonaram-se e todos os dias a sereia vinha ter com ele à hora combinada, até que um dia, o pescador atrasou-se e alguém tirou o cabelo à sereia para que ela lhe trouxesse riqueza do fundo do mar. A sereia trouxe todo o ouro que encontrou, mas não lhe foi devolvido o cabelo. Esta, com vergonha de aparecer ao pescador assim sem cabelo, nunca mais apareceu. Diz-se que o pescador morreu de tristeza.

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No tempo em que os animais falavam, a vaca, a cabra e o cão decidiram apanhar uma iace (condução) em Porto Novo e atravessar a ilha de Sto Antão até à Ribeira Grande. Acertaram o preço da viagem com o motorista e partiram. Quando chegaram ao destino, a vaca, que tinha o dinheiro certo, pagou e foi-se embora tranquilamente. A cabra, um pouco constrangida, lembrou-se que não trazia dinheiro consigo, mas prometeu ao motorista pagar-lhe quando o voltasse a encontrar. O cão não tinha dinheiro trocado e, como o motorista não tinha troco para lhe dar, ficou com o dinheiro todo e combinaram que o motorista lhe dava o troco quando o voltasse a ver. É por essa razão que, até aos dias de hoje, sempre que passa uma iace, a vaca fica indiferente à sua passagem, já que tem a sua consciência tranquila. Por outro lado, a cabra foge espavorida, pois sabe que está em dívida para com o motorista. E o cão, coitado, corre atrás da iace e ladra-lhe furiosamente, já que nunca recuperou o seu troco...


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Era uma vez, uma cidade onde viviam os Macaquinhos de Nariz Branco, que gostavam muito da lua e um dia decidiram que iriam até ela, para trazê-la . Eles tentaram chegar até a lua muitas vezes, mas não conseguian. Então um macaquinho muito esperto teve uma brilhante ideia: os macaquinhos deveriam subir um em cima dos outros, fazer uma pilha enorme e assim chegariam a lua. De repente, a pilha de macacos caiu. Todos os macacos ficaram no chão, menos um que conseguiu chegar lá na lua. Os dias foram se passando e o macaquinho pequenino, que tinha ficado sozinho lá na lua, foi ficando triste.... Até que um dia quis voltar. A lua ofereceu_lhe um tamborino e depois fez então um cordão comprido, e amarrou o macaquinho . E disse a ele para que tocasse bem forte o tambor assim que chegasse à terra, Aí então ela cortaria o cordão. Pegou seu tamborzinho e começou a descer pelo cordão. Não tinha chegado nem a metade da distância começou a bater o tamborzinho. A lua pensando que o amiguinho já tivesse chegado à terra, cortou o cordão O macaquinho veio caindo... e plaft. Antes de morrer, porém, teve tempo de avisar uma moça que aquele era um tambor dado pela lua aos homens da terra africana. E naquela noite ouviu-se pela primeira vez o som de um tambor.

º Havia um homem que tinha uma candonga que não tinha teto. Na carroceria havia um caixão. Em seguida o cobrador embarcou e se escondeu dentro do caixão. Assim foram até chegar a Safim. Algumas pessoas pediram carona. O homem encheu o carro de gente. Estava chovendo muito, mas embarcaram todos atrás (na carroceria). Continuaram a viagem até chegar a Jugudul. A chuva parou. O cobrador saiu de dentro do caixão. Na velocidade em que o veículo corria todos viram o caixão se abrir. O cobrador se levantou. Cada uma das pessoas caiu para um lado. Todos caíram. O cobrador ficou sem fala (boquiaberto). Todos que estavam na candonga caíram, até chegar a Gã Mamudu todos morreram. Apesar de ele lhes ter dito que não era defunto, que se metera dentro do caixão por causa da chuva.


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ão Tomé e Príncipe

Nubia

Conta a lenda que há tempos São Tomé era o refúgio de todos os galos do mundo. O "cocorococó" na ilha era imenso e ensurdecedor, porque os galos esqueciam-se que não eram os únicos a viver na ilha. Com o passar do tempo, as outras criaturas começaram a incomodar-se com o modo barulhento das aves. Um dia, resolveram dar-lhes um ultimato: "Para evitar uma guerra, todos os galos deveriam mudarse para um local afastado em 24 horas. Somente o vencedor poderia ficar no local". Os galos, seres pacíficos, cantadores e alegres optaram pela paz e por mudarem-se para outro local onde pudessem cantar à vontade. Escolheram então um guia, o galo maior, mais preto e mais visível dentre eles. Partiram todos e depois de muito procurarem encontraram um lugar ideal. Desde então, nunca mais se ouviu os galos cantarem desordenadamente, mas sempre em local e hora determinados. Os habitantes da ilha designaram esse lugar de Canta Galo. Esse local existe ainda hoje e é um distrito na ilha de São Tomé com o mesmo nome. º

Um dia, o leopardo Nebr teve fome e logo tratou de arranjar maneira de encontrar comida, da forma mais fácil. Pediu ao seu filho Shabeel, que espalhasse pelas redondezas que, ele, a Sua Alteza, o Rei da Floresta, se encontrava muito doente.Assim foi feito! Um pouco por todo o lado começou-se a ouvir o anúncio da morte do leopardo. Depois de Shabeel ter trancado as portas, Nebr levantou-se de repente e matou todos quantos se encontravam na sua casa; comendo uns e guardando outros, para mais tarde se refastelar. Passado mais algum tempo, chegaram outros animais, para prestar as suas condolências. Entre eles, vinha a gazela, acompanhada do porco-espinho. Desconfiada, reuniu todos os presentes e contou-lhes das suspeitas que tinha sobre estarem a cair numa armadilha do leopardo. ________________________________________________________________________________

Como forma de precaução, decidiram procurar um lugar para se esconderem, caso fosse necessário .Então a gazela teve uma ideia e disse ao porco espinho : _ Porco-espinho, tu vais devagarinho esconder-te naquele buraco que está perto do leopardo.Depois, cravas-lhe no corpo um dos teus espinhos mais fortes e quando vires que as


coisas e estão mal paradas, escondes-te,que nós fazemos o mesmo. Assim foi! O porco-espinho dirigiu-se para junto de Nebr, o qual continuava a fingir estar morto. Primeiro, espetou os espinhos devagarinho e nada aconteceu. Depois, decidiu cravar com mais força. Foi então que Nebr, não conseguido aguentar as dores por mais tempo, se levantou e começou a correr atrás do seu agressor. Todos se esconderam, enquanto o leopardo ficava cada vez mais furioso. Face a esta situação, a gazela cantarolou: -O leopardo é o Rei da Floresta pela sua força, mas não pela esperteza!. E os outros animais repetiram em coro: - Devemos a vida à pequena e esperta gazela. A ela devemos a vida!

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O macaco e o cágado fizeram-se amigos. Certo dia, o macaco disse: - Amigo, vem a minha casa. O cágado respondeu: - Está bem. O cágado saiu e foi a casa do seu amigo. Quando lá chegou, o macaco matou um galo, fez echima, pô-la na mesa e disse: - Amigo, vamos lá comer a echima. - Ah, o meu amigo pôs a echima na mesa sabendo que eu não consigo subir? - pensou o cágado. Tentou subir, tentou, mas não conseguiu comer a echima! Por fim resolveu ir para casa, mas antes pediu ao macaco: - Amigo, dá-me as minhas ferramentas para me ir embora. Quando estava para sair, perguntou ao macaco: - Quando é que vais a minha casa? - Hei-de ir na próxima semana - disse o macaco. - Está bem - respondeu o cágado. Na semana seguinte, o macaco foi a casa do amigo. Quando lá chegou, mataram um galo, fizeram echima. O cágado deitou fora a água das panelas e disse para o amigo: - Não há água, mas podes lavar as mãos no poço. Tem cuidado para não as pores no chão quando voltares. O macaco foi ao poço com a sua mulher. Lavou as mãos e começou a andar só com duas patas. O cágado tinha queimado todo o capim à volta da casa e havia muita cinza. Quase ao chegar, o macaco não aguentou mais e pôs as mãos no chão ficando com elas todas sujas. Teve que voltar ao poço para as lavar de novo. Fez isto tantas vezes que acabou por desistir. Foi com a sua mulher despedir-se e pedir as suas ferramentas. A partir daí o macaco e o cágado nunca mais voltaram a ser amigos


º Em tempos que já lá vão, vivia na ilha Celebes um crocodilo muito velho, tão velho que não conseguia caçar os peixes do rio. Certo dia, morto de fome, decidiu aventurar-se pelas margens em busca de algum porco distraído que lhe servisse de refeição. Andou, andou, até cair exausto e desesperado, sem forças para regressar à água. Quem lhe valeu foi um rapaz simpático e robusto que teve pena dele e o arrastou pela cauda. Em paga pelo serviço prestado, o crocodilo ofereceu...se para o transportar às costas sempre que ele quisesse navegar. Foi assim que começaram a viajar juntos. Mas, apesar da amizade que sentia pelo rapaz, quando o crocodilo teve novamente fome, lembrou...se de o comer. Antes, porém, quis ouvir a opinião dos outros animais e todos se mostraram indignadíssimos. Devorar quem o salvara? Que terrível ingratidão! Envergonhado e cheio de remorsos, o crocodilo resolveu partir para longe e recomeçar a sua vida onde ninguém o conhecesse. Como o rapaz era o único amigo que tinha, chamou...o e disse-lhe assim: -Vem comigo à procura de um disco de ouro, que flutua nas ondas perto do sítio onde nasce o sol. Quando o encontrarmos seremos felizes. Mais uma vez viajaram juntos, agora sulcando o mar que parecia não ter fim mas, a certa altura, o crocodilo percebeu que não podia continuar. Exausto, deteve...se na intenção de descansar apenas um instante mas, logo que parou, o corpo transformou-se numa ilha maravilhosa! O rapaz, que se viu homem feito de um momento para o outro, verificou, encantado, que trazia ao peito o disco de ouro com que o crocodilo sonhara. Percorreu então as praias, as colinas e as montanhas e compreendeu que aquela era a ilha dos seus sonhos. Instalou-se e escolheu o nome para a ilha. Chamou-lhe Timor, que significa "Oriente".

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avia numa terra um indivíduo que possuía uma gaita que tinha a virtude de fazer bailar

os ouvintes quando tocava. De uma ocasião passava um sujeito com um jumentocarregado de loiça e o dono da gaita pôs-se a tocá-la.Tanto o dono do jumento como este puseram-se logo a bailar e com tantos saltos queem pouco tempo toda a loiça se fez em cacos.Gritava o dono da loiça ao tocador da gaita que não tocasse, mas este só tirou a gaita doslábios quando não havia


uma só peça de loiça inteira. Exasperado, o pobre homem foiqueixar-se ao juiz do tocador e este foi chamado à sua presença.- És acusado de ter quebrado a loiça deste homem - disse o juiz ao gaiteiro.- Eu não sou culpado. Toquei a minha gaita e esse senhor e o seu jumento puseram-se adançar.- Tens contigo a gaita?- Tenho.-Toca - ordenou o juiz, sentado na sua poltrona.O gaiteiro tirou a gaita do bolso e pôs-se a tocar. O dono da loiça, que a esse tempoestava encostado a uma cadeira, pegou na cadeira e pôs-se a bailar com esta. O juiz, queia tomar uma pitada de rapé da sua caixa de ébano, começou a pular, batendo com osdedos na tampa à maneira de castanholas. A mãe do juiz, que estava entravada na camano quarto próximo, levanta-se imediatamente, bailando, batendo as palmas e cantando:Vá de foliaVá de foliaQue há sete anosMe não mexia.E assim se converteu o escritório do juiz numa animada sala de baile, pois que até ascadeiras, os tinteiros e todos os mais móveis se puseram a saltar e a bailar.Passados alguns momentos pediu o juiz ao tocador que cessasse de tocar a gaita e ohomem obedeceu imediatamente, pois viu que tanto o dono da loiça como o juiz e a mãesuavam em abundância.Depois do juiz limpar o suor disse para o tocador:- Pode-se ir embora sem culpa nem pena, porque é um homem bom que até curou aminha mãe, que há muitos anos se não podia mexer na cama.E o tocador saiu da presença do juiz muito contente e satisfeito. Não diz a história se amãe do juiz voltou para a cama.

º Uma Mãe, que era muito severa e rude com os filhos, deu de presente a sua filhinha um par de brincos de ouro.E sempre que a menina ia à fonte buscar água e tomar banho, costumava tirar os brincos e colocá-los em cima de uma pedra. Um dia ela foi à fonte, tomou banho, encheu o pote e voltou para casa, esquecendo-se dos brincos.Chegando em casa, deu por falta deles e com medo da mãe brigar com ela e castigá-la, correu à fonte para buscar os brincos. Chegando lá, encontrou um velho muito feio que a agarrou, botou-a nas costas, e a levou consigo. Então, o velho pegou a menina, meteu ela dentro de um surrão (um saco de couro), coseu o surrão e disse-lhe que ia sair com ela de porta em porta para ganhar a vida e que, quando ele ordenasse, ela cantasse dentro do surrão, senão ele bateria com o bordão E em todo lugar que chegava, botava o surrão no chão e dizia: "Canta, canta meu surrão, Senão te bato com este bordão..." E o surrão cantava: "Neste surrão me puseram, Neste surrão hei de morrer, Por causa de uns brincos de ouro Que na fonte eu deixei..." Todo mundo ficava admirado e dava dinheiro ao velho.


Quando foi um dia, ele chegou à casa da mãe da menina que reconheceu logo a voz da filha. Então convidaram Ele para comer e beber e, como já era tarde, insistiram muito com ele para dormir. De noite, já bêbado, ele ferrou num sono muito pesado. As moças foram, abriram o surrão e tiraram a menina que já estava muito fraca, quase para morrer. Em lugar da menina, encheram o surrão de excrementos. No dia seguinte, o velho acordou, pegou no surrão, botou às costas e foi-se embora. Adiante em uma casa, perguntou se queriam ouvir um surrão cantar. Botou o surrão no chão e disse: "Canta,canta meu surrão, Senão te bato com este bordão..." Nada. O surrão calado. Repetiu ainda. Nada. Então o velho, furioso, bateu com o cajado no surrão que se arrebentou todo e lhe mostrou a peça que as moças tinham pregado.

º Reza a lenda que Cayo Carpo, um senhor romano, pagão, casou com Cláudia Lobo, gaiense e descendente de um pretor romano, na praia de Matosinhos. A Boda, sumptuosa e magnificente, juntou bailarinas e bailarinos de diferentes regiões do Império Romano, danças exóticas, largada de pombas brancas e muita música. Decorriam as grandes festas junto ao mar quando Cayo Carpo avista uma embarcação. O seu cavalo corre para a água e entra mar adentro. No fundo do mar, Cayo Carpo entra numa nau que transporta o corpo do Apóstolo Santiago para Compostela. Às suas vestes de noivado agarram-se as famosas vieiras. Deslumbrado com o que viu, o romano manifestou a intenção de ser batizado e converteu-se ao cristianismo.


º ç Narrador: — Era uma vez… Ouvintes: — Sim, era uma vez! Narr.: — A hiena é uma glutona! Ouv.: — É verdade! Narr.: — Dizem que a hiena, com sua gulodice, um dia comeu até que um osso ficou atravessado em sua garganta. Ouv.: — Bem feito! Narr.: — A gulosa estava apavorada; não podia nem uivar. Para sua sorte, a garça estava passando; a mesquinha lhe fez um sinal e a garça se aproximou: esta era uma grande cirurgiã! Quando acabou de tirar o osso da garganta da hiena pediu-lhe a recompensa. Ouv.: — Isso é justo. Narr.: — Mas, a hiena olhou para ela … virou e disse: você … está querendo me fazer de boba: o quê? seu pagamento!! … Você não ficou satisfeita só com o fato de eu deixar você enfiar seu bico em minha goela? — Vai embora! … sua infeliz. Cuidado para que eu não torne a vê-la, isso não é justo.


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